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Revista MundoGEO 77

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A NOVA Revista MundoGEO reflete as convergências de geotecnologias e as preferências de nossos leitores, pois mais de 80% já assinavam as revistas InfoGEO e InfoGNSS. Outra mudança é a periodicidade, que passará a ser bimestral para atender às mudanças cada vez mais rápidas do setor.

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Geoeduc

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SUMÁRIO

Entrevista Luiz Alberto Munaretto, instrutor e consultor de VANTs da DCA-BR

8

Latitude Boas novidades para o setor geoespacial do Brasil

10

Capa Laser Scanner 3D: A revolução na coleta de dados

Com inúmeras aplicações, precisão e detalhamento inigualáveis, tecnologia evolui rápido. Mercado brasileiro tem enorme potencial de crescimento

24

VANT Uma ameaça à fotogrametria?

52

Passo a Passo Integração entre o Google Maps Engine Lite e o Novo Google Maps - Parte 2

44

Geo ou BIM? Integração com o GIS revolucionando a arquitetura, engenharia e construção

46

Tutorial Contando histórias com mapas

50

MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014 Maior e mais importante evento de geotecnologias da América Latina aconteceu de 7 a 9 de maio, em São Paulo (SP), e reuniu 4.550 empresários, pesquisadores e usuários das informações e tecnologias geoespaciais

32

MundoGEOXperience Novas soluções geoespaciais e ideias inovadoras no Geo Hackathon, Geo Academia e atividades paralelas

40

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Colaboraram nesta edição:Adriano Scheuer, Alberto Pereira Jorge Neto, Amauri Brandalize, André Luiz Costa, Arlete Meneguette, Bruno Damas, Carlos Yoshio Morita, Deilson Silva, Eduardo de Rezende Francisco, Felipe de Carvalho Diniz, Fernando Cesar Ribeiro, João Alberto Carvalho, José Augusto Sapienza Ramos, José Gaspar Santos, Lena Halounová, Luise Friis-Hansen, Luiz Dalbelo, Philipe Borba, Rovane Marcos de França, Sérgio Roberto Horst Bamba, Trevor Taylor, Valther Xavier Aguiar, Wilson Anderson Holler

Acesse artigos complementares na revista online

Editorial

Web

Seção do Leitor

Navegando

Lançamentos

VANTs & Drones

OnLine

Classificados

Guia de Empresas

61415202248747576

www.mundogeo.com

Controle dos aerolevantamentos Regulação das atividades pelo Ministério da Defesa

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Qualificação profissional Cursos online crescem mais que os presenciais

60

TI+GEO Desvendando Banco de Dados Geográficos - Parte 2

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Crowdfunding Geografia no financiamento de projetos e empreendimentos

64

GeoQuality Crescimento do mercado de sensoriamento remoto

64

Laser Scanner 3D O uso da Nuvem de Pontos

66

Painel OGC Consórcio Geoespacial Aberto no Brasil

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Painel FIG Comissões e estrutura da Federação Internacional de Agrimensores

71

Painel ISPRS Congresso de Sensoriamento Remoto e Fotogrametria em Praga

72

Painel IBG Instituto Brasileiro de Geomática completa um ano de atividades

73

Copa do Mundo 2014 Fragmentação desordenada da zona rural e suas consequências

58

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6 MundoGEO 77 | 2014

Revista MundoGEOPublicação bimestral - ano 16 - Nº 77Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | [email protected] Editor | Eduardo Freitas | [email protected] Editoriais | Alexandre Scussel | [email protected] Leonardi | [email protected] Estagiário | Fabricio Hein | [email protected] de TI | Guilherme Vinícius Vieira | [email protected] | Jarbas Raichert Neto | [email protected] | Bruno Born | [email protected] e assinaturas | Thalita Nishimura | [email protected] Dienifher Gonçalves | [email protected] Alves | [email protected]ção | Eloísa Stoffel Eisfeld Rosa | [email protected] Gráfico e Editoração | O2 Design | [email protected] e Impressão | MaxigráficaMundoGEOwww.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom RetiroCuritiba – PR – Brasil – 80520-430

Todas as edições da Revista MundoGEO estão online no Portal MundoGEO. O material publicado nesta revista só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos autores e da MundoGEO Ltda. Todas as marcas citadas nesta publicação pertencem aos respectivos fabricantes. O conteúdo dos anúncios veiculados é de responsabilidade dos anunciantes. A editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Edições avulsas da Revista MundoGEO estão disponíveis para compra no Portal MundoGEO.

Você tem alguma dúvida de que estamos viven-do uma revolução no setor de geotecnologia? Dro-nes, mapas indoor, big data, laser scanner, entre outras tecnologias de ponta estão sendo discutidas pelo cidadão comum, que já interage com a locali-zação como uma commodity.

Segundo a revista britânica Nature, as geotec-nologias estão entre os três mercados emergentes mais importantes da atualidade, juntamente com a nanotecnologia e a biotecnologia. E estamos ape-nas no começo desse ponto de inflexão no merca-do de geo.

A MundoGEO tem evoluído junto com o merca-do nos últimos 10 anos, sempre atenta às mudan-ças e ágil na tomada de decisão para a realização de novas iniciativas e alterações de rumo. Em 2005 ainda havia uma divisão entre as revistas InfoGEO e InfoGNSS - pois o geoprocessamento e imagens de satélites eram abordados de forma separada dos levantamentos de campo -, e o portal MundoGEO contava com um informativo semanal. A interação em redes sociais estava apenas começando, sen-do que a maioria das trocas de experiências era feita através de listas de discussão por email. Já os eventos eram somente presenciais, sem nenhuma opção de participação online, e a empresa atuava

como consultora de um congresso e feira de geo-tecnologia.

Menos de uma década depois, o panorama é totalmente diferente. Todos os assuntos referentes à geomática e soluções geoespaciais foram agru-pados na revista MundoGEO - que é a principal pu-blicação sobre geotecnologia da América Latina, em português e espanhol -, o portal tem um infor-mativo diário - em português, espanhol e inglês - e tem batido recordes de visitação, os seminários online (webinars) - também nos três idiomas - en-traram no dia-a-dia dos profissionais e cada vez contam com mais participantes, as redes sociais passaram a ser tanto uma fonte de pautas como um canal de interação com a comunidade e, hoje, a empresa organiza a maior e mais importante fei-ra e conferência de geotecnologia do Hemisfério Sul, o MundoGEO#Connect, além do novo evento MundoGEOXperience.

Ambos os eventos, realizados de 7 a 9 de maio deste ano com mais de 4,5 mil participantes – entre presenciais e online -, foram emblemáticos nesse sentido e evidenciam como a MundoGEO obteve a liderança no setor de mídia e comunicação na re-gião e se posiciona, agora, como um dos principais players globais. ¡Viva la revolución!

(R)EVOLUÇÃO DO SETOR DE GEO

EDITORIAL

EDUARDO FREITASEngenheiro Cartógrafo (UFPR) e Técnico em Edificações (UTFPR). Editor do Portal e Revista MundoGEO, Consultor Técnico da Programação do MundoGEO#Connect LatinAmerica, Coordenador de Cursos e Pesquisas do Instituto GEOeduc, Diretor Financeiro da Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos - Regional Paraná (Abec-PR), Tradutor/Revisor do Informativo para América Latina e Caribe da Associação para a Infraestrutura Global de Dados Espaciais (GSDI) e Tradutor do Informativo para Iberoamérica do Consórcio Geoespacial Aberto (OGC)[email protected]

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MundoGEO 77 | 20148

LUIZ MUNARETTO

ENTREVISTA

Instrutor de cursos aeronáuticos e consultor na área de VANTs

Engenheiro eletricista, piloto instrutor da Aviação de Caça e piloto de provas, Luiz Munaretto é instrutor do curso de ensaios em voo, com 25 anos de experiência na área. Coronel da reserva da FAB, Munaretto foi inspetor de aviação (INSPAC) pelo DAC. Ministra cursos aeronáu-ticos no Brasil e no exterior e provê há 4 anos cursos e consultorias na área de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) pela DCA-BR, onde é especialista, instrutor e consultor de VANTs e em engenharia aeronáutica. Mu-naretto foi instrutor do Curso VANTs & Drones, realizado no MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014.

MundoGEO: Quais os componentes neces-sários para se efetuar operações com VANTs com segurança?

Luiz Munaretto: Vou responder a pergunta com 4 outras perguntas: a) o VANT está regular e obedece as normas da Anac, do Decea e da Anatel? b) o VANT tem documentação operacional e segue um programa de manutenção? c) o piloto do VANT está bem treinado e tem conhecimentos de aerodinâmica, de meteorologia e de regras de tráfego aéreo? d) a empresa tem padrões de operação estabelecidos? Se as 4 respostas foram “sim”, pode-se dizer que essa operação tem padrão um mínimo aceitável de segurança.

MG: As empresas do setor de mapeamento es-tão prontas para atuar com VANTs?

LM: A maioria das empresas considera a operação de VANT como uma operação de aeromodelo mais so-fisticado e não como uma atividade aeronáutica como deveria ser. Outro aspecto é que as empresas concen-tram-se na parte da coleta dos dados (razão maior da operação) e confiam demais na baixa probabilidade de falhas, em problemas de tráfego aéreo e no dano a terceiros (pessoas ou propriedades).

MG: Como estão caminhando as questões le-gais para uso de VANTs no Brasil?

LM: Para operações experimentais de VANT já exis-te regulamentação específica da Anac e do Decea. Para operações não-experimentais a Anac deverá aprovar legislação (estima-se) até o fim de 2014.

MG: Qual a importância de se ter diferentes níveis de regulamentação?

LM: Os diferentes níveis de regulamentação im-plicarão em que VANTs maiores terão níveis “míni-mos” de segurança regulamentares mais elevados. Destaca-se a palavra mínimos, pois a própria empre-sa pode elevar os seus requisitos para patamares mais altos em beneficio da segurança das opera-ções. Esses níveis irão variar, basicamente, nos re-quistos de projeto e de manutenção do VANT e na habilitação do piloto.

Com o tempo, as empresas sentirão

necessidade, por questões legais e financeiras, de se

profissionalizarem

MG: Quais as possibilidades e possíveis aplica-ções ainda não estabelecidas para esta tecnologia?

LM: Hoje, a maior parte das operações no Brasil se concentram em coleta de dados em uma área específi-ca, tais como: uma plantação, uma obra de engenharia civil, uma mina. Porém, existe um nicho de mercado ainda não explorado: o mercado de operações legais para atender grandes empresas governamentais e privadas, que não aceitariam operações fora da legis-lação da Anac e do Decea.Tais empresas demandam inspeções em grandes áreas e grandes linhas (flores-tas, hidrelétricas, fronteiras, linhas de transmissão de energia, oleodutos, gasodutos, estradas etc.).

MG: Qual a sua visão sobre o uso civil de VANTs no Brasil?

LM: Existe um potencial muito grande de aplica-ções, conforme mencionado na resposta acima. Em geral, as necessidades de aplicações serão atendidas, na sua maior parte, por operações ilegais.

MG: E para uso militar, quais as principais vantagens e como os VANTs já vêm sendo uti-lizados no país?

LM: As vantagens principais em uma operação militar, quando comparado com uma aeronave tri-pulada, são: o menor custo operacional por hora de voo, a maior autonomia e nenhuma perda de tripu-lação nas missões. No Brasil, as três Forças Armadas já fazem operações com VANTs, sendo que a Força Aé-rea e a Marinha já têm emprego operacional regular dessa tecnologia.

MG: Como você enxerga o futuro desta tecno-logia em relação ao mercado brasileiro?

LM: Dada a extensão territorial do País, o emprego ainda é incipiente. O mercado de VANTs pequenos e médios ainda tem muito potencial de crescimento. Com o tempo, as empresas sentirão necessidade, por ques-tões legais e financeiras, de se profissionalizarem e te-rem uma visão aeronáutica para operação dos VANTs.

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9 MundoGEO 77 | 2014

furtado

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10 MundoGEO 77 | 2014

LATITUDE

Duas grandes novidades agitam e animam o mercado geoespacial do Brasil. Primei-

ro, o Projeto de Lei que está sendo finalizado

pelo Ministério do Planejamento e Gestão para

ser encaminhado para votação no Congresso,

o qual cria o Conselho Nacional de Geoinfor-

mação (Congeo). Pelo que sabemos, este novo

conselho substituirá a Comissão Nacional de

Cartografia (Concar).

Esperamos sinceramente que ele seja mais

leve e enxuto e que tenha mais representativi-

dade de fato, não só na teoria, dos diversos seg-

mentos que formam a comunidade, como insti-

tuições públicas, universidades e as empresas do

setor - organizadas através de suas associações.

É mais que sabido que o modelo da Concar, des-

de sua criação há vários anos atrás, não deu certo,

apesar do grande esforço dos profissionais envolvi-

dos. Isto pode ser explicado pela burocracia, pouco

comprometimento de boa parte dos representantes

e ausência de força política, que é histórica neste

meio. Reuniões semestrais, realizadas com membros

titulares de uma enormidade de instituições, tinham

que lidar frequentemente com “recém-chegados” ao

tema. As discussões e definições que não avançavam,

junto com as tecnologias e demandas dos usuários se

acelerando, acabaram por sufocar os planos da Con-

car. Seu grande legado, deixado através do esforço

da valente equipe, são os avanços da Infraestrutura

Nacional de Dados Espaciais (Inde) que, pelo que

percebemos, vem sendo valorizada pela comunida-

de como garantia de interoperabilidade e compar-

tilhamento dos tão disputados dados geoespaciais.

Em paralelo, o governo federal promete para

este ano, numa primeira fase, discutir de fato

com a comunidade e liberar termos de referência

para contratação de imagens de satélite, para

depois chegar na produção de mapeamento

a partir de sensores ópticos, radar e laser. Este

esforço também engloba a implementação de

instrumentos e controle das áreas mapeadas,

evitando sobreposição, o que é muito comum

hoje nos mapeamentos. Com estes instrumen-

tos, os diversos órgãos públicos poderão usar

estes termos para balizar suas contratações de

serviços e facilitar o intercâmbio da geoinforma-

ção entre os diversos órgãos governamentais.

Temos convicção de que estas ações rever-

berarão nos governos estaduais e municipais,

refletindo uma nova postura destes usuários e,

com isso, impulsionando o mercado, pois como

se sabe mais da metade das contratações de ma-

peamento vêm das demandas governamentais.

Outros desafios se apresentam. Esperamos

que os governantes, independentemente de

suas convicções partidárias, pensem no setor

de geração de dados para planejamento e mo-

nitoramento de suas ações com mais atenção.

Fazer um país crescer de forma sustentável, criar

uma infraestrutura inteligente e monitorar seu

território exige muito investimento público na

geração de dados geoespaciais.

É fundamental que o governo invista mais

nas equipes que virão a ser gestores da Políti-

ca Nacional de Geoinformação, pois nesta área

não se pode pensar em quatro ou oito anos de

mandato. Movimentos deste tipo têm que ser

pensados como políticas de Estado de longo

prazo, isto é, de no mínimo vinte anos.

CONGEO SUBSTITUIRÁ A CONCARGoverno prepara termos de referência para contratação de dados geográficos pelo poder público

EMERSON ZANON GRANEMANN Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do [email protected]

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bentley

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Hexagon (Leica)

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Hexagon (Leica)

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14 MundoGEO 77 | 2014

WEB

No dia 5 de maio o Portal MundoGEO registrou um recorde histórico de visitação diária, com 8.247 visitantes únicos.

"Este recorde histórico é fruto de vários fatores, des-de a qualidade da equipe que produz o conteúdo, passando pela sua alta capacidade produtiva, o cresci-mento da MundoGEO nas redes sociais, a proximidade com o evento MundoGEO#Connect e o interesse cada vez maior da sociedade nas Geotecnologias. Enfim, tudo contribuiu para esta alta visitação, e certamen-te a marca de 8,2 mil visitas será batida nos próximos meses", comemora Eduardo Freitas, editor e coorde-nador do portal.

Acesse o Portal MundoGEO em www.mundogeo.com e fique por dentro do setor de geotecnologias!

RECORDE HISTÓRICOWEBINAR NA ÁREA AMBIENTAL REÚNE MAIS DE MIL PARTICIPANTES

No dia 13 de maio foi realizado o webinar "serviços ecossistêmicos em avaliação de im-pacto ambiental", que reuniu 1178 pessoas na sala online. Com quase dois mil inscritos, o seminário foi realizado em parceria com a editora Oficina de Textos, e abordou as ori-gens e os significados do conceito de servi-ços ecossistêmicos, mostrando as principais diretrizes e orientações atuais para sua apli-cação na avaliação de impactos ambientais em projetos e casos práticos. Os participantes ganharam um desconto exclusivo de 20% - oferecido pela Oficina de Textos - para aqui-sição do livro "Avaliação de Impacto Ambien-tal – 2ª edição”, de autoria de Luiz E. Sanchez, palestrante deste webinar.

Visite www.mundogeo.com/webinar para conhecer a agenda completa e aces-sar os materiais (arquivos pdf e vídeos) de eventos anteriores.

+LidasMarçoGarmin lança tablet com GPS, Wi-Fi e sistema Android

CPRM produz recorde de mapas geológicos do Brasil

Esri lança mapas que ajudam a interpretar a crise na Crimeia

AbrilIBGE mapeia centralidade da gestão do território brasileiro

Lançado mapeamento a laser de Pernambuco

Geógrafos, agrimensores e cartógrafos se reúnem para discutir legislação, currículos e atuação

25 MIL FÃSA MundoGEO atingiu no mês de maio a marca de 25 mil pessoas que “curtem” sua página no Facebook. Presente na rede so-cial desde 2010, a MundoGEO posta dia-riamente conteúdos e curiosidades so-bre o mundo das geotecnologias, além de compartilhar oportunidades no se-tor e realizar sorteios exclusivos. Acesse: www.facebook.com/mundogeoconnect e curta a MundoGEO no Facebook!

JÁ CONHECE A MAIOR REDE SOCIAL DE GEOINFORMAÇÃO DO MUNDO?

GeoConnectPeople é a primeira e única rede social exclusiva do setor de geomática e soluções geoespaciais.

Você sabia?+ 6.600 é o número de membros na rede+ 570 fotos já foram postadas pelos membros+ 330 tópicos estão em discussão no fórum+ 230 eventos já foram criados na rede+ 270 foram as postagens em blogs+ 117 é o número de grupos na rede

#facts• GeoConnectPeople é a rede social global de pessoas envolvidas com

soluções geoespaciais• A plataforma é aberta a todos os usuários e produtores de geoinformação• Os conteúdos são ligados às geotecnologias e suas diversas aplicações• A rede está pautada pelo debate de ideias e a construção colaborativa

de conteúdos• O GeoConnectPeople é um projeto social sem fins lucrativos, criado e

mantido pelo MundoGEOAcesse http://geoconnectpeople.org e crie o seu perfil!

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15 MundoGEO 77 | 2014

nhecimento possam compartilhar informações com estudantes, pesquisadores, entidades públicas e profissionais da iniciativa privada. O evento MundoGEO#Connect2014 possibilitou essa difusão de ideias porque propiciou contato com um quadro técnico excelente em aplicações voltadas para a Geotecno-logia. Entre os valiosos tópicos que fizeram parte do curso de Banco de Dados Geoespaciais verificou-se a necessidade em criar banco de dados geo; enfrentamento das dificuldades de implementação, de cumprimentos de normas e procedimentos e de coleta e administração de dados e metadados. Penso que o foco agora seja a implementação de políticas de aquisição de dados com foco nas normas da Inde e nos padrões ISO da geotecnologia. O poder público deve ter um papel motivador, através de incentivos financeiros para que empresas da iniciati-va privada possam focar na área de aquisição de dados geoes-paciais. Parabéns para a equipe técnica da Revista MundoGEO por mais este evento de grande sucesso. Que no ano de 2015 possamos nos conectar novamente com a rede de conhecimen-to de geotecnologia e com isso implementarmos esses conhe-cimentos para o desenvolvimento da geotecnologia no Brasil.Vicente Dias Filho | Mato Grosso

REVISTA

Primeiramente gostaria de agradecê-los pelo excelente traba-lho que estão desenvolvendo em frente à revista MundoGEO. Recebi o anuário 2014 e percebi que o Instituto Federal do Mato Grosso com o curso Geoprocessamento, e Universidade de Cuia-bá com o curso de Geografia, ficaram fora da tabela na página 25. São dois cursos importantes na área de geotecnologias.Antonio Carlos de Oliveira Dias | Cuiabá (MT)

Antonio,Obrigado pela dica! Vamos atualizar a lista de cursos para as próximas edições do Anuário.

OPINIÃOGostei dos temas levantados no vídeo "Educação: Como me-lhorar os recursos humanos", mas me surpreendi por não ter escutado sobre o licenciado em geografia! Este profissional, ao meu ver, tem capacidade de intermediar as aproximações dos profissionais/universidades com a geotecnologia, uma vez que desenvolveu em sua formação não só conhecimentos sobre o tema, mas também maneiras de o repassar por meio da educação.Patrícia Iribarrem

É de importância fundamental o empenho para criar uma rede de conhecimento na qual profissionais de diversas áreas de co-

SEÇÃO DO LEITOR

Envie críticas, dúvidas e sugestões para [email protected]. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.

Exército normatiza e produz dados geoespaciais para a Copa do Mundo 2014Rogerio Filho O exercito brasileiro está de parabéns pela nova tecnologia!

MundoGEO#Connect 2014Ejecart Empresa JúniorExcelente evento, parabéns a MundoGEO pela organização.

Patricia De Castro PedroO credenciamento poderia ser mais organizado. No primeiro dia foram 30 minutos aguardando para a impressão da credencial.

Base de solos do BrasilPaulo Roberto Cunha FerrazDe interesse para os nossos amigos arquiteto (as), engenheiros e demais profissionais envolvidos na área.

@mrh773 Alarmante población vulnerable a peligros naturales en Peru es mas de 18 millones @MundoGEO

@AgendaCAFNuestra plataforma #GeoSUR presente en @MundoGeo 2014 http://ow.ly/wQ38I

@brunagauterioBah, tava show de bola o seminário online do @MundoGEO

Perfil dos Municípios BrasileirosMiguel DinizMuito agradecido pelas informações sempre atualizadas. Parabéns!

@gabyqueluz@MundoGEO Olá, gostaria de saber quando terá outro webinar (:

@CatastroBogota Todos los detalles de la Feria Tecnológica Espacial MundoGEO#Connect 2014 aquí http://bit.ly/1ksY50T @mundogeo @Idebogota

@XMobotsFeira @MundoGEO Connect, sucesso de público! XMobots participando com os drones Echar e Nauru, nos estandes da Alezi e CPE Tecnologia

@globalsaopaulo@MundoGEO e @emplasagov promovem maratona de ideias para gestão urbana #Urban #SPglobal

@helton_uchoaAssistindo as apresentações no auditório de SIG @MundoGEO Connect

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Santiago e Cintra

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Santiago e Cintra

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Santiago e Cintra

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Santiago e Cintra

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20 MundoGEO 77 | 2014

CADASTRO AMBIENTAL RURAL É REGULAMENTADO

Foi publicado, no dia 5 de maio, o decreto que regulamenta as normas para os programas de regularização fundiária e estabelece o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Quem possuir imóveis rurais deve se inscrever no CAR e iniciar o processo de regularização no caso de danos em áreas de Preservação Permanente (APP), de Reserva Legal e de uso restrito.

INFO

www.car.gov.br

ESTADO DO AMAPÁ SERÁ MAPEADOFoi assinado um Convênio entre o Estado do Amapá, a Secretaria de Estado do

Meio Ambiente (Sema) e o Exército Brasileiro, por intermédio do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) e da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG), que objetiva à elaboração da base cartográfica digital contínua do Estado do Amapá.

De acordo com o documento, as áreas a serem mapeadas serão nas escalas de 1:25.000 e 1:50.000.

INFO www.dsg.eb.mil.br

NAVEGANDO

A Rússia lançou com sucesso um novo

satélite de navegação Glonass-M

aiRbus Defence anD space firmou

uma parceria com a bae systeMs para

fornecimento de imagens de radar com

maior qualidade, precisão e resolução

A HexaGon adquiriu a safeMine,

empresa fornecedora de soluções de

segurança para mineração

A toMtoM firmou uma parceria estratégica

com a Micello para ampliação de suas

soluções em mapeamento, incluindo

espaços internos

A Geofusion e a uRban systeMs

firmaram uma parceria na área de

GeoMaRketinG, visando crescer mais de

40% em relação a 2013

O ibGe lançou o estudo “Redes e Fluxos

do Território: Gestão Do teRRitóRio”,

que mapeia o país do ponto de vista da

centralização municipal das ligações entre

sedes e filiais de empresas

O seRviço GeolóGico Do bRasil

(cpRM) lançou seis novos projetos de

levantamentos aeRoGeofísicos do Brasil

O exéRcito bRasileiRo (eb), por meio

da Diretoria de Serviço Geográfico

(DSG), anunciou a publicação da Norma

da Especificação Técnica para Produtos

de Conjuntos de DaDos Geoespaciais

(ET-PCDG)

Recorde! Em 2013, o cpRM disponibilizou

56 novos mapas de caRtoGRafia GeolóGica

DISPONÍVEL BASE DE SOLOS DO BRASIL

A Embrapa Informática Agropecuária disponibilizou a maior base de dados de solos do Brasil. Um conjunto de nove mil perfis de solos brasi-leiros está disponível na internet para acesso público e gratuito. O sis-tema de informação reúne, em uma única plataforma, todo o resultado de pesquisa sobre o tema que a Empresa produziu nos últimos 40 anos.

Os perfis são as unidades básicas do estudo dos solos e o seu conhe-cimento é fundamental para o planejamento do uso sustentável e con-servação dos solos brasileiros. Além disso, a informação obtida nesses perfis gera o avanço do conhecimento em solos tropicais.

INFO www.sisolos.cnptia.embrapa.br

PRIMEIRO MAPEAMENTO INDOOR UNIVERSITÁRIO

O Senac-SP apresentou um projeto inovador no país, o primeiro ‘Stre-et View Indoor’ de uma universidade brasileira. Com a nova ferramenta é possível fazer uma um “tour” pelas dependências dos três campus do Senac: Santo Amaro, Campos do Jordão e Águas de São Pedro.

O Projeto, desenvolvido pela empresa Geoambiente, faz parte da campanha de marketing do vestibular do Senac para o segundo semes-tre de 2014.

INFO www.sp.senac.br/visitavirtual

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MAPEAMENTO DE PERNAMBUCO

Foi anunciado no dia 31 de março, no Palácio do Campo das Princesas, em Recife (PE), pelo governo do estado, o mapeamen-to do estado de Pernambuco. O trabalho será executado pelo Consórcio Águas de Pernambuco, formado pelas empresas Esteio (42%), Engefoto (33%) e Aeroimagem (25%), além de mais duas subcontratadas. O Estado de Pernambuco será inteiramente ma-peado com Ortofotos e Perfilamento a Laser na escala 1:5.000 (1cm = 50m). Entre as cidades do estado, 17 serão mapeadas com mais precisão, na escala 1:1.000. A área total a ser mapeada é superior a 98 mil quilômetros quadrados e o prazo previsto para conclusão dos trabalhos é de 15 meses.

Ao todo, cinco empresas paranaenses estão envolvidas no con-trato, que tem um valor de quase 20 milhões de reais.

CBERS-4 SERÁ LANÇADO EM DEZEMBRO

O lançamento do novo Satélite Sino-Brasileiro de Sen-soriamento Remoto (Cbers-4), programado para a segunda semana de dezembro deste ano, na China, foi um dos diver-sos itens da pauta da 67ª Reunião Ordinária do Conselho Superior da Agência Espacial Brasileira (AEB), realizada no início de abril. A previsão inicial para lançamento do satéli-te, que é desenvolvido em parceria entre Brasil e China, era final de 2015. Mas em decorrência da perda do Cbers-3, em dezembro de 2013, devido a uma falha em um dos motores do veículo lançador chinês após partir da base de Taiyuan, os dois países concordaram em reunir esforços e antecipar o lançamento.

| INFRAESTRUTURAS DE DADOS ESPACIAIS | GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO GEOESPACIAL |IDE#ConnectRBMC CHEGA À MARCA DE 100 ESTAÇÕESA Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) dos Sistemas GNSS passou a contar, em março de 2014, com 101 estações, após a integração de cinco novas, localizadas em Araquari e Florianópolis/SC (SCAQ e SCFL), Bacabal/MA (MABB), Sobral/CE (CESB), Afogados da Ingazeira/PE (PEAF).

Cada estação da RBMC é equipada com um receptor GNSS (Global Navigation Satellite Systems – sistemas de navegação GPS + Glonass), conectado a um link de internet, através do qual os dados são disponibilizados gratuitamente no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

INFO www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/rbmc

IDE DO ÁRTICOEm fevereiro de 2014 as organizações respon-

sáveis pelas Agências Cartográficas e Cadastrais da Islândia, Groenlândia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Suécia, Rússia, Canadá e dos Estados Unidos firmaram um acordo de cooperação para promover a criação de uma Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) do Ártico para os próxi-mos cinco anos.

Segundo os organizadores, o objetivo prin-cipal desta IDE é estudar, com dados ambien-tais, as mudanças climáticas que afetam o nosso planeta e, especialmente, o Polo Norte. O pre-sidente do grupo para os próximos quatro anos será um representante do Canadá, o Diretor do Centro de Informações Topográficas de Recursos Naturais do país.

INFO arctic-sdi.org

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22 MundoGEO 77 | 2014

LANÇAMENTOS

ECOBATÍMETRO BATHY 500MFA CPE Tecnologia assinou um contrato de exclusividade com a SyQwest, empresa que oferece soluções em levantamentos hidrográficos há 150 anos. A partir de agora, a empresa passa a fornecer oficialmente os eco-batímetros monofeixe para mapeamento batimétrico da marca, uma das principais fornecedoras de tecnologia para forças navais.Ideal para águas rasas e profundas, os equipamentos da SyQwest possibilitam a utilização da tecnologia CHIRP, sonar de varredura lateral - equipamento utilizado para obtenção de imagens de regiões submersas, podendo ser empregado para a localização de estruturas natu-rais e artificiais.

INFO www.cpeltda.com.br

MAPA HIDROGEOLÓGICO DE SANTA CATARINAO Serviço Geológico do Brasil (CPRM), em convênio com o governo do Estado de Santa Catarina, elaborarou o Mapa Hidrogeológico de Santa Catarina, na escala 1:500.000.Os resultados alcançados descrevem a situação dos recursos hídricos subterrâneos em Santa Catarina, com destaque para os aspectos geológicos e hidrogeológicos do território, sua potencialidade para explotação, qualidade físico-química das águas subterrâneas e também a indicação das melhores condições de seu aproveitamento.O projeto foi desenvolvido em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (GIS), facilitando sua utilização e permitindo ao usuário a realização de algumas tarefas de geoprocessamento, através da visualização e manipulação amigável dos arquivos.

INFO www.cprm.gov.br

A tRiMble apresentou a inspHeRe,

sua mais nova plataforma para

gerenciamento de informações

geoespaciais

A GaRMin do Brasil apresentou o

MonteRRa, o primeiro tablet com GPS,

Wi-Fi e sistema Android

Disponível o software GeoseRveR 2.5.0, solução que permite a edição,

compartilhamento e processamento

de dados geoespaciais

O ipea disponibilizou o software

ipeaGeo 2.0, solução gratuita

que permite o desenvolvimento

de análises baseadas em

estatística espacial

A associação GvsiG lançou o GvsiG 2.1 Rc1, nova versão que oferece

diversas novidades

A aGência espacial euRopeia (ESA

em inglês) lançou com sucesso seu

primeiro satélite ambiental copéRnico

A associação GvsiG anunciou que

já está disponível para download a

versão 5.0 da ferramenta livre i3Geo

A leica GeosysteMs anunciou

o lançamento de seu mais

recente laser scanner 3D,

o scanstation p15

O GooGle lançou o inDooR Maps

para o Brasil, já disponível em

aeroportos, estádios de futebol e

shopping centers distribuídos em

mais de 50 cidades

A Geofusion lançou o onMaps MiDia, solução para potencializar a

divulgação de mídia exterior

A pitney bowes anunciou o

lançamento da solução spectRuM spatial, nova plataforma voltada para

location intelliGence

Page 23: Revista MundoGEO 77

23

GLOBAL MAPPER 15.2A Blue Marble Geographics anunciou o lançamento do software Global Mapper 15.2. Segundo a empresa, o software ganhou uma nova funcionalidade para automatizar a criação de feições, bem como a adição de várias novas fontes de dados online, incluindo OpenStreetMap e links de dados vetoriais através de serviços de mapeamento da Web (WMS).

INFO www.bluemarblegeo.com

NEXUS GEOFOTOA Nexus lançou o GeoFoto, uma aplicação para smartphones capaz de fazer o levantamento online de dados a partir de fotos e coordenadas GPS. De acordo com a empresa, diferentemente das soluções que já estão no mercado, o processo online permite que as informações da foto, os dados e as coordenadas GPS sejam transmitidos imediatamente para um servidor e disponibilizados para visualização no mapa, no local em que foram tiradas as fotos, em qualquer software de mapeamento.

INFO www.nexusbr.com

TERRA VIEW POLÍTICA SOCIALEstá disponível uma versão atualizada do software de geo-processamento Terra View Política Social, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para o Centro de Estudos da Metrópole (CEM). A versão 4.2.2 está disponível gratuitamente no site do CEM, na área de SIG.

INFO www.fflch.usp.br/centrodametropole

SUPERSURV PARA ANDROID E IOSA Supergeo Technologies lançou o SuperSurv, um aplicativo GIS que contém diversas funções de coleta de dados em campo, para smartpho-nes e dispositivos móveis da Apple e com sistema Android. O SuperSurv integra as tecnologias GIS e GPS e fornece funções para pesquisas e coleta em campo, como visualização do mapa, consulta, medição, etc..

INFO www.supergeotek.com

PADRÃO PARA CONVERSÃO DE DADOS

Um grupo de operadores de oleodutos e gasodutos, prestadores de serviços e representantes da indústria, reuniram-se para discutir o desenvolvimento de um pa-drão sobre PipelineML/PipeML. Este padrão visa permitir a transferência de dados entre diferentes softwares, sis-temas e aplicações sem perda de precisão, densidade, resolução dos dados e, além disso, sem necessitar de conversão entre formatos intermediários ou proprietários.

PITNEY BOWES AUMENTA SUA PARTICIPAÇÃO

O OGC anunciou que a Pitney Bowes elevou seu ní-vel de adesão ao comitê técnico para membro prin-cipal. Como tal, a empresa participará do Comitê de Planejamento do Consórcio – explorando o mercado e as tendências tecnológicas relevantes – para que o OGC permaneça eficaz e ágil no ambiente tecnológico. Além disso, a empresa passa a participar nas decisões de aprovação final dos novos padrões OGC.

NOVO PADRÃO CITYML 3.0O OGC anunciou um novo padrão CityGML 3.0. O Ci-

tyGML é uma estrutura de modelo de dados framework aberto, baseado em padrão de codificação XML para mo-delagem, armazenamento e troca de modelos. Em 2008, foi adotado pelos membros OGC como um padrão inter-nacional. Além disso, o CityGML está sendo implemen-tado em toda a Europa, Canadá, Oriente Médio e Ásia.

OGCOGC

A Trimble anunciou uma nova versão do seu softwa-re eCognition para análise de dados geoespaciais. O eCognition é uma solução para a análise e extração de informações a partir de dados geoespaciais coletados através de plataformas aéreas, de satélite e de mape-amento móvel.O novo eCognition 9 simplifica e reduz o tempo neces-sário para classificar objetos em conjuntos de dados de imagens. Com a nova versão, usuários podem definir objetos graficamente para agilizar o processo de criação de ‘templates’. Esses modelos são utilizados para identi-ficar automaticamente objetos de interesse na imagem.

INFO www.ecognition.com

ECOGNITION 9

A Leica Geosystems anunciou uma série de novidades para a linha Zeno GIS. As novas versões dos dispositivos CS25 plus e CS25 GNSS plus trazem melhorias significativas em desempenho, com maior ca-pacidade de armazenamento, câmera de maior resolução e funcio-nalidades de comunicação mais rápidas para aprimorar o processo de coleta e gerenciamento de dados de campo.

INFO www.leica-geosystems.com

ZENO GIS

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24 MundoGEO 77 | 2014

CAPA

A tecnologia laser scanner não pode ser considera-da uma novidade nos setores de mapeamento e

levantamentos de dados, nem mesmo no Brasil. O que se encontra hoje é a introdução de diversos equipamen-tos, estes sim, com inúmeros recursos e em constante evolução, de forma surpreendentemente dinâmica.

Em 2002, a revista InfoGEO publicou um artigo cha-mado: “Altimetria à Laser, o que é isso?”, e assim se ini-ciava a divulgação desta moderna tecnologia no Brasil. Após todo este tempo, é possível afirmar que o laser scanner causou uma revolução silenciosa no mapea-mento, principalmente aéreo.

Já em 2007, a revista InfoGNSS abordou em sua ma-téria de capa as possibilidades do levantamento com laser 3D, detalhando esta tecnologia que avança rápi-do, até mais do que a sua popularização. Naquela edi-

LASER SCANNER 3D: A REVOLUÇÃO NA COLETA DE DADOSCom inúmeras aplicações, precisão e detalhamento inigualáveis, a tecnologia avança rápido e se aproxima cada vez mais das técnicas convencionais de topografia. Mercado brasileiro tem enorme potencial de crescimento

Por AlexAndre ScuSSel ção, o foco estava em mostrar como o uso de técnicas de detecção remota poderia complementar os traba-lhos topográficos. Hoje, os assuntos mais discutidos incluem aumento de produtividade, melhoria do custo--benefício dos trabalhos – inclusive com a diminuição de equipes em campo – e nas dezenas de aplicações e possibilidades desta tecnologia.

De acordo com Valther Xavier Aguiar, Diretor Técnico da Esteio Engenharia e Aerolevantamentos, a empresa foi a pioneira, no Brasil, em usar um sistema laser aéreo, começando trabalhos com a tecnologia em 2001: “De lá para cá os equipamentos evoluíram muito. O primeiro que usamos tinha uma capacidade de emissão de 25 mil pulsos laser por segundo. Nos dias atuais já existem equipamentos que podem emitir 1 milhão de pontos por segundo, ou seja, nestes 13 anos a capacidade de

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25

emissão de pontos aumentou quarenta vezes”, afirmou. Ainda segundo Valther, paralelamente ao laser aé-

reo foram também introduzidos no mercado os equi-pamentos de laser terrestre, revolucionando os levan-tamentos topográficos e, mais recentemente, foram lançados os equipamento de laser móvel, permitindo também o imageamento fotográfico georreferencia-do. “Isto vem ao encontro da necessidade constante de redução de prazos e custo de levantamento quando comparados aos levantamentos convencionais, sejam aéreos ou terrestres".

LASER SCANNER X TOPOGRAFIA CONVENCIONAL

A necessidade de medições em três dimensões não é recente. Inicialmente os dados eram coletados em 2D, sobre um plano horizontal, e fazendo uso de alguma técnica eram complementados com a elevação, tornan-do-os 3D. Com a necessidade, em cada época buscou--se técnicas de medição que permitissem a obtenção de forma mais rápida e precisa.

Apesar de ser a metodologia mais nova nas me-dições de campo, o laser scanner 3D (LS3D) utiliza o mesmo princípio da estação total, onde basicamente é feita a medição de ângulos e distâncias para o posi-cionamento tridimencional. A diferença está na cole-ta abundante de informações num curto período de tempo, feita pelo LS3D, versus a escolha meticulosa de pontos em campo com uma estação total ou GNSS.

Popularmente conhecido como laser scanner 3D, este equipamento se desenvolveu rapidamente antes mesmo de sua popularização. A designação se deu pelo uso essencial do Laser para as medições lineares e da varredura (scanner) horizontal e vertical para as medições angulares de forma muito mais rápida que as estações totais. O título 3D surgiu pelo fato dele arma-zenar, como dado bruto, essencialmente coordenadas XYZ, calculadas em tempo real a partir das medições lineares e angulares.

De acordo com Bruno Damas, da empresa Man-fra/Hexagon, atualmente o mercado oferece equipa-mentos capazes de realizar uma poligonal de campo com os mesmos conceitos que seriam utilizados na operação de uma estação total, facilitando a curva de aprendizado por novos usuários e eliminando equipes de apoio para referenciar os projetos laser scanner. “A maior inovação tecnológica, que está sendo percebida nos últimos anos, tem relação com a aproximação do laser scanner das técnicas de topografia convencional. Além disso, os avanços em softwares para geração de produtos através da nuvem de pontos também ganha destaque no mercado, pois é importante reforçar que a nuvem de pontos não é um produto final, mas sim a

ferramenta para geração de produtos com alta precisão e detalhamento”, comenta Bruno.

O produto mais básico do laser scanner 3D é a Nu-vem de Pontos, a qual é essencialmente a junção de todos os pontos medidos por cenas independentes, num único sistema de coordenadas. Além das coorde-nadas XYZ, também é obtida a intensidade de retorno do laser para cada ponto, o que ajuda bastante a iden-tificar elementos em campo em função do material e da cor. “A densidade de pontos deve ser adequada com o objetivo do trabalho, sendo que a Nuvem de Pontos permite a obtenção de informações e dimen-sões diretamente sobre ela, mas exige do profissional conhecimento e habilidade, assim como hardware e software específicos para tal”, afirma Rovane Marcos de França, consultor da Vector Geo4D. Ao interpretar uma Nuvem de Pontos é possível fazer, com grande precisão, o perfilamento dos elementos e identificar exatamente o que se está medindo. “Para aumentar a qualidade no registro, nos pontos em comum ou nos pontos de referência utilizamos targets (alvos) que per-mitem medir o ponto com maior precisão. Estes targets podem ser de vários formatos, tamanhos e materiais. Com os targets bem distribuídos espacialmente, inclu-sive em altitudes, garantimos um registro consistente e de qualidade, que atenderá a precisão especificada pelo fabricante”, explica Rovane.

Quanto à precisão, nas condições usuais, pode-se dizer que o laser fixo é o mais preciso deles, podendo chegar a valores melhores que uma polegada, entretan-to é o mais limitado em alcance. “O laser móvel terrestre está numa posição intermediária em precisão – algo entre uma e duas polegadas, porém maior flexibilida-de de uso. Já o laser aéreo possui precisão não melhor do que as duas polegadas, entretanto permite mapear grandes áreas de forma bastante homogênea e com grande velocidade. Em determinadas situações haverá certamente superposição com alguns levantamentos aéreos e topográficos, pois o laser móvel comtempla uma fatia de mercado que se posiciona exatamente entre estas duas modalidades”, explica Valther Aguiar.

“Em 2010 a integração, processamento e fotogra-fias foram melhorados. Hoje, há equipamentos capa-zes de medir a até 4 quilômetros, outros com frequên-cia de 1 milhão de pontos por segundo, outros com fotografias de 70 megapixel integradas. O poder de processamento chega a campo, permitindo inclusive que o registro (união das cenas) seja feito em campo com alguns cliques. O laser scanner 3D móvel conta com câmeras fotográficas que são associadas ao mo-vimento. Os softwares adotam complexos algoritmos para modelagem e extração de informações de forma ágil”, informa Rovane.

“Os novos usuários e as pessoas que estão

querendo trabalhar com laser não devem se desencorajar pelos

altos valores, porque o mercado existe. As pes-soas podem começar a

montar um processo e ir construindo isso dentro

das empresas. Hoje já existe comercialização

de equipamentos semi--novos e locação, por-

tanto as pessoas podem preparar suas equipes e

seus negócios, buscando informações para vir a

trabalhar com essa fer-ramenta fantástica”

Bruno Damas – Manfra/Hexagon

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26 MundoGEO 77 | 2014

ESCANEAMENTO SOBRE RODASO laser scanner terrestre móvel é um sistema for-

mado por diversos sensores, como: laser scanner, câmeras digitais, GNSS, IMU (Sistema Inercial) e DMI (Odômetro). Todos esses sensores integrados irão compor o hardware de campo. A tecnologia tem várias denominações e siglas, sendo as mais conhe-cidas: Laser Terrestre Móvel (MLS – Mobile LASER Scanning) ou Sistema de Mapeamento Móvel (MMS - Mobile Mapping Systems). “Apesar do Perfilamento Aéreo a laser ser bem conhecido e fundamentado na Cartografia, só mais recentemente a tecnologia do laser móvel vem sendo considerada como fer-ramenta para coleta de dados tridimensionais em aplicações de mapeamento de corredores (rodovias, ferrovias, etc.)”, declara Amauri Alfredo Brandalize, Diretor Técnico na Esteio.

Embarcado em uma plataforma móvel (veículo), a coleta de dados se dará em movimento, onde to-dos os sensores estarão realizando suas medidas. Posteriormente, com técnicas de pós-processamen-to dos dados brutos, o usuário irá cruzar todos os dados oriundos desses sensores para obter uma nuvem de pontos 3D associada a imagens digitais. Este dado será a referência para geração de pro-dutos finais aplicados em projetos como cadastro urbano, engenharia rodoviária, engenharia ferro-viária, entre outros. “A vantagem do laser scanner terrestre móvel está na agilidade de campo, asso-ciada ao detalhamento das áreas de estudo. Esses dados são coletados com a facilidade de percorrer o local com veículos em movimento e, dessa forma, ganha-se em tempo e redução de custos com equi-pes em campo” afirma Bruno Damas.

Os Sistemas de Mapeamento Móvel (SMM) per-mitem a coleta de informações 3D de milhares de pontos ao longo de uma via, além de imagens e/ou vídeo, enquanto trafega em velocidades normais de estrada. Esta tecnologia embarcada proporciona maior segurança para os serviços de medição e ca-dastro ao longo de sistemas viários, esta que é uma das principais preocupações nos trabalhos em locais com grande volume de tráfego. “Não serão mais ne-cessários 10 dias de bom tempo para coletar dados em uma estrada de 20 quilômetros por uma equipe de campo. Com um SMM, a coleta de dados pode ser feita em cerca 30 minutos e o processamento de dados em escritório”, explica Amauri Brandalize.

Segundo Valther Aguiar, os principais contratantes da tecnologia laser móvel são aqueles têm necessi-dade de mapeamento linear, seja de ruas, estradas, ferrovias, hidrovias, dutos e outros. “O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Ins-tituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) e algumas concessionárias de rodovias já pu-deram usufruir desta maravilhosa tecnologia, através da Esteio”, afirma.

Um sistema de mapeamento móvel é formado por uma plataforma unificada, que compreende um laser scanner em combinação com receptor GNSS, além de unidade de medição inercial (Inertial Measurement Unit - IMU) e um instrumento de medição de distância (Distance Measurement Instrument - DMI). O laser faz uma varredura de 360 graus do corredor viário com al-cance de até 150 metros, medindo 1 milhão de pontos por segundo. As câmaras imageiam também em 360 graus ao redor do veículo com resolução de 2 mega-pixels e 8 frames por segundo. O sistema pesa cerca de 50 quilogramas e opera por cerca de 10 horas com bateria própria. A qualidade horizontal e vertical é cen-timétrica, conforme utilização de pontos de controle.

Durante o MundoGEO#Connect 2014, a Esteio ex-pôs o Leica Pegasus One, solução completa de ma-peamento para digitalização 3D em movimento, que oferece desde o hardware até o software de processa-mento. A solução captura imagens calibradas e nuvem de pontos, além de permitir o processamento, visuali-zação e interpretação através de um software simples e intuitivo. Indicado para mapeamento de rodovias, áreas urbanas e outras de forma rápida.

“Eu não vejo o laser scanner ficando sozinho na topografia, de forma a descartar as esta-ções totais e receptores GNSS, em virtude de sua próprias limitações, tais como sombras por causa de obstáculos, ve-getação, ou até mesmo pela dificuldade em se trabalhar e visualizar esses dados em 3D, no qual o trabalho exige di-retamente capacitação dos profissionais envol-vidos. Precisamos estar sempre atentos ao que vem pela frente, para que possamos analisar aonde iremos aplicar a tecnologia para não atropelar as coisas, achando que o laser scanner será a salvação de tudo, assim como há profissionais que tra-balham com GNSS mas que geram erros muitas vezes grotescos, por fal-ta de conhecimento da própria ciência”

Rovane Marcos de França - Vector Geo4D

Equipamento de escaneamento laser móvel, apresentado pela Esteio no MundoGEO#Connect 2014

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27

“O sistema permite acesso imediato aos seus dados por meio da análise da nuvem de pon-tos laser. Por exemplo, é possível navegar vir-tualmente nas imagens ou dados laser, obter visualizações de diversos ângulos, adicionar metadados para formação de um Sistema de Informações Geográficas (GIS) ou calcular dis-tâncias entre objetos da nuvem. As imagens e a nuvem de pontos laser estão na mesma orienta-ção, então ao clicar em um objeto em imagem, imediatamente dá acesso aos dados do laser e vice-versa”, explica Amauri.

O acesso detalhado à nuvem de pontos torna esta plataforma ideal, segundo Amauri, para: Inventário de Ativos Rodoviários, com o qual os objetos existentes em uma rodovia podem ser extraídos, modelados e mapeados, incluindo: placas de sinalização vertical, sinalização hori-zontal, obras de arte especiais, linhas de ener-gia, cercas, ‘guard-rail’, drenagem, vegetação, intersecções, paradas de ônibus, postes, radares, entre outros; e Geometria da Via, que pode ser obtida a partir dos dados laser, permitindo as avaliações de largura de pista e acostamento, alinhamento e desnível de pista, rampa, supe-relevação, cortes e aterros, contenções e encos-tas. A situação atual é rapidamente obtida com riqueza de detalhes para posterior análise ou um novo projeto de engenharia.

Nuvem de pontos Laser com feições urbanas destacadas

lização de varreduras móveis com laser. “Maior produ-tividade na coleta de pontos tridimensionais em face à tecnologia laser terrestre estático, numa proporção média de aproximadamente 30 quilômetros por dia. Mas o alto custo inerente à tecnologia envolvida ainda é um empecilho”, declara.

VANTAGENS E DESVANTAGENSAs plataformas de laser scanner terrestre (estático ou

móvel) possuem como principais vantagens a velocida-de de coleta de dados e o alto nível de detalhamento dos objetos/feições, maior velocidade de aquisição e precisão compatível com serviços de engenharia. Além destas, segundo Fernando Cesar Ribeiro, as vantagens do laser scanner permitem reduzir o tempo nos levan-tamentos de campo sete vezes, em média, em relação ao dos métodos convencionais; exportar para vários formatos gráficos: (CAD, Revit, PDMS, etc.); visualizar e gerenciar direto na nuvem de pontos; modelar desde uma simples planta topográfica 2D até ambientes intei-ros; possibilitar revisões sem a necessidade de retorno ao local do levantamento e o resultado muito próximo a uma imagem, devido à maior densidade dos pontos.

“O mercado brasileiro superou muitos obstáculos nos últimos anos, principalmente referente à cultura dos profissionais em aceitar a tecnologia e seus produtos. Atualmente, os equipamentos possuem preço justo quando comparados com o nível de produtividade e tecnologia embarcada sendo, em muitas vezes, a me-lhor e única alternativa”, afirma Bruno Damas.

As principais desvantagens apontadas por profissio-nais e especialistas, além do alto custo ainda encontra-do nos equipamentos e softwares, são: necessidade de mão de obra mais qualificada; quantidade muito grande de dados e volume de arquivos, exigindo equipamentos sofisticados; e dependência de uma via para que o veí-culo possa trafegar, no caso do escaneamento móvel.

De acordo com Rovane Marcos França, o merca-do no Brasil ainda está incubado. “A tecnologia está sendo mais utilizada na área industrial e mineração, mas mesmo assim numa reduzida participação se compararmos com topografia convencional nes-tes segmentos. O laser scanner no Brasil está sen-do utilizado somente em casos onde outra técnica não atende, seja por causa do prazo ou pelo custo”, afirma. “Uma base de dados de qualidade ainda é pouco valorizada no Brasil, vemos diariamente ex-celentes projetistas utilizando levantamentos to-pográficos de péssima qualidade ou de bases não apropriadas para elaboração de projetos executivos, por exemplo. Ainda não se deram conta de que se a base de dados é ruim, o projeto também será ruim”, completa Rovane.

“Acredito que ain-da há muito para ser desenvolvido, apesar de hoje termos equi-

pamentos altamente capazes e que levantam milhares de pontos. Mas

o maior desenvolvi-mento que virá está na

parte de softwares, pois cada vez mais a nuvem

de pontos exige que o trabalho seja o mais

automatizado possível, assim precisamos de

softwares capazes de manusear e para extrair

informações automa-ticamente. Com o au-

mento da precisão e da densidade, com clareza

para determinar uma forma, aumenta a capa-

cidade e melhoram os algoritmos de extrações automáticas de feições,

tanto no laser terrestre quanto no móvel. Como

toda tecnologia, a ten-dência é que os equipa-mentos se tornem mais baratos e acessíveis ao

longo do tempo. Antiga-mente só se falava em equipamentos a partir de um milhão de reais,

mesmo terrestres, e hoje já existem na faixa de

200 mil” Luiz Dalbelo -

Santiago & Cintra Geotecnologias

Em 2011, a Esteio Engenharia e Aerolevantamen-tos mapeou, em um contrato para o IPPUC, a Ave-nida das Torres, que liga o Aeroporto Internacio-nal de Curitiba à cidade, realizando quatro tipos de levantamentos: laser móvel, laser estático, laser aéreo e ortofotos, em uma integração inédita no Brasil que gerou dados técnicos para os projetos de revitalização desta avenida, inclusive para o pro-jeto do primeiro viaduto estaiado de Curitiba. “De lá para cá, a Esteio vem utilizando esta tecnologia com muito sucesso em diversos projetos de enge-nharia”, declara Valther.

Fernando Cesar Ribeiro, Diretor Operacional da Sig-ma Geomática, aponta as principais vantagens da uti-

Page 28: Revista MundoGEO 77

UM MUNDO INTEIRO DE POSSIBILIDADES

Os sistemas de medição a laser 3D podem ser apli-cados em vários domínios, passando por planejamento digital de fábricas, oceanografia, instalações industriais, arquitetura, patrimônios, infraestrutura, proteção dos monumentos históricos, engenharia, arqueologia, pai-sagismo, realidade virtual, aplicações forenses, mape-amento de imagens e muito mais, além de aplicações ‘As Built’ para elaboração de plantas topográficas e ma-quetes virtuais, uma vez que a densidade e a coloração real dos pontos (quando utilizada) passam a sensação de imagens e fotos reais.

“Na Toppar, já realizamos o levantamento do Cen-tro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios, utilizando um equipamento FARO, e então modelado com software Revit e georreferenciado a partir de poligonal topo-gráfica executada com estação total e lançamento de alvos de referência para conexão das cenas obtidas com laser scanner. Também realizamos o levantamento do estádio João Avelange (Engenhão). Neste caso o cliente contratou apenas a entrega da nuvem de pontos para gerenciamento de informações em software nativo Scene”, declarou Fernando Cesar.

A FARO, desenvolvedora de tecnologia para medi-ções 3D, oferece diversas soluções em equipamentos, que vão desde metrologia e documentação 3D até laser scanners terrestres. Os equipamentos Focus 3D Série X possuem dimensões reduzidas e permitem, dentre ou-tros, escaneamento com alcance de 130 ou 330 metros, digitalização inclusive sob luz solar, posicionamento

com GPS integrado, e varredura em longas distâncias com baixo nível de ruído na nuvem de pontos.

Adriano Scheuer, Gerente de Contas da FARO Laser Scanner, aponta que as aplicações mais co-muns no segmento são: Levantamento Topográfi-cos, Documentação 3D, As-built em Geral e Inspe-ção e Análise. De acordo com informações da FARO, os equipamentos desenvolvidos pela companhia podem ser usados para:

• Arquitetura: Criar documentação 2D e 3D precisa para arquitetos ou engenheiros, para facilitar reformas, revitalizações e mudanças; criar um modelo BIM para colaboração de con-tratados, estudos energéticos, gestão de ins-talações, etc.; monitorar estruturas ao longo do tempo devido ao atrito e assentamento; executar uma pré‐fabricação de componentes para a construção fora da obra;

• Engenharia Civil: Digitalizar rapidamente estru-turas inteiras; fornecer aos engenheiros medições da deformação para a colocação de reforço; revita-lizar levantamentos à distância sem a necessidade de andaimes e escadas;

• Construção Civil: Eliminar retrabalhos e mu-danças de alto custo; monitorar o progresso da construção para documentação jurídica e técnica; criar documentação 2D e 3D precisa para facilitar reformas, revitalizações e mudanças;

• Patrimônio: Capturar detalhes da superfície e desenvolver modelos 3D para uso em projetos de restauração; documentar as condições em que se encontra para a preservação de construções histó-ricas; determinar o dano existente, mas também pode ser utilizada de forma preventiva e para mo-nitoração contínua;

• Geologia: Capturar detalhes da superfície e desenvolver modelos 3D para uso em projetos; documentar as condições em que se encontra para a preservação da área; criar modelos 3D de sítios arqueológicos;

• Agrimensura e Topografia: Criar rapidamente mapas topográficos para medir distâncias, áreas e volumes; detectar deficiências de construção e deformação em pontes; gerar visualizações CAD 2D precisas, elevações e perfis de seções; realizar o detalhamento do escritório através de levanta-mento virtuais;

• Túnel e Mineração: Capturar o perfil real do túnel para comparação e projeto; avaliar a capaci-dade do túnel para novas demandas; realizar ma-peamento geológico colorido; recolher informa-ção geométrica da cavidade, como comprimento, volume e forma;

“Hoje o laser scanner já é presente na to-pografia, e no futuro tem áreas ainda não exploradas, como para meio-ambiente, infra-estrutura que está che-gando com muita força, construção civil. Essas novas áreas só tendem a melhorar o merca-do brasileiro. Quanto à topografia convencio-nal, acho que um não vive sem o outro, o laser scanner complementa a topografia.”André Luiz Costa - Hojuara AsBuilt 3D

Escaneamento da Tower Bridge, em Londres

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• Cálculo de Volume: Coletar milhões de medi-ções com uma precisão de 2 mm; medição a dis-tância sem necessidade de contato com a área; reduzir tempo de coleta de dados e gerar resul-tados rápidos e precisos;

• Inventário Florestal: Permite avaliação da flo-resta; otimização e análise de crescimento;

• Óleo e Gás: Pode ser usado em projetos que têm grande quantidade de objetos em situações complexas. Os equipamentos podem ser usados para determinar e certificar os volumes de tan-ques, analisar mapas de desvios, cilindricidade, perpendicularidade, entre outros.

“O laser scanner não é novo no Brasil, mas

é uma tecnologia que tem novidades a cada dia, seja em hardware

ou em software. Nós que trabalhamos há

tempos com prestação de serviços na área, já

encontramos obstácu-los e dúvidas diferentes

de cada cliente. Esta perspectiva nos leva a

buscar incansavelmente novas informações, pes-

quisar novos softwares e investir em capaci-tação. Acredito que,

para o futuro, haverá a integração de sensores,

como por exemplo do laser scanner terrestre

com GPS, radar, fotogra-metria digital, RTK, sen-

sores multi-espectrais, enfim, a tendência é que

você consiga extrair o maior número de infor-

mações espaciais com um único trabalho de

campo, gerando redu-ção de custos.”

José Gaspar Santos Lima - TerraScan

Engenharia

LASER SCANNER NO MUNDOGEO#CONNECT 2014

Alinhado com as tendências e principais novidades do mercado de geotecnologias, o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014, Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais, ofereceu entre os dias 7 e 9 de maio um curso voltado especificamente para esta tecnologia, além do seminário Automação Topográfica, que reuniu especialistas, fornecedores e desenvolvedo-res para discutir sobre esta tecnologia.

“O curso de laser scanner terrestre se deu na mais perfeita ordem. Tínhamos sempre em sala mais de 40 alunos do início até o final. Tínhamos três equi-pamentos de Laser Scanner terrestre em exposição: FARO Focus 3D, um Leica C10 e um ZEB1, disponibi-lizados respectivamente pela Faro, Hexagon e CPE Tecnologia. A parte da tarde iniciamos as 14h pontu-almente no terraço do Centro de Convenções, onde demonstramos um escaneamento sendo executado ao vivo. A Hexagon disponibilizou o equipamento e uma engenheira para que pudéssemos demons-trar. Em seguida voltamos para a sala para fazer o processamento do escaneamento realizado, onde muitas dúvidas puderam ser esclarecidas. Foi muito interessante ver como eles puderam entender com mais propriedade após a demonstração. Na última parte fizemos a demonstração de extração de infor-mações e modelagem nas duas principais áreas de atuação do Laser Scanner Terrestre no Brasil: Indus-trial e Mineração”, declarou Rovane Marcos França, instrutor do curso sobre Laser Scanner.

Na feira de produtos e serviços do evento, várias empresas contavam com modelos de laser scan-ners em exposição: CPE Tecnologia (equipamen-tos da Riegl e da Z+F); FARO (linha Focus 3D e Série X); Leica Geosystems; Maptek (I-Site); e Santiago & Cintra Geo-Tecnologias (equipamentos da Optech, Topcon e Trimble), além da Esteio que expôs o Pe-gasus, equipamento para escaneamento móvel que estava embarcado em um veículo.

Além disso, os equipamentos da FARO também podem ser embarcados em dispositivos móveis, tais como Drones e veículos automotores, permitindo a obtenção de dados de forma rápida em levanta-mentos de grande escala; aquisição de dados com nenhuma ou mínima interrupção do tráfego local; e flexibilidade e ampla área de atuação e aplicações. A FARO também oferece a opção de exportar os dados para o WebShareCloud, que permite visu-alização facilitada, navegar através de fotos pelo projeto; compartilhar em qualquer lugar do mun-do, realizar medições e marcar as mesmas, e criar anotações para que os demais possam ter acesso e responder. A ferramenta pode ser vista em www.americas.websharecloud.com.

Outros usos que já vêm sendo feitos incluem a virtualização de ambientes para jogos e cinema, elaboração de maquetes eletrônicas, realidade virtual, entre outras. GLS 1500 da Topcon VZ1000 da Riegl

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Embratop (geomax)

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Embratop (geomax)

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32 MundoGEO 77 | 2014

MUNDOGEO#CONNECT 2014

Entre os dias 7 e 9 de maio de 2014, participantes de várias partes do mundo conferiram de perto a

quarta edição do maior evento de geotecnologias da América Latina. O MundoGEO#Connect 2014, Confe-rência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais, aconteceu na cidade de São Paulo (SP), no Centro de Convenções Frei Caneca, e reuniu mais de 4.550 participantes, de forma presencial e online, de mais

MUNDOGEO#CONNECT 2014 É SUCESSO DE PÚBLICO E APROVAÇÃOMaior evento de geotecnologias da América Latina aconteceu em São Paulo, entre os dias 7 e 9 de maio, e reuniu mais de 4.550 participantes presenciais e online. Feira com mais de 70 marcas globais mostrou novidades em Drones, equipamentos para topografia, laser scanners, softwares GIS, etc.. Mais de 90% do público aprovou e diz que voltará em 2015

Por AlexAndre ScuSSel e IvAn leonArdI

de 30 países. Ao todo foram 185 palestrantes, nas quase 30 atividades do evento, e 57 empresas expo-sitoras. Com uma programação renovada e alinhada com discussões e demandas atuais, a conferência contou com seminários, cursos, eventos especiais, workshops, fóruns e encontros paralelos, oferecen-do diversas opções de atualização e capacitação em tecnologias e informações geoespaciais.

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"O MundoGEO#Connect este ano atingiu seus objetivos plenamente, pois mesmo com a pro-ximidade da Copa do Mundo e da instabilidade econômica - aliada ao ano eleitoral -, atraiu uma grande quantidade de profissionais das mais va-riadas formações e necessidades", afirma Emer-son Granemann, diretor da MundoGEO. "Além disso, tivemos uma expressiva ampliação do público acadêmico, fato que foi apoiado pela maioria dos patrocinadores, que acreditam que a presença deste público vai garantir um melhor preparo dos profissionais que estarão no mer-cado nos próximos anos", completa.

Para Eduardo Freitas, coordenador da programação do MundoGEO#Connect LatinAmerica, o evento des-te ano foi desafiador sob vários aspectos, tanto pela quantidade de atividades simultâneas e de palestran-

tes envolvidos quanto pelos eventos que foram reali-zados pela primeira vez, como o Geo Hackathon e o Geo Academia. "Os números mostram a aprovação da grade e do formato das atividades, mas ainda temos alguns ajustes a fazer para que a conferência de 2015 seja ainda melhor", finaliza.

“Na feira de 2014, um dos principais destaques fi-cou novamente por conta dos VANTs, além dos equi-pamentos de escaneamento terrestre e as inúmeras soluções inovadoras associadas a informações geoes-paciais”, comenta Emerson. Veja nas próximas páginas quais foram os principais destaques e novidades da conferência e da feira do MundoGEO#Connect, que em 2014 reuniu pesquisadores, usuários e empresários do setor geoespacial.

O evento mais uma vez apresentou uma retrato fiel

do mercado, abrindo espaço aos usuários recém-chegados

e lançando novidades aos mais experientes na feira e

nos seminários. Nos cursos, a grande quantidade de

participantes comprovou o DNA de atualização

profissional que o evento tem.Emerson Granemann

Diretor - MundoGEO

Primeiramente parabenizo a MundoGEO pela

organização de todo o evento MundoGEO#Connect

LatinAmerica. Nós, da Aprogeo-SP, agradecemos pela

oportunidade de participação e também pelo espaço cedido

tanto para o estande quanto para a realização do I Encontro Brasileiro de Geógrafos. Espero

que essa parceria possa se renovar para os próximos anos.

Mariana Figueiredo de Oliveira

Diretora - Aprogeo-SP

Avaliação dos participantes do MundoGEO#Connect 2014

91% voltarão ao próximo evento

85% aprovaram o conteúdo dos seminários e cursos

93% aprovaram a infraestrutura do local do evento

93% opinaram que a feira apresentou novidades

95% indicariam o evento a um colega

93% avaliaram positivamente a organização do evento

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Perfil do público participante

Diretores e Gerentes: 40%

Setor técnico: 46%

Professores e Estudantes:14%

A cada evento como esse que participo aumenta meu

respeito e admiração pelo trabalho de vocês. Imagino o quanto seja trabalhoso fazer

um evento desse porte, mesmo assim, todos vocês estiveram

permanentemente atenciosos e bem humorados. Quero

agradecer muito o apoio que deram em nossa participação,

superando todas as nossas expectativas.

Valeu demais, parabéns!Cláudio Márcio Queiroz -

Topocart

Parabéns pelo trabalho da organização do evento!John A. Fierro - Trimble

Navigation Limited

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34 MundoGEO 77 | 2014

GESTÃO DA GEOINFORMAÇÃO EM DESTAQUE

Com muitos palestrantes internacionais, o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014 contou com vários eventos que tiveram como foco principal o Ge-renciamento da informações geoespaciais. Durante os seminários, palestrantes e participantes debate-ram sobre banco de dados espacias, mapeamentos colaborativos, interoperabilidade das informações, Cidades Inteligentes (Smart Cities), Infraestrutura de Dados Espaciais (IDEs), compartilhamento de dados geoespaciais, entre outros assuntos.

Um dos principais destaques da Conferência, o Se-minário Gestores Públicos de Geoinformação, era muito aguardado por fornecedores, gestores e usuários de informação geoespacial. Realizado no dia 7, logo após a abertura oficial do evento, o evento contou com pa-lestras ministradas por especialistas do Brasil, Alema-nha, Suécia, Canadá, México, Estados Unidos, Uruguai, Espanha, Colômbia, Peru, El Salvador e Venezuela. Com tradução simultânea em inglês, português e espanhol, o seminário foi transmitido pela internet em tempo real. Um dos painéis apresentou e debateu sobre o GeoSUR, a Rede Geoespacial da América Latina e Caribe, com a presença de Santiago Borrero, Ex-Secretário Geral do IPGH e Assessor do GeoSUR; Eric van Praag, Coorde-nador do Programa GeoSUR; Rigoberto Ovidio Ma-gaña Chavarria, Presidente do IPGH e Diretor do IGCN; Alejandro Coca, CIAT, apresentando sobre a iniciativa Terra-i (Projeto Ganhador do Prêmio GeoSUR 2013); e Alexander Montero Pérez, responsável pelo Portal de Serviços do Geoservidor Minam.

O gerenciamento e a organização dos dados geo-espaciais também foi discutido nos cursos Infraestru-tura de Dados Espaciais; Bancos de Dados Geográficos; Geoinformação para Municípios; e Estatística Espacial e Negócios.

Lotando uma das salas do Centro de Convenções, o Trei-namento Padrões OGC de Dados Geoespaciais - ofertado pelo Diretor de Certificação de Interoperabilidade do OGC, Luis Bermudez - abordou os conceitos básicos dos padrões de dados e serviços do Consórcio Geoespacial Aberto. Atra-vés de uma parceria inédita firmada entre o OGC e o evento MundoGEO#Connect, empresas e instituições brasileiras puderam se associar sem custos ao Consórcio. Saiba mais sobre esta parceria na p. 70.

Eric Van Praag e Santiago Borrero no Painel GeoSUR

ALTA TECNOLOGIA PARA COLETA DE DADOS

Reciben los saludos del Ministerio del Ambiente de Perú quedando muy agradecido por la invitación al evento. Esperando participar en los próximos con nuevos proyectos tecnológicos e innovadores que esta desarrollando el Ministerio del Ambiente de Peru.Alexander Montero Perez - Ministerio del Ambiente, Peru

Gostaria de agradecer a homenagem à Vale, pelo reconhecimento a um trabalho exaustivo e de muita dedicação. O Prêmio reforça nossa motivação de construir uma estruturada e sólida base de dados geográficos para nossa empresa. A cerimônia foi ótima e muito emocionante, adorei a oportunidade de participar!Parabéns também pela organização do evento em geral, que representou bem a nossa indústria no momento; é sempre uma excelente oportunidade de network profissional e técnico. Nossa apresentação no workshop com a Topocart também teve boa repercussão; sala cheia em todas as apresentações.Patrícia Procópio - VALE Luis Bermudez, Diretor de Interoperabilidade do OGC

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ALTA TECNOLOGIA PARA COLETA DE DADOS

Para apresentar sobre as novidades e o estado-da--arte das principais tecnologias utilizadas atualmente na coleta de dados geoespaciais, a conferência ofere-ceu um curso e um seminário sobre VANTs & Drones; um curso sobre Laser Scanner Terrestre; o seminário Automação Topográfica e o seminário Imagens de Sa-télites e Aéreas.

Luiz Munaretto foi o instrutor do curso VANTs & Drones

“O Curso de Laser Scanner Terrestre se deu na mais perfeita ordem. Tínhamos sempre em sala mais de 40 alunos do início até o final, e contamos com três equi-pamentos de Laser Scanner terrestre em exposição: um Faro Focus 3D, um Leica C10 e um ZEB1, disponibiliza-dos respectivamente pelas empresas Faro, Hexagon e CPE Tecnologia”, afirma Rovane Marcos de França, instrutor do curso.

O Seminário VANTs e Drones, realizado no dia 8 de maio de 2014, teve como foco mostrar os avanços desta nova tecnologia. Lotando um dos maiores auditórios do evento, este seminário apresentou as principais ca-racterísticas dos Drones, de acordo com o peso, altura de voo, sensor e solução de pilotagem, e mostrou resul-tados concretos das diversas aplicações dos VANTs para mapeamento e monitoramento, além de um panorama

do estágio atual da legislação de homologação desses equipamentos no Brasil e no mundo. Luiz Munaretto, da DCA-BR, foi o mediador, e iniciou apresentando os aspectos comerciais e legais da operação de VANTs com ênfase na legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Anatel e do Ministério da Defesa.

Durante o Seminário Imagens de Satélites e Aéreas, mediado pelo engenheiro Wilson Holler, da Embrapa Gestão Territorial, um dos destaques ficou por conta da apresentação do General Orlando, que manifes-tou preocupação em relação à interoperabilidade em operações militares e com o cuidado em defender in-fraestruturas estratégicas do território nacional. No pai-nel sobre o estado-da-arte em observação da Terra, o destaque foi a apresentação de uma nova constelação que será lançada em 2014, formada pelos satélites Dei-mos-2 e DubaiSAT-2.

GESTÃO TERRITORIAL EFICIENTE E COM INTELIGÊNCIA

Ao longo dos três dias do MundoGEO#Connect 2014, vários cursos e seminários focaram nos de-safios, tecnologias e métodos adotados para a melhor utilização dos dados geoespaciais, de forma a conhecer, utilizar e gerenciar o território rural ou urbano.

De acordo com Flávio Yuaça, Diretor de Informa-ções Urbanas e Geoprocessamento da Prefeitura de Goiânia, durante o Seminário Geinformação para Mu-nicípios foi debatido o conceito de Cidade Inteligente (ou Smart Cities) e os desafios que as administrações enfrentam no Brasil. "Os desafios enfrentados pelas administrações municipais têm mostrado que as fer-ramentas atuais - GIS, cadastros, ortofotos, sistemas de arrecadação, de controle escolar, de saúde - não são

Parabéns pelo evento, de fato foi um sucesso. A Emplasa

sente-se gratificada em ter contribuído.

Rovena Negreiros - Emplasa

Hemos viajado con la intención de conocer las novedades en Geomática, que fueran

aplicables al nuestro negocio postal. La participación en este

tipo de eventos nos permite disminuir esa brecha existente

entre nuestra realidad y el mundo de geo. Además de la feria participamos de los

cursos de Geomárketing, Geostadística, Bases de datos

geoespaciales y VANTs. Mas allá del conocimiento que

los mismos nos dejaron, nos permitieron confirmar que

estamos en el camino correcto. Gustavo Miraballes - Gerente

de Geomática - Correo Uruguayo

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36 MundoGEO 77 | 2014

suficientes para lidar com a complexidade da operação de uma cidade. A mobilidade urbana, por exemplo, é um item preocupante na maioria dos grandes centros urbanos brasileiros", afirma Flávio.

“Em uma Smart City, novas tecnologias são utili-zadas para melhor utilizar a infraestrutura urbana. No caso da mobilidade, por exemplo, os semáforos podem ser conectados a um Centro Integrado de Operações e Controle, que recebe dados de senso-res instalados nos logradouros e que informam a situação do trânsito - quantidade e tipo de veículos, velocidade, acidentes, pontos de congestionamen-to, etc., completa Flávio Yuaça.

Além disso, cinco cursos tiveram ampla participação do público, e instruram sobre Cadastro Ambiental Rural (CAR), Cadastro Técnico Multifinalitário (CTM); Georre-ferenciamento de Imóveis Rurais; Geo na Gestão Am-biental e Geo na Gestão Municipal.

PROCESSAMENTO DE DADOS GEOESPACIAIS

Em 2014, a conferência disponibilizou várias op-ções de atividades para debater sobre diferentes so-luções e ferramentas relacionadas processamento dos dados geoespaciais, atendendo as demandas de usuários e desenvolvedores.

Com mediação de José Augusto Sapienza Ramos, Pesquisador e coordenador-técnico no Laboratório de Geotecnologias da UERJ (Labgis), o Seminário Siste-mas de Informação Geográfica reuniu vários especia-listas para apresentar e debater as tendências do GIS, abordando os diversos aspectos da tecnologia e seus avanços na sociedade da informação. Representantes de empresas e instituições estiveram presentes para compartilhar experiências, projetos realizados, novas tecnologias e tendências.

Google Earth Pro, KML, construções 3D, mapas temáticos, perfis de elevação. No dia 9 de maio, um curso mostrou como explorar ao máximo as ferramentas, aplicações e formatos geoespaciais do Google. Com duração de 6 horas, o curso teve dois momentos. Durante a manhã, a instrutora Ar-lete Meneguette, Professora Adjunta na Unesp, demonstrou como baixar arquivos SHP e KMZ do site do IBGE, abrir e visualizar arquivos SHP, abrir e manusear arquivos como KML ou KMZ, obter coor-denadas geográficas e coordenadas UTM, exibir e medir construções em 3D, etc.. No período da tarde Luis Costa, responsável por Projetos Especiais na Maplink, apresentou sobre Integração do Google Earth Pro com outros produtos Google Geo e sobre o Google Maps Engine Platform.

A edição 2014 do Fórum Geointeligência para Defesa e Segurança foi dividida em dois momentos. O primeiro discutiu al-gumas das principais experiências governamentais brasileiras, com palestras da Diretoria do Serviço Geográfico do Exército, da Guarda Municipal do Rio de Janeiro, Polí-cia Federal e Ministério da Defesa.

O segundo momento concentrou discussões sobre tecnologia, solu-ções e ferramentas para a geoin-teligência, com apresentações sobre VANTs; Imagens de satélite e seu processamento, softwares e aplicativos. “Ao final do Fórum ficou claro que a geoinformação e as geotecnologias são essen-ciais para a defesa e segurança,

tendo papel essencial em ações que vão do monitoramento de si-tuações pontuais no espaço e no tempo, como a Copa do Mundo 2014, e os acontecimentos recen-tes na Crimeia, Ucrania, até a de-fesa das fronteiras do Brasil, tarefa contínua e que cobre uma grande extensão territorial”, explica Fávio Yuaça, mediador do Fórum.

Cursos sobre CAR e Georreferenciamento de Imóveis Rurais lotaram os auditórios do evento

Mini-palestra ministrada no estande da Hexagon

Agradeço a oportunidade pelo convite; gostei muito da feira esse ano. Geramos muito bons leads. Conte conosco para próximos eventos. Ricardo Pinheiro - HERE

Parabéns pelo evento, que estava muito bem organizado e com palestras muito interessantes. Obrigada pelo convite.Leila Fonseca - Inpe

Agradeço em ter o privilégio de participar desse grande evento. Fiquei impressionado com a qualidade e escala. Fico à disposição para contribuir sempre que preciso.Erick Sobreiro - Compsis

Deseo que en el futuro la participación internacional en MundoGEO#Connect siga creciendo. Felicitaciones y gracias por el premio y por toda la organización para nuestra participación.Santiago Borrero - Ex-Secretário Geral do IPGH e Assessor do GeoSUR - Colômbia

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Participei com satisfação, foi um evento grandioso e

muito interessante. Agradeço a oportunidade de poder

apresentar o Ministério da Defesa e suas capacidades na

área da geoinformação.General Div José Orlando

Ribeiro Cardoso - Ministério da Defesa

ATUALIZAÇÃO PARA TODOS!Ao longo do MundoGEO#Connect LatinAmerica

2014 vários eventos paralelos foram promovidos por empresas e instituições, para demonstrar as novidades e projetos em desenvolvimento no setor de geotecnolo-gias. Estes eventos, gratuitos e abertos ao público, foram uma oportunidade para toda a comunidade conhecer o estado-da-arte de projetos e produtos do setor.

“Os diversos eventos paralelos foram destaque, pois ofereceram mais opções para o público, movimentando os três dias de evento. No total foram 1.300 participantes online e 3.240 visitantes únicos nos três dias, resultando em mais de 8.300 visitas no evento, fato que comprova que quase a maioria dos participantes ficou no evento todos os dias, mesclando atividades pagas e gratuitas com a visitação na feira", informa Emerson Granemann, Diretor da MundoGEO.

No dia 8 de maio a Associação Profissional de Geó- grafos no Estado de São Paulo (Aprogeo-SP) organi-zou o I Encontro Brasileiro de Geógrafos (EBG), com o tema “Formação, Atuação e Fiscalização”. Nesta primeira edição o encontro reuniu geógrafos e estudantes para discutir a necessidade de melhorias na formação aca-dêmica, as oportunidades no mercado de trabalho e a garantia legal do exercício profissional. A programação do I EBG contou com três mesas-redondas compostas por geógrafos que atuam em instituições de ensino e em empresas públicas e privadas, além de profissionais liberais, representantes de associações de geógrafos e conselheiros do sistema Confea/Creas.

Com participação intensa da comunidade de geo-tecnologia, o Workshop Embrapa Monitoramento por Satélite: Geointeligência em Agricultura e Meio Am-biente apresentou temas relacionados à geointeligên-cia na agricultura e meio ambiente por pesquisadores e instituições parceiras da Embrapa. "Parabéns pelo MundoGEO#Connect 2014, os números são impressio-nantes. Também destaco, além da quantidade, a qualifi-cação e a diversidade dos segmentos dos participantes

que estiveram presentes no Workshop da Embrapa e visitando nosso estande", comemora Édson Luis Bolfe, Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Em-brapa Monitoramento por Satélite.

Outros eventos gratuitos foram realizados durante o MundoGEO#Connect 2014, como o Workshop Cali-bra, organizado pela Faculdade de Ciências e Tecnolo-gia (FCT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp); e workshops gratuitos pelas empresas Bentley, Sisgraph/Hexagon e Topocart/Vale, oferecendo oportunidades de atualização profissional e de conhecer novos pro-dutos e serviços de geotecnologias.

Aguarde o MundoGEO#Connect 2015!

Acesse os materiais dos seminários e fóruns em: www.mundogeoconnect.com/2014/grade

Google Maps API, Maps Engine, Earth Enterprise, Maps Coordinate, Earth Pro. No Fórum Soluções Google Geo para Empresas, realizado no dia 8 em parceria com a Geoambiente, especialistas do Google e de empresas e instituições parceiras estavam pre-sentes para demonstrar qual a melhor solução para diferentes segmentos e aplicações, e como as ferra-mentas geoespaciais do Google podem melhorar a eficácia e aprimorar resultados. “O sucesso do Fórum Google Geo se deu em função dos depoimentos dos usuários brasileiros da tecnologia Google Maps for Business. Tivemos a oportunidade de apresentar ca-

sos de sucesso inovadores para governos e grandes empresas, através das mais diversas ferramentas de publicação, colaboração e tomada de decisão, tais como sistemas de gestão de obras públicas, portais de cidadania, salas de cenários para análises ambien-tais, sistemas para Cadastro Ambiental Rural, ferra-menta de análise de produtividade e imóveis rurais e até mesmo Indoor Maps! A nossa parceria com o MundoGEO é de extrema importância para fazer com que o mapa seja a principal ferramenta de trabalho das empresas e governos em nosso país”, explica Fe-lipe Seabra, Gerente de Marketing da Geoambiente.

Através de uma parceria entre a MundoGEO e a Asso-ciação gvSIG, aconteceram as 6as Jornadas gvSIG da América Latina e do Caribe (LAC), de forma paralela ao MundoGEO#Connect 2014, proporcionando um local de encontro onde técnicos, pesquisadores, de-senvolvedores, especialistas e a comunidade latino--americana puderam se reunir, em um ambiente com debates em torno da geomática livre e do software gvSIG. Para conferir os materiais do evento, acesse: http://goo.gl/gE4TK2.

Parabéns pelo evento! Realmente é notável que

em cada ano a quantidade de pessoas e o interesse

aumentam. A única sugestão é tentar começar o primeiro

dia um pouco mais tarde, isto dará tempo para as pessoas se

registrarem e evitar atrasos. Mas realmente ficou muito bom!

Gabriel Carvalho | Enterprise Geo Pre Sales - Latam

Foi um prazer poder participar e estou à disposição para as

próximas edições. Igualmente agradável foi a colaboração com os demais membros da

Comissão Avaliadora do Geo Hackathon.

Marcelo Gallacci - Gisbi

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PRÊMIO MUNDOGEO#CONNECT 2014A 4ª Edição do Prêmio MundoGEO#Connect reconheceu empresas, instituições, marcas, softwares, equipamentos e pessoas que contri-

buíram para melhorar o setor de geotecnologia no último ano. Todo o processo de votação teve contribuição da comunidade, que escolheu desde as categorias até os ganhadores. Ao todo foram entregues 30 troféus, em uma cerimônia marcada por muita vibração por parte dos vencedores. Confira a seguir os vencedores das 25 categorias do Prêmio MundoGEO#Connect, eleitos através de votação online, e também os cinco prêmios especiais:Instituição Pública de Maior DestaqueInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)Melhor Instituição de Ensino e PesquisaInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)Melhor Curso de Engenharia de Agrimensura e/ou CartográficaUniversidade Federal de Viçosa (UFV)Melhor Curso de GeografiaUniversidade Estadual Paulista – Rio Claro (Unesp)Associação Profissional mais atuanteAssociação Profissional de Geógrafos no Estado de São Paulo (Aprogeo-SP)Empresa mais lembrada de Desenvolvimento de SoluçõesGeoambienteEmpresa mais lembrada de MapeamentoEngemapEmpresa mais lembrada: Distribuidora de Imagens de SatélitesSantiago & Cintra ConsultoriaEmpresa mais lembrada: Distribuidora de Software de GISSantiago & Cintra ConsultoriaEmpresa mais lembrada: Distribuidora de Software para Processamento de ImagensSantiago & Cintra Consultoria

Empresa mais lembrada: Distribuidora de Equipamentos de Geodésia e TopografiaSantiago & Cintra GeotecnologiaMelhor Empresa para TrabalharGeoambienteMelhor Empresa Júnior no Setor de GeotecnologiaMensurar – Associação Júnior de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica da UFRRJMelhor Profissional de MarketingFernanda Ribeiro (CPE Tecnologia)Marca mais lembrada de Estações TotaisTopconMarca mais lembrada de Receptores GNSSTrimbleMarca mais lembrada de Laser Scanner TerrestreRieglMarca mais lembrada de Software TopográficotopoGRAPHMarca mais Lembrada de VANTsGatewing (Trimble)Marca mais lembrada de Imagens de SatéliteDigitalGlobeMarca mais lembrada de GISArcGIS (Esri)

Marca mais lembrada de Software de Processamento de ImagensArcGIS (Esri)Melhor Provedor de Bases de Dados GeoespaciaisGoogleProfissional do Ano – Setor PrivadoEduardo Oliveira – Santiago & CintraProfissional do Ano – Setor PúblicoAntônio Santana Ferraz – UFVPrêmio Especial – Excelência em IDEProjeto IDE ValePrêmio Especial – Excelência em Mapas ColaborativosProjeto WikimapaPrêmio Especial – Integração do Setor na América Latina e CaribeSantiago BorreroPrêmio Especial – Excelência em Geo no AgronegócioEmbrapa Monitoramento por SatélitePrêmio Especial – Inovação em Mapeamento IndoorSENAC-SP

1. Patricia Azevedo (Wikimapa)2. Natalia Aisengart (Wikimapa)3. Wadih João Scandar Neto (IBGE)4. Tata Lacale (DigitalGlobe)5. Jose Roberto Varela (DigitalGlobe)6. Gustavo Streiff (Santiago & Cintra Geotecnologia)7. João Rocha (Google)8. Kleber de São José (Trimble)

9. Franco Ramos (Trimble)10. Juan Plaza (Trimble)11. Fernanda Ribeiro (CPE Tecnologia)12. Anderson Pereira Santos (Mensurar Jr)13. Renato Benito Felippe Junior (Aprogeo)14. Luiz Leonardi (Imagem/Esri)15. Sandro Neto Ribeiro (Senac-SP)16. Patrícia Procópio (Vale)

17. Eduardo Oliveira (Santiago & Cintra)18. Iara Musse Félix (Santiago & Cintra Consultoria)19. Ana Cristina Lazzaro (Bentley)20. Rogério Neves (CPE Tecnologia)21. Cesar Antonio Francisco (Engemap)22. Diogo Martins (Topcon)23. Dorival Junior (Imagem/Esri)24. San tiago Borrero (GeoSUR)

25. Antônio Santana Ferraz (UFV)26. Mateus Batistella (Embrapa Monitoramento por Satélite)27. Izabel Cecarelli (Geoambiente)28. Felipe Seabra (Geoambiente)29. Emerson Granemann (MundoGEO)30. Eduardo Freitas (MundoGEO)31. Mariana Oliveira (Aprogeo-SP)

Patrocinado por:

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Alezi (Hezolinem)

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MundoGEO 77 | 201440

Conheça as novas soluções geoespaciais desenvolvidas para a sociedade e as ideias inovadoras dos jovens talentos no setor de geo

MUNDOGEOXPERIENCE

MARATONA É PRA QUEM PODE!

O que têm em comum um sistema de alerta para desastres naturais, uma startup do se-

tor imobiliário e o mapeamento colaborativo de comunidades carentes? Ok, as geotecnologias, mas muito além do uso da localização, estes foram alguns dos temas de destaque do Mun-doGEOXperience, um novo evento voltado ao desenvolvimento de soluções criativas para a sociedade, através da utilização de informações geoespaciais, que aconteceu de 7 a 9 de maio em São Paulo (SP), em paralelo à 4ª edição do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014.

Durante três dias, o MundoGEOXperience foi um espaço de integração, competição e desen-volvimento de soluções inovadoras para atender às demandas da sociedade, utilizando atributos de localização, análise geográfica e colaboração.

GEO HACKATHONDentre as atividades deste novo evento es-

tava o Geo Hackaton, um encontro com o obje-tivo de elaborar soluções para problemas urba-O Geo Hackathon

permitiu o acesso - de forma inédita

- a dados oficiais sobre a Região Metropolitana de São Paulo,

visando a criação de ferramentas

para melhor compreensão

e gestão dos problemas urbanos

nos, com foco na Região Metropolitana de São Paulo. Para esta maratona de desenvolvimento, foram apresentados desafios e disponibiliza-dos dados geoespaciais para que as equipes criarem soluções inovadoras para a sociedade.

O Geo Hackathon permitiu o acesso - de for-ma inédita - a dados oficiais sobre a Região Metropolitana de São Paulo, visando a criação de ferramentas para melhor compreensão e gestão dos problemas urbanos. Ao participar do Geo Hackathon, os desenvolvedores fizeram parte de um amplo debate sobre os problemas de uma grande região metropolitana e suas possíveis soluções.

Os participantes contaram com dados for-necidos pelo governo e empresas, softwares - proprietários ou livres -, suporte de mentores - de Universidades e empresas apoiadoras -, além de toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento dos aplicativos e sistemas.

Confira a seguir quem foram as equipes ven-cedoras e qual foi a premiação:

Por eduArdo FreItAS

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41 MundoGEO 77 | 2014

• 1° Lugar – Planos de evacuação para situações de alertas de desastres naturais. Desenvolvedores: Aurelienne Jorge e Je-ther Nascimento

R$ 3.000,00 + Visita técnica à Service/Oracle + Bônus de R$ 900,00 em Cursos Online GEOeduc + 2 Navegadores GPS Garmin + 2 Assinaturas Anuais da Revista MundoGEO

• 2° Lugar – InfoPatrimonio, Um web-gis com pontos de interesse referentes ao patrimônio histórico da RM de São Paulo. Desenvolvedor: Caio Cardoso Lucena

R$ 2.000,00 + Visita técnica à Geofusion + Bônus de R$ 600,00 em Cursos Online GEOeduc + 1 Navegador GPS Garmin + 1 Assinatura Anual da Revista MundoGEO

• 3° Lugar – GeoTur, Aplicativo mobile voltado à indicação de pontos turísticos próximos ao usuário. Desenvolvedores: Luigi Aulicino, Jaime Flores, Arthur Morei-ra, Roberto Pepato, Robson Luís Monteiro Junior, Vinícius Machuca

R$ 1.000,00 + Bônus de R$ 300,00 em Cursos Online GEOeduc + 1 Navegador GPS Garmin + 1 Assinatura Anual da Re-vista MundoGEO

GEO ACADEMIANos dias 7 e 9 de maio aconteceu o Geo

Academia, evento que ofereceu oportu-nidades de divulgação de projetos e re-sultados de pesquisa aplicada dentro da área de geoinformação. A comunidade científica e acadêmica enviou mais de 50 trabalhos, os quais foram avaliados por uma Comissão especializada, formada por professores e representantes das universi-dades, governo, empresas usuárias e atu-antes no setor e coordenada por Clodoveu Augusto Davis da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Silvana Camboim da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os projetos aprovados foram então apre-sentados durante o evento.

O objetivo desta iniciativa foi apro-ximar a comunidade acadêmica e a in-dústria de geotecnologias, propondo soluções inovadoras para os usuários de informações geoespaciais. Confira a programação completa das palestras e

Projeto sobre alertas de desastres naturais foi o grande vencedor do 1° Geo Hackathon

InfoPatrimonio levou o 2º lugar

Equipe do projeto GeoTur ficou em 3° lugar

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apresentações do Geo Academia no site do evento: http://mundogeoxperience.com/2014/geo-academia.

EVENTOS PARALELOSMuitas outras atividades aconteceram durante o

MundoGEOXperience:• Workshop de Geocolaboração – Neste encontro,

profissionais envolvidos com mapeamento colabora-tivo contribuíram com seu conhecimento local para

Mais de 50 trabalhos foram enviados ao Geo Academia

aprimorar as informações publicadas em serviços como o Wikimapa e o Google Maps;

• Encontro de Startups e Empresas Júnior de Geo- tecnologia – Espaço para interação entre represen-tantes de empresas juniores e startups, através da apresentação e debate sobre boas práticas e desafios para os empreendedores;

• II Encontro de Integração Governo, Universidades e Empresas – Encontro para apresentação de resul-tados de pesquisas feitos em parceria entre univer-sidades e empresas privadas;

• Workshop Porque o Brasil precisa de OpenStreet-Map – Espaço para encontro da comunidade envol-vida com o OpenStreetMap, um projeto colaborativo para criar um mapa gratuito e editável do mundo.

O MundoGEOXperience foi organizado pela Mun-doGEO e co-realizado pela Emplasa, com o patrocínio da Garmin, Santiago & Cintra Geo-Tecnologias, San-tiago & Cintra Consultoria, Service IT Solutions, Oracle e Geofusion. Para mais informações, acesse www.mundogeoxperience.com e saiba tudo sobre este novo evento. A próxima edição já está marcada para 5 a 7 de maio de 2015 em São Paulo. Experimente!

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Garmin

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MundoGEO 77 | 201444

Integração entre o Google Maps Engine Lite e o Novo Google Maps - Parte 2

No artigo publicado na edição 76 da Revista MundoGEO demonstramos a integração entre

o Google Maps Engine Lite e o novo Google Maps, tomando como área de estudo a Unesp - Câmpus de Presidente Prudente, para a qual criamos um marcador personalizado.

PASSO A PASSO

ARLETE APARECIDA CORREIA MENEGUETTEEngenheira cartógrafa (Unesp), PhD em fotogrametria (University College London). Docente e pesquisadora do Departamento de Cartografia da Unesp - Campus de Presidente [email protected]

POR DENTRO DOS PRODUTOS GOOGLE GEO

zação da Unesp – Câmpus de Presidente Pruden-te”. Em seguida temos que clicar em “Selecionar”.

Desta maneira, o mapa personalizado é exibi-do na tela com a aparência que definimos no tu-torial anterior. Podemos escolher o Mapa Básico que desejarmos para ser exibido como plano de fundo, como por exemplo a imagem de satélite mais recente da área que, no caso de Presidente Prudente, é de outubro de 2013.

Vamos agora traçar uma rota entre dois lu-gares e, para tanto, temos que clicar em , o que faz surgir uma nova camada sem título no painel à esquerda. Podemos digitar o nome ou o endereço dos locais de interesse, por exemplo: “Unesp – Câmpus de Presidente Prudente” como ponto de partida e “Moradia Estudantil Bloco A” como ponto de chegada. Também podemos es-colher o modo (por exemplo: pedestre). O nome da nova camada pode ser editado, por exemplo: “Rota entre Casa e Escola”.

Neste tutorial vamos demonstrar como criar uma rota entre dois lugares, sendo possível adi-cionar mais pontos, escolher o modo (carro, bici-cleta ou a pé), bem como detalhar todo o roteiro passo-a-passo.

Como sabemos, para fazer uso do Google Maps Engine Lite basta entrar em https://mapsengine.google.com/map/?pli=1 e fazer login com nossa conta do Google. Há duas opções: “Criar um novo mapa” e “Abrir um mapa”.

Ao clicar em “Abrir um mapa” temos acesso a

uma listagem de todos os mapas que já criamos

anteriormente ou que foram compartilhados

conosco. Para dar continuidade ao mapeamen-

to iniciado anteriormente, podemos habilitar a

caixa de seleção do mapa, denominada “Locali-

Este mapa personalizado está disponível para visualização em http://goo.gl/ezbWqb.

Podemos visualizar nosso mapa no Novo Goo-gle Maps, basta entrar em https://www.google.com.br/maps/preview, clicar na caixa de pesquisa e escolher a opção “Meus Mapas Personalizados” para ver uma lista dos cinco mapas mais recentes que criamos ou que foram compartilhados conos-co no Google Maps Engine Lite. O mapa exibido é somente uma prévia, pois para visualizar ou editar o mapa completo é necessário clicarmos em “Abrir o mapa original”, o que nos levará de volta ao Google Maps Engine Lite.

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45 MundoGEO 77 | 2014

intergeo

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Integração com o GIS revolucionando a arquitetura, engenharia e construção

BIM

GEO OU BIM?

Começo esta coluna lembrando da primeira edição da revista InfoGEO, de 1998, na qual

nós introduzimos os conceitos da automação to-pográfica para a comunidade usuária e produtora da geoinformação. Dezesseis anos depois, ainda atuando profissionalmente na área e participan-do do MundoGEO#Connect 2014, justamente no seminário de Automação Topográfica, pude per-ceber a evolução enorme na forma de pensar as geotecnologias que se integram em diversos se-tores. Claro que os avanços tecnológicos constan-tes têm seu papel decisivo em toda essa história, mas esta forma de pensar, evoluída e integradora, me parece primordial. É de fato impressionante como os usuários se apropriaram das formas de produção de dados e do gerenciamento das in-formações espaciais em seus projetos, tornando--os multidisciplinares e efetivamente mais com-pletos. Hardware e software há muito tempo não são pensados separadamente, e assim formaram os sistemas que muitas empresas (acertadamen-te, ao meu ver) transformaram em soluções, pois uniram também a inteligência mercadológica na formação das pessoas e de seus colaboradores. Surgiram novas siglas - GNSS, LBS, VANT, LIDAR, BIM, entre outras - todas com sistemas desenvol-vidos para coletar ou receber grandes volumes de dados espaciais que geram produtos finais extremamente detalhados e com produtividade altíssima. E o destaque da letra "I" de informa-ções também promove o caráter de integração, inteligência e de outras dimensões, além das três do posicionamento.

Bem, mas como assunto principal a ser discu-tido nesta coluna: o que é BIM? Provavelmente muitos dos leitores já devem estar familiariza-dos com a sigla, mesmo porque não é um ter-mo recente, mas é bastante atual. Modelagem de Informações da Construção (Building Infor-mation Modeling - BIM) é considerada a mais importante promessa de desenvolvimento na indústria de AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção). É uma tecnologia e um conjunto

FERNANDO CESAR RIBEIROPossui graduação em Engenharia Civil e mestrado em Engenharia de Transportes pela USP. Atualmente é colaborador no Laboratório de Topografia e Geodésia na Poli-USP, professor e coordenador do Curso de Edificações do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e professor da Faculdade de Engenharia da FAAP. Ocupa o cargo de Diretor Operacional da Sigma Geomática, onde é responsável pelas aplicações especiais e Laser [email protected]

A integração das tecnologias

GIS e BIM vem da necessidade

de usar as especificações

das construções num contexto espacial mais amplo para o

uso em queries e análises GIS

de processos que permitem a construção de modelos virtuais gerados por meio de ferra-mentas computacionais com a geometria pre-cisa e com as informações relevantes que da-rão suporte ao planejamento da construção, fabricação e aos insumos necessários para a realização de um empreendimento. Além disso, a tecnologia BIM, na visualização do que será construído por meio de simulações em ambien-te virtual, é o que permite identificar proble-mas de projeto, construção e operação. Já ouvi depoimentos de usuários relatando a tecnolo-gia BIM como "solucionadora de problemas", principalmente os que atuam no cumprimento de cronogramas e análises de interferências entre as várias especialidades do projeto. Re-latos mais otimistas colocam a tecnologia BIM como a integradora definitiva entre o campo e o escritório, o que perseguimos desde os pri-mórdios dos sistemas automatizados de cole-ta de dados em campo usando Laser Scanner e Estações Totais, com interfaces diretas com as ferramentas computacionais no escritório.

É importante considerar também o grande potencial da tecnologia BIM quando integra-da a outro sistema que privilegia as informa-ções geoespaciais: o GIS. Essa integração pode colaborar enormemente em áreas como pla-nejamento urbano, cadastros 3D, projetos de infraestrutura e simulações ambientais. Além disso, a integração das tecnologias GIS e BIM vem da necessidade de usar as especificações das construções num contexto espacial mais amplo para o uso em queries e análises GIS. Portanto, creio que despretensiosamente po-demos eliminar o "ou" da pergunta do título da coluna e substituir pelo "e". Achei muito feliz a pergunta colocada na seção do nosso seminário do evento: BIM e Geo: Colisão entre dois mundos ou somatório de forças? Espero conseguir responder essa e outras perguntas nas próximas colunas.

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VANTS & DRONES

FAB COMPRA DRONE PARA MONITORAR ESTÁDIOS

GOOGLE ADQUIRE STARTUP DE DRONES

O Google anunciou a aquisição da Titan Aerospace, uma startup fabricante de dro-nes dos Estados Unidos. A empresa tem vá-rios projetos de aeronaves movidas à ener-gia solar que podem voar a altura quase orbital, funcionando como satélites.

As soluções da Titan ajudarão o Google a coletar fotos de todo o planeta, auxiliando as ferramentas Google Earth e Maps.

DRONE NO REGISTRO DE OBRAS

A construtora Tecnisa passará a utilizar drones para filmar e fotografar o andamento de suas obras. A novi-dade é fruto da última sessão do Fast Dating Tecnisa, encontros de 20 minutos com startups das mais diversas áreas para mostrar ideias, produtos ou serviços diferen-ciados para a companhia.

Já em implantação, o drone irá somar tecnologia à área de relacionamento com o cliente, que envia men-salmente o registro das obras personalizado, conforme a unidade de cada comprador.

VANT PARA MONITORAMENTO DE ÁGUASPesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com

o Instituto Francês de Pesquisa e Desenvolvimento (IRD) e com as universidades federais do Amazonas (Ufam) e do Ceará (UFC), vão desenvolver um drone para ajudar no monitoramento das águas de reservatórios artificiais, lagos e rios do país.

Segundo Henrique Roig, professor do Instituto de Geociências da UnB, o objetivo do AquaVant – junção das palavras água e VANT,

que dá nome ao projeto – é capturar imagens difíceis de se obter em campo e por satélite e, assim, preencher uma lacuna existente no sistema de sensoriamento remoto. A intenção é diversificar as pla-taformas de observação para registrar as mudanças ambientais dos corpos d´água com mais precisão.

A Força Aérea Brasileira (FAB) adquiriu um VANT Hermes 900 da israelense Elbit Systems. O contrato assinado inclui o su-porte logístico e garantia de um ano do equipamento.

Visando o monitoramento da Copa do Mundo 2014, ae-ronave não tripulada possui um conjunto de 10 câmeras de alta resolução, que per-mitem a vigilância de uma região inteira. Cerca de 10 pessoas serão necessárias para operar a nova ferramen-ta. Este sensor que equipa o Hermes 900 até o momen-to estava disponível apenas para as Forças Armadas de

Israel. O VANT, classificado como categoria 4, opera com comuni-cação via satélite. A aeronave opera a 30 mil pés e tem autonomia superior a 30 horas de voo. Nas Américas, o Hermes 900 é operado pelo México, Colômbia e Chile.

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IMAGENS DE DRONES NO GOOGLE GLASS

MAPEAMENTOS NA BAHIA

O Instituto Federal Baiano (IF Baiano) realizará uma nova campanha de voos com VANTs, para a elaboração do mapeamento multifinalitário do Atlas Digital. O IFBaiano recebeu do Comando da Aeronáutica autorização para uso do espaço aé-reo dos seus campi para realizar o imageamento com o VANT. O Atlas conterá todas as informa-ções de caráter fisiográfico dos campi – geologia, geomorfologia, clima, solos, hidrografia, relevo, vegetação, uso atual e planejado do solo, - além da infraestrutura básica e predial, informações cadastrais, elementos georreferenciados e vin-culados a um mapeamento geral da região de influência dos campi.

DADOS DA AMAZÔNIAAproveitando as vantagens que os drones

oferecem, desde julho de 2013 o estudante de doutorado do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Carlos Celes, utiliza uma aeronave não tripulada para obter dados e esti-mar o nível de carbono da floresta.

O modelo de drone utilizado nas pesquisas é o Md4-1000, feito de fibra de carbono e capaci-dade para voar cerca de 80 minutos. Entre as van-tagens de se utilizar esse equipamento estão o baixo custo de manutenção e operação, além da alta resistência à variação de temperatura (resiste temperaturas de -20°C a 50°C), chuva e poeira. De acordo com Celes, o quadricóptero é mais versátil se comparado com os aviões, que são utilizados para fazer esse tipo de mapeamento.

RUNCO APRESENTA NOVO VANT DA TRIMBLE

Um projeto do Peru pretende contribuir com segurança de monitoramento de áreas perigosas utilizando drones e o dispositivo Google Glass. A ideia surgiu quando o po-tencial desta tecnologia chamou a atenção

de um grupo de peruanos que desenvolve um projeto com foco em segurança. Com um drone conectado ao Google Glass, o objetivo é mostrar desde o ar o que está ocorrendo nas ruas das cidades monitoradas.

A Runco SA, fornecedora argentina de sis-temas de medição e controle para geodésia, topografia, cartografia, construção e agricul-tura, anuncia a mais recente adição ao seu portfólio de produtos. O UX5 é um novo siste-ma aéreo não tripulado para aquisição de ima-gens aéreas, projetado pela empresa Trimble.

O UX5 é pequeno avião de apenas 2,5 qui-logramas e fácil de usar, que permite realizar o levantamento áreas de risco ou de difícil acesso sem comprometer o usuário. É ideal para uso em topografia, cartografia, mine-ração, engenharia, indústria, petróleo e gás,

engenharia civil, aplicações ambientais, ór-gãos estaduais, agricultura, silvicultura, entre outras aplicações.

"Estamos satisfeitos de adicionar o drone Trimble UX5 à nossa gama de produtos geoes-paciais. Na Argentina existe um alcance cada vez maior de novas tecnologias, e este novo produto vai revolucionar a indústria porque é ideal para a aquisição de imagens aéreas e modelos 3D, tarefas antes exclusivas de gran-des especialistas em fotogrametria" afirmou Ricardo Runco, presidente da empresa.

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Compartilhamento de mapas e fotos com o StoryMaps

Você já contou alguma história com mapas? Desde os primórdios, até hoje em dia, o ho-

mem tem uma relação especial com a Geografia. Essa relação entre Terra e homem que a Geogra-fia estuda nos permite acreditar que podemos criar um futuro mais equilibrado e sustentável para pessoas, organizações e comunidades, pelo simples fato de usarmos a Geografia de forma responsável.

Vivemos a era da inteligência geográfica, que é o uso da Geografia para tomar decisões que melhoram o mundo. Que tal compartilhar informações geográficas com o mundo? É isso mesmo, você pode contar a história de um lu-gar, mostrar algum evento importante, algum assunto interessante ou divertido, demonstrar uma tendência ou contar a sua própria história usando ferramentas de inteligência geográfica e as suas informações.

Este tutorial ajudará você a compartilhar in-formações geográficas por meio de uma aplica-ção web de forma simples e intuitiva para todas as pessoas.

Vamos criar uma história com mapas e fotos em sete passos?

1. Map Tour - Vamos criar um mapa que mos-trará as cidades-sedes da Copa do Mundo. Aces-se http://storymaps.arcgis.com/en/e clique em “Apps”. Você verá vários modelos para criação de aplicações que permitem contar histórias. Escolha o primeiro, “MapTour”, e clique em “Build tour”.

TUTORIAL

CONTANDO HISTÓRIAS COM MAPAS

2. Ao clicar em “Build Tour”, você será con-vidado a conhecer o ArcGIS Online. Agora você tem três opções: Acessar sua conta de ArcGIS Online, fazer uma avaliação do ArcGIS Online para Organizações ou criar uma conta pessoal de ArcGIS Online. Eu vou usar a conta da Imagem.

DEILSON SILVAEvangelista Técnico do Sistema ArcGIS, 13 anos de experiência em Sistemas de Informações Geográ[email protected]

3. Como você usará fotos para ajudar a contar sua história, o StoryMaps solicita que você infor-me onde estão suas fotos ou vídeos. Eles podem estar no Facebook, YouTube, importar dados de um arquivo csv, etc.. Vamos utilizar o próprio ArcGIS Online como repositório das mídias. Na próxima tela clique em ArcGIS e digite “Fotos”. Este será o nome do repositório de suas mídias.

Lembre-se: Se você possui uma licença de ArcGIS for Desktop (Basic, Standard ou Advanced 10.2 ou su-perior) você tem uma Organização de ArcGIS Online

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4. Agora chegou a hora de usar mapas e gerar in-formação! Você incluirá os pontos referentes às cidades sede da Copa do Mundo. Na tela de criação de dados clique em “Adicionar > Selecionar ou Baixar figura” e aponte para a figura que está em seu disco. A minha está na pasta Copa do Mundo do meu computador. Escolhi a figura do Estádio Mineirão que baixei do site http://fotospublicas.com/ (você pode usar fotos de sua pro-priedade ou algumas que você tenha direito de usar).

5. Após definir a foto, clique na aba “Infor-mações” e insira o título “Estádio Mineirão” e a descrição do estádio. Clique na aba “Local”. Ago-ra você tem a possibilidade de achar o estádio manualmente, através de coordenadas geográ-ficas (graus decimais) ou simplesmente escre-vendo “Estádio Mineirão”. Para finalizar, clique em “Adicionar Ponto do Percurso”.

6. Clique nas duas ferramentas “Editar-me”. Coloque o título “Cidade-Sedes da Copa do Mundo de 2014” e o subtítulo “Criado por <Seu Nome>” (inclua seu nome no subtítulo). Clique em “Salvar”.

7. Agora é com você! Inclua outros estádios, coloque suas fotos e, principalmente, compar-

tilhe com a comunidade! Para divulgar sua apli-cação, utilize o botão “Compartilhar”. Clique em “Configurações” para customizar sua aplicação. Mude o layout, as cores, inclua o logotipo de sua preferência e a extensão do mapa que ficará dis-ponível para o usuário navegar.

Esses foram os sete passos para contar sua

história com mapas. Há muito mais funcionalida-

des disponíveis no StoryMaps. Já existem vários

exemplos para você curtir!

Acesse http://storymaps.arcgis.com/en/gal-

lery para ver o que pessoas no mundo inteiro

estão compartilhando. Talvez haja uma história

parecida com a sua. Até o próximo Tutorial!

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Dois RPAS de uso militar, um de 15 gramas (Prox Dynamics) e outro de 15 toneladas (Northrop Grumman)

Mapeamento comercial a bordo de aeronaves não tripuladas

VANTs

VANT: UMA AMEAÇA À FOTOGRAMETRIA?

Não. Definitivamente não! Ultimamente tenho justificado esta resposta diversas vezes. Numa

das últimas feiras em que estive, ao comentar essa resposta com um amigo, fui questionado porque os “fotogrametristas” e as empresas de aerolevantamen-to pouco têm se pronunciado publicamente a respeito dos VANTs. Após este momento decidi que deveria redigir algo sobre o assunto. Antes preciso esclarecer que, embora usual, a pergunta-título deste artigo está propositalmente mal formulada, pois VANT é o veículo e Fotogrametria é a técnica utilizada, portanto, não há como um ameaçar o outro. Talvez chamasse menos atenção, mas, tecnicamente, o melhor título seria: “A Fotogrametria obtida com o uso do VANT é uma ame-aça à Fotogrametria Tradicional?” Neste caso, minha resposta ainda seria: não, ou melhor, não ainda!

O mapeamento que se tem feito com VANT nada mais é que a pura fotogrametria – seja ela de médio, pequeno ou, mais frequente ainda, a de “micro” ou muito pequeno formato. O que estamos presencian-do nada mais é que a evolução tecnológica associada à miniaturização. A aerofotogrametria continua mui-to ativa e presente no palco das discussões desde o início do século 19, quando ela surgiu. Nestes quase duzentos anos de existência ela vem constantemen-te sendo posta à prova e, em todas estas vezes, tem se mostrado a melhor ferramenta de mapeamento já inventada. A fotogrametria teve seu primeiro grande impulso quando foi instalada a bordo de balões e, des-de então, vem sendo utilizada em diversas e distintas

VALTHER XAVIER AGUIAREngenheiro cartógrafo, diretor técnico da empresa Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S.A. e vice-presidente da ANEA – Associação Nacional das Empresas de Aerolevantamento [email protected]

plataformas: aeronaves, satélites, submarinos, veículos espaciais e terrestres, entre outros. A palestra de aber-tura da 54ª Semana Fotogramétrica, na Alemanha em setembro de 2013, foi proferida pela Mercedes-Benz. Dois de seus mais sofisticados modelos de automóveis já possuem fotogrametria embarcada, e é uma impor-tante aliada à direção assistida, aumentando muito a segurança ao dirigir. Agora, está chegando a vez de a fotogrametria estar “comercialmente” a bordo de aeronaves não tripuladas.

Drone, ROA, RPA, UAS, UAV, UVS, VARP e outras siglas têm sido usadas como sinônimos de VANT – Veículo Aéreo Não Tripulado. A sigla RPAS, do inglês Remotely Piloted Aircraft Systems, atualmente tem sido a preferida pela comunidade. No português a sigla permanece, mas sua leitura é Sistemas de Aero-naves Remotamente Pilotadas. Assim como a aerofo-togrametria, os RPAS curiosamente também existem há muito tempo. Sua existência está registrada na história da aviação desde a segunda década do século passado; entretanto, até então, os RPAS tiveram pouca utilização e em nichos muito específicos. Devido ao estágio de evolução e popularização, neste momen-to eles estão causando uma revolução na indústria aeronáutica. Existem hoje muitos RPAS à disposição; variam em forma, tipo e tamanho. Quanto ao peso, podem variar de alguns gramas até várias toneladas e com diferentes capacidades de carga – conhecida como payload. O custo pode variar de algumas deze-nas até milhões de dólares. O rol de aplicações é tam-

O mapeamento que se tem feito com VANT nada

mais é que a pura fotogrametria

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[...] não existe nenhuma restrição tecnológica para que os melhores sensores aerofotogramétricos – os de grande formato – sejam operados em plataformas aéreas remotamente pilotadas

bém muito extenso. No âmbito da fotogrametria ou mapeamento, a grande maioria dos RPAS utilizados possui payload que varia de meio quilo a não mais que quarenta quilos, sejam eles de asas fixas (o mais comum), rotativas, ou de outros tipos.

Desde que surgiram, as câmaras aéreas vêm sendo constantemente aprimoradas. Hoje o estado-da-arte em sensores aerofotogramétricos é representado pe-los de grande formato como o ADS, DMC e UltraCam, que contam com inúmeros recursos tecnológicos, mas pesam muito mais de cem quilos e têm necessidade de energia superior a cinquenta amperes, suficiente para alimentar uma residência de 150 metros quadrados. Os RPAS com este payload e esta capacidade de geração de energia têm hoje um custo extremamente elevado, e levará ainda algum tempo para que tenham preços competitivos quando comparados com as aeronaves atualmente utilizadas nas aplicações fotogramétricas de grande porte. Entretanto, não existe nenhuma restrição tecnológica para que os melhores sensores aerofoto-gramétricos – os de grande formato – sejam operados em plataformas aéreas remotamente pilotadas. Sua pouca ou quase nula utilização é principalmente por fatores econômicos e pelos grandes riscos ainda en-volvidos nestas operações.

Assim como o Google, que vem dando sua enorme contribuição, os RPAS também estão popularizando e deixando a fotogrametria ainda mais conhecida e acessível, muito embora não sejam todos que asso-ciem, ou mesmo saibam, que por trás de todo RPAS de mapeamento fotográfico está a fotogrametria, ainda que miniaturizada. Já é possível adquirir um pequeno RPAS “fotogramétrico” pela Internet e com entrega domiciliar. Alguns acreditam que, em um futuro não muito distante, essa entrega também será feita por um RPAS. Esses pequenos sistemas possuem muita tecnologia embarcada, tal como GPS, rádio, sistema inercial, câmara digital, controle por smartphone, etc..

Mesmo no caso de sistemas mais específicos, a mi-niaturização e consequente simplificação dos sensores e periféricos, para que possam estar embarcados em um

RPA, fazem o usuário do mapeamento com RPAS ter de conviver com problemas há muito tempo esquecidos pelos fotogrametristas. Entre eles são comuns: grande distorção radial, deformações provocadas pelo rele-vo, excessivo número de modelos estereoscópicos e pontos de controle, baixa resolução radiométrica, etc. Os RPAS, além de atualmente caros e frágeis, possuem vida útil muito curta quando comparada às aeronaves tripuladas em uso. Eles possuem como limite seguro um baixo número de pousos e decolagens – este nú-mero é especificado pelo fabricante e é quase sempre inferior a duzentos. Além dessas restrições aos peque-nos RPAS, existe ainda o curto alcance do controle à aeronave, incertezas e possíveis restrições na futura regulamentação, e a grande dificuldade em se fazer seguro contra perdas e danos para a aeronave e os equi-pamentos embarcados. Raros são os envolvidos com o tema que nunca tiveram conhecimento ou experiência com quedas e acidentes envolvendo os RPAS. Isso tudo explica porque os “tradicionais” fotogrametristas não são todos muitos simpáticos ou receptivos a esta ideia.

Pode-se dizer, com segurança, que o mapeamento realizado com o emprego de sensores de “micro” for-mato será quase sempre inferior em qualidade e pre-cisão ao realizado por sensores de pequeno formato e, este, inferior ao de médio formato e, ainda, inferior ao realizado com o emprego de sensores de grande formato. Precisão e qualidade dependem do sensor e da técnica empregada e não do fato deste sensor estar embarcado numa tripulada ou não tripulada aerona-ve. Alguns potenciais usuários do mapeamento com RPAS se mostraram decepcionados com os resultados obtidos. Os principais motivos foram a pouca expe-riência em fotogrametria dos executantes; e a gran-de, ou por vezes descabida, expectativa gerada pela própria indústria, mercado e imprensa. Não há como comparar o produto obtido por um sensor digital de grande formato, desenvolvido especificamente para mapeamento aerofotogramétrico e custo superior a um milhão de dólares, com o produto obtido por uma câmara fotográfica digital comum ou genérica

RPAS Swiss Drones com payload de 35 kg e sensor Leica RCD30 de médio formato

RPAS Simepar / Esteio com payload de 2 kg e sensor de pequeno formato

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Distorção Radial em imagem obtida pela Esteio com RPAS e câmara de pequeno formato em linha de transmissão da Cemig

que custa somente algumas dezenas de dó-lares. Resguardando as devidas proporções, é como comparar um Rolls-Royce ao bom e velho Fusca: ambos são carros e possuem quatro rodas, mas, além disso, poucas coisas a mais têm em comum.

A UVS International tem publicado anu-almente o RPAS Global Perspective. Na atual edição, a 2013/14, a publicação apresenta um quadro com cerca de 1500 modelos de RPAS em produção ou em desenvolvimento. Os Estados Unidos detêm a liderança com o ex-pressivo número de 374 unidades, seguidos pela Rússia com 106 e depois Israel com 96 distintos modelos. O Brasil figura em vigési-mo primeiro lugar neste rank de 54 países, com 16 exemplares. No quesito segurança e regulamentação, tudo que os líderes fizerem deverá ser, por princípio, seguido ou consi-derado pelos demais países. O Federal Avia-tion Administration (FAA) tem-se mostrado muito cauteloso e prudente na regulamen-tação desta atividade no espaço aéreo ame-ricano. A convivência entre aeronaves pilo-tadas e remotamente pilotadas no espaço aéreo está a caminho de ser regulamentada. Para o FAA a aviação é uma indústria global e, por isso, nenhuma nação deveria agir de forma totalmente independente. Também afirma que, no futuro, certamente aeronaves tripuladas e não tripuladas irão compartilhar o “mesmo” espaço aéreo. O Brasil também vem trabalhando seriamente nesta regula-mentação. Acredito que somente quando os RPAS forem igualmente ou mais segu-ros que as aeronaves tripuladas, ou quando não ameaçarem a segurança de pessoas ou outras aeronaves, é que a convivência entre ambos será totalmente harmônica e pacífica.

Inúmeras são as aplicações para os RPAS, sejam elas militares ou civis, de segurança, policiamento, monitoramento, vigilância, transporte, observação, patrulha, agricultu-ra, controle e combate a incêndios, busca e resgate, mapeamento, entre muitas outras. O uso comercial dos RPAS para mapeamento de alta precisão representa uma minúscula fatia deste universo de atividades e, com cer-teza, não é a mais nobre das suas aplicações. Considero nobres aquelas aplicações onde o uso dos RPAS, em substituição às aerona-ves tripuladas, possa trazer menos riscos aos tripulantes, e cujo resultado técnico, finan-

ceiro e operacional seja igual ou até mesmo melhor. Acompanhamento de obras, aplica-ção de defensivos agrícolas, combate a incên-dios, controles visuais repetitivos, inspeções de grandes estruturas e voos de reconheci-mento são alguns exemplos do que consi-dero hoje nobres aplicações. A fotogrametria realizada pelos atuais RPAS, quando estiver totalmente regulamentada, terá sim seu lugar no mercado e também alguma superposição com os pequenos levantamentos aerofoto-gramétricos, topográficos e até os satelitais; entretanto, não pode nem deve ser encarada como ameaça à fotogrametria tradicional ou de grande porte, e sim complementar, porém, como tudo, em constante evolução.

A lei de Amara diz que “tendemos a su-perestimar o efeito de uma nova tecnologia em curto prazo e a subestimar o seu efeito em longo prazo”. No mundo dos RPAS esta lei parece ser bem apropriada. É gigantesca a perspectiva de mercado para os RPAS. O desenvolvimento e a evolução de sensores fotogramétricos específicos para este tipo de aeronave trará importantes benefícios também à fotogrametria de maior porte. É extremamente difícil prever quando ou se, de fato, os RPAS irão substituir as aeronaves pilotadas nas operações fotogramétricas de médio e grande porte; entretanto, essa é a tendência. Resta aos entusiastas e fotogra-metristas, simpatizantes ou não, acompa-nharem e aguardarem o desenrolar desta deslumbrante e maravilhosa revolução.

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AEROLEVANTAMENTO

O controle da atividade de aerolevantamento no Território Nacional é prevista no Decre-

to-Lei N°1177, de 21 de junho de 1971, no Decreto N° 2278, de 17 de julho de 1997, e na Portaria N° 0953, de 16 de abril de 2014, do Ministério da De-fesa (MD). O Decreto-Lei N°1177 define, em seu artigo 3°, que o aerolevantamento é o “conjunto das operações aéreas e/ou espaciais de medição, computação e registro de dados do terreno com o emprego de sensores e/ou equipamentos ade-quados, bem como a interpretação dos dados levantados ou sua tradução sob qualquer forma”. Ainda, em seu artigo 6°, estabelece as categorias de empresas de aerolevantamento, como sen-do: categoria A, “executantes de todas as fases do aerolevantamento, categoria B, executantes apenas de operações aéreas e/ou espaciais, e categoria C, executantes da interpretação ou da tradução dos dados obtidos em operações aéreas e/ou espaciais por outras organizações”.

A Seção de Cartografia, Meteorologia e Aero-levantamento (SECMA), subordinada à Chefia de Logística, do MD, realiza o controle de todas as empresas de aerolevantamento, que coletam e/ou realizam geoprocessamento de dados de sen-sores orbitais e aerotransportados, no território nacional. A tabela abaixo demonstra a evolução da quantidade de empresas de aerolevantamen-to inscritas no MD, no período de 2011 a 2014:

Categoria A Categoria B Categoria C Totais

2011 24 4 16 44

2012 25 3 27 55

2013 27 3 33 63

*2014 27 3 35 65*Informações até abril/2014 Fonte: SECMA

CONTROLE DOS AEROLEVANTAMENTOS

TEN CORONEL SÉRGIO ROBERTO HORST GAMBAMSC Geociências Aplicadas – UNB e Curso Internacional em Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informações Geográficas –INPE. Atualmente é Coordenador da SECMA (Seção de Cartografia, Meteorologia e Aerolevantamento –Ministério da Defesa) [email protected]

Regulação das atividades pelo Ministério da Defesa no território nacional

Observa-se um aumento de 47% nas inscri-ções de empresas de aerolevantamento, de 2011 a abril de 2014. Entretanto, o aumento signifi-cativo está nas empresas de categoria C, cerca de 120%.

O Decreto N° 2278, em seu artigo 1°, estabe-lece que o aerolevantamento se divide em duas fases: a aeroespacial, que representa a captação e o registro dos dados, atividade das empresas de categoria A e B; e a decorrente, que se limita à interpretação e à tradução dos dados obtidos, atividade das empresas de categorias A e C. No artigo 4°, o Decreto N° 2278 estabelece que o produto obtido na fase aeroespacial é o origi-nal de aerolevantamento, ou seja, negativo de filme, cópia de imagens digitais provenientes de negativo de filme digitalizado, cópia de imagens digitais processadas (ótica, radar, laser e mul-tiespectral) e cópia de dados brutos geofísicos. Neste mesmo artigo, também estabelece que os produtos da fase decorrente são: ortoimagens, ortofotos, mosaicos, mapas de rede, mapas te-máticos, mapas hipsométricos, mapas cadas-trais, mapas geológicos, mapas magnetométri-cos, modelo numérico do terreno, modelo digital de superfície, fotoíndice, cartas, entre outros.

O controle do aerolevantamento pelo MD, através da SECMA, é realizado por meio de visitas técnicas, onde se verifica a guarda dos originais de aerolevantamento; as instalações de geopro-cessamento; e os projetos de aerolevantamento (imageamento aerofotogramétrico, laser, radar e geofísico), tudo previsto na Portaria N° 0953, do MD.

Os projetos encaminhados à SECMA, que con-tém a discriminação das fases aeroespacial e de-corrente - anexo F – conforme a Portaria N° 0953, em seu artigo 17, após aprovados, possibilitam a geração da AVOMD (Autorização de Voo do MD). No final do processo de autorização do projeto,

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57

a empresa encaminha à SECMA o anexo J, que

contempla as áreas efetivamente imageadas.

Após a conclusão desse processo, informações

relevantes dos projetos são incluídas no CLA-

TEN (Cadastro de Levantamento Aeroespacial

do Território Nacional), disponível no portal do

MD: www.defesa.gov.br.

A tabela abaixo apresenta uma demonstração

da rotina de aprovação de projetos pela SECMA:

Verifica-se na tabela que os projetos aero-fotogramétricos e a laser representam 82% das autorizações do MD. Há uma variedade de fina-lidades dos projetos, como cadastro municipal, mapeamento rodoviário, mapas geológicos, ma-peamento da Amazônia, etc..

Neste contexto, o MD cumpre seu papel de controlar as atividades de aerolevantamento no Território Nacional e de auxiliar órgãos públicos nas tomadas de decisões, através do CLATEN.

Número de projetos

Número de projetos aerofoto-gramétri-cos e laser

Número de projetos ae-rofotogra-métricos

Número de projetos geofísicos

Número de proje-tos radar

2011 244 184 13 45 2

2012 230 191 11 26 2

2013 262 224 12 21 5

*2014 78 69 1 6 2

Totais 814 668 37 98 11*Informações até abril/2014 Fonte: SECMA

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COPA DO MUNDO

Customização de produtos geoespaciais para apoiar as ações de planejamento e emprego das Forças de Defesa e de Segurança

DADOS GEOESPACIAIS PARA A COPA DO MUNDO DE 2014

Os Grandes Eventos realizados no Brasil no ano de 2013 e atualmente no ano de 2014 apresentam--se como um grande desafio às Forças de Segu-rança Brasileiras. Esta situação tem sua evidência consolidada pelo requerimento crescente de uma gama de ações coordenadas e planejamentos nunca antes vislumbrados. Para assegurar que os eventos transcorram com a devida integridade e seguran-ça, o Governo Federal, sem prejuízo das medidas preventivas, atribuiu às Forças Armadas o papel de Força de Contingência, ou seja, em caso de ne-cessidade, as mesmas serão acionadas para atuar. Nesse sentido, o Exército Brasileiro (EB) está atuando nas atividades de Defesa para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 nas doze cidades sedes e subsedes.

Tanto no planejamento da atuação das Forças de Contingência quanto no emprego das mes-mas, é necessário que as autoridades incumbi-das do processo decisório tenham subsídio para a tomada das ações mais eficazes e, para tal, é fundamental o uso de dados geoespaciais atuali-zados do terreno. No EB, a responsabilidade pela produção dos dados geoespaciais para apoiar as atividades de Segurança e de Defesa para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 é da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG), a qual conta com cinco organizações militares diretamente su-bordinadas (OMDS), como braços operacionais, cada uma responsável pela respectiva região brasileira onde está sediada, a saber: 1ª Divisão de Levantamento, em Porto Alegre-RS (Região Sul); a 3ª Divisão de Levantamento, em Recife-PE (Região Nordeste); a 4ª Divisão de Levantamen-to, em Manaus-AM (Região Norte); a 5ª Divisão de Levantamento, no Rio de Janeiro-RJ (Região Sudeste); e o Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército (CIGEx), em Brasília-DF (Região Centro-Oeste).

ALBERTO PEREIRA JORGE NETODiretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, Tenente Coronel Engenheiro Cartógrafo.Chefe da 3a Divisão de Levantamento (3a DL) em Recife-PE. Graduado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) [email protected]

CARLOS YOSHIO MORITADiretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, Capitão Tenente Engenheiro Cartógrafo. Adjunto da Subdivisão Técnica da 3a DL. Graduado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) [email protected]

JOÃO ALBERTO BATISTA DE CARVALHODiretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, 1º Tenente Engenheiro Cartógrafo. Adjunto da Subdivisão Técnica da 3a DL. Graduado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) [email protected]

As OMDS da DSG foram incumbidas de prover os dados geoespaciais atualizados em sua área de atuação, com a finalidade de apoiar as atividades de inteligência, logística, segurança, coordenação e controle dos eventos atinentes à Copa do Mundo que serão desenvolvidas pelos Centros de Coorde-nação de Defesa de Área das cidades sedes e subse-des e pelas demais Forças de Segurança.

Os dados geoespaciais. empregados como insu-mos necessários para o desenvolvimento do mapea-mento das sedes e subsedes da Copa do Mundo, foram cedidos por diversas instituições públicas e privadas, tais como Prefeituras Municipais, Órgãos Estaduais de Mapeamento, Construtoras, Empresas de Abas-tecimento de Água, Empresas de Abastecimento de Luz, Empresas de Abastecimento de Gás entre outras.

Os dados geoespaciais vetoriais fornecidos fo-ram complementados e convertidos para a mode-lagem prevista na Especificação Técnica para Estru-turação de Dados Geoespaciais Vetoriais de Defesa da Força Terrestre (ET-EDGV Defesa FT), estrutura de dados geoespaciais desenvolvida pela DSG, que é uma expansão da ET-EDGV, versão 2.1.3, homologa-da pela Comissão Nacional de Cartografia (Concar), com a agregação de uma modelagem conceitual e lógica para as feições da Cartografia Cadastral, até a escala de 1:1.000, e feições da Cartografia Temática, relacionadas à temas de Defesa e Segurança, assim como temas correlacionados (defesa civil, patrimô-nio público, entre outros).

De posse dos dados geoespaciais vetoriais estru-turados na nova modelagem prevista na ET-EDGV Defesa FT, foi realizada a etapa de reambulação nas cidades sedes e em algumas subsedes, que teve por finalidade, por meio do trabalho in loco das equipes de campo: atualizar as alterações ocorridas nas geo-metrias dos vetores associados às estruturas e vias das cidades; complementar os atributos previstos

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59 MundoGEO 77 | 2014

PHILIPE BORBA Diretoria de Serviço

Geográfico do Exército Brasileiro, 1º Tenente

Engenheiro Cartógrafo. Adjunto da Subdivisão

Técnica da 4a DL em Manaus-AM. Graduado pelo Instituto Militar de

Engenharia (IME) [email protected]

FELIPE DE CARVALHO DINIZ

Diretoria de Serviço Geográfico do Exército

Brasileiro, 1º Tenente Engenheiro Cartógrafo. Adjunto da Subdivisão

Técnica da 1a DL em Porto Alegre-RS. Graduado

pelo Instituto Militar de Engenharia (IME)

[email protected]

na ET-EDGV Defesa FT; e coletar as informações de interesse do Exército. A partir dos dados geoes-paciais atualizados foram produzidos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) em duas dimensões (2D), com precisão planimétrica e densidade de in-formações compatíveis com as escalas de 1:2.000 ou 1:1.000, dependendo da base de dados fornecida.

Além do SIG 2D convencional também foi produ-zido um SIG 3D, nas escalas de 1:10.000 e 1:1.000, das regiões de interesse do Exército e das Forças de Segu-rança. Para a construção de tal produto, foram utiliza-dos como insumos o perfilamento LiDAR e modelos digitais de elevação fornecidos por instituições públi-cas e privadas e dados coletados em campo.

duzidas utilizando-se técnicas de generalização cartográfica das bases de dados recebidas e atua-lizadas pelas OMDS da DSG. Também foram pro-duzidas cartas ortoimagem nas escalas de 1:10.000 e 1:1.000, modelos digitais de terreno (MDT) e mo-delos digitais de superfície (MDS) das regiões das sedes e subsedes. Todos os produtos foram ela-borados de acordo com a Especificação Técnica para Produtos de Conjuntos de Dados Geoespa-ciais (ET-PCDG), especificação prevista no Plano de Ação de Implantação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) e elaborada pela DSG, que tem por objetivo descrever os requisitos para cada tipo de produto gerado a partir de conjuntos de dados geoespaciais, estabelecidos no Sistema Cartográfico Nacional (SCN) ou no Sistema Carto-gráfico Municipal (SCM), para o caso de mapea-mento cadastral.

O SIG 3D tem como principal aplicação, no contexto das atividades de Segurança e de De-fesa, permitir uma melhor contextualização da consciência situacional para os tomadores de de-cisão, nos diversos níveis operacionais, além de possibilitar uma série de análises de visibilidade para diferentes finalidades, como por exemplo: definição do posicionamento ótimo de câmeras de vigilância; definição de pontos cegos para a segurança de um ponto sensível; identificação de pontos cegos de uma rota; e posicionamento de tropa para observação.

O SIG 3D também tem como propósito ser um centralizador de informações, com as feições não estando somente vinculadas a uma tabela de atributos, mas também a outros tipos de da-dos e informações, tais como fotos, documentos, gráficos, relatórios, etc..

Além dos SIG 2D e 3D foram produzidas cartas topográficas matriciais nas escalas de 1:25.000, 1:10.000, 1:2.000 e 1:1.000. Tais cartas foram pro-

SIG 3D da cidade de Fortaleza, com destaque para a Arena Castelão

SIG 3D da cidade de Manaus, com destaque para a Arena da Amazônia

Todos os dados geoespaciais produzidos pela DSG serão disponibilizados para as instituições que cederam suas bases de dados, já na mode-lagem da ET-EDGV Defesa FT. As cartas topográ-ficas matriciais na escala de 1:25.000 produzidas poderão ser acessadas e baixadas por qualquer usuário devidamente cadastrado, diretamente do Banco de Dados Geográfico do Exército (BDGEx), no seguinte endereço na internet: www.geoportal.eb.mil.br/mediador.

Carta Especial da Arena Pernambuco na escala de 1:1.000

Carta Especial de Manaus na escala de 1:2.000

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QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

A Educação a Distância cresceu praticamente quatro vezes mais que a presencial entre 2011 e 2012

CURSOS ONLINE CRESCEM MAIS QUE OS PRESENCIAIS

Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2012, divulgados recentemente pelo Ministé-rio da Educação (MEC), em um ano o aumento foi de 12,2% nas matrículas em cursos a distância,

enquanto nos treinamentos presenciais houve acréscimo de 3,1%. Por outro lado, o ensino a distân-cia ainda representa apenas 15,8% das matrículas, o que indica grande potencial de crescimento.

Em relação a outros países, o índice do ensino a distância no Brasil é baixo e há muito espaço para crescimento. Para isso, é preciso garantir a qualidade do ensino e romper as barreiras que ainda existem quanto aos cursos online.

O MEC certifica apenas as instituições que oferecem cursos de nível fundamental, médio, técnico ou superior. Cursos online de atualização ou qualificação profissional não necessitam de portaria de regularização, são válidos em todo o território nacional e os certificados emitidos têm a mesma validade dos obtidos em cursos presenciais.

GEOEDUCA MundoGEO - empresa brasileira líder na

América Latina em soluções integradas de mídia, comunicação e capacitação para o setor geoes-pacial e de localização – anunciou no dia 30 de abril a criação de um Instituto especificamente voltado à Educação, que oferece cursos online, presenciais e In Company, além de pesquisas de mercado.

O Instituto GEOeduc – Qualificação sem Fron-teiras (www.geoeduc.com) nasce com forte vin-culação à MundoGEO, uma marca reconhecida pela sua qualidade nos eventos, cursos e pesqui-sas que realiza. Com mais de 15 anos de expe-riência em eventos de atualização profissional, em 2013 a empresa formalizou a criação de um

setor especificamente voltado à Educação, com o lançamento de cursos online, presenciais e In Company, com mais de 200 alunos que já parti-ciparam nos treinamentos.

Com um site e uma marca totalmente novos e em sintonia com as expectativas dos usuários e profissionais da geoinformação, o novo Ins-tituto GEOeduc tem como missão gerar valor para os profissionais, equipes de colaboradores, acionistas, instituições, empresas e a socieda-de, atuando na qualificação e atualização dos profissionais e na sustentabilidade do setor de geomática e soluções geoespaciais. No site do Instituto é possível acessar facilmente todas as informações referentes aos Cursos Online, Pre-senciais e In Company, além de pesquisas sobre o mercado de geotecnologias.

Por eduArdo FreItAS

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MUNDOGEO#CONNECTO estande do GEOeduc foi destaque durante o MundoGEO#Connect La-

tinAmerica, Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais que aconteceu de 7 a 9 de maio em São Paulo (SP).

“O lançamento do Instituto GEOeduc durante a feira MundoGEO#Connect 2014 foi um sucesso. A comunidade de geotecnologias aprovou o Instituto e o objetivo foi alcançado”, comemora Ivan Leonardi, tutor dos cursos e treina-mentos online GEOeduc. “Muitos participantes tiraram dúvidas quanto às mo-dalidades – Online, Presenciais e In-Company – e aproveitaram a promoção de lançamento para adquirir diversos cursos”, completa.

CURSOS DISPONÍVEIS

ONLINE:• Análise Espacial – Prática com ArcGIS ou QGIS• Cadastro Ambiental Rural – Prática com QGIS• Geodatabase – Prática com ArcGIS• Georreferenciamento de Imóveis Rurais• Introdução ao PDI – Prática com ArcGIS ou QGIS• Introdução ao GIS – Prática com ArcGIS (português e espanhol) e QGIS• Introdução à Cartografia• WebTreinamentos (consulte agenda no site)

PRESENCIAIS:• CAR: Legislação e Capacitação, 12 e 13 de agosto em São Paulo• Georreferenciamento: do Processamento ao Sigef, 14 e 15 de agosto em São Paulo• GeoIncra: por dentro do Sigef (intermedi-ário), 16 de agosto em São Paulo

IN COMPANY• Sob consulta

GEOEDUC PASSA A INTEGRAR A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EAD

O Instituto GEOeduc acaba de se tornar membro da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), uma sociedade científica sem fins lucrativos, criada em 21 de junho de 1995 por um grupo de educadores interessados em novas tecnologias de aprendizagem e em educação a distância. Como mem-bro do quadro associativo da ABED, o GEOeduc faz parte de um seleto grupo de instituições que promo-vem a educação aberta, flexível e a distância.Para saber mais sobre a Abed, acesse www.abed.org.br

Estande do GEOeduc no MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014

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TI+GEO

Parte 2 : Modelagem do banco, planejar é preciso!

DESVENDANDO BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS

Seguindo na esteira do meu artigo há duas edições atrás desta revista, quando abordei

a necessidade do uso de banco de dados (BD), vou continuar explanando outro tema que ainda suscita muitas dúvidas: modelagem de banco de dados geográficos (BDG).

Apesar da representação por dados geográ-ficos ser uma simplificação e abstração do mun-do real, isso não implica que a estruturação dos dados geográficos seja simples. Está em qualquer cartilha de gerenciamento de proje-tos: complexidade aumenta a necessidade de planejamento para que o projeto tenha maior chance de sucesso. Com BDG não é diferen-te, onde modelo de dados é um planejamento que busca descrever de forma conveniente e sistemática a estrutura e operações do banco sobre objetos e fenômenos nele representados. Além do planejamento, a modelagem gera do-cumentos técnicos fundamentais para uma me-lhor gestão e compartilhamento dos dados. Em outras palavras, conforme um BD se apresenta mais diversificado e vasto, mais importante a modelagem é.

Para fins de exemplo de modelagens de ban-cos complexos, sugiro o acesso aos modelos de BDG como o ArcGIS Pipeline Data Model (APDM) e Especificações Técnicas para Estruturação de Dados Geoespaciais Digitais Vetoriais (ET--EDGV), disponíveis respectivamente nos links http://goo.gl/u9Q4m6 e http://goo.gl/lglHB4.

O modelo ou técnica de modelagem precisa ter alta expressão semântica e sintática, de for-ma a atingir melhores representações da estru-tura do banco de dados. Porém é evidente que os dados geográficos possuem conceitos e es-truturas diferenciadas dos dados alfanuméricos, como os relacionamentos espaciais, restrições geométricas e generalizações cartográficas. As técnicas de modelagem tradicionalmente apli-

cadas em sistemas computacionais não geográ-ficos falham na representação eficiente dessas especificidades, trazendo a necessidade de téc-nicas próprias de modelagem de banco de da-dos geográficos como o Object-Oriented Data Model for Geographic Applications (OMT-G), o UML-Geoframe e o ArcInfo UML.

Grande parte dessas técnicas de modelagem para BDG é baseadas em Unified Modeling Lan-guage (UML), uma linguagem para modelagem proposta e amplamente utilizada para engenha-ria de softwares - incluindo banco de dados - e que segue preceitos de orientação a objeto.

Dependendo da finalidade da modelagem do banco de dados geográficos, podemos divi-di-la em três etapas: conceitual, lógica e física. A modelagem conceitual objetiva a definição das classes, seus atributos, operações e rela-cionamentos no mais alto nível de abstração. Nessa etapa não é feita nenhuma consideração sobre a solução computacional adotada, sen-do desta forma focada somente na percepção dos usuários sobre a representação dos obje-tos e fenômenos que devem ser estruturados no BDG. A etapa lógica está atrelada à solução computacional, onde se modelam os conceitos da etapa anterior considerando as convenien-tes estruturas lógicas fornecidas pela solução. Por fim, há também a modelagem física, onde se detalham estruturas computacionais como armazenamento, acesso e otimização, descendo aos mínimos detalhes computacionais sobre a estrutura interna do banco adotado.

Na próxima coluna detalharei e exemplifica-rei as três etapas de modelagem e quando elas devem ser empregadas na implementação de um BDG. Subsequentemente, destacarei as es-pecificidades da construção lógica e física do BDG. Até lá!

JOSÉ AUGUSTO SAPIENZA RAMOSCoordenador Acadêmico do Sistema Labgis. Professor do Departamento de Geologia Aplicada da Faculdade de Geologia da UERJ. Formação na área de Engenharia e Ciência da Computação, atua há mais de 12 anos na área de Geotecnologias com pesquisa, ensino e [email protected]

O modelo ou técnica de

modelagem precisa ter

alta expressão semântica e

sintática, de forma a atingir melhores representações da

estrutura do banco de dados

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CROWDFUNDING

Inovação em financiamento de projetos e empreendimentos

A GEOGRAFIA DO CROWDFUNDING

Escrevo nesta edição da revista MundoGEO para contar-lhes sobre um projeto que de-

senvolvi em conjunto com meu colega de Wes-ley Mendes-Da-Silva da FGV-EAESP, nosso aluno Bruno S. Conte e os pesquisadores Cristina Cha-ves Gattaz e Luciano Rossoni, o qual envolve a inteligência geográfica em um contexto pouco usual: o crowfunding.

A indústria financeira, em especial as plata-formas e mecanismos de investimento, vem so-frendo um momento de reconstrução perante a sociedade. Investimentos tradicionais, de caráter produtivo, passam a conviver cada vez mais com Private Equity e Venture Capital e, mais recen-temente, com o crowdfunding, uma das mais relevantes inovações de financiamento que be-neficia diferentes tipos de negócio, como agribu-siness, projetos sociais, esportivos e de inovação tecnológica e, em especial, a produção cultural.

O crowdfunding significa acessar um ilimita-do conjunto de pessoas geograficamente disper-sas com a intenção de captar pequenas quantias de dinheiro, com o intuito de financiar um pro-jeto ou um empreendimento. Doação, crédito (com taxa de retorno), recompensa financeira ou até o equity crowdfunding (parcela da empresa financiada) são os modelos atualmente empre-gados. Crowdfunding é normalmente viabilizado através da internet, pelo emprego da mídia para comunicação social e das redes de colaboração. Plataformas como o Kickstarter, a maior do mun-do atualmente, já captou mais de R$ 1,5 bilhão a partir de 5,1 milhões de pessoas, financiando mais de 50 mil projetos criativos. No Brasil, há cerca de 40 plataformas. Catarse é uma das mais proeminentes. Projetos de crowdfunding podem variar expressivamente, segundo seus objetivos e sua magnitude.

E a geografia nessa história toda? A disper-são geográfica é uma das características mais presentes em operações de crowdfunding, em consequência das possibilidades oferecidas pela internet. Um estudo sobre a plataforma holande-

sa Sellaband, um site para músicos que desejam captar recursos financeiros para o lançamento de álbuns, analisou a distância entre investidor e empreendedor, tendo-se chegado à média de 4.828 quilômetros, maior que a distância os pontos extremos Norte e Sul do Brasil.

Mas será que a distribuição geográfica dos in-vestimentos é diferente conforme o estágio em que se encontram os empreendimentos? Mais ainda, será que existe associação significante entre a distância geográfica entre empreende-dor e investidor e o valor dos investimentos em crowdfunding? É aí que a inteligência geográ-fica se insere.

Especula-se que empreendimentos em está-gios iniciais tendem a exigir mais informações e os investidores passam a monitorar o progresso e, ainda, participar das decisões acerca da con-dução do negócio. Essas atividades ocasionam custos, os quais são sensíveis à distância inves-tidor-empreendedor. Por outro lado, o surgi-mento de plataformas online de crowdfunding proporcionou um ferramental que possibilita a aproximação entre o investidor e o empreen-dedor, compartilhando informações com maior transparência no orçamento dos projetos e o devido detalhamento da destinação dos recur-sos captados, diminuindo, literalmente, a “dis-tância” entre eles.

Para analisar essas questões ligadas à Geo-grafia, uma amostra de 10 projetos de investi-mentos, específicos no primeiro álbum de mú-sicos, disponíveis na plataforma Catarse foram analisados. Foram disponibilizadas a cidade do investidor e a cidade do empreendedor investido (dados mais detalhados de localização ficarão para futuras análises, mais locais). Dados socio-econômicos dos municípios foram agregados, a partir do Censo Demográfico 2010 do IBGE. No total, 1.835 operações de investimento compu-seram essa amostra.

As figuras a seguir ilustram a distribuição geográ-fica de investimento de um e de todos os projetos.

EDUARDO DE REZENDE FRANCISCO PhD em Administração de Empresas pela FGV-EAESP, Bacharel em Ciência da Computação pelo IME-USP, atua em GIS, Business Intelligence, Pesquisas de Mercado e Satisfação de Clientes. É professor de Métodos Quantitativos, Analytics e Big Data na FGV-EAESP e de Sistemas de Informação na ESPM, Consultor em Geomarketing, Estatística Espacial e Microcrédito e sócio fundador do GisBI e do Meia [email protected]

A dispersão geográfica é uma das

características mais presentes

em operações de crowdfunding

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Os dez projetos da amostra são baseados em seis cidades diferentes: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Itapema (SC) e Niterói (RJ). Apoios foram advindos de 151 municípios brasi-leiros e de duas cidades estrangeiras não incluídas na análise. A distância média dos apoios foi de pouco mais de 236 quilômetros.

Pudemos notar duas coisas: apesar da suposta di-minuição de barreiras que a internet proporciona ao crowdfunding, a maioria dos investimentos (56%) está localizada a até 5 quilômetros do local do empreende-dor. E, além disso, os investimentos locais também são, em média, superiores aos mais distantes, sugerindo que quanto menor a distância em relação ao empreende-dor, maior a propensão a investir maiores quantias, que indica uma associação negativa com o valor monetário do apoio: quanto mais distante, menor o valor do apoio.

Estes dados sugerem que no Brasil, contrariando evidências encontradas no mercado europeu de cro-wdfunding, o financiamento que suporta projetos de artistas em início de carreira parece ser predominante-mente oriundo de sua rede de contatos mais próximos. A própria plataforma Catarse, em sua página na internet, reafirma que pelo menos 50% dos recursos financeiros que suportam os projetos vem da própria rede de con-tatos do empreendedor.

Modelos de regressão foram utilizados para prever o valor do investimento a partir da distância “inves-tidor-empreendedor”, dias após iniciado o período de fundraising, e dados do município originador do investimento (PIB per capita, IDH, percentagem de alfabetizados e área). Apesar dos relativamente bai-xos valores de explicação dos modelos, todas essas

variáveis se mostraram significantes, à exceção do PIB per capita, que mostrou praticamente nenhum efeito na previsão, ou seja, a riqueza produzida no municí-pio originador parece não guardar influência sobre a disposição dos investidores.

A relação entre a percentagem de alfabetizados e va-lor investido mostrou-se contra-intuitiva. Quanto maior a parcela de habitantes que se reportam como alfabeti-zados, menores tendem a ser os aportes de capital. Com relação ao período de fundraising, conforme aumenta o tempo acumulado do projeto hospedado, maior a propensão dos investidores em aportar maiores somas de capital, o que parece indicar aumento gradativo na confiança em investir. E, por fim, a constatação do que a exploração inicial havia mostrado: quanto mais dis-tante encontra-se o investidor, menor sua disposição em investir maiores somas no projeto.

O espaço geográfico afeta as relações econômicas em nossa sociedade, mais do que nossa vaga percepção consegue captar, mesmo em um ambiente de colabo-ração em rede intermediado pela internet.

Será que essa influência não percebida da distân-cia no investimento em crowdfunding tem o mesmo comportamento para o mercado de Private Equity e Venture Capital? O que se fala é que as oportunidades surgem conforme se avizinham e se aproximam inves-tidores de investidos, e que também os representantes de fundos de investimento preferem investir em em-presas localizadas a no máximo “um voo comercial de ida e volta em um mesmo dia”, para poderem acordar e dormir em casa quase sempre. Práticas de mercado com influência geográfica. Mas isso é papo para uma próxima conversa.

O espaço geográfico afeta as relações econômicas em nossa sociedade, mais do que nossa vaga percepção consegue captar, mesmo em um ambiente de colaboração em rede intermediado pela internet

Visualização da dispersão geográfica dos investimentos recebidos

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SENSORIAMENTO REMOTO E MERCADONovos materiais e miniaturização impulsionam crescimento do setor

WILSON ANDERSON HOLLER Engenheiro Cartógrafo, Esp. (UFPR), Supervisor de equipe na Embrapa Gestão Territorial [email protected]

Relatórios sobre o mercado das geotecnologias são importantes, pois revelam o panorama e as

tendências no setor em termos econômicos. Esses relatórios trazem informações sobre segmentos de mercado na área das geotecnologias que inte-ressam a pesquisadores; profissionais do governo, do setor privado e também de negócios, tais como gerentes de marketing; além de estudantes de pós graduação e graduação. As projeções, previsões e análises de tendências encontradas nesses rela-tórios fornecem aos leitores dados e informações que auxiliam a tomada de decisão.

Após o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014, o qual estive como moderador do semi-nário "Imagens de Satélite e Aéreas", resolvi pes-quisar algumas tendências de mercado sobre os sensores orbitais, em outras palavras imagens de satélite. Pesquisei também sobre o mercado de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), mas vou deixar para falar sobre isso no futuro. Nesta edi-ção abordarei as imagens de satélite e algumas tendências, em cifras, no mercado americano, principal fornecedor do segmento de sensoria-mento remoto orbital.

Uma pesquisa realizada pela BCC Research forne-ce uma visão geral do mercado global de tecnologias de sensoriamento e monitoramento ambiental. O re-latório da pesquisa apresenta análises de tendências do mercado global, com dados de 2013, estimativas para 2014 e as projeções de taxas de crescimento anual até 2019.

GEOQUALITY

[...] sensores de monitoramento

de âmbito global terão crescimento

de 13,2 bilhões em 2014 para

cerca de 17,6 bilhões dólares

americanos em 2019

O relatório estima que sensores de monitoramen-to de âmbito global terão crescimento de 13,2 bilhões em 2014 para cerca de 17,6 bilhões dólares america-nos em 2019, com uma taxa de crescimento anual de 5,9% para o período.

Segundo o relatório, há três tendências: a primeira é a revolução tecnológica na concepção e engenharia de sensores individuais e componentes do sensor. A tendência em termos de sensores individuais é para a miniaturização, isto é, baseado em inovações em sis-temas micro eletromecânicos (MEMS em inglês) e na utilização de novos materiais, como o grafeno e na-notubos de carbono. Fazendo sensores menores, re-duz-se os custos de materiais e exigências de energia, facilitando o surgimento de constelações de satélite. A segunda tendência é a melhoria contínua das es-pecificações técnicas na detecção do sensor. Limiares muito mais baixos de detecção já foram alcançados e este é o caso da detecção de substâncias químicas, por exemplo. Isso faz com que as técnicas de sensoriamento tornem-se mais valiosas e, portanto, mais atraentes para aquisição. A terceira tendência é o desenvolvimento de sensores ambientais e as redes de monitoramento. Há uma explosão no número, extensão e capacidade das redes. No âmbito governamental, as despesas anuais de manutenção e operação dessas redes é de quase 500 milhões de dólares nos EUA.

Somente nos EUA, cerca de 250 bilhões decor-rem das atividades de monitoramento e controle de poluição, por ano, considerando o uso de ima-gens orbitais.

Sensores ambientais e tecnologias de monito-ramento estão se tornando um negócio subs-

tancial, o crescimento é quase certo devido ao fato de que as economias globais de-

vem gerir o seu impacto ambiental ou, eventualmente, destruirão a si mesmos.

Atualmente os conceitos ambientais es-tão inseridos na sociedade, forçando re-visões nas agendas políticas de governo.

Para saber sobre os principais avan-ços da tecnologia em sensoriamento re-

moto, leia a coluna GeoQuality da edição 72 da revista MundoGEO.

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LS3D

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LASER SCANNER 3DO uso da Nuvem de pontos

O produto mais básico de um escaneamento 3D é a nuvem de pontos. Porém, este produto ainda não está no alcance de uso para muitos profissio-nais. Temos aqui três grandes limitações: hardware, software e conhecimento.

• Hardware: Como vimos em edições anteriores, a nuvem de pontos é armazenada em arquivos ab-surdamente grandes, exigindo muita memória RAM, processador de vários núcleos, placa de vídeo dedi-cada, armazenamento em SSD, entre outros.

• Software: Já existem no mercado vários softwares para visualização, extração de informações e modela-gens. Eles permitem trabalhar com muitos milhões de pontos num único ambiente, observando os dados em várias vistas simultaneamente (o uso de vários monito-res é uma ótima solução). Possuem ferramentas que, com alguns cliques, simplificam a visualização dos dados em planta, cortes, seções e perspectiva, pois a visualização da nuvem de pontos em 3D é confusa e você deve sempre ter ela em movimento para facilitar o entendimento. Mouses em 3D são uma boa pedida, mas o software deve ser compatível. Porém, estes soft- wares não desenvolvem estudos, análises e projetos, eles são específicos para extrair informação da nuvem de pontos e depois levar para os softwares de desen-volvimento de projetos e análises. Já está ocorrendo uma evolução significativa nos softwares de projetos para fazer uso da nuvem de pontos, mas ainda existem neles muitas limitações de quantidade de pontos e de ferramentas para visualizar e extrair as informações necessárias, forçando o usuário a trabalhar em um ambiente para fazer a extração de pontos e em outro para desenvolver os projetos. Os softwares estão em franco desenvolvimento, e novas ferramentas surgem dia após dia para facilitar a extração de dados.

• Conhecimento: A formação profissional nos últimos anos vem sofrendo uma revolução, seja na formação de profissionais mais específicos, seja na capacitação do uso de novas ferramentas e equipamentos para automatizar tarefas que consomem bastante tempo. O trabalho com a nuvem de pontos exige dos profis-sionais conhecimento avançado dos softwares, para aumento de produtividade e então extrair a informação requerida. A escolha da solução mais adequada exige importante tomada de decisão, pois pode ser necessá-rio o uso de mais de um software, o que muitas vezes acaba sendo a única solução, pois ainda não temos no mercado uma solução única e completa.

ROVANE MARCOS DE FRANÇAProfessor de geodésia e georreferenciamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) e consultor da Vector Geo4D. Engenheiro civil, técnico em geomensura e Estradas. Experiência em levantamentos com laser scanner há três anos em várias aplicações, usando diversos softwares de processamento e modelagem de nuvem de [email protected]

Veja que estas três limitações podem ser resolvidas com investimentos financeiros e de tempo, mas ainda deficientes sob o ponto de vista de produtividade no uso da nuvem de pontos.

A solução parte para a modelagem de dados, na qual os softwares atuais já trabalham com sólidos e superfícies 3D de forma mais simples, os quais ficam mais fáceis de serem representados em 3D no espaço, recebendo luz, textura e sombras para uma vista mais realística. A limitação de trabalhar em três dimensões, mas ver em duas (o monitor é 2D) é o que mais dificulta o uso de dados em 3D.

Alguém arrisca um palpite de quando teremos sof-twares adotando a tecnologia de realidade virtual, realidade aumentada ou virtualidade aumentada?

Visualização da nuvem de pontos completa

Visualização parcial da nuvem de pontos

Vista superior com corte horizontal da nuvem de pontos

Vista superior da nuvem de pontos completa

Alguém arrisca um palpite de quando teremos softwares

adotando a tecnologia

de realidade virtual, realidade

aumentada ou virtualidade aumentada?

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70 MundoGEO 77 | 2014

PAINEL OGC

OGC AMPLIA PRESENÇA NO BRASILConsórcio Geoespacial Aberto dissemina sua missão e oferece oportunidades no país

TREVOR TAYLOR Director, Member Services-

Americas and [email protected]

www.opengeospatial.org

Meu colega Luis Bermudez e eu participa-mos do MundoGEO#Connect LatinAme-

rica 2014, de 7 a 9 em maio, em São Paulo (SP).

Ficamos muito satisfeitos em estar presentes,

pois foi um grande evento para nós.

O Luis ministrou um curso de um dia sobre

o Open Geospatial Consortium (OGC), falan-

do sobre padrões e o Programa de Associa-

ção. O curso foi muito bem sucedido, havia 45

inscritos de governos, setores privado e aca-

dêmico, sendo que 13 das organizações são

elegíveis para se tornarem membros do OGC

(um lembrete para aqueles que são elegíveis:

lembrem-se de preencher o formulário de

adesão enviado após o curso). Representantes

de outras organizações que fizeram o curso

têm a oportunidade de usufruir de descontos

nas taxas de adesão do Consórcio. Leitor des-

te artigo, se você quer se juntar a nós, visite

a página OGC Membership Levels em www.

opengeospatial.org/ogc/join/levels.

Durante o evento, fiz uma apresentação

intitulada “IDE: A Importância de Padrões e

Interoperabilidade para a Boa Administra-

ção”, durante o seminário Gestores Públicos da

Geoinformação, no dia 7 de maio. Com base

em exemplos selecionados do mundo real,

expliquei como tendências atuais de tecno-

logia da informação têm implicações para o

compartilhamento de dados espaciais entre os

governos de todos os níveis. Essas tendências

também têm implicações para a tecnologia,

prestadores de serviços e para os membros

do OGC, responsáveis por manter os padrões

atualizados.

As áreas mais destacadas incluem Meteoro-

logia e Aviação, Marinha (derrames de petró-

leo, batimetria) e uso da terra; além da Infra-

estrutura, para a qual a capacidade de trocar

informação espacial facilmente e em tempo

hábil está se tornando cada vez mais impor-

tante, a fim de garantir a boa administração

em todos os níveis. Nestes domínios e em mui-

tos outros, - como sistemas de ciências da ter-

ra, emergências e desastres, hidrologia, saúde,

modelagem urbana, sensores da web, Internet

das Coisas, etc. – os Grupos de Trabalho do

OGC desempenham um papel essencial em

permitir que a informação geoespacial simples

e complexa possa ser publicada, descoberta,

avaliada, acessada e compartilhada entre os

diversos sistemas em redes.

Os governos e grandes organizações têm a

necessidade e a responsabilidade de partici-

par no desenvolvimento e manutenção dos

padrões OGC. Afinal, os padrões dão forma

para a interoperabilidade. Ao participar de

atividades de padronização, as partes interes-

sadas podem trabalhar juntas para “legislar”

sobre como seus sistemas serão capazes de

trabalhar em conjunto.

O OGC oferece a oportunidade de “desen-

volvimento conjunto" de contribuições entre

seus membros. Por exemplo: o investimento

de cada patrocinador do OGC é alavancado

pelos investimentos dos outros patrocina-

dores daquela tecnologia; e o investimento

é ainda incrementado pelas contribuições

financeiras individuais feitas pelos participan-

tes e provedores desta tecnologia ou produ-

to. Ligando as comunidades em torno de suas

necessidades comuns, para que elas possam

atender a essas necessidades por meio de pa-

drões de interoperabilidade, é um poderoso

"multiplicador de forças" para os interessados

em tecnologia.

Os governos e grandes

organizações têm a

necessidade e a responsabilidade

de participar no desenvolvimento

e manutenção dos padrões OGC

Page 71: Revista MundoGEO 77

71

PAINEL FIG

COMISSÕES E A ESTRUTURA DA FIGComo a Federação Internacional de Agrimensores se organiza para atuar globalmente

LOUISE FRIIS-HANSENFIG [email protected]

www.fig.net

Neste artigo, gostaríamos de apresentar um pouco mais sobre a Federação Internacional de Agrimen-

sores. A FIG funciona essencialmente com recursos e contribuição do nosso corpo de voluntários de todo o mundo, os quais são apoiados por suas organizações membros, bem como por seus empregadores, ou ainda pelas organizações que representam. Estas contribui-ções permitem à FIG estender sua atuação na área da agrimensura para o benefício da sociedade, meio am-biente e economia e, como consequência , aumentar o seu posicionamento e relevância em qualquer lugar onde nossa profissão esteja presente.

Grande parte do trabalho e muitas das con-quistas da FIG são possíveis graças às “Comissões FIG'sten”. Hoje existem 10 ao todo, que formam o verdadeiro motor que movem a FIG e são forma-das por especialistas de geo e outros profissionais da área, espalhados por todo o mundo. Cada co-missão é liderada por um presidente, eleito para um mandato de quatro anos pela Assembleia Geral da FIG. As responsabilidades e os planos de trabalho das comissões são aprovados pela Assembleia Geral.

Todas as associações-membro podem nomear um delegado nacional para cada uma das 10 comis-sões e da filial. Além disso, acadêmicos e membros

corporativos podem nomear um correspondente para cada comissão.

Além de entregar os programas técnicos em con-gressos e reuniões, as comissões e seus grupos de trabalho organizam outros seminários e conferên-cias sobre temas técnicos e profissionais, individu-almente ou em conjunto (geralmente em colabo-ração com uma associação membro da FIG ou uma sociedade profissional internacional parceira). As Comissões também buscam oportunidades para participar de eventos promovidos pelas Nações Unidas ou outra agência de financiamento, visando apoiar o desenvolvimento profissional em países em desenvolvimento e em transição econômica.• Comissão 1 - Normas Profissionais e Práticas• Comissão 2 - Educação Profissional• Comissão 3 - Gestão da Informação Espacial• Comissão 4 – Hidrografia• Comissão 5 – Medição e posicionamento• Comissão 6 - Pesquisas de Engenharia• Comissão 7 - Cadastro e Gestão Territorial• Comissão 8 - Planejamento e Desenvolvimen-

to Espacial• Comissão 9 - Avaliação e Gestão de Imóveis• Comissão 10 – Construção, Economia e Gestão

Leia mais sobre a FIG em: www.fig.net.

A FIG funciona essencialmente com recursos e contribuição do nosso corpo de voluntários de todo o mundo

Page 72: Revista MundoGEO 77

72 MundoGEO 77 | 2014

CONGRESSO DA ISPRS EM PRAGARepública Checa recebe a 13ª edição do evento sobre Sensoriamento Remoto e Fotogrametria

LENA HALOUNOVÁ Departamento de

GeomáticaFaculdade de Engenharia

Civil, CTU em PragueRepública Checa

[email protected]

A Sociedade Internacional de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto (ISPRS em inglês), jun-

tamente com a Sociedade Checa de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto (SFDP) gostaria de convidar a todos para o XXIII Congresso da ISPRS, o qual terá duração de oito dias e será realizado de 12 a 19 de julho de 2016, em Praga. A semana que antecede o Congresso será dedicado a ISPRS Escola de Verão, que será realizada em Telč, em um edifício histó-rico da Universidade Técnica da República Checa.

A ISPRS organiza congressos a cada quatro anos, focando em apresentar as realizações e conquistas da fotogrametria, sensoriamento remoto e ciências espaciais, tanto do ponto de vista científico quan-to comercial. Os temas do Congresso de 2016 serão formados por sessões científicas, organizadas por oito comissões técnicas da ISPRS, e sessões especiais que irão apresentar a cooperação mútua da ISPRS e outras organizações, como a Associação Cartográfica Internacional (ICA). O evento oferecerá também um

programa social para os participantes e seus acom-panhantes, como passeios opcionais preparados pelos organizadores, oferecendo a oportunidade dos participantes conhecerem vários lugares bonitos da República Checa e de Praga, além de Visitas Técnicas à Riegl e a Vexcel na Áustria, DLR na Alemanha, etc..

Graças à localização central da cidade anfitriã, Praga, em relação ao continente Europeu e tam-bém à sua fácil acessibilidade, o XXIII Congresso ISPRS vai reunir um grande número de cientistas e profissionais da indústria geoespacial. Uma série de atividades científicas, educacionais, técnicas e sociais de qualidade vão acontecer num ambiente encantador, Patrimônio Mundial da Unesco.

Para acessar as últimas notícias e conquistas relacionadas com a preparação do Congresso, visite o site do evento e inscreva-se para rece-ber atualizações eletrônicas: www.isprs2016-prague.com.

PAINEL ISPRS

Castelo de Praga, fundado no século IX, ocupa uma área superior a 72,5 mil metros quadrados

Page 73: Revista MundoGEO 77

73

INSTITUCIONAIS:• Realização de várias reuniões presenciais e online em

São Paulo com presença da diretoria e conselho;• Elaboração de cartas a pedido de associados para su-

gerir mudanças nas especificações de pregões eletrônicos para contratação de serviços do setor;

• Atendimento de consultas para comprovar que os associados são empresas do setor para compor docu-mentos preparatórios para licitações;

• Elaboração de Plano de Ação Anual para o IBG;• Participação em duas reuniões, em Brasília, visando

apresentar o IBG ao Ministério de Planejamento;• Pesquisa entre os associados para levantar faturamento

e número de colaboradores, visando começar a dimen-sionar a força econômica e o índice de empregabilidade do setor;

• Envio de carta ao Ministério de Planejamento, solici-tando que o IBG faça parte formalmente da Comissão Nacional de Cartografia (Concar);

• Aprovação preliminar em caráter ainda informal do Ministério de Planejamento, garantindo um lugar para o IBG nos Fóruns de Gestores Públicos de Geoinformação, cuja missão é a definição da política pública de Geoin-formação para o país;

•Participação informal de evento da Anac, em São Pau-lo, que discute a legislação de VANTs e Drones no Brasil;

• Atendimento regular de consultas e contato com as-sociadas e demais empresas e instituições;

• Recebimento de consulta da Anatel referente à pro-cedimentos e pedindo providências quanto ao uso de frequência de comunicação de empresas do setor nos levantamentos topográficos;

• Contato regular com os associados.

Instituto Brasileiro de Geomática faz balanço e define açôes futuras

MARKETING:• Elaboração de logomarca, folder, site, banners, papel de carta, envelo-

pe, informativo e email marketing;• Criação do novo site do IBG, com área restrita para associados;• Contato com associados para a produção e divulgação de notícias;• Elaboração e divulgação de notícias institucionais do IBG para o portal

MundoGEO e para outras mídias nacionais e do exterior;• Várias reuniões em Brasília para elaboração de convênio com Agên-

cia Brasileira de Apoio à Exportação (APEX-Brasil), para montagem de projeto de suporte financeiro para ações de exportação de produtos e serviços nacionais;

• Atuação junto aos organizadores do Intergeo para subsídio na parti-cipação de empresas do IBG no evento, realizado na cidade de Essen na Alemanha, em outubro de 2013, no Pavilhão Brasil;

• Participação no evento MundoGEO#Connect edições 2013 e 2014, com estande na feira para divulgação do IBG;

• Criação e envio de e-mail marketing e informativo para associados e demais empresas do setor;

PAINEL IBG

No dia 9 de maio aconteceu em São Paulo (SP), durante o evento MundoGEO#Connect LatinA-

merica 2014, uma Assembleia do Instituto Brasileiro de Geomática (IBG), com o objetivo de apresentar a prestação de contas do que foi realizado e o plano de ações para o segundo ano da atual gestão.

Realizações do primeiro ano do Instituto Brasi-leiro de Geomática (IBG):

IBG COMPLETA UM ANO DE ATIVIDADES

AÇÕES PARA O SEGUNDO ANO:• Efetuar orçamento preliminar de empresa de pesquisa para fazer um

projeto de mapeamento do setor e das demandas;• Viabilizar participação no próximo Fórum de Gestores de Geoinforma-

ção, promovido pelo Ministério do Planejamento;• Contratar profissional do setor geoespacial com perfil adequado para

atuar no IBG;• Contratar profissional para atuar na área administrativa;• Mapear e definir os processos internos do IBG;• Criar normas, procedimentos e padronização para emissão de docu-

mentos;• Estudar a viabilidade de um evento do IBG no primeiro semestre de

2015, em Brasília;• Atender as demandas do IBG quando solicitado juntos aos associados,

não associados e demais instituições do setor e da sociedade em geral;• Produzir e divulgar notícias do IBG para a comunidade;• Programar reuniões regulares com diretoria, conselho e demais asso-

ciados para prestação de contas e coleta de sugestões;• Criar e manter canal de comunicação com os associados;• Manter o site constantemente atualizado;• Criar e manter uma base de dados de associados, demais empresas

potenciais associadas, eventos e associações afins;• Montar uma estratégia de busca de novos associados;• Participar de eventos do setor;• Planejar aproximação com outras associações, visando unir esforços;• Enviar carta de apresentação do IBG aos principais órgãos do governo

federal (ministérios e autarquias);• Enviar carta de apresentação do IBG para as grandes empresas priva-

das dos setores de infraestrutura, meio ambiente, mineração, óleo e gás e engenharia em geral.

Mais informações em www.ibgeo.org e [email protected].

Page 74: Revista MundoGEO 77

74 MundoGEO 77 | 2014

As seguintes empresas, presentes no Portal MundoGEO, convidam-no para visitar seus sites com informação atualizada sobre negócios, produtos e serviços.

Para participar desta seção, entre em contato pelo email [email protected] ou ligue +55 (41) 3338-7789

ONLINE

ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Anunciante Página

Alezi Teodolini 39

Allcomp 80

Bentley Systems 11

CPE Tecnologia 3

Embratop 30, 31 | 69

FOIF 67

Furtado, Schmidt 9

Garmin 43

Geoambiente 54

Geocenter 78 | 81

Geoeduc 2

Hexagon 12, 13

Instituto Brasileiro de Geomática – IBG 55

Manfra 82, 83

Metrica 79

Santiago & Cintra Geo-Tecnologias 16, 17 | 18,19

Santiago & Cintra Consultoria 84

Space Imaging 57

Trimble 9

www.cpetecnologia.com.br

CPE TECNOLOGIA FOIF

www.foif.com

GEOAMBIENTE

www.geoambiente.com.br

www.santiagoecintra.com.br

SATMAP

www.satmap.com.br www.supergeotek.com

SUPERGEO TECHNOLOGIES

SANTIAGO & CINTRA GEOTECNOLOGIAS

www.runco.com.ar

RUNCO

www.santiagoecintraconsultoria.com.br

SANTIAGO & CINTRA CONSULTORIA

www.geoeduc.com

GEOEDUC

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76 MundoGEO 77 | 2014

GUIA DE EMPRESAS

O Guia MundoGEO é a lista mais completa do Brasil de empresas do setor de geotecnologias, divididas em prestadoras de serviços e fornecedoras de produtos e equipamentos. Acesse www.mundogeo.com/empresa e saiba mais.

EMPRESA SITE CIDADE SERVIÇOS PRODUTOS

Mapea-mento

Georrefe-renciamento Outros Dados e

ImagensEquipa-mentos Softwares VANTs

Agência Verde www.agenciaverde.com.br São Paulo (SP) • •

Aerocarta www.aerocarta.com.br São Paulo (SP) • • • • •

Aeromapa www.aeromapa.com.br Curitiba (PR) • • •

Agrobio www.agrobio.agr.br Altinópolis (SP) • •

Agrosatélite www.agrosatelite.com.br Florianópolis (SC) • •

Atlântica Geo [email protected] Apiaí (SP) • •

Base Aerofoto-grametria www.base.eng.br São Paulo (SP) • • •

Bradar www.bradar.com.br São José dos Campos (SP) • • •

Bentley www.bentley.com/pt-BR São Paulo (SP) • •

CGI Brasil www.cgi.com/en/brasil São Paulo (SP) • •

Codex Remote www.codexremote.com.br/ Porto Alegre (RS) • •

Coffey www.coffey.com Belo Horizonte (MG) • •

Cognatis www.cognatis.com São Paulo (SP) • •

CPE Tecnologia www.cpeltda.com.br Belo Horizonte (MG) • •

EGL Engenharia www.egl.eng.br Brasília (DF) • • • • •

Engefoto www.engefoto.com.br Curitiba (PR) • • •

Engemap www.engemap.com.br Assis (SP) • • • •

Engesat www.engesat.com.br Curitiba • • • • •

Englevel www.englevel.com.br Curitiba (PR) • •

Fototerra www.fototerra.com.br São Paulo (SP) • • •

Furtado, Scmidt www.furtadoschmidt.com.br São Paulo (SP) • • •

Geoambiente www.geoambiente.com.br

São José dos Campos (SP) • • • •

Geocursos www.geocursos.com.br Florianópolis (SC) • •

Geofusion www.geofusion.com.br São Paulo (SP) • •

GeoJá www.geoja.com.br São Paulo (SP) • • •

Geomat www.geomat.com.br Belo Horizonte (MG) •

Geopixel www.geopx.com.br São J. dos Campos (SP) • •

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77

Inclua sua empresa no guia online do Portal MundoGEO e na tabela abaixoInformações: (41) 3338 7789 | [email protected] | @mundogeo

EMPRESA SITE CIDADE SERVIÇOS PRODUTOS

Mapea-mento

Georrefe-renciamento Outros Dados e

ImagensEquipa-mentos Softwares VANTs

Geosaber www.geosaber.com.br São Paulo (SP) • •Geovoxel www.geovoxel.com.br Rio de Janeiro (RJ) •Imagem www.img.com.br São J. dos Campos (SP) • • •

IPNET Soluções www.ipnetsolucoes.com.br Rio de Janeiro (RJ) • • •

Jatobá Enge-nharia

www.atobaengenharia.com.br Nova Parauapebas (PA) • • • •

K2 Sistemas www.k2sistemas.com.br Rio de Janeiro (RJ) • •

Leica Geosystems www.leica-geosystems.com.br São Carlos (SP) • • •

Lo Carraro www.locarraro.com.br Bananal (SP) • • •Medral www.medralgeo.com.br São Paulo (SP) • • •

Metalocation www.metalocation.com.br São Paulo (SP) • •

Metro Cúbico www.metrocubicoenge-nharia.com.br Rio de Janeiro (RJ) • • •

Mirante Topo-grafia

www.mirantetopografia.com.br Belo Horizonte (MG) • • •

Notoriun Tecno-logia www.notoriun.com.br Brasília (DF) •

Novaterra www.novaterrageo.com.br Rio de Janeiro (RJ) • •

NWSOFT www.nwsoft.com.br São Luis (MA) • •Santiago & Cintra Consultoria www.sccon.com.br São Paulo (SP) • • • •

Santiago & Cintra Geotecnologias

www.santiagoecintra.com.br São Paulo (SP) • • • • •

Sisgraph www.sisgraph.com.br São Paulo (SP) • •Sitech www.sitechcb.com Barueri (SP) • • •Sitech Sul www.sitechsul.com.br Curitiba (PR) • • •SkyDrones www.skydrones.com.br Porto Alegre (RS) • • •Solution Sof-twares www.solsoft.com.br Matão (SP) • •

Sovis Sistemas www.sovis.com.br Cascavel (PR) • •

SP Geosistemas www.spgeosistemas.com.br São Carlos (SP) • • •

Topocart www.topocart.com.br Brasilia (DF) • • •Topomapa www.topomapa.com.br Ourinhos (SP) • • •TotalSOFT www.totalsoft.com.br São Paulo (SP) • •Trimble Brasil www.trimble.com.br Campinas (SP) • • •Vanucci www.vanucci.com.br Belo Horizonte (MG) •

* Outros = Consultoria, Geomarketing e Sistemas

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geocenter

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