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Fevereiro e Março / 2010 - N° 72 Entrevista OAB REVELADA Aurélio Wander Bastos Assine a revista M U R A L Veja nesta edição Como ganhar livros Endividado e sem moral? Consumidor com cadastro nos órgãos de proteção ao crédito não pode requerer dano moral por inscrição irregular posterior

Revista Mural Fev e Mar 2010

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Endividado e sem Moral? - Consumidor com cadastro nos órgão de proteção ao crédito, não pode requerer dano moral por inscrição irregular posterior.

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  • M U R A LM U R A LM U R A LDireito em MovimentoDireito em MovimentoDireito em MovimentoDireito em MovimentoDireito em MovimentoDireito em Movimento

    Fevereiro e Maro / 2010 - N 72

    EntrevistaOAB REVELADAAurlio Wander Bastos

    Assine a revista M U R A LVeja nesta edioComo ganhar livros

    Endividado e sem moral?Consumidor com cadastro nos rgos de proteo ao crdito

    no pode requerer dano moral por inscrio irregular posterior

  • Editorial

    ROSSANA FISCILETTICoordenadora

    ROSSANA FISCILETTICoordenadora

    Jornalista Responsvel: Carlos Wesley - MTb/RJ 17.454Coordenao geral: Rossana FiscilettiReportagem, Editorao eletrnica e Projeto gr co: Mdia JurdicaDiagramao, Capa e Fotos: Paulo SoaresReviso: Lvia PortoComercial: Paulo Moretzsohn e Nathalie MoraesDistribuio: Rosaria FiscilettiAtendimento ao leitor: Raphael TrigueiroFoto da Capa: George Crux / SXC

    Para se corresponder com a Redao: Av. Franklin Roosevelt, 194/sala 907, Castelo - Rio de Janeiro/ RJ - CEP: 20021-120Tel.: (21) 2215-7291 - e-mail: [email protected] anunciar ligue: RJ: (21) 2215-7291Projeto de marketing e publicidade: Webcom Comunicao, Marketing e Publicidade Ltda.

    M U R A L uma publicao de CULTURA JURDICA da Rplica Publi-caes (Mdia Jurdica) dirigida a estudantes e operadores do Direito.

    A Mdia Jurdica no se responsabiliza por informaes e opinies contidas nos artigos, entrevistas e depoimentos, bem como pelo teor dos anncios publicitrios.

    Estai, pois, rmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade,e vestida a couraa da justia Efsios 6:14

    Aurlio Wander BastosOAB revelada ........................................................................... 6 e 7

    Entrevista

    Artigo

    Colunas

    Debates, polmicas, revelaes... Nossa edio rene todos esses elementos.

    Debates e polmicas ficam por conta da matria de capa sobre os Direitos do Consumidor. A Smula 381 do STJ dispe que o julgador no pode conhecer ex officio a abusividade das clusulas porventura contidas nos contratos bancrios. Ser mesmo que o STJ manda e os juzes obedecem? Especialistas afirmam que no.

    Outra Smula do STJ, abordada na matria, a polmica 385, pela qual no cabe indenizao por dano moral ao consu-midor por anotao irregular em cadastro de proteo ao crdito, quando preexistir regular anotao. A referida smula encontra entendimentos contra e a favor, mas o debate bem interessante e, por isso, gostaramos de saber o seu entendimento sobre a Smula 385. Os autores dos trs melhores textos sobre o tema sero contemplados com a obra Direito do Consumidor - Cdigo Comentado e Jurisprudncia, de Leonardo de Medeiros Garcia, editora Impetus. Participe: [email protected].

    Ainda sobre consumidor, o artigo do advogado Thalis Motta fala da importncia do direito ao arrependimento nos contratos celebrados fora do estabelecimento comercial.

    A edio conta tambm com uma agradvel entrevista com o jurista Aurlio Wander Bastos, que relatou com exclusividade revista MURAL detalhes sobre a criao de OAB, compartilhando conosco um verdadeiro tesouro intelectual perdido na histria: o de que a entidade foi a grande responsvel pelo fim do regime patrimonialista no Brasil. Esta apenas uma das revelaes feitas durante a entrevista.

    Consideraes sobre a arrecadao municipal do ICMS por municpio produtor de energia so feitas pelo advogado Gabriel Quintanilha.

    E em Mais que vencedores, William Douglas fala o que pensa a respeito do ocorrido no concurso da Polcia Rodoviria Federal e do combate fraude nos concursos.

    Convocamos voc, leitor, a participar dessa edio, dando suas sugestes, opinies. O MURAL um espao aberto s vozes daqueles para quem escrevemos. Comentem, discutam. Estamos aqui para ouvi-los.

    Boa leitura!

    DROPS

    Mais Que Vencedores

    Consumidor por Rossana FiscilettiDebate de especialistas sobre assmulas 381 e 385 do STJ ...................................................... 8-13

    Matria de Capa

    ............................................................. 18

    ................................................ 19

    Gabriel QuintanilhaMunicpio Produtor de Energia e Arrecadao de ICMS ........... 14 e 15

    Artigo Thalis MotaO direito de arrependimento nas contrataespor telefone e via Internet ..................................................... 16 e 17

  • MURAL: O que levou o senhor a pesquisar tanto tempo sobre a OAB? O que motivou esse estudo?

    Aurlio Wander Bastos - Sempre estudei a ques-to das instituies no Brasil, o processo de formao e evoluo de diversas instituies, por exemplo, a formao dos cursos jurdicos e a formao do Poder Judicirio no Brasil. O fato que, mais recentemente, comecei a me interessar pela questo da OAB quando me tornei seu Conselheiro, por volta de 2004, e passei a ver o papel da Ordem no contexto da sociedade brasileira.

    Agora, o que mais me preocupou foi que na primeira fase da pesquisa sobre OAB verifiquei que havia uma resistncia constitucional muito grande para a sua criao, nos textos de 1824 e 1891, mesmo aps a criao do Instituto dos Advogados em 1843, sob a presidncia de Montezuma, um grande advogado negro, da poca do Imprio. Embora o instituto tivesse a finalidade de criar a Ordem, nunca conseguiu que seus projetos fossem viabilizados e transformados em lei, nem mesmo o projeto do pr-prio Montezuma. Ento, todo o perodo do Imprio e da Primeira Repblica, na verdade, significaram um grande fracasso no que se refere aos objetivos de se criar uma Ordem dos Advogados.

    Em clima de descontrao o cientista poltico e professor Aurlio Wander Bastos fala sobre o processo de criao da maior enti-dade de classe do pas, a OAB, e revela aspectos que remanes-ciam sigilosos ou esquecidos na histria brasileira, bem como as personalidades envolvidas no advento da Ordem e a influncia da entidade para construo do Estado Democrtico Brasileiro.

    MURAL: Na Repblica houve alterao no nome do IAB?

    AWB: Sim. O instituto passou a se chamar Instituto da Ordem dos Advogados do Brasil, isto , no fim do Imprio e incio da Repblica. Tal coisa aconteceu porque tanto na Constituio do Imprio quanto na da Repblica os dispositivos constitucionais eram muito claros, no sentido de que no se deviam organizar corporaes de ofcios profissionais. Por ou-tro lado, com base nesse texto, havia uma resistncia muito grande dentro da comunidade para se criar a Ordem, no sentido de que a advocacia era tambm exercida por profissionais provisionados, cidados indicados pelo Poder Judicirio, mas que no eram advogados, por no serem formados nem na escola de Olinda, nem na de Recife, como era tradio no Brasil, nem muito menos na escola de Coimbra ou qualquer outra. Por outro lado, havia o problema do Estado patrimonialista, onde o exerccio das funes pblicas por advogados era cumulado com as de juiz, delegados, promotores, escrives, por exemplo, e se confundia com o das funes privadas da advocacia. No havia nenhum tipo de restrio ao exerccio cumulado da advocacia com o exerccio de outras funes jurdicas dentro do Estado brasileiro. Isso

    Rossana Fisciletti

    OABREVELADA

    Um dos maiores pesquisadores do Brasil revela como a criao da OAB contribuiu com o fim do regime patrimonialista brasileiro.

    ENTREVISTA AURLIO WANDER BASTOS

  • Quem : advogado, doutor em Cincia Poltica e Direito Constitucional, professor titular da UNIRIO e da UCAM, autor de diversas obras. Foi vice-presidente da UNE de 1965 a 1967 e de 1967 a 1969 e conselheiro da OAB/RJ em 2004. Sua recente pesquisa sobre a OAB foi desenvolvida atravs de minucioso estudo de diversos documentos, em especial das Atas de Reunies Ordinrias e Extraordinrias do Conselho Federal e das conferncias realizadas pela entidade, resultou na coleo de livros sobre a Ordem dos Advogados, em trs volumes: A Ordem dos Advogados e Estado de Direito no Brasil, A Ordem dos Advogados e o Estado de Segurana Nacional e a A Ordem dos Advogados e o Estado Democrtico de Direito, pela Editora Lumen Juris em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa Jurdica, o IPqJuris e apoio da OAB Federal. Foto: PC Soares.

    criava um hbito, vamos chamar assim, de favores, de vantagens, de benefcios muito altos, o que era, de certa maneira, o objetivo principal da elite da advocacia brasileira, a origem do nepotismo.

    MURAL: Ento, como foi possvel a criao da OAB?

    AWB: A Revoluo de 1930 criou a Ordem dos Advogados, em 18 de no-vembro. Em princpio, ela foi favorecida pelo desmonte proposto pela Revoluo da estrutura patrimonialista e oligrquica que dominava no Brasil. Nesse sentido, alguns membros da elite da advocacia e da Revoluo se aproximaram. Ento, houve uma aproximao de Oswaldo Aranha com a intelectualidade do Rio de Janeiro, dentre eles: Oliveira Viana, Alberto Torres, e aquele que j era o presidente do Instituto da Ordem dos Advogados do Brasil, Levi Carneiro. Este como jurista acabou ascendendo neste contexto revolucionrio como uma figura fundamental, pensando num Estado Mo-derno que rompesse com a velha estrutura oligrquica. Esse movimento acabou aproximando esses intelectuais com duas linhas de pensamento que dominavam na poca: o pensamento positivista, que era remanescente da Repblica e dominava entre os militares, um pensamento de for-a e vontade autoritrias, e o pensamento

    corporativista, que naquele momento histrico crescia como uma proposta ide-olgica de viabilizar o seu equilbrio entre capital e trabalho que ideologicamente se refletia na radicalizao marxista ou de esquerda, ou mesmo na ascenso do corporativismo integralista.

    MURAL: Que outras iniciativas se devem a Levi Carneiro?

    AWB: Ele criou o Cdigo Eleitoral de 1932 onde elaborou a representao mista: deputados eleitos popularmente e deputados eleitos pelos sindicatos corporativos, sindicatos dos empresrios (de onde nasceram as federaes em-presariais) e sindicatos dos empregados. E eles fizeram seus representantes no movimento constituinte. A Ordem dos Advogados tinha seu representante, que era o prprio Levi Carneiro; a ordem dos mdicos, os funcionrios pblicos, todos se fizeram representar ali, e eles fizeram a Constituio de 1934, onde sobreviveu a representao profissional.

    MURAL: Havia caractersticas de um Estado democrtico?

    AWB: Acredito que no. Na verda-de, no tnhamos naquele momento um Estado democrtico, o que eu diria foi uma tentativa de se criar um estado de bem-estar social, ou seja, em que fortale-

    cendo esses grupos profissionalizantes se fortaleciam polticas de bem-estar social como ligadas educao, sade, formao tcnica, assistncia social e a participao da OAB neste contexto estava vinculada ao de Levi Carneiro, que acumulava a funo de consultor geral da Repblica.

    MURAL: Como os militares reagiram diante desse fato?

    AWB: Muitos militares e personali-dades se destacaram na vida poltica bra-sileira tendo, inclusive, participao nos movimentos comunista e integralista. O primeiro liderado por Carlos Prestes, em 1935, e o segundo liderado no s por militares, como professores, intelectuais que se envolveram no s no movimento integralista, como no Golpe de 1938. Desta poca deve-se recordar o papel de Sobral Pinto, catlico que defendeu rebeldes no Tribunal de Segurana Na-cional. No crescimento do movimento integralista foi que Levi Carneiro deixou a presidncia da OAB.

    MURAL: O que mais lhe fascinou neste mergulho histrico?

    AWB: Esses assuntos polticos, de certa maneira, me fascinaram: nunca ha-via lido, visto ou ouvido de que os decre-tos que criaram a OAB tivessem qualquer

  • conotao que no fosse disciplinar, de organizar os advogados. E mais que isso: este o grande segredo e a grande contribuio da Ordem no processo de modernizao do Estado brasileiro. Os estatutos da OAB que desmontaram o estado patrimonial brasileiro. Da o significado histrico da OAB.

    MURAL: Carneiro organizou a admi-nistrao pblica, no?

    AWB: Na verdade, ele auxiliou na construo de outro Estado. A partir da OAB, criou-se o prprio tribunal discipli-nar, o que j era um grande avano. As dificuldades internas de relacionamento entre juzes e advogados foram sanadas. Antes disso os advogados sempre se co-locavam numa posio de inferioridade diante dos juzes. E a desconstruo do Estado patrimonialista oligrquico foi viabilizada, porque quem exercia a fun-o privada de advogado no poderia mais exercer a funo pblica de juiz. A grande contribuio dos estatutos da Ordem foi separar o pblico do privado e, com isso, deu um forte golpe, naquela poca, no nepotismo. Os impedimentos e as incompatibilidades no eram apenas alternativas tcnicas, elas tinham grande alcance poltico na organizao do Esta-do brasileiro moderno.

    Hoje, os bacharis fazem a prova da OAB sem saber que esses impe-dimentos e incompatibilidades esto comprometidos com o fim do Estado patrimonialista. Este o fator mais im-portante da histria da modernizao do Estado brasileiro.

    MURAL: Tudo isso partiu de Levi Carneiro?

    AWB: No. Os projetos de lei que tramitaram no Imprio e na Repblica j tinham essa gnese, j tinham dispo-sitivos sobre isso, mas eu costumo dizer sempre: na advocacia no existe gnio, mas aquele que identifica o bvio. Levi Carneiro usou os projetos de lei que foram discutidos nesses dois perodos - e que no foram aprovados porque a Cons-

    tituio da poca impedia - e os abrigou nos estatutos que sobreviveram at 1963.

    MURAL: Ento a sua coleo revela diversos segredos...

    AWB: Sim. So vrios os segredos que pude desvendar. Um deles, como disse, foi o problema da ao moderni-zadora da OAB desconstruindo o Estado patrimonialista. Poucos conhecem esta histria. H outros segredos interessan-tes no decorrer da obra, por exemplo, o problema da participao da Ordem no movimento de 1930, no movimento militar de 1964/68 e no Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) do Ministrio da Justia, bem como no movimento das diretas na cons-tituinte. Existia um projeto de viabilizar uma Assembleia Constituinte e alguns lderes da OAB estavam motivados com essa ideia, mas o prprio presidente da poca resistiu, s que o vice-presidente Hermann Assis Baeta, naquele momento com a liderana em ascenso, apoiou o movimento. Todavia, o grande articu-lador das partes vencidas e vencedoras foi o ex-presidente da OAB Bernardo Cabral.

    MURAL: A OAB ainda mantm seu papel representativo, da mesma ma-neira de quando foi constituda?

    AWB: A posio exponencial da OAB se deu nos anos que antecederam a convocatria das Constituintes de 1946 e 1988, naqueles momentos que a OAB se firmou como entidade comprometida com o pensamento democrtico e depois com a sociedade civil e com as teses da restaurao do Estado Democrtico de Direito.

    Com o advento da Constituio Federal de 1988, consequentemente, houve a transferncia da entidade para Braslia, o que provocou uma mudana no tipo de liderana interna da OAB. Aqueles advogados de representao notria que normalmente viviam no lito-ral (Rio de Janeiro, So Paulo, de certa forma, em Pernambuco) foram perdendo

    a sua expressividade dentro da Ordem, deixaram de ser figuras expressivas na liderana da advocacia nacional, embora continuassem sendo figuras notrias em seus estados. A entidade passou de certa maneira a ser constituda por dirigentes originrios dos estados do interior do Brasil (Braslia, Gois, Par, etc.) e por dirigentes originrios do norte e nordes-te. Essa interiorizao da liderana da instituio no significa, claro, que no Conselho da entidade no participem membros representantes de elite jurdica do litoral, mas o grupo executivo passou, digamos assim, a ter uma composio muito prxima da liderana vinculada ao interior do pas.

    MURAL: Por que o senhor critica o processo eleitoral da OAB?

    AWB: Esta uma longa histria que falaremos depois. Porm, um aspecto in-teressante que deve ser comentado que a OAB sempre teve uma representao poltica muito segmentada, dominada por grandes expoentes da advocacia, mas a partir de 1994, passou a ter uma representao poltica monoltica: o di-rigente eleito presidente em um estado leva consigo todos os seus conselheiros. Assim, h uma grande concentrao da representao poltica na mesma corpo-rao. Isso significa que, na atual estru-tura eleitoral da OAB, ns no podemos propriamente identificar representao das minorias. claro que as minorias se formam dentro da OAB na votao de diferentes projetos, h inclinaes e tendncias, mas eleitoralmente temos um processo poltico concentrado e monoltico.

    Acredito que esse o grande desa-fio que est colocado para o futuro da representao federativa e democrtica da OAB: romper com o federalismo monoltico que domina a estrutura da representao poltica e buscar uma forma de viabilizar a convivncia entre a maioria e as minorias, possibilitando uma convivncia democrtica mais extensiva.

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  • CAPA

    Consumidor no STJ

    Em relao aos direitos do consumidor, o STJ vem editando smulas que causam polmica entre especialistas, alm de gerarem grandes repercusses no cotidiano forense. Nesta edio, analisaremos duas delas, a de nmero 381, publicada no DJe em 05.05.2009, que dispe: nos contratos bancrios, vedado ao julgador conhecer, de ofcio, da abusividade das clusulas e a smula 385, publicada no DJe de 08.06.2009, de seguinte teor: da anotao irregular em cadastro de proteo ao crdito, no cabe indenizao por dano moral, quando preexistente legtima inscrio, ressalvado o direito ao cancelamento.

    Smula 381 sobreabusividade das clusulasnos contratos bancrios

    A redao dada aos con-tratos de consumo deve ser a melhor possvel do ponto de vista do consumidor, com emprego de linguagem e construo gramati-cal transparentes, diretas. Porm, mesmo que as condies gerais estabelecidas nos contratos sejam claras, sem ambiguidades, so passveis de nulidade, se forem consideradas como abusivas.

    O CDC consagra o princpio da interpretao a favor do con-sumidor no artigo 47, e no artigo 51 enumera, de forma exempli-ficativa, uma srie de clusulas consideradas abusivas e que sero nulas de pleno direito, ainda que o aderente-consumidor tenha concordado com o contedo. Nos contratos bancrios ser ne-cessrio que o consumidor argua a nulidade da clusula, pois, de acordo com a Smula 381 do STJ, no poder ser declarada de ofcio pelo julgador. A referida smula contraria o disposto no CDC e o pargrafo nico do art. 112 do

    Quem Ros-sana Fisciletti mestra em Direi-to das Relaes E c o n m i c a s e Advogada. Pro-fessora de Direito do Consumidor da ps-graduao da UniverCidade e da graduao da Universidade Mo-acyr Sreder Bas-tos, de Direito Civil da Universidade Cndido Mendes e Polticas Pblicas da Universidade Severino Sombra. Coordena a revista MURAL. Palestran-te e pesquisadora.

    Publicou Livro Exame da Ordem, com questes das provas resolvidas e com remisses e diversos artigos.

  • CPC. O STJ vinha reiterando este entendi-mento desde 2007, encontrando vozes di-vergentes dentro do prprio rgo, como a da ministra Ftima Nancy Andrighi: Vedar o conhecimento de ofcio, pelas instncias originrias (juzes e tribunais) de nulidades que so reputadas pelo CDC como absolutas, notadamente quando se trata de matria pacificada na juris-prudncia pelo STJ, rgo uniformizador da jurisprudncia, privilegiar demasia-damente os aspectos formais do processo em detrimento do direito material. Com muita relutncia ainda consigo entender que no se pode proceder de ofcio num Tribunal Superior, por causa dos bices constitucionais como, por exemplo, a presena do pr-questionamento, mas tenho dificuldades de aceitar a mesma soluo, repito, para as instncias ordi-nrias (Palestra proferida no III Ciclo de Palestras sobre Jurisprudncia do STJ no mbito do Direito Pblico e Privado, rea-lizado no Auditrio Antnio Carlos Amo-rim Palcio da Justia Rio de Janeiro, 02/12/2005. Direitos do Consumidor na Jurisprudncia do STJ. Disponvel em www.bdjur.stj.gov.br).

    O entendimento da smula torna a Justia no s cega como muda tambm. Sobretudo porque se pensarmos em sede de Juizados Especiais, h, ainda, a possi-bilidade de o consumidor no contar com a assistncia de um advogado nas causas de at 20 salrios mnimos. A smula trata os juzes como meros expectadores dos conflitos, sem intervir ativamente na realizao da paz social. Contudo, pouco provvel que os magistrados aceitem assistir o desfile das clusulas contratuais abusivas de maneira inerte, principalmente por se tratarem de clu-sulas elaboradas unilateralmente pelas instituies bancrias.

    Compartilhando da mesma opinio, o advogado Andr Junqueira avalia que a smula 381 est em desacordo com o ordenamento jurdico. Ao entender que o juiz no pode, por iniciativa prpria (ou seja, sem ser pedido), declarar de-

    terminada clusula de contrato bancrio como abusiva, o Superior Tribunal de Justia desrespeita o disposto no art. 168, pargrafo nico, do Cdigo Civil Brasileiro, que diz exatamente o contrrio. Consequentemente, na prtica, a smula obriga que o consumidor conhea o texto da Lei, especialmente a lista de clusulas abusivas, prevista no art. 51 da Lei n 8078/90 (Cdigo de Defesa de Consumidor), e saiba apresentar bem seu caso ao juiz. Isso particularmente inconveniente para o consumidor que, sem advogado, prope ao perante o Juizado Especial Cvel sem conhecimento jurdico adequado. Por fim, a smula termina prejudicando o consumidor, mas, por outro lado, no sendo obrigatria, a meu ver, os juzes devem ignorar a smula e declarar nulas as clusulas que sejam consideradas abusivas sob a luz do art. 51 do CDC, cabendo aos Bancos recorrer, se entenderem que foram prejudicados injustamente.

    Na viso do defensor pblico Fe-lippe Borring, a smula de jurisprudncia predominante de n. 381 retrata vrios equvocos: com todas as vnias aos componentes do egrgio STJ, o enuncia-do contraria o entendimento amplamente majoritrio na doutrina e na jurisprudn-cia de que a norma contida no art. 51 do CDC, que diz textualmente serem nulas de pleno direito as clusulas abusivas, ser de natureza cogente e, portanto, passvel de aplicao de ofcio pelo juiz. Tal en-tendimento, inclusive, era predominante no prprio STJ at bem recentemente (por todos, confira-se o julgamento do Recurso Especial n. 1013562/SC). Importante frisar, ainda, que o enunciado vai contra a recente insero ocorrida no CPC, pela Lei n. 11.280, que acrescentou dispositi-vo permitindo ao juiz conhecer de ofcio nulidade de clusula contratual abusiva. Alm disso, a mencionada smula con-traria o bom senso que deve nortear a confeco de smulas jurisprudenciais. De fato, existem vozes abalizadas que, com bons argumentos, sustentam que em

    algumas hipteses os juzes no poderiam conhecer de nulidades decorrentes de clusulas contratuais. Podemos encontrar, tambm, discusses profundas sobre a distino entre abusivo e ilegal ou abusivo e oneroso, para fins de pautar a atuao judicial. Tais debates dificilmente pode-riam ter sido condensados aos contornos abstratos de uma smula.

    O professor Paulo Maximilian apon-ta pontos obscuros da smula 381: no compreendo dois aspectos da referida smula: 1) por que a limitao aos con-tratos bancrios? 2) Se a equidade dos contratos um objetivo a ser perseguido e a proteo contra clusulas abusivas um dos direitos bsicos do consumidor (art. 6, IV e V, do CDC), qual a relevncia do requerimento de declarao de nulidade, se algumas clusulas o julgador (pela re-petio de julgados e pela regras ordin-rias de experincia) j conhece e entende por abusivas. O velho princpio do narra mihi factum dabo tibi jus parece estar sendo deixado de lado, na medida em que o magistrado no poder aplicar ex officio a lei que determina a declarao de tais nulidades.

    Smula 385 sobre indenizaopor danos morais

    Para melhor esclarecimento do en-tendimento do STJ de que a reiterao de conduta desabonadora impede a indenizao por dano moral ao consu-midor, vale pena trazer a colao da jurisprudncia da Segunda Seo:

    EMENTA: AO DE INDENIZA-O. DANOS MORAIS. INSCRIO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. COMUNICAO PRVIA. CDC, ART. 43, 2. EXISTNCIA DE OUTRO REGISTRO. PRECEDENTE DA SEGUNDA SEO.

    I - Afasta-se a pretenso indeni-zatria, pois, conforme orientao da Segunda Seo desta Corte, quem j registrado como mau pagador no pode se sentir moralmente ofendido pela inscri-

  • o do seu nome como inadimplente em cadastros de proteo ao crdito (REsp 1.002.985/RS, Rel. Min. ARI PARGEND-LER, DJ 27.08.2008). Agravo Regimental improvido.

    RELATRIO: 1. Trata-se de agravo interno inter-

    posto (...) contra a deciso de fl. 150-152 que deu parcial provimento ao recurso especial, determinando o cancelamento dos registros efetivados sem a comuni-cao prvia do art. 43, 2, do CDC. Na oportunidade, no foi acolhido o pedido de indenizao por danos mo-rais com base em precedente, poca no publicado, da Segunda Seo desta Corte, orientando que o consumidor j registrado no tem direito a indenizao por danos morais.

    2. Insurge-se a recorrente quanto ao no-acolhimento do pedido indeni-zatrio. Alega que o precedente isolado no traduz a orientao da Corte e que inexiste no mundo jurdico por no ter sido publicado. Sustenta que o precedente no se aplica ao caso dos autos, porquanto divergente o quadro ftico. Requer, ao final, a procedncia do pedido indeniza-trio. o relatrio. VOTO:

    3. No prospera a pretenso. 4. Ao contrrio do afirmado, o jul-

    gado que serviu de fundamentao para afastar a indenizao foi proferido pela Segunda Seo desta Corte e, assim, reflete a orientao da Seo de direito privado do Tribunal.

    5. De outro lado, reafirma-se que o entendimento ali exposto aplica-se aos autos, isto , o entendimento de que

    quem j registrado como mau pagador no pode se sentir moralmente ofendi-do pela inscrio do seu nome como inadimplente em cadastros de proteo ao crdito (REsp 1.002.985/RS, Rel. Min. ARI PARGENDLER, DJ 27.08.2008). Isto porque, no presente caso, a consumidora possui protesto e o respectivo registro que, includo em 10.04.2003, anterior aos registros cancelados.

    6. Ademais, o precedente foi pu-blicado em 27.08.2008, confira-se sua ementa:

    CONSUMIDOR. INSCRIO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DANO MORAL INEXISTENTE SE O DEVEDOR J TEM OUTRAS ANOTAES, REGU-LARES, COMO MAU PAGADOR. Quem j registrado como mau pagador no pode se sentir moralmente ofendido por mais uma inscrio do nome como inadimplente em cadastros de proteo ao crdito; dano moral haver se compro-vado que as anotaes anteriores foram realizadas sem a prvia notificao do interessado. Recurso especial no conhe-cido. (REsp 1.002.985/RS, Rel. Min. ARI PARGENDLER, DJ 27.08.2008).

    7. Pelo exposto, nega-se provi-mento ao Agravo Regimental. AgRg no RECURSO ESPECIAL N 1.057.337 - RS (2008/0102640-4). Rel. Min. SIDNEI BENETI.

    Para Paulo Maximilian: A insero do nome do consumidor nos cadastros restritivos cria para o mesmo uma dificul-dade (ou encarecimento) na obteno do crdito. Nas hipteses em que o cidado j conta com negativaes (lcitas) ante-

    riores, a imagem dele j est arranhada perante o mercado, motivo pelo qual o STJ entendeu que uma nova anotao nos cadastros, mesmo que irregular, no teria potencial ofensivo para piorar ou modifi-car as condies com que este consumi-dor se apresentaria em negociaes de emprstimos. O entendimento correto, pois respaldado na realidade prtica da atividade de concesso de crdito e vem sendo amplamente adotado por 18 das 20 Cmaras Cveis do TJRJ (relao de julgados ao final).

    Andr Junqueira analisa que a smula n 385 do Superior Tribunal de Justia est em conformidade com o princpio que veda o enriquecimento sem causa do j inscrito em cadastro de pro-teo de crdito (como SPC ou SERASA): Obviamente, a pessoa que j est com o nome sujo, por j ser um devedor, no tem o mesmo abalo psicolgico daquele que no estava inscrito. Todavia, a smula desconsidera completamente o carter pedaggico e punitivo da indenizao por danos morais, carter este que ainda muito discutido pela doutrina e jurisprudncia. Mas, logicamente, no sendo uma vinculante, o julgador, perante o caso concreto, poder decidir pela no aplicao da smula.

    Apesar da Smula 385 encontrar-se amparada por respeitveis juristas e reforada pela jurisprudncia, precisamos pronunciar nossa opinio, embora apa-rentemente minoritria, de que a polari-dade parece estar equivocada. O direito ao dano moral por aponte do consumidor nos rgos de proteo ao crdito no diz respeito totalidade de apontamentos

  • em seu nome, mas to somente quele caracterizado como indevido, alm do simples fato de ter que demandar em juzo para providenciar uma soluo. E, claro que uma anotao indevida restringe ainda mais as operaes de consumo realizadas pelo consumidor, ainda que seu nome conste nos rgos de proteo ao crdito em funo de sua inadimplncia. No entanto, para adotar-mos este entendimento devemos levar em considerao o consumidor inadimplente por circunstncias alheias sua vontade, ou seja, o consumidor que no paga porque no pode e no aquele que no paga por falta de interesse.

    Negociaes, proposta de par-celamento do saldo devedor, resgate de cheques sem proviso de fundos exemplificam condutas de um con-sumidor que tem zelo pelo prprio nome, preocupado com as restries e abalo do seu crdito. Para este, outro apontamento gerar transtorno, uma vez que se esfora em saldar suas dvi-das. O fato de esse consumidor estar

    inadimplente e com restrio realizada pelo fornecedor X, poder obstar o dano moral pela restrio feita irregularmente pelo fornecedor Y como se um moto-rista passasse na poa dgua e desse um banho de lama naquele que est tentando se abrigar da chuva.

    A Smula 385 pode levar a um dilatado e preconceituoso raciocnio de que o endividado no tem mo-ral!. Compreender o consumidor desta maneira esquecer que os mesmos precisam de proteo espe-cial, em razo da sua vulnerabilidade, de que no podem ficar a merc da desorganizao das empresas, e, o que pior, retroceder nas conquistas trazidas por uma lei to acolhida pelo povo brasileiro e que serve de modelo para outros pases.

    Sabemos que milhares de consu-midores usaram a quantia indenizat-ria recebida para saldar suas dvidas, ento por que criar obstculos para o recebimento de uma justa reparao? A smula revela-se arbitrria tambm

    pelo fato de que diversas empresas sero beneficiadas em face de inadim-plncia anterior, ganharo uma espcie de imunidade do dever de reparar o injusto apontamento do nome do consumidor em rgos de proteo ao crdito e no provaro do aspecto pedaggico-punitivo previsto no instituto do dano moral.

    Concluso

    De forma majoritria, especialistas so contra o disposto na smula 381 do STJ. No o que ocorre com a Smula 385, que divide opinies.

    Felippe Borring ressalta que a forma como foi redigida a smula 381, o comando nela inserido afasta o conhe-cimento, de ofcio, de qualquer nulidade contratual pelo julgador (posio que, salvo melhor juzo, no tem reconheci-mento em nosso pas). Isso um completo absurdo. Em ltima anlise, a smula es-taria ferindo o princpio constitucional da inafastabilidade, ao submeter ao regime

  • privado questes que, pela prpria Cons-tituio, tm natureza de ordem pblica. Por isso, entendemos que a smula 381 deveria ser revogada pelo STJ, o mais rapidamente possvel.

    Paulo Maximilian afirma que no existe possibilidade da Smula 381 estar em consonncia com interesse de instituies bancrias, e alerta para o fato de que as smulas, quando de sua edio no se revelam em novidade surgida no sistema jurdico, surpreendendo seus operadores, pois representam na verdade a pacificao de entendimento que j vem sendo adotado pelas Turmas do STJ. No caso das smulas 381 e 385, ambas de meados de 2009, provenientes das orientaes do REsp. 1.061.530/RS, tem-se como precedentes adotados alguns recursos analisados e decididos em 2007: tratando especificamente das recentes smulas, entendo que quando da edio do CDC houve um furor de protecionismo ao consumidor, necessrio mudana de paradigmas da poca, mas que agora, no mais se

    justifica. No se pode perder de vista que o objetivo da lei consumerista equilibrar as relaes de consumo e no fazer com que o fornecedor seja sacrificado em prol dos interesses indi-viduais de alguns demandantes que vm (cada vez mais) se profissionalizando. Analisando-se as smulas 370 e 388, obviamente contrrias aos interesses dos fornecedores do setor financeiro, verifica-se que a postura do STJ, que conta com alguns ministros (Antnio Herman Benjamin, Luiz Felipe Salomo e outros) profundos conhecedores da matria consumerista nunca seria pr-banco ou pr-empresa e sim pr-pacificao de conflitos.

    De igual forma entende Junquei-ra: a smula 381 vai claramente de encontro ao CDC, mas a de n 385 no necessariamente. Embora as s-mulas possam beneficiar interesses de instituies bancrias, o maior interes-se o de reduzir o nmero de recursos que chegam s instncias superiores, com o objetivo de desafogar o Poder Judicirio.

    Seguindo orientao que d maior proteo ao consumidor, podemos argu-mentar que o CDC prev no caput do seu artigo 7, o direito incluso de Direitos. No obstante a esta determinao, algu-mas decises do STJ tm caminhado em sentido diametralmente oposto. A smula 385 restringe o direito bsico do consu-midor reparao de danos morais e acesso aos rgos judicirios para repa-rao dos mesmos, (artigo 6, incisos VI e VII, do CDC), alm da previso cons-titucional do dano moral, consagrada no artigo 5, V. Desta forma, a referida smula precisa ser reavaliada, pois interpretar que o consumidor-devedor com prvio apontamento em cadastro de inadimplentes no faz jus indenizao em caso de dano moral, incentiva a violao da lei consumerista e d azo a um argumento de extremo mau gosto pelo qual os fornecedores se eximiro de indenizar, alicerando suas defesas no apontamento anterior realizado por outro fornecedor, em ofensa a diversos princpios, entre eles o da dignidade da pessoa humana.

    A Smula 385 nas decises do TJ/RJOrg. prof. Paulo Maximilian

    1 CC, Apel. 0100165-72.2008.8.19.0001, j. 09/07/2009; 2 CC, Apel. 0238242-61.2008.8.19.0001, j. 30.09.2009; 3 CC, j. 09/12/2009; 4 CC, Apel. 0000868-62.2008.8.19.0205, j. 08/09/2009; 5 CC, Apel. 0109360-81.2008.8.19.0001, j. 19/01/2010; 6 CC, Apel. 0150272-23.2008.8.19.0001, j. 17/04/2009; 7 CC, Apel. 0047580-43.2008.8.19.0001, j. 09/12/2009; 8 CC, Apel. 0337473-61.2008.8.19.0001, j. 08/10/2009; 9 CC, Apel. 0032320-23.2008.8.19.0001, j. 01/12/2009; 10 CC, Apel. 0280031-40.2008.8.19.0001, j. 05/10/2009; 12 CC, Apel. 0020485-96.2008.8.19.0208, j. 31/08/2009; 13 CC, Apel. 0152850-56.2008.8.19.0001, j. 18/11/2009; 14 CC, Apel. 0000362-65.2008.8.19.0212, j. 28/10/2009; 15 CC, Apel. 0007526-76.2008.8.19.0052, j. 18/12/2009; 16 CC, Apel. 0071619-07.2008.8.19.0001, j. 10/11/2009; 18 CC, Apel. 0033720-42.2008.8.19.0205, j. 10/08/2009; 19 CC, Apel. 0211394-37.2008.8.19.0001, j. 06/04/2009; 20 CC, Apel. 0219916-87.2007.8.19.0001, j. 09/12/2009.

  • PAULO MAXIMILIAN Mestre em Direito. Professor Universitrio. Pro-fessor da EMERJ, do curso de LLM do IBMEC, do curso de Banking da FGV, da Ps-graduao da Unesa e UFF e dos cursos da Companhia Jurdica. Autor do livro Contratos Bancrios (Freitas Bastos - 3a edi-o). Membro do IAB. Advogado associado da Chalfin, Goldberg e Vainboim Adv. Associados.

    ANDR LU IZ JUNQUEIRA Advogado do Schneider Advo-gados Associados. Ps-gradu-ado em Direito Civil e Direito Empresarial pela Universidade Veiga de Almeida, consultor jurdico de empresas do mer-cado imobi l ir io e membro da Associao Brasileira dos Advogados do Mercado Imo-bil irio - ABAMI.

    FELIPPE BORRING ROCHA Douto-rando e Mestre em Direito. Professor dos Cursos de ps-graduao da Unesa, Ucam e UGF. Professor da Emerj e ESA. Defensor Pblico/RJ. Autor dos livros Juizados Especiais Cveis: Aspectos Polmicos da Lei n. 9.099/95, Juizados Especiais Cveis: Novos Desafios e co-autor da Nova Reforma do CPC, entre outros. membro do IBDP, do IBAP e do IAB.

    Foto: Arquivo Pessoal

    CONVIDADOS:

  • GABRIEL QUINTANILHA

    Muito se discutiu sobre a arrecadao do Imposto Sobre Circulao de Mercadorias e Servios ICMS, ao municpio produtor de energia, ainda que no fosse responsvel pela sua comercializao.

    Antes de passar anlise da situao, importante frisar que o ICMS um imposto de competncia estadual, mas aos munic-pios cabe uma parcela da arrecadao, na forma do que dispe o art. 158, inciso IV da CRFB. Vejamos:

    Art. 158 - Pertencem aos Municpios:(...) IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadao do imposto do Estado sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao.

    Assim, deveras importante para a munici-palidade a determinao de onde ocorre, bem como a arrecadao do ICMS, o que gera ao municpio um bnus em sua arrecadao.

    Passando analise da divergncia ob-jeto do presente, importante destacar o posicionamento do Superior Tribunal de Justia, que pacificou o entendimento no

    sentido de que o municpio produtor de energia tem direito a partilhar, propor-cionalmente, a arrecadao de ICMS decorrente de tal produo.

    A questo levada ao STJ abordou uma situao em que os geradores de energia estavam em um municpio e a administrao e venda da energia sendo realizada por municpio diverso. Sendo o fato gerador do ICMS a circu-lao de mercadoria, seria devido tal imposto no local de venda, no entanto no foi esse o entendimento adotado pelo STJ, que estabeleceu que o direito ao repasse ICMS deve ser calculado com base no valor adicionado fiscal, ao muni-cpio onde se situa o gerador da energia.

    Vejamos a deciso do STJ: TRIBUTRIO. ICMS. REPARTIO DE RECEITAS AOS MUNICPIOS. VALOR ADI-CIONADO FISCAL. FATO GERADOR DA EXAO. CRITRIO DA TERRITORIALIDA-DE. LOCAL DA SADA DA MERCADORIA. FONTE PRODUTORA DE ENERGIA EL-TRICA. USINA.

    1. O Municpio de Ubarana props ao ordinria contra o Estado de So Paulo com o objetivo de obter participao na receita do ICMS decorrente da gerao

    de energia produzida pela Usina de Promisso, proporcionalmente ao valor adicionado em seu territrio e o total arre-cadado. Todavia, o pedido foi julgado im-procedente nas instncias, assim decidindo o colendo Tribunal de Justia do Estado de So Paulo: Se a energia eltrica, embora produzida em um municpio, tem a sua venda e sada realizada em outro, onde est a administrao da usina hidreltrica, somente este ltimo tem direito ao ICMS, em razo do ato de mercancia constituir-se no fato gerador do imposto (...)5. Discute-se, na hiptese, o direito do Municpio de Ubarana/SP receber per-centual de ICMS, calculado com base no valor adicionado fiscal, em decorrncia da energia eltrica gerada pela Usina Hidreltrica de Promisso localizada no territrio do municpio recorrente, no obstante sua denominao. Isto porque o Tribunal de Justia de So Paulo conside-rou que o fato gerador da exao se d com a venda da energia, que, no caso, ocorre na sede administrativa da usina hidreltrica, localizada no Municpio de Promisso (fl. 300).6. A Constituio da Repblica assegura aos Municpios 25% do ICMS arrecadado pelo Estado, consoante o disposto em seu artigo 158, inciso IV: Pertencem aos Municpios: (...) IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadao do imposto do Estado sobre operaes relativas circu-lao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e

    Municpio Produtor de Energia e Arrecadao de ICMS

    Gabriel Quintanilha advogado no Rio de Janeiro, Subsecretrio de Fazenda do Municpio de So Joo de Meriti, Professor Convidado da Fundao Getlio Vargas FGV, Professor Efetivo de Direito Tributrio da Unigranrio, da Escola Superior de Advocacia da OAB/RJ e do Curso IURIS.

  • intermunicipal e de comunicao. (...)8. Conforme dico do art. 161, inciso I, da CF, cabe Lei Complementar Federal, no caso a de n 63/90, definir o valor adicionado fiscal VAF para os fins previstos no art. 158, pargrafo nico, inciso I, da CRFB/88.9. O artigo 3, 1, inciso I, da LC n 63/90 estabelece que o VAF corresponde diferena entre o valor das sadas de mercadorias e dos servios de transporte e de comunicao e o valor das entradas de mercadorias, em cada ano civil, prestados no territrio de cada municpio dos estados da Federao. (...)11. O 2 do art. 3 da LC n 63/90 estipula que, para efeito de clculo do VAF, sero levadas em considerao todas as operaes que, em tese, constituiriam fato gerador do ICMS, ainda que no tributa-das por fora de imunidade ou iseno, apurando-se a riqueza em cada uma delas (art. 3, 2, inciso I e II, da LC 63/90).12. Consoante os critrios legais, para fins de clculo do VAF, em se tratando de energia eltrica, torna-se imprescindvel saber em que local ocorre a sada da mercadoria critrio da territorialidade, que nada mais do que o elemento espacial da obrigao tributria.13. In casu, torna-se imperioso saber

    onde ocorre a sada da mercadoria: se na usina geradora da energia, onde produzida, consoante alega o recorrente, ou na sede administrativa da usina que a comercializa, conforme consignado no aresto impugnado.14. A orientao do Tribunal Paulista vai de encontro ao que prev o inciso VI do art. 2 do Convnio 66/88, o qual esta-belece que a materializao da hiptese de incidncia do ICMS se d na sada da mercadoria do estabelecimento gerador para qualquer outro estabelecimento, de idntica titularidade ou no, localizado na mesma rea ou em rea contnua ou diversa, destinada a consumo ou a utili-zao em processo de tratamento ou de industrializao, ainda que as atividades sejam integradas. No ponto, cabe res-saltar que o Convnio 66/88 foi firmado como sucedneo da lei complementar anunciada no 8 do art. 34 do ADCT, e assim vigeu at a edio da LC 87/96, a denominada Lei Kandir.15. Corrobora o raciocnio o disposto no inciso I, alnea b do artigo 27 do Convnio 66/88, que considera o local da operao, com relao mercadoria, o do estabelecimento em que se realize cada atividade de produo, extrao, industrializao ou comercializao, na

    hiptese de atividades integradas.16. O fato gerador do ICMS se aperfeioa somente com a circulao econmica da mercadoria energia eltrica aps sua gerao e sada no lugar onde se situa o equipamento utilizado para produzi-la gerador. Neste local que se promove a adio de valor que servir de referncia para apurao da parcela conferida aos municpios. No caso dos autos, esse equi-pamento, segundo aferido pelo Acrdo recorrido, encontra-se no Municpio ora recorrente (Usina Hidreltrica de Promis-so, localizada no Municpio de Ubarana fl. 300).17. Recurso especial conhecido em parte e provido. (REsp 811712 / SP - Ministro CASTRO MEIRA - SEGUNDA TURMA - DJe 12/06/2009).

    Como se pode ver, o STJ posicionou-se de forma a interpretar o convnio no sentido de que caso no houvesse a produo de energia, no haveria a comercializao.

    Em razo do exposto, apesar de vozes disso-nantes, de acordo com o STJ, o ICMS deve ser repartido com o municpio onde ocorreu a produo da energia eltrica.

  • A revoluo tecnolgica verificada nos ltimos anos consoli-dou o mundo virtual, local onde milhares de pessoas vivem mais de 8 horas durante o dia. As negociaes no mbito da Internet hoje so muito comuns e nos demonstram o quanto o Direito precisa ser dinmico para acompanhar essa rpida evoluo da sociedade.

    As contrataes de massa realizadas na web trazem grandes desafios cincia jurdica hodierna. Neste contexto, necessria a adaptao das leis s atuais necessidades da sociedade de con-sumo, que reclama pela segurana jurdica capaz de resguard-la

    das despropores trazidas pelo mundo contemporneo.Com a nova concepo contratual, deve se atentar para os

    princpios da boa f objetiva, o do dever de probidade dos contra-tantes, bem como o da observncia da funo social dos contratos, este ltimo tendo vivenciado uma maturidade muito grande atravs da sua consagrao pela Constituio de 1988, que trouxe em seu bojo a publicizao do direito privado, como resultado da necessi-dade de uma maior interveno do Estado nas relaes contratuais.

    A vulnerabilidade do consumidor nas contrataes via Internet

    O direito de arrependimento nascontrataes por telefone e via Internet

    THALIS MOTA*

    Foto: Arquivo Pessoal

  • evidente, pois nesse ambiente muitas vezes ele induzido ao erro por meio de publicidades enganosas. Neste ponto, o direi-to de arrependimento previsto no artigo 49 do CDC se revela de suma importncia.

    O CDC atribui ao con-sumidor, desde que o negcio se realize fora do estabeleci-mento comercial, o direito de arrepender-se e retroceder da sua declarao de vontade manifestada no ato da contra-tao, sem a necessidade de justificativa para tal atitude, no prazo de 7 (sete) dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou servio.

    No exerccio do direito de arrependimento assegurada ao consumidor a devoluo da quantia eventualmente paga, corrigida monetariamente pelos ndices oficiais. O mesmo no ocorre em benefcio do forne-

    cedor em relao s despesas com frete, postagem e outros encargos, em virtude da teoria do risco do negcio.

    A proteo do consumi-dor essencial nas relaes de consumo via Internet, pois sem que haja o devido respeito aos seus direitos bsicos, princi-palmente o de informao, as perspectivas dos consumidores podem se tornar frustradas. Somando-se, ainda, ao fato de que os consumidores que adquirem produtos por meio da Internet ou telefone no rara-mente encontram uma srie de dificuldades para se comunicar com os fornecedores aps a compra.

    O Tribunal de Justia de Minas Gerais, diante de uma contratao por telefone e fax, se posicionou:

    Direito do consumidor e processual civil ao monit-ria embargos contrato de

    venda de produto por telefone e fax pagamento parcial arre-pendimento cobrana do valor total devoluo alegao de produto especial recurso improviso sentena mantida Na compra e venda por telefone e fax, tem o consumidor o direito de arrependimento assegurado pelo art. 49 do CDC, bem como de ver devolvidas as importn-cias antecipadas, a qualquer ttulo, notadamente se ainda no recebeu o produto negociado. A alegao de produto especial ou feito sob encomenda no serve para desnaturar a relao de consumo e suplantar o direito de arrependimento, at porque tais circunstncias no descarac-terizam a relao de consumo que marcou a transao, no passando de risco prprio e natural da atividade mercantil do ramo de negcio abraado livremente pela apelante. (TJMT AC 24.068 CLASSE II 23

    POCON 3 C.CV. REL. Des. Jos Ferreira Leite J. 28.06.2000).

    Ademais, para anlise do caso concreto, devemos compatibilizar os interesses das partes contratantes, aten-tar para o princpio da boa f objetiva e observar os deveres anexos do contrato, especial-mente durante a fase pr-con-tratual. E, como analisamos, o direito de arrependimento nas contrataes realizadas fora do estabelecimento comercial se constitui em importante me-canismo para o consumidor, assegurando-o do desfazimen-to do negcio jurdico.

    *Advogado, especialista em

    Direito Civil, Processual Civil e

    Empresarial pela Fesudeperj/

    UVA, professor de ps

    graduao e cursos livres da

    UniverCidade

  • William Douglas*

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    cedo

    resNota sobreo concurso da PRF

    * William Douglas juiz federal, professor universitrio, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas, o best-seller Como passar em provas e concursos www.williamdouglas.com.br

    Muitos esto me indagando sobre a deciso pro-ferida na Ao Civil Pblica onde se tratou do con-curso da PRF (Processo no 2009.51.01.026337-9 6001, cuja mais recente deciso est disponvel na pgina da Justia Federal).Primeiro, alerto que no acompanho esta ques-to diariamente. J ouvi que o MPF pediu mais tempo de suspenso, j ouvi muitas coisas e, repito, minha atuao foi, ao receber documen-tos consistentes, encaminhar ao MPF. No sou juiz da causa.A meu ver, a soluo ideal deveria ser composta pela PRF, MPF e Judicirio, em trs frentes: 1) Abrir de imediato um novo concurso para evitar soluo de continuidade no servio pblico; 2) Manter o concurso suspenso a m de, primeiro, nalizar a investigao para haver a certeza de que todos os fraudadores foram identi cados. Aps a certeza de que foram eliminados os ban-didos, este certame prosseguiria; 3) Em qual-quer caso, punir exemplarmente os culpados.Esta soluo tem a vantagem de no parar o servio pblico e de no prejudicar quem passou honestamente. Se possvel, devemos evitar o dano aos candidatos, mas a priori-dade o interesse pblico. No h problema em criar um novo concurso, pois novas vagas esto surgindo sempre. E, claro, os que foram aprovados no s fariam o novo concurso, onde tm todas as condies de (salvo um azar do dia) serem aprovados, alm de con-tinuarem aguardando o nal da investigao do concurso suspenso.Este modelo de soluo o melhor, em meu entendimento, e o anoto na qualidade de ci-dado, de professor de Direito Administrativo e especialista em Polticas Pblicas e Governo.Agora, vamos deciso proferida. Em resumo, sob minha tica, na falta da me-lhor soluo (que cito acima), o resultado nal da deciso judicial recentemente proferida positivo, pois seja no mesmo concurso ou em novo, a Administrao Pblica no pode car parada. O pas precisa desses policiais na rua, nas estradas, trabalhando. Na falta de maior agilidade e comunicao entre os Poderes, a melhor soluo e, com certeza, a juza fede-ral (que admiro, anote-se) agiu com foco no interesse da sociedade e na necessidade de policiais atuando.Louvo a atuao da PRF, que rescindiu o con-trato com a FUNRIO, mostrando que no vai

    permitir que o concurso seja feito sem todas as cautelas. Anoto que no tenho nada con-tra ou a favor da FUNRIO, apenas analiso o processo do concurso: no caso, infelizmente, ela de fato no se saiu bem na tarefa de evitar a fraude. Espero que a FUNRIO possa se aperfeioar para fazer bem os prximos concursos que tiver a oportunidade. Se, por um lado, temos a continuidade do concurso, que alegra os candidatos apro-vados honestamente, por outro mantenho minha preocupao em que o foco sempre seja o interesse pblico e evitar que a fraude tenha sucesso. Nesse passo, ao no me omi-tir diante da situao, recebi 95% de apoio e 5% de crticas, tema que abordei em carta aberta a todos os aprovados honestamente. Tambm co feliz porque a atuao de todos impediu que 27 fraudadores virassem poli-ciais e garantiu 27 vagas para quem est estudando para o concurso.Registro que uma coisa prover os cargos na PRF matria urgente e outra, que no pode ser esquecida, punir os responsveis e participantes na fraude que ningum tem dvida que ocorreu. essencial que a PF e o MPF investiguem a fundo para que, aps respeitado o direito de defesa, sejam exem-plarmente punidos os culpados. No caso em tela, com a resciso do contrato da FUNRIO e com a eliminao de alguns (espero que todos) fraudadores, vemos que os erros na execuo e as fraudes no sa-ram de graa. Espero que a sociedade e os concurseiros, e os fraudadores tambm, percebam que no d para fraudar concurso sem ter muito trabalho, j que a sociedade e os interessados em um servio pblico melhor esto atentos aos certames.Lamento por todo o sofrimento que acon-teceu, mas lamentarei muito mais se no houver combate fraude nos concursos. Como cidado e como servidor, mais que tudo, quero que s entre gente de bem, com-petente e esforada na nossa carreira, e nada melhor que um concurso honesto para o pas selecionar os melhores. Acredito na PRF, no MPF e na Justia Federal, assim como acre-dito no servio pblico. Ainda vamos fazer esse pas funcionar perfeitamente, e preci-samos de servidores honestos, concursados e dedicados para chegar l. E chegaremos.

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