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ccc ouo COMANDO DO TERROR Texto de PEDRO MEDBIR08 Fotoa de MANOEL MOTI'A São muitos, a organização é grande. Nos seus feitos estão os ataques aos . artistas de RODA VIVA e à USP.Todos são violentos. Alguns, covardes .-Comando deo- c;~ Comun~ r.a;;-;orgullwD· em pertencer - à org'J1ização que-~palha "o-terror de tttrema-direila no pab.

Revista O Cruzeiro denuncia o CCC

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Matéria da revista brasileira O Cruzeiro, de 9 de novembro de 1968, com uma listagem não checada de supostos integrantes de organização terrorista armada Comando de Caça aos Comunistas (CCC). A listagem de nomes foi retirada da agenda telefônica de um integrante do CCC e os nomes não foram conferidos, conforme o próprio autor da matéria revelou. Especificamente, o advogado José Roberto Batochio refuta ter pertencido à organização, e esclarece que, à época, já estava formado e fora do Mackenzie, exercendo a advocacia. A foto erroneamente atribuída como sendo dele é de Pedro Roberto Chaves de Lara.Bartochio é filiado ao PDT e foi foi defensor do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.

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Page 1: Revista O Cruzeiro denuncia o CCC

cccou o COMANDO DO TERROR

Texto de PEDRO MEDBIR08

Fotoa de MANOEL MOTI'A

São muitos, a organização é grande.Nos seus feitos estão os ataques aos

.artistas de RODA VIVA e à USP.Todossão violentos. Alguns, covardes

.-Comando deo-c;~ Comun~ r.a;;-;orgullwD· em pertencer - à org'J1ização que-~palha "o-terror de tttrema-direila no pab.

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ONDE O CCC SE ENCONTRA

Nós nãotemos mêdode nada

A Cervejaria MünchCn, U8 Alamêda Santos,junto à Rua AUgll~tll e à Avenida Paulista, ven·deu menos chof"l nO dia em que o capitão daMarinha americana. Charles Chantllcr. foi fuz;·la"08 metralhadora à porIa de sua casa "m S""Paulo. Quando deu meia.noite. O dono coçouO queixo ao ver que os barris continuavamcheiOO\,ejâsepreparllvlIparac<:rraras porlM.um pouco intrigado com 11 llllsêncill de ~c"s rlli.

dO$05 fregueses de lodo dia, quando aflual sur·giu li explicação. Um dos jovens freqüellladoresdll<.:crvejarillllparoceu.com li fisionomill trans-tornada e olhos de ~panto, para entrar em con-talo com li sua turma. Seus temores tinham I'mmolivo muito !!ir;o. Depoia de eliminar Chan.dler, instrutor de guurilh~ no Vietnã, o me:lmopelotão de execução tcuorisla poderia iniciara caça aos membror. do CCC, organização nel)-nazista formada para acabar com o comunismono Brasil.

Pel. primeira ve,;. depois de ae terem moa-trado reaolutos e aegoros em suaa ações de ";0.lenei&, como o massacre aos alõres de RodaViva e a goerra fulminante contra os ellodan·tes da Rua Maria Antônia. 011caçadorl'! de co-muniMlaa,que lêm como símbolo umll pirâmide,senliram tremer 011a1icerees de sua organiução.

- Não temo!! mooo de nada - afirmaMilton Moraia Ulio, um dos maia jovens <:ola_bondores do Comando de Caça aos Comunistas.

tI" está /l.entado it minha freme_ rO()a ocOfKlvazio lias miíOf',que me parecem um tantotremulaa. SaimOll do Sandchurra, na GaleriaMetrópole, e vamos para os jardins da Biblio.tecll. ond(' êle me apresenta mais <'inco eompa.nheirOll,que wão sentados lIum banco, à nOSSaespera. _

_~seêojornalistadequefalei.l?;leqllerficar por denlro de uma !!êrie de coiaas. Achomelhor consultar primeiro. Em todo caso, háinformaçõea que podemO$ dar tranqüilamente,pois não comprometem.

Todos cOllCQrdam:"Não haverá problemas,depende do que a gente di!!5er".

À medida em que êles vão me dando puromenores 5Ôhle a organização, tento entrar IJO~8!l5untO$confidenciais. Inutilmente:

- "5ôhre CSlI3história de preparação ~on·tra ~uerrilh8.S,eu nada fKlSSOafirmar. Não estáao meu alcance responder".

Eu insisto no 8!lsunto.tabu:- Dizem quc há uma fazenda a 4üO quilô'

mettos ne São Paulo onde ... Não chego a ter·minar a fra~;

- Dizem. IJ~ ... Mas ninguem I,ro\'a nada.-I)izem IIt,>qut.' um fotógrafo documelltoo

todo, mas um CCC conseguio roubar·lhe u filme.:- Eu flll,'i<lomuilo. Apresente·me i:ese rI"

pórter, V,••..,' acha 'Ioe se i,,~o exis,is~e m"mu>(ele a•..•.e."':ellta om ar de malícia IÍs ~ua.<l,a·IIIHas, parecendo que deliberadall1ente Ilrele",lr'dei"ar uma dÚ"ida sôbre as própriM declara.çõescP""""t:"e),alguémiadeixaralguêmchc_I;llr por I":rtu~

CumeçHll1eul;;o 11contar histÓr;lI$. Qoan,losllr~io 1\ orga"ir.aç;;o. ninguém sabe ao cerl••.N,,~tempo! de Adhcmar. alguns dos atllai,. IlIe",·brosjáestavamelUatividatiee rccebiamdilll ••.i

ro do palácio. Foram aparecendo vários gruposdispenos, como a Ca.UIlhiJdo Colégio Macken-zie, os Matadores do Largo de São Francisco,oode fiça a FlICuldade de Direito da Universi-dade de São Paulo.

_ tases não eram de nada _ comentaZélio, fazendo blague. - Só matavam mesmoeram as aulas.

Um dia, êsses grupos dispt!nOs deecobriramque tinham ideiaa <:omunae resolveram juntar·se. Na!leeu 8!l8imo CCC.

Continu8lll a desfiar- histórias, a maioriacheia de bravatas, destinadas a salientar a dis-posição de lota do CCC. Falam 5Ôbre os valô-ressérios q..oedefendem ea"SSII altura a5l!wnemuma atitude eircunspocta. E voltam aos episó-dios da vida do CCC. Rã um que recordarocom viva satisfação," um visível sentimento detriunfo. t a história do membro do CCC quelle "cstiu de padre e conseguiu entrarem v"riasreuoiões de ativistas, que êlC!!cbamam de c~/u.lw comuniJlM.

_ Só nu/na /l.emllllaO homem estêve pre·senle a 12 dessa,; reuniõea subversivas.

E repete. fingindo espanto, num tom fabri-cado para deafaz"r qualquer dú"ida:

_ Doze, nem uma nem doas. !k>ze, aabcllã o que e i~o, seu môço? E numa semana ape-nsa!

Quand" lalam ,le padres, Helder Câroaraenlra sempre na co''''e,"3. O padrc Heldcr épara el""" /),,/,o de Mt>scou.

_Masqualqoerrliailecoidocav/llo.Fico se," Slher se iasn é uma simp!e>amea-

~IIOll uma informação 'f"e deixa escapar ~ôbrellll!"nl plano .secreto em marcha. O fato é 'luCpouç" t<'mp" depoi~, d. Ilélucr teve sua casametralha.la.

Üli fuzia do CCC estiveram presentea na luta travada entre os elltudant~ do Mackenzie e USP.

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Comono tempo de

Hitler

DeJX'i~, Zélia me conta "OrnO surgiu o sim.bolo; li pirâmide foi e$Colhida por calls~ da e!I-

trulura da organização. Um cbele no IÔPO, qut'comanda setore cada vez maiores. à me<lidaqlreli pirâmide vai crescendo e aumentando fiuasbases de apoio. Nem me alrevo li p"rguntarquem éésle chde, seria infantil.

Dela vez quem fala é Agenor. o PUIll1l.

Tort4.

- Nó.< ellam05 muito embaixo nlNi/l pirâ·mide. Meu papel;' pesquisa, no noticiário dosjornais os novos objetivos para a a<;iio orga-nizada. Elltrego 1000 O material ao ~miJl:O co-locado imediatamente acima de mim na pirâ·mide, ê1e u entrega li outro. lL""im sUÇesljiva-mente, até .. trabalho chegarem miO!! dosgru-PO" cxccuth'o •.

Achei aquilo muito complicado, maS Age-nOTugumentouqueoS!5in' êmelhor.livra.O!!,lainfih .... ;iio.

()" rapaze;!; do cec dão por en<.-.;:rrado ,)primeiro coulato e não querem marcar olltroparaotlia~l\uj"te,aP"*Ur"ôl\minha insistência.

- Só depoi~ de amanhã. Antl'" não podeser. p<lrllue amanhã é llrU dia quetJ1e.

Quando êlL"ll ,;e retiram. eu 'tpalpo no hôlwda ja'l"eta <l caderni"ho de endcrt:«<r.< de 1...;lio.Na'lude momento, Icmbrei·me vagamellte d:.simplicações morai, do furto. !\Ias a i<1;'ia .I.,que O furto d,' um simpl"" cad.,rninho ,Ie en·den",os n;;" co",.iluirill pecado morlal apa ..i.gu"u minha c<.>m;ciência. Afinal, er.~ " "niçamaneira d., achar <.>caminho l,ara oS ~uhlerr'"ocos dú CCc.

na. [mu frmle. loram tro~ sema''''~., meiade trabalho. l.f\o~a5 ""p':rll'. ""rOtolrO_" Im;;lr'"

dO!'. ,I"""",,nli"'"ça por Iô<b parte. ,\ ccr"cjuria,qlle lôn me"cio"a,b .liversu.'t "~e>lI'e1o gr"po,n:i" n,e ~aia ,Ia ra~a. l..e'·ci trí'-s dia_~ panllocalizá·la. M,,~ e..llI'-a confirmado. Gente doecc 'lue eu já conhecia muito bem estava lálOOa> tL'; noil~. Um dia. num gc~lo de I'reei.pilaçã". al,ri " clldemin],o do 1...;1'0 " eomeeeia tl'ldollar. Ninguém '1ueria c<ln...::r;;a eo",igo.Numa da, "I'huas le"talivlll;. Ilre,;les a de.~islirda'luel" trabalho que pUc<;ia >!CIO !>t:nlido. Fui5urpr~cndi,lo pela rapidez com 'Iue UlOa "''''11.~ag~m me fOI Iransmitida 1>01 ulrta voz gravt",Iooulroladodalinha.

- Baul?

Não confirmei nem dolmenti. IrnediaLa.mente, a voz; prosseguiu:

- Hojeãs22.E depois de uma pausa:

-11""0 limpa.De~liguei em .cguida, ~em '!-ttber o que fa·

~er. Na verdade. eu nada e1ltendera da men-sagem. lJa"a Limpa é o nome do restauranteque pcrtellçeu ao cantor Robcrto Carlos. maso nome poderia ~igllifiçar qual'lucr oulra coi!;8..

Uma hora lIntl'!! da~ 22, toquei para O res-lauranle Barra Limpa. ainda inseguro sóhre aúnica pisla. de!lCobcrta por um golpe de sorte.Anle!. resolvi dar uma pll.~ada pela cervejariaMiinchen. Não podia deixar de recordar queo lerror de Hitler começou justamenle numa çer·vejaria de Munique. De:zenas de f/l.lCG$ ron-cavam na C!l<Juina. No meio de um grupo, r~conheci Edgar e o Pernn-Torta. Aproximei.mec fui diu:ndo:

- Barra Limpa?

- Uê! Você já está por dentro dessa tam-hém?

ConfCl!8ei que não, mas, para não parecerindi:'K're!o, não illsisli e afa~tei·me, já com"plano de segui·IO!'em mente.

O !uJCa dl' Edgar liderava a ura"ana, quecruzou a cidade cOm um ruido de bu.iJlas"aceleradas cnsurdecWoras. Quando nos aprl).-.limamos elo Morumbi. êles se tornaram menosruidosos. Parei o urro, dcseoofiado. i\ cara·,'ana dobrou a "'lquilla e o barulho típico ,I"",",otUrL'!! i,,,licava que ti .. ham parado sem des.-ligar. Saltei e resolvi pen::orrer o Irajeto a pé.[Jemorei muito. porqueçtllllinhavacaulelosamen-le. Percebi que os carros partiam. dando a "01.Ia no quttrtór,," imcn~o. L"t:ou,li'lne C vi lIuetinha,n deixa,!!o os passageiros, Edgar. que le-"ara qualro. ',inha ~"'zinho. ao volanle. C05tu-Itla"a cha",ar·me ,/e Amigiio. Se êle "isse agoraseu Ami{l:âo, ficaria muilo c!e<;et><:ionado.

Niioousei aproximar.metla casa. A série deLra"ata, 'lue já tinha oU"ido hasla"am paramanter·me a di.lâ'K:ia de a.~su"'os perigO/lOlicom" uma reunião secreta do CCC.

1\"" poncos. '"'''' .. fJa •• ",r tio. ,lias. cu i",re.·oll,cn,l" ",,,i~ ",aleri"L Eralll "0"''''; 'luc c'"

""I""'"","asc""""r''''''''U'''I><:quc'I<Ig,rUI'''''ltlqlle en era o Amill-iío .... a<tl c"""'nl,,,i.,s '''1>re", persollalida,le de ("ada. sua,; ali"i,hd"" 'I""tidia"a~ c sua alunçã" "u" ,.flo'l"~< polili,·o<. f:""~C"~"; fa"" ll'" 'ieh"·jA , ..... , ,',;rius "on'cs "dad". p'''Iso:.i. si>l ... e cada um.

Não errar o alvo ê uma das vaidades que ê1es têm. José AuguS1.o, alor de Roda Vivo, vitima do cec.

cec. MAr. e FAC. Pirãmide: ,ímbolo do lerror

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ALGUNS NOMES DO TERROR

Os quecompõem o CCCde S. Paulo

Jaia Marcos ~laqlleT, por MeJllplo. ~idena Rua Hlldock Lôbo, trabalha lia Senador feijãot advogado. Estêve no ataque li Roda /1'00.Luta karatê. Pertence 110 grupo do XI de ~ÔB-

to, fiM participou do ataque i USP.Estevão Augusto ,dos Santos Pereira reside

na Avenida Paulista. A violência é o traço prin.cipal de !leucaráter, maa é dado a fazer poe$ias.Estive no ataque à Roda YilXl.

Liond ZacJis reside na Rua Zo:quinha d"Abreu. t violento também, mas !leua colegas o)

têm como covarde, porque apenas.tua em gru_po e se recua a qualquer missão para executâ·Ia ~inho. Eslêve no ataque à USP.

Franci!lCP Antônio Fraga mOra n8 Rua Ma·rechal Barbacena. Bastante agreMivo, chega i<hillteria.

Paulo F. Campo$ 5a1Jellde Toledo mora naRua Joaquim AnlulIell. Muito resoluto. lmpie-dOllOparacoDlllUUvíliml.6o

. l>ilernuu.do Cical!ínalr. "da nua Manae".&te só bate pelu e~. F~ ao eorpo·a.corpoe se atemoriza â menor reação' da vítima. Con·Iliderado elemento improdntivo.

Paulo Roberto ChavCllde Lara reside DllRua Peuoto Comede, num apartamenlo. t vio.lenlo, julga-ee lambêm'com veill poética e gOllt::lde aparecer como orador. Estêve no ataque ii.ROfÚI Viva.

Luís Correill Salles mora nll Avenida Novcde Julho. Muito forte, é haherofiliMa. t conlli.derado muito burro pela tunna. Ü$ companhei.roa acham que êle os acompanha só pela vaidadede perte:nce~ao CCC. Tem preparação militar:fêz o CPOR. Sobrinho de depulado, eseuda'!Ienwo para "quebrar galhOll" do grupo.

Amen TClIlamora na M8t0Groao e tra·balha na Paulo Egídio. TodOllo acham covarde.Chegam a deaeonfiar de aua mlllliCulinidade,oque possivelmente é um meio de provocá.lo par:lque daanpenhe melhor IlUllSmi!lllÕes.Aeompa.nba aempre o F1aqul"r.Estêve no ataque à RodaViVA. Os colegu duvidam até de llUa Iioo"",i.dade, mu não explicam porquê.

Fernando Forte mora na Rua Traipu c tra·balha na F1orineio de Abreu. POINXlfie laia dêl..,.só que tem verdadeiros at.a1que8de histeria quan.do em ação.

Pe«:y Ed Heckmann é da Rua Goitacás. Süa:nda armado. pôe violência em tudo o que fn'l'.Os colegll8 o apelidaram de NfUilmo. Qusretudo, êlea tratam no aumentativo: Ntui!lão. Ámi.gão. Ú-ceçÕCll:COntuAUUnha, e'quuàinM. ver·mdhinho.

Paulo R. Ferreira Eugênio mora na Ruada& Azãleall. Compele com Petey na conquill13do apelido de N~liio. Também só a.nd;"armado.

Silvio Salvo VenOllamora na Rua Cristia·no Viana. Não esquece II llnna em caSll e g1'l!tnde atirar até por motivol gratuitol no meio n:!rua. Pratieatiro ao alvo em anúociosluminollO~.Tod~ são unànimell numa coisa: Silvio c muit"inteligente. Eslêve no ataque ao ClIpetáculoneChico Buarquc de Hol3llda.

Femaud\> Piu reside na Rua CamiJ". And~annado e ai'; \>sr.olllllanhcuM o temem. poi~ oconaideramum pllcOpata.

José Lamartioc Sátiro mora ua RUIIFnn.cilCa Mesquita. Salienta·w IlOr IIUUidéias f.l~·cilllas. Sua arma c uma pistola 45.22

Acácio Vu de Lirna Filho também 1IDda'annado. Sofre de cri_ nervoaas e ataquee b.i.tériooa de violência graluita. t um peioopata,llaopinião dOIlcoleglll que preferem alaatá-Io demiMõesdelicadu. Moranll Rua Jaceguai.

Paulo F1aquer mora na Rua Atibaia. t: iDoteligentiallimo,poasui muita preeença deCllpíriloe malicia. Vangloria·se de conhecer t~ ClI__nluu dOI comunilttl.l. Faz constantes advertên.cw em ação e quue tudo o que prevê llOODteccrealmente. Muito respeitado pelo CCC. Lulakaralêe judó.

Francisco Joaé Aguirre Menin estêve DOataque à Roda Y'VII. Mora na Rua Arthur Pra.do e trabalha na Felipe Oliveira. Foi êIe quemcomandou o ataque â USP.

Souvenir Assumpção Sobrinho está no 3.0ano de Direito. peri\>do diurno. MOr3 na BelaCinrra e e~téve nos ataques à Roda VivlI e âUSP, no qual morrcu baleado o ginasiano Ja":G~irnarães. PcrjgollO,anda IlCmpreannado.

Bernardo MacDowell Krug inlitula_ &p_te da PoIkia Federal e anda armado. r..t.daDireito ~ eIIlêveno alaque à USP. M\>rana RUllChicago e trabalha num eacrilório da Rua Piaui.

Pcdro José Libcul lem lIua residência ali.Capitão RabeJlo. mas nunca está lá. t elemeDtomuito ath'o, violento e perverw. Dirigiu urnadali alas d\>lllaque li USP, de arma na mão. Niollusn<Jonao rel'óh'er nem lIra dormir.

Boru Cazoy ou KSWl)' c;;luda Direito. L0-cutor dll Rlidio I-:!dorado. C""clamou osalunOlldo Mackeroziea lomar ,; USI'. dI" eu;a invasioparticipou. Anda armado ruas, segundo OS~

Os instrumentos da peça Roda "'w. foram quebradOll pelos iavuole. do Te-tro Rute Eao,:obar.

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lega!!,éincapal de atirarem alguêm. Mora naRua ltape>·a.Acham·no mole com os comunistas

João Parw FilhoagecQDl uOla.violinciatleelIpantar o~colega$ mais duro,. Pinta uscabclose p.orisso os colfgllllse relerem a êle dCillliros.a_mente. Sua pistola 45, cntretanto, evita que issolhe seja dito cara 11CllU. Todos sahem que êletoma psicotrõpicos. "Paro cri"r coragem?",perguntam·se os companheiros, sempre com Ilmesma suspeita de sua mailCulitlidade.ÚMI IUS'pc.ilasenvolvem um tcnentc da Aeronáutica cha-mado Prado, que, segundo os ropatea, liCrillo "favorito" de Parisi.

Josê Antônio de Oliveira Machado partieipau do ataque à USP, anda armado. mlll su~coragem não e:!!láno uivei desejado para um~organizaçãoquenãoquercontellllllaçiionenhuma com os comuni$llu. Mora 1111 Bua Iracema.

Raul Nogueira Lima (conhecido por RaulCareca), mora ria nua Comendador Eogênio deLima. Estuda Direito, anda sempre armado.Eetêve no ala/lue ao espetáculo Roda Viva e ilUSP, A posição que escolheu para dirigir umdOI grup.os foi o telhado.

Henrique Meira Castro ClItudaDireito e par·4.cip.oude amb~ u ações terroristas já men·cionadas. Anda armado, mora na Rua AhilioSoares.

Estefan Buriti Suzian, o TIlluruna, estudaDireito, Participou dos ataques li peça RodaViva e à l'SI'. Mora na Rua Nazare.

10&ê Hobcrto Uatochio est~ve também noataque à USP.

Ralli Kathlian estuda Ecollomia eé um dO!lideres do CCC no Mackenúe. Al.>ar/X:euem pie-Q...CRUZE1RO, 9-11-1968

na ação em fotos feitas por uma fotógrafa ja·ponê>ada Fôl/w. da Tarde, Essa profil!llionalpos-sivelmente !\Cráuma das próllimas. vi.t.im.udaação do CCC. Rarr. tem uma loja na Rua doArouche (loja URfA), que vende lingérie!.Nesse negócio é sócio de Menin.

Chacon (não foi poMívd apurar seu nome~ompleto) tem um bar na Rua Maria. Antônia(Lanches Magu), onde usa as orelhas para manoter·se inlormadodu atividad<.'11dos estudanlC3.Não toma parte nos conflitos e age apcnas eolOoinformante.

flávio Caviglia estuda Economia, Partici.pou das operaçõCl>Roda Viva e USI',

Henri Penchas estuda Engmharia e desta.cou·se por sua agressividade no ataque ã RodaVh·u. Na opera~ão contra a USP sua atuaçãoIUIO foi dasmaÍ!apagadas.

Outros elementos que participaram do ata·que à Roda Vit'a: Augusto florestan, CláudioLeite. Dilermando Agágua (Tepórter), Douglu(que estuda Sociologia e mora em Santana),Mário Verangieri, Nelson Mangando. Luis An.tónio Sacari, Mário Bailo, Antônio Suecar Fi·lho (conhecido p.or Succar do /JaJquetc), JoseAugusto Bauer e Ncv,-tonCamargo RO!a.

Por fim, quatro alunos ou c:<-alun08de Di·reito do Largo de São Francisco, que tomaramparte no massacre ao! artista!l de Roda Vit'a:CáSllio Scatena, conhecido p.or BJanco; CíceroA. J. GubeiSlli(mora lia Benjamin ConSlant dennde só S8' amlado)j Jelln Koudalla (faz·sepas-sar por mani!lla), e Rohcrto Ulhoa Cinlra, OIU

do~ melhúrcs atiradores do bando. F.ste se ur.gulha de nunca havererrlldo um tiro.

ili terroristas quo só aceitam arte como prllzer C violência como mnral, deixaram seu conselho CllCritODOTeatro Municipal de 5, Paulo.

Rodrígo Santiligo tambem a1ullvaem RodD I' j"a,