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1 INDHU FIV SAUSALITO INDHU FIV SAUSALITO REVISTA BI - GRANDE CAMPEÃO DO RANKING ASOCEBÚ 12/13 E 13/14 1.380KG AOS 36 MESES EDIÇÃO 207 • ANO 42 • NOVEMBRO / DEZEMBRO 2014 NO BRASIL FECHAMENTO AUTORIZADO - Pode ser aberto pela E.C.T.

Revista o Zebu no Brasil - Edição 207

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Após uma breve pausa, a revista O Zebu no Brasil está de volta com algumas novidades. A partir dessa edição o leitor poderá fazer a leitura através de um aplicativo disponível para tablets e smartphone. Isso facilitará muito para que os pecuaristas, técnicos e profissionais do setor continuem com a leitura de cada edição sem precisar levar a revista na mala durante as viagens ou visitas às propriedades rurais

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INDHU FIV SAUSALITOINDHU FIV SAUSALITO

REVISTA

BI - GRANDE CAMPEÃO DO RANKING ASOCEBÚ 12/13 E 13/14

1.380KG AOS 36 MESES

EDIÇÃO 207 • ANO 42 • NOVEMBRO / DEZEMBRO 2014

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EXPOCRUZ:ZEBU NA BOLÍVIA 12

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PORqUê UMA EstAÇÃO DE MONtA DE 70 DIAs étÃO IMPORtANtE PARAA PECUáRIA DE CORtE?

PAstAGEM:PLANEJAMENtO

GARANtE REsULtADOs

EXPOINEL 2014

ACAsALAMENtOs EM GADO DE CORtE

ACNB E MARFRIG AMPLIAMO PqNN

PROJEtO BRAHMAN A CAMPO

ACGB HOMENAGEIA OsMELHOREs DE 2013/2014

tOUR LEItEIRO NO CEARá

NOVOs tEMPOs PARA O ItR

ZEBUINOCULtURA NONORDEstE DO BRAsIL

HARAs A.E.J. sE DEstACANA RAÇA MANGALARGA

O PROJEtO FRIEsIAN

MAIs qUE UMA AVALIAÇÃO.DIRECIONAMENtO E REsULtADO

CRIADOREs DE Ms REMEtEM sUCEssO DA RAÇA sENEPOL às téCNICAs DE sELEÇÃO

ÍNDICE

sEJA BEM VINDO

OZEBU

DE VOLTA!Após uma breve pausa, a revista O Zebu no

Brasil está de volta com algumas novidades.

A partir dessa edição o leitor poderá fazer a

leitura através de um aplicativo disponível

para tablets e smartphone. Isso facilitará

muito para que os pecuaristas, técnicos

e profissionais do setor continuem com a

leitura de cada edição sem precisar levar

a revista na mala durante as viagens ou

visitas às propriedades rurais.

Nessa 207ª edição, você poderá conferir

uma matéria sobre a Expocruz 2014, a maior

feira pecuária da América do Sul. Nessa

reportagem, Arnaldo Manoel de Souza

Machado Borges fala com propriedade sobre

a exposição da Bolívia, já que desde 1988

presta assessoria a criadores bolivianos e

tem participação ativa no evento.

Além dessa, você ficará por dentro do tour

leiteiro que produtores rurais e técnicos farão

no sertão do Ceará. A viagem acontecerá no

final de novembro, quando eles percorrerão

as fazendas produtoras de leite para

conhecer de perto os virtuosos resultados

obtidos em fazendas do semiárido, com

utilização da técnica de irrigação.

Outras matérias também enriquecem essa

edição abordando assuntos relacionados às

raças zebuínas, pastagens, acasalamentos

em gado de corte, a importância da estação

de monta, silagem e um artigo técnico sobre

a transformação do ITR (Imposto Territorial

Rural) assinado pelo advogado Marcelo

Guaritá Borges Bento.

Boa leitura!

Foto: JM Matos

sILAGEM ARMAZENADAEM sILOBOLsADEsPERtA INtEREssEDE PECUARIstAs

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EXPEDIENTEREVISTA O ZEBU NO BRASILFundador: Adib Miguel.O Zebu no Brasil é uma marca registrada sob o nº 815672454, junto INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial)

Diretores: José Maria de Matos Filho[34] 9107-9381 e Anna Keila Miguel Matos Jornalista Responsável: Alexandre da Matta - MTB MG-07231Departamento Jurídico: Demick Ferreira OAB/MG – 105407

Diretora Comercial: Flavia Mazabal [34] 9919-3399 / [17] 9 [email protected] Franklin – [34] [email protected] Augusta Queiroz – [34] 9936-3211 /[34] [email protected]

Projeto Gráfico: Bold Propagandawww.boldpropaganda.com.brDiagramação: Bold Propaganda e Fred MiguelImpressão: Gráfica 3 PintiPublicação periódica de José Maria de Matos Filho ME - CNPJ : 86.553.070/0001-92

Redação, Publicidade e Administração: Rua Engenheiro Gomide, nº 222 - Bairro Boa Vista - Uberaba/MG - CEP 38017-140 / Reclamações e sugestões: [email protected] - (34) 3336-6300Tiragem: 6.000 unidadesFoto capa: Rubens Ferreira

Foto: JM Matos

INDHU FIV SAUSALITOINDHU FIV SAUSALITO

REVISTA

BI - GRANDE CAMPEÃO DO RANKING ASOCEBÚ 12/13 E 13/14

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EDIÇÃO 1 • ANO 1 • NOVEMBRO / DEZEMBRO 2014

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PANORAMA

ZEBU, o diamante indiano que foi lapidado e transformado por nós criadores brasileiros no brilhante ZEBU BRASILEIRO, a jóia preciosa tão almejada por pecuaristas do mundo inteiro.Silvio Queiroz Pinheiro

O investimento em genética de ponta como a grande campeã nacional ESPN Javanesa, sempre foi e será um grande negócio, por serem os primeiros a terem um retorno genético e financeiro favorável, devido à grandes resultados técnicos e a imensa procura, pelos criadores, por seus produtos.Marcelo MouraAssessor da Avant Consultoria

REVIstA O ZEBU NO BRAsIL

Nascemos honestos, não con-quistamos a honestidade.Ivan Zuritana Istoé Dinheiro - 21/maio/2014

Quem procura sucesso na pecuária encontra em uma palavra: ZEBU.Andrea FlorNativa Propaganda

A raça guzerá tem se destacado no cenário da pecuária nacional, para a pecuária de leite, onde grande parte do rebanho é girolando, servindo como opção no 3ª raça e nos cruzamentos industriais a campo, onde se provou a melhor opção para as vacas brancas. Paulo Emílio

O homem está sempre em busca da perfeição, porém não percebe que a natureza já se encarrega disso.Preservando a natureza, garantimos a nossa sobrevivên-cia.Consumidor, valorize o produtor rural que respeita o meio ambiente!Roberta Bertin

Penso que não existe uma formula única para se buscar aumentar a produtividade. É preciso encampar um verdadeiro estado de espirito, para que a produtividade possa acontecer.JordaneDiretor da Calciolândia

Restam os bichos, os ruminantes da saliente pecuária, atividade produtiva histórica, desde a manjedoura de belém, das regiões secas do mundo. E, ai, é preciso se defender da “cultura” oficial, que só pensa e fala em proteína, enquanto o gargalo no semiárido é a energia volumosa da ração animal.Tanto mais com o uso recente do nitrogênio inorgânico da ureia e a criação de zebuínos de um rúmen capaz de digerir celuloses, no contraponto das tristonhas vacas pretas, que exigem nutrientes pré-formados, como meu bucho e o seu.Dr. Manoelitona publicação “A Caravana da Seca” da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba

Nelore mais que: razão, necessidade uma paixão. Ademir Jovanini

Na era do GPS, muitos pecuaristas brasileiros insistem em definir seu norte utilizando a antiga bússola.William Koury Filho

Foto: JM Matos

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Foto: JM Matos

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O Zebu na BolíviaZEBU

Arnaldo Manoel Borges

Parcerias

A pecuária na Bolívia tem crescido muito nas últimas décadas, seguindo os mesmos padrões utili-zados pelos criadores e técnicos brasileiros. Hoje, a Expocruz é uma das maiores exposições da América do Sul e em 2014 alcançou resultados excepcionais.Uma parceria entre a Associação Brasileira dos Cria-dores de Zebu (ABCZ) e Asociación Boliviana de Cria-dores de Cebú (Asocebu) possibilitou que a associação boliviana utilizasse o mesmo Registro Genealógico (RG) da ABCZ, desde 1975, e em ambos os países o recon-hecimento do RG dos animais é mútuo. Os criadores da Bolívia também participam do Programa de Melhora-mento Genético da Embrapa – Geneplus e ANCP (As-sociação Nacional dos Criadores e Pesquisadores).De acordo com o pecuarista e técnico, Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, que presta assessoria a 14 re-

banhos bolivianos das raças Nelore e Nelore Mocho des-de 1988, a genética do rebanho boliviano é todo de origem brasileira. Além da assessoria, Arnaldo Manuel também trabalha com a avaliação dos rebanhos e na organi-zação técnica de eventos como shopping e leilões. Outra parceria entre as associações dos dois países está con-tribuindo para que a Bolívia crie seu próprio Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ). Técnicos da ABCZ estiveram naquele país para orientar os profis-sionais que atuam na Asocebu, explica Arnaldo Manuel.A Bolívia conta também com o trabalho de profissionais brasileiros nas áreas de nutrição animal, assessoria téc-nica, melhoramento, casqueamento e tratadores. Arnaldo ressalta ainda que o vínculo entre os dois países é tão forte que inclusive o material gráfico e fotográfico para leilões e exposições é realizado por profissionais brasileiros.

Uma parceria muito importante entre a Aso-cebu e a Fazu tem contribuído para a formação de es-tudantes bolivianos que depois passam a atuar na pecuária da Bolívia. De acordo com a assessoria de imprensa da FAZU, a instituição de ensino e a asso-ciação boliviana mantém a parceria há 12 anos, quando a faculdade firmou o primeiro convênio na área de in-tercâmbio de educação com uma entidade estrangeira.

Após o convênio, a partir de 2002, aproximadamente 50 estudantes bolivianos se formaram pela faculdade. At-ualmente, outros 20 jovens estão cursando a graduação na FAZU. Muitos estudantes bolivianos que se formaram na faculdade, voltam à instituição para cursar pós-gradu-ação. Nesta edição do vestibular, deverão prestar o pro-cesso seletivo aproximadamente 15 jovens bolivianos.O programa da FAZU concede auxílio financeiro de 25%

Ranking

REVIstA O ZEBU NO BRAsIL

A 39ª Feira Internacional de Santa Cruz – Expocruz 2014, o maior evento de agricultura e pecuária da Bolívia realizada em Santa Cruz, entre os dias 14 e 28 de setembro, contou com a participação de 2.340 expositores, sendo 1.570 expositores nacionais e 770 estrangeiros de 23 países. No total, 493.349 pessoas visitaram a Expocruz, que movimentou 95.4 milhões de dólares. Nos julgamentos estiveram presentes nas pistas animais de todas as raças zebuínas. Deles, 261 animais da raça Nelore e 124 animais da raça Nelore Mocho. Segundo Arnaldo Manuel, na ficha de julgamento utilizada pelos juízes os machos são avaliados pelo

O ranking da raça Nelore e Nelore Mocho na Bolívia tem o mesmo formato do ranking da ANCP. Segundo Ar-naldo, todos os julgamentos são realizados por jurados da ABCZ, tendo como auxiliares os técnicos da Asocebu. No Ranking, o touro Indhu FIV Sausalito, de proprie-dade Cabaña Sausalito e Ipê Ouro, foi o Bi Grande Campeão do Ranking Asocebu 2012/2013 e 2013/2014. O Rambo da MN, pai do Indhu, foi o Melhor Reprodu-

EXPOCRUZ

peso, diferença tabela, ganho diário, perímetro torácico, circunferência escrotal. As fêmeas são avaliadas pela idade ao 1º parto, gestação e número de crias. “No julgamento de fêmeas se dá um valor maior para a habilidade maternal (fertilidade e leite)”, explica Arnaldo. Nos leilões realizados durante a Expocruz sempre têm a participação de pecuaristas brasileiros como convidados, os pagamentos são realizados em 12 parcelas e a moeda utilizada para a negociação é o dólar. Arnaldo Manuel explica que os pecuaristas também contam com financiamentos para a aquisição de animais, entre reprodutores, matrizes e embriões.

tor e a Viva TE Sausalito, mãe de Indhu, foi eleita a Melhor Matriz do Ranking 2013/2014 da Asocebu. Segundo Arnaldo Manuel, esse resultado significa que os criadores da Bolívia utilizam e valorizam reprodutores de alta avaliação, como é o caso do Rambo. “Por sua estrutu-ra genética e qualidades fenotípicas, Indhu com certeza terá importância forte na evolução das características produtivas da raça Nelore”, acrescenta Arnaldo Manuel.

de desconto no valor das mensalidades para o curso de graduação em Zootecnia para alunos indicados pela Aso-cebu que devem ingressar na instituição de ensino após aprovação no vestibular, obtendo pontuação mínima de 50% do total de pontos no somatório das notas das provas. Em setembro de 2011, a FAZU foi homenageada

pela Asocebu com a condecoração “El Cebú de Oro”, na categoria Internacional, devido à colaboração no desenvolvimento e tecnologia da pecuária bolivi-ana através dos conhecimentos adquiridos pelos es-tudantes daquele país que foram e continuam sendo formados em Zootecnia pela instituição de ensino.

Foto: JM Matos

Foto: Divulgação

Veja o Ranking de todas as raças no site da Revista O Zebu no Brasil

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Expoinel 2014 obteveexcelentes resultados

NELORE

A exposição aconteceu de18 a 28 de setembro e encerrouas atividades com grandedesfile e premiações

A 43ª edição da Expoinel encerrou as ativi-dades no dia 28 de setembro, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Em onze dias de evento, a capital do Zebu recebeu 942 animais da raça Nelore, sendo 851 Nelore e 91 Nelore Mocho, de 104 exposi-tores. Além dos julgamentos do Nelore e Nelore Mo-cho que ocorreram de 21 a 28 de setembro, com a premiação dos Grandes Campeões, aconteceram também os leilões oficiais Nelore, atividades para cri-anças, convenção nacional das associações nelore, ex-posição de orquídeas e a 10ª edição da Expobrahman.No julgamento Nelore, o Grande Campeão foi o KAYAK TE MAFRA, que também levou o prêmio de campeão touro sênior, do expositor Rima Agroflorestal Ltda. O títu-lo de Reservado Grande Campeão ficou com GHYJARY FIV DA 3R, exposto pela Agropecuária Vila dos Pinhei-ros. Já no campeonato das fêmeas a Grande Campeã foi a LAWA 3 TE PORTO SEGURO, da Agropecuária Vila dos Pinheiros, que recebeu também o título de Novilha Maior, e a Reservada Grande Campeã foi a BOLIVIA FIV AMOD de Maria Fernanda Chimentão Saraiva. Antes dos grandes campeonatos foram jul-gadas dez categorias de machos e fêmeas da raça Nelore, além dos campeonatos de Progênie Jovem de Pai, Progênie de Pai, Progênie Jovem de Mãe e Progênie de Mãe. O título de Melhor Criador Nelore ficou com a Rima Agropecuária e o Melhor Expositor Nelore da 43ª Expoinel foi Agropecuária Vila dos Pinheiros.No julgamento Nelore Mocho, o Grande Campeão foi o EGAN FIV ANGICO, que também levou o prêmio de campeão Júnior Maior, do expositor Udelson Nunes Fran-co. O título de Reservado Grande Campeão ficou com KAIROS FIV DA LOUZ, exposto por Lourival Louza Junior. Já no campeonato das fêmeas Nelore Mocho a Grande Campeã foi a PARCEIRA DA CAR, de Dalila Cleopates C.B.M Toledo e a Reservada Grande Campeã foi a ES-MERALDA FIV DA GOYA do expositor Goya Agropecuária. Durante a exposição foram julgadas dez catego-rias para o Nelore Mocho, além dos campeonatos de Progênies. O título de Melhor Expositor e Melhor Criador Nelore Mocho ficou com Dalila Cleopates C.B.M Toledo.Durante a 43ª Expoinel aconteceu a Mostra de Orquídeas de Elite onde cerca de 300 plantas de três espécies diferentes: Cattleya walkeriana, nobilior e am-ethystoglossa, foram expostas em exemplares cujos valores variavam de R$500,00 a R$50 mil. Os Grandes Campeões macho e fêmea do Nelore e Nelore Mocho foram premiados com uma orquídea de elite da Orchid Brazil, do criador de orquídeas Alcides Cavasini Filho.

Pelo terceiro ano consecutivo a Socil foi parceira da ACNB na Expoinel e coletou amostras para análise das dietas oferecidas aos animais, pelos expositores. Com base nos resultados, os tratadores e criadores foram orientados a aperfeiçoar ao máximo o desempenho dos animais, através de uma nutrição balanceada. As melhores dietas receberam prêmio em dinheiro, o 1° lugar ficou com a Fazenda Santarém do criador Olavo Egydio Monteiro de Carvalho, o 2° lugar foi para Nelore Cristal de Pedro Venâncio Barbosa e o 3° lugar foi para AgroZurita. No campeonato Craques da Pista, a equipe campeã foi a Fazenda Porto Seguro, que recebeu um mil e quinhentos reais, e a reservada campeã foi a equipe da Fazenda Nova Trindade, que recebeu um mil reais da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). As premiações de Melhor Expositor Regional tam-bém aconteceram no dia 28 de setembro com prêmios para os melhores expositores participantes da Expoi-nel 2014 das regiões da Bahia, Brasília, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Norte do Brasil, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Ainda no domingo (28), a ACNB promoveu o tradicional desfile de todos os campeões, campeãs e os reservados campeões, Campeãs da exposição e brin-dou junto com criadores e expositores dos animais pre-sentes em uma cerimônia de encerramento especial. Segundo Pedro Gustavo Novis, Presidente da ACNB - “Estamos satisfeitos com os resultados da 43ª Ex-poinel e com toda a parte da exposição desde o início no dia dezoito até os desfiles e o grande campeonato, mas não só com a parte dentro da pista e dos leilões, como também com as relações, as conversas feitas du-rante a semana, parcerias e a troca de experiências. Nós ficamos muito felizes com os grandes campeona-tos, os juízes julgaram com muito bom senso, de uma forma muito equilibrada, os prêmios foram merecidos”.

REVIstA O ZEBU NO BRAsILFo

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A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) realizou no dia 25 de setembro, na sede da ABCZ, a 4ª Convenção Nacional das Associações de Nelore. O evento reuniu presidentes, diretores e executivos das associações regionais da raça que representam os cria-dores de Nelore nos estados brasileiros. Na ocasião foi apresentado um balanço das atividades da ACNB como o Programa de Qualidade Nelore Natural, Ranking Na-cional ACNB e Rankings Regionais, Universidade do Boi e da Carne, Circuito Boi Verde e Leilões Oficiais, além de

um quadro da evolução das quinze regionais do Nelore.Os representantes das regionais tiveram a oportuni-dade de expor suas ideias, pensamentos e dar sug-estões em todos os assuntos apresentados, além de contribuir para a evolução das demais regionais com a experiência diária. Alguns assuntos especí-ficos abordados foram: implantação do selo Nelore Natural em outros estados, abates técnicos em out-ras regiões, novas exposições regionais, entre outros.

A 43ª Expoinel encerrou as atividades no dia 28 de setembro, com 12 leilões oficiais da raça Nelore reali-zados no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). O primeiro leilão ocorreu no dia vinte de setembro com o Nelore TajMahal, ao longo dos dias aconteceram os leilões: 11º Alianças e Convidados, Virtual Ventres Vip Matinha, Nelore Colorado, Nelore Perboni e Convidados, Nova Ger-ação Sabiá, Liquidação de Plantel Nelore Elite Pinguim, Pérolas do Nelore, Terras do Nelore, Joias do Nelore, 5º Leilão EAO & Guadalupe e, por fim, o Leilão Matrizes Brumado. O faturamento total foi de R$19.581.602,84. Os leilões da Expoinel deste ano demonstraram a força do Nelore para o Brasil e, até o momento, teve a marca recorde do ano com o lote mais valorizado de todos os leilões de 2014. O animal mais valorizado do ano foi vendido no 5º Leilão EAO & Guadalupe, 67% do animal arrematado por R$ 2.000.000,00, é a Grande Campeã da ExpoZebu 80 anos, ESPN JAVANESA. No sábado, 20 de setembro, o leilão Nelore Taj Mahal obteve um faturamento de R$1.019.666,88, foram 171 lotes vendidos, entre fêmeas e prenhezes. O lote mais valorizado foi a fêmea de um mês ORTOGRAFIA FIV TAJ, vendida 67% por R$ 73.592,64. Ainda no dia vinte foi a vez do 11º leilão Alianças & Convidados com fatu-ramento total de R$825.600,00 com 30 lotes vendidos. No domingo, teve o Virtual Ventres Vip Matinha com a venda de 268 lotes, a média ficou em R$4.666,57 por animal. No mesmo dia o leilão Nelore Elite Colora-do teve o total geral de R$682.080,00 com a oferta de 78 animais, entre fêmeas, machos e prenhezes.

NELORE

4ª CONVENÇÃO NACIONAL DAs AssOCIAÇõEs DE NELORE

NO tOtAL FORAM 12 LEILõEs OFICIAIs DA RAÇA NELORE DU-RANtE Os ONZE DIAs DE EVENtO, COM RECORDE DO ANO PARA O LOtE MAIs VALORIZADO

Leilões da43ª Expoinelsuperam 19 milhões

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A segunda-feira começou com o leilão Perboni & Convidados, o faturamento foi de R$1.732.800,00 com a venda de 3 prenhezes, média de R$56.000,00 cada lote, e 12 animais com média de R$116.850,98 cada.Durante a noite do dia 23 de setembro foi a vez do Nova Geração Sabiá, um leilão de sucesso com a oferta de 24,50 prenhezes, a média de R$23.118,37 por lote. O lote mais valorizado foi prenhez da AGRA FIV DA SA-BIA com BASCO SM, vendido por R$ 45.600,00. O meio da semana foi marcado pelo leilão de liquidação Nelore Pinguim com a venda de 28 lotes de animais de elite, totalizando R$1.945.875,00 em vendas.O tradicional Leilão Pérolas do Nelore aconteceu na Fa-zenda Nova Trindade no dia 25 de setembro e ofertou

22 lotes de fêmeas e 1 lote de macho Nelore, com o melhor da genética de pista. A média geral ficou em R$62.179,10 por animal. O lote mais valorizado da noite foi a ESSÊNCIA III FIV FNT, vendida por R$232.800,00. A terceira edição do Leilão Terras do Nelore ofer-tou prenhezes e animais, entre machos e fêmeas de elite. O leilão movimentou aproximadamente R$2.400.380,00. Com destaque para o macho RBB Ilaro FIV, de 23 meses, arrematado em 50% por R$ 244.800,00.Por mais um ano o Grupo Monte Verde realizou o Joias do Nelore, e assim como nas edições anteriores acon-teceu em duas etapas: sendo uma com os animais elite com doadoras e animais de pista e outra com machos de produção, no mesmo dia. Foram ofertados quinze lotes

de animais de elite com nove prenhezes, duas fêmeas e quatro machos, a média geral ficou em R$21.792,00 por animal, o lote mais valorizado foi a fêmea de 42 me-ses, FORMOSA FIV FNT, arrematada por R$48.000,00. Durante a tarde também foram ofertados123 touros, a média geral ficou em R$6.337,96 por animal.Com o maior faturamento da 43ª Expoinel, o 5º Leilão Prenhezes EAO & Guadalupe ofertou 30 lotes na noite de sábado, dia 27 de setembro, totalizando R$6.239.840,00

em vendas. O leilão é um marco para os remates de Nelore deste ano, com o lote mais valorizado de 2014: ESPN JA-VANESA. A fêmea de 24 meses é a Grande Campeã da 80ª ExpoZebu, e foi ofertada 67% por R$ 2.000.000,00. E para fechar os remates da Expoinel 2014, no último domingo, aconteceu o leilão Matrizes Bru-mado com 60 lotes entre animais e prenhezes da raça Nelore. O total geral do leilão ficou em R$403.440,00.

NELORE

Foto: JM Matos

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Acasalamentos em gado de corteNELORE

O acasalamento, de maneira geral, é a indi-cação de um ou mais reprodutores utilizado para cru-zar com uma ou mais fêmeas do rebanho. “Na verdade, buscamos um ou mais reprodutores visando corrigir ou amenizar as deficiências que encontramos. Assim, es-tamos praticando seleção ao escolher quem serão os pais da nova geração de bezerros”, explica o consul-tor técnico de corte da Alta, Marcos Labury Gonçalves. Marcos conta que ao trabalhar com rebanhos PO, o objetivo é a produção de machos e fêmeas en-quadrados dentro do perfil racial da associação de raça a que o animal pertence, todos devidamente registrados nesta associação. O diferencial em beleza e desempen-ho tem peso considerável quando da comercialização dos mesmos, uma vez que os machos serão comerciali-zados como reprodutores tanto para uso em rebanhos PO quanto comerciais e as fêmeas como matrizes. Im-portante porque serão os touros que virão a serem pais dos bezerros não oriundos de inseminação artificial. Em se tratando de rebanhos de elite onde a par-ticipação e o desempenho em pista é essencial, o obje-tivo já passa também a ser de comercialização tanto de animais de ponta como reprodutores e matrizes, como daqueles com possibilidades de campeonato ou comer-cialização por alto valor agregado em leilões especiais. O consultor destaca que ao trabalhar com re-banhos comerciais, percebe-se a grande procura por esse mercado, bastante valorizado hoje principalmente

Como conciliar produtividade com lucratividade do rebanho

pela dificuldade atual em se encontrar fêmeas para re-posição e produção de bezerro. “Isto acontece após um longo período de abate de fêmeas, e a prova é o ágio atual existente quando da troca bezerro x boi gordo, sem previsão de mudança em curto prazo. Se não temos bezerros, a cadeia se atropela com a falta de garrotes, de boi magro e consequentemente de boi gordo. A meu ver, o pecuarista que não se ajustar às novas leis de mercado, seja produtor de gado PO ou comercial, ou já está ou vai ficar fora do mercado por não obter lucratividade na sua atividade. Neste caso, ele vende ou arrenda a sua propriedade rural”, afirma. Já o pecuarista que deseja permanecer na atividade ou o empresário que quer se iniciar nela e tem uma visão progressista, Marcos alerta para se inteirar mais do setor, fazendo um planejamento com objetivo a serem alcançados. “Neste caso, busca no mercado um consultor que vai se inteirar dos seus objetivos, conhecer seu rebanho e após um diagnóstico, elaborar um planejamento genético em busca do melhor resultado desejado. É quando, enquanto consultores e em função dos objetivos deste criador, praticamos um acasalamento dirigido e escolhemos os melhores reprodutores a serem usados.” Ao olhar de perto o rebanho, é possível identificar e avaliar o manejo, senões fenotípicos tais como estrutu-ra dos animais, caracterização racial, ossatura, pelagem, pigmentação, tamanho, dentre outras características.

Foto: JM Matos

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Além disso, o profissional toma conhecimento do de-sempenho deste rebanho, como por exemplo, fertilidade, percentual de prenhez, peso a desmama e ao abate. Como exemplo, Marcos sita a pastagem. “Quando observamos pastagens boas e bezerrada leve, não “sad-ia” isto é sinal forte de que precisamos colocar leite na va-cada. Neste caso, indicamos um reprodutor com DEPs de-sejáveis para esta característica. É sabido que um bezerro nascido de monta natural, IA, IATF ou transferência de embriões não vale pela técnica reprodutiva, mas sim pela qualidade de sua genética. Além disso, para gerar rendas, o criador tem que vender o que selecionou para descar-tar e vender a sua produção, além de permanecer com o que obteve com o ganho genético no seu rebanho”, diz. Quem paga as contas do pecuarista é o ganho genético anual que o rebanho apresenta e, para isso, o criador deve estar atento à produção e aquisição de ma-terial genético da melhor procedência e qualidade (essa medida em DEP) possível, sempre. “Na verdade, o que os produtores estão procurando com acasalamento dirigi-do é uma melhora dos resultados obtidos em suas pro-priedades. Os índices zootécnicos do rebanho brasileiro não são bons e nos mostram resultados muito baixos quanto à produtividade. No caso de rebanhos comerciais, o objetivo principal é o de produção de carne, seja em rebanhos puros zebuínos ou em rebanhos que pratiquem a heterose através do cruzamento, tanto de zebuínos x zebuínos quanto de zebuínos x taurinos. Precisamos de fêmeas que fiquem prenhes mais cedo e que empr-enhem todo ano, além de machos que sejam abatidos mais jovens e não acima de três anos. E para obtermos uma maturidade sexual precoce é importante um alto peso de desmama e um bom ganho de peso após des-mama, uma vez que da desmama a engorda, o biótipo e qualidade da carcaça produzida interfere diretamente na rentabilidade da propriedade” completa o consultor. Ainda de acordo com Marcos as perspectivas para o setor são bastante otimistas, uma vez que o Brasil é o maior exportador mundial de carnes e isto é um at-estado da competência dos produtores. Se atentar para o fato que cerca de 80% da carne produzida se destina ao mercado interno, aponta que não só existe comprador para o produto, no caso, a carne de bovinos, como tam-

bém que o setor está dentro de um mercado em ascen-são em razão da melhora do poder aquisitivo da popu-lação. O diferencial agora é produzir mais, melhor e com o melhor custo/benefício na mesma área. “O mercado de carne de qualidade começa a aparecer em número mais significativo e remunerar melhor por um diferencial em sabor, maciez e padronização do produto ofertado. Quem souber e conseguir fazer isso de forma adequada vai ser melhor remunerado. Então, se justifica investir mais em genética, em planejar aonde se quer chegar” lembra. Concluindo Marcos acredita que o setor pode se beneficiar bastante com o uso adequado de genética, a qual, aliada a outras ferramentas como nutrição, sanidade, mão de obra qualificada e diminuindo em muito os custos de produção, melhorando a qualidade do que se produz e afetando de forma positiva toda a cadeia de produção de carne bovina, mercado para qualidade não faltará. Segundo dados da ASBIA, no Brasil foram inseminadas perto de oito milhões de fêmeas de corte, o que indica perto de 8% das fêmeas aptas para reprodução. Ou seja, as demais foram expostas a monta natural com touros PO, de CEIP (participação pequena) ou por bois inteiros, “cabeceira de boiada”. Na Alta já se trabalha em diferentes regiões do país com criadores diferenciados, de visão pro-gressista e diferenciada, que buscam a melhor genética tanto em rebanho PO quanto em seus rebanhos comer-ciais. “Particularmente, cito alguns criatórios que têm tra-balhado e obtido bons resultados com o acasalamento di-rigido em zebuínos, praticando melhoramento na seleção de fêmeas e fazendo uso de reprodutores provados, com bons resultados, tanto em gado comercial quanto em gado PO. A Fazenda União em Agua Clara, MS, Unicafé Agropecuária de Carlos Chagas, MG, a Fazenda Piriá, Viseu, PA e a Fazenda Onça em Uberaba, MG”, conclui.

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Foto: JM Matos

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ACNB e Marfrig ampliam o Programa de qualidade Nelore Natural

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A partir de agora, mais duas unidades da Marfrig localizadas em Promissão (sP) passam a integrar o programa que visa fornecer ao mercado carne Nelore com alto padrão de qualidade e reconhecer o trabalho dos produtores

Com o objetivo de beneficiar os produtores e pre-pará-los para atender às exigências dos consumidores de carne Nelore do Estado de São Paulo, a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) ampliou a parceria com a Marfrig Global Foods, por meio do Pro-grama de Qualidade Nelore Natural (PQNN). Lançado em 2001, até então o programa contemplava quatro es-tados brasileiros (MT, MS, GO e RO) e agora chega a São Paulo, com mais duas unidades em Promissão (SP). O Programa de Qualidade Nelore Natural tem como objetivo fornecer ao mercado carne bovina com identificação de origem e qualidade controlada, para isso, a alimentação dos animais deve ter uma base forrageira e seguir as normas do programa. Para participar do PQNN, o pecuarista deve ser associado da ACNB e concordar com o termo de adesão e responsabilidade do programa. Para Pedro Gustavo Novis, Presidente da Asso-ciação dos Criadores de Nelore do Brasil, esta expan-são mostra o comprometimento da associação e da Marfrig com o Programa de Qualidade Nelore Natu-ral. “Sempre que alcançamos as metas já nos pre-paramos para novos desafios. Queremos expandir cada vez mais o programa e levar carne de qualidade para os consumidores de todo o Brasil”, afirma Novis.No Programa de Qualidade Nelore Natural, os técnicos da ACNB visitam as propriedades e acompanham desde o início da produção até a classificação dos animais no momento do abate. No frigorífico, as carcaças dos ani-mais provenientes das fazendas participantes do PQNN são avaliadas e aquelas que apresentam idade inferior aos limites máximos e que, de acordo com o sexo, se enquadram nos padrões de peso e acabamento, são em-baladas com o rótulo da linha “Marfrig Nelore Natural” e o produtor recebe uma premiação pela qualidade do animal. Segundo Guilherme Alves, gerente de produto da ACNB, as duas unidades de Promissão foram selecio-nadas para iniciar a expansão do programa na região Sudeste, permitindo agregar maior valor aos animais e beneficiando os produtores da região. “Vamos ter a oportunidade de levar os benefícios do programa a mais um Estado. São mais duas unidades, mais uma região e mais pecuaristas participando do programa, isto é uma grande vitória para nós”, completa Alves. O gado criado a pasto, como ocorre no Programa de Qualidade Nelore Natural, tem muito mais benefícios para a saúde, pois apresenta características que são ex-tremamente benéficas à saúde: com menos gordura to-tal, menos gordura saturada, mais vitamina E, riboflavina, vitamina B, cálcio, magnésio e potássio e, ainda, mais

Ômega 3 do que Ômega 6. A carne Nelore Natural é extre-mamente magra em sua porção vermelha, pois a gordura que contribui para o sabor está localizada na porção ex-tramuscular, o que oferece ao consumidor a possibilidade da separação no momento do preparo ou do consumo.“Como uma empresa que está voltada para o segmen-to Premium, nós da Marfrig consideramos fundamen-tal os avanços que o Programa de Qualidade Nelore Natural tem proporcionado, com melhorias significati-vas em termos de rendimento de carcaça, por exem-plo”, comenta José Pedro Crespo, Diretor de Compra de Gado da Marfrig Global Foods. “Com a inclusão das duas unidades de Promissão (SP) no programa, consu-midor e produtor serão beneficiados”, completa Crespo.

Por meio do PQNN, os pecuaristas associados da ACNB tem a oportunidade de receber premiações so-bre o valor da arroba de seus animais da raça Nelore. As premiações variam de acordo com a qualidade dos animais abatidos. Em 2012, foram abatidos 357.464 mil animais da raça Nelore de 351 pecuaristas. Já em 2013, o Programa de Qualidade Nelore Natural reg-istrou o abate de 377.397 animais de 356 pecuaristas.As unidades do Marfrig participantes do progra-ma são Tangará da Serra (MT), Paranatinga (MT), Bataguassu (MS), Paranaíba (MS), Mineiros (GO), Rio Verde (GO), Rolim de Moura (RO) e, a partir de setembro, Promissão 1 (SP) e Promissão 2 (SP).

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Tabela de premiação Marfrig - Nelore NaturalPRÊMIOS CLASSIFICAÇÃO CARCAÇA

CARACTERÍSTICAS

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PREMIAÇÃO*

*Premiação com base no preço balcão (macho e fêmea) na unidade de abate.

Lista de unidades Marfrig que participam do Programa de Premiação.

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Novilho Nelore NaturalInteiros - dente de leite

Castrados - até 6 dentes permanentes

Novilha NaturalAté 4 dentes permanentes

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Foto: Liliane Farad

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Porquê uma estação de monta de 70 dias é tão importante para a pecuária de corte?

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A vaca de corte, do ponto de vista produtivo, é um dos animais mais ineficientes que existem. As mais eficientes produzem um único bezerro por ano, mas no Brasil, em mé-dia elas produzem um bezerro a cada 15 meses!Para piorar, a idade média ao primeiro parto das vacas bra-sileiras está entre 3 e 4 anos de idade. E qual o impacto disso em um rebanho de cria? Os dois fatores afetam diretamente a produtividade da fazenda, e consequentemente a rentabilidade por área.Se uma vaca produz um bezerro a cada 15 meses, isto signifi-ca dizer que por ano ela produz 0,75 bezerro. Se o intervalo for de 14 meses, isto significa 0,83 bezerro por ano e se for de 13 meses, produz-se 0,92 bezerro por ano.Para piorar ainda mais, a média do índice de desmama das vacas brasileiras não chega a 65%.

Juntando-se os dois índices: 75% de um bezerro por ano X 65% de índice de desmama. Para cada 100 fêmeas expostas à monta o Brasil produz, por ano, 49 bezerros. Ou seja, uma vaca produz menos de 0,5 bezerro por ano.E como mudar esta situação? Nós sugerimos uma única me-dida.Para que as vacas produzam 1 bezerro por ano, devemos

considerar o período de gestação e o tempo que a vaca dis-põe para emprenhar novamente.

Em média o período de gestação da vaca nelore é de 295 dias. Portanto, para ela produzir um bezerro a cada 365 dias (1 ano), ela só tem 70 dias (295+70=365) para emprenhar novamente. Assim sendo, para que todas as vacas de um rebanho produzam 1 bezerro por ano, precisamos fazer uma estação de monta de 70 dias!Só com essa medida já passamos de 49 bezerros para 65 bezerros para cada 100 vacas expostas à reprodução. Au-mentamos a produção de bezerros em 32%!Se melhorarmos o índice de desmama podemos chegar a 75 a 80 bezerros por vaca ano. Aumento de 53 a 63% na produção de bezerros. Para conseguir, executar uma estação de monta de 70 dias, a ferramenta mais importante é a IATF. Com ela podemos emprenhar uma vaca com cerca de 35 dias após o parto. Sem ela as vacas, retornariam em cio somente 60 a 70 dias após o parto, isso se estiverem com bom escore corporal.Esta gestação antecipada, permite que na próxima estação

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de monta a vaca possa ser inseminada no 1o dia da estação de 70 dias, dando a ela a oportunidade de ter ainda mais 3 cios naturais após a IATF. A estação de monta de 70 dias promove ainda a otimização da utilização da mão de obra da fazenda. Quando inicia-se a estação de monta, todos os bezerros já nasceram. Ou seja, não há colaborador trabalhando na maternidade. A dedicação é exclusiva à estação de monta. E isso ocorre para todos os manejos com o rebanho.

Além disso, a estação de monta curta, melhora a uni-formidade dos bezerros, pois sabemos que há uma diferença de até 20 Kg no peso de desmama de bezerros nascidos em 2 meses consecutivos. Imagine a diferença de pesos de des-mama com estações de 4 meses!

Leonardo souzaMédico Veterinário, diretor da qualitas Melhoramento Genético.

Portanto, a estação de monta de 70 dias resulta em:1) Um bezerro por vaca ano;2) 75 a 80% de índice de desmama;3) Bezerros mais pesados e uniformes na desmama.

Agora para conta da produtividade do rebanho de cria ficar completo falta melhorar a produtividade de bezerros por área de pastagem ou por hectare.

Mas este é assunto para o próximo texto!

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Projeto Brahman a Campo, a valorização dos animais de produçãoProjeto Brahman a Campo, a valorização dos animais de produção

BRAHMAN

Durante a décima edição Exposição Internac-ional da Raça Brahman (ExpoBrahman), que ocorreu no mês de setembro, em Uberaba, MG, a Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB) sempre voltada na vanguarda de projetos inovadores, lançou e efetivou o Brahman a Campo. Trata-se de um projeto in-édito, voltado ao julgamento de animais a campo. “Esse projeto consiste nos julgamentos de animais criados a campo, assim como ocorre com os animais de elite. A visão do projeto é somar as qualidades apresenta-das em pista às qualidades dos animais de produção”, explica o presidente da ACBB, João Leopoldino Neto. O Brahman a Campo gerou grande interesse de criadores, instituição como a Associação Brasileira do Criadores de Zebu (ABCZ), que sinalizou intenções de uma possível parceria com a ACBB para aplicar o projeto

já na Expozebu 2015. Outra organização que também pretende botar em pratica o projeto é o Portobello Re-sort e Safari, durante a ExpoBrahman Portobello 2015.Segundo o presidente da ACBB, o Brahman a Campo é um projeto que busca implementar, como forma de exposição, a realidade do campo. Assim como os jul-gamentos tradicionais, o Brahman a Campo teve seus ju-lgamentos levando em consideração a produtividade dos animais. “Nessa primeira edição superamos as expecta-tivas e notamos que, além de inovador, o projeto gerou interesse de muitos criadores, expositores e instituições voltadas à pecuária. É importante considerar as tendên-cias do mercado, bem como a relevância dos animais de produção no dia a dia da pecuária. O Brahman a Campo é um sucesso e temos a certeza que esse projeto comple-mentará as exposições tradicionais, somando o que há de

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melhor de elite e de campo no mesmo evento”, destaca.De acordo com João Neto O que é preciso entender é que o projeto visa se somar aos julgamentos tradi-cionais, uma vez que foca uma linha de trabalho difer-enciada, porém, complementar. “Com o projeto con-seguimos unir tanto criadores que priorizam elite, bem como criadores que priorizam produtividade.

Nessa ocasião, aproximamos muitos cria-dores e investidores tanto da raça Brahman quan-to de outras raças, bem como representantes de outras entidades que se interessaram pelo pro-jeto, como, por exemplo, a ABCZ”, comenta.Ainda segundo João Neto, o que levou a ACBB a criar o Brahman a Campo foi único e exclusivamente o intu-ito de promover a visibilidade dos animais de produção e valorizar o trabalho realizado neste sentido. “A reali-zação de exposições visa, primordialmente, demonstrar

animais de elite. Entretanto, a realidade é que o mer-cado busca somar quantidade à qualidade. Por esse motivo, buscamos visualizar também os valores e as qualidades dos animais criados exclusivamente a campo. Portanto, decidimos realizar uma ex-posição de animais de campo em conjunto com os animais de elite, levando sempre em consid-eração que um complementa o outro”, analisa.Já referente ao mercado do Brahman e o interesse pela raça, João Neto destacou que só faz aumen-tar. “O mercado está muito bom, o interesse pela raça só tem aumentado, tanto os leilões de touros como de fêmeas de produção, na sua maioria, com uma liq-uidez muito grande. Os compradores de touros e fêmeas nos leilões passados, depois que conhecem a produção, voltam para adquirir mais animais”, garante. Quanto às expectativas para o ano de 2015 no setor, são as melhores possíveis. “São muito boas, o mercado de carne está em alta e, como o princi-pal foco do Brahman é a produção de carne, a raça encaixa-se muito bem como ferramenta para o au-mento de produção” destaca o presidente da ACBB.João Neto finaliza dizendo que pretende intensificar e aprimorar o projeto Brahman a Campo como instrumento de fortalecimento não somente do Brahman, mas também viabilizar o projeto às outras raças. “Acreditamos que esse é o caminho e vamos a cada dia nós aperfeiçoar e buscar o formo melhor para a raça e para os criadores”, conclui.

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ACGB homenageia os melhoresde 2013/2014

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Nos dias 16 e 17 de outubro, a Associação dos Cria-dores de Guzerá do Brasil (ACGB), realizou na ci-dade potiguar de Natal, RN, a premiação dos Mel-hores do Ranking 2013/2014. O evento ocorreu no Tatersal Senador José Bezerra de Araújo, localizado dentro do Parque de Exposições Aristófanes Fernandes.As premiações se deram ao longo da já tradicional Festa do Boi, que ocorre todos os anos naquela cidade. Na opor-tunidade, criadores de todos os estados e apreciadores da raça Guzerá participaram de uma extensa programação que contou com julgamento de animais, leilões, confrater-nizações e claro a grande festa para os melhores do ano.A ACGB dividiu a premiação em cinco classes, sendo elas, Família de Raça, Mulher de Raça, Empreendedor de Raça, Amigo de Raça, além, da Homenagem Espe-cial que é feita a criadores, que durante décadas, dedic-aram a sua vida ao desenvolvimento do Guzerá no Brasil.A premiação de Família de Raça foi dada a Mário de

Almeida Franco Júnior e Dulce Helena Franco. Já o tí-tulo de Mulher de Raça foi recebida pela Nicole S. M. C. Medaets. A premiação para o Empreendedor de Raça ficou para os irmãos Fellipe Moreira de Paula Gomes e João Vitor Moreira de Paula Gomes. Enquanto que o Amigo da Raça foi para Cláudio Paranhos, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).Quanto a Homenagem Especial, foi dada a Camillo Collier pelos 40 anos dedicados à raça, através do rebanho Reilloc. Na oportunidade também foi divulgado o resultado dos Melhores do Ranking 2013/2014, premiando criadores que foram destaques nas exposições ranqueadas pela ACGB. A classificação ficou distribuída da seguinte forma:Melhor Criador: em 1º lugar Antônio P. Salvo e Outros; em 2º lugar Genis Carlos Depra; e em 3º lugar Guzerá Três Irmãos. Melhor Novo Criador: 1º lugar para Marcelo R. Mendonça/ Irmãos Cond.; 2º lugar ficou com Túlio Costa Martino Ferreira; e o 3º colocado Benedito de Lira.

Cau Paranhos, opresidente da ABCZ,foi um dos homenageadosda Associação.

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Melhor Expositor: 1º lugar Antônio P. Salvo e Outros; 2º lugar-Genis Carlos Depra; e 3º lugar Ana Cláudia Mendes Souza. Melhor Novo Expositor: em 1º lugar está Marcelo R. Mendonça/ Irmãos Cond.; em 2º lugar Benedito Lira; e 3º lugar Túlio Costa Martino Ferreira.Melhor Reprodutor: em 1º lugar Anjo S, da Seleção Guzerá Agropecuária Ltda; Em 2º lugar Avante S, de propriedade de Re-nato José Pinto Rocha; e na 3ª colocação Endereço FIV GEO, de Haroldo de Sá Quartim Barbosa.Melhor Matriz ficou com Eloise FIV TIR, da Guzerá Três Irmão, Antônio Augusto Souza Coelho e Murilo Kammer; O 2º lugar do ranking ficou com Alice da Morumbi, da Guzerá Suaçui; Em 3º lugar Cravana III S de propriedade de Antônio Augusto Souza Coelho e Murilo Kammer.Melhor Macho Adulto é Gesso FIV TIR, da Guzerá Três Irmãos, Antônio Augusto S. Coelho e Murilo Kammer; Em 2º lugar ficou Soberano FIV do Guama, de propriedade de Josaphat Para-nhos Azevedo Neto. E em 3º lugar, Nagori da Suaçui, da Guzerá Suaçui. O 1º lugar do Melhor Macho Jovem é Collier FIV de Reilloc, do criador Camillo Collier Neto e Outros Condomínios. O 2º lugar ficou com Master LG do SAL, de Luiz Guilherme Soares Rodri-gues. Em 3º lugar Bosque GA, de Camillo Collier Neto e Outros Condomínios.O 1º lugar de Melhor Fêmea Adulta é Ganda S, da Seleção Guzerá Agropecuária Ltda. Em 2º lugar Mega FIV da DHMF, de propriedade de Ana Cláudia Mendes Souza. Em 3º lugar Greta FIV, de Genis Carlos Derpra.Melhor Fêmea Jovem: em 1º lugar Harmonia FIV da Origen, da Guzerá Três Irmãos, Cachoeira 2C e Marcos Aurélio Sampaio. O 2º lugar ficou com Daia FIV Alagoas, de propriedade de Fellipe Moreira de Paula Gomes. E finalizando o ranking, o 3º lugar ficou com Hanna, de Genis Carlos Depra.

Nos Melhores do Ranking 2013/2014 para Aptidão Leiteira os destaques são:Melhor Criador: 1º lugar Agroville Agricultura e Empreendimento Ltda. O 2º lugar ficou com Ana Vera Marques Palmério Cunha, o 3º lugar Sociedade Educacional Uberabense.Melhor Expositor: 1º lugar Sociedade Educacional Uberabense; 2º lugar Virgílio Villefort Martins e 3º lugar Agroville Agricultura e Empreendimento Ltda.Melhor Reprodutor: O 1º lugar ficou com Abaté S, de proprie-dade de Rodrigo Pinto Canabrava. O 2º lugar está Russo TE JF, de Paulo Roberto Menicucci e Outros Condomínios e o 3º lugar Humaitá TE Taboquinha, de Sinval Martins de Melo.Melhor Macho Jovem: 1º lugar Escoteiro FIV Uniube, da Socie-dade Educacional Uberabense, 2º lugar Drakar 4 Meninos, tam-bém da Sociedade Educacional Uberabense, 3º lugar PatrusIbi-turuna de propriedade de Paulo Roberto Menicucci e Outros

Condomínios.Melhor Macho Adulto: O 1º lugar ficou com Uriel Ibituruna, de Paulo RobertoMenicucci e Outros Condomínios, o 2º lugar Cairo, da Sociedade Educacional Uberabense e o 3º lugar Cabo FIV JF, de propriedade de José Transfiguração Figueiredo.Melhor Fêmea Jovem: 1º lugar Fava FIV Uniube, da Sociedade Educacional Uberabense, 2º lugar Galista Villefort, da Agroville Agricultura e Empreendimentos Ltda e 3º lugar Davina 4 Meni-nos, também da Sociedade Educacional Uberabense.Melhor Fêmea Adulta: 1º lugar Gata FIV do Cipó, de Walter Santana Arantes, 2º lugar Havana FIV, de Marcelo Garcia Lack e Ana Cláudia M. Souza e 3º lugar Favorita FIV 5B, de Marcelo Garcia Lack e Outros Condomínios.Melhor Matriz: 1º lugar Ressaca TE JF, Agroville Agricultura e Empreendimentos Ltda, 2º lugar Aura TE JF, também da Agroville Agricultura e Empreendimentos Ltda e 3º lugar Réplica TE JF, de propriedade de Paulo Cesar Carneiro Árabe.Melhor Reprodutor Dupla Aptidão Corte-Leite: 1º lugar Abae-té S, de propriedade de Rodrigo Pinto Canabrava, 2º lugar Marca Sol Ementhal, de Haroldo de Sá Quartim Barbosa e 3º lugar Acari RF, do Roberto Martins Franco.Melhor Reprodutor Dupla Aptidão Leite-Corte: 1º lugar Nai-robiTaboquinha , de Carlos Magno C. Brando Costa e Outros, 2º lugar Ngao TE S, de Tulio Costa Martino Ferreira e 3º lugar Abaeté S, de Rodrigo Pinto Canabrava.Melhor Fêmea Leiteira: Manacá JFP, de propriedade de José Transfiguração Figueiredo.Maior Lactação do Ano: Haical FIV, de Marcelo Garcia Lack.

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Comitiva de produtores rurais e técnicos faz tour leiteiro no sertão do Ceará

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Uma comitiva, formada por produtores rurais e téc-nicos, irá percorrer fazendas produtoras de leite do sertão do Ceará. O objetivo da comitiva é conhecer de perto os virtuosos resultados obtidos em fazendas do semiárido, com utilização da técnica de irrigação. A excursão sairá no dia 24 de novem-bro da capital Fortaleza e percorrerá as fazendas até o dia 27 o grupo vai passar por quatro cidades do interior.Rosa explica que o índice pluviométrico da região gira em torno de 700 mm anuais e utilizando técnicas de irrigação de pasta-gem os produtores conseguem resultados extraordinários. “São fazendas referência porque mesmo enfrentando pouca incidência de chuva o ano todo conseguem resultados impres-sionantes, como média diária de 20 quilos de leite por animal. Isso só é possível porque os produtores exploram a técnica da irrigação”, conta. A água necessária para manter a pastagem sempre em boas condições vem de canais trazidos direto do Rio São Francisco. Ainda segundo Rosa os participantes da comitiva irão ter acesso a dados zootécnicos da produtividade hectare/ano, taxa de lotação, duração de lactação encerrada, taxa de prenhes.

Quanto aos dados econômicos poderão debater custo de produção, distribuição do custo de produção de leite no siste-ma adotado e dados genéticos, tais como quais grupamentos de sangue obtiveram melhor resultado e apresentar progênies de touros utilizados. “Os participantes conseguirão comparar informações e trazer conhecimentos e técnicas que poderão ser usadas em suas regiões produtoras de leite”, destaca. Para finalizar, Rosa acrescenta que em todo o Es-tado do Ceará existem mais de dez projetos para produção de leite e com isso espera demonstrar como é possível obter ótimos desempenhos em qualquer lugar. “Nossa expectativa é demonstrar a produtores de leite que numa região de clima ríspido é viável produzir leite através de um planejamento e ad-equação de sistemas de alimentação, raça e manejo”, conclui. O Tour é promovido pelo departamento de Leite Tropical da ABS Pecplan. O gerente da pasta, Fernando Rosa, explica que o roteiro inclui, entre outras atividades, visitas às seguintes fazendas: Cialne, no município de Limoeiro do Norte, Flor da Serra, em Limoeiro do Norte, Cialne, em Umirim e Fa-zenda Granjeiro NM Paraipaba.

Caravana vai passar por cinco municípios conhecendo a importância da irrigação para o incremento da produção de leite, durante o mês de novembro

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Pecuária perde um dos grandes incentivadores do Gir Leiteiro O mês de outubro foi triste para os criadores de Gir Leiteiro, que perderam um dos grandes homens ex-poentes da raça. Faleceu, no dia 23 de outubro, Leonídio Ferreira Gomes, sr. Leo, da Fazenda Mutum, aos 73 anos.

Desde a década de 70, sr. Leonídio trabalhou em prol da pecuária leiteira, quando adquiriu a Fazenda Mu-tum e iniciou suas atividades com gado leiteiro, com vacas cruzadas, mais ou menos 70 cabeças de Gir Leiteiro que serviam de base para fazer o Girolando. Atividade que por muitos anos foi tocada dessa forma. Após longos 28 anos, em 1998 teve início a criação do Gir Leiteiro PO, através da compra do remanescente do plantel 3R de Uberaba.

O pioneirismo de sr. Leonídio não será em vão. Hoje, o filho Léo Machado, Zootecnista, e Bruno Machado, Médico Veterinário, neto Sr Leonídio, trabalham neste projeto iniciado pelo patriarca da família. São três gerações da família Macha-do que realizam esse trabalho de amor, respeito e extrema dedicação. O Sr. Leo deixa a esposa Avandelci Alves Macha-do, filhos e netos.

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Novos tempos para o ItR O imposto territorial rural passa por intensa transfor-mação. Antes esquecido pelo Fisco Federal, o ITR também não recebia atenção dos produtores rurais que recolhiam módica quantia aos cofres públicos, muitas vezes, declarado de forma aleatória, sem maiores preocupações com a fiscali-zação. Eram poucas as autuações fiscais. A União Federal não obteve êxito em interiorizar a fiscalização de forma efetiva no setor, tendo enormes dificul-dades em desenvolver instrumentos que contemplassem as infinitas peculiaridades que existem nas áreas rurais em um País de dimensões continentais. Mas em 2003, com o avento da Emenda Constitu-cional 42, descobriu-se o caminho. A alteração constitucional introduziu novo protagonista na fiscalização do ITR que fez com que os valores lançados aumentassem de forma ex-ponencial. Pelo movimento que ficou conhecido como “Municipalização do ITR”, as Prefeituras interessadas passaram a firmar con-vênio, por intermédio da Secretaria da Receita Federal do Brasil, tornando-se responsáveis pela fiscalização, e em con-trapartida, a ficar com 100% do recolhimento, que antes era dividido com a União. Os Municípios, em sua grande maioria, são mais atu-antes no que se refere à fiscalização do ITR. Estão próximos das propriedades rurais, tendo condições muito melhores que a Receita Federal de avaliar as áreas e suas especificidades. Outro aspecto a se considerar é que a arrecadação do ITR não é tão relevante para a União, que dispõe de uma cesta gorda de tributos para se fartar. Já para a Prefeitura, a exação costuma ser prato cheio, é banquete. Diante desse novo quadro, que já produziu exponen-cial e crescente evolução no valor dos ITRs declarados e lan-çados, é possível concluir que se aproxima, a passos largos, novo tempo para o imposto sobre a propriedade rural. A arrec-adação já aumentou bastante, mas a briga só está começando. A cada ano percebe-se importante incremento nas questões conflituosas acerca do ITR. As prefeituras e os proprietários estão em rota de colisão e pode-se, seguramente, afirmar que serão muitos os embates jurídicos acerca do imposto.São 03 (três) as atuais principais causas de autuações de ITR no Brasil. Valor de Terra Nua (VTN) declarado pelo contribuinte abaixo do preço de referência adotado pela fiscalização, ex-clusão de áreas ambientalmente protegidas do cálculo do imposto sem entrega do ADA - Ato Declaratório Ambiental ao IBAMA, e exclusão da área de reserva legal da base de cálculo do tributo sem averbação na matrícula do imóvel. A fiscalização dispõe de um banco de dados, que é instrumento para fins de comparação de preços. Quando a

autoridade fiscal não concorda com o valor atribuído pelo de-clarante, a mesma se utiliza de um sistema denominado SIPT – Sistema de Preços de Terras, previsto no art. 14 da Lei n. 9.393/96, e também na Portaria SRF n. 447/2002. Existe, portanto, uma lista de referência de valores observada pelo Fisco. Quando o valor consignado pelo con-tribuinte é menor que o indicado na parametrização, é provável a ocorrência de intimação para esclarecimentos e a lavratura de auto de infração, o que tem se tornado corriqueiro. Há de se alertar, contudo, que o valor de referência que con-sta do SIPT não é absoluto e pode ser contestado mediante laudo técnico. Cuida-se de instrumento de fiscalização para fins de confrontação e não da odiosa pauta mínima impositiva ou obrigatória, até mesmo porque não há previsão legal para tanto, e os valores ali são gerais, não considerando as particu-laridades que as propriedades in concreto apresentam. O laudo técnico elaborado por profissional capacita-do, quando atendidas às condições legais, é documento hábil e suficiente para afastar a presunção de valores impostos pelo fiscal mediante a comparação com os preços de referência. Há precedentes do CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais nesse sentido. Recomenda-se a entrega do ADA, quando a de-claração de ITR tem áreas ambientalmente protegidas, para se evitar o que se conhece como malha fina. Ou seja, ao cruzar as declarações DITR e ADA, na ausência do segundo, o con-tribuinte tende a cair em fiscalização. Todavia, a jurisprudência, em especial a do STJ, consolidou-se no rumo de que é inex-igível a apresentação do Ato Declaratório Ambiental com vistas à isenção do ITR. Quanto à necessidade de averbação da reserva na matrícula do imóvel, após oscilação na jurisprudência do STJ, ainda que se vislumbre ofensa ao princípio da verdade materi-al, reiteradamente vem decidindo a Corte que é imprescindível que conste a referida anotação no CRI para que se possa ex-cluir a ARL do cálculo do imposto. Já as áreas de preservação permanente dispensam averbação. Ou seja, pelo menos até o pleno funcionamento do CAR – Cadastro Ambiental Rural, quem se utilizar da área de reserva legal para diminuir o ITR, deve ter o cuidado de veri-ficar se a ARL está averbada na matrícula, sob pena de ser surpreendido com a glosa da mesma, e a respectiva cobrança da diferença do imposto com multa e encargos. O que se percebe é uma nova feição do ITR após a EC 42/03, com a entrada em cena dos Municípios. O imposto ainda está em transformação face à sua nova moldura nor-mativa e o produtor deverá ter atenção ou poderá ter desa-gradáveis surpresas.

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Marcelo Guaritá Borges BentoMestre em Direito do Estado pela PUC/sP. Integrante do Comitê de Leis eRegulamentos da sociedade Rural Brasileira. Conselheiro Julgador do ConselhoMunicipal de tributos de são Paulo/sP – CMt. Advogado em são Paulo-sP.

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A Zebuinocultura do Nordeste do Brasil.ZEBU

O Semiárido Brasileiro estende-se por oito Estados do Nordeste, - Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí, totalizando uma extensão territorial de 980.133.079 Km², com uma população de 22.6 milhões de habitantes. Do ponto de vista climático, a região semiárida é marcada por registros cíclicos de estiagens prolongadas (anual e plurianual), desde seus primeiros registros em 1559, contabilizando 72 registros, em média uma estiagem a cada 6.3 anos, ao longo de 428 anos. O Bioma predominante é a Caatinga, - prodígio e encanto, sol pleno, terras férteis e incultas, vegetação xerófila específica e peculiar de espécies exclusivas e sem similares no mundo.Nesse ambiente a pratica da bovinocultura tropical é uma atividade fundamentada nas raças zebuínas, que viabilizaram não apenas a pecuária de corte do Brasil, mas também de forma crescente e inquestionável, a produção leiteira. Se já atingimos o nível de maior exportador mundial de carne, na década passada atingimos a auto-suficiência em produtos lácteos. Nas zonas de clima temperado do Brasil Tropical a raça Gir, deu sua importante contribuição na formação do plantel leiteiro regional. Já no Semiárido Nordestino as raças, Guzerá e Sindi, são essenciais para a produção competitiva e sustentável do leite.

Importadas da extensa região semiárida do sul da Ásia, de milenar tradição na pecuária zebuína, Índia e Paquistão tem mais de 80% de sua portentosa produção láctea, a cargo de micro e pequenos criadores, fundamentados nas raças Gir, Guzerá e Sindi. No semiárido nordestino, a genética das raças Guzerá e Sindi, tornam-se imprescindíveis para a produção láctea regional e segurança alimentar das populações, por

suas inquestionáveis virtudes de rusticidade, prolificidade, frugalidade alimentar, habilidade maternal, conforto existencial no bioma Caatinga e produções médias anuais de leite, satisfatórias para a aridez ambiental. Não pretendemos nos estender nesse artigo inicial, mais voltaremos em artigos futuros, com mais especificidade e precisão, a cada item mencionado.

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PastagemPlanejamento garante resultados

Muitos pecuaristas se veem em uma encruzilhada na hora de tomar uma decisão quanto à melhoria da pastagem de sua propriedade. Muitos pensam que adubar o pasto fará brotar uma gramínea nova e de qualidade, porém, Júlio César de Barros Diehl, da Fertigran Fertilizantes, garante que essa é a última decisão a ser tomada. “Sem um planejamento inte-grado dos objetivos a serem alcançados, os resultados de uma adubação não planejada poderão ser frustrantes”, garante.Segundo Júlio, um planejamento integrado deverá compati-bilizar as metas do proprietário, os recursos disponíveis, terra e animais, os prazos em que essas metas devem ou podem ser alcançadas e os recursos financeiros necessários. “Esse planejamento deve ser executado por um profissional da área em conjunto com o proprietário. Caso a decisão seja adubar, em algumas situações pode não ser o caso, um bom especial-ista em correção e adubação deve ser consultado”, diz. Júlio lembra que os conhecimentos de correção e adubação, são difíceis de serem aplicados em áreas de paste-jo continuo, pois o sucesso da adubação, está sempre vin-culado ao manejo do gado, ou seja, o momento de entrada e de saída dos animais no pasto. O resultado da adubação depende fundamentalmente da colheita do pasto e da altura do resíduo após a saída do gado. “Adubação eficiente só será obtida com pastejo rotacionado, em resumo, quem define em qual pasto, em qual momento e quantos animais vão entrar e sair do pasto, é o dono da propriedade e não os animais”, afirma. Considerando que o planejamento foi feito e a de-cisão de adubar foi tomada, Júlio destaca que é fundamen-tal conhecer a área a ser adubada. Todo o histórico do local tais como: plano de coleta de amostras de solo baseado no histórico, neste caso deve ser coletado no mínimo 20 amostras por área homogenia na profundidade de 0 a 20 cm, coletar também amostras de 20 a 40 cm de profundidade e enviar

para analises em laboratórios conhecidos, solicitar analise física completa, que são os macro e micronutrientes. Com o resultado das analises em mãos, procurar um especialista que domine a correção e adubação de pastagens. Para os pecuaristas que não adubam, que de acor-do com Júlio são a maioria, os principais conceitos são: não adubar a área toda, e sim em torno de 5 % e como o manejo é mais importante que a adubação, uma área pequena permite o aprendizado e treinamento. “Não economizar e nem alterar as recomendações do profissional. Se as condições financeiras não forem boas, opte em usar toda a técnica mesmo que em uma área pequena. Escolha as melhores áreas, com isso os custos serão menores e os resultados mais rápidos” comenta.

Ainda segundo Júlio, em casos de recuperação ou manutenção da pastagem, os níveis de correção do solo, in-dependem da gramínea a ser implantada, ou a ser adubada. O conceito de correção é o de buscar teores no solo que per-mitam a maior eficiência possível dos fertilizantes a serem apli-cados. Esse conceito não leva em conta a gramínea, pois se pretende obter o maior retorno possível dos insumos. No caso de calcário, a meta é atingir 70% na camada de 0 a 20 cm, e no caso de gesso corrigir Cálcio, e neutralizar o Alumínio na camada de 20 a 40 cm. “Essa correção deve ser feita de uma só vez, para não comprometer a correção e a eficiência do Fósforo (P) e do Potássio (K). O teor de P ideal é de 30 mg/dm e o de K é de 5% na CTC. Esses teores podem ser alcançados em 2 ou 3 anos, caso os custos de fazê-lo de uma vez fiquem muito elevados”, explica. Júlio completa dizendo que as correções devem ser feitas em todos os nutrientes, o calcário corrige o cálcio e ma-gnésio, o enxofre é corrigido pelo gesso e o fósforo e potássio por fertilizantes. A analise completa, permite corrigir também os micronutrientes. “O nutriente mais importante para a past-

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JúLIO CésAR DE BARROs DIEHL

agem ainda não foi comentado, pois depende da área estar preparada e as metas de lotação e necessidade de forragem definidas. Esse nutriente é o Nitrogênio, que é o combustível da matéria seca, e será usado”, destaca. A quantidade de Nitrogênio é definida em função da lotação planejada para a área. “Para uma U.A./ha não há necessidade de nada, o animal se vira. A partir de uma U.A. a recomendação da EMBRAPA é de 50 kg/há por U.A. por ano. Para o cálculo de N não se considera a primeira U.A. Exemplo para lotação de 3 U.A. o cálculo é 3-1 = 2 x 50 =100 kg/há /ano de N.A quantidade de cada aplicação deverá ser de 50kg/há de N por vez. Solo corrigido o NITROGENIO (N) é que manda quanto maior a necessidade de Matéria seca, mais N”, completa Júlio. Outra dúvida constante dos pecuaristas é quanto a reformar ou recuperar a pastagem, Júlio comenta que quem

vai responder é o nível de degradação da pastagem, o técnico é que deverá definir o que fazer. Na maioria dos casos pode ser feita a recuperação, que é mais barata, o pasto volta mais rápido, ganhando tempo e dinheiro. Dentro das novidades do mercado o grande destaque é o nitrogênio. Ele é o combustível da pastagem. “Não adianta mudar a gramínea, usar novas variedades e corrigir correta-mente. Sem Nitrogênio não há pastagem produtiva. As fontes de Nitrogênio são varias, temos o sulfato de amônio, muito caro e acidifica muito o solo, exigindo novas correções, Nitrato de amônio, lixívia muito, principalmente em solos arenosos, mais barato que o sulfato, mais ainda caro e também acidifica o solo, embora menos que o sulfato e mais que a uréia”, explica Júlio.A fonte de Nitrogênio mais barata é a uréia, mais concentrada e acidifica menos. O problema é que a uréia quando aplicada na superfície dos solos pode sofrer grandes perdas por vola-

tilização, evaporação. “Para corrigir essa limitação, a FERTI-GRAN tem uma linha de produtos que usa uma uréia tratada que evita essas perdas. Essa linha chama-se Superpasto que tem como base o SUPER N que é uma uréia tratada com um aditivo, que evita a perda do nitrogênio quando aplicado na superfície, que e o caso de adubação de pastagens. A linha Superpasto oferece várias opções, desde somente Nitrogênio como também formulas para manutenção de pastagens for-madas”, acrescenta Júlio. Para finalizar Júlio diz que a maior argumentação dos pecuaristas, é que o adubo é caro. “O produtor não lembra que toda alimentação complementar ao pasto, ração, silagem, cana e outros resíduos vegetais, vieram de áreas adubadas.

Quem paga o adubo é sempre quem compra o alimento. Os animais se alimentam de quilos de matéria seca, e quase toda fonte vem de áreas adubadas. Quando o pecuarista quer economizar adubo, comprando alimentos de fora da proprie-dade ele está pagando o adubo que foi usado na produção, mais todos os fretes que envolveram o transporte, as margens e custo das fabricas de ração. O adubo mais barato é o que o pecuarista usa para produzir alimentos para o seu gado na sua propriedade, e o adubo mais caro é o que ele paga para que outros produzam alimentos para ele. O lucro da pecuária está no pasto, a alimentação complementar, ou de terminação, é importante, mas não dá lucro”, conclui.

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silagem armazenada em silobolsa desperta interesse de pecuaristas

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Com a intensificação da pecuária no Brasil nos últimos anos, percebemos dois cenários importantes: o da pecuária de corte - motivado pela cotação da carne no mercado internacional e aumento na procura por carne de qualidade no mercado interno como no externo; e o da pecuária de leite - motivado pelas mudanças sofridas no manejo para melhorar a qualidade e produtividade. Essa intensificação na produção se volta principal-mente para uma melhoria na alimentação dos animais, para que se atinja o peso para o abate ou para o primeiro parto an-tecipado (no caso de gado de leite).De acordo com o diretor da Ipesa do Brasil, Hector Malinarich, para se atingir tais objetivos, a alimentação na seca (inverno) deve se manter em níveis mais próximos aos níveis conseguidos no verão para o ganho de peso. Para tal tarefa, é imprescindível se obter quantidade e manter a qualidade dos alimentos que serão reservados e oferecidos à criação em épocas de falta natural de pastos. Quando se fala de qualidade de alimentação, a si-lagem é uma técnica reconhecida mundialmente. Isso porque uma silagem bem feita será a base para a reserva de forra-gens verdes entre uma estação e outra. Além disso, é o melhor recurso para a produção de alimento durante uma época em que o clima esteja mais favorável para se obter o estoque para necessidades futuras. Como nenhuma forma de conservação de for-ragem possibilita uma melhoria em sua qualidade original, é

necessário produzir um alimento com grande qualidade para que se possa vislumbrar sucesso a partir de um alimento reser-vado. Milho, sorgo, capineiras bem adubadas, cana e milheto podem oferecer forragens de qualidade para ser armazenado num silo e atender a demanda futura de alimentação. Hector Malinarich explica que como a silagem é uma técnica que preserva o alimento através de um processo de fermentação anaeróbica, é muito importante que se facilite sua compactação e consequentemente as condições para as anaerobioses. Por isso, durante a colheita é necessário que seja utilizado um processo de picagem menor aos 3 cm. O estágio de anaerobiose é obtido não só pela compactação da forragem picada, mas também pelo cuidado com a cobertura com lonas de alta qualidade que se transformarão numa barreira contra a troca de ar entre o material armazenado e o exterior. Frente aos tradicionais silos de superfície e de trincheira, a tecnologia de armazenamento em silo bolsa vem despertando grande interesse entre os pecuaristas locais. Nas-cida na Alemanha na década 70, desenvolveu-se massiva-mente nos USA e Canadá, chegando em 1994 na América do Sul. Embora a tecnologia tenha um grande sucesso entre os produtores de leite da Argentina e do Uruguai, é pouco adotada no Brasil devido à deficiência local de máquinas adequadas e de plásticos de baixa qualidade. Além disso, existe um pre-conceito generalizado de que é uma tecnologia cara quando comparada aos sistemas tradicionais de armazenamento.

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A silagem em silobolsa apresentamuitas vantagens. Dentre elas estão:

• Mantém a qualidade do produto armazenado;• Minimiza o uso de mão de obra;• Não necessita de tratores pesados devido a máquina utili-zada no sistema funcionar somente com 65/70 HP,• Consome muito menos combustível por tonelada tratada;• Devido ao fato de dispensar a necessidade de “pisar” para compactar, existe menores perdas;• Com a diminuição das forragens estragadas, existe uma menor emissão de gases poluentes;• Melhor consumo animal devido a palatabilidade superior devido a falta de mofos e leveduras;• Devido à praticidade do sistema, possibilita ao produtor mudar o local de estocagem de acordo a necessidade e até preparar silos em distintos talhões em função da locali-zação do gado, categorias ou outras variáveis de qualifi-cação (idade, produtivi-dade, estagio fisiológico, requeri-mentos nutricionais, etc).

Análises econômicasVamos tentar demostrar como o sistema acaba sendo significativamente mais econômico do que o silo superfície:Nos sistemas tradicionais normalmente utilizados pelos pecuaristas, são produzidas perdas severas de volume e de qualidade. Além disso, existe uma contaminação por fungos, que pode produzir intoxicações e perdas de peso subclínicas que geram menor rentabilidade.Embora os cálculos de custos sejam bastante complexos, devido às muitas variáveis, o comparativo nunca deve ser limi-tado ao custo do maquinário envolvido ou pelo custo compara-tivo entre lonas para cobrir o silo e o Silobolsa. É de extrema importância envolver o custo da cultura devido às perdas do produto armazenado e, essa variante, afetará o custo total.

A diferença com o produto embutido se dá na embutidora que coloca e compacta o produto dentro do silobolsa numa mesma operação e o custo do silobolsa. Para o custo operacional da máquina temos 9,20 R$/tn, para o silobolsa R$9,30, chegando ao total de R$18.50.Se temos um custo para um silo convencional é de R$70.45/tn, é preciso considerar que as perdas estimadas por especial-istas é de no mínimo 30%. Com isso, o custo do silo entregue aos animais ficará em R$91.58/tn (R$70.45+R$21.13).

Como no silobolsa não existe perdas devido ao isolamento to-tal do produto armazenado, o custo dessa silagem entregue aos animais é de R$83.50. Fica claro que a diferença de custo por tonelada de silagem entregue ao gado compensa ampla-mente a utilização do sistema silobolsa.O fato de ter a máquina para fazer a silagem oferece ainda vantagens adicionais: possibilitar o armazenamento do volu-moso e a chance de armazenar subprodutos ou grãos (secos ou úmidos) para complementar a alimentação do gado.Para aqueles grandes produtores que produzem anualmente volumes superiores a 4000 e 5000 toneladas, a quantidade de silos será grande demais. Devido a esse fato, terão de recor-rer a silos com maior capacidade que deverão ser feitos por prestadores de serviço.

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Haras A.E.J se destaca nas grandes pistas da raça MangalargaHaras A.E.J se destaca nas grandes pistas da raça Mangalarga

EQUINOS

Há 16 anos, surgia um dos grandes haras de criação de Mangalarga, o Haras AEJ, localizado em Amparo, inte-rior de São Paulo. Hoje, após anos de dedicação, o tra-balho realizado pela equipe do Haras é consagrado com várias premiações nas principais pistas da raça do país. No início, o criador Gustavo Esteves contava com apenas seis éguas para desenvolver o trabalho com a raça Mangalarga. Atualmente, o plantel conta com mais de 200 animais, destes 80 são receptoras, distribuídos em 28 alqueires, com 40 piquetes e 54 baias, além de toda a infra estrutura necessária para a criação profissional de cavalos. Em 2007, o trabalho se aperfeiçoou com a criação de cavalos. No ano seguinte, o retorno veio com a égua Escócia RAA, que ganhou o prêmio de Grande Campeã Égua Nacional. Essa foi a primeira premiação, depois disso outras tantas vieram e este ano na Nacional obtiveram entre alguns resultados os de Reservada Campeã Potra Mirim Na-cional, Campeão Potro Mirim Nacional, Campeão Cavalo Nacional de Andamento, 2º Reservado Campeão Nacion-al Cavalo de Andamento, 2ª Reservada Campeã Égua Master Nacional, Campeã Nacional Égua Jovem de An-damento, 1ª Reservada Campeã Égua Jovem Nacional de Andamento, Campeã Égua de Andamento e Campeã Égua Nacional, Campeão Nacional Cavalo Castrado, além dos títulos mais importantes que foram o de Grande Campeã Égua Nacional de Andamento, Grande Campeã

Nacional Égua Geral, Melhor Expositor e Melhor Criador.Em 2013, o grupo AEJ, formado por Gustavo, Miro, Nendo, Marcello, Ildete, Almiro, Priscila, Antônio, Lui-za Esteves e Ana, conquistou diversos títulos na Ex-posição Nacional, entre eles, Grande Campeão Nacional Potro, com Atlântico do A.E.J., e Grande Campeã Égua de Andamento, com Valentina do A.E.J., ficando tam-bém com o título de Melhor Criador e Melhor Expositor.Somente este ano, o Haras AEJ participou de várias exposições e conquistou títulos importantes com a Bel-dade do A.E.J. Ela foi consagrada Grande Campeã da Copa de Jundiaí, Grande Campeã Égua Brasileira de Andamento e Grande Campeã Égua Nacional de Anda-mento. O Haras AEJ também foi eleito pela terceira vez

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consecutiva o Melhor Expositor, além de ser bicampeão na categoria Criador na Exposição Nacional. Além de fechar o ano em 1º. Lugar no Ranking da Associação como Melhor Criador da Raça e 2º. Melhor Expositor da Raça e consagrar a matriz Escócia RAA como a Melhor Reprodutora da Raça tanto em Andamento quanto Geral.Além dos animais já consagrados nas exposições e pistas

de todo o país, o Haras A.E.J possui ainda uma gama de matrizes de ponta, como Escócia RAA, Zaga ACF, Graça NLB, Valentina do A.E.J., Uberlândia do A.E.J, Apartada RB, Samantha da Janga, Dalila MM Jamaya, Libra JF, Havana JF, Atriz do A.E.J, Escopeta CJ entre tantas outras.

É uma equipe comprometida com o dia a dia e sempre trabalhando para buscar o melhor de cada animal.

Quanto aos reprodutores, o haras conta com Topázio JMJ, Barão JES, Mundo Novo 42 e Atântico do A.E.J. Além disso tudo é sempre importante ressaltar o trabalho em equipe que o Haras desenvolve. Há 8 anos Silas e André Freire dão assistência ao haras e mais que isso são considerados como família, pois acreditaram no sonho de todos e entraram no barco. Hoje 8 anos depois os resultados são colhidos e toda a equipe do Haras faz a diferença nesse dia a dia.

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O Projeto FriesianO Projeto FriesianEQUINOS

O despertar de uma criança pobre, que durante sua juventude conheceu através de um filme as primei-ras imagens de uma cavalo Friesian que o enfeitiçou, e daquele dia em diante passou a acreditar na realização de um sonho muito distante e quase impossível. Depois de várias batalhas conseguiu estabelecer um projeto ousado e desafiador, a importação de cavalos Friesians através de um sonho denominado Projeto Friesian. Este projeto, antes de tudo teve que, primeira-mente, ser sonhado, principalmente considerando os as-pectos geográficos que inviabilizava a sua realização. O sonho então foi despertado quando lá nos anos 90 assis-timos o filme “O Feitiço de Aquila”, que mostrou ao mundo através dos cinemas as imagens elegantes de uma cava-lo da raça Friesian. A raça é milenar, sua origem se deu por volta dos anos 500 a.C, através do povo Frísio que se estabelecer-am no mar do Norte denominado “Mar Frísio”, situado nos Países Baixos da Europa trazendo seus cavalos puro sangue, descendentes diretos de Equus robustus. Os cavalos Friesians, ou Frísio, são totalmente negros por característica, possuem pelos compridos nas pernas, calda longa e crina exuberante. São robustos, al-

tos e do tipo moderno, são cavalos flexíveis com ossatu-ras leves.Sendo assim, as imagens plantaram a semente do sonho e acreditar passou a ser a palavra real para o progresso e planejamento deste projeto. Foi um caminho árduo, com várias intempéries, foi preciso construir bases para que o sonho não atropelasse a vida. Assim, tudo deveria ser cuidadosamente pensado de forma bem minuciosa, para nunca arriscar a sobrevivência do projeto e nem colocar em risco um animal com tantas glorificações. Primeiro, construir sustentabilidade para assumir todas as responsabilidades de importação, adaptação, manejo nutricional e principalmente os cuidados com o processo reprodutivo, um dos principais objetivos. Claro que sempre foi pensado com exclusividade na integralidade física, sanitária e temperamental dos animais.Esta sustentabilidade somente foi possível depois de algumas parcerias financeiras e pessoal, tornando um dos grandes pilares essenciais no desenvolvimento do projeto. Dentre uma das mais importantes parcerias está a participação da também entusiasta por cavalos Eloizia Lima que, além de sua contribuição financeira, acreditou

REVIstA O ZEBU NO BRAsIL

e incentivou como esposa, a possibilidade prática do projeto. Fechada as parcerias, e garantindo a sustenta-bilidade pelos investidores, o que era um sonho de uma criança, passou a denominar-se: O Projeto Friesian.O Projeto, consiste na importação e criação de cavalos

Friesians vindos diretamente dos países baixos da Holan-da para o Rancho Baloubet Friesian, situado em Ubera-ba-MG. Com a reprodução de forma intensiva através das transferência de embriões, pretendemos a criação e venda de potros e potras puro sangue de origem. E

também o cruzamento entre raças brasileiras através da venda de coberturas. A chegada dos primeiros animais, sendo eles: o garanhão Bindert, a égua Gemma e a potra Onix foi em dezembro de 2013, estes já estão super adaptados às condições climáticas do nosso pais. Mas o sucesso foi tão surpreendente que decidimos no mês de agosto de 2014 trazer mais três animais, sendo outro garanhão Alfar e duas éguas também puro sangue: EElkeje, e Arriette que abrilhantaram ainda mais os objetivos do projeto. Atualmente estamos com alguns embriões já confirmados com previsão de nascimento para 2015 e al-guns cruzamentos também garantidos para nascimento

POR: ROGéRIO MARqUEsFotos: JM Matos

em 2015. Mas estamos ainda nas etapas secundárias do projeto, pois o objetivo maior será a disseminação da raça no Brasil, com possibilidades de servir e prestigiar através de um leilão nacional cada criador e futuro ad-quirente com um de nossos produtos do Rancho Balou-bet Friesian: um cavalo puro sangue Friesian.

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Mais do que uma avaliação. Direcionamento e resultadoMais do que uma avaliação. Direcionamento e resultado

SENEPOL

última etapa da avaliação do CP CRV Lagoa soma benefícios para o criador participante

MAtéRIA E FOtOs: GUstAVO RIBEIROBERRANtE COMUNICAÇÃO

Instrumento de seleção genética

Na última segunda-feira (06), no Centro de Perfor-mance CP CRV Lagoa, em Sertãozinho (SP), foi re-alizada a última avaliação do Teste de Performance do grupo de fêmeas e machos contemporâneos. De acordo com o coordenador do CP, Robson Car-reira, “este é o sétimo ano consecutivo em que é feita a avaliação da raça Senepol. Nesta edição, contamos com a participação de 17 criadores de cinco Estados diferentes, que trouxeram 98 machos e 70 fêmeas”.O Teste de Performance é um método de seleção em que o animal é avaliado pelo seu desempenho. O cria-dor seleciona seus melhores animais na desmama e en-via para o CP avaliar 12 características e, no final, gerar um índice. “A ferramenta é importante para o criador ter noção de quais características ele precisa melhorar no

seu rebanho e quais já foram alcançadas, sendo funda-mental para evoluir a sua seleção”, comenta Cristiano Leal, gerente de Produto Corte Taurinos da CRV Lagoa. Nessa última etapa de avaliação, foram mensuradas características de escores visuais, como: musculosidade, umbigo, temperamento e tipo. Marcelo Almeida, gerente do Departamento de Corte da CRV Lagoa, acompanhado pelos técnicos da Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol (ABCB Senepol) Rafael Cotta Pacheco, Emerson Guimarães e Luiz Augusto Jacinto foram os re-sponsáveis pelas aferições. Também estiveram presentes os criadores Antônio Sena (Sena Senepol), Gustavo Vieira (Tufubarina Senepol), Leonardo Pinheiro (Soledade Se-nepol), Vinicius Jacomini (Senepol da Mata), entre outros.

Marcelo Almeida destaca a importância de utilizar o CP como ferramenta para o trabalho de seleção e melhora-mento genético. “Mais que uma prova de ganho de peso, o CP tem a função de incorporar outras medidas à avaliação de crescimento. Através da avaliação de CPM, consegui-mos nortear o processo de seleção para carcaças mais

modernas e funcionais, trazendo um conjunto mais equilib-rado para o resultado final do processo seletivo”, pondera. A próxima etapa do CP será de classificação dos ani-mais, realizada a partir do Índice CP gerado através da combinação das DEPs do animal, ponderadas pelo fator de importância dado para cada característica.

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O objetivo do CP é identificar animais harmônicos e produtivos, indicados para a pecuária de ciclo curto, em que se almeja obter um produto ideal em menor tempo. Para isso, avalia-se o peso final do animal, o ganho mé-dio diário (como medida de eficiência), escores visuais de carcaça (conformação, precocidade, musculatura – me-didas que descrevem o biótipo animal), umbigo (carac-terística de adaptabilidade), escore temperamento (facili-

Mais carne em menos tempo

tadora de manejo e correlacionada com ganho de peso), perímetro escrotal (indicadora de precocidade sexual), área de olho de lombo (indicativa do rendimento de car-caça), espessura de gordura subcutânea (indicativa de qualidade, determinando a maciez da carne), marmoreio (determina também qualidade e suculência da carne) e tipo (combina racial, aprumo e morfologia do aparelho re-produtivo), alcançando assim o Senepol super-precoce.

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Criadores de Ms remetem sucesso da raça senepol às técnicas de seleção

SENEPOL

MAtéRIA E FOtOs: GUstAVO RIBEIROBERRANtE COMUNICAÇÃO

A importação de sêmen e embriões de diversas propriedades dos Estados Unidos deram início à produção da raça Senepol em Camapuã, Mato Grosso do Sul, há cerca de 10 anos. Desde o início da dedicação à raça reconhecida por sua docilidade, alta libido e adaptabilidade, os responsáveis pelo Criatório Senepol Luar remetem o sucesso da atividade às técnicas de seleção, baseadas na evolução científica, na tecnologia e outras ações de inovação agropecuária. Entre as ferramentas de seleção utilizadas no plantel, a ultrassonografia de carcaça é destaque no melhoramento genético do Criatório, identificando os indivíduos de maior potencial no rebanho. Uma parceria com a empresa Bon in Beef tornou possível essa identificação, realizando periodicamente a medição da qualidade de carcaça dos animais. Segundo a doutora e zootecnista, Marina de Nadai Bonin, responsável pela utilização dessa ferramenta, a avaliação de carcaça por ultrassom é uma maneira, in vivo, de estimar a composição corporal, de músculos, gordura e do potencial genético do animal para estas características. A fim de aprimorar ainda mais a seleção dos animais, o Senepol Luar formou uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), através da orientação e trabalho de pesquisa dos professores Deiler Sampaio Costa e Fabio Farias, do laboratório de reprodução assistida, dando início ao

projeto de acompanhamento reprodutivo dos animais. O projeto avalia a idade à puberdade e à maturidade sexual dos garrotes Senepol com o objetivo de identificar os animais mais precoces com o intuito de se fazer seleção com base nas linhagens que apresentarem os melhores resultados para tal característica. “Dentro deste plantel da Luar percebemos animais de excelente qualidade, animais muito precoces, superior há alguns rebanhos que temos visto, e o melhor, com possibilidade de melhorar cada vez mais”, afirma o pesquisador Deiler Sampaio Costa. Por meio do Programa de Melhoramento Genético da Raça Senepol – Embrapa/Geneplus que analisa a variabilidade genética dentro da raça, e pela técnica de genotipagem, em que são estudadas as características que compõem o DNA do animal, os criadores conseguem identificar os animais geneticamente superiores e capazes de contribuir para a constante melhoria da conformação frigorífica e de qualidade de carne. Atualmente mais de 98% do rebanho da Senepol Luar é genotipado e o GeneStar CLARIFIDE, programa de analise de DNA da Zoetis, avaliou e identificou a presença dos gens para pelagem vermelha homozigoto, um indicativo de alta padronização do rebanho.“Essa busca incessante por tecnologia de ponta na pecuária resulta em animais com alto potencial reprodutivo, refletindo diretamente tanto no volume quanto na qualidade do rebanho”, enfatiza o criador, Adilson Reich, que enxerga

na raça Senepol um investimento com retorno imediato. Entre as vantagens de se optar pela criação da raça Senepol, a família Reich cita a fácil adaptabilidade ao clima tropical brasileiro, além das características físicas que resultam em rápido ganho de peso e produção de carne de alta qualidade. “É a raça que mais cresce no Brasil, exatamente por sua rusticidade e resistência que contribuem para seu bem estar em altas temperaturas. A precocidade sexual e sua alta libido também devem ser consideradas como fatores que influenciam diretamente na rentabilidade do criatório. Outra característica importante é a boca larga que permite melhor ingestão de alimentos do animal, que consequentemente vai gerar cortes nobres com uma carne suculenta, macia e de alta taxa nutricional”, pontua o filho de Adilson, Guilherme Reich, representando a terceira geração da família que se dedica ao avanço genético do Senepol.“Há dez anos investimos em tecnologia de ponta, pesquisas e técnicas de manejo avançadas em um estilo de produção completamente sustentável. Desde quando iniciamos a criação do Senepol prezamos pelo melhoramento genético da raça, sempre nos preocupando em preservar e aprimorar suas características originais”, enfatiza Adilson. Segundo as informações do criatório Senepol Luar, os machos têm capacidade de cobrir a campo a partir dos 14 meses, e as fêmeas, que ciclam a partir dos 12 meses, podem oferecer na vida reprodutiva pelo menos uma cria a mais. É comum ver vacas Senepol parindo ainda entre os 13 e 15 anos de vida, mesmo tendo doado inúmeros ovócitos e

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formado tantos rebanhos, como as estatísticas mostram. A família Reich se preocupa em buscar tecnologia na origem da raça Senepol e recentemente adquiriu doadoras, que estão alojadas em uma central no Estado da Louisiana que servem como base genética e contribuíram para a origem do plantel de Mato Grosso do Sul.Senepol é conhecida como a raça que mais cresce no Brasil, com aumento do rebanho equivalente a 30% ao ano no país e está presente atualmente em 17 estados. “As vantagens dessa raça começam dentro da porteira e chegam até o consumidor final, uma vez que por ser um taurino totalmente adaptável as condições climáticas do país, consegue em um curto espaço de tempo produzir carne de excelência, com suculência, maciez e alta taxa nutricional”, avalia Adilson Reich. Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol (ABCB Senepol) o rebanho nacional desta raça soma-se 30 mil cabeças e é indicada para regiões tropicais, como o Centro-Oeste. De acordo com os criadores, com as altas temperaturas que atingem Mato Grosso do Sul e estados vizinhos, é preciso estar atento à genética animal e sua adaptabilidade ao clima. Neste sentido, o senepol tem ganhado espaço devido sua resistência e rusticidade, sem prejuízo algum para o ganho de peso do animal.

POR: RICA COMUNICAÇÃOFOtOs: DIVULGAÇÃO

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