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Distribuição Gratuita ROBERTO MAGALHÃES Ano 5 / Edição nº 31 / 2012 CONSTRUÇÕES ALTERNATIVAS I TEXTURAS I NOVIDADESI I PROJETOS I DÚVIDAS ARQUITETURA E TECNOLOGIA

Revista Obras & Dicas - Edição 31

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ROBERTO MAGALHÃES

Ano 5 / Edição nº 31 / 2012

CONSTRUÇÕES ALTERNATIVAS I TEXTURAS I NOVIDADESI I PROJETOS I DÚVIDAS

ARQUITETURA E TECNOLOGIA

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Sempre que setembro chega, a música de Beto Guedes me vem à cabeça. Talvez seja setembro, e não o início do ano, que me traga reflexões... tempo de renovar-se, arejar-se, mais uma vez!

Nesse espírito e nessa inquietude constante, esta edição traz mais novidades: inauguramos a coluna VITRINE, que mostra produtos que escolhemos com cuidado; novidades tanto para quem está construindo, como para quem está decorando.

E, para quem vai reformar, dicas preciosas para evitar estresse e contratatempos, transformando a vida da família num verdadeiro inferno, até chegar ao tão sonhado resultado final.

O arquiteto Roberto Magalhães fala um pouco da sua querida relação com os clientes, fonte de inspiração para seus trabalhos, e Carolina Brandi e Emerson Santos nos presenteiam com o PROJETO de uma bela casa. Contrariando o comum, publico um projeto. Fui reticente todo esse tempo em publicá-lo, mas afinal, sou arquiteta também, e fui vencida pela vontade... Espero que vocês gostem!

Por fim, uma REFORMA incrível de Cláudia Togni traz novos ares à velha edícula, deixando-a leve e fresca, pronta para o lazer. Em DICAS ESPECIAIS, um jeito alternativo de construir e gastar pouco, passando pela Casa Orgânica, que ajuda a economizar até 60% de água e luz, medidas que, além de não mexer no bolso, contribuem para ajudar o planeta... Afinal, “a lição sabemos de cor, só nos resta aprender...”

Boa leitura.

Denise FarinaDiretora Editorial

[email protected]

Agosto - Setembro / 2012Nº 31 - Ano 5

Foto: Arquivo pessoal

Diretor-Geral: Donizeti BatistaDiretora Editorial: Arquiteta Denise Farina

Executiva de Vendas: Mariana GuarezimiJornalista responsável: Cris Oliveira - Mtb 35.158

Editor de Arte/Diagramação: Marcelo AredeSugestões: [email protected]

Had Captações e Propaganda Ltda-MEVendas: 17 3033-3030

[email protected]

Distribuição Gratuita. Dirigida a profissionais da área e obras de S. J. do Rio Preto e região.

“Sol de primavera, abre as janelas do meu peito ...”

revistaobras&dicas

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DÚVIDAS

Qual a razão de cheiro ruim de esgoto vindo de um dos ralos de um imóvel usado ?

Como deve ter ficado fechado por algum tempo, o problema deve ser de secura na caixa sifonada, um sistema com entrada e saída de água.Quando abrimos a grade do ralo e vemos a água parada, isso quer dizer que ela está impedindo que os gases do esgoto voltem para o ambiente. Abra as torneiras por um tempo , pois o uso constante deverá resolver o problema; caso contrário, pode haver alguma falha construtiva, que deverá ser examinada por profissional qualificado.

Limpeza após a obraApós o término da construção, apareceram muitas

manchas de ferrugem nas cerâmicas e restos de rejunte nos pisos; como fazer para tirá-los?

Se o contato da ferrugem com a cerâmica foi muito prolongado, provavelmente as manchas não sairão mais. Em todo caso, use água sanitária e saponáceo. Já para o excesso de rejunte, utilize o mesmo saponáceo mais esponja dura.Agora atenção: apenas em último caso aplique ácido e ainda assim, ácido muriático em solução uma parte para dez de água; deixe agir por alguns minutos, esfregue e depois de lavar com água e sabão,enxague muito bem.

Atenção redobrada à equipe que se contrata para fazer a limpeza das obras; como sempre, preço baixo é proporcional à qualidade dos serviços e pode causar danos irreparáveis!

O mofo nas paredes pode ser retirado limpando com cloro e pintando ou há outra soluçao?

Cloro ou pintura serão soluções paliativas se o problema for causado por algum vazamento na hidráulica, erro na impermeabilização da fundação do imóvel ou problema de vedação em alguma janela. Corrigir qualquer que seja a falha é que resolverá; caso contrário, e mesmo com uma nova pintura, o problema voltará.

Cheiro ruim no ralo

Mofo na parede

“PARA TODAS AS COISAS: DICIONÁRIOPARA QUE FIQUEM PRONTAS: PACIÊNCIA...”

Diariamente - Marisa Monte

Para as dúvidas de sua obra: nossas soluções!

Envie suas dúvidas para: [email protected]

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DICAS ESPECIAIS

É comum relacionar obra com altos investimentos financeiros. Basta conversar com quem está construindo ou reformando e ouviremos diversas reclamações sobre o preço dos materiais e mão de obra.

Aqui cabe aquela máxima bastante batida, mas que faz toda diferença: pesquise preços, analise orçamentos, peça descontos e negocie sem abrir mão da qualidade.

Conte sempre com um bom profissional, ele será fundamental na orientação sobre como ter a casa sonhada dentro de um orçamento que caiba no seu bolso.

BONITO, CONFORTÁVEL E BARATO

Projeto desenvolvido pelos brasileiros Vera e Yuri Sanada, ensina como ter uma casa mais inteligente, onde é possível economizar até 60% de água e de luz. A casa recicla a água quatro vezes, tem filtros biológicos e tratamento de esgoto, e é toda feita com material reciclado, obtidos de graça ou a preços acessíveis.

No site www.casaorganica.org.br é possível ver o diário da construção do primeiro modelo. Para os curiosos, vale a pena conferir essa sugestão instigante e diferenciada.

Telhas onduladas são mais econômicas, pois usam estruturas simples, menos materiais e pouca mão de obra;

Forro de gesso tem ótimo custo-benefício; Pisos cerâmicos e vinílicos são opções mais em conta;

Concentre banheiros e cozinha na mesma área, isso permite otimizar o uso da tubulação hidráulica necessária;

Nos banheiros use azulejos na área onde fica o chuveiro. As outras paredes podem receber acabamento com tinta do tipo acrílica;

Para quem deseja diminuir o consumo de energia elétrica, a dica é a instalação de vidros fixos com aberturas, em paredes opostas, para a obtenção de correntes de ar;

Além disso, você pode usar as dicas abaixo, dadas por profissionais da área para quem não tem muito dinheiro para investir:

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2Evite recortes no telhado, pois isso elava custo de material e mão de obra;

Conte sempre com um bom profissional, ele será fundamental na orientação sobre como ter a casa sonhada dentro de um orçamento que caiba no seu bolso.

Casa Orgânica

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PAPO DE OBRA

Nunca quebre tudo de uma vez, deixe cômodos disponíveis. Um exemplo são casas com mais de um banheiro, reforme um de cada vez.

Se possível, desocupe um cômodo de cada vez, levando as coisas para outro (pode ser um quarto ou escritório), isso irá facilitar a execução dos serviços.

Use uma lona para isolar móveis e eletrônicos, é um gesto simples que será

muito útil para não danificá-los.

Para tentar acelerar o processo, opte por materiais mais ágeis. No mercado é possível encontrar tintas sem cheiro e de secagem rápida. Se for mexer no revestimento, opte por

piso vinílico, que é instalado mais facilmente que cerâmica.

Caso a troca de piso não esteja

entre os itens da reforma, proteja-o, especialmente se ele for de madeira. Usar plástico preto fixado com grampos, recobertos de papelão e um segundo plástico, é a dica para quem quer evitar aborrecimentos e danos.

Muitas vezes, por estarem tão perto da obra, os moradores acabam “inventando” outras necessidades que não haviam sido determinadas. Porém, isso pode causar atrasos além de ultrapassar o orçamento inicial. Esteja atento para definir tudo que será feito, antes do início da mesma.

é hora de reformar a casa!

Sujeira, barulho, coisas sendo quebradas e a movimentação de pessoas entrando e saindo da sua casa... isso lhe assusta?

Talvez as coisas possam não ser tão ruins quanto parecem. Diz um filósofo que a reforma de uma casa é um momento para ser vivido de perto, pois as mudanças no ambiente podem

servir de ensinamentos. Mais do que isso, muitas pessoas não tem a oportunidade de sair

de casa na hora de reformar, mas com um pouco de planejamento e paciência, é possível conviver com a reforma. Uma boa equipe, formada por arquiteto e construtores capacitados, irão ajudar no planejamento das etapas, e isso fará toda a diferença para que o

resultado final seja como sonham os moradores.

Programe-se

Conviva e sobreviva

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Guarde Se a obra for demorar e o espaço físico for muito

restrito para ficar mudando móveis e utensílios de lugar, uma solução é tirá-los de casa por alguns dias.

Em Rio Preto já é possível contar com esse serviço, que se tornou comum nos grandes centros. Trata-se das empresas de self-storage, ou o popular guarda tudo.

O sistema de autoarmazenagem oferece espaços de vários tamanhos para diversas finalidades. Os espaços individuais são organizados pelos próprios locatários, da forma e com o cuidado que forem necessários. Após este processo, ele pode trancar e levar a chave. “Este espaço serve como um complemento da casa ou da empresa, com total segurança”, diz Anísio Haddad, da Box Brasil.

Uma das principais vantagens é que esta é uma solução prática e sem burocracia. Os contratos são feitos com período mínimo de 30 dias e renovados automaticamente, podendo ser cancelados a qualquer momento e não é necessário inclusão de fiador no contrato.

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ANJOS DAS OBRAS

A história profissional do engenheiro civil Dilson de Paula e do construtor civil Gilberto Antonio do Nascimento, começou há 10 anos.

A parceria resulta em 12 obras, e as principais qualidades de Gilberto, segundo o engenheiro, são comprometimento e experiência.

“Ele se diferencia de outros que estão na área porque possui uma estrutura diferenciada, assumindo todos os riscos que o setor oferece. Cada obra tem seu mestre de obra e encarregado para cada setor”, destaca Dilson.

E nessa jornada, teve uma obra que se diferenciou das demais, devido ao seu alto grau de complexidade, trata-se da Abzil 3M.

O engenheiro acredita que, ter um construtor na obra é algo de total importância para o resultado final do seu trabalho, por isso mantêm a parceria com Gilberto. “O resultado e a qualidade depende do empenho dele, além da dedicação e experiências anteriores”, finaliza.

Dilson de Paula,Engenheiro Civil

Gilberto Antonio do NascimentoConstrutor Civil

Valdir Custodio Leite Junior,Engenheiro Civil

Valdecy José dos SantosConstrutor Civil

O engenheiro civil estrutural Valdir Custodio Leite Junior, e o construtor civil Valdecy José dos Santos trabalham em parceria há aproximadamente 05 anos. O resultado são cinco prédios construídos, e para Júnior a principal qualidade de Valdecy é a seriedade.

“O trabalho dele é diferente em relação a outros que desenvolvem a mesma função, porque ele sabe distinguir situações que possam causar danos. Então sei que posso confiar no trabalho dele”, pontua o engenheiro.

Uma experiência que passaram juntos, foi quando na abertura de tubulações em certa obra, o engenheiro conseguiu fazer uso de sua formação para optar pela fundação mais apropriada.

E se uma parceria para ter sucesso precisa ter a soma de conhecimentos e aprendizado conjunto, Junior é categórico ao dizer sobre sua relação com o construtor. “Ainda consigo aprender algo relacionado à construção, com ele. Apesar do Valdecy ainda ser jovem, é um profissional com experiência em obras de grande porte.”

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Fotos: Arquivo pessoal

Há 03 anos o arquiteto Ricardo Zammarian e o construtor civil Marcos Antonio Barbosa trabalham em parceria, o que já resultou em cinco obras.

“O Marcos, além de uma vivência diferenciada por já ter morado no exterior, me ajuda a ganhar tempo resolvendo questões de obra, oferecendo alternativas, e contatando outros profissionais que vão compor a equipe”, ressalta o arquiteto.

Entre os trabalhos que desenvolveram juntos, um foi diferenciado. Trata-se da reforma de uma farmácia, que não fechou para que as obras fossem feitas. “A proprietária do estabelecimento é uma cliente querida, de muitos anos, exigente, e sua opinião e expressão de satisfação, ao final do trabalho, foi um excelente termômetro da qualidade dos serviços prestados”, conta Ricardo.

O fato do construtor ter talento para várias funções também faz a diferença nessa parceria. “Ele desenvolve desde trabalhos iniciais até a pintura final. Além disso, consegue nos dar um ótimo suporte no gerenciamento da obra, realizando compras e cotações”, conclui o arquiteto.

Ricardo Zammarian, Arquiteto

Marcos Antonio BarbosaConstrutor Civil

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ESTRUTURA

Fotos divulgação - Global housing international

Construções alternativasA preocupação com o desperdício é uma das tendências da construção civil, por isso têm-se investido em

técnicas construtivas onde se eliminam os elementos tradicionais, responsáveis por desperdício, como tijolo e argamassa. Menos sujeira e mais agilidade na execução também estão entre as vantagens da chamada

construção a seco. Destacamos na sequência os três sistemas mais empregados atualmente.

PVC O sistema construtivo por perfis de PVC é rígido e de alta performance,

com diversas espessuras, que podem ser utilizados ocos, ou preenchidos com concreto, areia, solo cimento ou mantas. Pode ser usado em casas e prédio populares (em até cinco pavimentos), casas de médio e alto padrão, postos de combustível, hospitais, escolas, prédios comerciais e projetos de arquitetura desmontável e efêmera.

“Uma construção com a tecnologia Royal tem custo compatível com a de uma construção convencional. Em alguns casos os custos de material podem ser um pouco superior, em compensação a redução de mão de obra torna os custos indiretos de uma obra muito menores, além de diminuir o desperdício de materiais.

Com o ciclo de vida, estimado em mais de 100 anos, se o sistema for utilizado com preenchimento em concreto, a durabilidade é ainda superior. A performance do sistema construtivo é superior aos sistemas de alvenarias convencionais”, explica Kiyoshi Ohno, da Royal do Brasil Technologies.

Entre suas vantagens estão a alta produtividade, redução de entulho, a não necessidade de equipamentos adicionais para construção, e dispensar revestimentos adicionais (ainda que aceite qualquer tipo de revestimento).

Alguns construtores consideram desvantagem que o material tenha que ser fabricado sob medida para o projeto, o que limita alterações durante a obra.

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Construção MonolíticaA construção monolítica é chamada por muitos como isopor, mas na verdade

ele é apenas o “recheio”, funciona como o tijolo na alvenaria da construção comum. O isopor fica revestido entre os painéis/malhas de aço galvanizado e um reboco bastante resistente. O sistema é mais leve, ecologicamente correto, dá mais flexibilidade para arquitetos e engenheiros trabalharem junto com o cliente, e nem por isso custa mais caro. Pode ser usada em qualquer tipo de obra.

“Quando começamos a construir nesse sistema, a primeira coisa que nos chamou a atenção é que quase não gera resíduo na construção, onde há planejamento e aproveitamento, e tudo é reciclado. Uma casa nesse sistema gera no mínimo 20 vezes menos resíduo que a tradicional, e isso é muito importante para o planeta e o cliente. E para garantir a qualidade, treinamos uma equipe especializada em construção monolítica, pois sem treinamento adequado não conseguirá dar o resultado esperado em qualidade”, pontua Nilton Isaias Constantino, da JBN Construções.

Também em benefício do meio ambiente, uma das vantagens é o uso quase zero de madeira e não gerar resíduo. E pelo fato das paredes serem estruturais, sem a necessidade de colunas, a construção se torna mais durável e segura. Além disso, leva menos tempo para ficar pronta do que quando se usa um sistema tradicional.

DrywallSistema de construção de paredes e forros que utiliza estrutura metálica e

placas de gesso acartonado, porém sem função estrutural (apoio para lajes) e sua utilização se limita a função de vedação ou compartimentação.

Pode ser utilizado em clínicas, lojas, universidades, residências, e em uma grande variedade de ambientes internos que não tenham umidade contínua elevada. “Sua durabilidade e segurança são as mesmas que as de um sistema em alvenaria convencional e há uma considerável redução no custo, gerando um excelente investimento”, ressalta Carlos Marconi, gerente geral da Engesso.

A principal diferença entre uma construção comum é uma drywall, segundo o especialista, é a rapidez, além de redução no volume de material transportado, mínimo de desperdício no trabalho, economia da mão de obra, menor espessura com ganho de área útil, e redução de peso tornando a construção mais leve.

“Mesmo com soluções padrão em paredes, forros e revestimentos, há a possibilidade de se ter variados tipos de soluções arquitetônicas e decorativas obtendo elementos retos, curvos, horizontais, inclinados e removíveis. Facilidade de modificação e instalação elétrica e hidráulica, e reparos rápidos e sem gerar muito resíduo, também estão entre suas vantagens. A desvantagem é não poder ser usado como estrutura e em ambientes externos, com umidade elevada.

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2020

O proprietário, solteiro, queria modernizar a pequena residência, enfatizando equipamentos de lazer e paisagismo

no grande terreno frontal, para receber família e amigos. A arquiteta Cláudia Togni acertou ao unificar os ambientes internos e externos, dotando-os modernidade e conforto e direcionou-os à contemplação do bonito e suave paisagismo, proposto pela arquiteta Sarita Feltrini. Acompanhe as fotos do antes e depois.

Lazeracima de tudo

REFORMAFotos: Denise Farina

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MERCADO IMOBILIÁRIO

IMÓVEIS E SEUS

Hamilton pontua que, tem algumas situações especiais que envolvem inquilino e proprietário, como o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) sobre locação. “Um exemplo é: uma pessoa jurídica que alugar um barracão por R$ 5 mil, que pertence a uma pessoa física, haverá neste caso a incidência de IRRF a ser recolhida, que é calculado da seguinte forma: R$ 5 mil x 27,5% = 1.375,00 – 756,53 = R$ 618,47 a recolher.”

Esta é a tabela do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) que foi aplicada no calculo acima. Consequentemente, o valor a receber pelo proprietário será menor, pois a pessoa jurídica (inquilino) terá que recolher este tributo.

Até o dia 28 de fevereiro de cada ano, após o ano calendário que foi retido o imposto, a empresa terá que mandar um informe de rendimento para o proprietário do imóvel para que ele coloque no seu IRPF o valor que foi retido.

Todos precisamos de moradias, sejam elas próprias ou alugadas. E assim como tudo que consumimos, morar significa, também, pagar impostos.

Os impostos imobiliários mais comuns são: IPTU (recolhido pelo município) e ITR (recolhido pela União) – são impostos obrigatórios que tem como base o valor venal da propriedade; ITBI – pago pela transmissão onerosa do bem ou dos direitos reais relativos ao imóvel com base no valor da venda ou venal; ITCMD – pago pela transmissão do imóvel em casos de morte ou doação, a declaração deve ser efetivada até 30 dias após o óbito.

Quando os impostos não são devidamente recolhidos, o próprio imóvel responde pela dívida. Se ela não for negociada, o imóvel pode chegar a ser leiloado.

Imobiliárias

E se quem tem imóvel precisa pagar impostos, o mesmo ocorre com quem administra imóveis, como as imobiliárias.

Essas empresas recolhem PIS, Cofins, IRPJ, e CSLL que são federais; e o ISS – municipal. Estes são pagos pela imobiliária, pois incidem do faturamento da empresa. “PIS, Cofins e ISS são cobrados mensalmente e o IRPJ E CSLL são trimestrais. As porcentagens são: PIS - 0,65%; Cofins - 3%; ISS - 2,01% ; IRPJ - 4,8%; e CSLL 2,88%. Sobre o faturamento mensal e mais 10% a título de adicional de IRPJ para base acima de R$ 20 mil/mês”, explica Hamilton Ferreira, representante da Condominium Imóveis.

A princípio, se os impostos não forem pagos, a dívida ficará no banco de dados em aberto, nos órgãos federal e municipal, depois a pessoa jurídica irá receber uma notificação/intimação para recolhimento dos tributos. Não pagando, a dívida ativa vai para a execução.

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Por CRIS OLIVEIRA

O arquiteto Roberto Magalhães formou-se em 1995, em arquitetura e urbanismo

na Universidade Estadual de Londrina em 1995. Mas a

paixão dele pela arquitetura veio logo cedo, quando ele e sua mãe ficavam analisando as plantas de apartamentos nos jornais. “Por esta paixão meus pais conseguiram um estágio em um escritório

de engenharia de um amigo deles, desta forma

passei minha adolescência inteira trabalhando em um

escritório de engenharia, que desenvolvia muitos projetos

residenciais e a paixão só foi aumentando.

O curso de arquitetura veio naturalmente, nunca tive duvida

para o que iria prestar vestibular”, conta. Roberto acredita que a arquitetura

deve fomentar as relações humanas, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Sobre isso e outros temas ele falou com a Obras&Dicas.

Acompanhe os principais tópicos.

Foto: DivulgaçãoCAPA

Paixão pela arquitetura

Roberto Magalhães

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IntensaA influência da arquitetura em nossas vidas

é tão intensa que nem percebemos. É como a luz do sol, tão fundamental que às vezes nem notamos sua presença. Desta forma quando projetamos, por exemplo, um banco contemplando um bela paisagem, estamos criando uma oportunidade de encontro, conversa e contemplação. Estas relações criadas pela arquitetura seguem em todos os aspectos, desde os espaços urbanos aos nossos lares. Um exercício muito gratificante na minha carreira foi projetar espaços coletivos. Ao projetar bares ou um espaço para festa como o Villa Conte você cria todo um contexto para a interação das pessoas.

Experiência O que não se aprende na universidade é,

principalmente, a relação com o cliente. Ela é fundamental para a concepção do projeto, muito se fala em relação ao cliente como um fator complicador do projeto, eu não concordo com isto. Sendo a arquitetura um produto cultural, é através do cliente que esta cultura é materializada. Eu adoro os meus clientes, meu projeto fica muito melhor quando o cliente participa ativamente do processo de criação, minha natureza conciliadora torna todo o processo mais dinâmico.

Tecnologia Se entendermos tecnologia como o domínio

de uma técnica, ferramentas e materiais para melhoria do nosso modo de vida, ela ajudou e sempre vai ajudar a arquitetura. Hoje temos o grande desafio de nos utilizarmos de uma determinada tecnologia que não agrida o meio ambiente e isto se torna muito complexo em sistema construtivo como o utilizado na construção civil tradicional. Em termos mais práticos, temos hoje a disposição no mercado soluções tecnológicas que ajudam muito, como os vidros de alto desempenho, que são especiais, e onde o calor é barrado sem perder a luminosidade, isto aliado a um sistema chamado Curtain Glass nos permite fechar as varandas de um prédio de apartamentos mantendo o conforto térmico interno.

Residência Damha I

Cobertura edifício Orion

Bar Dom Pedro - Ribeirão Preto

Paixão pela arquitetura

Roberto Magalhães

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ValorizaçãoSempre na historia houve a busca pelo

belo e pelo conforto e, devido ao momento econômico que estamos vivendo, as pessoas estão investindo mais no espaço das suas casas e empresas. Neste cenário a figura do arquiteto surge mais presente e ativa. As opções de acabamentos são quase infinitas. Há 15 anos tínhamos duas ou três opções de cubas para o lavatório de banheiro, hoje há mais de uma centena. As orientações do arquiteto para que tudo tenha uma harmonia estética esta cada vez mais valorizada pelos clientes.

MercadoHá alguns anos estou atuando em projetos

de edifícios residenciais verticais e as nuances do mercado são várias. A busca é por uma determinada faixa de preço do imóvel onde o financiamento possa ser aplicado e as parcelas fiquem próximas ao valor de um aluguel. Com isso, o proprietário vai adquirindo o imóvel sem “desperdiçar” o dinheiro com aluguel, e atualmente o apartamento de dois quartos é o que mais se enquadra. Já o projeto arquitetônico tem muitos recursos para aumentar a sensação de amplitude do espaço e o uso múltiplo dos espaços, mas isto varia muito de quantas pessoas vão habitar o local, e do gosto estético do cliente.

Villa Conte

Bar Dom Pedro - Ribeirão Preto

Edifício Adhara - Interior

Edifício Orion

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Vila Dionísio Ribeirão Preto

Foto Herick Mem

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Selecionamos alguns ítens que o mercado oferece e que em comum, têm a vantagem de

serem bonitos, novos e diferentes!

Novidades no ar

VITRINE

Parece, mas não éO porcelanato 60x60, da Rocca, lembra

ladrilho hidráulico, com as vantagens de ser impermeável. Casa dos Construtores

Glub GlubSem o tamanho dos galões ,os purificadores

Bliss em várias cores, são uma opção charmosa e de qualidade da água incomparável para a cozinha. Da Filtros Europa

Fora do lugar-comumEsmaltados ou queimados, os belos vasos da

Indonésia são uma nova alternativa aos vasos comuns de cimento ou cerâmica. Na Verdeplan Paisagismo

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ElegânciaA torneira C-62, da linha Clinic ,foi projetada

especialmente para uso em clínicas, mas torna-se uma boa e bonita opção para projetos que facilitam a acessibilidade. Kelly Metais

Sempre quenteA banheira Toulouse, da Doka, além de linda

e moderna, mantém a água aquecida por muito tempo, por ser feita de rocha vulcânica. Na Artecon

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Vista privilegiada

Denise Farina

Residência em São José do Rio Preto

PROJETO

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Projetada para um casal e um filho único, esta casa fica na parte mais alta de um condomínio em São José do Rio Preto. No

térreo, dois quartos abrigam os avós idosos e o setor de lazer e serviços e na parte mais baixa do terreno, a garagem alternativa para o barco do proprietário.

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1 - Fachada frontal2 - Fachada lateral3 - Fachada frontal

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Corte longitudinal

DADOS DA OBRAÁREA DO TERRENO 432 m²ÁREA DE CONSTRUÇÃO 309 m²ARQUITETURA Denise Farina

1 - GARAGEM2 - LIVING3 - SALA DE TV4 - DECK5 - SALA DE JANTAR6 - COZINHA7 - ÁREA DE SERVIÇO8 - LAVABO9 - QUARTO 0110 - QUARTO 0211 - BANHEIRO12 - VARANDA PISCINA13 - CHURRASQUEIRA14 - PISCINA15 - ESCRITÓRIO16 - CIRCULAÇÃO17 - BANHEIRO SUÍTE 0118 - CLOSET SUÍTE 0119 - SUÍTE 0120 - SUÍTE 0221 - CLOSET SUÍTE 0222 - BANHEIRO SUÍTE 0223 - VARANDA SUÍTES 01/0224 - SACADA

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Pavimento Superior

Pavimento Térreo

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Leve e moderna

Emerson Santos e Carolina Brandi

Residência em Buritama - SP

PROJETO

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Espaços amplos, as vezes integrados, outras bem divididos, foram as exigências do casal de médicos com dois filhos, regidos

por um estilo contemporâneo, misturando materiais rústicos aos acabamentos sofisticados para dar um ar de aconchego as áreas sociais e estar. Esses foram os pontos determinantes para criação deste projeto, situado na cidade de Buritama, região de grandes e belos lagos no interior de São Paulo.

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1 - Fachada frontal2 - Fachada posterior3 - Fachada posterior

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1 - Fachada posterior 2 - Fachada leste3 - Fachada oeste

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Corte longetudinal

Pavimento Térreo

DADOS DA OBRAÁREA DO TERRENO 3.480 m²ÁREA DE CONSTRUÇÃO 1.478 m²ARQUITETURA Carolina Brandi e Emerson Santos

01-Garagem Náutica02-Despejo Náutico03-Garagem04-Jardim05-Hall06-Hall de Serviço07-Living08-Escritório09-Lavabo10-Dormitório Hóspede11-Banho12-Home Theater13-Sala de Jogos14-Sala de Jantar15-Almoço16-Despensa17-Louceiro18-Cozinha19-Dormitório Func.20-Despejo21-Lavanderia22-Espelho D’água23-Brinquedoteca24-Varanda25-Solário Deck26-Piscina27-Solário Pedra28-Vestiário29-Quadra de Squash30-Gazebo31-Sacada32-Suíte Casal33-Closet Casal34-Banho Casal35-Sala Íntima36-Closet37-Dormitório38-Quaradouro39-Aquário

Pavimento Superior

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REVESTIMENTOS

Massa acrílica usada para revestir paredes, sejam elas internas ou externas, as texturas (revestimentos de ligantes sintéticos, de quartzo, poliméricos ou acrílicos) podem ser lisas, grossas e de médio relevo. Com base em tecnologia européia, começaram a ser

fabricadas no Brasil nos anos 60 e conquistaram parcela significativa no mercado como acabamento de fachadas. Em geral são quatro vezes mais espessas que as tintas, sendo capazes de esconder pequenas ondulações na parede.

Sua perspectiva de uso no Brasil é crescente e promissora, tendo em vista o aumento de novas edificações e a manutenção e recuperação de fachadas; nestas, as texturas acrílicas têm dado contribuição importante ao sistema de revestimento, por apresentarem boa elasticidade e resistência à penetração de água

Com grande quantidade de produtos atualmente no mercado, cabe ao consumidor avaliar seu desempenho ou exigir certificados dos fabricantes e não condicionar a seleção com base no preço para não ter surpresas desagradáveis .

- Conferem às fachadas efeitos estéticos impossíveis de serem obtidos com as pinturas tradicionais de acabamento liso, como inúmeras opções de relevo e nuances.- Aumentam a capacidade de correção de irregularidades e fissuras , dispensando o uso de massa niveladoras (sua camada de espessura é de 0.5 a 2.5 mm)- Dão maior resistência à penetração de chuvas ou intempéries- Promovem economia nos custos de mão de obra por requererem apenas uma demão, além do selador- Têm vida útil de aproximadamente 15 anos sem qualquer intervenção além da limpeza para a remoção de sujeiras na superfície, com água e sabão.

Vantagens de utilização

Texturas em alta

Marco Antonio Vernucci, da Usina da Cor, representante da marca Terracor em São José do Rio Preto, comercializa produtos a partir de R$15,00 o m² e Valcir Naves, da Atual Tintas a partir de R$ R$ 6,00 m². Porém, a comercialização é feita através de levantamento da área e averiguação das bases (superfícies) para possibilitar a estimativa das quantidades necessárias para a execução. Eles ressaltam que existem texturas de vários tipos:

- para recriar a estética de casas rústicas, como pintura desgastadas pelo tempo. - com aspectos granulados, criados para imitar o efeito da massa raspada de antigamente - acabamentos lisos e personalizados.- granuladas com nuances translúcidas, reproduzindo o efeito de blocos de pedras nobres. - aveludadas, com profundidade e nuances.- efeitos de pedras (como limestone), cimento queimado, caiação, couro, entre outros.

O rendimento dos produtos varia de acordo com as condições e preparação das bases. Os preços mudam de acordo com o tipo de texturas e fornecedores da obra e elaboração de respectivo orçamento, informando quantidades necessárias.

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Texturas em alta

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CRÔNICA

Nas últimas semanas, uma imagem correu solta pela mídia, o suposto “restauro” de uma pintura do século XIX,

completamente desfigurada pelas mãos inábeis de uma senhora espanhola que, defendendo-se, disse que o pároco sabia que ela fazia intervenções próprias em seus restauros...

Variações sobre o mesmo tema são recorrentes na arte moderna, desde antes dos cubistas desconstruírem imagens famosas, convertendo-as em precursores dos atuais “pixels”. A própria Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, já foi tema de grandes e divertidas releituras: às vezes loira, às vezes provida de bigodes e por aí vai. Pastiche ou fac-símile, não importa; a liberdade de expressão declarada e a arte sempre foram gêmeas siamesas!

Enfim, só fiquei imaginando como se sentiria o artista da tela, ao ver seu Cristo, concebido com tanta delicadeza e rigor estético, transformado num borrão disforme, de nariz caindo para um lado e os olhos para o outro, retocados pelas mãos desastradas da velhinha de Borja! Indignados nos sentimos nós; o artista deve ter se debatido no túmulo, onde quer que esteja!

Pois é assim que nós, arquitetos, nos sentimos quando concebemos um projeto e o modificam. Viramos, por vezes, noites na

Por Denise FarinaArquiteta e urbanista

Sapo de fora na minha lagoa

velha prancheta ou no computador, estudando cada detalhe construtivo, sonhando com as cores certas, tentando fazer “cantar o ponto de apoio”, como dizia o mestre Artigas, dando vida ao sonho do cliente, imaginando a circulação, os espaços verdes, a luz entrando pelas aberturas corajosas... E aí, bem, aí chega a restauradora espanhola, a senhora em forma de cunhada, de pedreiro entendido, de sogras zelosas, de palpiteiros de plantão... Pronto! Fecham-se aberturas, modificam-se revestimentos e os buxinhos e minixórias fazem as vezes de nosso tão sonhado jardim tropical, que, nas nossas cabeças, encheriam Burle Marx de orgulho!

A vontade é de dizer: ao ser operado, confie só nas enfermeiras! Ao extrair um dente, confie só nas auxiliares do dentista! Ou então, melhor: ao comprar um carro usado, não consulte seu mecânico de confiança, consulte, antes, seu vizinho técnico em informática, que entende tanto de carros, quanto de culinária... Ué! Não é pra dar palpite? Então!

Sapo de fora não vem coachar na minha lagoa, já dizia minha sábia tia... Na minha cabeça, a palavra é desrespeito. Ao profissional arquiteto, à pessoa a quem se confiou o projeto da sua vida, a sua casa, o seu sonho. Isso não é engraçado. É triste.

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