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1 Distribuição Gratuita Ano 6 / Edição nº 36 / 2013 SUSTENTABILIDADE ESPECIAL

Revista Obras e Dicas 36 - Especial Sustentabilidade

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Revista Obras e Dicas - Especial Sustentabilidade

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Ano 6 / Edição nº 36 / 2013

SUSTENTABILIDADEESPECIAL

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Esta edição especial de Obras & Dicas surpreendeu a todos da reda-ção pela qualidade de material recebido e pelo empenho de tantos em tornar nosso mundo, tão castigado, em um lugar melhor para

se viver.Desde energias alternativas a jardins verticais, é reconfortante saber

que há alternativas e pesquisas incessantes para minimizar os danos que causamos ao nosso planeta.

A casa do arquiteto Marcelo Pala é um exemplo disso. Simples e linda, ela mereceu um destaque especial nesta edição.

Embora ainda estejamos engatinhando no quesito sustentabilidade, Rio Preto não fica de fora. Nossa cidade aprende aos poucos a cuidar de si própria.

Locais para descartar materiais recicláveis, produtos ecologicamente corretos, obra limpa, econômica e correta, nesta edição todas nossas colunas vão se alinhando para formar uma revista prazerosa de se ler, mas, sobretudo, informativa.

Esperamos que a leitura contribua, ao menos um pouco para forma-ção de uma cidade cada vez melhor.

Boa leitura

MUNDO MELHOR

Denise FarinaDiretora Editorial

[email protected]

Agosto - Setembro / 2013Nº 36 - Ano 6

Diretor-Geral: Donizeti BatistaDiretora Editorial: Arquiteta Denise Farina

Executivo de Vendas: Rodrigo RochaJornalista responsável: Cris Oliveira - Mtb 35.158

Projeto Gráfico/Editoração: Marcelo AredeEstágiaria: Bruna Lubre

Sugestões: [email protected] Captações e Propaganda Ltda-ME

17 3033-3030 - 3353-2556 [email protected]

[email protected]

Distribuição Gratuita. Dirigida a profissionais da área e obras de S. J. do Rio Preto e região.revistaobras&dicas

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DÚVIDAS

Tinta Ecológica

Envie suas dúvidas para: [email protected]

Uma tinta, para ser ecologicamente correta, precisa ser livre de compostos orgânicos voláteis (VOCs), ou seja, a base de água. Também não deve conter pigmentos à base de metais pesados e fungicidas sintéticos. Elas são indicadas para ambientes com pessoas alérgicas. Mesmo custando, em média, de 10% a 20% a mais que as tintas tradicionais, o investimento vale a pena. Veja o que o mercado oferece:- Suvinil - Esmalte Seca Rápido e Acrílico Premium; - Lukscolor – Luksclean e Lukspiso; - Tintas Renner - Tinta Acrílica Zero, Esmalte Base Água Ultra-Rápido, Extravinil Acrílico Sem Cheiro e Ecológica; - Coral - Esmalte Sintético Coralit que traz embalagens PET recicladas, em sua composição; - Universo Tintas - Esmalte Ecológico Polycril; - Eucatex - Esmalte Premium Base Água; e - Sherwin-Williams - Metalatex Bacterkill Banheiros & Cozinhas Sem Cheiro e Metalatex Eco Telha Térmica.

Caixa AcopladaOs vasos sanitários são grandes consumidores de água. Segundo especia-lista, os modelos com válvula afixada à parede consumem de 12 a 15 litros de água por descarga. Já o modelo com caixa acoplada possui um gasto de 6 litros por descarga, permitindo uma economia de até 60% de água. Existem modelos ainda mais econômicos em relação ao consumo de água, como os vasos sanitários com descarga dupla - 3 litros para dejetos líqui-dos e 6 litros para dejetos sólidos.Uma nova criação, que pode ganhar espaço no mercado, é um vaso que promete utilizar apenas dois litros de água por descarga, ou seja, 1/3 do que acontece no sistema de caixa acoplada. De acordo com o inventor, o sistema exige menos água porque é basculante, com tubulação reta. A caixa acoplada econômica é feita de plástico ABS reciclado, altamente re-sistente. Pesa menos de 7 quilos, 1/5 de um vaso de louça.Alguns profissionais alertam para um cuidado de se deve ter com a caixa acoplada. Diferente das válvulas, quando elas apresentam vazamento é di-fícil diagnosticar. Então esteja atento caso tenha um aumento inexplicado na conta de água.

Piso de Pneu A reciclagem de pneus está cada vez mais em alta, e hoje várias em-presas investem em pisos com a matéria-prima. Umas das opções disponíveis no mercado é o Pisoleve. Drenante, permite a passagem da água para o solo. Por ser antiderrapante é indicado para calçadas, pistas de corrida, beiras de piscinas e spas.Entre as linhas de produtos da Aubicon, o destaque é o piso ecoló-gico Impact Soft, feito com grânulos de borracha de pneu. São reti-rados 70 pneus do meio ambiente para a fabricação de cada 10 m² do piso. Indicado para locais que não tenham contrapiso e áreas externas que precisam de alto nível de amortecimento contra impactos. A Verdeal também oferece pisos, de pneus que podem ser encontrados em cores diferenciadas. De acordo com o fa-bricante, o material é atóxico e antialérgico. A empresa também dispõe de pedrisco de pneu, ideal para a forração de canteiros, vasos e caminhos. E ainda a casca de pneu, que possui aparência orgânica de cascas de árvores, e substitui a utilização das mesmas para a forração de canteiros.

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ESTRUTURA

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O tijolo ecológico foi criado visando reduzir o custo, o desperdício e o impacto ambiental da construção civil. Com seu uso, é possível reduzir em até 40% o custo da alvenaria e da estru-tura de sustentação das paredes.

Os ganhos propiciados pelo tijolo ecológico se devem a várias características. São elas:

Economia e ecologia na construção do século 21

Sistema Estrutural As paredes de tijolo ecológico usam um siste-

ma estrutural distribuído, no qual as colunas e vigas são espalhadas ao longo da parede (não ficam apenas nas extremidades, como na cons-trução tradicional).

Aproximadamente, a cada metro de parede temos uma coluna, e a cada metro na vertical, uma cinta de amarração. Pode-se dizer que cada metro quadrado de parede, está amar-rado pelos quatro lados. Forma-se uma malha estrutural por dentro da parede dando grande firmeza e segurança. A quantidade de ferro e concreto usados são menores que na obra con-vencional. As colunas são feitas usando como fôrma os furos verticais do tijolo ecológico, e as cintas usam como fôrma o tijolo modelo cana-leta.

ModulaçãoA planta baixa deve ser desenhada seguindo

uma modulação de 15 x 15 cm, ou seja, as me-didas dos cômodos devem ser múltiplos de 15 cm. Isso evita a necessidade do pedreiro que-brar tijolos na obra, e garante o encaixe perfei-to.

Sistema ConstrutivoSobre um baldrame ou radier convencional, é

disposta a primeira fiada de tijolos, e são feitos furos no alicerce para fixação, com adesivo epó-xi, dos ferros das colunas. A primeira fiada é as-

sentada sobre a fundação com massa normal. A partir da segunda fiada, o servente aplica dois filetes de argamassa sobre a fiada de baixo, usando sacos plásticos, de modo semelhante a confeitar um bolo. O pedreiro então assenta os tijolos, usando linha e prumo para garantir a perfeição da parede. A cada 30 ou 50 cm de altura deve-se preencher com concreto os fu-ros verticais que formarão colunas, deixando vazios os demais.

InstalaçõesAs instalações elétricas e hidráulicas são em-

butidas, fazendo uso dos furos verticais dos tijo-los, evitando a famosa quebradeira de paredes, que tanto dói no coração e no bolso dos donos de obras. A hidráulica é montada durante o le-vantamento das paredes. As caixas de energia e conduítes também são colocadas pelo pedreiro enquanto sobe a parede, o eletricista somente passa a fiação.

AcabamentoNas paredes que ficarão à vista, basta fazer

o rejunte com o mesmo material usado no as-sentamento dos tijolos. Nas faces das paredes que ficarão expostas à chuva, deve ser aplica-do um produto impermeabilizante apropriado para tijolo à vista. Outra opção é a pintura di-retamente sobre o tijolo, acrescentando cor e clareza aos ambientes, mas mantendo visível o desenho dos tijolos na parede.

TIJOLO ECOLÓGICO

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Mão-de-obraTendo boa vontade, qualquer profissional de obra é ca-

paz de usar o tijolo ecológico. Porém, deve ter ciência de que – especialmente em paredes que ficarão à vista – ao assentar cada tijolo, já está sendo feito o acabamento.

Vantagens AmbientaisO maior problema ambiental a ser enfrentado é o aque-

cimento global, decorrente da emissão de gases de efeito estufa. O principal é o gás carbônico, liberado nos proces-sos de obtenção de energia elétrica, mecânica e térmica para diversos usos, e também em desmatamentos e quei-madas.

A energia consumida no processo construtivo de uma casa de tijolo é metade da gasta para fazer uma casa simi-lar, em alvenaria convencional.

O tijolo ecológico usa uma matéria-prima abundante, presente em nossa região. Seu resíduo também pode ser reutilizado no seu próprio processamento. Nas obras con-vencionais no Brasil, aproximadamente 30% do material comprado vira entulho. A limpeza do chão da obra com tijolo ecológico chama a atenção, e é um claro sinal de como este material evita o desperdício.

Ao unir vantagens econômicas e ambientais, o tijolo ecológico se apresenta como um caminho viável para a evolução da construção civil neste século 21.

Parede ConvencionalParede de 3 x 4 metros de tijolo cerâmi-co furado, chapiscada e rebocada, sem massa corrida ou pintura, incluindo colu-nas de concreto armado e uma cinta de amarração para sustentação da parede.

A partir de R$ 160,00 / m² + 10%

Parede EcológicaParede de 3 x 4 metros de tijolo ecoló-gico à vista, rejuntada, sem pintura ou impermeabilização, incluindo colunas e cintas de amarração de concreto armado embutidas na parede.

A partir de R$ 95,00 / m² + 10%

Fotos: Adriana Pinatti e Marcio Moreira

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PAPO DE OBRA

- priorize materiais cerâmicos, madeira cer-tificada, torneiras e descargas ecológicas. Eco-nomize na conta com torneiras e misturadores com fechamento automático;

- opte pelo aquecimento solar, o governo oferece crédito para esse investimento;

- os chuveiros e duchas com controle de va-zão ajudam a não desperdiçar água;

- sensores de presença evitam que as luzes fiquem acesas sem ninguém no ambiente. Além disso, opte pelas lâmpadas de LED que são mais econômicas e ecológicas;

- garanta o máximo de área permeável e prefira pisos externos intertravados;

- construa cisterna para armazenar água da chuva e a utilize para regar jardins e lavar pátios;

- procure adotar um projeto hidrossanitário com tubulações independentes para as águas negras (vasos sanitários) e para as águas cin-zas (reaproveitadas para rega de jardim);

- materiais como cerâmicas, pedras e azule-jos que sobrarem, podem ser doados ou ven-didos. Esteja atento para a redução da geração de resíduos da construção, com o reaproveita-mento e reciclagem dos materiais.

Obra sustentávelO primeiro passo para que uma obra seja sustentável, está diretamente liga-

do ao planejamento. O desperdício traz dados alarmantes, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Departamento de Engenharia de Construção,

da Escola Politécnica da USP. Constatou-se em média, as seguintes perdas: 56% de cimento, 44% de areia, 30% de gesso, 27% de condutores e 15% de tubos de PVC e

eletrodutos.A sustentabilidade está diretamente ligada aos “3 Rs”: reduzir, reutilizar e reciclar.

Siga as dicas abaixo e deixe o planeta melhor.

O planeta agradece e seu bolso também

- preserve as espé-cies nativas existentes no terreno, elas garan-

tem a estabilidade do solo e refrescam o ambien-

te;

- prefira iluminação natural e esteja atento a orientação solar adequada;

- otimize as condições de ventilação natural, garantindo ventilação cruzada;

- para localidades muito quentes, invista em coberturas verdes, e utilize vegetação no entorno da edificação. E em climas quentes e úmidos, suspender a construção é uma boa al-ternativa para evitar a umidade do solo;

- para evitar a absorção de radiação solar, pinte o telhado com tintas que tenham pig-mentos refletores;

- uma opção em alta são os materiais de de-molição, encontrados em imóveis demolidos;

- invista em tintas à base de água. Elas po-dem proporcionar isolamento, proteção con-tra corrosão e intempéries, resistência à ação da maresia e evitar bactérias, fungos e algas em regiões úmidas. Alguns produtos ajudam a diminuir a incidência de alergias;

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PAINEL DE NEGÓCIOS

A Ecori é uma empresa pioneira na região de São José do Rio Preto, onde atua há dois anos e meio, na venda de pisos, cha-

pas e móveis de bambu. Atenta as necessidades do mercado iniciou, há poucos meses, a comer-cialização de pisos vinílicos e laminados, roda-pés, revestimentos ecológicos para parede, de-cks de piscina, entre outros. Atualmente conta com 13 pontos de vendas, que estão distribuí--dos por seis estados brasileiros.

“O diferencial da Ecori, em relação a outras empresas do segmento, é sua parceria exclusiva com um fabricante, que mantém um rigorosíssi-mo controle de manejo de corte e de qualidade. Já fizemos diversas visitas ao fabricante e com-provamos seu sistema de qualidade”, esclarece Marcelo Von Gal, diretor comercial da Ecori.

Ele pontua que existe um visível crescimento na procura por produtos sustentáveis. “Acredi-tamos que isso se dá devido à conscientização das pessoas”.

E qual seria o segredo de sucesso do negócio? “Prezar pela qualidade e diferencial dos produ-tos e serviços oferecidos”, declara Marcelo.

Prêmios Mesmo sendo uma empresa ainda nova no

mercado, a Ecori foi premiada pela empresa Greenvana, do grupo Santander, em 2012. Tra-ta-se do Greenbest, onde concorreram na cate-goria “Materiais para Construção e Reforma”.

O prêmio tem grande importância no setor de sustentabilidade, pois é considerado, pela mídia, como o maior prêmio de sustentabilida-de do país.

Para cada categoria são duas formas de ga-nhar o prêmio: pelos próprios jurados, que fa-zem uma votação entre eles para escolherem a empresa; e pelo voto popular, onde a popula-ção pode participar através da internet. A Ecori venceu nas duas votações.

Fotos: Divulgação

Produtos sustentáveis são o negócio do momento

PAINEL DE NEGÓCIOS

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ESPECIAL

Conheça os principais selos e exija produtos certificados.

* Selo Conpet de Eficiência Energética - visa destacar, para o consumidor, aqueles modelos que atingem os graus máximos de eficiência energética na Etiqueta Nacional de Conserva-ção de Energia do Programa Brasileiro de Eti-quetagem do Inmetro. Concedido anualmente pela Petrobras, é um estímulo à fabricação de modelos cada vez mais eficientes.

* Selo AQUA - é o primeiro referencial téc-nico brasileiro para construções sustentáveis. Foi criado com base no selo francês Démarche HQE e é reconhecido mundialmente. Gerido e concedido pela Fundação Vanzolini, ligada a USP. Sua avaliação compreende 14 categorias no empreendimento. Ele também determina exigências no projeto e na execução que visam melhores condições no conforto, saúde e esté-tica para o cliente.

* Selo Verde – estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, trata-se de uma certificação que atesta produtos e serviços mais ambientalmente amigáveis, por meio de uma marca colocada no produto. Intitulada Rótulo Ecológico ABNT, a ação consiste em uma meto-dologia voluntária de certificação e rotulagem de desempenho ambiental e que visa informar

Selos verdes garantem produtos com responsabilidade ambiental

quais produtos são menos agressivos ao meio ambiente.

* Selo FSC (Forest Stewardship Council) – é o selo verde mais reconhecido em todo o mundo. Aplicado a todas as empresas que adquirem ou vendem produtos de origem florestal, garantin-do que eles sejam originários de florestas bem manejadas, preservando o meio ambiente. A certificação é uma garantia de origem e orienta o comprador a escolher um produto diferencia-do e com valor agregado.

* Selo LEED (Liderança em Energia e De-sign Ambiental) – reconhecido mundialmente é concedido pelo GBC a edificações que mini-mizam impactos ambientais, tanto na fase de construção como na de uso. Ele leva em consi-deração a eficiência energética, uso racional de água, tecnologia, qualidade ambiental interna e espaço sustentável. Trata-se de um sistema de certificação e orientação ambiental de edi-ficações.

* Selo Orgânico – é um selo público oficial, concedido por certificadoras credenciadas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) a alimentos orgânicos. Certifi-ca os produtos que comprovadamente não uti-lizaram adubos químicos e agrotóxicos em seu processo de produção.

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Atualmente o mercado disponibiliza vários produtos com a chamada “certificação verde”, ou seja, que não agridem ao meio ambiente durante seu processo de produção. Esteja atento para as certificações que aparecerem, que elas sejam realmente de procedência confiável, e invista

nesses produtos.O setor da construção civil é um dos que mais se destaca na procura por certificação verde. Segundo

a GBC (Green Building Council), que emite um dos selos, o Brasil é hoje o quinto no ranking mundial de empreendimentos verdes.

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As fontes de energia renováveis, como o próprio nome sugere, são aquelas onde a matéria-prima se renova, ou seja, não

irá se esgotar com o passar dos anos. Desde a revolução industrial, o aquecimento do planeta tem crescido constantemente, isso se dá, em grande parte, pelo uso desenfreado de carvão e petróleo, fontes não-renováveis, para gerar energia. Isso acontece porque o carvão e o pe-tróleo liberam no ar volumes gigantescos de CO2 (dióxido de carbono). Por isso que o Gre-enpeace trabalha para pressionar governos e empresas a investirem em fontes renováveis de energia.

SOLUÇÕES

Fontes diferenciadas geram energia limpa e renovável

Embora ainda aja muito a ser feito no Brasil, como investir mais efetivamente em usar o sol e os ventos para gerar energia, o país se tornou um grande exemplo de utilização de energias renováveis no mundo inteiro, mais de 44% da energia produzida aqui, vem de fontes renová-veisDe acordo com a Associação Internacional de Energia Eólica, o país, que hoje lidera a produ-ção de energia gerada pelos ventos na América Latina, tem condições de avançar considera-velmente neste setor nos próximos cinco anos, atualmente representa apenas 2% do total da energia produzida.

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Tipos de energias renováveis

* Hidráulica – é a mais utilizada no Brasil em função da grande quantidade de rios. A água possui potencial energético e quando represa-da ele aumenta. Numa usina hidrelétrica exis-tem turbinas que, na queda d’água, fazem fun-cionar um gerador elétrico, produzindo energia. Embora a implantação de uma usina provoque impactos ambientais, na fase de construção da represa, esta é uma fonte considerada limpa.

* Solar - ainda com custo elevado de implanta-ção, a energia do sol é transformada em eletri-cidade, via um dispositivo eletrônico chamado célula fotovoltaica.

* Eólica - sua fonte geradora é o vento, que gira as pás de um equipamento que parece com um catavento gigante. Um gerador é acionado pro-duzindo corrente elétrica.

* Biomassa ou Biogás - gerada a partir da de-composição, em curto prazo, de materiais orgâ-nicos como restos de alimentos e resíduos agrí-colas. O processo gera o gás metano, que pode ser usado na substituição do gás de cozinha que vem do petróleo.

* Biocombustíveis – gerar etanol e biodiesel para veículos, a partir das matérias-primas como semente de mamona, cana-de-acúcar, galhos e folhas de árvores, é mais uma opção para substituir o petróleo.

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MERCADO IMOBILIÁRIO

Chamamos de edifício ecoeficiente aque-le que, além de ser eficiente, tem um impacto ambiental reduzido. Por isso,

quando usamos o termo temos que pensar que ele cabe às construções que não tem apenas eficiência energética e reuso d’água. São edi-ficações que usam materiais de baixo impacto ambiental, como madeira de reflorestamento e métodos de construção eficientes.

Um dado alarmante aponta que, cerca de 20% de uma obra vira entulho, ou seja, vai para o lixo.

EDIFÍCIOS ECOEFICIENTESO setor que mais emprega no Brasil, a cons-

trução civil, também é um dos maiores pro-dutores de resíduos, além de ser um dos que mais causam fenômenos climáticos em me-trópoles. Nessas localidades, os edifícios são responsáveis por cerca de 30% de todo o uso de energia, emissão de gases do efeito estufa e geração de dejetos.

Apesar de ainda existir resistência de empre-sários da construção civil, e mesmo de com-pradores, a cada dia cresce mais no mercado, a oferta e procura por edifícios ecoeficientes.

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Foto: Divulgação

Top da Ecoeficiência

Um complexo empresarial situado em Ver-sailles, na França, é o primeiro edifício do pla-neta a receber três certificações internacionais de ecoeficiência.

A sede da Bouygues Construction (foto) foi creditada com os selos “outstanding” pela in-glesa Breeam; “platinum” pelo norte-america-no Leed; e “exceptional” pelo francês Passeport HQE.

Assim que concluída, a obra deverá reduzir as emissões de carbono em 90% e o uso de água em 60%. Para conseguir esse resultado foram usados 21 mil m² quadrados de painéis foto-voltáicos em sua cobertura, além de 420 m² de painéis termosolares.

Tendência no mercado imobiliário

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Em comparação aos tradicionais, os “verdes” são mais valorizados, apresentam velocidade de venda e taxas de ocupação superiores.

Esse tipo de investimento, que em um pri-meiro momento pode parecer maior ao feito em um imóvel comum (custa em média 5% a mais), em curto e médio prazo não apenas compensa para o bolso do comprador, como gera rentabilidade.

Os gastos com a manutenção nesses condo-mínios pode chegar a 40% menos, e quando se fala em despesas com água e energia, a redu-ção pode chegar a 50%.

Não podemos esquecer que os dois princi-pais fatores de impacto ambiental, responsá-veis pelos maiores índices de gasto de um imó-vel durante sua vida útil, de aproximadamente 50 anos, são água e energia.

EnergiaO objetivo principal de uma reforma susten-

tável é tornar o prédio mais eficiente energe-ticamente. Profissionais do setor ressaltam que 42% da energia consumida no Brasil vêm de edificações, e mais especificamente, entre 60% a 75% desse consumo é com o ar condi-cionado.

Quem mora na região de São José do Rio Pre-to, com suas altas temperaturas, sabe bem a diferença que faz ter um ar condicionado. Po-rém, o conforto térmico poderia ser ampliado com construções mais eficientes. As edifica-ções devem ser melhor ventiladas, ter isola-mento térmico no telhado, proteção contra o sol, e outras coisas que um bom projeto deve trazer.

Av. Sólon da Silva Varginha, 1495 | Vila Novaes |C EP. 15054-200 | São José do Rio Preto | (17) 3223-4389 / 3225-3483 / 3221-5135 - Vendas www.lasoldasespeciais.com.br | www.lacorrimao.com.br | [email protected]

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Parapeito em Alumínio com Pintura e VidroCorrimão em Aço Inox com Gradil Corrimão em Aço Inox com Vidro Parapeito em Aço Inox e Vidrocom Detalhes Clássicos

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Por CRIS OLIVEIRA

A arquitetura é uma parte da minha existência, que vivo com muita paixão. É oxigê-

nio. Significou também sacrifício. É a parte que complementa a paixão pe-los meus filhos, e pela minha mu-lher”. A definição é do arquiteto e urbanista Rodrigo Mindlin Loeb. Formado pela FAUUSP em 1996, fez seu mestrado em Energia e Meio Ambiente, na Architectu-ral Association Graduate School, em 1998. Hoje o profissional se divide entre os projetos realiza-dos por seu escritório, sempre focado em sustentabilidade e seus afazeres como professor universitário. No meio desse cotidiano, ele abriu um espa-ço na agenda para falar com a Obras&Dicas. Confira.

ENTREVISTAFotos: Divulgação

Sustentabilidade e arquitetura

Rodrigo Loeb“

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Como é sua relação com os seus alunos? Desde quando você atua no segmento?

Rodrigo Mindlin Loeb - Comecei a lecionar em 2001, na Faculdade Belas Artes. Foi uma oportunidade incrível de convívio com colegas e alunos. É uma experiência intensa de apren-dizado, ensinar. Gosto dos alunos, da curiosi-dade que têm, da criatividade que expressam. Vivemos tempos que se transformam rapida-mente, com as novas tecnologias, e as relações de consumo e mercado atravessam de maneira perturbadora as bases conceituais e essenciais do ensino. Luto para preservar isso na relação com os alunos, essa essência, essa base.

Gosto muito do contato com eles, procuro transmitir o entusiasmo e paixão que tenho com a nossa atividade, e ao mesmo tempo auxiliar cada um a construir um caminho pes-soal. Sempre pergunto aos alunos qual seria o fio condutor da reflexão em arquitetura, face a tudo que já se produziu e ao momento atual da nossa existência neste planeta. Transmito a ideia de que a multidisciplinaridade é ineren-te a reflexão e trabalho do arquiteto e que a transdisciplinaridade é algo que devemos bus-car. Meu associado Caio Atílio Dotto foi meu aluno no Mackenzie, orientando de trabalho final. Não podemos mais nos distanciar dos de-safios sociais, da desigualdade, dos problemas ambientais.

Que tipo de compromisso gostaria que os futuros profissionais tivessem?

Compromisso com a ética e com a estética.

Às vezes dá a impressão que os grandes cen-tros urbanos estão se tornando inabitáveis. Você também sente isso?

Os grandes centros urbanos são um fenô-meno de nossos tempos, tem a ver com a oti-mização da infraestrutura, com a densidade como forma de reduzir os custos operacionais. São concentrações onde muita criatividade e atividade acontece. Os grandes centros urba-nos, onde está cada vez mais difícil habitar, são aqueles que sofrem da falta de planejamento, da morosidade do poder público em atuar com competência técnica, da inadequação das leis de contratação de serviços técnico especializa-dos, da apropriação da máquina por políticos com propósitos divergentes da visão coletiva de espaço urbano, da violência gerada pelo tráfico de drogas, da ausência de um plano integrado de mobilidade urbana, entre outras coisas.

Casa Aqua

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Coincidentemente são estes os grandes cen-tros urbanos no Brasil, que tem todas as qua-lidades e sinergias, mas que sofrem enorme-mente destes problemas que menciono. É real e cada um de nós deve buscar uma forma de contribuir para reverter este cenário.

Muitas pessoas dizem não investir em sus-tentabilidade porque tudo que é sustentável é mais caro. Você se depara com esse tipo de pensamento?

A sustentabilidade sempre foi um conceito presente. Desde a década de 70 surgiu como uma bandeira oficial na agenda governamen-tal e de ONGS. Hoje continua presente e sua divulgação é ampla. Aproximadamente 20% do custo total de uma construção, em seu ciclo de vida (50 a 70 anos), corresponde aos projetos e à obra, e 80% aos custos operacionais e de manutenção. O investimento em uma cons-trução durável (sustentável), com baixo custo operacional e de manutenção, representa uma economia ao longo do ciclo de vida, mais do que significativa. O desafio aqui é uma mudan-ça de paradigma e cultura, que realinhe o custo base da construção, de acordo com as metas de durabilidade e redução de custos operacionais. No caso de empreendimentos imobiliários este desafio é maior, pois o investimento na cons-trução é para venda, o que transfere ao pro-prietário os custos ao longo do ciclo de vida.

Acredita que um dia será possível ter uma metrópole sustentável?

Metrópole sustentável, paradoxo ou possi-bilidade? É uma pergunta para a qual procuro resposta a pelo menos 15 anos, quando fiz a

pós-graduação. Qual a utopia para as nossas metrópoles? Tem a ver com a eliminação da miséria, da violência, com uma educação con-sistente, com um sistema de saúde pública eficiente, com condições de moradia, acesso a cultura, sistema integrado de mobilidade urba-na. O déficit habitacional no Brasil bate os seis milhões de unidades, ou de 18 a 24 milhões de brasileiros sem condições adequadas de mora-dia. É possível, exige muito trabalho, mudanças estruturais e tempo. Algo para as gerações fu-turas, que precisamos lutar agora.

Um dos seus projetos é a Casa Aqua. Como foi a concepção?

Fui procurado pelo engenheiro Luiz Henri-que Ferreira, da Inovatech Engenharia, para elaborar o conceito de uma casa modelo, que pudesse ser montada como um estande na Fei-con 2009, para o lançamento da Certificação

Biblioteca Brasiliana /USP

Concurso sede FATMA - FAPESC

Fotos: Nelson Kon

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Ambiental Aqua, elaborada e acreditada pela Fundação Vanzolini. É um sistema de certifica-ção baseado no modelo francês HQE que foi adequado às condições e parâmetros técnicos e ambientais no Brasil. É um processo dinâ-mico, onde a concepção define e defende os princípios ambientais, é um sistema não pres-critivo.

Fiquei entusiasmado e desenvolvemos o primeiro protótipo. Em seguida lançamos o segundo modelo, popular, na Ambiental Expo. Desenhamos um apartamento modelo e um pavilhão para programas ambientais e educa-cionais. Tem um apelo de demonstrar que na verdade é totalmente flexível, valem os con-ceitos e parâmetros em relação às estratégias passivas, bio climáticas, o desempenho am-biental dos espaços e dos materiais, a relação de origem e custo ambiental de produção e transporte dos materiais, a durabilidade, ges-tão de água e resíduos, energias renováveis aplicadas, entre outros aspectos, o que define a integração de múltiplas disciplinas.

O que a diferencia do que chamaríamos de “casa comum”?

O modelo Casa Aqua demonstra as possibi-lidades em todos os aspectos que menciono acima: ventilação natural múltipla, sombrea-mento, captação e aproveitamento de águas de chuva, economizadores, leitores individua--lizados de consumo, um sistema termo so-lar, materiais com baixo impacto ambiental e garantia de processo e origem, capacidade de reciclagem. É um conceito, não uma solução formal e visual específica.

Qualquer pessoa pode ter uma Casa Aqua? Sim, baste entrar em contato pelo site da

Casa Aqua (www.casaaqua.com.br) e solicitar informações, há a etapa de projeto, especi-ficações, orçamento, certificação; e há a de construção com verificação de execução, de acordo com projetos e especificações.

E o projeto Ekológica, como surgiu? Havia um grupo engajado em lançar em uma

feira de construção e materiais sustentáveis, em um estande de uma Feira de Construção. Me procuraram, e eu fiz um desenho com es-trutura em bambu, montadas treliças espa-ciais compondo as laterais de um helicóide em planta. Todos os meus projetos têm uma abordagem ambiental.

Biblioteca Brasiliana /USP

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CAPA

Muito se tem ouvido falar de sustenta-bilidade, parece até uma tendência de moda, mas seu sentido está mesmo

é na ação. O termo vem do latim “sustentare”, que significa sustentar, favorecer e conservar. Também pode ser usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as neces-sidades atuais dos seres humanos, sem compro-meter o futuro e as próximas gerações.

Evidente que não se trata de uma tarefa tão fácil, quando imaginamos que somos sete bi-lhões de pessoas em todo o mundo, prontos a consumir, adquirir bens além da necessidade, sempre em busca do conforto.

E segue-se ainda outra regra preocupante, cada vez mais a população se concentra em grandes centros urbanos, agravando ainda mais o problema.

Mesmo com tudo isso, é possível usar os re-cursos naturais de forma inteligente, basta que cada um faça sua parte, muitas vezes ações simples, que podem mudar a realidade. A ideia central da sustentabilidade é que é possível con-tinuarmos vivendo e nos desenvolvendo de for-ma com que haja continuidade e equilíbrio em relação aos recursos disponíveis. O que é retira-do e não reposto, cedo ou tarde irá acabar.

Você pode começar separando o lixo que pro-duz, apagando as luzes ao sair do local, não des-perdiçando água, alimentos e demais bens de consumo. Cada um que tiver essa consciência

Essa tal de sustentabilidade...

e fizer sua parte, vai ajudar que o planeta seja melhor para todos.

Mas apesar da sustentabilidade estar asso-ciada diretamente ao meio ambiente, não está limitada somente a esta área. Um dos grandes desafios da atualidade é introduzir na área ur-bana um novo conceito de edificação, que ofe-reça mais qualidade de vida aos habitantes das grandes cidades, com menor impacto ao meio ambiente.

Uma das alternativas para alcançar esse ob-jetivo é praticar o consumo sustentável na hora das construções e reformas. É usar com mais eficiência os recursos e materiais necessários, diminuindo o desperdício, além de desenvolver projetos que utilizem a iluminação e a ventila-ção naturais e outras vantagens que o meio am-biente provê.

Muitas pessoas ainda acreditam que obras sustentáveis são para poucos, principalmente por exigirem maiores investimento, ou ainda algo que só fará parte da realidade em um fu-turo distante. Mas esse pensamento é errado.

O mercado já disponibiliza uma série de pro-dutos indicados para a realização de obras efi-cientes e financeiramente acessíveis. As solu-ções sustentáveis - o que pode ser traduzido por eficientes ou inteligentes - disponíveis no Brasil, estão sendo utilizadas inclusive em moradias populares. Não se esqueça de pensar nisso an-tes de iniciar a sua obra.

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Essa tal de sustentabilidade...

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Aproveitamento de água de chuva

Gestão de resíduos sólidos

Orientação do edifício visando ganho térmico

Prover os ambientes de ventilação natural

Prover os ambientes de iluminação natural

Trocar luminárias por modelos mais eficientes

Instalação de sensores de presença

Instalação de controle de luminosidade

Pintar paredes, tetos e pisos de cores claras

Proteger as fachadas de incidência direta do sol

Manutenção periódica dos aparelhos de ar condicionado

Aquecimento solar da água

Dar preferência a equipamentos com eficiência energética

Priorizar o uso de madeira certificada e materiais regionais

Projeto luminotécnico eficiente

Separação dos diversos tipos de lixo

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Reciclagem de materiais descartáveis

Eficiência na irrigação

Troca das válvulas de descargas por caixas acopladas

Instalação de torneiras com desligamento automático

Plantio de arvores na área externa

Preservação de espécies nativas

Uso de adubos orgânicos e produção de húmus

Uso de material pré-fabricado

Uso de inovação tecnológica (Telhado verde, telhas com isolamento térmico ou superfície reflexiva

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Ilustração: Ornã Salvioni

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REFORMA

O apartamento antigo e amplo no centro de Rio Pre-to passou por uma reforma geral, feita pela arqui-teta Daniela Abudi para abrigar um jovem casal.

Os espaços foram integrados e a decoração deu um as-pecto moderno e prático ao imóvel, sem lhe tirar as ca-racterísticas especiais.

NOVO DENOVO

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PAISAGISMO

Prédio da Academia de Ciências da Califórnia (Califórnia Academy of Sciences), nos Estados Unidos, obra Renzo Piano. O telhado de Rana Creek Arquitetura, ocupa uma área de, aproximadamente, 17.730 mil m² e é coberto por cinco espécies de plantas nativas de São Francisco.

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Fotos: divulgação

Bonito, moderno, ecológico, sustentável são alguns dos adjetivos atribuídos aos jardins que ficam nos telhados. Nos

últimos anos eles têm ganhado espaço, mas engana-se quem pensa se tratar de uma novi-dade. Já no século XIX eram comuns as cabanas feitas com teto coberto de gramíneas, nos Es-tados Unidos.

Esse conceito de cobertura pode ser chama-do de telhado verde, jardim, ecológico ou vivo. Mas independente da denominação, ele traz uma série de benefícios, que ultrapassam os moradores que habitam o local onde ele está instalado.

O telhado ecológico cumpre a mesma função de uma cobertura comum e traz entre suas van-tagens a garantia de temperaturas mais ame-nas no verão e no inverno, isolamento acústico, economia de energia, redução das ilhas de ca-lor nos centros urbanos, diminuição da quanti-dade de água escorrendo pelas ruas em dias de chuva forte e ar menos poluído.

Segundo pesquisas, o primeiro telhado vivo implantado no Brasil é de 1942 e teve como palco a cidade do Rio de Janeiro.

Para garantir sua funcionalidade e segurança algumas regras devem ser seguidas. O ideal é que a construção seja realizada na fase do pro-jeto, onde será possível fazer o cálculo estrutu-ral de obra, o volume de terra que receberá, os componentes a serem colocados no jardim e a água que será acumulada. Um engenheiro cal-culista deve ser consultado.

Também é possível implantá-lo em edifica-ções já concluídas. Nesse caso, é imprescindí-vel a consulta a um especialista, para que seja verificada a condição da laje e analisado se será necessário fazer algum reforço estrutural, prevenindo futuros vazamentos, rachaduras e trincas.

Tradicionalmente, um telhado verde é fei-to em camadas. Mais próximo da base, fica a membrana impermeável, para evitar que a

água das chuvas penetre no telhado e provo-que infiltrações ou vazamentos. Logo acima, a camada que vai armazenar parte da água das chuvas, que será usada pelas próprias plantas como reserva. Depois vem a camada de terra, que pode variar em espessura. Por último, vêm as plantas.

Impermeável Impermeabilizar a cobertura e prever um sis-

tema de drenagem faz parte do sucesso do pro-jeto, caso contrário, o acúmulo de água pode levar ao apodrecimento das plantas e à sobre-carga da laje.

A impermeabilização pode ser feita com man-ta ou emulsão asfáltica, que são materiais flexí-veis comumente usados em lajes. Feito isso, é preciso colocar uma camada de solo drenante, como argila expandida, com até 10 centímetros de espessura e, sobre ela, uma manta geotêxtil. A terra é colocada logo acima. A manta funcio-nará como um filtro, que permitirá a passagem da água e não da terra. A drenagem é feita atra-vés de ralos e tubulações adequados para que a água tenha fácil escoamento.

Opções de jardimOs espaços verdes nas alturas podem ser

simples gramados e forrações ou projetos mais elaborados, com plantas jardineiras, caminhos, nacos para apreciação, pérgulas, espelhos d’água, entre outros componentes. Tudo de-penderá do espaço disponível.

O ideal é que o jardim suporte uma camada de, pelo menos, 45 centímetros de terra para o plantio de arbustos e arvoretas. Caso sejam usadas espécies de grande porte, a profundida-de ideal é de 80 centímetros.

A escolha das plantas a serem usadas deve ser criteriosa: o ideal é selecionar vegetais que resistam às condições climáticas da cidade onde serão usadas, e que não sirvam como ha-bitat de insetos, como no caso das bromélias,

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que abrigam larvas do Aedes Aegypt. Uma dica é optar por plantas leguminosas, porque resis-tem mais ao tempo e à falta de água. Boas op-ções são clúsias, moréias bicolor, tamareiras de jardim, e nadinas.

Fique atento também para não implantar es-pécies de crescimento muito enérgico, pois as raízes podem prejudica a estrutura da edifica-ção. Dentro das proibidas estão chéfleras e as unhas de gato.

Atenção aos pontos de água no local, para o uso de mangueiras. Em áreas externas é possí-vel instalar irrigação automatizada, proporcio-nando mais praticidade e conforto.

A manutenção tem de ser feita como em um jardim convencional. Os cuidados são os mes-mo. Podas, adubações e regas regulares garan-tem um jardim saudável.

Ecologia - regula o nível de escoamento de águas pluviais.

Conforto - a camada de plantas faz com que o local permaneça fresco.

Sustentabilidade - é melhor que o telhado comum. Simplesmente porque os dois princi-pais fatores de degradação da membrana das telhas, os raios ultravioleta do sol e do ciclo de congelamento/descongelamento são muito atenuados pela camada de solo ou composto, o que torna a vida da membrana mais prolon-gada.

Praticidade - o telhado verde permitirá fazer um jardim de flores, ervas ou até servir como terraço.

Estética - um telhado verde melhora a apa-rência de um edifício, tornando-o mais convi-dativo.

Cinco motivos para investir nos telhados verdes

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Vantagens- Possibilidade de um jardim em locais onde não se dispõe de espaço e ou terra.- Pode ser instalado em áreas externas ou in-ternas.- Reduz a poluição do ambiente, plantas absor-vem gases poluentes e gás carbônico.- Funciona como isolante acústico.- Reduz a temperatura de ambientes internos.- Extremamente decorativos.

- Luz natural em intensidade suficiente para a sobrevivência das plantas.- Impermeabilização eficiente do muro ou pare-de onde será instalada.- Prever escoamento da água excedente da ir-rigação.- Ponto de água acessível para a irrigação.

Exigências

Paredes verdes garantem jardins onde não há espaçoTer um jardim em casa, até mesmo dentro dela, é um desejo que já se tornou possível mesmo para quem não dis-

põe de espaço físico. A novidade é chamada de parede verde, e com a orientação de um profissional capacitado, pode ser instaladas em vários espaços externos ou internos.

Pesquisas mostram que, a plantação de espécies vegetais em paredes pode diminuir a poluição nas cidades em até 30%. Aliar essa vantagem com a possibilidade de convivência diária com uma área que além de melhorar a qualidade do ar, umidade, temperatura, ainda embeleza, vale à pena.

Veja as técnicas mais usadas segundo Flávia Seixas, da Verdeplan.

Blocos cerâmicos especiais com diversos mó-dulos que funcionam como vasos, planejados para receber irrigação.

Blocos de concreto, com desenhos diferencia-dos próprios para este fim.

Vasos em fibra de coco, podem ser fixados em painéis de madeira , bambu, metal ou qualquer outro material.

Vasos plásticos, preferencialmente fabricados a partir de material reciclado, em formato meia lua, podem ser fixados em treliças metálicas ou painel de madeira de demolição.

Manta geotextil costurada sobre tela, em for-ma de bolsas, aplicada sobre tela onde as plan-tas são fixadas.

Fotos: Flávia Seixas

Parede verde projetada por Flávia Seixas

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Selecionamos alguns ítens que o mercado oferece e que em comum, têm a vantagem de serem

bonitos e ecologicamente corretos.

Estes são sustentáveis

VITRINE

DiferentesAs pastilhas recicladas da linha BioplantMosarte (Casa dos Construtores), além de lindas e diferentes, são elaboradas com madeira de reflorestamento.

Sustentável até no tetoCom o fluxo luminoso de 40W as novas luminárias de embutir

com LED (Via Light) têm design moderno, anti-ofuscante com difusor e acrílico recuado.

Origem certaAs tábuas de pinus (Madeireira Pantanal), produto de reflorestamento, têm tamanhos variados e possui origem certificada.

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Antigo descarteAs pedras roladas (Pedregal) vêm do aproveitamento de material. São sobras das pedras obtidas durante o processo de extração, colocadas em máquinas e roladas até ficarem redondas.Antes descartadas na natureza, assore-ando rios, hoje são vastamente utilizadas na decoração de jardim.

Parece, mas não éA madeira plástica (Bernardete Representações) substitui com perfeição a madeira natural, com a vantagem de não precisar de verniz e manutenção. Para cada 10 kg de resíduos, são produzidos 10 quilos de madeira plástica.

Obra limpaA energia consumida no processo construtivo de uma casa feita de tijolo ecológico é metade da gasta para fazer uma casa similar em alvenaria convencional e seu resíduo é totalmente reutilizado. (Tijolo.eco, da Verdesign)

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H2OFeita através de matéria-prima reciclada, a linha Série 100 da Fiandre (Artcon Acabamentos) tem como sua principal propriedade o processo de fotocatálise,capaz de substituir gases novos por oxigênio, e propriedades antibacterianas

Amostra finaMadeiras secas de demolição tratadas dão um ar bonito aos painéis para deck e o colorido da mistura de diferentes madeiras acrescenta um colorido especial que pode ser usada também em paineis na parede (Jozan)

Cores diferentesSem oferecer riscos à saúde, pois não tem amianto em sua composição, as telhas ecológicas (Eter-rio) são produtos da reciclagem de garrafas pet ou resíduos de fibra vegetal.

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DICAS

Você faz a sua parte?

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Foto: Donizeti Batista

* Pilhas e baterias- as agências do banco Santander têm o re-

cipiente para deixar pilhas e baterias. Como ficam no espaço dos caixas eletrônicos, estão abertos inclusive aos finais de semana;

- as unidades da farmácia PHG Grindélia tam-bém recebem esses descartes. Estão localiza-das na: rua Marechal Deodoro, 3324; e avenida Francisco das Chagas Oliveira, 1320.

* Óleo de cozinha usado- cada litro de óleo jogado no ralo é capaz

de poluir um milhão de litros de água. Os su-

permercados da rede Tome Leve, recebem o produto. As unidades ficam na: avenida Nossa Senhora da Paz, 1095; rua Silva Jardim, 2073; e avenida dos Estudantes, 2614.

* Remédios vencidos- estima-se que a cada quilo de remédio que

vai para o lixo comum, 450 mil litros de água são infectadas. As unidades da farmácia Droga Raia recebem esses produtos e dão a eles a cor-reta destinação final. Basta chegar e deixar.

* Lâmpadas fluorescentes- elas são altamente tóxicas e não podem ser

jogadas no lixo comum. De acordo com a lei, os fabricantes são responsáveis por recolhê-las. E para chegar ao fabricante, elas devem ser dei-

O consumo sustentável baseia-se na ideia de que o planeta não pode suportar os padrões utilizados nas últimas décadas

para a extração, produção, comercialização e descarte de bens. Está na hora de aprender a consumir, evitando desperdícios, reutilizando e reciclando tudo que for possível. Mas mesmo focando em consumo equilibrado é impossível não gerar resíduos, nestes casos devemos nos comprometer em fazer o descarte nos locais corretos.

Descarte sustentávelA verdade é que muita gente até gostaria de

descartar o “lixo” no local certo, mas por como-didade e até mesmo falta de informação sobre como proceder, acaba optando pelo mais fácil, que é jogar tudo na lixeira residencial. Mas dar a correta destinação final não é tão difícil assim, e o saldo positivo para o planeta e seus habi-tantes é incalculável. Por isso, listamos alguns locais que recebem produtos diferenciados, as-sim ajudamos você nessa tarefa.

xadas nas lojas que a comercializam. Uma dica é, ao comprar o produto, perguntar se a loja recebe as lâmpadas usadas, para dar a correta destinação final. Dê preferência as que fazem isso.

* Celular e baterias- as principais operadoras mantém progra-

mas de recolhimento desses equipamentos. Já baterias de carros, pneus, equipamentos eletrônicos (computador, televisores, etc), exa-mes de raio X, e até mesmo sacos onde vem cimento e cal, que demandam cuidado especial

no manuseio, são produtos que po-dem ser levados até a Cooperlagos. O lo-cal está habilitado a receber todos esses materiais, e encami-nhar para a correta destinação final.

Fica na avenida Dr. Cenobelino de Barros Ser-ra, 1580, Parque Industrial. Outras informações pelo fone (17) 3212-1530.

Pontos de ApoioOutra opção em São José do Rio Preto, para

quem não pode ir até a Cooperlagos, é deixar os materiais nos Pontos e Apoio, que estão ins-talados em vários bairros. Veja o que fica mais próximo a você, e faça a sua parte. Eles estão nos seguintes bairros: São Francisco, Jardim Soraya, Jardim Yolanda, Castelinho, São José do Rio Preto I, João Paulo II, Jardim Nazaré, Conceição, Parque das Flores, Jardim Antunes, Santo Antonio, Jardim Nunes, Cidadania, Solo Sagrado, Atlântico, Residencial Gabriela e Ana Célia além da faculdade Unesp.

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O S e b r a e - S P d i s p o n i b i l i -za a cartilha

“Como lucrar mais adotando práticas

sustentáveis?”. O guia vai auxiliar os microem-

preendedores individuais (MEI) a aumentar a mar-

gem de lucro por meio da adoção de atitudes cidadãs

e voltadas ao consumo racio-nal de energia e água, além

da redução, reuso e reciclagem de resíduos.Contendo dicas valiosas, o guia esclarece,

em detalhes, quais tipos de equipamentos sa-nitários resultam em maior economia de água da descarga, orienta o consumo de produtos biodegradáveis – que se decompõem com fa-cilidade no meio ambiente – e, entre outras informações, ensina como utilizar o sistema de ventilação de forma a minimizar o gasto de energia elétrica no estabelecimento, evitando, inclusive que lâmpadas fiquem acesas em lo-cais sem muita utilização.

“A cartilha é um canal importante para que os empreendedores conheçam e utilizem prá-ticas sustentáveis, inclusive impactando em as-pectos de lucratividade. Fabricar produtos ou prestar serviços que não degradem o meio am-biente, promover a inclusão social e participar do desenvolvimento da comunidade, entre ou-tras iniciativas, são diferenciais cada vez mais importantes para as microempresas conquis-tarem novos consumidores e clientes”, diz o superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.

Em suas páginas centrais, o guia ensina de modo didático, e com ilustrações tridimensio-nais, atitudes simples a serem adotadas no dia a dia do empreendimento para torná-lo sus-tentável na prática: da otimização da coleta seletiva à manutenção dos equipamentos de refrigeração; do aproveitamento da água da chuva para irrigação de jardins e limpeza de áreas externas à reutilização de embalagens e produtos de forma criativa e da preferência por equipamentos elétricos eficientes.

Sebrae disponibiliza cartilha voltada às práticas sustentáveis

1 Otimize o uso de veículos automotivos: em entregas e recebimento de mercado-rias, faça a programação de percurso e

calendário. Estimule um programa de carona entre os funcionários. Leve em consideração a distância do fornecedor na hora da compra. Isto melhora a qualidade do ar, o trânsito e gera economia de recursos antes desperdiça-dos.

2 Dê uma melhor destinação aos seus resí-duos orgânicos: faça parcerias com pro-dutores agrícolas locais para a realização

de compostagem orgânica. Este resíduo é uma excelente matéria-prima para geração de adu-bo e energia.

3 Pinte seu telhado de branco: a pintura branca faz com que o telhado esquente menos e também deixa o ambiente inter-

no com temperatura mais agradável. Com isso, irá diminuir o uso de ar-condicionado ao longo do dia.

4 Pergunte ao seu cliente se ele realmen-te precisa de sacolas para mercadorias: uma sacola plástica descartada de modo

errado leva até 400 anos para se decompor. Te-nha em seu estabelecimento opções e sacolas reutilizáveis.

5 Mangueira não é vassoura: água é vital para o ser humano e demais formas de vida do planeta. Use com sabedoria. Em

calçadas e áreas externas use balde e vassou-ras.

Para conseguir a cartilha basta ir a um escri-tório do Sebrae-SP para retirar. Ou através do site no endereço http://sebr.ae/sp/sustenta-bilidade_mei

Torne seu empreendimento sustentável

DICAS

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Marcelo Pala

ESPECIAL PROJETO SUSTENTÁVEL

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Projeto arquitetônico e de vidaPor Denise Farina

A imagem da casa, vista pelo Google Earth, cercada por uma mata nativa, enche os olhos de

paz; logo, a música imortalizada na voz de Elis Regina vem à mente: “eu quero uma casa no campo, onde eu possa guardar meus amigos, meus livros e discos, e nada mais...”.

Pois a casa do arquiteto Marcelo Pala vai mais longe: preocupado há anos com o conceito de sustentabilidade (e sua formação de arquiteto não deixa dúvidas disso), a casa é cercada de cuidados como a coleta seletiva de lixo, a captação de água de chuva, formação de adubo orgânico, iluminação natural e ventilação equilibrada.

Como se não bastasse, com sua extrema sensibilidade, Marcelo criou para si um espaço construído delicioso para a contemplação do entorno, seja nos pátios internos, nas varandas, nos amplos vidros que trazem a natureza mais próxima do interior. Este, um capítulo a parte, é recheado de detalhes coloridos e delicados, objetos de memória e arte, reflexo direto da personalidade do morador.

Acompanhe um pouco da história na entrevista a seguir e fique na dúvida: uma casa da cidade no campo ou uma casa de campo na cidade? Pouco importa: lá estão os livros, os discos e, sem dúvida alguma, os amigos de Marcelo Pala calorosamente recebidos.

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Obras&Dicas - Como surgiu a ideia de fazer uma casa sustentável?

Marcelo Pala - Tive uma influência muito grande da terra e da nossa região durante minha infância, quando conheci Roberto Burle Marx através da Gea Cerâmica, na época que eu era vendedor. Na ocasião, percebi que a integração com a natureza não era só um luxo ou moda ocasional, devido a tanta falta de espaço, mas a maneira que eu identifiquei como linguagem de arquitetura que integrava o lado humano e o lado orgânico. Quando expressamos acolhimento, personalidade e calor humano, estamos educando, respeitando e demonstrando que a vida não gira em torno do homem, mas sim em volta da “vida”.

Faz quanto tempo que começou a tornar seu sonho realidade?

Há 16 anos, quando consegui achar uma propriedade que ainda preservava, por incrível que pareça, uma mancha de mata, consegui iniciar meu sonho.

Como foi a concepção desse projeto?Inicialmente era um cubo de vidro,

com entradas de ar direcionadas para a caixa d’água, que faz o papel de exaustor e saída de ar quente. Mas na ocasião o vidro ainda era muito caro, e eu colecionava janelas, vitros e ferragens das obras de reformas, daí o conceito foi mudando e aproveitando os materiais para a execução.

A execução mostrou alguma dificuldade de mão de obra ou material?

A amarração das paredes com arame farpado, que tínhamos na propriedade, e o solo cimento para assentamento da

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alvenaria requer uma habilidade, pois é uma massa muito seca.

Quais os principais itens que fazem essa casa ser considerada sustentável?

* exaustão sifonada e dirigida para a caixa d’água, que funciona junto do caixão perdido como um exaustor;

* coleta d’água da chuva através das calhas e canaletas que conduzem para a cisterna, no quintal;

* concepção das aberturas das janelas voltadas para o sol nascente e ou das aberturas e paredes de anteparo para o sol no verão. A iluminação natural é muito respeitada;

* aquecimento de água através de serpentina do fogão à lenha, a qual é alimentada pelo resto das madeiras da obra, das quais inclusive utilizo para fazer moveis e algumas peças;

* composteira e a coleta do lixo orgânico, plástico e vidro, sempre;

* tenho uma coleta de água da pia e do chuveiro, separada da coleta do esgoto do vaso sanitário, os quais vão para uma fossa separada e tratados com bactérias, limpando o resíduo orgânico e devolvendo a água para o tanque armazenador para irrigar a mata.

Qualquer pessoa pode ter um imóvel sustentável?

Depende da formação e da grande necessidade de consumo que esta pessoa esta habituada a ter, não adianta coletar água de chuva, separar o lixo orgânico do lixo seco e, por outro lado, comprar roupas e sapatos toda semana, esquecer que o sapateiro e a costureira existem, esquecer da comida no vapor. Assim as atitudes são tão importantes, quanto o conceito. Penso ser uma atitude de respeito ao conjunto.

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Living

Iluminação natural

Muitas pessoas dizem sobre o investimento ser mais alto nesse tipo de empreendimento. Isso é real?

Existem condições alternativas que acabam por encarecer a mão de obra, e também da separação da tubulação de água e esgoto, e ou do porão e o pé direito mais alto com lambrequim para fazer a exaustão, estamos falando da condição ideal, do ajuste térmico e logístico. A compensação vem com o tempo, pois será menor o consumo de energia, de água potável e assim por diante. A vida não gira em torno do homem.

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Pátio interno

Mais do que um projeto profissional, fazer uma casa sustentável era um projeto

pessoal para o arquiteto.

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CIDADES

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O poder público tem investido em algu-mas mudanças. Mesmo que ainda te-nha muito para ser feito, o fato de partir

em busca de melhorias já traz esperança de uma nova realidade.

Um dos investimentos está no Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, que prevê que 100% das casas contratadas, que serão feitas até 2014, utilizem energia solar para aquecer a água, com foco especialmente no chuveiro elé-trico, que costuma ser responsável por grande consumo de energia.

Em São José do Rio Preto os aquecedores podem ser vistos nas 2491 casas que integram o conjunto residência Parque Nova Esperança. Cada equipamento solar custou em média R$ 1.700. Com eles, estima-se que a conta de ener-gia fica de 30 a 45% menor.

Entulho da ConstruçãoNa cidade são produzidas cerca de 1,2 mil

toneladas de entulho diariamente. Todo o ma-terial recebe destinação de acordo com as nor-mas do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente): 65% é encaminhado à usina de re-ciclagem de resíduos sólidos e os outros 35% são depositados em cinco aterros sanitários privados, que mantêm parceria com a Prefei-tura, além de uma usina privada. Mas isso só foi possível pela parceria entre poder público, empreiteiros e as empresas de caçambas.

A usina de reciclagem de resíduos sólidos, chamada Central dos Resíduos da Construção Civil, é referência para todo o Brasil. Estima-se que 2400 pontos de descarte irregulares deixa-ram de existir, graças à ação. O local tem capaci-dade de processamento de 80 toneladas/ hora. O entulho é transformado em areia grossa, bri-ta tipo 1 e 2 e pedrisco, que serve de matéria--prima para a fabricação de outros produtos.

O material reutilizado serve, entre outras fi-nalidades, para reformar estradas, vias públicas e para fazer calçadas de terrenos públicos. É a chamada pavimentação ecológica.

O trabalho é regulamentado pela Lei Munici-pal 9393/2004, que institui o sistema para ges-tão sustentável de resíduos da construção civil e resíduos volumosos (móveis deteriorados, grandes embalagens, equipamentos inutiliza-

dos, etc.). Além de gerar renda para cerca de 60 famílias

e proporcionar integração social, o sistema mu-nicipal de gestão dos resíduos da construção ci-vil ajuda a cidade na questão da saúde pública. Antes os resíduos de construções eram jogados em terrenos baldios ou nas margens dos córre-gos da cidade. Além do prejuízo da paisagem isso gerava pontos de proliferação de escorpi-ões, roedores e mosquitos da dengue.

Pontos de ApoioOs pontos de apoio são espaços criados pela

Prefeitura para a captação de pequenas quanti-dades de entulho (menos de 1m³) e mobiliário sem condições de uso. Nesses locais o entulho é separado entre o material que pode ser reci-clado e o que necessita ir para um aterro sani-tário.

O que pode ser deixado no local: madeira; plástico; metal; vidro; papel e papelão; restos de podas de árvores; móveis sem condições de uso; eletrodomésticos sem condições de uso; pedaços de automóveis, motos e bicicletas; materiais cerâmicos (tijolo, blocos, pisos, azu-lejos etc.); e pequenas quantidades de entulho (até 1m³).

O que não pode ser descartado no local: grandes quantidades de entulho de construção (mais de 1m³); lixo doméstico; lixo hospitalar ou de serviços de saúde (dentistas, clínicas ve-terinárias, clínicas estéticas etc.); e peças que não cabem na traseira de uma caminhonete.

Compostagem A cidade conta também com uma usina de

compostagem, responsável por dar um correto destino final para os resíduos. Como cada mo-rador produz um quilo de lixo por dia, são cerca de 400 toneladas diariamente, sendo que 60% é composto por restos de alimentos.

Quando os caminhões chegam, funcionários vasculham e selecionam aquilo que pode ser aproveitado, e o que segue vai para um aterro sanitário. A matéria orgânica, composta por ali-mentos desperdiçados que são jogados no lixo, segue outro destino e é reaproveitada. Ela fica em um galpão na usina por 60 dias, em proces-so de compostagem, até que viram adubo.

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Foto: Leandro Gasparetti

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ISAPLICADOR DE

IMPERMEABILIZAÇÃOMarcos R. Decrescenzo 8103-2765

ASSENTADORES DE PEDRAS DECORATIVAS

Celso 9775-0945Luiz (Bico) 9613-8613Vitor Malta 9617-8300Sebastião Carlos 9147-1685

ASSENTADORES DE

PISOS E REVESTIMENTOSAcir 9158-6994Berto 9175-8575José M. Da Silva Filho 9132-8968José Roberto 9615-4549Luiz 9116-3111Luis Antonio 9614-6600José Ferreira Jr. 3219-1922Moisés 9614-5585Osmar Donizeti 9107-9204Roberto 9201-2110Sigmar 9156-4957

ASSENTADORES DE PORTASJosé Maria 9603-7312Joãozinho 9722-9628Luiz Leoral 9722-9628Luiz Roberto 3222-2495Laércio Rodr. Da Silva 9165-5342Marcelo 3013-3234

CARPINTEIROSClaudinho 9701-9702Clóvis 3224-7542Jair 3012-9560José Bigode 3219-2892Lupércio 3237-3387Rubão 9712-9405Rubens 9703-7744Samuel 3011-4637Sebastião 9608-5645Zequinha 3206-5351

CONSTRUTORESAdemir O. Colombo 9112-4237Adriano Ap. Ferreira 9751-4939Alcindo Batista Santos 9135-0134Alipio F. Rodello 9175-3072Amilton Vieira 9117-4001Antonio A. Bonil 3016-8907 Antônio C. Scrignoli 9112-5264Arnando Lois 8811 2423Carlos Jorge Galdino 9187-8048Celio Campanhole 9157-4785 Claudemir Rodrigues 3216-7377Djalma Ap. Troestrof 9739-1954Djalma Dias 9103-5644Ednaldo A. Silva 9166-7396Ernesto R. Neto 9755-3711Genilton Gomes 9703-1291Gilberto M. Sales 9182-8167 Ildo Borges Leal 9124-4296 João C. Piovani 9115-6167

José Campanhola 9619-1835 José Carlos Gagliardi 9702-2110José Felício 8816-7148José Roberto Pessoa 9771 -3501 Leonilda S. Roberto 9601-8819Leonildo José (Zé) 9607-9538Luis Antônio 9614-6600Luis Ant. De Lima 3012-1527Luis C. Fr. Gonçalves 9774-7124Marcelo Roberto de Assis 9106-7696Marcio Renato C. da Silva 9722-0040Miguel E. Vetorasso 3224-7070Nilvaldo Antonio Calbo 9100-2764Oderdam P. da Silva 9160-3744Paulo Manoel Da Silva 9103-6073Roberto D. Oliveira 3013-1265Roberto R. De Moura 9161-6713Roberto Pereira Joles 9201-2110Santana Construções 9106-0267Sebastiao Ap. Carvalho 9732-4048 Sebastião Venancio 9118-2352

ELETRICISTASAntônio D. Marques 9128-4595Anderson 9726-5729Chicão 9791-3464Delmondes 3011-9897Eletromaser 3013-0434Eletrificação Regiane 9107-7292Jair Delamura 3014-0729H-luz 3222-3631Leandro P. Da Silva 3014-6320Nei 9154-1189Elletrisa (Ricardo) 9232-4507Toninho 9716-2235Valdir Lino 9722-1191Volts (Davi) 9196-9137

ENCANADORESAntônio A Da Silva 9114-4273Carlos Alberto 3011-1338Ismael R Da Silva 3014-7105Joaquim R. Da Silva 9784-6546Luciano A. Ferreira 9167-0716Pedro Osmar 9605-1927

PINTORESAdão M. de Moraes 9104-0121Augusto 9713-4718Benedito 9164-2102Dito 9100-2700Edilson 9736-7639Edmar 9101-4610Elson (Branco) 97282686 Januário (Gê) 3224-2016Jamil 9113-8278João Candido 9702-8467Lúcio Ol. Silva 9116-0487Moisés Antoniassi 9112-3869Marcos R. da Silva 9117-7019Marcos 9706-4839Márcio Carvalho 9101-8280Mister Solução 8106-5039 Nicão 9791-2299 Reis 9116-9780

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CLASSIFICADOSANUNCIE

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*O Classificados Obras & Dicas não realiza nenhuma operação comercial, todos os dados aqui anunciado são de inteira responsabilidade do anunciante. A relação jurídica estabelecida em qualquer negociação é única e exclusivamente entre anunciante e comprador e se regerá pelo contrato firmado entre estes e a legislação em vigor. Bem como não responde pelo conteúdo dos anúncios, que são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

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OPINIÃO

Por Ésio GlasyArquiteto

SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE

A sustentabilidade e a preservação do meio ambiente são questões consensuais nos dias de hoje. A maioria das pessoas

e as empresas que adotam a política de responsabilidade social, são unânimes quanto à necessidade de empreendermos ações que garantam a sustentabilidade do planeta. Todavia, ainda acontecem equívocos, já que alguns pensam que a preservação do meio ambiente refere-se ao meio ambiente natural, às florestas, aos rios, a fauna, etc. Esquecem-se que o meio ambiente a ser preservado não é apenas o natural, o rural, o agreste, mas também o meio ambiente urbano. Dentro desta ótica, deve ser preservado todo e qualquer equipamento urbano ou edifício que marca uma época histórica da cidade.

Empresas mais conscientes de sua responsabilidade, na construção das cidades já tiram partido da preservação do patrimônio histórico para alavancarem a venda de seus empreendimentos. Infelizmente não foi o caso do edifício da Circular Santa Lúzia, que se localizava na Av. Romeu Strazzi, ao lado da loja da Riaço. Máquinas potentes o tombaram no sentido popular da palavra, edifício cuja arquitetura era objeto de pesquisa dos estudantes dos vários cursos de arquitetura da cidade. Seu interesse era devido à sua estrutura peculiar, à sua forma arrojada, aos seus dispositivos de proteção solar, à sua solução de iluminação e ventilação naturais, ao seu elevador de piston que se escondia em meio ao paisagismo da grande praça formada pelos seus pilotis.

A decepção se torna ainda maior quando se verifica que o edifício construído nos anos 80, estava localizado em um canto de uma grande área que, por isso, disponibilizava o espaço necessário para a construção do empreendimento nos limites da taxa de ocupação e do índice de aproveitamento permitidos pela legislação municipal. Ou seja, sua preservação em nada prejudicaria o empreendimento. Tal procedimento somente pode ser explicado pela falta de sensibilidade e interesse pela preservação da história da cidade, por parte de quem lhe decretou a decapitação.

A necessidade de preservação de nosso planeta e de sua história é cada vez mais presente em todos os cidadãos e nos próprios governos, assim nasce-nos a esperança que fatos como este não voltarão a acontecer.

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