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BOM FUTEBOL GRANDES JOGOS E MUITOS GOLS RECORDES A COMPETIÇÃO FOI SUCESSO DE PÚBLICO CAMPEÃO FLUMINENSE FATURA A PRIMEIRA EDIÇÃO MINAS EM CAMPO, NADA BOM PARA O TRIO DE BH OBSERVAÇÃO ANO 1 - Nº 1 18 de maio, dia DE LUTA ANTIMANICOMIAL | CAMPEONATO MINEIRO DE FUTEBOL AMERICANO Mesmo com a crise, estudantes ainda investem em intercâmbios FUTEBOL AMERICANO EM MINAS GERAIS APÓS HIATO, CAMPEONATO ESTADUAL DA MODALIDADE VOLTA COM FORÇA

Revista Observação Nº 1

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Experimento apresentado à disciplina Edição Jornalística da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Revista Observação é um nome fictício. As imagens adquiridas em bancos de dados foram devidamente creditadas. O restante do trabalho foi preenchido por ilustrações encontradas via busca aberta no Google. Redatores: Álvaro Pétrus; Diego Cota; João Martins; Lucas Jacovini; Raphael Parreira; Renato de Abreu; Thales Antenor Alves; Túlio Oliveira. Foto de capa: Rafael Reis. Diagramação: Diego Cota ([email protected]). Orientadora: Terezinha da Silva.

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Page 1: Revista Observação Nº 1

BOM FUTEBOLGRANDES JOGOS E MUITOS GOLS

RECORDESA COMPETIÇÃO FOI SUCESSO DE PÚBLICO

CAMPEÃOFLUMINENSE FATURA A PRIMEIRA EDIÇÃO

MINASEM CAMPO, NADA BOM PARA O TRIO DE BH

OBSERVAÇÃOANO 1 - Nº 1

18 de maio, dia DE LUTA ANTIMANICOMIAL | CAMPEONATO MINEIRO DE FUTEBOL AMERICANO

Mesmo com a crise, estudantes ainda investem em intercâmbios

FUTEBOL AMERICANO EM MINAS GERAIS

APÓS HIATO, CAMPEONATO ESTADUAL DA MODALIDADE VOLTA COM FORÇA

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FLUMINENSEFOOTBALL CLUB

Campeão da

O Fluminense bateu o Atlético Paranaense na final da Copa da Primeira Liga e sagrou-se campeão do torneio. Marcos Júnior foi o autor do gol do título

aos 16 minutos do segundo tempo.

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F.C.

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Desde 1987, o dia 18 de maio é marcado por uma importante cau-sa para os brasileiros. Nesta data é comemorado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, uma ocasião onde vários movimentos sociais e insti-tuições ligadas à saúde mental pro-curam mostrar e chamar a atenção da população, sobre o quão impor-tante e essencial é a busca por essa causa.

Segundo Izabella Teixeira, estu-dante do 9° período de psicologia da PUC Minas, a causa é de funda-mental importância por defender os direitos das pessoas com sofrimen-to mental. “É um movimento que caráter democrático e conta com a participação dos usuários da saúde mental, das famílias, dos profissio-nais e estudantes das diversas áreas da saúde e quaisquer interessados em defender e apoiar o movimen-to. Acredito que seja uma causa im-portante por lutar pelos direitos de pessoas portadoras de sofrimento psíquico, que são excluídas e estig-matizadas pelos diversos segmen-

tos da sociedade”, apontou.A escolha da data se deve ao

fato da realização de um congresso nacional de trabalhadores de saúde mental que foi realizado na cidade de Bauru, interior de São Paulo. Nes-se evento que teve a participação de profissionais da saúde de todo o país, ficou decidido que neste dia em especial, todos os médicos, en-fermeiros e especialistas da saúde mental, deveriam ir às ruas, praças, universidades, hospitais, enfim, to-dos os locais onde fosse possível in-formar e debater com a população sobre o famoso mito de que todo louco é incapaz e perigoso.

Uma das principais causas da Luta Antimanicomial é substitui-ção de manicômios por Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), onde as pessoas tem atendimento ade-quado e digno. Izabella ressalta a importância de instituições pre-paradas para atender quem tem a necessidade do serviço e reprime a cultura do isolamento. “Os servi-ços abertos demostram uma grande

SAÚDE

evolução no tratamento de por-tadores de transtornos psíquicos, eles permitem uma construção da autonomia com o usuário, auxiliam na diminuição da cronificação, ga-rantem alguns direitos e tratamento mais humanizado”, disse.

A data em Belo Horizonte é comemorada há 19 anos de ma-neira especial. As ruas do centro se transformam em uma passarela para o desfile e, ao mesmo tem-po, uma manifestação da Escola de Samba Liberdade Ainda Que Tam Tam. Composta por familiares, tra-balhadores, simpatizantes da saú-de mental e membros da ONG Por Uma Sociedade Sem Manicômios, a escola traz alegria, cores e também a importância dessa causa entre a sociedade.

Com o enredo “Eles passarão, nós passarinho”, o desfile desse ano trouxe para as ruas uma leveza dian-te a aridez dos tempos atuais. Cada ala trouxe uma proposta referente à reinvenção reflexiva sobre os afaze-res não tecnocratas.

Anualmente uma multidão vai às ruas de BH pela luta antimanicomial. (Foto: Ronildo Jesus/Portal PBH)

Luta antimanicomial mobiliza população em Belo Horizonte

No dia que lembra a importância de colocar em pauta oassunto, os ativistas promovem um verdadeiro carnaval fora de

época

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Lidar com dife-rentes costumes, se adaptar às circunstân-cias culturais e criar laços que ultrapassem as fronteiras! Embora pareçam tarefas desa-fiadoras, esses aspec-tos fazem parte da ro-tina de quem participa de um intercâmbio estudantil, e procu-ra conhecer de perto o ‘mundo’ do outro. Os desafios propostos pela globalização,mo-dificam a forma como as novas gerações per-cebem a própria socie-dade e convivem com as diferenças. No Brasil, por exemplo, é cada vez mais comum que jovens universi-tários vejam o intercâmbio no ex-terior como algo imprescindível no currículo, deixando claro que a es-colha da profissão também leva em conta essa ‘identidade globalizada’.

Somente entre os anos de 2003 e 2013, segundo levantamento fei-to pelo Mercado de Educação In-ternacional e Intercâmbio do Brasil, divulgada pela Belta em 2013, o nú-mero de intercambistas aumentou cerca de 600%. De lá para cá, em-bora a economia não seja a mesma, o interesse dos alunos continuou elevado, o que revela que ‘embar-car’ nessa aventura agrada cada vez mais indivíduos ávidos por desafios que ultrapassam as fronteiras.

Para a contadora Heloísa Ro-cha, a grande procura por esses programas foi favorecida pelo mo-mento econômico positivo vivido no período entre 2003 e 2012 apro-ximadamente. Ela afirma: “O cres-cimento da economia favoreceu o intercâmbio assim como favoreceu o consumo de vários outros bens e serviços. Entretanto, nada aconte-ceria se não fossem aumentados os investimentos nesta modalidade de ensino. Programas como o “Ciência sem fronteiras” foram fundamen-tais para nortear esse crescimento, acredito”.

Nem mesmo os momentos de crise na economia se mostram ca-pazes de alterar os ânimos daqueles que estão dispostos a vivenciar essa experiência, conclui Adriana Libâ-

nio, coordenadora de intercâmbios pela PUC Minas. Respaldada pelos números que mostram a procura intensa por intercâmbios, Adriana observa que a diversidade de pro-gramas pode facilitar o alinhamento entre uma boa experiência e as con-dições financeiras de cada candida-to. “Os alunos continuam procuran-do por programas de intercâmbio, entretanto dão preferência a oportunidades com bolsa ou descontos mais signifi-cativos ou ain-da optam por países onde o custo de vida é mais baixo”, ob-serva.

Ainda segun-do a coordenado-ra, é fundamental que o aluno já de-monstre na pró-pria universidade a desenvoltura e o amadurec imento suficientes para pre-pará-lo para a expe- riência. “O aluno precisa ter engajamento nas diferentes oportunidades ofe-recidas durante a formação, além de conhecimento dos programas de extensão e auxílio á comunida-de nos quais a universidade está inserida. De acordo com esse perfil, enviamos semestralmente cerca de 70 alunos para outros países, prin-cipalmente para Portugal, Itália e França, que são os destinos mais procurados. Em contrapartida, re-

cebemos em média 80 alunos de outros países interessados na experiência no Brasil”, conclui.

São diversas as razões que motivam a busca pelo estudo no exterior. Para a universitária Luisa Gonçalves, que se prepara para passar o segundo semestre de 2016 nos Estados Unidos e que já rea-lizou intercâmbio de um ano na Nova Ze-lândia, a motivação

é clara: “vejo como uma experiência muito enriquece-dora, tanto academicamente (por-que a grade de matérias costuma ser diferente) quanto pessoalmente (porque é um bom momento para desenvolvermos mais indepen-dência, autonomia, iniciati-va...)”.

Estudante de jornalismo, Lui-sa ainda afirma acreditar que o aumento no interesse pela interna-cionalização leva em conta outros fatores: “Estamos vivendo um mo-mento muito bacana em termos de oportunidades para estudar fora, e acredito que os programas de bol-sas criados por parcerias entre os países estimula muito”.

Para Amanda Carolina, gradu-ando em Administração que morou e estudou em Portugal no último semestre de 2015, não se trata mais

Das salas de aula para as salas de embarqueNúmero de estudantes intercambistas no país aumenta

significativamente nos últimos anos e revela as novasexpectativas dos jovens nascidos em um mundo globalizado

EDUCAÇÃO

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Aproveitando os momentos de folga das aulas, Amanda revela a inesquecívelexperiência do intercâmbio (Foto: Jéssica Machado)

de um mero diferencial. O inter-câmbio agora é uma necessidade, afirma. “Administradores com ex-periência internacional têm as me-lhores oportunidades. Prova disso, é um processo seletivo de trainee de uma multinacional que estou parti-cipando. Na etapa de dinâmica de grupo, das 16 pessoas presentes, 14 fizeram intercâmbio”. Ela também destaca outro benefício de morar fora: “Dava para aproveitar os mo-mentos de folga e viajar para países próximos, sempre conhecendo no-vas culturas, é fantástico”.

Mas nem tudo são flores no de-correr do processo. Embora os prin-cipais desafios sejam conhecidos, muitos estudantes precisam mos-trar maturidade quando as dificul-dades começam a se tornar reais. Para Raquel Ornelas, estudante de enfermagem pela Universidade de Brasília que passou um semestre na Universidade Católica do Porto, eles também fazem parte do aprendiza-do. “Ao passo que é muito agrega-dora a ideia de conviver com pes-soas de diferentes nacionalidades, esse também é o maior desafio. São visões de mundo muito diferentes,

Para quem busca uma experi-ência internacional mas quer uma programa diferenciado ou de me-nor duração, alternativas como o intercâmbio social, oferecido pela ONG Association Internationale des Etudiants en Sciences Economiques et Commerciales (Aiesec), podem surgir como uma opção interessan-te. Trata-se de um intercâmbio para o período de férias, voltado para estudantes universitários de até 30 anos. O direcionamento é social. En-tre as atuações constam atividades com crianças, idosos e mulheres, além de programas de conscientiza-ção sobre meio ambiente, cuidados com os animais e reaproveita-mento de materiais. Para Breno Barcellos, consultor da Aiesec, o diferencial da ONG é bem cla-ro: “ Acreditamos no potencial das futuras gerações como ca-pazes de transformar o mundo. O que propormos então, é que os jovens tenham oportunida-de de desenvolver suas habi-lidades ao mesmo tempo em que vivenciam a imersão cultu-ral em outra nação. Além disso, todos os agentes da Aiesec são voluntários, que é algo que va-lorizamos muito. Oferecemos uma alternativa para que essa experiência seja fantástica mas sem visarmos nenhum tipo de ganho, a não ser o de vermos

o potencial dos jovens se desenvol-vendo. Queremos que a experiên-cia seja sempre incrível, de forma que o estudante se perceba a par-tir de então como um agente de transformação dos ambientes por onde passar”, conclui.

A ONG , que é vinculada a Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em 1948 na Fran-ça mas atualmente está presente em diversos países do mundo, oferecendo por meio de integração entre as unidades, apoio aos candi-datos do intercâmbio social, como hospedagem, apadrinhamento cul-tural e alimentação.

Intercâmbio Social

formas de pensar e de agir que re-fletem no dia a dia criação de cada um. Isso se torna um exercício diá-rio, buscar o alinhamento que torne

possível uma convivência pacífica e agradável. Nós crescemos muito com isso! Não me arrependo de nada, valeu muito a pena”, conclui Raquel.

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Embora anuncie já no nome da modalidade suas raízes, o futebol americano rompeu há muito suas barreiras territoriais, e conquista adeptos mundo a fora a cada ano que passa, se popularizando até mesmo em países como o Brasil, onde o futebol tradicional sempre dominou o interesse do público. Torcedores fanáticos e muita téc-nica agora são também elementos essenciais e indispensáveis em um jogo de futebol americano.

Expressões como “touchdown” (principal pontuação do esporte) fi-cam cada vez mais comuns no dia a dia e o número de torneios da mo-dalidade cresce em ritmo acelerado não só no Brasil, mas também em Minas Gerais. E foi visando promo-ver a prática e consolidar o espor-te em ascensão que a Federação Mineira de Futebol Americano (FE-MFA), reaberta em 2015, resolveu promover, depois de uma pausa de três anos sem competições oficiais, o Campeonato Mineiro de Fute-bol Americano de 2016. O torneio desse ano, que se inicia no próxi-mo dia 12 de março, contará com a participação de seis equipes, sendo duas da capital mineira e quatro do interior do estado. A organização da competição dividiu os times em duas chaves com três times cada,

que se enfrentarão entre si.Para além da simples paixão

pelo esporte, manter um time ain-da é uma árdua tarefa que exige dedicação e gastos financeiros dos próprios atletas, como também ressalta Walter Mosca. “A princi-pal dificuldade é para os atletas se equiparem. Cada jogador tem que gastar aproximadamente dois mil reais em equipamentos e sem pa-trocínio fica mais complicado. Nós temos uma parceria com a Igreja Getsêmani e treinamos aos sábados na sede campestre da igreja, em Pe-dro Leopoldo, só que a distância di-ficulta bastante. Para treinar duran-te a semana em BH nós temos que pagar, mas ainda assim em um lugar que não é adequado para o nosso esporte”, conclui. Para o treinador do Minas Locomotiva, Luiz Gustavo Michel, a realidade no estado é ain-da mais precária. “A situação aqui é ainda mais difícil, talvez pior do que em outros estados. O interesse crescente na modalidade esportiva ainda não motiva os investidores. Existe uma resistência, preconceito e muitas dúvidas sobre o esporte no Brasil”, afirma.

Mesmo com o nível técnico ainda incomparável ao que é prati-cado nos Estados Unidos, a paixão por esportes continua movendo e

conquistando fãs, como é o caso de Bruno Barbosa, torcedor do Minas Locomotiva. “O que chamou minha atenção foi o fato de descobrir que o esporte era praticado no Brasil e que um amigo da Universidade pra-ticava aqui em BH. E o que eu mais gostei, logo de cara, foi conhecer mais sobre o esporte e descobrir que, como muitos imaginam,não é um bando de fortões se batendo o tempo todo, mas sim um jogo muito estratégico que depende de jogadores de todos os tipos. Não se trata de um esporte violento, mas intenso”, afirma.

Esporte americano com sotaque mineiroCampeonato Mineiro de Futebol Americano retorna em 2016

com equipes amadoras em busca da profissionalização

ESPORTES

O Get Eagles chega à final do campeonato diante da equipe que o derrotou na estreia, O Minas Locomotiva. (Foto: Rafael Souza)

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Rotina de treinos Apesar de começar a ganhar visibilidade e

adeptos, o futebol americano em Minas Gerais não dá o retorno financeiro necessário para que os atletas se dediquem exclusivamente ao esporte. Boa parte dos jogadores precisam encarar jornada dupla para man-ter a rotina de treinamentos.

De acordo com o treinador do Minas Locomotiva, Luiz Gustavo Michel, seu time realiza oficialmente dois treinos por semana, mas os praticantes fazem treinos periódicos. “Em campo, aos sábado, de 14h às 18h, e nas quartas-feiras, em quadra, de 21h30 às 23h30. É muito importante que os atletas pratiquem exercícios físicos e funcionais em academias pelo menos 4 vezes por semana. Contamos com um preparador físico que programa um plano de evolução física e desempenho personalizado para cara atleta e grupo por posição”, conclui.

CrescimentoCada vez mais a NFL vem chamando a atenção do

público brasileiro e ganhando espaço na mídia nacional. Ano após a ano, a audiência dos sites e das Tvs durante as transmissões dos jogos, vem crescendo bastante. Os jogos vem caindo nas graças dos apaixonados pelo es-porte e daqueles que começaram a acompanhar, incen-tivados por um amigo e gostou.

No Brasil, a ESPN é a principal detentora dos direitos de transmissão, exibindo cinco jogos semanalmente: um na quinta, três no domingo e um na segunda. Em sema-nas especiais, como a do Thanksgiving (ação de graças), o número de jogos pode chegar a oito. Haja voz para os narradores Everaldo Marques e Rômulo Mendonça, além dos comentaristas Paulo Antunes e Paulo Mancha

Além da ESPN, outro canal que também exibe as partidas da NFL é o Esporte Interativo, que entrou her-dou os direitos de transmissão do canal BandSports.

Equipes da edição 2016 do Campeonato Mineiro de Futebol Americano

A equipe do Minas Locomitiva nunca perdeu para um adversário mineiro (Foto: Rafael Reis)

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Primeira Liga é princípio de mudança no país do futebol

Novo torneio busca amenizar problemas dos estaduais eoferecer alternativa para o primeiro semestre

Mesmo sendo considerado o país do futebol, o Brasil tem uma média de público abaixo de 13 mil torcedores por partida pelo Campe-onato Brasileiro. Se comparado com a Alemanha, perdemos mais uma vez de goleada, pois lá são quase 43 mil torcedores por jogo na Bun-desliga, o principal torneio nacional. O mesmo acontece com relação ao desempenho financeiro dos clubes. Por meio de um levantamento re-alizado pela consultoria Deloitte, em 2014, foi apontado que o Corin-thians é o primeiro time do país a aparecer na lista dos mais ricos do mundo, em 31º lugar. Para se ter ideia, até mesmo equipes de me-nor expressão na Europa, como por exemplo, o Sunderland, da Inglater-ra, faturam mais.

Vale frisar, no entanto, que ao contrário de países europeus, o Brasil não tinha uma liga de clubes responsável por organizar as com-petições até 2014, fato que mudou a partir do dia 10 de setembro de 2015, com a criação da Liga Sul-Mi-nas-Rio, que mais adiante veio a ser conhecida como Primeira Liga. Na ocasião, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não foi favorável à iniciativa, porém, um grupo forma-do por clubes de Minas Gerais, Pa-raná, Rio Grande do Sul, Santa Ca-tarina e Rio de Janeiro se organizou e deu início a liga independente. A motivação para o empreendimento aconteceu, principalmente, devido ao cenário do futebol mundial que, neste mesmo período, estava re-pleto de escândalos de corrupções, onde houve prisões e indiciamentos de dirigentes, inclusive, da própria CBF.

O que parecia ser uma solução, a fim de auxiliar os clubes partici-pantes a arrecadar mais recursos, teve na verdade muita confusão nos bastidores da organização do tor-

neio. Em princípio, troca de dirigen-tes, tabelas desorganizadas, falta de patrocínios, contratos com emisso-ras de TV, dentre outros. Tudo dava a entender que até o final do segun-do semestre de 2015 a Liga não sai-ria do papel.

Deixando a confusão de lado, a Primeira Liga deu seu ponta-pé inicial em 27 de janeiro, com dois jogos do Grupo A. De início, os clubes cariocas – Flamengo e Fluminen-se – não tinham o aval da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERG) para atuar na com-petição, sob pena de mul-ta. Já, o posicionamento da CBF foi mais brando, apenas classificando o torneio como competi-ção amistosa. Ambas as instituições, contrárias à criação da liga, provaram que o imbróglio é de cará-ter político e em nenhum momento pensaram no efeito de sua realização para o bem do futebol na-cional.

Se o esporte dentro de campo ainda não teve tempo de mostrar sua evolução, uma vez que essa é apenas a primeira edição, nas arquibancadas o princípio de mudança é visível. A média de públi-co pagante da Liga supera com vantagem os demais campeonatos regionais e estaduais do país. Esse comportamento do torce-dor é motivado por algo simples de perceber. A Primeira Liga proporcio-na um maior número de confrontos entre equipes

grandes de diferentes estados, coi-sa que só é possível no Campeona-to Brasileiro ou nas fases finais da Copa do Brasil. O máximo que os campeonatos estaduais oferecem, neste quesito, são os clássicos, além de jogos entre equipes tradicionais.

Fonte: Globoesporte.com

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Apesar de o governo ter inves-tido pesado na infraestrutura para sediar a última Copa do Mundo, ainda é comum encontrar gramados ruins, banheiros sujos, ausência de cadeiras nas arquibancadas e a falta de visão do campo de jogo, em vá-rios estádios do país. Tudo isso, faz parte de uma série de fatores que oferecem experiências negativas para os torcedores, fazendo com que eles optem por assistir os jo-gos em casa, pela TV. Essa situação fica evidente nos números. O Bra-sileirão, por exemplo, atualmente figura em 18ª posição entre os 20 principais torneios do planeta e o Brasil tem somente três na lista dos 100 clubes que mais levam torcida ao estádio no mundo – Corinthians, São Paulo e Santa Cruz, todos figu-rando acima da 90ª colocação.

A modernização dos principais estádios do Brasil para a Copa de 2014 fez surgir um novo perfil de torcedores, porque os ingressos fi-caram mais caros e tudo leva a en-tender que o futebol começa a dei-xar de ser popular. Um esporte que nasceu da elite e migrou para todas as classes, agora retorna ao público de origem, onde a grande massa não consegue mais ir aos estádios como anteriormente. O futebol bra-sileiro enfrenta desafios-chave que devem ser resolvidos para aperfei-çoar e acelerar o crescimento da receita dos clubes. Entre esses de-safios estão: melhorar a estrutura da temporada e o agendamento de partidas, a experiência de jornada para os espectadores e a garantia da administração e governança efi-ciente.

Fonte: Globoesporte.com

Torcida do Fluminense na final em Juiz de Fora.(Foto: Nelson Perez/Fluminense F.C.)

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Primeira Liga gera recordes de públicoIndependente do resultado em

campo, dois times em especial têm motivos para comemorar. Grêmio e Atlético Paranaense bateram o recorde de público em seus está-dios, em partidas oficiais. A equi-pe de Porto Alegre levou 44.839 torcedores à Arena do Grêmio, no confronto diante do Internacional, que terminou em 0 a 0. O recorde do estádio ainda pertence ao jogo de abertura, diante do Hamburgo, da Alemanha, entretanto a partida era amistosa. Já a equipe de Curi-tiba superou seu recorde histórico na Arena da Baixada, onde 35.746 atleticanos acompanharam a vi-tória do time por 1 a 0, diante do Criciúma.

Equipe do Internacional no Grenal que registrou o maior público da competição.(Foto: Divulgação/Internacional)

Arena da Baixada no jogo do público recorde entre Atlético-PR e Criciúma (Foto: Divulgação/Atlético-PR)

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Um trem não tão “bão”O primórdio da Primeira Liga

remonta ao ano de 2000. A com-petição vista hoje é a antiga Copa Sul Minas com a adesão de clubes cariocas. E no início da década pas-sada quem dominou a competição

foram as equipes mineiras. Das três edições, o Cruzeiro faturou duas (2001 e 2002) e o América Minei-ro outra (2000). Cotados como fa-voritos, o trio mineiro, incluindo o Atlético-MG, passou despercebido.

Galo e Raposa caíram ainda na se-gunda rodada, enquanto o América chegou na rodada final precisando vencer, mas ficou no empate por 1 a 1, contra o Atlético-MG.

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Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

Page 12: Revista Observação Nº 1

Minas BowlFinal do Campeonato Mineiro de Futebol Americano

Sábado, dia 18 de junho, às 18hNo Mineirão