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ÓBVIO / edição 7 REVISTA ELETRÔNICA Uma realização / A Miscelânea cultural entre nossas raízes CAIPIRAS com os AVANÇOS TECNOLÓGICOS na região de São José do Rio Preto.

Revista ÓBVIO - Edição 7 - Segunda Capa

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A Revista ÓBVIO é uma revista laboratório dos estudantes de Comunicação Social - Jornalismo e Publicidade e Propaganda - do Centro Universitário de Rio Preto - UNIRP, da cidade de São José do Rio Preto - SP. A publicação é de cunho científico aborda a grande mistura dos elementos que compõem a essência caipira e os avanços tecnológicos na região.

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0800 - 121500unirp.edu.br

REALIZAÇÃO

ÓBVIO

/ edição 7

REVISTA ELETRÔNICA

Uma realização

/ A Miscelânea cultural entre nossas raízes CAIPIRAS com os AVANÇOS

TECNOLÓGICOS na região deSão José do Rio Preto.

Page 2: Revista ÓBVIO - Edição 7 - Segunda Capa

/ A Revista Eletrônica Óbvio é uma revista laboratório,produzida pelos docentes e alunos das disciplinas deJornalismo e Publicidade e Propaganda do curso deComunicação Social do Centro Universitário de Rio Preto UNIRP, localizada na cidade de São José do Rio Preto - SP.

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/ A Revista Eletrônica Óbvio é uma revista laboratório,produzida pelos docentes e alunos das disciplinas deJornalismo e Publicidade e Propaganda do curso deComunicação Social do Centro Universitário de Rio Preto UNIRP, localizada na cidade de São José do Rio Preto - SP.

REVISTA ELETRÔNICA

edição 7

SUMÁRIO

A peculiaridade da cultura árabe/ 28

FERNANDO GERMINATTI

TEM TEATRO,MAS CADÊ O INTERESSE?/ 16

AGNES RUBINHO

ÓB

VIO

AGÊNCIA APACHÊ&

Existe Vida Além doSertanejo/ 8

Giovanni Maiolini

Tenta ser, mas não é/ 20Ariane Godoi

A arte em forma de charge/ 24

Ana Elisa GALVÃO

Cenário músicalO caipira efêmero x country dos EUA/ 12

Gabriela SANTANA

A Legitimação de Valores Através da Tatuagem/ 32

Thomaz Baraldo Jannuzzi

Nem tudo é novo embaixo do sol/ 36Nayara DALOSSI

&AGÊNCIA WINGS OF ANGEL

& AGÊNCIA PLUG-UP

& AGÊNCIA MASTERS

AGÊNCIA ELO

AGÊNCIA FACTT

AGÊNCIA MIXTAPE

AGÊNCIA OCEANIA

&

&

&

&

& AGÊNCIA MASTERS

UM QUINTAL WOODSTOCK/ 4GABRIEL VITAL

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4 ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Um quintal Woodstock.

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4 ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Um quintal Woodstock.Um quintal Woodstock.Texto: Gabriel VitalAluno do 6º Período de JornalismoIlustração: Agência APACHÊ

Page 6: Revista ÓBVIO - Edição 7 - Segunda Capa

6 ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

“Bom show pra vocês” – dizia, a todos que entravam, a

moça responsável pela portaria improvisada do Centro

Cultural Vasco, um polo difusor de cultura, escondidinho

lá no Alto da Boa Vista, na Rua São João, em São José do Rio Preto,

interior de São Paulo.

Entrar no Vasco em dia de festa é como entrar na casa de um

parente em dia de aniversário: logo de cara, um amplo quintal te es-

pera, onde um palco que se eleva a pouco mais de dez centímetros

do chão é circundado por mesinhas feitas de máquinas de costura

antigas com cadeiras desiguais ao redor. Neste espaço, pessoas

mais do que normais – mas excêntricas para os mais chatos – se reú-

nem para conversar, trocar experiências, ou só para falar bobagem,

beber cerveja e comer uns petiscos. Espetinho de frios e pão com

mortadela com uma cereja em cima são os carros-chefes da gastro-

nomia do Vasco.

Vestidos com roupas leves e despretensiosas, os frequentado-

res do Vasco, aparentemente, sentem-se em casa. Homens e mulheres

usam shorts e saias – não necessariamente nesta ordem –, crianças

brincam entre os adultos, velhos se misturam com jovens e a festa está

quase pronta. Quase, afinal, o que é festa sem música?

Naquele palco de dez centímetros, coberto por pétalas de rosas e

alguns incensos queimando nas laterais, uma banda hippie bicho-gri-

lo se apresenta, colocando para dançar crianças, jovens, adultos e

idosos, afinal, o que é a idade para quem quer se divertir? No Vasco,

entra quem quer, com a roupa que quiser e com a idade, cor, credo,

deficiência, sexualidade que tiver.

Por se tratar de um centro cultural, o Vasco oferece cursos de

música, teatro, dança, e promove, uma vez por mês, um sarau literário.

Mas em dias de festa, que ocorrem esporadicamente, o Centro Cul-

tural vira um pedacinho de Woodstock, não em proporções, é claro,

mas em qualidade humana. O Vasco não é um lugar feito de tijolos,

mas um movimento construído por gente que quer ter gente por perto.

Gente que nem rela nos smartphones quando está junta. Gente

que preza a vida simples e faz dela sofisticada, colocando uma ce-

reja em cima de um pão com mortadela.

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6 ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

“Bom show pra vocês” – dizia, a todos que entravam, a

moça responsável pela portaria improvisada do Centro

Cultural Vasco, um polo difusor de cultura, escondidinho

lá no Alto da Boa Vista, na Rua São João, em São José do Rio Preto,

interior de São Paulo.

Entrar no Vasco em dia de festa é como entrar na casa de um

parente em dia de aniversário: logo de cara, um amplo quintal te es-

pera, onde um palco que se eleva a pouco mais de dez centímetros

do chão é circundado por mesinhas feitas de máquinas de costura

antigas com cadeiras desiguais ao redor. Neste espaço, pessoas

mais do que normais – mas excêntricas para os mais chatos – se reú-

nem para conversar, trocar experiências, ou só para falar bobagem,

beber cerveja e comer uns petiscos. Espetinho de frios e pão com

mortadela com uma cereja em cima são os carros-chefes da gastro-

nomia do Vasco.

Vestidos com roupas leves e despretensiosas, os frequentado-

res do Vasco, aparentemente, sentem-se em casa. Homens e mulheres

usam shorts e saias – não necessariamente nesta ordem –, crianças

brincam entre os adultos, velhos se misturam com jovens e a festa está

quase pronta. Quase, afinal, o que é festa sem música?

Naquele palco de dez centímetros, coberto por pétalas de rosas e

alguns incensos queimando nas laterais, uma banda hippie bicho-gri-

lo se apresenta, colocando para dançar crianças, jovens, adultos e

idosos, afinal, o que é a idade para quem quer se divertir? No Vasco,

entra quem quer, com a roupa que quiser e com a idade, cor, credo,

deficiência, sexualidade que tiver.

Por se tratar de um centro cultural, o Vasco oferece cursos de

música, teatro, dança, e promove, uma vez por mês, um sarau literário.

Mas em dias de festa, que ocorrem esporadicamente, o Centro Cul-

tural vira um pedacinho de Woodstock, não em proporções, é claro,

mas em qualidade humana. O Vasco não é um lugar feito de tijolos,

mas um movimento construído por gente que quer ter gente por perto.

Gente que nem rela nos smartphones quando está junta. Gente

que preza a vida simples e faz dela sofisticada, colocando uma ce-

reja em cima de um pão com mortadela.

7ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Há vida além dosertanejo.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Há vida além dosertanejo.

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Há vida além dosertanejo.

Texto: Giovanni MaioliniAluno do 6º Período de JornalismoIlustração: Agência WINGS of ANGEL

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

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Localizada no interior do estado de São Paulo, São José do Rio Preto sempre foi vista como um dos berços do “caipirês” paulista, famoso por todo o Brasil. Este é um dos motivos que levam a cidade a ser

lembrada sempre como terra do sertanejo, o que de fato, em parte, é realidade. Dentre todas as opções culturais da cidade, a maioria esmagadora ain-da se situa na linha da realização de rodeios ou exposições de gado (hoje com apelo muito mais comercial do que cultural de fato) que trazem consigo uma leva de shows sertanejos para a cidade, desde os nomes mais conhecidos pelos admiradores do gênero até os novos sucessos momentâneos do sertanejo universitário. Porém, é cada vez maior na cidade a realização de shows de outros gêneros, eventos e até mesmo novos locais foram inaugurados como opção para quem não se sente atraído pela música sertaneja. O principal estilo mu-sical que tem ganhado força nos últimos tempos no noroeste paulista é o rock, com festivais que visam abrir portas para novas bandas e também com shows de grandes nomes do gênero, como pode ser visto em festivais como o Planeta Rock, por exemplo. Obviamente, é apenas um começo, e outras pessoas, com gostos musicais e culturais diferentes ainda carecem de maiores opções na cidade, mas é o pri-meiro passo para que se entenda a importância de abranger diferentes estilos dentro de São José do Rio Preto, pois a monopolização cultural pelo sertanejo acaba desagradando grande parte dos moradores. Não é necessário acabar com as atrações voltadas a esse público, mas sim abrir um leque maior de opções, pois apenas assim a cidade poderá ser conhecida não apenas como uma terra de um único estilo, mas uma cidade eclética, que oferece diversidade cultural a seus moradores.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Cenário músicalO caipira efêmero x country dos EUA.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Cenário músicalO caipira efêmero x country dos EUA.

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Cenário músicalO caipira efêmero x country dos EUA.

Texto: Gabriela SantanaAluna do 6º Período de JornalismoIlustração: Agência PLUG-UP

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Sentado em seu banquinho de madeira, um homem mascando fumo

e dedilhando uma velha viola, compõe canções, enquanto o sol se

põe no horizonte. Essa seria uma boa cena para descrever romanti-

camente um caipira compondo canções sobre sua rotina na roça. Mas a moda

de viola, ou a chamada música de raiz, com canções de raízes épicas e bucó-

licas, já não canta mais as imagens do verdadeiro cotidiano caipira. Hoje, só

traduz dores de amor, com refrãos curtos e repetitivos. Esse ritmo, denominado e

adaptado para ‘universitário’ é hoje consumido em massa, mas surgiu como uma

produção independente voltada para um público específico, o do interior de

São Paulo. Na região de São José do Rio Preto faz tanto sucesso que muitos

consideram a cidade como predominantemente “sertaneja” em termos musicais.

De um modo geral, o sertanejo universitário se mantém nas fronteiras do merca-

do, porém, o consumo é regionalizado. O conteúdo poético presente na histó-

ria da música sertaneja hoje está praticamente morto. O mercado está atrás

de sucessos extremamente fáceis, comerciais, e isso é a bola da vez para a

era do público baladeiro que gosta do que está na moda, que é passageiro.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Sentado em seu banquinho de madeira, um homem mascando fumo

e dedilhando uma velha viola, compõe canções, enquanto o sol se

põe no horizonte. Essa seria uma boa cena para descrever romanti-

camente um caipira compondo canções sobre sua rotina na roça. Mas a moda

de viola, ou a chamada música de raiz, com canções de raízes épicas e bucó-

licas, já não canta mais as imagens do verdadeiro cotidiano caipira. Hoje, só

traduz dores de amor, com refrãos curtos e repetitivos. Esse ritmo, denominado e

adaptado para ‘universitário’ é hoje consumido em massa, mas surgiu como uma

produção independente voltada para um público específico, o do interior de

São Paulo. Na região de São José do Rio Preto faz tanto sucesso que muitos

consideram a cidade como predominantemente “sertaneja” em termos musicais.

De um modo geral, o sertanejo universitário se mantém nas fronteiras do merca-

do, porém, o consumo é regionalizado. O conteúdo poético presente na histó-

ria da música sertaneja hoje está praticamente morto. O mercado está atrás

de sucessos extremamente fáceis, comerciais, e isso é a bola da vez para a

era do público baladeiro que gosta do que está na moda, que é passageiro.

14 15ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

O sertanejo se transformou em fins lucrativos.Na contramão, em Atlan-

ta, nos Estados Unidos, meados de 1922, com vibrantes acordes tocados

através de instrumentos rústicos como o banjo, bandolim, rabeca, washboard

e guitarras elétricas, são gravadas as primeiras canções country. Diferentes

daquele ‘caipira’ festeiro, bebum e galanteador, as canções do country são

fixadas na música folclórica tradicional americana, nas canções de guerra

dos escravos, na música celta, no jazz e na música popular do século XX.

Mesmo enfrentando preconceito, o country explodiu, embalando festas de

jovens por todo o planeta, gerando milhões de dólares com arrecadação e

divulgação e revelando grandes e importantes nomes da música no cenário

mundial, como Willie Nelson, a Band of horses, Johny Cash. Este, com a força

de suas canções, poderosa abordagem e simplicidade genial das melodias,

das mais simples às mais densas, atraiu milhares de fãs. A estética musical e

comportamental dessa linha do country influenciou outras culturas e hoje

está enraizada na dos EUA, sendo um dos principais patrimônios artístico –

musicais do país.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Tem teatro,mas cadê o interesse?

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Tem teatro,mas cadê o interesse?

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Tem teatro,mas cadê o interesse?

Texto: Agnes RubinhoAluna do 6º Período de JornalismoIlustração: Agência MASTERS

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Da onomatopeia da buzina à penumbra, dos últimos

celulares ligados à total escuridão. Lentamente, uma sombra surge no palco. Mais passos. Eis um

candelabro iluminando o rosto do ator. Pronto, o espetáculo

começou.

A pupila dilatada dos espectadores não é somente

pela falta de luz, é também um sinal da expectativa de cada

um. Silêncio no teatro.

No palco, a última adaptação do projeto “Shakespeare,

450 anos”, realizado pelo SESI – SP. O texto original “As You

Like It”, do dramaturgo inglês, conta a saga de Rosalinda,

filha de um duque deposto por seu irmão invejoso. A adapta-

ção “Do Jeito Que Você Gosta”, da Cia. Elevador de Teatro

Panorâmico, mantém a ironia de Shakespeare, com sucesso

notável, visto pelas risadas do público que se divertiu com as

confidências de Rosalinda e sua prima e das análises filosófi-

cas do Bobo da Corte.

A peça critica a superficialidade dos nobres e pode-

rosos e, ressalta a profundidade das inter-relações de quem

vive em comunidade.

Por ser um incentivo à cultura, a entrada no projeto

é gratuita. Mas para Rio Preto talvez não seja o bastante.

Aqui, onde os produtos artísticos de gênero sertanejo são

predominantes, entretanto, há inúmeras ações como a do SESI

para trazer a cultura mundial. Porém, não é suficiente, visto

que o teatro com capacidade para quase 400 pessoas, es-

tava com menos da metade dos assentos ocupada. Casais,

idosos, famílias e poucos jovens: esse era o público.

Há divulgação, mas sem o devido espaço na grande

mídia. No entanto, será que podemos chamá-la de “grande”?

Grande no aspecto de ser referencial dentro da cidade. En-

fim, há cultura, há divulgação, há espetáculo, mas o que falta

mesmo por aqui é interesse.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Da onomatopeia da buzina à penumbra, dos últimos

celulares ligados à total escuridão. Lentamente, uma sombra surge no palco. Mais passos. Eis um

candelabro iluminando o rosto do ator. Pronto, o espetáculo

começou.

A pupila dilatada dos espectadores não é somente

pela falta de luz, é também um sinal da expectativa de cada

um. Silêncio no teatro.

No palco, a última adaptação do projeto “Shakespeare,

450 anos”, realizado pelo SESI – SP. O texto original “As You

Like It”, do dramaturgo inglês, conta a saga de Rosalinda,

filha de um duque deposto por seu irmão invejoso. A adapta-

ção “Do Jeito Que Você Gosta”, da Cia. Elevador de Teatro

Panorâmico, mantém a ironia de Shakespeare, com sucesso

notável, visto pelas risadas do público que se divertiu com as

confidências de Rosalinda e sua prima e das análises filosófi-

cas do Bobo da Corte.

A peça critica a superficialidade dos nobres e pode-

rosos e, ressalta a profundidade das inter-relações de quem

vive em comunidade.

Por ser um incentivo à cultura, a entrada no projeto

é gratuita. Mas para Rio Preto talvez não seja o bastante.

Aqui, onde os produtos artísticos de gênero sertanejo são

predominantes, entretanto, há inúmeras ações como a do SESI

para trazer a cultura mundial. Porém, não é suficiente, visto

que o teatro com capacidade para quase 400 pessoas, es-

tava com menos da metade dos assentos ocupada. Casais,

idosos, famílias e poucos jovens: esse era o público.

Há divulgação, mas sem o devido espaço na grande

mídia. No entanto, será que podemos chamá-la de “grande”?

Grande no aspecto de ser referencial dentro da cidade. En-

fim, há cultura, há divulgação, há espetáculo, mas o que falta

mesmo por aqui é interesse.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Tenta ser, mas não é.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Tenta ser, mas não é.

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Tenta ser, mas não é.Texto: Ariane GodoiAluna do 6º Período de JornalismoIlustração: Agência ELO

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22 ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

23ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

As sete notas musicais: Dó, Ré, Mi, Fa, Sol, Lá e Si, quando

juntas formam as mais diferentes melodias e harmonias,

que junto com as palavras se tornam um propósito de

solucionar ou causar problemas. As ondas dos ritmos entram na pele,

como uma droga, e passam pelas veias tomando posse da alma

como uma fusão de eletricidade e arrepio, que prende a respiração

e causa arritmia ou disritmia no coração.

A música é como um objeto feito por um artesão. Um sapato,

por exemplo, o primeiro par sempre é mais trabalhado, detalhado,

delicado, enquanto que o segundo não costuma sair em sua perfei-

ção. Assim como as bandas covers, elas são cópias, porém, não tão

perfeitas quanto as originais.

As bandas covers vêm de uma influência que mesclam com a

própria imagem. Não há um John Lennon, Freddie Mercury ou John

Forgety em cima do palco, mas cópias das pessoas que querem ser

tão vívidas e reais quanto eles.

Elas também tentam se aproximar dos arranjos, caracteriza-

ções e trejeitos para se assemelhar ao máximo a esse artista que

querem imitar, entretanto, sem nunca chegar a sê-lo. É o que define

banda cover: imitar e interpretar música de um artista/banda ou

várias fontes. Para os fãs mais exigentes, um timbre ou a sonoridade

de um dos instrumentos diferentes aumenta o abismo que há entre o

imitado e quem imita.

O abismo é um fator comum em todas as bandas covers, nem

a melhor que a original escapa, pois, se é melhor, não é mais cover

e sim tem sua própria imagem e deixa de ser cópia. O objetivo do

cover nunca foi ser melhor, mas se aproximar àquela qualidade que

o imitado passou ao público em sua época.

Em Rio Preto, há bares e festas que trazem espaços musicais

para os covers, mas são limitados em opções de escolhas, já que a

cultura local é sertaneja. Os novos talentos não têm muitas chances

de verem repertórios alternativos na cidade. Isso não significa que as

bandas covers precisem perder a sua própria inspiração, contudo,

em outros casos, ao buscarem ser mais do que podem, serem outros

artistas, é aí que elas perdem a essência do que desejam ser e ficam

totalmente limitadas ao próprio mundo, onde são apenas uma imita-

ção a mais entre tantos outros covers que existem.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

A arte em forma de charge.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

A arte em forma de charge.

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A arte em forma de charge.

Texto: Ana Elisa GalvãoAluna do 6º Período de JornalismoIlustração: Agência FACTT

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Desbravando e ocupando o solo do sertão brasileiro, São José do Rio Preto car-

rega uma bagagem cultural que vai desde o artesanato até o teatro, passando

pelo folclore, esporte, música e arte, que encantam e seduzem pelo brilho de suas

cores.

Entre os sons das violas do sertão araraquarense, as paletas colorem, divertem e

emocionam os rio-pretenses. Em traços rápidos, política, economia, ciência, esporte ganham

forma através das charges.

Em jornais e revistas, palavra e imagem compactuam na construção de um discurso

que mescla arte e crítica a um determinado personagem, ou um acontecimento político.

Os desenhos e as pinturas possuem seus significados e têm como principal objetivo in-

formar, entreter e criticar os fatos culturais, históricos e políticos de determinada sociedade,

com humor e seriedade.

Por meio das cores quentes, cores frias, pincéis, telas, signos e símbolos, essa linguagem

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Desbravando e ocupando o solo do sertão brasileiro, São José do Rio Preto car-

rega uma bagagem cultural que vai desde o artesanato até o teatro, passando

pelo folclore, esporte, música e arte, que encantam e seduzem pelo brilho de suas

cores.

Entre os sons das violas do sertão araraquarense, as paletas colorem, divertem e

emocionam os rio-pretenses. Em traços rápidos, política, economia, ciência, esporte ganham

forma através das charges.

Em jornais e revistas, palavra e imagem compactuam na construção de um discurso

que mescla arte e crítica a um determinado personagem, ou um acontecimento político.

Os desenhos e as pinturas possuem seus significados e têm como principal objetivo in-

formar, entreter e criticar os fatos culturais, históricos e políticos de determinada sociedade,

com humor e seriedade.

Por meio das cores quentes, cores frias, pincéis, telas, signos e símbolos, essa linguagem

26 ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

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oferece representações que informam sobre o mundo; e sua principal característica é

abordar o discurso jornalístico, político, tecnológico e artístico do país.

Dentro do coração de Rio Preto, por exemplo, as charges ganharam uma força

ainda maior; nosso interior vem sendo muito bem representado pelo artista e cartu-

nista Lézio Júnior. Com a inteligência e o dom que lhe foram oferecidos, o chargista

consegue transmitir a percepção de emoções, sentimentos e ideias com um olhar crí-

tico voltado para situações cotidianas do Brasil.

Toda essa linguagem de signos está caracterizada nos desenhos e seus signi-

ficados. Pincéis, nanquim, aquarela, telas, esboços não são suficientes, se o artista em

si não tiver inspiração, imaginação, autoconfiança, criatividade, dinamismo, originali-

dade, além de possuir um conhecimento amplo dos estudos da semiótica e possuir um

grande repertório cultural.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

A peculiaridade da cultura árabe.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

A peculiaridade da cultura árabe.

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A peculiaridade da cultura árabe.

Texto: Fernando GerminattiAluno do 6º Período de JornalismoIlustração: Agência MIXTAPE

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

É sabido que a população brasileira é bastante miscigenada, o Brasil é um país cuja principal marca é a mistura cultural. Somente a comunidade árabe possui cerca de 12 milhões de

pessoas entre imigrantes e descendentes. Sabe-se que São José do Rio Preto é uma das cidades que tem um número expressivo de pessoas des-ses povos, possui uma significante comunidade árabe que contém repre-sentantes nos diversos setores culturais e sociais da cidade. A herança cultural árabe é uma das mais ricas do mundo; no que concerne à cultura gastronômica, a comida árabe representa uma importante base para a comunicação, e as refeições são o centro dos encontros familiares e dos círculos sociais. As delícias gastronômicas árabes vão muito além das esfirras e dos quibes: a pimenta, a noz-moscada, o cravo e a canela são também ingredientes que ressaltam o sabor na culinária brasileira. Esses ingredientes são marcas da cultura árabe que foram totalmente incorporadas em nossa mesa.

Essa gastronomia ganhou seu espaço e reconhecimento na cidade devido aos principais itens da culinária que contam com grande varie-dade de carnes, grãos, nozes e temperos. Na verdade, essa culinária foi uma tentativa, especialmente dos Sírios e Libaneses, de manter de certa forma sua cultura e identidade preservadas. O jantar se configura como um momento ímpar, que assim como uma viagem ao exterior, é singela e única, despertando novos sabores e sensações. A integração de sen-sações toma conta do ambiente, permitindo sentir a apaixonante magia dessa inigualável cultura gastronômica.

Em Rio Preto, no tradicional clube Monte Líbano, uma vez ao ano, no mês de outubro, é realizado um jantar árabe, trazendo com riqueza as marcas expressivas dessa cultura. Além do delicioso banquete ofertado, em um dado momento, os convidados são banhados pela magia e técnica que o charme e a beleza da dança do ventre envolvem. Além do clube Monte Líbano, atualmente a cidade de Rio Preto conta com opções fas-cinantes de restaurantes árabes. Alguns são mais apreciados e frequen-tados pelos rio-pretenses como os restaurantes Zahtar e Kiberama, duas opções da mais autêntica cultura e gastronomia árabes.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

É sabido que a população brasileira é bastante miscigenada, o Brasil é um país cuja principal marca é a mistura cultural. Somente a comunidade árabe possui cerca de 12 milhões de

pessoas entre imigrantes e descendentes. Sabe-se que São José do Rio Preto é uma das cidades que tem um número expressivo de pessoas des-ses povos, possui uma significante comunidade árabe que contém repre-sentantes nos diversos setores culturais e sociais da cidade. A herança cultural árabe é uma das mais ricas do mundo; no que concerne à cultura gastronômica, a comida árabe representa uma importante base para a comunicação, e as refeições são o centro dos encontros familiares e dos círculos sociais. As delícias gastronômicas árabes vão muito além das esfirras e dos quibes: a pimenta, a noz-moscada, o cravo e a canela são também ingredientes que ressaltam o sabor na culinária brasileira. Esses ingredientes são marcas da cultura árabe que foram totalmente incorporadas em nossa mesa.

Essa gastronomia ganhou seu espaço e reconhecimento na cidade devido aos principais itens da culinária que contam com grande varie-dade de carnes, grãos, nozes e temperos. Na verdade, essa culinária foi uma tentativa, especialmente dos Sírios e Libaneses, de manter de certa forma sua cultura e identidade preservadas. O jantar se configura como um momento ímpar, que assim como uma viagem ao exterior, é singela e única, despertando novos sabores e sensações. A integração de sen-sações toma conta do ambiente, permitindo sentir a apaixonante magia dessa inigualável cultura gastronômica.

Em Rio Preto, no tradicional clube Monte Líbano, uma vez ao ano, no mês de outubro, é realizado um jantar árabe, trazendo com riqueza as marcas expressivas dessa cultura. Além do delicioso banquete ofertado, em um dado momento, os convidados são banhados pela magia e técnica que o charme e a beleza da dança do ventre envolvem. Além do clube Monte Líbano, atualmente a cidade de Rio Preto conta com opções fas-cinantes de restaurantes árabes. Alguns são mais apreciados e frequen-tados pelos rio-pretenses como os restaurantes Zahtar e Kiberama, duas opções da mais autêntica cultura e gastronomia árabes.

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São José do Rio Preto - SP.

Especiarias do Líbano.

Tempo total:Um pulo de distância.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

A legitimação de valores através da tatuagem.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

A legitimação de valores através da tatuagem.

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A legitimação de valores através da tatuagem.

Texto: Thomaz Baraldo JannuzziAluno do 6º Período de JornalismoIlustração: Agência OCEANIA

Page 34: Revista ÓBVIO - Edição 7 - Segunda Capa

ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Os símbolos sempre possuíram grande valor para a

identidade cultural das pessoas, povos e países. To-

dos estão sempre se apropriando de imagens, formas,

desenhos e figuras como uma forma de mostrarem seu lugar como

indivíduos ou grupo social. Um caso que se aplica perfeitamente a

isso são as tatuagens, uma prática antiga que se firmou das mais

diferentes maneiras e que vem ganhando cada vez mais aceita-

ção e espaço na sociedade. É possível achar tatuados em todos

os lugares e esse número aumenta cada vez mais. Isso é facilmente

perceptível quando olhamos para o grande número de estúdios es-

pecializados que não param de crescer aqui em São José do Rio

Preto e no mundo.

O que para alguns, durante muito tempo, foi considerado,

como a tatuagem, apenas uma forma de arte e diversão, para outros

é formadora de identidade e identificação entre as pessoas, sendo

que um desenho impresso num corpo ganha diferentes conotações,

conforme o ambiente em que o indivíduo está inserido. Índios de

vários países costumam se pintar para, entre outras coisas, assinalar

classificações de status entre os membros da tribo. Em presídios do

mundo inteiro, os próprios detentos se tatuam para diferenciar o gru-

po ao qual pertencem.

Em uma conversa com 10 amigos próximos (todos tatuados),

pude constatar que em grande maioria, os principais fatores decisi-

vos que os levaram a marcar o corpo com uma tatuagem foram fato-

res sentimentais. Tais como: amor, família, salvação, proteção, admira-

ção a alguém ou a alguma coisa, ou então a representação de um

processo histórico igualmente relacionado às cicatrizes naturais, mas

com atitude de escolha própria ao indivíduo, uma busca pelo re-

conhecimento, pela diferença, pela singularidade e individualidade.

Essa expressão da individualidade mostra também uma necessidade

de se diferenciar, singularizar no mundo.

Para finalizar, deixo uma frase de Marina Goper que acredito

caber perfeitamente no entendimento de parte dos tatuados: “Me

perguntaram por que ainda faço tatuagem se reclamo tanto da dor,

respondi que pelo menos essa dor sou eu que procuro, sei quanto

tempo dura e sei a cicatriz que irá deixar. Outras dores vêm sem que

eu permita, por vezes dura a vida toda e nem sempre cicatrizam”.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Os símbolos sempre possuíram grande valor para a

identidade cultural das pessoas, povos e países. To-

dos estão sempre se apropriando de imagens, formas,

desenhos e figuras como uma forma de mostrarem seu lugar como

indivíduos ou grupo social. Um caso que se aplica perfeitamente a

isso são as tatuagens, uma prática antiga que se firmou das mais

diferentes maneiras e que vem ganhando cada vez mais aceita-

ção e espaço na sociedade. É possível achar tatuados em todos

os lugares e esse número aumenta cada vez mais. Isso é facilmente

perceptível quando olhamos para o grande número de estúdios es-

pecializados que não param de crescer aqui em São José do Rio

Preto e no mundo.

O que para alguns, durante muito tempo, foi considerado,

como a tatuagem, apenas uma forma de arte e diversão, para outros

é formadora de identidade e identificação entre as pessoas, sendo

que um desenho impresso num corpo ganha diferentes conotações,

conforme o ambiente em que o indivíduo está inserido. Índios de

vários países costumam se pintar para, entre outras coisas, assinalar

classificações de status entre os membros da tribo. Em presídios do

mundo inteiro, os próprios detentos se tatuam para diferenciar o gru-

po ao qual pertencem.

Em uma conversa com 10 amigos próximos (todos tatuados),

pude constatar que em grande maioria, os principais fatores decisi-

vos que os levaram a marcar o corpo com uma tatuagem foram fato-

res sentimentais. Tais como: amor, família, salvação, proteção, admira-

ção a alguém ou a alguma coisa, ou então a representação de um

processo histórico igualmente relacionado às cicatrizes naturais, mas

com atitude de escolha própria ao indivíduo, uma busca pelo re-

conhecimento, pela diferença, pela singularidade e individualidade.

Essa expressão da individualidade mostra também uma necessidade

de se diferenciar, singularizar no mundo.

Para finalizar, deixo uma frase de Marina Goper que acredito

caber perfeitamente no entendimento de parte dos tatuados: “Me

perguntaram por que ainda faço tatuagem se reclamo tanto da dor,

respondi que pelo menos essa dor sou eu que procuro, sei quanto

tempo dura e sei a cicatriz que irá deixar. Outras dores vêm sem que

eu permita, por vezes dura a vida toda e nem sempre cicatrizam”.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Nem tudo é novo embaixo do sol.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

Nem tudo é novo embaixo do sol.

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Nem tudo é novo embaixo do sol.

Texto: Nayara DalossiAluna do 6º Período de JornalismoIlustração: Agência MASTERS

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

É fácil encontrar sentimento e respeito nos olhos de quem está ali, emergido, girando como gira o mundo, fazendo gestos que contam uma história e que mantêm uma tradição de

amor que se colhe e por quem se foi. Das várias maneiras de contar histórias, a Terra do Sol Nascen-

te escolheu a arte, não se trata somente da arte dos personagens de olhos saltados, nem só de beleza inserida no prato servido à mesa; os japoneses desenham suas palavras e pintam suas paisa-gens em vestes de tecidos nobres, podemos ver de perto todo esse catálogo da vida real.

Aqui, onde todo over é trash, se come com hashi sem saber o nome do prato. Aqui é São José do Rio Preto, cidade na qual a comunidade japonesa conta com famílias quem mantêm a tradição, famílias com pai italiano, mãe japonesa, filhos mestiços, mistura que faz, não só da cidade, mas do país, um compilado de tradições.

Nessa relação bilateral, onde os dois oferecem muito de quem são, é incrível como muita coisa não sai do lugar, permanecem na base, alicerçando tudo organicamente.

Uma das definições de cultura, segundo o Houaiss, é manter cultivada parte de uma região. Quão doce e vivo é compartilhar desse sol que nasce todo dia em terra nova.

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ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

É fácil encontrar sentimento e respeito nos olhos de quem está ali, emergido, girando como gira o mundo, fazendo gestos que contam uma história e que mantêm uma tradição de

amor que se colhe e por quem se foi. Das várias maneiras de contar histórias, a Terra do Sol Nascen-

te escolheu a arte, não se trata somente da arte dos personagens de olhos saltados, nem só de beleza inserida no prato servido à mesa; os japoneses desenham suas palavras e pintam suas paisa-gens em vestes de tecidos nobres, podemos ver de perto todo esse catálogo da vida real.

Aqui, onde todo over é trash, se come com hashi sem saber o nome do prato. Aqui é São José do Rio Preto, cidade na qual a comunidade japonesa conta com famílias quem mantêm a tradição, famílias com pai italiano, mãe japonesa, filhos mestiços, mistura que faz, não só da cidade, mas do país, um compilado de tradições.

Nessa relação bilateral, onde os dois oferecem muito de quem são, é incrível como muita coisa não sai do lugar, permanecem na base, alicerçando tudo organicamente.

Uma das definições de cultura, segundo o Houaiss, é manter cultivada parte de uma região. Quão doce e vivo é compartilhar desse sol que nasce todo dia em terra nova.

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Page 40: Revista ÓBVIO - Edição 7 - Segunda Capa

EXPE

DIEN

TEÓBVIO

REVISTA ELETRÔNICA

ReitorHalim Atique Júnior

Vice-ReitoraManuela Kruschewsky Bastos Atique

Pró-Reitora AcadêmicaAgdamar Affini Suffredini

Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-GraduaçãoAnete Maria Lucas Veltroni Schiavinatto

Pró-Reitor FinanceiroAlmir Pecoraro Junior

Coordenadora do Curso de Comunicação SoacialLuciana Leme Souza e Silva

Produtora ExecutivaLuciana Leme Souza e Silva

Professores OrientadoresDinamara Garcia RodriguesMarcos Sestini

Diretora de RedaçãoDinamara Garcia Rodrigues

Revisora GeralDinamara Garcia Rodrigues

Editora-ChefeDinamara Garcia Rodrigues

Diretor de ArteMarcos Sestini

Produtor GráficoMarcos Sestini

EditoralDinamara Garcia Rodrigues

RevisorSalomão Boaventura

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EXPE

DIEN

TE

ÓBVIOREVISTA ELETRÔNICA

ReitorHalim Atique Júnior

Vice-ReitoraManuela Kruschewsky Bastos Atique

Pró-Reitora AcadêmicaAgdamar Affini Suffredini

Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-GraduaçãoAnete Maria Lucas Veltroni Schiavinatto

Pró-Reitor FinanceiroAlmir Pecoraro Junior

Coordenadora do Curso de Comunicação SoacialLuciana Leme Souza e Silva

Produtora ExecutivaLuciana Leme Souza e Silva

Professores OrientadoresDinamara Garcia RodriguesMarcos Sestini

Diretora de RedaçãoDinamara Garcia Rodrigues

Revisora GeralDinamara Garcia Rodrigues

Editora-ChefeDinamara Garcia Rodrigues

Diretor de ArteMarcos Sestini

Produtor GráficoMarcos Sestini

EditoralDinamara Garcia Rodrigues

RevisorSalomão Boaventura

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RedatoresAgnes Rubinho

Ana Elisa GalvãoAriane Godoi

Fernando GerminattiGabriel Vital

Gabriela SantanaGiovanni Maiolini

Nayara DalossiThomaz Baraldo Jannuzzi

DiagramadorWesley S. Estácio

DesignerWesley S. Estácio

Agências

ApachêFelipe Maciel.

Filipe HumbertoJuliana Penaquini

Vitor Felipe de Oliveira Queiroz

ELODaniela Pérez

Evandro DonizeteJacqueline Souza

Jéssica Frausto

FACTTAna Caroline Cabrera

Franciele MirandaTamyris Caires

Thiago Medeiros

MastersDiego Marquioli

Maria Gabriela LupiMatheus Luís

Priscila PavanetteWesley S. Estácio

MIXTAPEAngelo Batista Cunha Neto Ranny Ragghianti Vinícius Monteiro

OceaniaMaytê BiscassiTiago PaceVitória GerlachWilliam Castro

PLU-UPBruna PereiraMicheli Zingaro

Wings of AngelDouglas GomesFrank CorrêaIsabella Lulio de AndradeLuis Paulo Moraes

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REALIZAÇÃO