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O ESPORTE E A CIDADE SKATE LOMO O NOVO QUE É CLÁSSICO 61 ( ) olhar EDIÇÃO 01 | FEVEREIRO 2013

Revista Olhar 61

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Publicação desenvolvida ao longo do 2º semestre de 2012 na disciplina de Planejamento Gráfico da Universidade de Brasília. Orientação: Suzana Guedes Alunas: Alessandra Azevedo, Juliana Ciarlini, Luisa Turbay e Stéphanie Sant'Anna.

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O ESPORTE E A CIDADESKATE

LOMOO NOVO QUE É CLÁSSICO

61( )olhar

EDIÇÃO 01 | FEVEREIRO 2013

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olhar

Expediente

Editora-chefeLuisa Turbay

CoordenadoraJuliana Ciarlini

ReportagemAlessandra Azevedo

Juliana Ciarlini

Luisa Turbay

Stèphanie Sant’Anna

Editora de ArteAlessandra Azevedo

Assistente de ArteJuliana Ciarlini

Editor de Fotografi aStèphanie Sant’Anna

Assistente de Fotografi aLuisa Turbay

Fotografi aAlessandra Azevedo

ColaboradoresBernardo Prates

Carolina Bchara

Jorge Macedo

Rogério Verçoza

RevisãoLuisa Turbay

Tiragem5 mil exemplares

ImpressãoGráfi ca Central Park

Carta ao Leitor

Brasília em mil faces

A cada mês e a cada ano, assistimos uma Brasília que se transforma cada vez mais. São festivais de música, um movimento teatral e cinematográfi co de encher os olhos, exposições, monumentos e manifestações para os gostos de todos os brasilienses. Não é a toa que a revista olhar 61 tenha como matéria prima do seu trabalho o cenário artístico e cultural da capital. Elaborada por quatro alu-nas da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, a revista procura atingir um público específi co, que goste de fotografi a, arte, skate e grafi te pelas ruas, o lazer no lago Paranoá, entre tantos outros assuntos. A re-vista foi pensada para que tanto os brasilienses conheçam mais a cidade em que vivem como quem vê nossa queri-da Brasília de fora tenha vontade de conhecer e apreciar. Por fi m, o objetivo desta 1ª edição é cativar e despertar o desejo de abocanhar pelo menos um pouquinho da infi ni-dade de movimentos da cidade.

Luisa [email protected]

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As ondas de BrasíliaA capital prova que não é só na água salgada que as pessoas podem se aven-turar

Arte em curvas, retas e sprayConheça a história do grafite e sua importância em Brasília

A Arte e vida de BettyUm retrato da artista plástica que cresceu e se consolidou junto com Brasília

Design de concreto e muita arte no setor de clubesDescubra tudo que o CCBB tem a oferecer

Olhos da cidadeParque da Cidade pelos olhares de alguém que cresceu ali

Surfe no asfaltoPioneiros e amantes da prática do skate

em Brasília falam sobre o esporte

O analógico voltou com tudo A mania de fotografar a qualquer

momento virou febre no Brasil e no mundo

De Brasília para o mundoSaiba mais sobre artistas e bandas

que se formaram na capital

Brasília e seus baresAs filosofias de boteco da cidade

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SUMÁRIO

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Brasília não tem mar, mas tem o Lago Paranoá. Não tem praia, mas tem Pontão e Calçadão. A capital prova que não é só na água salgada que as pessoas podem se aventurar

AS ONDASDE BRASÍLIA

olhar|61 l 25 DE FEVEREIRO, 2013 l 3

Caiaques para passeio

Por L

ouis

e G

aldi

ano

Entre as alternativas às praias do litoral, Brasília apre-senta o Pontão. Como o próprio nome diz, trata-se de um ponto de encontro dos brasilienses e turistas desde 2002. Encontra-se no Lago Sul da cidade, e seus 134 mil metros quadrados estão repletos de quiosques, bares, restaurantes e um grande espaço livre, além de vários ban-quinhos para as pessoas sentarem e ficarem admirando o Lago Paranoá e as luzes do shopping Pier 21, que fica do outro lado. Para os esportistas, as opções vão de wake-board a windsurfe. Ninguém pode dizer que não se surfa em Brasília.

Já no lado norte da cidade, é o Calçadão da Asa Norte que se encarrega do clima praiano. Seus 22 mil metros quadrados se estendem pela beira norte do Lago Paranoá desde julho de 2011, quando foi inaugurado. Ainda não tem restaurantes, quiosques ou bares, mas o local acolhe

muitas rodas de amigos – com ou sem seus violões. O foco aqui é passear, relaxar e há até mesmo aqueles que vão lá para pescar. Também é bastante visitado por pessoas que vão fazer caminhadas, levar as crianças para o parquinho, ou apenas ficar de bobeira, esperando o tempo passar. Lá, é possível alugar caiaques a partir de R$15 por uma hora. Um passeio de lancha com cerca de 30 minutos custa a partir de R$ 40 por pessoa.

Para aqueles que não querem se jogar no lago, os clubes da cidade também não deixam a desejar. Há mui-tas opções, tanto no Setor de Clubes Sul quanto no Norte, para quem quer fazer um churrasquinho, dar um mer-gulho, praticar esportes ou tomar sol. Quem disse que é só no litoral que as pessoas são bronzeadas?

AO AR LIVRE l NOSSO MAR

Vista do calçadão ao amanhecer

POR ALESSANDRA AZEVEDO

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SURFE NO

Os jovens que usam uma das 25 pistas de skate do Distrito Federal possivelmente desconhe-cem a origem do esporte na cidade. “Diz a lenda que o primeiro skatista de Brasília foi o norte-americano Terry Lee, fun-cionário da Embaixada dos Estados Unidos”, relembra Luiz Carlos Ramos, prati-cante do esporte desde criança e mais conhecido como Dentinho.

OrigensO que se sabe é que

os primeiros adeptos sur-giram logo no começo dos anos 1970, influenciados pelas manobras que vi-nham do Rio de Janeiro. Edmir Silveira, o Carnei-

rinho, levou a novidade para a 115 Sul, quando se mudou com a família no início dos anos 70. Sua ideia era realizar nas calçadas ou no asfalto movimentos semelhantes aos do surfe, esporte que praticava na capital fluminense.

Marcos Gorayeb, 50 anos, mais conhecido co-mo Goiaba, produtor rural e instrutor de stand up paddle, lembra a surpresa e a dúvida que lhe surgiram ao ver os primeiros ska-tistas andando na cidade: “Legal, mas onde eu pos-so encontrar um desses?”. Não se encontrava.

Diferentemente de ho-je em dia, em que marcas de skate surgem na capital, naquela época nem sequer

fabricantes existiam no Brasil. A saída era impro-visar. “Desmontava um par de patins para utilizar os eixos e rodinhas pregados à uma tábua de passar roupa”, conta Goiaba, que começou no esporte por volta de 1972.

Depois que os pratican-tes conseguiam o skate, construído artesanalmen-te ou encomendado junto às lojas importadoras, o passo seguinte era buscar uma ladeira em que os mo-vimentos dos surfistas pu-dessem ser imitados.

Influências externasA proximidade com o

surfe não se limitava ape-nas ao que diz respeito às manobras, ela se estendia

também às questões esté-ticas. A partir do contato com revistas internacio-nais, jovens skatistas da ci-dade adotavam o estilo de surfistas estrangeiros, que eles viam nas matérias de revistas do exterior.

“A referência para o skate, na época, era o sur-fe, então costumávamos andar de short, descalços e sem camisa”, explica Den-tinho, publicitário, funcio-nário público e também músico nas horas vagas.

Mário Márcio, 49, fun-cionário da Câmara dos Deputados, diz que as pes-soas começaram a andar de skate por influência da mídia. “Vi uma reportagem no Correio com o ‘Patinho’ na capa, um típico surfista,

POR JORGE MACEDO E ROGÉRIO VERÇOZA

Pioneiros e amantes da prática do skate em Brasília representam o esporte que cresceu e hoje se espalha por todo o Distrito Federal

Skatistas realizam manobras nos espaços públicos de Brasília

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POR AÍ l SKATE

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loiro e cabeludo. Aquilo me chamou a atenção”, conta.

Os primeiros carrinhos eram feitos a partir da se-paração dos eixos de pa-tins e fixação com pregos nas tábuas, mas ninguém tinha uma na época. As inúmeras praias vistas nas páginas estrangeiras esti-mularam a busca por no-vos locais para a prática, que teve início na calçada que fica entre os blocos B e C da quadra 115 sul.

Rampas e improvisos“Começamos a andar

no antigo Defer (atual Se-cretaria de Esportes do Go-verno do Distrito Federal), 107 Sul, Setor Comercial Sul, Cine Brasília, estacio-namento da 509 sul e na

descida do Cine Drive-in. Como os locais na cidade não tinham muita estrutu-ra, os próprios praticantes começaram a construir as rampas”, recorda Denti-nho. “Uma das primeiras que fizemos foi na AABB, e depois no Colégio Objeti-vo, ambas de madeira“.

Para reivindicar me-lhores locais para praticar, quando o Parque da Cida-de foi inaugurado em 1978, os jovens marcaram audi-ência com o então secre-tário de Esportes do GDF, Nilson Nelson.

Mário Márcio relembra que as pessoas não sabiam o que era o esporte. “Des-de então lutamos para que uma pista fosse cons-truída na cidade. Tivemos

uma área exclusiva, o Tri-bal Park, no Parque Sarah Kubitschek, dedicada aos praticantes. Cheguei a ou-vir de alguns dos principais skatistas do país, como Lincoln Ueda e Sandro Mi-neirinho, que era uma das melhores do mundo“.

Novos pontosEntretanto, o negócio

não funcionou, a pista foi fechada pouco tempo de-pois. “Até hoje o Parque não tem uma pista especí-fica para nós”, lamenta.

Por volta de 1978, a modalidade de speed co-meçou a ser praticada. Os skatistas brasilienses pas-saram a frequentar ladei-ras mais acentuadas em busca de velocidade, o que

exigia carrinhos com rodas e shapes maiores. “O nos-so ponto de encontro era a Casa do Candango, que fica na L2 Sul. De lá, descí-amos em direção à ponte Costa e Silva e, quando não tinha muito vento, chegá-vamos à frente do Pontão do Lago Sul”, conta o fo-tógrafo Rafael Mendes, 50, que começou no esporte com 12 anos, em 1974.

CampeonatosA pequena ladeira da

115 Sul, que abrigou os skatistas pioneiros da ci-dade, foi o principal palco das primeiras competições na capital. O 1oº Festival Brasiliense de Skate, assim chamado em reportagem assinada pelo jornalista Ir-

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ASFALTO

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lam Rocha, foi organizado pelos praticantes mais an-tigos em 1975. Além disso, eles eram os responsáveis pelo julgamento das ma-nobras feitas pelos atletas.

“Esses caras, dois ou três anos mais velhos que nós, foi que fi zeram o pri-meiro campeonato só para eles. Algum tempo depois aconteceu uma competi-ção em que os caras mais novos puderam participar e acabei fi cando em tercei-ro lugar”, informa Rafael.

InspiraçãoSegundo Mário, a ins-

piração dos skatistas da capital vinha de fora, ao ler revistas especializadas. “Sempre fomos fãs da Ska-teboarder. Quando ela che- gava por aqui, a gente lia e, a partir das fotografi as, tentava fazer os mesmos movimentos. O que não tí-nhamos eram os mesmos lugares em que eles, na Califórnia, executavam as manobras”, conta.

Coincidência ou não, o esporte associado à rebel-dia conquistou bastantes adeptos na cidade durante a ditadura e dentro de uma quadra que era destinada a civis e militares (115 Sul). Nesta quadra foi onde a- conteceu o 3º campeonato, realizado em 1976, que reuniu muitas pessoas em volta da ladeira para acom-panhar o novo esporte.

“A gente era moleque e crescia no meio dessa re-

pressão toda. Sem perce-ber direito, porém revolta-dos”, afi rma Goiaba. Para Irlam Rocha Lima, a pre-sença do público na com-petição se justifi ca porque não existiam muitas atra-ções, naquela época, para a juventude de Brasília.

Nova geração

Segundo os pioneiros da capital, o skate evoluiu muito e os novos pratican-tes fazem manobras bas-tante arrojadas. “A mole- cada hoje voa quase cinco metros além do limite da rampa, é muito alto e ar-riscado”, diz Dentinho.

Franklin Barbosa, 26, que pratica o esporte des-de a infância, ressalta a importância dos skatistas mais experientes. “É ba-cana ir até ao Eixão no domingo e ver gente de diversas idades em cima do carrinho. Os skatistas mais antigos são fonte de inspiração para os novos”.

Mário Márcio reconhe-ce o carinho dos skatistas da nova geração, e se sen-te um privilegiado por aju-dar a divulgar o esporte na capital federal. “Nós fomos o começo deste ciclo, isso é motivo de grande orgulho para todos nós. Servimos de motivação para nossos fi lhos e nossos netos. É im-portante que todos saibam que o skate é um estilo de vida, e que o esporte está presente nas nossas vidas e nos faz muito bem”.

Quando foi o seu primeiro contato com o skate?Deve ter sido em 1998. Me lembro de ter pedido um skate para os meus pais, em alguma data comemo-rativa, e eles trouxeram de uma viagem que fi zeram.

Qual é o seu lugar preferi-do atualmente para andar em Brasília?Meu pico preferido é o Se-tor Bancário Sul, pois o chão é bem lisinho e tem bastante espaço, o que faz de lá o local perfeito.

Quais foram suas referên-cias/infl uências no skate?No início foram os gran-des nomes do skate: Tony Hawk, Bob Burnquist etc. Hoje em dia são tantos no-mes que nem dá pra citar.

Você costuma participar ou já participou de algum campeonato de skate? Aqui em Brasília, nunca. Os únicos campeonatos

dos quais participei foram durante duas temporadas do Skate Camp em Soroca-ba, cujo nome era “Volcom Animais na Pista”.

Quais as manobras que mais gosta de fazer?As minhas manobras pre-feridas são o Ollie e o Flip, mas sempre tento variar e treinar todas que sei. Mui-tas vezes tento aprender novas manobras, mesmo que elas sejam difíceis.

Qual é a que você conside-ra mais difícil?A manobra mais difícil, na minha opinião, é a 360 Flip. É uma manobra que até hoje não acertei, porém ainda não perdi as espe-ranças de conseguir.

Já fez alguma loucura pelo skate?Não, eu nunca fi z. Embora já tenha visto muita gente fazer, principalmente em questão de manobras.

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Por F

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RetratoBernardo Prates

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ART

E EMCURVAS,RETAS E SPRAY

O concreto cinza fornece um imenso mural para o grafite, arte que se mistura ao ritmo das ruas de forma provocativa

POR LUISA TURBAY

A arte do grafite é um exemplo de manifestação artística em espaços pú-blicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes. Seu apareci-mento na Idade Contem-porânea se deu na década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Al-guns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas mar-cas evoluíram com técni-cas e desenhos diversos.

O grafite está ligado diretamente a diferentes movimentos, em especial ao Hip Hop, para o qual é uma forma de expressar toda a opressão que a hu-manidade vive, principal-mente os menos favoreci-dos – ou seja, o grafite re-flete a realidade das ruas.

Introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo, os brasilei- ros não se contentaram com o grafite norte-ameri-cano, então começaram a incrementar esta arte com um toque brasileiro. Como resultado, o grafite brasileiro é hoje reconhe-cido entre os melhores de todo o mundo.

Considerada um patri-mônio da humanidade pela UNESCO, a capital do país é um espaço privilegiado para a interação artístico-cultural. É desta forma que

POR AÍ

grafiteiros dos mais vari-ados cantos do país têm vindo à capital para expor seus trabalhos nos muros da cidade, e também in-teragir com os novos e an-tigos artistas locais.

A dupla de grafiteiros cariocas Toz e Br, pionei-ros no ensino da arte do grafite no Rio de Janeiro, esteve na capital federal dividindo com alunos ini-ciantes as suas técnicas de trabalho. Em parceria com a Flashback Crew, grupo de grafite ao qual Toz e Br fazem parte, aconte-ceu no Centro Cultural Re-nato Russo, em 2011, um curso inédito de técnicas de grafite, onde meninos e meninas puderam apren-der a arte plástica que tem consagrado os artistas bra-sileiros pelo mundo.

Em meio a cursos e ex-posições, a capital mos-tra que tem espaço para o grafismo engajado do movimento Hip Hop e tam-bém para os grafiteiros ar-tistas plásticos, que, assim como a dupla do Rio de Ja-neiro, têm migrado dos muros das ruas para as ga-lerias e centros culturais.Muro pintado em Taguatinga

Muro por Toz, no RJ

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Por H

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Cam

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l GRAFITE

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FOTOGRAFIA l LOMOGRAFIA

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O

Fotografar a qualquer momento com as Toy Cameras virou febre no Brasil e no mundo

Ao invés de sair para fotografar, os amantes da lomografia saem para lo-mografar. Há quem pense que vale a pena dormir com a câmera do lado, para que nenhum bom momento seja perdido ou desperdiçado. Lomografia é um movimento fotográf-ico que utiliza câmeras au-tomáticas de baixo custo.

O processo consiste na recepção contínua de luz que é feita através do sistema de exposição au-tomático, chegando a du-rar 30 segundos. Há diver-sos modelos e tamanhos, variando de 100 a 1000 reais. Atualmente, a Lo-mography é a maior fábrica de câmeras lomográficas do mundo e tem uma filial no Rio de Janeiro, Brasil.

Desde os modelos de câmeras minúsculas até as câmeras maiores, há lo-mos para todos os gostos e câmeras que produzem efeitos infinitos. O nome é uma referência ao modelo LOMO LC-A, uma câmera super compacta da marca LOMO. A LOMO é baseada na Cosina CX-1 e começou a ser produzida em 1980.

O olho de peixe, ou fisheye, faz com que a fo-tografia fique com uma moldura circular e escura. Já as famosas câmeras Di-ana produzem fotogra-fias com saturação diferen-ciada e cores mais fortes. As lentes das máquinas lomo são de plástico e pro-duzem efeitos artísticos, e dependem apenas do filme e da incidência da luz.

Há dois tipos de filmes indicados para se utilizar nas câmeras lomo. O de pequeno formato com 35 mm e o de médio for-mato, com 120 mm. O de pequeno formato propor-ciona 36 poses, já o de mé-dio formato, apenas 12.

Outro fator que influi na qualidade e nos efeitos da foto é a sensibilidade, indicada pelo ISO. O ISO de 25 a 64, proporciona baixa sensibilidade e baixa granulação, indicado para muita luz e grandes am-pliações. Já o ISO de 100 a 400 tem média sensibili-dade e granulação, e é uti-lizado para iluminações e ampliações médias. E, por fim, o ISO 800 a 3200, que possui alta sensibilidade e alta granulação.

Significa dizer que é indicado para os locais com pouca iluminação e pequenas ampliações.Para os brasilienses que querem se aventurar no universo lomográfico, há o estú-dio f/508 localizado na Asa Norte, Brasília. Lá, além de encontrar um arsenal de câmeras lomográficas para a venda, há também cur- sos com profissionais quali- ficados de fotografia.

O site oficial da lomo é o www.lomography.com, e é também uma fonte de ideias e de venda de câmeras e acessórios es-pecializados. Vale a pena começar a pesquisar sobre o assunto e comprar a pri-meira câmera lomográfica, pois a experiência é sensa-cional, gratificante e única.

POR JULIANA CIARLINI

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VOLTOUANALÓGICO

COMTUDO

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ENTREVISTA - ISABELA f/508

Estudante de Arquitetura na UnB, 22 anos.Como e quando surgiu a paixão pela lomografia?Eu já era apaixonada por fotografia analógica, porque herdei a Pentax que meu pai usava. No curso básico que eu fiz aqui no f/508 faz uns 5 anos, conheci a lomo por uma menina que fazia aula comigo e não consegui mais largar, virou um vício.Como foi abrir um estúdio de fotografia diferente de todos os outros de Brasília? O estúdio é uma consequência do projeto do Humberto. O Espaço f/508 tenta englobar esse universo da fotogra-fia buscando diversas áreas. Ao mesmo tempo que somos escola, somos estúdio, galeria, impressão, loja e ainda tentamos reviver a fotografia analógica!Qual é a sua área de trabalho no f/508?Aqui no f/508 todo mundo faz um pouco de tudo. Sou coordenadora dos cursos, mas ajudo na parte administra-tiva, dou monitorias de fotografia, seguro rebatedor no estúdio e auxilio em outras atividades.Quantas lomos você possui e como as adquriu?Eu devo ter umas 10 lomos, vício é vício né? A minha pri-meira foi na internet, outra foi no f/508, algumas me trouxeram da gringa, outras me deram de presente.

Quem são os seus colegas de trabalho?Meus amigos de trabalho formam um núcleo artístico! O Humberto é publicitário e constante gerador de ideias, a Raquel é formada em Artes Plásticas, a Tainá faz cinema e no fim todo mundo é fotógrafo.Como você vê o movimento lomográfico?É difícil dimensionar a proporção que a lomografia ga-nhou. A sociedade lomográfica é gigantesca! E como a estética dela é muito atrativa, ela deixou de ser apenas do mundo da fotografia. Você vê lomos em revistas, catálo-gos de roupas e propagandas. No Brasil tudo é um pouco mais devagar. Fotografia analógica é uma brincadeira cara, então as pessoas ainda não se adaptaram tanto co-mo em outros lugares. Mas estamos tentando fazer esse movimento acontecer.De que forma você acha que a lomografia acrescenta algo para as pessoas?Eu vejo a lomografia como um resgate da fotografia analógica. Com tanta tecnologia, as pessoas não conse-guem perceber a importância do analógico na nossa vida. Quando 36 poses são tudo o que você tem e você ainda terá que esperar alguns dias pra saber se deu certo, a foto tem mais valor. Eu ainda acredito que o futuro é analógico.

10 l 25 DE FEVEREIRO, 2012 l olhar61

Falta pouco para a fotografia completar 200 anos. Dois impulsos opostos empurram a produção de imagens para o futuro e para o passado. O Instagram permite que uma imagem capturada por celular seja compartilhada em poucos segundos por um número ilimitado de pessoas. Na outra ponta, a lomografia ressus-cita o filme, a revelação, o papel e a surpresa. Lançado em outubro de 2010, o Instagram é um aplicativo gratuito que permite aos usuários tirar fotos, aplicar um filtro e depois compar-tilhá-la em uma variedade de redes sociais, incluindo o próprio Instagram. Esse aplicativo foi desenvolvido e projetado pelo brasileiro Mike Krieger e pelo norte-americano Kevin Systrom, inicialmente para uso em dispositivos móveis Apple iOS sendo pos-teriormente disponibilizado no sistema Android. Além

do aplicativo permitir aos usuários compartilharem suas imagens, disponibiliza também uma grande variedade de filtros e efeitos. Eles podem compartilhá-las através do aplicativo e em redes sociais como Twitter, Facebook,

Foursquare e Tumblr, dentre tantas outras. De acordo com os dados divulgados em se-tembro de 2012, o Instagram tem mais de 80 milhões de usuários, que já compartilha-ram mais de 4 bilhões de fotos desde que o serviço foi lançado. Após a recente venda pa-ra o Facebook, no valor estimado de R$ 1,8 bilhão, a popularidade do Instagram deve

crescer ainda mais, devido ao fato de estar associado a uma das maiores e mais importantes redes sociais do mo-mento. A estimativa é de que o número de usuários dobre, assim como o volume de fotos postadas diáriamente.

LOMOGRAFIA MODERNA

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PERFIL l BETTY BETTIOL

A AR

TE E

VID

A D

E BETTYPOR LUISA TURBAY

Ela é referência quando o assunto é artes plásticas. Admirada. Inovadora. Co- lecionadora de obras.

Esse “ lado A ” de Betty Bettiol todos já conhecem. Mas poucos sabem que a esposa e mãe dedicada é pioneira de Brasília e já se aventurou mundo afora para garimpar peças de arte de vários estilos.

Desde criança, Betty já se aventurava pelo mundo das artes. Seu pai, Os-waldo Gentil, era cantor de coral, pintor conhecido e um verdadeiro boêmio. Sua mãe, herdeira de uma beleza alemã, comandava uma estamparia. A família, adorava receber os amigos em casa. Era hábito os be-los jantares com Alfredo Volpi, Francisco Rebolo e Lucas Pennacchi.

O jovem rapaz Luiz Carlos Bettiol frequentava os mesmos ambientes que Betty. Na época, ela tinha 14 anos, e ele, 19. Quando se encontraram pela pri-meira vez, ele anotou o telefone da jovem. Mas a ligação só aconteceu cinco anos depois, quando se re-encontraram e, seis meses depois, casaram-se.

Em 1962, Betty então com 20 anos, recém casada com o já advogado Bettiol, desembarcou em Brasília. E foi aqui na capital federal que ela decidiu construir seu lar e criar os quatro filhos. Uma paulista de nascimento e candanga de mente e alma.

Anos mais tarde, a ar-tista se aventurou na pin-tura. Na sequência, ino-vou com as esculturas. Foi quando presenteou a ci-dade com a obra Venturis

A artista Betty Bettiol

Ventis, assentada na en-trada da QL 12 do Lago Sul, com cinco toneladas de aço-carbono distribuí-das em dois planos retan-gulares e o brasão do país. A obra situa quem a ad-mira, apontando o Norte, Sul, Leste e Oeste. De-pois, Betty dedicou-se à aquarelas e madeira.

Paralelamente, ela re-solveu desbravar o céu do Brasil. Foi quando Betty e Bettiol aprenderam a pi-lotar aviões. As paisagens são inspirações para as obras dela, fazendo com que a artista seja rotulada como geômetra.

Betty é uma sonha-dora. Sonha alto. Tem um projeto em mente: cons-truir um museu de arte popular brasileira, no qual ela quer dividir seu acervo e servir de referência para gerações futuras.

Obra em óleo sobre tela da artista

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DE

BRAS

ÍLIA

Artistas e bandas que se formaram na capital mostram a sua regionalidade e hoje fazem sucesso por todo país

A capital do Brasil é uma cidade de diferentes mistu-ras. Marcada pela influência cultural das cinco regiões do país, seria impossível que essa diversidade estivesse fora do contexto musical.

O surgimento de artistas e bandas locais é, muitas vezes, fruto do ambiente político e social de uma época, e não foi diferente com o que ocorreu e ainda está ocor-

POR STÈPHANIE SANT’ANNA

12 l 25 DE FEVEREIRO, 2013 l olhar|61

Legião Urbana na Capital Federal

Sem dúvida o rock brasileiro não seria o mesmo sem o Legião Urbana. Formada em agosto de 1982, a banda foi um dos produtos da divisão da antiga banda Aborto Elétrico, que gerou também o Capital Inicial.

A Legião Urbana entrou em cena acelerando o anda-mento da música jovem brasileira. Inspirada em bandas como Sex Pistols , The Beatles, Ramones, The Smiths, The Cure, Talking Heads e Joy Division, nos anos 70 fez parte do movimento de bandas de Brasília chamado “Turma da Colina”, junto a bandas como a Plebe Rude e a Blitz. De toda a geração emergida no boom do rock nacional em 1985, ela foi a banda mais venerada pelo público e respei-tada pela crítica, e compõe junto com o Barão Vermelho, Titãs e Paralamas do Sucesso o chamado quarteto sagrado do rock brasileiro.

rendo aqui na capital. Os diferentes movimentos políti-cos que o país enfrentou e a situação econômica da região foram cruciais para o desenvolvimento de ideais revolu-cionários que marcaram a formação de bandas como o Aborto Elétrico que, mais tarde, se dissolveu e deu origem ao Legião Urbana e ao Capital inicial.

Com a produção atual não é diferente. O cenário múl-tiplo e tudo o que a capital oferece são refletidos nas per-formances de bandas regionais como o Móveis Coloniais de Acaju e Natiruts. O entorno também se faz presente cada vez mais no espaço brasiliense, tendo como exem-plo disso a mais nova estrela da cidade, a cantora Ellen Oléria, que conquistou visibilidade nacional ao vencer o programa The Voice Brasil, da Rede Globo.

PARA O

Importância Nacional

MUNDO

DAQUI l ARTISTAS LOCAIS

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Do rock ao reggae, Brasília traz também a banda Natiruts, formada em 1996 pela união de colegas da UnB que tinham a música como válvula de escape das suas tris-tezas e desilusões com a realidade brasileira.

No Brasil, o reggae sempre fugiu de seu ritmo original, mas quando a banda Natiruts surgiu, trouxe de volta os sons jamaicanos para o cenário brasileiro do reggae, que já andava carente depois da desistência do Skank e do Ci-dade Negra em manter o estilo mais tradicional.

A banda, elogiada na cena nacional por se manter fiel às suas origens, defende o reggae de raiz, mas incorpora ao seu som uma grande influência de ritmos brasileiros. Sua importância na preservação da originalidade das suas influências é tanta que, sem eles, o reggae já teria saído das paradas do país há muito mais tempo.

Formado em 1998, o Móveis Coloniais de Acaju é uma banda que saiu da garagem e construiu a sua caminhada atuando nos palcos de pequenas apresentações na capital. O grupo faz um show divertido e bastante participativo, graças à energia e disposição de seus integrantes ao vivo e ao carisma e simpatia do vocalista André Gonzalez.

O lançamento do primeiro disco, Idem (2005), que trazia uma mistura suingada de ska e ritmos do leste, além de música típica brasileira, contribuiu muito para o sucesso das performances.

Em 2009, a banda se juntou ao então produtor Carlos Eduardo Miranda para conceber e gravar o segundo disco da banda, um álbum virtual e gratuito chamado C_mpl_te.

Ellen Oléria é uma cantora, compositora e atriz brasi-liense que ficou nacionalmente conhecida recentemente por ter sido a vencedora do reality show musical “The Voi-ce Brasil” (2012), apresentado pela TV Globo.

Nascida em Brasília, foi criada no Chaparral, região de Taguatinga, e formou-se atriz na Universidade de Brasí-lia. Iniciou a carreira de cantora aos 16 anos, cantando em coros de igreja por influência dos pais. Com uma voz mar-cante, ela mistura bossa nova, funk, hip-hop, MPB, sam-ba, soul, e poesia nas letras e melodias de sua autoria, e já abriu e participou dos shows de vários artistas.

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Formação atual da banda Natiruts

Móveis Coloniais de Acaju em apresentação

Ellen Oléria transborda emoção em suas performances

Estrela Nacional

Diferentes sons

Para todos

Por A

riel M

artin

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Quem diz que os brasilienses não tem o que fazer por aqui, está muito enganado. O Centro Cultural Banco do Brasil, nos últimos dois anos, vem se transformando em um dos maiores pólos turísticos e culturais da cidade de Brasília. Além da sala de cinema que comporta até 100 pessoas, possui uma sala de teatro com iluminação e ca-deiras acolchoadas e 4 galerias de exposições. Conta com um Bistrô, que modestamente só tem pratos deliciosos, e um Café, perfeito para o fim de tarde. Conta com uma área verde que ocupa quase todo o terreno, onde são montados palcos para festivais de música, cinema e arte.

É surpreendente o tamanho e a qualidade das gale-rias e das exposições trazidas pelo centro cultural. Peças artísticas que circulam pelo mundo todo tem como ponto chave na rota o CCBB Brasília. Ao todo, desde a inaugu-ração em 2000, foram mais de 7,4 milhões de visitantes, alcançando ainda em abril de 2012 a posição de 45º lugar dos cem museus mais visitados do mundo, segundo a re-vista britânia The Art NewsPaper. Isso significa dizer que a cada ano, o CCBB melhora e amplia a sua estrutura.

De crianças a idosos, os perfis que protagonizam como visitantes são os mais variados. Mesmo que o forte sejam as exposições, distribuídas por 4 galerias, os festivais de cinema não deixam a desejar. Nos últimos anos foram tra-zidos festivais de cinema árabe, coreano, chinês, alemão, polonês, entre tantos outros. Há também o culto aos grandes cineastas, como recentemente Woody Allen e Pe-dro Almodóvar, no qual são reproduzidos inúmeros filmes que marcaram a carreira de cada um. A bilheteria é aberta de terça à domingo, e os preços são bastante populares. O objetivo do centro cultural, que não cobra valor algum pela entrada, é difundir a alta cultura e os maiores nomes artísticos do mundo para todas as camadas da sociedade.

Para quem se interessar, o CCBB Brasília fica localizado no Setor de Clubes Sul, Trecho 02, lote 22, perto da ter-ceira ponte e funciona de terça à domingo, das 9h até as 21h. Os telefones para contato são 3108-7600 para quem quer falar na bilheteria e 3108-7623/7624 para falar sobre o programa educativo e visitação das exposições por gru-pos escolares ou universitários.

DESIGN DE

Para quem busca ambientação agradável, cultura e arte reunidos em um único lugar, o CCBB cada vez mais atende às expectativas

CONCRETO

POR JULIANA CIARLINI

14 l 25 DE FEVEREIRO, 2012 l olhar|61

Vista externa do CCBB

CIRCUITO l CCBB

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Para relaxar depois de um dia longo, jogar con-versa fora com os amigos, desabafar com o garçom, comemorar uma vitória ou esquecer uma derrota, os bares são parte da cultura local. Patrimônios da cidade, são pontos de encontros e desencontros. Palcos de grandes debates filosóficos, onde as pes-soas fazem amigos de in-fância e inimigos mortais em questão de minutos.

Em Brasília, existem bares para todos os gos-tos: de botecos pé-sujo com cadeiras de plástico aos mais arrumados e ex-traordinariamente caros.

POR ALESSANDRA AZEVEDO Mas os filósofos de bo-teco, entretanto, estão em todos estes lugares. Nem no Congresso acontecem discussões tão calorosas como nas mesas dos bares. Na Catedral não encontra-mos tantos fiéis prontos para defender seus pontos de vista como os encontra-dos no boteco da esquina.

A vista da Ermida não relaxa tanto quanto sentar e pedir uma cerveja ao fim de um dia cansativo. Não tem museu com mais his-tória que as contadas lá, e nem teatro com a mesma capacidade de fazer rir ou chorar que uma mesa de bar tem. Um pulo no Lago Paranoá não é tão refres-cante quanto um gole de

cerveja gelada em uma das tardes se-cas de Brasília. Não se pode jogar cartas, mas a moça do tarô passa de mesa em mesa querendo desvendar seus problemas – em nenhum outro lugar você encontra pessoas tão interessadas no seu futuro, nem mesmo nas melhores escolas e universidades.

Em cada canto da ci-dade, em qualquer Asa e qualquer Lago, no meio das quadras ou escondi-do em um buraco obscu-ro, sempre haverá um bar pronto para receber os in-satisfeitos, os entediados, os alegres, os bêbados, e também aqueles que só vão comer batata frita.

BRASÍLIA E SEUS

CIRCUITO l BARES

BARES

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OLHOS

Vista do Parque da Cidade

POR CAROLINE BCHARA

Desde que me entendo por gente, tenho o costume de ir ao Parque da Cidade, costume este que está pre-sente na vida de muitos e muitos moradores de Brasília. Pensando bem, acho que desconheço alguém que nunca tenha pisado lá. Quando pequena, ia com meu pai para andar de bicicleta ou brincar no parquinho, que é um dos maiores atrativos para as crianças da região. Chama a atenção também por abrigar o maior parque de diversões da cidade: o nosso querido Nicolândia.

Cenário da maioria das primeiras quedas de skate, tombos de patins e joelhos ralados, mostra-se também como sendo um lugar de grandes conquistas: aprender a

andar sem as rodinhas da bicicleta, atingir a meta de cor-rer dez quilômetros ou conseguir, enfim, se pendurar de cabeça para baixo sem precisar usar as mãos.

Tudo é possível no parque. As mais belas árvores nos oferecem sombra onde podemos relaxar, o céu in-crível de Brasília nos permite curtir um belo fim de tarde. Nos bosques, churrasqueiras para almoçar e se diver-tir entre amigos e familiares. A qualquer dia, praticar es-portes e queimar umas boas calorias. Caminhadas, du-chas, piqueniques, pedaladas. Afinal, o que melhor para espairecer do que aquela corridinha no parque com uma música bem animada no mais alto volume?

16 l 25 DE FEVEREIRO, 2012 l olhar|61

CRÔNICA l

DA CIDADEPARQUE DA CIDADE

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