Revista Paulo Freire_04

Embed Size (px)

Citation preview

1Revista de Formao Poltico-Pedaggica do SINTESEwww.sintese.org.brn 04 - Sergipe - setembro - 2011 - R$ 5,00Governo Dda quer impor modelo falido de avaliao apenas para punir professoresASSDIO MORALFique sabendoESTADO PENALGreve crime140 anos da Comuna de ParisEstatuto da Criana e do Adolescente: 21 anos depois100 anos de Mrio Lago: um rebelde por vocaoMagistrio sob constante ataque2A Hora da Verdade - Aracaju/Se Sbados | 07-09h | Rdio jornal 540 AM | Telefone: (79) 3234 3232A Hora da Verdade - Baixo S.Francisco I Aquidab/SeSbados | 07-10h | Aqui-dab FM 104,9 | Telefone: 3341-1842A Hora da Verdade - Canind do S.FranciscoSbados | 07-10h | Amanhecer FM 104,9 | Telefone: 3346-1123A Hora da Verdade - Baixo S.Francisco II Japoat/SeSbados | 08-10h | Japoat FM 104,9| Telefone: 3348-1000 A Hora da Verdade Agreste Itabaiana/SeSbados | 08-10h | Prince-sa da Serra AM 830 KHZ | Telefone: 3431-5036A Hora da Verdade - Alto Serto Nossa Senhora da Glria/SeSbados | 07-10h | Boca da Mata FM 104,9 A Hora da Verdade - Vale do Cotinguiba Santo Amaro/SeSbados | 08-10h | Bro-tas FM 105,9 | Telefone: (79)3266-1834 3cia e Iran Barbosa, a reistaainda ganhou mais duas ou-trasedioes:umasobreos90anosdeumamulherextraor-dinaria, Rosa Luxemburg,ea ltima sobre o antasticoAugusto Boal, pai do 1eatrodoOprimido.Neste renascer da Reis-ta Paulo lreire, ampliamosa pauta dos temas por edi-ao, elaboramos um melhorplanejamento de produao ecirculaao e amos caminharpara a auto-sustentabilidadedas edioes. Lla sera distri-buda gratuitamente para osproessoresliadosaoSinte-se, que podem resgata-la nasededosindicatoemAracajuenassub-sedespelointerior.Aideiaquealmdopro-essoresliadosaoSintese, tambm outros proessores,inclusie da rede priada,estudantes,prossionaisli-berais, seridores pblicostambm possam ter acessoaocontedodaReistaPaulolreire. Nessa perspectia, elaseratambmendidaapreojusto nas bancas de jornais ereistasdeSergipe,almde disponibilizarmosumproces-sodeassinatura.Vida longa a Reista Paulolreire.Contamoscomoapoio,colaboraao,sugestoesediul-gaaodetodos.LcomocantouRobertoCarlos,queanossare-ista olte e agora pra car`. Aqui seu lugar`. AngelaMelo,Presidentado SinteseLcom alegria queoSinteseretoma nesta primaerade 2011 a ReistaPaulo lreire. L um publica-ao mensal deste sindicato,quetambmbuscaauxiliarnaormaaopoltico-pedaggicados educadores. Lsta reistapretender ser mais um ins-trumentonalutacotidianadomagistrio na construao deumoutromundo.Lessaespe-ranaplenamentepossel.Depoisdaprimeiraediaoque tratou da ida e obra domestre Paulo lreire, editadapelos mandatos parlamenta-res dos proessores Ana L-Neste retorno das edioesdaReistaPaulolreire,agoramensalecompautaampliada,a sua participaao unda-mental, decisia. Lla precisaserdiulgadaentreacategoriaeoradela.Lstimuleoscole-gas,osalunoseoutraspesso-asparaasualeitura,aquisiaoeassinatura.9ROWHLSDUDFDUO retorno, com voc!primeiras palavrasRevista de Formao Poltico-Pedaggica do SINTESERua de Campos, 107 B. So Jos - Aracaju-SeCEP: 49015-220 [email protected] www.sintese.org.brTelefax: (0**79) 2104-9800Jos Cristian GesEditor (DRT/SE 633)Diego Oliveira Coordenao Grfica(DRT/SE 1094)Conselho editorial:ngela Melo, Joel Almeida, Sandra Moares, Edinalva Silva, Hildebran-do Maia, Janieire Miranda, Ana Luzia, Ivonete Cruz, Izabel CristinaOs artigos assinados neste edio no refletem necessa-riamente o entendimento da direo do Sintese.ARevista Paulo Freire aceita artigos at o ltimo dia til de cada ms. Os textos sero sub-metidos ao Conselho Editorial.onde acharbanca, assinatura e publicidadeECA: 21 anos depois04Estado penal: greve crime A Revista Paulo Freire circula nas principais bancas de Aracaju. Aceita-se publicidade nas edies da Revista. Os anncios sero submetidos ao conselho editorial. Faa assinatura anual e receba todos os meses o exemplar em sua residncia. Para assinaturas e anncios ligar para:(79) 2104-9800.07140 anos da comuna de Paris08Avaliao de desempenho10Mario Lago: rebelde por vocao 17A crise mundial e os desafios dos trabalhadoresAssdio Moral1516Muitoimportante,ainda,suaparticipaaocomcrticas,opinioesesugestoessobreostemasabordadosnareista.Voc pode mandar um e--mail com sugestoes para re-istapauloreiresintese.org.br.Nesta ediao, compreendasobreoprocessodeAaliaaodeDesempenho,omagistrioe o Lstatuto da Criana e doAdolescente, os 140 anos daComunadeParis,saibaoque assdio moral, uma analisesobreacrisemundialeosde-saosdostrabalhadoreseos 100anosdeMarioLago.Boa leitura, e esperamossuacontribuiaoparaaprxi-maediao.JosCristianGes,Jornalista - DR1,SL 633 4azia reerncia a sriosproblemas como explo-raaodotrabalhoinantileiolnciasexual.Ia 21 anos da conso-lidaao do Lstatuto, ain-da ha muitos brasileirosque desconhecem suaexistncia. Varias crian-aseadolescentespobrescontinuam realizandotrabalhos domsticos eserios insalubres queos distanciam do acessoaeducaaoedaconstru-aodeumuturomelhor.Seraquesaocrianas iniseis`osmeninose meninas em situaao derua ou as crianas io-lentadas e usadas sexual-menteporadultosUma das principaisunoes do LCA pro-teger o direito a innciaNodia13de julho de1990,oBrasildeuumgran-de passo com a criaaodoLstatutodaCrianaedo Adolescente, conhe-cidocomoLCA-Lein8.069,90. Lssa legislaao representa o que ha demaisaanadonanorma-tiainternacionalemres-peito aos direitos da po-pulaaoinanto-juenil.O LCA garante quecrianas e adolescentestenham direito a brincar,a ter uma educaao quelhes prepare para a idaadulta, a se alimentar, ater assistncia mdica eaiernumseioamiliarpropcio ao seu cresci-mentosaudael.O Lstatuto eio parasubstituir o antigo Cdi-go de Menores, que naoera direcionado a todasas crianas, mas apenasaquelas tidas como es-tando em situaao ir-regular`.OCdigode Menores de 192 naoconsideraa a criana eo adolescente como su-jeitos de direitos e naoEstatuto da Criana e do Adolescente: 21 anos depoisCriana e AdolescenteA Constituio Brasi-leira, em seu artigo 227, responsabiliza o Estado - junto famlia e sociedade - a cuidar da criana e do adoles-cente como prioridade absolutaO CONSELHO TUTELAR a porta de entrada do atendimento de crianas e adolescentes com direitos violados. Ele formado por pessoas escolhidas pela comunidade para encaminhar solues aos problemas da infncia e adolescncia. O CONSELHO ESTADUAL DE DIREITOS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE deve decidir os rumos, as prioridades e a destinao de recursos para a poltica de ateno infncia e juventude no Estado de Sergipe. Todos os municpios sergipanos tm Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos da Criana e do Adolescente. Em caso de necessidade, procure o mais prximo.TELEFONES TEISDenuncie a violncia contra a criana eadolescente: Disque 100 Centro de Atendimento a Grupos Vulnerveis (Aracaju) 3205-9400 Samu - 192 Polcia - 190 Corpo de Bombeiros - 193FIQUE SABENDOO CON a patenadoviolaFIQUEdas crianas brasileirasde todas as classes so-ciais. Mas essa conquistatambm depende de umnoo olhar da popula-ao sobre o Lstatuto daCrianaedoAdolescenteesuaaplicaaopratica.5Desde 2007, a lei 11.525 torna obri-gatrio o contedo sobre direitos da criana e do ado-lescente no ensino fundamentalMENINO No de Rua - Brigas, desestruturao familiar, fome, agresses fsicas e violncia sexual so os principais motivos que levam crianas e adolescentes a deixarem suas casas para viver na rua. Neste caso, o desafio do governo e da sociedade civil fortalecer seus vnculos familiares e comunitrios, possibilitando seu retorno escola. TRABALHO Infantil - Vender balas nos sinais de trnsito, engraxar sapato, catar latas durante shows, trabalhar como bab, realizar servios domsticos ou outro tipo de trabalho antes dos 14 anos proibido pelo ECA, com a exceo de que seja na condio de aprendiz, sendo neste caso assegurada bolsa de aprendizagem. Ao adolescente aprendiz empregado no permitida a realizao de qualquer trabalho a partir das 22h, ou que seja um servio insalubre, perigoso ou penoso.FIQUE SABENDO VIOLNCIA Sexual - Violncia sexual contra a criana e o adolescente toda a prtica de abuso e ou explorao sexual cometida por adultos tendo como vtimas meninos e meninas de 0 at 18 anos de idade. E ateno! Na maioria das vezes a violncia sexual praticada em casa ou nas proximidades do lar por vizinhos, padrastos ou familiares da prpria criana. Se for constatada negligncia dos pais, eles tambm podem ser penalizados.ACOLHIMENTO Institucional - a proteo s crianas e aos adolescentes ameaados ou violados em seus direitos, em razo de falta, omisso ou abuso dos pais ou responsvel. O acolhimento tambm pode ser motivado por ao ou omisso das autoridades pblicas e em razo da conduta do prprio adolescente. A medida no implica privao de liberdade.MEDIDAS Socioeducativas - So as medidas aplicveis ao adolescente, que depois do devido processo, foi considerado responsvel pelo cometimento de um ato infracional. Estas medidas vo de uma advertncia at a internao em estabelecimento educacional.FIQUE SABENDOcaso assegurada bolsa de aprendizagem. Aoadolescente aprendiz empregado no permitidaa realizao de qualquer trabalho a partir das 22h, ou que seja um servio insalubre, perigoso ou penoso.MEDIDAS SocioeducativasSo as medidas aplicveis ao adolescente, que depois do devido processo, foi considerado responsvel pelo cometimento de umato infracional. Estas medidas vo deuma advertncia at a internao em estabelecimento educacional.6Ldia Anjos*Semdida alguma, o maioraano promoido pelo Ls-tatuto da Criana e do Ado-lescenteoiadeniaoda Criana e do Adolescenteenquanto sujeitos de direitos.Lntendo que a orma comopensamos implica necessaria-mente uma aao correspon-dente. Assim, se pensamosa criana ou o adolescentecomoumdelinquente`ou marginal`, expressoes comu-menteutilizadasapocadei-gnciadoCdigodeMenorese que at hoje reproduzidaem nossa sociedade, temosaoes de aastamento, isola-mento, puniao e correao.Sepensamosacrianae o adolescente como coi-tadinho`,oumenoraban-donado`,temosaoesde carater assistencialista, pa-liatia e paternalista que naoalteram a realidade dessacriana com istas a desco-berta de potencialidades paraortalecer esssas habilidades.Cdigo-O Cdigo deMenores ,192-199,, consi-deraacrianaseadolescentesineriores, quenao tinhamcondioes de maniestar-sesobre seus desejos, didase proposioes para construirconjuntamentealternatiasso-breasquestoesqueenolemas suas idas. O termo me-nor` nos remete a esse tempo.Lsta concepao menoris-ta remetia a aoes por partedo Lstado e da sociedade, decontrolesocialdapobreza,dainnciaedaadolescncia.Aspolticaseramestigmatizantes.Na escola, os tradicio-nais recursos punitios sobrea criana e o adolescente, aque estao em ormaao, so-mostodoseducadores.Dessaorma, somos co-partcipes eco-responsaeispelaeducaaoda criana e do adolescente,motio pelo qual, no mbitoescolar, costumo dizer quenao basta ser proessor, temque ser acima de tudo umeducador, que entende que aeducaao nao se limita a salade aula, mas se estende paraalm dos muros da escola.Ioje, o deer de educar eproteger as crianas e adoles-centes passou a ser coletio.Sehasuspeitadeiolaaode direitos, estamos obrigados arealizar os encaminhamentos,que ao desde a denncia aoconselho tutelar ou ao disk100 ,orma de denncia ano-nima,,atodasasormaspeda-ggicas,cabendoacriatiidadepara a promoao destas, e aoLstado o inestimento neces-sario a poltica de educaao.Outra forma - Paratanto,necessarioalteraraormadetrabalho nas escolas desde omodo como sao organizadasascadeirasemleirasato conhecimento por parte dosproessores sobre a realidadedos seus alunos, da comuni-dade em que estao inseridose as ormas de traz-los paradentro da escola. Acreditarque possel construir comos educandos, alternatiasde superaao de suas proble-maticas, sem azer por eles,mas com eles o essencial.Mesmo diante de uma re-alidade de proessores malremunerados e condioesdeploraeis de trabalho nasescolas pblicas, estratgicoomentar espaos de promo-ao de dialogo constante so-bre a realidade iida, pelosalunos,proessoreseaprpriacomunidade,comointuitodeanalisarcriticamenteocotidia-no daquele que oprimido,pois ningum melhor do quea tima para entender suaprpria situaao. Nesta linhapauloreireanade educaaodialgica, no qual o dialogo a essncia da aao reolucio-naria possel alcanar umestagiodeeducaaodecaraterlibertario, de empoderamen-to das classes oprimidas e li-bertaao da classe opressorada sua condiao de opressor.*Membro do Centro de Defesa de Direitos Humanos de Sergipe twitter: @Lidia_Anjos Criana e AdolescenteaNo basta ser professorO dever de educar e proteger crianas passou a ser cole-tivo. Se h suspeita de violao de direi-tos, estamos obriga-dos a agirexemplo dos castigos exage-rados, a prpria palmatria, oajoelharem-se sobre o milho,puxoes de orelha e outrosexemplos contriburam paraoinestimentodeumaculturade iolncia cujas conseqn-ciasdestaeducaaoautoritariae ditadora estao impregnadasna atualidade. L preciso en-tenderquearealidadedeio-lncia que enole crianas eadolescentesidenticadosno cotidiano das salas de aula uma realidade antiga. Casosderepercussaonacionalcomoos diulgados diariamente, deabuso sexual, trabalho inan-til degradante, de assassina-tos de pais sobre os lhos ou parentes eram comuns, almde extermnios de crianas.AsmodicaoesnaCons-tituiao lederal e logo depoisna Lei 8069,90, possibilitaram que se inaugurasse no Brasilumanoamentalidadeconsa-gradanaDoutrinadaProteaoIntegraldaCrianaedoAdo-lescente,queoramnalmen-tereconhecidoscomosujeitosdedireitos.Loqueessamen-talidadenoamudanapraticaL preciso entender que asalteraoesnocampodasaoesnecessitam primeiramente damudana no campo do pen-samento.Sepensamosquea criana e o adolescente umsujeito de direitos, temos queospromoer.Sepensamos Se pensamos que a criana e o adoles-cente um sujeito de direitos, temos que os promover. 7galidade. As paralisaoesdos proessores de Araca-ju, da rede estadual e a dosuncionarios do Detran,Seoraminterrompidaspor ora da espada da justia.O Lstado penal, que antesapenas se restringia em bus-car os argumentos da rbitajurdica para enquadrar ostrabalhadores que ousaampedir dignidade em seusencimentos, agora ai alme entra no mrito das rei-indicaoesnanceirasem deesa do mesmo Lstadocapital. Aos que ainda insis-tem a enrentar esse Lstadopenal tem a espada aada da multaparaeliminarqualquerorganizaaoe,seorocaso,a espada da ora policial.Aodeclasse-A gre-e,instrumentolegtimodostrabalhadoresnumasocieda-dedegruposdepressaoparaobrigar gestores insenseisa negociar em aor da pr-pria sociedade passou a sercrime. No caso do magist-rio, por exemplo, os alunoscamanosjogadosemes-colas sem condioes mni-mas de uncionamento, semproessor, agua, biblioteca,laboratrios, largados peloLstado a prpria sorte, masquandoosproessoresresol-em parar para exigir maisatenao, salario e condioesde trabalho, logo os alunos,atentaoiniseisaosolhosdo Lstado, surgem nos dis-cursosociaisedoaparato damdiaparaassegurarale-gitimidade do Lstado penal.As vtimas - Assimocor-re com todos setores quetrabalham com aqueles queestao a margem da socieda-de.Nasade,pessoaspobresmorrem esquecidas a todahora por alta do atendi-mento, remdios e equipa-mentosbasicos,masquandoos mdicos e enermeirosameaam parar por justasremuneraoes e condioesde trabalho, logo os pacien-tes deixam essa condiaoe ganham espao apenasnosdiscursosparajusti-car a aao penal do Lstado.O Lstado penal, por suacondiao punitio-pedag-gica, autorizatio para anaturalizaao da iolncia.Porexemplo,quandoquatroadolescentes oram executa-dosnomunicpiodeItabaia-na,nadamaisnatural,diziamalguns,porquetinhamenol-imento em drogas e erampobres.licaporissomesmo.Quandoalgunsjoensoramenenenados no municpiode Lstncia, dois morreram,nada mais natural, diziamoutros, porque eles tinhampassagempelapolciaeerampobres. Crimes eitos parasumirecarentreeles,os pobres.Seapareceralgum preso para assumir, o Ls-tado penal sera implacael.Lsse mesmo Lstado que brando, parceiro, protetore promotor de bandidos docolarinho branco, que trans-ormam os recursos do p-blico em dinheiro particular,justamente impondo a mi-sria e exclusao de muitos.* jornalista.twitter: @cristiangoesMovimento SindicalCristian Ges*QuandoaPre-eitura de Araca-ju ingressou no1ribunal de Justia pedindoa ilegalidade da gree dosproessores, antes que qual-quer decisao, dez entre dezjornalistas que cobrem oassuntojatinhamotextodanotcia pronto e preparadopara o dia seguinte: Justiadecreta a ilegalidade da gre-edomagistrio.Nestecaso,nao oi no dia seguinte, o-ramhorasdepois.OunaoassimClaroqueissoumaalegoria. Sere para anunciar queiemosemplenaeradoLstadopenal,ondegreedequalquertrabalhadorcrime,uma aao ilegal, at mesmoantesdeocorrer.Lanunciargreeenaodemoraachegara espada padrao do Lstadocomtodasuaorapunitia.Nao demais armar que esse Lstado penal a basedeumsistemacapitalistaqueguarda na alma a injustiasemlimite,olucrodesregra-do, a iolncia naturalizada.Nao demais lembrar queo Lstado penal uncionacomecinciaeerocidade contra uma classe social su-balterna para proteger exa-tamente outra, a de acima.Por sua condiao punitio--pedaggica,esseLstadoPe-nalmantmnainisibilidadeumaclasseperigosaparajus-tamente salaguardar a idaplenadaumaoutra,ormadaporhomensdebens.OLs-tado penal unciona muitobem para os pobres, traba-lhadores, excludos. Pune,segrega,criminaliza,elimina.S neste ano - Lsteano,por exemplo, as nicas trsgreesocializadastieram omesmobiom:aile-jEstado penal: greve crimeEstudantes pobres ficam anos jogados em escolas sem con-dies de funciona-mento, mas quando professores resolvem parar, os alunos, at ento invisveis, sur-gem apenas nos dis-cursos oficiais e no aparato da mdia para justificar as aes do Estado penal8jornada de trabalho, le-galizaao dos sindicatos.Durante a Comuna deParis houe duplicaaodo salario dos proesso-res, eleiao para o cargode juiz, gratuidade paraserios adocatcios,testamentos, adooes ecasamentos,mdapena demorte.Abandeiraer-melha oi adotada comosmbolo, e o internacio-nalismo oi posto empratica ,nao haia dis-tinao de nacionalidadepara integrar a Comuna,.Aps a rendiao deNapoleao III e do exr-citorancsemsetembrode 180, da consequentequedadeseuimprioedaproclamaao da 1erceiraRepblica da lrana, aAssembleia Nacional, demaioria conseradora, eo noo goerno busca-Lm18demarode 181 surgiaem Paris o pri-meiro goernooperario da Iistria, re-sultantedaresistnciapo-pular diante da eminenteinasao das tropas prus-sianas a lrana, durantea guerra ranco-prussia-na, eento este decisi-o para o processo deunicaaodaAlemanha. Nesse goerno opera-rio, a polcia oi abolida,substituda pela guardanacional proletaria,, oiinstituda a preidnciasocial, declarado o cara-ter laico da educaao e aigualdade dos sexos. In-merasmedidasdeinteres-se popular oram adota-das: aboliao do trabalhonoturno e dos descontosem salarios, desapropria-ao de residncias aziaspara moradia popular,ocupaaodeocinase-chadas para instalaao decooperatias, reduao daOs 140 anos da Comunda de ParisNossa histriaO exemplo de resistn-cia e coragem dos revo-lucionrios parisienses permanece como uma bandeira poltica, pela qual acreditamos ser possvel a construo de uma sociedade igua-litriaram uma negociaao re-baixadacomaPrssiadeBismarck, o comandan-te da estratgia itoriosadaunicaaoalema.Os trabalhadores de Paris,entretanto, recusaram--se a depor as armas einiciaram a reolta popu-lar, tomando de assaltoa preeitura da cidade.

FormaodaComu-na-O moimento po-pularrancserabastanteheterogneo, constitudopor operarios, republica-nos,milicianosdaGuardaNacional, alm de umapequena burguesia emdecadncia economica,deido a grae crise mo-tiada pelo enolimentoda lrana com a guerracontra a Prssia. Os an-seios do poo eram ol-tados, principalmente,para a resoluao imediatados sorimentos decor-rentes deste eento, dodesemprego em cresci-mento e da alncia depequenos comerciantes.Alm disso, almejaa--se a mudana do regimepoltico, at entao con-trolado pela AssembleiaNacional conseradora.O Comit Central daGuardaNacional,queha-ia substitudo o exrcitoem algumas regioes ran-cesas e congregaa, emsuamaiorparte,operariose membros da peque-na burguesia, expulsouda preeitura os repre-sentantes da AssembleiaNacional e do goernoocial,osquaisoram u a ,e-dd de edda daOs 70 dias do primeiro governo operrio do mundo9obrigados a se instalarna cidade de Versalhes.Lstesaindatentarampro-moer o desarmamen-to da Guarda Nacional,sobopretextodequeelapertencia ao Lstado. Porsua ez, a populaao pa-risienseseoposaodesar-mamento, pois as armashaiam sido compradascom dinheiro do poo.O goerno reolu-cionario, ormado poruma ederaao de repre-sentantes de bairro, de-clara, em 28 de maro, aindependncia daComuna de Paris renteaopoderburgussediadoem Versalhes. At o dia28 de maio de 181, osoperariosrancesesdirigi-ramacidadedePariseti-eramaousadiadetomarmedidas polticas que,seguramente, continuamserindo de exemplo edesaoaomoimento socialista mundial. Umadelasoiapromoaodaseleioes dos representan-tes do poo parisiense,com a condiao de quepoderiam ser desti-tudos a qualquermomento. Nao setrataadeumpar-lamentonoestilotradicional,masumgrupode trabalho com unoeslegislatias e executias.Lsse tipo de organi-zaao inoadora isaasubstituir o modo bur-gus de goernar, intro-duzindomodicaoes reolucionarias nas rela-oes polticas, militares,economicas e de justia.A burguesia, por suaez, pregou que a Co-muna era uma regressaona orma de organizaaosocial do homem, comose tiesse ocorrido umretorno as comunidadesprimitias. Disseminou--se ainda que os prole-tarios eram contrarios aRepblica.Oqueassusta-a os membros da classedominante era a praticade eleioes seguindo algica da democracia di-reta em todos os neisdaadministraaopblica.

Apenas 70 dias - Nospoucomaisde0diasdesua existncia, a Comu-na de Paris representoude ato a primeira expe-rincia socialista da his-tria: os reolucionariosprocuraram combater apropriedadepriadadosmeiosdeproduao,poisidenticaamnessetipo de propriedade a baseda diisao de classes edasdesigualdadessociais.Lm 28 de maio de181, o goerno rancs,com o apoio de merce-narios belgas, inadia acidade luz e derrubaa altima barricada popular,prendendo e executandoem seguida os principaislderesdomoimentopo-pular parisiense. Apesarda orte repressao que seseguiu, a experincia daComuna de Paris moti-ou diersas lutas popu-lares em outras regioesdaLuropa,assimcomoaconscincia dos limites edas possibilidades da lutadireta das massas em umcontexto de crise econo-micaederepressaoabertadeclassepromoidapelosgoernos burgueses, noperodo de consolidaaomundial do capitalismo.O exemplo de resis-tncia e coragem dos re-olucionarios parisiensespermanece como umabandeira poltica, pelaqualacreditamosserpos-selaconstruaodeumasociedade igualitaria, ape-sardetodaaaoopressiae ideolgica dos Lstadoscontemporneos, a ser-io da hegemonia bur-guesa, da expansao docapitaledoimperialismo.

Fonte: Paulo Kautscher e PCB .rdpsndrdddsocialista mdelasoiaeleioes dotes do pocom a copoderiatudosmomtratlamDurante a Comuna de Paris houve du-plicao do salrio dos professores, eleio para o car-go de juiz, gratui-dade para servios advocatcios,10Revista Paulo Freire O GovernodoEstadoquer implantarumprocessode AvaliaodeDesempe-nho.OSintesecontra?Roberto Silva - Queremosdeixar claro que a aaliaao necessariaemqualquersistemadeensino.Llaprecisaserreali-zada.Lntretanto,naopodeserutilizada como instrumentode controle e puniao da ati-idadedocente.Aaliaaoqueentendemos necessaria pre-cisa ser um instrumento paraO governo s quer FRQWURODUHSXQLUOs nomes dos professores sero expostos na entra-da da escola com a nota atribuda pela direo e pelo ge-rente com o rtulo: professor de exce-lncia ou professor insuficienteProfessor Roberto Silva assegura que sindicato quer e defende a avaliao de desempenho de todo sistema de ensino e no o imposto pelo Governo do EstadoEspecial: Avaliao de Desempenhoque os problemas do sistemade ensino sejam obserados,identicados e corrigidos. Lsse carater da aaliaao crucialparatodosistemaeaidesdea poltica de ormaao inicialecontinuada,ascondioesdetrabalho, acesso a escola paraalunoseproessores,alimenta-aoescolar,estruturasicadasunidades e gestao democrati-ca. Portanto, a aaliaao naodeeapenasocarnosproes-sores,masemtodosistemadeensino.LissoqueestabeleceaResoluao02,2009doConse-lhoNacionaldeLducaaonoseuart.5incisoXVIeXVII.Lessalegislaaoquedetermi-naoscritriosparaoprocessodeaaliaao,tantodosproes-sores, quanto do sistema deensino. Portanto, quando oSintese diz nao ao ndice Guia deAaliaaodeDesempenhoO GovernodoEstadodeSergipej comeouaimplantarumsistema deavaliaodedesempenhodos professores,conhecidocomondice MaresGuia.OprofessorRobertoSilva,da direo do Sintese, concede entrevista Revista PauloFreiresobreoassunto.Oeducador categrico:essemodelodeavaliaoimposto pelaSecretariadeEstadodaEducao pedagogicamente equivocado, excludente, cria mecanismos de controle da atividade docente, penaliza e discrimina professores, alunos, pais e mes. Para Roberto, a avaliao no pode ser ummecanismodeexclusoecriminalizao dacomunidadeescolar.OSintesedeixalogo claro que defende a avaliao como necessria, masnofocadanoprofessor,masemtodo sistemadeensino.Masaavaliaoquevem sendo imposta fere a legislao educacional, o Estatuto da Criana e do Adolescente e provoca assdio moral generalizado. Para Roberto Silva, essa poltica do Governo do Estado aponta para a entrega do controle das escolas para iniciativa privada, sendo o primeiro passo para privatizao do ensino pblico. O objetivo o Governo se desresponsabilizarcomagestodaspolticas pblicaseducacionais.Osucessooufracasso sero nica e exclusivamente responsabilidade dadireo,professores,alunos,paisemes, alertouoprofessor.OSintesepropedebate eresistnciaaoprojeto.Segueaentrevista:o11pelos prprios colegas ,aan-ados, de sala que arao mo-nitoramento desses atrasados,com superisao e apoio dosproessores. Os pais dos alu-nos atrasados tambm seraoconstrangidos na escola, poiso ndice Guia do Goerno do Lstado preer reuniao espe-ccacomospaisdosaan-adoseoutrareuniaocomospaisdosatrasados.Paracom-pletaresseenredodediscrimi-naao, os alunos aanados eatrasadosseraoexpostos,peladireaodaescola,paraconhe-cimentodetodacomunidade.RPFMasissofereo EstatutodaCrianaedo Adolescente(ECA)eat aConstituioFederal?RS Sim. L uma aaliaao quearontaoLCA.Pior,paraazertudoisso,osproessoresdeerao assinar um Contra-to de Gestao com a direaoda escola assumindo o com-promisso que arao tudo queestapreistonondiceGuia. Ou seja, nao da para o sindi-catoaceitaressaaaliaaoqueo Goerno do Lstado querazer. L um instrumento ne-oliberaldecontroleepuniaoqueisaapenaslegalizaroass-diomoralcontradireao,pro-essores, alunos, pais e maes.RPF Esse tipo de ava-liaoeliminaoprojeto pedaggicodasescolas?RS Claro.Lssaaaliaaoque o Goerno do Lstadoquer impor nega o que esta-belecem os artigos 12 e 13 da LDB.Lssaleigaranteaosesta-belecimentos de ensino e aosproessores autonomia paraqueormulemeexecutemsuaspropostaspedaggicas.OPla-node1rabalhoDocente,porexemplo, dee ser elaboradosegundoapropostapedaggi-cadoestabelecimentodeensi-no. O ndice Guia acaba com essedispositiolegalumaezque estabelece uma padroni-portanto,naoteraocomotra-balharemdoisnculos.Nes-seprocesso,umproessor,porexemplo,quetenhaduasaulaspor semana nao conseguiracumprir o que impoe o ndice Guia,portanto,poderaserro-tuladopeladireaodaescoladeproessor insuciente. A dire-aoseraassediadapelogerentepara controlar o trabalho doproessor para que erique se oieitooplanejamento,aaa-liaaoearecuperaaosemanalno turno reerso e uma sriede atiidades preistas no n-dice.Paracompletaroquadrode maldades, os nomes dosproessoresseraoexpostosnaentrada da escola com a notaatribuda pela direao e pelogerentecomortulo:proes-sordeexcelnciaouproessorinsuciente.Osinsucientes, alm do constrangimentode ter seu nome exposto naporta da escola para toda co-munidadeeseusalunosserao,depois de cinco anos, deol-idos para Diretoria Regionale jogados para um InquritoAdministratio que dee re-sultar em demissao por justacausaemrazaodaaaliaaodedesempenho insuciente. Lm SaoPaulo,administradopelo PSDB,essemodelojaesta uncionando. La sao 28 milproessores demitidos depoisderotuladosdeinsucientes. Ioje, eles continuam traba-lhandopormeiodeliminaraespera de julgamento do S1l.RPF Pelo que se perce-be, essa prtica de avaliao JHUD DVVpGLR PDV QmR FDapenas do gerente para o di-retor de escola e do diretor para o professor, no isso?RSIsso. O proessor,controlado pelo diretor, paranao ser rotulado de insucien-teedeolidoaDiretoriaRe-gionaleatserdemitidoaiserobrigadoaassediarosalunos.Os alunos, por sua ez, tam-bm pelo ndice Guia, deerao ser rotulados pelos proesso-res como aanados ou atra-sados.Osalunosrotuladosdeatrasados serao constrangidosescola. O Goerno de Sergipe desconsidera completamen-tealegislaaoeaiexigirquegerentesediretoresdasescolascontrolemepadronizemotra-balhodocente,desrespeitandoopluralismodeconcepaope-daggicaestabelecidonaLDB.Lsse controle e padronizaaoestaopreistosnatentatiadoGoerno em obrigar os pro-essores a postarem o planode curso ,anual, mensal e se-manal, na internet, utilizandoo CPl e data de nascimento,comoprimeiropassodopro-cesso aaliatio. Vale ressal-tar que esses planos somenteserao postados depois que adireao da escola aproar, ouseja,seadireaonaescolanaogostardoplanejamento,opro-essor sera obrigado a reaz--lo. Os diretores utilizarao oplano de curso para obrigaros proessores a preenche-remosportlios,chasin-diiduais,. Um proessor quetem cerca de 500 alunos, porexemplo, tera que preencher,no ano, 22.000 portlios.RPFOprofessordei-xardesereducadorpara ser um tcnico burocrtico?RSLxatamente. Lssetecnicismo em da ditaduramilitar e ja oi superado coma LDB. Outro grae proble-ma desse tecnicismo do ndice Guia o engessamento dosplanejamentos semanais, aosquais os proessores, para se-rem bem aaliados, terao queobrigatoriamente azer todasemanacomosalunos:deerdecasaecorreaoemsala,lerumlironasala,escreertrstextosnasala,azeraaliaaoerecuperaaonoturnoreerso,O ndice Guia esta-belece um processo de perseguio dentro e fora das escolas que chega ao assdio moral do Goerno do Lstado, naoestainentandoaroda,apenasesta reerendado na legislaaoeducacional de nosso pas.RPFQuaisasdife-renasfundamentaisen-treaavaliaoquequer oGovernoeaavaliao quedefendeoSintese?RS Otextodaresoluao02,2009,CNL aponta bemo que dee ser consideradonumprocessodeaaliaaodedesempenho. A regra clara.Oquenaoaceitamosqueaaaliaao seja para apenas es-tabelecer ormas de controlee puniao para os proesso-res. Segundo a legislaao, essa aaliaao dee ser utilizadapara obserar a implemen-taao de polticas pblicas,para cumprimentos de indi-cadoresormuladosdeormademocratica e coletia. Llaobjetiaoaprimoramentodaspolticas pblicas educacio-naisparaosistemadeensino.RPF E no isso que oGovernoquercomon-diceGuiadeAvaliao?RSNao. De orma al-guma. L exatamente o con-trario,erindoatalegislaao.O Goerno do Lstado estadeendendo um modelo deaaliaao para exercer o con-trolesobreaatiidadedocen-te. O ndice Guia de Aaliaao de Desempenho estabeleceum processo de perseguiaodentro e ora das escolas quechega ao assdio moral. Porexemplo, o Lstado pre co-locaremnossasescolasa-guradeumgerenteemtempointegral, indicado por empre-sas priadas. Lsse gerente iraexerceaperseguiaocontraosdiretores de escola e obriga--losaacabarcomaautonomiadosproessores.ALeideDi-retrizes e Bases da LducaaoNacional ,LDB, nos artigos3, 12, 13 e 15 garante autono-miadotrabalhodocente,bemcomoaautonomiadasescolasedosproessoresdeazeremoPlano de 1rabalho de acordocomapropostapedaggicada continua>>12zaao de contedos semanaisequedesrespeitaaspropostaspedaggicas das escolas. ASecretariadeLstadodaLdu-caao,Seed,jadesrespeitaa LDB ha tempos com os pa-coteseducacionaisSeLiga, Acelera,AlaeBetoeLscolaAtia. Lsses pacotes impos-tosnasescolasdesrespeitamapropostapedaggicaeaauto-nomia docente, conquistadasnosartigos3e15daLDB. RPF-Osprofesso-restmargumentosle-gaispararesistiraon-diceGuiadeavaliao? RS - Aresistnciapassaemnao assinar Contrato de Ges-tao,poisjatemosumcontra-to trabalhista assinado com oGoerno do Lstado, legaliza-doatrasdeconcursopblicodeproasettulos.AdireaodoSintesepropoeresistncia aoseducadores:osproessoresJooBatistadosMares Guiajuntamentecom oirmoWalfridodos MaresGuia(estefoi ministrodoTurismono GovernoLula)sodonos doGrupoPitgoras,uma rede privada de educao. Elessoosformuladores dondiceGuiadeAvalia-odeDesempenho.Os MaresGuiaestoenvolvi-dosnumasriedeescn-dalos,ondesoacusados dedesvioelavagemde dinheiro em Minas Gerais, tantonaSecretariadeEs-tado da Educao, quanto emprefeiturasmineiras. Hdennciasdeempre-safantasmafuncionando emquintaldeumacasa no centro do municpio de SantaBrbara,emMinas Gerais.Oesquemaenvol-vendo os dois irmos Ma-resGuiafoidenunciado pelo Ministrio Pblico.Mensalo-Osdoisir-mostambmforamen-volvidosnoesquemado mensalomineiro/PSDB, atravsdedennciaque chegou ao Ministrio Pbli-coEstadualdeMinasGe-rais e ao Ministrio Pblico FederaldepoisqueaRe-vistaIstopublicourepor-tagem em que identificava FIQUE DE OLHOQuem Mares Guia?Especial: Avaliao de DesempenhonaodeempostarnainternetoPlanodeCursoAnual,poiso que a Secretaria de Lducaao querproduzirproascontraos proessores. Portanto, naoutilizemoseuCPlparapos-tarplanosnoportaldaSeed, nao deem assinar contratode gestao com as escolas p-blicas estaduais, os proessores naodeempreencherport-lios de alunos que tm comocritrio o controle da praticapedaggica,osproessores nao deem permitir que a di-reaodasescolasinterrana pratica docente, pois essa in-tererncia ere a autonomiadoseducadores,osproesso-resnaodeempermitirqueadireao das escolas exponhaseus nomes e os nomes dosalunos com o pretexto de di-ulgarosresultadosdaaalia-aodedesempenho,poisissoseconguraassdiomoral.queR$100mildaSamos ParticipaesLtda.,firma queadministraosnegcios da famlia de Walfrido e Joo Batista,foramdepositados na conta de Timbira, prefeito deSantaBrbara.poca, o prefeito disse que os valo-res no tinham relao com campanha eleitoral. A Samos uma das empresas citadas naaodovaleriodutomi-neiro, na qual Walfrido ru junto com o senador Eduar-do Azeredo (PSDB-MG). Aindadeacordocomo MinistrioPblico,Walfrido dosMaresGuiaparticipou ativamentedosdestinos financeirosepolticosda disputaeleitoraldeMinas Gerais. Ele teria negociado a contrataodomarketeiro DudaMendona,porinter-mdiodeZilmarFernandes, pelomontantedeR$4,5 milhes,sendoqueovalor oficialmente declarado foi de apenas R$ 700 mil. Pela de-nncia apresentada pela Pro-curadoria Geral da Repblica em 2007, teriam sido desvia-dos R$ 3,5 milhes por meio decontratosdepublicidade com as empresas de Walfrido e Joo Batista.Secretaria de Educao - No ano de 2000, Joo Batista dosMaresGuiaerasecret-riodeEducaodoEstado de Minas Gerais. Na poca, o governadoreraexatamente EduardoAzeredoeovice--governador era Walfrido Ma-resGuia,irmodoreferido. OinquritopolicialdaCPI doFUNDEFdeMinasGerais aponta os trs como lderes de um esquema fraudulento que desviou mais de R$ 104 milhes do Fundo de Desen-volvimento do Ensino Funda-mental(Fundef).Napoca, ocasoganhounotoriedade nacional e foi manchete dos principaisjornais.Orelator daCPI,odeputadoRogrio Correia(PT),batiapfirme que a mfia realmente existia eJooBatista,porconhecer atalhos no sistema educacio-nal, seria o cabea.Emaudinciacomogo-vernador de Sergipe, Marcelo Dda,oSintesequestionou acontrataopeloGoverno doEstadodaconsultoria deJooBatistadosMares Guia diante de uma srie de acusaescriminaissrias contraele.Ogovernador afirmou que a vinda de Joo Batista era uma indicao do prpriogovernadorDda, por sugesto de Jaques Vag-ner,governadordaBahia. ValeressaltarquenaRede Estadual de Ensino da Bahia o ndice Guia de Avaliao de Desempenhojfoiimposto hdoisanos,comumpro-cessocriminosodeassdio moral e desvalorizao sala-rial dos professores.Mais informaes em www.onggasb.com.br ewww.teiadenoticias.com.brSuspeitas em famlia: Joo Batista dos Mares Guias e seu irmo Walfrido.Em So Paulo, esse modelo j est fun-cionando. L so 28 mil professores demitidos depois de rotulados de insufi-cientes13Especial: Avaliao de Desempenhoaaliaao somatia. A pri-meira como processo rea-lizado no decorrer de umprograma instrucional, ser-indo ao apereioamentoe implicando participaaode aaliadores e aaliados.A segunda como aaliaaonal,serindoaojulga-mento, sem compromissocomoaanodoprocesso.Processosistemtico - Nspodemosdizerqueaaaliaaoumprocessosis-tematicodebuscadesubs-diosparaamelhoriaeoaper-eioamento da qualidadedasrelaoessociais,domun-doemqueiemos,dascoi-sasqueazemos,dossonhosa que aspiramos, de tudoque enole nossas idas.Aqui a qualidade podeser dialeticamente enten-dida como uma categoriaque designa a diersidadedas relaoes pelas quaiscada coisa, a cada momen-to,emasertalcomo`.Sendoassim,paraar-marmos se algo tem ounao qualidade, temos queconsiderar o conjunto derelaoes que a determinam.Quando aria esse conjun-to, aria tambm a quali-dade das coisas. Por isso,nao podemos aaliar umainstituiao ou uma pes-soa, isoladamente, comotendo ou nao qualidade.No caso da aaliaao doensino, nao basta aaliara escola, o aluno e os edu-cadores. As pessoas naoentram na escola em per-eitas condioes para o en-sino e aprendizagem. Llasiem num mundo reale trazem para a escola osproblemas deste mundo.1emos que aaliar a es-trutura e o uncionamentoAvaliao de desempenho: EUHYHVUHH[}HVda sociedade onde ocor-re o ensino, entendendoquem sao as pessoas que aintegram, como elas se re-lacionameiem,quelugarocupa a educaao na socie-dadeecomoestaodiididasasoportunidadeseosdirei-tos entre seus integrantes.1emos que aaliar omodelo de Lstado e o pro-jeto de goerno que estaemandamento,saberseha desiosdeerbaspblicas, se o ensino tratado comomercadoria, se as escolas sao sucateadas,sehapolticas deprossionalizaaopara educadores, como sao os in-estimentos e o modelo degestaodoensino,seapol-ticaeducacionaldenida por projetos democratica-menteelaboradosouatrasde pacotes, se ha maiores in-estimentoseminsumoses-colares ou em propagandasgoernamentais,seasobri-gaoes legais do Lstado edogoernosaoobseradas.Oqueavaliar-Dee-mosaaliaraormacomoosistemaeducacionalseorga-niza e unciona, se ele exis-tedeatoededireito,se articulado,uncional,demo-cratico,prossionalizado.Asim,cabeazeraaa-liaaoinstitucionaldaescola,sua dinmica e uncionali-dade,suaspolticaseproje-tos,seusprocessosdeun-cionamentoeresultados,e, podemos azer a aaliaaoeducacional, centrada naaaliaao da aprendizagem,dos currculos e programase na analise de indiduose grupos. Aqui entram ossujeitos da escola, mas naoaceitamos aaliaoes quenao enolam e responsa-bilizem os que atuam oradela,pormintererindonos*Iran BarbosaOs educadoreslidam cotidia-namente comaaliaao, por isso nao arejeitam, mas nao aceitama idiotizaao do tema. Noestudo A Qualidade daLducaao Sob o Olhar dos Proessores`,45,1dos docentes entreistados di-zem que gostariam que aescolaaaliasseoseutraba-lho e s 25 oram contra.A resistncia a aaliaaose da por ela ser autorita-ria, contaminada pela lgica domercado,transeridora deresponsabilidades,por naoajudaramelhoraraes-colaeosistemadeensino, naobeneciarosestudan-tes e aproundar a compe-titiidade e a seletiidade.O Dicionario Aurliodiz que AVALIA(AO o ato ou eeito de aaliar,-se,`, indicando que se tra-tadeumaaaoouresultadodemaodupla:quemaalia,dee,tambm,seraaliado!Diz, tambm, que aAVALIA(AO trata deumaapreciaao,deumaana-lise`. Portanto, reela o seu elemento subjetio, expres-soemconceito,julgamen-to,opiniao`,relacionando a aaliaao com o alordeterminado pelos aalia-dores`epressupoesepa-raao ou desagregaao dasdiersaspartesconstituintesdeumtodo`,implicando decomposiao, exame decadapartedeumtodo,ten-do em ista conhecer suanatureza, suas proporoes,suas unoes, suas relaoes`.O mesmo dicionariotraz uma distinao entrea aaliaao ormatia e aA avaliao au-toritria; contami-nada pela lgica do mercado; transferi-dora de responsa-bilidades; por no ajudar a melhorar a escola e o sistema de ensinocontinua>>14nosticar,identicaraanos elimitesdeumprojetoedu-cacional.Lladeeapresentarsoluoesparaosproblemas.Llanaoummemsi mesma,naopodeatenderamodismosoujogosdemar-ketingenaodeetercomometa a oerta de rankings.A apresentaao dos seusresultadostemquesertrans-parenteeobjetia.L,naaa-liaaodesistemaspblicos,necessariorespeitoaosprin-cpios da economicidade,oportunidade e atendimen-to aos interesses coletios.A Constituiao pre arealizaao de Procedimen-todeAaliaaoPeridicadeDesempenho`paraSeri-dorLstael,naormadeLeiComplementar e com ga-rantiadaampladeesa,Art.41, 1, III,, e a realizaaode Aaliaao Lspecial deDesempenho`,porcomis-sao instituda para essa na-lidade,comocondiaoobri-gatria para a aquisiao daLstabilidade ,Cl - Art. 41, 4,. No artigo 39, determi-naqueaUniao,osLstadose o Dl manterao escolasde goerno para a orma-ao e o apereioamentodosSeridoresPblicos.Ja a LDB, quando tratado tema, ala em Aalia-ao de Desempenho` como critrio para a Progressaoluncional,Art.6,IV,.ConselhoNacional- No caso especco da aalia-aodoensino,hadispositioregulamentador:aResolu-ao N 2,2009 do Conse-lho Nacional de Lducaao.Lla estabelece que osEspecial: Avaliao de Desempenhoseusprocessoseresultados.A aaliaao do ensinodee ser global. 1odos oselementosdoprocessoedu-cacionaletodososaspectose sujeitos que contribuempara o azer pedaggicodeem ser considerados.Dee ser processual,identicandodiculdades e distoroes no decorrerdo processo para assegu-rar correoes em tempohabil, isando ao seu xito.Dee ser tecnicamen-te competente, com-prometida com o rigortcnico-cientco.Nao pode resultar do imedia-tismo e do senso comum.Precisa ser politicamentelegtima. O agente aalia-dor dee ser reconhecidocomo capaz e expressaros consensos democra-ticamente construdos.Nao podemos tolerarprocessos exgenos deaaliaao. A aaliaao naopode ser produzida ora docontexto que sera aalia-do, por pessoas estranhas.Neste debate, nao hamodelos ou padroes a se-rem seguidos. Deido asdiersidades em Lducaao,o mtodo comparatio alho. Dee-se conside-rar o Projeto Pedaggicoe a identidade construdaa partir dele. Lxperinciasbem sucedidas de aalia-ao podem ser considera-das, desde que preserema autonomia e a identidadedos sistemas e instituioes.Conta na avaliao - Iaumroldeitensaseremcon-siderados para a aaliaaodoensino:osplanosdeedu-caao, os projetos e progra-maspostosempraticapelosgestores,oProjetoPedag-gico da Lscola, os planos de trabalho docente, o perl de entrada e sada dos alunos, o modelo de gestao pedag-gica,administratiaenan-ceira adotado no sistema eemseusrgaoseunidades, as condioes de trabalho,salario, ormaao e carreiradoseducadores,osndices de procincia escolar, a ta-rea social atribuda a escola, o nel de organizaao dosestudantes,proessores,paisdealunoseuncionarios,a estrutura sica das escolase sua adequaao aos proje-tos educacionais e a sua ta-reasocial.Aaliaroensinode orma sria nao acil!A aaliaao nao deeser um sistema de prmios,castigos, exclusao, demis-sao e estigmatizaao comono mercado. Lla dee criaroportunidades para a recu-peraao, reigoramento, es-tmuloereoro.Suaaao centralareconstruao.Llanao pode ter mecanismoscoercitiosoudecooptaao.A aaliaao dee diag-Planos de Carreira do Ma-gistrio deem ter comodiretriz incentios de pro-gressaoporqualicaaodo trabalhoprossional,tendo como uma de suas reern-cias a aaliaao de desem-penhodoprossionaldo magistrio e do sistema deensino, que lee em conta,entre outros atores, a ob-jetiidade e a transparncia.Lla determina que oprocesso de aaliaao deaser elaborado coletiamen-te pelo rgao executio epelosprossionaisdoma-gistrioedeeincidirsobretodas as areas de atuaaodo sistema de ensino, quecompreendemaormulaaodas polticas educacionais, a aplicaao delas pelas redesdeensino,odesempenho dosprossionaisdomagis-trio,aestruturaescolar,as condioes socioeducatiasdoseducandos,osresulta-doseducacionaisdaescola, almdeoutroscritriosqueos sistemas considerarempertinentes, reconhecendoa interdependncia entre otrabalhodoprossionaldo magistrioeouncionamen-togeraldosistemadeensino.As propostas que estaoemdiscussaoemSergi-pe estao muito distante detudo isso. Aos educadorescomprometidos com a se-riedade e a qualidade daeducaao s resta o cami-nhodaresistnciaedaluta!* professor das rede esta-dual e municipal(Aracaju). ex-deputado federal. twitter: @Iran_BarbosaA avaliao no deve ser um sis-tema de prmios, castigos, excluso, demisso e estig-matizao como no mercado LIGUE PARA: (79)2104-980015Assim,porexemplo,seemum ato arbitrario um cheetrata mal o seu subordinado,humilhando-o, isso podera sercaracterizado como mobbing,desde que nao seja um een-to isolado, proocado pelodestempero momentneo.A gura jurdica do assdio moralnarelaaodetrabalhonoBrasilaindarecentenonossoDireito, nada obstante ja exis-tadesdehamuitonaidadostrabalhadores e tenha se agra-ado com o aproundamentodo capitalismo, da competiaoentreosindiduoseoestabe-lecimento de metas norteadaspela isao insaciael do lucro.Constituiode1988- Com a ediao da Constituiaode1988,apartirdodispostonoart.5,incisosVeX1,passou--seaperceberqueasagressoesperpetradasporpatroescontraosseusempregados,poderiamconsistir em uma pratica queiriaalmdaintenaojocosa,eramuitomaisdoqueparausaruma expressao mais nossa bulircomosempregados,che-gando a lhes propiciar danosmoraisesicos,portanto,repa-raeis atras de indenizaao.Com base nessa consta-taao, a Justia do 1rabalhopassouaprolatardecisoesquegarantem ao trabalhador o di-reito a reparaao dos danosFranklin Magalhes*Ochamadoassdiomoral, bullyng la-boral ou mobbingconsiste na exposiao do tra-balhadorasituaoeshumilhan-tes e,ou constrangedoras, demodo repetitio e prolongadodurante a jornada de trabalho,com o objetio de desestabili-zar a relaao do mesmo como ambiente de trabalho, comosseuscolegasecomolaborem si, orando-o a reduzira sua capacidade de trabalhoe, at, a desistir do emprego.Lsseassdiomoralperpe-trado pelo chee, pelo patrao,oupeloscolegasdoassediado,esses,normalmente,incentia-dospelosprimeiros,e,quandonao,contandocomasuacom-placncia. Nesse caso, a culpado patrao se da pela omissao.Portanto, nao qualquertipo de constrangimento que isto como assdio mo-ral. A agressao eentual, naorepetitia,podecongurar ato reproael e danoso, re-sultando no direito a indeni-zaao, mas nao ser conun-dida com o assdio moral.soridos, desde que se consigaproaraocorrnciadaaaoouomissao patronal, o dano e arelaao entre a aao e o sori-mentoconsequentedoobreiro,denominadanexodecausalida-de. 1ais decisoes tambm re-conhecem a existncia da des-pedidaindireta,ouseja,nessescasos declarado que indire-tamente o empregador demi-tiu o empregado, deendo serliberado o lG1S, com a multa rescisriaegarantidaapercep-ao do seguro desemprego.Nalegislaaotrabalhistaqueregulaosnculospriadosnaoexisteleiespeccaquetrate da questao, entretanto, ariosLstados e Municpios estabe-leceramleisquetipicama pratica e atribuem punioesaos que a realizam no mbitodas relaoes administratiasentre os superiores hierarqui-cos e os seridores pblicos,muito embora nao expressemo direito a indenizaao desses.Lsse direito, entremen-tes, tem o seu undamento,como dito, na Constituiaoe no Cdigo Ciil brasileiro,emseusarts.186e922, desorte que, mesmo existindolei local regulando a matria,a qual nao estabelea o direitoa indenizaao, ainda assim, oseridorpblicoitimadopelaatuaao neasta de chees, po-dera indica-la judicialmente,para que o poder pblico pa-gueoalorxadopelojuiz.1aisindenizaoessaoxa-das segundo critrios exclusi-os dos julgadores que apre-ciem a causa, podendo ariardeacordocomagraidadedoatoedodanoemsi,bemcomoem razao do potencial eco-nomico do responsael pelopagamento, pois como costu-mam dizer os doutrinadores emagistrados,omontantexa-dodeerasersucientepara garantirqueograamenaoserepita,deeserexemplar,por-tanto,masnaopoderepresen-tar enriquecimento sem causaa itima, nem iniabilidadeeconomicadoautordaoensa.linalmente, importan-te dizer: no serio pblico,o superior hierarquico quepratica o bullyng laboral, almdas punioes administratias,podera ser obrigado a repararo Lrario pela despesa realiza-da com o pagamento da inde-nizaao do seridor iolado,por ora do disposto no art.3,6daConstituiaole-deral, pois injusto que todaa sociedade pague pela ilici-tude do comportamento dealgum que detm posiao demando, de modo que o enteestatal podera intentar aaode ressarcimento do dano.* Advogado e coordenador da Assessoria Jurdica do Sintesetwitter: @Franklinaju1ConstituioFederal:Art.5Todossoiguaisperante alei,semdistinodequalquerna-tureza,garantindo-seaosbrasileiros eaosestrangeirosresidentesnoPas ainviolabilidadedodireitovida, liberdade,igualdade,seguranae propriedade,nostermosseguintes:( . . . )V - assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indeniza-o por dano material, moral ou imagem;( . . . )X-soinviolveisaintimida-de,avidaprivada,ahonraeaima-gemdaspessoas,asseguradoodireito aindenizaopelodanomaterialou moraldecorrentedesuaviolao; 2CdigoCivil:Art.186.Aqueleque,por aoouomissovoluntria,neglign-ciaouimprudncia,violardireitoe causardanoaoutrem,aindaqueex-clusivamentemoral,cometeatoilcito.Art.927.Aqueleque,porato ilcito(arts.186e187),causardano D RXWUHP FD REULJDGR D UHSDUiORSeus direitosFOmbAssdio moralUma breve viso jurdica sobre um tema que afeta a vida dos trabalhadores e tem se agravado com o aprofundamento do capitalismoNo qualquer tipo de constrangimento que visto como assdio moral. 16eis:a,osLstadosUnidosman-tm sua condiao de potnciahegemonicamundialeregional, b,osLstadosUnidosperdemsuacondiaodehegemoniamundial,mas se mantm como potnciaregional,c,osLstadosUnidos deixamdeserpotnciahegemo-nicamundialetambmdeixamdeserpotnciahegemonicaregional.Viemos, portanto, ummomento de prounda crise einstabilidade internacional, quepode resultar em ariados des-dobramentos, num leque queai da barbarie ao socialismo,passando por dierentes mo-dos de organizar o capitalismo.Nao possel saber quan-to tempo durara este perodode instabilidade internacional.Isto, bem como o mundo queemergira depois, dependera decomo se articule a luta poltica,dentro de cada pas, com a lutaentreLstadoseblocosregionais.A luta entre Lstados e blo-cos regionais , hoje, polarizadade um lado pelos Lstados Uni-dos e seus aliados europeus ejaponeses,deoutrolado,pelos BRICS ,Brasil, Rssia, ndia, Chi-na e rica do Sul, e seus aliados.Dierentedoqueocorriaantesse maniesta direta ou indire-tamente em todos os terrenos:nanceiro,comercial,cambial, energtico, alimentar, ambiental,ideolgico,social,poltico,militar.Como outras crises, estatentara proocar, para sua supe-raao, uma imensa destruiaode oras produtias, destruiaoda natureza, de idas humanasedecapitalacumulado.Sacri-cio que tende a se desdobraremmaisconnitosmilitares,cri-ses polticas e reoltas sociais.Naosetrataapenasdeumacri-seeconomica,nosentidoestrito.Lsta em curso uma reacomoda-aogeopoltica,resultantedodes-locamentoparaoOrientedoeixodinmico da economia mundial.OcentrodacriseestanosLsta-dosUnidos.Naoapenasporseraprincipaleconomiacapitalista,mastambmporserapotnciahege-monicadomundocapitalistades-de1945edomundodesde1991.A crise amplia o questiona-mentodahegemoniadosLstadosUnidos,quejainhaenrentando:a,oaguamentodascontradioesintercapitalistas, crescente apsaderrotadoblocosoitico,b, o ortalecimento de potnciasconcorrentes, especialmente aChina,dequemosLUAhaiamseaproximadonosanos190, c, as custosas obrigaoes deria-dasdeumahegemoniamundial.Os Lstados Unidos nao dei-xaramdeseraprincipalpotnciaeconomica, midiatica, poltica emilitar do mundo. Mas sua he-gemoniaestaemasedeclinante,comtrsdesdobramentosposs-Valter Pomar*A compreensaoda crise atualexige oltar aosincio dos anos 190. Naquelemomento, tambm houe umacrise, rente a qual os LstadosUnidos e seus aliados reagiram,adotando polticas que hoje co-nhecemos como neoliberais.O perodo 1980,2000 oidegrandesderrotasparaasclas-ses trabalhadoras. Lsta derrotapode ser medida objetiamen-te, em termos de ampliaao dasjornadas de trabalho, reduaono alor relatio dos salarios,pioranascondioesdetrabalho,degradaao na qualidade e me-nor oerta de serios pblicos,decadncia da democracia real.Dopontodeistadasideias,ocorreu um auge do indii-dualismo, em detrimento dosalores pblicos, sociais e co-letios. Ioue um recuo naoapenas das ideias anticapitalistas,mas tambm das ideias keyne-sianas, reormistas, democra-ticas e progressistas em geral.Nosanos90,comomda URSS e aps 500 anos de com-bate contra inimigos externos einternos, o modo de produaocapitalista armou sua hegemonia num grau at entao desconheci-do,derrotandoosnacionalismose desenolimentismos periri-cos,submetendoasuainnun-cia a social-democracia europia,dissolendo a URSS e os regimes socialistas do Leste Luropeu.loi exatamente esta ausnciade contrapesos e de competi-dores ortes que gerou a exu-berncia`queestanabaseda crise atual. O capitalismo soltode amarras torna-se perigo-so para o prprio capitalismo.O que iemos, desde200, sem dida uma crisedo capitalismo neoliberal, quede1945,hoje,temosumadisputaentre Lstados da ,quase, antigaperieria e Lstados do ,quase,antigocentro.L,dierentedoqueocorria antes de 1990, a disputaLUA,BRICSsedanosmarcos do capitalismo. Mas na AmricaLatinaeCaribenhahaumanoi-dadeaserleadaemconta:comoresultadodeumprocessoiniciadoem 1998, constituiu-se na regiaouma orte innuncia da esquerda. Lstainnunciadaesquer-da torna actel que a AmricaLatina e Caribenha constitua-senum dos plos do combate denaturezageopolticaqueestaemcurso no mundo. Assim comotorna actel azer, da regiao,um dos espaos de reconstru-ao de uma alternatia social--democrata de capitalismo ou,se tiermos xito, uma alterna-tia socialista ao capitalismo.Construir uma AmricaLatina democratica, popular esocialista dependera de muitasariaeis,entreasquaisacriaaodeumaculturademassas,latino-americana e caribenha, compro-metida com ideais de esquerda.Acriaaodestaculturasocia-lista de massas supoe, para almdos aparatos materiais ,casaseditoriais, jornais, reistas, radios,teleisoes, proedores de inter-net,indstriacinematogracae onograca,companhiasdete-atro e dana, orquestas, museus,escolas e uniersidades etc.,, quetenhamos dezenas de milhoesde homens e mulheres enoli-das na produao e reproduaodesta noa isao de mundo.O que, por sua ez, supoe aconstruao de noas ideias, or-jadas a partir da crtica as ideiaseapraticadoneoliberalismo,dodesenolimentismo consera-doredocolonialismo,queaa acrticaeautocrticadonaciona-lismo, do desenolimentismoprogressista e das experinciassocialistasdosculoXX,eque compreenda a natureza do capi-talismo no sculo XXI, enren-tandoodebateclassicosobreoscaminhos estratgicos para suareorma ou para sua reoluao.*Membro do Dir. Nacional do PT http://valterpomar.blogspot.com/MundoComo outras crises, esta tentar provocar, para sua superao, uma imensa destruio de foras produtivas, des-truio da natureza e de vidas humanas VAde$FULVHPXQGLDOHRVGHVDRVpara a classe trabalhadoraO capitalismo solto de amarras torna--se perigoso para o prprio capitalismo17dos direitos humanos e dopatrimonio do pas, como OPetrleo Nosso, Contra asArmas Nucleares, Campanhada Paz ,durante a II Guerra,,Anistia ,dcadas de 40 e 0,,Contra a Censura, Diretas Ja,PelaCondenaaodosAssassi-nosdeChicoMendesetc.NosculoXX,naoharegistrodemoimentopolticodogneroque nao tenha tido o apoio eaparticipaaodiretadeMarioLago. Curiosamente, jamaisoiliadoaqualquerpartido. A partir de 1989, passou adar apoio e militncia ao P1,massemnculodeliaao.Autor-A estria de Ma-rio Lago aconteceu em mar-ode33,comoautorteatral. A maior parte de suas peasoi escrita nas dcadas de 40e de 50, para o chamado 1e-atro de Reista e para atorescomoAraciCortes,LlzaGo-mes, Andr Villon, Oscaritoe Armando Nascimento. Noincio dos anos 190, escre-eu a sua ltima pea teatral:loru Quatro 1iradentes naConjuraaoBaiana`,sobrea Reoluao dos Alaiates, naBahia. Proibida pela Censura,tee uma nica leitura pbli-ca, com participaao do pr-prioMario,aoladodosatoresOswaldoLoureiro,\andaLa-cerda,lranciscoMilanieMil-ton Gonales, entre outros.1ambmescreeuroteirose argumentos para o cinema,entre eles, o do lme Banana da 1erra ,1939,, em parceria com Joao de Barro, o Braguinha.Lle nasceu na his-trica Rua doResende, no Riode Janeiro, em26denoembrode1911,-lho nico de Antonio Lago,um joem compositor, ma-estro e iolinista de sucesso,deumaamliademsicos,e de lrancisca Maria VicnciaCroccia Lago, joem descen-dente de calabreses, oriundatambmdeamliademsicos.Mario Lago oi criadono bairro da Lapa, no Rio.lormou-se em Direito, masjamaisexerceuaprossao. Chegouatrabalharcomojor-nalista e estatstico, mas porpouco tempo. Desde criana,a arte exerceu absoluto as-cniosobreele,umaatraao igualada apenas pela polti-ca, pela boemia e pela am-lia. A todas elas se dedicoucomigualempenhoepaixao.lalecidoem30demaio de 2002, Mario Lago oicasado por quase 50 anoscom Zeli Cordeiro Lago.Militncia - Desdejoem,Mario se diidiria entre o tra-balho artstico, uma intensaatiidade poltica e a boemia.Aparticipaaopolticalheren-deuseisprisoes,aprimeiraemjaneiro de 1932, e a demissao daRadioNacional,em1964, o que resultou em quase umanodedesemprego.Napocado golpe militar, era procura-dordoSindicatodosRadia-listas do Rio de Janeiro, umdosmaiscombatiosdopas.Mario participou de a-rias campanhas em deesaCompositor - Namsica,estreou em 1936, com a mar-chinhaMenina,euseideumacoisa, primeira parceria comCustdio Mesquita. O suces-soiriadoisanosdepois,comNada alm, da mesma dupla,na graaao de Orlando Sila. Sozinho, ou em parceria com nomes como Ataulo Ales,Chocolate, Roberto Roberti,Roberto Martins, BeneditoLacerda, Llton Medeiros eJoao Nogueira, Mario com-pos sucessos como Am-lia, Atire a primeira pedra,Aurora, Da-me tuas maos,Lnquanto houer saudade,lracasso, Sera e Nmero um. Ator-Lm 1942, estreoucomo ator de teatro, ondecriou personagens de granderepercussao, como o Aprgio,no classico O Beijo no asal-to, de Nlson Rodrigues. Nocinema, atuou em alguns dosprincipaislmesbrasileiros, como O Padre e a Moa, deJoaquim Pedro de Andrade,Os Ierdeiros, de Caca Die-gues, O Brao guerreiro, deGustao Dahl, e 1erra emtranse, de Glauber Rocha.A popularizaao do atoreio com as noelas, a partirde1966,destacando-sesuas atuaoes em O Casarao, deLauro Csar Muniz, Nina,de \alter George Durst, eDancing Days, de Gilber-to Braga, trabalhos que lherenderam dois prmios deMelhor Ator da AssociaaoPaulista de Crticos de Ar-teseumGolnhodeOuro. Seus ltimos papis na 1V oram a minissrie Iilda lu-racao,1998,,deGlriaPerez,interpretandooelhobomioOlao, o especial Lnquanto a NoitenaoChega,emdezem-brode2000,eumaparticipa-aoespecialnanoelaOClo-ne,deGlriaPerez,reiendoopersonagemDr.Molina,deBarrigadeAluguel,damesmaautora. Mario Lago graouanoelanonalde2001, seis meses antes de alecer.Rebelde por vocaoMrio LagoOs 100 anos Mrio Lago - Ator, produtor, diretor, compositor, radialista, escritor, poeta, autor, militante sindical e poltico, bomio e frasista, Mrio Lago foi muitoscontinua>>Desde jovem, Mrio se dividiria entre o trabalho artstico, uma intensa ativida-de poltica e a boe-mia. A participao poltica lhe rendeu seis prises18Recomear ainda que partido;Refazer o horizonte a cada passo;Buscar razes no que perdeu sentido;Mover-me sempre, embora o pouco espao;Compreender todas as vozes mudas,Perdido entre o no dito e o no pensado;Procurar no vazio alguma ajuda;Repisar mil caminhos j pisados;Falar sem nunca ter ouvido um gritoDe aplauso, de protesto ou xingamento;Pensar que era de cu o cho de lodo;Os ps na terra, os olhos no infinito.Sonhando estar l longe o meu momento...Minha vida foi isso o tempo todo. Mrio LagoMinha vida foi isso o tempo todoCronologia de um militante polticoRadialista - Noradio,oiator, autor de noelas, pro-dutorediretor.Seutrabalho mais conhecido oi a sriePresdiodeMulheres,quees-creeuparaaRadioNacionale que liderou a audincia daemissora durante cinco anosseguidos.Lm1964,como golpe militar, Mario Lagooi demitido da Nacional.EscritorAutor de 11liros, Mario estreou com acoletneadepoemaspolticosO Poo Lscree a Iistrianas Paredes. Poeta e escritor- Sua produao literaria inclui os ttulos Chico Nunes dasAlagoas,NaRolanado1em-po, Bagao de Beira Lstrada,Rabo da Noite, Meia PoraodeSarapatel,Manuscritodo Ierico Lmpregadinho deBordel,Segredosdelamlia e o inantil Monstrinho Me-donhento, seu maior sucessoeditorial. Deixou um liro in-concluso,dedicadoasmem-riasdasboasmolecagens` quepraticouaolongodaida.1extoseotosgentilmentecedidospelaamliaemwww.mariolago.com.br1911Lm26deno-embro, Mario Lago nas-ce, no Rio de Janeiro. Lneto do anarquista Giuse-ppe Croccia, deensor deideias desenolimentistas.

1923Lntra para oColgio Pedro II.Mariolidera uma gree de estu-dantes contra o uso obriga-trio de canetas. L o come-o de sua militncia poltica.1930Entra para a a-culdade de Direito da Uni-ersidade do Brasil, ondeconhecealosoacomu-nista.IntegraoSocorro Vermelho, grupo que prestaassistnciaapresospolticos.1932Lm 21 de janei-ro, ja na Juentude Comu-nista, preso pela primeiraez. Aps um comcio naporta da abrica de tecidosMailis, da Amrica labril.AdotaocodinomedePaduaCorreia, uma homenagemao nome com o qual suamae queria batiza-lo Mariode Padua Joita Correia doLago e que acabou encur-tado para Mario Lago, pordecisao do pai. Ao ser solto, conduzido por policiais ata ronteira com o Uruguai eameaado de morte. Passadois meses como clandestinonoUruguaieretornaaoBrasil.1947Conhece ZeliCordeiro,lhadodirigen-te comunista IenriqueCordeiro, em um comciodo Partido Comunista noLargo da Carioca, no Rio.

1948Por questoes po-lticas, demitido pela pri-meiraezdaRadioNacional.1949L preso na reda-ao do jornal clandestino AClasseOperaria`eaasta-do da radio Mayrink Veiga.1950Com o PCB nailegalidade, candidato a de-putadoestadualpeloPS1 ,PartidoSocial1rabalhis-ta, paulista, como candida-to de Luiz Carlos Prestes.1962Integra a diretoriadoSindicatodosRadialistas do Rio de Janeiro, um dosmais combatios a poca.1964Lm abril, presoemsuacasa,emCopacabana,no Rio, pelo DepartamentodeOrdemPolticaeSocial ,Dops, e leado para a ilhadasllores.Ltranseridoparao presdio lernandes Viana,nalreiCanecaecapre-so por 58 dias. L demitidoda Radio Nacional pelo AtoInstitucional n 1, junto commais35colegasdaemissora.1968 Umdiaapsaedi-aodoAI-5,presoantesdeentraremcena,napeaInspe-tor, Venha Comigo`. L liber-tadonodia31dedezembro.1969 Lm25deeereiro,presoportereitoatraduaode um liro sobre a GuerradoVietna.Voltaaprisaome-ses depois, quando da isitado senador norte-americanoNelson Rockeller ao Brasil.1974Lscree a pealoru Quatro 1iradente naConjuraaoMineira`,que proibida pela Censura.1980MarioLagoe35 companheiros sao anistiados,alguns inmemorian, e rein-tegrados a Radio Nacional.1989No segun-do turno da campanhapara a Presidncia da Re-pblica, declara apoio aLuizInacioLuladaSila e passa a militar no P1.30demaiode2002 No incio da noite,Mario Lago morre emcasa. liz um acordode coexistncia paci-cacomotempo,nem ele me persegue, nemeu ujo dele. Um dia,agenteseencontra`19Imagens da LutaA hora agora: Mais de 8 mil pessoas em marcha ocuparam as ruas de Aracaju para cobrar uma maior valorizao dos professores.20