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Revista PMW. Edição 021 (Março/2012)

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Entrevistas, Turismo, Moda, Saúde, Bem estar, Cultura, Dicas, Baladas, Eventos e muito mais...

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ÍNDICE

CAPA

A história de transformação e fé de Vanessa Pa-

trús é o destaque da edição de março da PMW. O Pro-

jeto Pérola chega ao Tocantins com uma proposta de

transformar tanto o lado econômico, quanto o social

das comunidades carentes.

ROTEIRO

Uma mostra de arte digital pro-

jetada em uma torre de mais

de mil anos. Esta cena resume

o que Cejane Borges trouxe em

suas lembranças de uma via-

gem inesquecível a Londres.FICHA LIMPA

Válida para as eleições de 2012, a Lei da

Ficha Limpa inviabiliza a vida de políticos

com contas irregulares e condenações

por órgão colegiado.

REDESCOBRINDO O TOCANTINS

Uma visão poética de uma das cidades mais importantes no

contexto cultural do Tocantins. Saiba das peculiaridades que

fazem de Porto Nacional uma cidade apaixonante.

DEPENDE DE VOCÊ

O hemocentro de Palmas realiza um tra-

balho exemplar e busca parcerias para

conseguir mais doadores permanentes

de sangue.

APETITE

Desculbra os prazeres da carne e caia na ten-

tação de um autêntico churrasco gaúcho.

ApresentaçãoEditorial / Expediente

Redescobrindo o TocantinsPorto Nacional

RoteiroLondres

PolíticaFicha Limpa

Depende de vocêDoe sangue

CapaVanessa Patrús

EspecialLei Maria da Penha

Inventando Modapor Miguel Vieira

ModaEnsaio

VitrineOs melhores produtos

ApetiteO sabor do churrasco

Em FormaA onda é o Zouk

CharmColuna social

BaladaO giro pelas melhores festas

Fatos Políticospor Aquiles Lins

MolecadaBem na foto

TocantinsResumo do mês

BrailResumo do mês

MundoResumo do mês

Claquete Culturalpor Patrícia Ströher

InverterInverter o nada

Direitos e DeveresFinanciamentos bancários

FolcloreO bruto da Quaresma

Bem estarPele saudável

Ambiente-seExpansão Urbana

TecnologiaBotecos vistuais

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APRESENTAÇÃO

EDITORIAL

Diretor

Tairone Barbosa

Editor ResponsávelJoão Lino Cavalcante

Diretora ComercialMércia Rocha

Projeto Gráfico e Diagramação777 Propaganda

Produção de ConteúdoPrecisa Assossoria de Comunicação

Participaram desta ediçãoAndreza Rosa Negre, Aquiles Lins, Cejane Borges, Cidiane Carvalho, Célio Pedreira,

Marcelo Silva, Patrícia Orfila,Patrícia Ströher, Rafaela Lobato, Sérgio

Lorentino, Gabriel Vasques e Zânia Paiva

FotosCidiane Carvalho, Rafaela Mazzola, Beto

Monteiro, e Secom

Foto capaBeto Monteiro

CapaRaphael Jacob

RevisãoLarissa Parente

IlustraçõesCiro

FALE COM A REDAÇÃOPor e-mail:

[email protected] telefone:

(63) 4101.2574 / 8125.2000/ 8125.0009Pela internet:

www.revistapmw.com.brtwitter@revistapmw

A Revista PMW é uma publicação mensal da DOIS TEMPOS GRÁFICA E EDITORA LTDA, sob o CNPJ: 05.667.989/0001-05. Os artigos im-pressos não expressam necessariamente a opinião da revista. A editora não se responsa-biliza por informações, opiniões ou conteúdo dos artigos assinados, bem como pelo teor dos anúncios publicitários. Não está autoriza-da a reprodução total ou parcial das matérias da publicação sem consultar a diretoria da Revista PMW.

EXPEDIENTE

A Revista PMW deste mês de março vem completamente reformulada. O seu novo formato é menor, mais versátil e moderno. Nela trazemos uma entrevista com a jovem empreendedora Vanessa Pa-trús, que traz ao Tocantins o conceito do Banco Pérola, o qual aliado ao projeto so-cial de mesmo nome, pretende emprestar dinheiro àqueles que não teriam condi-ções de iniciar seus projetos. Vanessa conhece de perto as dificuldades de uma vida simples. Com um enredo que envol-ve Minas Gerais, Tocantins e até a Índia, convidamos nossos leitores a conhecer um pouco da trajetória profissional e pes-soal desta "multi-mulher".

Na coluna de Tecnologia, a jornalis-ta “netzen” Rafaela Lobato expõe a sua opinião sobre as redes sociais, como o Twitter, e o que elas representam na so-ciedade.

Já na coluna Depende de Você, traze-mos um pedido do Hemocentro para a do-ação de sangue e medula óssea. Sempre é tempo de doar sangue.

Para dar água na boca em qualquer um, o espaço Apetite reserva uma delicio-sa receita de fraldinha recheada, prepara-da especialmente pelo gaúcho Giovani Merenda, proprietário da Maçanilla.

A nova Revista PMW chega com outra novidade. É a coluna “Redescobrindo o To-

cantins”, onde o leitor vai conhecer vários locais especiais do Estado, sob o olhar de pessoas que conhecem bem a realidade da região. Esta edição traz a visão poética da centenária cidade de Porto Nacional.

Na coluna Ambiente-se, a arquiteta Patrícia Orfila traz um tema que esteve nos holofotes da sociedade e da impren-sa nos últimos meses, que é a expansão do plano diretor de Palmas. O advogado Sérgio Lorentino fala sobre o cuidado que se deve ter, ao fazer um empréstimo em financeiras, na coluna Direitos e Deveres.

Com o objetivo de esclarecer as alte-rações no jogo político para as eleições de 2012, esta edição traz matéria ana-lisando as alterações e os possíveis im-pactos da aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa.

A jornalista e cinéfila Patricia Ströher tece suas críticas sobre os principais fil-mes, livros e músicas que movimentam o mercado cultural. Confira também as dicas de cinema para este mês.

A análise crítica dos fatos da política tocantinense você acompanha na coluna do jornalista Aquiles Lins.

Você conhece o Zouk? É um estilo de dança que está chamando a atenção dos palmenses. Confira na coluna Em forma.

Aprecie a leitura.

ESPAÇO DO LEITOR

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É com a arrecadação do IPTU que a Prefeitura investe em áreas como saúde, educação, habitação, iluminação pública e muito mais. Por isso, quando você paga seu IPTU em dia, está contribuindo para construir uma cidade melhor para todos.

Retire seu carnê no site:www.palmas.to.gov.brInformações:

2111-2719 / 2725

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REDESCOBRINDO O TOCANTINS

Alguma madrugada há de esperar outra alvorada e a Banda de Música Mestre Adelino deve romper as ruas anunciando que o cerrado dessas bandas renasce sua gente centenária. Assim sempre foi e, em assim sendo, festejos darão passagem à alegria. Uma alegria que não se vê somente nas atividades oficiais, mas em cada sombra de mangueira, onde a gente se junta para viver quem somos.

Porto Nacional pode ser uma cidade nova plantada exatamente em suas raízes. A geografia da cidade histórica (inclusive) e o sertão ribeirinho sofreu mudanças pouco avaliadas com a presença de um lago em lugar de um rio. Interessante notar que mesmo afogada, uma parte da cidade atrai a todos. Mesmo sem as fontes e a gente ribeirinha, o povo continua indo no rumo do rio. Seja nas caminhadas, seja nos bares, seja para a nova ilha, seja para ficar olhando a Serra do Estrondo, o povo continua indo no rumo de buscar o rio.

Porto Nacional também renova suas raízes para a educação. A história conta que, de todo o norte goiano da época e de alguns estados vizinhos, acor-ria gente para estudar em Porto Nacional. A nova cidade resgata seu dom de juntar gente. Agora somos três escolas com cursos superiores (duas privadas e uma pública), uma escola família agrícola e uma Escola Técnica Federal. Os pioneiros, o Colégio Sagrado Coração de Jesus e o Colégio Estadual (CEM Prof. Florêncio Ayres) continuam raízes incontestáveis desta nova cidade. A eles se somam outras escolas estaduais e municipais.

A cidade, ainda goiana, recebeu a alcunha de “capital cultural”. Nos tempos novos se indaga onde anda a cultura de Porto Nacional. Não será uma procura vã. De pronto a cultura desse lugar pulsa (...). O caso é que ela não se assenta nas mesas de gestão cultural (...) a preferência pelos modismos também afoga essas raízes.

Vale lembrar que, numa cidade “colonizada” por dominicanos, a cultura é plantada e regada com extremo afinco. Foi assim que cedo plantou-se, nesse até hoje sertão, o cinema, teatro, música, fotografia, dança, literatura (...). Nem é necessário buscar pela memória do saudosismo. Anote: João Luiz e Helio

De Porto POR CÉLIO PEDREIRA

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Brito, dois feras do cinema de nossos dias; Grupo Chama Viva de Teatro, seguramente a companhia de teatro com a maior regulari-dade de espetáculos de qualidade em nosso Tocantins; Tambores do Tocantins; a Escola de Música de Fábio Manduca; a Banda Mes-tre Adelino, todas formando continuamente músicos de qualidade indiscutível; Lucia Qui-lombo e a Turma de Dança de Rua, reunindo passos de tambores do Carmo com os mala-barismos dos meninos daqui; Pedro Tierra, escritor de nome internacional (...) e ainda falta tanta gente. Ave Elizeu Lira, Éverton, An-tista, Camarão, Nelson Jr, Torres, Bey, Adão, Sitõe, Iramar, Otamir, Edson Gomes, Quézia, Auxiliadora Matos (...) Nonato, as bandas D’doidos e Mr. Frog, e ainda falta contar os es-tudantes com um violão num final de tarde.

Um registro genuíno fica por conta do Mestre Rozali-no, pintor primitivista e com mais de 80 anos de idade que elabora regularmente (apesar da acentuada defi-ciência visual) quadros que resgatam o cerrado, as fo-lias, as casas e as pessoas do lugar. Somam-se a Roza-lino todos os integrantes da Associação de Artesãos de Porto Nacional. Eis uns dos tantos que ainda pulsam arte de muita qualidade em Porto Nacional, des-sa arte que não participa de editais e nem está cadastrada nas Secretarias de Cultura. A arte da resistência também merece des-tacado registro. Algumas famílias da cidade tiveram filhos ceifados pela ditadura. Ape-sar de não parecer, isso alterou de maneira importante o caminho da gente desse lugar

e faz isso até hoje. O medo de ter um filho “envolvido” com a política fez prosperar a geração do silêncio, essa que vivemos hoje em tantos outros lugares. Um destaque para a CENOG (Casa do Estudante do Norte Goiano), que mantinha o fermento ativo da juventude da época. Talvez hoje caiba aos Diretórios Acadêmicos das faculdades da-qui plantarem outras sementes de novas auroras, quem sabe assim aprendamos que ousar não é pecado.

Porto Nacional é diferente de quase to-das as cidades tocantinenses. Pois só existe uma forma de brotar gente de raiz, usando o adubo da memória e sabendo admirar o povo simples que, na sua lida diária, escreve os dias de uma cidade.

Assim é que, ainda hoje, em qualquer

canto, a gente fica feliz em dizer: – Sou de Porto Nacional! – Assim é que diz Zé das Bi-cicletas, com mais de 50 anos trabalhando em sua oficina, no mesmo lugar da rua Ge-túlio Vargas, ali descendo para a beira do rio.

A vida passa na porta da oficina de Zé das Bicicletas, põe o povo na garupa e segue buscando a felicidade.

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...considerada a cidade mais cosmopolita do mundo, onde você encontra pessoas de todos os lugares, de todas as línguas, de todas as tribos.

London

O velho novo mundo

““

ROTEIRO

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Terra de artistas incríveis como Que-en, Rolling Stones, Eurythmics, Coldplay, Joss Stone, Adele e a diva Amy Winehou-se, Londres é uma cidade única. Bem, na verdade toda cidade é única. A diferença é que esta é uma cidade onde o inovador e o ousado caminham na mesma calçada que a história, o tradicional e o imutável, e parecem conviver em paz. Uma caminha-da por Londres revela cabelos de todas as cores, roupas de todos os estilos, execu-tivos de cartola e guarda chuva no braço, soldados vestidos como no tempo de Henrique VIII, carruagens reais, indianos, árabes, tribos punks, darks e simpáticas velhinhas que se reúnem para o famoso “Five o’clock tea” (chá das 5).

Cidade fria, chuvosa e cinzenta, mas, quem se dispuser a conhecer a cidade a fundo, vai descobrir um lugar de vida pulsante, super animada, repleta de boas atrações, e uma infinidade de programas de todos os tipos, para todos os gostos. E vai descobrir também que aquela história de povo frio e indiferente não passa de uma lenda, até mesmo porque o mundo inteiro pode ser encontrado em Londres.

Londres é repleta de excelentes mu-seus. Afinal de contas, numa cidade mile-nar o que não falta é história para contar. Há o British Museum, um dos mais famo-sos do mundo, o Imperial War Museum, onde há sempre exposições históricas. Uma trinca imperdível de museus é for-mada pelo Victoria & Albert Museum (te-souros, peças históricas e exposições

com objetos antigos de várias civiliza-ções), Natural History Museum (história natural), e Science Museum (dedicado a todos os ramos da ciência e tecnologia). Os três museus são quase ao lado um do outro, e merecem um dia inteiro para visitá-los com calma.

Há também o incrível Museu de Cera de Madame Tussauds, onde estão figuras de cera de diversas personalidades co-nhecidas como os Beatles, Henrique VIII e suas seis mulheres, Papa João Paulo II, Ayrton Senna, Sarah Michele Gellar, Elton John, Anthony Hopkins, Ghandi, Arnold Schwarzenegger, Hugh Grant, Fidel Cas-tro, Napoleão Bonaparte, Pelé, Marilyn Monroe, e claro, a família real inglesa, com a rainha Elizabeth e a princesa Dia-na, além de centenas de outras persona-lidades famosas.

As tradicionais construções feitas to-talmente de tijolos são uma das marcas registradas da cidade, e podem ser vistas em todo lugar, com suas janelinhas e cor-tinas de renda branca. Em certos bairros, você tem a nítida impressão de ter voltado no tempo e estar passeando no século 19.

Logicamente que ao ir a Londres é obrigatório ver a London Bridge, a guarda real, o palácio de Buckingham, os ônibus de dois andares, as famosas cabines te-lefônicas vermelhas, os tradicionais pubs e, obviamente, o Big Ben, o relógio mais pontual do planeta. Enfim, história, diver-são e novas percepções é que não falta-rão nessa cidade.

QUEM ESTEVE POR LÁ

Imagine um lugar onde você vivencia o contraste entre o velho e o novo mundo, tradição e modernidade, cultura e tecno-logia. Tudo mesclado em um só cenário, livre, aberto e disponível para você mer-gulhar neste universo... Isto é Londres, considerada a cidade mais cosmopolita do mundo, onde você encontra pessoas de todos os lugares, de todas as línguas, de todas as tribos.

Em minha primeira experiência em Londres, em 2007, adorei caminhar lentamente ao longo da margem do Rio Tâmisa, saboreando cada detalhe, uma experiência ímpar que permite a imersão

em horizontes ora tradicionais – constru-ções antigas como o Big Ben, o Palácio de Westminster, a Tower Bridge, a Torre de Londres, o Navio Museu de Guerra – ora modernos – como a London Eye, a Mil-lenium Bridge, edifícios comerciais com arrojada arquitetura e os jardins suspen-sos. A beleza da cidade se faz presente em cada monumento, em cada rosto, em cada click das máquinas fotográficas. Londres é assim – tudo junto e misturado – e não tem como estar lá e não se sentir parte integrante dessa magia.

Cejane Borges, relações públicas.

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Com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela constitucio-nalidade Lei da Ficha Limpa, muitos elei-tores ainda não compreendem a dimen-são que tal decisão terá sobre o processo eleitoral. A aplicação da Lei já valerá para as eleições municipais de 2012, e, no caso do Tocantins, será peça fundamen-tal durante toda a disputa.

Poderão ser considerados inelegíveis por oito anos os candidatos que estejam

respondendo a processo por crimes contra o patrimônio ou contra a vida, trabalhadores com registro profissional cassado pelo conselho de classe e, ain-da, políticos que renunciaram a mandato para escapar de cassação antes de 10 de junho de 2010, quando o projeto da Lei da Ficha Limpa foi sancionado pelo ex--presidente Lula.

O Tocantins tem uma história re-

cente de casos de investigação e afas-tamento de prefeitos por crimes contra o patrimônio público. Ao todo, cerca de 60 gestores e ex-gestores municipais são investigados pelo Ministério Público, o que pode alterar o jogo político na dis-puta por cargos públicos no pleito que se aproxima. O caso mais emblemático é o do ex-governador Marcelo Miranda, con-denado pelo Tribunal Superior Eleitoral em julho de 2009 e que deixou o Palácio

Araguaia, sede do Poder Executivo Esta-dual. Segundo analistas políticos, Miran-da está inelegível até 2017, seguindo a determinação da nova Lei, portanto, fora da disputa pelo Governo do Estado em 2014 e das eleições municipais de 2016.

Para o especialista em direito eleito-ral, Dr. Solano Donato, estas eleições se-rão, no mínimo, mais agitadas. Segundo o advogado, a Ficha Limpa representa

um atendimento aos anseios da socie-dade, que cobrava mais rigor contra polí-ticos corruptos, porém, ele critica a falta de um debate amplo sobre uma reforma política drástica e definitiva. “Nos últimos 15 anos tivemos ao menos quatro altera-ções significativas da legislação eleitoral. A cada eleição, surge uma nova lei e estas mudanças geram uma instabilidade que é ruim para todo mundo”, comentou.

Os eleitores só conhecerão os candi-datos a prefeitos e vereadores em julho, quando será realizado o registro de can-didaturas. Neste caso caberá às Zonas Eleitorais analisarem, caso a caso, sobre a aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa. “Será a partir da eleição de 2012 que co-nheceremos a forma como os Tribunais irão tratar o assunto. Tudo é muito novo e cada situação merece atenção individu-al”, salientou Donato.

Ao mesmo tempo em que a Ficha Limpa é uma ferramenta impiedosa contra políticos corruptos, o novo texto abranda casos antes tratados com mais rigor. O exemplo vem dos Tribunais de Contas que julgam casos de irregulari-dades nas prestações de contas nas di-versas esferas da administração pública. Antes os gestores com contas julgadas irregulares ficavam inelegíveis por três anos. Agora, com a nova redação, os ca-sos em que não for constatado dolo, ou seja, intenção de prejudicar ou fraudar o outro, o pretenso candidato não ficará impossibilitado de disputar a eleição.

EntendaA Lei da Ficha Limpa é uma grande

demanda da sociedade. Originada por uma iniciativa popular, teve seu projeto sancio-nado como Lei Complementar nº. 135, no dia 4 de junho de 2010. A aprovação se deu graças à mobilização de milhões de cidadãos e se tornou um marco funda-mental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no Brasil. Trata--se de uma conquista de todos os brasilei-ros e brasileiras. Entidades de classe, veí-culos de comunicação e a sociedade civil organizada vem pressionando o judiciário pela aprovação da Lei desde sua sanção.

POLÍTICA

Lei da Ficha Limpa devemovimentar eleições de 2012

Será a partir da eleição de 2012

que conheceremos a forma como

os Tribunais irão tratar o assunto.

Tudo é muito novo e cada situação

merece atenção individual.SOLANO DONATO, ADVOGADO

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O Hemocentro está em constante campanha para convidar a população a doar sangue. Parcerias são firmadas com entidades públicas e privadas

para estimular os seus funcionários a doarem sangue.

Doe vida, doe sangue

DEPENDE DE VOCÊ

Segundo a diretora de gestão da hemorrede do Tocantins, Perla Risette Alves Lima, o Hemocentro de Palmas tem uma média de 20 doadores por dia. “O ideal seria de 40 a 45 doadores”, disse.

A diretora explicou que o número de doadores não é suficiente porque o sangue tem data de validade. Quando a pessoa faz a doação, a bolsa coletada é chamada de “sangue total”. Em seguida, a bolsa é processada no hemocompo-nentes. “O sangue é composto pelas partes vermelha e amarela. A vermelha são as hemácias e a amarela é o plas-

ma e também temos as plaquetas no sangue. A partir dessa bolsa, podemos fazer quatro hemocomponentes: os con-centrados de hemácia, de plaquetas, o plasma e o crioprecipitado. Cada um desses concentrados tem uma data de validade”, explicou.

Perla informou que o estoque de sangue sempre deve estar regular para garantir a manutenção de sangue e seus hemocomponentes no estoque. “Temos hemocomponentes que tem uma vali-dade muito limitada, por isso precisamos de doações regulares”, disse.

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Um fator que contribui para a baixa procura de doadores, segundo a diretora, é que doar sangue é um ato voluntário e gratuito. “Nós sabemos que o brasileiro tem o costume de ser solidário, mas as pessoas, muitas vezes, adiam a doação por algum motivo e acabam não vindo”.

Para facilitar o acesso, uma vez que

a sede central do Hemocentro fica na região norte de Palmas, foi inaugurada uma unidade do órgão no Hospital Geral de Palmas. A unidade funciona das 7h às 12h30. “Essa unidade pode receber de 20 a 25 doações por período, mas ainda assim não estamos conseguindo atingir esse índice”, contou Perla.

Temos hemocomponentes que tem

uma validade muito limitada, por isso

precisamos de doações regulares.

Qual o tipo mais necessário?

Segundo a diretora da Hemorrede, é pre-ciso todo tipo de sangue, levando em consideração a proporcionalidade. “Se há mais pessoas do tipo O+, consequente-mente essa população é a que mais vai precisar de sangue. Se o O+ é considerado o tipo de sangue mais comum, então mais pessoas com esse tipo sanguíneo devem doar. De qualquer forma, o que o Hemo-centro precisa mesmo é que haja uma regularidade de doadores e de estoque, independentemente do tipo”, esclareceu.

Parcerias

O Hemocentro costuma fazer parcerias com entidades públicas e privadas para estimular a doação de sangue. “Fazemos parcerias com universidades, escolas, empresas públicas e privadas. Nas es-colas nós trabalhamos com as crianças o estímulo do espírito de solidariedade”, explicou Perla. O Hemocentro dispõe de

uma unidade móvel que se desloca até a entidade parceira.

Quem pode doar?

· Pessoas entre 16 e 67 anos (menores só com autorização do responsável);. apresentar boas condições de saúde,pesar acima de 50kg;· Não ter ingerido bebida alcoólica nas úl-timas 12 horas que antecedem a doação;· Não ser usuário de drogas;· Não ter múltiplos parceiros;· Não ter doenças hematológicas, cardía-cas, renais, pulmonares, hepáticas, dia-betes, hipertireoidismo, hanseníase, tu-berculose, câncer, sangramento anormal, epilepsia e doença de chagas.

Cadastro de medula óssea

O Hemocentro também faz cadastro de doadores de medula óssea. Atualmente, em todo o Tocantins, são mais de 18 mil pessoas cadastradas.

Hemocentro Coordenador de Palmas – 63 3218-3287

Unidade de coleta do HGP – 63 3214-7340

Hemocentro Regional de Araguaína – 63 3413-8100

Núcleo de Hemoterapia de Gurupi - 63 3312-2237

UCT de Augustinópolis – 63 3456-1153

UCT de Porto Nacional – 63 3363-5161

CONTATO COM O

HEMOCENTRO

3225.2133Quadra 104 sul, Rua SE 05,

Conjunto 04,Lote 03, Sala 01, Palmas-TO

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A bela casa, em um bairro nobre da capital tocantinense, com decoração de bom gosto e uma organização impecável pode enganar os afoitos em desvendar a verdadeira história da jovem mineira de 34 anos. Casada, mãe de dois filhos, Vanessa Patrús esconde um enredo de luta e dedi-cação por trás de um par de olhos verdes de profunda beleza. Ela tem orgulho em dizer que é tocantinense de coração, mas a fala pausada e o cheiro de pão de que-ijo que vinha da cozinha revelavam sua origem mineira.

Nossa personagem da capa desta edição da Revista PMW foi buscar in-spiração longe. Mais precisamente em Bangladesh, através da iniciativa trans-formadora de Muhammad Yunus, que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 2006. Fundador do banco social Grameen Bank,

Yunus é considerado o pai do conceito de microcrédito - o empréstimo de pequenas quantias de dinheiro a pessoas pobres, que jamais conseguiriam um tostão dos bancos convencionais.

Desde seu nascimento humilde em Uberlândia até a vida confortável na capi-tal tocantinense, Vanessa viveu e conhe-ceu realidades diversas em cenários que variavam desde o asfalto da metrópole mineira, ao chão de terra batida de uma fa-zenda isolada no norte do Tocantins. Nesta caminhada difícil e motivadora, a fé foi peça fundamental para as conquistas que o destino revelou para nossa entrevistada.

Convidamos você a conhecer de perto a saga desta mulher que respirou fundo e mergulhou de cabeça nas águas da soli-dariedade em busca de pérolas para fazer do mundo um lugar melhor.

TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

VANESSA PATRÚSValores humanos lapidando

o desenvolvimento social

CAPA

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PMW: Conte um pouco de sua origem, de como foi a caminhada até conhecer

o Tocantins.

Vanessa Patrús: Sou de origem hu-milde, de uma comunidade simples de Uberlândia, Minas Gerais. Cresci em meio às dificuldades financeiras comuns à boa parte da população brasileira. Come-cei a trabalhar muito cedo, com 14 anos, em lojas de departamento. E foi lá onde descobri meu talento para vendas. Em pouco tempo fui convidada a trabalhar em um banco como escriturária, pre-enchendo depósitos no balcão, aos 18 anos. Fiquei dois anos nesta função e, como eu conseguia, vender bastante, me promoveram para gerente de negócios.

Naquela época eu já estava mais estabilizada como bancária, cursando Direito na UFMG. Quando eu assumi uma carteira de clientes com considerável aporte financeiro, entre os nomes dos investidores estava o de Marcos Patrús.

Quinze dias depois da primeira visita dele ao banco, ele me pediu em casamento e, em três meses, eu estava casada e de mudança para Araguaína no Tocantins.

Casou-se com um pecuarista e foi viver

em uma fazenda no Tocantins. Como foi

esse choque de realidade para uma pes-

soa que nasceu e cresceu em uma cida-

de urbanizada como Uberlândia?

Não pensava em sair de Minas. Era um “pardal de cidade grande”. Não co-nhecia quase nada do campo. Para mim, o leite que bebíamos vinha direto da caixinha (risos). Em 2000, ano do meu casamento, fui morar em uma fazenda a 130 quilômetros de Araguaína, no norte do Tocantins. O mais perto que eu tinha chegado de um boi foi em um açougue, ao lado de uma peça de picanha (risos). Era um mundo que até então não me pertencia. Mas foi justamente lá que eu comecei a conhecer a diferença e a bele-

za nas pessoas. Conheci pessoas muito simples, uma experiência muito impor-tante para minha vida. Como eles eram felizes vivendo com tão pouco. Aquela simplicidade me encantou.

E como aquela mulher que havia con-

quistado o mercado de trabalho conse-

guiu se adaptar a uma vida simples na

fazenda?

Eu estava muito feliz, mas sentia que faltava algo. Decidimos, então, abrir uma empresa de fomento mercantil em Araguaína. Em 2003, mudamos para a ci-dade, e voltei a atuar em uma área que eu tinha experiência e tivemos sucesso com a empresa que até hoje rende lucros.

Quando surgiu a necessidade de ajudar

o próximo?

Meu sogro, o Dr. João Patrús de Sou-za, foi um médico que teve a vida dedi-cada a ajudar o próximo. Ele tinha um

Não queríamos dar o peixe, mas

ensinar a pescar. Porém não

encontrávamos meios de unir essa

intenção de ajudar e desenvolver

o empreendedorismo. Para mim,

o Projeto Pérola e o Banco Pérola

são dois presentes.

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lema, que até hoje seguimos, que dizia ‘o homem que não viesse para servir, não serviria para viver’. Muito católico, tinha a solidariedade como meta de vida. Sempre buscamos formas de ajudar a comunida-de, mas que não fosse assistencialista. Não queríamos dar o peixe, mas ensinar a pescar. Porém não encontrávamos meios de unir essa intenção de ajudar e desenvolver o empreendedorismo.

Em qual situação o Projeto Pérola apare-ceu em sua vida?

Em dezembro de 2010 eu estava morando em Palmas com meu marido e meus dois filhos. Foi quando, em um salão de beleza, encontrei uma matéria sobre a banqueira da galera, Alessandra França, uma menina de Sorocaba, de 25 anos, filha de caminhoneiro e de costu-reira, que tinha montado um banco so-cial para emprestar dinheiro para jovens de baixa renda que não tinham oportu-nidades de empreender. Ligamos para ela e fizemos uma visita para conhecer o Banco Pérola. Mas, quando estávamos quase iniciando os estudos para implan-tação do Banco no Tocantins, ela fez questão de apresentar o Projeto Pérola, que foi de onde surgiu a ideia do banco e onde ela teve aulas de informática e sobre responsabilidade social. Fiquei completamente apaixonada pelas duas propostas.

Como funciona a proposta social que vo-cês trouxeram para o Tocantins?

O Projeto Pérola tem o foco na cida-dania. O que permeia o projeto são os valores humanos, o caráter, a hones-tidade, sentimentos que hoje estão se perdendo na sociedade. Aqui em Palmas, atenderemos 240 jovens de 18 anos neste primeiro semestre, com aulas de informática e de cidadania. Nosso cen-tro fica na região das Arnos, em Palmas. Desenvolveremos o perfil empreendedor destes jovens, mas com foco no respeito ao próximo, ao meio ambiente. Este gru-po será renovado com mais 240 talentos no segundo semestre.

Qual a contribuição do projeto para a

questão econômica de Palmas?

Queremos que eles [os jovens] saiam do projeto capacitados para o mer-cado de trabalho e conscientes de sua responsabilidade social. Iniciaremos os trabalhos agora em março e teremos um time de profissionais nas áreas de in-formática, assistência social, psicologia e equipe gestora. Homenageamos meu sogro dando o nome do projeto no Tocan-tins de “Associação Educacional e Profis-sionalizante Dr. João Patrús de Souza”.

Nossa missão é promover a con-quista da dignidade de grupos sociais, prioritariamente jovens, valorizando ta-lentos e lideranças através de ferramen-tas sociais. Atualmente, o Pérola atua em quatro frentes de trabalho: Escola Digital e Cidadania, Escola de Cultura e Arte, ProInfo e Serviços Digitais. Aqui no Tocantins, seu primeiro trabalho será a Escola Digital e Cidadania.

Acreditamos que, ao fim de cada eta-pa, poderemos apresentar às empresas da região um leque de profissionais com uma visão global do trabalho. Aqueles que decidirem continuar contribuindo com o projeto poderão atuar como agen-tes capacitadores, ampliando o raio de ação do Pérola.

Como o Banco Pérola entra nesta rela-

ção Empreendedorismo/Responsabili-

dade social?

Nosso objetivo é dar início às ati-vidades do Banco Pérola junto com o projeto. Ele tem como modelo o Banco Pérola de Sorocaba - SP, idealizado pela jovem Alessandra França. O propósito é dar oportunidade aos jovens com poten-cial empreendedor, mas que estão em situação de vulnerabilidade social ou que em outras situações não consegui-riam um empréstimo nos outros bancos. Ofereceremos créditos de até R$ 5 mil. O diferencial é o grupo solidário.

Os interessados em realizar um emprés-

timo devem proceder de qual forma?

No mínimo três e no máximo cinco jo-vens se juntam, sendo que um deles tem que ter o nome limpo. Cada um monta seu projeto individual e solicita o empréstimo individual. Dentro deste grupo, assume--se o compromisso de quitar a dívida, que

Desenvolveremos o

perfil empreendedor

destes jovens,

mas com foco no

respeito ao próximo,

ao meio ambiente.

Queremos que eles

saiam capacitados e

conscientes de sua

responsabilidade social.

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poderá ser paga em até sete parcelas com juros de 1%, que bancam os custos operacionais. O modelo dá tão certo que, hoje, a inadimplência é de apenas 1% ao ano. A comunidade se mobiliza, pois ou-tros créditos serão liberados assim que os demais empréstimos são honrados.

A partir de agora as oportunidades serão dadas aos jovens tocantinenses que tenham vontade de abrir ou ampliar o seu próprio negócio. A história do Banco Pérola Tocan-tins começa a ser escrita agora, e serão páginas de histórias que darão certo.

Qual é o seu objetivo com todo este investimento?

Nosso objetivo é que, ao final do ano, tenhamos 480 pérolas. Jovens com potencial profissional e socialmente responsá-veis. Encaminharemos ao mercado de trabalho de Palmas e do Tocantins um grupo de profissionais qualificados que irá não só oferecer um serviço de quali-dade, mas também contribuir para o de-senvolvimento econômico e social.

Para mim, o Projeto Pérola e o Ban-

co Pérola são dois presentes. Quero que meus filhos participem de todo o processo e vivam a realidade destes jovens. Creio que, assim, eles crescerão dando valor não só ao que conquista-mos no plano material, mas também respeitando o próximo. O ‘ser’ é eterno, o ‘ter’ é passageiro.

Março é considerado o mês da mulher.

Como você enxerga a figura feminina no

mundo atual e no Tocantins?

Sou muito religiosa e acredito que Deus tem um propósito para mim. A mulher vem conquistando seu espaço, tanto que temos uma mulher na Presidência da Re-pública. Muitos dizem que eu não paro.

Tenho orgulho em ser mãe, empresária, esposa e ainda consigo desenvolver este projeto que é a realização de um sonho. Como se não bastasse, voltei a cursar uma faculdade (risos). Se tudo der certo, ire-mos ampliar o Banco Pérola para a região Nordeste, pois coube a nós a responsabili-dade de levar o projeto para esta região. O Tocantins foi o primeiro Estado fora de São

Paulo a implantar o Banco. Sou minei-ra de nascimento, mas sou tocanti-nense de coração. Escolhemos este Estado para construir nossa história, onde nasceram nossos filhos e onde somos muito felizes.

Quem quiser contribuir com o proje-

to como, deve proceder?

O Projeto Pérola é todo gratuito e não tem fins lucrativos. Estamos atrás de parceiros que possam contribuir tan-

to financeiramente, independentente de valor, quanto prestando serviços voluntá-rios. Buscamos parceiros que acreditem neste projeto, pois queremos que ele seja uma pérola para o Tocantins e que seja eterno. Eu acredito, sinceramente, que podemos mudar nossa cidade, nosso es-tado e, quem sabe, o mundo

Tenho orgulho em ser mãe,

empresária, esposa e ainda

consigo desenvolver este projeto

que é a realização de um sonho.

Como se não bastasse, voltei a

cursar uma faculdade.

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Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) alteraram a redação da Lei Maria da Penha, fechando o cerco contra os agressores. Agora, qualquer pessoa pode comunicar casos de violência doméstica à polícia. A decisão foi tomada através de ação direita de inconstitucionalidade proposta pela Procurado-ria-Geral da República contra o artigo da Lei Maria da Penha, que exigia representação apenas por parte da vítima. Antes da alter-ação, apenas a vítima poderia representar contra o agressor em caso de lesões corporais leves provocadas por atos de violência doméstica.

Agora que a lei foi alterada, o agressor não terá como es-capar de um processo, depois de ser denunciado na delegacia

por violência contra a mulher. O STF suprimiu dois artigos da Lei Maria da Penha e decidiu que o Ministério Público poderá, a partir

da abertura do inquérito na delegacia, mover uma ação penal contra o agressor.

Para a defensora pública Larissa Pultrini, que atua no município de Araguaína, no norte do Tocantins, a decisão é positiva, pois, na maioria dos casos, as mulheres agredidas desistem das denúncias porque acreditam na possibilidade de mudança do agressor, mas, normalmente, termina em reincidência da agressão. “Hoje qualquer cidadão poderá entrar em contato com a polícia e oficializar a denún-cia de violência doméstica. Por outro lado, com esta nova decisão do STF, alguns casos onde o casal retorne ao convívio pacífico, a con-tinuidade do processo da agressão pode gerar uma situação incô-moda para a família”, concluiu Pultrini.

Segundo o relator, ministro Marco Aurélio, as mulheres desis-tem das queixas em 90% dos casos de lesões corporais leves. O

argumento utilizado pelo relator e pela maioria dos ministros foi de que o medo de represálias dos maridos, uma vez que,

normalmente, o agressor é o próprio parceiro. Por isso, seria uma afronta ao princípio constitucional da dignidade humana obrigá-la a fazer a representação para que o agressor tivesse alguma chance de ser punido.

O único a votar contra a nova redação foi o presidente do STF, ministro Cezar Peluso. Para ele, a mudança poderia deixar o agressor ainda mais enfurecido e determinado a maltratar mais a companheira. Além disso, Peluso argu-mentou que terceiros não costumam saber dos detalhes das agressões, que ocorrem normalmente entre quatro paredes. Este argumento também foi citado por Larissa Pultrini. “Todo caso deve ser analisado individualmente, le-vando em conta o histórico e o contexto em que a agressão

ocorreu”, comentou a defensora.

Nova decisão do STF agrava casos de agressores

de mulheres

Todo caso deve ser analisado

individualmente, levando em

conta o histórico e o contexto

em que a agressão ocorreu.

ESPECIAL

LARISSA PULTRINI, DEFENSORA PÚBLICA

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Looks com cores vibrantes e quentes pra você animar suas noites de verão! Amarelos, azuis, verdes, laranjas, vermelhos... todas estas cores, em estampas gráficas, mis-turadas a uma make-up bombástica, maxi acessórios e um super salto alto vão fazer parte da sua vida noturna nesta estação.

Estampas com tucanos, palmeiras, beija-flores, orquí-deas, vitória-régias, cachoeiras, lagos... enfim, aquilo que você costuma ver no dia-a-dia vai parar também na noite. O diferencial é que os coktail dresses tem sempre um segredo a contar, uma renda aqui, um paetê ali, um bordado lá, tudo para dar o ar poderoso e divertido que a noite exige.

INVENTANDOMODA POR MIGUEL VIEIRA , CONSULTORIA DE MODA E CRIAÇÃO.

Balada Tropical

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O color blocking é a tendên-cia master do verão. Já encheu os guarda-roupas de todos os homens e mulheres fashionistas ou não, ao redor do planeta, mas não adianta, parece que ela ainda vai durar mais um pouquinho. Essa tendências não necessariamente exige cores fortes na sua composição, mas, vamos combinar, é muito mais gla-muroso montar um look com azul royal, laranja (o duo do momento!) e verde, bem vívidos, não?

Para os homens então, o co-lor blocking vem com tudo! E não adianta pensar “Ah, eu não uso cal-ça verde”, ou coisa do tipo, porque até uma calça verde num look bem composto pode ficar super ele-gante e representar, sim, toda sua masculinidade.

As estampas tribais e in-dígenas também tem espaço aqui. Desde shortinhos borda-dos com referências leves, até as super camisas de seda ou saias em blocos de cores com representações afro (o clássi-co trabalho de estamparia da Neon, de Dudu Bertholini e Rita Comparato). De vez em quan-do ainda aparecem os tons cobre e terrosos, assim como o verde musgo, em estampas com referência indígena. Super Brasil, hã?!

Color Blocking

Estamparia Étnica

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M O D A

Camisa Fórum: R$ 604,00; Saia Calvin Klein: R$ 319,00; Melissa: R$ 139,00; Brinco Pink Biju: R$ 7,19; Anel acrílico Pink Biju: R$ 5,99; Anel camafeu e pérolas Pink Biju: R$ 11,99; Colar Pink Biju: R$ 23,99; Tiara Pink Biju: R$ 9,99.

Produção de moda: Miguel Vieira. Beleza: Danillo Coelho. Assistente: Ana Drumond. Modelos: Andressa Rodrigues e Eduardo Azevedo. Fotografia: Estúdio Beto Monteiro. Lojas parceiras: Innovare e Pink Biju.

ENSAIO

3026.3010104 Sul, Rua SE-07,

Lote 48, Sala 02, Palmas/TO

3213.2991104 Sul, LO-01, Lote 17, Sala 02,

Palmas/TO

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ENSAIO

Camisa Levi’s: R$ 254,00; Bermuda Fórum: R$ 173,00; Tênis CK: R$ 339,00.

Blusa Fórum: R$ 309,00; Top CK: R$ 64,00; Short Levi’s: R$262,00; Melissa: R$ 109,00; Brinco Pink Biju: R$ 5,99; Colar Pink Biju: R$ 11,99; Bracelete Pink Biju: R$ 5,99; Pul-seiras Pink Biju: R$ 8,39; Anel Pink Biju: R$ 13,19.

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Camiseta sailor Fórum: R$ 154,00; Calça Coca-Cola Clothing: R$ 244,00; Tênis Calvin Klein: R$ 339,00.

Vestido Coca-Cola Cloth-ing: R$ 282,00; Melissa: R$ 139,00; Headband Pink Biju: R$ 11,99; Brinco Pink Biju: R$ 7,19; Anel acrílico Pink Biju: R$ 5,99; Anel camafeu e pérolas Pink Biju: R$ 11,99; Pulseira Pink Biju: R$ 29,99.

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Camisa CK: R$ 349,00; Cinto Levi’s: R$ 82,00; Bermuda Fórum: R$ 173,00.

Camisa Levi’s: R$ 178,00; Short étnico Coca-Cola Clothing: R$ 242,00; Melissa: R$ 149,90; Brinco Pink Biju: R$ 7,19; Anel acrílico Pink Biju: R$ 5,99; Anel camafeu e pérolas Pink Biju: R$ 11,99; Flor cabelo Pink Biju: R$ 8,39; Bracelete Pink Biju: R$ 35,99; Colar Pink Biju: R$ 23,99.

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VITRINE

1. San Remo – Algodão Egípcio. Easy Iron. Excelência de acabamento, perfeição

na modelagem e exclusividade nos dese-nhos. Para mulheres que decidem.

DudalinaR$ 249,90

2. Adara – Abajur de latão escovado e detalhes de latão polido. Base de mdf com acabamento de cumaru. Detalhe de pedra

natural (quartzo rosa). Camila Sarpi

AbajurR$ 1.694,00

3. Imobiliare – Design retrô e tecnologia. Reproduz vinil, cd e possui entrada USB, além de rádio AM/ FM.

Rádio Woodburn Tabaco Classic R$ 1.600,00

5. Vernier – A grife brasileira de João Pessoa apresenta uma nova cole-ção. Vestido de lycra com estampa e costas nuas.

VestidoR$ 188,90

4. Carmen Steffens –Sapatilha com enfeite e cravinhos, confeccionada em tecido retrô.

SapatilhaR$ 199,00

6.Seda Pura – Para essa nova coleção, a Mari M Lin-gerie traz o lado romântico

como base e vem carregada de jovialidade, frescor e

feminilidade. Romantismo dos florais nos detalhes em

cada peça. Camisola com bojo e renda.

Camisola Recuo Lingerie da Coleção Le Monde

R$ 249,00

7. Armazém – Quem é apaixonado por skate sabe que ter nos pés o Globe Catalina Cruiser Longboard é levar toda a essência e a qualidade do esporte por onde for.

Longboard R$ 730,00

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8. Chilli Beans – Os modelos com pulseiras de couro

geralmente são os mais tra-dicionais. O modelo do relógio

revela gostos pessoais e

sinaliza estilo.

RelógioR$ 298,00

9. Calvin Klein – Calçado feito de

couro preto, ideal para situações de

trabalho e saídas noturnas. Coleção

Outono Inverno 2012.

SapatênisR$ 399,00

10. Nana Nene – Inspirada

na cidade de Londres, na

história da Moda, no glamour

dos anos 50 e no Inverno

Romântico, a 1+1 lança sua

coleção Inverno 2012.

VestidoR$ 249,00

11. Fast Frame – Peça ins-

pirada na Pop Art, movimento

que começou nos anos 60,

que usava ícones populares

como temas de pinturas com

cores vibrantes e formas

marcantes 57x57 cm.

Quadro 4 Ever R$ 176,09

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APETITE

A receita da coluna

Apetite desta edição traz

a Fraldinha Recheada,

uma especialidade do

Maçanilha

Seis anos foi o tempo que ficou engavetado o projeto que edificava o sonho de montar um ambiente di-ferenciado no norte do Brasil. A ideia surgiu do administrador hospitalar Giovani Merenda, gaúcho, apaixona-do por gastronomia, natural da cidade de Pelotas/RS, bem próxima à frontei-ra do Uruguai, onde conheceu e pro-vou maravilhas feitas por lá.

“A ideia era até mais simples, ini-cialmente queria montar um negócio com cara de galpão, com madeira revestindo as paredes e que fosse o mais rústico possível”. Foi quando por uma conversa via telefone com Eduardo, amigo de infância, admi-

nistrador e hoje sócio do empreen-dimento também, que começarou a desenhar a Costelaria & Parrillada Maçanilha.

O empreendimento se realizou com a montagem de um grupo de quatro amigos que, com o mesmo ideal, queriam trazer coisas novas a nossa nova capital, nasceu então a 4M Maçanilha (Mateus, Meireles, Matos e Merenda), três gaúchos e um carioca. Uma parceria consis-tente e que acreditou no potencial desta capital, onde com pouco tempo de casa, é possível ver o sucesso que tem sido este novo sabor na culinária das noites Palmenses.

O sabor dacarne

ARROZ PARRILLERO

- 1 xícara de arroz;- 2 e ½ xícaras de água (a quantidade pode variar de acordo com o tipo do arroz e a chama do fogão);- 50g de bacon;- Cebola (a gosto);- Alho (a gosto);- 200g de linguiça de lombo de porco;- 150g de batata palha;- Queijo ralado;- Azeite.

Modo de Preparo Dourar a cebola e o alho em azeite, jun-tar o arroz e deixar que doure por cerca de 2 minutos, acrescentar a água já quente e deixar cozinhar em fogo baixo.Em outra panela, fritar a linguiça e o ba-con, acrescentar esta mistura ao arroz quando este estiver quase no ponto e deixar que termine de cozinharCaso a água seque e o arroz ainda não esteja bem cozido, tampar a panela e deixar com o fogo desligado por alguns minutos.Na hora de servir, colocar o queijo ralado e a batata palha por cima.

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FRALDINHA RECHEADA

- 1 Fraldinha;- 1 Linguiça Calabresa Defumada;- Sal Grosso

Modo de Preparo Preparar em Parrilla ou Churras-

queira.A Parrilla nos dá um diferencial em

sabor e ponto da carne, pois a graxa (gordura) não pinga diretamente na brasa. O ponto da carne depende do gosto, o ideal é que fique al ponto (um pouco vermelha e suculenta).

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EM FORMA

zoukA onda é

De uns tempos para cá, um estilo de dança começou a chamar a atenção dos palmenses que gostam e fazem dança de salão. Trata-se do zouk, ritmo que lembra a lambada, só que com movimen-tos um pouco mais lentos e mais sensuais.

De acordo com as informações que coinci-dem entre si, o zouk é um ritmo musical latino originário da parte francesa do Caribe, principal-mente nas ilhas de Guadalupe, Martinica e San Francisco, todas de colonização francesa. Sofreu forte influência rítmica da música árabe e das batidas africanas, sendo que, no início, era can-tada em creolé, dialeto africano, depois em out-

ros idiomas, como o francês, inglês, por-tuguês de Portugal e hoje temos alguns com o português do Brasil. Já o zouk praticado no Brasil difere daquele que se vê no Caribe, as-

sim como da própria lambada, pois, entre nós, sofreu influência de outras formas de dança.

O zouk é dançado com movimentos contínuos que resultam num passeio em liberdade melódica, com respiração nas pausas. Sua musicalidade e ritmo ensejam o romantismo e a sensualidade for-talecendo um dos mais gratificantes prazeres da vida, que é a dança.

Segundo o dançarino e professor de dança, Ser-gio Moreira, o zouk começou a ser dançado no Brasil há cerca de 20 anos, logo após o declínio da lam-bada, mas ficou muito restrito à região sudeste, em São Paulo e Rio de Janeiro. “Eu acredito que, como

não temos artistas que cantam ou tocam zouk, então a mí-dia não vai em cima como foi na lambada, mas, daqui a pouco, esse quadro muda e o zouk pode vir a ser tão forte quanto foi a lambada no Brasil”, disse o dan-çarino.

Além de ser uma dança extremamente praze-rosa, o zouk é um forte aliado para quem quer entrar em forma. “Dançar uma hora de zouk pode fazer a pessoa perder até meio quilo. O ritmo é sen-sual, mas é uma dança que exige muito da pessoa, então é possível perder bastante caloria, além de também trabalhar a elasticidade do corpo”, afir-mou Sérgio Moreira.

Isso porque há vários tipos de zouk para se dançar, podendo ser mais rápidos como o lamba-zouk ou mais lentos, como o zouk Love, que é o mais conhecido e praticado. A dança pode ser prati-cada com passos até mesmo acrobáticos, assim como na lambada, como apenas fazer os passos mais básicos. “O zouk Love permite ao casal dançar mais junto e mais gostoso, exatamente como no forró e qualquer pessoa pode dançar”.

“Se as pessoas conhecessem mais o zouk, certamente viraria uma febre tal qual é o forró, porque tem tudo a ver com o jeito brasileiro de ser. É uma dança forte, sensual, que tem a batida e o suingue brasileiro, apesar de não ser uma dança nossa, mas tem tudo a ver com o nosso povo”, ex-plicou Sergio Moreira.

Dançar uma hora de

zouk pode fazer a pessoa

perder até meio quilo.

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COLUNACHARM

O deputado estadual Marcelo Lelis e sua esposa, Claudia Martins, aproveitaram noite de jantar na residência da senadora Kátia Abreu (C) em Palmas.

Sílvio Fróes e Filó Aires são sempre bons anfi-triões quando o quesito é bom gosto e recepção impecável.

Pedro Ivo Ramos e Bianca Rocha noivaram, em prestigiado jantar no Território, ladeados de amigos.

Em noite de concorrido evento social, o deputado

federal Irajá Silvestre e sua esposa, Hyndyanara Goetten, não perderam o

bom humor.

POR CAMILA PEARA, COLUNISTA SOCIAL

Aline Oliveira circulou com elegante modelito por festa

que reuniu jovens vips.

Dica

A dica desta edição é caprichar no blush, pois ele vem com tudo para dar um ar mais saudável e bem mais cool nesta temporada. Mas é importantíssimo não ultrapassar a me-dida, e o segredo para isso é ter um pincel largo e sempre aplicar o produto com suavidade. Ah, as cores pêssego, laran-ja e rosa são as mais usadas!

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Registro pra lá de especial da linda cerimônia de casamento da bela Camila Magalhães com o empresário Pedro Roriz.

Toda beleza da modelo Jaqueline Moura em um dos belíssimos ensáios do fotógrafo

VinniParente e do maquiador Raphael Oliver.

Você sabia que além de ser uma aliada no auxilio contra inflama-ção, desintoxicação do corpo e na manutenção do sistema imunológico, o uso da Vitamina C também é indicadíssimo para conseguir uma pele linda e ilumi-nada? Experimente, vale a pena!

Curiosidade

Gente é hora de tirar do armário todas as peças de courino, pele de bicho, chamois, resinados e muitos, muitos bordados! Afinal, estamos na estação mais char-mosa do ano. Vamos aproveitar!!!

De olhoReceita de beleza Que tal aproveitar todos os benefícios do mamão para garantir ainda mais saúde e beleza? Além de

calmante, ele também é diges-tivo e laxativo, muito indica-

do para os que possuem estômago sensível e

para quem está que-rendo perde peso.

Saiba mais... O mamão ainda possui concentração de beta caroteno, que quando ingerido, atua como formador de vitamina A que por sua vez, atua no combate a doenças de pele e queda dos

cabelos.

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Duílio Vicente Neto e Marília Fregonesi

Isabela Bastos e Diogo Portela

Luana Camelo

Letícia Corrêa e Renata Alvarenga

Marina Pedreira

Ludimila Maia e Raphael Fauve

Ricardo Campolina e Tião Rocha

Daniel Thomaz e Claudia Brito

Vítor Allen e Maíra Galvão

Denise Sores

Neuzim Neto, Nádua Grazielly, Jessyka Alencar e Andreia Rocha

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Lívia Iwasse, Iana Abreu e Keila Iwasse

Kárita Mirele e Iratã Abreu

Vagner Pires e Thayssa Boechat

Rodrigo Meneses dos Santos e Mozart Félix

Victor Hugo e Anastácia

Patrícia Grimm e Marcello Neves

Willian e Maysa Cavalcante

Viviane Camargo Pires e Patrícia Pires

Samira Martins Andressa Tomé e Arthur Mattos

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ANA CAROLINE esbanja doçura!

JULIANA é uma fofa!

A linda NATALIA!

A gracinha do LUIS NETO!

SOPHIA é uma graça!

O bochechudo e fofo do

MATHEUS!

GUSTAVO, vestido de piloto!

MARIANA é uma gostosura!

MOLECADA

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Frase do mês

Governador Siqueira Campos, sobre as mudanças do primeiro escalão.

Toda vez que precisar mudar, eu vou mudar. Até acertar.

“Boi saiu

O ex-governador Raimundo No-nato Pires dos Santos, Raimundo Boi, pediu para sair do comando da Saúde do estado e foi atendido pelo governador. Responsável por gerir o maior orçamento de uma secreta-ria na história do Tocantins, R$ 1,2 bilhão, o ex-secretário saiu dizendo que iria cuidar de suas atividades pessoais. Quem assumiu em seu lugar foi Nicolau Esteves prometendo melhoras na saúde. Do início do governo Siqueira Campos até agora já foram quatro secretários de saúde.

Ausência

Na reunião que o governador Siqueira Campos (PSDB) teve com a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no dia 28, um fato político chamou mais atenção do que os R$ 360 milhões de emendas parlamentares que ele tentava desbloquear do orçamento da União. Siqueira estava acompanhado dos senadores Kátia Abreu (PSD), Vicentinho Alves (PR) e dos deputados federais Eduardo Gomes (PSDB) e Laurez Moreira (PSB), este como coor-denador da bancada federal do Tocantins. A principal au-sência na comitiva política do Tocantins no encontro com a ministra Gleisi foi a do senador João Ribeiro, que, dentre os parlamentares, é o que desfruta de maior trânsito no governo federal, desde o governo Lula. O motivo dele não estar presente na gestão pela liberação dos recursos foi simples, dizem pessoas próximas ao senador: ele não foi convidado pelo governo.

Como representante do estado no Senado, Ribeiro acompanhava reuniões até de governadores a quem fazia oposição, como Carlos Gaguim (PMDB). O não con-vite do governo é um sinal claro sobre de que lado estão Siqueira e Ribeiro na política tocantinense.

FATOSPOLÍTICOS POR AQUILES LINS, JORNALISTA.

TécnicosO governador Siqueira Campos anunciou também mudanças

em três secretarias importantes. Na Cidades, Ronaldo Dimas dei-xou o comando da pasta para disputar a prefeitura de Araguaína. Siqueira escalou o secretário executivo, José Guimarães para responder pela secretaria interinamente. Na Indústria e Comér-cio, o governador nomeou o então superintendente do Sebrae no Tocantins, Paulo Massuia, e para a Habitação, Siqueira nomeou o superintendente da Caixa, Raimundo Frota. O Governador dá demonstração de que quer mais eficiência e política no governo.

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Mais difícil

De fato O Secre-

tário Eduardo Siqueira Cam-pos assumiu, de fato, a função que já exercia de di-reito desde o ano passado: a articulação política do governo. Ele saiu da Secretaria de Planejamento para assumir a Secreta-ria de Relações Institucionais, instalada um andar abaixo do seu pai, o governa-dor, no Palácio Araguaia. O novo cargo dará ao “supersecretário” mais liberdade para transitar no meio político e, em ano de eleições municipais, intensificar as articulações para que o seu grupo eleja representantes nos três principais colé-gios eleitorais do estado: Palmas, Aragua-ína e Gurupi.

ReformaA reforma empreendida por Siquei-

ra no governo atingiu outras pastas. A subsecretaria de Pesca e Aquicultura, por exemplo, cuja titular, Myiuki Hiashi-da, renunciou ao cargo de prefeita para assumir, foi extinta e sua estrutura foi incorporada pelo Ruraltins. O Instituto Pioneiros Mirins também deixou de exis-tir. Virou superintendência da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas).

Menores saláriosAlém de extinguir pastas, Siqueira

também reduziu salários de alguns au-xiliares. É o caso dos subsecretários de Apoio ao gabinete do governador; Admi-nistração e Finanças da Casa Civil; As-suntos Institucionais da Representação em Brasília; de Assentamento e Energias Limpas, que foram rebaixados a superin-tendentes, com salários de R$ 11 mil, R$ 1 mil a menos.

Postulantes demaisO grupo de oposição ao Palácio Ara-

guaia cada dia ganha mais pré-candida-tos a prefeito de Palmas. Periga chegar em junho, nas convenções, com mais postulantes que eleitores. Vejamos: Edna Agnolin (PDT); Eli Borges (PMDB); Alan Barbiero (PSB); Wanderlei Barbosa (PSB), que, mesmo preterido pelo par-tido mantém o nome; Carlos Amastha (PP); Sargento Aragão (PPS); Luana Ri-beiro (PR) e, por último, o vereador Ivory de Lira (PT). Sem falar nos pretendentes de menor densidade eleitoral.

DesafioO grande desafio do grupo é afuni-

lar os interesses em torno de um único nome. Com toda a oposição reunida numa única candidatura, será até uma boa disputa com o pré-candidato gover-nista ao Paço Municipal, o deputado Mar-celo Lelis (PV). Se ninguém arredar o pé da pré-candidatura e cada um for candi-dato de si mesmo, o Palácio Araguaia não terá problema na eleição. O ponto-chave da eleição de Palmas está na capacidade de união e desapego dos partidos oposi-cionistas.

E a Justiça parece que resolveu difi-cultar a vida dos maus políticos nessas eleições. Depois do Supremo Tribunal Fe-deral decidir que a lei da Ficha Limpa vale para as eleições deste ano e que atinge fatos anteriores à sua lei (sancionada pelo ex-presidente Lula em 2010), agora o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que os políticos que tiveram suas contas de campanha rejeitadas pela Justiça Eleito-ral não podem se candidatar nas eleições deste ano. A medida atinge em cheio de-zenas de políticos tocantinenses e pode ser um divisor de águas para uma nova safra de políticos, mais comprometidas com a probidade.

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RESUMO TOCANTINS

A polêmica em torno da expansão (ou não) do Plano Dire-tor de Palmas continua rendendo capítulos cada vez mais aca-lorados. O Conselho de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Palmas (CDUHP), órgão que acompanha o debate de perto, se posicionou oficialmente contrário à expansão do períme-tro urbano da capital. O conselho é formado por 27 membros, entre representantes do poder público, movimentos sociais, universidade, sociedade civil organizada e entidades comer-ciais. O relator do projeto, vereador Milton Néris, não ficou nada contente com a definição e esperneou, reclamando que não participou da reunião. Os vereadores Folha, Divina Márcia e Bismarque do Movimento participaram da reunião.

Polêmica sobre o Plano Diretor

O Tocantins será representado em uma das mais importantes categorias do automobilismo mundial. Felipe Fraga, de apenas 17 anos, é o mais novo contratado da Red Bull Racing (RBR), a mes-ma equipe do campeão mundial de Formula 1, Sebastian Vettel. O tocantinense já possui um currículo invejável. É pentacampeão brasileiro e campeão pan-americano de kart e agora dá o maior passo de sua carreira. Em 2012 Fraga irá disputar a Fórmula Re-nault Alps, pela equipe Tech1 Racing. A categoria reúne carros da marca francesa equipados com motores de 215 cavalos de potên-cia. Ainda pela mesma equipe, ele fará testes com carros da World Series, considerada um dos últimos degraus antes da Fórmula 1.

Já residindo em Toulouse, na França, Felipe Fraga tem cautela quanto à oportunidade, mas não deixa de acreditar no seu potencial, “Como eu nunca corri na Europa, conversei com meus apoiadores e preferimos a Alps, uma das várias opções da F-Renault. Porque não é legal chegar botando a cara no topo do automobilismo, então vamos começar com mais calma, pegan-do experiência. Dependendo do resultado, vamos direto para a World Series, que hoje é a porta para a Formula 1”, disse o jovem piloto tocantinense em entrevista ao site globoesporte.com.

Acelarando na França

O tocantinense Paulo Vieira re-cebeu o convite para participar do maior grupo de stand-up comedy do Brasil, o Comédia em Pé, forma-do pelos humoristas Fábio Porchat, Fernando Caruso, Cláudio Torres Gonzaga e Léo Lins. Esse grupo apa-drinhou Paulo após a sua primeira

apresentação com o Comédia em Pé no Teatro Fernando Mon-tenegro. Paulo integra o grupo "To na Comédia", que ainda con-ta com os humoristas Bruno BBB e Júnior Foppa e se apresenta mensalmente no Restaurante Mumbuca.

O tocantinense Jonathan Marlone, de 19 anos, deve inte-grar a equipe principal do Vasco do Gama. Natural de Augus-tinópolis, na região do Bico do Papagaio, o jogador de futebol assinou em março de 2011 a renovação para permanecer na equipe, onde está desde 2005. A expectativa é que seja anun-ciada na próxima semana a sua progressão para a equipe prin-cipal do time carioca. O contrato tem validade até 2016.

Tem tocantinense no Vasco

Tocantins ganha espaço nostand-up comedy

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O ano passa, assim como passa o tempo de chuva, o tempo do pequi, mas um problema con-tinua sendo o alvo de reclamação dos palmenses: os buracos. Mesmo com o início do processo de re-capeamento em várias ruas e avenidas da Capital, esse problema persiste e pode ser visto até mes-mo onde houve recapeamento. Além disso, quando chove, a água encobre os buracos, formando uma armadilha para os motoristas mais desavisados. Outro problema que vem causando muito transtor-no são os lotes baldios com mato alto. Esse mato, além de atrapalhar a visão dos motoristas, pode ser criadouros do mosquito da dengue, acumular lixo e até mesmo esconderijo de assaltantes. O povo de Palmas clama por uma solução.

Os buracos continuam

A diretoria do Palmas Futebol e Regatas passa a contar com mais aporte financeiro para a temporada 2012. A M&V Construção e Incorporação e a empresa Durax são os dois novos patrocinadores da equipe que enfrenta problemas, tanto dentro quanto fora das quatro linhas. “Acreditamos que, com apoio e incentivo, o Palmas consiga chegar à pri-meira divisão e possa representar essa cidade linda nacio-nalmente. Mas isso só é possível com a parceria de empre-sas, assim como a M&V e a Durax realizaram hoje”, disse Fabiano do Vale, diretor da M&V. Há anos a diretoria vem ten-tando liquidar uma grande dívida trabalhista de ex-atletas do clube que tem o maior número de títulos estaduais.

Novos patrocinadores

É do Tocantins o melhor bailarino do mundo. O ano de 2012 começou com uma ótima notícia para o Tocan-tins, que sempre é notícia nacional por conta de tragédias e escândalos. Edson Barbosa se mudou para o Rio de Janei-ro para estudar dança como bolsista e foi o único brasileiro selecionado para a finalíssima da competição promovida anualmente pelo Prix de Lausane desde 1973. O Prix é é o mais importante concur-so internacional de dança para jovens bailarinos entre 15 e 18 anos.

O melhor bailarino do mundo é tocantinense

A Polícia Militar do Tocantins tem o segundo melhor salário do Brasil, em torno de R$3.0577, ficando atrás apenas do Distrito Federal, onde o PM ganha, inicialmente, R$4.600. Os valores foram divulgados pela Folha de São Paulo, abor-dando a situação dos policiais militares do Rio de Janeiro e Bahia, que entraram em greve em janeiro, reivindicando melhores salários. A Folha, divulgou também que o Tocantins tem um efeti-vo de 293 policiais para cada 100 mil habitantes. Recentemente a categoria reivindicou ao gover-nador Siqueira Campos (PSDB) a realização de concurso público para aumentar o efetivo da PM.

PM do TO tem o segundomelhor salário do Brasil

O Tocantins sofre um surto de dengue. A afirmação foi feita pelo Ministério da Saúde, que verificou ainda o risco de surto da doença em 91 municípios em 18 estados brasileiros. Nos dois primeiros meses de 2012 foram registrados 4.695 casos de dengue, colocando o Tocantins como o Estado com maior índice de contágio na Região Norte. E Palmas contribui muito para os altos índices de contágio. A capital registrou um aumento de surpreendentes 374,28% no número de casos notificados de dengue nos primeiros 50 dias deste ano, em uma comparação ao mesmo período de 2011. Palmas só perde para o Rio de Janeiro, em números de registros de casos em 2012. A situação é delicada e merece atenção das autoridades.

Surto de Dengue

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RESUMO BRASIL

O senador José Sarney ganhou com folga o Tro-féu Algema de Ouro 2011. O troféu faz parte do mo-vimento contra a corrupção 31 de Julho, do Rio, que “premia” os que abusam dos “malfeitos” na política.

Nove políticos completam a lista do Troféu Al-gema de Ouro. O ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e a deputada federal Jaqueline Roriz levaram as algemas de prata e bronze respectivamente. Tam-bém foram votados Antônio Palocci e os ex-minis-

tros Carlos Lupi, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi,

Orlando Silva e Pedro Novais.

Sarney leva a algema de ouro

Um dos mais famosos opositores ao governo do PT, o senador goiano

Demóstenes Torres, está enrolado em denúncias de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. Considerado pela imprensa, e até por adver-sários políticos, crítico ferrenho à corrupção, chamado até de “paladino da ética”, declarou que é amigo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso recentemente pela Polícia Federal sob a acusação de exploração de cas-sinos ilegais e casas de caça-níquel no estado de Goiás. “Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mu-lher”, confessou o senador. A relação próxima entre os dois foi compro-vada com o grampo de 298 ligações realizadas entre fevereiro e agosto do ano passado. Demóstones ganhou até uma cozinha de presente de casamento do amigo bicheiro. Será que o Paladino caiu do cavalo?

O paladino caiu do cavalo

Os gastos de brasileiros no exterior bateram recorde em 2011. Dados do Banco Central (BC) mostram que US$ 21,2 bilhões foram deixados por brasileiros em outros países, enquanto US$ 6,8 bilhões foram trazidos por turistas estrangeiros para o País. A diferença é o saldo da conta de viagens internacionais divulgado pelo BC, de US$ 14,5 bilhões, também um resultado recorde. O crescimento desses gastos reflete o aumento da renda dos brasileiros e o comportamen-to da taxa de câmbio.

Brasileiros gastam mais lá fora

Vestígios de povos indígenas isolados foram encon-trados no sul da Amazônia, entre os estados do Amazo-nas e Rondônia, segundo um relatório que está sendo preparado pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Pegadas e galhos quebrados (que indicam sinalização dentro da floresta) foram encontrados por integrantes da Expedição da Frente de Proteção Etnoambiental do Ma-deira, que percorre a Terra Indígena Jacareúba Katauixi, uma área de 4.530 km², próximo ao Rio Madeira. Na épo-ca, o grupo também ouviu vozes. Caso a existência desta população seja confirmada, a aldeia estará localizada a 30 km da área onde são construídos os complexos hidre-létricos de Jirau e Santo Antônio, em Porto Velho (RO), usinas que utilizarão as águas do Rio Madeira.

Funai vê indícios de tribo isoladapróxima à usina hidrelétrica

A partir de fevereiro, os consumidores pagarão menos pelas chamadas telefônicas de fixo para móvel. A decisão é do Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em mé-dia, a redução será de 10% sobre os valores pagos pelos consumi-dores. A decisão faz parte de uma norma da Anatel, aprovada em outubro de 2011, que define que os usuários deverão ser benefi-ciados com a redução de tarifas, de forma gradual, até 2014. A ideia é fazer com que os usuários possam obter ganhos de até 45% no que se refere ao pagamento de tarifas telefônicas. Até o fim do ano passado, os consumidores pagavam, em média, R$ 0,54 por ligação de telefone fixo para móvel. A ideia é que a partir de fevereiro, eles passem a pagar R$ 0,48. Depois, em 2013, paguem R$ 0,44 e, em 2014, R$ 0,425.

Ligação pra celular mais barata

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Na primeira semana de março os aficionados por velocidade tiveram a confir-mação de uma notícia que já rondava o setor: Rubens Barrichello anunciou que irá disputar a segunda catego-ria do automobilismo mun-dial, a Fórmula Indy. Ao lado do também brasileiro Tony Kanaan, já experiente nos circuitos ovais, o ex-piloto da Ferrari vai correr a tempo-rada 2012 da Indy pela equi-pe KV Racing. Aos 39 anos, Barrichello é o piloto com maior número de participa-

ção em Grandes Prêmios da Fórmula 1, competindo pelas pistas de todo o mun-do por 19 temporadas. Foi vice-campeão do Mundial de Pilotos em 2002 e 2004, e disputou a última tempora-

da pela Williams, que o tro-

cou por Bruno Senna.

Barrichello na IndyO Corinthians, time com a segunda maior torcida do país, pa-

rece não estar satisfeito com os crescentes números no fatura-mento da marca no país. Para atacar um mercado com 2 bilhões de pessoas, o clube do Parque São Jorge apresentou o chinês Chen Zhizhao, como sua mais nova contratação. Já com nome abrasileirado para Zizão o atacante é peça chave nos planos da equipe de marketing do Corinthians para abocanhar torcedores e, principalmente, consumidores na China.

Zizão no Timão

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RESUMO MUNDO

Enquanto os estudantes da USP fizeram protestos contra a presença de policiais no campus para terem mais “liberdade”, cer-ca de 30 mil colombianos fize-ram um protesto pacífico contra as privatizações e reformas que o governo pretende fazer em relação à Educação Superior no País. Dentre as cenas registradas durante o protesto, há imagens de estudantes abraçando os po-liciais que faziam repressão ao movimento, além de pintarem corações coloridos nos escudos da força de choque e distribuirem panfletos. Foi uma espécie de ação em nome do amor e da de-mocracia participativa.

Protesto pelo querealmente vale a pena Tem muita gente que, quando criança, dizia que que-

ria ser astronauta quando crescesse. Pois a oportunidade é agora. A Nasa está contratando astronauta. Para fazer parte do grupo da agência espacial norte-americana (e ganhar entre 64 e 140 mil dólares por ano), é necessário que o candidato seja graduado em engenharia, ciências biológicas, física ou matemática em uma universidade re-conhecida internacionalmente, além de ter estudos publi-cados em alguma dessas áreas. Outra obrigatoriedade é a experiência como piloto de aviões a jato (pelo menos três anos ou mil horas), além de ter entre 1,58 e 1,90 metros de altura, não podendo sofrer de problemas de pressão ar-terial e fluência em língua inglesa. E então? Seu currículo se encaixa?

Que tal ir trabalhar na Nasa?

Uma extensa reportagem do New York Times mostrou como os brasileiros estão sendo cortejados pelo comércio americano, especialmente na Flórida. A reportagem relata o fortalecimento do lobby a favor da eliminação da exigência de visto para a entrada de brasileiros nos EUA, que já são o grupo de turistas estrangeiros que mais gasta dinheiro ao visitar o país, US$ 5,9 bilhões em 2010, mais que france-ses, britânicos e alemães. Cada brasileiro gasta, em média, US$ 4.940 durante sua estada nos EUA. A reportagem do “NYT” tem foco em Miami e no sul da Flórida, onde os brasi-leiros estão comprando não apenas roupas e bolsas, mas apartamentos, casas e carros. Lobistas americanos, liga-dos aos setores do comércio e imobiliários, estão pressio-nando o Congresso para facilitar a entrada dos brasileiros.

Lobby para derrubar vistode brasileiro nos EUA

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o grupo ati-vista do Afeganistão “YoungWomen4Change” montou o primeiro cibercafé só para mulheres. O objetivo é dar oportunidade para que elas se conectem ao mundo sem assédio verbal ou sexual e livres dos olhares dos homens do país. O Afeganistão é um país onde as mulheres ainda enfrentam dificuldades enormes, embora o grupo Talibã tenha sido derrubado há mais de uma dé-cada. O lugar é simples, decorado com spray, recebeu o nome de Sahar Gul, uma afegã de 15 anos brutalmente torturada em 2011 por seus parentes após se recusar a se tornar prostituta. "Há muitas Sahar Guls no Afeganistão. Há mulheres enfrentando violência todos os dias", disse Mohammad Jawad Alizada, de 29 anos, que supervisionou a criação do café e é voluntário do bra-ço de defesa masculino do grupo.

Mulheres do Afeganistão ganham cibercafé só para "elas".

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A Kodak não conseguiu se reinventar e vai pagar um preço alto por isso. A empresa está se preparando para pedir falência, e a notícia correu o mundo causando co-moção entre os apaixonados por fotografia. A empresa, de 131 anos, estaria fazendo um esforço de última hora ao tentar vender patentes de seu portfólio para impedir a falência, mas mesmo assim, a Kodak já começa a fa-zer preparativos caso essa opção fracasse. A Kodak é um ícone da fotografia. O fundador da empresa, George Eastman, foi o inventor do filme fotográfico, em 1888, e isso demonstra a relevância da Kodak no cenário. Mas a empresa começou a sucumbir com o advento da câmera digital, que hoje reina absoluta no setor. A Kodak até ten-tou correr atrás do prejuízo, mas foi lenta em suas ações. E o resultado apareceu agora.

O triste fim da Kodak

George Eastman, inventor do filme fotográfico, eThomas Edison, inventor da câmera.

Caso ações de combate às mudanças climáticas não

sejam implementadas imediatamente, até o fim do século a

incidência de enchentes no Brasil deve aumentar em quase

90%. A informação vem de estudo divulgado na Conferência

das Nações Unidas. A Espanha, por exemplo, pode perder

99% da sua área de cultivo. A pesquisa foi realizada em 24

países em todo o mundo.

Enchentes devem crescer 90% até 2100Os apaixonados pela empresa criada por Steve Jobs já

tem um novo sonho de consumo. A Apple acaba de lançar

o novo iPad, equipado com a tecnologia 4G. O equipamen-

to navegará com velocidades aproximadamente dez vezes

mais rápidas do que a atual tecnologia 3G. "O computador

não é mais o centro do mundo digital", disse Tim Cook, CEO

da Apple, durante a apresentação do produto nos EUA.

Apple lança 3ª geração do iPad

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FILMESLIVROSMÚSICA POR PATRÍCIA STRÖHER , ESTUDANTE DE JORNALISMO.

Drive pode ser comparado aos Filmes B dos anos 80, talvez Cult, e deve ser as-sistido prestando atenção aos mínimos detalhes: do personagem principal (Ryan Gosling), o qual não tem um passado e nem um nome e consegue mesclar a per-turbação, determinação e o romance em uma única cena (atenção para o eleva-dor), à agradável trilha sonora composta pelo ex-baterista do Red Hot Chili Peppers Cliff Martinez, com participação, em uma das faixas, da brasileira Lovefoxxx da banda Cansei de Ser Sexy.

Não bastasse isso: foi elogiadíssimo pela crítica, levou um Leão de Ouro em Cannes pela direção de Nicolas Winding e foi indicado na categoria Edição de Som ao Oscar 2012. Destaque também para a presença cativante de Carey Mulligan (Never Let Me Go).

Seguindo a ideologia do herói ameri-cano, o personagem principal faz o que tem que ser feito. Foge, ameaça, encara e mata. Drive, além dos traços do roteiro, usa sempre botas, um palito de dente na boca, uma jaqueta de escorpião (analo-gia com as botas de cowboy) e dirige. Enigmático, raramente começa um diál-ogo. As provocações nunca partem dele.

A trama, deliciosamente construída sobre o clichê carros, ação policial, ro-mance e o herói americano, encontra sua melhor performance com a trilha sonora

criada por Cliff Martinez, que casa per-feitamente com a direção de fotografia e edição. É um ponto a ser ressaltado. A sonoridade encontrada entre a imagem e a trilha parece não ter um ponto final. Da primeira cena à última a música está lá, não apenas para acompanhar a imagem, mas para dar sentido, criar tensão e, em alguns casos, até explicar.

Ele faz o que tem que ser feito e, como todo filme B dos anos 80... “A real human being, and a real hero”.- Diretor: Nicolas Winding Refn- Elenco: Ryan Gosling, Carey Mulligan e Albert Brooks.

- Duração: 100 minSinopse: Durante o dia, um mo-

torista (Ryan Gosling) trabalha como mecânico e dublê em filmes de Holly-wood, enquanto que, à noite, ele presta serviços para a máfia. Ele é vizinho de Irene (Carey Mulligan), que é casada e tem um filho com Standard (Oscar Isaac). Percebendo a situação difícil de Standard, que saiu há pouco tempo da prisão, o motorista o convida para re-alizar um assalto. Só que o golpe dá er-rado, o que coloca em risco as vidas do motorista, de Irene e de seu filho.

FILMES

A pergunta que norteia o roteiro do filme "Sem Limites" é: Até onde você iria se não houvessem barreiras entre você e seus obje-tivos?" Com uma história envolvente e surpre-endente a produção é marcada pela ótima fase de Bradley Cooper (Se Beber Não Case), pela sempre ótima atuação de Robert De Niro, pela fotografia que transmite de forma clara e pre-cisa as potencialidades e o momento do perso-nagem e pelo ótimo roteiro que se baseia mais na ação dos personagens do que nos diálogos. É possível comparar o filme a ficção científica Origens (2010).

- Diretor: Neil Burger- Elenco: Bradley Cooper, Robert De Niro, Abbie Cornish e Jennifer Butler.- Duração: 105 min

Sinopse: Carl Van Loon (Bradley Cooper) é um jovem escritor em início de carreira que entra em contato com uma nova droga que aumenta sua capacidade cerebral de forma exponencial. A droga é conhecida como NZT. Com o cérebro turbinado, ele toma Wall Street de assalto e obtém rápido sucesso financeiro e social. O revés acontece quando percebe os perigosos efeitos colaterais que surgem.

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“Para prender o fôlego!” Essa é a melhor frase para definir "A Fir-ma", ficção do conhecido escritor e advogado John Grisham. Com uma linguagem simples e escrita limpa, Grisham, que tem mais de 28 títu-los publicados, consegue fazer o leitor se sentir na pele do advogado Mitchell. Utilizando vários elemen-tos da narrativa de suspense como o mistério e o medo, o livro foi fa-cilmente adaptado para o cinema em 1993. O advogado Mitchell foi interpretado pelo ator Tom Cruise. Boatos dizem que a Sony Pictures Televison e a Paramount estão produzindo uma série baseada na obra.

Autor: John GrishamPáginas: 440Editora: RoccoAno: 1992Assunto: Literatura Estrangeira-Romances

LIVROS

Com uma escrita sagaz e um humor às vezes ácido, às vezes lúdico, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho ou Boni, consegue tra-zer, em exatas 352 páginas, mais de 60 anos dos bastidores do padrão Globo de qualidade. É um livro que vale a pena por seu ca-rácter biográfico interessantíssi-mo e pela riqueza dos detalhes do enredo histórico da comunicação brasileira.

Autor: José Bonifácio de Oli-veira Sobrinho (Boni)

Páginas: 352Editora: RoccoAno: 2011Assunto: Biografias, Diários, Memórias & Correspondências

CDs

The Black Keys é uma du-pla formada pelos americanos de Ohio, Dan Auerbach (vo-calista/guitarrista) e Patrick Carney (baterista/produtor), em 2001. De lá para cá, eles já lançaram 7 álbuns e tiveram os últimos dois discos colo-cados entre os 20 melhores do ano pela Revista Rolling Stone. Entre as influências: The Clash, Jimi Hendrix, Robert Plant do Led Zeppelin, Josh Homme do Queens of the Stone Age e Billy Gibbons. A dupla, que é frequentemente comparada com o The White Stripes, tem um lado dançante forte também como a agradável voz rouca e dificilmente confundível do vocalista Dan.

Olly Murs é um dos que-ridinhos da música pop bri-tânica da atualidade. Com 2 Cds lançados, já alcançou o topo da Billboard e o single “Dance with me tonigth” do-minou o Itunes da Inglater-ra e alcançou as primeiras colocações em quase todas as rádios britânicas. A maioria das suas músicas tem batidas fortes e rápidas. O primeiro single do Cd: Heart Skips A Beat tem a participação da dupla de rappers Rizz-le Kicks e também ficou entre as mais tocadas. Destaque para os singles: Oh My Goodness, Dance With Me Tonight e as músicas I Don't Love You Too e I Need You Now.

Com pouco mais de 6 anos de estrada, a banda uruguaia começa a ganhar notoriedade fora do país e é uma promessa para 2012. Tem 4 Cds lançados de for-ma independente, Dildo! (2007), Nociones Utilitarias del Amor (2008), Lengua (2010) e Habla (2011). A banda já se apresentou na Ar-gentina e no Brasil e encontra no seu penúltimo trabalho, Lengua, a harmonia orgânica perfeita entre a voz de Cami-la Sapin e Germán Pérez, sendo um convite para a dança. Destaque: Hold, Pou e You Are so Beautiful.

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INVERTER

Os bichos de Brejo Grande habitavam um tempo de inverno sem nada (invernada?). Fa-lar de buraco de chuva era tão entediante que nem... O único jornal da mata, que era editado pela turma da beira do rio – O “Jornada” – não suportava mais ter que nomear incontáveis bu-racos. Buraco da Oncinha Buraco do Camaleão. Buraco da Raposa Velha. – E não tem buraco do Tatu? – Indagou a Cobra. O macaco respondeu: – Porventura você acha que Tatu serve para al-guma coisa em Brejo Grande? Buraco de Rato tem... Numa ocasião, conta a lenda, teve aqui um bicho-prefeito por nome de Homem, que mandou cavar um buraco bem grande e colo-cou lá dentro um trator, uma patrola e uma ca-minhãozin, depois cobriu com terra para fazer uso futuro! O certo é que a turma do “Jornada” não cai mais nessa estória de buraco. E segue a invernada. Tudo quieto, não tem inauguração de nada, sem foguete, sem jantar de reunião, sem festejo qualquer. – Isso não é verdade! –

Exclamou o Macaco. E seguiu: – Brejo Grande já está se preparando para a corrida eleitoral municipal! A Cobra atalhou: – Quieto Macaco, tá cedo demais para falar nisso! Melhor ficar quieto, a gente deixa o pessoal dos buracos quietos, pois que na toca essa gente está acostumada (enfurnada?). Novamente a Co-bra vai costurando as indagas do macaco. A Cobra sabe que numa eleição ela pode ficar de um lado e, na outra, o lado pode ser outro. Além do mais, a Cobra está certa da eleição de sua filha, não nesta, mas na próxima eleição. O Macaco: – A Cobra está sempre pronta para dar o bote! – Aparece muito assunto na mata quando vai chegando as eleições, que, contar antes da hora, é jogar conversa fora ou mudar de assunto (guinada?). O Macaco também sabe que, com a turma da Cobra, a coisa ou dá certo ou alguém se dá mal. O Macaco lembra: – Democracia, no país de quem rasteja, anda sempre por baixo (granada?).

Inverter o nada

POR CÉLIO PEDREIRA,PORTUENSE, MÉDICO E ESCRITOR

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DIREITO E DEVERES

A oferta de crédito financeiro talvez seja uma das características mais peculiares da econo-mia moderna. É, na verdade, a grande alavanca do setor produtivo no que concerne à atividade de consumo de bens e serviços, especialmente automóveis de todos os gêneros, até a sonhada casa própria. Entretanto, a relação entre consumi-dores e os agentes financeiros, embora vital para o mercado, é, paradoxalmente, umas das mais controvertidas e, não raro, vai parar nos tribunais de todo o Brasil. Em verdade, segundo dados do Ministério da Justiça, as reclamações de consu-midores contra os bancos e similares lideram as estatísticas, ao lado das operadores de telefonia.

A melhor saída para o consumidor seria mes-mo evitar os financiamentos e parcelamentos de contas com incidência de juros e outros acrésci-mos. Mas, sendo inevitável esse fato, a lei garante ao consumidor uma série de proteções, as quais independem de previsão contratual, tais como a limitação dos juros moratórios, ou seja, aquele cobrado em função do atraso no pagamento das parcelas, em 1% ao mês, a limitação da multa mor-atória em 2% ao mês, bem como a possibilidade de revisão contratual em função de fatos super-venientes que tornem materialmente impossível ao consumidor liquidar a obrigação na forma ini-cialmente pactuada, tal como o advento de uma doença grave ou a perda involuntária do emprego.

O contrato pode ainda ser modificado, se, em razão de alguma previsão abusiva imposta pelo banco, houver onerosidade excessiva em prejuízo do consumidor, ou seja, deve haver um equilíbrio na relação contratual que não coloque o consumi-dor em desvantagem excessiva perante o ganho do banco ou do agente financeiro. A relação de

proporcionalidade e razoabilidade, regras básicas de justiça civil, impõe-se aos contratos bancários.

É sempre oportuno lembrar que a assinatura do contrato não significa aceitação plena das obrig-ações impostas pelos bancos, uma vez que, nos contratos regidos pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor, vigora o sistema de relativização dos pactos, ou seja, nenhuma cláusula contratual, ainda que livremente consentida pelo consumidor, se encontra livre da possibilidade de análise e in-validação, total ou parcial, por parte da justiça.

Não menos oportuno é lembrar da famigera-da possibilidade de prisão do devedor de finan-ciamento de automóveis, que foi completamente afastada pelo Supremo Tribunal Federal, notada-mente quando se editou a Súmula Vinculante nº 25. Assim, nenhum ato de violência física ou mor-al pode ser perpetrado contra o consumidor in-adimplente, razão pela qual a justiça tem sempre dado privilégio à dignidade da pessoa humana em

face dos valores meramente patrimoniais.

Nesse sentido, qualquer pagamento feito

pelo consumidor, decorrente de cobrança indev-

ida, sujeita o banco ou agente financeiro à resti-

tuição do valor em dobro, devidamente corrigido

e com juros, sem embargo da reparação moral. O

ideal é que os consumidores saibam, em primeiro

lugar, controlar as despesas de acordo com suas

possibilidades econômicas, de forma que não se

sujeitem às ofertas de empréstimos oportunistas

e, de regra, lesivas, pois assim irão se proteger

e contribuir para um mercado financeiro equilib-

rado, com baixo risco e juros cada vez menores.

Em todo caso, consulte seu advogado, busque um

acordo com o banco e, este não sendo possível,

exija na justiça seus direitos.

Os apectos legais em favor de quem toma empréstimos ou financiamentos bancários

POR SÉRGIO LORENTINO,ADVOGADO

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Na Quaresma, em tese cristã, não se come carne vermelha. E, no Tocantins, a Quaresma é levada muito a sério. Muito mais do que se imagina. Temos as folias do divino que rasgam o sertão empunhando a bandeira da abstinên-cia, ao menos a sexual (os cavaleiros são todos homens). No interior, é comum ninguém cortar cabelo e esperar o sábado de aleluia. Até peia (taca, pisa) em menino danado é mais escassa nesta época do ano, salvo nos casos de extre-ma traquinagem.

No sertão de Colinas do Tocantins, terra do jornalista e professor Lailton Costa, a Qua-resma é marcada pelo amadurecimento de um fruto do cerrado que é marca registrada do lugar. O Fruto da Quaresma, como é conhecido pelos moradores, é uma espécie de ata (pinha) gigante, uma graviolona, fruta-do-conde, tudo aparentado feito família maranhense. Para outros, o nome correto é Araticum, ou Bruto (bruto da Quaresma), ou Marolo. Nunca vi tan-ta controvérsia em torno de um nome de fruta. Guimarães Rosa o descreveu como Araticum (Annona coriacea).

Na descrição de Lailton Costa, é um fruto que “requer partilha”, devido ao tamanho (pode passar de 2 kg). Quem tenta devorar a polpa, sozinho, tem castigo imediato. A acidez ca-

muflada pelo sabor adocicado é tanta que um desarranjo intestinal (caganeira) é inevitável. Não são exagerados os relatos de casos que foram parar no hospital. Há quem diga que o gosto vale a aventura.

Famílias da região serviam a abóbora ("va-lença" da carne) e o fruto da Quaresma no car-dápio dos 40 dias sagrados. “Minha infância e juventude foram assim”, narra Lailton Costa. O cheiro do fruto da quaresma é inconfundível e o diferencia dos seus parentes próximos (a ata não tem cheiro). Há quem o deixe intacto na mesa por longos dias para perfumar a casa, deixando o cupuaçu no chinelo.

Depois de comerem um pastel no Posto 1000 (a mil quilômetros de Belém, a mil quilô-metros de Brasília), viajantes que passam pela Belém-Brasília, nesta época, compram o “bruto" em bancas na beira na estrada. O fruto não é cul-tivado. É extraído, no cerrado, por alguns que en-xergam nele um potencial econômico e o trans-formam em arroz e feijão com o lucro auferido.

O fruto exótico do cerrado está desapare-cendo, virando souvenir de uma terra que não estuda e não preserva suas riquezas. Mas, como aqui o ecossistema é bruto, ele vai resis-tindo, perfurmando, desarranjando e matando a fome nas nossas veredas ameaçadas.

O bruto da Quaresma

POR MARCELO SILVA, JORNALISTA E DOCUMENTARISTA

FOLCLORE

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BEM ESTAR

Com o clima quente do nosso Tocantins, toda pele necessita de cuidados especiais, principalmente a pele oleosa, que sofre com o excesso de brilho e com a acne. Algumas dicas são fundamentais para manter a pele oleosa controlada.

01-Lave o rosto três vezes por dia com sabonete próprio para pele oleosa. Alguns são excelentes e tem enxofre como princípio ativo. Dão aspecto "sequinho" à pele;

02-Procure usar um esfoliante para elimi-nar as células mortas. Atualmente, no mercado há esfoliantes próprios para pele oleosa. São fantásticos, ajudam na renovação da pele, e evitam surgimento de novos comedões (cra-vos) e acne;

03-Prefira sempre produtos em gel, princi-palmente protetores solares. Esse tipo de veí-culo evita que a pele brilhe;

04-Evite maquiagem em excesso para que esta não obstrua os poros. E nunca se esqueça

de retirá-la ao deitar-se! Dormir de maquiagem

vai deixar sua pele cada vez mais oleosa!

05-Se necessário, use uma base livre de

óleo;

06- Pó facial, que seja do tipo mineral, e so-

mente para dar acabamento final à maquiagem. Esse pó deve ser passado com pincel, nunca com esponja;

07- As sombras devem ser compactas de lon-ga duração, com bom fixador, nunca em creme;

08- Se necessitar de corretivo, prefira os

mais secos, em pó ou em bastão. Evite os cre-mosos e líquidos;

09- Use rímel, lápis ou delineador que se-jam a prova d’água;

10- O blush deve ser em pó, pois regula a oleosidade. Evite os líquidos e cremosos;

11-A limpeza de pele limpa e renova a pele, mas deve ser realizada com cautela e nunca quando existir acne ativa em excesso. Espere o dermatologista orientar sua realização;

12- Retire o cabelo do rosto. Se você usa franja ou vive com o cabelo caindo no rosto, a oleosidade do couro cabeludo se transfere para a pele, que fica sujeita à acne;

13-Evite uso excessivo de bonés;14-Alimente-se melhor! Algumas vitaminas

são capazes de regular a oleosidade, como a vitamina B, presente nos cereais e nas carnes magras;

15- Verduras de cor verde-escura são ricas em Vitamina A, que reduz a produção de sebo;

16- Tome cuidado com o sol! O sol em exces-so estimula a oleosidade, além de deixar a pele manchada, principalmente na região de acne;

17- Evite restaurantes fast-food e refrige-rantes. O alto teor de sal e iodo presente nesses alimentos tem ação irritante na pele, podendo

desencadear ou piorar a acne;

18- Não se deixe iludir por falsas promes-

sas e propagandas... Cura milagrosa da acne

não existe! O paciente deve realizar o tratamen-to como um todo, mudando seus hábitos;

19-Vá ao dermatologista! Este profissional

é especializado em pele, então, ninguém me-

lhor que ele para tratar deste problema. Cremes

com ácidos clareadores e secativos poderão ser prescritos. Antibióticos ou até mesmo Isotreti-

noína oral são grandes aliados na cura da acne;20- Siga todas as dicas anteriores e tenha a

pele linda e bem cuidada!

Vinte dicas para combater a oleosidade da pele

POR DRA. ANDREZA ROSA NEGRE, DERMATOLOGISTA

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AMBIENTE-SE

Proponho uma reflexão sobre a forma como Palmas vem crescendo nos últimos anos. Observando o cotidiano da cidade, percebemos que ela tem sofrido um espalhamento decor-rente da falta de planejamento adequado. O centro da cidade é tomado pelos vazios urba-nos, lotes sem uso e que não cumprem nenhu-ma função social, servindo apenas de objeto de especulação. A capacidade da área urbana atual é de quatro milhões de habitantes, e hoje, somos apenas 230 mil espalhados, mas com grande concentração populacional na região sul (Taquaralto, Aureny’s e adjacências), cujos bairros vem crescendo rapidamente, e, atual-mente abarca uma parcela considerável da po-pulação total.

Cabe lembrar que, em 2007, foi sancionada a revisão do Plano Diretor Participativo de Pal-mas, através da Lei Complementar n° 155, que dispõe sobre a política urbana do município de Palmas, formulada para atender ao pleno de-senvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar de seus habitantes, conforme estabelece a Constituição Federal de 1988, em seus arts. 182 e 183, e o Estatuto da Cidade, Lei Federal n.º10.257 de 2001. Tudo isso após um longo debate fomentado pela prefeitura com a população de Palmas. Uma das deliberações foi exatamente a restrição do

perímetro urbano, que é o que está em vigor atualmente.

Nos últimos meses, vereadores da Capital colocaram em pauta a possibilidade de amplia-ção deste perímetro urbano, como é o caso da área entre a serra e a TO-050, que, segundo eles, serviria para a instalação de empreendi-mentos comerciais, industriais e de loteamen-tos residenciais, compostos por Zonas Espe-ciais de Interesse Social (ZEIS), ou seja, uma área reservada para a construção de moradias populares. Cabe frisar que, uma zona tão pró-xima a uma área de preservação ambiental, como é o caso da serra, não é adequada para o uso residencial, sobretudo quando existem muitos espaços vazios no centro da cidade a serem ocupados.

O momento se mostra bastante oportuno para cobrarmos das autoridades responsáveis a implementação do Plano Diretor, colocando em prática a cobrança do IPTU Progressivo, ins-trumento capaz de conter a especulação imo-biliária e aprovando a localização das ZEIS nos vazios existentes no centro da cidade e não na proximidade das áreas de preservação. A cida-de deve ser adensada no centro e não crescer aleatoriamente em direção à zona rural. Mas como adensar o centro de Palmas ampliando ainda mais o seu perímetro urbano?

Expansão da área

urbana de Palmas

POR PATRÍCIA ORFILA ,Arquiteta, mestre em Engenharia Urbana e professora da UFT.

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Toda vez que vou escrever sobre redes sociais, me lembro da Martha Gabriel (que, re-sumindo muito o currículo da moça, é especia-lista em projetos de otimização para buscas e mídias sociais), com quem tive o prazer de fa-zer um pequeno workshop. Twitter, Facebook, o falecido Orkut, o profissional LinkedIn e tantas outras não são exatamente redes sociais, mas mídias sociais. São só veículos que nós utiliza-mos para nos comunicar com as pessoas. Mas as redes sociais já existem desde o tempo das cavernas. Já formamos redes e trocamos infor-mações desde que aprendemos a nos comuni-car com outras tribos, outros grupos.

O que as mídias sociais facilitaram foi a nossa troca de informações com estes gru-pos e, se possível, diversificou os grupos e as ideias que trocamos. Eu acredito na diversidade de informações e de pessoas que podemos co-nhecer na rede. Mas o que me deixou completa-mente doida pelas mídias sociais, ao ponto de querer me profissionalizar nelas, foi o Twitter.

Sou completamente apaixonada pelo Twit-ter, pela sua simplicidade e pela facilidade com que nos aproxima das informações e, às vezes, das pessoas. Por ter sido uma das primeiras a perceber que internet está em todo lugar, mas o celular a gente leva no bolso!

Outra coisa que me fascina é não ter a obri-gatoriedade de aceitar e ser aceito, o que me deixa conversar tranquilamente com celebrida-des como Marcelo Tas, estudiosos como a Regi-na Navarro e Raquel Recuero.

Não dá para falar de mídias sociais sem tocar na queridinha de todos no momento, o Facebook. Juro que acho que a coisa se po-pularizou mesmo depois do filme que conta a história da criação da rede. Mas enfim. Estou lá no Facebook também. Mas o Facebook não dá a mesma instantaneidade do Twitter, nem a aces-sibilidade a tantos perfis como o Twitter me permite. O Facebook para mim é uma central de entretenimento, com mais piadas e brincadei-ras do que qualquer outra coisa. Incomoda-me pelo mesmo motivo que o Orkut me incomoda-va: Só tem notícia de festa, de viagens dos seus amigos. Todo mundo sempre muito feliz. Uma realidade meio anormal até.

Quando comecei a estudar a fundo as mí-dias sociais, a descrição mais perfeita que vi do Twitter (e serve para todas) foi do Marcelo Tas: "o Twitter é como um grande boteco, onde a gente conversa com quem está na nossa mesa e ainda pode escutar o que dizem na mesa ao lado e, ás vezes dar pitaco, juntar as mesas". Falta o tira-gosto, a bebida, mas o bom papo está sempre ali, ao alcance do teclado, seja do computador ou do celular.

O melhor mesmo acontece quando saímos do boteco virtual e vamos nos encontrar com as pessoas nos botecos reais. Porque por mais que eu seja apaixonada pelo mundo virtual, nada ainda foi criado que me tire o prazer de conver-sar olho no olho, ouvir as risadas, o tom de voz, o cheiro e o tato. Ainda, apesar de “conectada”, sinto falta da interação com os cinco sentidos.

Mídias sociais ou botecos virtuais

POR RAFAELA LOBATO, JORNALISTA

TECNOLOGIA

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