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OUT/NOV/DEZ 2011 | Nº14 Publicação do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Ceará. Reforma Tributária: um sonho possível A onda de crescimento que permeia o Brasil abre espaço para questões que idealizam uma verdadeira revolução no sistema tributário do país e encaminham o sonho de décadas para algo real Entrevista Roseane Medeiros Presidente do CIC – Centro Industrial do Ceará e Diretora da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC Luau de Natal do SESCAP-CE dá show de integração Pág. 11 Pág. 17

Revista Ponto Empresarial

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Edição de número 14

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OUT/NOV/DEZ 2011 | Nº14Publicação do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Ceará.

Reforma Tributária:um sonho possívelA onda de crescimento que permeia o Brasil abre espaço para questões que idealizam uma verdadeira revolução no sistema tributário do país e encaminham o sonho de décadas para algo real

Entrevista

Roseane MedeirosPresidente do CIC – Centro Industrial do Ceará e Diretora da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC

Luau de Natal do SESCAP-CEdá show de integração

Pág. 11Pág. 17

o sonho de décadas para algo real

Entrevista

Roseane MedeirosPresidente do CIC – Centro Industrial do Ceará e Diretora da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIECPág. 17

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Ponto Empresarial OUT/NOV/DEZ 2011| PÁG. 3 |

sta edição fecha um ciclo, pois cada ano que se encer-ra representa um ciclo que

passou. A virada de calendário causa esse efeito impressionante na vida das pessoas. 2011 foi um ano muito rico para o SESCAP, repleto de even-tos, espaço na mídia e recheado de intensas e gratificantes atividades e contatos, que resultaram em signifi-cantes conquistas para os nossos re-presentados.

Foram muitas as ações que resulta-ram em avanços. Só para lembrar algumas, destaco as diversas audi-ências e reuniões com a SEFAZ e SE-FIN, na busca incessante de melho-rias nas relações e serviços prestados por estes órgãos, o reajuste do subli-mite estadual do SIMPLES, o esforço empreendido para levar informações e treinamento sobre a nova conecti-vidade social, a interiorização dos atendimentos da certificação digital e a diversificação das ações de treina-mento, com a inclusão de eventos de EAD – Ensino à Distância.

A matéria de capa traz de volta um tema que de tempos em tempos vol-ta com mais força e passa a ocupar a agenda do país. Esperávamos que no início do Governo Dilma, a Reforma Tributária, tão esperada por toda a sociedade brasileira, voltasse à tona, mas infelizmente não foi isso que se viu. O SESCAP busca dar a sua con-

tribuição, abordando o assunto e tor-cendo para que uma reforma abran-gente e robusta deixe de fazer parte do nosso imaginário e se concretize, transformando a economia do país e as relações dos contribuintes com o fisco.

Nas demais seções, trazemos um rela-to dos fatos mais marcantes da nossa atuação no último trimestre, entrevis-ta e artigos de personalidades locais e nacionais, atualidades em gestão e tecnologia, tudo com o propósito de informar e entreter.

Aproveito para, mais uma vez, desejar a todos um 2012 de grandes avanços e conquistas, assim como para reiterar o nosso compromisso de sermos um facilitador da sustentabilidade e lon-gevidade dos nossos representados.

Boa leitura!

Carlos MapurungaPresidente do SESCAP-Ceará

Editorial

Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Ceará.

Endereço: Av. Washington Soares,1400 sl. 401 Edson QueirozCEP: 60.811-341 - Fortaleza-CETelefone: (85) 3273.22550800 601 [email protected]

Diretoria Triênio 2010-2013

Presidente:Carlos Augusto Carvalho MapurungaVice-presidente:Daniel Mesquita CoêlhoDiretor Administrativo:Eudes Costa de HolandaDiretor Financeiro: José de Arimatéia QueirozDiretora de Comunicação:Viviane Maciel VieiraDiretora de Eventos:Silvia Solange Marinho PintoDiretor de Relações Trabalhistas:João Carlos Mineiro MoreiraDiretor de Regionais:Helder Viana RochaDiretor de Tecnologia:Anderson Ximenes Prado

SuplentesLuciano Peixoto GuedesJorge Martins de LimaFrancisco Otaciano LopesFrancisco de Assis Lopes de CastroIdelfonso Fernandes da Silva Wanderley de AlmeidaTânia Maria Paz LimeiraFrancisco Helço SalesAna Cláudia Cavalcante Araújo

Conselho FiscalTitularesPretextato Salvador Quaresma GomesEuvaldo Holanda NogueiraDanyelle Sales Mapurunga

SuplentesHaroldo Marques De AndradeJosé Teixeira De Souza FilhoNadja Helena Martins Saraiva

Delegados Representantes junto a FenaconCarlos Augusto Carvalho Mapurunga Cassius Regis Antunes Coelho

ImpressãoCeligráfi ca

Tiragem: 5.000 exemplares

Projeto Gráfi co, diagramação, ediçãoCQueiroz ComunicaçãoF. (81) [email protected]

E

UM NOVO CICLO

Expediente

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Ponto Empresarial OUT/NOV/DEZ 2011| PÁG. 4 |

Sumário

O homem mais poderoso do mundo também na rede social

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19

24

26

Realizações

Parcerias em Destaque

Dicas

Mural de Fotos

12

Tecnologia

05

07

Gestão em Pauta

22

Notícias

10

Notícias

06

Reforma Tributária: um sonho possível

Tema Livre

20

Entrevista

Roseane Medeiros 17

A onda de crescimento que permeia o Brasil abre espaço para questões que idealizam uma verdadeira revolução no sistema tributário do país e encaminham o sonho de décadas para algo real

14ª CONESCAP reúne todo o Sistetma FENACON/SESCAP/SESCON na Bahia

I Torneio de Futebol Society é um sucesso

O Capital, o Trabalho e o Sindicato

Passos para o sucesso de uma marca

Presidente do CIC – Centro Industrial do Ceará e Diretora da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC

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Tecnologia

geração que viu o computador evoluir teve de conviver com a também evolução dos vírus de

computador. Evolução essa que passou a fi car segmentada, forte, focada no cri-me que estava predestinada a cometer (ou facilitar). Hoje em dia, um nome muito reproduzido é o tal do “phishing” – programa que se instala sorrateira-mente nas saídas da máquina com a fi -nalidade de furtar infor-mações essenciais para praticar crimes maio-res, tal como, roubar contas de bancos.

Sendo contrário a esse pensamento de super se-gurança a fi m de barrar super vírus, os usuários esqueceram que os no-vos devices do mercado também são computa-dores pessoais em po-tencial. Tendo em vis-

edes Sociais: ‘Ter ou ter? Eis a questão!’”. Parodiando a fa-mosa frase da peça A tragédia

de Hamlet, príncipe da Dinamarca, do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare, podemos concluir que a citação já não permeia há tempos a vida particular do presidente americano Ba-rack Obama, que utiliza as redes sociais (Twitter e Facebook) desde a campanha eleitoral de 2008.

Para chegar mais perto dos jovens e dos eleitores em geral de forma mais rápi-da e efi ciente, em 2011, o arsenal foi ampliado com o Tumblr e Foursquare, além dos já existentes Youtube e Flickr. Em novembro passado, Obama criou uma página no Google+ (rede social do gigante Google) somando a sua partici-pação às outras plataformas nas quais fará campanha para promover sua ree-leição nas presidenciais de 2012.

O homem mais poderoso do mundo também na rede social

Google+

Descuido com smarts e tablets abrem portas para

Obama teve seu perfi l criado no dia 23 de novembro e em poucas horas al-cançou mais de cinco mil seguidores. “Bem-vindo à página do Google+ Oba-ma 2012”, diz a mensagem presidencial de boas-vindas. “Estamos nos situando, portanto, não hesitem em nos dizer o que gostariam de ver aqui e nos dar ideias da maneira como po-deríamos usar este espaço para ajudá-los a permanecer em con-tato com a campanha”, afi rma em mensagem o administrador da conta do presidente.

Opera Miniganha destaque

Talvez o nome seja pouco conhe-cido pelos usuários de notebooks,

netbooks e PCs. Porém, muitos usuários de smartphones já co-

nhecem esse nome: Opera Mini. O navegador que garantiu seu mer-cado em cima da plataforma para

smartphones, agora possui vinte e dois países com mais de um milhão

de usuários ativos por mês.

O que tornou o Opera Mini o queri-dinho dos smarts foi sua tecnologia de compressão de dados, que acha-ta uma grande quantidade e agiliza o acesso do usuário à página. Para saber a quantidade de dados eco-

nomizados, basta pressionar “aju-da” e escolha “poupança de dados”

no seu navegador Opera Mini.

Sem dúvida, o crescimento das redes sociais e seu uso dinâmico indicam um caminho sem volta que conquistou o mundo inteiro. Até o homem mais infl uente e poderoso do mundo!

vírus e hackers

R

A ta esse “relaxamento” com a segurança dos smartphones e tablets, os devices começaram a entrar no foco dos vírus.

Em relatório divulgado pela AVG Te-chnologies, os usuários do cibercrime tem crescido, bem como as ferramentas e estratégias usadas pelos hackers. Tal como o crime organizado combatido nas ruas, as fraudes em bancos e roubos

de identidade são comanda-das por grupos e facções. Por isso, é necessário não só ter um antivírus para

todos os aparelhos de acesso a internet,

como mantê--lo atualizado, para comba-ter a evolução dos vírus.

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Sendo contrário a esse pensamento de super se-gurança a fi m de barrar super vírus, os usuários

das por grupos e facções. Por isso, é necessário não só ter um antivírus para

todos os aparelhos de acesso a internet,

como mantê--lo atualizado, para comba-ter a evolução dos vírus.

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Notícias

Ponto Empresarial OUT/NOV/DEZ 2011| PÁG. 6 |

m verdadeiro festival de integração aconte-ceu nos dias 15 e 16 de outubro durante o Torneio de Futebol SESCAP. O evento con-

tou com 8 equipes e aproximadamente 100 atletas. O grande campeão foi o time da Fortes Informática, que venceu a equipe Helço Sales por 3 x 2, nos pê-naltis, após um acirrado 1 x 1 no tempo normal. As equipes deram um show de bola e também de es-pírito esportivo. Eventos como esses têm o objetivo de celebrar a união do setor de serviços do Ceará e estreitar os laços entre os colegas da categoria.

1ª Fase:

Semifinais

Final

Jogo 1: Gesplan x Secran: 2 x 2 - Pênaltis: 4 x 5

Secran x Fortes Informática: 0 x 1

Fortes Informática x Helço Sales: 1 x 1Pênaltis: 3 x 2

Helço Sales x Master: 2 x 0

Jogo 2: Fortes Informática x Controller: 4 x 0

Jogo 3: Grupo Fortes x Helço Sales: 0 x 3

Jogo 4: Master x CRC: 5 x 1

I Torneio de Futebol Society é um sucesso

SESCAP em Curso abordou EFD PIS-COFINS para grande público

U

conteceu no dia 24 de outubro, mais um SESCAP em Curso realizado pelo SESCAP-Ceará

e pela UNISESCAP. Desta vez o tema foi EFD PIS/COFINS e atraiu um pú-blico de 48 pessoas ao Hotel Oásis. Na ocasião, estiveram presentes o diretor Administrativo, Eudes Holanda; a dire-tora de Comunicação, Viviane Maciel; a

A diretora de Eventos, Solange Marinho; o diretor de Relações Trabalhistas, João Carlos Mineiro; e o vice-presidente do Sindicato, Daniel Coelho, que prestigia-ram o evento e presenciaram um grande público ávido por conhecimento. O obje-tivo do curso foi conhecer o alcance das normas sobre Escrituração Fiscal Digi-tal, com ênfase no PIS e COFINS, ana-

lisando sua estrutura de apresentação e relacionando com a obrigação acessória do DACON. O instrutor foi o advogado e Mestre em Ciências Contábeis, Car-los Eduardo Marastoni. Cada vez mais a preocupação do SESCAP se volta para a capacitação e o desenvolvimento de todo o setor de serviços cearense.

O presidente Carlos Mapurunga entrega o troféu para a equipe vencedora, Fortes Informática.

Equipe Master & Mapurunga Capitães com os árbitros que apitaram a fi nal

O presidente Carlos Mapurunga entrega o troféu para a equipe vencedora,

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e o que precisa fazer pra viver e conviver nestes novos tempos. Estiveram presen-tes durante todo o evento cerca de 1.700 participantes.

Comitiva do SESCAP-Ceará marca presença no evento

O SESCAP-Ceará participou do maior evento do Setor de Serviços levando uma animada comitiva. O Sindicato ocupou posição de destaque no estande reservado para a região Nordeste, onde foram distribuídas revistas, bottons e outros artigos institucionais. Passaram pelo estande cerca de 1.000 pessoas, en-tre autoridades, membros de diretorias de outros sindicatos e participantes da

CONESCAP. Para o presidente do Sin-dicato cearense, Carlos Mapurunga, o evento foi de fato grandioso e a partici-pação da comitiva cearense marcante, não só pela quantidade de integrantes, mas pelo nível de participação de todos. Participaram da comitiva toda a direto-ria, ex-presidentes do sindicato e vários empresários do setor contábil.

cenário paradisíaco e uma das mais completas estruturas de

eventos do complexo Costa do Sauípe foram o palco do grande show de inte-gração e novos conceitos que foi a 14ª CONESCAP, realizada na Bahia. Com tema conceitual, “Organizações inte-ligentes: o mundo mudou”, o evento debateu sobre as organizações que têm capacidade de aprender, renovar e ino-var continuamente. A Solenidade de Abertura foi iniciada às 21h do dia 30 de outubro, no Hotel Sauípe Park, pela cantora baiana Célia França, que abriu a cerimônia com o hino do Senhor do Bonfi m. A presidente do Sescap Bahia, Patrícia Jorge, deu as boas vindas a to-dos, afi rmando que a Bahia era uma ter-ra iluminada, de trabalho, de excelência e também bastante festeira, solicitando aos presentes que aproveitassem tudo o que a FENACON e o sindicato baiano haviam preparado para o evento.

A mesa de honra do maior evento do Setor de Serviços foi composta por di-versas autoridades, dentre elas, o se-cretário de Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, o senador José Pimentel (PT-CE), o vice-prefeito de Mata de São João, Marcelo Oliveira, e o secretário--executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago. O presidente da FENACON, Valdir Pietrobon, pres-tou justa homenagem a Hauly com a co-menda “Mérito Empresário de Serviços Brasil”, pelo empenho em contribuir na criação e aperfeiçoamento da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Pietro-bon fi nalizou a solenidade ressaltando que os dois dias do evento pretendiam trazer novidades, informações e ferra-mentas para que o empresário de servi-ços entenda o que acontece em sua volta

14ª CONESCAP

O evento foi de fato grandioso e a participação

da comitiva cearense marcante

reúne todo o Sistema FENACON/SESCAP/SESCON na Bahia

O Presidente do SESCAP-Ceará é co-ordenador de um dos eventos da programação, que também contou com palestra de Marcelo Tas

O SESCAP-Ceará também brilhou na programação recheada de atrações da 14ª CONESCAP. O presidente do sin-dicato cearense representou muito bem a entidade coordenando a mesa da Pa-lestra "Mercado Multigeracional: Con-vivendo com as Diferentes Gerações", que aconteceu no dia 31 de outubro, às 15h30, e cuja palestrante foi a paulis-ta Eline Kullock, presidente do Grupo Foco, empresa de consultoria em gestão de pessoas e negócios. Na programação, as palestras discutiram acerca da pos-sibilidade de planejamento tributário para empresas que vão prestar serviços na área de contabilidade para eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Também obtiveram desta-que os indicadores de sustentabilidade e as melhores práticas socioambientais das empresas de prestação de serviço.

A Ofi cina sobre Coach Sistêmico fi gurou em uma das mais disputadas, apresen-tando técnicas para a obtenção de van-tagens competitivas, alcançando metas pessoais e empresarias. Entre os pales-trantes de destaque estão os jornalistas Lucia Hippolito, comentarista da Rádio CBN e integrante da mesa de debates do Programa do Jô, e Marcelo Tas, âncora do programa CQC - Custe o Que Custar, transmitido ao vivo em rede nacional pela BAND. Hippolito falou sobre pla-nejamento estratégico sustentável e o multimídia Tas realizou a palestra de encerramento da convenção, intitulada: “Inovação: Criatividade na Era Digital”,

““

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Notícias

SESCAP realizou, ao longo dos últimos meses, diversos aten-dimentos coletivos, modalida-

de de atendimento disponibilizada pelo Sindicato ao empresariado cearense, onde os atendimentos são centralizados em um escritório ou empresa contábil, destinados a um grupo mínimo, depen-dendo da região. A grande demanda também se deu especialmente devido ao sucesso da Promoção SESCAP-Cea-rá Certifi cação Digital, que sorteou um iPad no dia 02 de dezembro. O primeiro atendimento foi realizado no município de Tabuleiro do Norte, localizado no Vale do Jaguaribe, a 211 km de Fortale-za, numa ação que emitiu 110 certifi ca-dos digitais durante 4 dias de trabalhos. Capitaneada pelo agente Igor Ximenes, a atuação foi lotada em três escritórios

SESCAP realiza atendimentos coletivos para Certificação Digital

O

uma das mais aguardadas pelos con-gressistas e empresários de todo o Bra-sil. Desde 2003, Tas mantém um dos blogs mais premiados do país: o “Blog do Tas”, hoje hospedado no portal Ter-ra.

Em eventos simultâneos ao coordenado por Mapurunga, estavam acontecendo outras palestras, igualmente ministra-

das e coordenadas por personalidades de nome no cenário nacional, como por exemplo, a palestra "Gestão e operação de empresas inteligentes | Arena Fonte Nova", das Construtoras OAS e Odebre-cht, ministrada por Lino Cervino. A pro-gramação ainda contou com a abertura da 14ª FEINESS - Feira de Negócios e Serviços, que ofereceu um Coquetel de boas vindas aos participantes, além da 1ª CONESCAP Run, evento esportivo promovido pela Convenção. Indaga-do pela organização do evento sobre “Em que o mundo mudou para você?”, o presidente Carlos Mapurunga deu a seguinte resposta: “O mundo agora é digital, exigindo empresas e profi ssio-nais conectados, aptos a dar respostas adequadas às demandas que surgem a cada minuto”, mostrando que o SES-CAP-Ceará está evoluindo com o mun-do, rumo ao avanço do setor de serviços.

Show de Daniela Mercury agita o CONESCAP FEST

Segundo a organização da CONESCAP, o CONESCAP FEST é o jeito baiano de confraternizar, em formato de tenda com praça de alimentação all inclusive, lounges, segurança, Espaço Zen/Massa-gem e Customização de Abadás. A gran-de atração da noite do dia 31 de outubro foi a baiana Daniela Mercury, em seu primeiro show no Brasil após a série de

espetáculos realizados nos Estados Uni-dos, México e Canadá, onde encerrou a turnê internacional do show Canibália. Nem precisa dizer que Daniela fez o público literalmente sair do chão, com músicas que fi zeram todo mundo pular, dançar e cantar. Cerca de 1.700 pessoas puderam sentir toda a energia do show de Daniela, que reúne diferentes refe-rências musicais e artísticas do samba, evocando a alegria de imortais da mú-sica brasileira, como Dorival Caymmi, Baden Powell e Vinícius de Moraes. A festa foi recheada de conforto e bem--estar para todos os participantes, que se divertiram ao som de ritmos baianos e toda a simpatia e energia de Daniela Mercury. E a festa continuará em 2013, na 15ª CONESCAP, que acontecerá nos dias 21, 22 e 23 de agosto, em Gramado, no Rio Grande do Sul.

Comitiva do SESCAP-Ceará

Daniela Mercury agita o CONESCAP FEST

Com informações da FENACON, da CONESCAP e do SESCAP-Bahia

Membros da diretoria do SESCAP no CONESCAP FESTCONESCAP FEST

em dias diferen-tes, tendo sido dois dias no CE-MACON, um no FF Ferreira e, por último, no escri-tório do contador José Ferreira.

Já no dia 07 de outubro, o SES-CAP seguiu até São Benedito para realizar o atendimento coletivo, en-viando sua agente de Registro, Maria da Conceição, que fi cou responsável pelo atendimento que foi realizado no escritório de Contabilidade JC Con-sultoria Contábil. Na ocasião, foram emitidos 30 certifi cados e-CNPJ. Nos

dias 27 e 28 de outubro, a caravana do Atendimento Coletivo fez uma série de atendimentos no interior. A primeira parada foi na cidade de Várzea Alegra. Depois, a cidade de Tianguá recebeu os atendimentos, que tiveram parada fi nal na cidade de Jijoca.

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Com informações da FENACON.

Com informações do Diário do Nordeste.

Redução de multas: o trabalho do Sistema FENACON/

SESCAP/SESCON avança

Sublimite do Simples Nacional no Estado do

Ceará é alterado

N

O

o dia 04 de novembro, o SESCAP-Ceará recebeu a visita de avaliação de consenso do SEGS - Sistema de Excelência em Gestão Sindical, através da avalia-

dora da FENACON, Patrícia Tinoco, que foi recebida pelo gerente executivo do sindicato, Wellington Andrade e pela assistente administrativo, Juliana Joca. A avaliação consiste em contribuir para a maturidade de federações e sindicatos sobre aspectos como associativismo e serviços oferecidos aos empresários do comércio, além de capacitar líderes e executi-vos sindicais para melhor atuarem em prol dos interesses das empresas que representam. Quem recebeu o título em nome da entidade foi o presidente do Sindicato, Carlos Mapurunga. O SESCAP participa das avaliações do SEGS desde 2008 e nessa última avaliação alcançou o nível 2 de gestão, unindo-se ao SESCON-RJ, que até então, era o único dentro do Siste-ma FENACON/SESCAP/SESCON com nível 2. O avanço do sindicato nessa avaliação denotará em melhores e inovadores serviços para todos os seus representados. Esta relevante ação de representatividade e qualidade na gestão do SESCAP--Ceará é fruto da atuação da atual diretoria do sindicato, que se empenha sempre em buscar altos níveis de qualidade e inovação para todas as ações que fazem parte da voz ativa do setor de serviços cearense.

F

Sistema FENACON/SESCAP/SESCON continua a todo vapor na luta das ações pela redução e escalonamento de multas. No dia 22 de novembro, o presidente da FE-

NACON, Valdir Pietrobon, esteve reunido com técnicos da Receita Federal do Brasil (RFB), onde entregou um manifesto pela redu-ção e escalonamento no valor das multas por atraso e erro/omis-são na apresentação da Escrituração Contábil Digital (ECD) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS (EFD-PIS/COFINS). Na ocasião, Pietrobon também apresentou ao grupo a sugestão de Medida Provisória ou Projeto de Lei visando a revogação art. 57, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, que ins-titui novas multas em função da falta de apresentação ou apresen-tação extemporânea dessas obrigações acessórias. O movimento, que é liderado pela Federação, conta com a participação de todos os sindicatos do Sistema e entidades representativas, totalizando cerca de 170 parceiros. Segundo o presidente da FENACON, “o ob-jetivo da proposta é oferecer às pessoas jurídicas, independente-mente do regime fi scal, um tratamento mais justo e proporcional quanto à aplicação de penalidades por descumprimento de obri-gações tributárias acessórias, com a redução e escalonamento das multas referentes à ECD e à EFD - PIS/COFINS”, afi rma.

oi publicado no dia 16 de dezem-bro no Diário Ofi cial do Estado, o Decreto 30.783/2011, que alterou

o sublimite estadual do Simples Nacio-nal do Ceará de R$ 1.800.000,00 para R$ 2.520.000,00. O decreto foi um atendi-mento aos anseios do universo das MPE’s cearenses, representadas por ofício enviado pelo SESCAP-Ceará à FIEC, FECOMÉRCIO e CDL, solicitando providências acerca do assunto, uma vez que o Estado não acompa-nhou o sublimite sancionado pela presiden-te Dilma Rousseff. O estado do Ceará havia mantido em R$ 1,8 milhão o sublimite de faturamento de micro e pequenas empresas, apesar dos limites do Simples Nacional para o segmento terem sido elevados de R$ 2,4 milhões, para R$ 3,6 milhões, um incremen-

SESCAP-Ceará recebe o título de “Entidade rumo à excelência na Gestão Sindical” pela par-ticipação no SEGSNível 01

to de 50%. Diante disso, o SESCAP-Ceará se manifestou e mobilizou várias entidades para que, de forma coordenada, pressionas-sem o governo do Estado a rever a decisão. O assunto foi bastante repercutido e o presi-dente Carlos Mapurunga concedeu uma en-trevista ao Diário do Nordeste no dia 24 de novembro acerca do assunto, onde afi rmou que o decreto iria prejudicar entre duas mil e três mil pequenas empresas que, nos últimos anos, ampliaram o faturamento anual para além do sublimite de R$ 1,8 milhão.

Ainda segundo Mapurunga, o Ceará conta com 127 mil micros e pequenas empresas formais e temiam que a manutenção do va-lor inibisse o crescimento das micro e peque-nas empresas cearenses, reduzindo a compe-titividade na região e estimulando o retorno

à informalidade. Mas, o trabalho e mobiliza-ção do Sindicato surtiu efeito e teve o apoio da classe contábil e outras entidades empre-sariais e da sensibilidade das autoridades em perceber que a alteração benefi ciará todo o setor produtivo do Estado. Esta é mais uma representativa vitória do Sistema FE-NACON/SESCAP/SESCON, demonstrando a preocupação do SESCAP pelos interesses do setor de serviços. “Nossa luta é pelos benefícios de todo o segmento, pela justi-ça, pelo que é melhor para o empresário, para o empreendedor individual. Todos os nossos esforços são para desenvolver uma representatividade que lute pelos interesses do setor de serviços, pelo seu crescimento”, afi rmou Carlos Mapurunga.

Patrícia Tinoco, Wellington Andrade e Juliana Joca

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nando prêmios. Outras ações deste tipo estão sendo planejadas e certamente serão postas em prática agora em 2012. É só aguardar. Ao fi nal do dia, Mapu-runga participou de uma solenidade na Câmara Municipal de Fortaleza, onde o associado, Francisco Orlando Silva Pe-reira, do escritório Offi ce, foi agraciado com o título de Cidadão de Fortaleza.

No dia 08 de dezembro, o presidente participou da Solenidade de entrega do Prêmio SEFIN, no Ideal Clube. Na ocasião, várias autoridades políticas do Estado estiveram presentes, o que reafi rmou a importância do Sindicato no cenário político cearense. No dia 09

Notícias

apacitação é uma palavra bas-tante utilizada no SESCAP-Ce-ará. Utilizada e aplicada. Seja

para seus associados ou para sua dire-toria e colaboradores, o Sindicato in-veste em eventos que sejam relevantes para seu público-alvo. Uma prova disso

primeira semana de dezembro, mais especifi camente no dia 02, foi bastante movimentada para

o presidente do SESCAP-Ceará, Carlos Mapurunga. Às 11h, ele participou de uma reunião sobre o Simples Nacio-nal no SEBRAE, onde estavam presen-tes o diretor Técnico do SEBRAE-CE, Alci Porto, o presidente da ACONTE-CE, Orlando Silveira, e o presidente do CRC-CE e ex-presidente do Sindicato, Cassius Coelho. O encontro discutiu, principalmente, alternativas para ame-nizar os efeitos do não realinhamento do sublimite do Simples Nacional no Estado do Ceará e, também, uma ten-tativa de mobilizar as entidades repre-sentativas das ME’s e EPP’s para tentar

Mais cursos são ofertados pelo Sindicato

Série de eventos movimenta a agenda do presidente do SESCAP no mês de dezembro

C

A

aconteceu nos dias 28 e 29 de novem-bro, quando realizou, no Hotel Oásis, para toda a sua diretoria, funcionários e convidados, um curso sobre “A Prática da Liderança Coaching”. O objetivo do evento foi potencializar as habilidades dos participantes acerca da Gestão e Li-derança. “Este curso pode proporcionar aos participantes, além de uma excelen-te ferramenta para o desenvolvimento das pessoas, na esfera pessoal e profi s-sional, uma oportunidade grandiosa de auto-refl exão e autoconhecimento”, afi rma o presidente do SESCAP, Carlos

Mapurunga. “O curso atingiu todas as minhas expectativas. Posso adjetivá-lo como rico e, portanto, de grande valia, pois oportunizou não somente a mim, mas a todos os participantes, o acesso aos conhecimentos necessários a uma boa compreensão sobre o foco empre-sarial no que diz respeito ao relacio-namento Empregador/Empregado em todas as suas vertentes, objetivando oferecer maior sustentabilidade ao em-preendimento”, afi rmou Otaciano Lo-pes, diretor Suplente do Sindicato.

Carlos Mapurunga entrega certifi cado de parti-cipação ao palestrante

Reunião sobre o Simples Nacional no SEBRAE

Solenidade na Câmara Municipal de Fortaleza

sensibilizar o governo do estado para rever o decreto que instituiu o sublimite de R$ 1.800.000,00 para 2012. Para o presidente Mapurunga, a reunião foi ex-tremamente produtiva, discutindo pon-tos de relevância sobre o Simples, que certamente irão melhorar o cotidiano do setor de serviços.

No mesmo dia, o almoço do presidente foi marcado pelo evento que celebrava o sucesso da Promoção SESCAP-Ceará Certifi cação Digital, que realizou diver-sos atendimentos coletivos. O almoço foi realizado especialmente para os par-ticipantes da promoção, que concor-reram ao sorteio de um iPad. Podiam participar da promoção escritórios con-tábeis que utilizassem o atendimento centralizado do Sindicato, com o míni-mo de 10 clientes. A cada 20 clientes, o escritório concorria ao sorteio do iPad e a cada 30 clientes, ganhava sem sorteio, um e-CNPJ ou um e-CPF. Um total de 22 participantes concorreram ao iPad, contemplando o contabilista Francis-co Celedônio, do escritório Eixo Con-tábil, com o prêmio. Para o presidente do SESCAP, Carlos Mapurunga, a ação foi muito bem idealizada e realizada, proporcionando mais comodidade aos escritórios contábeis e ainda proporcio-

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Saldo positivopara os atendimentos do SESCAP no interior

caravana do atendimento da Certifi cação Digital do SESCAP percorreu ao longo de 2011 diversas cidades do estado do

Ceará, promovendo aquisições e validações de Certifi cados Digitais. A primeira edição aconteceu na cidade de Crateús, de 08 a 10/06. Depois disso, ainda receberam a visita do SESCAP as cidades de Limoeiro do Norte (06 a 08/07 e 02/12), São Benedito (07/10), Várzea Alegra (27 e 28/10), Tianguá (27 e 28/10), Jijoca (28/10, 02/12), Jaguaruana (09 e 10/11) e Quixere (30/11 e 01/12). Até o fi nal de dezembro, mais 09 cidades receberam a caravana do Sindicato: novamente Limoeiro do Norte (16/12), São Benedito (05 e 06/12), Reriutaba (16/12), e ainda Russas (09/12), Camocim (08 e 09/12), Acaraú (09/12), Crato (12 a 16/12). A preocupação maior do SESCAP em realizar esta ação foi levar comodidade aos contabilistas do interior, que sentem difi culdades em adquirir ou validar seus certifi cados em suas cidades.

Aconteceu no dia 07 de dezembro, na CrocoBeach, o Luau de Natal, a festa de confraternização do SESCAP-Ceará. A noite foi em-

balada pelo som da banda The Jones e do DJ Neto Lopez. O evento, que já faz parte do calendário ofi cial do Sindicato, é voltado para o congraçamento dos seus associados, mas contou também com a presença de parceiros de outras entida-des, como o Sr. Júlio Brizzi, Superintendente do Trabalho e Empre-go no Ceará; Erica Maria Ximenes, da CDL Fortaleza, Elgma Araújo, do SEBRAE, José Carlos Cavalcante, da SEFAZ/CE, dentre outros. A animação tomou conta de todos os presentes, que dançaram, can-taram e trocaram ideias, num show de integração. O presidente do Sindicato, Carlos Mapurunga, agradeceu a presença de todos, além do apoio que o Sindicato recebeu durante todo o ano de 2011, tanto nos eventos quanto na luta em prol do setor de serviços. “De fato, foi um ano de muitos desafi os, mas também de muitas conquistas. E esta festa é uma simbologia a tudo o que vivemos este ano, além de uma celebração a todas as coisas novas que 2012 trará”, afi r-mou. Mais fotos do Luau de Natal do SESCAP-Ceará, você confere acessando o site do Sindicato, na seção de Mídias e Publicações, na Galeria de Imagens.

A

Luau de Natal do SESCAP-Ceará dá show de integração

de dezembro, Mapurunga participou da Confraternização da CDL, no La Maison Coliseum. Na ocasião, o empresário Pe-dro Ivo, diretor da Ibyte, foi eleito o Lo-jista do Ano pela diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza. Já no dia 12 de dezembro, o presiden-te participou da Solenidade de Entrega do Prêmio Delmiro Gouveia 2011, que aconteceu no Hotel Gran Marquise. O Prêmio Delmiro Gouveia destaca o de-sempenho das empresas cearenses, nos setores econômico e social. Promovido pelo Grupo de Comunicação O POVO, o Prêmio Delmiro Gouveia chega a sua

11ª edição, consolidando-se como reco-nhecimento ao setor produtivo, a partir de critérios desenvolvidos por auditores do mercado. Uma das novidades deste ano é o retorno da comenda Albanisa Sarasate, que homenageou o presiden-te da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), Francisco Freitas Cor-deiro.

No dia 15 de dezembro, o presidente do SESCAP-Ceará, Carlos Mapurunga, re-cebeu um ofício do CRC-CE – Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Ceará, informando a indicação do pre-

sidente ao Prêmio Contribuintes 2011, uma parceria do Conselho com a SEFAZ e o Sistemas Verdes Mares. Em sua 5ª edição, o Prêmio reconhece as maiores empresas arrecadadoras de ICMS (Im-posto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do Estado. Também são agraciadas entidades fi lantrópicas que receberam a maior doação de cupons fi scais e um contabilista. Até o fecha-mento desta edição, o evento de pre-miação estava marcado para acontecer no dia 16 de janeiro de 2012, às 19h, no La Maison Buffet.

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Ponto Empresarial OUT/NOV/DEZ 2011| PÁG. 12 |

CAPA: Reforma Tributária: um sonho possível

Eliminar os obstáculos para uma produção mais eficiente e menos onerosa, reduzindo a carga fiscal que incide sobre produtores e consumidores, e consequentemente, estimulando a formalização e permitindo um desenvolvimento econômico e social mais

equilibrado é a proposta para a tão sonhada reforma tributária. E com a onda de desenvolvimento que o Brasil tem passado, cada vez mais tem se falado em métodos que reduzam os impostos e contribuam para o crescimento de empresas em todas as regiões. Nesta edição, a Ponto Empresarial traz para você as questões que podem tornar o sonho da Reforma Tributária realidade.

Reforma Tributária:um sonho possível

A onda de crescimento que permeia o Brasil abre espaço para questões que idealizam uma verdadeira revolução no sistema tributário do país e encaminham o sonho de décadas para algo real

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formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que juntos for-mam um grupo político de coopera-ção. O pior resultado foi o brasileiro, que registrou expansão de 2,1% no terceiro trimestre de 2011, enquanto a China teve alta de 9,1%, a Índia teve aumento de 6,9%, a Rússia se expan-diu em 4,8%, e a África do Sul regis-trou crescimento de 3,1%.

A alta carga tributária hoje já faz parte do cotidiano do contribuinte, face às dificuldades que se tem em administrar esses impostos. Dentre taxas, contribuições e tarifas, as em-presas convivem hoje com cerca de

58 tributos*. Em média 1% sobre a receita bruta anual das empresas é consumida por toda esta burocracia, especialmente com o preenchimento de guias, acompanhamento de mu-danças e arquivos de documentos. Para as pessoas físicas, o número de impostos cai para 38, além das taxas e contribuições pagas. E tantos tribu-tos, tanta burocracia, só dificultam a vida do contribuinte, seja ele pessoa física ou jurídica, e ainda aumentam a possibilidade de sonegação.

A burocracia ainda prevalece

O Brasil ainda é um dos países mais burocráticos do mundo. E lógico, essa burocracia também é refletida no Sis-tema Tributário, por isso, ele ainda é um sonho e não realidade, interferin-do no dia a dia da economia. Segundo

Luciana Gualda e Oliveira, especialista em Direito Tributário pelo ICAT/UDF, “estudos mostram que os sistemas tributários dos países desenvolvidos, ainda que não sejam uniformes, apre-sentam características comuns como coeficiente fiscal alto, porém com con-trapartida melhor por parte do Estado. A média de coeficiente fiscal dos países membros da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Eco-nômico) é por volta de 43% em relação ao PIB. Os Estados Unidos da Améri-ca e o Japão possuem coeficiente mais baixo, e os países escandinavos, mais alto que a média da OCDE. Pode haver, nos países desenvolvidos a preponde-rância de determinados impostos so-bre os demais, porém não há desequi-líbrio no sentido de incidirem quase que totalmente sobre única base tribu-tável. Nos países em desenvolvimento o coeficiente fiscal médio está entre 15 a 20% do PIB, porém, observa-se que países como o Brasil apresentam carga tributária mais elevada”, afirma.

Trocando em miúdos, a carga tributá-ria em percentual do PIB do Brasil é uma das maiores do mundo. Para se ter apenas uma ideia, 37,8% do PIB brasileiro é de tributos, quando paí-ses como o Peru possui 15,2%. O Chile possui 18,7%, a Argentina, 25,2% e os Estados Unidos, 24,8%, o que reforça ainda mais que uma reforma deve ser realizada, aumentando a competitivi-dade do país com os demais.

Luciana ainda afirma que “a diversi-dade de regras exaradas necessitam de entendimento e correta aplicação de seu conteúdo, para a realização dos mais diversos objetivos, como favore-cer o comércio, reduzir a evasão fiscal internacional, entre outros”, como for-mas de arrecadação correta, ameni-zando a alta carga.

A grande quantidade de obrigações acessórias também tem preocupado o contribuinte e sido um dos motivos mais urgentes da reforma. A pesquisa-dora do Núcleo de Estudos Fiscais da Fundação Getúlio Vargas, Andressa Guimarães, afirmou que “nos últimos

“Tantos tributos

só fazem o país perder em competitividade

no cenário internacional

A relação com o PIB

Entra ano, sai ano, uma das maiores queixas dos brasileiros é o peso que a carga tributária exerce no dia a dia das empresas e cidadãos. Há dez anos, a carga tributária representava 34,1% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Hoje, esse valor é de 36%, um recor-de histórico. Até então, o de 2010 era o maior já registrado, representando 34,5%. Segundo o IBPT (Instituto Bra-sileiro de Planejamento Tributário), o aumento da carga tributária em 2011 se deve ao fato de que a arrecadação tributária cresceu mais do que o PIB, enquanto a arrecadação tributária nominal em 2011 registrou um cresci-mento de cerca de 16%, bem acima das projeções de crescimento do PIB no mesmo ano. O Imposto sobre Opera-ções relativas à Circulação de Merca-doria e Serviços (ICMS), com 19,86%; O Instituto Nacional do Seguro So-cial (INSS), com 18,23%; Imposto de Renda (16,80%) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), com 10,65% são os tributos de maior arrecadação nominal, apro-ximando a arrecadação em cerca de R$ 220 bilhões. E tantos tributos só fazem o país perder em competitivida-de no cenário internacional, segundo o professor Francisco Barone, da Fun-dação Getúlio Vargas e da Escola Bra-sileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape).

No dia 12 de dezembro, a revista Veja publicou em seu site que analistas do Banco Central projetaram uma alta do PIB inferior a 3% em 2011, afirman-do que a economia está estacionada e que uma Reforma Tributária se faz extremamente necessária para que o país continue em desenvolvimento. O Governo afirma que a desaceleração do PIB foi programada e que é decor-rente das medidas macroprudenciais, aliadas aos efeitos da crise da zona do euro, porém, ainda existe o fantasma da falta de competitividade. Segundo a Veja, outros países, mesmo desacele-rando o PIB, sustentam números me-lhores que o Brasil. Um exemplo dis-so aconteceu no encontro dos BRICS,

* Lista completa com os 58 tributos no site do SESCAP-Ceará (www.sescapce.org.br/central de arquivos)

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anos, em virtude do quadro insusten-tável que o gasto com essas obriga-ções tem gerado para as empresas, pesquisas começaram a ser desen-volvidas com a fi nalidade de mostrar tais custos à sociedade, iniciando um debate sobre a necessidade de desbu-rocratização do compliance tributário no Brasil”.

Uma grande redução nas obrigações foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff, segundo artigo do advo-gado tributarista, Rubens Branco, no Jornal do Brasil. Por determina-ção da presidenta Dilma, a Receita Federal do Brasil, informou que “a partir de 2013 ou 2014 acabará com as declarações de imposto de renda da pessoa jurídica conhecidas como DIPJ e com outros sete documentos que hoje infernizam a vida dos contri-buintes todos os anos”, com o intuito de racionalizar o sistema tributário brasileiro. Segundo o artigo, “uma pesquisa do Banco Mundial indicou há dois anos que se gastava no Brasil em torno de 2.100 horas para que as empresas possam pagar seus impos-tos corretamente e atender à sanha da burocracia de controle. Este custo obviamente é repassado ao preço dos produtos para o consumidor fi nal, o que contribui para que uma calça je-ans no Brasil possa custar o dobro do preço de sua similar norte-america-na”. É uma iniciativa louvável do Go-verno e que facilitará, e muito, a vida do contribuinte.

Mas a burocracia não se limita às obrigações acessórias. Ela também se estende para o fechamento e abertura de uma empresa, que leva em média, 152 dias para abrir e cerca de 10 anos para fechar. Segundo matéria publi-cada no Jornal da Tarde, da cidade de São Paulo, o vendedor Marcos Martins já tenta fechar sua empresa de representação comercial há mais de 10 anos. A empresa foi desativada, mas não encerrada. “Fui descobrir tempos depois que devia alguns im-postos e que, por terem acumulado, eles haviam chegado a um valor mui-to maior. O problema é que, como a

empresa estava desativada, eu já não tinha mais rendimentos para quitar o débito. Tive que parcelar o pagamen-to dos impostos e ainda vou precisar contratar um contador e gastar mais ainda para fechar de vez as portas”, relata Marcos.

O que precisa e pode ser melhorado

O presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (Ibet), Paulo de Barros Carvalho, afi rmou durante o X Congresso Internacional de Di-reito Tributário de Pernambuco, re-alizado na cidade de Recife, em Per-nambuco, que “o Brasil não precisa de uma reforma tributária, mas sim da simplifi cação de seu sistema de arrecadação de impostos”. Carvalho afi rma ainda que é necessário que a União, os estados e os municípios pa-

rem de ter medo da redução na ar-recadação e iniciem uma racionalização do sistema em prol de todos. “Nosso sistema tributário funciona bem, pois permite a arrecadação dos impostos por parte do Estado e oferece mecanismos para que o contribuinte se de-fenda de abusos. No entanto, isso não signifi ca que ele fun-cione para o bem. O contribuinte possui inúmeros deveres instru-mentais e formais, além de diversos tributos a pagar. É preciso que haja um esforço político para que se sim-plifi que o sistema”, explicou.

“Nós temos tributação em cascata, imposto retido na fonte e um sistema que onera os contribuintes. De 1% a 1,5% do faturamento das empresas é voltado para tributos, não só para o pagamento dos impostos, mas para os custos dos documentos, guias, ta-xas, registros, declarações necessários para que não haja sonegação”, defen-de a professora Mary Elbe Queiroz, presidente do Instituto Pernambu-cano de Direito Tributário (Ipet). A professora defende uma reforma tri-butária, mas somente se for de fato efetiva, afi rmando que desde a Cons-tituição de 1988 já se foram 13 refor-mas e nenhuma delas surtiu o efeito desejado, ou seja, melhorar a vida do contribuinte.

“Agora se fala em fazer a reforma tri-butária por etapas, ou fatiada, por-

“ “

Nós temos tributação em cascata, imposto retido na fonte e um sistema que onera os

contribuintes. De 1% a 1,5% do faturamento das

empresas é voltado para tributos

empresa estava desativada, eu já não tinha mais rendimentos para quitar o débito. Tive que parcelar o pagamen-to dos impostos e ainda vou precisar contratar um contador e gastar mais ainda para fechar de vez as portas”, relata Marcos.

O que precisa e pode ser melhorado

O presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (Ibet), Paulo de Barros Carvalho, afi rmou durante o X Congresso Internacional de Di-reito Tributário de Pernambuco, re-alizado na cidade de Recife, em Per-nambuco, que “o Brasil não precisa de uma reforma tributária, mas sim da simplifi cação de seu sistema de arrecadação de impostos”. Carvalho afi rma ainda que é necessário que a União, os estados e os municípios pa-

rem de ter medo da redução na ar-recadação e iniciem uma racionalização do sistema em prol de todos. “Nosso sistema tributário funciona bem, pois permite a arrecadação dos impostos por parte do Estado e oferece mecanismos para que o contribuinte se de-fenda de abusos. No entanto, isso não signifi ca que ele fun-cione para o bem. O contribuinte possui inúmeros deveres instru-mentais e formais, além de diversos tributos a pagar. É preciso que haja um esforço político para que se sim-plifi que o sistema”, explicou.

“Nós temos tributação em cascata, imposto retido na fonte e um sistema que onera os contribuintes. De 1% a 1,5% do faturamento das empresas é voltado para tributos, não só para o pagamento dos impostos, mas para os custos dos documentos, guias, ta-xas, registros, declarações necessários para que não haja sonegação”, defen-de a professora Mary Elbe Queiroz, presidente do Instituto Pernambu-cano de Direito Tributário (Ipet). A professora defende uma reforma tri-butária, mas somente se for de fato efetiva, afi rmando que desde a Cons-tituição de 1988 já se foram 13 refor-mas e nenhuma delas surtiu o efeito desejado, ou seja, melhorar a vida do contribuinte.

“Agora se fala em fazer a reforma tri-butária por etapas, ou fatiada, por-

““

Nós temos tributação em cascata, imposto em cascata, imposto retido na fonte e um sistema que onera os

contribuintes. De 1% a 1,5% do faturamento das

empresas é voltado para tributos

CAPA: Reforma Tributária: um sonho possível

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Ponto Empresarial OUT/NOV/DEZ 2011| PÁG. 15 |

que, segundo quem defende o fatia-mento, a reforma tributária como um todo é um projeto arrojado e de difícil aprovação, como se constatou, desde 1998”, afi rma Carlos José Wanderley de Mesquita, Secretário Geral do Sin-difi sco de Pernambuco.

O SESCAP-Ceará defende que é pre-ciso que haja uma redução na quan-tidade de tributos e das obrigações acessórias, além da desoneração da folha de pagamento e da redução gra-dativa da carga tributária. O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) pensa quase como o SESCAP. Para ele, a re-forma tributária deverá ser feita em três pilares essenciais: reduzir a car-ga, simplifi car a arrecadação e distri-buir melhor as receitas de impostos, sendo a redução da carga o princi-pal. “Se reduzir, vamos incentivar a economia e a formalização de novos negócios. Vamos dar competitivida-de internacional às nossas empresas. Enfi m, vamos promover um círculo virtuoso de crescimento”, afi rmou. O senador lamentou que até para os contadores profi ssionais que lidam com o recolhimento de tributos, a ar-recadação seja confusa. Além disso, a elevadíssima oneração da folha de sa-lários resulta uma série de impactos negativos para a economia brasileira,

como uma signifi cati-va piora das condi-ções de competitivi-dade das empresas nacionais, além do estímulo à infor-malidade e uma baixa cobertura da previdência social.

O Sindicato ainda defende que é extrema-mente necessá-rio que se melhore consideravelmente a efi ciência dos gastos públicos.

Os desvios são muitos e, na

maioria das vezes, para

gastos supérfl uos, totalmente desne-cessários, fazendo com que a proble-mática da corrupção se faça cada vez mais presente. Em artigo publicado no site da Presidência da República para o Plano Brasil 2022, que con-grega Grupos de Trabalho, a partir dos planos e programas de cada Mi-nistério, “a sociedade brasileira exige uma nova ética no governo, uma nova

forma de administrar: com mais res-ponsabilidade, mais transparência e voltada à concretização dos direitos e garantias fundamentais, especial-

mente quanto ao respeito ao con-tribuinte”. Para tanto defende o uso de um melhor controle interno, que segundo o próprio texto, “contribui para o alcance de uma boa governan-ça pública, a promoção da ética e da transparência e a redução de vulne-

Caso o sonho vire mesmo realidade, muitos serão

os benefícios. Entre eles, a simplificação

e a desburocratização do sistema tributário

brasileiro

rabilidades e riscos de ocorrência da corrupção”. Resta saber se de fato essa política será implantada e se surtirá os efeitos desejados.

Para que o sonho vire realidade

A Reforma Tributária é sim um so-nho possível. Mas muitos passos ain-da precisam ser dados para que te-nhamos uma luz no fi m do túnel. Um dos temores facilmente afastados, é a crença de que a redução de alíquotas diminui a arrecadação. Um exemplo disso é a redução do IPI da alíquota da linha branca e automóveis.

E quando o sonho virar mesmo re-alidade, muitos serão os benefícios. Entre eles, a simplifi cação e a des-burocratização do sistema tributário brasileiro, numa signifi cativa redu-ção do número de tributos e do custo de cumprimento das obrigações tri-butárias acessórias pelas empresas. Outros benefícios são o aumento da formalidade, de empresas e em-pregos, uma melhor adimplência de quem já cumpre e principalmente de quem já cumpriu com suas obriga-ções, e a eliminação das distorções da estrutura tributária, numa diminui-ção do custo dos investimentos e das exportações. A eliminação da guerra fi scal, resultando num aumento dos investimentos e da efi ciência econô-mica também é outro benefício que a Reforma Tributária trará, juntamen-te com o avanço importante na po-lítica de desoneração, numa efetiva redução do custo tributário para as empresas formais e para os consu-

midores, ampliando a compe-titividade do país. Por fi m, o

aperfeiçoamento da política de desenvolvimento regio-nal, numa introdução de mecanismos mais efi cientes

de desenvolvimento das re-giões mais pobres vem fechar a

série de benefícios que a Reforma traria para o Brasil.

que, segundo quem defende o fatia-mento, a reforma tributária como um todo é um projeto arrojado e de difícil aprovação, como se constatou, desde 1998”, afi rma Carlos José Wanderley de Mesquita, Secretário Geral do Sin-difi sco de Pernambuco.

O SESCAP-Ceará defende que é pre-ciso que haja uma redução na quan-tidade de tributos e das obrigações acessórias, além da desoneração da folha de pagamento e da redução gra-dativa da carga tributária. O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) pensa quase como o SESCAP. Para ele, a re-forma tributária deverá ser feita em três pilares essenciais: reduzir a car-ga, simplifi car a arrecadação e distri-buir melhor as receitas de impostos, sendo a redução da carga o princi-pal. “Se reduzir, vamos incentivar a economia e a formalização de novos negócios. Vamos dar competitivida-de internacional às nossas empresas. Enfi m, vamos promover um círculo virtuoso de crescimento”, afi rmou. O senador lamentou que até para os contadores profi ssionais que lidam com o recolhimento de tributos, a ar-recadação seja confusa. Além disso, a elevadíssima oneração da folha de sa-lários resulta uma série de impactos negativos para a economia brasileira,

como uma signifi cati-va piora das condi-ções de competitivi-dade das empresas nacionais, além do estímulo à infor-malidade e uma baixa cobertura da previdência social.

O Sindicato ainda defende que é extrema-mente necessá-rio que se melhore consideravelmente a efi ciência dos gastos públicos.

Os desvios são muitos e, na

maioria das vezes, para

com o recolhimento de tributos, a ar-recadação seja confusa. Além disso, a elevadíssima oneração da folha de sa-lários resulta uma série de impactos negativos para a economia brasileira,

como uma signifi cati-va piora das condi-ções de competitivi-dade das empresas nacionais, além do estímulo à infor-malidade e uma baixa cobertura

rio que se melhore consideravelmente a efi ciência dos

ponsabilidade, mais transparência e voltada à concretização dos direitos e garantias fundamentais, especial-

mente quanto ao respeito ao con-tribuinte”. Para tanto defende o uso

quem já cumpriu com suas obriga-ções, e a eliminação das distorções da estrutura tributária, numa diminui-ção do custo dos investimentos e das exportações. A eliminação da guerra fi scal, resultando num aumento dos investimentos e da efi ciência econô-mica também é outro benefício que a Reforma Tributária trará, juntamen-te com o avanço importante na po-lítica de desoneração, numa efetiva redução do custo tributário para as empresas formais e para os consu-

midores, ampliando a compe-titividade do país. Por fi m, o

aperfeiçoamento da política de desenvolvimento regio-nal, numa introdução de mecanismos mais efi cientes

de desenvolvimento das re-giões mais pobres vem fechar a

série de benefícios que a Reforma traria para o Brasil.

com o recolhimento de tributos, a ar-recadação seja confusa. Além disso, a elevadíssima oneração da folha de sa-lários resulta uma série de impactos negativos para a economia brasileira,

como uma signifi cati-va piora das condi-ções de competitivi-dade das empresas nacionais, além do estímulo à infor-malidade e uma baixa cobertura da previdência

O Sindicato ainda defende que é extrema-mente necessá-rio que se melhore consideravelmente a efi ciência dos

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Ponto Empresarial OUT/NOV/DEZ 2011| PÁG. 16 |

Fontes: Revista Veja | FIEP | Artigonal | Fiscosoft | Jornal do Brasil | Jornal da Tarde | Revista Bares e Restaurantes | Consultor Jurídico (CONJUR) | Agência Senado | Folha de São Paulo | Ministério da Fazenda | Artigo Estudo Comparado de Luciana Gualda e Oliveira | Site da Presidência da República – Plano Brasil 2022

Para o empresário contábil e ex-pre-sidente da FENACON e do SESCAP--Ceará, Pedro Coelho (foto), a Re-forma Tributária deve partir de uma decisão política. “Talvez não seja um sonho de todos, mas certamente é um sonho que traria bons resultados para todos. Para que esse sonho se torne realidade é preciso, tão e sim-plesmente, decisão política. O Brasil precisa e merece um redesenho da legislação tributária, e a esperança é que o governo de plantão chame para si esse ônus e receba os bônus de re-conhecimento”, afi rma.

Segundo o próprio Ministério da Fa-zenda, em informações do seu site, “o insucesso de tentativas anterio-res de implementação de reformas no sistema tributário nacional ge-rou certo ceticismo por parte de al-guns segmentos da sociedade sobre a possibilidade de aprovação de uma proposta. O momento atual é, con-tudo, mais favorável à tramitação da Reforma Tributária. A diferença mais importante é que estamos hoje passando por um período de cresci-mento econômico, que tem impacto positivo sobre a arrecadação. Este

ambiente reduz as resistências à Re-forma e permite à União reduzir a carga tributária e compensar eventu-ais prejuízos dos entes federados sem desequilibrar as contas públicas”, consta no site.

É aguardar e continuar lutando para que este sonho se torne uma agradá-vel realidade.

Para que esse sonho se torne realidade é preciso, tão e simplesmente, decisão política

CAPA: Reforma Tributária: um sonho possível

Segundo o próprio Ministério da Fa-zenda, em informações do seu site, “o insucesso de tentativas anterio-res de implementação de reformas Pedro Coelho, ex-presidente da

FENACON e do SESCAP-Ceará

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Ponto Empresarial OUT/NOV/DEZ 2011| PÁG. 17 |

Entrevista: Reforma Tributária: como o sonho pode se tornar realidade

Temos uma grande força de

trabalho com baixa qualificação

e estas pessoas estão ficando

à margem do processo

produtivo

de postos de trabalho em diversos se-

tores econômicos. Contextualizando,

podemos citar o Peru que, com um car-

ga de aproximadamente 17% do PIB,

menos da metade da brasileira, tem

conseguido atrair muitos empresários

brasileiros, donos de tradicionais mar-

cas, que estão confeccionado seus pro-

dutos naquele país o que poderia ser

produzido aqui no Ceará.

P. E.: Que mudanças poderiam ser feitas na estrutura tributária do país para di-minuir a carga tributária sem diminuir os investimentos e gastos dos governos? R.M.: Mudanças que efetivamente pos-

sam incrementar a efi ciência da gestão

fi scal, através da simplifi cação na ar-

recadação com a redução no número e

tipos de tributos, agilidade na cobrança e punição aos infratores, além da cons-cientização da sociedade que deve estar mais vigilante em relação ao direito de ter uma gestão fi scal mais efi ciente.

P. E.:O setor empresarial tem alguma proposta concreta de Reforma Tributá-ria? R.M.: Sim. A CNI, através de seu rela-tório “Uma agenda para crescer mais e melhor” com foco para o período 2011-2014, lança uma série de sugestões para um novo sistema tributário.

P. E.: O Simples Nacional seria um bom exemplo a ser seguido, como modelo de simplificação e redução dos impostos? R.M.: Acredito que o Simples tem atin-gido seu objetivo com sucesso.

P. E.: Na sua avaliação, porque é tão di-fícil emplacar uma reforma tributária no país, já que o assunto parece ser uma unanimidade entre todos os segmentos interessados? R.M.: Porque os interesses dos envolvi-dos são confl itantes. Os governos têm por objetivo aumentar a arrecadação. O setor produtivo quer pagar menos para ser competitivo num mundo globali-zado. Os estados produtores querem a tributação na origem, e os consumido-res, no destino e qualquer alteração no sistema tributário tem que ter a apro-vação de 100% do Confaz.

Ponto Empresarial – Que avaliação o setor empresarial faz acerca da atual carga tributária brasileira? Roseane Medeiros : Sem dúvida, nossa carga tributária, além de muito alta, tem uma gestão complexa e não há re-torno à sociedade compatível com o arrecadado, haja vista os gravíssimos problemas relativos à educação, saú-de, segurança e infraestrutura no Brasil.

P. E.: Qual o impacto dessa carga tribu-tária na competitividade das empresas brasileiras no mercado externo? R.M.: Estamos perdendo competitivi-dade para os países asiáticos e até para alguns países latino-americanos e so-frendo um processo de desindustriali-zação precoce, especialmente naqueles segmentos intensivos de mão de obra, em virtude do alto custo dos encargos sobre salários e a rigidez da legislação trabalhista. Os trabalhadores devem ter seus direitos assegurados, mas não podemos esquecer que a competitivi-dade é essencial para a sustentabilida-de dos empregos.

P. E.: Que oportunidades o Brasil perde com o alto nível dos impostos? R.M.: Temos uma grande força de tra-balho com baixa qualifi cação e estas pessoas estão fi cando à margem do pro-cesso produtivo, já que a perda de com-petitividade decorrente do alto nível da carga tributária acarreta o fechamento

Roseane MedeirosPresidente do CIC – Centro Industrial do Ceará e Diretora da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC

Entrevista

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Ponto Empresarial OUT/NOV/DEZ 2011| PÁG. 18 |

Diretor de Tecnologia do SESCAP concede entrevista ao Jornal da Record

Data: 18 de novembro

O sindicato foi representado pelo seu diretor de Tecnologia, Anderson Ximenes, que concedeu uma entre-vista para o Jornal da Record, sobre os limites do Simples Nacional.

Realizações

SESCAP-Bahia e SESCAP-Amapá visitam o SESCAP-Ceará Data: 16 de novembro

O objetivo foi discutir assuntos de inte-resse do setor de serviços. Na Assembleia Geral Ordinária foi aprovado o orçamen-to de receitas e despesas para 2012, com parecer do Conselho Fiscal. Na Assem-bleia Geral Extraordinária, foi aprovado um valor de contribuição associativa diferenciada para associados do interior do estado, que ficou em R$ 30,00 tanto para pessoas jurídicas como escritórios individuais.

Presidente do SESCAP é recebido pelo secretário de Finanças de FortalezaData: 19 de novembro

O presidente do SESCAP-Ceará, Carlos Mapurunga, foi recebido pelo secretá-rio de Finanças, Alexandre Cialdini, na SEFIN, em resposta ao ofício que foi enviado no dia 19 de agosto, no qual foi solicitada essa audiência, com o propósito de, mais uma vez, discutir os problemas da GISSONLINE, que desde a sua implantação tem trazido diversos transtornos para a classe contábil e empresarial.

Presidente e Vice-presidente do SESCAP-Ceará participam da II ACR da FENACONData: 24 de novembro

O presidente do SESCAP-Ceará, Carlos Mapurunga, e o vice-presidente, Daniel Coelho, participaram da II ACR da FENACON, em Brasília. Ainda no dia 24, Daniel participou da Reunião dos Vice-presidentes com suas Bases.

SESCAP participa do Fórum de Comunicação Fisco-Contribuinte no Ministério da Fazenda Data: Novembro

Com o objetivo de fortalecer a integra-ção e o relacionamento com parceiros institucionais e melhorar a relação fisco-contribuinte, a Superintendên-cia Regional da Receita Federal na 3ª Região Fiscal enviou Ofício convidando o SESCAP-Ceará a participar da reu-nião que discutiu a criação de Fórum de Comunicação Fisco-Contribuinte. O Sin-dicato foi muito bem representado pela sua diretora de Comunicação, Viviane Maciel Vieira.

SESCAP-Ceará recebe visita da delegada do CRC-Limoeiro do NorteData: 17 de outubro

A sede do SESCAP-Ceará recebeu a ilustre visita da delegada do CRC--Limoeiro do Norte, Maria Zulmira Faheina Oliveira. O objetivo da visita foi buscar uma maior aproximação en-tre as empresas e profissionais daquela região e as ações desenvolvidas pelo SESCAP.

Diretoria do SESCAP presente em Sobral para diversos compromissos

Data: 13 e 14 de outubro

O presidente e o vice-presidente do SESCAP-Ceará, Carlos Mapurunga e Daniel Coelho, estiveram em Sobral realizando diversas atividades, en-tre elas, uma visita às instalações da regional para realização de processo seletivo para contratação de mais um funcionário para a sede local, uma par-ticipação no Seminário Regional sobre Legislação, Inconsistência e Fiscaliza-ção no âmbito do Simples Nacional, e uma reunião com as principais lideran-ças contábeis de Sobral e região, para discussão dos planos de atuação da regional do SESCAP na zona norte.

Presidente concede entrevistas sobre o Simples Nacional

Data: 10, 11 e 14 de novembro e 16 de dezembro

A primeira aconteceu no dia 10 de novembro, para o Jornal da TVC. A segunda entrevista aconteceu no dia 11 de novembro, para a TV Assem-bleia. A terceira, realizada no dia 14 de novembro, foi para o Progra-ma União Brasil, da TV União. A última, aconteceu para o progra-ma Bom Dia Ceará, da TV Verdes Mares.

Presidente participa de solenidade na SRTE-CE

Data: 21 de outubro

Solenidade de Lançamento do Agen-damento no SRTE-CE pela Internet, somando-se ao agendamento realizado pelo telefone, implantado pela Supe-rintendência no último mês de julho. O convite foi feito pelo Superintendente do Trabalho e Emprego no Ceará, Júlio Brizzi. A ocasião teve a presença do então Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

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Ponto Empresarial OUT/NOV/DEZ 2011| PÁG. 19 |

Realizações | Parcerias em Destaque

Confira os parceiros do SESCAP-Ceará e as vantagens oferecidas para os associados:

Outros convêniosFORTES |VIZOO ÓTICAS | HAPVIDA | VICTOR HUGO | YTACARANHA PARK | HELIOS | DELIVERY ENGLISH | ESPAÇO ABERTO | AR SESCAP

Conheça detalhes de todos os convênios através do site www.sescapce.org.br

Os associados em si-tuação regular com o sindicato têm 20% de desconto na casa que é uma das principais redes de restaurante da região que, em Fortaleza, além da ótima localização e qualidade nos pratos e carnes, dispõe de estacionamento com manobristas.

O convênio prevê descon-to de 35% para o curso de graduação de Ciências Contábeis noturno e 40% para o mesmo curso no período diurno, além de 10% para a pós-graduação e extensão. Os descontos são relativos às mensali-dades.

Na escola de idiomas Fisk, o associado ao SESCAP ganha um desconto de 15% nas mensalidades do curso de inglês na sede Seis Bocas que fi ca na Rua Mário Lanza, 541 – Parque Manibura. Mais informações: (85) 3273-1650.

Associados possuem descontos de 1,5 à 14,5% na compra de veículos au-tomotivos, de acordo com a política adotada no mês vigente, 20% em peças e 15% em serviços.

Prevê o oferecimento de cursos, simpósios e outros eventos para capacitação e o aperfeiçoamento dos dirigentes dos Sindicatos e dos seus associados. E ainda a utilização da es-trutura social e educacional do SENAC, como bibliotecas, auditórios, sistemas de teleconferência e a participação em eventos gerais não vinculados ao convênio.

O convênio disponibiliza para associados o softwa-re Honorários Contábeis, ferramenta de cálculo que serve para auxiliar contado-res na cobrança de prestação de serviços contábeis. O direito de uso da ferramenta será cedido gratuitamente pelo prazo de 12 meses. Para utilizar o software, o associado deverá fazer seu cadastro no site www.honorarioscontabeis.com.br.

Boi Preto

Unice SENAC

Fortes Informática

Fisk Salinas

SESCAP reúne-se com secretário Mauro Filho da SEFAZ

Assessoria Jurídica do SESCAP-Sergipe visita o SindicatoData: Outubro

O SESCAP-Sergipe, através do seu as-sessor jurídico, Rilton Tenório, fez uma visita a nossa sede para conhecer melhor os processos na emissão e cobrança administrativa da contribuição sindical. Rilton foi recebido pelo gerente execu-tivo do sindicato cearense, Wellington Andrade, e tratou diretamente com o nosso assessor jurídico, Felipe Abelleira, o panorama jurídico do SESCAP, com ênfase na cobrança da contribuição sindical de grandes devedores.

Data: 06 e 14 de dezembro

Na reunião do dia 06 de Dezembro, Mauro Filho recebeu o presidente do SESCAP-Ceará, Carlos Mapurunga, o diretor Financeiro, Arimateia Queiroz, a diretora de Eventos, Solange Marinho, e a diretora de Comunicação, Viviane Maciel para tratar da qualidade do atendimento na CEFIT, credenciamento eletrônico, homologação de programas próprios para o PAF/ECF e do sublimite estadual do SIMPLES Nacional. No dia 14, também aconteceu uma reunião téc-nica, com a presença dos mesmos dire-tores, para tratar dos mesmos assuntos.

Diretor de Tecnologia representa o SESCAP-Ceará em eventoData: 27 a 29 de outubro

Anderson Ximenes, participou da 55ª CONCERJ - Convenção dos Contabilistas do Estado do Rio de Janeiro.

Vice-presidente ministra palestra sobre o Conectividade Social em JaguaruanaData: 09 e 10 de novembro

O vice-presidente, Daniel Coelho, minis-trou no último dia 09 de novembro, uma palestra na cidade de Jaguaruana, na Câmara dos Vereadores.

Sindicato recebe visita do SESCAP-PE

Data: 19 de outubro

Uma comitiva do SESCAP-PE visitou o Sindicato com o objetivo de conhecer as práticas de cobranças administrativa e judicial da Contribuição Sindical. Foram recebidos pelo presidente do sindicato cearense, Carlos Mapurunga, e pelo Assessor Jurídico, Felipe Abelleira. Fize-ram parte da comitiva pernambucana o vice-presidente do SESCAP-PE, Flávio de Albuquerque; o diretor Financeiro, José Augusto de Castro; e o conselheiro fi scal suplente, Jorge Eduardo de Vasconcelos.

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Tema Livre

Interface entre o capital e o trabalho, o sindicato é a mais natural e espontânea associa-

ção que o mundo conhece. Nasce dos fatos, imposto pela realidade social para defender os direitos e interesses, de um lado, dos patrões (categorias econômi-cas) e, de outro, dos empregados (cate-gorias profi ssionais).

Inteligente na concepção, na prática às vezes tem se desviado do bom caminho, tanto por excesso, relacionado a abuso de poder, quanto pela escassez, resul-tante da subutilização dos instrumentos que a lei, especialmente a da vida, colo-ca à sua disposição para cumprimento

de seus direitos/deveres. O confronto natural entre capi-tal e trabalho, agravou-se preo-cupantemente na fase em que as disputas tinham como conten-dores diretos os empregadores e respectivos empregados. O sindi-cato veio para amortecer os en-trechoques desse enfrentamento, institucionalizando-se como in-terface capaz de converter estado de beligerância em relação nego-cial. Para afastar o bate-boca e até o desforço físico, sempre apto a produzir sequelas, entre partes, com tudo para personalizar e exponenciar de-sentendimentos,

apresentaram-se os guerreiros da paz, ar-mados pelos debates e negociações, com caminho aberto ao Ju-diciário na hipótese de eventual intransigên-cia.

O sindicato trouxe notável avanço no rumo da civilização, transferindo as divergências e dissí-dios do ringue das empresas e respec-tivos empregados para o campo das categorias. A categoria reúne e une, de um lado, os que empresam atividades iguais, idênticas, similares ou conexas e,

de outro lado, os que trabalham nessas empresas. As espécies desaguam no gê-nero, facilitando a diplomacia e difi cul-tando a guerra.

As categorias são unidades concepcio-nalmente homogêneas e operacional-mente difusas. Tal evolução registra ga-nho também em favor das coletividades. Enquanto no embate padrões versus empregados, os ganhos podem variar segundo o porte e a situação econômica--fi nanceira das empresas, os resultados da luta em nome das categorias perdem na vertical e ganham na horizontal, so-

lidarizando ao invés de distinguir e dis-criminar.

Quem conhece o sindicato, máxime vivenciando-o, sabe que ele é componen-te necessário e até indispensável para melhor funciona-mento do capitalis-mo, especialmente no universo político-

-social, onde gravitam as relações traba-lhistas. Pelas funções que desempenha, o sindicato tornou-se objeto de ataques. Contudo, os que o criticam, fi cam na crí-tica, sem lhe apresentar substituto hábil e apto a melhor realizar suas complexas atribuições. A vista dessa circunstância,

Antonio Oliveira Santos, presidente da CNCAntonio Oliveira Santos, presidente da CNC

O sindicato trouxe notável

avanço no rumo da civilização

“I

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prevaleceriam mesmo na hipótese do “ruim com ele, pior sem ele”.

Em verdade, o sindicato, por sua la-boriosa e centenária concepção, é a associação mais própria, adequada e competente para desempenhar as funções presentes no exercício da re-presentação da categoria. Vale acen-tuar que o mesmo é a própria catego-ria, que nele se organiza para melhor defender os direitos e interesses des-sa. A concepção é refi nada, com to-ques de sofi sticação. Associação algu-ma alcançou tanto.

É bom sublinhar que a representação dos direitos e interesses da categoria, referida pelo art. 8º, III, da Constitui-ção, não se esgota na invernada das relações empregados/empregadores. Alcança também a ação junto ao Es-tado, de amplo espectro. No Brasil, as entidades sindicais são interlocuto-ras das empresas e dos trabalhadores junto aos órgãos governamentais que legislam e aplicam as leis relaciona-das a seus direitos e interesses, espe-cialmente o econômico e o social.

Aliás, a organização confederativa, com os sindicatos, em regra nos mu-nicípios, federações nos Estados e a confederação no plano nacional, tem por objetivo assegurar que a repre-sentação possa ser efi cientemente

O Capital, o Trabalho e o Sindicato

exercitada nos três níveis do Estado Fe-deral. Diante do quadro sinteticamente descrito, impõe-se a conclusão de que, no presente estágio do capitalismo, o sindicato não é apenas necessário, qua-lifi cando-se como essencial.

Assim sendo, ao invés de prosseguir a guerrilha que se lhe faz com o propósito de extinguir as fontes de receitas com-pulsórias, constitucional e legalmente previstas para a manutenção do sindi-calismo, as forças sociais e políticas que atuam na área devem entender e aceitar que a solução correta exige apenas uma pitada de bom senso.

Só a poesia de fi cção ou a má fé podem considerar que seria viável manter o sindicato com contribuições espontâ-neas. À base destas, nem os clubes de futebol sobrevivem, apesar de consti-tuírem a mais cultuada paixão do bra-

sileiro. O sindicato é necessário. Logo, há que existir, o que pressupõe receita sufi ciente para sua manutenção. Como a contribuição espontânea localiza-se no mercado de ilusões, urge descartá-la.

A sociedade organizada precisa enten-der que, para ter sindicatos em condi-ções de operar, a contribuição compul-sória da categoria constitui pressuposto necessário. Tal evidência foi sufi ciente para convencer o legislador Constituinte a consagrar, no art. 8º, IV da Lei Supe-ram, não uma, mas duas contribuições compulsórias: a confederativa, fi xada pela Assembleia Geral e a sindical, disci-plinada por lei recepcionada pela Carta Magna.

Os que, através de hermenêutica caolha, criam obstáculos à interpretação segun-do a qual compulsoriedade está explíci-ta e manifestamente acolhia pela Cons-tituição, são apenas mestre de obra da anti-história. Eles passarão como tantos já passaram. E o atraso na execução da compulsoriedade acumulará débito até que, restaurada a verdade, deverá ser pago, provavelmente, pelos que, hoje, estão sentados na incômoda posição de inertes espectadores.

ANTONIO OLIVEIRA SANTOS é presi-dente da Confederação Nacional do Co-mércio de Bens, Serviços e Turismo.

Só a poesia de ficção ou a má fé podem considerar que seria viável

manter o sindicato com contribuições

espontâneas

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Gestão em Pauta

ara começar a visualizar o pro-cesso de construção de uma marca de sucesso podemos

pensar nela como um bolo de camadas. No primeiro plano, o recheio, a marca, é um nome e um estilo – tal como um nome próprio, alguns vão aparentar mo-dernos, outros exagerados, ou mesmo tradicionais. A partir deste pensamen-to, o empresário deve escolher o “nome” que diga da forma mais adequada o que o empreendimento dele quer transmitir ao público.

Em segundo plano, a marca também é o “o quê” da empresa. A exemplo, grande parte dos brasileiros reconhecem o nome “Monteiro Lobato”. Levando-se em con-sideração que esse nome seja uma mar-ca, essa é reconhecida como um autor de literatura infantil muito importante para

ão há necessidade de mencio-nar o absurdo que se tornou o recolhimento tributário no

Brasil. Tanto que chega a inviabilizar al-guns negócios de existirem. Frequente-mente o país registra novos números de empresas quebrando devido a elevadas dívidas fi scais. Mesmo com as recentes renegociações (PAEX, PAES, REFIS), o contribuinte não se sentiu tranquilo. Na tentativa de diminuir encargos tributá-rios, alguns empreendedores recorrem à forma ilegal, por meio da sonegação fi scal. A maneira legal (elisão fi scal ou economia legal – esta última conhecida como planejamento tributário) permite que o contribuinte possa estruturar o próprio negócio de maneira que se ade-que à realidade enfrentada, procurando

a disseminação e registro de persona-gens folclóricos nacionais. Obviamente, outras pessoas podem ter diversas opini-ões sobre Monteiro Lobato e sua impor-tância. Neste ponto começa a parte mais complexa das camadas de uma marca.

Depois de existir como fi gura e motivo, a marca trilha caminhos mais profundos. Logo, ela precisa agregar valores. Desta forma, é necessário que o público olhe para o design e confi ra qualidade à em-presa que a fi gura representa.

Além do desenho, o empresário precisa atentar para todas as bases da sua orga-nização para que a postura perante dis-tintas situações agreguem valores para a marca dele. Tratando de forma simpli-fi cada, essas posturas dizem respeito à qualidade do produto/serviço, à abran-

diminuir os custos do empreendimento, o que também prevê a diminuição dos impostos.

Os tributos (impostos, taxas e contribui-ções) representam uma pesada parcela dos custos das empresas, e, devido à globalização da economia, a correta ad-ministração do ônus tributário com bas-tante atenção virou uma questão de so-brevivência da empresa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT, no País, uma média de 33% do faturamento das empresas é dirigido ao pagamento da carga tribu-tária. Desta feita, o ônus do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro das empresas pode corresponder a 51,51% do lucro líquido apurado. Além

gência geográfi ca que a empresa conse-gue atingir, ao preço que cobra, às vanta-gens que o combo empresa/produto tem para oferecer ao consumidor, além, claro, de questões que ultrapassam o ofereci-do para o cliente, tais como propaganda, relações públicas, patrocínios, eventos, causas sociais e outros.

“Por que comprar produto 1 ao invés do produto 2?” Uma marca pode se consi-derar bem sucedida quando ela, além de ter batido suas metas primárias, con-segue fundamentar a imagem da marca, quando o público-alvo olha para a fi gura criada, nos primeiros passos da constru-ção e tem um conjunto de percepções e associações mentais que ligam aquele desenho a uma empresa, um indivíduo, uma qualidade e, principalmente, uma confi abilidade.

disso, mais da metade do valor da soma-tória dos custos e despesas é represen-tada pelos tributos. Dentro da lei, o con-tribuinte guia o quadro ao seu próprio interesse de forma a planejar tributos, uma vez que esse é um direito essencial, tal como planejar fl uxo de caixa e inves-timentos.

Tendo em vista que fazer um planeja-mento tributário para a empresa não é uma tarefa fácil, buscar um especialista se torna essencial. Este poderá analisar todos os pontos do seu planejamento operacional a fi m de apurar os tributos como também afastar a empresa de con-tingências fi scais, uma vez que as multas são elevadas e, em alguns casos, propi-ciam até a liquidação da empresa.

Passos para o sucesso de uma marcaO caminho bem sucedido de uma marca depende da convergência de fatores que compõem a empresa, o produto/serviço, e o público.

Menos gastos com Planejamento Tributário

P

N

ara começar a visualizar o pro- a disseminação e registro de persona-P

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Ponto Empresarial OUT/NOV/DEZ 2011| PÁG. 23 | OUT/NOV/DEZ 2011| PÁG. 23 |

Artigo

A Reforma Tributária é um sonho almejado por toda a sociedade brasi-leira, há muitos anos. O contribuinte brasileiro aspira pela redução da ele-vada carga tributária, diminuição da extensa quantidade de impostos e ta-xas, simplifi cação das obrigações fi s-cais (como IR, CSLL, COFINS, PIS, IPI, ICMS, ISS e SIMPLES), consoli-dação da legislação fi scal, desonera-ção dos investimentos geradores de empregos e renda e medidas que as-segurem a competitividade aos pro-dutos nacionais. A pretensão do go-verno da presidente Dilma Rousseff é realizar uma reforma em “fatias” ou etapas, mediante leis complementares ou ordinárias.

Diante desse contexto e das medidas anun-ciadas pelo Governo Federal, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (FECOMÉRCIO-CE), que representa 35 sin-dicatos e cerca de 110 mil empresas, manifestou irrestrito apoio à ampliação do limite de fatu-ramento para a inclusão no Sistema Integrado de Pagamento de Impos-tos e Contribuições das Microem-presas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES).

No âmbito federal, já em vigor desde 1º de janeiro de 2012, a medida ajus-ta a receita bruta anual máxima para que as microempresas possam optar pelo sistema de tributação diferen-ciada, passando de R$ 240 mil para R$ 360 mil por ano. Para a pequena

empresa, o novo teto passa de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões.

Apesar do Governo Federal elevar o teto a esse patamar, o Governo Esta-dual anunciou, por meio do Decreto 30.783, em dezembro, que aumentará o sublimite dos impostos locais, que atualmente é de R$ 1,8 milhão para R$ 2.520 milhões. No Ceará, essa ampliação dos limites de faturamento anual para enquadramento no super-simples não deve ter tanta efi cácia em relação à cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Isso porque o Governo Es-

tadual não deve perder receita com a arrecada-ção, pois o ICMS pago pelas pe-quenas e micro empresas não chegaria a 30% de toda a arreca-dação no Ceará. A maior parte da arrecadação vem de grandes em-presas.

Além disso, uma empresa que entrou no SIMPLES, que não tem esse tra-tamento diferenciado, perde compe-titividade, não consegue sobreviver e acaba voltando para a informalidade, o que acaba sendo pior para as em-presas e para o Estado. O consumidor também sai prejudicado, porque no fi m das contas, o aumento refl ete na elevação dos preços das mercadorias.

Luiz Gastão Bittencourt é presidente do Sistema Fecomércio-CE (Fecomércio, Sesc,

Senac e IPDC

Reforma Tributária no Brasil: o modelo do SIMPLES

Luiz Gastão Bittencourt,presidente da Fecomércio-CE.

O contribuinte brasileiro aspira pela redução da elevada carga

tributária

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Nobel - Top 10Livros

Livros

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Sites

CDs/DVDs

Contabilidade Geral Esquematizada – Col. Esquematizado

Capitão América – O Primeiro Vingador

Marisa Monte - O Que Você Quer Saber de Verdade

Ficção

1. As Esganadas | Companhia das Letras

2. O Cemitério de Praga | Record

3. A Fúria dos Reis | Leya

4. A Tormenta das Espadas | Leya

5. Amor de Redenção | Verus

6. Um Homem de Sorte| Novo Conceito

7. A Última Música | Novo Conceito

8. Filhos do Eden | Verus

9. Querido John | Novo Conceito

10. Amor de Redenção| Verus

Não Ficção

1. A Privataria Tucana | Leya

2. Mais Você – Receitas e Viagens Internacionais | Record

3. Os últimos passos de um vencedor | Globo

4. Steve Jobs | Cia. das Letras

5. João Goulart - Civilização brasileira

6. O caso Cesare Battisti | LCR

7. Guia Politicamente Incorreto da América Latina | Leya

8. O Livro do Boni | Casa da Palavra

9. Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil | Leya

10. Viva Fortaleza | Terra da luz

Negócios / Religião / Autoajuda

1. A Fantástica Construção do Eu | Academia da Inteligência

2. O X da Questão | Primeira Pessoa

3. É Tudo Tão Simples | Agir

4. Mulheres Inteligentes, Relações Saudáveis | Academia da Inteligência

5. Tempo de Esperas | Planeta

6. Ágape | Globo

7. A Vida Sabe o Que Faz | Vida e Consciência

8. Ah! Eu Não Acredito! | Casa da Qualidade

9. A Parisiense | Intrínseca

10. De Volta à Cabana | Sextante

Livraria NobelShopping Aldeota - Lojas 423/424 - Piso L4

Fone: (85) 3458.0404 - Fortaleza-CE

Blog Miriam Leitão

Mais um herói dos quadrinhos chega em versão adaptada para as telonas. Capitão América – O Primeiro Vingador conta a história de Steve Rogers (Chris Evans), um garoto com saúde frágil que vem de família pobre e sonha em fazer parte do exército americano. Esse sonho se inviabiliza por conta dos problemas de saúde, mas chama a atenção de um general que vê a dedicação do rapaz. Por isso, é convidado para participar do

Um dos maiores nomes da música brasileira contemporânea, com mais de sete milhões de discos vendidos e três Grammy Latinos, Marisa Monte continua surpreendendo o público com a qualidade de seu canto, seu talento de compositora e a solidez de suas

teste do soro radioativo chamado Supersoldado. Rogers, então, fi ca saudável e começa o treinamento intensivo para lutar contra o mal na liderança do grupo Os Vingadores. No elenco, muitos rostos conhecidos (Samuel L. Jackson, Tommy Lee Jones, Stanley Tucci, Hugo Weaving) e entre pistolas, tanques, metralhadoras que cospem balas e incríveis armas com lasers mortais, sobra ainda espaço para um texto bem humorado e sem exageros,

que permeia as duas horas de ação (essa sim) exagerada e bem conduzida do começo ao fi m.

O blog da jornalista e comentarista econômica, Miriam Leitão, traz informações sobre economia em geral, produção industrial, crise fi nanceira mundial e PIB. Autora de livros e premiada diversas vezes, Miriam aborda os temas de forma singular e polêmica. Seu blog é bastante interessante pela forma em que visualiza e comenta as situações.

A metodologia da Coleção Esquematizado de Pedro Lenza está agora aplicada em uma Coleção que reúne as mais diversas disciplinas para concursos públicos. No volume de Contabilidade, o leitor vai encontrar temas

como: patrimônio e resultado; escritu-ração contábil; operações fi nanceiras e

instrumentos fi nanceiros; provisões; passivos e ativos contingentes; ope-rações com mercadorias e impostos; balanço patrimonial ativo e passi-vo; demonstração do resultado do exercício (DRE); demonstração das mutações; demonstração dos fl uxos de caixa (DFC), dentre outros.

Autores: Eugenio Montoto Editora: Saraiva

Distribuidora: Paramount Pictures

Distribuidora: EMI

escolhas musicais. Em 2011, a diva voltou com tudo, após 5 anos sem lançar material inédito. “O que você quer saber de verdade” é o seu oitavo disco da carreira com o sucesso da primeira faixa de trabalho uma parceria com Arnaldo Antunes. “Ainda Bem” conta com a participação de Lucio Maia, Pupillo e Dengue (integrantes da Nação Zumbi). O novo trabalho da cantora é, sem dúvida, fantástico.

Dicas

como: patrimônio e resultado; escritu-ração contábil; operações fi nanceiras e

instrumentos fi nanceiros; provisões; passivos e ativos contingentes; ope-rações com mercadorias e impostos; balanço patrimonial ativo e passi-vo; demonstração do resultado do exercício (DRE); demonstração das mutações; demonstração dos fl uxos

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Mural de Fotos

SESCAP em Curso EFD PIS COFINS

14ª CONESCAP

Capacitação Prática e Liderança Coaching

Sorteio Promoção Certificação Digital

Copa SESCAP de futebol

Luau de Natal do SESCAP

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