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História e Tradição Professor Duarte há 30 anos liderando a FUNPEC-RP Ano 1 | Edição 004 | Abril 2013 ISSN: 2317-4331

Revista Ponto & Vírgula - Abril 2013

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Revista Ponto & Vírgula - Abril - Edição 004 Capa: Professor Francisco de Moura Duarte Foto: Aline Olic

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História e TradiçãoProfessor Duarte há 30 anos liderando a FUNPEC-RP

Ano 1 | Edição 004 | Abril 2013ISSN: 2317-4331

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C h e g a m o s , com entusiasmo re-dobrado, à edição de nossa quarta Re-vista Ponto & Vír-gula. O sucesso já garantido das 3 pri-meiras edições nos motiva a continuar na mesma linha de conduta, visando a divulgação da Educação e Cultura, de uma maneira dinâmica.

Nesta edição destacamos o Professor Fran-cisco Moura Duarte, Presidente e Diretor da Fun-dação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto (FUNPEC), que completa 30 anos de fundação.

Como colunistas do mês destacamos a Escri-tora Nely Cyrino de Mello; o Jornalista Matheus Viana; a Professora Lucimara Souza, da cidade de Cravinhos; a Filósofa e Mandalista Marina Elisa Costa Baptista; o Professor e Palindromista Osirez Roriz, da cidade de Curitiba; o Professor de Lite-ratura e Jornalista, Antônio Cassoni; a Locutora da Rádio Educativa FM 87,9 Elza Dias de Souza; o casal de Escritores JC Bridon e Arlete Trentini dos Santos, da cidade de Gaspar/SC; Aline Olic de “Vagas para Moda”de São Paulo e o Cronista Ithamar Vugman.

Todos os nossos colunistas são profissionais de alto nível, fomentadores da Educação e Cultu-ra, não só em Ribeirão Preto e região, mas em todo Brasil. Assim também são todos os anunciantes que aqui divulgam seus produtos.

É com imensa alegria que distribuímos, gra-tuitamente, mais uma edição da “Ponto & Vírgu-la”, a Revista que já é sucesso absoluto em Ribei-rão Preto e que abraça a Educação e a Cultura com muito carinho!

Esperamos que gostem de lê-la tanto quanto gostamos de publicá-la.

ExpEdiEntEDireção Geral: Irene Coimbra - [email protected] • Edição: Ponto & Vírgula Editora e Produtora de Eventos • Dep. Comercial: Paulo ou Irene - (16) 3626-5573 / 9733-2577 • Coordenador Editorial: Francine Muniz (MTb 44.300) • Coordenador de Produção Gráfica: Edmundo Cruz Canado • Diagramação e Arte: Natasha Valera Canado - Rosivaldo Antonio dos Santos • Impressão: São Francisco Gráfica e Editora • Fotografia de capa: Aline Olic • Fotografia: Antônio Carlos Tórtoro, Elza Rossato, Lu Degobbi.Tiragem: 3 mil exemplares.Os artigos assinados são de responsabilidade do autor. A opinião da revista é expressa em editorial.

ÍNDICEEditorial

Abril_2013

| Irene Coimbra | Editora |

04 - Educação e conhecimento A base de uma história

06 - Revisitando o Passado

07 - Reflexões

Reflexões sobre a normalidade

Vou trocá-la por outra!

Olhos que veem, olhos que enxergam

09 - CuRiosidades

O que são Mandalas?

Clarice Lispector Por que ela faz tanto sucesso nas redes sociais?

Palindromia Uma saudável loucura!

Corrigindo nosso Português

13 - Cantinho liteRáRio

Why? Por quê?

O homem que assobiava

14 - Vagas para Moda

15 - Poemas do mês

Acúmulo de Frustração

Lirismo Afim

O Relógio sem Ponteiro

16 - saRau de lançamento Edição 003 - Homenagem à Mulher!

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Educação e conhecimento

“Em um mundo sem livros, não gostaria de vi-ver”, deixa concretizado José Mindlin, membro da Academia Brasileira de Letras que fez de sua vida uma devoção aos livros e formou a maior biblioteca privada do Brasil. A frase serena e ao mesmo tempo cheia de ternura e “asas” fornecidas pela leitura dá sequência ao pensamento do fabuloso escritor Monteiro Lobato: “Que venha o futuro com um país construído em bases sólidas, formado por homens e livros”.

A história do livro no Brasil é recente, tendo sido iniciada por volta de 1808 quando a corte por-tuguesa se transfere para o “novo mundo”. Porém, não se pode deixar de fazer um pequeno retrocesso temporal e destacar Manoel Botelho de Oliveira, o primeiro autor nascido no Brasil a ter uma obra pu-blicada. Embora a coletânea de poemas “Música do Parnaso” tenha sido publicada em Lisboa, Botelho ressaltou com louvor e esmero a variedade de fru-tos e legumes brasileiros no poema À Ilha de Maré, lembrando sempre a inveja que tais delícias tropicais fariam às metrópoles europeias.

Com D. João VI vem o primeiro prelo - de madei-ra e fabricação inglesa -, a Biblioteca Real e se instala

a Imprensa Régia. A imprensa brasileira de então não era sinônimo de liberdade ou de manifestação da opi-nião pública. Era proibida a impressão fora das oficinas da corte e publicava-se apenas o que era autorizado: o que não ofendia o Estado, a religião e os costumes.

O Brasil desta época vivia sob forte influência cultural da França. Nesse contexto, dois nomes se destacam e têm extrema importância para a cultura livresca do país: Laemmert e Garnier. Eram duas ca-sas editoras que importavam muitos livros franceses para uma elite rica e culta. Enquanto essa pequena parcela gozava da mais refinada cultura, o restante dos brasileiros, cerca de 84%, não sabia ler.

Saindo do século XVIII e saltando direto para atualidade do século XXI, é possível detectar que a liberdade de expressão e de imprensa foram bens conquistados por este país sob fortes influências es-trangeiras e antes escravizado. Hoje, brasileiros são livres não só na expressão oral, mas também para informarem e relembrarem, por meios impressos ou eletrônicos, detalhes de um passado no qual se con-figuraram cenários de escravidão, ditadura militar e tantos outros fatos sociais, políticos e econômicos.

A base de uma históriaFrancine Muniz

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“FUNPEC-RP, há trinta anos somando informações e

multiplicando conhecimento”.

No entanto, será que os brasileiros evoluíram suficientemente para entenderem e aceitarem a importância da publicação de livros? Mais do que isso, será que os brasileiros entendem a importân-cia da leitura na formação dos cidadãos?

Em pesquisas realizadas no final de 2009 e iní-cio de 2010 constam que no Brasil são lidos apenas 1,8 livros por ano. Sendo que há países que alcançam a marca de 5, 7, 10 e até 15 livros por ano. O Bra-sil lê pouco e isso já é lugar comum. Primeiro pelo grande contingente de analfabetos – um cenário já configurado no século XVIII – segundo pelo pouco incentivo e promoção da leitura pelos educadores e órgãos competentes.

Na contramão das pesquisas, a Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto (FUNPEC--RP) não se permite abater e segue fiel ao seu ob-jetivo maior de somar informação e multiplicar conhecimento. Historicamente é importante retro-ceder e mencionar a data de 10 de março de 1983 quando, para auxiliar pesquisadores que tinham grandes dificuldades para adquirir equipamentos e produtos químicos para suas pesquisas, um gru-po de professores da Universidade de São Paulo (campus Ribeirão Preto) liderados pelo pesquisa-dor e professor Francisco Alberto de Moura Duar-te, criaram a FUNPEC-RP. Inicialmente, apoiar os pesquisadores da USP era o objetivo mestre e tal finalidade foi imediatamente cumprida, porém, ao longo dos anos outras necessidades e objetivos foram sendo abraçados e agregados.

mento livros de autores renomados como Anníbal Augusto Gama, Júlio José Chiavenato e Mario Cha-mie. E, na literatura a editora coleciona prêmios como: Portugal Telecom, com a obra Horizontes de Esgrimas; dois prêmios Jabuti, com as obras Pauli-ceia Dilacerada e O Futebol como Linguagem; ABL Crítica Literária, com a obra Palavra Inscrita; Progra-ma Nacional do Livro Didático, com a obra Contos e Crônicas do Campo e da Cidade; e Prêmio Literário Rubem Cione de História, Ciência, Literatura e Cul-tura, com a obra Cobras e Lagartos.

As ações do incansável Professor Duarte não param ou se limitam à publicação de livros. A FUNPEC-RP amplia constantemente suas áreas de atuação. No início o foco era incentivo à pes-quisa e publicação de periódico científico, proje-tos altamente especializados e voltados à comu-nidade acadêmico-científica. Aqui, vale abrir pa-rênteses ressaltando que a Genetics and Molecular Research é a revista científica da área de Genética e Biologia Molecular, criada em 2002 e mantida pela FUNPEC-RP, mais indexada da América La-tina. Hoje, em sintonia com as mudanças sociais, econômicas e tecnológicas, a Fundação diversifica suas atividades atuando também na promoção de cursos de formação e especialização, distribuição de produtos biológicos da Peprotech (entidade americana) e administração de projetos - na área científica e afins - associada com instituições de importância tal como Petrobrás.

Para muitos, a visão “multi” do Professor Duarte soa como paradoxal, mas o compromisso de suas ações, a seriedade e responsabilidade da Fundação não abrem lacunas para conflitos. Um dos pilares da FUNPEC-RP é identificar carências da comunidade e buscar soluções simples e palpá-veis. A Fundação, em concordância com a filosofia de seu fundador, acredita que lazer e bem estar caminham juntos na aquisição de conhecimento e enriquecimento cultural e por isso investe em to-das as áreas que possam propiciar condições favo-ráveis de convívio e interação social.

A FUNPEC-RP, liderada ao longo dos seus 30 anos pelo professor, pesquisador e editor Francisco Moura Duarte - Professor Duarte, como é conhecido - retrata com maestria o termo “homem de ação” e não se intimida com a dura realidade brasileira de pouca leitura e incentivo à educação. Costuma-se dizer que o respeitado editor é um homem de per-sistência e “faro” para obras de qualidade.

O primeiro livro editado pela Fundação foi o técnico-científico Laboratory Animal Studies in Quest of Health and Knowledge, publicado em 18 de novembro de 1986. Muitos livros científicos foram editados pela FUNPEC Editora (denomin-ção da área mantida para os fins de editoração da FUNPEC-RP) desde então.

Instada por escritores locais e regionais a FUNPEC Editora decide apoiá-los, passando a pu-blicar também ficção e literatura, tendo neste seg-

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Apertou o pino para calar o despertador de campainhas e, ainda sonolento, enfiou os pés nas alpargatas a fim de

atravessar o longo corredor encerado em direção ao banheiro.

Pincelou a garganta com Colubiazol, que quase literalmente tirava com a mão a inflamação. A pele ainda rescendia a Vick Vaporub que a esposa lhe aplicara na véspera.

Preparou a espuma na cumbuquinha de inox e barbeou-se com a navalha afiada. Escovou os dentes com o dentifrício Kolinos, enxugou o rosto com uma fralda Johnson, passou Quinapetróleo nos cabelos e Lisoform nas axilas.

Vestiu-se apressadamente, engoliu uma xícara de leite com Vimaltema e saiu sem acordar ninguém.

Entrou no seu D.K.W. e rumou para a redação.- Olá, meu chapa. Chegou cedo hoje, hein?- Preciso escrever aquela matéria até amanhã.Tirou a capa de sua Olivetti, datilografou e

amassou várias páginas.Nervoso, derramou café na calça de tergal e a

lavou com sabonete Lever (o das estrelas).À hora do almoço, lembrou-se da encomenda

da mulher: creme Ponds, Modess e Cibalena para

RevisitandoNely Cyrino de Mello

cólicas. Entrou na farmácia e aproveitou para comprar pílulas de vida do Dr. Ross, Minâncora para as espinhas do filho e pó-de-arroz tabu para a filha.

Sua colega passou com sacola do Mappin.- Olá, Hedylamar, também fez compras?- Sim, uma anágua, cinta-liga e creme Rinse

para os cabelos.Ah, que raiva sentia das tais cintas. As ligas

eram tão mais românticas!Terminou o artigo, tirou algumas cópias no

mimeógrafo e as guardou no arquivo de aço.Voltou mais cedo para casa, apanhando os

filhos no ponto do bonde.Tomou um relaxante banho de emersão,

colocou um LP na vitrola Hí Fi, preparou um Cuba Libre e, cansado, cochilou na cadeira ouvindo Dolores Duran.

Acordou com um cafuné: - Querido, dormiu sobre o computador.

Foi então que viu os netos com seus tablets, iphones e video games.

- Puxa, gente, viajei ao passado.- Depois você conta. Agora venha jantar e

amanhã termina o artigo para a revista “Ponto e Vírgula”.

Passadoo

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rEflExõEs

O que é normalidade? O que é normal? A tentativa de responder tais questões tem gerado, ao longo da história, teses

e livros, além de um interminável debate. Minha proposta, no entanto, é modesta. É consenso que para definirmos se algo é normal, devemos ter como parâmetro um padrão de normalidade. Eu, por exemplo, tenho um corpo anormal. Pois ele é bastante diferente do padrão estabelecido pela ortopedia.

A simples necessidade de se estabelecer normalidades para a vida em sociedade é reflexo da existência de uma normalidade soberana. O filósofo alemão Immanuel Kant definiu a existência de uma “Lei ética” como fruto da razão humana. C.S Lewis, por outro lado, preconizou que quando dizemos que uma pessoa errou ao agir de determinada forma conosco, tal afirmação está pautada pelo senso de certo e errado. Pois, sem ele, nunca chegaríamos a esta conclusão pelo fato de o conceito de errado – hipoteticamente - não existir. Lewis o denomina como “Lei Moral”.

O mesmo princípio se aplica à normalidade. Tentamos definir o que é normal e o que é anormal em virtude da existência da “Lei da normalidade”. Esta lei, para Aristóteles, era pautada pela lógica. Se algo é “A” (princípio da identidade), não pode

Reflexões sobre a normalidadeMatheus Viana

ser “B” (princípio da não-contradição) e vice-versa. Já para Hegel, o normal era a síntese do confronto entre tese (A) e antítese (B). Ou seja, o normal só poderia ser definido como tal após passar pelo processo dialético. Algo considerado normal (tese) teria que ser confrontado com algo considerado anormal (antítese). E desta experiência o verdadeiramente “normal” surgiria. Este é o enredo do pós-modernismo vigente.

O padrão de normalidade foi estabelecido ao homem no princípio de sua existência. Existimos porque ele existe. Mas o ser humano deixou sua razão ser influenciada de modo a desejar o anormal.

O resultado não poderia ser diferente: a anormalidade existencial veio à tona. A existência humana está fadada a ela. É sobre este drama que envolve a humanidade que analisaremos em outras oportunidades.

Foi com voz firme e decidida, disfarçando um pequeno remorso, que lhe comuniquei: vou trocá-la por outra. Lamurienta, ela me perguntou por que eu ia abandoná-la. Por que, mais uma vez, ia trocá-la por outra. Ela tem certa razão em reclamar. Era nova quando nos encontramos pela primeira vez. Sempre me foi fiel. Nunca andou com outro. Sempre está a minha espera. Sempre pronta para me

Ithamar Vugman

Vou trocá-la por outra!receber. Bonita e cheirosa. Quando a procuro, fica juntinho de mim. Me abraça. Aconchega. Protege do vento, do sol e do frio. Não tenho do que me queixar. Gosto dela. Entretanto, preciso admitir, sou inconstante. Não lhe sou fiel. Não sei dizer quantas vezes já a troquei por outras. Mas sempre volto para seus braços. Apesar de tantas traições, quando a procuro recebe-me de braços abertos, sem queixas nem recriminações. Mas fui inflexível. Abandonei-a. Ela estava suada e suja. Impiedosamente e sem qualquer hesitação, coloquei-a no cesto de roupa suja.

Vesti outra camisa, limpa e cheirosa. Que me abraçou carinhosamente.

parabolasnormalidade.blogspot.com

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Segunda-feira de trânsito caótico no centro de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

A pé, corro como todas as outras pessoas, sem entender a necessidade daquilo, vi-vendo uma loucura escravizante, própria do ho-mem pós-moderno. De repente, puxo meu freio e penso alto, convicta:

- Não! Eu não sou assim! Eu não tenho pres-sa. Escolho saborear o presente, sem desperdiçar minha vida.

Foi o minuto em que vi um jovem casal e uma criança. Os três de mãos dadas. Sorrisos em sinto-nia. Simples. Eu posicionava-me do lado oposto da rua, aguardando o sinal verde pra prosseguir mais lentamente agora.

A cena fisgou minha atenção. O menino era a cara da mãe. O casal, cego. Ele de óculos escuros, na mão direita uma bengala de metal. Ela, no auge dos aparentes 35, cabelos longos, saia de cintura alta, esbelta. A expressão facial a diferenciava de todos os deficientes visuais que eu já vira na vida. A criança, de não mais que 10 anos, era o guia.

O semáforo ofereceu-me passagem, conser-vei-me imóvel. Só pude seguir, cheia de sentimen-to, a travessia dos três.

Aproximaram-se de mim. Olhei para o garo-to. Ele me sorriu um bom dia pleno de ternura. Quase desmontei! Respondi ao cumprimento, e meu coração inflou-se de contentamento.

Olhos que veem,olhos que enxergamLucimara Souza

Agarrado no braço da mãe, e esta no do pai, os três seguiram. Virei-me e, com o olhar, esperei que dobrassem à direita na esquina seguinte.

Uma luz fulgurante imitava aqueles passos. Era bonito de se ver. O menino falava, gesticulava, cuidava para que os pais não tropeçassem. O casal ria em alto tom, despreocupado.

Ao meu redor, os transeuntes continuavam sua corrida contra o tempo. Aquele grandioso es-petáculo da vida passou despercebido. Lamentei. Diante de mim, uma cena emocionante. A alegria daquelas pessoas simples era contagiante. E não eram simples pessoas.

Aguardando para atravessar a rua, eu implo-rava o perdão divino, envergonhada por ora recla-mar de um grau e meio de miopia.

A inocência de riso terno era dona de uma ca-pacidade admirável de ser os olhos dos pais, além dos próprios olhos. Dona da capacidade de ser hu-mana, de ser solidária e, indiscutivelmente, feliz.

Vivi instantes de profunda reflexão. Minu-tos que me fizeram, naquela segunda-feira, pegar uma agenda e rascunhar minha impressão, pouco tempo depois. Minutos que ficaram eternizados aqui, dentro de mim.

Nossos olhos precisam ver e enxergar. A be-leza da vida está atravessando na nossa frente e não estamos enxergando! Nossa alma e nosso co-ração estão cegos. A gente corre, enlouquece, can-sa... Quando chegar a hora de ir embora, talvez seja tarde pra choro ou arrependimento.

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A expressão mandala provém de uma palavra da língua sânscrita, e significa, literalmente, um círculo, ainda que também (como

composto de manda = essência e la = conteúdo) seja entendida como “o que contém a essência” ou “a esfera da essência” ou ainda “o círculo da essência”.

Refere-se a uma figura geométrica em que o círculo está circunscrito em um quadro ou o quadrado em um círculo. Parece irradiada do centro ou se move para dentro dele, dependendo da perspectiva do indivíduo.

É utilizada de modo esquemático e, ao mesmo tempo, pode ser entendida em certas tradições religiosas como um resumo da manifestação espacial do divino, uma “imagem do Mundo”.

C. G. Jung assim se expressa sobre a mandala: “no âmbito dos costumes religiosos e da Psicologia, designa imagens circulares que são desenhadas, pintadas, configuradas plasticamente, ou danças”.

Este autor recorre à imagem da mandala para designar uma representação simbólica da psique, cuja essência nos é desconhecida. Observou que essas imagens são utilizadas para consolidar o mundo interior e para favorecer a meditação em profundidade.

Entre as representações do Self, quase sempre encontramos a imagem dos quatro cantos do Mundo, com um centro de um círculo dividido em quatro.

Universalmente a mandala é o símbolo da totalidade, da integração e da harmonia.

Ela pode ser utilizada na decoração de ambientes, na arquitetura, ou como instrumento

CuriosidadEs

O que são Mandalas?

para o desenvolvimento pessoal e espiritual. A mandala restabelece a saúde interior e

exterior. Podemos usá-la para a cura emocional, que

refletirá positivamente em nosso estado físico, e assim ficaremos com mais saúde e vigor.

Também podemos utilizá-la para a cura de ambientes, como o familiar e o de trabalho, ou para preparar um espaço especial, onde você irá meditar ou fazer sessões de cura.

A mandala atua no aspecto físico, emocional e energético.

No aspecto físico, promove o bem-estar, o relaxamento e a prevenção do estresse. Emocionalmente, pode trabalhar conteúdos oriundos de emoções antigas, atuais ou futuras, pois sinaliza aqueles que irão emergir.

No aspecto energético, ela ativa, energiza e irradia, harmonizando ambientes físico ou pessoal carregados negativamente, ou aura de sofrimento e tristeza. Ainda energeticamente, pode levar a pessoa a contatos com dimensões supra conscientes e ao encontro de um caminho espiritual.

Neste sentido mandala foi, e ainda é, muito utilizada para a meditação e para o desenvolvimento e a ampliação da consciência.

A verdade é que as Mandalas encerram em si uma força incrível para nos levar na nossa infinita jornada de “volta para casa.”

Marina Elisa Costa Baptista

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Filósofa e mandalista

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A Literatura mundial é pródiga em ricas personagens femininas, criadas por escritores geniais.

Leitores contumazes, especialmente de fic-ção, vão se lembrar de Penélope, Beatrice Portinari, Dulcinea Del Toboso, Marguerite Gautier, Ema Bova-ry, Ana Karenina, Lolita, Ursula Iguarán, Blimunda e de Capitu que, por ser criação de autor nacional, será sempre mais lembrada por todos nós leitores brasileiros.

São personagens femininas marcantes da Li-teratura universal de várias épocas e estilos que imortalizaram seus criadores. São tantas que é simplesmente impossível nomeá-las. Elas estão nas narrativas clássicas das tragédias, em poemas épicos, líricos, em romances históricos, indianis-tas, urbanos, em romances naturalistas, realistas, modernos, até mesmo em narrativas de nossos dias atuais.

Algumas dessas inesquecíveis personagens acabaram sendo transportadas para a produção cinematográfica com excepcional e incontestável sucesso. Trazem todas um denominador comum: nasceram da pena de escritores como Homero, Dante Alighieri, Shakespeare, Cervantes, Dumas Fi-lho, Flaubert, Dostoiévski, Machado, Virginia Woolf, Nabokov, Garcia Marquez, Saramago.

Dentre esses fenomenais criadores e criadoras de inesquecíveis perfis femininos, uma merece es-pecial atenção por sua posição de destaque na lite-ratura nacional, a originalíssima Clarice Lispector.

Outrora rotulada de autora hermética ou de estilo de difícil acesso e compreensão, de produ-tora de uma literatura para iluminados e eleitos, um leitor superior, para ser lida por especialistas, trans-formou-se, por incrível que pareça, em autora das mais replicadas na Internet, transformando-se em fenômeno pop.

A título de curiosidade, sua fanpage no Fa-cebook tinha, em março de 2012, mais de 160 mil

Antonio Cassoni

seguidores. Roberto Carlos tinha cerca de 16 mil. Uma das explicações para esse fenômeno é

o fato de Clarice ter a capacidade “de fazer em poucas palavras sínteses de situações humanas complexas”, prato cheio para usuários da web, os internautas.

Nádia Batella Gotlib, professora da USP e competente biógrafa de Clarice, afirma que “os textos dela tocam em aspectos importantes da condição humana, mergulham naquilo que temos de melhor e de pior no campo das relações pes-soais, afetivas, sentimentais e dos valores éticos”.

Outra professora da USP, Yudith Rosem-baum, autora do perfil Metamorfoses do Mal – uma leitura de Clarice Lispector, assevera que “as pessoas gostam de máximas e Clarice tinha mesmo essas frases sentenciosas”.

Importante salientar que Clarice abriu as portas da nossa literatura para a perspectiva fe-minina (Clarice, feminista?), dando voz a perso-nagens femininas transgressoras até então igno-radas pela produção literária nacional. A título de exemplo, lembro-me da personagem Ana, do conto “Amor”, em Laços de Família, 13 narrativas que tematizam os conflitos da vida familiar e seus inevitáveis desdobramentos. Ou de Laura , de “A Imitação da Rosa”, ou de Joana de “Perto do Cora-ção Selvagem”.

Clarice é única, inconfundível, originalíssima. Seus textos não se esgotam na primeira leitura. É uma autora para ser lida e relida com apurada observação e análise, sempre. Mulheres leitoras encontrarão nela um sensível enriquecimento do universo feminino e nós homens entenderemos melhor nosso discurso patriarcal que tanto sufoca nossa vida familiar.

Você leitor, certamente não será o mesmo depois de tomar contato com a preciosa obra de Clarice. Experimente. Que tal começar por seus contos?

Clarice LispectorPor que ela faz tanto sucesso nas redes sociais?

Professor de Literatura e Jornalista

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Osiris Roriz, curitibano, “nascido na Praça Garibaldi” há mais de 60 anos, é professor de Matemática e Palindro-

mista, aquele que se ocupa com os Palíndromos, que são palavras, frases ou textos, que, permane-cem rigorosamente iguais, quando lidos ao con-trário, isto é, direita para a esquerda, tal a pequena frase: ROMA É AMOR, que lendo-a, ao contrário, isto é, do fim para o começo, a frase não muda.

Comenta Roriz, que foi num antigo exemplar do Almanaque Biotônico Fontoura, que tomou conhecimento daquele que é tido como o mais antigo palíndromo da língua portuguesa, que é: ROMA ME TEM AMOR”.

Segundo ele, aquilo o marcou e de uns 15 anos para cá, começou a pesquisar sobre palín-dromos e palindromia, e em paralelo também foi criando seus próprios palíndromos. Já deve ter es-crito cerca de 4000 palíndromos, entre frases, tex-tos curtos, ditos espirituosos, sentenças de baixo calão e até um poema palindrômico.

Passou a adotar o heterônimo Ziro RoriZ, para seus escritos e textos palindrômicos, quando já era autor de uns 500 palíndromos, pois foi quando se deu conta de que seu apelido de infância e em fa-mília, ZIRO, com seu sobrenome civil RORIZ, re-sultava em palíndromo, o que o permite afirmar que é um palindromista legítimo e de nascença.

Ziro RoriZ explica que “encontra” palíndro-mos o tempo todo e em qualquer lugar, seja olhan-do para uma placa da rua, lendo um livro, numa manchete de jornal, e até mesmo com o nome das pessoas.

PalindromiaUma saudável loucura!

Roriz criou dois tipos novos de palindromia: os palíndromos duplos, onde ocorrem duas frases diferentes. Uma que lida normalmente (da esquer-da para direita) poderá ser algo insosso, comum ou até mesmo sem sentido, porém lendo-a palin-dromicamente, isto é, da direita para a esquerda se tem outra frase, bem mais picante, ou, inte-ressante, às vezes de mau gosto, ou, até mesmo escatológica e a outra os palíndromos circulares, várias frases que colocadas em formato circular, a letra final da frase anterior é a letra inicial da frase seguinte, e todas as frases são palindrômicas.

Ziro RoriZ informa que sua mais desafiante empreitada, foi há 5 anos, quando da criação do “maior palíndromo da Língua Portuguesa”, com 286 palavras, sem contar as 11 do título, também um palíndromo, que tem o título de: É NA TRO-PA DO AVÔ NOVO NO VÃO DA PORTA NÉ.

O palindromista Ziro RoriZ, procura apoio, ou, uma editora que tope encarar a publicação de seu livro de palíndromos que já conta com mais de 400 páginas. É algo muito diferente de tudo o que se tem publicado desde Gutenberg.

Seu livro é de humor puro, uma divertida brincadeira com as palavras, diz ele.

Osiris Rorizwww.recantodasletras.com.br

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Em certas ruas ou lojas em reforma encontramos lá:Desculpe o transtorno. (errado)O transtorno não desculpa ninguém.Desculpe-nos pelo transtorno. (correto)

Você tem um futuro todo pela frente. (errado)Alguém já viu futuro para trás?Você tem um futuro lindo etc. (correto)

Há 5 anos atrás. (errado).O (a) com H (agá) indica tempo passado.Há 5 anos, há 2 anos etc. (correto)

Que dia é hoje ? Hoje é 10 ou 2 ou 5. (errado)Hoje são 10 ou hoje é dia 10. (correto)

Hoje estou meia doente. (errado) Meia doente é metade doente a outra metade não.Estou meio doente quer dizer que estou um pouco doente (correto)

Corrigindo nosso Português

Rádio Educativa FM 87,9

Assisti o jogo. (errado)*Você assistiu ao jogo. (correto)O verbo assistir (= ver) exige a preposição a: Assis-ti ao programa. Assisti ao filme: Assisti ao futebol. O verbo assistir no sentido de socorrer é o: O mé-dico assistiu o paciente.

Elza Dias de Souza

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Eu conheci um homem que estava sempre feliz. Ele assobiava o dia todo.

Quando amanhecia o dia, lá estava ele assobiando.

Ia para o trabalho assobiando e, quando estava voltando, a família e os vizinhos de longe o escutavam.

Firim... fim... fim... firim... fim... fim... E assobiava assim.

Quando cuidava do jardim, era só “firinfinfim”.

Quando passeava com o cachorro tinha mais “firinfinfim”.

Ele deixava todo mundo alegre com este jeito de ser.

Eu gostei de conhecer um homem alegre assim. Vou me lembrar para sempre do Sr. FIRINFINFIM.

Milhares de vezes, esta pergunta aparece como forma de atenuar uma dor, ou então, para tentar esconder aquilo que não gostamos e não desejamos.

Será que esta pergunta não reflete exatamente nosso estado de espírito, por não conseguirmos encontrar respostas para tantos questionamentos?

Será que perder um ente querido nos coloca na defensiva e nos tenta desviar do verdadeiro caminho, que fica nos jogando contra nossos próprios sentimentos e nossas crenças?

Esta pergunta, feita milhares de vezes ao dia, tem demonstrado a pouca fé de conhecimentos que o ser humano tem sobre a vida e sobre seu próprio destino. Por este motivo ficamos nos questionando: Por quê? Por quê? Por quê?

Tantos por quês podem prejudicar nosso crescimento e nos isolar num mundo que desejaríamos conhecer, mesmo vivendo atrás de respostas que jamais encontraremos.

J.C. Bridon (2012).Why? Por quê?1 ed. Literarte.À venda na BookStoreFone: 3911-5051

Arlete Trentini dos Santos (2010).Histórias da Vovó Arlete

1 ed. Nova Letra.À venda na BookStore

Fone: 3911-5051

O homem que assobiava

Cantinho litEráriodE Bridon E arlEtE

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Eu não nasci com a certeza de o que seria quando crescesse. Na verdade, acho o máximo quando escuto que

alguém sempre quis ser médico, desde que era pequenino. Ou bailarina ou professor. Sempre quis tanto ser tanta coisa! Quando chegou a minha hora de escolher o meu futuro - como dizem no final do Ensino Médio, na escolha de um curso de faculdade - resolvi fazer História. De repente eu seria tão boa que daria entrevistas para o History Channel e participaria de documentários do Discovery Channel. Mas logo depois resolvi que faria Publicidade, mas ah, e Jornalismo? Não! Turismo era a minha cara. Bem, talvez Hotelaria fosse mais, mas Artes Cênicas? Eu adorava participar dos teatros do colégio. Fui fazer Direito. Fiz! Fiz durante duas semanas! Mudei pra Letras. Nesse me mantive firme e forte... firme e forte durante longos seis meses. Passei pelo cursinho (três meses) e caí em Moda. “Mas Moda é coisa de gente fútil”, alguém me disse. “Não é”, retruquei. Ou é? Pensei sozinha, escondida lá dentro de mim, logo embaixo de todos os cursos que comecei e deixei de lado. Bem, eu precisava terminar um curso e Moda não era tão difícil assim. Precisava desenhar... mas eu não era muito boa nisso. Precisava saber criar! Eu até criava, mas só na minha cabeça. Precisava saber de Marketing. Opa! Aí comecei a ver alguma vantagem. E estudava Cultura Brasileira. Morri de amores. De repente apareceu História do Design, da Indumentária, da Arte... Era muita coisa linda, em um curso só. Decidi que amava Moda, mas então começaram a aparecer as pessoas. Gente que dizia amar Moda, mas só falava de saber comprar, comprar e comprar. Gente que só falava (e só sabia) sobre o que era Moda hoje e o que não era e como

fulano era “brega”. Lembro que uma das minhas professoras mais queridas da faculdade disse uma vez: “Não usem a palavra brega!” Eu sempre pensei nisso e sempre cortei a mim mesma quando essa palavra queria gritar do meu eu. Depois de pensar, eu chegara a uma conclusão de que talvez o “brega” não existisse e brega mesmo era quem achava pessoa X “brega”.

Diariamente entro em confronto comigo mesma “Por que fiz esse curso? Por que não fiz Engenharia? Enfermagem?” Mas de repente, eu lembro o porquê.

Gostei da faculdade, do curso, mas uma certa preguiça do “povo da Moda” me aporrinha. E ver SPFW me dá preguiça e não inspiração, como os outros dizem. Ver o que vai usar no Outuno/Inverno 2014 me deixa desesperada e não ansiosa pra comprar logo.

Hoje eu sei que sou apaixonada por Moda e pelo que ela significa. A História, o Comportamento. E não pela Moda vendida na passarela de Milão a São Paulo.

Deixo o “povo da Moda” pra trás e vou acreditando na Moda que, pra mim, vale a pena.

VAGAS MODAPARAAline Olic

www.vagasparamoda.com.br

Aline Olic - Pós graduada pela FGV emAdministração de Empresas

Page 15: Revista Ponto & Vírgula - Abril 2013

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poEmas do mês

Como interagir-me com tais palavras?

A dor de um desafeto é a dor maior.

Frases disparadas com alta impertinência.

Confusão mental?Ou sentimentos esmagadores?

Não soube digerir o que ouvira.Fiquei perplexa.

A incoerência e o abuso daquela hora presente fez-me

desaparecer o chão. Senti que flutuava...

Quando voltei à lucidezpercebi que algo em mim

morrera.

Preocupar-me com quê epor quem?!

Olhei para o passado...Em qual esquina deveria eu ter

parado,se há muito eu já devia estar

morta?Quais as forças que me

sustentam aindaneste pequeno e imundo

espaço?Aguardo o cair de cada tarde

sem preocupar-me nem com o quê nem com quem.

O relógionão compreende

o tempo,não decifra

as horas, não conhece a noite,

nunca viu o dia.

E a noite nunca soube do dia

porque o dia, tímido como é,

esconde o seu brilho ao se apresentar tarde a noite.

Tic tacTic tacTic tac

Acúmulo de Frustração

O Relógio sem Ponteiro

Thereza Freirez

Fernando de OliveiraCláudio

Do seu sorriso,Depende a esperança de um

amigo,Depende a minha felicidade

completa,Depende um novo dia de amor

a viver.

Do seu olhar,Depende a união de nossos

olhos,Depende o despertar de uma

nova vida,Depende um único caminho a

seguir.

De suas palavras,Depende, quem sabe, outras

poesias,Depende novos dias de alegrias,

Depende nosso lirismo afim.

Do seu jeito,Depende uma eterna amizade,

Depende um amor infinito,Depende uma alegria para ame-

nizar a dor.

Do seu amor,Depende uma nova noite,

Depende uma linda estrela,Depende a luz do luar e o sol a

raiar,Depende o desabrochar da flor.

Do seu amado coração,Depende um amor sem medo,Depende uma nova primavera,

Depende um novo encontro,Depende a nossa espera...

Com perdão...

Lirismo Afim

Luzia Madalena Granato

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Dia 16 de março de 2013, tivemos mais um Sarau de lançamento da Revista “Ponto & Vírgu-la” - Edição 003, e uma Homenagem à Mulher, no Hotel Nacional da Rua Duque de Caxias, 1313 - Ribeirão Preto.

A parte musical foi abrilhantada pelo Pia-nista Gustavo Molinari e o Cantor Seresteiro, Le-andro Silva. Tivemos também a participação da jovem Janaína Oliveira Rodrigues, (violino) acom-

Sarau de Lançamento daEdição 003 - Homenagem à Mulher!

panhada pela avó, a multi-instrumentista Ed Le-mos (teclado) e José Roberto (violão). Janaína foi revelação no Sarau do mês de fevereiro quando se apresentou também com a família Lemos.

A parte literária foi abrilhantada pelos nossos escritores, poetas e declamadores locais e regio-nais. Uma noite de pura magia!!! Tudo foi grava-do e apresentado no programa “Ponto & Vírgula” na TVRP dia 21 de março de 2013.

Denise Jacometti e Nely Cyrino de Mello Maria Apda R. Garofato (Gaiô)

Luzia, Fatima e Giovana

Maria Teresa, Gerson, Priscila e André

Irene Coimbra e Sílvia Helena Uzun

José Roberto, Janaína Rodrigues e Ed Lemos

Luiz Antônio e Esposa

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Revista “Ponto & Vírgula”Dr. Carlos Roberto Ferriani

Leandro Silva e Nely

Leandro Silva e Gustavo Molinari

Ivan Coimbra de Oliveira

Lu Degobbi e Antônio Carlos Tórtoro

Natan Ferraro, Irene Coimbra eFrancine Rodrigues

Antonio Ventura, Débora e Toninho

Lucia Maria Feitosa Tasso,Heloísa Crosio e Lucia Grazy

Irene Coimbra

Ithamar Vugman e RosaRita Mourão e Filha

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Regina, Andrea, Marcos e Marisa

Edson, Nely, Marlene,Heloisa e Aldair Belkiss e Regina Leandro e Irene

Sílvia, Lucília e Wilma Irene e Francine

Vinícius, Manuela, Ângela e Manoel

Poeta Toledo

Dr. Ithamar

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