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Revista Porta do Sol - Edição 157

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Revista 157

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Editorial

EXPEDIENTE: A Revista Porta do Sol é uma publicação bimensal da APAPS - Associação dos Proprietários Amigos da Porta do Sol. É enviada gratuitamente pelos Correios para os proprietários do Residencial Porta do Sol.A versão eletrônica da Revista está disponível no site da APAPS: www.portasol.com.br • APAPS - Rodovia Castelo Branco, Km 63,5 - Porta do Sol - 18120-000 - Mairinque (SP) - [email protected] - Fone: 11 4246-6464.Direção editorial: Diretoria de Marketing APAPS • Diretor responsável: Renzo Bernacchi Coordenação e produção editorial: Newww.comm Comunicação Integrada - 15 3011.4599 - www.newww.com.br Jornalista responsável: Andréa Cambuim • Edição: Glauciane Castro (Mtb 34.491)Editoração eletrônica: Daniel Guedes (Mtb 33.657) • Foto capa: Rita ValentePublicidade: Alan Carvalho (15) 3011.4599 / 9115.2126 • email: [email protected]

O mês de agosto foi gratificante para todos nós, da Porta do Sol: conseguimos embar-gar as obras do Empreendimento Catarina,

forçando os empreendedores ao cumprimento de todas as exigências legais.

Obter o embargo da construção do aeroporto não é apenas uma vitória ambiental ou uma vitória individual - isso vai garantir os nossos direitos! E mais, esta vitória é a oportunidade que temos para mostrar a todos os descren-tes que o Judiciário existe e está presente.

A luta não acabou, mas temos um bom começo! Fize-mos uma audiência pública com a presença significativa de 160 pessoas. Todas estavam interessadas em discutir, entender e opinar sobre o tema.

Uma coisa que ouvi de uma vizinha nossa do Residen-cial me sensibilizou muito: com palavras mais bonitas do que as que escrevo agora, ela comentou que a sua presen-ça e a presença de todos ali era fundamental, pois cada pessoa naquela sala fazia a diferença. Eu creio que nós de-vemos lutar para que os nossos direitos sejam respeitados; juntos teremos muito mais possibilidades de alcançarmos a vitória!

Além disso, esta edição da Revista Porta do Sol destaca as vantagens e motivações que levaram muitos de nós a sair de uma grande metrópole para estabelecer moradia numa área tranquila e estritamente residencial, como a nossa. São muitos os casos e espero fortemente que inspi-rem outros associados a seguirem este caminho.

Boa Leitura!

Renzo BernacchiPresidente da Diretoria Executiva da APAPS

Associação dos Proprietários Amigos da Porta do Sol

Primeiravitória

/ Nesta edição

4 OBRASReformas e construção da nova sede da APAPS e ruas asfaltadas

CLUBE E SOCIALFesta da Primavera trouxe boa música, arte e cultura

SEGURANÇARiscos de incêndio ameaçam o equilíbrio ambiental13

14

NEGÓCIOSExplosão imobiliária atrai cada vez mais compradores para a nossa região6ECO-DICASA casa sustentável é funcional no momento em que todos os moradores estão focados nas alterações de atitudes8BICHO DA GENTERatão do banhado: o solitário do lago9CAPAA realização de um sonho.Um novo estilo: trabalhosomado à qualidade de vida10

CONVÊNIODiretoria da Porta do Sol oficializou o convênio entre nosso Viveiro e o Departamento de Meio Ambiente de Mairinque

17NOSSAS RUASMartins Fontes: É considerado um dos melhores trovadores de sua geração18

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POR ANDRÉA CAMBUIM

Obras

Depois de cumpridas as obras de pavimentação, o departamento de ma-nutenção do Residencial

terá mais desafios: ampliação da sede administrativa da APAPS, cons-trução do banheiro social e salão do conselho.

As obras foram divididas em três etapas, segundo o gerente geral da Porta do Sol, Eduardo Messias. A primeira está concentrada na cons-trução de banheiros mais espaçosos e também para pessoas com neces-sidades especiais. “As conclusões estão previstas para este mês de setembro, pois é importante que fiquem prontos o mais breve possí-vel”, informa Messias.

Assim que os banheiros estiverem

empresa contratada”, relata o gerente.Por fim, e na sequência, será cons-

truída a nova sede administrativa da APAPS, que deve estar pronta até o início de 2014. “Com a nova sede, tere-mos melhores condições para atender ao público e, além disso, a conclusão da obra proporcionará melhor qualida-de de trabalho para os funcionários”, acrescenta Renzo Bernacchi, presiden-te da APAPS.

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Reformas e construção da nova sede da APAPSAs obras trarão melhores condições para atendimento ao público

Ele também informa que será possí-vel aproveitar as instalações onde está atualmente locada a administração. “Decidiremos posteriormente, através de uma reunião com o conselho, como será usada a atual sede quando a nova estiver pronta”, finaliza Bernacchi.

Todas as obras serão realizadas pela empresa P&S Engenharia e fiscalizadas pelo departamento de obras e manu-tenção da Porta do Sol.

A PRIMEIRA etapa da obra

está concentrada na construção de banheiros

mais espaçosos e também para

pessoas com necessidades

especiais

finalizados, será dada a largada na obra do salão social. “Como este serviço será tratado de for-ma independente, demos um prazo de 60 dias para que seja concluído pela

As obras previstas dentro do Residencial estão a todo vapor e devem estar prontas até o início do

ano. O cronograma de pavimenta-ção está sendo cumprido e as melho-rias podem ser facilmente observadas.

Segundo Thiago Botti, engenhei-ro e responsável pelas obras e ma-nutenções da Porta do Sol, antes de aplicarem o asfalto foram realizados procedimentos para que não ocorram problemas como no escoamento.

“Executamos serviços de infraes-trutura antes e a drenagem pluvial foi essencial”, explica.

Foram minimizados desníveis e ondulações em algumas ruas e, em outras, se fez necessário refazer as en-tradas de carros. “A incompatibilidade de nível com o novo leito da rua nos obrigou a restaurar algumas entradas de automóveis para que ficassem cor-retas”, afirma Botti.

A pavimentação contemplou as seguintes ruas: Carlos Laet, Júlio Ri-beiro, Catulo Cearense, Faisão, Antô-

As obras de asfaltoAs pavimentações das ruas estão dentro do planejamento e trazem melhorias para a Porta do Sol

DOIS pontos da rua Carlos

Laet

nio Salles, Ozório Duque Estrada, Luís Guimarães Júnior, Pintassilgo e Alva-renga Peixoto.

PAVIMENTAÇÃOtrouxe melhoria para a

rua Júlio Ribeiro

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NegóciosPOR ANDRÉA CAMBUIM

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: Rita

Val

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Os ânimos estão aque-cidos quando o assun-to é a compra de um imóvel. O setor vem crescendo com os in-

centivos, auxílio do governo e a estabilidade econômica. Ao longo dos anos, a renda mínima necessária para se adquirir um financiamento imobiliário foi reduzida, proporcio-nando facilidades na hora da compra.

O boom dos negócios atrai cada vez mais compradores para a nossa região

Há cinco anos, o salário mínimo era metade do que é hoje e não ha-via qualquer incentivo ou condição macroeconômica para uma política de crédito imobiliário: era necessária uma renda familiar de, pelo menos, 15 salários mínimos para aquisição de um imóvel.

Hoje, as condições estão bem mais favoráveis para a classe média brasi-leira. Com uma renda familiar de ape-nas cinco salários mínimos é possível realizar um financiamento imobiliá-rio. “O mercado está aquecido, cres-cente e a tendência é que continue assim nos próximos anos”, descreve a diretora Jurídica da Prefeitura de Mai-rinque, Ana Regina Guimarães.

A redução das taxas de juros dos últimos anos fez com que uma gran-

de parcela da população tivesse acesso ao crédito e isso vem pro-porcionando um forte crescimento e maior poder de compra para a área imobiliária. Existem, porém, vários cuidados que devem ser tomados quando o assunto é a compra de um imóvel para não transformar o sonho em pesadelo. “Antes de fechar um negócio desta dimensão, é necessá-rio que o comprador faça algumas pesquisas para não concluir um mau negócio”, alerta Ana Regina.

Quando a compra é decidida, a localização e a qualidade de vida são fatores a se considerar antes de bater o martelo. Com isso, os loteamentos e as casas à beira da Rodovia Caste-lo Branco têm levado vantagem. “A Porta do Sol foi um dos primeiros

loteamentos desse tipo: no início os lotes eram bem baratos, mas nos úl-timos cinco anos podemos dizer que ocorreu uma valorização de, aproxi-madamente, 25%”, comenta Renzo Bernacchi, presidente da APAPS.

Cuidados na hora da compra

Para garantir que não haja proble-ma no futuro, um importante passo antes de realizar a compra de uma casa ou terreno é consultar o cartório de imóveis. “O comprador também deve buscar, junto à Prefeitura da cida-de, uma certidão negativa de débito”, recomenda Ana Regina Guimarães. “Isso evita que o novo proprietário perca o direito sobre o imóvel caso a propriedade esteja em litígio judicial”, completa a diretora jurídica.

No final do ano passado, a Funda-ção Procon-SP lançou uma cartilha que ensina a fazer uma compra se-gura. O material pode ser consultado por meio do site da entidade (www.procon.sp.gov.br) e traz recomen-dações para a aquisição de imóveis novos e usados. Para adquirir pro-priedades novas ou na planta, o órgão

residenciais, e muitos sem fiscaliza-ção alguma, as pessoas começam a construir acreditando que podem fa-zer qualquer coisa dentro do terreno adquirido. “Antes da construção, o dono do lote deve consultar a Pre-feitura para ter conhecimento das restrições que existem e também as limitações que o terreno possui”, ex-plica Ana Regina.

Segundo ela, uma das questões que a Prefeitura de Mairinque está engajada em solucionar é o uso de-sordenado de terras. A diretora con-ta que estão sendo realizadas ações coordenadas com a ajuda de alguns departamentos para fiscalizar os no-vos empreendimentos e regulamen-tar os mais antigos. “Estão ocorrendo muitos desmatamentos na nossa re-gião e, preocupada com isso, a Pre-feitura está trabalhando para dar um basta nas irregularidades”, comenta.

Por esse e outros motivos é preci-so muita atenção antes de fechar ne-gócio. Ana Regina ainda endossa que o único Residencial que procura estar sempre por dentro do que é necessá-rio para ser politicamente correto é a Porta do Sol.

Explosão imobiliária

É preciso muito mais do que uma aprovação do banco para um finan-ciamento ou as economias de uma vida para concretizar este sonho. “Todo cuidado é pouco quando fala-mos sobre um passo tão importante como é a compra de uma casa ou ter-reno”, finaliza Ana Regina.

recomenda que antes seja feito um bom planejamento financeiro e que se analise cada parágrafo do contrato. Já para a compra de um imóvel usado, a cartilha reforça a atenção com a do-cumentação e quitação dos débitos.

No caso da Porta do Sol, o futuro proprietário ainda pode fazer uma consulta junto ao setor administra-tivo do Residencial para tomar ciên-cia de débitos de condomínio sob o imóvel. “A administração tem plenas condições de oferecer essas informa-ções, auxiliando para uma compra transparente”, informa o presidente da APAPS.

Escolher morar em uma área com mata densa ao redor implica em uma série de restrições para o comprador. Com o crescimento desordenado de

O MERCADO ESTÁ AQUECIDO, CRESCENTE E A

TENDÊNCIA É QUE CONTINUE ASSIM NOS PRÓXIMOS

ANOS

Ana Regina M. Guimarães, diretora Jurídica da Prefeitura

de Mairinque

NO INÍCIO da Porta do Sol os lotes eram bem baratos, mas nos últimos cinco anos ocorreu uma valorização de, aproximadamente, 25%

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Eco-dicas

Proteger a natureza depende da postura e do comporta-mento das pessoas que es-tão engajadas nesse propó-

sito. Uma forma de reduzir o impacto ao meio ambiente é a construção de uma casa ecologicamente correta.

Hoje em dia, as organizações am-bientais recomendam que sejam im-plementadas políticas para diminui-ção da emissão de dióxido de carbono (CO2), do desmatamento e da degra-dação ambiental.

Reutilizar a água da chuva, optar pela utilização de sistemas de trata-mento de esgoto e também dar prefe-

Construções sustentáveisA casa sustentável é funcional no momento em que todos os moradores estão focados nas mudanças de atitudes

rência para materiais que não agridem a natureza são algumas coisas que po-dem amenizar os danos à natureza.

Quando se pensa em construir uma casa sustentável, é preciso lem-brar da necessidade de elaboração de um projeto feito por um profissional especializado em tecnologias verdes e plantas arquitetônicas ecologicamen-te corretas. Deve-se ter muita cautela com esse tipo de obra, pois ela precisa ser acompanhada pelos responsáveis e auxiliada pelo futuro proprietário desde a criação até a execução.

Como planejar

Arquitetar uma casa deste nível não tem muito segredo. Para que dê certo, o primeiro passo é escolher um terreno que não possua prédios próximos, ave-nidas e ruas com grandes movimentos.

Durante a elaboração do projeto, é interessante explorar ao máximo os benefícios que a natureza oferece como, por exemplo, a luz e a venti-lação natural. Para isso, é necessário que o projeto adeque as aberturas para a entrada máxima dessas duas coisas no interior da residência.

Para a execução da obra, podem-se

adotar sistemas construtivos como o tijolo ecológico, light steel framing (construção com aço galvanizado) e alvenaria estrutural, pois são produ-tos que reduzem a emissão de CO2. Usar madeira que possui certificação ambiental de empresas que têm áre-as de reflorestamento também faz parte de uma construção sustentável.

Na hora do acabamento, também dá para ser ecologicamente correto. As cores claras na parede, por exem-plo, ampliam a reflexão solar e dimi-nuem a irradiação de calor, tornando o ambiente mais arejado.

Até na hora de equipar a casa po-demos ajudar o meio ambiente, op-tando por eletroeletrônicos com bai-xo consumo de energia ou de água e procurando comprar produtos com o “Selo Procel Eletrobrás de Economia de Energia”, que têm o baixo consu-mo confirmado.

Ter uma casa sustentável é só o pri-meiro passo para a mudança de há-bitos. Os moradores também devem ser sustentáveis e politicamente cor-retos. Ações como cultivar uma horta, criar um jardim e fazer coleta seletiva devem fazer parte do dia a dia da fa-mília que tem esta preocupação.

CORES CLARAS NA PAREDE AMPLIAM

A REFLEXÃO SOLAR E DIMINUI A IRRADIAÇÃO DE

CALOR TORNANDO A CASA MAIS

AREJADA

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POR ANDRÉA CAMBUIM

um bom tempo lavando o seu pelo e, com a ajuda de suas garras, pen-teando a pelagem. Para finalizar o ri-tual de beleza, esfregam as patas nos cantos da boca - por onde glândulas especiais segregam uma substância gordurosa - e, cuidadosamente, fric-cionam esse óleo no pelo, que se tor-na bastante lustroso.

Vivendo em tocas construídas ao longo das margens dos rios, lagoas e banhados, esses animais têm sido bastante ameaçados pelo homem e um dos motivos para se tornarem presa fácil é porque costumam ca-minhar muito devagar.

A vida no Residencial é deliciosa-mente surpreendente por proporcio-nar a convivência com animais como o nosso “bicho da gente” desta edi-ção: o Ratão do Banhado.

Bicho da Gente

Caminhar pela beira do lago da Porta do Sol é permitir-se apreciar o que a natureza tem de

melhor. Além da agradável paisa-gem, da tranquilidade e do ar puro, é possível presenciar um curioso animal chamado Ratão do Banhado.

Mesmo com esse nome, o bi-chinho não assusta como um rato comum. Os Ratões do Banhado per-tencem à família de castores, mas não são bons mergulhadores como seus parentes. Quem anda pelas margens do lago do Residencial, com tempo e um pouco de paciên-cia pode facilmente encontrar um exemplar desse roedor. “Ele é pou-co visto, exceto na hora da alimen-tação dos patos e gansos”, explica Gabriel Bitencourt, diretor de Meio Ambiente da APAPS.

Ultimamente, o nosso amigo ro-edor anda solitário. Há um tempo, era possível avistar dois exemplares do Ratão do Banhado, mas hoje só resta um. “Ouvi dizer que um deles foi morto por algum predador; uma pena, mas faz parte do ciclo natu-ral”, lamenta o diretor.

Os predadores desses roedores não costumam dar trégua: geral-mente, são felinos como a onça pin-tada e também jacarés. Já eles, na

maior parte do tempo se alimentam de plantas aquáticas, capim, grãos e, de vez em quando, os peixes en-tram no cardápio.

A estimativa de vida é de 15 anos. Quando a fêmea dá a luz, os filhotes recebem os cuidados do pai até que a mãe se recupere do parto.

O cuidado e a vaidade desses roe-dores são marcas registradas. Muito asseado, o Ratão do Banhado passa

Ratão do banhadoO solitário do lago

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CapaPOR ANDRÉA CAMBUIM / FOTOS: RITA VALENTE

Combinar trabalho com qualidade de vida é o sonho de consumo para muita gente. Hoje, a cor-reria do dia a dia, estresse no trânsito, dificuldades

para respirar por culpa da poluição, etc., são problemas que fazem as pes-soas pensarem em uma vida com mais qualidade e saúde.

Muitos adiam a ideia de viver em um local mais tranquilo, pois acredi-tam que isso não é possível e que fazer essa escolha significa abrir mão das facilidades de uma “cidade grande”. Acredite, isto já é mito!

A mineira e empresária Vera Gue-des e seu esposo, Carlos Alberto Do-nate, moraram por muito tempo no

centro de São Paulo. Ela foi secretária em uma empresa de engenharia na cidade. Logo que chegou à capital, instalou-se no agitado bairro do Bexi-ga. Com o tempo, sua família decidiu voltar às raízes e ela, por um curto período, foi morar sozinha. “A minha estadia solitária durou pouco, logo co-nheci o Carlos e fomos morar juntos”, comenta Vera.

As diversas viagens, o cansaço e a ausência do marido de Vera fez o ca-sal decidir montar um negócio próprio. Abriram uma escola de informática, já que o curso estava em alta naque-la época e Carlos gostava de lecionar. Na década de 1990, os negócios não caminhavam bem e isso levou os dois a pensarem em outro tipo de ativida-

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A realização de um sonhoUm novo estilo: trabalho somado à qualidade de vida

de. Começaram a investir em uma in-venção de Carlos, uma estufa vertical para papel, a Good Paper. “A ideia da estufa nasceu das dificuldades que tí-

nhamos na escola de informática, pois as opções de estufas que o mercado tinha não supriam totalmente a nossa necessidade e não resolviam o proble-ma”, conta Carlos.

A invenção deu tão certo que foi até patenteada. Com o sucesso dos negócios, o casal conseguiu, em 2005, comprar um imóvel na Porta do Sol. “No início a gente ia e voltava para São Paulo de segunda a sábado. Quando percebemos que teríamos mais quali-dade de vida trabalhando em casa, en-cerramos as atividades da escola e nos instalamos por aqui”, completa Vera.

Um pouco antes desta mudança, Vera começou a engatilhar mais uma atividade: abriu um site e passou a vender roupas e utensílios pela in-ternet. Ela revendia alguns catálogos quando tinha a escola de informática e foi por meio de um desses fornece-dores que surgiu a ideia de trabalhar via web. “Quando comecei, não ima-ginava que ia dar tão certo”, avalia. “Hoje, compro e vendo pela internet e, além disso, existe dentro do site um espaço para a divulgação e venda dos trabalhos de marcenaria do Carlos”, explica Vera.

O estilo home-office está cada vez mais integrado ao cotidiano das pesso-as - um tipo de trabalho que antes só pertencia aos países desenvolvidos e que caiu no gosto e confiança dos bra-sileiros. Na opinião do casal, só é preci-so estar atento às ciladas que podem surgir. “Muitas pessoas acham que não existem regras quando o assunto é tra-balho em casa, mas estão muito enga-nadas, como ao pensar que é possível

acordar a hora que quiserem”, explica Vera. “O home-office requer muito mais disciplina do que um trabalho normal”, pondera.

Para o casal, conseguir conciliar tran-quilidade e trabalho foi uma conquista. “Sentimos muita paz e segurança den-tro do Residencial e conseguimos pas-sar isso através do atendimento aos nossos clientes”, comenta Vera.

Sua maior satisfação, segundo re-lata, é abrir a janela do quarto e dar de cara com o Morro do Saboó, em São Roque. “Eu sinto alegria de viver

aqui, a Porta do Sol me traz tranquili-dade”, conclui.

Mudança e recomeço

Outra história sobre junção de qua-lidade de vida e trabalho é a da em-presária Geruza Silva. O Residencial sempre foi uma “válvula de escape” para ela e o marido, Luiz Fontes. Eles moravam no bairro Campos Elíseos, região central de São Paulo. “Quando chegava o fim de semana nós corría-mos para a chácara para relaxar, até que chegou um dia que o Luiz me fez uma proposta indecente (risos): vir morar definitivamente na Porta do Sol”, confidencia Geruza.

Realmente, na época a proposta pa-receu bem indecorosa. Geruza estava com o cargo de gerente de uma rede de lojas de roupas na rua José Paulino - polo de vendas no atacado e varejo localizado no centro de São Paulo. O estresse no trabalho estava no ponto máximo e foi por isso que ela entrou de cabeça na ideia de colocar um pé no freio. “Andava muito estressada e infeliz e estava trabalhando muito nos últimos anos. Fora que também não aguentava mais abrir a janela de casa e em vez de verde, pássaros e ar puro, deparar-me com um emaranhado de fios quase ao alcance das mãos”, co-menta Geruza.

Assim que eles mudaram definiti-vamente para o Residencial, Geru-

PARAVera Guedes e

seu marido Carlos Alberto Donate

(página ao lado) conseguir conciliar

tranquilidade e trabalho foi uma

conquista

A QUALIDADE e a facilidade de ir e vir são diferenciais que Geruza Silva vê na vida de quem trabalha e mora no Residencial

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e moradora do Residencial há sete anos, pensar em um “plano B” para fu-gir da violência. “Morávamos no Mo-rumbi, bairro nobre de São Paulo, e o alerta de que ali não estava seguro sur-giu quando começaram os sequestros dentro do condomínio em que morá-vamos”, desabafa a empresária.

Nesta época, a família de Cássia ti-nha um terreno em um residencial na cidade de Itu, interior de São Paulo, mas o lote não era, ainda, o que que-ria, pois pensava em um local com uma casa pronta. Foi então que ela estrutu-rou um plano para convencer o marido a comprar uma casa na Porta do Sol. “Eu já tinha maquinado tudo, estava com os endereços que queria visitar e ele topou. Só que eu tinha separado umas oito casas para visitar e ele não iria querer ver as oito, como não viu mesmo!”, relembra aos risos. “Vimos somente três e escolhemos a nossa primeira casa aqui no Residencial”.

A decisão de morar definitivamen-te na Porta do Sol chegou somente três anos depois da compra. “Viemos passar as festas de fim de ano aqui e quando voltamos para São Paulo, na semana seguinte a mudança já estava pronta com tudo encaixotado. Louco, não?”, comenta Cássia.

O casal ficou um ano pensando nas opções de investimento que seriam vi-áveis. A sugestão de abrir uma livraria na cidade de São Roque veio do mari-do de Cássia e ela se animou na mes-ma hora. “Por que não uma livraria, já que toda a família sempre adorou ler?”, explica.

A mudança de ares só tem feito bem à família da empresária, tanto pessoal, como profissionalmente. Depois que o casal mudou para o Residencial com o filho caçula, a sogra e seus animais de estimação, a vida ganhou uma quali-dade que ela afirma ter esquecido que existia. “Especial mesmo é quando en-tro pela portaria depois de um dia de trabalho e vejo que cheguei ao meu porto seguro para repor as energias. Isso não tem preço!”, confessa Cássia.

Está comprovado que combinar tra-balho com uma vida saudável e livre do estresse de uma grande capital já é viável. O mercado profissional tem se diversificado de maneira positiva e isso vem dando espaço para que as pessoas possam optar por este estilo de vida. “Considero que o fato de ter-mos vindo morar aqui, com essa quali-dade toda, abriu diferentes segmentos profissionais e tem sido um sucesso”, finaliza Cássia.

chou o espaço e deu o pontapé inicial em uma ideia que, mais para frente, se multiplicaria. A loja chamava cada vez mais atenção pelo bom gosto de Geruza e pelas escolhas das peças. “Muitas clientes deixaram de comprar suas roupas fora da Porta do Sol para comprar comigo e me perguntavam sempre onde eu conseguia encontrar tantas peças diferentes, boas e boni-tas. Eu dizia que era segredo (risos)”.

A qualidade e a facilidade de ir e vir ao trabalho são diferenciais que Geruza vê na vida de quem mora no Residen-cial. “Eu tenho prazer de andar todos os dias pelas ruas bem devagar, assim aproveito toda a paisagem desse local. Sair para trabalhar de manhã é uma re-alização, ando com o sorriso no rosto o tempo todo”, afirma a empresária.

O sucesso profissional da empre-endedora não parou em uma só loja: orgulhosa, ela fala da outra unidade, no centro de Mairinque. “A minha loja chama atenção de longe, logo na fachada tem um fuxico enorme de te-cido que eu mesma fiz para reforçar o seu nome. Quando as clientes entram na Fuxico e olham a decoração toda feita com material reciclável não acre-ditam que foi eu mesma que decorei o local”, conta Geruza.

Novos rumos

Estar no meio da agitação e pró-ximo das facilidades de uma grande cidade não é “só flores”. A falta de se-gurança fez a família de Cássia Rebello, dona da Livraria Nobel, em São Roque,

Capa

za ficou um tempo aproveitando suas caminhadas diárias pelos quarteirões. Depois de um período, por sugestão do esposo Luiz, ela aceitou o desafio de vender anúncios para a Revista Por-ta do Sol. “Saí por duas horas para ven-der os anúncios e quando voltei com duas páginas fechadas, o Luiz ficou de boca aberta. Ele me disse que quando eu saí, pensou: ‘Coitada, vai voltar sem nada’ (risos)”, confidencia a lojista.

Mas os anos de experiência em confecção e o bom faro para as ven-das não abandonaram Geruza. Em suas andanças em busca de anúncios, ela percebeu, nas imediações do Re-sidencial, um ponto estratégico para venda de roupas, situado próximo ao mercadinho que fica do lado de fora da Portaria 2.

Conversou com o proprietário, fe-

caminhões carregados de fogos que passam pela portaria, atravessando uma área estritamente residencial”, alerta o presidente.

Algumas medidas judiciais já fo-ram tomadas pela APAPS e a ação se arrasta há um ano. Como ocor-reram, dentro do processo, afirma-ções que não condizem com a rea-

Segurança

Infelizmente, têm sido fre-quentes os casos de incên-dios dentro da Porta do Sol. A situação pede atenção abso-

luta dos moradores e proprietários. “Somos uma área de reserva natu-ral, com ampla vegetação e fauna diversificada, por isso devemos ga-rantir a execução e o cumprimento das leis federais e municipais dentro do Residencial”, explica Renzo Ber-nacchi, presidente da APAPS.

Nos últimos anos, alguns inciden-tes com fogos de artifício e quei-madas têm sido registrados na área que abrange a Porta do Sol. O mais recente ocorreu no local onde serão realizadas as obras do aeroporto. “Recentemente, também houve um incêndio na região da rua Portinari e foi criminoso”, informa Renzo. “A se-gurança avistou o incendiário, mas não pôde identificá-lo”, relata.

A existência de um depósito de fogos na Porta do Sol requer aten-ção. Mesmo estando em uma área mista – onde é autorizado o uso de terrenos e casas para indústria e co-mércio –, a situação é preocupante. “Mais grave do que isto é o fato de que este depósito é abastecido por

Riscos de incêndio ameaçam o equilíbrio ambientalConscientização e prevenção são essenciais para que esses incidentes não ocorram

POR ANDRÉA CAMBUIM

lidade, a Associação está estudando medidas cabíveis para tratar esta questão mesmo sabendo da deci-são contrária da promotoria. “Nos-sa área jurídica está preparando um recurso contestando a decisão do promotor de Mairinque, que estare-mos entregando na promotoria de São Paulo”, diz Renzo.

Para reforçar o novo pedido, a APAPS conseguiu reunir cerca de 200 assinaturas, por meio de um abaixo assinado. “Este é apenas mais um recurso, pois estamos dei-xando todas as instâncias cientes do problema para que, caso ocorra um acidente – o que esperamos que não aconteça – não venham nos di-zer que o problema era desconheci-do”, comenta o presidente.

Com a sanção da nova lei, que torna a Porta do Sol uma Área de Especial Interesse Ambiental, have-rá um controle maior sob o uso de fogos de artifício em festejos, man-tendo as características do local. “A orientação contra o uso de fogos continua, pois ela está inserida na campanha de convivência com seu vizinho e com o meio ambiente”, fi-naliza Renzo Bernacchi.

A ORIENTAÇÃO CONTRA O USO DE FOGOS CONTINUA,

POIS ELA ESTÁ INSERIDA NA

CAMPANHA DE CONVIVÊNCIA COM SEU VIZINHO E COM O MEIO AMBIENTE

Renzo Bernacchi, presidente da APAPS

ESPECIAL MESMO É QUANDO ENTRO PELA PORTARIA DEPOIS DE UM

DIA DE TRABALHO E VEJO QUE

CHEGUEI AO MEU PORTO SEGURO PARA REPOR AS

ENERGIASCássia Rebello,

dona da Livraria Nobel em São Roque e moradora do

Residencial

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O dinheiro está curto, mas queremos mú-sica para a nossa festa. O que fazer?

Foi assim que o grupo musical Kebra Galho nasceu. Sem pre-tensões de viver exclusivamente da música e com o gosto musi-

cal apurado, os integrantes da banda sempre foram de encantar e alegrar as pessoas.

Foi na casa de amigos que o som começou a ecoar: ali reuniam-se Da-goberto Gazelli, profissional de con-sultoria; Márcia Cruz, administradora de empresas; Elcem Cristiane Gazelli, advogada; Hitoshi Reid, projetista e Luiz Carlos Cruz, conhecido como “Nenê”, profissional de Educação Fí-sica, especializado em tênis. Também

participam do Kebra Galho o Gui-lherme, Fernando e Igor.

Hoje, o grupo tem até uma pequena agenda de shows, além dos “quebra galhos” dos amigos. Quem perdeu a opor-tunidade de ouvi-los tocar e cantar no dia da Festa da Pri-mavera, pode prestigiá-los em 21 de setembro, numa boa roda de samba que será realizada no restaurante do Clube.

nares tambores japoneses. Na sequên-cia, os participantes puderam apreciar um bom chorinho brasileiro, com o grupo Choro das Três. Encerrando o evento, o público presente prestigiou, ao ar livre, a Banda Sinfônica Conse-lheiro Mayrink, que é hexacampeã no Estado de São Paulo e tem como re-gente o maestro Alexandre Piccirillo.

A noite ainda foi uma “criança” para quem escolheu comer uma pi-zza no Caffé Coretto. O estabeleci-mento proporcionou um ambiente bem colorido para dar boas-vindas à primavera. Com um repertório cheio de ritmos dançantes como a salsa, bolero, lambada, samba e uma pitada de rock, o grupo Kebra Galho alegrou os coloridos convidados com cada um destes estilos musicais.

Clube e Social

Mais um anocomemorado com estiloFesta da Primavera trouxe boa música, arte e cultura

POR ANDRÉA CAMBUIM / FOTOS: RITA VALENTE

Com a chegada do mês de setembro, além das flo-res, há muita comemora-ção no Residencial. A Fes-

ta da Primavera deste ano reservou um dia inteiro de diversão e aprendi-zado para toda a família.

Visando promover o bem-estar e boa convivência entre as pessoas, a festa ganhou este nome depois de sucessivos eventos que estimulavam a prática de plantio de mudas. Foi em 2011 que ela foi inserida no calendá-rio oficial da Porta do Sol, dentro do programa da diretoria para valorizar o contato com a natureza e o relacio-namento com a vizinhança. O evento também trabalha temas como o meio ambiente, saúde e cultura, assim como atividades para crianças, expo-

sições de fotografias, concursos lite-rários e fotográficos, exposições de artistas plásticos e workshops.

A ideia foi acertada e faz mais su-cesso a cada edição. Realizada sem-pre na primeira semana de setembro, este ano aconteceu no feriado de In-dependência do Brasil, 7 de setembro, baseado na comemoração de 40 anos do Residencial. Durante todo o dia, ocorreram várias atividades simultâ-neas, como orientação para horta e pomar, ginástica ao ar livre, brincadei-ras e atividades infantis, massagem, palestra sobre alimentação saudável e cuidados com a beleza.

O destaque ficou para a parte mu-sical, que teve de tudo um pouco nas apresentações. A abertura foi dada pelo grupo Shinkyodaiko, com os mile-

Quebrando galho e se profissionalizandoA banda Kebra Galho nasceu do nome propriamente dito

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Clube e Social

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Telefones úteis■ Polícia Florestal de Sorocaba(15) 3228-2525■ Posto da Polícia Rodoviária km 25 (11) 4136-4425■ Posto da Polícia Rodoviária km 46 (11) 4163-7221/4163-7224■ Posto da Polícia Rodoviária km 74 (11) 4026-9010■ Posto da Polícia Rodoviária Raposo Tavares km 45(11) 4158-3910■ Posto da Polícia Rodoviária Raposo tavares km 77(11) 4715-1161■ Posto da Polícia Rodoviária Raposo Tavares km 110(15) 3221-1609/3221-1590■ Delegacia de Mairinque(11) 4708-2011■ Polícia Militar de São Roque(11) 4712-3322■ DEPRN (Proteção de Recursos Naturais) - (15) 3244-2778■ CET - 194

Energia Elétrica ■ Cerim - 0800-7706280■ Cerim/SOS Energia - 0800-7708220■ CPFL - 800-102570

Emergências ■ Bombeiros de São Roque(11) 4712-3386■ Hospital de Mairinque(11) 4718-1500■ Hospital de Sorocaba(15) 3332-9100■ Santa Casa São Roque(11) 47123-5400■ UnimedSão Roque(11) 4784-8484

Diversos ■ Prefeitura de Mairinque (11) 4718-8644

Telefones da APAPS ■ APAPS - (11) 4246-6464Atendimento da Administração:Segunda a sábado: 8h às 17hAtendimento da Recepção:Domingo e Segunda - 8h às 17hTerça à Sexta - 7h às 21hSábado - 8h às 21h

SAP - Serviços deAtendimento ao Proprietário

[email protected](11) 4246-6464

Central de Segurança 24 horas [email protected](11) 4708-1364/4246-6463

■ Clube de Campo - (11) 4246-6461■ Escola - (11) 4708-1556■ Hípica - (11) 4708-1831■ Restaurante - (11) 4246-1255

Meio AmbientePOR ANDRÉA CAMBUIM

A Festa da Primavera não só trouxe um dia repleto de atividades para todos, como também uma impor-

tante parceria com a Prefeitura de Mairinque. Foi durante o evento que a diretoria da Porta do Sol oficializou o convênio entre nosso Viveiro e o De-partamento de Meio Ambiente.

Parceria do bemAs atividades deste convênio tor-

narão possíveis um intercâmbio de se-mentes e mudas de plantas da região, além da inserção do Residencial em programas de educação ambiental de-senvolvidos pela Prefeitura.

“É importante que todos os asso-ciados saibam que fazemos parte de um município e que essa parceria

trará muitas vantagens”, explica Ren-zo Bernachi, presidente da APAPS. “O convênio é um grande passo para que duas significantes áreas de pre-servação - Horto Florestal Mairinque e Porta do Sol - façam o intercâmbio de mudas e sementes que ainda não possuímos dentro do Residencial”, conclui.

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TU, QUE VÊSTUDO PELO CORAÇÃO,

QUE PERDOAS E ESQUECES FACILMENTE,

E ÉS PARA TODOSSEMPRE COMPLACENTE

BENDITO SEJAS, VENTUROSO IRMÃO...

TRECHO DA POESIA“COMO É BOM SER BOM” – FAMOSA OBRA DE

MARTINS FONTES (1984-1927)

a primeira vez que a conheceu foi o que mais chamou sua atenção. “Todos os amigos que recebo se sentem em Campos do Jordão”, relata. “Além dis-to, a vizinhança é tranquila e amisto-sa”, define o administrador, que passa seus fins de semana no Residencial há mais de dez anos.

A tranquilidade da via, somada ao valor histórico que ela carrega, traduz o que há de melhor em estar na rua José Martins Fontes, na Porta do Sol.

Aos oito anos de idade, Martins Fontes publicou os primeiros versos num jornalzinho denominado

“A Metralha”. Foi aos domingos, durante nove edições, que surgiu o grande poeta.

Nascido em Santos, em 23 de junho de 1884 e criado em uma família de classe média, Fontes teve o privilégio de frequentar bons colégios, o que colaborou na sua formação intelectu-al. Era filho de médico e, por herança, seguiu a carreira do pai, o Dr. Silvério Martins Fontes.

Sua estreia de verdade nas artes aconteceu em 1892, quando recitou um hino a Castro Alves, no Centro So-cialista - organização marxista-leninista criada pelo pai. O moço não parou por aí: o acervo foi tão rico até o fim de sua vida, que gerou quase 60 títulos. Fontes ficou entre os dez melhores na língua portuguesa, junto com Camões, Fernando Pessoa e Castro Alves.

O médico defendeu sua tese de doutorado em 1908, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tornan-

do-se sanitarista. Mais tarde, teve a oportunidade de conviver com poetas como Olavo Bilac, Coelho Neto, Emílio de Meneses e outros.

Entre o estetoscópio e versos

Durante toda a vida, Fontes dividiu--se entre a arte de prosear e a de salvar vidas. No seu currículo clínico, acumu-lou vários cargos, como médico da Co-missão de Obras do Alto Acre, auxiliar de Oswaldo Cruz na profilaxia urbana etc. Durante a epidemia de gripe de 1918, se desdobrou para socorrer pa-cientes do Rio de Janeiro, tornando-se, por meio deste ato, um dos beneméri-tos da cidade.

Martins Fontes gostava de ajudar pessoas que não tinham condições fi-nanceiras. Em seu consultório particu-lar, tratava pacientes sem poder aquisi-tivo e não cobrava pelas consultas.

O médico-poeta morreu novo, com pouco mais de 50 anos, e pobre. Ro-dou o Brasil e o mundo e acabou vol-tando para sua cidade de origem, onde trabalhou e escreveu até a morte.

Vista panorâmica

Foi pensando em homenagear este personagem da literatura brasileira - e médico renomado - que uma das ruas do Residencial foi batizada com o seu nome. Carlos Belli, 59 anos, proprie-tário de uma casa na via, afirma que a vista panorâmica que teve desde

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Martins Fontes:de médico a poetaÉ considerado um dos melhores trovadores de sua geração e um dos dez melhores na língua portuguesa

HOMENAGEAR Martins Fontes, eternizando seu nome neste paraíso particular, é uma honraCARLOS BELLI, 59 anos,

proprietário de uma casa na via

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