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Rev Pro N4 Miolo Fechado
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Uma publicaoda Sociedade BrasileiraPr-Inovao Tecnolgica
E M R E V I S TAANO l N 4 - novembro/dezembro 2010
As bases para uma indstria competitiva
Encontro Nacional da Inovao Tecnolgica rene propostas do governo e do setor produtivo para impedir o avano do apago tecnolgico Espe
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site da Protec acaba de se transformar em portal. Agora, tudo que O voc precisar saber sobre inovao tecnolgica na indstria est reunido em um s lugar. Acesso a sites temticos e das principais associaes setoriais do Pas, notcias, reportagens exclusivas, publicaes especializadas. Sem falar nos servios, como agenda de editais, eventos, simulador de incentivos e muito mais. Este o presente de fim de ano que a Protec antecipa para voc.
Aproveite! Confira as novidades em
Inteligente, prtico e fcil de usar.
Novo Portal Protec.
O espao da inovao tecnolgica na internet est renovado para voc.
Portal
Inovao na Indstria Brasileira
edito
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Uma publicaoda Sociedade BrasileiraPr-Inovao Tecnolgica
E M R E V I S TA
Sumrio
editorial
Sociedade BrasileiraPr-InovaoTecnolgica
Presidente:Humberto BarbatoVice-presidentes:
Eduardo Eugenio Gouva Vieira,Jorge Lins Freire, Paulo Skaf,Robson Braga de Andrade e
Rodrigo Rocha LouresConselheiros:
Armando Monteiro Neto,Carlos Alexandre Geyer,
Franco Pallamolla,Celso Antnio Barbosa,
Joo Carlos Baslio,Jos Manuel de Aguiar Martins,
Luiz Aubert Neto,Luiz Guedes, Luiz Amaral,
Merheg Cachum, Paulo Godoy ePaulo Okamotto
Diretoria:Roberto Nicolsky, Marcos Oliveira,
Fabin Yaksic e Joel Weisz
Pr-Inovao Tecnolgica em Revista uma publicao bimestral da
Sociedade BrasileiraPr-Inovao Tecnolgica
ExpedienteCoordenao editorial:
Natlia CalandriniTextos:
Natlia CalandriniIgor Waltz
Colaborao:Luciana Ferreira
Projeto e produo editorial:Ricardo Meirelles
Diagramao:Jessica S. Gama
Estagirias:Fernanda MagnaniMayara Almeida
Comercial e Marketing:Alexandre Nicolsky
Circulao: 5 mil exemplares
Protec - Sociedade BrasileiraPr-Inovao Tecnolgica
Av. Churchill, 129 - Grupo 1101 - CentroRio de Janeiro - RJ
CEP 20020-050Tel.: (21) 3077-0800Fax.: (21) 3077- 0812
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Notas............................................................................................................................................ 2Indstria O que fazer para combater a desindustrializao................................................................ 3Subveno Sugestes para melhorar a oferta de recursos no reembolsveis.........................6 Financiamento O papel do governo para estimular o investimento privado em inovao.............9Legislao As transformaes provocadas pela MP 495 e a Lei do Bem.....................................10Espao Rets................................................................................................................................ 12
Dilogo aberto em favor da inovao
O IX Encontro Nacional da Inovao Tecnolgica (Enitec) foi, mais uma vez, cenrio de profundas discusses sobre como avaliar os resultados e melhorar as polticas pblicas de inovao. Pelo menos dez propostas foram apresentadas pelas entidades setoriais e sero consolidadas pela Protec em documento a ser encaminhado para o governo eleito. Para dar transpa-rncia s concluses dos debates, esta edio da Pr-
www.protec.org.br 1
Inovao Tecnolgica em Revista totalmente dedicada cobertura do Enitec, alm de mostrar momentos da entrega do Prmio Inovar para Crescer, oferecido pela Protec no Dia da Inovao (19 de outubro).
O Enitec mostrou, com a anlise dos resultados do Edital Senai de Inovao, que no s possvel, como necessrio, usar critrios empresariais para selecionar e verificar a efetividade de projetos de inovao. A orientao serve em especial para a subveno econmica da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). No encontro, tambm foram indicadas propostas de melhorias especficas para esse mecanismo, com base em um estudo da Protec. Com a presena de representantes da Finep prontos a ouvir crticas e sugestes, e ao mesmo tempo expor os limites institucionais, o Enitec estabeleceu o dilogo aberto entre a agncia reguladora e a indstria.
O papel mediador se fez presente tambm nos debates sobre a desindustrializao. BNDES, Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC), setores da indstria e o especialista no assunto Nelson Marconi, da Fundao Getlio Vargas (FGV), compartilharam mltiplas vises sobre o tema. Foi possvel, assim, traar as diferentes facetas desse problema complexo. A dificuldade maior tem sido convencer o Governo a assumir que ele ocorre de fato.
Mas passados o Enitec e as eleies, o tema comeou a ser oficialmente encarado. Em meados de novembro o jornal Valor Econmico divulgou informaes de documento finalizado pelo MDIC em julho que revela a preocupao com a desin-dustrializao negativa, admitindo a "reprimarizao" da pauta de exportaes desde 2007. Diz, ainda, o que a Protec alerta h alguns anos: a desindustrializao brasileira no se caracteriza pela queda da produo. Ela consiste na perda relativa de dinamismo da indstria na gerao de renda e emprego, como define o texto, que tambm aponta a deteriorao dos setores de maior intensidade tecnolgica.
A divulgao do fato acende a esperana de que os problemas do Pas e as possveis solues apontadas pela indstria comecem a ser considerados pelo Governo. O Enitec se mostrou um eficiente canal de comunicao para que os pleitos sejam avaliados e encaminhados, em um esforo conjunto para a melhoria de polticas pblicas que direta ou indiretamente impactam na inovao tecnolgica brasileira.
Roberto Nicolsky Diretor-geral da Protec
nota
snotasA entrega do Prmio Inovar para Crescer reuniu represen-
tantes do governo e da indstria que exercem importante papel na formulao e execuo de polticas pblicas para inovao. Entre eles, o secretrio de Inovao do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior, Francelino Grando, e o diretor da Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Clayton Campanhola. Realizada no Dia da Inovao (19 de outubro), no Clube Hebraica, em So Paulo, a cerimnia foi a oportunidade de compartilhar experincias bem-sucedidas no uso da inovao tecnolgica como melhoria incremental. O Prmio foi oferecido pela Sociedade Brasileira Pr-Inovao Tecnolgica (Protec), em parceria com o Senai, s empresas: Nibtec (Revelao/Pequena Empresa); Altus Sistemas de Informtica (Estratgia/Mdia Empresa); Embraer (Viso/Grande Empresa); Eggon Joo da Silva, co-fundador da WEG (Personalidade Inovadora) e Carlos Chiti, co-fundador das Indstrias Romi (Personalidade Inovadora In Memoriam).
Crescimento base da inovao
Na abertura do evento, o p r e s i d e n t e d a P r o t e c , Humberto Barbato, expressou preocupao com o dficit comercial e tecnolgico do Brasil. Porm, destacou que a oferta do Prmio Inovar para Crescer demonstra a capacida-de de superao da indstria. O que falta so polticas pblicas capazes de incentivar a ino-vao, o investimento pro-dutivo e as exportaes.
O gerente executivo do Departamento Nacional do Senai, Orlando Clapp Filho, destacou os esforos da instituio para aumentar a disponibilidade de servios de apoio tecnolgico e de recursos para inovao na indstria. Segundo ele, atualmente so mais de 100 laboratrios acreditados disposio e 150 empresas desenvolvem produtos ou processos com investimentos do Senai, que pretende aumentar esses nmeros em 2011.
Da esq. p/a dir.: [1] o presidente da Protec, Humberto Barbato, entrega o prmio Personalidade Inovadora ao presidente do Conselho de Administrao da WEG Dcio da Silva, representando o pai, Eggon Joo da Silva; [2] o diretor da Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Clayton Campanhola, e o presidente da Altus, Luiz Gerbase; [3] o vice-presidente executivo de Tecnologia da Embraer, Emilio Kazunoli Matsuo, e o secretrio de Inovao do Ministrio do Desenvolvimento, Francelino Grando; [4] o gerente do Senai Nacional, Orlando Clapp, e Bruno Gouvea, diretor do Grupo Giga/Nibtec; [5] Eugnio Guimares Chiti, chefe de Marketing e Relaes Institucionais da Romi, recebe a homenagem pstuma ao pai, Carlos Chiti, do diretor-geral da Protec, Roberto Nicolsky
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www.protec.org.br 3
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striaNelson MarconiA indstria nacional
est se tornando uma grande linha de montagem
queda da participao da indstria A brasileira no Produto Interno Bruto (PIB) est acontecendo cedo demais, na avaliao de Nelson Marconi, economista da Fundao Getlio Vargas (FGV-SP). Foi o que constatou o estudo feito a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). Para o especialista, os nmeros so alarmantes. Entre 1947 e 1973, a part icipao da indstria de transformao no PIB saltou de 15% para 23,5%, mas, a partir dessa data, o percentual do setor produtivo despencou. Segundo ele, em 1982, a indstria de transformao respondia por 20% do PIB, passando para 17% em 1992, e atingiu hoje seu menor patamar desde 1947, com 15%. A seguir, o professor da FGV analisa o processo brasileiro de desindustrializao (leia a matria da pg. 4), tema de painel do IX Encontro Nacional de Inovao Tecnolgica