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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano VII - Nº 36 - Abr/Mai 2013 Distribuição gratuita

revista produtor rural 36

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rev produtor rural nº 36 - abril/maio 2013

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Page 1: revista produtor rural 36

ISSN 1984-0004Publicação bimestral doSindicato Rural de GuarapuavaAno VII - Nº 36 - Abr/Mai 2013Distribuição gratuita

Page 2: revista produtor rural 36

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índice Missão Moçambique 2013

Visão sobre um país em busca de desenvolvimento

Manchete Rodolpho Luiz Werneck Botelho foi reeleito presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

Informática Curso de Excel para o setor rural

Reconhecimento Rally da Safra premia Agrária por Produtividade da Década

Dia de Campo de Verão 2013 Da FAPA para muitos campos:pesquisa e tecnologia

Equinos ExpoCrioulo expõe qualidade genética e atrai mais criadores da raça

Política agrícola Estradas rurais: o contraste de dentro e fora da porteira

Vacinação contra aftosa Mobilização pela sanidade de bovinos e bubalinos

Homenagem Sueli Karling Spieler recebe Diploma Mulher Cidadã da Câmara Municipal

Programa de Desenvolvimento Florestal Produtores de madeira debatem criação de uma cooperativa

Valor da Terra Nua Sindicato Rural e SEAB definem preços médios das terras agrícolas de Guarapuava

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Revista do Produtor Rural4

[expediente]

ISSN 1984-0004

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO

PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução

de matérias, desde que citada a fonte.

Com imensa alegria e responsabili-dade redobrada assumo um novo mandato no Sindicato Rural de

Guarapuava. Reafirmo meus compro-missos com a classe produtora rural de Guarapuava, Candói, Cantagalo e Foz do Jordão, nossa área de abrangência.

Há três anos, assumi a presidência desta entidade. Os dias passaram rápido e o mandato dessa primeira gestão termi-nou. Muitos projetos foram executados e muitas ideias surgiram no dia-a-dia.

Foi devido ao apoio dos diretores que aceitei o desafio de continuar à fren-te dessa legítima entidade representante da classe produtora rural.

Vamos avançar no trabalho iniciado em 2010. Continuaremos focados na ca-pacitação profissional e informação téc-nica de qualidade, visando rentabilidade, altas produtividades, qualidade e segu-rança no campo.

Nos últimos anos, o Sindicato in-vestiu em campanhas sociais e eventos culturais. Com os membros da diretoria, exercemos o sindicalismo e a cidadania, garantindo que os produtores rurais con-quistassem o seu espaço.

Agora é hora de fazer mais, de mos-trar mais, principalmente para aqueles que não são empresários do campo.

Precisamos que a população e o go-verno não esqueçam nunca a importân-cia da agropecuária.

Agradeço a confiança dos associa-dos e espero retribuí-la. Não medirei es-forços para cumprir o meu dever. Aliás,

Mais três anos em defesa da classeDIRETORIA:

• Presidente: Rodolpho Luiz Werneck Botelho• 1º Vice presidente: Josef Pfann Filho• 2º Vice presidente: Anton Gora• 1º Secretário: Gibran Thives Araújo • 2º Secretário: Luiz Carlos Colferai• 1º Tesoureiro: João Arthur Barbosa Lima• 2º Tesoureiro: Jairo Luiz Ramos Neto• Delegado Representante: Anton Gora• Conselho Fiscal: - Titulares: Ernesto Stock, Nilceia Mabel

Kloster Spachynski Veigantes E Lincoln Campello

- Suplentes: Roberto Hyczy Ribeiro, Alceu Sebastião Pires de Araújo e Cícero Passos de Lacerda

Endereço:Rua Afonso Botelho, 58 - TrianonCEP 85070-165 - Guarapuava - PRFone/Fax: (42) 3623-1115Email: [email protected]: www.srgpuava.com.br

Extensão de Base CandóiRua XV de Novembro, 2687Fone: (42) 3638-1721

Extensão de Base CantagaloRua Olavo Bilac, 59 - Sala 2Fone: (42) 3636-1529

Editora-Chefe:Luciana de Queiroga Bren(Registro Profissional - 4333)

Redação:Helena Krüger BarretoLuciana de Queiroga BrenManoel Godoy

Fotos:Assessoria de Comunicação SRG / Luciana de Queiroga Bren / Helena Krüger Barreto / Manoel Godoy

Projeto Gráfico e Diagramação:Roberto NiczayPrêmio|Arkétipo Agência de PropagandaImpressão:Midiograf - Gráfica e Editora

Tiragem: 3.400 exemplares

Rodolpho Luiz Werneck BotelhoPresidente do Sindicato Rural de Guarapuava

preciso da ajuda de todos: diretores e as-sociados, pois esse é um trabalho volun-tário, que demanda tempo para reuniões, eventos, discussões, responsabilidade e preocupações em nome da classe.

Queremos continuar debatendo, contribuindo e interagindo com todos os setores da sociedade, respondendo aos anseios dos produtores rurais com a in-dispensável, qualificada e efetiva presta-ção de serviços.

Nossos associados podem se orgu-lhar desta entidade, pois dentre as 180 existentes no Paraná, o nosso Sindicato tem grande destaque. Não mediremos esforços para continuar neste caminho de respeito e representatividade, con-quistados com o trabalho da diretoria e funcionários.

Agradeço diretores, colaboradores, o apoio da FAEP e do Senar. Agradeço os parceiros da entidade que nos apoiaram e nos deram ânimo para chegar até aqui, em especial, os anunciantes desta Revis-ta do Produtor Rural do Paraná.

Agradeço a compreensão e apoio de meus familiares (minha esposa e minhas três filhas) e amigos.

Peço a união da classe em torno das grandes causas que nos são comuns. So-mente com essa união, teremos força.

Essa edição abril/maio da Revista do Produtor Rural do Paraná, traz uma série de informações técnicas, principalmen-te, coberturas jornalísticas completas de dias de campos realizados em nossa re-gião. Aproveite! Boa leitura!

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[Caixa de Entrada]

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Klauss Kuhnen, Assessoria Jurí-dica FAEP“Prezado Sr. Rodolpho, pelo presente ve-nho agradecer mais uma vez a gentileza por ter cedido uma sala nas dependências desse Sindicato Rural, para reunião dos ad-vogados do sistema CNA realizada no últi-mo sábado (09/03). Gostaria de fazer uma menção especial pela gentileza, dedicação, presteza e atenção que nos foi dispensada pelos seus colaboradores naquela oportu-nidade. Fica clara a razão porque a cada dia o Sindicato Rural de Guarapuava desponta como a verdadeira casa do produtor rural. Uma vez mais agradeço e me coloco à sua disposição nesta FAEP”.

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Psicólogas Lenita Krüger Barre-to e Egleide Mello“Agradecemos pela oportunidade, pela confiança e empenho da equipe do Sindi-cato Rural na divulgação do evento Vivên-cia Universo Mulher. Esperamos que tenha sido proveitoso e que possamos estabele-cer novas parcerias para futuros trabalhos, nos colocamos a disposição para contribuir . O grupo foi aberto, disponível e participa-tivo, o que enriqueceu de forma significati-va todo o processo. Nossos agradecimentos à diretoria do Sindicato Rural de Guara-puava, nos sentimos muito honradas pelo apoio que possibilitou a realização deste trabalho”.

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Ms. Luigi Chiaro, Prof. Adj. FG e CR, Produtor Rural“Estendo meus votos de felicitações para a Diretoria que, eleita, representará e orien-tará a categoria agropecuária de nossa re-gião para os próximos 3 anos. Qualidade, compromisso e seriedade foram a marca que permitiram a reeleição. Os novos desa-fios que o recém eleito Presidente Rodolfo Luiz Werneck apontou como rumos do triê-nio, no discurso de posse, estão em sinto-nia com as políticas dos governos Estadual e Federal, mas principalmente com os an-seios dos agropecuaristas e pequenos agri-cultores de nossa região. Que o êxito seja a marca deste grupo de representantes da categoria social que alimenta, não somente com produtos, mas com esperanças de uma relação mais harmoniosa entre homem e natureza, nossa sociedade”.

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Norberto Anacleto Ortigara, se-cretário da Agricultura e Abasteci-mento do Estado do Paraná“Honrado com a distinção do convite que recebi para participar das solenidades de Posse da mesa diretora desse Sindicato Ru-ral, que será realizada no dia 27 de março do corrente, informo da impossibilidade de comparecimento em função de compromis-sos assumidos no desempenho das ativida-des afetas a esta Secretaria. Para nos repre-sentar, indicamos o Sr. Athur Bittencourt Filho, Chefe do Núcleo Regional de Guara-puava. Na oportunidade, agradecemos seu convite, cumprimentando a presidência e equipe, desejando pleno êxito e contínuo sucesso nesta gestão”.

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Odacir Antonelli, Repinho Re-florestadora Madeiras e Compensa-dos Ltda. “Parabenizamos a nova diretoria eleita nes-te dia 27 de março e cumprimentamos o ex-celente trabalho que vem sendo desenvol-vido pelo nosso Sindicato Rural. Desejamos aos eleitos muito sucesso e uma gestão com grandes realizações”.

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Ágide Meneguette, presidente da FAEP “Recebemos o convite para a posse da Di-retoria desse Sindicato Rural, infelizmente tanto eu quanto os diretores aqui da Casa já temos compromissos de viagem nessa data. Em outra ocasião, agendaremos uma visita a esse Sindicato Rural. Envio aos companheiros meus cumprimentos, com votos de mais uma feliz e profícua gestão”

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Governador do Estado do Paraná, Beto Richa “Impossibilitado de comparecer, em razão de compromissos anteriormente agendados, agradeço a gentileza do convite para a so-lenidade de posse da diretoria desse sindi-cato. Na oportunidade, transmito meus cum-primentos aos empossados, com votos de pleno sucesso nas suas metas de trabalho”.

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Jamil Abdanur Junior, secretário de Estado de Governo em exercício. “Ao tempo em que agradeço o atencioso con-vite para a solenidade de posse da diretoria dessa instituição, comunico minha impossibi-lidade de ter comparecido, em razão de com-promissos anteriormente assumidos. Trans-mito meus cumprimentos aos empossados, formulando votos de profícuo trabalho”.

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Elói Laércio Mamcasz, presiden-te da ACIG “A Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava - ACIG, através da sua Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo, parabe-niza o Sindicato Rural de Guarapuava pela posse da nova diretoria, desejando sucesso e realizações. Colocamos a entidade à sua disposição para o que for necessário”.

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Artagão de Mattos Leão Junior Deputado Estadual “Registro e agradeço o convite encaminhado para participação da solenidade de posse da diretoria deste Sindicato. Reitero minha dis-posição de parceria e trabalho, desejando uma gestão profícua e de muito sucesso nes-te período de trabalho para esta entidade”.

Para: Revista do Produtor Rural do ParanáDe: Rodrigo Fernando Roman, Assessoria de Marketing - Cooperativa Agrária Agroindustrial“Parabéns pela matéria sobre o marketing na revista Produtor Rural. O texto ficou rico em informações. As contribuições feitas pelos entrevistados ajudaram a construir o conceito que forma a essência do marke-ting. Espero que a partir desta matéria os leitores reflitam sobre a importância das ferramentas de marketing”.

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[Artigo]

Anton Gora

Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro do Paraná.

BRASIL, o eterno País do futuro.

Caros leitores, hoje escolhi um tema para escrever que não se refere apenas à agropecuária, mas a todos

os setores da economia e da sociedade.Fiquei estarrecido quando o Minis-

tro dos Transportes se referiu às filas para a descarga de soja em Santos, di-zendo que a culpa é da super produção de soja. Em outras palavras, que a culpa é dos produtores que trabalham e que sustentam o País. Em nenhum momen-to o Ministro pensou ou admitiu que a verdadeira culpa é do governo, que não investe em infraestrutura e também em outros setores produtivos.

Logo, também me veio em mente uma frase de 1920, da filósofa russo--americana, Ayn Rond (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa. Ela disse: “Quando você per-ceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que mui-tos ficam ricos pelo suborno e por influ-ência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrup-ção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então pode-rá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.

A agropecuária tem sido eficiente, muito eficiente. Tem produzido alimen-tos baratos para a população brasileira e riquezas, gerando empregos e divisas para o País. O governo, pelo contrário,

tem punido os setores produtivos.Sabemos que a agropecuária bra-

sileira é a mais produtiva e eficiente do mundo, mas quando sai da porteira, ou até antes da porteira começa a encarecer pelo chamado custo Brasil: impostos, pe-dágios, ineficiência de um modo geral do governo. Impostos que vão para setores improdutivos, e a sociedade paga.

De uma maneira geral, existe uma inversão de valores em nosso País: os empresários e trabalhadores que geram riquezas são punidos de diversas formas, através de impostos, sendo discrimina-dos, taxados de exploradores, destruido-res do meio ambiente, entre outras afir-mações totalmente equivocadas.

Não podemos esquecer que riqueza é fruto, é conseqüência de um trabalho. Não existem bens, lazer, educação, saú-de e alimentos sem trabalho. Por isso só se pode distribuir riqueza se houver tra-balho e geração de riqueza. Sem traba-lho não existe riqueza, e nada pode ser distribuído a não ser a pobreza. Mas para que exista trabalho, ele precisa ser incen-tivado, precisa ser remunerado, precisa ser valorizado. E para que exista trabalho, é preciso ter educação e para ter educa-ção é preciso investimentos do Estado.

Mas com a inversão de valores que existe, o trabalho não é incentivado, pelo contrário, é discriminado como já disse-mos anteriormente. Em um País onde o salário reclusão é maior do que o salário mínimo, o incentivo vai para a criminali-dade, e não para o trabalho. Em um País onde a vida de um animal vale mais do que a do homem, algo está errado.

Dizem os especialistas que a políti-ca fomenta essa inversão. Com pessoas

não esclarecidas, pobres, à margem da sociedade é mais fácil os políticos se manterem no poder. Pobres políticos, com exceções, que pensam apenas em si próprios e não no País. Um dia a socieda-de vai cobrar essa conta.

Distribuir bens em forma de vales, família, transporte, educação etc. é ape-nas uma forma de se manter a grande maioria da população na pobreza e na ignorância, e dessa forma, se manter no poder, agregando a tudo isso a corrup-ção. A corrupção por si só já é um alto custo para o País, é um dinheiro que sai de circulação sem produzir riquezas, da mesma forma os altos impostos não pro-duzem riqueza, se perdem na corrupção e na distribuição da pobreza.

Temos inúmeros exemplos na his-tória e no mundo de que a distribuição da pobreza manteve Países e povos na pobreza desde os tempos feudais, que já explorava o povo até os Países que se dizem socialistas são pobres, com popu-lação miserável.

Países ricos são os países capitalis-tas. Vemos o exemplo dos Estados Uni-dos, Canadá e Europa, onde os Países passaram do socialismo para o capitalis-mo, progredindo e gerando riquezas.

O único sistema que gera e produz riquezas é o capitalismo. O socialismo mantém uma pequena casta, principal-mente de políticos, ricos e a população pobre.

Por isso, vamos repensar os nossos valores. A população deve pressionar o governo para mudar os seus valores. Va-mos valorizar o trabalho, a educação, os bons políticos. Só assim o Brasil deixará de ser o País do futuro.

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Revista do Produtor Rural8

Projeto Identidade Sindical 2013

10% nas prestações de serviços

5% sobre valor finalda negociação

3% de desconto adicional para compras à vista

Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente, tanto trabalhos fiscais

quanto trabalhos decisoriais

15 % em acessórios e serviços

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30% em cursos oferecidos pelo escritório

BetoAgroAGRONEGÓCIOS

GuARAPuAVA

Insumos Agrícolas

3% na linha de produtos Forquímica

1% em produtos IHARA BRÁS S/A

3% em toda linha de insumos agrícolas

3% sobre o preço de lista no ato da compra. Descontos não

cumulativos

Materiais, Assessorias e Serviços

Tecnologia, Saúde e Outros

5% em serviços ou equipamentos

10% à vistaDescontos em exames3% em peças e serviços e 3% na compra de veículos à vista sem troca

15% na realização de exames radiográficos

10% em todos osserviços prestados

 

15% no valor do curso10% em todos osserviços prestados

10% em toda loja

Benefícios para associados 10% nas consultas de nutrição

e fisioterapia; 5% nos pacotes e palmilhas; 5% no serviços de

home care. Exceto exames.

5 % em medicina do trabalho, segurança do trabalho, consultorias, intermediação de

consultas e exames médicos

Tel: (42) 3305-3839 / 8861-6346

17 % de desconto em sessões de Acupuntura

Page 9: revista produtor rural 36

Revista do Produtor Rural 9

Produtor rural, apresente a carteirinha* doSindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:

5% sobre valor finalda negociação

5% sobre valor final da negociação

CANDÓI

CANTAGALO

Agroveterinárias e Insumos Agrícolas

Agroveterinárias e Insumos Agrícolas

Materiais, Assessorias e Serviços Saúde

Saúde

Serviços

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e

lubrificantes parapagamento à vista

10% em medicamentos veterinários em geral 5% na compra de todos os produtos

20% em exames clínicos laboratoriais, ao preço da tabela particular vigente

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes

para pagamento à vista

5% toda linha de medicamentos

3 % nos produtos da loja

Produtos Veterinários / Agroveterinárias Máquinas e Implementos Agrícolas

5% em toda loja, exceto linha equina Proequi e produtos promocionais

5% nas compras realizadas na loja

3% à vista ou cartão de débito e 2% a prazo ou cartão de crédito; exceto vacina aftosa e

produtos de promoção

Bonificações em produtos

3% a vista na compra de suplementos para equinos produtos nutrição gado

de leite - Supra

3% nos implementos agrícolas, rolos destorroadores

e renovador de pastagens

* Se ainda não possui a carteirinha de

sócio, compareça ao Sindicato Rural de

Guarapuava ou nas Extensões de Base:

Candói - Foz do Jordão e Cantagalo.

Material de construção 6%, movéis 8%, casa pronta 11%.

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Revista do Produtor Rural10

[Manchete]

Rodolpho Luiz Werneck Botelho foi reeleito presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

A Assembleia Geral Ordi-nária (AGO) do Sindicato Rural de Guarapuava,

realizada na quarta-feira, 27, contou com a presença de 77 associados que aprovaram, por unanimidade, o Demons-trativo de Contas e Resultados do Exercício de 2012 e a Pro-posta Orçamentária de 2013.

No mesmo dia, ocorreu a eleição da nova diretoria, conselho fiscal e suplentes do Sindicato para o triênio 2013-2016. A chapa única, presidida por Rodolpho Luiz Werneck Botelho, foi eleita com 104 votos.

A apuração dos votos foi feita às 17h35, pelos mesá-rios Francisco Serpa, Murilo Ribas e Mário Bilek.

Prefeito empossouos eleitos

A solenidade de posse ocorreu na noite de quarta-feira, 27, no anfiteatro da entida-de, conforme prevê o estatuto da entidade, com a presença de mais de 80 autoridades, associados e parceiros do Sindicato Rural.

Os diretores foram empossados pelo prefeito municipal de Guarapuava, César Sil-vestri Filho, convidado pela entidade para dar a posse aos eleitos, já que não foi possível a participação de um diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP).

Integram a nova diretoria: Rodolpho Luiz Werneck Botelho (presidente), Josef Pfann Filho (1º vice presidente), Anton Gora (2º vice presidente), Gibran Thives Araú-jo (1º secretário), Luiz Carlos Colferai (2º secretário), João Arthur Barbosa Lima (1º tesoureiro), Jairo Luiz Ramos Neto (2º te-soureiro). Os conselheiros fiscais são Ernes-

to Stock, Nilceia Mabel Kloster Spachynski Veigantes e Lincoln Campello (titulares); Roberto Hyczy Ribeiro, Alceu Sebastião Pi-res de Araújo e Cícero Passos de Lacerda (suplentes). O delegado representante na Federação da Agricultura do Estado do Pa-raná (FAEP) é Anton Gora.

Diretoria eleita - Itacir Vezzaro, Secretário Mun. de Agricultura; Prefeito César Silvestri Filho e Presidente da Câmara Municipal, Edoni Klüber prestigiaram a posse

Page 11: revista produtor rural 36

Revista do Produtor Rural 11

Na composição da mesa, o anfitrião Ro-dolpho Luiz Werneck Botelho recepcionou o prefeito municipal de Guarapuava, Cé-sar Silvestri Filho, o presidente da Câmara Municipal de Guarapuava, Edony Klüber, o secretário municipal de Agricultura, Itacir Vezzaro e o diretor da Federação da Agri-cultura do Estado do Paraná, Anton Gora.

Após a execução do Hino Nacional, Botelho fez a abertura dos trabalhos da solenidade de posse. O prefeito César Sil-vestri Filho deu a posse aos eleitos após a leitura e assinatura do termo de compro-misso. “Declaro empossados em seus car-gos, os diretores aqui presentes”, disse o prefeito, que parabenizou toda a diretoria e agradeceu o convite para participar da cerimônia de posse. “Agradeço pelo pri-vilégio de poder, nessa cerimônia solene, participar da forma como vocês nos con-vidaram, empossando toda essa diretoria. Sinto-me lisonjeado, sinto-me honrado pela demonstração de carinho”, disse.

Em seu discurso de posse, Botelho falou que é com responsabilidade redobrada que assume o novo mandato, reafirmando seu compromisso com a classe produtora rural de Guarapuava, Candói, Cantagalo e Foz do Jordão, área de abrangência da entidade.”Foi devido ao apoio dos diretores que aceitei o desafio de continuar por mais três anos à frente do Sindicato Rural. Vamos avançar no trabalhado iniciado em 2010. Continua-remos focados na capacitação profissional e informação técnica de qualidade, visando rentabilidade, altas produtividades, qualida-de e segurança no campo”.

O presidente reeleito fez agradecimen-tos à diretoria que o acompanhou nos três anos da primeira gestão, aos colaborado-res, à Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), aos parceiros da entidade e agradeceu ainda, a compre-ensão e apoio de seus familiares e amigos.

“Em 2010, quando assumi, éramos

711. Hoje somos 1.047 associados. Não queremos reprisar a primeira gestão. Que-remos fazer melhor, tornar os projetos mais eficientes. E, para isso, precisamos do apoio de toda a classe. Precisamos de críticas, de sugestões, de ideias e projetos. Vamos bus-car a excelência na administração da enti-dade, planejar e executar melhor”.

Entre os desafios da entidade, ele ci-tou que é necessário mostrar a importância do setor agropecuário. “Somos empresários rurais, nos dedicamos à atividade econômi-ca da agropecuária e isso não é nada fácil. Dependemos de clima, de preço, de produ-tividades, de qualidade, de infra-estrutura e de logística... Somos empresários do cam-po, cidadãos. Trabalhamos, produzimos, pagamos impostos, respeitamos o meio ambiente. Peço a união da classe em torno das grandes causas que nos são comuns. Somente com essa união, teremos força”.

O evento encerrou com jantar de con-fraternização.

Botelho: leitura do Termo de Compromisso Mesa de autoridades Associados e autoridades

Diretoria assina termo de compromisso

Roberto H. RibeiroGibran T. Araújo Josef Pfann Filho Anton Gora Luiz Carlos Colferai João Artur B. Lima

Jairo Luiz Ramos Neto Ernesto Stock Nilcéia Veigantes Lincoln Campello Alceu Araújo Cícero Lacerda

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Revista do Produtor Rural12

[AGO]

Produtores e parceiros prestigiaram posse

Sócios comentaram prestação de contas

“Essa Assembleia mostra a transpa-rência da gestão. A prestação de contas foi muito bem esclarecida. Ficamos felizes em saber que temos uma entidade que está trabalhando para o produtor rural, buscando alternativas, esclarecimentos e, principalmente, capacitação.

Como associado, fico satisfeito e contente com o que foi apresentado e com a nova proposta que vem a ser o novo desafio a ser cumprido em 2013”.

Marcelo Mayer

“As prestações de contas espelham a realidade de uma diretoria atuante. O Sindicato está muito bem entregue, uma diretoria muito boa e esperamos que con-tinue assim. Para nós, associados, esse re-sultado traz uma segurança em termos de cursos e futuro do agronegócio.”

Valdemir Spitzner, produtor e sócio

“Eu nunca tinha participado e achei interessante a explanação do presiden-te, deu para compreender e verificar bem onde foram aplicados os recursos. Achei muito interessante. Sempre sou convidado para os eventos através de mensagens e estou muito satisfeito. É uma entidade que nos apoia e defende nas discussões de assuntos como código florestal, preços dos produtos, sempre pleiteando bons preços e os interesses do agricultor“.

Antônio Luiz Peterlini

“Eu quero dar os parabéns ao Rodolpho e a todos os membros da diretoria do Sindica-to Rural, primeiramente, pelo trabalho que já realizaram durante a última gestão. Nós sabe-mos perfeitamente que o Sindicato Rural tem uma história muito importante em Guarapuava. Lembro-me quando o Sindicato foi fundado, na época da atuação do Dr. Ruy Marques e do Ávio Bittencourt Ribas, que fizeram um grande trabalho durante tantos anos. Quero reforçar a importância do trabalho do Sindicato ao meio rural para todos os nossos produtores. Guarapu-ava, sem dúvida nenhuma, é exemplo no sindi-calismo rural e a força do Sindicato prova que a união da classe com todos os seus produtores é muito importante para a consolidação da voca-ção agropecuária que Guarapuava possui”.

Cândido Bastos - produtor rural as-sociado ao Sindicato Rural, ex-prefeito de

Guarapuava

“Três anos se passaram muito rápido e nesse tempo, muita coisa se fez, mas os de-safios continuam. Precisamos aprimorar os nossos produtores, os colaboradores que es-tão dentro da propriedade através do nosso convênio com o Senar, trazer o maior número possível de produtores para o Sindicato. Além disso, fortalecer o Sindicato como uma entida-de que seja representativa e que tenha força política e não só nos momentos bons. Já pas-samos crises, problemas políticos, governos impondo algumas medidas que foram prejudi-cais à classe, e é nessas horas que realmente o Sindicato tem que estar fortalecido e unido para mostrar que a gente precisa ser respeita-do e valorizado pelo governo. Em Candói e Foz do Jordão, a gente vem fazendo um trabalho para conscientizar os produtores que preci-sam participar mais. Participar da entidade, como diretor, por mais três anos, é gratificante. Mesmo sendo um trabalho voluntário - não te-mos nenhum tipo de remuneração, é algo fei-to com carinho. Estamos doando um tempo na vida para fortalecer o produtor e esperamos atender as expectativas do nosso associado”.

Luiz Carlos Colferai, diretor reeleito do Sindicato Rural de Guarapuava, diretor da

Extensão de Base Candói e empresário rural.

“Tenho enorme satisfação de colaborar com o Rodolpho, com quem já tenho uma ami-zade bastante antiga e sempre tivemos a frente de outras batalhas. Fazer parte dessa diretoria e estar com todas essas pessoas é muito grati-ficante. Eu já tenho uma atuação longa dentro do Sindicato, não como vice-presidente, e sei a importância da entidade politicamente, nas demandas do setor. A expectativa para esta gestão é que trabalhemos com bastante pro-fissionalismo. Não tenho dúvida que o trabalho será profícuo, pois todos da diretoria entendem bastante de agricultura e pecuária, e é isso que precisamos para representar bem. Manteremos contato com as pessoas e entidades certas para buscarmos os recursos e as decisões que po-dem mudar de sobremaneira toda nossa ativi-dade econômica e os resultados do município. É com grande satisfação que assumo agora esse novo desafio”.

Josef Pfann Filho, vice-presidente eleito e empresário rural.

“Como representante de uma entidade de classe, escutei palavras que realmente o produtor e toda sociedade precisam escutar, a famosa “a união faz força”. É tão famoso e antigo, mas ainda precisa ser repetido. A ques-tão da representação é muito importante em todas as esferas e como nosso prefeito citou, no meio rural essa representatividade tem sido muito bem feita pelo Sindicato Rural de Guarapuava. A AEAGRO também estamos ten-tando ocupar seu espaço em Guarapuava e re-gião. Compartilhamos o sucesso do Sindicato e essa parceria que nos traz benefícios “.

João Roberto Papi – presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de

Guarapuava (AEAGRO)

“O Sindicato Rural de Guarapuava é mui-to atuante e forte. Prova disso é a presença das autoridades que estiveram nessa cerimô-nia de posse. O quadro eleito demonstra um peso e uma importância enorme. O Sindicato vem fazendo um trabalho muito bonito e é espelho para outras regiões”. Oswaldo Grane-mann de Paula, gerente da carteira agrícola da agência do Banco do Brasil de Guarapuava.

Edio Sander

Anton Gora Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Ernesto Stock

Francisco Serpa Nilcéia Veigantes

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Revista do Produtor Rural 13

[Nutrição animal]

Importância da suplementação mineral para bovinos de corte em pastagem de aveia/azevém

Dr. Juliano R. F. Beleze

Médico Veterinário Mestre e Doutor em Nutrição Animal (Assistente Técnico Corte e Confinamento Tortuga - Paraná)

Em qualquer sistema de produção animal o planejamento da alimen-tação, nos seus aspectos qualitati-

vos e quantitativos deve ser prioridade. Portanto, na produção de ruminantes o planejamento forrageiro deve ser feito sempre considerando a distribuição es-tacional da forragem, a demanda e a pro-dução para o período.

A região sul é potencial produto-ra de pastagens cultivadas de inverno, principalmente aveia (Aveia Preta: Avena strigosa; Aveia Branca: Avena sativa L.) e Azevém (Loliummultiflorum) que são as principais gramíneas de inverno utiliza-das para pastejo de bovinos. Além disso, a intensificação crescente na produção de bovinos de corte tem levado o pro-dutor a buscar nas pastagens cultivadas uma resposta mais imediata para obter maior produtividade, e ainda ajudando e somando com a pecuária sendo mais competitiva, principalmente quando comparada com outros segmentos.

Observamos esta resposta de inten-sificação na pecuária de corte, quando comparamos os desempenhos dos ani-mais em sistemas de criação diferentes, seja no sistema tradicional ou sistema de integração lavoura pecuária. No primei-ro sistema, o ganho médio diário anual quando chega a 0,400 kg/animal/dia é considerado muito bom. Entretanto, para o sistema de integração lavoura pecuária os ganhos médios anuais giram em tor-no de 0,750 kg/animal/dia, portanto uma diferença de 0,350 kg de rentabilidade a mais para o segundo sistema.

No Estado do Paraná, especialmente na região Centro Sul, podemos entender que temos duas possibilidades para de-senvolver a integração lavoura e pecu-

ária: a) a rotação de cultivos anuais de grãos com pastagens perenes; b) a utili-zação na alimentação animal de plantas de cobertura e/ou pastagens anuais em rotação com cultivos anuais para grãos.

Desta forma, estima-se que boa parte da área agrícola não utilizada para a pro-dução de grãos no inverno (2.4 milhões de ha) no Paraná é utilizada para pastejo de bovinos como mostrado na Figura 1.

Figura 1 - Animais na fase de recria sob pastejo de aveia e azevém.

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Com o crescimento da adoção de tec-nologias e divulgação de conceitos sobre exploração adequada de programas de Integração Lavoura Pecuária (ILP), onde a taxa de lotação gira em torno de 4 UA (Unidades Animal) por alqueire. As culti-vares de aveia/azevém utilizadas atual-mente possuem capacidade de produção de até 12.000 kg de Matéria Seca(MS)/ha.

Da mesma forma, estas áreas de in-tegração, possibilitam trabalhar melhor o manejo das pastagens de verão (pe-renes), auxiliando e preservando no pe-ríodo de inverno, com tempo maior de descanso e produzindo matéria orgâni-ca para solo. Além disso, os animais em pastejo de aveia/azevém, terão melhor aproveitamento, aliando a digestibilida-

de e equilíbrio de nutrientes da planta, com redução no tempo de abate, e con-sequentemente maiores ganhos, no perí-odo de entressafra.

Para o aproveitamento desta MS po-tencialmente digestível, aliada a combi-nação de nutrientes, e ainda priorizan-do o sistema apical da planta (rebrota), a sugestão para a altura de entrada dos animais no pastoreio na cultura de aveia

será a partir de 25 cm ou 1 kg de massa verde/m2, da mesma forma, para a saída dos animais o ideal é de que se trabalhe com 12 cm de altura, deixando de 2 a 3 cm de lâmina foliar.

Outro fator importante que deve ser mencionado é o da suplementação pro-téico-energético e mineral para bovinos em regime de pastejo de aveia/azevém. Desta maneira, a Tortuga Companhia Zoo-técnica Agrária preocupada em atender a exigência de bovinos em pastagem de aveia e azevém, desenvolveu no ano de 2011 o produto Fosbovi Aveia/Azevém.

Além da mineralização aliada à tec-nologia de minerais em forma orgânica adequada para o período, ressaltamos a presença do Carbo-Amino-Fosfoquelato

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Revista do Produtor Rural14

de Enxofre, favorecendo em um melhor acabamento de carcaça dos animais, principalmente devido a elevados níveis de proteína, como os encontrados nas pastagens de inverno.

Outra característica que deve ser le-vada em consideração é o pastejo dos animais em áreas maiores (talhões de la-voura), onde a demanda de energia ten-de a aumentar, principalmente quando o animal encontra o prato sempre cheio de volumoso. Portanto, o comportamento de andar (caminhar) dos animais acelera este déficit de energia, o qual é compensado com a ingestão do produto. O produto promove o equilíbrio no balanceamento dos teores de energia e proteína ingeridos pelos animais, durante o pastoreio.

Outro fator importante no sistema integração lavoura X pecuária deve ser a utilização racional da pastagem com o direcionamento adequado parta as cate-gorias animais, como:

1 - Terminação de bois, vacas descar-te e/ou novilhas, acelerando o seu acaba-mento, conforme Figura 2.

2 - Recria de novilhas que entrarão no plantel de matrizes, antecipando a idade de cobertura.

3 - Direcionamento de novilhas e/ou novilhos para recria, com posterior térmi-no em confinamento, agregando com a produtividade da propriedade e utilizan-do o boi como uma terceira safra no ano, como mostrado na Figura 3.

A necessidade de aumento na pro-dutividade dos animais ruminantes tem acarretado a busca por incrementos na capacidade dos animais em utilizarem o alimento consumido, tanto por melhorias na capacidade de digestão quanto por au-mento na eficiência metabólica do animal (hospedeiro) e da microbiota ruminal. Por-tanto outra característica importante do

Figura 2 - Animais na fase de acabamento (terminação) em regime de pastagem de aveia/azevém

Figura 3 - Animais provindos de pastagem de aveia/azevém aliado a suplementação com Fosbovi Aveia/Azevém - TORTUGA

Márcio Essert (Tortuga), Nelson (Capataz Marinsana), Dr. Emerson Saciloto (Méd. Veterinário), Eduardo Silvestri (Marinsana) e Gerson J. M. Abreu (Proprietário Marinsana Agropecuária)

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produto Fosbovi Aveia/Azevém é de pro-mover melhorias no desempenho animal, maximizando processos fermentativos ruminais como: síntese de proteína micro-biana, aumento de degradação de fibra bruta em ácidos graxos voláteis (AGV), e minimizando outros processos, que atuam diretamente na produção de energia para os animais como: metanogênese (metano - CH4) e a degradação de proteína verda-deira do alimento.

Imaginemos este efeito maior em dietas à base de forrageiras ricas em proteína, como é o caso das culturas de aveia e azevém. Desta maneira, a utiliza-ção de monensina sódica como aditivo no produto Fosbovi Aveia/Azevém, pos-sui a capacidade de corrigir os fatores acima mencionados, promovendo um incremento dos processos fermentativos que acontecem no ambiente ruminal, assim como no direcionamento das vias metabólicas para a produção de energia, e inibindo o desenvolvimento de bacté-rias patogênicas causadoras de infecções secundárias (diarreias).

O produto Fosbovi Aveia/Azevém, deve ser fornecido diariamente, sen-do seu consumo estimado em 120 gra-mas/100 kg de Peso Vivo (PV), e conside-rando ainda um espaçamento de cocho de 10 cabeça/metro.

Para o melhor preparo das áreas de pastejo, deve-se levar em consideração algumas recomendações:

a) Nas áreas de pastejo, fazer uma pra-ça de alimentação, roçando 30 m de diâmetro (indicando a localização dos cochos de mineral), quando não houver o malhadouro (descanso dos animais) definido;

b) A praça de alimentação deverá estar localizada no centro da área, para me-lhor homogeneidade e aproveitamen-to da área a ser pastejada, pois geral-mente os animais fogem de lugares frios como beira de rio;

c) Recomenda-se realizar uma adapta-ção dos animais na entrada do pasto-reio de aveia/azevém. Iniciando com 1 hora/dia (3 dias), 2 horas/dia (3 dias), 3 horas/dia (3 dias), depois soltando os animais para pastejo contínuo.

d) Com relação a carga animal o corre-to é trabalhar: 600 a 900 kg de Peso Vivo/ha ou 3 cabeças/ha ou 1,5 UA/ha dependendo do estádio da planta.

Fica evidente que o sistema de in-tegração lavoura e pecuária pode pro-porcionar resultados muito satisfatórios ao produtor, como é o caso da Marinsana Agropecuária – Município de Candói–Esta-do do Paraná, de propriedade do Sr. Gerson João Mendes de Abreu (Figura 4), que utili-zou no ano de 2012, na suplementação de novilhos em fase de recria e peso médio de 284 kg/PV, o produto Fosbovi aveia/azevém, durante um período de 100 dias e com ganho médio diário de 1,195 kg/ca-beça/dia. O consumo médio observado do produto foi de 112 g/100 kg de PV/dia.

A tecnologia aplicada à pecuária de corte, dos minerais em forma orgânica, é encontrada no produto Fosbovi Aveia/Azevém - TORTUGA, é mais uma ferra-menta, para ser utilizada pelo pecuarista, somando e complementado com novas técnicas específicas aos sistemas produ-tivos, impulsionando os índices de pro-dutividade dos animais e colaborando para uma pecuária cada dia mais eficien-te e sustentável.

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Revista do Produtor Rural 15

As pastagens de inverno ganharam um aliado de peso.

O Fosbovi Aveia-Azevém é um produto especial-mente desenvolvido para a região Sul do país, formulado para atender as exigências nutri-cionais de animais mantidos em pastagens deinverno e pastagens nativas, que contêm alto teor de proteína e elevada qualidade nutricional. O seu uso proporciona melhor aproveitamento da forragem pelos animais, elevando o desempe-nho animal e a lucratividade da propriedade.

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. Minerais Orgânicos de alta Biodisponibilidade;

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Revista do Produtor Rural16

[Missão Moçambique 2013]

Uma delegação de agropecuaristas, empresários e profissionais liberais de vários setores, do Paraná e de

outros estados, realizou, entre 23 de feve-reiro e 3 de março, viagem através de uma realidade marcada por oportunidades e desafios: a Missão Moçambique 2013 – um giro destinado a oferecer a seus parti-cipantes uma visão geral sobre as possibi-lidades de investimentos no segmento do agronegócio moçambicano. Organizada com o apoio do Sindicato Rural de Gua-rapuava, Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique (CCIA-BM) e Federação da Indústria do Estado do Paraná (Fiep), a viagem foi operaciona-lizada pela agência de viagens Terra Nova Turismo, dentro de seu projeto Vivências Internacionais (viagens voltadas a propor-cionar a produtores rurais perspectivas sobre agronegócio em outros países).

Em cada escala da Missão Moçam-bique 2013, os participantes puderam conhecer diversos lados de um país que tem buscado, em conjunto com empre-endedores internacionais, direcionar e acelerar o desenvolvimento de diversos setores da economia, incluindo a agrope-

Independente desde 1975, Moçambique, no sudeste da África, enfrenta o desafio de se desenvolver: a nação de 20 milhões de habitantes tem apostado em parceiros estrangeiros para alavancar vários setores. Se a infraestrutura é carente, as oportunidades têm sido reconhecidas por investidores internacionais e grandes empresas já se instalaram em solo moçambicano. Durante visita técnica, comitiva de brasileiros conheceu de perto essa realidade, que chama a atenção pelo esforço daquele país africano e pela disposição pioneira de quem nele está investindo.

cuária. Entre os pontos da programação, destacaram-se contatos com a Embai-xada Brasileira, Embrapa, Ministério da Agricultura de Moçambique e autorida-des, na capital Maputo (1,2 milhão de habitantes), e nas províncias de Nampula (3,8 milhões de habitantes) e de Niassa (1 milhão de habitantes). O foco da troca de idéias voltou-se para questões como clima, solo, vocações agrícolas regionais, logística, oportunidades de investimentos no campo e o conhecimento de projetos já em andamento, como o Projeto Pró--Savana – a iniciativa reúne governo de Moçambique, concedendo, em sistema de comodato, terras para que investidores estrangeiros desenvolvam projetos agro-pecuários; recursos financeiros do Japão; e tecnologia agrícola brasileira, para ala-vancar o setor rural.

Integrantes da missão, que após seu retorno conversaram com a Revista do Produtor Rural, foram unânimes no ba-lanço que fizeram: se por um lado o país africano registra produção agrícola rudi-mentar, por outro, está aberto ao mundo, buscando implantar o que há de mais mo-derno para transformar rapidamente sua

realidade. O quadro é o de uma dualida-de de oportunidade e desafio, conforme analisou um dos participantes da viagem, o presidente do Sindicato Rural de Gua-rapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho. Ele comentou que a concessão de terras para investimentos estrangeiros se dá por prazos de até 50 anos, renováveis por mais 50. Nesse caso – prosseguiu – o investidor tem de apresentar ao governo um projeto. Se nos dois primeiros anos cumprir as etapas previstas, recebe libe-ração para utilização da área pelos outros 48 anos. Esse sistema coloca a necessida-de do empreendedor de se adaptar a uma realidade diferente da brasileira: “Você não tem o custo de aquisição da terra, mas também não vai ter a valorização, porque esta terra não é sua”.

Botelho destacou que um dos pontos que chamou sua atenção foi o projeto do chamado Corredor de Nacala. “O corredor é a estrada que liga algumas províncias do norte de Moçambique ao porto de Nacala, que é um dos portos com maior potencial de crescimento da África, e com um calado extremamente interessante, no qual cabem com muita folga os grandes

Manoel Godoy

Visão sobre um país em busca do desenvolvimento

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Moçambique espera que parcerias internacionais contribuam para o desenvolvimento do país

Ensaio de época de semeadura em soja

navios”, explicou. De acordo com ele, na região, onde as terras são, a seu ver, “re-lativamente férteis”, o governo moçambi-cano quer aumentar a produção agrícola, porque o país “depende em grande parte de importações, inclusive de alimentos e de manufaturados”. No caso específico do agronegócio, Botelho ressaltou que “eles querem trabalhar com agricultura um pouco mais empresarial, e, em contra-partida, (desejam) que nós, brasileiros, os produtores que forem para lá, façam uma troca de informação, uma capacitação de mão-de-obra, com os produtores locais. Isso é transferir tecnologia, ensinar como ter uma produtividade melhor na soja, no milho, no feijão e etc...”. E exemplificou: “A produtividade do milho é abaixo de 1000 quilos por hectare. O produtor planta 500 m², ou 1000 m², só para consumo de sub-sistência”.

Sobre o perfil da realidade rural, o presidente do Sindicato Rural de Guarapu-ava observou que “as terras são boas, de fertilidade melhor do que o centro-oeste (brasileiro), mas não são tão planas”. Os talhões, segundo acrescentou, “não são grandes, como nas chapadas brasileiras”,

apresentando-se “com uma vegetação se-melhante ao do nosso cerrado”. Se para a implantação de uma agricultura nos mol-des brasileiros o clima é, segundo avaliou, semelhante ao do centro-oeste (brasilei-

ro), com chuvas concentradas durante o verão, no dia a dia, ainda conforme opi-nou, o empreendedor do setor rural teria de estar preparado para desafios como a necessidade de capacitar a mão-de-obra e a dificuldade de assistência técnica para o maquinário.

Mas é a logística que, para ele, seria um dos principais desafios para quem pensa em iniciar um projeto. Ao lado de uma pequena estrutura de silos, algumas das regiões que a delegação considerou boas para a produção agrícola não con-tam, em sua análise, com boa estrutura de transporte para o escoamento das safras rumo ao porto. Frisando, no entanto, a dualidade daquela realidade, Botelho re-cordou que, apesar da infraestrutura pre-cária, o país vem recebendo a presença de grandes grupos, mencionando nomes de peso como Vale, Odebrecht, Camargo Correia, além de empresas do Japão e de outros países: “Até visitamos também al-guns produtores da Índia, produzindo fei-jão, para a exportação”.

Mas qual seria então o caminho para um investidor brasileiro do setor rural que eventualmente desejasse iniciar um projeto em Moçambique? O espírito de associativismo, bem acentuado no agro-negócio paranaense, pode ser uma res-posta: “O que a gente viu é que não é para pequeno produtor, produtor individual. Isso funciona para grandes grupos. Ou um grupo de produtores, trabalhar em con-junto, para diluir custos”, opinou Botelho. Ele disse acreditar que um projeto “pode-ria funcionar para algumas cooperativas, captando dinheiro fora e fazendo um tra-

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Revista do Produtor Rural18

balho coletivo”. E citou que hoje, em Mo-çambique, “tem grandes projetos de agri-cultura – inclusive de grupos brasileiros –, de dezenas de milhares de hectares”. Para vários que por lá instalaram seus em-preendimentos, o destino da produção é a Ásia. Mercado para o qual é mais viável buscar alimento no sudeste da África do que no continente americano.

Outro produtor rural que participou da delegação, José Henrique Cordeiro Lustoza, também da região de Guarapua-va, contou ter aprovado o roteiro: “Gostei muito da viagem. Achei que tem bastante futuro em Moçambique”. Lustosa ponde-rou, por outro lado, que um dos desafios é a estrutura viária; por outro, disse ter con-siderado as terras excelentes, destacando a fruticultura como um dos pontos que considerou como mais interessante.

Quem também elogiou as terras foi o produtor rural Vinícius Virmond Abreu, de Guarapuava, que relatou ter visto no solo moçambicano uma “boa fertilidade natu-ral”. Ao enumerar produtos como carvão, minério e petróleo, ao lado de grandes empresas já presentes, ele opinou que o país “tem tudo para estar se desenvol-vendo”. Mas frente à infraestrutura, o pro-dutor declarou ver o empreendedorismo estrangeiro em Moçambique como “um investimento para grupos, abrindo áreas”.

Para o suplente de tesoureiro do Sin-dicato Rural de Tibagi, o veterinário Ivo Carlos Arnt Filho, que integrou a comitiva brasileira, dois pontos chamaram a aten-ção: a extrema simplicidade do dia a dia das pessoas, do padrão sócio-econômico às técnicas agrícolas, e os investimentos que já vêm sendo feitos por grandes em-presas. A implantação de projetos agro-pecuários em Moçambique, são, em sua opinião, “um desafio pioneirista”, já que significam desbravar as terras de um país que está começando agora a construir a modernidade no campo. Também para

(Da esq. p/ dir.) Fábio Vale; Ivo Arnt Filho; Rodolpho Luiz Werneck Botelho; e José Lustosa

ele, logística é um tópico que se impõe numa reflexão sobre eventuais investi-mentos. Outro ponto a ser incluído numa análise de oportunidades e riscos é, a seu ver, o contraste entre a visão de subsis-tência e a de uma agricultura empresarial. Visão empresarial, entretanto, Ivo ressalta como fundamental para que um eventual empreendimento possa ter futuro: “(Para desenvolver um projeto) tem que ser um grupo sólido, um grupo já estabilizado economicamente, porque você vai abrir uma nova fronteira agrícola”.

Agrônomo e produtor rural da região de Arapoti, Francisco Fido Fontana, afir-mou ter visto “bastante prós e contras”. O tópico “logística” surge, também em seu parecer, como uma dificuldade. O mesmo, em relação à assistência técnica para o maquinário: “Fomos visitar uma fazenda, onde tinha cinco tratores iguais. E um era só para tirar peças, para manter os outros rodando”. Em contrapartida, ele estimou que “as oportunidades existem, porque é um país que está querendo melhorar sua agricultura”. Fontana ressalva que, ao con-trário do que ocorre no Brasil, o setor rural

não conta com apoio de financiamento por parte do governo, como fazem o Banco do Brasil e o BNDES. Possibilidade ele vê em mecanismos internacionais de custeio. A favor, além de solo e do clima, ele visua-liza alguns pontos, como a alternativa de expansão de áreas, o que hoje, no Brasil, nem sempre é fácil, já que poucas são as propriedades disponíveis nas regiões de agricultura forte, como o próprio Paraná. “Lá, é possível. A terra não pertence ao investidor. É alugada pelo governo. Então, existe possibilidade de um aumento de áreas. Outro ponto positivo é a receptivi-dade local: “Tivemos reuniões com várias pessoas e fomos muito bem recebidos. Essa foi uma parte que nos agradou bas-tante”. O produtor rural de Arapoti disse que chamou sua atenção o fato de produ-

Integrantes da Missão MoçambiqueEncontro com autoridades da província de Nampula

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Revista do Produtor Rural 19

Em Niassa, diálogo com autoridades daquela província

José Henrique Cordeiro LustozaProdutor ruralGuarapuava (PR)

Daniel Doeler – Administrador de Empresas / Doeler Distribuidora de Veículos Ltda.Cuiabá (MT)

Rodolpho Luiz Werneck BotelhoEngenheiro agrônomo e produtor rural Guarapuava (PR)

Luciano Daleffe – Engenheiro CivilDalba EngenhariaCuritiba (PR)

Aparecida Toshiko Yamanaka Uemura - Produtora ruralMaua da Serra (PR)

Ademar Takeyuki UemuraProdutor ruralMauá da Serra (PR)

Leonardo Montesanto TavaresMontesanto Tavares Logística e Transporte Ltda.Belo Horizonte (MG)

Pedro Ferreira Rezende BrásGrupo Tote Seguros / Corretora de Mercadorias e AgropeçasBelo Horizonte (MG)

Ivo Carlos Arnt Filho – Veterinário e produtor rural – Agropecuária TibagiTibagi (PR)

Francisco Fido FontanaEngenheiro agrônomo e agropecuaristaCuritiba (PR)

Antônio Vivalde Reis JuniorEngenheiro civil e produtor ruralLondrina (PR)

Vinicius Virmond de AbreuEngenheiro agrônomo e produtor rural - Guarapuava (PR)

Daniel Rosenthal – Engenheiro Agrônomo e produtor ruralLondrina (PR)

Participantes da Missão Moçambique 2013

tores brasileiros que já estão em Moçam-bique relatarem que o país é hoje um dos mais estáveis democraticamente no conti-nente africano, além de seguir cumprindo seus compromissos financeiros perante o mundo. “Com isso, o crescimento tem sido muito alto, de 7% ao ano. É um país sério. Então, acho que isso é um dado que vale a pena ser ressaltado”, concluiu.

À frente da Terra Nova Turismo (Lon-drina-PR), que estruturou o roteiro da Mis-são Moçambique 2013, Roberta Borghesi, informou, por meio de um texto institucio-nal, que a viagem “foi o primeiro fruto de um projeto chamado Vivências Internacio-nais”, voltado a sindicatos rurais. O objetivo é proporcionar aos associados contato com novas realidades do setor em diferentes países. “As viagens técnicas proporcionam

a ampliação do conhecimento mediante a visualização de tecnologias, infraestrutura, comercialização e oportunidades de mer-cado”, explicou. A experiência no exterior possibilita também que o agropecuarista possa comparar realidades.

No encerramento desta edição, a Re-vista do Produtor Rural conseguiu contato com uma empresa que investe em Moçam-bique: a Agromoz. O agrônomo João Ale-xandre Lima contou que a empresa atua nos segmentos de soja e milho. Quanto à produtividade, ele contou que ainda não há dados concretos. Já sobre as expecta-tivas, Lima informou que o trabalho ainda está no início: “Estamos numa fase pionei-ra, há potencial, mas as dificuldades ope-racionais, logísticas, legais e culturais são barreiras que tem que ser vencidas”.

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Revista do Produtor Rural20

De acordo com matéria publicada no Portal Brasil (site oficial do governo brasilei-ro), o acordo denominado Pró-Savana foi assinado no dia 9 de novembro de 2010, na capital moçambicana de Maputo. Signatários são a Embrapa (Brasil), a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica) e o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (da parte daquele país africano). Segundo a notícia então publicada, o principal objetivo é melhorar a capacidade de pesquisa e transferência de tecnologia para o desenvolvi-mento agrícola do corredor de Nacala (área de savana tropical que vai da região central de Moçambique até o norte do país). Recursos de US$ 13,4 milhões serão investidos ao longo de 63 meses.

Ao comentar o assunto em entrevista para a Revista do Produtor Rural, dia 6 de março, em Guarapuava, o ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, contou que os projetos do Brasil na África fazem parte da política brasileira de ajuda a outros países. No caso de Moçambique, Rodrigues explicou que a iniciativa para o corredor de Nacala foi desenvolvido com base no Prodecer, o programa oficial do Brasil e do Japão para abrir o cerrado brasileiro nos anos 70. “As condições de clima são muito parecidas. A savana é a cara do cerrado brasileiro”, comparou.

Pró-Savana:Moçambique, Japão e Brasil

RPR – Como a CCIABM pode ajudar aqueles que desejam investir em Moçambi-que, no setor da agropecuária?

FÁBIO – O setor do agronegócio, em Moçambique, nos últimos três anos, tem ga-nhado uma ênfase muito forte, no cenário de investimentos. Foi criado um projeto de coo-peração governamental, com o governo bra-sileiro, o governo japonês e o governo mo-çambicano, que se chama Pró-Savana. Esse projeto visa à sustentabilidade alimentar do povo moçambicano, o desenvolvimento agrí-cola e a geração de excedentes exportáveis também a partir desta produção agrícola. Como eles querem fazer isso? Transferindo a tecnologia do grande produtor para o pe-queno produtor rural individual que existe em Moçambique. Hoje, o país tem uma agri-cultura de subsistência, insipiente, na qual nós temos a figura de pequenos produtores rurais individuais, que lidam com as ma-chambas (nome que eles dão para aquelas hortas individuais que ficam junto das casas de cada uma das famílias), onde produzem principalmente milho e mandioca. Mas o potencial das terras lá é fantástico, porque a latitude em que se encontram as províncias de Niassa e de Nampula equivale ao mesmo paralelo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia e o norte do Para-

ná também. É justamente a parte do cerrado brasileiro onde surgiu o agronegócio. Então, os fazendeiros brasileiros têm tido um gran-de interesse, cada vez maior, na questão de Moçambique, por verem ali uma nova fron-teira agrícola de investimentos.

RPR – De que forma atua a CCIABM?

FÁBIO – A câmara de comércio já atua fomentando o relacionamento entre os dois países, Brasil-Moçambique, há cinco anos. Hoje contamos com escritórios não só em várias capitais do Brasil, mas também escritó-rios em Moçambique, o que nos permite uma grande rede de relacionamento. (A câmara) Também já tem um conhecimento aprofun-dado do mercado e de suas características peculiares para investimento. Então, ela en-tra como consultoria para o desenvolvimen-to de projetos de investimentos em Moçam-bique, seja apresentando o país, como no caso desta missão – uma missão prospecti-va, para colocar o produtor rural em conta-to com entidades públicas e privadas que estão à frente dos projetos –, seja também para o andamento posterior e o desenvolvi-mento dos projetos em si, com a elaboração do plano de negócios, a entrada do pedido de projeto junto ao governo moçambicano, o levantamento de informações de logística

Integrante da Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique (CCIABM), Fábio Vale, que coordenou a Missão Moçam-bique 2013, conversou com a Revista do Produtor Rural. Ele contou como a entidade estabelece uma ponte entre Brasil e Moçambique, para empresários brasileiros que desejam investir em projetos naquele país.

CCIABM: ponte entre Brasil e Moçambique

e de mão-de-obra, o desenvolvimento da operação em si. A câmara é justamente este suporte, este braço, para o bom andamento do projeto num mercado que ainda não é de conhecimento do brasileiro.

RPR – Quais os campos que o sr. consi-dera mais promissores em termos de agro-pecuária em Moçambique?

FÁBIO – Você tem, na região de Niassa, grandes oportunidades para plantação de grãos como soja, milho e trigo, em razão das características do solo, pluviometria, altime-tria, e também das grandes extensões de ter-ra disponíveis. Na região de Nampula, você tem não só oportunidade para grãos, mas também para frutas, feijão e arroz. Não só em razão do solo, mas porque ali você precisa de culturas com menores extensões de terra, que é o que a província tem a oferecer. En-tão você precisa trabalhar com uma cultura que vá lhe trazer uma maior rentabilidade. E a questão da pecuária, em Moçambique, está muito insipiente, mas tem um grande po-tencial de desenvolvimento, em especial na província de Zambézia, e também próximo à província de Maputo. É uma pecuária inician-te, mas que já tem demandado uma grande diversidade de investimentos, porque Mo-çambique importa muita carne.

Grande área de soja na região de Lichinga

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[Concurso cultural]

Campanha “Agricultura é a nossa vida”

Apoio do Sindicato Rural

A agricultura no Brasil é fonte de trabalho e renda para muitos bra-sileiros, do norte ao sul do país, pe-

quenos e grandes produtores, mas que juntos possuem algo em comum: dedi-cam suas vidas a produzir e a cultivar a terra. E assim, esse amor pelo campo pos-sui um significado único para cada um dos agricultores, sentimentos que pas-sam, muitas vezes, de geração a geração.

É com objetivo de mostrar e divulgar essas histórias que o concurso cultural “Agricultura é a nossa vida” é lançado pela fabricante de defensivos agrícolas, IHARA. O concurso, que conta com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, preten-de reunir milhares de depoimentos com histórias que vão demonstrar o amor dos agricultores brasileiros pelo campo.

Os interessados em participar preci-sam gravar um vídeo com um depoimen-to inspirado no tema “Agricultura é a Nos-sa Vida” e postar no hotsite da campanha www.agriculturaeanossavida.com.br até

Os produtores rurais de Guarapuava e região que tiverem interes-se em participar, podem contar com o apoio da equipe de comunica-ção do Sindicato Rural, que está disponibilizando uma sala com fil-madora para realizar as gravações, já que o concurso dará preferência a vídeos gravados em qualidade HD ou Full HD. Agendamentos pelo fone 42-3623-1115.

o dia 30 de junho de 2013. A gravação deve ter duração máxima

de 30 segundos e o tamanho do arqui-vo de até 30MB. Os participantes podem gravar e postar quantos vídeos quiser.

Os vídeos passarão por uma comis-são avaliadora e os cinco melhores serão selecionados para fazer parte da cam-panha da IHARA, que será divulgada nos principais veículos de comunicação do país. O resultado do concurso será dispo-nibilizado no site até 10/07/2013.

Além disso, os cinco autores dos ví-deos selecionados serão premiados com o ingresso para assistirem à Cerimônia de Encerramento e a final da Copa do Mun-do de 2014, que será realizado no dia 13 de julho, no Estádio do Maracanã no Rio de Janeiro. E ainda os autores terão direi-to a passagem - de ida e volta - e hospe-dagem para aqueles que não residem na cidade do Rio de Janeiro.

Para outras informações, consultar o regulamento no hotsite da campanha.

PREPARE-SE! SEU AMOR PELA AGRICULTURA VAI GANHAR FAMA.A IHARA convida você a declarar seu amor pela agricultura brasileira. Participe do Concurso Cultural

“Agricultura é a nossa vida” IHARA. Grave quantos vídeos quiser, dizendo por que a “agriculgura é a sua vida”

e poste-os no hotsite do concurso. Os melhores vídeos farão parte de uma Campanha da IHARA.

Os autores dos 5 melhores vídeos selecionados serão os convidados especiais da IHARA no jogo de encerramento da Copa de 2014 no Rio de Janeiro.

Inscreva-sewww.agriculturaeanossavida.com.br

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Revista do Produtor Rural22

[Promoção Sócio Participativo/Campanha de Páscoa Produtor Solidário]

Associada ganha tablet

Cestas de Páscoa

No dia 27 de março, foi realizado o sor-teio da Promoção Sócio Participativo. Con-correram associados em dia com a anuidade que participaram dos eventos promovidos pela entidade no mês de março. A ganhado-ra do tablet foi a sócia Aridréia Antunes de Moraes Spieler.

Na Campanha de Páscoa Produtor Solidário concorreram pessoas que doaram um ovo de Páscoa para a campanha, em eventos promovi-dos pela entidade, ou voluntariamente, na recepção da entidade. Foram sorteadas duas cestas, uma da Cacau Show e outra patrocinada pela Farmácias Trajano. As sorteadas foram a associada Leni Cúnico e Ticiane Miodoski, nora da produtora rural Cecília Stock de Campos.

A entrega oficial do tablet e das cestas foi feita no encerramento da solenidade de posse da diretoria eleita para presidir o Sindicato Rural nos próximos três anos, no dia 27 de março. Sandra Hyczy recebeu a cesta pela mãe, a associada Leni Cunico.

Leonardo recebendo a cesta de Páscoa que sua avó ganhou no sorteio

Associado Francisco Serpa e o diretor Gibran T. Araújo sortearam as cestas de Páscoa

Aridréia recebe o tablet

Ticiane ganhou a cesta de Páscoa da Trajano

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Revista do Produtor Rural 23

[Carnes nobres]

CooperAliança presta contas e reestiliza sua marca

A 5ª Assembléia Geral Ordinária da CooperAliança aconteceu no dia 28 de março, no Sindicato Rural de

Guarapuava - Anfiteatro Ávio Bitencourt Ribas, onde estiveram presentes 49 co-operados para apreciação da Prestação de Contas do Exercício de 2012 e apre-sentação do Plano de Atividades do ano de 2013.

Os resultados apresentados demons-tram crescimento sustentável e que é chegada a hora de olhar para frente, focar novas metas e atingir novos objetivos.

Para registrar essa data tão impor-tante, renovou-se a marca. Ela preserva os ideais cooperativistas, as cores e ao mesmo tempo demonstra as modernas técnicas, os detalhes e a qualidade que destaca os produtos da CooperAliança. A Aliança se sobressai e salta aos olhos, reiterando o compromisso com todos os elos da cadeia.

Ao término da Assembléia, os pre-sentes reuniram-se para o almoço de confraternização na Sociedade Rural de Guarapuava.

CooperaliançaCordeiro Guarapuava

Rua Vicente Machado, 777Trianon - Guarapuava - PR

(42) 3622-2443

Cooperaliança Novilho PrecoceAl Baden Württemberg - Vitória, 952

Entre Rios - Guarapuava - PR (42) 3625-1889

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Revista do Produtor Rural24

[Informática]

Curso de Excel para setor rural

A propriedade rural comporta ati-vidades econômicas que geram números: custos, lucros, produti-

vidade, entre muitos outros. Para ajudar o agropecuarista a utilizar o programa Excel como ferramenta de gestão, o Sin-dicato Rural de Guarapuava deu início, dia 6 de abril, a um curso sobre aquele programa, voltado especificamente para as atividades do campo.

Com aulas aos sábados, carga horária de 16h em sala de aula (além de outras atividades), o curso, que reúne em torno de 30 alunos em três turmas, se estende-rá por dois meses. No bloco Excel Básico e Intermediário, o participante aprenderá tópicos como a identificação, endereço e formatação de células, regras para montar tabelas de dados e outros recursos. Cál-culos estatísticos, com condicional com uma variável, além de gráficos, são outros assuntos a ser abordados. Já no bloco Excel Avançado, a grade traz formatação avançada, uso de delimitador, auditoria de fórmulas, funções, somas, validação e cálculos entre pastas e planilhas.

O instrutor, Roberto Zastavny, técnico em agropecuária, analista de TI e instrutor

de informática há 10 anos, explica que as aulas são bastante dinâmicas e voltadas para o lado prático. “Prática é fundamen-tal”, afirmou. Zastavny disse que realizará trabalhos em equipe, ao lado de tarefas

individuais. Em paralelo, cada turma for-mará um fórum, que usará as redes sociais para se comunicar com o instrutor e tirar dúvidas. “É uma forma de integrar”, com-pleta Zastavny. Sobre sua expectativa, ele afirmou que a intenção é transmitir o má-ximo possível de informação, “aproveitar o Excel como ferramenta para antecipar informações”. Segundo contou, saber uti-lizar o programa permite ao agropecuaris-ta, além de realizar cálculos, “ter o resulta-do muito antes”, sendo possível comparar um ano com o outro usando um banco de dados único.

Zastavny ressaltou que grandes pro-priedades têm o recurso de utilizar siste-mas integrados (de informação), mas lem-brou que o médio e o pequeno produtor rural podem, a um custo reduzido, chegar a este nível de informação também: “A di-nâmica é diferente, mas os objetivos são iguais”. Ainda segundo o instrutor, uma vez que tenha o conhecimento do pro-grama, o produtor rural pode montar as planilhas de acordo com sua propriedade.

Interessados nas novas turmas já po-dem se inscrever no Sindicato Rural de Guarapuava, com Talita, na recepção. O investimento é de R$ 60,00. Uma das três turmas de Excel

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Revista do Produtor Rural 25

[Evento técnico]

Em uma noite de lua cheia, dia 27 de fevereiro, a lavoura iluminada chamava atenção no distrito de

Entre Rios, em Guarapuava. Mas o que impressionava não era apenas a luz na-tural, e sim os holofotes nos campos da propriedade de Otmar Oster, na colônia Vitória, que davam destaque para os híbridos de milho durante a 3º Noite de Campo, promovida pela Dekalb, em parceria com Nortox, Basf, TratorCase e Seven Mitsubishi.

O evento tecnológico noturno atraiu produtores, mesmo em época de colhei-ta, que foram em busca de informação técnica para incrementar a produtivida-de das lavouras de milho da região.

Segundo o gerente regional de ven-das da Dekalb, Rodrigo Nuernberg, a in-tenção da empresa é promover um even-to inovador que traga sempre novidades para o produtor rural. “O nosso grande objetivo é fazer um evento diferenciado, por isso a noite, o que vem de encontro com a proposta da marca Dekalb, que é inovação e tecnologia para agricultura.

Holofotes voltados paraaltas produtividades

Essa iniciativa está se tornando bastante característica da marca em todo o Para-ná”, comenta.

Além de apresentação das novas tecnologias da Dekalb, durante a Noite de Campo foram realizadas palestras com representantes de cada empresa parceira do evento, com discussões so-bre manejo, biotecnologia, agricultura de precisão, nutrição vegetal e controle de pragas. Ao final do evento, os produ-tores puderam acompanhar a colheita das parcelas dos híbridos da empresa. Os resultados obtidos na colheita foram: híbrido DKB240PRO2 - 15.497 kg/ha; híbrido DKB250PRO - 14.258 kg/ha e híbrido DKB245PRO - 16.065 kg/ha.

O representante de mercado da Dekalb, Fernando Sichieri, falou sobre a Noite de Campo e a proposta do evento. “A Dekalb é uma empresa pioneira em biotecnologia e genética de ponta. A nossa intenção é que o produtor produ-za mais a cada dia e de uma forma mais sustentável. Aliando a nossa genética vencedora, otimizando as áreas e dimi-

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Revista do Produtor Rural26

nuindo trabalho de aplicação de defen-sivos, o que traz economia de água, óleo diesel e emissão de CO2.”. Ele afirma que o evento é inovador por não ser re-alizado de dia. “A noite de campo é mais agradável, porque o produtor já termi-nou seus afazeres do dia, e em especial na noite de hoje estamos com uma lua

O gerente regional de vendas da Dekalb, Rodrigo Nuernberg, Representante de Mercado, Fernando Sichieri e representante de vendas (RTV), Larissa Pereira.

Andreas Keller , produtor rural Gabriel Fuchs, produtor rural

Palestra sobre Tratorcase

Mirelli Dalzoto - Tratorcase

linda e tivemos um público expressivo”.O produtor rural Andreas Keller disse

que participou de todas as edições das noites de campo e acredita que o even-to é importante para atualizar o agricul-tor da região. “Qualquer novidade vem a somar. É muito válida a iniciativa, já que durante o dia estamos em época de co-

lheita e não teríamos tempo disponível”.Keller destaca a importância do

agricultor sempre buscar mais informa-ção para alcançar maiores produtivi-dades. “Temos que andar junto com as novidades que o mercado traz e exige. Não podemos ficar parados. A hora que ficarmos parados é o começo do fim”.

Filho de produtor rural e estudante de agronomia, Gabriel Fuchs também se interessou em visitar a Noite de Campo da Dekalb. Sublinhando a responsabili-dade de contribuir para a produção rural na propriedade da família, ele resumiu seu principal interesse no evento: “vim em busca de novidades e encontrei mui-tas coisas interessantes”. Apesar das altas produtividades que sua família já registra no milho, o jovem se disse in-teressado em tecnologias que ajudem a elevar ainda mais o patamar alcançado até o momento.

O evento foi coordenado pela re-presentante de vendas (RTV) da Dekalb em Guarapuava, Larissa Pereira.

Otmar Oster, produtor e André Savoldi, Tratorcase

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O engenheiro agrônomo represen-tante técnico de vendas da região de Campos Gerais, da Nortox, Jean Carlo Nadal, falou sobre a área de atuação de empresa e a importância dos micronu-trientes, dos bioativadores e indutores de resistência para agricultura moderna. “A Nortox quer trazer para os agricultores de Guarapuava uma tecnologia inovado-ra de nutrição a base de aminoácidos, que são bioativadores, que têm por ob-jetivo potencializar técnicas como o tra-tamento de sementes e aplicações folia-res. Hoje, com os níveis de produtividade que se deseja, é preciso que haja algu-mas mudanças, como investimentos em adubos mais eficientes e nutrição foliar, aumentando as chances de se alcançar o potencial genético produtivo”.

Nadal comenta sobre a evolução da agricultura nos últimos anos e a impor-

O gerente da Seven Mitsubishi, Everton Ricardo Lermen parabenizou o evento e comentou sobre a parceria com a Dekalb. “O evento é muito bacana e a parceria deu certo, pois estamos na mes-ma região e trabalhamos também com os investidores do campo. Acredito que o nosso produto agrega no trabalho do agricultor e na questão de tecnologia na parte automobilística”.

O gerente de vendas da Dekalb en-

A empresa de máquinas TratorCase realizou uma apresentação no evento sobre agricultura de precisão com a en-genheira agrônoma, Mireille Dalzoto, que esclareceu dúvidas dos produtores sobre o tema. “Ainda se tem muitas dúvidas so-bre o que é efetivamente a AP e como se pode monitorar o plantio ou a colheita de forma eficiente. A Agricultura de Precisão diz respeito a um gerenciamento da pro-priedade, que são resumidos em fato-res como administração, planejamento, acompanhamento, tomada de decisão. Não é apenas adquirir uma máquina”.

O gerente da TratorCase em Guarapu-ava, André Savoldi destacou a participação

O engenheiro agrônomo representante técnico de vendas da região de Campos Gerais, Jean Carlo Nadal, Orlei Bufoliski, representante de Campo Mourão, Mauro Pedroso Oliveira, RTV Campo Mourão.

Diego Maroso, engenheiro agrônomo assistente técnico da BASF, apresentação dos benefícios do fungicida Opera com benefícios AgCelence em milho.

Nutrição Vegetal e Bioativadores

Agricultura de Precisão

Automóveis para o campo

tância das novas tecnologias no proces-so. “Há uma demanda para aumentar a proteção dessas plantas, assim, nos últi-mos anos, foi preciso desenvolver mui-tas tecnologias de fertilização, nutrição

de plantas, melhoramento de sementes, híbridos com tolerância a doenças, tra-tamentos fitossanitários, promovendo o objetivo maior, que é o incremento de produtividade com qualidade”.

da empresa durante o evento. A TratorCase disponibilizou o maquinário para a demons-tração da colheita realizada nos híbridos da Dekalb. “A TratorCase está mostrando a sua

força e que está sempre ao lado do agricul-tor em todos os momentos. Essa parceria veio a calhar para provar para o produtor que estamos presentes no campo”.

fatizou a importância das parcerias para a concretização do evento e para tra-zer mais informação ao produtor. “Essa união é fundamental. Trazemos empre-sas que vão agregar muito no ponto de vista de mensagem para o agricultor, e são empresas complementares. A inten-ção é fazer com que a noite seja mais completa e agregue informações de ou-tros segmentos para o produtor”, afirma Nuernberg.

Colhedeira

Exposição de veículos Seven Mitsubishi

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Revista do Produtor Rural28

[Adubação]

Fertilizantes Nitrogenados: reflexões a respeito da Uréia

A adubação nitrogenada é pratica essencial para três culturas de grande in-teresse econômico e expressão na região de Guarapuava: milho, trigo e cevada. As três principais fontes de N primárias uti-lizadas no campo são: o Nitrato de Amô-nio, o Sulfato de Amônio e a Uréia. Todas elas com suas características e particula-ridades, que devem ser levadas em con-sideração na escolha de qual fonte a ser utilizada e consequentemente, no ma-nejo das mesmas. A seguir, gostaríamos de discutir neste artigo um pouco mais sobre a uréia, fonte mais utilizada entre as três opções citadas acima.

Fonte nitrogenada de alta concen-tração, com 42% a 46% de N, a Uréia é a fonte de nitrogênio mais concentrada existente no mercado e com maior faci-lidade de acesso visto que o Nitrato de Amônio e o Sulfato de Amônio possuem suas restrições quanto a comercializa-ção por questões de legislação ou por falta de matéria-prima. A Uréia contém nitrogênio na forma amídica: (NH2)2CO. Tal forma de nitrogênio não pode ser absorvida diretamente pelas plantas, que são capazes de absorver o nitrogê-nio mineral quando este está na forma amoniacal NH4+ (amônio) ou na forma nítrica NO3- (nitrato).

Neste caso, a Uréia quando aplica-da ao solo, na presença de umidade e de uma enzima chamada urease, passa por um processo de quebra da molécu-la, conforme mostra a reação abaixo. Tal processo tem ao seu final a formação do amônio NH4+ possibilitando à planta o aproveitamento da fonte. Acima segue a demonstração química (parcial) da hidro-lise da uréia:

Engº. Agr. Antonio Saraiva Muniz Junior

Assessor Agronômico da Bunge no PR. Engenheiro Agrônomo pela Universidade Estadual de Maringá - PR, com especialização em Fertilidade de Solos e Nutrição

de Plantas pela UFLA – MG e com MBA em Gestão Empresarial pela FGV

(NH2)2CO

uréia

+ H2O

água

Urease2NH3 + CO2

gás carbônico

gás amônia

Amônia incorporada ao solo (mecanicamente ou pela água)

2NH3 + 2H2O

gásamônia

água

2NH4+ + 2OH

-

íons amônio hidroxila

O gás amônia (NH3), composto in-termediário formado na primeira etapa da reação pode causar a perda de gran-de parte do nitrogênio aplicado, devido à ocorrência de volatilização. Tais per-das podem chegar a 75 % do total de N aplicado, segundo diversos trabalhos já publicados na literatura. A magnitu-de das mesmas vai ser influenciada por uma série de fatores, tais como: forma de aplicação, umidade do solo, temperatura, sistema de cultivo (plantio direto ou con-vencional), fonte e comportamento do clima (precipitação).

A aplicação da uréia de maneira in-corporada é uma das práticas que pode

ajudar a reduzir significativamente tais perdas. No entanto, sabe-se que a apli-cação em superfície, a lanço, é a forma mais utilizada pelos produtores rurais, por questões operacionais. Neste caso, é essencial a ocorrência de chuva em um período de até 3-4 dias após aplicação, sendo esta com volume ideal de no mí-nimo, 12-15 mm. Em tais condições, a chuva age como um agente incorpora-dor natural ao solo, fornecendo também a umidade necessária para que o gás amônia incorporado reaja com a água formando o íon amônio e hidroxila, con-forme mostra a segunda etapa da reação ilustrada acima.

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(42) 3629-1366 / [email protected]

Av. Manoel Ribas, 4253 - Guarapuava - PR

No mercado existem alguns produ-tos com tecnologia disponível para dimi-nuir as perdas por volatilização do N da Uréia. Dentre os mais conhecidos e di-fundidos atualmente estão as chamadas “uréias protegidas”, ou tecnicamente, as uréias recobertas com um inibidor da enzima urease chamado NBPT (N-butyl thiophosphoric triamide). A uréia tratada com o NBPT pode ser diluída pela água da chuva ou pela solução do solo, mas sua estrutura molecular não é quebrada rapidamente pela urease, ou seja, tem-se uma uréia líquida protegida, não volátil , que poderá aguardar um tempo maior para que ocorra um volume de chuva suficiente para incorpora-la no solo (o produtor deixa de ter de 3-4 dias para a ocorrência da chuva e passa a poder es-perar entre 10-12 dias para a ocorrência das mesmas, em média). A incorporação da uréia protegida pelo NBPT ao solo em estado fluído equivaleria a aplicação en-terrada no sulco, e que reduz as perdas a quase zero. Quando o efeito dos inibido-res vai se extinguindo, a enzima urease passa a funcionar livremente ocasionan-do a hidrólise da uréia, mas que agora

está enterrada, e o gás amônia (NH3) ge-rado na reação terá menores chances de escapar do solo e se perder na atmosfera, vindo então a formar o amônio (NH4+) que a planta poderá absorver.

A Bunge possui em seu portifólio de produtos a linha Duramaxx, lançada no mercado recentemente. No Duramaxx, a uréia é recoberta com um polímero que atua com dois modos de ação sobre a enzima uréase, sendo um deles o NBPT, conferindo ao produto os benefícios ci-tados acima , ou seja, redução nas perdas do nitrogênio da uréia por volatilização, maior aproveitamento do Nitrogênio aplicado e maiores produtividades. As opções do Duramaxx estão disponíveis nas concentrações de 46% de N ou formulações NK (36.00.12, 30.00.20 e 25.00.25). Duramaxx ainda é formulado estritamente com uréia granulada, possi-bilitando melhor granulometria e unifor-midade na aplicação, bem como possibi-lidade de aplicação em largura de faixa maior. Maiores informações procure nos-sos representantes ou entre em contato conosco por email ([email protected]).

Antonio Saraiva Muniz Junior

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[Dívida de crédito rural]

DAU: prazo para liquidação e renegociação é prorrogado

A Lei nº 12.788, de 14 de janeiro de 2013, concedeu novo prazo para li-quidação e renegociação de opera-

ções de crédito rural inscritas em Dívida Ativa da União – DAU. De acordo com a Lei poderão ser renegociadas ou liqui-dadas, com descontos, até a data de 31 de agosto de 2013 operações que foram inscritas até 31 de outubro de 2010.

A concessão de novo prazo para as renegociações de DAU foi um pedido re-corrente da FAEP desde o encerramento

No dia 01 de maio foi realizada uma reunião entre representantes do Sindicato Rural de Gua-rapuava e o prefeito Neri Antonio Quatrin, acom-panhado do secretário de agricultura, Maurivan Senhorin, de Foz do Jordão.

O objetivo do encontro foi estreitar o relacio-namento da entidade com a Prefeitura Municipal de Foz do Jordão, a fim de realizar parcerias na realização de cursos e atendimento ao produtor rural da região.

Estiveram presentes os diretores do Sindi-cato Rural, Luiz Carlos Colferai e Gibran Thives Araújo; Murilo Teixeira Ribas, responsável pelo atendimento ao associado do Sindicato Rural e Ana Paula Quadros, colaboradora da Extensão de Base Candói.

Dívidas de crédito rural inscritas em Dívida Ativa da União – DAU até outubro de 2010 poderão ser renegociadas/liquidadas até agosto de 2013 pela central de atendimento do BB

Representantes do Sindicato Rural se reúnem com prefeito e secretário de agricultura de Foz do Jordão

da última renegociação ocorrida em ju-nho de 2011. A solicitação para reaber-tura da renegociação fez parte do docu-mento Propostas para o Plano Agrícola e Pecuário e Plano Safra 2012/13.

O pedido deve ser formulado junto à central de atendimento do Banco do Brasil pelo telefone 0800-644-3030. No caso da renegociação será utilizada a taxa de juros do Sistema Especial de Liquida-ção e de Custódia – Selic, atualmente de 7,25% ao ano, mais 1% ao ano.

Produtores interessados em fazer a renegociação de DAU devem se progra-mar financeiramente até agosto, pois o pagamento da primeira parcela da rene-gociação será feita imediatamente, ou seja, no momento da negociação.

É importante lembrar que o não pa-gamento das parcelas obtidas na renego-ciação resultará em perda dos benefícios, ou seja, os descontos serão perdidos e o saldo devedor retornará a condição ante-rior à renegociação.

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[Tratamento de sementes]

Efeito de diferentes princípios ativosno tratamento de sementes nas culturasdo milho e trigo

Figura 1. Médias das alturas das plantas iniciais com diferentes tratamentos de sementes, isolados e em associação, para o híbrido de milho 7049H, na safra 2011/2012. Guarapuava, PR. Estudante de graduação Jhonatan Schlosser e-mail: [email protected]

Uma das alternativas que visam mi-nimizar a ação das pragas e evitar perdas de produtividade de grãos e

a redução de estande das culturas é a uti-lização de inseticidas via tratamento de sementes (Cruz et al., 1999). Entre vários produtos utilizados no tratamento de se-mentes para controle de pragas, alguns têm se destacado em pesquisas atual-mente realizadas, principalmente devido aos efeitos observados nas caracterís-ticas fisiológicas e no desenvolvimento das plantas. (Azevedo, 2001).

Umas das características importan-

Prof. Dr. Marcelo Cruz Mendes

Universidade Estadual do Centro – Oeste do Paraná – Unicentro

Jhonatan Schlosser

Estudante de graduação em Agronomia – Unicentro

tes do tratamento de sementes com estes inseticidas é o efeito sistêmico na planta, sendo uma característica amplamente estudada pelas empresas de pesquisa, com interesse de produtores, por propor-cionar aumento na qualidade fisiológica das sementes (Bittencourt, et al., 2007). Este efeito sistêmico é favorecido pela baixa pressão de vapor e solubilidade dos princípios ativos em água, em que o ingrediente presente nas sementes desprende-se lentamente sendo absor-vido pelas raízes, conferindo à planta um adequado período de proteção contra

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Revista do Produtor Rural32 www.bayercropscience.com.br 0800 011 5560

Com Fox, este anúncioé o mais próximo que as doenças chegarão da lavoura de trigo.

Agora o produtor de trigo também conta com a proteção do fungicida que mais cresce em usuários no Brasil. Fox tem uma molécula inédita da Bayer que entrega máximo controle das doenças, pois faz parte de um novo grupo químico sem qualquer índice de resistência. Com Fox, as doenças do trigo passarão bem longe da sua lavoura.

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Bibliografias Consultadas

Figura 2. Média da produtividade de grãos de diferentes princípios ativos, isolados e em associação, no tratamento de sementes das cultivares de trigo Mirante e BRS Pardela, na safra 2012. Guarapuava, PR.Prof. Dr. Marcelo Cruz Mendes e-mail: [email protected]

insetos do solo e da parte aérea (Silva, 1998). Além disso, é importante destacar o efeito comprovado na redução dos da-nos provocados pelos estresses de tem-peratura e deficiência hídrica, pois fa-vorece um bom desenvolvimento inicial das plântulas, evitando o decréscimo na porcentagem de germinação, devido ao aumentando da emergência de plântulas anormais e melhoria no vigor das semen-tes. Há vários trabalhos com tratamento de sementes em diversas culturas que têm demonstrado incrementos no vigor das plântulas tratadas, com relação ao controle não tratado.

De acordo com Castro (2006) os agroquímicos de controle hormonal po-dem ser classificados em três principais grupos: os biorreguladores; bioestimu-lantes e bioativadores. Desta forma, os inseticidas usados via tratamentos de se-mentes, enquadrariam como bioativado-res, que são substâncias orgânicas com-plexas modificadoras do crescimento, as quais atuam indiretamente na síntese de precursores de hormônios vegetais que levam a síntese hormonal e a aumentos na produção.

Porém, novas pesquisas são necessá-rias visando avaliar culturas economica-mente relevantes em diferentes regiões produtoras, a fim de se observar suas res-postas fisiológicas e bioquímicas quando submetidas a estes produtos com pro-priedades bioativadoras em plantas.

Schlosser et al. 2012 avaliando di-ferentes princípios ativos via tratamen-to de sementes (tiametoxam, tiodicarbe, clotianidina, imidaclopride + thiodicar-be, e testemunha), na manifestação de caracteres agronômicos dos híbridos de milho DKB 240Y e 7049H, conduzido no município de Guarapuava, PR, durante a safra 2011/2012, concluiu que o uso de inseticida no tratamento de sementes proporcionou incremento no rendimento de grãos, sendo o tratamento imidaclopri-do + thiodicarbe capaz de proporcionar maiores incrementos na produtividade de grãos para os híbridos estudados. Este mesmo autor pode evidenciar ainda, maio-res alturas de plantas, quando comparado aos tratamentos, isolado e em associação, de princípios ativos frente ao tratamento testemunha, quando avaliados os estádios iniciais de 2 folhas (V2) até 8 folhas (V8), conforme dados apresentados na Figura 1, para o híbrido de milho 7049 H.

Mendes (2012), em experimento com a cultura do trigo no município de Guarapuava, PR, estudou o efeito de di-ferentes inseticidas em tratamento de sementes, isolados (tiodicarbe e imida-clopride) e em associação (imidaclopri-de + thiodicarbe), sendo estes compa-rados com a testemunha, onde obteve resultados relevantes na produtividade de grãos na cultura para o tratamento em associação (imidaclopride + thiodi-carbe), conforme Figura 2 abaixo.

AZEVEDO, L. A. S. Paradigmas da prote-ção de plantas com fungicidas. in: AZEVEDO, L. A. S. (Ed.). Proteção in-tegrada de plantas com fungicidas. 1.ed. São Paulo, p.151-160, 2001.

BITTENCOURT, S. M. R.; FERNANDES, M. A.; RIBEIRO, M. C.; VIEIRA, R. D. De-sempenho de sementes de milho tratadas com inseticidas sistêmicos. Revista brasileira de sementes, v.22, n.2, p.86-93, 2000.

CASTRO, P.R.C. Agroquímicos de contro-le hormonal na agricultura tropical. Piracicaba: Série Produtor Rural, ESALQ – DIBD, 2006. 46p.

CRUZ, I. Efeito do tratamento de semen-tes de milho com inseticidas sobre o rendimento de grãos. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, Londrina, v.25, n.2, p.181-189, 1996.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agrope-cuária – Embrapa. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasi-leiro de classificação de solos. 2.ed. Brasília, 2006. 306p.

SCHLOSSER J., WALTER A.L.B., MARCON-DES, M.M., ROSSI, E.S., MENDES, M.C., MATCHULA, P.H., KRUPA, P. E FARIA, M.V.. XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - 26 a 30 de Agosto de 2012, Águas de Lindóia, SP. Resumo. Anais, CD.

SILVA, C. P. L.; FAGAN, E. B.; ALVES, V. A. B.; CAIXETA, D. F.; SILVA, R. B.; GONÇAL-VES, L. A.; BORGES, A. F.; MARTINS, K. V. Avaliação do efeito de inseticidas em sementes de milho em diferen-tes profundidades de semeadura. Revista da FZVA. Uruguaiana, v.16, n.1, p.14-21. 2009.

SILVA, M. T. B. Inseticidas na proteção de sementes e plantas. Seed news: Pe-lotas, n.5, p.26-27, 1998.

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Revista do Produtor Rural 33www.bayercropscience.com.br 0800 011 5560

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Revista do Produtor Rural34

[Reconhecimento]

Rally da Safra premia Agráriapor “Produtividade da Década”

A Cooperativa Agrária Agroindustrial, de Guarapuava (PR) foi premiada no dia 26 de março, pelo Rally da Safra 2013, na categoria “Alta Produtividade”. Ao lado de mais três representativos nomes do agro-business brasileiro, o diretor presidente, Jorge Karl recebeu o troféu entregue à Agrária, em solenidade realizada na sede da FIESP, em São Paulo.

Um dos principais eventos do agro-negócio nacional, o Rally da Safra home-nageou ainda outras três categorias: “Pro-dutor da década”, entregue a Eraí Scheffer Maggi, do Grupo Bom Futuro; “Gestão de Propriedade Agrícola”, para a empresa SLC Agrícola e “Excelência Agronômica”, oferecida à OCB (Organização das Coope-rativas Brasileiras).

O reconhecimento pela alta produtivi-dade em grãos dos cooperados da Agrária se deve, especialmente, aos resultados do milho, cuja média tem ultrapassado a bar-reira dos 11.000 quilos por hectare - mais que o dobro da média brasileira (4.808 quilos por hectare na safra 2011/2012) e até da paranaense (5.580 kg/ha).

“Este prêmio só é possível graças aos nossos cooperados, que são o começo e o final de todo esse processo, e ao em-penho dos nossos colaboradores para o crescimento contínuo da Agrária”, desta-cou o diretor presidente, Jorge Karl.

A cooperativa situada no distrito de Entre Rios e que completa seus 62 anos de história no próximo dia 5 de maio, ba-teu recentemente recorde de faturamen-

Presidente da Agrária, Jorge Karl, recebe prêmio do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller

to, ao atingir a casa dos R$ 2,1 bilhões, em 2012. Fundada por 500 famílias de Suá-bios do Danúbio, etnia de origem alemã, a Agrária conta atualmente com 550 coope-rados e cerca de 1.200 funcionários.

A rentabilidade no campo advém de uma série de fatores, como investimento em pesquisa agropecuária, departamen-to de assistência técnica próprio para orientação dos cooperados, rotação de

culturas e alta tecnifica-ção. Além disso, o con-tínuo crescimento e for-talecimento da Agrária se deve ainda à vertica-lização de sua produção agrícola. Cinco indústrias, de malte (a Agromalte é a 2ª maior maltaria da América Latina), farinha,

ração, óleo e farelo e a de milho – que está em construção -, agregam valor à cevada, trigo, soja e milho produzidos ao longo de todo o ano, em rotações de cul-turas de verão e inverno.

A busca constante por informações e novas tecnologias é outro diferencial apontado por Karl. “Contamos com os tradicionais dias de campo e também com o WinterShow, que já alcançou o status de maior evento de cereais de in-verno do Brasil. O conhecimento é um meio de produção essencial do agrone-gócio atual”, salientou. “Gostaria de pa-rabenizar a todos, nossos cooperados, colaboradores, clientes e fornecedores, por essa grande conquista, que é um reconhecimento do esforço de cada um em prol do crescimento da Cooperativa Agrária”, afirmou Karl.

Texto: Klaus Pettinger/Assessoria de Marketing Cooperativa Agrária Agroindustrial

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Revista do Produtor Rural 35

Salário mínimo profissional

O salário mínimo profissional – SMP – foi instituído pela lei 4.950-A/66, de 22 de abril de 1966. Ela garante aos engenheiros, arquitetos, agrônomos, químicos e médicos veterinários um salário mínimo proporcional à jornada de trabalho e à duração do curso no qual o profissional graduou-se.

Apesar dos avanços, a sua plena aplicação ainda deixa a desejar, especialmente na administração direta do setor público, que resiste em seguir a lei e, em muitos ca-sos, paga salários aviltantes a esses profissionais. O setor público alega em sua defesa que a lei 4950-A/66 não se estende aos funcionários estatutários, regidos pelo RJU – Regime Jurídico Único.

Dúvidas: Perguntas e respostas

A Lei do Salário Mínimo Profissional continua em vigor após a Constituição de 1988?Sim. A Constituição reforça e garante a aplicabilidade da lei.

Quem são os destinatários da Lei 4.950-A/66?Os destinatários da Lei do Salário Mínimo Profissional são, de um lado, o empregador e, de outro, os engenheiros, arquitetos, agrônomos, químicos e veterinários, empre-gados com vínculo empregatício regido pela CLT.

A lei se aplica aos profissionais empregados tanto no setor público como no privado?Sim, desde que o regime de contratação do profissional seja a CLT.

Como é calculado o salário mínimo profissional?O Salário Mínimo Profissional é calculado levando em conta a duração da jornada de trabalho e a duração do curso em que o profissional se formou.

A lei define salário-base mínimo ou remuneração mínima?A lei assegura o salário-base mínimo para a categoria independente de outras vantagens.

A lei 4.950-A/66 estabelece jornada mínima especial?Não. A lei estabelece salário mínimo profissional de conformidade com a carga horá-ria trabalhada diariamente e não jornada mínima de 6 horas.

O salário mínimo profissional vale para jornada de trabalho inferior a 6 horas diárias?Sim. O salário mínimo profissional é fixado para jornada diária de até 6 horas.

Todas as empresas são obrigadas a pagar o salário mínimo profissional?Sim. Todas as empresas, e mesmo as repartições públicas que empregam engenhei-ros, arquitetos ou agrônomos pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) são obrigadas a pagar o salário mínimo profissional.

(Fonte: Cartilha Salário Mínimo publicada no site do CREA-PR)

[Boletim AEAGRO]

A AEAGRO tem seu grande motivo de existência na defesa dos direitos dos en-genheiros agrônomos, na valorização da profissão pelo mercado de trabalho, por entidades e instituições representativas da sociedade. A associação realiza tam-bém inúmeros trabalhos em parcerias com aquelas instituições. Temos certe-za de que estamos assim colaborando firmemente não só para a agricultura como para a divulgação e valorização da nossa cidade em todo Estado – como exemplos: premiações recebidas em nível estadual e, recentemente, com a construção da nossa sede, levamos o de-senvolvimento para o bairro Boqueirão, valorizando as propriedades da região.

Nesta edição, estamos dando co-nhecimento à sociedade do direito que nos cabe de uma justa remuneração ba-seada em lei federal. Não estamos co-brando por nossa obrigação na promo-ção social e sim pelo trabalho técnico que proporciona a geração de riquezas, pois, ao lado do agricultor, com nosso conhecimento científico e técnico, o Brasil tem conseguido safras recordes ano a ano, o que possibilita ao país ter superávit em sua balança comercial e segurança alimentar.

Boa leitura.

Palavra do Presidente

www.aeagroguarapuava.com.br

José Roberto PapiPresidente da AEAGRO

Uma das principais conquistas das categorias profissionais

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Revista do Produtor Rural36

[Sementes de soja e milho]

A Nidera, holding holandesa, que realiza negócios no Brasil há mais de 60 anos, possui fortalecidas

estruturas no Brasil, com negócios que abrangem toda a cadeia produtiva do agronegócio. São três divisões de ne-gócios: a Nidera Sementes, que desen-volve, produz e comercializa sementes de milho, soja e sorgo; a Nidera Brasil Grains and Oil, responsável pela origi-nação e comercialização de grãos; e a Nidera Nutrientes e Proteção de Culti-vos, responsável pela comercialização de fertilizantes e defensivos.

No mercado de sementes, a Nidera Sementes, que iniciou suas atividades no Brasil há 8 anos, já ocupa grande parte das lavouras de soja do país. Na região Sul, é a segunda maior empresa em participação de mercado de soja e tem crescido exponencialmente em volume de vendas. Percebendo o po-tencial do mercado e as necessidades do agricultor nas demais culturas, a empresa vem investindo, ano após ano, em novas estruturas e contratação de profissionais, nas mais diversas re-giões do país.

Neste sentido, foi inaugurada, em outubro de 2012, a nova estação de pesquisa da Nidera Sementes, locali-zada em Abelardo Luz - SC. Tal investi-mento possibilitará o desenvolvimento de novos híbridos de milho, focados para o Sul do Brasil. É mais uma ação que evidencia a crença da companhia no sucesso e crescimento da agricul-tura brasileira, reforçando seu posicio-namento em busca das melhores solu-ções para o agricultor.

A estação da Nidera em Abelardo Luz abriga, além do programa de Me-lhoramento de Milho, a Produção de Semente Básica de Soja. Presta, ainda, suporte ao programa de Melhoramen-to de Soja, sediado em Realeza, no es-tado do PR.

De março de 2011, quando se ini-ciaram as discussões sobre a nova es-tação, até outubro de 2012, quando se inaugurou a estrutura, passaram cerca de 1 ano e meio. Essa agilidade é uma das características da Nidera para me-lhor atender às demandas do produtor brasileiro.

A escolha da região se deu pela

Nidera Sementes inaugura nova estação de pesquisa em SC e reforça seu foco no agricultor brasileiro

www.niderasementes.com.br

DeDicação para colocar o agricultor

brasileiro onDe ele merece:

no caminho Do sucesso.

presença de uma agricultura forte e de alta tecnologia, sendo uma das prin-cipais zonas produtoras de sementes de soja de alta qualidade no Brasil. Es-pecificamente para milho, trata-se de ambiente de altíssima produtividade que, por outro lado, também apresen-ta estresses ambientais característicos de ambientes subtropicais. Tais carac-terísticas fazem da estação da Nidera um ambiente único para desenvolver programa de melhoramento de milho adaptado ao sul do Brasil. Além disso, geograficamente, Abelardo Luz viabi-liza a presença de pesquisadores da companhia nas principais áreas produ-toras de milho no sul do Brasil.

Todo o trabalho da nova esta-ção é focado no agricultor, que será o grande beneficiado dos resultados gerados pelo programa de pesquisa. Só em Abelardo Luz, são viabilizados 60.000 parcelas de milho para testes. Como forma de provar isso, a estação da Nidera estará aberta para visitação de agricultores em geral que queiram conhecer os produtos e as novas tec-nologias desenvolvidas pela empresa,

Frederico BarretoGerente de Marketing da Nidera Sementes

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Revista do Produtor Rural 37www.niderasementes.com.br

DeDicação para colocar o agricultor

brasileiro onDe ele merece:

no caminho Do sucesso.

bem como transmitirem, à equipe da Nidera Sementes, quais são suas ne-cessidades.

Os programas de melhoramento da Nidera utilizam métodos rápidos de geração de linhagens, entretanto, es-tudos de estabilidade de desempenho só serão possíveis com testes ao longo do tempo. A expectativa da Nidera é disponibilizar ao mercado os primeiros produtos desenvolvidos na estação de Abelardo Luz nos próximos 3 anos.

Em março do presente ano, foi rea-lizado o 1º Dia de Campo da empresa em sua nova estação de pesquisa. Con-tou com a presença de aproximada-mente 800 pessoas, entre as quais, os principais representantes do agrone-gócio do Sul do país e agricultores de diversas localidades. O evento serviu para apresentar ao mercado a força da Nidera e a dedicação de toda a equipe da empresa em atender aos anseios dos produtores rurais brasileiros.

E os investimentos da Nidera Se-mentes em pesquisa genética não pa-ram por aí. Em soja, uma nova estação de pesquisa vem sendo construída em Sorriso-MT e, safra a safra, são lança-

das cultivares super produtivas. É o caso das variedades NS 6262RR e NS 6211RR, que são excelentes opções para as regiões do Sul do Brasil.

Quando se trata de biotecnologia, a empresa está atenta ao que há de melhor para o produtor rural, ofere-cendo uma grande linha de produtos associados aos mais modernos traits. Na soja, por exemplo, a empresa está totalmente preparada para a comer-

cialização de cultivares com gene In-tacta RR2 Pro.

Trabalhar com entusiasmo, com-prometimento e foco no agricultor, de-dicada a diferenciar-se pela agilidade, disponibilidade e consistência, trazen-do inovações que agreguem valor em toda cadeia do agronegócio. Essa é a missão da Nidera Sementes, uma em-presa que trabalha para os agricultores do nosso país.

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Revista do Produtor Rural38

[MIP E MRI]

O manejo da cultura do milho com a utilização da tecnologia bt

O milho Bt é obtido através da in-serção de segmentos de DNA de uma proteína (chamada pro-

teína Cristal), presente na bactéria de solo Bacillus thuringiensis, no DNA do milho. Liberados para comercialização no Brasil no ano de 2007, os híbridos com a tecnologia YieldGard® foram os primeiros híbridos Bt comercializados pela DuPont Pioneer no Brasil.

Após a aprovação comercial, a par-tir de 2009 a Pioneer passou também a comercializar os híbridos com a tecno-logia Herculex® I, que além da tecnolo-gia de proteção contra insetos, confere também a tolerância ao herbicida Glu-fosinato de Amônio, registrado para a aplicação em pós emergência do milho com a marca Liberty®.

E, a partir de 2012, passaram a ser comercializados os híbridos com a tecnologia Optimum™ Intrasect™ que combina as tecnologias YieldGard® e Herculex®I, ampliando o espectro de proteção contra insetos.

Todas essas ferramentas configu-ram mais uma opção para o manejo integrado de pragas e de plantas dani-nhas. Combinado com boas práticas de manejo, o uso da tecnologia resulta em benefícios como a redução de custos através do menor número de aplicação de inseticidas, ganhos em rendimento, melhoria na qualidade de grãos, e ação da proteína inseticida durante todo o ciclo da cultura. Porém, ainda com a utilização da tecnologia, é necessário o constante monitoramento da lavoura para verificar se existe ou não a neces-sidade de controle complementar atra-vés da utilização de inseticidas.

Além disso, outras pragas até en-tão consideradas secundárias, como percevejos e pulgões, após a utilização dessas tecnologias, passaram a ter um grande impacto nas lavouras, manten-do a necessidade de aplicação de inse-ticidas químicos.

Além da utilização correta das prá-ticas de Manejo Integrado de Pragas, é

extremamente importante a adoção de programas de Manejo de Resistência de Insetos, preservando assim a sus-ceptibilidade das populações de inse-tos à toxina Bt.

O Manejo Integradode Pragas (MIP)

O manejo integrado de pragas, segundo a FAO, é um “sistema que as-socia o ambiente e a dinâmica popu-lacional da espécie, utilizando todas as técnicas e métodos apropriados de forma tão compatível quanto possível, mantendo a população da praga em níveis abaixo dos capazes de causar dano econômico.”

O monitoramento da lavoura é par-te integrante e fundamental do MIP, e juntamente com o nível de dano eco-nômico e nível de controle, dão subsí-dio para o produtor definir o momento correto, e a melhor forma de controle de pragas na lavoura.

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Revista do Produtor Rural 39

A Importância doMonitoramento

O monitoramento da lavoura é o primeiro passo para a implementação de um correto manejo integrado de pragas. O monitoramento deve iniciar mesmo antes do plantio, sendo que o produtor que optar pelo plantio de híbridos de milho com a tecnologia Bt, de forma isolada, ou em associação com o tratamento de sementes, deve monitorar tanto a pré-cultura quanto a lavoura, pois a presença de lagartas re-manescentes na palhada (em sistema de plantio direto), a existência de la-gartas não controladas pela tecnologia Bt, fatores que propiciam o ataque de pragas, como irrigação em um ambien-te árido, plantio de milho sobre milho, sobreposição verão e safrinha, com-pactação, problemas de sanidade, con-trole de plantas daninhas deficientes, estresse hídrico prolongado, entre ou-tros, ou a ocorrência de forte pressão de lagartas e outros insetos, podem aumentar a necessidade de aplicações complementares com inseticidas.

1. Dessecação Antecipada e Aplicação de Inseticidas

As culturas antecessoras ao mi-lho, podem funcionar como plantas hospedeiras para as principais pragas que atacam a cultura. Assim, no plan-tio de milho verão, principalmente no sistema de plantio direto, a pressão de pragas na fase inicial da cultura pode ser maior quando comparada ao plan-tio convencional. Neste caso, uma das principais estratégias para a redução da população inicial de insetos, é a realização da dessecação antecipa-da da cultura de inverno (manejo em pré-plantio) com pelo menos 30 dias de antecedência ao plantio do milho. Recomenda-se uma segunda desseca-ção logo antes da semeadura, visando o controle do primeiro fluxo de plantas daninhas após a primeira dessecação.

O uso de inseticidas registrados juntamente com a dessecação (prin-cipalmente na segunda dessecação), auxilia na redução da população ini-cial de pragas, principalmente aque-las que são o principal desafio para o tratamento de sementes; ajuda no

controle de lagartas de ínstares mais avançados, que podem causar danos no estabelecimento inicial da lavoura, mesmo em lavouras com a tecnologia Bt; e contribuem para a manutenção do estande inicial da lavoura.

2. Utilização do Tratamento de Sementes Industrial

O Tratamento de Sementes Indus-trial (TSI) com inseticidas é uma pratica que visa o controle das pragas iniciais da lavoura, reduzindo assim os danos causados pelos insetos, que resultam em redução do estande, e no apareci-mento de plantas dominadas.

A escolha do tratamento correto de acordo com o espectro de pragas que se pretende controlar, associada com a utilização de processos indus-triais, assegura, além do controle mais eficaz destas pragas, em uma maior segurança na dose de aplicação, maior comodidade para o produtor, que re-cebe a semente pronta para plantar, e menor envolvimento de funcionários da fazenda com o manejo de insetici-das, além de redução de embalagens para descarte.

3. Definição do Nível de Dano

Após a implementação da lavoura, o monitoramento continua a ser impor-tante para a melhor tomada de decisão em relação ao controle de pragas. A decisão de se realizar ou não uma aplicação complementar de inseticida depende de um bom monitoramento e amostragem correta.

Cada grupo de pragas possui um padrão de amostragem especifico, e diferentes níveis de dano econômico. Para os insetos lepidópteros, recomen-da-se a adoção de um padrão de amos-tragem em zigue-zague, ou de períme-tro, sendo que devem ser amostradas 20 plantas em sequencia, distantes no mínimo 30 metros da entrada da lavou-ra (bordadura). Esta amostragem deve ser realizada em pelo menos 5 pontos diferentes da lavoura, totalizando um total de 100 plantas.

No caso da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), tanto em la-vouras convencionais, quanto em lavouras com a utilização da tecnolo-gia Bt, recomenda-se o controle com inseticidas quando 17% das plantas apresentarem lesões circulares ou in-

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Revista do Produtor Rural40

definidas no cartucho, de até 1,3 cm de comprimento nas folhas novas ou já expandidas (nível 3 ou superior da Es-cala Davis). Além disso, recomenda-se observar a presença de lagartas vivas de terceiro instar (até 10mm).

Em regiões onde historicamente há maior pressão do inseto Spodoptera frugiperda (região do Brasil Central) e, principalmente sob condições ambien-tais que favorecem a ocorrência de um rápido e melhor desenvolvimento do inseto, possibilitando um maior núme-ro de gerações, recomenda-se anteci-par o controle com inseticida utilizan-do-se como paramento o nível de 10% de plantas atacadas.

No caso de aplicação complementar, recomenda-se uma nova visita a lavoura pelo menos cinco dias após a aplicação para a verificação da efetividade da mes-ma. Quando mais de uma aplicação for necessária, recomenda-se a rotação de diferentes princípios ativos de inseticida.

Nas lavouras com a utilização da tec-nologia Bt, não se recomenda a aplica-ção de inseticidas orgânicos que tenham como base o Bacillus thuringiensis.

Além disso, quando o percentu-al de plantas cortadas rente ao solo, ou com coração morto for superior a 3%, e a lavoura se encontrar entre os estágios de desenvolvimento V1 a V6 (entre uma folha completamente ex-pandida ate 6 folhas completamente expandidas), deve ser realizada a apli-cação de inseticidas.

A presença deste tipo de dano pode indicar que existem insetos re-manescentes da cultura anterior, uma vez que é necessário que as lagartas tenham aparelho bucal completa-mente desenvolvido para esse tipo de dano.

Para o controle de insetos sugado-res (percevejos, pulgões e cigarrinhas), recomenda-se o controle inicial, e caso necessário, o controle através de aplica-

ção de inseticida foliar na ultima entra-da do trator, ou aplicação aérea, caso a cultura se encontre em um estágio mais avançado de desenvolvimento.

4. Rotação de Culturas

A rotação de culturas, reduz a fon-te de inóculo de doenças para a cultu-ra subsequente e reduz a população inicial de alguns insetos praga. Além disso, auxilia no manejo das plantas daninhas (possibilidade de alternar herbicidas e modos de ação), o que acarreta maiores produtividades no sistema.

5. Manejo de Resistência de Insetos (MRI)

O Manejo de resistência de insetos é um importante componente do ma-nejo integrado de pragas. A utilização de diferentes estratégias no controle dos insetos, assim como o uso de di-ferentes modos de ação de inseticidas, retarda o aumento da população de in-setos resistentes.

Mesmo no caso de lavouras com a tecnologia Bt, é importante o correto manejo da lavoura para se evitar o apa-recimento de populações resistentes e preservar a tecnologia.

A resistência de insetos é uma ca-racterística genética que pode estar presente nos insetos mesmo antes da utilização de qualquer método de con-trole. O que o produtor deve evitar é a seleção desses indivíduos resistentes a determinada prática de controle, seja ela a utilização de inseticidas ou de biotecnologia.

No caso especifico das lavouras com a tecnologia Bt, uma prática im-portante no manejo de resistência, é a utilização das áreas de refúgio.

Define-se como área de refúgio o plantio de uma área proporcional a não menos que 10% do plantio com híbri-dos com a tecnologia Bt. Nas áreas de refúgio, não se recomenda a aplicação de inseticidas orgânicos que tenham o Bacillus thuringiensis como principal ingrediente ativo.

O principal objetivo das áreas de refugio, é a manutenção de uma popu-lação de insetos alvo de qualquer das tecnologias Bt, que não seja exposta a proteína inseticida. Assim, quando adultos, estes insetos podem se aca-salar com um possível sobrevivente a tecnologia Bt, naturalmente resisten-te, transmitindo a característica de susceptibilidade para as gerações fu-turas, preservando assim a tecnologia.

Norma de Coexistência

Além da utilização das praticas de MIP e MRI, é importante que o produtor que opte pela utilização da tecnologia Bt, respeite a Norma de Coexistência.

A Norma de Coexistência (Reso-lução Normativa N. 4), ordena que o produtor que plantar qualquer híbrido geneticamente modificado, deve res-peitar uma distância mínima de 100 metros entre sua lavoura e a lavoura convencional vizinha, ou realizar o plantio de 10 linhas de milho conven-cional de mesmo ciclo e porte, além de uma distância de 20 metros.

O agricultor que descumprir a nor-ma de coexistência poderá ser fiscali-zado e está sujeito as sanções previs-tas em lei.

O logotipo Oval da DuPont é marca registrada da DuPont.®, TM, SM Marcas Registradas e marcas de serviço da Pioneer. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex ® I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi--Breed. ® Herculex ® I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroS-ciences LLC.®Liberty Link é marca registrada sob licença da Bayer AgroScience.®YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.®Roundup Ready é marca registrada sob licença da Monstanto Company.

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Revista do Produtor Rural 41

Você não controlao clima, mercado, mundo.

Você controlasuas escolhas.

o o

Faça a escolha certa.

Resultados Safra 2013

Carolina Remlinger - Guarapuava - PR

Híbrido Área (ha) Produtividade (kg/ha)

P1630H 27,3 15.117,0

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3 P

HII.

Alexandre Marath - Guarapuava - PR

Híbrido Área (ha) Produtividade (kg/ha)

30R50H 13,0 15.046,0

Ernest Milla - Candói - PR

Híbrido Área (ha) Produtividade (kg/ha)

P1630H 816,8 14.759,0

Cristian Abt - Guarapuava - PR

Híbrido Área (ha) Produtividade (kg/ha)

P1630H

P2530

48,67

25,5

14.200,0

13.100,0

Annemarie Pfann e Outros - Guarapuava - PR

Híbrido Área (ha) Produtividade (kg/ha)

30F53H

P1630H

32R22H

180,0

120,0

80,0

13.240,0

12.500,0

12.360,0

Geovani E Alaor Teixeira Filho - Candói - PR

Híbrido Área (ha) Produtividade (kg/ha)

P1630H

32R48H

125,0

66,0

13.217,0

11.297,0

Guinter Duch - Guarapuava - PR

Híbrido Área (ha) Produtividade (kg/ha)

P1630H 85,0 14.300,00

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Revista do Produtor Rural42

[Dia de Campo de Verão 2013]

Da FAPA para muitos campos:

pesquisa e tecnologia

Nos dias 6 e 7 de março, durante o Dia de Campo de Verão promovido pela Cooperativa Agrária, os campos da

Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuá-ria (FAPA), no distrito de Entre Rios/Guara-puava-PR, tornaram-se vitrine de inovação tecnológica das culturas de milho, soja, feijão e tomate.

Cerca de 1.400 pessoas passaram pelo local nos dois dias de evento. A cada pales-tra e visitas aos estandes das empresas, os visitantes demonstravam interesse em se atualizar, para alcançar algo que, a cada ano, vem se destacando na região: altas produtividades.

Durante o evento, além da apresenta-ção das pesquisas, aconteceram duas pales-tras, uma delas com o professor Dr. Silvestre Bellettini, da Universidade Estadual do Nor-te do Paraná, sobre “Manejo de Lagartas e Percevejos na Cultura da Soja” e outra com o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodri-gues, atualmente coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas e pesquisador visitante do Instituto de Estu-dos Avançados da USP, sobre as “Perspec-tivas do mercado agrícola de milho e soja”.

O presidente da Cooperativa Agrária, Jorge Karl, afirmou que o Dia de Campo é importante para difundir a pesquisa gerada localmente. “Os eventos da FAPA, tanto o de verão quanto o de inverno, se tornaram re-ferência em tecnologia. E como temos bons pesquisadores, isso reflete na qualidade da pesquisa, que hoje tem muita credibilidade”.

Ao falar sobre a importância da realiza-ção do Dia de Campo, o prefeito de Guarapua-va César Silvestri Filho parabenizou a iniciati-va da Agrária em oferecer informação técnica ao produtor da região. “A cidade precisa disso.

Temos notado a eficiência da produção agrí-cola, que acontece graças a iniciativas como essa, onde existe um compartilhamento de conhecimento e tecnologia”.

Além disso, Silvestri Filho disse que a Cooperativa Agrária, ao disseminar as pesquisas para toda comunidade colabora também com o desenvolvimento agropecu-ário da cidade.

O vice-presidente da Agrária, Paul Illi-ch, se mostrou satisfeito com os resultados e grande participação dos cooperados no evento. Ele afirmou que os eventos téc-nicos dão um suporte ao cooperado, para que alcancem recordes de produtividades. “Acreditamos que a FAPA já contribuiu e tem muito mais a contribuir para a região de Guarapuava, e não só para os cooperados. O interessante é que as novas tecnologias são validadas para o produtor, e consequen-temente, ele não fica no ‘achismo’. Ele só aplica as novidades que são testadas pelos pesquisadores”.

Para o engenheiro agrônomo da As-sistência Técnica da Agrária, Paulo Ricardo

Domit, além de trazer informação aos agri-cultores, o Dia de Campo de Verão também promove capacitação para os profissionais da área. “Temos que absorver as tecnolo-gias geradas pela FAPA e repassá-la no nos-so dia a dia”.

Os produtores cooperados também parabenizaram a organização do Dia de Campo e enfatizaram a atuação da FAPA em gerar informação. O engenheiro agrônomo e produtor rural, Rafael Majowski, comen-ta que “a FAPA desempenha o papel de fazer o caminho entre novidades e o que o produtor vai utilizar no campo, ou seja, nós usamos todas as informações filtradas. Com isso, ganhamos muito tempo, porque são dados seguros e sabemos que não há nenhum interesse comercial”.

A Cooperativa Agrária atraiu mais de 1400 pessoas no evento que apresentou novas tecnologias e perspectivas para as próximas safras de milho e soja.

Jorge Karl - Presidente da Agrária

Paul Illich - Vice presidente da Agrária

O coordenador da FAPA, Leandro Bren, afirma que o trabalho dos pesquisadores é valorizado pelos cooperados, que sempre atendem às orientações da pesquisa. “Des-taco uma característica que é inerente dos produtores da Cooperativa Agrária: eles são fiéis à pesquisa e seguem as recomenda-

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Revista do Produtor Rural 43

ções. Por isso, o resultado vem em alta pro-dutividade e qualidade”.

O produtor rural Gibran Araújo, diretor do Sindicato Rural de Guarapuava, declara que mesmo não sendo cooperado, sempre comparece ao evento para ficar atualizado. “Esse Dia de Campo tem muita representa-tividade científica e remete a realidade da nossa região”.

O evento também atraiu pessoas de outras regiões, como o produtor rural de Laranjeiras do Sul, Miguel Severino Alves. “A gente participa há mais de 10 anos. O evento é modelo para nossa região. As tec-nologias que são difundidas aqui servem de espelho para nós, em Laranjeiras, até mais do que Cascavel, porque está mais próximo”.

O gerente agrícola da Agrária, André Spitzner, disse que o Dia de Campo de Ve-rão atingiu o objetivo da Cooperativa e que a intenção é trazer cada vez mais inovação. “Neste ano, uma das novidades foi a mu-dança no cronograma, que permitiu que os produtores conseguissem assistir todas as palestras da FAPA em apenas um dia. Foi uma mudança de organização que teve um bom resultado”.

Paulo Ricardo Domit Rafael Majowski

Gibran Thives Araújo Miguel Severino Alves

Leandro Bren - Coordenador da FAPA

Manejo de pragas

Na palestra sobre “Manejo de lagartas e percevejos na cultura da soja”, ministrada por Bellettini, o professor destacou a necessidade dos produtores rurais atentarem para práticas de manejo para prevenção de pragas na cul-tura. “Acredito que é o momento do produtor ver se aquilo que está fazendo é realmente o que deve ser feito”.

Belettini abordou na palestra quais foram as principais mudanças que ocor-reram nos últimos dez anos em relação à planta e, consequentemente, nas pragas. “O produtor também tem que mudar e se adaptar às alterações. É preciso ter uma ação diferente”, afirmou.

Ao ser questionado sobre a dificuldade do controle nesta safra da lagarta da soja, o pesquisador esclareceu quais são os cuida-dos que o produtor precisa tomar e com o que deve estar alerta. “Primeiro, é preciso co-nhecer a planta e depois saber quais foram as modificações que ela sofreu, para depois aplicar as ações. Nesse sentido, é preciso res-

Silvestre Bellettini - Universidade Estadual do Norte do Paraná

gatar o manejo de pragas, que é algo impor-tantíssimo. O produtor, muitas vezes, conti-nua aplicando inseticida calendarizado, o que é algo muito perigoso. “Não se pode deixar as técnicas de manejo de lado. É hora de resga-tarmos esse tipo de prática”, enfatizou.

O pesquisador parabenizou a iniciativa da cooperativa em promover o Dia de Cam-po. “A Agrária e a FAPA estão de parabéns. É exatamente esse tipo de informação que é preciso mostrar ao produtor, mesmo para aqueles que já produzem com altos índices de produtividade”.

Noemir Antoniazzi

Victor Spader

Norbert Geier, Paul Illich, Rodolpho Luiz W. Botelho, Prefeito César Silvestri Filho, Jorge Karl e Arnaldo Stock

Celso Wobeto Sandra Mara V. Fontoura

Étore Reynaldo Heraldo Feksa

Page 44: revista produtor rural 36

Revista do Produtor Rural44

Perspectivas do mercado agrícola de milho e soja

O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, abordou o cenário agrícola mun-dial, destacando o papel do Brasil em aten-der uma demanda mundial na produção de alimentos.

Rodrigues tratou sobre quais são os en-traves e o que é necessário para o país se tornar mais competitivo no mercado. “Uma das regras para competir com qualquer produto agrícola e qualquer atividade econômica no Brasil e no mundo, é ter tecnologia e gestão. Acredito também que é determinante o país criar uma estratégia para desenvolvermos ainda mais a agricultura brasileira nos próximos anos”.

O palestrante falou à REVISTA DO PRO-DUTOR RURAL DO PARANÁ sobre as perspecti-vas e tendências do mercado para as culturas de verão, afirmando que há uma tendência de queda nos preços para a próxima safra. “Agora, todos os indicadores mostram que a safra ame-ricana deve voltar a crescer. A seca brutal que aconteceu nos Estados Unidos, no ano passado, fez com que os preços ficassem muito bons, e consequentemente, o mundo inteiro plantou mais milho, até mesmo o Brasil vai exportar mais milho que os EUA, o que é algo inédito na nossa história. No entanto, a tendência é que se o cli-ma for bom no hemisfério norte na safra 13/14, há uma grande possibilidade que os estoques se recuperem e os preços podem cair”.

O professor comentou ainda que o cenário é incerto, pois o contexto pode ser alterado de acordo com a demanda chinesa. “A China, que hoje é um grande produtor mundial de soja, pas-sará a ser também um grande produtor mundial de milho, para fazer proteína animal e agregar valor no próprio país”. Além disso, Rodrigues dis-se que há outros fatores que podem determinar até mesmo crescimento da própria demanda de algumas regiões do Brasil, como o Nordeste, que precisa de milho, pois produz muito pouco e ne-cessita para a pecuária.

Em relação à tendência de preços e sobre a cultura da soja, Rodrigues declarou que o mer-cado vai depender também dos resultados da safra no hemisfério norte. “As projeções indicam um aumento significativo da oferta de soja nos Estados Unidos e, consequentemente, redução de preço, mas mesmo assim, ainda se estima um preço cerca de 12 dólares por bushel, o que é um bom preço, acima da média histórica.”

Outro fator que o ex-ministro atenta é

Roberto Rodrigues

André Spitzner - Gerente Agrícola da Agrária

Incentivo à diversificação

Além de abordar as culturas de milho e soja, a FAPA também apresentou pesquisas referentes às culturas de feijão e tomate. O gerente agrícola da Cooperativa Agrária, An-dré Spitzner, comentou que ambas “são cultu-ras importantes, que têm trazido rentabilidade para o produtor. No caso do tomate, as áreas são pequenas porque é um cultura muito in-tensiva. Não se pode analisar pelo tamanho da área e sim pelo investimento e rentabilidade

Nos dias 6 e 7 de março, cerca de 320 pessoas, entre produtores rurais associados, profissionais do setor agropecuário, técnicos e estudantes passaram pelo estande do Sin-dicato Rural de Guarapuava durante o Dia de Campo de Verão promovido pela Cooperativa Agrária, nos campos da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA).

O estande apresentou os serviços, cursos e eventos promovidos pela entidade e tam-bém proporcionar um momento de descanso e confraternização para os visitantes do Dia de Campo de Verão.

O público em geral também pode conhecer mais sobre o Sistema Patronal Rural e a Revista do Produtor Rural do Paraná. Os associados tiveram a oportunidade de pagar a anui-dade, atualizar o cadastro e tirar fotografia para carteirinha de sócio.

Nesta edição, o estande do Sindicato Rural foi decorado pela equipe de colaboradores da entidade, com grãos de soja, milho e feijão, tema do dia de campo. Os visitantes ganharam pipoca.

O vice-presidente da Cooperativa Agrária, Paul Illich, destacou a importância do Sindi-cato Rural de Guarapuava e o apoio da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) para o sucesso do evento. “É muito importante essa parceria e a união entre a Agrária e o Sindicato/FAEP. Tomara que essa parceria continue por muitos anos”.

O diretor da entidade, Gibran Thives Araújo, também comentou sobre a participação do Sindicato no evento técnico. “É importantíssimo, porque o Sindicato funciona como um multiplicador da informação gerada no dia de campo aos seus associados”.

Visitantes de outros municípios também passaram pelo estande do Sindicato. O pro-dutor de Laranjeiras, Miguel Alves, elogiou a atuação da entidade em Guarapuava. “Gostarí-amos muito de ter um sindicato assim em nossa cidade. O trabalho que a entidade faz pelos agricultores é muito bom. Estão todos de parabéns”.

para um possível aumento de custo na produ-ção. “Há uma tendência de aumento de custo, porque a demanda mundial de defensivos, fer-tilizantes, máquinas e sementes continua aque-cida e as fábricas não são elásticas, ou seja, não podem aumentar a produção rapidamente. Por isso, pode ser que haja aumento, o que signifi-ca, em outras palavras, que as margens devem ser mais estreitas ano que vem”.

Segundo o ex-ministro, embora os preços estejam acima da média, a logística vai afetar a rentabilidade. “Este ano, o que está afetan-do o resultado final é a logística. O frete subiu espetacularmente, porque a safra aumentou e o número de caminhões diminuiu. Há regiões do país que estão com fretes com custos 50% maiores do que no ano passado. Em todo Bra-sil, a média do custo do frete está 30% maior. Além disso, como a safra é muito grande, os portos estão lotados de caminhões”.

que se pode ter por hectare. Estamos trazendo mais informação ao produtor. “Acompanhamos o interesse do nosso cooperado pelo tomate e feijão e é nossa obrigação estar um passo a frente. Temos a obrigação de dar o suporte ao produtor a medida que essas novas culturas vão ganhando expressão dentro da área da Agrária”, disse Spitzner.

O presidente da Cooperativa falou tam-bém sobre o incentivo a novas culturas. “Ape-sar da participação da Agrária no mercado ser pequena em feijão, a cultura vem crescendo

por parte dos cooperados. Até porque o cul-tivo se profissionalizou bastante Brasil a fora, e em especial, neste ano, tem fornecido bons resultados financeiros e a tendência é de cres-cimento. Eu diria que é uma cultura que vem para complementar o sistema”.

Estande do Sindicato Rural recebeu mais de 300 pessoas

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Revista do Produtor Rural 45

Com a safra colhida, é tempo de fazer contas e projetar investimentos. Na edição anterior, tratamos das linhas mais usuais para busca de financiamento no investimento em armazenagem. E neste momento vamos tratar sobre um item importante para o sucesso na busca do recurso com taxas

muito atrativas: o LICENCIAMENTO AMBIENTAL, que pode se tornar um transtorno ao investidor. As unidades de armazenamento em fazendas ou de transbordo de grãos que contemplem os

serviços de recebimento, pré-limpeza, limpeza, secagem, armazenamento e expedição devem contar com equipamentos que possuam sistemas de controle de emissão de material particulado para o meio ambiente.

Estas unidades com capacidade de estocagem até 500 t poderão realizar o licenciamento am-biental simplificado para atividades de pequeno porte com baixo potencial poluidor. As unidades com capacidade superior necessitam de licenciamento ambiental, procedimento administrativo, pelo qual o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) licencia a localização (licença prévia), instalação (licença de ins-talação) e operação (licença de operação) de atividades utilizadoras de recursos ambientais.

Para a realização do processo de licenciamento ambiental destas unidades, fator limitante quando da necessidade de fundos de financiamento junto a entidades financeiras, Resolução CEMA 070/2009 http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_estadual/RESOLUCOES/resolu-cao_cema_70_2009.pdf, deve-se iniciar desde a escolha da área para localização do empreendimen-tos, determinante na licença prévia, projeto de sistema de controle de poluição ambiental contem-plando informações sobre o processo, sobre a água utilizada (fontes de abastecimento e usos), sobre os esgotos domésticos e industriais, as fontes de poluição do ar e resíduos sólidos gerados exigido na licença de instalação e planos e programas, incluindo as medidas de controle ambiental determinadas na licença de operação.

As unidades armazenadoras localizadas em áreas estritamente agrícolas, conforme resolução SEMA 058/2007 http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_estadual/RESOLUCOES/res058de2007.pdf, devem contar com sistemas de controle de poluição ambiental e sistema de manutenção preventiva dos equipamentos.

É deveras interessante o produtor ou responsável pelo empreendimento procurar assessoria es-pecializada para realizar este processo para agilizar o trâmite dos processos junto ao órgão ambiental, pois, apesar de a atividade de armazenamento de grãos ser considerada de baixo impacto ambiental, é necessário elaborar um projeto de controle de poluição ambiental por profissional habilitado acom-panhado de respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica.

Licenciamento ambiental para unidades armazenadoras

[Silos]

Engº. Marcio Geraldo SchäferParaná Silos Representações Ltda.

[email protected]

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Revista do Produtor Rural46

[Soja]

Produtividade acima da média: agricultores apostam no cultivo da Benso 1RRAndré Paulitzki espera colher mais de 60 sacas de soja por hectare.Ele plantou a Benso 1 RR pela primeira vez e está contente com os resultados

Ellen Colombo / Cláudia Maria Jung

Major Vieira

Com o andamento da safra de soja transcorrendo na normalidade, apesar da pequena estiagem que atingiu o

início da produção, os indicadores mostram que teremos novamente um ano bom para a agricultura, com tendência de estabilida-de dos preços e normalidade no clima.

Características da cultivar

A cultivar de soja Benso 1RR foi desenvolvida no Planalto Norte Catari-nense, região edafoclimática 101 e tem demonstrado excelente adaptação na região de Guarapuava e Campos Gerais, destacando-se mais uma vez nesta safra, superando a expectativa dos produtores.

A Benso 1RR é uma cultivar de há-bito de crescimento determinado, porte médio, ciclo 6.6, variando com o local e a época de plantio, apresenta período ju-

venil (vegetativo) curto e período repro-dutivo longo, com uma grande janela de florescimento, o que acaba favorecendo--lhe em casos de problemas com déficit hídrico, pois não abrange todo o seu pe-ríodo do florescimento, evitando assim o abortamento das flores. Possui um siste-ma radicular agressivo, o que também lhe favorece em épocas de estiagem, pois suas raízes exploram um perfil maior de solo em busca de água e nutrientes.

Com baixo índice de: acamamento, debulha de vagens e grãos ardidos na colheita. Enfim, uma cultivar com arqui-tetura moderna que vem de encontro as tendências do mercado.

O agricultor André Paulitzki, da loca-lidade de Pulador, em Major Vieira – SC, plantou pela primeira vez a variedade de soja Benso 1 RR. De acordo com Paulitzki, o que o levou a investir nessa nova culti-

var foram os estudos feitos com a planta que comprovaram sua alta produtividade entre outros pontos positivos. Ensaios feitos pela Fundação ABC e Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária – FAPA na safra 2011/2012 comprovaram que a Benso 1 RR foi a mais produtiva, com-parando com outras cultivares de impor-

Porte ereto e sanidade das folhas

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Revista do Produtor Rural 47

tância agronômica bastante plantadas na região onde a pesquisa foi desenvolvida (Centro Sul do Paraná).

Os resultados foram obtidos com o uso em conjunto de um bom pacote tec-nológico e com boas práticas de plantio.

Aproveitamento

Paulitzki plantou 22 hectares da nova cultivar e está contente com o andamento da lavoura, que já está em sua reta final. “Graças ao seu porte ereto, as folhas de baixo não se estragam com facilidade, não ficam amareladas e isso garante que a planta seja bem nutrida, do início ao fi-nal do ciclo, pois a nutrição vem pela raiz e são as folhas inferiores que alimentam a raiz”, comenta o agricultor que está cur-sando faculdade de Agronomia. “Além dis-so, ela é bem resistente ao acamamento e tem muitas vagens de 4 grãos.”

Para o biólogo e pesquisador Luiz Al-berto Benso, as aplicações de fungicidas para doenças comuns na região como oí-dio, mofo branco e ferrugem, são respon-sáveis pela manutenção do dossel foliar, pois a planta precisa de uma grande área fotossintética para o enchimento dos grãos. Todas as cultivares são suscetíveis

a estas doenças, dependendo muito da severidade do ataque, do sincronismo entre uma condição climática favorável, ou seja alta umidade e temperaturas amenas, com o período de senescência das flores da soja.

De porte médio, com folhas peque-nas e eretas, a Benso 1RR permite um melhor aproveitamento do jato de fungi-cidas, que atingem inclusive as folhas da parte inferior da planta, pois não acon-tece o dito “efeito guarda-chuva”, além disso permite uma maior penetração dos raios solares, auxiliando na sanidade da lavoura e potencializando a capacidade fotossintética da planta.

Expectativas

Outra vantagem ressaltada pelo agricultor é a resistência da Benso 1RR a períodos de déficit hídrico, populares ve-ranicos. “Em 20 dias de seca que tivemos na região, a planta esteve firme e não sentiu com a falta de umidade, a diferen-ça se viu nas cores das folhas, comparan-do com as demais cultivares”, explica. A expectativa do produtor é de colher mais de 60 sacas por hectare. “É um número muito bom”, afirma o produtor que des-

de o início do plantio verificou que a cul-tivar traria bons resultados. “Na germina-ção, a planta já apresentava mais vigor e alta germinação, pois cerca de 90% das sementes germinaram. As plantas já nas-ceram com vigor e o estande da lavoura foi muito bom”, comenta.

Para a safra 2013/2014 a Sementes Benso lançou uma nova cultivar a BENSO 3RR, que possui excelente

adaptação na região, própria para início de plantio, de ciclo precoce permitindo

safrinha de milho.

André Paulitzki com seu pai

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Revista do Produtor Rural48

[Região]

Visitas técnicas orientam sobre cultivo da pecã

Produtores rurais da região de Guara-puava, que decidiram experimentar a noz pecã como forma de diversi-

ficação, receberam, entre março e abril, visita técnica do fornecedor das mudas, a empresa Viveiros Pitol (Anta Gorda-RS), e aproveitaram a oportunidade para tirar dúvidas – para eles, experientes na agri-cultura e na pecuária, as nogueiras são uma nova aposta para agregar mais ren-da à propriedade.

Durante o giro pelos pomares, o pro-prietário do viveiro, Luizinho Pitol, con-textualizou o contato direto com os pro-

dutores: “A gente vende as mudas e não se esconde delas”. O empresário desta-cou que o início da comercialização no centro-sul paranaense aconteceu há dois anos. Hoje, ele estima em cerca de 30 o número de produtores que decidiram implantar a pecã em suas propriedades. Acompanhando as visitações, o agrôno-mo do viveiro, Júlio Medeiros, explicou que o foco dos encontros é “dar a orien-tação inicial”. Ele disse que existem pou-cas informações a respeito da cultura, mas enfatizou que, além da presença nas fazendas dos clientes, a empresa tam-bém está à disposição para tirar dúvidas por telefone ou e-mail.

Uma das visitas técnicas aconteceu, dia 22 de março, na propriedade de Su-zana Rickli, a cerca de 20 quilômetros do distrito de Palmeirinha, onde o plantio de pecã teve início em junho de 2012 (seis hectares, 300 mudas, espaçamento de 10m X 20m, em consórcio com ovinos). Segundo explicou Suzana à Revista do Produtor Rural, junto às mudas de porte mais baixo, “as ovelhas se coçavam nas plantas e elas não brotavam”. A reposição de mudas, mais altas, foi o caminho en-contrado para buscar o desenvolvimento uniforme do pomar. A agropecuarista su-

blinhou que sente a necessidade de mais informação e até de encontrar uma regra técnica para o plantio e a condução da cultura. “Precisa de pesquisa”, comentou. Ela acrescentou que gostaria também de conhecer propriedades de produtores de pecã, já tradicionais na atividade, e que estejam obtendo boa rentabilidade com a cultura.

Dia 11 de abril, as visitas prosse-guiram, de manhã, na propriedade de Luís Paulo Gomes (conforme mostrou a edição anterior da Revista do Produtor Rural, o agricultor implantou o pomar em 12 hectares, num consórcio com ovinos, e pretende chegar a mil mudas). Na tar-de do mesmo dia, foi a vez de verificar as mudas implantadas por Neuri Bele, na área que ele contou haver adquirido, há dois anos, no distrito de Guairacá (con-sórcio com mandioca). Bele informou que iniciou com a pecã no ano passado, após realizar a primeira visita aos Viveiros Pi-tol. “A gente viu que é um investimento de longo prazo e vai ficar produzindo por 200 anos. Depositamos confiança nos pés das nozes pecã”, afirmou.

Na manhã seguinte a visitação pros-seguiu na propriedade de Evaldo Anton Klein, a 27 quilômetros do distrito de Propriedade de Suzana Rickli - Palmeirinha

Viveiro estima em 30 os produtores que decidiram iniciar diversificação com pecã na região de Guarapuava - Alguns fazem consórcio com ovinos

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Revista do Produtor Rural 49

Guinter Rickli

Propriedade de Neuri Bele - Guairacá

Propriedade de Evaldo - Entre Rios

Júlio Medeiros

Entre Rios. Ao lado do filho Edmar Udo Klein, o agricultor mostrou-se feliz em apresentar o pomar implantado em uma área de declive (início há dois anos, em 12 hectares, em consórcio com ovinos – plantel que, conforme adiantou o produ-tor, ele pretende aumentar).

Enquanto recebia as orientações da equipe do viveiro, Evaldo comentou que, no começo, teve de aumentar o espaça-mento entre as mudas, mas afirmou ter uma boa expectativa em relação à opção de diversificação. E justificou: “Uma grande parte da castanha consumida no Brasil é

importada”. A primeira colheita, que deve render ainda um pequeno volume, ele espera para o ano que vem. E para os pró-ximos, resultados sempre melhores, que reflitam o potencial produtivo da cultura.

Depois do giro de visitações, a equipe do viveiro se reuniu no final da tarde daquele dia, no anfiteatro do Sindicato Rural, com produtores rurais. A empresa informou que passará a con-tar também com Guinther Rickli (aca-dêmico de agronomia), para vendas de mudas na região (42 9915 5138 – ou e-mail: [email protected]).

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Revista do Produtor Rural50

[Manejo integrado]

Lagarta do algodão agora é problema em soja

A cultura da soja está sujeita ao ata-que de várias pragas desde a ger-minação à colheita e como parte

do Manejo Integrado de Pragas (MIP) é de grande importância que ao se tomar a decisão de controle isso seja feito com base em princípios como amostragens, nível de dano, tamanho de insetos e es-tádio de desenvolvimento da cultura.

O complexo de pragas tem aumen-tado nos últimos anos, principalmente com crescimento de algumas lagartas como a falsa-medideira (Pseudoplusia includens) e as Spodopteras. Porém, a la-garta-da-maçã, Heliothis virescens, cha-ma a atenção pelos danos em áreas de soja nos últimos anos. No Centro Oeste esta praga é uma velha conhecida dos cotonicultores, recebendo esse nome em função de atacar as maçãs do algo-doeiro. Porém, nos últimos anos, passou a ser também um problema dos sojicul-tores do Centro Oeste e mais recente-mente, da região Sul do país.

DanosOs estragos provocados por Helio-

this virescens são maiores que os causa-dos por outras lagartas, principalmente

Engenheiro Agrônomo Giovani A. Schiavini

Dep. Técnico Agrícola Colferai Ltda.

nas fases posteriores ao início do flores-cimento, quando destroem flores, vagens e os grãos, além das folhas novas. Trata--se de uma praga que ataca o grão da soja da mesma forma que na cultura do algodão ataca suas maçãs. O inseto apre-senta grande potencial destrutivo na soja causando danos diretos ao atacar as va-gens e os grãos da soja e danos indiretos por facilitar a entrada de patógenos.

Identificação e cicloO adulto é uma mariposa facilmen-

te identificada por apresentar três faixas transversais de coloração escura. As asas posteriores são claras, esbranquiçadas, com uma faixa cruzada no centro. Os ovos são de coloração branca e estriada longitudinalmente, colocados em geral nas partes próximas ao ponteiro ou ge-mas apicais das plantas, de forma indivi-dual, o que ajuda na dispersão da praga na lavoura. Uma fêmea pode colocar em torno de 600 ovos. Normalmente colo-cam os ovos à noite, quando os adultos saem para se alimentar.

As lagartas recém-eclodidas alimen-tam-se de tecidos novos, folhas, flores e após certo desenvolvimento passam a atacar as vagens em formação. Apresen-ta coloração variável entre verde, rosa a amarelada. Possuem algumas pintas escuras com micro espinhos no dorso, podendo chegar ao tamanho de 30 mm a 40 mm. Após o desenvolvimento da la-garta esta passa para o estádio de pupa (localizada normalmente no solo), po-dendo nesta fase passar por um período que chamamos de diapausa. O ciclo de ovo a adulto pode levar em torno de 35 dias para ser completado, dependendo da temperatura.

ControleQuanto ao controle, a recomendação

é para que seja feito enquanto a lagarta esteja na parte superior da planta, devi-do à dificuldade que se tem em deposi-tar o inseticida no terço inferior da plan-ta quando esta mais enfolhada. Lagartas grandes (maiores que 15 mm) são mais difíceis de controlar, uma vez que neste

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ATENÇÃOEste(s) produto(s) é(são) perigoso(s) a saúde humana, animal e ao meio ambiente.

Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no(s) rótulo(s), na(s) bula(s) e na(s) receita(s).Utilize sempre equipamento de proteção individual.

Nunca permita a utilização do(s) produto(s) por menores de idade.Faça a tríplice lavagem das embalagens.

Descarte corretamente as embalagens e restos de produto(s).

Produto de Uso AgrícolaConsulte sempre um Engenheiro Agrônomo.

Venda sob Receituário Agronômico

caso específico a maioria dos inseticidas tem apresentado baixa eficiência. A estra-tégia, portanto, é monitorar a lavoura para detectar a praga logo no seu aparecimen-to e assim fazer o controle enquanto esta se encontra nos primeiros instares.

Com relação aos inseticidas utili-zados para esta praga, ainda não há ne-nhum produto registrado para controle da lagarta-da-maçã na cultura da soja, contudo, em testes realizados em soja, observou-se que alguns produtos utili-zados para controle de lagarta de difícil controle como a falsa medideira apre-sentam bons resultados, porém em sua maioria as doses precisam ser mais ele-vadas para se obter boa eficiência.

ResumoEm resumo, o êxito no controle da

Heliothis virescens, praga que vem preo-cupando os produtores de soja de varias regiões do país, está em se fazer um ma-nejo integrado, onde o monitoramento constante da lavoura é de fundamental importância para que se possa detectar a praga logo no início do seu apareci-mento, ou seja, nos primeiros instares ou até mesmo identificar a presença de adultos e ovos para que assim possamos fazer o controle enquanto a praga se en-contra na parte superior da planta, nas

primeiras fases de desenvolvimento e com isso, mais vulnerável aos inseticidas aplicados. Lagartas maiores e que se en-contram no terço inferior da planta são de mais difícil controle e apresentam um potencial de dano muito grande na cul-tura da soja por atacarem principalmente

flores, vagens e grãos, provocando per-das muito maiores às provocadas pelo ataque nas folhas. Além disso, existem os danos provocados pelos patógenos que penetram na planta através das inju-rias feitas pela praga, ocasionando ainda mais perdas na produção.

Danos nas vagens

Adulto da Heliothis virescens

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[Equinos]

“A exposição apresentou quantida-de e qualidade”, resume o jurado Luis Rodolfo da Cruz Machado sobre a Expo-Crioulo de Verão 2013, promovida pelo Núcleo de Criadores de Cavalo Crioulo de Guarapuava (NCCCG).

O evento foi realizado entre os dias 21 e 24 de fevereiro, no Parque de Expo-sições Lacerda Werneck, em Guarapuava, apresentando alto nível em qualidade genética, segundo o jurado. “É um evento forte, que apresentou muitos animais de qualidade excepcional. É uma exposição que sempre se mostra bem em nível na-cional. Com certeza, os animais que foram premiados aqui teriam ótimos resultados em qualquer outra competição no país”.

O presidente do Núcleo dos Criado-res de Cavalo Crioulo, Rodrigo Córdova, também avaliou positivamente a Expo-Crioulo desse ano. “Foi alto o nível ge-nético dos animais que participaram do julgamento, como esperávamos”.

Córdova comenta sobre atuação do

ExpoCrioulo expõe qualidade genética e atrai mais criadores da raça

jurado gaúcho. “Ele tem muita experi-ência e é um grande jurado. Fez um be-líssimo trabalho que atendeu as nossas expectativas, ficamos felizes porque ele também gostou do nível dos animais”.

A exposição trouxe cavalos e éguas com nível B de ranking regional e na-cional e contou com a participação de criadores renomados do Paraná e Santa Catarina. Córdova declarou que a exposi-ção fomenta a criação da raça e atrai mais pessoas para o núcleo de criadores na cidade. “Tivemos um crescimento gran-de em relação aos associados do núcleo desde 2010, de 15 foi para quase 50. Observamos que há novos criadores in-vestindo na raça e também que a partici-pação de jovens e crianças aumentou. A nossa intenção é proporcionar todo esse incentivo e esperamos que o crescimen-to do cavalo continue”.

Em relação às provas e à exposição morfológica, Machado destacou o pro-fissionalismo e a participação dos jo-

vens na ExpoCrioulo. Além do jurado, a exposição contou com a supervisão do técnico credenciado à ABCCC, Henrique Litchina Gonzalez.

Rodrigo Córdova

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Resultados

A exposição morfológica contou com 73 animais inscritos, nos dias 22 e 23 de fevereiro. O animal destaque foi o macho Senhor da Rio Bonito, que recebeu o prê-mio Melhor Exemplar da Raça, filho de Mapaxe da Rio Bonito e Preferida da Rio Bonito; do criador e expositor Empreendi-mentos Agropecuários Rio Bonito Ltda. A Grande Campeã foi do criador Arison Jung, a Guaiaca do Ribeirão Bonito, que é filha de Viragro Rio Tinto e Lenda do Novo Horizonte.

O Reservado Grande Campeão foi o cavalo Que Momento Cordobez, filho de Viragro Rio Tinto e La Baguala Cordobez; criador e expositor Rodrigo e Thiago Cordova Silva.

A Reservada Grande Campeã foi a égua Época do Ribeirão Bonito, filha de Herdeirão do Itapororó e SJ Tirama; cria-dor e expositor Arison Jung.

O 3º melhor macho foi para o criador e expositor Vinicius Virmond Krüger, da Cabanha do Lageado, com o cavalo Lage-ado Andejo, filho de Mañanero Macinero e Pora Serena.

A 3ª melhor fêmea foi do criador e expositor Arison Jung, com a Grauna do Ribeirão Bonito, filha de Viragro Rio Tinto e Baioneta do Tamboré.

1º Lugar Chasque do Ribeirão Bonito, filho de TinajeraBuen Abrigo e Ja Roleta;

criador Arison Jung e expositor Arison Jung - Cabanha Ribeirão Boni-to, Guarapuava/PR.

Ginete: Marcel Pagliochi - nota 212º Lugar Siadonada Rio Bonito, filho de Cerro Campero Velhaco e Mayte de

Rosazul; criador Empreendimentos Agropec. Rio Bonito Ltda e ex-positor Empreendimentos Agropec. Rio Bonito Ltda - Fazenda Santa Cruz, Ponta Grossa/PR.

Ginete: Pedro Demeterco - nota 203º Lugar Balisa da Amandy, filho de D’Cláudio Também do Strass e Festiva

da Tala; criador Flávio Abel e Filhos e expositor Dario Caldas Serpa - Estância Dom Chiquito, Pinhão/PR

Ginete: Mariana Serpa - nota 204º Lugar Ok Repente, filho de Ok Juruna e Ok Guarapuava; criador Cezar Ro-

berto Oliveira Krüger e expositor Rachel Weckl - Cabanha Capão da Noiva, Guarapuava/PR.

Ginete: Rachel Weckl - nota 16 - Profissional1º Lugar Lageado Andejo, criador Vinicius Virmond Krüger e expositor Vinicius

VirmondKruger - Cabanha do Lageado, Guarapuava/PR Ginete: Vinicius VirmondKruger - nota 522º Lugar MapucheelJugueton, filho de San Pedro Cauquen e MapucheButifar-

ra; criador Osvaldo e Renato Vacinaletti e expositor Osvaldo e Renato Vacinaletti - CabanhaMapuche, Pomerode/SC.

Ginete: Vinicius Otto - nota 423º Lugar Ok Aba Larga, filho de Imperador do Purunã e Queixosa do Usupá;

criador Cezar Roberto Oliveira Krüger e expositor Manoel Francisco de Ramos Neto.

Ginete: Vinicius Otto - nota 384º Lugar CapanegraOchenta, filho de Capanegra Pinochet e Bugatti do

Barro Azul; criador Fernando Dornelles Pons e expositor Beatriz Consoli - Cabanha Boêmio, Guarapuava/PR.

Ginete: Francisco Alan De Lon - nota 335º Lugar Denúncia do Forte Atalaia, filho de Lindo Amor Simpatia e Bom Retiro

Jambalaia; criador Paulo Roberto Martins Pacheco e expositor Luiz Carlos Calixto - Cabanha São Sebastião, Guarapuava/PR

Ginete: Valdinei Souza - nota 306º Lugar Estouro JB de Palermo, filho de Trovador JB de Palermo e Roleta

JB de Palermo; criador Otto Jayme Beckert e expositor Otto Jayme Beckert - Rancho JB, Palmeira/PR

Ginete: Marison Ferreira - nota 29 Amador1º Lugar Ok Escorpião, filho de MañaneroManicero e Harmonia da Fascina-

ção; criador Cezar Roberto Oliveira Krüger e expositor Alain Delon Ribas Barbosa.

Ginete: Alain Delon Ribas Barbosa - nota 472º Lugar Aragano do Chico Ribas, filho de Landau da Praia e Zambeta do Novo

Horizonte; criador João Francisco De Abreu Ribas e expositor João Francisco de Abreu Ribas - Cabanha Chico Ribas, Guarapuava/PR

Ginete Alain Delon Ribas Barbosa - nota 323º Lugar NorisoTupambaé, filho de Nobre Tupambaé e Risonha do Rincão do

Barreto; criador Oswaldo Dornelles Pons e expositor Oswaldo Dornel-les Pons - CabanhaTupambaé, Dom Pedrito/RS

Ginete: Julie Anne Wolbert - nota 284º Lugar CapanegraOchenta, filho de Capanegra Pinochet e Bugatti Do Barro

Azul; criador Fernando Dornelles Pons e expositor Beatriz Consoli - Cabanha Boêmio, Guarapuava/PR

Ginete: Ryan R. Barbosa - nota 275º Lugar Noturno II Tupambaé, filho de BellacoTupambaé e Artista de Santa An-

gélica; criador Oswaldo Dornelles Pons e expositor Julie Anne Wolbert. Ginete: Marie LuizeWolbert - nota 25

Senhor da Rio Bonito ficou com Grande Campeonato e foi considera-do o Melhor Exemplar da Raça. Fotos: Raulino Cordova.

Resultados MorfologiaFêmeasGrande Campeã Guaiaca do Riberão Bonito, filha de Viragro Rio Tinto e Lenda do Novo

Horizonte; criador e expositor Arison Jung, Cabanha Ribeirão Bonito, Guarapuava/PR

Reservada Grande Campeã Época do Riberião Bonito, filha de Herdeirao do Itapororó e SJ Tirama; cria-

dor e expositor Arison Jung, Cabanha Ribeirão Bonito, Guarapuava/PR4ª melhor fêmea Dalia Negra do Barrozo, filha de Macanudo do Itapororó e Zambia

do Barrozo; criador e expositor Marcos Gomes Antunes, Fazenda Carrozo, Castro/PR

Machos Grande Campeão - Melhor Exemplar da Raça Senhor da Rio Bonito, filho de Mapaxe da Rio Bonito e Prefeirda da

Rio Bonito; criador e expositor Empreendimentos Agropecuários Rio Bonito Ltda, Fazenda Santa Cruz, Ponta Grossa/PR

Reservado Grande Campeão Que Momento Cordobez, filho de Viragro Rio Tinto e La Baguala Cor-

dobez; criador e expositor Rodrigo e Thiago Cordova Silva, Cabanha-Cordova, Guarapuava/PR

3º melhor macho Lageado Andejo, filho de MañaneroMacinero e Pora Serena; criador e

expositor Vinicius VirmondKruger, Cabanha do Lageado, Guarapuava/PR4º melhor macho Aguape do Purunã, filho de Hércules do Purunã e Opalina do Purunã;

criador Mariano Lemanski e expositor Luiz Flávio Lacerda

Movimiento a La Rienda

Já a prova Movimiento a La Rienda, que vem sendo tradicional na revelação da habilidade dos ginetes, foi marcada pela alta performance e qualidade fun-cional dos cavalos.

A competição promovida pelo NCC-CG foi realizada nas categorias profissio-nal, amador e iniciante.

Os resultados do profissional foram: o 1º Lugar foi para o ginete e criador Vinicius Virmond Krüger, com a nota 52, no cavalo Lageado Andejo da Cabanha do Lageado. O 2º lugar foi para o ginete Vinicius Otto, com nota 42, e o cavalo foi o Mapucheel Jugueton, do criador e ex-positor Osvaldo e Renato Vacinaletti. O 3º Lugar foi para o ginete Vinicius Otto com a nota 38, mas com o cavalo Ok Aba Larga, filho de Imperador do Purunã e Queixosa do Usupá; do criador Cezar Roberto Oliveira Krüger e expositor Ma-noel Francisco de Ramos Neto. E o 4º Lugar ficou para o ginete Francisco Alan De Lon com nota 33, cavalo Capanegra Ochenta, filho de Capanegra Pinochet e Bugatti do Barro Azul, do criador Fernan-do Dornelles Pons e expositor Beatriz Consoli, da Cabanha Boêmio.

Durante a programação da Expo-Crioulo 2013, além das provas e julga-mentos foi promovido um leilão da raça e um show artístico com Quarteto Cora-ção de Potro e um sorteio de 3.000,00 reais em prêmios. Para finalizar o evento, a prova La Rienda atraiu muitas crianças, adolescentes e jovens. “Ficamos emocio-nados ao ver a participação das crianças dominando seus cavalos como adultos. O evento como um todo é um momento de reunião familiar e o essencial é que haja a participação de todos”.

Confira os resultados Movimiento aLa Rienda (completo) - Iniciante (NCCCG)

Jurado Luis Rodolfo da Cruz Machado

Grande Campeã, Guaiaca doRibeirão Bonito

Grande Campeão e melhor exemplar da raça, Senhor do Rio Bonito

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Faep orienta dirigentes dos Sindicatos Rurais do Centro-Sul do PR sobre convenção coletiva

[Legislação]

Com objetivo de capacitar os repre-sentantes das entidades sindicais rurais para realizar negociações co-

letivas com os Sindicatos dos Trabalha-dores Rurais, o Núcleo Regional dos Sin-dicatos Rurais do Centro-Sul do Paraná promoveu, nesta segunda-feira, dia 22, uma reunião com os dirigentes das en-tidades de Guarapuava, Pinhão, Turvo e Pitanga. O encontro foi realizado na sede do Sindicato Rural de Guarapuava.

Para abordar o tema, foi convida-do o assessor jurídico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Eleutério Czorneim que falou sobre Con-venção Coletiva de Trabalho (CCT) e mu-danças na legislação. No encontro, tam-bém esteve presente o diretor financeiro da Faep, João Luiz Rodrigues Biscaia.

O assessor jurídico da Faep procu-rou alertar os sindicatos acerca dos re-quisitos necessários para realizar uma negociação e atentar sobre a extensa pauta de reivindicações solicitadas pelos Sindicatos dos Trabalhadores. Ele disse que o primeiro passo, antes de iniciar

o processo de negociação é verificar a regularidade dos sindicatos, para que a convenção seja legalmente aceita. “A negociação deve ser realizada seguindo os procedimentos previstos no estatuto de cada sindicato, bem como o previsto na CLT. O essencial é discutir cláusula por cláusula, com atenção, e avaliar as impli-cações para o produtor rural”.

Além das orientações gerais, Czornei apresentou aos dirigentes o que significa a mudança da súmula 277, do Tribunal Superior do Trabalho (TST). “A súmula al-terou o entendimento sobre a validade das cláusulas negociadas entre empre-gadores e trabalhadores. Antes a CCT, firmada por um ano, tinha as cláusulas válidas somente durante a sua vigência, no caso um ano. A partir da alteração da súmula, as cláusulas negociadas somen-te poderão ser modificadas por nova ne-gociação, e caso não houver, elas valem “ad eternum” – eternamente”.

De acordo com Czornei, ainda são poucos sindicatos no Paraná que rea-

lizam convenção coletiva. “Hoje temos 185 sindicatos rurais patronais e 119 extensões de base. Destes, apenas 95 re-alizaram, em 2012, a convenção coletiva. Assim, apenas 69 sindicatos e 26 exten-sões de base firmaram acordos”.

Durante a reunião, o diretor financeiro da Faep, João Luiz Rodrigues Biscaia, des-tacou a importância das convenções. “É o local onde o Sindicato tem a capacidade de representar o produtor rural perante a lei”. Biscaia, em seu discurso, também pediu a atenção acerca da nova súmula. “Ninguém tem de ter pressa para fechar a convenção, ela deve ser feita com cautela”.

O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Bo-telho, disse que a entidade reconhece a importância das convenções e da negocia-ção entre o sindicato patronal e dos traba-lhadores. Ele também comentou sobre a necessidade de uma discussão mais próxi-ma entre os municípios do Núcleo. “Preci-samos discutir juntos, para que possamos decidir e firmar convenções parecidas”.

O Núcleo Regional dos Sindicatos do Centro-Sul do Paraná promoveu encontro para orientar sobre negociações e abordou as mudanças com a implantação da súmula 277.

João Luiz Rodrigues Biscaia

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CCT em Guarapuava

Segundo o presidente do Núcleo, Anton Gora, foi importante realizar este encontro para treinar os dirigentes sin-dicais e representantes das comissões de negociação. Segundo ele, é impor-tante que o Núcleo se reúna para discu-tir sobre esse tema e que os sindicatos patronais e dos trabalhadores tenham um bom relacionamento. “Nosso objeti-vo realmente é chegar a um acordo que seja bom tanto para o patrão quanto para o trabalhador. Queremos discutir para chegar a um consenso”.

Além disso, Gora comentou que a reu-nião tem a intenção de fomentar a atuação

O Sindicato Rural de Guarapuava já está finalizando as negocia-ções com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. A primeira reunião foi realizada em fevereiro. Em março aconteceram novas reuniões entre a comissão de negociação e a assessoria jurídica da entidade. Foram discutidas, entre outros assuntos, as propostas para implantação de um novo reajuste salarial e a vigência do contrato. Até o momento, ambas as entidades avaliam as propostas e devem chegar a um con-senso até dia 30 de abril, finalizando o acordo. No Sindicato Rural de Guarapuava a convenção coletiva ocorre há anos.

do Núcleo e realizar um encontro entre os representantes dos Sindicatos Rurais. “O Núcleo abrange uma região homogê-nea, então temos muitos problemas em comum, se discutirmos juntos ficará mais fácil encontrar soluções”, afirma Gora.

Estiveram presentes na reunião os presidentes dos sindicatos de Pinhão, Geraldo F. Almeida; de Turvo, Joel Schul-ze e ainda os representantes do Sindica-to Rural de Pitanga, Antônio Adir de Lara e Elias Harmuch. Também participaram do encontro os membros da comissão de negociação e a assessora jurídica do Sin-dicato Rural de Guarapuava.

Anton Gora, Eleutério Czorneim e João Luiz Rodrigues Biscaia

Comissão de negociação do Sindicato Rural

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Revista do Produtor Rural56

Sicredi Terceiro Planalto finaliza o processo assemblear 2013

Campanha “Eu faço parte dessa história” em comemoração aos 30 anos da Sicredi Terceiro Planalto

[Prestação de contas]

Outro momento marcante para o Sicredi no final de março e começo de abril deste ano, foi o lançamento da campanha “Eu faço parte dessa histó-ria”, promovida pela cooperativa Sicredi Terceiro Planalto a fim de celebrar os 30 anos de atuação.

Todas as unidades de atendimento promoveram nos últimos dias um en-contro entre colaboradores, associados,

A Sicredi Terceiro Planalto encerrou no dia 25 de abril, com a Assem-bleia Geral Ordinária de Delega-

dos, as Assembléias Sicredi 2013. O evento contou com a presença dos coor-denadores de núcleo representando os demais associados das dez unidades de atendimento da cooperativa.

Estiveram também presentes os se-nhores Luiz Cezar Wunsch, Presidente da Sicredi Fronteira e coordenador da Unidade Administrativa I da Central Si-credi PR/SP, Gilson Nogueira Farias, ge-rente de crédito da Central Sicredi PR/SP, também os presidentes das coope-rativas coirmãs, Orlando Muffato presi-dente da Sicredi Grandes Lagos e Santo

Cappellari da Sicredi Centro Sul.As assembleias acontecem anu-

almente para prestação de contas aos associados sobre o que aconteceu no exercício de 2012, na ocasião são apre-sentados os números da cooperativa, índices de crescimento e as metas para o próximo ano. “É o momento em que nossos associados realmente vêem que são donos da sua cooperativa, votam,

aprovam, sugerem, enfim, participam de um momento decisivo e importante do Sicredi”, comentou o presidente Adilson Primo Fiorentin.

Vale ressaltar que nas Assembleias Sicredi 2013, foram eleitos os integran-tes do novo conselho de administração (Foto1) com mandato para os próximos quatro anos e fiscal para os próximos dois anos.

coordenadores de núcleo e imprensa local para fazer o lançamento da campa-nha, encerrando com uma carreata pelas ruas das cidades. Todos os associados acumularão cupons para concorrer a uma caminhonete Mitsubishi L200 0Km, a partir das transações financeiras reali-zadas em suas unidades.

Além de participarem da promoção, os associados estão recebendo como

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presente de aniversário da cooperativa um kit toalha.

“A cada ano o Sicredi vem se desta-cando como uma das melhores coope-rativas de crédito do país e neste mo-mento importante onde comemoramos

30 anos de atuação da nossa coopera-tiva, precisávamos presentear nossos associados da melhor forma possível. Quem não gostaria de ganhar uma L200 0Km?”, comentou o presidente Adilson.

A promoção teve início no dia 01 de

abril e vai até 20 de novembro. Partici-pam da campanha os associados de: Can-dói, Pinhão, Entre Rios, Guarapuava (uni-dades Portal do Lago e XV de Novembro), Santa Maria do Oeste, Pitanga, Manoel Ribas, Palmital e Turvo.

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[Sistema FAEP]

O Sindicato Rural de Guarapuava e a Regional do Senar receberam, dia 8 de abril, visita de cortesia do

novo superintendente do Senar, Hum-berto Malucelli Neto. Desde fevereiro, ele substitui Ronei Volpi, que após 18 anos à frente daquela entidade, assumiu a Coor-denadoria de Programas de Desenvolvi-mento do Agronegócio da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP).

Ronei Volpi – Natural de Passo Fundo (RS), é veteri-nário formado pela Universidade Federal de Santa Maria. Sob sua orientação, foram criados vários programas e cursos. Assumiu a Coordenadoria de Programas de Desenvolvimento do Agronegócio – a coordenadoria tem a função de tornar realida-de o Plano Diretor para o Agronegócio que a Faep apresentou ao governo do Estado. Volpi continua participando da Fundepec, Conseleite, nas questões de sanidade animal e vegetal e de programas como ABC e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.

Malucelli - Natural de Morretes (PR), atuou na Cooperativa Central Batavo (Carambeí); Núcleo da Seab (Campo Mourão); Gerenciamento do Progra-ma Paraná 12 Meses; e foi Secretário de Abastecimento (Curitiba); formado em administração pública pela FGV e gestão alimentar, ele pretende am-pliar as atividades do Senar, ensino à distância, Programa ABC e agricultu-ra de precisão.

No Sindicato Rural de Guarapuava: (da esq. p/ dir.) Aparecido Grosse (Senar); Cláudio Azevedo (produtor rural); Adriane Thives Araújo Azevedo (Cooperaliança); Donezete Geraldo Camargo (Central das Associações Rurais do Município de Guarapuava); Geraldo Ferreira de Almeida (Sin-dicato Rural de Pinhão); Roberto Motta Jr. (Coo-peraliança); Altair Chiorato (a Emater); Maximi-ra Carlota Zolinger Mendes (Centro de Regime Semi-Aberto de Guarapuava); Maria Aparecida Cordeiro da Silva (Colégio Agrícola); Eduardo Gomes de Oliveira (Senar PR); Márcia Beatriz da Silva (Sebrae PR); Humberto Malucelli Neto (Su-perintendente do Senar PR); Anton Gora (Sindi-cato Rural de Guarapuava); Edson Bastos (Coa-mig); e Itacir José Vezzaro (Secretaria Municipal de Agricultura de Guarapuava)

À noite, numa confraternização, na sede do Sindicato, Humberto Malucelli Neto conversou com o coordenador re-gional do Senar, Aparecido Grosse; com o segundo vice-presidente do Sindica-to Rural, Anton Gora; com o secretário municipal de Agricultura de Guarapua-va, Itacir Vezzaro, e com representantes locais da agropecuária e de várias enti-dades. Ele afirmou que, além da mobili-

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Administração Central, foi criado pela Lei Federal nº 8315, de 23 de dezembro de 1991 e regulamentado pelo Decreto nº 566/92, de 10 de junho de 1992, com o objetivo de organizar, administrar e executar no território brasileiro o ensino da formação profissional rural e a promoção social do trabalhador rural. Em caráter provisório, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Estado do Paraná (Senar-PR) iniciou suas atividades em 1993, através de convênio entre a Confederação Nacional de Agricultura (CAN) e a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), onde surgiram e se desenvolveram os pri-meiros programas de cursos. Desde o início de suas atividades, o Senar-PR estabeleceu seu programa de trabalho fun-damentando-se em alguns princípios estabelecidos em suas Diretrizes de Ação e que permanecem até os dias atuais.

Novo superintendente do Senar visita Sindicato Rural e Regional do Senar em Guarapuava

O que éo Senar

zação para a participação em cursos, o Senar e os Sindicatos Rurais devem ser críticos, a fim de contribuir para uma melhoria constante das capacitações oferecidas.

A visita fez parte de um giro pelo Pa-raná, no qual o objetivo do novo supe-rintendente foi conhecer pessoalmente as lideranças regionais do Senar e dos sindicatos rurais.

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Km 341,7 - Guarapuava - PR

[Tecnologia]

Como escolher um equipamento de Agricultura de Precisão?

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O AFS é um conjunto de avançados componentes agrícolas de diversas áre-as, totalmente integrados, para aperfei-çoar a eficiência no campo. Suas caracte-rísticas de orientação com alta precisão, repetição, criação de mapas de produti-vidade e plantio planejado maximizam a produtividade e promovem uma excelen-te colheita.

Um dos produtos disponíveis no mercado são as barras de luz, as quais têm a função de orientar através de sinal de GPS os veículos agrícolas. Abaixo se encontra as diferenças das barras de lu-zes da marca TRIMBLE.

Para a realização do direcionamento dos veículos utiliza-se, vinculado às bar-ras de luzes, pilotos elétricos ou hidráu-licos.

O sistema elétrico de direção assisti-da é o EZ-Pilot, o qual guia o veiculo au-tomaticamente através de um motor elé-trico potente e robusto, que e facilmente conectado ao FM-750 ou ao FM-1000.

Enquanto você se concentra nas operações de campo, o EZ-Pilot mantém o veiculo no trajeto, melhorando a qua-lidade do trabalho e o rendimento da lavoura ao mesmo tempo em que reduz a fadiga do operador e gera maior econo-mia de combustível e horas de trabalho.

O motor do EZ-Pilot possui um ele-

Mireile Dalzoto de PaulaGerente em Agricultura de Precisão

TRATORCASE Máquinas Agrícolas S/A

vado torque, permitindo a instalação do sistema em veículos que possuem siste-mas de direção rígidos. O cabeamento do sistema e simples e o modulo IMD-600, com compensação aprimorada de terre-no T3, e pequeno e pode ser posicionado em qualquer lugar da cabine.

Com a tecnologia de compensação aprimorada de terreno T3 embutida no modulo de controle IMD-600, a qualida-de do trabalho permanece, mesmo em terrenos irregulares e ladeiras. O sistema utiliza sensores de ultima geração para calcular a posição real do veiculo, mini-mizando falhas e sobreposição das ope-rações, economizando recursos e aumen-tando a rendimento operacional.

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FREQUÊNCIA DE TRABALHO L1 E L2 L1 L1 E L2 L1 E L2TELA LCD 4,3” 8” 12,1”TELA TOUCH SCREEN ü üBARRA DE LEDS 15 LEDS 27 LEDSCONTROLADOR FIELD-IQ ü(OPCIONAL) ü(OPCIONAL)CONTROLE DE FLUXO E SECÇÃO ü(OPCIONAL) ü(OPCIONAL)APLICAÇÃO EM TAXA VARIAL (ADUBO E SEMENTE) ü(OPCIONAL) ü(OPCIONAL)IMPORTAÇÃO DE RECOMENDAÇÕES ü üTRANSFERÊNCIA DE DADOS PORTA USB PORTA USB E WI-FI PORTA USB E WI-FIEZ-STEER ü(OPCIONAL) ü(OPCIONAL) ü(OPCIONAL)EZ-PILOT ü(OPCIONAL) ü(OPCIONAL)AUTO PILOT ü(OPCIONAL) ü(OPCIONAL)TECLADO QWERTY ü üCONTROLE EZ-REMOTE ü(OPCIONAL) ü(OPCIONAL) ü(OPCIONAL)CAMERA REMOTA ü(OPCIONAL) ü(OPCIONAL)BARRA DE LUZ EXTERNA ü(OPCIONAL) ü(OPCIONAL)MONITOR DE PRODUTIVIDADE ü

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[política agrícola]

Estradas rurais:o contraste de dentro e fora da porteiraProdutores se organizam e montam comissão para reivindicar melhorias no trecho da estrada que faz ligação entre Guarapuava e Campina do Simão.

A produção agrícola brasileira a cada ano vem batendo recordes de pro-dução. Nesta safra, a estimativa

é que o Brasil será o maior exportador grãos no mundo, superando pela primei-ra vez os Estados Unidos. Segundo a sé-tima divulgação de estimativa de safra 2012/2013 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos, fibras e oleaginosas chegará em 184,05 milhões de toneladas, são 22 mi-lhões de toneladas a mais em relação à safra do ano passado 2011/2012, que foi de 161,9 milhões de toneladas.

No entanto, todo este avanço dentro da porteira está sendo freado devido a dificuldades de transporte e logística. Em outras palavras, o produto brasileiro que foi cultivado com esforço pelos agriculto-res, começa a perder valor, rapidamente, assim que começa “respirar” os ares de fora da porteira.

Em nível regional, com intuito de melhorar a condição das estradas rurais, um grupo de produtores que possui pro-priedades na via que liga os municípios de Campina do Simão e Guarapuava – re-gião da Palmeirinha -decidiram se reunir

e montar uma comissão para buscar solu-ções para o problema.

Assim, no dia 27 de fevereiro, a co-missão organizou um encontro que reu-niu mais de 50 agricultores e autoridades para debater a situação das estradas. En-tre os presentes, estiveram o prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho, e de Campina do Simão, Laureci Miranda.

Segundo o produtor rural Gustavo Rickli, é a primeira vez que os agriculto-res se mobilizam em torno desta causa. Ele comenta também que ambas as pre-feituras se mostraram interessadas em resolver a situação. “Indignados com as si-tuações das estradas, decidimos ver o que

precisávamos fazer para conseguirmos melhorias. É uma região que está há muito tempo abandonada pelo poder público”.

Após conviver anos com problemas na estrada, os produtores contam que mui-tos que moravam nesta localidade foram embora em busca de um lugar que ofere-cesse condições de transporte. Rickli des-taca que o problema não diz respeito ape-nas ao setor agropecuário, mas a questão envolve, principalmente, as comunidades rurais ali existentes. “Muita gente desistiu, não aguentou esperar”, disse Rickli.

Outro produtor que integra a comis-são é Sergio Roberto Veit, que descreve a situação em uma palavra: abandono.

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Os produtores solicitam ao poder pú-blico que seja feita a pavimentação na via entre os dois municípios, a qual abrange cerca de 30 quilômetros (desses, 18 km pertencem a Guarapuava e os outros 12 km a Campina do Simão). De acordo com os produtores da região, o local possui apro-ximadamente 20 mil hectares e, segundo o produtor rural Rene Bandeira Filho, são movimentados cerca de 150 milhões com a produção local. “É uma região importan-te onde se produz soja, milho, pastagens, gado, ovinos, suínos e madeira”, completa Gustavo Rickli, salientando que sabe que o investimento em asfalto é alto, no entan-to, a pavimentação é necessária devido à importância econômica do local. “Aquela região é superprodutiva, comparada até mesmo às produtividades americanas. Te-mos tecnologia de ponta. O que nos falta é infraestrutura”, opina Rickli.

Os agricultores alegam que, mesmo havendo a estrada pavimentada que in-terliga Campina, Goioxim e Guarapuava, os problemas não se resolvem, pois a via,

além de ser mais distante é mais perigosa. “A distância é quase o dobro, são 30 qui-lômetros a mais, além de que a estrada do Goioxim é muito movimentada e extrema-mente perigosa”, afirma Rickli.

Com relação às negociações, os pro-dutores declaram que querem realizar um trabalho em parceria com ambas as prefei-turas, sem distinção partidária ou política. “Não interessa o posicionamento político, o que importa é conseguirmos melhorias. O que precisamos é desse apoio para que nossa região possa se desenvolver”, disse Rickli.

A comissão de produtores também destacou a necessidade dos produtores rurais se envolverem mais em questões políticas para reivindicar seus interes-ses e o desenvolvimento agropecuário da região. “Não podemos ficar só dentro da porteira, temos que sair e cobrar dos nossos governantes. Com certeza vamos ter melhorias em todos os sentidos, até mesmo no crescimento da cidade”, afirma Rickli, incentivando que mais produtores

Soluções apresentadas

Em um primeiro momento, em res-posta à reivindicação dos agricultores, a Secretaria de Agricultura de Guarapuava tomou providencias emergenciais na via. Após avaliar a solicitação de asfalto, o secretário de Agricultura, Itacir Vezzaro, marcou com a comissão de agricultores para apresentar uma proposta de reade-quação da estrada, com apoio do gover-no estadual. “Fizemos uma proposta para trabalhamos em parceria e com a colabo-ração dos produtores rurais da região”, comentou Vezzaro.

De acordo com a Prefeitura de Guara-puava, a reforma do trecho será a primeira contemplada pela Patrulha do Campo, pro-jeto que está sendo colocado em prática

com municípios e gover-no do Paraná para melho-rar as condições das es-tradas rurais nas cidades essencialmente agrícolas do Estado. Esta patrulha terá equipamentos como escavadeira, trator de esteira, motonivelado-ra, pá-carregadeira, rolo compactador, caminhão--comboio, carreta para as máquinas e cinco cami-nhões basculantes novos.

Vezzaro também declarou que a Prefeitu-

ra entende a importância do tema, e disse que a Secretaria tem como foco resolver o problema das estradas.

Segundo Rickli, para um primeiro momento a proposta é interessante já que a readequação deixaria a estrada prepara-da para um futuro asfalto. “No momento sabemos da dificuldade de se asfaltar a via. No entanto, observei que a prefeitura se mostrou interessada em resolver o pro-blema, porém é preciso pressionar, mos-trar que não é um problema só dos agri-cultores, muitas outras pessoas residem por lá e precisam de transporte”, explicou.

No momento, a comissão está aguar-dando a secretaria fazer os levantamentos

da área para planejar a reestruturação da estrada e dimensionar os custos.

De acordo com o gerente da granja Palmeira, Jandir Ortiz, que também faz parte da comissão e é responsável por in-termediar a relação dos produtores com o governo, o importante é que o tema seja discutido pelos agricultores para que a reinvindicação tenha continuidade.

Em resposta a solicitação da comis-são, a Prefeitura de Campina do Simão também se posicionou a respeito do as-sunto e, segundo a secretária de Agricul-tura, Elizane Maria Barbosa e o secretário de Obras, Alceu Schinenann, algumas medidas já começaram a ser colocadas em prática. O secretário afirmou que obras de readequeação já iniciaram no município, inclusive no trecho solicitado pelos agricultores.

“O prefeito da cidade Laureci Mi-randa declarou ter compromisso com os agricultores daquela localidade e o problema das estradas será soluciona-do”, disse Elizane.

O produtor Rickli destacou que o pro-blema logístico brasileiro precisa de alter-nativas de escoamento da produção, para desconcentrar o problema nas rodovias e estradas. “O sistema ferroviário seria muito interessante, desafogaria o caos das BR´s , seria muito mais barato, fácil e viável”.

Jandir Ortiz, gerente da granja Palmeira

Reunião da comissão com o secretário de agricultura, Itacir Vezzaro

juntem-se à mobilização.De acordo com Veit, é importante

que o produtor apresente as suas difi-culdades e problemas para que se pos-sa encontrar soluções.“Infelizmente, o poder público até o momento não acompanhou o desenvolvimento que a agricultura passou nas últimas décadas. Dentro das propriedades há um avan-ço, e fora estamos quase na era medie-val”, afirma o produtor.

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[Vacinação contra aftosa]

Mobilização pela sanidade de bovinos e bubalinos

12 municípios da região de Guarapuava somam em torno de 600 mil cabeças de gado;em todo o Paraná, rebanho é de 9,5 milhões de animais

Ana Lúcia Menon e Márcia Zago, da equipe de veterinárias da Adapar-Seab em Guarapuava

É hora de os pecuaristas novamente se mobilizarem em torno da sanida-de dos rebanhos existentes no Esta-

do: de 1º a 31 de maio, em todas as re-giões paranaenses, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) realiza a Campanha de Vacinação de Bovinos e Bubalinos contra a Febre Aftosa – doen-ça que o Paraná erradicou, há vários anos, visando assegurar a saúde dos plantéis e contribuir para que os pecuaristas possam ter acesso irrestrito a todos os mercados. Promovida anualmente em duas etapas, a ação, em maio, visa à imunização dos animais com idade de até 24 meses. Em novembro, é a vez de vacinar bovinos e bubalinos de todas as idades.

No centro-sul do Paraná, a Adapar, que funciona no escritório da regional da Secretaria de Agricultura (Seab) de Gua-rapuava, realizará a campanha nos mes-mos 12 municípios abrangidos pela re-gional da Seab. A região, de acordo com a agência, registra o predomínio da criação de bovinos de corte, em grandes proprie-dades, e o crescimento da presença de

bovinos de leite, nas pequenas. Ao todo, são, nos números da agência, nada me-nos do que 14 mil criações de animais, ou 600 mil cabeças de gado, das quais cerca de 50% deverão receber a vacina-ção (a outra metade é de animais acima da idade limite desta etapa).

À frente da equipe de veterinárias responsáveis pela campanha na região, Ana Lúcia Menon, disse que, como de costume, a expectativa para esta edição é atingir um percentual de 100%. “Se ficar uma cabeça de gado sem ser vaci-nada, isso pode estar colocando em risco o rebanho de todo o estado do Paraná”, alertou, sublinhando que, para o êxito da mobilização, “o produtor tem de estar comprometido”. Em paralelo, durante a vacinação, a equipe da Adapar também vai a campo, para uma fiscalização por amostragem. “A campanha não é novida-de”, completou a veterinária da Adapar--Seab, recomendando que os pecuaris-tas busquem sempre se informar sobre a ação. E informações estão disponíveis em vários canais: nas próprias Unidades

Locais de Sanidade Agropecuária (as UL-SAs), que funcionam junto às regionais da Seab e também em alguns dos muni-cípios abrangidos pelas regionais, além de folders, cartazes, notícias na imprensa e na internet. Outro detalhe importante, de acordo com Ana Lúcia: vacinação e comprovação devem ocorrer durante o período da campanha.

Ela ressaltou ainda que a ação con-tra a aftosa é também o momento em que a Adapar procede a um levantamen-to de todos os rebanhos do Estado. O pecuarista deve informar, no formulário da campanha, não apenas dados como o número de bovinos e bubalinos imuniza-dos, mas a quantidade de todos os outros tipos de animais que cria em suas pro-priedades, como caprinos e ovinos, entre diversos outros. “A gente observa que existe uma subnotificação”, declarou Ana Lúcia, apontando que vários produtores ainda não estão conscientes sobre a ne-cessidade de fornecer aqueles dados.

Integrando a equipe da campanha, na Adapar de Guarapuava, a veteriná-ria Márcia Zago apontou a importância econômica de um rebanho saudável. Ela destacou que vacinar é o recurso que se tem para manter o Paraná livre da afto-sa. E quem ganha, segundo enfatizou, é o próprio pecuarista: “No mês da campa-nha, ele vai estar garantindo o comércio de seu produto”.

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[Sanidade animal]

Focos de raiva mobilizam Adapar

Ana Paula Kurshaidt, veterinária da ULSA

Focos de raiva foram detectados, entre março e abril, no distrito de Guairacá, em Guarapuava, pela Unidade Local

de Sanidade Agropecuária de Guarapuava (ULSA). O fato levou a equipe da unidade a se mobilizar para determinar o local exa-to da ocorrência da doença, criar uma área de monitoramento num raio de 12 quilô-metros em torno dos focos e orientar os criadores de animais daquela área a rea-lizar imediatamente a vacinação preventi-va de seus rebanhos. Conforme ressaltou Ana Paula Kurshaidt, veterinária da ULSA, também devem ser vacinados eqüinos, ovinos e caprinos (vacina específica para herbívoros) e até mesmo pequenos ani-mais, como cães e gatos. Apenas as aves não são suscetíveis à doença.

Ela acrescentou que, em paralelo, os produtores vêm sendo orientados a informar à ULSA algumas situações que podem significar indícios da presença da raiva: animais com sintomas parecidos com os da doença, e ainda animais ou morcegos caídos no chão. Mas enfatizou que, em nenhuma hipótese, uma pessoa deve tocar num animal com suspeita de raiva ou num morcego encontrado sobre o chão, ou que esteja voando durante o dia – como a espécie tem hábitos notur-nos, o vôo diurno é considerado sinal de que pode estar havendo a contaminação pelo vírus. Tanto no caso de herbívoros aparentemente doentes quanto no dos morcegos, os veterinários da ULSA, que têm percorrido a área de monitoramento

desde a confirmação dos focos, recolhem amostras, enviadas em seguida a um la-boratório em Curitiba.

A veterinária informou ainda que a ULSA possui já um cadastro de abrigos de morcegos na região e que a equipe começou a verificar a campo se ali os in-divíduos da espécie estão ou não conta-minados. Porém ela destacou que a mo-bilização dos proprietários rurais é muito importante: “Orientamos que o produtor procure em sua propriedade ou converse com seus vizinhos a respeito de possí-veis abrigos de morcegos, que existam lá pela redondeza, para que a gente possa fazer a captura desses morcegos, para fa-zer o controle deles”, completou.

Ana Paula disse que, quando se en-contra um foco de raiva, a unidade avi-sa aos revendedores de vacina contra a doença (para hebívoros), para que os es-tabelecimentos se abasteçam e tenham o produto disponível. Aos criadores de animais cabe adquirir a vacina, vacinar e comprovar o procedimento junto à Ada-par, na regional da Seab. Assim a agência pode acompanhar a imunização. Trinta dias após a vacinar, é necessário, no en-tanto, uma dose de reforço, para que os animais fiquem protegidos. Depois, se aplicam doses anuais.

Na equipe que vai a campo, outra veterinária da Adapar, Márcia Zago, con-tou que, o monitoramento da raiva, na área delimitada, é intenso. Várias ve-zes por semana os técnicos percorrem

as propriedades, passando de casa em casa, entregando material de divulgação da doença e verificando se nos locais existem animais que tenham sido su-gados por morcegos. Ela observou que os produtores rurais ou qualquer outra pessoa que transite por aquela região deve evitar ainda o contato com animais silvestres, porque também eles podem ter sido atacados por morcegos conta-minados. No caso de ter havido contato, ela afirma que é necessário procurar a saúde pública em Guarapuava, no bairro Pérola do Oeste.

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[Bezerros]

Pecuaristas têm encontro na Feira Estadual de Bezerros de Guarapuava

Há 39 anos, Guarapuava se lançava pioneira em promover um even-to oficial de comercialização de

bezerros no estado do Paraná. Tal pio-neirismo se perpetuou e os pecuaristas da região são conhecidos até os dias de hoje como grandes investidores em tec-nologia e genética, em especial na bovi-nocultura de corte.

Assim, o mês de maio já está no ca-lendário da pecuária estadual na realiza-ção da feira organizada pelo Núcleo de Produtores de Bezerros de Guarapuava, que neste ano será no dia 05 de maio, às 14 horas, no Parque de Exposições Lacer-da Werneck.

Segundo o presidente do Núcleo, Denilson Baitala, a expectativa é comer-cializar 100% dos 110 lotes que serão apresentados no evento. Em 2013, se-rão 1300 animais, sendo 300 bezerras e

1000 bezerros dos cruzamentos indus-triais das raças europeias com zebuínas, entre elas: Charolês, Red Angus, Aberde-en Angus, Canchim e Braford, com idades entre 6 a 12 meses.

A tradicional feira atrai compradores não só da região, mas também de outros locais do Estado. Baitala comenta que essa presença se reflete pelo fato de ofe-recer animais de cruzamento industrial com alto padrão genético, bezerros pre-coces e que respondem a uma boa ali-mentação, além de um cuidado especial na parte do manejo sanitário.

“Guarapuava possui uma feira con-solidada, foi a primeira feira de bezerros do Paraná. Hoje, o Núcleo tem a preo-cupação em manter esse padrão, temos médicos veterinários que se preocu-pam em oferecer lotes homogêneos, os animais são separados por tamanho e

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peso. Além disso, todos os bezerros re-ceberam a vacina de aftosa, carbúnculo e desverminantes”.

O proprietário da empresa Gralha Azul, empresa responsável pelos rema-tes da feira, Armando França de Araújo, também enfatiza o diferencial do even-to. “Guarapuava, em termos de genética, nivela o padrão da região, ela sempre é ponto de referência no Estado. Todos os animais são bezerros novos e de quali-dade. Esse ano destacamos para o cru-

zamento britânico com o europeu, que dá bezerros super precoces, e também o cruzamento europeu que tem alto pa-drão genético”, afirma.

Baitala disse que a feira, ao mesmo tempo em que representa a tradição, também apresenta novidades em termos de tecnologia de cruzamentos. “Acredito que o reconhecimento dos investidores acontece porque já adquiriram animais em Guarapuava e tiveram bons resulta-dos de ganho de peso e em genética, e assim voltaram a comprar. O mérito deste fato é dos criadores e associados do Nú-cleo, que investem no plantel”.

Com relação ao preço, o presidente do Núcleo e o responsável pelos arrema-tes afirmam que a tendência será perma-necer o preço médio do quilo do bezerro na região. Na edição de 2012, o preço médio do quilo comercializado na feira foi R$ 4,12 o quilo do macho e R$ 3,61 da fêmea.

No final da 39ª Feira Estadual de Be-zerros, uma comissão técnica, compos-ta por três médicos veterinários, fará a avaliação dos melhores lotes do evento e os criadores serão premiados nas cate-gorias: Melhor Lote de Bezerros; Melhor Lote Padrão de Bezerros; Melhor Lote de Bezerras, Melhor Lote de Cruzamento In-

dustrial de Bezerros; Melhor Lote de Cru-zamento Industrial de Bezerras e Melhor Lote de Novilho Precoce.

“A feira é de ponta. Eu tenho orgulho de participar e realizar o remate, pois é na Feira de Bezerros de Guarapuava que muitos criadores estão focados para ad-quirir novos animais. Além disso, tudo o que tem de novo passa por Guarapuava”, disse o proprietário da Gralha Azul.

O evento deve movimentar mais de R$ 1 milhão e conta com o apoio da Fe-deração de Agricultura do Paraná (FAEP), Sindicato Rural e Sociedade Rural de Guarapuava, além do patrocínio da Agro-boi e Agrobrasil Currais.

Armando França de Araújo, Gralha Azul

Denilson Baitala, presidente do Núcleo de Produtores de Bezerros de Guarapuava

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[Suínos]

Fórum de suinocultura apresentou técnicas de manejo da maternidade à terminação

Com objetivo difundir informação técnica para o setor cooperativis-ta em suinocultura, a Cooperativa

Agrária promoveu, em parceria com Siste-ma Ocepar e Embrapa, o Fórum de Suino-cultura nos dias 16 e 17 de abril, na sede do Sindicato Rural de Guarapuava.

O evento abordou as fases da pro-dução de suínos: maternidade, creche, crescimento e terminação. O intuito foi repassar aos suinocultores que atuam em cooperativas da região conhecimentos que aprimorem a produção, sobretudo, as práticas de manejo.

Segundo o assessor técnico da Oce-par, Alexandre A. Monteiro, a proposta é capacitação focada para suinocultores e profissionais das granjas.

Monteiro explica que o curso faz parte do programa de suinocultura do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) da Ocepar, que aborda diferentes temas. “Esse fórum é muito importante porque além de atua-lizar e capacitar os profissionais da área, também possibilita um intercâmbio de in-formações entre os participantes”.

O coordenador comercial de suínos da Cooperativa Agrária, Benevenuto De-marco Junior, destaca que apesar das dificuldades que a cadeia de suínos está passando nos últimos anos, a intenção é estimular a capacitação e boas práticas dos suinocultores da região. “O tema é importante para trazer novas práticas de outras regiões e que pode dar certo aqui. Na suinocultura o produtor precisar estar aprendendo dia após dia”, afirma Demarco Junior.

Com relação ao cenário de suinocultura em Guarapuava e região, o coorde-nador comercial de suínos da Agrária comenta: “Observamos uma diminuição da atividade e um decréscimo da produção devido às várias crises na atividade, nos últimos 10 anos. Com relação ao setor na Cooperativa, houve redução de produ-tores, porém temos novos projetos em vista, com intenção de expandir, mas isso depende do interesse do cooperado. Acredito que este fórum representa uma motivação para quem está na atividade”.

Demarco Junior comenta que este Fórum foi mais um dos eventos técnicos promovidos pelo setor em parceria com outras entidades. “Há quatro anos pro-movemos cursos. Esta é a terceira edição que foi ministrada por um profissional da Embrapa e a segunda edição em parceria com o Sescoop”.

Durante o curso, o palestrante e as-sistente da área de transferência de tec-nologia da Embrapa Suínos e Aves, Nilson Woloszyn, explicou os principais pontos abordados no curso e destacou a impor-tância do cuidado com o manejo dos lei-lões. Entre as práticas citadas por ele es-tão: o cuidado no preparo nas instalações e na matriz; acompanhamento do parto e atenção especial com recém-nascidos.

O palestrante comenta que o Fórum é apresentado de forma participativa, ilustrada e didática para que repasse as novidades com clareza. “Apresentei técni-cas que observo na prática e na pesqui-

sa da Embrapa, assim acredito que estes conhecimentos podem ser aplicados em granjas aqui da região”.

Woloszyn falou sobre alguns dos cuidados que o suinocultor precisa ter na maternidade, no parto e no pós-parto. “É importante prestar atenção na fêmea an-tes do parto; higienizar e tentar estressar o mínimo possível a porca durante o par-to; lavagem e desinfecção das instalações; utilização do escamoteador como ferra-menta de proteção; alimentação adequa-da; sanidade no período de aleitamento, entre outras técnicas para realizar a pre-venção e o controle das doenças”.

Entre as enfermidades mais comuns citadas pelo palestrante na fase de ma-ternidade estão as doenças entéricas, a meningite, edema e circovírus. No entan-to, Woloszyn destaca a importância de se realizar o manejo preventivo. ”O ideal é prevenir os problemas e corrigir os fatores de risco que podem predispor o animal à determinada doença”.

A capacitação, segundo o especialis-ta da Embrapa Suínos, vai colaborar para que produtor adquira resultados como “produzir um leitão com sanidade e que tenha bom desempenho durante a creche, além de reduzir índices de mortalidade”.

Woloszyn falou sobre a importância da parceria entre as entidades para pro-mover o evento. “As cooperativas têm um papel importante em prestar essa assis-tência técnica e trazer informações para que os seus cooperados produzam me-lhor e tenham mais rentabilidade e lucra-tividade na suinocultura”.

Nilson Woloszyn, EmbrapaBenevenuto D. Junior, AgráriaAlexandre Monteiro, Ocepar

Incentivo à suinocultura

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[Produtividade]

Milho confirma ótimos resultadospós canola

As produtividades obtidas nesta safra mostram que a rotação com a cultura da canola, feita no Inverno, tem agregado vários fatores positivos, contribuindo para re-sultados acima da média. Observa-se uma significativa melhoria na parte física do solo, pois a canola possui um excelente sistema radicular, que auxilia na descompac-tação do solo, melhora a aeração e contribui, portanto, para um melhor enraizamento da cultura sucessora, no caso o milho. Ainda há como vantagens um melhor apro-veitamento dos fertilizantes utilizados no Inverno e uma cobertura de excelente qualidade, a qual é determinante para um excelente plantio.

Milho pós canola safra 2012/2013.Fonte: Departamento técnico – Grupo AG TEIXEIRA.

Produtor Nelson Adelar GhelenEndereço Fazenda Sta. Clara - Candói - PR

Marca Híbrido Área em ha

Produtividade em kg/ha

Produtividade em sc/alq.

Pioneer P1630H 61 12060 486,42

Pioneer 32R48H 65 12360 498,52

Pioneer 30F53H 64 12660 510,62

Produtor Helmut MillaEndereço Agrícola Casa Verde - Candói - PR

Marca Híbrido Área em ha

Produtividade em kg/ha

Produtividade em sc/alq.

Pioneer P2530 35,80 12844,28 518,05

Pioneer 30F53H 9,00 13729,54 553,76

Produtor Paulino BrandeleroEndereço Sítio Vô Vitório - Candói - PR

Marca Híbrido Área em ha

Produtividade em kg/ha

Produtividade em sc/alq.

Pioneer 30F53H 15 12.200 492,00

Paulino Brandelero, Nelson Adelar Ghelen e Helmut Milla

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[Valor da Terra Nua ]

Sindicato Rural e SEAB definem preços médios das terras agrícolas de Guarapuava

O valor estabelecido nesta reunião vai reger negociações e informações para o ITR em 2013

No dia 03 de abril, o Sindicato Ru-ral de Guarapuava e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abas-

tecimento (Seab), através do Departa-mento de Economia Rural (Deral) – Nú-cleo Guarapuava, promoveram reunião para determinação do Valor da Terra Nua (VTN) exercício 2013, na sede do Sindicato.

Participaram da reunião represen-tantes da Secretaria de Estado da Agricul-tura e Abastecimento (SEAB), Sindicato Rural, Emater, escritórios de contabilida-de, imobiliárias, cooperativas, cartórios, associações rurais e outros profissionais ligados ao mercado de terras.

Foram discutidos os valores das áreas mecanizadas, mecanizáveis, não mecanizáveis e inaproveitáveis, descon-tadas eventuais benfeitorias.

Para definir os valores médios, os participantes da reunião consideraram o conceito das áreas, o parâmetro cobrado referente a sacas por alqueire em áreas mecanizadas, transações imobiliárias e a realidade da agricultura local. Por fim, o reajuste de cada área chegou a apro-ximadamente 10% em relação ao ano passado.

Os novos valores são R$ 19.600,00/ha para áreas mecanizadas; R$ 8.800,00/ha para áreas mecanizáveis; R$ 5.300,00/ha para áreas não mecanizáveis e R$ 3.000/ha para áreas inaproveitáveis.

Segundo o vice-presidente do Sin-dicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, o valor estabelecido em reunião vai ba-sear cálculos de impostos territoriais, como o Imposto Territorial Rural (ITR). “Também serve como um parâmetro para compra e venda de imóveis rurais”, completou.

O chefe interino do Núcleo Regional

da SEAB, Arthur Bittencourt Filho, desta-cou que esses são preços médios das ter-ras agrícolas. “O cálculo é feito baseado na definição das áreas e na realidade do mercado no município,” comentou.

O levantamento será disponibilizado pela Faep no site www.sistemafaep.org.br. “É importante que o produtor se inte-re desse valor e se aproxime ao máximo desse parâmetro, evitando fiscalizações posteriores”, observou Gora.

VTN 2013

R$ 19.600,00/ha áreas mecanizadas

R$ 8.800,00/ha áreas mecanizadas

R$ 5.300,00/ha áreas não mecanizáveis

R$ 3.000/ha áreas inaproveitáveis

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[Ervas daninhas ]

Herbicida multicultura é nova aposta da BASF

Ø Heat®, novo herbicida da empresa, atuará no controle das principais ervas daninhas de folhas largas em diversas culturas;

Ø Dentre as principais características do produto destaque para ação rápida na dessecação, antecipando o plantio

Sempre preocupada em trazer ino-vações e soluções sustentáveis aos agri-cultores brasileiros, a Unidade de Prote-ção de Cultivos da BASF acaba de obter o registro pelas autoridades federais do herbicida Heat®. Com características únicas, Heat® possui um rápido efeito no controle de importantes plantas da-ninhas de folhas largas como a buva, uma das principais ervas daninhas re-sistentes a outros herbicidas e que está presente em grande parte do Brasil.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a próxima safra terá aumento na área de plantio das principais culturas, en-tre elas soja, milho, cana-de-açúcar e arroz: dos atuais 50,89 milhões para 52,01 milhões de hectares. Para que se tenha uma ideia a perspectiva é de que o Brasil supere os Estados Unidos na produção de soja e, assim, torne-se o principal país exportador do complexo (óleo, grão e farelo), com uma produção 52% superior à de 2012.

Estes números devem-se em grande parte ao uso de tecnologias cada mais avançadas, manejo adequado dos fato-res de produção dentro da propriedade, bem como o clima favorável. É justa-mente nesse cenário positivo e para a

produção agrícola nacional que a BASF apresenta o herbicida Heat®, uma solu-ção inovadora para o controle das prin-cipais plantas daninhas de folhas largas.

Produto Multicultura

O Heat® é um produto multicultura, destinado ao controle de importantes plantas daninhas de folhas largas de di-fícil controle. O produto é recomenda-do para uso na dessecação para plantio das principais culturas como soja, arroz, feijão, milho, trigo e algodão, além do manejo de plantas daninhas em pós--emergência nas culturas do arroz, cana--de-açúcar e algodão em jato dirigido, além da dessecação pré-colheita para as culturas da batata e do feijão.

“O Heat® chega ao mercado como uma opção para o controle eficaz da buva, que no Brasil já se apresenta como uma planta daninha tolerante a alguns herbici-das. Dessa forma, vai dar mais tranquilida-de ao produtor durante o estabelecimen-to da cultura”, esclarece Oswaldo Gomes, diretor de Marketing da Unidade de Prote-ção de Cultivos no Brasil.

Outro diferencial do produto refere--se à velocidade de controle. Heat® pro-move um ganho operacional ao maqui-

nário, já que na maioria das situações permite que o agricultor plante sua la-voura logo após a aplicação, adequando--se ao sistema aplique e plante. “O pro-duto age muito rápido, o que possibilita que o agricultor visualize seus efeitos logo nos primeiros dias após a sua apli-cação. O controle da buva é antecipado, fazendo com que se antecipe de quatro a cinco dias para o plantio”, explica Gomes.

Rápida ação, controle efetivo e se-letividade. Heat® age apenas nas ervas daninhas, e se utilizado de acordo com as instruções de uso não prejudica a cultura a ser plantada, indicada na bula. “O mercado brasileiro é, sem dúvidas, ávido por tecno-logia, especialmente no que se refere ao aumento de produtividade e controle sus-tentável das principais plantas daninhas. E a proposta do Heat® vem justamente a atender essa necessidade”, finaliza Carlo Luz, gerente de Departamento de Marke-ting Cultivos Extensivos da BASF.

- O produto Heat está temporariamente restrito à venda no estado do Paraná, não podendo ser receitado/comercializado.

- O produto Heat está devidamente registrado no Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento sob número 01013.

- Aplique somente as doses solicitadas. Descarte corretamente as em-balagens e restos de produtos. Incluir outros métodos de controle de doenças/pragas/plantas infestantes (ex: controle cultural, biológico, etc.) dentro do programa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados. Para maiores informações referente às reco-mendações de uso do produto e ao descarte correto de embalagens, leia atentamente o rótulo, a bula e o receituário agronômico do produto.

Restrição no Estado do Paraná:

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Serviço exclusivo da BASFcontribui para a agricultura de precisão

Ø AgroDetecta oferece a assistência necessária para que o agricultor tenha mais assertividade em suas decisões

Visando ampliar o seu portfólio de serviços com foco em agricultura de ex-celência, a Unidade de Proteção de Cul-tivos da BASF apresenta aos produtores mais uma novidade: é o AgroDetecta, que oferece a assistência necessária para um melhor manejo da lavoura. Tra-ta-se de um serviço de apoio à decisão que se baseia em monitoramento agro-meteorológico associado ao processa-mento das informações por modelos matemáticos de previsão de ocorrên-cia de doenças. A partir destas infor-mações, o agricultor consegue saber o momento mais indicado para realizar o controle fitossanitário na lavoura.

O AgroDetecta pode ser utilizado para o monitoramento de diversas do-enças nas culturas de soja, milho, feijão, algodão e trigo. O sistema monitora o ambiente destas culturas desde o plan-tio até a colheita, possibilitando o ge-

renciamento fitossanitário da proprie-dade com o mapeamento simultâneo da ocorrência de doenças. Dieter Schultz, gerente de Serviços e Sustentabilidade da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF, alerta que não existe no mercado nada similiar. “O serviço é exclusivo da BASF e, por enquanto, será utilizado na detecção e monitoramento de doenças, mas nossa pretensão é utilizá-lo também em outras atividades na fazenda que te-nham alguma correlação com agromete-orologia”, argumenta o gerente.

O sistema do AgroDecta atua em rede e cada estação é alocada de acor-do com o georreferenciamento. Ou seja, de acordo com o município em que se deseja monitorar lançam-se dados em um software que, baseado em tamanho da área e diferenças de altitude, indica quantas e em que lugares as estações devem ser alocadas para maior abran-

gência de monitoramento. “A capacida-de de informar com antecedência de 10 dias se uma doença pode ou não ocorrer resulta em menos perdas de la-vouras, otimização de custos e logística de aplicação e uma maior rentabilidade ao agricultor”, argumenta Dieter. Oídio e ferrugem da soja, ferrugem do milho, manchas, ferrugem, giberela e bruzone em trigo, antracnose e mancha angular em feijão além de ramulose em algo-dão, são algumas das doenças já mape-adas pela tecnologia.

Cada estação é composta pelos seguintes equipamentos: pluviôme-tro, que mede a quantidade de chuva; sensores de umidade foliar; sensores de solo; sensores de radiação solar, de umidade do ar e temperatura; anemô-metro, que mede a velocidade do vento. O sistema também possui o Datalogger, que armazena os dados e transmite via sinal de celular de hora em hora para o servidor onde esses dados são inseri-dos no Modelo Matemático de Previsão. Apesar dos dados serem mandados de hora em hora, eles são coletados em tempo real e armazenados formando uma média de 15 em 15 minutos, de-pois remetidos.

“Temos uma equipe de mais de 30 pessoas dedicadas ao serviço em tempo integral e 250 estações espalhadas em dez estados brasileiros. Essas estações têm capacidade de monitorar mais de 8,5 milhões de ha de soja, mais de 1,2 milhão de ha de milho verão ao mesmo tempo. No caso de milho safrinha são 1,7 milhão de há, feijão 207 mil ha, e finalmente trigo temos a capacidade de monitorar 680 mil ha. São elas que co-letam aos dados de 15 em 15 minutos e depois remetem a cada hora ao ser-vidor”, finaliza Dieter. O serviço ainda permite que sejam gerados relatórios em forma de tabelas, gráficos e mapas, que podem ser personalizados de acor-do com a necessidade do usuário.

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[Pitanga]

Produshow:tecnologia para a região central do Paraná

Organizadores estimam que cerca de 4 mil pessoas compareceram ao evento, em fevereiro

Modernas tecnologias em cultiva-res de soja, híbridos de milho, sementes de feijão, pecuária

leiteira e ovinocultura, além de maqui-nário agrícola e veículos, fizeram mais uma vez do Produshow, em Pitanga, um evento de referência para produtores rurais e pecuaristas do centro do Para-ná. Realizado pela Produtécnica, dias 21 e 22 de fevereiro, o evento contou com 60 empresas e reuniu em torno de 4 mil visitantes, entre proprietários rurais, agrônomos, veterinários e estudantes, da cidade e de municípios vizinhos. Vôo panorâmico, de helicóptero, movimen-tou ainda mais a exposição, atraindo o público em geral.

Conforme definiu o organizador do Produshow, Luiz Carlos Zampier, que também é presidente do Sindicato Ru-ral de Pitanga, o objetivo principal do evento, que este ano chegou a sua oitava edição, “é a transferência de tecnologia, tanto em máquinas agrícolas quanto em agropecuária”. Ele comentou que, hoje em dia, “é muita ciência que existe em

cada grãozinho de soja, de milho”, o que contribui para elevar a produtividade, mas coloca a necessidade de se conhe-cer cada novidade. “Aqui, o produtor consegue já ter contato com aquelas variedades de soja, de milho, que ainda não estão no campo, que vão ser lança-mento”. Com isso – complementou – é possível ter uma idéia sobre os materiais que podem ser plantados na próxima sa-fra. Ele lembrou também que a própria evolução das culturas leva a uma modi-ficação das máquinas e implementos fa-bricados, fato que exige que da mesma forma que o agricultor se atualize sobre as opções da tecnologia neste ramo. “O produtor, para permanecer na atividade, tem que ter eficiência. Essa é uma opor-tunidade que ele tem para ter contato com toda essa mudança de tecnologia”, disse. Recordando que nos estandes, além de produtos, o visitante encontra a orientação de agrônomos e veterinários, Zampier classificou o Produshow como “uma escola a céu aberto”.

A época de realização do evento,

sempre em fevereiro, na pré-colheita de culturas de verão no centro do Paraná, “quando o produtor rural tem tempo de ver os estandes”, vem contribuindo, se-gundo opinou, para manter estável um número de visitantes considerado bom: “É mais ou menos o mesmo público do ano anterior. É um evento focado, mas regional. Então os produtores rurais de todos os municípios aqui da região participam”. A duas outras vantagens Zampier atribui o êxito da exposição ao longo dos anos: “O produtor (dos muni-cípios vizinhos) não tem que se deslocar a um local muito distante” para visitar o Produshow. Ele disse considerar que a validade da exposição é que, devido a esta proximidade, o agricultor pode ve-rificar o comportamento dos materiais em situação muito próxima à de sua propriedade. “Nós temos (no centro do Paraná) uma condição de altitude, de clima, que é diferente – então uma mes-ma planta tem um comportamento dife-rente em Cascavel do que em Pitanga”, exemplificou.

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Mudas de árvores: lembrança do evento e consciência ambiental

Em exposição, os vários setores do agronegócio

Entre o público presente, Raulino Haskel, do município de Manoel Ribas, compareceu pela segunda vez ao even-to: “Ano passado vim, gostei e esse ano retornei”, contou ele, que produz milho, feijão e leite. Outro visitante, Waldomi-ro Bida, do município de Nova Tebas, declarou que veio ao evento em busca de mais conhecimento: “As coisas novas que estão vindo, para nós, são muito boas”. Produtor de soja, trigo e feijão e criador de gado de leite e da raça nelo-re, ele sublinhou que teve contato com informações importantes: “Já vi muita coisa que vai me ajudar: calcário e feijão com (ciclo de) 70 dias”.

Feijão esteve entre os pontos altos do Produshow. Em sua estação, Iapar e Coprossel apresentaram variedades da-quela cultura que, obtidas pelo instituto, com sede em Londrina, e multiplicadas pela cooperativa, de Laranjeiras do Sul (no centro-oeste paranaense), tem ganha-do a preferência de agricultores de várias regiões do Estado e até do Brasil. Da área de Difusão, Inovação e Transferência de tecnologia do Iapar, Ademir Alves Ferreira, declarou, em entrevista à Revista do Pro-dutor Rural, que o feijão tem passado por

uma importante evolução genética, que torna o produto mais interessante para o agricultor. Como exemplo disso, ele men-cionou o próprio destaque do estande, o lançamento do IPR Andorinha: “É um ma-terial precoce (ciclo entre 70 e 75 dias), do grupo carioca, que permite a colheita mecânica, tem qualidade de grão e um bom comportamento para altas tempera-turas”. Entre as vantagens, o Iapar aponta maior sanidade e qualidade de grãos em relação ao IPR Colibri, também precoce e do grupo carioca – Andorinha, no entanto, é suscetível à murcha-de-curtobacterium e à antracnose. Ferreira observou que os preços também têm estimulado o plantio do feijão. Se para alguns a opção é nova, para outros, mais antigos, a nova tecno-logia dá um novo alento para prosseguir com uma cultura que, no passado, era uma profissão de fé.

Com cerca de 30 anos de experi-ência no feijão, o produtor Elói José Mi-chels, da região de Guarapuava e atual-mente em Maringá, rememorou tempos antigos, durante visita ao estande do Ia-par: “Para quem produz há muitos anos, isso sofreu uma evolução muito grande, tanto na parte da pesquisa, quanto na parte da produção em si, lá no campo”. O agricultor avaliou que o setor, hoje, conta com variedades muito boas, com produ-tividades melhores. Pesquisa e mecani-zação ofereceram novas bases: “O que mudou o perfil dessa cultura é que você começou a trabalhar com áreas maiores, porque mecanizou-se. Então a mecaniza-ção é que deu condições de produtores mais tecnificados entrarem na produção do feijão. Aí veio a pesquisa, que nem o Iapar, que traz boas variedades. Hoje, produzir feijão não é mais aquela coisa que assombrava o produtor”.

Quando termina um dia de cam-po, os visitantes levam consigo os conhecimentos adquiridos e as fotos que fizeram. No Produshow, além disso, alguns levam também uma re-cordação: mudas de árvores nativas – espécies como aroeira pimentei-ra, cedro rosa, açoita cavalo, pata de vaca, guajuvira e pinheiro do Paraná, entre outras. Por meio de parceria entre o Sindicato Rural de Pitanga e o Instituto Ambiental do Paraná, os produtores que visitaram o estande do sindicato puderam, mais uma vez, retirar gratuitamente as mudas de sua preferência. “O Iap tem um vivei-ro florestal em Pitanga e nos cede as mudas. Nós fazemos a distribuição. Já é uma tradição. O produtor vem e a cada ano leva uma muda”, comentou o presidente do Sindicato Rural de Pitanga, Luiz Carlos Zampier.

Waldomiro Bida: conhecendo um novo modelo de caminhão

Luiz Carlos Zampier - Presidente do Sindicato Rural de Pitanga

Equipe do Sindicato Rural de Pitanga

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[Projeto Identidade Sindical ]

O Sindicato Rural de Guarapuava realizou reunião, no dia 02 de abril, com representantes de

empresas e prestadores de serviços para renovar ou firmas novas parce-rias referentes ao Projeto Identidade Sindical, que prevê descontos para os associados que apresentam a carteiri-nha em estabelecimentos comerciais.

O objetivo do encontro foi esta-belecer as condições de parceria e abrir espaço para novas empresas que tivessem interesse em ofertar benefí-cios aos associados, como descontos em produtos agrícolas ou em serviços de profissionais liberais, como clíni-cas odontológicas, de fisioterapia, en-tre outros.

O presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho e a gerente Luciana Queiroga apresenta-ram as novas condições para aderir ao

projeto. A partir de 2013, as empresas contam com três opções de parceria: a primeira é por meio da taxa de ade-são, de R$100/ano; já para empresas do setor agropecuário existe a possi-bilidade de se associar à entidade e pagar apenas R$ 50/ano da taxa de adesão. A terceira opção é anunciar na Revista do Produtor Rural do Pa-raná, ficando isento da taxa de ade-são do Projeto Identidade Sindical. “A nossa intenção é proporcionar mais um benefício ao associado, por isso as empresas que aderirem ao projeto precisam oferecer ao produtor rural algum diferencial nos seus produtos ou serviços no momento da compra”, destacou o presidente.

A necessidade da reunião sur-giu devido a demanda de empresas interessadas no projeto. “Queremos avaliar e escolher parcerias que ofe-

Reunião renova parcerias

reçam, efetivamente, benefícios aos sócios, ou seja, queremos tornar o projeto Identidade Sindical mais efi-ciente”, observou a gerente Luciana Queiroga.

Projeto Identidade Sindical O projeto foi criado em 2009 com

o objetivo de firmar parcerias entre empresas e agrorevendas do setor agropecuário das cidades atendidas pelo Sindicato Rural de Guarapuava. O projeto identifica produtores ru-rais vinculados ao Sindicato através de uma carteirinha de sócio e com essa identificação, o produtor passa a usufruir de descontos concedidos por empresas parceiras da entidade.

Carteirinha de sócioO associado que ainda não possui

a Identidade Sindical deve levar uma foto 3 x 4 ao Sindicato ou comparecer à entidade para tirar a fotografia e, desta forma, receber a carteirinha para des-frutar dos benefícios.

*Válido para sócios em dia com a anuidade do Sindicato.

v Confira quem são os novos parceiros e descontos nas páginas 8 e 9

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[Cultivares de soja e híbridos de milho ]

No dia 15 de março de 2013, a Agrícola Estrela e a Brasmax pro-moveram, na Fazenda Estrela, em

Guarapuava-PR, o Tour dos Máximos Rendimentos.

Foram convidados clientes, produ-tores e profissionais do setor agrícola, interessados em conhecer as cultivares de soja da Brasmax.

A Brasmax mostrou as cultivares de soja adaptada para região, e tendo como lançamento três novas cultivares, sendo BMX-ALVO RR, BMX-TORNADO RR e BMX--VELOZ RR, e descreveu as características de todas as cultivares ali demonstradas.

Foi de grande importância esse tour, pois foram vistas as cultivares em duas épocas de plantio, podendo ser visto o desempenho das mesmas.

A Agrícola Estrela e a Brasmax agra-decem a participação de todos no Tour dos Máximos Rendimentos, e divulgaram que têm informações necessárias para melhor posicionar as cultivares Brasmax, para atingir o máximo de rendimento.

No dia 20 de fevereiro, aconteceu na Fazenda Estrela – Guarapuava-PR, o Dia de Campo de Soja e Milho, pro-movido pela Agrícola Estrela, Du Pont e Pioneer.

Participaram clientes, produtores e profissionais do setor agrícola.

A Pioneer apresentou o novo portfólio de semente de soja, tendo como lançamento as cultivares de soja 95Y21, 95R51 e 95Y72, onde foram abordadas suas características e o po-sicionamento de cada cultivar de soja.

Foram apresentados os híbridos de milho existentes no mercado de sua marca Pioneer, e abordados os fatores que influenciaram os altos rendimentos

Tour dos Máximos Rendimentos Agrícola Estrela - Brasmax

Dia de campo de soja e milho da Agrícola Estrela, Du Pont e Pioneer

na cultura do milho na safra 2012/2013.A Du Pont apresentou seu portfó-

lio, posicionando seus produtos nas culturas de soja e milho.

O fungicida Aproach Prima, reco-mendado no controle de doenças na cultura de soja e milho, o herbicida Accent, excelente no controle de folha larga e folha estreita na cultura do mi-lho, e os inseticidas Lannate e Premio, alta eficiência no controle de lagartas nas culturas de soja e milho.

Foi de grande satisfação e surpre-endente a participação de todos os clientes, produtores e profissionais do setor agrícola, que prestigiaram todos os momentos do evento.

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[Gerenciamento rural]

Gestão de pessoas: um ingrediente precioso nas propriedades rurais

Se em termos de gestão de negócios o agronegócio brasileiro ainda está dan-do seus primeiros passos, quando se

trata de gestão de pessoas, o Brasil ainda está engatinhando. Isso porque é comum o proprietário rural ver seu negócio apenas como uma propriedade produtiva e não como uma empresa, onde precisam ser es-tabelecidas regras, metas e objetivos.

Segundo o consultor William Mar-chió, da Criatec – Consultoria em Agro-negócio, o agronegócio brasileiro ainda possui um longo caminho a trilhar quan-do se fala de pessoas e equipe produtiva. “Precisamos desenvolver os empresários rurais e seus colaboradores, o que não é uma prática comum”, diz o consultor.

Juntamente com a Criatec, a estra-tégia de atuação da Biogénesis-Bagó no Brasil vai justamente de encontro a esta

necessidade. A empresa busca levar ao produtor rural o conhecimento necessá-rio para melhor gerir seu negócio e, as-sim, aumentar sua lucratividade. E este aprendizado passa essencialmente pelo recursos humanos.

Como as pequenas propriedades geralmente são familiares, é comum a in-formalidade no que se refere à gestão de capital humano. No entanto, por menor que seja a equipe, ela precisa ter uma li-derança definida, ser motivada e seguir um objetivo comum, para o sucesso conjunto do grupo. “Levando conhecimento aos produtores, informações relevantes que o façam crescer como pessoa e como líder e agregando ações sustentáveis ao negócio estamos auxiliando na saúde da proprieda-de rural”, diz Marchió. “Com estas atitudes, garantimos a geração de emprego e renda

Juntos em toda a América, estamos fazendo a evolução da saúde animal.

•Maior fornecedor regional de vacinas para as campanhas de Controle e Erradicação da Febre Aftosa no continente colaborando com a exportação de carne e leite para o mundo.

•Único fornecedor para o banco de antígenos e vacinas contra aftosa para EUA, Canadá e México.

•Desenvolvimento tecnológico de produtos veterinários, antiparasitários e antibióticos que ajudam a reduzir as perdas de produtividade.

•Linha completa de vacinas desenvolvidas especialmente para a América que previnem as doenças infecciosas e melhoram a produção.

•Uma linha completa de produtos para reprodução que potencializam a genética e melhoram a produção de bezerros.

dos colaboradores. Essas ações possuem efeito cascata e podem mudar significati-vamente toda uma região”, garante.

Manter uma equipe motivada não é tarefa fácil. “Podemos contratar pessoas, porém não contratamos a vontade delas de realizar um bom trabalho”, enfatiza o consultor. É neste gargalo que é preciso agir, fornecendo treinamentos que possi-bilitem ao funcionário crescer como pro-fissional e como líder também. Fazê-lo sentir-se parte integrante de um proces-so é combustível motivador para que ele auxilie a atingir um objetivo estipulado. Quando ambos os lados estão satisfeitos, a rentabilidade aumenta no negócio. En-tão, manter a motivação, seja por vias de treinamento, ou financeira, no funcioná-rio é um investimento que oferece garan-tia de resultados.

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Juntos em toda a América, estamos fazendo a evolução da saúde animal.

•Maior fornecedor regional de vacinas para as campanhas de Controle e Erradicação da Febre Aftosa no continente colaborando com a exportação de carne e leite para o mundo.

•Único fornecedor para o banco de antígenos e vacinas contra aftosa para EUA, Canadá e México.

•Desenvolvimento tecnológico de produtos veterinários, antiparasitários e antibióticos que ajudam a reduzir as perdas de produtividade.

•Linha completa de vacinas desenvolvidas especialmente para a América que previnem as doenças infecciosas e melhoram a produção.

•Uma linha completa de produtos para reprodução que potencializam a genética e melhoram a produção de bezerros.

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[atualização profissional]

Reunião sobre Contribuição Sindical orientou sobre PJe-JT

No dia 09 de março, o Sindicato Rural de Guarapuava sediou uma reunião para advogados sobre Contribuição

Sindical Rural, que apresentou como fun-ciona o Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT).

O assessor jurídico da Federação de Estado da Agricultura do Paraná (FAEP), Dr. Klauss Kuhnen orientou os advoga-dos e disse que o objetivo do encontro foi apresentar o PJe-JT, processo que está sendo implantado em todas as Varas do Trabalho do Paraná. “O PJe modifica substancialmente o processo eletrôni-co vigente. Abordei durante o encontro as modificações, orientei a respeito dos procedimentos e o que as principais

mudanças acarretam”.Kuhnen comenta que, no momento,

há uma portaria que suspendeu a con-tinuidade da implantação do PJe-JT até junho. No entanto, a partir disso, o pro-cesso recomeça normalmente.

De acordo com o assessor jurídico da FAEP, além do novo procedimento, fo-ram discutidas questões como legalida-de da contribuição. “De modo geral, foi abordada a questão da cobrança da con-tribuição tanto no aspecto extrajudicial quanto judicial. Orientamos tentar fazer o acordo extrajudicial, pois fica mais ba-rato e o produtor não paga honorários. Deve-se insistir e tentar pela via da nego-ciação administrativa”, disse Kuhnen.

O Sindicato Rural de Guarapuava está sediando o curso de pós-graduação Lato Sensu em Clínica Médica, Nutrição e Reprodução de Bovinos (Corte e Leite), promovido pelo colegiado do curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

As aulas iniciaram no dia 22 de mar-ço. Serão ministradas 32 disciplinas em 24 meses de curso, com aulas intercala-das a cada três semanas às sextas-feiras (no período da noite) e sábados (manhã e tarde), totalizando uma carga horária 504 horas/aula.

O coordenador da pós-graduação é o professor e médico veterinário Sér-gio Bronze, que é mestre pela Univer-sidade da Califórnia, Estados Unidos e professor aposentado da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atualmen-te, coordena a pós- graduação na UTP na área de grandes animais.

Segundo Bronze, a especialização é destinada a participantes interessados em discutir os problemas da produção de bovinos de corte e de leite, em busca de soluções que proporcionem reais ganhos em produção e produtividade.

O corpo docente é preenchido por professores doutores e mestres de várias regiões do Brasil. “O curso atende as prin-cipais necessidades do profissional: clíni-ca médica, nutrição e reprodução. É um curso de alto nível, porque estamos tra-zendo professores do país inteiro. E são professores ícones nas suas instituições de ensino”. Assim, o coordenador desta-ca que é uma ótima oportunidade para o profissional discutir com professores de vários estados brasileiros, os entraves e sucessos da pecuária de corte e de leite.

Além disso, Bronze comenta que hoje a qualificação profissional, princi-palmente em nível de pós-graduação, se torna um diferencial no mercado de trabalho. “Não adianta o profissional se formar e ir para o campo, apenas atender a parte clínica sem buscar mais conheci-mento, porque ele vai ficar para trás”.

A pós também admite acadêmicos do último ano da graduação em Medicina Veterinária. “Esses alunos vão se formar com um diferencial, já sairão na frente dos outros”, declara o coordenador.

Pós-graduação em Clínica médica, Nutrição e Reprodução de Bovinos no Sindicato Rural

Dr. Klauss Kuhnen

Prof. Mikael Neumann

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05/05/2013 Domingo 14h Feira de Bezerros Guarapuava25/05/2013 Sábado 15h Leilão de gado geral Pitanga26/05/2013 Domingo 14h Leilão de gado geral Pinhão02/06/2013 Domingo 15h Leilão de gado geral Turvo09/06/2013 Domingo 15h Leilão de gado geral Candói23/06/2013 Domingo 15h Leilão de gado geral Guarapuava30/06/2013 Domingo 15h Leilão de gado geral Bituruna

gralhaanuncio.pdf 1 24/04/13 11:34

Calendário de Eventos:

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[aconteceu]

Seminário sobre a atuação do vereador

Sociedade Rural reelege Zuber Jr. para presidênciaEm assembléia ordinária realizada

dia 25 de março, no Parque Lacerda Wer-neck, cerca de 50 associados reelege-ram, em pleito que teve chapa única, o presidente da Sociedade Rural de Guara-puava, Johann Zuber Jr. Ele estará à fren-te da entidade no biênio (2013-2014). Segundo comentou, sua prioridade para o mandato que se inicia é capitalizar a entidade, para a construção de um novo parque de exposições. Por enquanto, Zuber adiantou que a Sociedade Rural já está realizando algumas melhorias no local, visando a Expogua, em agosto.

Abdul Rahman DaruichJeferson José MartinsDario Serpa

Diretoria Executiva:

Diretor presidente – Johann Zuber JrDiretor 1º vice presidente – Rodolpho Luiz Werneck BotelhoDiretor 2º vice presidente – Josef Pfann Filho

Diretor 1º secretário – Francisco A. Caldas SerpaDiretor 2º secretário – Edson Rodrigues de Bastos Diretor 3º secretário – Kleiton Kramer

Diretor 1º tesoureiro – Denílson BaitalaDiretor 2º tesoureiro – Cláudio Marques de AzevedoDiretor 3º tesoureiro – Ercio Padilha Carneiro

Conselho Fiscal

Alceu Sebastião P. de AraújoEdio Sander Cleber Dall AgnolLincoln CampelloMarcelo O. Cunha

Suplentes – Conselho Fiscal

Mário Antônio Cecato

Murilo Ribas e Rodolpho Benvenutti Lima

Johann Zuber Junior

Confira a composição da chapa eleita – SGR:

Ao lado de cerca de 30 instituições, o Sindicato Rural de Guarapuava foi uma das entidades que apoiou a re-

alização, no dia 21 de março, do Seminá-rio sobre Práticas Legislativas Municipais, no auditório das Faculdades Campo Real.

Para o evento, voltado principal-mente a vereadores, o Conselho de Ci-dadania, Ética e Justiça de Guarapuava (Concejug), organizador da iniciativa, convidou legisladores municipais de Guarapuava e de outros municípios da região. Em seu programa, o evento apre-sentou palestras, ministradas por profis-sionais de renome, tratando de assuntos como Improbidade Administrativa (Mi-nistério Público), Processo Legislativo (INTERLEGIS) e Função Fiscalizadora (Tri-bunal de Contas do Paraná). Na abertu-

ra, o presidente do Concejug, Rodolpho Benvenutti Lima, saudou os participantes e falou sobre os objetivos do seminário: aproximar a sociedade dos vereadores e conscientizar sobre corretas práticas legislativas. Um dos palestrantes, o ana-lista de controle do Tribunal de Contas, Mário Antônio Cecato, contou em entre-vista, antes do evento, que o objetivo de sua palestra foi mostrar como o Tri-bunal (de Contas) fiscaliza o Legislativo Municipal.“Vim trazer algumas situações que envolvem o dia a dia do vereador: a relação dele com o Legislativo, com o tri-bunal, como o tribunal fiscaliza o Legisla-tivo, o que a gente espera do vereador e da Câmara Municipal”.

Murilo Ribas representou o Sindica-to Rural de Guarapuava no evento.

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A rede Yázigi de educação de idio-mas vem crescendo dia após dia há mais de seis décadas. Hoje a rede conta com 420 centros educacionais, mais de 4.500 colaboradores e atende certa de 200 mil alunos por ano.

Está presente em Guarapuava há oito anos, com o intuito de fomentar não só o ensino de idiomas, mas também o crescimento pessoal e profissional de seus alunos.

O Brasil está em evidência no cená-rio mundial e com isso vivemos um mo-mento propício para aquisição ou aper-feiçoamento de outros idiomas.

Até meados do século passado, os

[Inglês]

World language also in the farming world

(Linguagem mundial também no mundo rural)

agropecuaristas vistos como produtores concentrados exclusivamente no uni-verso de suas propriedades, hoje estão muitas vezes entre aqueles que mais viajam, dentro de seus próprios países, ou ao exterior, para conhecer as mais modernas tecnologias e tendências da agricultura informatizada às novas fron-teiras agrícolas. Tornou-se uma necessi-dade conhecer outros idiomas para, em solo estrangeiro, ser capaz de usufruir de outra cultura com autonomia desde o momento da chegada.

E entre as línguas estrangeiras, o in-glês se tornou também o idioma mundial da agricultura. Por isso, há quem viaje

em grupos voltados a segmentos espe-cíficos, com intérpretes, mas há também, entre quem hoje vive no campo ou atua em alguma profissão relacionada ao agronegócio, um interesse crescente por fazer a “tarefa de casa”: reunir coragem, tempo, dedicação e voltar à sala de aula para aprender ou aperfeiçoar o inglês (ou outras línguas). Desta vez, já não se é mais adolescente e se trata de estudar com um propósito muito específico: ir ao exterior para participar de um semi-nário, ou de uma visita a propriedades rurais, cooperativas, agroindústrias, ou a centros de pesquisa da agricultura ou da pecuária. Aí, a meta é saber lidar com

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Revista do Produtor Rural82

situações corriqueiras ou, melhor ainda, ter condições de conversar, trocar expe-riências, ou até fazer negócios, com as pessoas do lugar.

É a percepção desta necessidade que tem levado muitos adultos de todos os segmentos a iniciar ou retomar o es-tudo de idiomas estrangeiros. Segundo Vera Lúcia Silvestri Araújo, diretora fran-queada do Yázigi, hoje há uma grande demanda de alunos ligados ao agribusi-ness, visto que Guarapuava é reconheci-da como uma região de altas produtivi-dades de milho no Brasil, como também de outras culturas nem tão comuns no País, como a cevada cervejeira, além de gado charolês, angus e outras raças.

De acordo com Vera, alguns alunos se inscrevem em cursos de idiomas formata-dos especificamente para viagem. Ela res-salta que, neste caso, é necessário que o aluno tenha algum conhecimento prévio do idioma. “O objetivo é contribuir para que o aluno, em pouco tempo, consiga lidar de forma segura, com situações que enfrentará no exterior. Por isso a dedicação de quem aprende é também fundamental, estudando em casa e fazendo as tarefas online. No Yázigi as atividades que am-pliam o conhecimento podem ser realiza-das no portal do curso, a House of English, onde é possível fazer exercícios relaciona-dos com situações do dia a dia”. Neste por-tal, há também o espaço On-line Teacher, onde se pode consultar professores Yázigi e tirar dúvidas em tempo real. É como ter dois professores a disposição do aluno: o professor presencial e o online teacher.

Vera acrescentou que não só nos cursos emergenciais (viagens ou prepa-ratórios para especializações acadêmi-cas), intensivos como o recém lançado English Express (seis estágios em 18 me-ses) e os cursos regulares do Yázigi já se percebe a presença de alunos, jovens ou adultos, que chegam para estudar com mais foco – entre estes, vários do setor de agronegócio.

Um exemplo é Cristian Abt, produ-tor rural do distrito de Entre Rios, que se prepara para participar de um congresso de agribusiness, em Washington. Abt de-

cidiu encarar o desafio de dividir o tem-po entre a propriedade, a família, os com-promissos na Cooperativa Agrária (onde é também vogal do Conselho de Admi-nistração) e o curso superintensivo de inglês iniciado em março com conteúdo voltado à situações de viagem. “Apren-der, depende muito da pessoa. Tem que estudar em casa também. O conteúdo é grande. São muitas palavras novas. Escu-tando uma vez, em sala de aula, ou re-petindo duas ou três vezes, você não vai lembrar”, ponderou.

O produtor ressaltou que apesar de a programação do congresso incluir a tradução simultânea para o português, considera importante saber o inglês para as várias outras situações da viagem. Mesmo sendo o típico exemplo da nossa região de o inglês ser sua terceira língua, pela sua descendência suábia.

Para adquirir mais um idioma, ele revelou que, antes, teve de aprender também outra coisa: administrar o tem-po. Abt relembrou que, em outras épo-cas, participava de “um monte de coisas” – dos compromissos na cooperativa, às atividades de uma banda de música, e até de um clube de moto cross. “Sempre acabam coincidindo datas e horários. E quando a gente não pode comparecer (a algum compromisso), se sente mal”, ana-lisou. Agora, no horário da aula no Yázigi, a prioridade é mesmo o inglês. “Eu tenho que priorizar isso e não posso me sentir mal pelo que não consegui fazer”.

Quem também está determinado a dedicar seu tempo ao aprendizado

Abt com a professora: curso formatado especialmente para viagem aos EUA

Nas aulas dos cursos regulares, já se sente a presença de alunos ligados ao agronegócio

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Caroline Silvestri Araújo e Vera Lúcia Silvestri Araújo

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do inglês é Ferdinand Stoetzer. Forma-do em administração e atualmente no quinto ano de agronomia, ele apontou que o inglês é importante mesmo antes de se terminar um curso superior, já que hoje boa parte dos livros que se deve estudar durante o período da faculdade são de autores estrangeiros. “Na minha graduação, e nas graduações em geral, a maioria dos trabalhos escritos são em inglês”, sublinhou. Obtido o diploma, a importância aumenta: “acredito que, na hora de procurar um emprego, eles vão contratar uma pessoa que tem o inglês, que é um diferencial. Não só inglês, como outras línguas também”. E o aprendizado – prosseguiu Stoetzer – continua sendo fundamental para quem pensa em seguir a carreira acadêmica, uma vez que no mestrado ou doutorado será necessário ler e escrever em idiomas estrangeiros.

Na tendência das viagens técnicas internacionais no setor do agronegócio, o futuro agrônomo destacou que, além dos brasileiros que vão ao exterior, mui-tos produtores estrangeiros também vêm ao Brasil. E aí, a necessidade de se comu-nicar em outra língua começa já por aqui mesmo: “a gente vê bastante interesse do mundo no Brasil”.

Stoetzer, que iniciou recentemen-te no Yázigi, contou que aquilo que tem aprendido até o momento já está ajudan-do em sua vida acadêmica. “Mesmo não estando num estágio tão avançado ainda, percebo que já consigo associar muitas coisas, o que facilita na leitura e em mi-nhas pesquisas”. Vera finaliza afirmando que a aprendizagem é uma troca e apren-der a comunicar-se em outros idiomas é o melhor caminho para conhecer outras culturas e divulgar a nossa.

Stoetzer: inglês é importante na graduação e na vida profissional

Outros idiomas hoje são obrigatórios.

O intercâmbio ajuda profissionalmente

não apenas pelo aprendizado da língua,

mas também pela experiência adquirida,

pois dá mais flexibilidade às pessoas,

que aprendem a lidar com situações

inesperadas e ainda trazem

para o Brasil práticas que

funcionam lá fora.

Yázigi Travel: o seu

passaporte para o mundo!

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Revista do Produtor Rural84

Novas cultivares de soja adaptadas a regiões com altas atitudes

Acompanhando os avanços e de-mandas da agricultura moderna, a Agropantanal, em parceria com a

Nidera Sementes, promoveu um Dia de Campo para apresentar novidades tecno-lógicas sobre a cultura da soja. O evento foi realizado no dia 14 de março, na Fa-zenda Vassoural, em Guarapuava.

Segundo o gerente da filial da Agro-pantanal, Marcelo Martins Pereira, o ob-jetivo do evento foi trazer inovações e novas tecnologias, além de apresentar ao produtor as opções de cultivares da Nidera Sementes. “A agricultura vem evoluindo muito rápido, de ano a ano, e principalmente a biotecnologia traz novi-dades. A intenção do evento é repassar um pouco dessas mudanças”, explicou.

O Dia de Campo também contou com apoio da Agrichem, que trouxe o en-genheiro agrônomo André Luis Cebulski, responsável pela pesquisa e desenvolvi-mento da empresa nas culturas de trigo, soja, milho e aveia no Brasil. Ele falou so-bre a importância da nutrição vegetal de plantas; e da Bayer Cropscience, a qual ofereceu aos produtores esclarecimen-tos sobre o controle de pragas.

O Dia de Campo também contou com a participação do engenheiro agrô-nomo, Prof. Marcelo Cruz, do curso de Agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), que foi convi-dado para falar sobre as linhas de pes-quisa que está desenvolvendo.

O evento foi realizado na proprieda-

de de Moacir Kenji Aoyagui, cedida para a Agropantanal desenvolver uma área tecnológica. O gerente da Agropantanal ressaltou que a área vai ser utilizada não apenas para o Dia de Campo e que na propriedade foram plantados talhões grandes para que o desenvolvimento e resultados dos cultivares pudessem ser melhor observados pelos agricultores. “Aqui podemos fazer uma espécie de pesquisa prática e apresentação dos resultados regionalizados”, comentou Pereira.

O produtor rural Arnaldo Tomal pa-rabenizou a iniciativa da Agropantanal e disse que, mesmo em época de colheita, valeu a pena comparecer. “Foi ótimo con-ferir para comparar com a cultivar que te-nho. Estou sempre em busca de informa-ção técnica e neste evento obtive muitas informações importantes”.

O gerente comercial da Nidera Se-mentes do Paraná nas culturas soja, mi-lho e semente de sorgo, Josimar Tossin Filho, disse que a ideia principal foi mos-trar as novas cultivares de soja e trazer as variedades adaptadas para a região. “Apresentamos as variedades especí-ficas para regiões de altitude, como os campos de Guarapuava, e estamos com três lançamentos que vão entrar nas la-vouras comerciais esse ano. Basicamen-te, o objetivo é trazer nova genética para aumento de produtividade”. Ele comen-tou que a empresa possui uma estação de pesquisa localizada em uma região

que possui condições climáticas muito próximas as de Guarapuava.“Nós traba-lhamos com nicho de mercado. Acredito que quando se faz melhoramento gené-tico aplicadas no ambiente favorável, o ganho de produtividade vem automati-camente”, disse Tossin.

Além da questão de adaptação da região, Tossin explicou que a empresa também oferece opções de acordo com o perfil do produtor. “Hoje a gente está com um portfólio bem completo para re-gião. Temos soja para abertura de plantio, época normal e pós-cereal de inverno”.

O produtor rural da Candói, Mau-ro Mendes de Araújo conta que foi em busca de mais conhecimento. “Quere-mos ver quais são os resultados dessas inovações, vim para avaliar os fatores que predominam. É muito bom porque ficamos por dentro do que há de melhor para nós produtores e também para o meio ambiente”.

Além desses temas, o representante comercial trait (biotecnologia), Eduardo Back, da Monsanto, falou sobre a tecnolo-gia Intacta RR2 PRO e esclareceu a dúvi-da dos produtores em relação ao espec-tro de controle, posicionamento e como deve ser realizado o refúgio no plantio. “A Intacta RR2 PRO é a primeira tecnologia desenvolvida para um país fora do Esta-do Unidos, e reúne principalmente três benefícios: controle das principais pragas e lagartas da soja; tolerância a glifosato, como já é conhecido na soja RR (Roundup

[Dia de Campo]

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Revista do Produtor Rural 85

Ready®) e incremento de produtividade”. Back falou que o lançamento da tecnolo-gia a nível comercial só está dependendo da aprovação da China.

Tratamento industrial de se-mentes e controle de pragas

O professor da Unicentro, Marcelo Cruz, ministrou palestra sobre as duas linhas de pesquisas que desenvolve na Universidade. “Apresentamos dados a res-peito de uma nova linha de tratamento de sementes, que deve chegar ao mercado. Esse novo sistema deve propiciar uma se-mente tratada e protegida. E já observa-mos na pesquisa resultados significativos, porque esse tratamento industrial permi-te um melhor recobrimento da semente e

André Luis Cebulski Josimar Tossin Filho Mauro Mendes de Araújo Arnaldo Tomal Marcelo CruzMarcelo Martins Pereira

melhor possibilidade de ingrediente ativo por unidade de sementes, o que resultará em ganhos em termos de produtividade”. Sobre controle de pragas, Cruz comentou: “Sempre com a chegada de novos produ-tos no mercado é importante observar quais são os efeitos fisiológicos na planta, além do controle”.

Importância da nutrição

O engenheiro agrônomo da Agri-chem, André Luis Cebulski, discorreu so-bre conceitos de fertilidade de solo, em termos físicos, químicos e biológicos. “É importante desenvolver um manejo para se alcançar uma excelente fertilidade e, consequentemente, maiores produtivida-des. Abordamos entre outras coisas, téc-nicas de aplicação de nutrientes via suco

de plantio, bem como algumas técnicas de aplicação de produtos via área, para suprir as necessidades da cultura da soja”.

Ele enfatizou a importância de se al-cançar um melhor equilíbrio nutricional das plantas. “A nutrição está cada vez mais sendo exigida, ela é importante por-que os ganhos em produção, necessaria-mente, vão advir de um melhor equilíbrio nutricional das plantas”.

Pereira também deu destaque à pa-lestra sobre nutrição vegetal, ao atentar que os produtores podem obter um al-cance máximo do potencial produtivo ao cuidar dos nutrientes das plantas. “A ge-nética avançada que é lançada nos novos cultivares não está sendo plenamente aproveitada”, opinou.

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Revista do Produtor Rural86

Com o aumento da oferta de rações, suplementos e soluções nutricionais bem como da equinocultura de forma geral, falar sobre nutrição animal na criação de equinos vem se tornando algo cada vez mais amplo e complexo. Assim, exige-se da figura do criador uma habilidade para adequar e balancear todas as exigências nutricionais de seus cavalos.

Neste contexto, a Agropecuária Pro Bicho ofertou, no dia 19 de março, pales-tra com o médico veterinário especialis-ta em nutrição e técnico de equinos da Supra Alisul Alimentos, Ricardo Larrossa, com objetivo de esclarecer as dúvidas de profissionais e criadores sobre esse novo panorama nutricional.

O veterinário enfatizou a importância da alimentação no desenvolvimento dos equinos e destacou a necessidade de rea-lizar o trato adequado às necessidades de cada cavalo, aliado aos objetivos que se pretende com cada animal.

A palestra reuniu mais de 50 pessoas no Sindicato Rural de Guarapuava. Entre os presentes estavam criadores da raça Quarto de Milha e Crioulo, além de profis-sionais e acadêmicos do curso de medici-na veterinária da Unicentro.

Larrossa comentou que a grande par-ticipação dos criadores no evento reflete o interesse da região pela equinocultura. “Eu fiquei surpreso com o número de pes-soas. Os criadores mostraram um desejo em conhecer mais sobre equinocultura e manejo alimentar de cavalo. Foi uma oportunidade de intercâmbio de informa-ções, um belo evento. Tivemos a presença de pessoas importantes na criação de ca-valos da região. Isso é uma demonstração da enorme responsabilidade que temos em corresponder à expectativa da comu-nidade equestre”.

Durante a palestra, o médico vete-rinário falou sobre a necessidade de se implantar um programa de nutrição ade-quado para cada propriedade ou tipo de criação. “É importante prestar atenção na nutrição das éguas reprodutoras; lacta-ção dos potros; detalhes da nutrição dos

Alimentação sob medida

[Manejo nutricional]

potros. Enfim, é preciso ter a consciência de cuidar da nutrição desde que nascem até adultos”.

O veterinário explica que o criador deve saber avaliar o perfil do animal, para que possa implantar programas especí-ficos de nutrição. “O manejo de cavalos adultos deve ser adequado aos diferen-tes tipos de treinamento e competição. E então observar a exigência do animal em termos de energia, qualidade, quantidade de energia por dia, quantidade mínima de proteína, principais minerais e vitaminas, ou seja, é preciso balancear todos os fato-res para uma nutrição completa”.

Entre os animais que precisam de uma atenção especial quanto a nutri-ção estão os cavalos que participam de provas de alto nível, tanto morfológicas quanto funcionais. Nestes casos, Larrossa afirma que nutrição é fundamental para colaborar e otimizar o potencial genético do animal, e ao mesmo tempo, se houver desequilíbrio no tratamento nutricional, o animal pode ter problemas e atrapalhar o desempenho dele. “Importante é esco-lhermos os alimentos adequados a cada situação, existem rações para cavalos que

trabalham em atividade moderada, inten-sa e máxima, por exemplo”.

De acordo com a sócia-proprietária da agropecuária, Isabela Buch Lustosa, a palestra teve a intenção de sanar as dúvi-das dos criadores em relação ao aumento da oferta de rações no mercado de equi-nos. “A ideia surgiu porque observamos que há muita dificuldade na escolha da ração adequada. Eles vão à loja buscando uma solução e com o surgimento de no-vos produtos, percebemos a necessidade de trazer um profissional especializado”,

Neuci Moss e Leandro Neves

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Revista do Produtor Rural 87

Equipe ProBicho e Ricardo Larrosa

explica.Outro tema que o palestrante abor-

dou foi como avaliar se os nutrientes es-tão sendo bem digeridos pelo animal. “O criador precisa observar muito os cavalos e seus dejetos, por meio deles consegui-mos entender como o animal se comporta diante dos alimentos oferecidos”.

Dessa forma, o criador precisa ba-lancear as diversas fontes de energias na dieta do animal. Larrossa enfatiza que o

manejo dos nutrientes não é algo simples de se fazer, e que é necessário o criador pode buscar ajuda na assistência técnica, na fábrica de rações ou com veterinários em geral. “Manejar bem é controlar cada refeição para que a ração seja ofertada na quantidade certa, evitar excessos de uma só vez que prejudicam a absorção e pode colocar o em risco a integridade dos cava-los. Não existe uma única regra definitiva, o importante é trabalhar com as caracte-rísticas do cavalo para montar o plano de suplementação”.

A criadora de Quarto de Milha, Neu-ci Moss, relata que foi na palestra para conhecer mais sobre o assunto e im-

plantar novidades no seu plantel, que possui apenas há três anos. “Vim para aprender e realmente ouvi coisas que vão colaborar com a criação, acredito que terei bons resultados”.

O médico veterinário, Leandro Neves, que presta assistência para Neuci disse que o palestrante explanou muito bem o tema, e trouxe algumas novidades, mas que principalmente direcionou o proprie-tário sobre como deve proceder de for-ma geral em relação à nutrição.

Crescimento do mercadode lazer

O produtor rural José Ernani Lustosa também participou do evento e contou que possui cavalos por hobby, no entanto, afir-ma que é importante entender mais sobre a nutrição dos animais, para que possa ofere-cer um trato de qualidade aos seus cavalos.

Segundo Larrossa, o mercado de la-zer é o que mais tem crescido no Brasil e as rações precisam se adaptar a esse tipo de público. “Estima-se que a gran-de maioria dos cavalos suplementados são exatamente os de lazer. Para nós, é

um mercado muito importante”. Ele declarou que mesmo não ten-

do objetivo comercial, é importante um bom tratamento nutricional. “Mesmo que seja um cavalo com baixo valor ge-nético, ele precisa ser bem alimentado e manejado para que tenha uma vida lon-ga, saudável e proporcione satisfação aos seus proprietários”.

William Mores, José Ernani Lustosa e Emílio Francisco Oliveira Silva

Ricardo Larrosa

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Revista do Produtor Rural88

Dia da Mulher Agropecuaristaatraiu mais de 140 mulheres

[Homenagem]

O evento alusivo ao Dia Internacio-nal da Mulher, promovido pelo Sindicato Rural de Guarapuava no

dia 20 de março, reuniu mais 140 mulhe-res do setor agropecuário no anfiteatro da entidade.

O ponto alto do evento foi o stand up comedy do ator e humorista paranaense, Kim Archetti, que arrancou muitos risos da plateia feminina.

A tarde também teve homenagens, brindes e coquetel de confraternização. Na abertura oficial do evento, Adriana Bo-telho, representando a comissão feminina da entidade, disse que o Dia da Mulher Agropecuarista visa prestar homenagens e reconhecimento à mulher que vive e trabalha no campo, à mulher responsável pela gestão da propriedade, à mulher pro-fissional do setor agropecuário, à mulher que ensina, à mulher que aprende sobre

agronegócios, enfim à mulher que, de alguma forma, apoia e contribui para o desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro. “Com o objetivo de dar supor-te às atividades do campo, o Sindicato Rural de Guarapuava promove uma sé-rie de treinamentos, palestras técnicas e cursos através do convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), aperfeiçoando muitas mulheres para vá-rias atividades agropecuárias. Hoje, temos em nossa entidade, 1048 associados, sen-do 161 mulheres. Queremos que vocês sintam-se em casa no Sindicato Rural de Guarapuava e nas Extensões de Base Can-dói e Cantagalo. Participem, tragam suges-tões e ideias para a nossa entidade”, disse às participantes.

Tanto anfiteatro como salão de festas foram decorados pela equipe do Sindica-to Rural. O tema escolhido este ano foi

a Páscoa, devido à proximidade da data e também por causa da etapa da Cam-panha Produtor Solidário, que estava arrecadando ovos de Páscoa. Tons cor de rosa, ovos e coelhas artesanais deixaram o cenário bastante feminino. Uma men-sagem sobre Páscoa e Dia da Mulher tam-bém foi lida pela diretora da entidade, Nilceia Veigantes.” Nós, mulheres, somos capazes de mudar, de partilhar a vida na esperança, de lutar para vencer. Vamos dizer sim ao amor e à vida, investir na fra-ternidade, lutar por um mundo melhor, vivenciar a solidariedade”, destacou.

Participaram do evento produtoras rurais associadas à entidade, mães, es-posas, filhas e netas de associados de Guarapuava, Candói, Cantagalo, Foz do Jordão, empresárias rurais, agrônomas, veterinárias, zootecnistas, professoras, estudantes e parceiras da entidade.

Nesta edição do evento, a novidade foi o stand up Kimkilharia, com o humorista Kim Archetti.

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Revista do Produtor Rural 89

Após o stand up, o Sindicato prestou homenagem a algumas mulheres do se-tor. Através da brincadeira “Para quem você tira o chapéu?”, sete mulheres fo-ram homenageadas. A produtora rural e professora Maria Aparecida Ribas Siquei-ra, uma das homenageadas, falou que a presença feminina no setor sempre foi importante, porém, historicamente pou-co reconhecida. Ela afirma que a inicia-tiva do Sindicato representa avanço ao

reconhecer o trabalho das mulheres na agropecuária: “É muito louvável a realiza-ção de eventos como esse porque, mui-tas vezes, éramos esquecidas. O Sindica-to foi uma das instituições que começou esta valorização”. Maria conta que em sua vida profissional tinha dupla jornada, pois além de ser professora sempre alia-va à atividade rural. “Nunca me desliguei do sítio, acho importante estar envolvida no campo. A mulher não pode ser depen-

dente do marido, tem que aprender a conduzir a propriedade também”, afirma.

Outra homenageada foi Suzana Rickli, que sempre participa do Dia da Mulher Agropecuarista por entender que o even-to é uma forma de incentivo às mulheres a se inserirem no setor produtivo. “Foi muito gratificante. Tivemos um momen-to de confraternização e acredito que a ideia faz com que mais mulheres atuem junto ao Sindicato Rural”.

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Vivência Universo Mulher reuniu 30 participantes

Um momento de reflexão sobre “ser” mulher, despertar para o autoco-nhecimento e passar a entender

e buscar o equilíbrio entre os diversos papéis da mulher na sociedade foram al-gumas das experiências que a Vivência Universo Mulher proporcionou a 30 mu-lheres no dia 04 de abril, no Sindicato Ru-ral de Guarapuava.

As atividades, coordenadas pelas psicólogas Lenita Krüger Barreto e Eglei-de Montarroyos de Melo, proporciona-ram um momento de crescimento por meio de diversas dinâmicas de grupo, exercícios e meditações.

Durante o evento, as participantes destacaram a importância de ter um mo-mento para refletir e de sair da zona de conforto para ir em busca do desenvolvi-mento pessoal. Uma delas foi a sócia do Sindicato Rural, Andréia Mariotti, que afir-mou ter gostado muito da vivência. “Eu achei interessante, a proposta foi muito válida. O Sindicato realmente tem feito eventos direcionados à mulher, visando a sua valorização. Foi ótimo. Espero que ve-nham muitos outros”.

A produtora rural Regina Seitz des-

tacou a importância de não só as mulhe-res, mas de todos passarem a entender um pouco mais sobre a mente humana, preocupando-se em sair da rotina para refletir e desestressar. “Eu achei muito bom, porque no dia a dia as mulheres têm muito trabalho e responsabilidades e, muitas vezes, não têm tempo para si próprias. Hoje nós estamos ocupando muitos espaços na sociedade, acredi-to que dentro de uma mulher há várias outras mulheres que precisam desempe-nhar diversas tarefas. Um trabalho como esse é também uma maneira das pesso-as se encontrarem”, disse Regina.

A psicóloga Lenita falou sobre a inicia-tiva do Sindicato em possibilitar uma exce-lente oportunidade de crescimento para as mulheres ligadas ao setor agropecuário. “Agradecemos a entidade por proporcionar esse espaço de desenvolvimento para as mulheres. É importante lembrar que o tra-balho da psicologia não se restringe a um consultório ou a uma abordagem individu-al, pois o autoconhecimento e crescimento pessoal pode ser em grupo e de formas diferentes, como esse evento realizado em parceria com o Sindicato Rural”.

[reflexão]

Psicólogas Egleide M. de Melo e Lenita Krüger Barreto

Um trabalho como esse é também uma maneira das pessoas se encontrarem

Regina Seitz, produtora rural

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A Câmara Municipal de Guarapuava rea-lizou, no dia 20 de março, em sessão solene que lotou o plenário do legisla-

tivo municipal, homenagem a mulheres que em 2012 se destacaram em vários setores da sociedade. No reconhecimento público, instituído em 2002 por meio de um pro-jeto de lei e desde então promovido pela Câmara, são entidades locais que indicam os nomes a serem homenageados. Diante de dezenas de integrantes de instituições, parentes e amigos das mulheres indicadas, a cerimônia apresentou e prestou homena-gem a atuação de cada uma.

Ao Sindicato Rural de Guarapuava, coube designar uma mulher de destaque no segmento rural. O nome escolhido foi o da agrônoma e produtora rural Sueli Karling Spieler, que recebeu homenagem ao lado

[Homenagem]

Sueli Karling Spieler recebe Diploma “Mulher Cidadã” da Câmara MunicipalA produtora rural e idealizadora da Campanha Imposto Beneficente foi indicada pelo Sindicato Rural de Guarapuava

de outras 11 mulheres. A indicação de Sueli, pelo presidente do Sindicato Rural, Rodol-pho Luiz Werneck Botelho, se deu por ser exemplo de mulher produtora que, mesmo em meio às atividades das propriedades rurais de sua família, em que participa ati-vamente da gestão, ainda encontra tempo para se dedicar também a ações sociais. Ela é idealizadora da Campanha Imposto Beneficente, desenvolvida pelo Sindicato Rural de Guarapuava desde 2011. Na cam-panha, Sueli tem conscientizado empresas e entidades sobre a importância da desti-nação de parte do imposto de renda para o Fundo para Infância e Adolescência (FIA). “A solenidade foi muito bonita, interessante e emocionante”, comentou Sueli no encerra-mento da sessão solene. “O importante (da homenagem) é que aumenta a visibilidade, a credibilidade da campanha. Com isso, as pessoas vão contribuir mais. Esta, eu acho que é a importância principal de eu estar aqui hoje”, completou.

Propositora da homenagem às mulhe-res juntamente com a ex-vereadora Maria Magdalena Nerone, a vereadora Maria José Mandu Ribeiro Ribas, relembrou, em entre-vista, a necessidade de o legislativo muni-cipal reconhecer a importância da mulher: “Esse projeto foi instituído no ano de 2002. Até então, muitas entidades realizavam eventos para valorizar a mulher e a Câmara Municipal não tinha nenhum dia para fazer esta homenagem. Então nós pensamos: é a casa do povo, o povo que é composto por mais de 50% de mulheres. Foi neste sentido

que a lei foi criada”. A vereadora observou que, desde então, o legislativo municipal já homenageou centenas de mulheres, “a maioria, profissional, mas também as que têm uma marca muito forte do voluntariado, da doação, da solidariedade”. Sobre a ho-menagem a Sueli, Maria José comentou que “ela está quebrando paradigmas e mostran-do que qualquer que seja a área de atuação, a mulher tem competência”. A homenage-ada do setor rural, conforme acrescentou a vereadora, “tem mostrado todo o sucesso (da atuação das mulheres), não só na área da agricultura, mas também fazendo trabalhos sociais de voluntariado”.

Para o presidente da Câmara Municipal, Edony Kluber, a sessão solene tem sua im-portância no fato de reconhecer, na atuação das homenageadas, o significado da presen-ça das mulheres em todos os campos da so-ciedade. “Acho que é uma sessão solene de muita importância, em homenagem a todas as mulheres, ao Dia Internacional da Mulher. E a importância da mulher produtora e traba-lhadora rural, que vive no meio rural, é que contribui com toda a sociedade, produzindo o alimento que vem à mesa de todas as pes-soas que moram na cidade”, declarou. “De maneira geral, parabenizamos todas as mu-lheres, independente do segmento em que elas estão inseridas. Acho que todas têm um papel fundamental: se é dona de casa, se é juíza de direito, se é advogada, profissional liberal, ou da área pública, acho que todas têm o seu valor e todas merecem o nosso respeito e a nossa consideração”.

Representantes do Sindicato Rural com Sueli e Manfred Spieler Homenageadas Vereadora Maria José Mandu R. Ribas Sueli Karling e Adriana Botelho

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Revista do Produtor Rural92

[Bataticultura]

Nos campos experimentais da Uni-versidade Estadual do Centro Oes-te (Unicentro), no Cedeteg, a vista

na tarde de uma quinta-feira, 21 de mar-ço, estava diferente do habitual. Fazia parte do cenário não apenas os talhões de culturas como a soja, milho e a batata. Mas, junto à paisagem, e abaixo do gran-de pivô de irrigação, centenas de alunos, ao lado de pesquisadores, empresários do setor e produtores rurais ocupavam o mesmo espaço, compartilhando experi-ências e conhecimentos durante o 5º Dia de Campo da Cultura da Batata. Todos em busca de um mesmo objetivo: o desen-volvimento da bataticultura na região.

A iniciativa de realizar um evento

técnico específico sobre batata surgiu a partir da criação de uma unidade de pes-quisa que, em 2002, foi idealizada por um grupo de produtores em parceria com a Unicentro.

O engenheiro agrônomo e batati-cultor Rene Martins Bandeira Filho, que faz parte do Grupo de Produtores Parcei-ros, disse estar satisfeito com o sucesso do Dia de Campo ao longo desses cin-co anos, e principalmente, pela grande aproximação que aconteceu entre a pes-quisa e o campo. Ele conta que a ideia surgiu quando cursava o mestrado na Unicentro. “Eu sentia a necessidade de uma interação entre a universidade, pro-dutores e as empresas do setor. Sempre

5º Dia de Campo da Batata:interação entre academia e produtoresEvento reúne bataticultores da região e comunidade acadêmica para discutir a cadeia produtiva da batata.

pensei que devia haver essa união, então com esse intuito começamos o projeto que deu muito certo e acredito que todos do setor estão se beneficiando disso”.

Na edição de 2013, o tema que pau-tou o evento foi “Pesquisa e tecnologia aplicada para o manejo da bataticultu-ra”. Segundo um dos organizadores, Prof. Sidnei Jadoski, o objetivo foi proporcio-nar um momento de aproximação entre todos os atores que fazem parte da ca-deia produtiva da batata. “A pesquisa é pensada junto com produtores, temos o nosso interesse também de publicar e gerar produção cientifica, mas, ao mes-mo tempo, esse estudo precisa ser útil, e dentro do possível queremos que atenda

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Revista do Produtor Rural 93

de imediato as demandas do bataticul-tor”, comenta.

Jadoski explica que além do evento trazer informação técnica sobre a cultura da batata, o produtor também agrega co-nhecimento aos pesquisadores no sen-tido de trazer informações do dia a dia e da realidade mais prática. “A intenção é fazer um dia de campo didático, tanto para produtores quanto para pesquisa-dores, e não com intuito comercial”, en-fatiza o professor.

O diretor de Batata Semente da Associação Brasileira de Batata, Edson Asano esteve presente no evento pelo segundo ano consecutivo. “Normalmen-te, as universidades não são tão próxi-mas dos produtores. Notei que aqui é diferente. E isso traz muitos benefícios,

porque o que a pesquisa descobre, já é repassado diretamente para os produto-res”, opina o diretor.

Durante o evento, além da participa-ção das empresas do setor, que apresen-taram novas tecnologias, houve a realiza-ção da palestra “Tecnologia de aplicação de defensivos na cultura da batata”, mi-nistrada pelo professor Jadoski.

O produtor rural e empresário, José Massamitsu Kohatsu disse que o evento proporciona uma oportunidade de atu-alização para todos. “O Dia de Campo faz com que o produtor observe in loco as novidades. O evento esclarece muitas coisas, principalmente, a palestra sobre defensivos, que serve como uma cons-cientização para evitar acidentes de ma-nuseio e aplicação”.

José Massamitsu Kohatsu, Mauro Uyeno eEdson Asano

Equipe da Bayer Cropscience: Julien Witzel, Alexandre Silva, Anderson Taques, Felipe Miranda, Cassiano Medeiros

Equipe DuPont: Gustavo Radaelli, Vinicius Pavoski, Felipe Vaz, Vinicius Uzae

Tecnologia de aplicaçãode defensivos

O evento também foi palco de dis-cussões sobre tecnologia de aplicação de defensivos, com a palestra de Jadoski, que foi novidade na quinta edição do evento. O professor comentou sobre a importân-cia de se discutir o tema na cultura da ba-tata, tanto no aspecto ambiental quanto produtivo. “Um dos grandes problemas na produção é a questão fitossanitária e, ne-cessariamente, ao tratar sobre doenças, é preciso abordar a aplicação de defensivos. A intenção foi tratar sobre a qualidade de aplicação, para reduzir ao máximo os im-pactos ambientais. Além disso, o tema é pertinente porque envolve diretamente a questão de custo de produção”.

Rene M. Bandeira Filho

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Revista do Produtor Rural94

Em Guarapuava e região, segundo o Deral, na safra 12/13, foram plantados na primeira e segunda safra, um total de 4250 hectares de batata. Dessa for-ma, Jadoski explica que a região é um importante pólo na produção da cultura. “Guarapuava possui um clima adequado para o bom desenvolvimento da plan-ta, desde que seja bem manejada. No setor econômico regional, Guarapuava se destaca”, explica.

O professor enfatiza que a batata, diferen-temente, de cultivos como soja e milho, faz parte do grupo de hortifruticultura, porém ela possui uma característica diferente porque é extensiva e demanda mais investimento em tecnologia por parte do produtor, no entanto o ganho por hecta-re muitas vezes é maior.

Jadoski comenta que toda a região ganha com o desenvolvimento da cultura. “Além do setor ser beneficiado, nós, enquanto represen-tantes da universidade, também temos muito

a ganhar já que nossos acadêmicos saem formados para difundir esses conhe-cimentos na região. Enfim, a parceria tem uma importância econômica e social muito grande”.

Segundo Bandeira Filho, para que a cultura continue a se desenvolver na região é necessário que haja mais pesquisas. “Ainda é preciso muito estudo sobre a cultura, precisamos evoluir em todas as áreas e no que diz respeito à industria-lização, o Brasil está muito atrasado em relação a outros países”. Para ilustrar tal afirmação, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em 2012, mais de 75% da batata pré-frita foi importada no país. “Temos condições ideais de produção de batata aqui e ainda precisamos comprar essa quantidade de fora”, lamenta o produtor.

De acordo com Jadoski, o grupo atende a demanda dos produtores e realiza pesquisas para investigar os mais diversos aspectos da cultura da batata, para contribuir com a produti-vidade e rentabilidade do bataticultor.

O professor falou que há novos projetos de pesquisa que estão sen-do colocados em prática. “Estamos com uma estrutura preparada para o estudo de deficiência hídrica. Essas pesquisas estão sendo postas a cam-po”, declara.

Além disso, Jadoski falou sobre a necessidade da parceria com o Grupo de Produtores Parceiros para que as pesquisas continuem acontecendo. “Temos gerado resultados importan-tes e com a ajuda dos produtores temos possibilidade de pesquisar com mais recursos, por exemplo, na área de preparo mecânico do solo, em que os bataticultores emprestam os equipamentos. Em contrapartida, temos equipamentos especializados que nos permitem realizar avaliações mais detalhadas, algo que o produtor sozinho não consegue fazer”, afirma o professor.

O produtor rural enfatiza a re-levância da parceria na unidade de pesquisas. “Essa união é o que deve-ria acontecer em toda universidade ou instituição de ensino”, afirma Ban-deira Filho.

O evento foi realizado pelo Grupo de Produtores Parceiros de Guarapua-va, Grupo de Pesquisa Cultura da Ba-tata e Microclima para a Agricultura da Unicentro/CNGq; Núcleo de Aviação e Tecnologia Agrícola da Unicentro e Re-vista Brasileira de Tecnologia Aplicada nas Ciências Agrárias, também com a colaboração do Grupo PET Agronomia e do Sindicato Rural de Guarapuava.

A palestra abordou, essencialmente, quais são as tecnologias e técnicas asso-ciadas ao manejo que devem fazer parte do dia a dia do produtor, mas que, muitas vezes, passam despercebidos em rela-ção à aplicação de defensivos. “Desde a parte de regulagem da máquina, preparo da calda, clima e, especialmente, sobre a quantidade aplicada de vazão”.

Jadoski afirmou que há resultados de pesquisas que já demonstram que a redução da vazão é muito interessante, se for feita de forma adequada, e que em muitos casos é mais eficaz e agride me-nos o meio ambiente. Durante a palestra foram discutidos quais são os fatores que

causam perdas de produção, qual o me-lhor tipo de bico para cada situação, mo-mento adequado de aplicação, qualidade de mão de obra, entre outros.

“A aplicação de defensivos repre-senta pelo menos 30% do custo de produção do cultivo da batata, por isso, é necessário otimizá-la ao máximo”. O primeiro passo, de acordo com o profes-sor, é realizar o planejamento, e então só depois passar a utilizar tecnologia de aplicação. “A ideia seria definir qual é o problema e então trabalhar para otimi-zar o momento de aplicação, o chamado timing, que busca aumentar a eficiência e diminuir as perdas”.

Importância econômica da cultura da batata

Unidade de Pesquisa em Batata e Microclima

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Revista do Produtor Rural 95

Entre os setores do agronegócio que apresentaram suas novidades Dia de Campo sobre Batata, reali-

zado dia 21 de março pela Unicentro, no campus Cedeteg, a Dow AgroScien-ces mostrou, em seu espaço, agroquí-micos para a proteção daquela cultura e parcelas demonstrativas. Ao comen-tar o evento, Fábio Schiavon, da área de Desenvolvimento de Mercado para Hortrifruti, contou que há quatro anos a empresa tem participado do dia de campo e ressaltou pesquisas que vêm sendo feitas com a universidade. “Acho importante participar com a universida-de, trazendo novos produtos para que eles testem, para que a gente tire con-clusões em conjunto”, disse. Schiavon lembrou que a pesquisa no Cedeteg traz informação também à comunidade acadêmica, enquanto um trabalho em conjunto entre a Dow e os principais bataticultores da região de Guarapuava proporciona àqueles produtores rurais informação em primeira mão.

Segundo avaliou, hoje em dia, as principais doenças que atingem a cul-tura da batata são a requeima, a alter-

[Dia de Campo da Batata]

Para Dow, evento ajuda difundir informação

naria e a canela preta. Quanto às pragas, ele alertou para o fato de que, atual-mente, lagartas têm migrado para a ba-tata, vindas de outras culturas, como, por exemplo, do milho geneticamente modificado, que ganhou mais espaço no campo nos últimos anos. Schiavon informou ter observado o fenômeno não só em relação às pragas do milho, mas também de outras culturas, como o algodão, nas regiões em que aquela cultura é tradicional.

“(Esta) É uma questão à qual o pro-dutor de batata tem que ficar atento. Estão migrando algumas lagartas: la-garta do cartucho, a helicoverpa e a falsa medideira (encontrada em soja também)”, relatou. Outra praga impor-tante é agora a mosca branca. Para ele, a cultura da batata está exigindo “um uso mais adequado de inseticidas, di-ferentes modos de ação”. Schiavon defendeu “um programa de trabalho, com diferentes fungicidas, diferentes inseticidas, rotação desses produtos, para estar tendo um melhor resultado de controle dessas pragas e doenças”.

Conforme completou, atualmente a Dow disponibiliza “uma gama impor-tante de agroquímicos para contribuir nessas aplicações que o produtor ne-cessita durante todo o ciclo da cultura da batata”. Entre os principais produ-

tos, estão o Curathane, lançado no final do ano passado no Brasil, com foco para controle de requeima, além do fungici-da Pulsor, o produto Ágata e o insetici-da Sabre, à base de água, “importante para se trabalhar em conjunto com os outros produtos”. Referindo-se ao suco de plantio para batata, Schiavon resu-miu: “Fungicida Pulsor, fungicida Ágata e inseticida Sabre – para estar prote-gendo (a batata) das principais pragas de solo, como a larva alfinete, e as prin-cipais doenças, sarnas e a rizoctoniose, que são problemas que agravam muito a questão de produtividade”.

O responsável pela área de Desen-volvimento de Mercado para Hortifruti da Dow observou, ainda, que a empre-sa, que produz herbicidas, fungicidas e inseticidas para os hortifrutis em geral, “com foco maior em batata, tomate, uva e maçã”, está iniciando o trabalho tam-bém em citros e café.

Fábio Schiavon – Desenvolvimento de Mercado (HF); Airton Trento – Assistente Técnico de Desenvolvimento (HF); e Leopoldo Machado – Representante comercial Dow

Uma das parcelas demonstrativas no espaço da Dow, no dia de campo sobre batata

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Revista do Produtor Rural96

[Em tempo]

Campanha do Imposto Beneficente em outdoors

Com o slogan “Transforme seu im-posto de renda em solidariedade”, a Campanha Imposto Beneficente, pro-movida pelo Sindicato Rural de Guara-puava, realizou mais uma ação na cida-de para alertar os contribuintes de que podem destinar parte do seu imposto para entidades e projetos sociais.

A ação aconteceu de 15 a 28 de abril, em dez outdoors da cidade, com objetivo de chamar atenção da socieda-de quanto ao prazo e informar que par-te do Imposto de Renda, tanto de pessoa física quanto jurídica, pode ser repassa-do para entidades sociais cadastradas no Conselho Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente (Comdica). A destinação para o Fundo da In-

fância e Adolescência (FIA) podia ser feita até o dia 30 de abril. Nesta etapa, pessoas físicas poderiam repassar 3% do valor do IR e pessoas jurídicas (em-presas) 1%.

O Sindicato Rural orientou que os produtores rurais deveriam procurar os seus contabilistas e escolher uma das dez instituições cadastradas em Guara-puava para realizar a doação. Entre as instituições estão: Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apa-devi), Associação de Amigos da Pastoral da Criança, Associação de Pais e Amigos

dos Excepcionais (Apae), Associação Ca-naã de Proteção aos Menores, Associa-ção Beneficente das Senhoras de Entre Rios; Caritas Socialis, Centro Educacio-nal João Paulo II, Centro de Nutrição Re-nascer, Instituto Educacional Dom Bos-co e Fundação Proteger.

Para essa etapa da campanha, o Sindicato Rural contou com o apoio da Agrária, Inviolável, Escritório Edio San-der, Associação dos Engenheiros Agrô-nomos de Guarapuava (AEAGRO), Niki Assessoria e Contabilidade, Agrícola Es-trela, Casa dos Vidros, Loja Acácia, Agrí-cola AGP, Guará Campo e de produtores rurais associados à entidade.

No dia 9 de abril, foi realizado o lançamento do site da Ouvidoria Geral de Guarapuava – a ouvidoria foi institu-ída em 1993 e, a partir de agora, passa a atender o público com uma equipe de quatro pessoas e a página eletrônica por meio da qual a população pode, identificando-se ou de forma anônima, proceder a críticas e sugestões à prefeitura.

O lançamento ocorreu numa cerimônia, no Paço Mu-nicipal, na qual o ouvidor geral, Cláudio César de Andrade, e o prefeito, César Filho, explicaram a lideranças de várias entidades e organizações de Guarapuava como será o sis-tema de atendimento da ouvidoria, que já está em vigor. Entre os representantes de instituições, esteve presente o primeiro vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapua-va, Josef Pfann Filho.

Lançamento do site da Ouvidoria Geral de Guarapuava O 2º vice-presidente do Sindicato Rural, Anton Gora

participou do lançamento do programa da Secretaria de Agricultura de Guarapuava, Vida Rural, na praça interna do Paço Municipal, no dia 09 de abril.

O projeto, que tem como objetivo principal desenvol-ver a agricultura familiar e melhorar a qualidade de vida de quem está no campo, foi lançado pelo prefeito munici-pal, Cesar Silvestri Filho, secretário municipal de agricul-tura, Itacir Vezzaro e também pelo secretario estadual da agricultura e abastecimento, Norberto Ortigara.

Ao apresentar o programa, o secretário municipal da agricultura explicou em termos técnicos quais são os ob-jetivos, linhas de atuação e estratégias de funcionamento do novo projeto.

Programa Vida Rural

Anton Gora,Eva Schram eItacir Vezzaro

Norberto Ortigara e Anton Gora

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Revista do Produtor Rural 97

[Hortifruticultura]

Ao longo da sua história, o trato cultu-ral utilizado nas diversas culturas de hortifruti, como a cebola, o tomate

e a batata, imprimiu como uma das suas marcas operacionais o uso de grandes (exagerados) volumes de vazões/taxas de aplicações: 300 litros/400 litros por hec-tare ou mais, no trato cultural – nas apli-cações fitossanitárias. Nas décadas de 70 e 80, por exemplo, usava-se aplicar com volumes expressivos: entre 800 litros e até 1.000 litros por hectare!

Os tempos foram mudando e a evolução tecnológica que chegou ao campo também foi absorvida pelos empresários do setor de HF, particularmente, os que cultivam batata.

Dentre as muitas mudanças estruturais e culturais, certamente uma das que mais vem se destacando e, por conta disso, sendo especulada, foi a redução do volume de va-zão das aplicações de defensivos.

O uso da máxima: “precisão na agricul-tura”, reportando-se à necessidade de reali-zar todos os procedimentos com o máximo de excelência, a fim de obter eficácia com custos compatíveis já é uma realidade em muitos campos de batata e não apenas nas áreas de soja e de milho... dentre outras.

A ideia básica consiste na implantação de condição técnica-operacional adequada para o uso de menores caldas. E isso passa, necessariamente, pelo uso de pontas (bicos) específicas + menores volumes de vazões + adjuvantes sintéticos (a base de álcool), para se obter APLICAÇÕES DE QUALIDADE.

A partir deste “tripé”, o produtor conse-gue realizar seus tratamentos com mais efi-ciência; menores gastos com a redução de hora-máquina e menor pisoteamento sobre a lavoura e nos melhores horários.

Embora ainda seja de certa forma um dilema para o produtor de HF a redução de

“Tecnologia de Aplicação nos HF’s”

água nas aplicações fitossanitárias, o fato é que isso tem se mostrado possível em mui-tas regiões do Brasil, onde produtores de batatas, tecnificados, realizam seus tratos culturais com volumes de vazões bem me-nores: 150 litros/200 litros por hectare; dos tradicionalmente usados: 300 l... 400 l ou mais, por hectare. Uns estão indo ainda mais longe, aplicando com Volumes entre 125 l e 130 l/hectare, com absoluto sucesso.

A tecnologia de aplicação é uma ferra-menta estratégica, fundamental, disponível para o agricultor, que pode, ou não, adotá--la na sua plenitude ou em partes; de acordo com a sua conveniência/necessidade.

Muito tem se falado a respeito da ne-cessidade de mais ou menos água nas apli-cações em batata, como se a sua presença fosse garantia de eficiência do trato cultural.

Grande parte dos defensores dos gran-des volumes de vazão alega que, para fun-cionar, os produtos de contato necessitam de uma determinada quantidade de água – que segundo estes, deve ser acima dos 300 l/hectare.

Outros, já observaram a campo, ao lon-go de várias safras, que o mais importante não é quantidade de água, mas, a qualidade da aplicação: o tamanho/espectro das gotas. E que para se conseguir uma boa cobertura, os menores volumes de água são melhores, pois conseguem gerar uma quantidade de gotas fino-médias (entre 200 um e 250 um), suficiente para cobrir o dossel foliar – inclu-sive o baixeiro.

Enfim, o que podemos concluir é que para se obter sucesso no tratamento a quali-dade das gotas pulverizadas é que vai deter-minar a melhor ou, pior, eficácia de controle do alvo.

Mesmo em regiões onde a presença de vento é constante, como é o caso de Guara-

Jeferson Luís Rezende RTV da Inquima

puava e Palmas, no Paraná e de Água Doce, em Santa Catarina, existem metodologias/técnicas disponíveis que possibilitam o uso de volumes de vazões menores: pontas + adjuvantes.

A inclusão destas novas técnicas ope-racionais vem trazendo ganhos interessan-tes para os agricultores, que conseguem tratar as suas áreas de maneira preventi-va, nos melhores horários e, com menores danos mecânicos pela entrada e saída das máquinas para o reabastecimento. Muitos desses ganhos são mensuráveis, outros nem tanto.

Considerando o fato de que as plantas não gostam de ser maltratadas; injuriadas; machucadas pelo trânsito das máquinas, os menores volumes de vazão se mostram como alternativa oportuna e viável no sen-tido de diminuir estes gargalos. Esta práti-ca, aliada ao uso de adjuvantes não fitotóxi-cos, que eliminam problemas de operação, como: homogeneização de calda – espu-mas/borras – escorrimento, está à disposi-ção de todos.

Enfim, a grande novidade, ou não, dependendo do lado em que se está, é a adoção de técnicas modernas no trato cul-tural da batata e dos HF’s em geral - como a REDUÇÃO DOS VOLUMES DE VAZÕES, a fim de aperfeiçoar o tratamento com qua-lidade e segurança agronômica, humana e ambiental.

Esta (nova) ferramenta de trabalho do homem do campo, chamada Tecnologia de Aplicação, está a cada dia mais em evidência por conta da necessidade de se conseguir aplicar em grandes áreas, com qualidade e menores danos ao meio ambiente.

É a PRECISÃO NA AGRICULTURA, que chega também nos campos de HF de todo o Brasil.

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Revista do Produtor Rural98

Decker, De Rocco Bastos Advogados Associados

Fábio Farés Decker (OAB/PR nº 26.745)Tânia Nunes De Rocco Bastos (OAB/PR nº 20.655)Vivian Albernaz (OAB/PR nº41.281)Maybi F. P. Brogliatto Moreira (OAB/PR nº 40.541)

[Aposentadoria rural]

O salário-educação foi instituído em 1964, sendo uma contribuição so-cial destinada ao financiamento

de programas, projetos e ações voltados para o financiamento da educação básica pública e que também pode ser aplicada na educação especial, desde que vincu-lada à educação básica.

A contribuição social do salário-edu-cação está prevista no artigo 212, § 5º, da Constituição Federal, regulamentada pe-las leis n.ºs 9.424/96, 9.766/98, Decreto n.º 6003/2006 e Lei n.º 11.457/2007. É calculada com base na alíquota de 2,5% sobre o valor total das remunerações pagas ou creditadas pelas empresas, a qualquer título, aos segurados empre-gados, ressalvadas as exceções legais, e é arrecadada, fiscalizada e cobrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Fazenda (RFB/MF).

São contribuintes do salário-educa-ção as empresas em geral e as entidades públicas e privadas vinculadas ao Regi-me Geral da Previdência Social, enten-dendo-se como tal qualquer firma indi-vidual ou sociedade que assuma o risco de atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, sociedade de economia mista, empresa pública e de-mais sociedades instituídas e mantidas pelo poder público, nos termos do § 2º, art. 173 da Constituição.

Com efeito, de acordo com a Consti-tuição Federal, o contribuinte do salário--educação é a empresa, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não.

Sabemos que o produtor rural tam-bém pode atuar como “pessoa física”, quando então, não pode ser tratado nem igualado como “empresário individual” nem “sociedade”.

Dessa forma, os produtores rurais que exercem sua atividade como pes-soas físicas, sem registro na Junta Co-mercial nem no Cartório, não devem ser reputados como contribuintes do salário-educação.

Vale dizer que esse entendimento conta com apoio do Superior Tribunal de Justiça - STF, inclusive em sede recursos repetitivos (REsp 1.162.307/RJ, 1ª Se-ção, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 3.12.2010 - recurso submetido à sistemática previs-ta no art. 543-C do CPC), in verbis:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPE-CIAL. TRIBUTÁRIO. SALÁRIO-EDUCAÇÃO.PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA. INE-XIGIBILIDADE DA EXAÇÃO.1. A orienta-ção das Turmas que integram a Primeira Seção/STJ firmou-se no sentido de que a contribuição para o salário-educação so-mente é devida pelas empresas em geral e pelas entidades públicas se privadas vinculadas ao Regime Geral da Previ-dência Social, entendendo-se como tais, para fins de incidência, qualquer firma individual ou sociedade que assuma o risco de atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, confor-me estabelece o art. 15 da Lei 9.424/96, c/c o art. 2º do Decreto 6.003/2006.2. Assim, “a contribuição para o salário--educação tem como sujeito passivo as

empresas, assim entendidas as firmas in-dividuais ou sociedades que assumam o risco de atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não” (REsp 1.162.307/RJ, 1ª Seção, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 3.12.2010 - recurso subme-tido à sistemática prevista no art. 543-C do CPC), razão pela qual o produtor ru-ral pessoa física, desprovido de registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), não se enquadra no conceito de empresa (firma individual ou sociedade), para fins de incidência da contribuição para o salário educação. Nesse sentido: REsp 711.166/PR, 2ª Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ de 16.05.2006; REsp 842.781/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Deni-se Arruda, DJ de 10.12.2007.3. Recurso especial provido.159.4242º6.003543--CCPC: REsp 711.166/PR(1242636 SC 2011/0054205-5, Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, Data de Julgamento: 06/12/2011, T2 - SEGUN-DA TURMA, Data de Publicação: DJe 13/12/2011)

Assim, o produtor rural que, em fun-ção de sua atividade, exerce a função de empregador pessoa física não tem a obrigação de pagar a contribuição do salário-educação.

Portanto, assiste ao produtor rural, neste caso, o direito de manejar a com-petente ação judicial visando a declara-ção de inexigibilidade do tributo, bem como, a repetição do indébito tributário, reavendo o que pagou indevidamente nos últimos 5 (cinco) anos.

Produtor rural pessoa física é dispensado do pagamento do salário-educação

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Revista do Produtor Rural 99

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Revista do Produtor Rural100

Organizado pelo Sindicato Rural de Guarapuava e vários parceiros, o 1º Módulo do Programa de Desenvolvi-mento Florestal 2013, dia 24 de abril, no anfiteatro do sindicato, apresentou a produtores de madeira da região perspectivas do mercado. No encontro, palestrantes da consultoria Unisafe detalharam a comercialização no seg-mento e incentivaram o debate em tor-no da criação de uma cooperativa de produtores como caminho para chegar às empresas que compram madeira.

[Programa de Desenvolvimento Florestal]

Produtores de madeira debatem criação de uma cooperativa

Debate sobre o estabelecimento de uma cooperativa de produtores de madeira de Guarapuava e região

deu o tom da edição 2013 da reunião do 1º Módulo do Programa de Desenvolvi-mento Florestal. Com o tema “Mercado florestal, usos da madeira e financiamen-tos”, o encontro apresentou palestras dos agrônomos Pedro Francio Filho e Henri-que Lopes Moino (ambos da Consultoria Unisafe), enfocando tópicos como merca-do e perspectivas do setor florestal; linhas de financiamento florestal; utilidades ge-rais da madeira; e planejamento e cuida-dos com o plantio.

Francio Filho comentou que, na pon-ta do consumo da madeira, as empresas que adquirem o produto necessitam de qualidade, mas também da certeza de ob-ter volumes com regularidade. Na ponta da produção, o segmento em si, conforme destacou, pode ser lucrativo e, ao mesmo tempo, respeitar a natureza. Para ambos os lados da cadeia produtiva, ele afirmou ver vantagem na criação de uma coopera-

tiva de produtores, na região. Para o agrô-nomo, unidos, os agricultores teriam ofer-ta suficiente para vender para grandes empresas e, por isso, não precisariam ven-der a produção a qualquer preço. “O se-tor (da madeira), como um todo, tem uma grande necessidade mercadológica dessa união. Saber como vai comercializar: se é para energia, cavaco, lenha ou a própria serraria. Tudo isso precisa ser direcionado de acordo com esta união”, observou. “A cooperativa de floresta, como experiência em outras regiões, tem dado um excelen-te resultado. Guarapuava é exemplo de cooperativismo. Por que não uma coope-rativa, trazendo estas alternativas e via-bilizando o produtor?”, declarou, levan-tando a questão. O agrônomo completou que haveria um “ganho geral” inclusive no momento dos produtores adquirirem seus insumos: “Adubo, hidrogel, a muda, ferra-mentas, tudo isso, quando é comprado em conjunto, você atinge escala e ganha no preço. Então, diminui o custo de produção e aumenta a garantia do mercado”.

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Mas ele argumentou que, antes de se instituir alguma forma de associação, é necessário o setor, na região, ter uma ideia precisa de seu próprio tamanho: a área cultivada com florestas e os tipos de ár-vore plantados. “Se você não souber nem o quanto de madeira tem, como vai saber onde pode ir? É preciso mapear isso. Re-gionalmente. Começando pelo município de Guarapuava, partindo para a região, mapeando a quantidade de madeira que nós temos, para saber quantidade e qua-lidade”, argumentou, complementando que assim será possível também deter-minar quem seriam os compradores. “Nós temos um cluster regional em Guarapu-ava, Ponta Grossa, Telêmaco Borba. Es-tamos numa região favorável, próxima a rodovias, o que vem a facilitar o acesso”, sublinhou, considerando ser preciso reu-nir “todas as pontas” do setor.

Para um mapeamento, a mobilização do agricultor mais uma vez seria funda-mental. Francio sugeriu que cada produtor rural presente ao evento informe ao Sin-dicato Rural de Guarapuava suas áreas de floresta e os tipos de árvore, incentivando

vizinhos, que também sejam produtores de madeira, a fazer o mesmo. O agrôno-mo disse ainda acreditar que, se houver este engajamento, num prazo aproximado de seis meses, já seria possível ter uma imagem mais detalhada do segmento. Ao lado desse compromisso de prestar infor-mações, ele recomendou que os produto-res de madeira que estiveram no evento incentivem outros a participar dos demais encontros do segmento, como o 2º Mó-dulo do Programa de Desenvolvimento Florestal, previsto para o dia 13 de junho (Tema: “Mecanização florestal – Todas as ferramentas e maquinário que aumentam a eficiência da mão-de-obra no campo”), ou o Dia de Campo Florestal, que, neste ano, terá lugar no dia 8 de outubro, segun-do adiantou.

Ao falar sobre o evento, Henrique Lopes Moino contou que, desta vez, a reunião enfocou mais os temas ligados ao mercado, para que os produtores em ge-ral e os associados ao sindicato pudessem entender melhor como funciona o setor. “Muitas vezes, o produtor fica atrelado às atividades da propriedade e se distancia

João René Tobias Santos

Henrique Lopes Moino - Palestrante

um pouco desta questão mercadológica. Dessa maneira, a rentabilidade, que está diretamente relacionada ao mercado, fica menor, devido a detalhes que são deixados de lado no planejamento e na estruturação do projeto florestal”, anali-sou. Segundo afirmou, a questão técnica do plantio de árvores já foi bem explica-da nas reuniões do programa nos últimos três anos e agora é o momento de apre-sentar a comercialização.

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Revista do Produtor Rural102

Quem durante a reunião se mani-festou favorável a uma cooperativa foi a produtora rural Petronilha da Silva Nunes. Falando à Revista do Produtor Rural, ela explicou sua opinião: “Porque aí o peque-no e o grande (produtor) vendem para uma indústria maior quantidade e pegam um preço melhor”. Revelando ter área de eucalipto com cinco anos de idade (ainda impróprio para o corte), a agricultora de-monstrou a necessidade da cooperativa contando que, se hoje a madeira já esti-vesse pronta para a comercialização, não teria para quem vender. Comparando, ela disse considerar mais fácil a venda de er-va-mate e admitiu que, na atual situação, pensa se continuará ou não com o plantio de florestas.

Outro participante do evento, João René Tobias Santos, funcionário de um grupo agropecuário da região onde des-

Renata Souza - Boutin

Giovani Stringari - Santa Maria Cia. de Papel e Celulose

Pedro Francio Filho - palestrante

Itacir Vezzaro - Secretário Municipal de Agricultura

de 1999 existe produção de madeira, também defendeu durante o encontro a idéia de um levantamento do tamanho do setor na região. “Seria bom para a criação de uma cooperativa, para a gente se unir, ter condições de sustentar o mercado fu-turo”, avaliou.

No encontro, o secretário municipal de Agricultura de Guarapuava, Itacir Vezza-ro, pediu a palavra e, num pronunciamento de alguns minutos, disse aos participantes que o município apoia o setor florestal. “Vejo que o setor de reflorestamento é uma alternativa muito importante de ren-da e de diversificação nas propriedades. O tempo passa e passa rápido. Quanto antes o produtor investir nessa atividade, antes ele vai ter o retorno. Por isso, nós parabenizamos o sindicato de buscar essa parceria com as empresas no sentido de viabilizar esse investimento”, comentou em entrevista.

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Revista do Produtor Rural 103

[Meteorologia ]

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses

Luiz Renato LazinskiMeteorologista - INMET/MAPA

O mês de março apresentou uma irregularidade muito grande na distribuição das precipitações ob-

servadas em todo o centro-sul do Bra-sil, característica da estação do outono. No Paraná as precipitações variaram de 40 mm no nordeste a 400 mm no sudoeste. A maior parte dos solos do centro-sul do Brasil vêm mantendo bons índices de umidade, favorecendo o bom desenvolvimento das lavouras. Na maior parte das Regiões Sudeste e Centro-Oes-te, as chuvas também ficaram entre a mé-dia e ligeiramente acima do normal para a época do ano. No final do mês, voltou a chover nas áreas produtivas de grãos da Região Nordeste, mas as chuvas ao longo do mês apresentaram volumes abaixo da média histórica.

As temperaturas registraram valores abaixo da média em todo o centro-sul do Brasil, principalmente durante a segunda quinzena do mês, quando massas de ar

de forte intensidade atingiram o sul do Brasil. Nas demais regiões do Brasil, as temperaturas ficaram entre a média e li-geiramente acima.

Durante os últimos meses, não ob-servamos nenhuma mudança significa-tiva no padrão do comportamento das temperaturas das águas superficiais, no Oceano Pacífico Equatorial. Estas tem-peraturas das águas superficiais, vêm se mantendo próximas à média, seguindo a tendência de neutralidade, ou seja, o mesmo padrão dos últimos meses. Estas condições, aliadas a outras variáveis cli-matológicas em escala global, continuam indicando uma situação de neutralida-de climática (nem “El Niño” e nem “La Niña”). Conforme as últimas atualizações dos modelos climáticos em escalas glo-bais, continuam com a tendência desta situação de “neutralidade” para os próxi-mos meses.

Analisando os prognósticos em es-

cala global, continua a tendência de precipitações com este padrão de dis-tribuição muito irregular, intercalando períodos com chuva acima da média com períodos maiores com pouca ou nenhuma precipitação, para o centro--sul do Brasil, devido a continuidade desta situação de neutralidade climá-tica. Para as regiões Centro-oeste e Sudeste, as chuvas diminuem gradati-vamente nos próximos meses, devendo ficar entre a média e ligeiramente abai-xo. Para as áreas produtivas do Nordes-te, as chuvas devem continuar com vo-lumes abaixo da média no decorrer dos próximos meses.

Com relação às temperaturas, as massas de ar mais frias começam a che-gar com maior intensidade ao Sul do Bra-sil, principalmente a partir da segunda quinzena do mês de abril. Nas demais re-giões do Brasil, as temperaturas seguem com os valores dentro da média.

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Revista do Produtor Rural104

[Campanha Produtor Solidário]

Sindicato Rural doa chocolates e ovos de Páscoa para Instituto Dom Bosco

Material escolar

O Sindicato Rural de Guarapuava rea-lizou, no dia 28 de março, a entrega dos ovos de páscoa arrecadados

durante a Campanha Produtor Solidário do mês de março.

Produtores rurais e parceiros da en-tidade doaram 185 itens, entre ovos de páscoa, caixas de bombom e bolachas. As doações aconteceram em eventos reali-zados no mês de março pelo Sindicato, entre eles o Dia da Mulher Agropecuaris-ta, e também voluntariamente, na recep-ção da entidade.

O vice-presidente do Sindicato Ru-ral, Anton Gora, fez a entrega ao diretor do Instituto Dom Bosco, Pe. Dácio Bona. À frente do Instituto, que entre crianças e jovens reúne cerca de 500 alunos, o diretor se disse feliz com a doação de ovos de Páscoa da Campanha do Pro-dutor Solidário. Os chocolates desper-taram a atenção das crianças. “Eu vejo com muito bons olhos essa ajuda que o Sindicato Rural veio trazer junto a esta obra (social), no momento da Páscoa, quando temos dificuldade de doar al-guma coisa”, comentou. E acrescentou: “Nosso coelhinho é muito pobre. Essas datas são muito fortes aqui. Então (a do-

ação) veio na hora certa”. Segundo disse o padre, o trabalho da instituição teve início há 36 anos. Já a oferta de cursos profissionalizantes para jovens carentes começou há 23 anos. Padre Dácio ante-cipou que o Instituto intenciona tam-bém oferecer curso de tecelagem, para

Crianças da Associação Comunitária São Roque, de Candói, receberam os kits doados pelo Sindicato Rural de Guarapuava/Extensão de Base Candói através da Campanha de Natal Produtor Solidário, realizada em dezembro. Confira fotos da entrega:

capacitar jovens para indústrias de Gua-rapuava e região.

No ano passado, a Campanha de Páscoa Produtor Solidário doou 160 ovos para crianças de comunidades rurais da Associação Agroecológica Nossa Senhora Aparecida.

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Revista do Produtor Rural 105

[Interatividade]

Sindicato Rural RespondeProdutor rural pergunta

Em plena safra, a empresa John Deere deixou os produtores rurais de Guarapuava sem assistência, devido ao rompimento da concessão da empresa no município. O Sindicato Rural de Guarapuava se manifestou sobre o assunto, em defesa da classe?

Sim, encaminhamos uma correspondência (abaixo) ao presidente da empresa, Sr. Paulo Hermann, no dia 20 de fevereiro de 2013.

“O Sindicato Rural de Guarapuava, legítimo representante dos produtores ru-rais de Guarapuava e região, torna pública sua indignação e contrariedade ao processo de rompimento da concessão da empresa John Deere em Guarapuava.

A decisão deixou um grande número de clientes da marca sem assistência téc-nica em plena safra. Clientes pequenos, médios e grandes, que sempre arcaram com seus compromissos, agora estão enfrentando dificuldades para fazer a re-visão das máquinas.

É inaceitável essa situação, considerando que estamos iniciando a safra, neces-sitando de assistência e peças.

O Sindicato Rural de Guarapuava reitera seu posicionamento de sempre estar aberto ao diálogo, mas continuará atuando, incondicionalmente, em defesa do produtor rural, para que seus associados possam desfrutar da dignidade com que merecem ser tratados.

Guarapuava, 19 de fevereiro de 2013.

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava”

“A JOHN DEERE BRASIL LTDA. informa que tem Concessioná-rio nomeado para Guarapuava e Região, sendo PARANÁ SIS-TEMAS MECANIZADOS LTDA. e atuando no seguinte endere-ço: ROD. BR 277, S/Nº, KM 355, JARDIM DAS AMÉRICAS, CEP 85031-350 – GUARAPUAVA – PR”.

Resposta do Sindicato Rural:

Resposta do Gerente de Desenvolvimento de Concessionários da John Deere, Eugênio Fronza:

Associado:

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Revista do Produtor Rural106

[Comemoração]

Sócios reuniram-se em café da manhã para aniversariantes do trimestre

No dia 22 de março, o Sindicato Rural de Guarapuava promoveu mais uma ação com objetivo de aproximar o associado e entidade: o café da manhã para os ani-

versariantes. O evento reuniu 20 sócios que fizeram aniversário nos

meses de janeiro, fevereiro e março e a diretoria do Sindica-to. A ideia é que o evento seja realizado trimestralmente e que proporcione um momento de confraternização e um espaço de troca de ideias para o produtor rural.

O encontro, que foi realizado no Salão de Festas do Sindica-to, recebeu produtores desde às 8 horas. Muitos deles aprovei-taram para tomar o café antes de ir para a propriedade, já que a data coincidiu com o período de colheita das culturas de verão.

Entre os aniversariantes estava a produtora rural e sócia, Hildegard Abt Roth, que declarou ter ficado muito feliz com a notícia de que o evento seria realizado exatamente no dia do seu aniversário. “Eu achei ótima a iniciativa, porque é uma oportunidade que temos para conversar com pessoas que normalmente não encontramos. Foi uma confraternização fei-ta de uma maneira bem descontraída, gostei bastante. E eu me senti o máximo, porque o café caiu bem no dia que faço aniversário”, brincou.

O produtor e sócio Klaus Dowich, que fez aniversário no dia 18 de fevereiro, também esteve presente e disse entusias-mado que a ideia de comemorar os aniversários foi muito inte-ressante, pois além de fazer com que o sócio venha ao Sindi-cato, é uma oportunidade de conversar e interagir com outros produtores, o que pode colaborar com algo até mesmo dentro da propriedade ou, ao menos, promover um momento de des-contração, conversa e amizade entre sócios. “Foi uma atitude boa, que proporcionou um tempo para conversar, trocar pontos de vista. Com a correria do dia a dia não paramos um pouquinho para trocar ideias diferentes. Acho que é muito válido, acredito e torço para que continuem ocorrendo essas reuniões”.

A sócia Leni Aparecida Lacerda Cunico elogiou a entida-de pela realização de mais um evento em prol do associado. “Sempre gosto de participar dos eventos que o Sindicato pro-move, porque são sempre muito bem organizados. Vocês es-tão de parabéns”.

Outro produtor que compareceu ao café da manhã foi o sócio Luis Paulo Gomes Filho que conta, bem humorado, que o encontro fez com que seu dia começasse bem, já que encon-trou amigos e também teve a oportunidade de comemorar o aniversário, que segundo ele, devido à data, é pouco lembrado. “Eu achei ótima a ideia. Foi bom porque nunca temos tempo para nada e naquele dia eu pude encontrar vários amigos. Foi interessante também porque meu aniversário é em janeiro e nessa época a maioria das pessoas está em férias. Normalmen-te, a data não é lembrada ou comemorada, então foi muito ba-cana porque o Sindicato lembrou. Eu, como aniversariante do trimestre, gostei muito”.

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Revista do Produtor Rural 107

Elton Lange

Macedo Nunes Machado Fº

Wiliam Rickli Siqueira

Carlos Pereira AraújoDea Maria Ferreira SilveiraJonathas Frederico Taques Cruz (pai), Jonathas Frederico

Branco Taques Cruz (bebê) e Karina Stela Branco Cruz

Leni Cunico Denilson Baitala

Sebastião Francisco Ribas Martins Neto

Marcelo Mayer Sebastião Meira Martins

Alceu Sebastião Pires de Araújo

Hildegard Abt Roth

Klaus DowichLuis Paulo Gomes Filho

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Revista do Produtor Rural108

[Capacitação]

Empreendedor rural com ênfase em ovinocultura e pecuária de corte

Dois cursos do Programa Empre-endedor Rural iniciaram em abril em Guarapuava, um deles com

ênfase em bovinocultura de corte e outro em ovinocultura.

Os cursos que são organizados pelo Sindicato Rural de Guarapuava, através do convênio com o Serviço Na-cional de Aprendizagem Rural (Senar), são voltados a ensinar pecuaristas e gerentes de propriedades a implantar uma visão empresarial em suas ativi-dades. As aulas são ministradas pelo instrutor do Senar, Luiz Augusto Burei.

O objetivo é contribuir para a elevação da eficiência da gestão e da qualidade do produto final. Realizados pela primeira vez em Guarapuava, os cursos têm carga horária em torno de 400 horas, reúnem 20 alunos cada um, e serão realizados no Sindicato Rural até novembro.

Os cursos apresentarão novas for-mas de olhar e de gerenciar a proprie-dade: desde o diagnóstico da situação, até o planejamento estratégico, pas-sando por análise de mercado e de via-bilidade econômica e financeira, além da tecnologia a ser utilizada. Turma Empreendedor Rural - Ovinocultura

Turma Empreendedor Rural - Bovinocultura de corte

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Revista do Produtor Rural 109

[Aprendizagem Rural]

Últimos cursos do Senar realizados em Guarapuava:

Curso: Mulher AtualData: 09 de março a 18 de maio de 2013Local: Projeção - Entre RiosInstrutora: Roberta RonsaniParceria: Agrária e Entidade Social Projeção

Curso: Tratorista Agrícola - PronatecData: 25 de março a 24 desetembro de 2013Local: Colégio Estadual da Palmeirinha Prática: Fazenda Três Palmeiras - Proprieda-de de Ércio Carneiro. Instrutor: Rubens Gelinski

Curso: Trabalhador na Ovinocultura - Manejo de ovinos de corteData: 09 e 10 de abrilLocal: Sindicato Rural de Guarapuava/ Fazenda de Emílio Carlos WeyandInstrutora: Jaciani Cristina Beal Klank

Sorteio de brindes - Curso Senar

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Revista do Produtor Rural110

[Extensões de base do Sindicato Rural de Guarapuava]

Últimos cursos realizados em Candói Os cursos promovidos pelo Sindicato Rural e Senar nos meses de março e abril de 2013

Curso: Produção artesanal de alimentos - derivados de leite Data: 22 e 23 de março de 2013Local: Assentamento Matas CavernosoInstrutor: Sérgio Kazuo Kawakami

Curso: Trabalhador na olericultura básica - olerículas de talos, folhas e flores Data: 11 a 13 de março de 2013Local: Sindicato dos Trabalhadores Rurais Instrutora: Tatiane Zeniqueli MartinsParceria: Cresol

Curso: Trabalhador na olericultura básica - olerícolas de frutos e sementes Data: 20, 21 a 22 de fevereiro de 2013Local: Comunidade Rio NovoInstrutora: Tatiane Zeniqueli Martins Parceria: Cresol

Curso: Mulher AtualData: 07 de março a 09 de maio de 2013Local: CresolInstrutora: Maria Edena Antoniet DoliveiraParceria: Cresol

Curso: Produção Artesanal de Alimentos - Panificação Data: 20 e 21 de março de 2013Local: Extensão de Base CandóiInstrutor: Sérgio Kazuo KawakamiParceria: Sindicato Rural dos Trabalhadores

Curso: Trabalhador na olericultura básica - olerículas de raízes, bulbos e tubérculosData: 14 a 16 de março de 2013Local: Comunidade Santa Martha Instrutora: Tatiane Zeniqueli MartinsParceria: Cresol

Curso: Produção artesanal de alimentos - Panificação Data: 03 e 04 de abril de 2013Local: Casa Familiar Instrutora: Giovana GiarolloParceria: Cresol

Curso: Qualidade de Vida - Família RuralData: 04 de abril de 2013Local: Comunidades São Judas Tadeu Instrutora: Denise BubniakParceria: Cresol

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Revista do Produtor Rural 111

Cursos do Senar em Cantagalo

Curso: De Olho na QualidadeData: 16 de abril a 11 de junho de 2013Local: Extensão de Base CandóiInstrutora: Joseane Luzia GranemannParceria: Cresol

Curso: Trabalhador na Piscicultura - sistemas de cultivoData: 17 e 18 de abirl de 2013Local: Extensão de Base CantagaloInstrutor: Sérgio Ricardo HoppenParceria: Secretaria de Agricultura

Curso: Cerqueiro - Construção de cerca elétrica Data: 18 de abril de 2013Local: Assentamento Matas do Cavernoso Instrutor: Juliano Antunes da SilvaParceria: Cresol

Curso: Seminário sobre qualidade de leite Data: 17 de abril de 2013Local: Comunidade Passo GrandeInstrutor: Edgard Pilati FilhoParceria: Emater

Curso: Seminário sobre qualidade de leite Data: 17 de abril de 2013 Local: Extensão de Base de CandóiInstrutor: Edgard Pilati FilhoParceria: Cresol

Curso: Produção artesanal de alimentos -Panificação Data: 10 e 11 de abril de 2013Local: Ilha do Cavernoso Instrutora: Denise Bubniak

Curso: Produção artesanal de alimentos -PanificaçãoData: 22 e 23 de abril de 2013Local: Comunidade da CachoeiraInstrutora: Denise BubniakParceria: Secretaria de Promoção Social

Curso: Curso Básico em Mandioca Data: 15 e 16 de abirl de 2013Local: Extensão de Base CantagaloInstrutora: Margarida Maria Bocalon WeissParceria: Pastoral da criança

Curso: Curso Produção Artesanal de Ali-mentos - Culinária Básica Data: 25 e 26 de março de 2013Local: Extensão de Base CantagaloInstrutora: Margarida Maria Bocalon WeissParceria: Secretaria de Educação

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Revista do Produtor Rural112

[Profissionais em destaque]

Forquímica - José Acir dos Santos, Jorge Pereira e Ayrton Berger Neto

Banco do Brasil - Alexandre da Silva Costa, Sidney Berezovski, Rodolpho L. W. Botelho e Liti Colossi

Seab - Dirlei Mandio, Maurício Araujo, Josei Pinho e Daniel Mussoi

Syngenta - Eduardo Siega, Antonio Marques, Juarez Rupel e Luis Ricardo Campos

Tradecorp - Emilio Dinis, Marcelo Sielski, Bruno Francischelli e Ademar Lima

FMC - Giovani Scortegagna e Ralph Sahd Jobins

IHARA - Leendert C. de Geus Neto e Lucas Sonego da Silva

Cheminova- Marcos Bolcone e Luiz Fernandes Aguera

Stoller - Marco Aurélio Sichieri, Tiago Gontijo, Raphael Martins

MANAH - Mário Monferdini e Cleber Bin Biogene - Rodrigo Davedovicz e Pedro Campos

Sementes Benso - Sidnei Silveira, Victor Benso, Anton Gora, Luiz Benso e Rodolpho L. W. Botelho

Chemtura - Tobias Zandoná, Mateus Chaves, José Augusto Perin, Gerson RIbeiro Sobrinho

Vinicius Pavoski, Vinicius Uzae, Vinicius Ducat e Vinicius Leal

Os Vinícius da Du Pont

Professor Itacir Sandini (Unicentro) e Diogo Davi Follmann

ADDCS - Wanderley Bernardin Milenia - Guilherme R. V. Oroagri Inquima - Rui R. Vasconcelos

Agrária - Solange Schmidt, Rodrigo Roman, Mariza Fostim, Leandro Bren

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Revista do Produtor Rural 113

José Mendes Cordeiro

Luciane S. de Araújo

Alfredo Wolbert

Andreas Milla II

Arnaldo Stock Jr.

Eliseu Schuagert

Helmut Milla

Jaqueline BarrosEdemar BalkauAnton Gora, Neusa Vier e Antonio Hertz

Anton Gora e Sigrid Essert

Daniel José Loures e Ronald Oster

Ana Meri Naiverth e Davis Naiverth

Lourenço Lemler e José Pastal Hermine Leh e Renate MillaValdomira Brandeleiro, Paulino Brandeleiro, Edson Luiz P. da Silva, Sebastião Hollandini e Marcelo Pals (Bunge Alimentos)

Eliseu Fernando Telli, Maristela Hikishima e Miguel SeverinoRodolpho Luiz Werneck Botelho, Thomas Leh eAnton Gora

Johanes Stecher, Arno Vier e Helmuth Seitz

Maria Ap. C. Lacerda

Josimary Conrado

Matheus de L. Pereira

Angela Ribas Cleve

TjiagoGavanski

Cristiano Binsfeld

Walter KnafDaniel José Loures

William Schramm

Julio Cezar Bernardi

LilianDacoregio

[Novos Sócios]

Deborah, filha de João Huber e Solange Schmidt

Jonathas, filho de Jonathas Frederico Taques Cruz e Karina Stela Branco Cruz

João Henrique e Julia filhos de André e Sara Spitzner

Roberto Korpash

Walter Milla

[Produtores em destaque]

[EspaçoRuralKids &Teens]

Envie sua foto para o E-mail:

[email protected]

EMPRESAS: � Bevilaqua e Furman � Agropecuária Galpão do Boiadeiro � Rodomavi - Com. de Implementos Rodoviários

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Revista do Produtor Rural114

[Aniversariantes]M

aio

Junh

o 01/06 Renate Taubinger Milla02/06 Claudileia Fornazzari02/06 Werner Brandtner05/06 Amilton Marcondes Júnior05/06 Reinholt Duhatschek05/06 Stefan Remlinger05/06 Teodoro Kredens07/06 Ana Maria Jung Klein07/06 José Maria Machado07/06 Marlon N. Lustosa Schneider08/06 Heitor Visentin Kramer Filho08/06 Raimund Keller08/06 Roland Wendelin Egles09/06 Anton Schimidt09/06 Carlos Henrique E. Araújo09/06 Vilmar Silveira Gonçalves10/06 Abdul Rahman Daruich10/06 Eduardo Josef Reinhofer11/06 Adao Alcione Monteiro11/06 Marcia Dittert Cruz11/06 Sieglinde Marath Schwarz12/06 Johann Kleinfelder12/06 Leandro Bren12/06 Teresia Abt

01/05 Adelcio Martini01/05 Franz Milla01/05 Franz Stock01/05 Josef Taschelmayer01/05 Ricardo Sales Rosa02/05 Antonio Hertz02/05 Robercil Woinarski Teixeira03/05 Paulo Wolbert04/05 Sidney Camargo Junior05/05 Joel Horst05/05 Zadil Carneiro Batista06/05 Demetrius Pellegrino Barbosa06/05 Ivo Antonio Fabiani06/05 Maria das Graças Abreu Lacerda06/05 Ozorio Eurico Martins Neto07/05 Adam Illich07/05 Conrado Ernesto Rickli07/05 Luiz Carlos Silva Marcondes07/05 Maria da Glória Martins Messias08/05 Arion Mendes Teixeira Filho10/05 Antonio Fidelis de Vargas10/05 Johann Zuber Junior10/05 Ruy Sérgio Taques da Cruz11/05 Admar Paulo de Moraes11/05 Macedo Nunes Machado11/05 Rodolpho Soria Santos

13/06 Everson Antonio Konjunski13/06 João Maurício Virmond13/06 Rodrigo Augusto Queiroz14/06 Emmanuel Sanchez15/06 Maria Milla16/06 Agenor Roberto Lopes de Araújo16/06 Bernardo Spieler Zehr17/06 Josef Stemmer19/06 Pedro Kindreich20/06 Emerson Souza20/06 Jorge Fassbinder20/06 Luis Fernando Kazahaya20/06 Manfred Becker20/06 Michael Winkler21/06 Hermes Naiverth21/06 Josnei Augusto da Silva Pinto21/06 Osvaldir Jouris21/06 Peter Wolbert22/06 Cyrano Leonardo Yazbek22/06 Johann Reiter22/06 Ozoel Martins Lustoza22/06 Paulino Brandelero23/06 Lindalva Suek23/06 Volnei Kolc

11/05 Wagner Salvador Ransolin12/05 Edina Aparecida Pinto Alberti12/05 Elias Brandalero12/05 Simone Milla12/05 Walter Wendelin Weissbock13/05 Eduardo Pletz13/05 Karl Eduard Milla15/05 Jorge Luiz Zattar15/05 Maria Helga Filip15/05 Patrick Egles15/05 Rodrigo das Neves Dangui15/05 Siegfrid Milla Sobrinho16/05 Alfredo Cherem Filho16/05 Erika Schussler16/05 Helga Schlafner17/05 Andre Hiller Marcondes17/05 Daniel Baitala17/05 Jovina Jacy Lopes Serpa17/05 Pedro Vilso Padilha da Rosa18/05 Jose Antonio Ogiboski Almeida18/05 Manoel Antonio Ferreira Bueno19/05 Eugenio Billek20/05 Kazuxigue Kaneda21/05 Alfredo Jakob Abt21/05 Sergio Eliseu Micheletto22/05 Alaor Sebastião Teixeira Filho

22/05 Ana Rita Hauth Vier22/05 José Schleder Algaier22/05 Patrick Gumpl24/05 Adam Scherer24/05 Ambrosio Ivatiuk25/05 Elke Monika Zuber Leh25/05 Georg Mullerleily25/05 Rita Maria Wolbert25/05 Stefan Detlinger27/05 Nivaldo Passos Krüger27/05 Sandra Mara Schlafner Sander27/05 Waldemir Spitzner28/05 Cezar Roberto Oliveira Kruger28/05 Garon Gerster28/05 Jorge Harmuch28/05 Klaus Ferter28/05 Roberto Hyczy Ribeiro28/05 Walter Stoetzer29/05 Christof Leh29/05 Jorge Schlafner30/05 Ademar Ramos de Souza30/05 Daniel Schneider30/05 Fernando Becker30/05 Jorge Luiz Ribas Taques30/05 Paulo Celso Santos Mello31/05 Antonio Lauri Leite

24/06 Cláudia Hertz Marath24/06 Jairo Silvestrin25/06 Walter Josef Jungert26/06 Altair Niquetti26/06 Andreas Keller Junior26/06 Ari Fabiani26/06 Geny de Lacerda Roseira Lima26/06 Gilson Zacarias Cordeiro27/06 Cleverson Naiverth27/06 Pedro Lucca27/06 Petronilia da Silva N. Schuagert28/06 Bruno Norberto Limberger28/06 Ivoni Ferreira28/06 Joao Spieler28/06 Juracy Luiz Roman28/06 Marlene Araujo Naiverth28/06 Reni Pedro Kunz28/06 Rudolf Egles29/06 Agenor Mendes de Araújo Neto29/06 Marinez Bona Muzzolon Padilha29/06 Mario Bilek29/06 Yasmin Mayer30/06 André Benz30/06 Douglas Luis Limberger30/06 Monika Klein

39º Feira de Bezerros 05 de maio - 14hParque de Exposições Lacerda Werneck/ Pista de Remates Dário Silva Araújo(42) 3623-1115 / (42)3623-3084

41ª Expoingá 09 a 19 de maioGuarapuava – PR http://www.expoinga.com.br/

Congresso Estadual de Olericultura / I Simpósio da Associação Brasileira de Horticultura do Paraná/ II Seminário do Programa Paranaense de Certificação de Produtos Orgânicos De 05 a 07 de junho - A partir das 8hUniversidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) – Campus Cedeteg - Guarapuava - PR

2º Módulo do Programa de Desenvolvimento Florestal 13 de junho - 8hSindicato Rural de Guarapuava(42) 3623-1115Guarapuava – PR

Café da manhã aniversariantes de abril, maio e junho 28 de junho - A partir das 8hSindicato Rural de Guarapuava – Salão de Festas - Guarapuava -PR

Circuito Cultural Sesi Show Chegadim com Itérbio Rocha17 de maio - 20hSindicato Rural de Guarapuava - Anfiteatro Ávio Ribas Bittencourt - Guarapuava – PR

Confira a agenda de eventos agropecuários:

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Revista do Produtor Rural116

As Sementes Agrária são produzidas

a partir de um rigoroso processo de

controle de qualidade. Cada lote de

sementes é analisado e certificado

pelo laboratório da Cooperativa

Agrária Agroindustrial, credenciado

junto ao Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento.

Com uma fundação de pesquisa

própria, a FAPA (Fundação Agrária

de Pesquisa Agropecuária) a Agrária

investe constantemente em

pesquisa e tecnologia a fim de

auxiliar seus cooperados na busca

dos melhores resultados.

• Qualidade

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