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Revista Próposito, português, 2012

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LUGAR DO MÊS

Machu PicchuA cidade perdida

Machu Picchu, também chamada "cidade perdida dos Incas", é

uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada

no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio

Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as

ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais

típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e

características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em

1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção

original, o restante foi reconstruído. A construção

original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco

espaço entre as rochas.

Consta de duas grandes áreas: a agrícola, formada

principalmente por terraços e recintos de armazenagem de

alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.

A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são

impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas

e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias.

Segundo a história inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.

“O lugar foi elevado à categoria de Património mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interação com o turismo por ser um dos pontos

históricos mais visitados do Peru.”

A mais aceita teoria afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a

economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais

próximo, no caso de ataque.

HISTÓRIA

Em 1865, no curso de suas viagens de exploração pelo Peru, o naturalista italiano Antonio Raimondi passou

ao pé das ruínas e menciona o quão escassamente povoada era a região na época. Porém, tudo indica que foi por

esses anos que a região começou a receber visitas por interesses distintos.

“Uma investigação em curso divulgada recentemente revela informação sobre um

empresário alemão chamado Augusto Berns que em 1867 não só havia "descoberto"

as ruínas mas também havia fundado uma empresa "mineira" para explorar os

presumidos "tesouros" que abrigavam.”

De fato, uma investigação em curso divulgada recentemente revela informação sobre um empresário alemão

chamado Augusto Berns que em 1867 não só havia "descoberto" as ruínas mas também havia fundado uma

empresa "mineira" para explorar os presumidos "tesouros" que abrigavam. De acordo com esta fonte, entre 1867

e 1870 e com a aprovação do governo de José Balta, a companhia havia operado na zona e logo vendido "tudo o

que encontrou" a colecionadores europeus e norte-americanos.

Conectados ou não com esta suposta empresa (cuja existência espera ser confirmada por outras fontes e

autores) o certo é que nesta época que os mapas de prospecções mineiras começam a mencionar Machu Picchu.

Assim, em 1870, o norte-americano Harry Singer coloca pela primeira vez em um mapa

a localização do Cerro Machu Picchu e se refere ao Huayna Picchu como "Punta Huaca del Inca".

“Charles Wiener confirma a existência de restos arqueológicos no lugar, afirma que há ruínas na Machu Picchu”

Um segundo mapa de 1874, elaborado pelo alemão Herman Gohring, menciona e localiza em seu local exato

ambas montanhas.

Por fim, em 1880 o explorador francês Charles Wiener confirma a existência de restos arqueológicos no

lugar, afirma que há ruínas na Machu Picchu, embora não possa chegar ao local. Em qualquer caso está claro que

a existência da suposta "cidade perdida" não se havia esquecido, como se acreditava até há alguns anos.

Foi o professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição

da Universidade de Yale, que redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em

24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficcionado da arqueologia,

realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de

"a Cidade Perdida dos Incas" através de seu primeiro livro, Lost City of the Incas.

Enquanto inspecionava as ruínas, Bingham, assombrado, anotou em seu diário:

“Would anyone believe what I have found?" (Acreditará alguém no que encontrei?)”

EDITORIAL

As drogas nas famílias

Começou na última segunda-feira a semana de informação sobre as drogas. Em Araçatuba, o Amor

Exigente, entidade sem fins lucrativos, assiste na luta tanto dos viciados quanto das famílias pela

libertação. Esta semana, especialmente, servirá para alertar aos pais, principalmente, sobre os perigos das

drogas e quais os motivos que levam crianças e adolescentes ao consumo de entorpecentes.

Após anos de experiência, muito trabalho, realizações e frustrações, a opinião unânime é de que o

ambiente familiar desestruturado é uma das principais entradas para o vício em entorpecentes, sejam

eles lícitos ou ilícitos. Famílias desestruturadas, onde pais buscam, acima de tudo, a amizade dos filhos e a

compensação da ausência pelas longas jornadas de trabalho com presentes e dinheiro tornam-se fragilizadas,

propiciando o encontro com as drogas e a utilização destas como válvula de escape para a falta de carinho,

amor, atenção e afeto, sentimentos que, impreterivelmente, permeiam o ambiente familiar.

A facilidade em obter dinheiro e presentes empurra os filhos para experiências novas, pois a

curiosidade é satisfeita a todo o momento com o brinquedo da moda, a roupa de grife, o tênis importado, o

cartão de crédito e a mesada graúda, maior do que o salário de inúmeros trabalhadores que labutam de sol a

sol, incansavelmente, para prover, deficientemente, o sustento familiar. Nenhum sentimento poderá, em

momento algum, ser suprido por presentes ou dinheiro. O dinheiro nunca trará felicidade, basta olhar para o

grande número de pessoas abastadas financeiramente e que dariam tudo para recuperar a saúde, a família, um

ente querido, um filho perdido para o mundo das drogas. É como a parábola do filho pródigo.

Lutar contra as drogas é um exercício diário que deve ser praticado em família. A melhor maneira

de evitar as armadilhas deste submundo é o diálogo franco e aberto entre pais e filhos, independentemente

da idade. Pai é pai. Mãe é mãe. Nada impede que os pais sejam amigos dos filhos, mas, acima de tudo, eles

devem exercer o dever da paternidade responsável e não tentar ter a mesma atitude e idade mental dos filhos e

amigos. Quantos pais molham chupetas de bebês na cerveja achando que isso não é problema? Quantos

fumam e não falam aos filhos as verdades sobre os males do cigarro por vergonha de admitirem a fraqueza

perante o vício? São esses pequenos exemplos que, futuramente, trarão transtornos maiores e culminarão com

a dilaceração da família. A melhor prevenção é o diálogo e as informações são essenciais. Ser viciado não é

vergonhoso. Vergonhoso é não admitir o erro e ignorar a ajuda que pode ser obtida.

ESCOLA

Alunos do Barão realizam Feira dos Sentidos.

Num trabalho prático da disciplina de Ciências, os estudantes da 7ª série do Instituto Anglicano

Barão do Rio Branco pesquisaram e montaram experiências com o objetivo de mostrar e explicar o

funcionamento de cada um dos sentidos do corpo humano. Todos os alunos do Ensino Fundamental

visitaram a feira, onde em barracas montadas no pátio da Escola, vivenciaram experiências envolvendo o

paladar, a visão, a audição, o tato e o olfato. Na barraca do paladar, os visitantes são vendados e devem

adivinhar os sabores de água com sal, água com café e água com açúcar. O olfato é testado pelos participantes

também vendados, os quais precisam saber o cheiro de gengibre, canela, cravo, mel, café e perfume.

A oficina “Do toque ao Braile” permite que os alunos, com uma venda, sintam sensações

semelhantes à de um cego, tocando em água quente e gelada, diferentes texturas e figuras feitas de alfinetes.

Na “Trilha dos Sentidos” é possível testar as sensações transmitidas pela água gelada, esponja, limão com

palitos, massinha de modelar e conchas, desafiando os alunos a tentar adivinhar o que está sendo tocado.

Na oficina da audição, os participantes deitam em colchões e escutam sons de carro, trem, vento,

cachoeira e diversos animais, para que no final, conversem sobre o que ouviram e confirmem se era realmente

o que imaginavam. Na barraca da Visão, um caderno e estojo são colocados dentro de uma caixa escura para

que as pessoas enxerguem sem a presença da luz. Quando colocada uma lanterna sobre esses objetos, a

visualização fica mais perceptível, partindo assim, do princípio da dilatação da pupila.

Na “Ilusão de Ótica”, os estudantes mostram testes de astigmatismo, daltonismo, figuras ambíguas

e imagens que “se mexem” aos nossos olhos. Os organizadores dessa barraca declaram que “ao mostrar essas

figuras, a gente percebe que o nosso cérebro não é uma máquina perfeita, afinal, ele pensa uma coisa e é outra

totalmente diferente”.

“A gente estudou muito para poder chegar até aqui e explicar sobre cada sentido. Agora, melhoramos o nosso aprendizado e podemos mostrar aos outros o que

aprendemos.”Ao finalizar a visualização de todas as barracas, os alunos aprendem e se divertem na parte das

“Brincadeiras dos sentidos”, sendo possível brincar, por exemplo, com o “Pênalti cego”, onde eles fazem o

pênalti com vendas nos olhos e na “Vista sem vista”, que os participantes, vendados, vestem bonecos com

diversas roupas. Também podem se divertir com jogos relacionados aos sentidos no Laboratório de Informática.

Tudo para “ perceber melhor o que nos cerca”, conforme a professora Graciela Tonin, responsável pelo trabalho.

A aluna Fernanda Fávero relata que o entendimento sobre o assunto ficou mais fácil depois da criação da

Feira. “A gente estudou muito para poder chegar até aqui e explicar sobre cada sentido. Agora, melhoramos o

nosso aprendizado e podemos mostrar aos outros o que aprendemos”.

SAÚDE

Saúde sem médico?

Zero Hora publicou nesta semana mais um fato envolvendo a UTI neonatal de Canguçu, interditada

há seis meses por não ter até hoje contratado médicos. Sem conseguir vagas em outros hospitais, após 10 dias

de espera, leitos de UTI para dois recém-nascidos foram improvisados. Mais um capítulo dramático da novela da

unidade de Canguçu que deve servir de exemplo do ocaso da assistência, a pública e a privada.

As dificuldades crescentes para usuários de planos acessarem uma simples consulta ou procedimentos têm

relação direta com uma constatação: o sistema explodiu, chegando a 47,6 milhões de segurados (25% da

população do país) e não houve uma correspondência em aumento de oferta de serviços credenciados, e a que

existe, de tão desvalorizada, enfrenta evasão. Este é o quadro na área médica.

E na hora de cobrar pelo atendimento, tanto o gestor público (União, Estados e municípios) quanto as

operadoras (reguladas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar) deveriam prestar contas, executado o que

está na Constituição Federal (SUS) e nos contratos dos planos comprados pelos usuários. São dois

extremos: recursos de menos nos governos e mal direcionados, e recursos demais na rede suplementar _ a receita

das empresas avançou quase 200% (!) entre 2003 e 2011, mas que não foram investidos na melhoria da

remuneração dos prestadores. O valor da consulta médica, por exemplo, foi corrigida em apenas 65% no mesmo

período.

Na administração do SUS, como em uma empresa, tem a fase do projeto, da aprovação do plano junto aos

órgãos da saúde, da obtenção do dinheiro para o projeto e a execução. Em que etapa, houve de forma

responsável o dimensionamento do custo de contratação de médicos para assegurar o pleno funcionamento da

UTI de Canguçu?

Novamente, cabe alertar que não faltam médicos para atuar nos serviços. O Estado tem o dobro de

profissionais de que a população precisa, segundo dados do Ministério da Saúde. O que é insustentável é a

conduta irresponsável de administradores públicos, em sua maioria cargos de indicação política (cujos ocupantes

mudam a cada quatro anos), na hora de entregar o que a população precisa.

A dificuldade em preencher postos médicos em diversas instituições é hoje o entrave número 1 ao

funcionamento dos serviços. Na Capital, na Região Metropolitana ou no Interior, há hospitais com leitos

fechados ou subutilizados porque não são contratados especialistas. E a razão é simples e envolve planejamento:

o sistema de saúde deve ser dimensionado para dar conta do potencial de demandas dos pacientes. Depois de

termos isso, parte-se para montar a rede da básica ao nível terciário (hospitalar).

Pouco disso tem sido considerado. Senão,

como explicar que ao montar as equipes

economiza-se exatamente no que é o elemento

fundamental do tratamento: o médico? O

Estado perdeu 30% das vagas de internação no

SUS nos últimos 20 anos, e o que restou opera

abaixo da capacidade, sobrecarregando outras

estruturas (fenômeno da superlotação das

emergências). Por quanto tempo ainda gestores

lutarão contra o sentido terapêutico da vida?

Não bastam leitos, UTIs, postos e equipamentos

sofisticados, se falta o médico. Problema é que

querem contratá-lo com propostas que já

fracassaram faz tempo.

ENTREVISTA

Especial Dia do Médico

Entrevistado: Paulo Roberto M. Jaskulski, cardiologista.

Qual a função social do médico?

A função social do médico no conceito simplista seria a de salvar vidas. Este é o tipo de ação que a

sociedade espera de alguém que ocupa dentro dela o Status de Médico. Acredito que a nossa função social seja a

de auxiliar em todos os processos de melhora da qualidade de vida, na prevenção de enfermidades, no

tratamento desta ou, quando vencidos pelas doenças, aliviar ao máximo o sofrimento dos enfermos.

Comente sobre a formação do médico.

Pelas dificuldades junto ao Ministério da Educação (MEC) de se montar um curso de medicina no Brasil,

inclusive pelo seu elevado custo, dificultou-se a proliferação de cursos com baixo nível profissional, mantendo

em parte a formação do médico ainda resguardada, com poucos cursos em relação à quantidade de jovens que

buscam a carreira de médico.

A escolha da medicina ainda representa o sonho de estabilização financeira, status social e facilidade

de inserção no mercado de trabalho, principalmente em países em desenvolvimento econômico como o

Brasil. Porém, esta carreira impõe ao jovem um elevado grau de responsabilidade e, como professor, tenho

percebido que eles sentem este grau de cobrança, seja no processo seletivo altamente competitivo, na longa

formação médica de aproximadamente 10 anos ou no “peso” do “ser Médico”, dentro de nossa sociedade.

Quais as principais dificuldades da categoria?

Apesar da tendência a sempre respondermos a esta pergunta com o relato de dificuldade financeira de uma

categoria, não acredito ser esta a principal dificuldade dos médicos, os quais podem com múltiplos vínculos

trabalhistas, auferir um retorno financeiro satisfatório, quando a atividade médica é comparada a outras

profissões. Mesmo para aqueles que trabalham com saúde suplementar, onde os planos de saúde determinam

quanto, como e quando eles vão receber, ainda assim, o retorno financeiro pode ser razoável. Acredito que as

maiores dificuldades são a elevada carga de trabalho e o alto nível de exigência profissional da sociedade

para com o médico e dele consigo mesmo, gerando em muitos a ansiedade, a angústia, e a depressão.

Como é hoje lidar com o paciente do Dr. Google? Aquele que busca no Google respostas médicas para

sintomas, busca remédios etc.

Em minha opinião, existem vantagens e desvantagens. As vantagens estão nos pacientes de bom nível

cultural que sabem utilizar corretamente o instrumento de pesquisa de maneira mais avançada, sendo

capazes de filtrar as respostas, entendendo melhor o seu problema e indo para uma consulta com um maior

conhecimento de sua doença, transformando este momento em um ambiente salutar de esclarecimento de

dúvidas e elucidações. Por outro lado, se a busca for realizada de forma aleatória, como é na maioria dos

casos, o paciente poderá ficar ainda mais perdido no entendimento do seu caso específico. Devemos

lembrar que uma mesma doença poderá ter diversos cursos e que cada paciente sempre é único.

ASSUNTO DIVERSO

HAARPO projeto militar dos EUA que pode ser uma arma geofísica

Em 1993, começou a funcionar no Alasca (Estados Unidos) o HAARP, um projeto

de estudos sobre a ionosfera terrestre. O HAARP, que significa “Programa de

Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência”, visa a compreender melhor o

funcionamento das transmissões de ondas de rádio na faixa da ionosfera, parte superior da

atmosfera.

Segundo relatos oficiais, o projeto tem como objetivo principal ampliar o conhecimento

obtido até hoje, sobre as propriedades físicas e elétricas da ionosfera terrestre. Com isso,

seria possível melhorar o funcionamento de vários sistemas de comunicação e navegação,

tanto civis quanto militares (o que gera desconfiança em grande parte dos conhecedores do HAARP).

Para realizar estes estudos, as antenas de alta frequência do HAARP enviam ondas para a ionosfera visando

a aquecê-la. Assim são estudados os efeitos das mais diversas interações de temperaturas e condições de pressão.

Por que no Alasca?A criação das instalações foi possível graças a uma parceria entre a Força Aérea Americana, A

Marinha dos Estados Unidos e também da Universidade do Alasca. Esta última foi escolhida a dedo,

graças à localização: a ionosfera sobre o Alasca é pouco estável, o que garante uma maior gama de condições

para os estudos.

Outro fator que pendeu para que os pesquisadores escolhessem o Alasca é a ausência de grandes

cidades nas proximidades. Assim, não há ruídos na captura de imagens e sinais, pois os sensores ficam

localizados ao alto de algumas montanhas. Também há informações de que este local sofreria o menor impacto

ambiental entre as áreas candidatas a receber o HAARP.

Ionosfera: íons e mais íonsEsta faixa recebe este nome porque é bastante ionizada, ou seja, perde e ganha elétrons com

facilidade, o que a deixa em constante carregamento elétrico. O grande agente ionizador da

ionosfera é o sol, que irradia muita carga na direção da Terra, mas meteoritos e raios cósmicos também

influenciam bastante na presença dos íons.

A densidade dos íons livres é variável e apresenta alterações de acordo com vários padrões temporais, hora

do dia e estação do ano são os principais pontos de variação da ionosfera. Outro fenômeno interessante

acontece a cada 11 anos, quando a densidade dos elétrons e a composição da ionosfera

mudam drasticamente e acabam bloqueando qualquer comunicação em alta

frequência.

Reflexão ionosférica

Há frequências de ondas que são, quase, completamente refletidas pela ionosfera

quando aquecida pelas antenas HAARP. Os pesquisadores do HAARP pretendem provar que essa

reflexão pode ser utilizada como um satélite para enviar informações entre localidades, facilitando as

comunicações e também a navegação, melhorando os dispositivos GPS utilizados atualmente.

O problema é que ainda não se conhecem as reais propriedades da reflexão

ionosférica. Além disso, há o fato de as propriedades da ionosfera se modificarem durante a noite, por

exemplo, quando a altitude dela aumenta e as densidades ficam mais baixas. Essas variações tornam difícil uma

padronização para o envio de ondas, independente do comprimento delas.

HAARP: um novo modo de estudoHá várias formas de estudo das faixas da atmosfera terrestre. Para as camadas mais baixas, até

mesmo balões podem ser utilizados para capturar dados sobre diferenças nas

condições naturais. A camada de ozônio, por exemplo, é verificada com balões meteorológicos que

realizam medições das taxas de radiação que ultrapassam pela atmosfera.

Por ficar muito mais acima, balões meteorológicos e satélites não podem ser utilizados para realizar

medições e análises sobre a ionosfera. Por isso o HAARP é tão importante, já que utiliza a maneira mais

eficiente de contatar o setor: antenas de emissão de ondas de frequência altíssima.

Os resultados são utilizados para entender como o sol influencia no sinal de rádio

em diversas faixas de frequência. Utiliza-se também um “Aquecedor Ionosférico”, conhecido como

“Instrumento de Investigação Ionosférica”, ele transmite frequências altas para modificar a ionosfera e entender

os processos produzidos em sua composição.

As antenas do Instrumento de Investigação emitem sinais para altitudes entre 100 e 350 Km. Outros

aparelhos do mesmo projeto são responsáveis pela recepção dos sinais, interpretando-os e permitindo a criação

de relatórios sobre a dinâmica do plasma ionosférico e também sobre a interação entre o planeta e o sol.

Aquecendo a ionosfera: riscos?

O HAARP não é o único aquecedor ionosférico do planeta. Há também um

localizado na Noruega e outro na Rússia. Todos eles realizam o mesmo processo: utilizam antenas

de alta frequência para aquecer a ionosfera e criar uma aurora artificial.

Essa aurora artificial é muito aquecida, o que pode gerar elevação nas

temperaturas em determinadas localidades do planeta. Em uma espécie de efeito estufa

ionosférico, locais abaixo da ionosfera atingida pelas antenas do HAARP podem ter suas temperaturas elevadas

em alguns graus centígrados.

O outro lado da moeda: as conspiraçõesAssim como boa parte de tudo o que é produzido sob tutela de alguma das forças armadas norte-

americanas, o HAARP também gera uma série de desconfianças por parte das mentes mais conspiratórias.

Ameaça global ou apenas melhorias nas tecnologias de comunicação? Confira as teorias de conspiração que

envolvem este projeto.

Arma geofísica: a denúncia russaE nem todas estas teorias surgem de movimentos independentes. A prova disso aconteceu em 2002, quando

o parlamento russo apresentou ao então presidente Vladimir Putin documentos que afirmavam veementemente

que os Estados Unidos estariam produzindo um novo aparelho, capaz de interferir em todo o planeta, a partir de

pontos isolados.

O relatório dizia que o HAARP seria uma nova transição na indústria bélica, que já

passou pelas fases de armas brancas, armas de fogo, armas nucleareas, armas

biológicas e chegaria então ao patamar de armas geofísicas. Segundo estas teorias,

seria possível controlar placas tectônicas, temperatura atmosférica e até mesmo o

nível de radiação que passa pela camada de ozônio.

Todas estas possibilidades podem gerar uma série de problemas para as populações atingidas. Atingindo

países inteiros, desastres naturais podem minar economias, dizimar concentrações populacionais e gerar

instabilidade e insegurança em toda a Terra.

Terremoto no Haiti

Quais seriam os efeitos dos controles de frequência sobre as placas tectônicas? Segundo a imprensa

venezuelana a resposta é: terremoto. O jornal “Vive” afirma que teve acesso a

documentos que comprovam a utilização do HAARP para manipular a geofísica

caribenha e ocasionar os terremotos do Haiti, que causaram a morte de mais de 100

mil pessoas.

Caso esteja se perguntando os motivos para a escolha de um país tão pobre, as teorias conspiratórias

também possuem a resposta para esta pergunta. Os Estados Unidos precisavam de um local para testar o

potencial de sua nova arma. Os testes oceânicos não davam informações suficientes e atacar os inimigos no

oriente médio seria suicídio comercial.

Afinal de contas, terremotos poderiam destruir poços de petróleo muito valiosos. Assim, o governo norte-

americano viu no Haiti, um país já devastado, o perfeito alvo para seus testes. Sem potencial econômico e sem

possuir desavenças com outros países, dificilmente haveria uma crise diplomática com a destruição do Haiti

Bloqueio militar

Outra teoria bastante defendida diz que os Estados Unidos poderiam causar um completo

bloqueio militar a todas as outras nações do mundo. Causando interferências nas

ondas habituais, impedindo que qualquer frequência seja refletida pela atmosfera e

até mesmo que dispositivos de localização possam ser utilizados.

Para isso, a defesa norte-americana só precisaria aquecer a ionosfera com seus aquecedores HAARP. Com a

potencia correta, todo o planeta ficaria em uma completa escuridão geográfica. Então, apenas quem possui o

controle do aquecedor ionosférico poderia ter acesso aos dados de localização e navegação de seus veículos

militares.

Também se fala em mapeamentos de todo o planeta em pouco minutos, pois as ondas de frequências

extremas poderiam criar relatórios completos de tudo o que existe na superfície terrestre. Elementos vivos ou

não, tudo poderia ser rastreado pelas ondas do HAARP. Pelo menos é o que dizem as teorias conspiratórias.

Controle mentalExistem ondas de rádio em diversas frequências, por mais que não sintonizemos nossos rádios para captá-

las, elas estão no ar. O som também é emitido em frequências e há amplitudes delas que os ouvidos humanos

não são capazes de captar, mas isso não quer dizer que elas não existam. Somando estes dois pontos, temos mais

uma teoria conspiratória.

Utilizando uma mescla de ondas de rádio com frequência sonora, os Estados

Unidos poderiam manipular a mente coletiva para que algum ideal fosse defendido ou

algum governo rival fosse atacado. Enviando as informações para toda a população em frequências

que não poderiam ser captadas por aparelhos, não demoraria para que a “lavagem cerebral” estivesse concluída.

Há quem diga que este tipo de manipulação será utilizado em breve no Irã. O governo atual não é favorável

às políticas norte-americanas, portanto seria vantajoso que o povo se rebelasse contra os seus líderes. Mensagens

antigoverno seriam incutidas na mente do povo iraniano com o auxílio das antenas HAARP.