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Associação Ministerial | Ministério de Publicações Concílio do Espírito de Profecia

Revista Publicações

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Page 1: Revista Publicações

Associação Ministerial | Ministério de Publicações

Concílio do Espírito de Profecia

Page 2: Revista Publicações

ASSOCIAÇÃO CENTRAL AMAZONASRua Prof. Marciano Armond, 446 - AdrianópolisManaus - Amazonas

AdministraçãoPr. Sérgio Alan A. CaxetaPr. Marcelo N. MirandaPr. Ilton César Hübner

ColaboradoresPr. Jean ZucowskiPr. Sérgio AlanPr. Marcelo MirandaPr. Anderson AndradePr João MarconPr. Vandézio BinowPr. Makson CasteloPr. Ronaldo VirgílioPr. Anderson CarneiroPr. Lucas GondimPr. Renato StencelPr. Dalney Reis

SupervisãoPr. Anderson AndradeLícia Matozo Andrade

Projeto GráficoJonatas Corrêa

RevisãoPr. João MarconPr. Anderson Andrade Profa. Neila ReisPr. Makson Castelo

Impressão e AcabamentoGráfica Olitech

Tiragem500 exemplares

©Copyright by ACeAmAssociação Central Amazonas

Programa

MANHÃ:RecepçãoCânticos Boas vindas e oração Inicial – Pr. Sergio AlanLouvor Especial – Quarteto PastoralEscola Sabatina Pr. João Marcon – Momento de OfertasVídeo TestemunhoDevocional – Pr. Almir MarroniLouvor Especial – Cantor Lucas GondimPlenária I: Pr. Jean ZucowskiLouvor Especial – Pr. Lucas GondimPlenária II: Pr. Almir MarroniMomento de Oração – Pr. Cícero RodriguesLet’s Talk (Perguntas e Respostas) – Pr. Almir e Pr. Jean Encerramento – Orientações – Almoço

TARDE:Cântico/Oração (auditório) - QuartetoPlenária III – Pastor Renato StencelLet’s Talk – Pr. Stencel e Pr. Jean (Perguntas e Respostas)Louvor Especial – Lucas GondimOrientações Ministeriais – Pr. João MarconOrientações de Publicações – Pr. Anderson AndradeMomento de Oração – Pr. Marcelo MirandaPlenária IV - Pr. Jean ZucowskiWorkshop – 1. Pr. Jean Zucowski - Crede em seus profetas2. Pr. Sergio Alan - Vida e ministério de Ellen G. White3. Pr. Marcelo Miranda - A inspiração dos profetas4. Pr. Anderson Andrade - A inspiração e autoridade dos escritos de Ellen G. White5. Pr. João Marcon - O espírito de profecia e a Bíblia6. Pr. Vandézio Binow - Interpretando corretamente os escritos de Ellen G. White7. Pr. Makson Castelo - As aparentes contradições da escritora Ellen White8. Pr. Ronaldo Virgílio - O que Ellen G. White ensina sobre reverência9. Pr. Anderson Carneiro - Tempo de angústia segundo Ellen G. White10. Pr. Lucas Gondim - Relacionamento conjugal de Ellen. G. White e sua influência em seus escritos.Louvor Especial – Pr. Lucas GondimEncenaçãoConsiderações finais e reflexão – Pr. Sergio AlanAgradecimentosEncerramento Geral

Extra - artigo Pr. StEncEl anExo 1- curioSidadES SobrE EllEn g. WhitE

anExo 2- conduzidoS PElo ESPírito

Page 3: Revista Publicações

Pr. Sérgio AlanAssociação Central Amazonas

MENSAGEM DOPRESIDENTE

EDITORIAL

o dom ProFÉtico guiando a igrEJa Para a EtErnidadE

É maravilhoso encontrar nossos amados anciãos e diretores do departamento do Espírito de Profecia para este Congresso. É um privilégio fazer parte da igreja de Deus e participar da missão para os últimos dias, anunciar o evangelho eterno a todas as pessoas. Neste encontro iremos abordar o assunto do Espírito de Profecia, sua autenticidade, sua relevância para a igreja adventista nos seus primórdios, a importância do Espírito de Profecia no desenvolvimento da Igreja Adventista, sua importância para a atualidade e sua importância para os últimos dias.

A história da Igreja Adventista está ligada com as revelações de Deus dadas à igreja através de Ellen G. White. Aceitar esse dom é aceitar mensagens especiais do céu para o

seu povo e sua missão, rejeitá-lo equivale a rejeitar a vontade de Deus.

A Bíblia diz: “Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis.” II Crônicas 20:20. A prosperidade dos cristãos e de sua igreja, a prosperidade da missão depende de crermos no Senhor e nos seus profetas, por isso, ao avançar para o fim do mundo precisamos ser guiados pelo Senhor para não sermos enganados pelo inimigo, a fim de não perdermos o foco de nossa missão. Esperamos que este encontro fortaleça sua fé em Deus e no dom profético de Ellen G. White.

Que Deus te abençoe neste encontro e sempre.

Um grande abraço,Pr. Sergio Alan Alves Caxeta

Presidente ACeAm

Nossos primeiros pais no Éden recebiam instruções diretamente de Cristo e dos anjos. Mas, após Adão e Eva pecarem, eles não mais puderam falar livremente com os seres celestiais. A fim de a família humana não ser deixada sem guia, Deus escolheu outros meios de revelar Sua vontade a Seu povo; um deles era por intermédio dos profetas. Deus disse a Israel: “Então, disse: Ouvi, agora, as Minhas palavras; se entre vós há profeta, Eu, o Senhor, em visão a ele, Me faço conhecer ou falo com ele em sonhos”. Números 12:6.

Reconhecendo a importância da inspiração profética, a Associação Central Amazonas (ACeAM) elaborou esta Revista Mantendo Viva a Visão, cujo contúdo apresenta 11 seminários, que servirão de apoio no aprofundamento desta visão. A revista vem acompanhada de um DVD com apresentações de diversos seminários, livros, artigos, fotos, manuscritos, dentre outros. um material rico em informações e qualidade cedido

pelo Centro White de Pesquisas – UNASP – EC. A nossa proposta é que esse material seja utilizado no

fortalecimento da visão profética na IASD local, bem como se inicie um processo de fundação de Minicentro White em cada Sede de Distrito desta Associação e que, depois, avance para as demais igrejas.

Aproveitamos a oportunidade para agradecer aos colaboradores que dedicaram seu precioso tempo na elaboração desta revista. Que ela cumpra seu objetivo, ajudando cada leitor a olhar para o lado certo, a caminhar com segurança e a manter viva a visão bíblica que diz: “Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas e prosperareis” (2 Crônicas 20:20).

Pr. Anderson AndradeLíder de Publicações e Espírito de Profecia da ACeAm

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quem foi

4 | Mantendo Viva a Visão

Ellen G. White foi uma pessoa de notáveis talentos

espirituais, que viveu a maior parte de sua vida durante o

século 19 (1827-1915). Contudo, através de seus escritos,

ela continua exercendo um extraordinário impacto sobre

milhões de indivíduos ao redor do mundo.

Durante toda a sua vida ela escreveu mais de

5.000 artigos e 49 livros; mas hoje, incluindo compilações

de seus manuscritos, mais de 150 livros estão disponíveis

em inglês, e cerca de 90 em português. Ellen G. White é a

escritora mais traduzida em toda a história da literatura.

Seus escritos abrangem uma ampla variedade de tópicos,

incluindo religião, educação, saúde, relações sociais,

evangelismo, profecias, trabalho de publicações, nutrição

e administração. Sua obra-prima sobre o viver cristão

feliz, Caminho a Cristo, já foi publicada em cerca de 150

idiomas.

Os Adventistas do Sétimo Dia crêem que Ellen

White foi muito mais que apenas uma escritora talentosa

– creem que ela foi apontada por Deus para ser uma

mensageira especial, a fim de atrair a atenção de todos

para as Sagradas Escrituras, e ajudá-los a se prepararem

para a segunda vinda de Cristo. Desde os 17 anos de

idade até a ocasião de seu falecimento aos 87 anos,

Deus lhe concedeu cerca de 2000 sonhos e visões. As

visões variavam em duração, podendo ser de menos de

um minuto até cerca de quatro horas. O conhecimento e

conselhos recebidos através dessas revelações foram por

ela escritos, a fim de serem compartilhados com outros.

Assim, seus escritos são aceitos pelos Adventistas do

Sétimo Dia como inspirados, e a qualidade excepcional

dessas obras é reconhecida mesmo por leitores

ocasionais.

Como nos é declarado no livro Nisto Cremos “Os

escritos de Ellen White não constituem um substituto

para a Bíblia. Não podem ser colocados no mesmo nível.

As Escrituras Sagradas ocupam posição única, pois são

o único padrão pelo qual os seus escritos – ou quaisquer

outros – devem ser julgados e ao qual devem estar

subordinados” (Nisto Cremos, Associação Ministerial,

Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Tatuí,

SP: Casa Publicadora Brasileira, 1989, p. 305).

Contudo, conforme escreveu Ellen White, “O fato

de que Deus revelou Sua vontade aos homens por meio

de Sua Palavra, não tornou desnecessária a contínua

presença e direção do Espírito Santo. Ao contrário, o

Espírito foi prometido por nosso Salvador para aclarar

a Palavra a Seus servos, para iluminar e aplicar os seus

ensinos” (O Grande Conflito, p. 9).

Page 5: Revista Publicações

5Mantendo Viva a Visão |

quem foi

fonte:

Page 6: Revista Publicações

Pr. Jean ZucowskiProfessor de Espírito de Profecia - UNASPApresentador e Autor do tema

6 | Mantendo Viva a Visão

CREDE EM SEUS PROFETAS

Por toda Bíblia é possível ver homens com

habilidades no realizar tarefas tanto simples, como

complexas. Algumas destas atividades requeriam

habilidades especiais, como mestres na arte de cuidar

do gado, tocar um instrumento, guerrear, trabalhar com

pedras, madeiras, etc.; enquanto que outras uma força

ou capacidade incomum para qualquer mortal, como

no caso dos profetas e Sansão. A estas habilidades a

Bíblia chama de dons, que podem ser classificados em

três tipos: herdados - aqueles que a pessoa nasce com

eles; adquiridos - aqueles que a pessoa desenvolve; e

espirituais - aqueles que não são controlados pelo homem

e sim outorgados de maneira especial pelo Espírito Santo.

Muitos dons podem ser parte destes três grupos.

Por exemplo, alguém pode nascer com o dom de tocar

um instrumento sem nem mesmo passar por uma escola,

enquanto que outro pode estudar e aprender tocar o

instrumento, e outro pode segundo a vontade do Espírito

tocar quando necessário sem nunca tê-lo feito antes.

Outros dons são exclusivamente espirituais como o caso

do dom de curar e profecia.

O dom de profecia, como é espiritual, é totalmente

controlado pelo Espírito (I Cor 12:11). Ninguém escolhe

ser profeta. Deus chama o profeta, lhe dá-lhe uma

revelação - que é o processo pelo qual Deus se comunica e

faz conhecida sua vontade ao profeta -- e depois, dirigido

pelo Espírito Santo, o profeta transmite a mensagem

revelada, de forma verbal, escrita ou dramatizada,

que é o processo de inspiração. Estes escritos são

posteriormente compreendidos pelos homens através de

iluminação -- processo pelo qual o Espírito Santo guia o

homem na compreensão da mensagem revelada, verbal,

escrita ou dramatizada.

Alguns profetas foram chamados por Deus para

produção do texto sagrado, enquanto que outros, mesmo

tendo exercido o ministério profético por toda sua vida,

como no caso de Elias, não foram chamados para escrever

um livro bíblico. Os profetas que possuem livros na bíblia

são chamados canônicos, enquanto que os outros são

chamados de não canônicos. Sendo assim, muito embora

o cânon sagrado esteja fechado, Deus ainda pode chamar

homens e mulheres para desenvolverem o ministério

profético pós período apostólico.

Compreender o processo de produção do texto

sagrado é fundamental para o cristão, pois afeta,

diretamente, como ele se relaciona com a Bíblia e outros

escritos inspirados como os de Ellen White que não são

canônicos.

Diferente da produção de qualquer outro texto,

os escritos divinamente inspirados possuem algumas

características básicas. Em primeiro lugar, ocorre neles

uma misteriosa união do elemento divino com o humano

assim como ocorreu na natureza de Cristo. Eles também

são infalíveis e confiáveis, normativos e dignos de

reverência.

Ellen White ensinou que inspiração é o trabalho

do Espírito Santo na mente do profeta, e a união do

divino e humano no processo da inspiração acontece no

nível da “mente e vontade.” Deus não ditou as palavras da

Bíblia aos profetas. Após receber de Deus uma revelação,

processo totalmente controlado por Ele, o profeta

transmite esta mensagem em suas próprias palavras

sob a direção do Espírito Santo, escolhendo como e o que

vai descrever daquilo que recebeu em visão. Algumas

vezes, como o caso de João em Apocalipse 10, o profeta

é orientado a não escrever tudo aquilo que viu. Sendo

assim, o processo de inspiração ocorre na mente do

profeta, por isto é chamado inspiração do pensamento.

A maneira como a mente humana e a divina

se combinam é um mistério, ela acontece no nível dos

pensamentos, e envolve uma combinação da vontade e da

mente. Entretanto, isto sugere que na escolha de palavras

ou expressões, o profeta exercita o intelecto humano e a

escolha, todavia em cooperação com a vontade e mente

divina. Sendo assim, ambas, a escolha e a cognição, estão

completamente operantes quando o profeta escreve.

Ellen White falando sobre este processo disse:

“Não são as palavras da Bíblia que foram inspiradas,

Page 7: Revista Publicações

7Mantendo Viva a Visão |

Pr. Jean ZucowskiProfessor de Espírito de Profecia - UNASPApresentador e Autor do tema

mas os homens que o foram. A inspiração não ocorre nas

palavras ou expressões humanas, mas no próprio homem,

que sob a influência do ES, é imbuído com ideais. Mas

as palavras receberam a impressão da mente de cada

indivíduo. A mente divina é difusa. A mente e vontade

divina são combinadas com a mente e vontade humana;

deste modo declarações humanas são a palavra de Deus.”1

Inspiração é um processo vivo e dinâmico,

continuando enquanto o profeta permanece sob a

influência do ES. Nele o profeta está em completa

dependência do ES e ao mesmo tempo possui completa

responsabilidade na escolha das palavras. Ellen White

apresenta isto nas seguintes palavras: “Muito embora eu

seja totalmente dependente do Espírito de Deus quando

escrevo, da mesma maneira como quando eu recebo as

visões, as palavras que eu uso para descrever o que eu

tenho visto são minhas, a não ser que elas foram ditas a

mim pelo anjo, as quais eu sempre coloco entre aspas”2. O

resultado disto é o que vemos na bíblia: diferentes estilos

literários e de escrita, mas uma harmonia perfeita.

A visão correta de inspiração também explica o

fato de que toda a Bíblia é inspirada, mas ao escrever

sobre aquilo que lhe foi revelado o profeta pode usar

informações cotidianas que ele não viu na visão, usadas

apenas para deixar mais claro ao leitor o ponto defendido

pelo profeta. Paulo na carta aos Coríntios menciona

não saber ao certo quantas pessoas tinha batizado na

cidade (1 Cor 1:16). O tema defendido por Paulo em sua

argumentação é que ninguém é seguidor de Paulo, mas

de Cristo. A informação sobre quantos batizou ou não

é apenas uma explicação para elucidar o tema central

e Paulo usou sua memória para relatar quais foram as

pessoas que ele tinha batizado, sem contudo ser preciso

na informação. Isto explica o fato de que tudo na bíblia e

nos escritos de Ellen White são inspirados, mas nem tudo

é fruto de uma visão/revelação.

Por ser escrita por homens a linguagem bíblica

pode até ter imperfeições como, por exemplo, erros

gramaticais em seus originais. Contudo a mensagem dela

é infalível e verdadeira. Ellen White disse: “O tesouro foi

confiado a instrumentos humanos, ainda assim, ele é

de origem celeste. O testemunho é confiado através da

expressão imperfeita da linguagem humana, mas ainda

assim, é o testemunho de Deus; e o obediente e crente

filho de Deus contempla na Bíblia a glória do poder

divino, cheio de graça e verdade”3. “A Bíblia não nos

é dada em uma linguagem sobrenatural. Jesus, para

alcançar o homem como ele é, tomou sobre si a forma

humana. A Bíblia deveria ser dada na linguagem humana.

Tudo que é humano é imperfeito.”4. Todavia ela afirma que

“a Escritura Sagrada é para ser aceita como autoridade,

revelação infalível da Sua vontade. Ela é a base para

moldar o caráter, a revelação das doutrinas e o teste da

experiência cristã”5.

Todos os profetas chamados por Deus, canônicos

ou não, modernos ou não, são os instrumentos pelos

quais Deus quer transmitir sua vontade aos homens. Nos

dias atuais, sabendo das grandes dificuldades que os

homens iriam enfrentar, apesar de todo desenvolvimento

científico, Deus levantou um profeta, Ellen White, para

ajudar Seu povo a se preparar para a volta de Jesus.

Seus escritos são as mensagens específicas de Deus

para os dias em que vivemos. Enquanto que o instrumento

humano de inspiração é falível e imperfeito, o produto

da inspiração é infalível, mesmo que pareça imperfeito.

Mesmo que estes escritos divinamente inspirados

não estejam isentos de erros insignificantes devido a

limitações de linguagem ou compreensão, sua mensagem,

porém, é confiável e infalível. Sendo assim o caminho mais

seguro é seguir o conselho bíblico do Rei Jeosafá: “Crede

no SENHOR vosso Deus, e estareis seguros; crede nos

seus profetas, e prosperareis” (2 Crôn 20:20).

REFERÊNCIA

1 Ellen Gould Harmon White, “Manuscrito, 24,” (1886).2 Ellen Gould Harmon White, “Questions and Answers,” Adventist Review and Sabbath Herald (1867).3 Ellen Gould Harmon White, O Grande Conflito (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005), vi-vii.4 Ellen Gould Harmon White, Mensagens Escolhidas (Santo André: Casa Publicadora Brasileira, 1966), 1:20.5 White, O Grande Conflito, vii.

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Pr. Sérgio AlanLíder da Associação Central AmazonasApresentador do Tema

8 | Mantendo Viva a Visão

VIDA E MINISTÉRIO DE ELLEN G. WHITE1

Parentes e familiares de Ellen G. White Quantos filhos Ellen White teve?

Nasceram quatro meninos na família White. Henry

Nichols (1847-1863) foi o seu primogênito. Ele morreu

de pneumonia aos 16 anos. James Edson (1849-1928)

se tornou um pastor adventista do sétimo dia e é mais

lembrado por sua obra pioneira como evangelizador e

educador entre os afro- americanos do sul dos Estados

Unidos. William Clarence (1854-1937) também se tornou

um pastor da Igreja Adventista. Após a morte de Tiago

White, em 1881, William tornou-se o principal assistente

editorial e gerente de publicações de sua mãe. John

Herbert (1860) morreu com a idade de três meses, de

erisipela.

Ellen White foi a única adventista do sétimo dia na sua família? E seus irmãos e irmãs?

Dos oito filhos do casal Harmon, dois se tornaram

adventistas do sétimo dia ativos: Ellen e sua irmã mais

velha Sarah, mãe do escritor de hinos F. E. Belden. Os

pais de Ellen White morreram guardando o sábado e

acreditando na mensagem do Advento, assim como o seu

irmão Robert, que morreu pouco mais de dez anos antes

de a igreja ser oficialmente organizada em 1863. Mary,

seis anos mais velha que Ellen, considerava a si mesma

como uma adventista do sétimo dia, embora não haja

registro de sua ligação formal com a igreja.

Ellen White mantinha íntima ligação com

suas outras três irmãs e seu irmão mais velho, John,

correspondendo-se com eles, visitando-os, e mandando-

lhes cópias de seus livros e assinaturas de periódicos

adventistas. Uma vez ela escreveu sobre suas irmãs:

“Embora realmente não concordássemos em todos os

pontos a respeito de obrigação religiosa, nossos corações

ainda eram um” (Review and Herald, 21 de abril de 1868).

A “grande Bíblia” A história de Ellen White segurando uma grande Bíblia é fato ou ficção?

No início de 1845, enquanto estava em uma visão na

casa de seus pais em Portland, Maine, Ellen Harmon (mais

tarde White), então com 17 anos, tomou a grande Bíblia

da família e a segurou com seu braço esquerdo estendido

por cerca de 20 a 30 minutos. A história foi documentada

por J. N. Loughborough, que entrevistou as pessoas que

testemunharam a visão, incluindo o pai, a mãe e a irmã

de Ellen. A Bíblia (em exposição no White Estate) pesa 8

quilos e foi impressa por Joseph Teal em 1822. William C.

White, o filho de Ellen White, também relatou ter ouvido o

incidente de seus pais. Há outros relatos de Ellen White

segurando grandes Bíblias enquanto em visão, incluindo

o de uma testemunha ocular, impresso em Spiritual Gifts

, vol. 2, p. 77-79.

Page 9: Revista Publicações

9Mantendo Viva a Visão |

Pr. Sérgio AlanLíder da Associação Central AmazonasApresentador do Tema

Tais experiências não deveriam ser consideradas

prova de inspiração divina, já que os profetas devem

satisfazer aos testes apresentados nas Escrituras; mas

esta experiência, assim como outros fenômenos físicos

notáveis, eram vistos por muitos dos primeiros adventistas

como evidência de que as visões de Ellen Harmon eram de

origem sobrenatural.

Leitores superficiais de uma discussão de 1919 a

respeito da “grande Bíblia” concluíram erradamente que o

presidente da Associação Geral, A. G. Daniells, questionou

a historicidade do incidente. Eles não compreenderam

o ponto de vista de Daniells, que ele esclareceu quando

lhe perguntaram se estava duvidando do milagre ou

declarando que ele não usaria tais manifestações

como uma “prova” de inspiração. Ele respondeu: “Não,

eu não descreio nem duvido deles; mas eles não são o

tipo de evidência que eu usaria com estudantes ou com

descrentes. ... Não os questiono, mas não acho que eles

são o melhor tipo de prova para se apresentar” – (Minutes

of the Bible and History Teachers’ Council , 30 de julho de

1919, p. 2341-2344, 2360-2362).

Os assuntos financeiros de Ellen G. White Ellen White era milionária?

Mais de uma vez em seu ministério, Ellen White foi

confrontada por acusações de que ela estava acumulando

uma grande riqueza por causa dos direitos autorais

de seus livros. Eis sua resposta direta a um difamador,

escrita em 1897 enquanto ela morava na Austrália:

“Você fez denúncias de que eu era rica. Como sabia

que eu era? Por cerca de dez anos tenho trabalhado

com base em propriedades que não me pertenciam.

Se vendesse tudo o que tenho em minha posse, não

teria dinheiro suficiente para saldar todas as minhas

despesas.

“Onde tenho investido o dinheiro? Você bem sabe

onde. Eu tenho sido o banco de onde são extraídos os

recursos para levar avante o trabalho neste país...

“Eu tenho tomado dinheiro emprestado para

fazer a obra que precisa ser feita. Nem um xelim das

doações que me são enviadas, desde a menor quantia até

as maiores, foi usado em meu próprio favor. Nossa boa

irmã Wessels presenteou-me um vestido de seda, e fez-

me prometer que não o venderia. Mas eu acho que se ela

tivesse colocado em minhas mãos o valor correspondente

ao vestido, ele teria sido usado na causa de Deus.

“Vejo dívidas em nossas casas de culto e isso

me faz doer o coração. Não posso deixar de me afligir

com o assunto. Tenho investido dinheiro nas igrejas de

Parramatta, Prospect, Napier, Ormondville, Gisborne,

e na educação de estudantes. Tenho enviado pessoas

para a América a fim de serem preparadas para voltar e

trabalhar neste país. Se esta é a maneira de alguém se

tornar rico, eu acho que outros deviam experimentá-la.

“Todos os direitos autorais sobre meus livros

estrangeiros vendidos na América são sagradamente

dedicados a Deus para a educação de estudantes, a fim de

que possam ser preparados para o ministério. Milhares

de dólares têm sido gastos assim. É esta a maneira de

se acumular dinheiro? A velha história que Canright e

outros fizeram circular, de que eu valia 30 mil dólares, é

tudo ficção. E fiquei sabendo que esse valor já aumentou

para 30 mil libras, desde que eu vim para a Austrália.

“Não sei onde está esse dinheiro. Estou usando

todos os meus recursos, tão rápido quanto eles me

chegam às mãos, para fazer avançar a obra neste país.

Se eu tivesse 30 mil libras, não teria mandado buscar na

África o empréstimo de mil libras pelo qual estou pagando

juros. Se pudesse, teria feito outro empréstimo de mil

libras, para que pudéssemos construir o edifício escolar

principal.

“Eu não tenho 30 mil libras. Eu só queria ter um

milhão de dólares. Eu faria o que fiz em Sidney. Colocaria

homens no campo de trabalho, custeando suas despesas

com meus próprios recursos. Precisamos de cem homens

onde agora só temos um no campo.” (Carta 98 a, 1897).

Seis anos mais tarde, em uma carta pessoal

datada de 19 de outubro de 1903, Ellen White escreveu:

“Fiz tudo o que pude para ajudar a causa de Deus com

meus recursos. Estou pagando juros sobre 20 mil dólares,

utilizados inteiramente na causa de Deus. E continuarei

a fazer tudo que estiver em meu poder para auxiliar no

avanço da Sua obra.” (Carta 218, 1903).

REFERÊNCIA

1 Extraído do site do Centro White: http://centrowhite.org.br/perguntas/vida-e-ministerio-de-ellen-g-white/ no tópico: Vida e

Ministério de Ellen G. White.

Page 10: Revista Publicações

Pr. Marcelo MirandaSecretaria | Ministério da FamíliaApresentador do tema

10 | Mantendo Viva a Visão

A INSPIRAÇÃO DOS PROFETAS

i. introdução

Uma das mais importantes verdades que

encontramos nas Escrituras diz respeito ao infinito amor

de Deus, expresso em todos os feitos de Sua criação. De

acordo com o Espírito de Profecia “desde o minúsculo

átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas

e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo,

declaram que Deus é amor”1. Sua criação e a maneira pela

qual Deus Se relaciona com Suas criaturas revelam de

forma legítima a essência do Seu caráter. De fato, Deus

é o ser mais relacional que existe no Universo. Ele anseia

por Se comunicar com os seres humanos e assim tem sido

desde a criação de nossos primeiros pais.

Mesmo em face do abismo causado pelo pecado,

Deus não rompeu o diálogo com Suas criaturas. Ao

contrário, Ele tomou providências para restabelecer

a ponte de ligação entre o Céu e a Terra, o Criador e a

criatura (Gn 3:9). Desta forma, por intermédio dos

profetas, Ele “confiou ao homem finito o preparo de Sua

Palavra divinamente inspirada. Esta Palavra, arranjada

em livros – Antigo e Novo Testamentos – é o guia para os

habitantes de um mundo caído, a eles legado para que,

mediante o estudo das direções e a obediência a elas,

ninguém perca o caminho do Céu”2.

Por ser uma inegável fonte de revelação divina,

a Bíblia tem sofrido inúmeros ataques ao longo de sua

existência. Com o propósito de minar a inspiração da

Palavra de Deus, muitos têm colocado em prova sua

veracidade. “Nenhum componente da fé cristã tem sido

debatido de uma forma tão controvertida nos últimos dois

séculos como a natureza e a autoridade das Escrituras.

Ao perderem a confiança na Bíblia, muitos cristãos

modernos e pós-modernos já não mais a consideram a

‘única regra de fé e prática’”.3

No entanto, a despeito dos muitos ataques,

críticas e ceticismo, a Palavra de Deus tem resistido a

todas as provas. Mediante o poder divino, seu conteúdo

tem sido guardado e preservado ao longo dos séculos.

E, como uma poderosa luz, a Bíblia tem transformado e

enobrecido vidas, conduzindoas aos pés de Jesus Cristo.

ii. a comunicação divino-humana

Para todo aquele que almeja compreender o modo

pelo qual Deus Se comunica conosco, é de vital importância

examinar os conceitos de revelação, inspiração e

iluminação profética. A maneira de entendermos este

processo irá influenciar nossa concepção quanto à

pessoa de Deus, a maneira de nos relacionarmos com Ele

e a forma de manifestarmos e praticarmos nossa fé.

1. Revelação – Envolve a ação divina que comunica

a verdade (o conhecimento da parte de Deus).

“Compreendemos por revelação o ato divino pelo

qual Deus Se descobre a Si mesmo, Se desvenda e Se

comunica com o profeta, dando-lhe o conhecimento de

Deus e da Sua vontade que ele, o profeta, não poderia

ter conseguido por si mesmo e nem de qualquer outra

maneira”4. Esse conhecimento expressa a vontade

de Deus sobre certos aspectos que Ele almeja tornar

conhecidos aos Seus filhos.

2. Inspiração – Refere-se ao processo pelo qual

Deus capacita alguém a ser Seu porta-voz (mensageiro).

Ao receber a revelação divina, o profeta é dotado por Deus

para comunicar a mensagem de forma fiel e verdadeira. O

apóstolo Pedro atesta: “Porque nunca, jamais qualquer

profecia foi dada por vontade humana; entretanto,

homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo

Espírito Santo” (2Pe 1:21).

3. Iluminação – É o poder do Espírito Santo que tem

por objetivo auxiliar os seres humanos a compreender o

conteúdo da revelação divina. O mesmo Espírito que fala

por meio dos profetas fala àqueles que ouvem ou leem

a mensagem do profeta. Desta forma, o divino Espírito

habilita o cristão a entender e aplicar a mensagem à

sua experiência. Enquanto os processos de revelação e

inspiração envolvem a atuação dos autores, a iluminação

envolve o leitor.

Ao observarmos o processo de comunicação

Page 11: Revista Publicações

11Mantendo Viva a Visão |

Pr. Marcelo MirandaSecretaria | Ministério da FamíliaApresentador do tema

divina, podemos compreender que nosso Deus

estabeleceu um modelo de comunicação claro, objetivo e

organizado. No entanto, muitos estudiosos divergem na

tentativa de compreender esse processo. A lição desta

semana enfatiza de maneira mais acentuada o conceito

de inspiração, o qual tem sido objeto de muitas dúvidas e

questionamentos.

Atualmente, com base em princípios finitos e

falíveis, muitas pessoas ousam determinar no conteúdo

das Escrituras e do Espírito de Profecia o que é e o

que não é inspirado. Tais indivíduos costumam afirmar

que alguns profetas foram parcialmente inspirados ao

escrever certos conteúdos.

Essa abordagem tem conduzido pessoas à

descrença e, como conseqüência, a compreensão da

verdade tem sido colocada em cheque. Desta forma, os

escritos revelados por Deus passam a ser interpretados

de acordo com a imaginação e preferência pessoal e, como

resultado, a verdade é distorcida.

Antevendo a manifestação desse fenômeno, o

Espírito Santo revelou uma mensagem específica ao se

referir à maneira pela qual os escritos da Bíblia e do

Espírito de Profecia seriam tratados5:

“Esta é a maneira por que meus escritos são

tratados pelos que desejam compreendê-los mal e

pervertê-los. Transformam a verdade de Deus em

mentira. Exatamente de maneira idêntica por que eles

tratam os escritos em meus artigos publicados e nos

meus livros, tratam os céticos e os infiéis a Bíblia. Leem-

na segundo seus desejos de perverter, aplicar mal,

torcer voluntariamente as declarações de seu verdadeiro

sentido. Declaram eles que a Bíblia pode provar qualquer

coisa e tudo, e cada seita prova que suas doutrinas estão

certas, e que as doutrinas mais diversas são provadas

pela Bíblia” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1,

p. 19).

Ao tratar do assunto da inspiração da Palavra

de Deus, Ellen G. White apresenta alguns princípios

e conceitos que nos auxiliam a compreender melhor o

processo divino-humano de comunicação. Tais princípios

podem ser encontrados no livro Mensagens Escolhidas,

v. 1, p. 15 a 23.

1. “Deus confiou ao homem finito o preparo de Sua

Palavra divinamente inspirada” (p. 16).

2. “Tomo a Bíblia exatamente como ela é, como

a Palavra inspirada. Creio nas declarações da Bíblia

inteira” (p. 17).

3. “E Ele [Deus] … não habilitou homem finito algum

a desvelar ocultos mistérios nem inspirou um homem ou

uma classe de homens a pronunciar juízo quanto ao que é

ou não é inspirado” (p. 17).

4. “Os escritores da Bíblia tiveram de exprimir

suas ideias em linguagem humana. Ela foi escrita por

seres humanos. Esses homens foram inspirados pelo

Espírito Santo” (p. 19).

5. “As Escrituras foram dadas aos homens, não em

uma cadeia contínua de ininterruptas declarações, mas

parte por parte, através de sucessivas gerações, à medida

que Deus, em Sua providência, via apropriada ocasião

para impressionar o homem nos vários tempos e diversos

lugares” (p. 19).

6. “A Bíblia foi escrita por homens inspirados,

mas não é a maneira de Deus pensar e Se exprimir.

Esta é da humanidade. Deus, como escritor, não Se acha

representado” (p. 21).

7. “Os escritores da Bíblia foram os instrumentos

de Deus, não Seu modo de escrever” (p. 21).

8. “Não são as palavras da Bíblia que são

inspiradas, mas os homens é que foram. A inspiração não

atua nas palavras do homem nem em suas expressões,

mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito

Santo, é dotado de pensamentos” (p. 21).

9. “A mente divina, bem como Sua vontade, é

combinada com a mente e a vontade humanas; assim as

declarações do homem são a Palavra de Deus” (p. 21). A

linguagem que Deus empregou para Se comunicar com

o ser humano é uma prova inequívoca de Seu infinito

amor para conosco. Ele desceu ao nosso nível a fim de

revelar Sua vontade e apresentar o plano de resgate da

raça humana por intermédio de Seu Filho Jesus Cristo.

De acordo com a revelação do Espírito de Profecia6, “O

Senhor fala aos seres humanos em linguagem imperfeita,

a fim de os sentidos degenerados, a percepção pesada,

terrena, dos seres da Terra poderem compreender-Lhe

as palavras. Nisto se revela a condescendência de Deus.

Ele vai ao encontro dos caídos seres humanos onde eles

se acham. Perfeita como é, em toda a sua simplicidade, a

Bíblia não corresponde às grandes ideias de Deus; pois

ideias infinitas não se podem corporificar perfeitamente

em finitos veículos de pensamento.

iii. tEoriaS dE inSPiração ProFÉtica

Page 12: Revista Publicações

12 | Mantendo Viva a Visão

O Dr. Manuel Angel Rodriguez destaca três teorias

de inspiração que têm sido defendidas pelos estudiosos

das Escrituras Sagradas na atualidade: (a) inspiração

verbal; (b) inspiração do pensamento e (c) inspiração

mecânica/ditado7:

1. Inspiração verbal – A ênfase está nas palavras e

não no autor. Compreende que o processo de comunicação

do conteúdo da mensagem é de responsabilidade exclusiva

de Deus, ou seja, não há participação humana. Todas as

palavras e detalhes são pré-selecionados por Deus e

a única função do profeta é usar a sua pena (caneta) e

escrever. A partir desta ideia é que surgiu a expressão

“a pena inspirada”. É notório lembrar que o profeta é o

porta-voz de Deus, não a Sua forma de expressar.

2. Inspiração do pensamento – Ao contrário da

inspiração verbal, a ênfase aqui está no autor e não

nas palavras. A inspiração atinge a mente do autor,

e o Espírito Santo assegura que a mensagem seja

corretamente comunicada. Esse modelo entende que não

é a pena (caneta) do profeta que é inspirada, mas sim, seu

pensamento.

3. Inspiração mecânica/ditado – O Espírito Santo

dita cada palavra para o profeta sem considerar sua

formação sócio-cultural e educacional.

Com base na Bíblia e nos escritos do Espírito

de Profecia, a Igreja Adventista do Sétimo Dia adota a

inspiração do pensamento como a teoria padrão para

explicar o processo de comunicação entre Deus e o

homem. Este modelo compreende a união harmônica

do divino com o humano, ou seja, a mente e a vontade

divina são combinadas com a mente e a vontade humana.

Tal fenômeno representa uma ação sobrenatural.

“Ao formular ou escolher palavras e expressões para

representar os pensamentos recebidos de Deus, o

profeta exercita o intelecto e a escolha humana em

cooperação com a mente e a vontade divina”8.

Ellen White compreendia claramente esse processo

como algo real e dinâmico que continuava enquanto o

profeta permanecia sob a influência do poder divino.

Primeiramente, ela reivindicava completa dependência do

Espírito Santo para escrever – necessidade da união com

a mente e vontade divina. Em segundo lugar, ela afirmava

possuir completa responsabilidade e liberdade para

escolher as palavras:

“Se bem que eu dependa do Espírito do Senhor

tanto para escrever minhas visões como para recebê-las,

todavia as palavras que emprego ao descrever o que vi

são minhas, a menos que sejam as que me foram ditas por

um anjo, as quais eu sempre ponho entre aspas.”9

“Significações diversas são expressas pela mesma

palavra; não há uma palavra para cada ideia distinta.”10

Em suma, Ellen G. White compreendia a combinação

divino-humana como um processo progressivo na

experiência do profeta. A inspiração guiava o profeta

como comunicador, não somente na formulação inicial

para transformar pensamentos em palavras, mas também

no aprimoramento subsequente de outras expressões de

cunho individual ou com o auxílio de outras pessoas.

modEloS dE inSPiração ProFÉtica

É notório lembrar que nem todos os livros da

Palavra de Deus foram escritos pelos profetas por

intermédio de sonhos e visões. Alguns livros da Bíblia

foram escritos sob diferentes processos de inspiração,

como por exemplo, o evangelho de Lucas.

Nas páginas da Bíblia podemos identificar pelo

menos seis modelos, ou padrões, de inspiração. Esses

modelos lançam luz para uma compreensão melhor do

modo pelo qual Deus Se comunica com a humanidade e

nos ajudam também a entender de maneira mais clara e

evidente a dinâmica da inspiração nos escritos proféticos

de Ellen G. White. Tais modelos foram desenvolvidos pelo

Dr. Juan Carlos Vieira em 1996:11

1. O modelo “visionário” de inspiração – Esse

modelo sugere visões de caráter sobrenatural em que

o profeta exibe sinais de estar sob o controle de um

poder sobre-humano. O modelo visionário também inclui

experiências à parte de sonhos e visões, assim como

teofanias, na qual a presença real de um ser divino é

vista e ouvida. Moisés, no deserto de Mídia, e Josué,

nos planaltos de Jericó, receberam suas mensagens

pessoalmente de seres divinos. Visões são tão reais aos

profetas que às vezes é difícil para eles distinguir entre a

visão e a realidade. Eles podem dizer para as pessoas “Eu

vi o Senhor” e “Eu ouvi a voz do Senhor” (Is 6:1, 8).

2. O modelo “testemunho” de inspiração – Nesse

modelo, Deus inspira o profeta a dar seu próprio

testemunho das coisas vistas e ouvidas. Ser uma

testemunha significa relacionar a história como vista ou

percebida por um indivíduo. Os evangelhos de Mateus e

João são exemplos deste modelo. Esses apóstolos não

necessitaram de uma revelação sobrenatural para contar

Page 13: Revista Publicações

13Mantendo Viva a Visão |

a história de Jesus; eles fizeram parte da história. Os

Evangelhos não são em nada menos inspirados do que

os escritos visionários só por não terem sido resultado

de uma visão. Alguns adventistas têm dificuldade de

entender como funciona a inspiração quando Ellen White

dá seu próprio testemunho em obras autobiográficas, ou

quando ela conta a história do movimento adventista.

Estas declarações não são menos inspiradas do

que aquelas que ela inicia com a expressão “Eu vi”? Não!

A IASD não crê em “níveis” ou “graus” de inspiração; em

vez disso, cremos que Deus usa diferentes maneiras para

inspirar alguém a escrever uma mensagem.

3. Modelo “histórico” de inspiração – Enquanto os

Evangelhos de Mateus e João são resultado do modelo

“testemunho”, Marcos e Lucas são produtos do modelo

“histórico” de inspiração. Lucas nos conta claramente que

sua história sobre Jesus não surgiu por meio de sonhos

ou visões, mas por pesquisa (Lc 1:1-3). No modelo histórico,

Deus inspira o profeta a procurar informações em fontes

como registros históricos, relatos de testemunhas

oculares, e tradições orais e escritas. Devemos estar

seguros de que Deus guia Seus servos para buscar

pessoas confiáveis, a fim de fazer as perguntas certas, e

citar a fonte correta.

4. Além de Marcos e Lucas, livros como Atos, Êxodo,

Josué, Esdras e Ester ilustram como alguns relatos

históricos, incluindo diários de viagem, se tornam parte

de escritos inspirados. Nem Moisés nem Lucas precisaram

de uma revelação especial para registrar a história

do Êxodo ou da igreja apostólica. O modelo histórico de

inspiração também nos permite entender melhor por

que Ellen White incluiu registros históricos – muitas

vezes de fontes seculares – nos seus escritos. O modelo

histórico de inspiração nos ajuda a entender o uso de

fontes religiosas em vez de visões e sonhos proféticos.

Assim como Lucas procurou pessoas religiosas em busca

de informação sobre a história de Jesus, Ellen White foi

a livros religiosos e outras fontes literárias em busca de

subsídios para compor seus escritos.

5. O modelo “conselheiro” de inspiração – Neste

modelo, o profeta age como conselheiro para com o

povo de Deus. Por exemplo, Paulo lidou com assuntos

de família na primeira carta aos Coríntios. Em algumas

circunstâncias, ele tinha o “comando” do Senhor (1 Co

7:10). Em outras, ele não tinha revelação especial (v. 25),

mas isso não o impedia de dar conselhos inspirados –

conselhos vindos de uma mente cheia do Espírito de Deus

(v. 40). Uma grande parte dos escritos de Ellen G. White se

enquadra neste modelo de inspiração.

6. O modelo “epistolar” de inspiração – Cartas

de Tiago, João, Paulo e Pedro trouxeram inspiração,

devoção, instrução e correção aos cristãos do primeiro

século como também aos de todas as eras. Porém, na

estruturação da dinâmica da inspiração, as epístolas

nos confrontam com novos dilemas: primeiro, como lidar

com cartas pessoais agora sendo feitas públicas por

sua inserção no cânon bíblico? Segundo, como entender

a inspiração quando o profeta escreve cumprimentos,

nomes, circunstâncias, ou até mesmo coisas comuns que

não requerem revelação especial? Certamente, Paulo

nunca imaginou que suas cartas a Timóteo, Tito e Filemom

se tornassem de domínio público. Mas o Senhor planejou

que aquelas cartas fizessem parte do cânon para trazer

inspiração, instrução e conforto para muitos ministros e

cristãos jovens enfrentando circunstâncias parecidas.

7. Da mesma forma, Ellen White nunca imaginou

que suas cartas pessoais, especialmente endereçadas

ao marido e filhos, se tornassem de domínio público.

Ao decidir disponibilizá-las, o comitê de depositários

do Patrimônio Literário Ellen White considerou dois

princípios: primeiro, a própria Ellen G. White afirmou

que aqueles testemunhos que tinham sido dirigidos a

uma única pessoa para instruir, corrigir ou encorajar em

uma situação específica seriam úteis também a outras.

Segundo, se o Senhor permitiu que as cartas pessoais de

Paulo estivessem na Bíblia para servir a uma audiência

maior, por que Ele não poderia fazer a mesma coisa com

um profeta posterior?

8. O modelo “literário” de inspiração – Nesse

modelo, o Espírito Santo inspira o profeta a expressar

seus sentimentos e emoções íntimos por meio da poesia

e versos musicais, como nos salmos. Ellen White não era

poetisa, não obstante, ela expressou seus sentimentos

e emoções íntimos em milhares de páginas de diários

manuscritos. Naquelas páginas o cristão encontra

inspiração, instrução, correção e conforto como em

qualquer outra porção dos escritos inspirados.

iv. FEnômEnoS FíSicoS durantE aS viSõES

Cada profeta que é chamado e escolhido por Deus

para esse ofício é único, singular. “Ao fazer um profeta,

Deus toma a pessoa inteira – corpo, mente, espírito,

Page 14: Revista Publicações

14 | Mantendo Viva a Visão

inteligência, personalidade, fraquezas, forças, educação,

características individuais – e depois procura por meio

dessa pessoa proclamar Sua mensagem e realizar uma

missão especial”12. No entanto, a autoridade da revelação

encontra-se na mensagem e não no mensageiro. Todavia,

isso não elimina a possibilidade de conhecermos a

vida e obra do profeta. Porém, há alguns traços de

comportamento que podem ser considerados evidências

comprobatórias do ofício profético. Tais aspectos são

observados, sobretudo durante o momento em que

o profeta vivencia o processo da visão. O Dr. Herbert

Douglass relaciona dez características.13Os profetas:

1. Têm consciência de que uma Pessoa sobrenatural

Se comunica a eles; eles sentem um senso de indignidade;

2. Frequentemente perdem as forças;

3. Às vezes, caem por terra em profundo sono;

4. Ouvem e veem acontecimentos em lugares

remotos, como se estivessem realmente presentes;

5. Às vezes, não conseguem falar, mas, quando

seus lábios são tocados, eles conseguem fazê-lo;

6. Muitas vezes, não respiram;

7. Não têm consciência do que acontece ao seu

redor, ainda que tenham os olhos abertos;

8. Às vezes, recebem força suplementar durante a

visão;

9. Recebem força e alento renovados quando a

visão termina;

10. Ocasionalmente, sofrem algum tipo de lesão

física temporária como sequela da visão. É necessário

compreender que nem todas as características

apresentadas acima são observadas a cada visão. Desta

maneira, não devemos usar tais fenômenos como a única

prova para validar o ofício profético. Sendo assim, a

credencial de um profeta deve ser comprovada por vários

fatores: (a) seus escritos; (b) o fruto de seu trabalho; (c)

a consonância entre a escrita e a prática de vida perante

a sociedade, etc.

V. Conclusão

Ao encerrarmos este comentário, precisamos

reconhecer que nosso Deus é a fonte de toda revelação

pura e perfeita; NEle “não pode existir variação ou sombra

de mudança” (Tg 1:17). No entanto, ao analisarmos o veículo

humano (profeta) é necessário considerar a possibilidade

de erros e imperfeições, os quais são produtos da ação do

pecado durante os quase seis mil anos da história humana.

Entretanto, o Senhor nos surpreende com Seus caminhos

maravilhosos e, aos olhos humanos, aparentemente

estranhos. Ao Se comunicar conosco, Ele escolhe seres

humanos falhos, mas dedicados que usam a linguagem

humana imperfeita como instrumento de comunicação de

Suas verdades. Devemos ser gratos ainda, pois nosso Pai

celestial não escolheu uma linguagem “sobre-humana”,

mas optou por usar nosso próprio jeito imperfeito e

comum de ver e entender as coisas. Louvemos a Deus por

Seu infinito amor manifestado por meio do Seu sistema

de comunicação, que nos traz graça, paz e esperança de

salvação e vida eterna!

Pr. Renato Stencel Diretor do Centro White – Brasil UNASP – EC

fonte: http://centrowhite.org.br

REFERÊNCIAS

1 White, E.G., O Grande Conflito. Tatuí, SP: Casa Publicadora 1. Brasileira, p. 677-678. 2 Idem, Mensagens Escolhidas, v. 1. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1985, p. 16. 3 Timm, A.R. Hacia un entendimiento adventista de la inspiración. Facultad de Teología de la UAP: Argentina, Revista Logos, Año 3, no 1, p. 17, abril 1999. 4 Dederen, R. Apostila sobre assuntos da Teologia Adventista – Revelação-inspiração: Uma perspectiva adventista do sétimo dia. Campinas, SP: Instituto Bíblico, 1979, p. 22. 5 White, E.G. Mensagens Escolhidas, v. 1. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1985, p. 19. 6 Ibid, p. 22. 7 Rodriguez, M.A. Issues on Revelation, Biblical Research Institute Newsletter v. 10, Nº 2, April 2005.8 Fortin, D. Ellen G. White como uma profetisa: Conceitos de revelação e inspiração. Apostila do Curso de Mestrado em Teologia do SALT/SUL para a disciplina de Escritos de Ellen G. White. [Org.] Renato Stencel: Engenheiro Coelho, SP, p. 28. 9 White, E.G. Mensagens Escolhidas, v. 1. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1985, p. 37. 10 Ibid, p. 20. 11 Vieira, J.C. A dinâmica de inspiração – olhando de perto as mensagens de Ellen G. White. [Um resumo dos seis modelos de inspiração]. Apostila do Curso de Mestrado em Teologia do SALT/SUL para a disciplina de Escritos de Ellen G. White. [Org.] Renato Stencel: Engenheiro Coelho, SP, p. 42-46. 12 Wood, K.H. Toward an understanding of the prophetic office. Journal of Adventist Theological Society, 1991, p. 21. Citado por Douglass, H.E. Mensageira do Senhor, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, p. 26. 13 Douglass, H.E. Mensageira do Senhor, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, p. 28.

Page 15: Revista Publicações

15Mantendo Viva a Visão |

Em 2015 a Igreja Adventista do Sétimo Dia vai comemorar os 100 anos do legado deixado por Ellen White, que faleceu no ano de 1915. Várias iniciativas terão lugar para recordar a importância dos livros escritos por ela, uma dessas iniciativas é a produção de uma coleção com seis livros que chegará para o membro adventista no valor de R$ 10,00.

Na coleção, chamada Mensagens de Esperança, estão os seguintes livros:História da Redenção, Vida e Ensinos,Orientação da Criança, Eventos Finais, Fundamentos do Lar Cristão (um resumo do livro O Lar Adventista) e Só Para Jovens (um resumo do livro Mensagens aos Jovens).

Planeje-se para adquirir a coleção intitulada “100 anos iluminando a Igreja” com todo o legado deixado por Ellen White para a orientar a igreja de Deus.

COLEÇÃO

R$ 10,00Lançamento em 2015

Page 16: Revista Publicações

Pr. Anderson AndradeMinistério de Publicações | Espírito de ProfeciaApresentador do tema

Rascunho escrito por Ellen G. White. Trechos desse texto fazem parte da série Conflito dos Séculos.

Frente

Verso

Centro de Pesquisas Ellen G. White – UNASP EC

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16 | Mantendo Viva a Visão

A INSPIRAÇÃO E AUTORIDADE DOS ESCRITOS DEELLEN G. WHITE1

Uma declaração do entendimento atual

Na declaração de crenças fundamentais votada

pela Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo

Dia em Dallas, em abril de 1980, o preâmbulo diz:

“Adventistas do Sétimo Dia aceitam a Bíblia como seu

único credo e têm certas crenças fundamentais como os

ensinos das Sagradas Escrituras.” O primeiro parágrafo

reflete o entendimento da igreja a respeito de inspiração

e autoridade das Escrituras, enquanto que o capítulo 17

reflete o entendimento da igreja quanto à inspiração

e autoridade dos escritos de Ellen White em relação às

Escrituras. Esses parágrafos são os que se seguem:

As Escrituras Sagradas

“As Escrituras Sagradas, o Antigo e Novo

Testamentos, são a Palavra de Deus escrita, dada por

inspiração divina, através de santos homens de Deus que

falaram e escreveram ao serem movidos pelo Espírito

Santo. Nesta Palavra, Deus transmitiu ao homem o

conhecimento necessário para a salvação. As Escrituras

Sagradas são a infalível revelação de Sua vontade.

Constituem o padrão do caráter, a prova da experiência, o

autorizado revelador de doutrinas e o registro fidedigno

dos atos de Deus na História. (II Pedro 1:20 e 21; II Tim.

3:16 e 17; Sal. 119:105; Prov. 30:5 e 6; Isa. 8:20; João 17:17;

I Tess. 2:13; Heb. 4:12.)”

O dom de Profecia

“Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Esse

dom é um sinal identificador da Igreja remanescente, e

foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a

mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e

autorizada fonte de verdade que proporciona conforto,

orientação, instrução e correção à Igreja. Eles também

tornam claro que a Bíblia é a norma pela qual deve ser

provado todo ensino e experiência. (Joel 2:28 e 29; Atos

2:14-21; Heb. 1:1-3; Apoc. 12:17; 19:10.)”

As seguintes afirmações e negações falam

às questões que tem sido levantadas a respeito da

inspiração e autoridade dos escritos de Ellen White

e sua relação com a Bíblia. Estas clarificações devem

ser tomadas como um todo. Elas são uma tentativa de

expressar o entendimento atual dos Adventistas do

Sétimo Dia e não devem ser tomadas como um substituto

para as duas declarações doutrinais citadas acima.

REFERÊNCIA

1 Extraído do site do Centro White: http://centrowhite.org.br/perguntas/perguntas-sobre-ellen-g-white/a-inspiracao-e-autoridade-dos-escritos-de-egw/ no tópico: A inspiração e autoridade dos escritos de Ellen G. White.

Page 17: Revista Publicações

Pr. Anderson AndradeMinistério de Publicações | Espírito de ProfeciaApresentador do tema

Rascunho escrito por Ellen G. White. Trechos desse texto fazem parte da série Conflito dos Séculos.

Frente

Verso

Centro de Pesquisas Ellen G. White – UNASP EC

Ras

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o es

crito

por

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EC

AFIRMAÇÕES

NEGAÇÕES

1. Nós cremos que as Escrituras são a Palavra de Deus revelada e é inspirada

pelo Espírito Santo.2. Nós cremos que o cânon das Escrituras é composto somente pelos 66 livros do Antigo e Novo Testamentos.3. Nós cremos que as Escrituras são a fundação da fé e autoridade final em todas as questões de doutrina e prática.4. Nós cremos que as Escrituras são a Palavra de Deus em linguagem humana.5. Nós cremos que as Escrituras ensinam que o dom de profecia será manifestado na igrejaCristã depois dos tempos do Novo Testamento.6. Nós cremos que o ministério e escritos de Ellen White foram uma manifestação do dom de profecia.7. Nós cremos que Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo e que seus escritos, um produtodessa inspiração, são aplicáveis e autoritativos, especialmente aos Adventistas do Sétimo Dia.8. Nós cremos que o propósito dos escritos de Ellen White inclui direção no entendimento dosensinos das Escrituras e aplicação desses ensinos, com urgência profética, à vida espiritual e moral.9. Nós cremos que a aceitação do dom profético de Ellen White é importante para o nutrimento e a unidade da Igreja Adventista do Sétimo Dia.10. Nós cremos que o uso de fontes literárias de Ellen White e seus assistentes encontram

paralelos em alguns escritos da Bíblia.

1. Nós não cremos que a qualidade ou nível de inspiração nos escritos de Ellen

White são diferentes daqueles encontrados nas Escrituras.2. Nós não cremos que os escritos de Ellen White são um acréscimo ao cânon das Sagradas Escrituras.3. Nós não cremos que os escritos de Ellen White funcionam como a base e autoridade final da fé cristão como são as Escrituras.4. Nós não cremos que os escritos de Ellen White podem ser usados como base de doutrina.5. Nós não cremos que o estudo dos escritos de Ellen White pode ser usado para substituir oestudo das Escrituras.6. Nós não cremos que as Escrituras podem ser compreendidas somente pelos escritos de Ellen White.7. Nós não cremos que os escritos de Ellen White esvaziam o significado das Escrituras.8. Nós não cremos que os escritos de Ellen White são essenciais para a proclamação dasverdades das Escrituras para a sociedade.9. Nós não cremos que os escritos de Ellen White são produto de mera piedade Cristã.10. Nós não cremos que o uso de fontes literárias por Ellen White e seus assistentes negam a inspiração de seus escritos.Nós concluímos, portanto, que um correto entendimento da inspiração e autoridade dos escritos de Ellen White evita dois extremos: (1) considerar esses escritos em nível canônico idêntico às Escrituras, ou (2) considerá-los

como literatura cristã comum.

17Mantendo Viva a Visão |

Page 18: Revista Publicações

Pr. João MarconMinisterial | Mordomia | SaúdeApresentador do tema

18 | Mantendo Viva a Visão

O ESPÍRITO DE PROFECIA E A BÍBLIA1

Os escritos de Ellen White não constituem um

substitutivo para a Bíblia. Não podem ser colocados no

mesmo nível. As Escrituras Sagradas ocupam posição

única, pois são o único padrão pelo qual os seus escritos

– ou quaisquer outros – devem ser julgados e ao qual

devem estar subordinados.

1. A Bíblia é o padrão supremo. Os adventistas do

sétimo dia apoiam plenamente o princípio da Reforma,

sola scriptura, a Bíblia como seu próprio intérprete e

a Bíblia sozinha, como base de todas as doutrinas. Os

fundamentos da igreja desenvolveram suas crenças

fundamentais através do estudo da Bíblia: não receberam

tais doutrinas através das visões de Ellen White. Seu

principal papel durante o desenvolvimento das doutrinas

da igreja foi orientar a compreensão da Bíblia e confirmar

as conclusões ás quais se chegava através do estudo da

Bíblia.

A própria Ellen White cria e ensinava que a Bíblia

representa a norma final da igreja. Em seu primeiro

livro, publicado em 1851, ela escreveu: ”Recomendo-vos,

caro leitor, a palavra de Deus com regra de vossa fé e

prática. Por essa palavra seremos julgados.” Ela jamais

modificou esse ponto de vista. Anos mais tarde tornou a

escrever: ”Em sua palavra, Deus conferiu aos homens o

conhecimento necessário à salvação. As santas escrituras

devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de

sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das

doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa.” Em

1909, durante sua última palestra perante uma sessão as

Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ela

abriu sua Bíblia, ergueu-a diante da congregação e disse:

“Irmãos e Irmãs, recomendo-vos este Livro.”

Em resposta aos crentes que consideravam

seus escritos como uma adição à Bíblia, ela escreveu

dizendo: ”Tomei a preciosa Bíblia e circundei-a com os

vários Testemunhos para a Igreja, concedidos ao povo

de Deus… Não estais familiarizados com as Escrituras.

Se tivéssemos feito a palavra de Deus objeto de estudo

regular, com o desejo de alcançar os padrões bíblicos e de

atingir a perfeição cristã, não teria havido necessidade

dos Testemunhos. É porque negligenciastes familiarizar-

vos com o Livro inspirado de Deus, que Ele procurou

alcançar-vos através de testemunho simples e direto,

chamando a atenção para as palavras da inspiração que

negligenciastes obedecer, insistindo em que a vossa vida

se paute de acordo com esses puros e elevados ensinos.”

2. Um guia para a Bíblia. Ela encarou o seu

trabalho como a condução das pessoas de volta à Bíblia.

“Pouca importância é dada a Bíblia,”escreveu ela, e

assim”o Senhor concedeu uma luz menor para conduzir

homens e mulheres à luz maior.” A palavra de Deus

prossegue a autora, “é suficiente para iluminar a mente

mais obscurecida e pode ser compreendida por todos

aqueles que sentirem o desejo de entendêla.

Apesar de tudo isto , alguns que pretendem

estar fazendo a palavra de Deus o seu objeto de estudo,

encontram-se vivendo em direta oposição aos seus mais

claros ensinos. Consequentemente, para que homens e

mulheres fiquem sem escusa, Deus concede testemunhos

claros e diretos, fazendo com que essas pessoas retornem

à palavra que haviam negligenciado seguir.”

3. Um guia na compreensão da Bíblia. Ellen

White considerava seus escritos como um guia para a

compreensão mais clara da Bíblia.

“Não são mais apresentadas verdades novas;

através dos Testemunhos, porém, Deus simplificou as

grandes verdades já concedidas e segundo a forma por

ele mesmo escolhida, trouxe-as perante o povo, visando

despertá-los e impressionar suas mentes, a fim de que

todos eles fiquem sem escusa. ”Os testemunhos escritos

não são concedidos a fim de prover nova luz, mas para

imprimir vividamente sobre o coração as verdades de

inspiração já anteriormente reveladas.”

4. Um guia para aplicar princípios bíblicos.

Muitos de seus escritos aplicam os conselhos bíblicos

ao viver diário. Ellen White disse que ela foi “orientada

a apresentar princípios gerais, e ao mesmo tempo

Page 19: Revista Publicações

Pr. João MarconMinisterial | Mordomia | SaúdeApresentador do tema

19Mantendo Viva a Visão |

especificar os perigos, erros e pecados de alguns

indivíduos, a fim de que todos pudessem ser advertidos,

reprovados e aconselhados. ”Cristo havia prometido

semelhante orientação profética a Sua igreja. A própria

Ellen White observou:”O fato de que Deus revelou Sua

vontade aos homens por meio de sua Palavra, não tornou

desnecessária a contínua presença e direção do Espirito

Santo. Ao contrário, o espirito foi prometido por nosso

salvador para aclarar a palavra a Seus servos, para

iluminar e aplicar os seus ensinos.”

5. O desafio ao crente. O livro de Apocalipse

profetiza que o “testemunho de Jesus” haveria de

manifestar-se através do “espirito de profecia” nos

últimos dias da história terrestre.

Isso representa um desafio a todos, no sentido

de não assumir uma atitude de indiferença ou descrença,

mas a “provar todas as coisas ”e reter o que é bom”. Existe

muito a ganhar – ou perder – face à atitude com a qual

assumirmos essa investigação biblicamente ordenada.

Jeosafá exortou no passado: “Crede no Senhor

vosso Deus, e estarás seguros; crede nos seus profetas,

e prosperareis”(II Crôn. 20:20). Essas palavras soam como

perfeitamente verdadeiras, ainda nos dias de hoje.

REFERÊNCIAS

1 Extraído do site do Centro White: http://centrowhite.org.br/perguntas/perguntas-sobre-ellen-g-white/o-espirito-de-profecia-e-a-biblia/ no tópico: O Espírito de Profecia e a Bíblia

Page 20: Revista Publicações

Pr. Vandézio BinowLíder Distrital - São JorgeApresentador do Tema

20 | Mantendo Viva a Visão

INTERPRETANDO CORRETAMENTE OS ESCRITOS DE ELLEN G. WHITE

REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO – INTERNA1

Todos querem ser compreendidos. Os mal-

entendidos surgem muitas vezes quando uma declaração

é retirada do contexto. Por isso, todos que foram mal

compreendidos apelam para a imparcialidade e pedem

que o contexto seja levado em conta. O contexto inclui

pistas tanto internas quanto externas que estabelecerão

a verdade sobre qualquer declaração que está sendo

considerada.

Do ponto de vista interno, geralmente obtemos

uma visão clara do “que” um autor quis dizer lendo as

palavras, frases, parágrafos e até mesmo os capítulos

que circundam a declaração confusa. Do ponto de vista

externo, fazemos outras perguntas capazes de nos

ajudar a entender, tais como: quando, onde, por que, e,

talvez, como?

EVIDÊNCIAS INTERNAS

• Regra Um: Reconheça que a Bíblia e os escritos de

Ellen White são o produto da inspiração do pensamento, e

não da inspiração verbal.

• Regra Dois: Reconheça que o sentido de algumas

palavras podem mudar com o tempo. Por exemplo,

centenas de palavras de palavras da Bíblia na versão

King James (1611) mudaram de sentido ou adquiriram

novos significados que não mais comunicam o sentido

pretendido pelos tradutores dessa versão. Leitores

superficiais certamente compreenderiam mal alguns

textos bíblicos, caso não estivessem alerta para essas

graves alterações no sentido das palavras. 2 Nos escritos

de Ellen White também já ocorreram mudanças de sentido

em palavras usadas.

• Regra Três: Entenda o uso da hipérbole.

Hipérbole é uma figura que consiste em aumentar ou

diminuir exageradamente alguma coisa. João usou uma

hipérbole ao afirmar que, se todos os atos de Jesus

fossem escritos, “nem ainda o mundo todo poderia conter

os livros que seriam escritos”. – João 21:25 A hipérbole

é um recurso literário usado do começo ao fim da Bíblia. 3 Ellen White usou a proporção de “um em vinte” pelo

menos um em cinco vezes, e “um em cem”, pelo menos

vinte e uma vezes. Ela não disse “um em treze” nem “um

em noventa e nove”, etc.

• Regra Quatro: Entenda o significado da frase

em que a palavra está inserida. Em 1862, Ellen White

escreveu que Satanás atua por intermédio da frenologia,

da psicologia e do mesmerismo. 4 Significa isto que

toda psicologia é má? Obviamente não, pois em 1897 ela

afirmou que “os verdadeiros princípios da psicologia são

fundados nas Escrituras Sagradas”.5

• Regra Cinco: Reconheça a possibilidade de

expressões imprecisas. Em 1861, Ellen White escreveu um

pensamento que parece incoerente com suas declarações

posteriores sobre o mesmo assunto: “Frenologia e

mesmerismo são por demais exaltados. Eles são bons

em seu devido lugar, mas Satanás delas se utiliza como

poderosos instrumentos para enganar e destruir seres

humanos.” 6 Num artigo em Signs em 1844, ela havia

escrito: “As ciências que tratam da mente humana são

por demais exaltadas. Elas são boas em seu devido

lugar, mas Satanás delas se utiliza como poderosos

instrumentos para enganar e destruir seres humanos.” 7 Temos obviamente nesta declaração de 1844 uma

correção editorial no pensamento que Ellen White queria

comunicar a respeito das “ciências que tratam da mente

humana”.

• Regra Seis: Procure cuidadosamente pelo

contexto imediato (isto é, o mesmo parágrafo ou página)

para esclarecimento de uma afirmação que, à primeira

vista, parece problemática. Algumas pessoas, por exemplo,

ficam confusas ao lerem Ellen White advertindo de que

“nunca se deve ensinar aos que aceitam o Salvador… que

digam ou sintam que estão salvos”. 8 Esta recomendação

tencionava advertir contra a doutrina errônea de “uma

vez salvo, para sempre salvo” que predomina entre a

maioria dos cristãos evangélicos.

• Regra Sete: Reconheça que o significado de

Page 21: Revista Publicações

Pr. Vandézio BinowLíder Distrital - São JorgeApresentador do Tema

21Mantendo Viva a Visão |

uma palavra pode mudar quando é usada em um novo

contexto. O termo “porta fechada” podia significar várias

coisas para os adventistas ex-mileritas. Para Ellen White,

significava algo diferente. Tiago White e José Bates

redefiniram o uso do termo entre 1844 e 1852.

• Regra Oito: Reconheça que o desafio da

semântica reside em toda comunicação. As palavras

significam coisas diferentes para diferentes pessoas,

em virtude das diferenças pessoais como educação, faixa

etária, experiências espirituais, localização geográfica e

gênero. Ellen White mencionou este problema: ”Há muitos

que interpretam o que eu escrevo à luz de suas próprias

opiniões preconcebidas. … Uma divisão na compreensão

e opiniões divergentes são o infalível resultado. Como

escrever de maneira a ser compreendida por aqueles a

quem dirijo importante assunto constitui um problema

que não consigo resolver. Quando vejo que sou mal

compreendida por meus irmãos que me conhecem bem,

compreendo que devo tomar mais tempo para expressar

cuidadosamente meus pensamentos no papel, pois o

Senhor me dá luz que não me atrevo a fazer outra coisa

senão comunicá-la; e grande fardo repousa sobre mim.”9

REFERÊNCIAS

1 Extraído do site do Centro White: http://centrowhite.org.br/perguntas/perguntas-sobre-ellen-g-white/ no tópico: Interpretando Corretamente os Escritos de Ellen G.White.2 Os exemplos em que se compara KJV (Versão King James) com NKJV (Nova Versão King James) incluem: abroad/outside (Deut. 24:11), allege/demonstrate (Atos 17:3), anon/immediatelly ou at once (Mar. 1:30), bowells/heart (Gên. 43:40), by and by/immediatelly (Mar. 6:25), charity/love (I Cor. 13), communicate/share (Gál. 6:6), conversation/conduct (I Ped. 3:1 e 2), feeble- minded/fainthearted (I Tess. 5:14), forwardness/willingness (II Cor. 9:2), let/hindered (Rom. 1:13), meat/food (Mat. 6:25), nephew/grandsons (Juí. 12:14), outlandish women/ pagan women (Nee. 13:26), peculiar/special (Tito 2:14), reins/hearts (Sal. 7:9), suffer/let (Mat. 19:14), vain/worthless (Juí. 9:4), virtue/power (Luc. 6:19), witty inventions/ discretion (Prov. 8:12). 3 Compare Êxo. 9:6 com Isa. 19. O uso frequente de “todo” é muitas vezes um exemplo da hipérbole hebraica. 4 Review and Herald, 18 de fevereiro de 1862. 5 Minha Consagração Hoje, p. 176. 6 Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, p. 296. 7 Signs of the Times, 6 de novembro de 1884. 8 Parábolas de Jesus, p. 155. 9 Carta 96, 1899, citada em parte em Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 79.

Page 22: Revista Publicações

Pr. Makson CasteloCapelão - Instituto Adventista de ManausApresentador e Autor do Tema

22 | Mantendo Viva a Visão

AS APARENTES CONTRADIÇÕES DA ESCRITORA ELLEN WHITE: UM INTRÓITO AOS PRINCÍPIOS HERMENÊUTICOS DOS ESCRITOS PROFÉTICOS

Uma leitura detalhada e cautelosa dos livros

da autora Ellen White permite ao leitor estabelecer

paralelos, destacar conceitos, perceber o estilo literário

utilizado e, inclusive, identificar aparentes contradições,

as quais trazem inquietações sobre a veracidade de tais

escritos. Deste modo, proponho apresentar uma breve

consideração sobre o assunto, despertando o interesse

sobre a temática em questão.

Primeiramente, precisa-se considerar que a Igreja

Adventista do Sétimo Dia reconhece a autora supracitada

como uma profetisa, bem como faz uso de seus escritos

e os considera revelados por Deus. Contudo, cabe

ressaltar que os mesmos não se equiparam à Bíblia,

não o substituem e não podem ser colocados no mesmo

nível. As Escrituras Sagradas ocupam sua posição única e

sobressalente ao se referir a base da fé cristã.

Faz-se necessário explicitar que a hermenêutica

provê ferramentas consentâneas para intepretação,

incluindo-se os textos bíblicos e proféticos. Sendo assim,

a hermenêutica adventista caracteriza-se por ser uma

cautelosa investigação do material escrito a fim de nortear

as sistematizações teológicas, doutrinárias, litúrgicas

e outras. Por conseguinte, os princípios estabelecidos

asseguram um estudo mais aprofundado e explicativo

sobre aparentes contradições nos textos de Ellen White.

É possível encontrar nos escritos proféticos

possíveis discrepâncias, o que para alguns, rapidamente,

torna-se motivo de incredulidade. Contudo tais situações

são comuns também na Bíblia, mas explicado conforme o

conceito de inspiração por pensamento. Esta forma de

inspiração acredita que Deus revelou sua mensagem,

contudo respeitou o estilo de cada ser humano transmiti-

lo. O ser humano com suas limitações fora passível de

contradizer fatos ou situações, mas nada que abale as

bases sólidas da fé cristã e adventista. Para se entender

melhor os textos de Ellen White é preciso reconhecer

que a Bíblia e os escritos de Ellen White são o produto

da inspiração do pensamento, e não da inspiração

verbal, que o sentido de algumas palavras podem mudar

com o tempo, entender o significado da frase em que a

palavra está inserida e conhecer o contexto imediato.

Tais princípios, dentre outros, devem permear o estudo

de todo o material produzido por Ellen White, pois torna a

leitura mais clara, coesa e confiável.

REFERÊNCIAS

1 IASD. Nisto Cremos. 8. Ed. Tatuí, SP: CPB, 2008.2 RIBEIRO, Ailton Artur. Hermenêutica e missiologia adventistas: um olhar sobre seus pressupostos e metas. IN: AGUIAR, Adenilton Tavares; LEAL, Jônatas de Mattos; VIRMES JR., Clacir. Hermenêutica adventista. 1. ed. Cachoeira,BA: CePLiB, 2013.3 DOUGLAS, Hebert. Mensageira do Senhor. Tatuí, SP: CPB, 2003.

Page 23: Revista Publicações

Pr. Ronaldo VirgílioLíder Distrital - Alvorada

Apresentador do Tema

O QUE ENSINA ELLEN WHITE SOBRE REVERÊNCIA?1

Reverencia tem a ver com o nosso conceito sobre

Deus e das coisas sagradas. Em Ellen White encontramos

a mesma tensão que nas Escrituras. Por um lado fala

da transcendência e soberania de Deus, convidando as

pessoas a um culto solene, digno, organizado e reverente.

Por outro lado destaca a presença amorosa de Deus

entre nós, nos animando a sermos mais companheiros

dEle e com os outros crentes em um culto caracterizado

pela naturalidade, a espontaneidade e a alegria. (C.

Raymond Holmes, Sing a New Song!: Worship Renewal for

Adventists Today [Berrien Springs, Michigan: Andrews

University, 1984], 163-164).

Os objetos da reverência:

Podemos extrair dos escritos de Ellen White idéias

claras sobre os objetivos da reverencia.

1) Reverência para com a palabra de Deus: As

Escrituras devem ser manejadas com muito cuidado.

Devemos abri-las com grande reverencia e não em forma

descuidada… (Alza Tus Ojos, p. 366). Particularmente

diante das crianças e dos jovens, a Palavra de Deus deve

ser tratada com respeito e reverencia (Consejos Para

Los Maestros, p. 413). Ele nos aconselha a estudar com

reverencia e muito temor. (Consejos Sobre La Salud, p.366).

Com humilde reconhecimento da nossa incapacidade

devemos abrir a Sua Palavra com tanta reverencia como

se estivéssemos nos colocando em Sua presença. (Joyas

de Los Testimonios, p. 2:309). As Escrituras devem ser

estudadas com paciência, reflexão e oração. Deixando de

lado toda a frivolidade, deve-se solicitar toda a iluminação

do Espírito Santo. Temos que abordar o estudo da Bíblia

com reverencia, sentindo que estamos na presença de

Deus. (Mensajes Para Los Jovenes, p. 259 e Testimonios

Selectos, p. 4:398)

2) Reverência para com o nome de Deus: Devemos

ser cuidadosos com o nome de Deus, inclusive quando

oramos. Nunca se deve tocar nesse nome com indiferença

e na oração deve-se evitar a sua repetição muito frequente

ou desnecessária. “Vi que o Santo nome de Deus deve ser

usado com reverencia e temor. As palavras Deus Todo-

Poderoso quando são ditas juntamente em oração de

uma maneira descuidada e negligente, isso desagrada a

Deus…” (Early Writings, p.122).

3) Reverência para com a lei de Deus: O olhar

reverente dos querubins representava a reverencia

que agradava a Deus. (Patriarcas e Profetas, p. 360).

Do mesmo modo, os filhos obedientes de Deus tem que

mostrar as suas reverencias para com a Sua lei. (Joyas de

Los Testimonios, p. 2:31).

4) Reverência para com a casa de Deus: Uma boa

ilustração dos ensinos de Ellen White sobre a reverencia

dentro da igreja é o capítulo “La conducta en la casa

de Dios” no livro Joyas de los testimonios, 2:193-203. A

autora mostra que um adequado conceito da grandeza,

santidade, e poder de Deus produzirão a atitude

correta. A humildade e a reverencia devem caracterizar

o comportamento de todos os que estão na presença de

Deus. No nome de Jesus, podemos nos cercar de confiança,

mas não se deve fazer isso nem com ousadia nem com

presunção como se Ele estivesse no mesmo nível que

nós. (Patriarcas e Profetas, pp. 256, 257, lê-se também:

PP. 374, 375). Ellen G. White deixou-nos recomendações

concretas. Entre elas a do cuidado pelo adorno e pela

higiene pessoal. Ela diz que os crentes não devem ser

descuidados na maneira como se vestem e nem usar no

culto de adoração a mesma roupa que usam durante a

semana. (Mensagens Escolhidas, p. 2:540). Ela também

recomenda evitar definitivamente toda e qualquer tipo de

conversa durante o sermão. (Mensagens Para os Jovens,

p. 264), assim como as risadas e os cochichos. Quando o

culto termina, é aconselhado sair organizadamente e sem

conversa.

Por Daniel Oscar Plenc

REFERÊNCIA

1 Extraído do site do Centro White: http://centrowhite.org.br/perguntas/perguntas-sobre-ellen-g-white/o-que-ensina-ellen-white-sobre-reverencia/ no tópico: O que ensina Ellen White sobre

reverência?.

23Mantendo Viva a Visão |

Page 24: Revista Publicações

Pr. Anderson CarneiroMinistério Jovem | Comunicação - ACeAmApresentador e Autor do Tema

24 | Mantendo Viva a Visão

TEMPO DE ANGÚSTIA

Há muitos momentos de angústia que vivemos

hoje. E na Bíblia temos o relato de um grande momento de

angústia na vida de Jacó.

No A. T. Aparece pelo menos 78 vezes a palavra

angústia. Como exemplo: “no dia de minha angústia clamo

a ti, porque me respondes”, (Sl 86;7). Trata-se de uma

oração de confiança feita por Davi num momento solitário

de sua vida, sem obter uma repentina resposta de Deus.

Mas o termo Tempo de Angústia como revelação

escatológica ocorre 2 vezes no A.T., sendo a primeira em

Jeremias 30:7, e o contexto desta passagem mostra um

grupo de profecias a cerca da restauração de Israel e

Judá. Este capitulo é conhecido por livro do consolo, por

causa da sua mensagem de conforto e esperança para

o futuro, depois de imposta a pena do exilio1. Parece

que o povo aprenderia a obediência somente através do

sofrimento.

Sendo assim, o versículo aponta para o contexto de

Jacó. Ama das mais fortes angústias descritas na Palavra

de Deus. Jacó temia a morte por ter enganados seu irmão

Esaú. Pois ao voltar para terra de seu pai corria o risco de

não ser aceito por seu irmão. Esta angústia aumentou ao

saber que Esaú vinha ao seu encontro com quatrocentos

homens.

Jacó queria receber a benção de Deus naquele

momento de dúvida quanto ao seu erro do passado. E

não só recebeu como Deus trocou seu nome (Gn 32:22-

32), Significado que agora Israel pertencia a Deus como

propriedade perpétua.

A passagem de Daniel 12:1 é a segunda vez que

ocorre o termo Tempo de Angústia. E novamente aparece

junto com uma promessa de salvação para seu povo.

Miguel, o grande príncipe tem como função defender o

povo e protege-lo neste tempo de angústia, qual nunca

houve antes, parece ser um período muito difícil que seu

povo terá que passar, todavia em meio a esta angústia

Miguel (igual a Deus ) o salvará.

Na septuaginta o termo para “tempo de angústia”

nestas duas passagens citadas acima é Kairoj Fliyewj.

Então é necessário verificarmos no grego quantas vezes

aparece na Bíblia e qual é seu significado dentro destas

duas passagens que analisaremos.

E para a palavra ‘”Tempo”, o grego tem quatro

expressões que são importantes analisarmos: 1º AIWN

(aiôn), significa: era, duração de vida, época, longo tempo

eternidade, AIWNIOJ (aiônios) eterno, sem começo nem

fim.

2º CRONOJ (chronos), tempo, período de tempo,

cronotribéw ( cronotribéo) gastar, perder ou desperdiçar

tempo.

3º WRA (hõra), hora, tempo, ponto no tempo, wraioj

(hõraios), no tempo certo, oportuno, maduro.

4º KAIROJ (kairós) esta é a expressão do texto

estudado. Significa tempo, especialmente um ponto no

tempo, um momento2 .

Embora kairós frequentemente sirva simplesmente

para designações temporais exatos, o Criados, fixa

também os kairós individuais como exemplo citamos as

festas e festivais no contexto do ciclo anual são tempos

e momentos especiais de alegria e descanso dados por

Deus (Ex 23:14), e também o clima, os tempos e estações

para o crescimento biológico das plantas e dos animais3 .

Porém não são marcados apenas pelos eventos

da agricultura..., mas sempre mais pelos tratos especiais

entre Deus e seu povo.

Aceitar Deus como doados do tempo em tempo

de aflição não é tarefa fácil, mas permanecer dentro da

aliança não permite que seu relacionamento com Ele seja

rompido. É precisamente em tempos de aflição que se

espera por um Tempo de perdão.

Repetidas vezes na frase estereotipada “em

to kairó ekeino”, “naquele tempo”, a tenção é dirigida

aos eventos da história da salvação no passado.

Especialmente nos livros históricos do A.T., o termo kairós

é frequentemente achado com esta função de chamar a

atenção à atividade de Deus na história da nação israelita.

E tamto no A.T. como no N.T., denota de modo geral um

“Tempo Específico4”.

Page 25: Revista Publicações

Pr. Anderson CarneiroMinistério Jovem | Comunicação - ACeAmApresentador e Autor do Tema

25Mantendo Viva a Visão |

No N.T. Kairós aparece 85 vezes, sendo 7 vezes

raduzido como “momento oportuno”, e 1 vez como ‘deveido

tempo5”.

Em contraste com a riqueza de vários termos em

grego para a expressão “tempo”, a ênfase característica

de Kairós chama a atenção ao conteúdo do tempo,

negativamente como crise e positivamente como

oportunidade6.

No entanto, o termo para “angústia” nas

passagens que estamos analisando é FLIYIJ (thlipsis),

aparece 44 vezes no N.T., sendo 4 vezes como angústia,

33 vezes como tribulação, 4 vezes como aflição, 1 vez

como atribulação, 1 vez como sofrimento e 1 vez como

sobrecarga7.

Literalmente ser atribulado, como enfatiza a

profecia compreendida melhor em Mateus 24:9, quer

dizer que os santos do tempo do fim serão entregues

para aflição8. E também existe um segundo termo para a

tradução de “angústia”, (adémoneõ), que significa “estar

saturado”, aparece 3 vezes no N.T.9.

Sendo assim, podemos definir que, tempo de

angústia será um momento na história final deste planeta

como escatologia incondicional onde seremos atribulados

(entregues à aflição), marcando um tempo exato de

livramento eterno para os justos e um tempo de crise

irreversível para os ímpios.

Já na história notamos que até o último século os

grandes teólogos são pós-tribulacionistas, naturalmente

acreditam que a igreja será arrebatada depois do tempo

de angúatia. E confirma Reese:

“Em torno de 1830, nova escola surgiu dentre

o pré-milenarismo buscando derrubar o que, desde

a era apostólica, tinha sido considerado por todos os

pré-milenaristas resultados estabelecidos e instituir

em lugar uma série de doutrinas que nunca tinha sido

ouvidas antes. A escola que me refiro é a dos “irmãos” ou

“irmão de Plymonth”, fundada por J.N. Darby10”.

Porém, a crítica moderna tenta argumentas que

esta tribulação não existe. Afirmando que Clemente,

Didaquê, acreditavam numa breve volta de Cristo sem os

acontecimentos escatológicos.

Mas, se cremos assim, não damos valor às

profecias para o tempo do fim. E o Deus que disse que

“vem sem demora” é o mesmo em que cremos hoje, não

estamos mais preocupados com data, e sim com a ordem

e as fases dos acontecimentos escatológicos para nos

prepararmos e não ser pegos de surpresa.

Embora tenha existido uma influência do

pensamento platônico e aristotélico sobre os estudiosos

medievais, a revelação bíblica permanece como parte

central dos grandes credos11.

Page 26: Revista Publicações

26 | Mantendo Viva a Visão

Não há dúvidas em muitos comentários bíblicos

da atualidade que o tempo de angústia claramente

profetizado em Daniel se refere ao tempo do fim, e que

é uma grande tribulação. Disse o jesuíta Alonso Diaz:

“Naquele tempo, pelo contexto claramente se refere ao

tempo do fim, e tempo de angústia é também uma frase

escatológica12”.

Na teologia Adventista do Sétimo Dia, o termo

“Tempo de Angústia”, ocorrerá quando cessar a mediação

de Cristo e o Espirito de Deus se retirar dentre os homens,

então todos os poderes das trevas, que tem sido detido,

descerão sobre o mundo com fúria indescritível. Haverá

uma sena de luta indescritível que nenhuma caneta

poderá descrever13.

Ainda para os Adventistas o tempo de angústia é

dividido em duas partes:

A primeira época é o Tempo de Angústia Prévio. A

segunda época é o Tempo de Angústia.

A seguir inserimos três parágrafos que se referem

ao tempo de angústia prévio, nos quais se faz diferença

entre os dois períodos.

Vi que Deus tinha filhos que não reconheciam o

sábado e não o guardavam. Eles não haviam rejeitado a

luz sobre este ponto. E ao início do tempo de angústia

fomos cheios do Espírito Santo ao sairmos para proclamar

o sábado mais amplamente... Eu vi a espada, a fome,

pestilência e grande confusão na Terra14.

O início do tempo de angústia ali mencionado

[refere-se à citação anterior] não se refere ao tempo

em que as pragas começarão a ser derramadas, mas a

um breve período, pouco antes, enquanto Cristo está no

santuário15.

Neste tempo, enquanto a obra de salvação está

se encerrando, tribulações virão a Terra, e as nações

ficarão iradas, embora contidas para não impedir a obra

do terceiro anjo16.

Ainda Observa-se que este tempo ocorre no

momento da controvérsia entre o sábado versos

domingo, entre o selo de Deus e o selo da besta, em

plena proclamação da mensagem do terceiro anjo, o alto

clamor17. É o momento do princípio das dores, ao qual se

referiu Jesus.

Em seguida vem o Tempo de Angústia propriamente

dito. É um período de duração desconhecida, mas

seguramente breve. E vai do momento em que se

pronuncia no Céu o decreto de Apoc 22:11. É o momento

em que termina a graça, a oportunidade de salvação, até o

dia da segunda vinda de Cristo18.

Embora severamente perseguidos, a maior aflição

dos remidos não será a ameaça de serem mortos ou

torturados, mas “receiam não se terem arrependido de

todo pecado, e que, devido a alguma falta, não se cumpre a

promessa do Salvador:” Eu te livrarei da hora da tentação

que há de vir sobre todo o mundo”, Apoc 3:10. Se pudesse

ter a segurança de Seu perdão, não recuariam da tortura

ou da morte19.

Entretanto a atitude de Jacó não foi ditada

pela presunção. Tratava-se de uma fé real. Havia-se

arrependido de todos os seus pecados, antes. NNao fosse

assim, e por ocasião dessa hora de crise e de luta, teria

perdido a vida20. O tempo de luta que deveremos passar

requererá uma fé especial, “uma fé que possa suportar o

cansaço, a demora e a fome, fé que não desfaleça ainda

que severamente provada... As lições da fé as quais

negligenciaram, serão obrigados a aprender sob a pressão

terrível do desânimo21”. Tal fé não pode ser improvisada

em tempo de tribulação. Precisa ser desenvolvida dia a

dia. Precisa aprender orar intensamente, voltar nossa

alma para o Senhor, suplicar o perdão de nossos pecados,

e exigir a purificação e libertação do pecado22.

Quando será o tempo de angústia?

Quando:

1) Findar o juízo pré-advento.

2) Encerrar-se o ministério de Cristo no santuário

celeste.

3) For concluída a Sacudidura.

4) Completar o número dos selados.

5) Iniciar-se a queda das sete últimas pragas.

6) Findar o tempo da graça.

Então esta é a angústia dos santos, a qual vai

crescendo em sua intensidade, até alcançar o seu clímax

no momento conhecido como “Angústia de Jacó23 “.

Finalmente concluímos que “Tempo de Angústia”

é:

1) Uma Prova e purificação dos santos. “logo a

povo de Deus será provado com ardente provas, e a

grande proporção dos que agora parecem genuínos e

verdadeiros, demonstrar-se-á metal vil24.

2) Um aperfeiçoamento da fé dos santos. “Os que

agora exercem pouca fé, correm maior perigo de cair sob o

Page 27: Revista Publicações

27Mantendo Viva a Visão |

poder dos enganos de Satanás, e do decreto que violentará

a consciência. E mesmo resistindo à prova, serão imersos

em uma angústia, porque nunca adquiriram o hábito de

confiar em Deus25”.

3) Eliminar a natureza terrena dos santos. “O Amor

de Deus para com os Seus filhos durante o período de

sua mais intensa prova, é tão forte e terno como nos dias

de Sua mais radiante prosperidade, mas é necessário

passarem pela fornalha de fogo, sua natureza terrena

deve ser consumida para que a imagem de Cristo possa

refletir-se perfeitamente26”.

Durante o Tempo de Angústia, o Universo

observará os resultados que o governo de satanás

tem exercido no mundo, e a completa falsidade de sua

acusação de que a lei de Deus é injusta, e impossível de

ser obedecida. Nas mais difíceis circunstâncias, quando

estiverem rodeados de lutas, perseguições e ameaça

de morte, todos os remidos estarão cumprindo a lei de

Deus de modo perfeito, mediante a graça de Cristo, sem

um Mediador, e mantendo imaculado seu caráter. Desta

maneira estarão reivindicando a Deus, Seu amor, Sua ei,

Seu caráter e sabedoria27.

O Termo Tempo de Angústia que dizer que o povo

do tempo do fim terá que provar sua fé, abandonar suas

próprias paixões, e testemunhar de um Deus soberano e

poderoso ainda que os montes se transporte pro meio

dos mares. Quer dizer que o arrependimento é tão real

que produz frutos de justiça. Quer dizer que a justiça

imputada de Cristo é de tal natureza que nos conduz à do

caráter comunicado por Cristo. Quer dizer que a imagem

de cristo foi reproduzida na vida plena de seu povo. Quer

dizer que ouve uma transformação de coração de todo

cristão nascido de novo, que está disposto a pagar o

preço. Qual é este preço? Comunhão com Deus, entrega

completa, arrependimento, confissão de pecados, e

certamente alcançaremos em Cristo a Vitória.

REFERÊNCIAS

1 R.K. Harrison. Jeremias e Lamentações (SP: Mundo Cristão, 1989), 106.2 Lothar Coenen. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, vol IV (SP: Vida Nova, 1983), 559,565,572,577.3 Ibid, 568.4 Ibid, 568,569.5 Concordância Fiel do N.T., vol I (São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 1994), 412.6 Coenen, 559.7 Concordância Fiel, 389.8 Ibid.9 Ibid, 1410 J. Dwight Pentecost. Manual de Escatologia (SP: Vida, 1998), 191.11 Walter A. Elwele. Enciclopédia Histórico Teológico da Igreja Cristã, vol III ( SP: Vida Nova, 1990), 441.12 Matthew Henry. Comentário Exegético-Devocional a toda la Bíblia, vol. 2 (Barcelona, Viladecavalls:Clie, 1990), 285.13 francis D. Nichol. Comentário Bíblico Adventista Del Septimo Dia, vol 4 (Buenos Aires, Argentina: Casa Editora Sudamericana, 1995), 903.14 Ellen G. White. Primeiros Escritos, (Tatuí, SP: CPB, 1995), 33,34.15 Ibid, 85.16 ibid.17 José Moura. Preparação para a Chuva Serôdia, ( SP:IAE, 1990), 106.18 Fernando Chaij. Preparação para a Crise Final, ( Santo André, SP: CPB, 1967), 108.19 White. O Grande Conflito, 617,618.20 Chaij. A Vitória da Igreja na Crise Final, (Santo André, SP: CPB, 1979), 50.21 White. O Grande Conflito, 620.22 Chaij. A Vitória da Igreja na Crise Final, 50.23 ibid, 50.24 White. Testemunhos Seletos, vol II, (Tatuí, SP:CPB, 1993 ), 31.25 White. O Grande Conflito, 622.26 Ibid, 621.27 Chaij. A Vitória da Igreja na Crise Final, 57.

Page 28: Revista Publicações

Pr. Lucas GondimLíder Distrital - São Benedito, CEAssociação Costa NorteApresentador e Autor do Tema

28 | Mantendo Viva a Visão

RELACIONAMENTO CONJUGAL ENTRE ELLEN E TIAGO WHITE

O relacionamento entre esse casal de pioneiros

da IASD começou após uma das visões de Ellen White, e

com uma série de estudos dados por ela, Tiago aceitou a

mensagem e se converteu.

Ambos travando conhecimentos descobriram

que havia perfeita sintonia entre eles.1 A companhia de

Tiago, a princípio, era para ajudá-la. Mas logo sentiu-se

atraído e convencido de que as visões de Ellen eram de

Deus. Confessou que, a princípio, jamais lhe veio a ideia

de casamento. “Jesus estava tão próximo, que não tinham

tempo para pensar nesse assunto”, dizia ele. Mas ao

acompanhar Ellen, ficou profundamente impressionado

com sua consagração e com as poderosas manifestações

do poder de Deus na vida dela. Resultado: 30 de agosto

de 1846 ele uniu-se em casamento com a já profetisa que

passaria a chamar-se Senhora White, a qual também

revela sua alegria por essa aliança, nas seguintes

palavras: “Nossos corações uniram-se na grande obra

e, juntos, viajamos e trabalhamos pela salvação de seres

humanos... Principiamos nossas atividades sem dinheiro,

com poucos amigos e a saúde enfraquecida”.2

Tiago White tinha total consideração pelas

mensagens de Deus recebidas e transmitidas pela

esposa, chegando a admoestar sua mulher certa

vez, por carta, para que não lhe escrevesse meros

conselhos matrimoniais, mas lhe revelasse também

as mensagens advindas do Senhor, mesmo em sua

condição de enfermidade. Tiago reconhecia sua profunda

necessidade de ajuda divina.3 A união do casal pode ser

notada também no modo como trabalhavam juntos. Ele,

fazendo sermões doutrinários e ela, exortando o povo.

Enquanto ele semeava a semente da verdade, ela regava e

Deus dava o crescimento.4 O casal missionário costumava,

a cada manhã, ir a um bosque próximo e ali se uniam em

oração, suplicando fervorosamente por sabedoria para

seguir sempre o melhor caminho.5 Por outro lado, embora

respeitasse Tiago, Ellen não possuía a típica submissão

vitoriana ao marido. A vida, para ela, não era dividida em

compartimentos, pois conseguia conciliar a submissão e

o amor ao marido com a responsabilidade profética. Seus

deveres religiosos não reduziam as responsabilidades

conjugais .6 Mesmo assim sua docilidade era singular, ao

ponto de reconhecer que se sentia triste quando escrevia

ou dizia coisas que lhe magoasse. Disse ela certa vez:

“Perdoe-me, a partir de hoje serei muito mais cuidadosa

ao escrever, para que o que eu escreva não te machuque

ou irrite”.7 Douglas revela que a confrontação amorosa,

mesmo demarcada pelas mais severas observações,

pode ser benéfica e salutar, se ambas as partes ouvirem

primeiro a vontade do Senhor.8 E isso era o que acontecia

entre eles. Assim, o amor entre os dois e a aliança com

Cristo geravam a força necessária para que pudessem

vencer muitas barreiras tornando-se exemplos de

superação para muitos. Eram cúmplices tão fortes de

Deus ao ponto de arriscarem a vida constantemente.

Só chegaram a se separar pelo laço da morte, e nos

momentos mais difíceis de suas vidas jamais desistiram

um do outro.9

REFERÊNCIAS

1 SOUSA, Sesótris César. O casamento de Ellen White. Revista Adventista, v.85, n.6, p.16, junho, 1989. PLENC, Daniel Oscar. É verdade que o casal White teve dificuldades no casamento. Disponível em:<http://centrowhite.org.br/wp-content/uploads/2013/01/%C3%89-verdade-que-o-casal-White-teve-dificuldades-e-pensou-em-divorciar-se.pdf >. Acesso em: 14/11/2013. 2 WHITE, Ellen G. Testemunhos para Igreja, v. 1-9.Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007. WHITE, Ellen G. Vidas e Ensino. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007. NIX, James R. Companheiros de Trabalho: reflexões sobre o casamento de Tiago e Ellen White. Adventist World, ano 2011, n. 8, p. 22-25, 8 de ago. 2011.3 WHITE, Ellen G. Testemunhos para Igreja, v. 1-9.Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007. WHITE, Ellen G. WHITE, Ellen G. Fundamentos da educação cristã. p.103.Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007.4 WHITE, Ellen G. Testemunhos para Igreja, v. 1-9.Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007. WHITE, Ellen G. Mensagens Escolhidas. v.3. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007.5 DOUGLASS, Herbert E. Mensageira do Senhor: O Ministério Profético de Ellen G. White. 3º ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2009.6 WHITE, Ellen G. Manuscript releases: from the liles of the letters and manuscripsts Written. Siver Spring: E. G. White Estate, 1990. 7 DOUGLASS, Herbert E. Mensageira do Senhor: O Ministério Profético de Ellen G. White. 3º ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2009.8 WHITE, Ellen G. Filhas de Deus. Tradução: Eunice Scheffel do Prado, Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2008. WHITE, Ellen G. Hijas de Dios: MensajesEspeciales Para La Mujer. Nampa, Idaho: Publicaciones Interamericanas, 1999. 9 WHITE, Ellen G. Lar Adventista. p. 102. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007.

Page 29: Revista Publicações

29Mantendo Viva a Visão |

Pr. Lucas GondimLíder Distrital - São Benedito, CEAssociação Costa NorteApresentador e Autor do Tema

Page 30: Revista Publicações

Pr. Renato StencelDiretor do Centro White, Brasil

30 | Mantendo Viva a Visão

COMO FUNDAR UM MINICENTRO WHITE NA SUA IGREJA

Definição e ObjetivosOs Minicentros Ellen G. White são pequenos

núcleos estabelecidos para o estudo da Bíblia e dos

escritos de Ellen G. White, com o propósito de fortalecer

as congregações locais da Igreja Adventista do Sétimo

Dia (IASD). Estes centros, que possuem um acervo

de materiais principalmente em português, foram

idealizados para servirem às igrejas locais e às escolas

da denominação, assim como o Ellen G. White Estate da

Associação Geral e os 21 Centros de Pesquisas Ellen G.

White espalhados ao redor do mundo ajudam a difundir

os escritos de Ellen G. White para as treze Divisões da

IASD. A rede de Minicentros Ellen G. White do Brasil

permitirá que a influência do Centro de Pesquisas Ellen G.

White do Brasil seja transmitida, mais efetivamente, para

as igrejas locais e instituições educacionais deste país.

Coordenação GeralToda a Rede de Minicentros Ellen G. White do

Brasil está subordinada ao Centro de Pesquisas Ellen

G. White do Brasil e é por ele coordenada, pois este é o

único representante oficial, neste país, do Ellen G. White

Estate da Associação Geral. É responsabilidade deste

Centro de Pesquisas (1) encorajar o estabelecimento de

novos Minicentros Ellen G. White em igrejas adventistas e

escolas no Brasil; (2) definir os materiais e equipamentos

básicos para esses centros; (3) credenciar os Minicentros

que preencherem os requisitos básicos; (4) notificar os

novos materiais a serem acrescentados aos acervos dos

Minicentros; e (5) cancelar o credenciamento dos centros

que não seguirem estas “Normas e Diretrizes da Rede

de Minicentros Ellen G. White do Brasil”, ou que não

manifestarem um espírito de lealdade doutrinária e ética

para com a IASD e sua liderança.

O website do Centro de Pesquisas Ellen G. White

do Brasil (www.centrowhite.org.br) exibirá e manterá

atualizado (1) estas “Normas e Diretrizes da Rede de

Minicentros Ellen G. White do Brasil”; (2) a lista oficial

dos Minicentros Ellen G. White reconhecidos pelo Centro

de Pesquisas E. G. White do Brasil, incluindo o endereço

completo de cada um; e (3) uma lista de novos materiais

que deverão ser acrescentados ao acervo de cada centro.

Promoção e apoioEssencial ao desenvolvimento da Rede de

Minicentros Ellen G. White do Brasil é o apoio

administrativo do Departamento Ministerial, do

Departamento de Educação e do Coordenador do

Espírito de Profecia, em todos os níveis da estrutura

organizacional: Divisão Sul-Americana, Uniões e

Associações/Missões, bem como a liderança das igrejas

locais e escolas.

A abertura de Minicentros Ellen G. White

certamente beneficiará a IASD no Brasil de várias formas.

Sob fortes influências do existencialismo, do pluralismo

e do ecumenismo, muitos membros estão perdendo sua

identidade adventista. Esses Minicentros proverão a

oportunidade para que os membros da Igreja fortaleçam

sua fé e seu conhecimento da Palavra de Deus.

Este é um tempo em que os membros de nossas

igrejas estão sendo fortemente sacudidos pelos ventos

de falsas doutrinas (Efésios 4:14) e pelas tempestades de

todo tipo de críticas à Igreja. Tais desafios aumentarão

cada vez mais à medida que nos aproximarmos do fim

deste mundo. O estabelecimento de um Minicentro Ellen

G. White ajudará os membros de nossas igrejas a melhor

se prepararem para enfrentarem essas dificuldades, e

para responderam de forma mais convincente àqueles

que indagarem sobre a razão de sua fé e esperança (I

Pedro 3:15).

ImplementaçãoPara o estabelecimento de um Minicentro

Ellen G. White é necessário uma área específica para

este propósito, um(a) diretor(a), e o material a ser

disponibilizado no centro. Cada um desses elementos é

descrito a seguir:

01. Área Específica

Cada Minicentro deve possuir uma área específica

Page 31: Revista Publicações

Pr. Renato StencelDiretor do Centro White, Brasil

31Mantendo Viva a Visão |

(de preferência uma sala separada) para acomodar seus

móveis e equipamentos, incluindo estantes para livros,

mesas, arquivos para documentos e, possivelmente, um

computador para utilizar os CD-ROMs dos escritos de

Ellen G. White. Se o Minicentro está localizado em uma

igreja, essa área seria dentro das instalações da própria

igreja. No caso das escolas, essa área específica deveria

estar na biblioteca ou próximo a ela.

02. Diretor e Comissão AdministrativaSe o Minicentro está localizado em uma igreja, o

diretor desse centro deve ser indicado pela própria igreja,

em consulta com o Coordenador do Espírito de Profecia

da Associação/Missão local. A comissão administrativa do

Minicentro deve ser a comissão da igreja local. Nesse caso,

o presidente da comissão administrativa será o mesmo

presidente da comissão da igreja, que normalmente é o

pastor distrital. O Diretor do Centro de Pesquisas Ellen

G. White do Brasil, bem como o Secretário Ministerial e

o Coordenador do Espírito de Profecia da Associação/

Missão local são membros ex officio dessa comissão,

sempre que participarem de suas reuniões.

Se o Minicentro está localizado em uma

instituição educacional, o diretor do centro pode ser o

pastor/professor de Bíblia daquela instituição, o seu

bibliotecário, ou outra pessoa qualificada para a função.

A comissão administrativa do centro deve incluir o diretor

da escola, o seu tesoureiro, bem como o(s) professor(es)

de Bíblia da instituição, um ou mais pastores distritais,

e pelo menos um membro da igreja. O presidente da

comissão administrativa deve ser o diretor da escola,

e o secretário dessa comissão deve ser o diretor do

Minicentro. O Diretor do Centro de Pesquisas Ellen G.

White do Brasil, bem como o Departamental de Educação

e o Coordenador do Espírito de Profecia da Associação/

Missão a qual a escola pertence, são membros ex-ofício

dessa comissão, sempre que participarem de suas

reuniões.

03. Níveis e MateriaisOs Minicentros Ellen G. White serão classificados

de acordo com o seu respectivo acervo de materiais,

enquadrando-se em um dos três níveis mencionados a

seguir:

Nível Um: Neste nível básico, o Minicentro deve

possuir todas as publicações que constam na lista de

livros exigidos em português.

Nível Dois: Para atingir este nível, o Minicentro

deve possuir todos os livros de Ellen G. White disponíveis

em português; os seus livros em inglês ainda não

traduzidos para o português; os quatro volumes do

Comprehensive Index to the Writings of Ellen G. White; e

a obra biográfica de um volume intitulada Ellen G. White:

Woman of Vision, de Arthur L. White.

Nível Três: O Minicentro neste nível deve possuir

todos os livros de Ellen G. White disponíveis em português

e em inglês (com exceção das coleções de artigos

publicados em periódicos e dos volumes dos Manuscript

Releases); um computador multimídia contendo o CD-ROM

de Ellen G. White (em português ou em inglês); e a série

de quatro volumes Meeting Ellen G. White; Reading Ellen

White; Ellen White’s World; Walking with Ellen G. White, de

George R. Knight.

Confira a Lista no site: http://centrowhite.org

04. Recursos FinanceirosOs recursos financeiros para (1) a compra de

equipamentos necessários, (2) a formação do acervo de

materiais, (3) os custos operacionais do centro e (4) a

atualização do Minicentro são de inteira responsabilidade

da respectiva igreja local ou da instituição educacional a

qual o centro pertence.

05. Onde adquirir os materiaisAcesse o site e descubra como adquirir os

materiais do Centro White.

Credenciamento1. Baixe no site os formulários de abertura de

Minicentros Ellen G. White para igrejas ou escolas. Se

preferir, requisite os formulários através do correio,

telefone ou e-mail abaixo especificados:

Centro de Pesquisas Ellen G. White – Brasil

Centro Universitário Adventista de São Paulo

Caixa Postal 11

13165-970 – Engenheiro Coelho, SP

Telefone: (19) 3858-9033

Fax: (19) 3858-9025

E-mail: [email protected]

Site: www.centrowhite.org.br

Page 32: Revista Publicações

32 | Mantendo Viva a Visão

2. Recebimento pelo Centro de Pesquisas Ellen G.

White do Formulário de Abertura preenchido, avaliação,

aprovação e definição do nível que o Minicentro será

classificado (nível um, dois ou três).

3. Após a aprovação do novo Minicentro, o diretor

do Centro de Pesquisas Ellen G. White, Dr. Renato Stencel,

enviará uma carta oficial estendendo-lhe as boas-vindas

e deixando-o ciente que esse Minicentro está oficialmente

cadastrado e credenciado pelo Centro de Pesquisas Ellen

G. White pelo prazo de um ano.

Obs.: A solicitação de recredenciamento deverá ser

enviada pelo Minicentro no início do mês de novembro,

juntamente com o relatório anual com informações

estatísticas específicas a respeito de suas atividades

para o Centro White e para o coordenador do Espírito de

Profecia da Associação/Missão local.

Um certificado passível de ser emoldurado será

concedido pelo Centro de Pesquisas Ellen G. White

do Brasil a todos os Minicentros que cumprirem as

exigências acima mencionadas. O nome e o endereço de

todos os Minicentros oficialmente credenciados serão

listados no website do Centro de Pesquisas Ellen G. White

do Brasil (www.centrowhite.org.br).

Page 33: Revista Publicações

Curiosidades sobre Ellen G. Whitee sua vida

Anexo 1

33Mantendo Viva a Visão |

• Apesar de ter deixado a escola ainda nova,

Ellen White com a ajuda de Deus escreveu

muitos livros. No total, ela escreveu 100

livros, 160 panfletos e 25 milhões de palavras

aproximadamente.

• Temos 71 livros traduzidos para o português.

• O livro Caminho à Cristo está traduzido para

mais de 150 línguas.

• EGW teve duas mil visões e sonhos. A primeira

ocorreu em dezembro de 1844 e está relatada

no livro “Primeiros Escritos”.

• Sua visão mais longa durou cerca de 4 horas

e aconteceu em Randolph, ao Sul de Boston.

• Nessa ocasião, segurou acima da cabeça, por

20 minutos, uma bíblia pesando cerca de 8

quilos.

• A visão mais curta durou apenas alguns

segundos. É conhecida como a visão da

redinha de cabelo perdida.

• É a quarta autora mais traduzida da história

da literatura, e a escritora (do sexo feminino)

mais traduzida nos Estados Unidos.

• A altura de Ellen White era 1,55 m.

• William F. Albright, o arqueólogo mais

importante do século XX, reconheceu o

verdadeiro dom de profecia em Ellen G. White.

Page 34: Revista Publicações

Pr. Dalney ReisLíder Distrital - Japiim

Anexo 2

34 | Mantendo Viva a Visão

CONDUZIDOS PELO ESPÍRITO

Ao lermos as palavras contidas em 2 Pedro 1: 20 e

21, “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia

da escritura provém de particular elucidação; porque

nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade

humana; entretanto, homens (santos) falaram da parte

de Deus, movidos pelo Espírito Santo”. Não nos resta

outra opção, a não ser, defendermos de forma veemente,

que toda escritura é conduzida por Deus (Espírito

Santo). Na realidade, soprada theopneustos, por Ele.

Mas, o que significa ser “soprada por Deus”? Podemos

pensar na criação de Adão para obter uma sugestão.

Adão, o primeiro homem, foi “assoprado por Deus”, o que

significa que Deus havia literalmente assoprado vida

sobre ele. Deste modo, a vida de Adão era inspirada por

Deus. Foi por isso que ele se tornou alma vivente. A Bíblia

é chamada a palavra viva de Deus porque tem poder para

ensinar, convencer, corrigir e nos instruir sobre como

crescer na plenitude de Deus. A Bíblia é o pensamento de

Deus comunicado à humanidade.

Consequentemente, toda a profecia bíblica teve

sua origem no Espírito Santo. Não é difícil encontrarmos

vários textos na bíblia, onde seus autores, revelam essa

condução proveniente de um Ser Divino: “Disse Deus”,

Gên 1:3, “Então disse o Senhor a Moisés”, Ex.20:22,

“Assim diz o Senhor Deus”, Ez.3:11

Os antigos profetas, proviam um rosto humano

variado e identificável de Deus ao comunicar a mensagem

de salvação ao Seu povo. Essas mensagens podiam se

referir a eventos, tanto do passado, quanto do presente

ou futuro. As mensagens eram dadas para exortar,

instruir, consolar ou predizer o que aconteceria. O

principal trabalho de um profeta era revelar ao povo a

vontade de Deus. A pessoa não acorda um dia e decide

ser profeta, como em muitas religiões atuais. É comum

ouvirmos: “Eu profetizo em tua vida...” “eu determino...”.

Ser profeta é um chamado de Deus, como no caso de

Moisés. Ironicamente a relutância de Moisés em falar

diante do faraó revela um detalhe muito esclarecedor

sobre a obra de um profeta. A tarefa específica que

Moisés temia fazer está no centro do trabalho de um

profeta: servir de porta-voz divino, uma voz que liga a

vontade do Céu à Terra.

No passado, o Espírito Santo conduziu os seus

profetas. Logo cedo, Deus escolheu várias pessoas para

serem Seus profetas. Cada qual teve um trabalho diferente

a fazer, mas cada um pregou arrependimento e salvação.

Enquanto esteve aqui na terra, Jesus viveu e morreu

proclamando essa mesma mensagem. Sua ressurreição

encerrou o trabalho de redenção. Quando Jesus

retornou ao Céu, a primeira igreja cristã estava em fase

de formação, precisando de muita orientação especial,

conselho e encorajamento. Deus viu o que Seu povo

precisava. Então, enviou o Consolador. Posteriormente,

enviou uma mensageira especial, Ellen White, conduzida

pelo Espírito Santo para levar Sua palavra a uma igreja

inexperiente. Essa profetisa e os seus escritos, muito

nos tem ajudado a estar mais próximos do Senhor Jesus.

Alguns críticos questionam a posição da igreja em relação

a aceitação dos seus escritos.

Sendo assim a Igreja Adventista do Sétimo Dia,

através da Conferência Geral, preparou, em 1982, um

documento esclarecendo a relação da Bíblia e Ellen White:

Afirmações: “ Cremos que as escrituras são a palavra

divinamente revelada por Deus e são inspiradas pelo

Espírito Santo, que o cânon das Escrituras é composto

apenas pelos 66 livros do Antigo e do Novo testamento,

que as Escrituras são a palavra de Deus em linguagem

humana, que as escrituras ensinam que o dom de profecia

será manifesto na igreja cristã depois dos tempos do

Novo Testamento, que as Escrituras são o fundamento de

fé e a autoridade final em todos os assuntos de doutrina

e prática. Cremos que o ministério e os escritos de Ellen

Page 35: Revista Publicações

Pr. Dalney ReisLíder Distrital - Japiim

Anexo 2

35Mantendo Viva a Visão |

White foram manifestação do Espírito do dom de Profecia,

que Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo e que

seus escritos, produto dessa inspiração, são aplicáveis

e autorizados, especialmente para os adventistas do

sétimo dia, que o propósito dos escritos de Ellen White

inclui orientação para entender o ensino das Escrituras e

a aplicação desses ensinos, com urgência profética, para

a vida espiritual e moral. Cremos que a aceitação do dom

profético de Ellen White é importante para a nutrição e

a unidade da Igreja, que o uso de fontes e assistentes

literários por parte de Ellen White tem paralelos em

alguns dos escritos da Bíblia. Negações: “Não cremos

que a qualidade ou grau de inspiração dos escritos

de Ellen White seja diferente do das escritura, ou que

seus escritos sejam um acréscimo ao cânon, ou que seus

escritos atuem como fundamento e autoridade final da fé

cristã ou possam ser usados como base de doutrina ou

para substituir o estudo das escrituras. Também não

cremos que as escrituras só podem ser entendidas por

meio dos escritos de Ellen White ou esgotem o significado

das escrituras. Não cremos que os escritos de Ellen

White sejam essenciais para a proclamação das verdades

das Escrituras à sociedade em geral. Não cremos que

seus escritos sejam o produto de mera devoção cristã e

também não cremos que o uso de fontes e assistentes

literários por parte de Ellen White negue a inspiração de

seus escritos.”

Se acreditamos que nos tempos Bíblicos homens

foram conduzidos pelo Espírito Santo para a proclamação

da verdade, se também acreditamos que Deus conduziu

Ellen White para auxiliar a igreja do Deus vivo... Como

então alcançarmos a graça de sermos diariamente

conduzidos pelo Espírito Santo?

Não temos dúvidas então, que, a Bíblia e os escritos

de Ellen White nos levarão a um verdadeiro entendimento

de como devemos buscar o Espírito Santo para a condução

de nossas vidas. A primeira dica da palavra de Deus está

no livro de II Crônicas 7:14, e diz assim: “Se o meu povo,

que se chama pelo Meu nome, se humilhar, e orar, e Me

buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, Eu

os ouvirei dos Céus, perdoarei os seus pecados e sararei

a sua terra”.

Page 36: Revista Publicações

Oração como a base de tudo, Leitura da Bíblia,

humilhação, abandono do pecado, são ações que abrem

portas para que o Espírito Santo possa habitar em nossa

vida. Outro ingrediente poderoso que está incluso neste

versículo que é a fé. Sem fé, é impossível agradarmos

a Deus. Acreditar na existência do Espírito Santo é o

primeiro passo. O Espírito Santo de fato é a terceira

pessoa da trindade, completamente Divino. (At.5:3, 4). Ele

estava presente na criação. (Gen 1:2 e Jó 33:4), Ele está em

todo o lugar, Ele é onipresente. (Sl.139: 7 a 10). Quando a

Bíblia fala do Espírito Santo (Deus), sempre está escrito

em letra maiúscula. Hoje, o Espírito Santo está presente

na vida do crente através dos dons Espirituais

O livro de Atos enfatiza particularmente a vinda

histórica do Espírito Santo no pentecostes, no entanto

não quer dizer que hoje em dia o Espírito Santo vem da

mesma maneira. “Cumpriu-se naquele dia a promessa de

Cristo de enviar o Espírito Santo à igreja; desde então, a

terceira pessoa da Trindade divina está presente na igreja

cristã como dom de Deus em Cristo”. O segredo, porém, é

que tanto no passado como no presente, dependemos de

oração para sermos conduzidos pelo Espírito Santo.

Quando olhamos para a igreja do Novo

testamento, verificamos que era uma igreja que estava

imersa na oração. “Acreditavam que, à medida que

juntos buscassem a Deus, receberiam “poder” ao descer

sobre eles o Espírito Santo.” Deus atendeu às orações

e o Espírito Santo desceu sobre eles poderosamente no

pentecostes, e quase três mil pessoas foram batizadas.

Os primeiros cristãos entendiam que o segredo do poder

estava na comunhão com Deus. “A oração abre nossa

vida ao poder purificador de Deus. Durante a oração, o

Espírito Santo examina nosso coração, vemos pecados

escondidos e defeitos em nosso caráter que nos impedem

de ser as testemunhas poderosas que Ele espera. A

oração nos leva a uma relação íntima com Jesus. Na

oração abrimos nossa mente à guia do Espírito Santo e

buscamos Sua sabedoria, e não a nossa”. A vida de nosso

Senhor Jesus Cristo, enquanto esteve neste mundo, era

uma vida inteiramente de oração.

Quando Jesus subiu ao Céu, Ele prometeu que nos

enviaria um consolador, a grande benção é que Ele disse

que o Consolador habitaria em nós. Ellen White nos diz:

“A obra do Espírito Santo é imensuravelmente grande.

É dessa fonte que, poder e eficiência vêm ao obreiro de

Deus; e o Espírito Santo é o Consolador, como a presença

pessoal de Cristo para a alma.” Se mantivermos uma vida

de oração, o Espírito Santo manter-se-á em nós. O Espírito

Santo quer ser o nosso professor particular, o nosso

Consolador diário, o nosso guia pessoal, o nosso protetor

que nos livra do mal.

Nosso maior perigo hoje é postegar nossa decisão

de purificar o nosso ser amanhã. “Hoje, se ouvirdes a

Sua voz, não endureçais o vosso coração”. Hb 3:7 e 8.

O batismo do Espírito Santo deve ser um pedido diário.

Quando Jesus andou neste mundo, nEle se manifestaram

essencialmente todos os dons do Espírito. Em seu

ministério, foram vistos os dons de ensinar, evangelizar,

curar e muitos outros. “Portanto, é verdade que, quando

Cristo vive em um crente por meio do batismo do Espírito

Santo, Ele passa a manifestar por meio do crente os

dons espirituais.” Essa é a maneira pela qual, podemos

compreender, que o Espírito Santo habita em nós.

REFERÊNCIAS

1. Ellen White, Atos do Apóstolos Cap. 42. Francis Nichol, Respostas a Objeções. 3. Dennis Smith, O batismo do Espírito Santo.4. Russell Burril, Como reavivar a igreja do Século 215. Tratado de Teologia, Cap. 4

36 | Mantendo Viva a Visão

Page 37: Revista Publicações

o que Ellen White diz

sobre Colportagem e seleção de Colportores

Conheça todos os benefícios dotrabalho da Colportagem.Ligue para 092 2125-6909

092 8122-8578

Cuidado na seleção de obreiros — A obra da colportagem é

mais importante do que muitos a têm considerado, e tanto

cuidado e sabedoria devem ser usados em escolher obreiros

para ela como em escolher homens para o ministério. Moços

podem ser preparados para fazer melhor trabalho do que tem

sido feito e com muito menos remuneração do que muitos têm

recebido. Elevai a norma; e que os que são desprendidos e

abnegados, que amam a Deus e a humanidade, se unam ao

exército de obreiros. Que venham, não esperando facilidades,

mas para serem valorosos e de bom ânimo sob objeções e

contratempos. Venham os que podem dar um bom testemunho

de nossas publicações, por isso que eles mesmos apreciam

seu valor. — Testimonies for the Church 5:405, 406 (1885).

Os que sentem a responsabilidade do serviço — Visto como o

colportar com nossa literatura é uma obra missionária, deve ser

executada de um ponto de vista missionário. Os que são

escolhidos como colportores, devem ser homens e mulheres

que sintam a responsabilidade do serviço, cujo objetivo não

seja conseguir lucros, mas proporcionar luz ao povo. Todo o

nosso serviço deve ser feito para a glória de Deus, a fim de dar

a luz da verdade aos que estão em trevas. Os princípios

egoístas, o amor ao ganho, à dignidade ou à posição, não

devem ser mencionados nenhuma vez entre nós. —

Testemunhos Selectos 2:536 (1900).

Quero Colportar

Trabalhar com vigor, pregar com amor. Venha ser um evangelista da página impressa.

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Preencha este cupom e entregue para seu pastor distrital ou para a organização do Concílio.

Page 38: Revista Publicações

Quer ter uma coleção dessapor quase metade do preço?É simples, é fácil, saiba como a seguir...

Quero comprar a Coleção.

R$ 799,00à vista

Existem três formas de adquirir a coleção completa do Espírito de Profecia:

1 – No site da Casa Publicadora Brasileira2 – Na Loja do SELS3 – Na Casa Aberta

Esta coleção está sendo comercializada pelo valor de: R$ 1543,40

A ACeAm pensando em você e na relevância desses livros em sua casa, está promovendo o programa Coleção White 100. Este programa surgiu para você que sabe da importância de ter uma coleção dessa em sua casa.

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QUANTAS COLEÇÕES: _______________ DATA DO PAGAMENTO: ____/_____/______

FORMA DE PAGAMENTO: Dinheiro Cartão

Como funciona?

1 – Preencha o canhoto abaixo e destaque, entregando para a

direção de publicações da ACeAm;

2 – Você terá até o dia 30 de Julho de 2014 para efetuar o

pagamento na ACeAm, o mesmo poderá ser feito à vista, ou

dividido em até 6 vezes no cartão de crédito.

3 – A Coleção chegará na ACeAm até o dia 30 de Novembro e

poderá ser retirada por você na Loja do SELS ou por seu Pastor

Distrital.

4 – O preço da coleção será de R$ 849,00 para quem realizar o

pagamento no cartão de Crédito e R$ 799,00 para quem

realizar o pagamento à vista.

5 – Esta coleção contém 46 livros.

OBSERVAÇÃO

Para que a Coleção completa fique neste preço, será necessário que no

mínimo 100 pessoas adquiram-na dentro do período estipulado, caso

contrário, devolveremos o dinheiro integral de quem já tiver realizado o

pagamento e cancelaremos a oferta especial oferecida pelo programa,

portanto, só depende de você!

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A ACeAm pensando em você e na relevância desses livros em sua casa, está promovendo o programa Coleção White 100. Este programa surgiu para você que sabe da importância de ter uma coleção dessa em sua casa.

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5 – Esta coleção contém 46 livros.

OBSERVAÇÃO

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MeticulosoPersuasivoOusado

Competitivo

ObedienteRacionalInovador

Lógico

EleganteDisciplinadorGregário

Dinâmico

EmpáticoMedrosoAfável

AnalíticoExploradorPaciente

Aventureiro

CompreensivoAmigávelVigoroso

Polido

PreocupadoConvincenteGentil

Descobridor

EloquentePerseveranteTeorizador

Sério

Bom RedatorAtraenteReservado

Estruturador

Bem HumoradoAmávelAssertivo

ExigenteEmpolganteAvaliador Despretencioso

DescontraidoSofisticado

Religioso

Bem QuistoJulgador

IntuitivoZeloso

Técnico

PrestativoAudaz

RespeitosoDiplomático

Popular

EmotivoCuidadoso

SatisfeitoTolerante

Persistente

PráticoHolístico

EstimadoPassivo

Corajoso

TáticoBem Educado

DespreocupadoMagnânimo

Muita Iniciativa

CríticoCinestésico

PlanejadorIntegrador

Harmonioso

InteressanteLeal

ConscienciosoInvestigador

Atencioso

ConvencionalSeguro de Si

LADO APPD - Pesquisa de Potencial e Desempenho

InstruçõesMarque as palavras abaixo que, no seu enteder, descrevem como os outros querem que você atue no seu ambiente

profissional.

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2011© - Todos os direitos reservados ao Sistema Apse. Não está autorizada a reprodução parcial ou completa, a transmissão por qualquer meio ou a tradução para linguagem de máquina, desta pesquisa, sem a expressa autorização por escrito dos autores/publicadores.

MandãoInternalizador

Escapista

ModestoEquilibrado

EgoistaAnimado

Responsivo

OrdenarConfiável

DesinteressadoEgocêntrico

Tímido

CultoResoluto

FlexívelImpaciente

Fora de Série

TranquiloDevoto

FinancistaCaridoso

Alegre

EspirituosoObstinado

Elaborar ConceitosDetalhista

Cínico

SociávelCalmo

CompatívelVersátil

Generoso

CompartilhadorImplementador

SentimentalAgradável

Administrador

DócilEnsinar Bem

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