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1 | REC + Ano 4 | Edição 37 | Março 2013 | R$ 6,90 OS AMIGOS JULIO (ESQ.) E VINICIUS NÃO VEEM PROBLEMAS EM VIVEREM LONGE DO MAR. SÃO ADEPTOS DO CHAMADO “TURISMO DO SURF”, E JÁ RODARAM O MUNDO ATRÁS DAS MAIS PERFEITAS ONDAS SURFISTAS DO INTERIOR ENTENDA O PORQUÊ DEIXARAM O SECO PARA CAÍREM NA ÁGUA TERCEIRA IDADE A ÁGUA É INDISPENSÁVEL AOS ATLETAS E PARA NOSSAS VIDAS NUTRIÇÃO A REESTRUTURAÇÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO DA ORLA LIMEIRENSE ATLETISMO PROVANDO QUE UM ROMEIRO TAMBÉM É UM SUPERATLETA ROMARIA

Revista Rec 37

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Surfistas Caipiras

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nossas vidas

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romaria

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Ficamos felizes em trazer o surf como personagem principal da edição 37. Há alguns anos atrás, e não são tantos assim, os surfistas eram consi-derados um bando de maltrapilhos que não traziam quaisquer benefícios para a sociedade. Hoje, o surf é tratado como um esporte inteiramente saudável e acessível a qualquer pessoa que queira praticá-lo. Além disso, o surf já representa um importante meio de desenvolvimento turístico e econômico para algumas regiões, até para Limeira. Quem explica como funciona o chamado “turismo do surf” são os amigos surfistas Julio e Vi-nicius, que rodam o mundo atrás das melhores ondas para surfar. Como em março, dia 22, comemora-se o Dia Mundial da Água resolvemos pu-blicar nessa edição um conteúdo, digamos, aquático: a coluna “Nutrinfor-ma” traz a importância da água em nossas vidas; também teremos uma matéria sobre hidroginástica para pessoas da terceira idade. Do mais, é como escrevi na edição passada: reportagens, reflexões, opiniões, hu-mor... tudo cabe e, ainda assim, nada resume a publicação. Até a próxima.

Igor Voigt

JORNALISTA

revista rec: Resenha Esporte Clube

diretores: Danilo Galzerano e Igor Voigt

revisão: Soraya Figueiredo Dantas

diagramação e criação: Paolo Di Luca

foto de capa:Renata Stradiotto

Jornalista responsável: Igor Voigt - MTB 59231/SP

circulação: Limeira- SP

distribuição: condomínios residenciais, clínicas e consultórios, clubes, academias, restaurantes, bares, empresas, bancas e assinantes.

ano 04, edição 37 - março/2013.

Todo o conteúdo dos anúncios publicitários contidos nesta edição é de responsabilidade dos anunciantes. A REC conta também com especialistas da área da saúde que darão maior embasamento ao contexto geral da revista. Lembramos que especialistas e colabo-radores não possuem qualquer vínculo empregatício com a REC. É proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização.

PUTZ, ERRAMOS: Na capa (edição 36) as palavras “sobra” e “Berfort” estão erradas. O correto seria sobre e Belfort.

telefone: (19) 3713-9265

twitter: @revista_rec

facebook: REC Resenha Esporte Clube

e-mails: [email protected]@[email protected]

site: resenhaesporteclube.com.br

EDITORIAL

EXPEDIENTE

CONTATO

Na crista da onda

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Terceira Idade

Romaria

Fisioinforma

Turismo do surf

Abre aspas

Nutrinforma

Ciências do Esporte

Atletismo

GameInfo

Entenda o porque deixaram o seco para caírem na água

Provando que um romeiro também é um super-atleta

Avaliação Isocinética auxiliando a medicina esportiva

Surfistas de Limeira rodam o mundo atrás de ondas

Veja o que andam falando sobre o esporte de Limeira

A água é indispensável aos atletas e para nossas vidas

Futebol se ensina?

A reestruturação e profissionalização da ORLA limeirense

Video game e mobilidade: um novo horizonte

Março 2013edição 37

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01 10Foto da capa: Renata Stradiotto

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odo mundo sabe que envelhecer é uma fase normal da vida humana e deve ser considerada como tal. Também sabemos que a situação do idoso em nossas famílias

e no seio da sociedade é muito delicada. A socieda-de de consumo, com seu espírito de produtividade, rendimento e eficiência, considera o idoso um peso, alguém que onera a sociedade e não lhe fornece be-nefícios econômicos de forma direta, dando a impres-são de que o idoso é marginalizado.

Caminhada ou outros exercícios realizados em ambientes secos estão fora de moda entre os idosos. Eles migraram para as piscinas,

e estão praticando hidroginástica

T

Terceira idade

texto e fotos | Igor Voigt

Além disso, quando chega a fase de envelhecimento, além destas, muitas outras mudanças ocorrem que vão caracterizando o idoso. Uma das principais é a re-dução da capacidade de executar sua função como pessoa física, trabalhar, ter seus afazeres etc, que ocor-re devido à perda quantitativa e qualitativa de células que acabam resultando em tecidos flácidos, desorga-nização do tecido conjuntivo, diminuição da atividade específica dos órgãos, redução da água corporal, o que leva a desidratação, redução do consumo de oxigê-

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nio. Devido à falta de exercícios físicos, os músculos vão perdendo as forças e as articulações debilitadas; muda-se a postura podendo até surgir deformidades caso haja doenças no sistema locomotor.

Nos idosos o envelhecimento físico se evidencia, ba-sicamente, pela perda da força e da forma muscu-lar, dando uma imagem pesada e até mesmo gasta ao corpo devido ao tempo que se acumula, sendo que uma das atividades mais recomendadas entre os médicos para reverter este quadro é a hidroginástica, principalmente pelo fato de ser realizada na água.

O professor de natação Marcelo Teixeira Queiroz, do Centro Aquático de Limeira, localizado no Jardim Piza, explica o porquê dos idosos estarem migrando para exercícios realizados dentro da água. “Quando fazemos exercícios dentro da piscina, com a água na altura dos ombros, nosso corpo fica aproxima-damente 80% mais leve, facilitando o trabalho car-diorespitarório: devido ao efeito da flutuação temos menos impacto, cerca de 90%, com isso podemos caminhar, saltitar, correr, pular, queimando mais calorias e sem prejudicar as articulações, principal-mente joelho, quadril e coluna; o equilíbrio: com

alongamentos e o balançar da água, ao fazer os exercícios é trabalhado o equilíbrio e postura; a cir-culação sanguínea: por estar com o corpo na posição vertical, água causa uma pressão nas pernas facili-tando o retorno venoso e também aliviando quem tem problemas de varizes; e o controle do estresse: a hidroginástica também é eficiente para combater o estresse. Alongamentos e a massagem proporcio-nada pela turbulência da água ao fazer os exercícios relaxam o corpo”, completa o professor Marcelo.

De acordo com Marcelo o idoso não ganhará mús-culos praticando hidroginástica, mas desenvolverá muito seu tônus muscular. “O idoso vai trabalhar o fortalecimento dos músculos necessários para prote-ger as articulações. Além disso, diminuirão as dores, facilitando os movimentos e as atividades do seu dia a dia”. O professor reforça ainda que os exercícios dentro da piscina ajudam até na recuperação psico-lógica do idoso. “Através da evolução ao executar os exercícios, a socialização e a alegria das aulas aqui no Centro Aquático, cria-se uma melhora na auto-estima, bem como uma evolução na qualidade de vida e manutenção na capacidade funcional durante o processo de envelhecimento”, diz Marcelo.

“Certifique-se queseu professor éespecializado e

registrado no CREF. Procure fazer pelo

menos três aulas por semana para terresultados mais

efetivos. Não fazer aula em jejum”.

(Marcelo Queiroz, professor de natação)

“Estou fazendo hidroginástica há três meses, duas vezes por semana. Vim por indicação de um médico para

tratar o problema de artrose que tenho no braço direito. Os resultados apareceram logo depois do primeiro mês. Hoje consigo dormir normalmente, coisa que já não fazia há muito tempo. Estou tão feliz que nem voltei mais ao

médico. Antes da hidro vivia à base de remédio, e fiz vinte sessões de fisioterapia, mas de nada adiantou”.

(Erenice Oliveira Hichano – 67 anos)

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Melhor capacidadecirculatória e respiratória

Maior flexibilidade nasarticulações e aumento dosmovimentos articulares

um programa de hidroginástica voltada para tercei-ra idade”. Porém, Marcelo alerta para que se faça uma avaliação médica antes de iniciar o idoso em qualquer atividade física. “Como toda atividade fí-sica, existem contra indicações: feridas abertas, dia-béticos não controlados, pessoas com aneurismas, insuficiência cardíaca grave, febre, entre outros. Re-comendamos sempre fazer uma avaliação com seu médico para que ele recomende a melhor ativida-de”, finaliza o professor.

Terceira idade

Uma das principais causas de acidentes e de in-capacidade na terceira idade são as quedas, pois acabam prejudicando muito sua autonomia física. Geralmente acontecem por dificuldade no equilíbrio, fraqueza muscular, anormalidades no passo, doença cardiovascular e alteração cognitiva. “Conseguimos uma grande melhora nesses e outros aspectos com

Prolongamento da vida

Conheça outros benefícios da Hidroginástica

Maiorresistência

física

Prevenção, manutenção ou até recuperação

MovimentosEquilíbrioCardíaca

Coordenação

Resultados

Aparecem osprimeiros sinais

4 Semanas 12 Semanas 6 meses em diante

Melhoraespressiva

Avanços progressivose mais estáveis

Melhor capacidade de raciocínio

Diminuição de sintomas de doenças cerebrais

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Romaria a pé não é turismo religioso, tão pouco um exercício de caminhada com o intuito de emagrecer. Realizar esse laboratório jornalístico é uma forma de mostrar o quanto é duro percorrer os 342 km entre Limeira e Aparecida do Norte. É tentar mostrar um pouco como realizam suas preparações físicas para o evento. Enfim, esse trabalho só foi feito para mostrar que todos os romeiros são, de fato, superatletas. Confira!

LaboratorioJornaListico

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peregrinar indo ao encontro da superação do corpo, para revigorar a alma. É saber-mos que a cada passo dado, não somos nós, mas é o próprio Deus, revivendo

em nós sua santa e dolorosa paixão. É derramar lá-grimas, muitas lágrimas, pura e simplesmente por amor. É se lembrar de oferecer cada dor por cada um

que nos pediu intercessão e pelos que não pediram também. É ter consciência de quão grande a graça é poder padecer algo por amor a Deus”. Depois de ler esse trecho da poesia “Romaria, o que és roma-ria?”, de um autor desconhecido, decide fazer um laboratório jornalístico e sentir na pele o que é ser um romeiro, pelo menos por um dia.

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romaria

Bolhas, calos, dores musculares, câimbras, sede, reflexão e fé. Todo esse cenário faz parte da vida de um romeiro. Nada muito diferente da vida dos superatletas

Romeiro por um diatexto e fotos | Igor Voigt

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A tradicional romaria a pé de Limeira até Apare-cida do Norte, com 342 quilômetros de distância e oito dias de caminhada, partiu no último dia 21 de março para sua vigésima oitava edição entre os homens. Ao todo peregrinaram mais de 265 romeiros, no entanto, até o fechamento da edição da revista, não sabemos se houve alguma desis-tência, principalmente por motivos físicos.

Por isso, promovi esse laboratório com a intenção de descobrir como os romeiros fazem a preparação física para essa ultra “prova de resistência”. Pois bem, descobri: sebo nas canelas e caminhada, nada além disso. Escolhi o sábado, dia 2 de março, num sol de quase 30º. Besuntei a parte interna das minhas coxas com óleo de cozinha, coloquei uma bermuda térmica, esparadrapo nos dedos e calcanhar dos pés, e segui para o “treino da hor-ta”, como chamam o caminho por onde andamos. Participaram comigo dessa experiência os romei-ros Valdemir, Edilson, Fernando, Reinaldo – todos com uma ou mais Romaria, além do novato Peter.

Iniciamos o treino às 3h:30 min., saindo da casa do Edilson. Depois de 5 km de mais subidas do que descidas, caminhando nos arredores do bar “Zé do Pote”, comecei a sentir os primeiros sintomas do meu despreparo físico. Já não conseguia acom-panhar os ponteiros e minha temperatura interna aumentava consideravelmente. Levei uma garrafa d´água de dois litros cheia, porém tinha que dosar minha sede, já que não estávamos nem perto da metade do treino.

Alguns quilômetros à frente, já como um retar-datário, fizemos uma breve parada – tempo para juntar o grupo e tomar mais um pouco de água. Nesse momento minhas pernas começavam a en-

durecer, dobrar com dificuldade, principalmente na parte de trás dos joelhos. Enquanto caminhá-vamos fui batendo um papo com meus parceiros de treino, tentando entender o motivo pelo qual realizam tamanho sacrifício. O motorista Valdemir José da Silva - o Val, de 56 anos, partiu para sua 14ª Romaria e, segundo ele, essa e todas as outras foi por um único propósito: agradecer. “Vou para agradecer tudo o que tenho: família e trabalho”.

Em sua terceira participação, o vendedor Edilson José Dalpra, 46 anos, sabe que um bom treina-mento é a melhor receita contra o fracasso. “O treino é de suma importância. Sem treino você chega só por um milagre de Deus. Treinar bastan-te é chegar lá sem sacrifício, pois o caminho é dolorido. É necessário, no mínimo, seis meses de treinamento. E tem mais: você pode treinar seis meses, mas na hora tudo muda. Falamos que trei-no é treino, jogo é jogo. Sofrer é normal. Nas duas vezes que fui tive algumas bolhas, dores muscu-lares e muitas câimbras. Tudo normal. Tem pesso-as que vão há vinte anos e também sofrem com isso”, diz Edilson.

Caminhados dois terços do percurso, já ultrapassa-do uma grande horta que dá o nome a esse treino, minha performance só piorava, tanto que não con-

Fernando (dir.) treinando com Valdemir, seu padrinho na Romaria

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seguia mais acompanhá-los e passei a andar no final da fila, tendo como companheiro meu amigo Fernando Vaz Sartori, 28 anos. Sofria com câim-bras nas duas panturrilhas, e nem alongando con-seguia relaxar a musculatura das minhas pernas. Sem água, nos restou chupar laranjas dos vários pomares daquele local.

Passado esse trecho, já com mais de duas horas de caminhada, saímos no Bairro dos Pires e começa-mos a andar no asfalto, quente, muito quente. Com a respiração bastante ofegante pouco conversava

com meus companheiros, só os ouvia. Fernando, por exemplo, treinava para sua terceira Romaria, sempre lutando contra as dores nos seus dois jo-elhos operados. “No esquerdo fiz uma artroscopia e no direito operei o ligamento cruzado anterior. Quando inicio meus treinos sinto um pouco de dor nos dois joelhos, mas depois acostumo e tento controlar a dor. Estou treinando desde novembro, e na verdade não são só meus joelhos que doem, dói o corpo inteiro. Não adianta nada ter um bom preparo físico e estar com a cabeça fraca. No final das contas a recompensa de todo meu sacrifício

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vem quando avisto o relógio da Basílica de Nossa Senhora de Aparecida”, completou o técnico em segurança do trabalho.

Com a noite caindo e quase três horas de treino meu corpo estava todo dolorido. Para piorar minha situação usei um tênis impróprio para esse tipo de exercício. Resultado: bolhas e mais bolhas nos meus dois pés. Minha resenha com o autônomo Reinaldo José Pimen-tel, 34 anos, que foi para sua segunda Romaria, foi um sarro. Bastante extrovertido Reinaldo tinha como meta perder nove quilos até sua partida para Apare-cida. “Quando comecei a treinar para minha primeira Romaria estava com 125 quilos. Na descida parecia um caminhão carregado, descia que era beleza, mas na subida... Voltei da Romaria e não me cuidei, e meu peso voltou quase ao que era. Dessa vez quero fazer diferente e usar a Romaria para melhorar minhas con-dições físicas, por isso, depois que voltarmos pretendo continuar fazendo caminhada, além de musculação”, revela Reinaldo.

Convidado para participar da Romaria pelo seu amigo Reinaldo, o consultor administrativo, Peter José Borges Neves, 41 anos, disse não ter um propósito definido para caminhar até a cidade santa, porém achava que durante o caminho conseguiria descobrir o motivo. En-tre todos os meus parceiros de treino foi Peter quem mais se preparou. “Comecei a treinar em outubro do ano passado, três ou quatro vezes na semana, pelo menos três horas cada treino. Depois treinava todos os dias praticamente. Perdi mais de dezesseis quilos. Não tinha horário para comer, comia muita porcaria-da e bebia bastante cerveja. Hoje voltei a comer uma alimentação saudável, na medida e hora certa. Estou

determinado e não entro para perder. O meu lado fí-sico não me preocupa, mas o psicológico pode fazer com que fique abalado, refletindo negativamente na minha performance física”, analisou Peter.

Completamente exausto, cheguei, por último, ao fi-nal do treino. Foram pouco mais de dezesseis quilô-metros e 3h30 min. de caminhada. Já era noite e só então descobri o que é ser um romeiro. Ser romeiro é fazer longas caminhadas, é treinar o corpo e a mente, é sentir muitas dores, é ser recompensado através da fé, enfim, como diz a poesia, ser romei-ro é: “Peregrinar indo ao encontro da superação do corpo, para revigorar a alma”.

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á é possível avaliarmos o paciente de uma forma precisa em relação a força muscular de determinada articulação. A avaliação iso-cinética nada mais é do que verificarmos a

força de cada membro, saber os desequilíbrios mus-culares, e a partir daí estabelecer um treino de aca-demia específico, sabendo onde estão as desvanta-gens que precisam ser melhoradas, prevenindo as lesões musculares. No caso de pós-cirurgia, o teste

J é muito importe para podermos dar continuidade ao tratamento tendo mais segurança na volta a ativi-dade física, pois ela consegue dar em números e porcentagens o nível muscular da articulação. Já é utilizada em quase todos os clubes de ponta do es-porte mundial e aqui em nossa cidade os jogadores de basquete da Winner/Kabum Limeira já realizam todos os anos, apresentando bons resultados na pre-venção de lesões durante a temporada.

avaliação isocinéTicaAtualmente existem diversos recursos tecnológicos que estão ajudando a

medicina esportiva a ter melhores resultados tanto na prevenção quanto na recuperação de lesões em atletas ou praticantes de atividade física

Gregory BuckFisioterapeuta [email protected]

FisioinForma

fotos: Arquivo pessoal Gregory Buck

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Vantagens

• A avaliação oferece dados bastante objetivos e válidos que permitem direcionar um progra-ma de treinamento e/ou reabilitação;

• Há diminuição da sobrecarga muscular, visto a resistência do aparelho contra o movimento a ser realizado. Portanto, se o paciente apre-sentar dor durante o movimento ele respon-derá com diminuição de força e o aparelho imediatamente diminuirá a resistência forneci-da, oferecendo acomodação para dor e fadiga;

• Permite que o músculo seja exercitado com o máximo de força em todo o movimento, uma vez que a velocidade do exercício é controlada;

• Permite reprodutibilidade de teste para com-paração de resultados antes e depois de um período de reabilitação/ treinamento;

• Permite isolar grupos musculares, determi-nando onde ocorrem os déficits.

A avaliação isocinética, então, permite o estudo da função dinâmica dos músculos através da avaliação quantitativa do arco de movimento, da força e de variáveis do desempenho muscular. Esta avaliação consiste na aplicação de uma resistência variável denominada acomodativa a uma contração muscu-lar voluntária máxima durante movimento angular constante. A velocidade do movimento é fixa, con-trolada e pré-selecionada. Avalia-se a força muscu-lar desenvolvida pelos grupos musculares através do pico de torque, da capacidade do músculo em de-senvolver força ao longo do arco de movimento (po-tência); do trabalho total que é avaliado pela área da curva do torque e arco de movimento (quanto mais uniforme a curva melhor é a distribuição de força ao longo do arco de movimento); resistência muscular através do índice de fadiga (capacidade em manter determinada atividade). A avaliação pode ser apli-cada no eixo das articulações de tornozelo, joelho, quadril, punho, cotovelo, ombro e coluna.

Por permitir analisar esses dados, a avaliação isocinéti-ca mostra-se adequada para avaliação muscular dinâ-mica em relação às outras existentes. O dinamômetro isocinético permite a avaliação objetiva e direta. Com tais dados é possível também definir deficiências de força, potência e resistência de um grupo muscular.

O avaliador escolhe as velocidades necessárias para que se possa conseguir os dados acima e o pacien-te realiza o exercício para a articulação que precisa ser testada, desempenhando sua força máxima. A re-sistência do dinamômetro isocinético varia de acordo com a força aplicada pelo paciente; portanto, quan-to mais força fizer, mais resistente o aparelho fica e vice-versa. A isso chamamos resistência acomodativa.

Ao realizar o teste o indivíduo obtém osseguintes dados:

• Força máxima e média;• Força desenvolvida em relação ao pesocorporal;• Comparação da força entre os lados direito e esquerdo (lesado e não lesado);• Potência do músculo testado;• Relação de equilíbrio entre os músculos querealizam o movimento;• Resistência do músculo testado.

Aval iação

Desta forma, a avaliação se realiza de forma segu-ra, pois o aparelho sempre vai responder de acor-do com a capacidade individual, com uma carga adequada de trabalho. Diferentes movimentos po-dem ser avaliados e tratados e todas as principais articulações do corpo são capazes de serem avalia-das/tratadas. O aparelho pode ser usado também para treinamento muscular com resultados signi-ficativos no ganho de força e equilíbrio muscular.

Hélio, armador da equipe Winner/Kabum, realizando teste ainda

na pré temporada

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A avaliação isocinética é essencial para atletas a fim de avaliar risco de lesões e orientar seu pro-grama de treinamento/reabilitação. Também é in-dicada para pessoas que sofreram lesões do siste-ma músculo–esquelético (músculos, articulações, ligamentos, tendões), além de indivíduos que fo-

ram submetidos a cirurgias – possibilitando melhor avaliação dos resultados pós-reabilitação.

A avaliação está contraindicada em situações de mui-ta dor, limitação severa da amplitude articular, incha-ço importante, lesão muscular aguda, luxação agu-da ou hipertensão arterial não controlada, problema discal agudo (lombalgia aguda, por exemplo), fratura não consolidada, gravidez, epilepsia, aneurisma, pro-blema pulmonar ativo, cirurgia recente etc.

FisioinForma

Indicações econtraindicações

Leandro, pivô da Winner/Kabum, realizando teste com fisioterapeuta Gregory Buck

Dalla, lateral da Winner/Kabum, acompanhando os

resultados junto aos avaliadores

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A distância pouco importa! Vinicius (dir.) e Julio abrem mão da balada por um final de semana dentro d´água. Para eles ser surfista é ter um estilo de vida próprio e, por isso, fazem de tudo para levar uma vida saudável, sem extravagâncias. Os dois procuram surfar pelo menos a cada dez dias, e fazem parte de uma estatística que só cresce: o “turismo do surf” está na moda e ganha força até entre os surfistas do interior paulista. Confira!

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posto que já observou o pedágio da Imi-grantes no início de um feriado prolon-gado e com sol, e ficou impressionado com o número de carros com pranchas

no rack. Seriam todos eles surfistas? Vale lembrar que naqueles carros também encontraremos bolas de futebol ou raquetes de tênis, mas pouquíssimos deles se auto definiriam como tenistas ou jogado-res de futebol, mas certamente todos, sem exceção, vão virar o bicho se alguém achar que eles não são surfistas. Se pesquisar na internet verá que o núme-ro de surfistas aqui no Brasil variam entre 300 mil

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Mesmo estando a 220 km da praia mais próxima de Limeira, a cidade está cheia de surfistas. O litoral brasileiro já ficou pequeno para eles,

tanto que estão rodando o mundo atrás das ondas

Turismo do surf cresce no interior paulista

e 3 milhões, algo em torno de 1000% de variação, portanto nem quero entrar no mérito desses núme-ros, quero apenas ressaltar que o surf está na crista da onda, até entre os limeirenses.

O sonho de qualquer surfista é encontrar a melhor onda no local mais desconhecido. O que faz dos surfistas uma comunidade de pessoas com uma predisposição para empreender viagens a regiões remotas do país que vive ou, até, do planeta, mo-vidos apenas pela vontade de surfarem “essas” ondas. É esse espírito explorador dos surfistas que

Turismo do surF

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Vinicius e Julio no Píer da praia de Huntington Beach, na Califórnia

texto e fotos | Igor Voigt

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os leva, muitas vezes, a serem responsáveis pela descoberta de novas localidades de surf.

O limeirense Vinicius Monteiro, 31 anos, vive seu coti-diano atrás dessas ondas, mas não como surfista pro-fissional, e sim trabalhando como agente de turismo de surf em uma empresa da capital paulista. “Quem é que não gostaria de ser um surfista profissional? Essa é uma profissão dos sonhos mesmo. Ser pago para via-jar o mundo atrás das melhores ondas é simplesmen-te a vontade de todo surfista, não necessariamente um surfista profissional, mas apenas um freesurfer, viajando e conhecendo ondas perfeitas pelo mundo”, diz Vinicius que vê no surf um estilo de vida e não um simples hobby. “Comecei a surfar com 12 anos de idade. Foi meu primeiro contato com uma prancha de verdade. Aprendi a surfar sozinho mesmo, vendo amigos lá em Ubatuba e também assistindo à muitos vídeos de surf. Hoje em dia o surf representa tudo, mi-nha profissão, meu escape, minha maneira de pensar e agir, enfim meu estilo de vida”.

Para o estudante e surfista Julio Magalhães Felício, 27 anos, nascido na cidade de Itajobi-SP e limei-rense de coração, o esporte passou a ser seu hobby depois de uma séria contusão sofrida em seu joelho. “Comecei surfar um pouco velho. Sempre andei de skate, corria campeonatos, tinha patrocínio, mas um dia treinando na pista de Jaguariúna rompi os liga-mentos do joelho e acabei perdendo totalmente o foco. Tive a necessidade de abandonar o skate por um tempo e cuidar do meu joelho, foi aí que conheci o surf através de amigos que praticavam e senti que o impacto para o joelho era muito menor. Comecei devagarzinho e nunca mais parei”, conta o eclético Itajobiense devorador de música eletrônica, rock, re-ggae e fã das bandas Prodigy, Papa Roach, Slipknot, Wu-tan-clan entre outras.

Vinicius e Julio são unânimes quando o assunto é a profissionalização do surf como um esporte de alto rendimento. Para ambos a imagem de que os surfistas eram irresponsáveis, maconheiros ficou no passado. “Acredito que com a exposição na mídia e grandes empresas investindo, o surf hoje em dia é visto como um esporte saudável, praticado até por grandes executivos”, diz Vinicius. Na mesma onda, Julio que morou um ano na Austrália lembra que no país dos Cangurus é fácil encontrar famílias de surfistas. “Lá é uma paixão nacional, você vê o pai levando o filhinho para surfar. Faz parte da cultura do país. Essa evolução é nítida, porque você vai surfar e o numero de praticantes e pessoas de todas as ida-des dentro da água é cada vez maior”, ressalta Julio.

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O Itajobiense Julio tem a alma caiçara e sonha um dia morar no Rio de Janeiro. Já surfou em várias praias do litoral paulista e de Santa Catarina, além de entubar umas ondinhas pelo mundo. “Surfei no México - Puerto Escondido; Peru - San Bartolo; Austrália - Gold Coast; Indonésia - Bali, Lombok e Sumbawa. Essas experiências só trouxeram coi-sas boas e que levarei por toda minha vida. Tudo que vivenciei só me fez crescer como ser huma-no”.Vinicius também já rodou o mundo. O agente de turismo dropou algumas ondas na Costa Rica,

Rodando o mundo atrás das ondas

Turismo do surF

Nicarágua, Sri Lanka, Peru e em alguns países da Europa. Inclusive já surfou na Califórnia na com-panhia do próprio Julio e de um grupo de amigos limeirenses. “A última viagem que fiz com meus amigos foi para o norte do Peru, em Lobitos. Está-vamos em cinco limeirenses e foi muito divertido, pois como somos amigos a viagem fica muito me-lhor, já que além da amizade, é risada o dia inteiro e não tem stress. ‘Roubadas’ são normais em via-gem de surf. Por algum motivo a Cia. Aérea extra-via suas pranchas, longas esperas em aeroportos, carro encalhado e o idioma de outros países que, às vezes, se torna muito engraçado pelo fato de não sermos fluentes, mas arrumamos um jeito de se comunicar”, minimiza Vinicius.

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Keramas, Bali, Indonésia Lakey Pike, Sumbawa, Indonésia

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Turismo do surF

Geralmente, quando os surfistas saem do mar es-tendem o surf para o seu dia-a-dia, seja através da maneira de se vestir, no seu comportamento em grupo, na sua preocupação ambiental, nas suas de-cisões de consumo, em suas conversas, em seus horários - onde abrem mão de uma balada noturna para acordar cedo para surfar, enfim vivem para e em função do esporte. Entretanto, morando no inte-rior e sem praia, praticar os hábitos de um surfista é fácil, o difícil é viver sem o mar.

Esse deslocamento até uma cidade praiana já é ca-racterizado como turismo do surf, evento que cresce absurdamente. O surf virou um indutor da economia que movimenta cerca de R$ 5 bilhões no Brasil to-dos os anos somente com o mercado de confecção de equipamentos para a prática. Porém, um levan-tamento feito pela Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) estima que os recursos que circulam por causa do esporte sejam ainda maiores, se forem considerados o turismo, o setor de hotelaria, alimen-tação e transporte.

De acordo com Vinicius, apesar da economia bra-sileira estar forte e estável, ele ainda vê o turismo do surf pouco difundido nas cidades do interior. “Os surfistas de hoje estão mais exigentes. Querem algo que possa unir uma boa estrutura com boas ondas, sem contar com a assessoria de pessoas que en-tendem do assunto. Hoje em dia existem pacotes para todos os bolsos, desde aquele que quer gastar pouco e pegar boas ondas, como também os que possuem um poder aquisitivo maior e conseguem levar toda a família para ficar num resort caríssimo.

Aqui no interior acredito que muitos dos surfistas co-nhecem o chamado turismo do surf, mas ainda é pouco divulgado”.

O Litoral Brasileiro possui 7.367 km de extensão e mais de 2.000 praias, que vão desde poucos metros de extensão como a Praia de Guanxuma (Ilhabe-la - SP) até centenas de quilômetros como a Praia do Cassino (Rio Grande - RS), registrada no Guiness Book como a maior praia do mundo com 245 km de extensão. Bem mais distante do que os surfistas do daqui do interior paulista gostariam, o litoral norte do Estado reserva praias mais tranquilas e menos lotadas que as do (bem mais próximo) litoral sul. Sem trânsito, o que é raro nos feriados e finais de semana, o percurso até Maresias, a praia mais ba-dalada de São Sebastião, leva cerca de três horas, quase duas a mais que até Praia Grande, na Baixada Santista. O resultado é que o público que pisa as areias brancas e limpas das praias é aquele que se hospeda em um hotel ou pousada ou aluga casa para a temporada - gente que paga diárias de R$ 100 a R$ 3.000 em um hotel de luxo e que gasta de R$ 30 (difícil achar por menos mesmo) a R$ 200 em um almoço de frutos do mar.

Agora, se tiver com uma graninha sobrando, você pode pegar ondas nas Ilhas Maldivas, em Malé, na Índia. O valor do “investimento” por pessoa é de 4.500 dólares, mais taxa de embarque. “Esse pa-cote inclui passagem aérea voando Emirates (São Paulo/Dubai/Male/Dubai/São Paulo), 07 noites de hospedagem (all inclusive) no Hudhuranfushi Beach Resort, onda exclusiva de Lohis, atividades aquáti-cas, etc. Esse valor não inclui seguros, taxas de pran-cha, vistos, alimentação especificada, entre outros”, completa o agente de turismo Vinicius.

Turismo do Surf

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Lagoinha do Leste, Florianópolis, Brasil Piscinas, Lobitos, Peru

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abre aspas

Guilherme você é exemplo de dedicação e honestidade. Tenho muito orgulho de estar ao seu lado, você vai longe com certeza. Não tem como ser diferente, Limeira ainda vai torcer por você no UFC, é sóesperar para ver .

(Adrien Domingues – Professor de Jiu-jitsu,comentado sobreseu pupilo, GuilhermeFaria,capa da RECdo mês de fevereiro)

“Quatro membros da Pavilhão 9 estavam

sentados do meu lado e não estavam segurando

nenhum tipo de artefato. As únicas

coisas que tinham em mãos eram os

instrumentos e as baquetas. Como poderiam ser culpados?”.

(Fabrício Forster Sodré – limeirense que estava no estádio em Oruro-

BOL e membro da torcida “Pavilhão Nove” do Corinthians, questionando

o fato de quem é o culpado pela morte do garoto boliviano)

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Sofri um pouco na transição do ciclismo para a corrida, devido ao período de treinamento ainda estar na fase inicial, mas fiquei

bastante satisfeito com o resultado final e, principalmente, com a natação, modalidade que venho dando prioridade nos treinos .

(Thomaz Tropiano – Triatleta limeirense, comemorando a segunda

colocação no 22º Triathlon Internacional de Santos)

É um garoto bom e humilde. Não é uma pessoa agressiva. A gente até brincava com ele que ele não é de falar muito. Foi uma atitude isolada na vida dele e ele vai ter que arcar com isso.Tenho certeza que ele está arrependido .

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Primeiramente fico feliz de participar desta grande festa que é o Jogo das Estrelas.

Sou um jogador jovem e isso é muito importante para mim. Foi um título difícil,

mas isso deu um gosto extra para a minha conquista .

(Matheus Dalla – jogador da Winner/Kabum, campeão do

Torneio de 3 Pontos do Jogo das Estrelas, do NBB)

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(Álvaro Gaia – Técnico do Independente FC, tentando explicar o chute dado pelo seu jogador Sassá no árbitro Maurício Fioretti)

Detalhe: ainda bem que ele não é agressivo.

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água é o componente das células e por isso todas as nossas reações químicas internas dependem dela. O transporte de alimentos, a digestão, o transporte

de vitaminas hidrossolúveis, o transporte do pró-prio oxigênio, dos sais minerais, todos são depen-dentes da água. Ela também está presente em

todas as nossas secreções: no plasma sanguíneo, nas lágrimas, no suor, nas articulações, nos siste-mas respiratório, digestivo e nervoso, na urina, na pele e até onde poucos imaginam como nas fezes e nos ossos – é isso mesmo, 20% dos ossos são compostos por água. É por tudo isso, que uma leve falta dela já faz com que sintamos muito o efeito.

A

Esse líquido é de vital importância para um ser humano. E quando o assunto é a hidratação de atleta e praticantes

de exercícios essa importância é ainda maior

Água: indispensável para a vida

Dra. Patrícia Milaré LonardoniNutricionistapatrí[email protected]

nuTrinForma

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Quando você sente sede, é porque você já perdeu aproximadamente 5% do seu peso corpóreo em água e todas as funções onde a água participa (praticamen-te todas as funções corpóreas!) já estão prejudicadas. E para quem pratica atividades físicas, a perda de líqui-do é ainda maior, tanto pelo suor quanto pela urina. A perda de líquidos no organismo, isto é, a desidratação, prejudica a performance do atleta além de deixá- lo expostos à riscos, pois a falta de água diminui a força muscular; aumenta o risco de cãibras, altera a percep-ção do esforço e o aumento da temperatura corporal – que afeta o desempenho físico do esportista.

Além disso, o coração aumenta seu batimento, numa tentativa de se adaptar à alta temperatura. Com isso, o indivíduo fica mais fadigado. Aqui, já passou da hora desse praticante de atividades físicas repor seus líqui-dos. E a circulação sanguínea tenta levar mais sangue (com água e nutrientes aos músculos), em vão. Isso provoca um colapso circulatório, choque térmico e, fi-nalmente, a morte.

O corpo humano é composto de 72% de água, mas não armazena água, o que faz com que tenhamos que repor água todos os dias e várias vezes ao dia. Nós encontramos a água em seu estado natural, mas ela também é encontrada nos alimentos e em bebidas. Muitas vezes isso acaba trazendo prejuízos, principal-mente para o atleta que pode ‘matar’ a sede com algum alimento ao invés de ‘matar’ a fome com o alimento e a sede com a água.

Pare com a infeliz ideia que suar emagrece. Suar ema-grece de fazer um exercício bem feito, mas são as calorias queimadas pela atividade física que está fa-zendo você emagrecer, não pelo que você gasta de água. Claro que pesar-se antes e após o treino dará diferença de peso, mas essa diferença é em água. Assim que você tomar água, você vai repor o gasto perdido, em água. Inclusive, vou aproveitar para deixar claro que engor-dar não é após ter comido uma fatia de pizza. Não adianta pesar-se antes e após o jantar de sábado à noite. O engordar é dia após dia. O mesmo ocorre com o emagrecimento: emagrecer não é após um exer-cício. Não adianta pesar-se antes e depois do treino para ver se aquela aula gastou bastante caloria. Essa ação vale se você quiser calcular a sua perda de água que deve ser reposta adequadamente.

Antes: tome 500 ml de água 2 horas antes do exercício e mais 200 ml imediatamente (de 5 a 10 min.) antes do exercício;

Durante: o ideal é consumir 150 ml de água a cada 20 minutos – exceto corredores. Se for o seu caso, faça ‘bocejos’ de água durantes trei-nos e corridas e preze pela quantidade consu-mida antes e depois;

Após: calcule você mesmo.

Para isso, faça o seguinte cálculo:

Pese-se antes e após o exercício realizado. Anote a diferença de peso. Subtraia 1 kg. Se você tomou algum líquido durante o exercício, novamente subtraia do total a quantidade de líquido ingerida. O que sobrou, é o que deve repor. Exemplo: antes do exercício: 73,0kg; após o exercício: 70,3 kg = - 2,7 kg – 1,0 kg (que deve ser subtraído) = 1,7 kg o gasto foi de 1.700 gramas. Se você ingeriu 500 ml de água OU de isotônico = 1.700 – 500 ml (quan-tidade de líquido consumida durante o exercí-cio) = 1.200 g que equivalerá a 1.200 ml.

Água: antes, durante e após o exercício f ís ico

Quanto tomar:

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Durante o exercício, além da água ocorre perda de eletrólitos e energia. O ideal é usar isotônicos compostos de 6 a 8% de carboidratos (glicose, fru-tose, ribose, maltodextrina, dextrose, waxymaize, sacarose). Veja o rótulo: O total de carboidratos não deverá ultrapassar 20 g para cada 200 ml de líquidos para que os carboidratos sejam absorvidos mais rapidamente pelo organismo.

Sucos de frutas não são adequados durante o exercício. Neles, a concentração de carboidrato é

o dobro da concentração de carboidratos presen-te nas bebidas esportivas, enquanto a quantidade de sódio é abaixo do ideal. Com isso, você terá a sensação de estar ‘cheio d´água’, mas com sede. Além disso, o sódio é um mineral essencial. Ele e o potássio servem para facilitar a absorção. Mas iso-tônicos com magnésio é a melhor opção para você melhorar seu rendimento físico, independente se sua modalidade é aeróbia ou anaeróbia.

A temperatura também é importante. O líquido deve estar entre 15 e 22º para facilitar o esva-ziamento gástrico. Quanto mais rápido ele for ab-sorvido pelo organismo, mais rapidamente você sentirá os benefícios.

Hidratação que vaialém da água

Muitos nadadores referem ausência de sede. Isso ocorre porque trocamos água com o meio em que estamos, mas isso não quer dizer que não estamos perdendo água. A nataçãoé uma modalidade esportiva como qualquer outra e que necessita hidratação, inclusive tem um gastode nutrientes muito específico.

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senso comum diz que, ou os craques já nascem sabendo jogar, dotados de uma genética privilegiada (o gene futebol), ou atribuem o talento a um dom divino. Mas,

tudo não passa de folclore, dito popular. O senso co-mum não tem compromisso com a verdade, ou seja, não precisa se justificar. Fala e está acabado: é ver-

O dade. Já, ao se levar esta discussão para o campo da ciência, a história é outra, pois o pensamento científico presta conta de aquilo que afirma. Desse modo, não cabe apenas afirmar, é preciso explicar o método: a organização e ordenação de pensamentos e procedi-mentos, buscando explicar e justificar a(s) verdade(s) nas ciências naturais, humanas (sociais) e abstratas.

Futebolse ensina?Por mais incrível que possa parecer essa pergunta é um dos

grandes enigmas que pairam na cabeça de muitos brasileiros

ciências do esporTe

Prof. Dr. Alcides José ScagliaCoordenador do curso de Ciências do Esporte da [email protected]

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Assim, ao me apoiar nas teorias interacionistas, pos-so dizer que o homem é um ser condenado a ser livre, ou seja, em meio à sua liberdade, constrói o seu destino, produzindo cultura. Toda esta liberda-de, que o possibilitou alcançar a evolução atual, é determinada pelo ambiente cultural que o rodeia. Os pássaros e outros animais vivem num ambiente natural pouco alterável, mesmo porque, alterações os levariam à extinção, pois nascem sabendo quase tudo que precisam para viver, sobrando-lhes poucas, ou quase nulas possibilidades de aprender novas so-luções para sobrevivência. Já o homem nasce sabendo quase nada, para vi-ver num ambiente cultural muito alterável, portanto, tem a possibilidade de aprender quase tudo para a sua perpetuação, como saliente o professor João Batista Freire em “De corpo e alma”, sua mais densa obra. A humanidade só se perpetua devido às suas duas gestações: uma biológica, na barriga da mãe; outra social, quando sai do ventre materno. A gestação biológica, primeira etapa da perpetuação da espécie humana, concretiza-se devido à capaci-dade, adquirida em meio às evoluções, de procriar. Nesta procriação, dois hominídeos, de sexos opos-tos, copulam, doando metade de seus patrimônios genéticos para a criação de um terceiro, que carac-teriza um ser intermediário. Este ser denomina-se genótipo, que nada mais é que um conjunto de ge-nes (unidades de transmissão hereditária; situam-se nos cromossomos), que, interagindo com o meio ambiente, condicionam a manifestação de suas ca-racterísticas, resultando no fenótipo (conjunto das características morfológicas e fisiológicas do indiví-duo). Ao se preestabelecer o fenótipo, durante a sua coabitação com a mãe, ainda inserido na gestação biológica, apreende informações que não são gené-ticas, mas comportamentais. Percebe-se, então, que no ponto de partida, há um espermatozóide e um óvulo, que contêm todas as informações necessárias para formar um corpo, ca-racterizando um ser biológico. Todavia, como ressalta Albert Jacquard em seus livros “Todos semelhantes, todos diferentes” e “Elogia a diferença”, isso constitui apenas a matéria-prima: o corpo. Mas, para sua so-brevivência, não é suficiente construir um corpo, é ne-cessário, também, formar um ser: o homem cultural. E é somente devido a essa magnífica insuficiência (saber quase nada ao nascer), que lhe garante a possibilidade de aprender quase tudo ao longo da vida, e, com isso, homologar sua condição de réu,

condenado a ser livre para aprender. Estas cone-xões, que representam um limite para o inato, re-alizam-se por intermédio da contribuição de outros homens, caracterizando-se o adquirido, a cultura hu-mana. Assim, inicia-se a gestação social (cultural), que vem completar e solidificar a gestação biológi-ca, possibilitando a perpetuação da espécie. O homem, sendo um ser social, impregna e é im-pregnado pela sociedade. Para Jacquard, ser homem é partilhar da humanitude acumulada e participar com seu próprio contributo. Entendendo humanitude como a contribuição de todos os homens, de outrora

cabeça do jogador Xavi:

considerado o atleta com a melhor visão periférica do campo de jogo

tronco do jogador rooney:

muito forte fisicamente. Apesar de ser relativamente baixo, se dá bem no confronto físico contra qualquer adversário

perna direita do jogador c. ronaldo: velocidade, força, habilidade e precisão fazem do português quase completo. Pelo Real Madrid tem média de mais de 1 gol por partida

perna esquerda dojogador messi:

simplesmente eleito 4 vezes consecutivas o melhor jogador do mundo. Seus títulos e gols pelo Barça garantem sua hegemonia sobre os outros jogadores

Ensinado ou não, a montagem desse jogadorreproduz o que temos de melhor no futebol atual

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no motor, ocasionando assim, o aparecimento dos ta-lentos esportivos, ou seja, pessoas que se sobressaem sobre outras na prática esportiva. Todavia, o que quero defender é o fato de que todos somos dotados da ca-pacidade de aprender os atributos culturais produzidos ao longo dos tempos, pelas diferentes sociedades. Portanto, sendo o futebol produto da cultura huma-na, ele é fruto da humanitude, logo é passível de ser ensinado. Ser um craque de futebol, já é outra questão que demanda um aprofundamento neste tema. Entretanto, o futebol é um esporte que, por ser coletivo, no qual cada jogador desempenha fun-ções específicas, um craque será aquele que com-preender mais rapidamente a dinâmica do jogo, sua lógica e as mais eficazes e eficientes respostas. Não precisando para isto excepcionais qualidades físicas, fato que é incontestável em outros esportes, princi-palmente os individuais.

Sendo assim, esclarecido que futebol se ensina (em todos os seus níveis: iniciação, especialização e pro-fissionalização) cabe agora descobrir como ensinar (como treinar) e isto será possível através de outra área do conhecimento: a pedagogia. Mais particular-mente a pedagogia do esporte, imbricando esforços com as teorias do treinamento.

ciências do esporTe

ou de hoje, para cada homem. Portanto, o homem está no mundo para se enriquecer com os atributos adquiridos e construir novos, que serão passados a outros homens. Entendendo, logicamente, que es-tes contributos não são transmitidos pelo patrimônio genético, pois não são assimilados em nível biológi-co, mas, tão somente, pela cultura.

Esse superar-se atingiu todos os campos de atuação humana, quer seja no âmbito intelectual, no social, ou

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e no país do futebol os outros esportes sempre são tratados como secundários, imaginem o que pensam do atletismo. Esse esporte, que em época de Jogos Olímpicos é bastante glamoroso, ainda é

pouquíssimo difundido nas escolas e clubes de Li-meira e do Brasil. Não temos como negar que do pouco que dele se conhece, muito está misturado à história particular de meninos e meninas – em sua grande maioria pobres -, que encontraram nas cor-

S

Com a maré virando para melhor, a única entidade de atletismo oficializada da cidade quer profissionalizar esse esporte, às vezes, tão desprezível aos olhos do poder público, patrocinadores e investidores

aTleTismo

A R e e s t R u t u R A ç ã o d A

d e L i m e i R AO R L A. . . .

ridas, saltos, arremessos e lançamentos, um meio para sua sobrevivência e inserção social.

Com a missão de mudar esse cenário e oferecer oportunidades a crianças, jovens e adultos de apren-derem as técnicas do atletismo, além de contribuir na formação de um atleta-cidadão e representar Li-meira, o estado e o país, há quatorze anos nascia a ORLA (Organização Limeirense de Atletismo), enti-dade fundada pelo competente professor de educa-

texto e fotos | Igor Voigt

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ção física e mestre em atletismo, José Luis Germano. “Muitos atletas foram iniciados e desenvolvidos na ORLA. Temos cadastrados a participação de 12 deles em eventos internacionais, sendo que um deles cor-reu a prova dos 100m sobre barreiras em duas olim-píadas”, ressalta Germano que atualmente exerce o cargo de coordenador técnico da entidade.

De acordo com o atual presidente da ORLA, Dimas Is-mael Caetano Junior, os quase trinta atletas da equipe, com idades entre 10 e 24 anos, ainda podem treinar na pista de atletismo do Sesi, porém hora ou outra terão que deixar o local. “Temos uma parceria com o Sesi que nos permite usar a estrutura do clube, mas a direção do Sesi manifestou a necessidade de destruir a pista e o campo de futebol para dar início na constru-ção de uma escola”, lamenta o presidente.

Sem se abater por mais essa dificuldade, Dimas e os diretores da ORLA estão, literalmente, correndo con-tra o tempo para viabilizar um outro local para o trei-namento dos seus atletas. “Estamos com um projeto para fazer uma pista oficial com 400m circular e 6 raias lá na Praça Eduardo Basso, mais conhecida como cam-po do Gigantão, que fica no bairro Cecap. Para isso necessitamos de 14 mil m², e um amigo meu que é topógrafo fez uma medição prévia daquela área e ve-rificou que existe um espaço de 21 mil m², bem mais do que precisamos. Quem está fazendo o projeto é outro amigo, e garanto que vamos conseguir adequar o campo, o playground e a pista de caminhada já exis-tentes, juntamente com a pista”, diz Dimas.

Dimas contou que foi realizada uma reunião com o prefeito Paulo Hadick, o ex-secretário de Esportes Caio Campos e alguns vereadores, e na ocasião en-tregaram o projeto da nova pista nas mãos do novo mandatário de Limeira. “Fomos atrás do prefeito porque li a matéria na REC onde ele disse que uma

de suas metas era construir uma pista de atletismo de primeiro mundo. Pois bem, ouvimos do prefeito que esse projeto será avaliado e dado andamento o mais rápido possível”.

Segundo Germano, a intenção da ORLA é ter a con-cessão administrativa do local, mas não ser a “dona”. “Somos a única equipe de Limeira oficializada, re-gistrada em cartório, filiada à Federação Paulista de Atletismo e a Confederação Brasileira de Atletismo, portanto queremos que esse projeto saia do papel e possa ser um instrumento de formação de atletas de alto rendimento. Hoje Limeira é apenas a quarta força da região de Campinas nos Jogos Regionais, mas no passado éramos sempre primeiro ou segun-do lugar”, argumenta Germano que tem um vasto conhecimento de causa, já que fez seu mestrado em atletismo em Cuba - considerado um centro de ex-celência desse esporte, além de ser diplomado pela IAAF como treinador nível I e II, realizado em Santa Fé – Argentina, e, atualmente é aluno concursado na Academia Brasileira de Treinadores pelo Instituto Olímpico Brasileiro – COB.

Dimas disse que para o ano de 2013 a prefeitu-ra de Limeira irá repassar à ORLA 42 mil reias. O presidente pretende ainda arrecadar outros 15 mil reais através do repasse vindo do ISS (Imposto So-bre Serviço) às entidades esportivas cadastradas na prefeitura. “Nesse ano fiz um balanço e tere-mos 110 mil reais de despesas, entre: taxa da FPA (6 mil reais/ano), equipe técnica formada por três professores e uma monitora, despesas adminis-trativas, além 15 atletas que recebem ajuda de custo. Além disso, temos gastos com alimentação, transporte, viagens, hospedagem e uniforme dos

Fusão entre ORLA e ALA

Esq. para dir.: Dimas Caetano - Presidente, Clóvis Pena - Professor, José Luiz Germano - Professor, Jéssica Caetano, Jefferson Caetano, Douglas Ribeiro, Jaderson Nascimento, Leonardo Carvalho e Rafael da Silva

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(Dimas Ismael, Presidente da ORLA)

los da Silva, o Fumaça. De acordo com Dimas faltou pouco para que a fusão concretizasse. “Eu e o Jorge, que é técnico da ALA, tivemos várias conversas para fechar esse acordo, mas o negócio foi esfriando e acabou que não decidimos nada. Seria bom para todo mundo, principalmente para o atletismo. Creio que se tivéssemos da prefeitura uma verba mensal de 70 mil reias, por exemplo, poderíamos ter uma bela equipe com 20 atletas de alto rendimento que nos representaria muitíssimo bem, mas...”, finaliza Dimas lamentando o fato de não ter dado certo o acerto com os responsáveis da ALA.

aTleTismo

atletas. Então, como o nosso orçamento é de qua-se 60 mil reais, ficamos com um déficit de 50 mil. Esse dinheiro teremos que buscar fazendo almo-ços, jantares, bingos, rifas, e também contar com empresas que queiram ser parceiras do esporte limeirense, especialmente do atletismo”.

Uma opção levantada pelo presidente Dimas para que o atletismo de Limeira volte a ter representati-vidade na região, no Brasil e até fora do país, seria uma fusão entre a ORLA e a ALA (Associação Limei-rense de Atletismo) gerida pelo incansável José Car-

“Certa vez ouvi numa das reuniões na

Secretaria de Esportes que Limeira não poderia aparecer

‘careca’ nas competições que disputa, ou seja, no pensamento desse determinado dirigente nossa cidade tem que estar lá apenas para

participar. Isso é inadmissível”Esq. para dir.: Dimas e Vânia Caetano - Diretores da

O.R.L.A., Clóvis, Vanessa e Germano - Professores

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egundo Ryotaro Shima, vice-presidente mundial da Gree - uma das maiores pro-dutores de apps e jogos mobile sociais do mundo - o Brasil tem potencial inexplo-

rado com relação a este tipo de produto. Para o executivo, palestrante da Campus Party 2013, não

S

Video Game e mobilidade: um noVo horizonte

Vinicius [email protected]

Quais são as previsões deste novo mercado? Quais são os jogos? A REC tenta tirar suas dúvidas. Acompanhe

recGameinFo

há como discutir o gosto do brasileiro pela inte-ração social e é só uma questão de tempo para que os games atraiam seu público. Responsável por alguns dos principais games jogados em smar-tphones pelo mundo, como Modern War e Monster Quest (ambos disponíveis no Brasil), Ryotaro afir-

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mou que o potencial brasileiro pode ser visto em números: atualmente o país é o segundo mais pre-sente no Facebook e Twitter, atrás apenas dos EUA. “Isto prova que o brasileiro adora se comunicar e interagir, e os games são apenas uma ferramenta que torna a interação ainda mais atraente.”

Embora sofram alguma desconfiança da indústria, o VP da Gree aposta que a curva de crescimento dos jogos sociais em smartphones continuará cres-cente por muito tempo. “O faturamento da Gree cresceu 500 vezes nos últimos cinco anos, e a pro-jeção para toda a indústria de games móbile no mundo é que, no fim de 2013, tenha triplicado seu tamanho em relação a 2010.”

Com relação à desconfiança de que jogos móbile e sociais não se tornam lucrativos em longo prazo, Ryotaro afirmou que é apenas uma questão de en-contrar o modelo certo de negócios. “Nós já tive-mos casos onde muito dinheiro foi investido e não recuperado. Sendo assim, para nós, o segredo é manter o jogo acessível, sem pedir que as pessoas paguem muito por eles. Desta forma, acontecerá de forma mais lenta, mas o produto com certeza será lucrativo se tiver qualidade”.

Um dos jogos que mais traz dinheiro ao mundo dos aplicativos e seus desenvolvedores, é o Angry Birds. Faz tempo que estes pequenos pássaros caçam os porcos verdes e agora a caçada não irá custar mais nenhum centavo, para os usuários de iPhone, iPod Touch e iPad. Não, não estou falando da versão com publicidade, mas sim a versão completa e inteira do jogo. O primeiro Angry Birds está custando R$ 0,00 na Ap Store e ainda ganhou 15 novos níveis para o deleite de seus fãs - o melhor de tudo é que não teremos qualquer publicidade durante a jogati-na, como acontece com o game no Android, onde é gratuito há certo tempo. Aparentemente esta pro-moção é por tempo limitado e faz parte do “App da Semana” que a Apple promove.

A empresa da maçã seleciona um aplicativo que cus-tará nada por uma semana, e desta vez o escolhido poderá ser o Angry Birds. O jogo foi lançado em 2009 para o iOS de pequenas telas, e um ano depois para o iPad (logo após o lançamento do primeiro iPad) em uma versão de alta definição. Desde 2011 a Rovio, empresa responsável pelo título, disponibiliza uma versão sem custo para o usuário, mas é menor e com fases diferentes. Esta é a primeira vez que o Angry Bir-ds ganha 100% de desconto nos aparelhos da marca que Steve Jobs comandava.

E aquele jogo dos passarinhos?

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um PSOne, num passado bastante distante. O game é o primeiro da empresa que utiliza a engine Unreal e é um comedor de espaço interno do aparelho. São 2 GB necessários para a jogatina. A história do game conta coma presença ilustre de Lancelot, contra o Rei Arthur. Muito sangue, muita violência e muita diversão.

Blood and Glory: LegendImagina um Infinity Blade, só que do Android, com o cenário nas batalhas sangrentas do Coliseu e com grá-ficos dos melhores possíveis. Melhor ainda, é gratuito. Pois é, este é o Blood and Glory, um jogo sangrento e que você não controla o personagem livremente. To-dos os movimentos são realizados por meio de pontos já estabelecidos e as batalhas exigem que o jogador passe o dedo na tela, freneticamente.

Dead triggerEste game é polêmico. Ele foi lançado no ano pas-sado, como um game pago e por conta da pirataria, a desenvolvedora resolveu liberar o download e co-brar mais por algo dentro do jogo - as compras in--app. Esta é uma fórmula que muitos seguem e que dá certo. Enfim, o jogo é de tiro em primeira pessoa, num mundo recheado de zumbis. Precisa falar mais?

Wild BloodMais um game da Gameloft, desta vez com inspira-ções em God of War e na série Diablo, dos PCs - e de

recGameinFo

E os jogos vão alémdesses passarinhos.. .

fotos: imagens de internet

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rec risada

putz, será que inventaram esse esporte jogado com as mãos?

essa é a solução gasosa do crescimento? esvazia

isso daí, cara

seu juíz, ele tá mordendo minha

bunda!

valeu jon jones! essa cotovelada aprendi com você

a ótica que você foi vende óculos

masculino?

fala sério, você colocou enchimento.

não colocou?

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