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ANO 3 EDIÇÃO 10 MAIO / JUNHO DE 2013 campinas redeimobiliária revista redeimobiliária campinas ANO 3 EDIÇÃO 10 MAIO / JUNHO DE 2013 revista 13 DICAS IMPORTANTES PARA COMPRAR IMÓVEL NA PLANTA CASAS CASAS APARTAMENTOS APARTAMENTOS TERRENOS TERRENOS OS MELHORES DA RMC MACROESTRATÉGIA MACROESTRATÉGIA O projeto para pensar o futuro urbanístico de Campinas através das MACROZONAS UMA SELEÇÃO DE IMÓVEIS CAMPINAS PLANO PARA O FUTURO DISCUTE CIDADES SUSTENTÁVEIS NOVAS DEMANDAS CIDADES SUSTENTÁVEIS CRÉDITO IMOBILIÁRIO PARA NOVOS HÁBITOS EXCLUSIVA

Revista Rede Imobiliaria Campinas - maio junho 2013

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Revista Rede Imobiliaria Campinas

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ANO 3 EDIÇÃO 10 MAIO / JUNHO DE 2013 campinasredeimobiliáriarevista

redeimobiliáriacampinasANO 3 EDIÇÃO 10 MAIO / JUNHO DE 2013

revista

1 3 D I C A S I M P O R TA N T E S P A R A C O M P R A R I M Ó V E L N A P L A N TA

CASASCASASAPARTAMENTOSAPARTAMENTOSTERRENOSTERRENOS

OS MELHORES DA RMC

MACROESTRATÉGIAMACROESTRATÉGIAO projeto para pensar o futuro urbanístico de Campinas através das MACROZONAS

UMA SELEÇÃO

DE IMÓVEIS

CAMPINAS

PLANO PARAO FUTURO

DISCUTE

CIDADESSUSTENTÁVEIS

NOVAS DEMANDAS

CIDADESSUSTENTÁVEIS

CRÉDITOIMOBILIÁRIO

PARA NOVOSHÁBITOS

E X C L U S I V A

Dúvidas Imobiliárias #44

redecampinas.com.br

04 | Revista da Rede

Sumário Edição 10 | Ano 3 | maio / junho de 2013

Especial Macrozonas

CidadesSustentáveis #50

A década que mudou o consumo #24

Crédito para novos hábitos #40

Cartilha de locações residenciais 2013 #32

Atualidadesdo setor #12

#18

Desde 2003 a setor imobiliário apresenta forte demanda e grndes investimentos

VEJA TAMBÉM13 DICAS importantes para comprar um imóvel na planta #54

Fenômeno geopolítico traz inúmeras consequências e novas demandas à Campinas.

A ascensão econômica pujante no país volta-se aos diferentes grupos de consumo

Material produzido pelo Procon Campinas é comentada por Rosana Chiminazzo Moreira

Fim da disputa que de-batia a que categoria cabia à reserva de mer-cado para a avaliação de imóveis.

Termos que abordam o ambiente na-tural e investimentos de ‘capital ver-de’ tornam-se frequentes na mídia,

consensos entre especialistas que reavaliam a economia por uma perspectiva onde inte-ligente é valer-se de recursos renováveis. A nova conceituação se faz presente em polí-ticas públicas, desenvolvimento energético, em produtos diversos e até serviços. No expansivo e influente mercado imobiliá-rio, o mesmo que se funde com o da cons-trução civil, não poderia ser diferente. Ao considerarmos o papel fundamental que de-sempenha nos dispêndios financeiros nacio-nais, sua força ante ao PIB (Produto Interno Bruto) - que tende a aumentar a cada ano – e o pioneirismo com o qual conduz e vincula--se aos outros segmentos pujantes na reserva e produção de capital brasileiro, o setor tem muito a vislumbrar. É exatamente sobre isso, ir além, avançar sob as égides da estratégia pensada na sus-tentabilidade dos sistemas sociais, que esta edição da Revista Rede Imobiliária Campinas pluraliza suas pautas e abarca uma série de questões relacionadas ao futuro do país fren-te aos desafios da manutenção dos recursos ambientais, da saúde econômica de agentes

e instituições que empregam e desenvolvem o país.Campinas e sua região metropolitana estão presentes em nossas páginas repletas de oportunidades de negócios, mas, também em reportagens inéditas, como sobre a im-portância das Macrozonas para os campinei-ros; sobre Energia Elétrica e o choque ide-ológico que gera no Brasil. Trazemos ainda matérias especiais para orientar a compra segura de um imóvel na planta; dados sobre a década em que o país mudou a ação frente à Construção Civil. Atualidades e informações sobre direito imo-biliário, além de páginas repletas de ideias trazidas da Campinas Decor 2013 para inspi-rá-lo, fazem parte desta publicação pensada para levar, a você leitor, reflexão sobre o mer-cado habitacional e, também, a maior vitrine de imóveis de Campinas. Aproveite a leitura e as ofertas para investir selecionadas para você. Sucesso e até a próxima!

maio / junho 2013 | 11

Editorial

É uma publicação bimestral da Rede Imobiliária Campinas. Distribuída gratuitamente, com

design e conteúdo desenvolvidos pela Gracioli Editora. Tiragem: 20.000 exemplares

EDITORA Cristiane Gracioli

[email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVELGabriel Santana - MTB-SP: 66349

TEXTOS E REPORTAGENS Gabriel Santana

[email protected]

DEPTO. COMERCIAL E PUBLICIDADE Gracioli Comunicação LTDA.

[email protected] - (19) 3201-5715.

Rua Dr. Guilherme da Silva, 413 - Cambuí - Campinas - SP | F: (19) 3254.0815 | redecampinas.com.br

Economia Sustentável

Antonio De Lucca Junior, presidente.

De Lucca

PRESIDENTE: Antonio De Lucca Junior

VICE-PRESIDENTE: Dra. Rosana Cristina Chiminazzo Moreira

DIRETOR TESOUREIRO/FINANCEIRO: Mário Augusto Uchoa Filho

COMISSÃO EDITORIALRede: Gustavo Henrique Carnib

Gracioli: Cristiane Gracioli / Gabriel Santana

[email protected]

“Campinas e sua região metropolita-na estão presentes em nossas páginas repletas de oportu-

nidades de negócios, mas, também em reportagens iné-

ditas, como sobre a importância das

Macrozonas”

Habilidade foi atribuída aos corretoresde imóveis

12 | Revista da Rede

Atualidades do setor

NEWS

Chega ao fim o conflito entre associações de corretores e de engenheiros, que debatiam

judicialmente a quem pertencia o direito e a responsabilidade quanto à avaliação imobiliária. A sentença, promulgada pela Justi-ça Federal, determinou que são os corretores de imóveis que têm res-paldo legal para avaliar os bens. Com a decisão emitida pelo Supe-rior Tribunal Federal e o Superior

Tribunal de Justiça em última ins-tância, não cabem mais recursos de apelação. Engenheiros reivindicavam a exclu-sividade na emissão de avaliações; entretanto, os Tribunais reconhe-ceram que determinados assuntos devem ser realizados por um es-pecialista e, neste caso, o Corretor de Imóveis é quem está qualificado a prestar o serviço de ajuizamento mercadológico.

Fim da disputa que debatia a que categoria cabia à reserva de mer-cado para a avaliação de imóveis.

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Setor imobiliário tem novo período propício ao crescimento

‘Boom’ para investir

Novas alternativas logística

ATUALIDADES DO SETOR

maio / junho 2013 | 13

A interação simultânea en-tre ferrovia e rodovia que resultará no Ferroanel –

projeto de anel ferroviário que circundará a Região Metropo-litana de São Paulo (RMSP) e interligará as regiões de Campi-nas, Vale do Paraíba e Baixada Santista – deverá economizar cerca de R$ 1,5 bilhão aos co-fres federais. A possibilidade foi discutida em fevereiro pelas pastas municipais envolvidas,

O aumento de crédito e a queda na inadimplência têm impul-sionado o mercado, benefi-

ciado ainda pela proximidade dos eventos esportivos que acontecerão no país. Está prevista para este ano cerca de 15% de acréscimo às con-cessões de crédito - em relação ao ano anterior. A estimativa da Caixa Econômica Federal, que anunciou o recorde na contratação imobiliária em 2012 (R$106,7 bilhões - alta de 33,3%), é de que financiamen-tos voltados à compra de imóveis com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atinjam R$95,2 bilhões, enquan-to o PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil, que cresceu apro-ximadamente 2,1% em 2012, está projetado em 3,7% em 2013.

A Indústria de Materiais de Construção cresceu 5,4% em janeiro deste ano em relação ao mesmo período de 2012. A estimativa de crescimento para 2013 é de 4,5%.

que analisaram a sincronia entre as obras do Tramo Norte do anel ferro-viário e as obras do Rodoanel Nor-te. Estima-se que se o Ferroanel, orçado em R$ 3,9 bilhões, come-çará até agosto. A ação estratégica visa desafogar o gargalo logístico, sem prejuízos para o transporte de cargas, hoje, feito pelas linhas fér-reas da CPTM. A alternativa deverá saturar até 2016 - o que deixaria o interior de São Paulo sem ligação com o porto de Santos.

Fonte: (Abramat)

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18 | Revista da Rede

O projeto para pensar o futuro urbanístico de Campinas e o ‘porquê’ de seus polêmicos entraves. Entenda o planejamento que propõem as macrozonas e os conflitos para aprová-las

Macro estratégia Campinas

O projeto para pensar o futuro urbanístico de Campinas e o ‘porquê’ de seus polêmicos

entraves. Entenda o planejamento que propõem as macrozonas e os conflitos para aprová-las

O projeto para pensar o futuro urbanístico de Campinas e o ‘porquê’ de seus polêmicos entraves. Entenda o planejamento que propõem as macrozonas e os conflitos para aprová-las

Macro estratégia

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PLANEJAMENTO URBANO

MACROZONAS, PARA QUÊ?De um Plano Local de Gestão (PLG) surgiram nove diferentes avaliações de grupos territoriais em Campinas. A partir daí, as Macrozonas, segmen-tadas conforme as atribuições dadas aos espaços tornaram-se uma ferra-menta complementar para reordenar a cidade, segundo os planos estraté-gicos do Executivo para o desenvol-vimento do município. Com a par-ticipação da sociedade organizada, como estabelecido pela Lei Com-plementar Nº 15, de 27 de dezembro de 2006 (Lei do Plano Diretor), as diretrizes devem respeitar o Estatuto da Cidade e reconhecer a heteroge-neidade das áreas, considerando as-pectos físico-territoriais, socioeco-nômicos e ambientais identificados a partir das leituras e diagnósticos produzidos no Plano Diretor.

Era para ser a facilitadora de uma nova estrutura urbanística, mas, a proposta de redistribuir o mapeamento da cidade em Macrozonas se tornou uma estratégia repleta de conflitos e

divergências. Políticos, sociedade civil e ambientalistas questionam as propostas que devem estabelecer um novo zoneamento de Campinas. A indecisão causa morosidade no processo de aprovação e ansiedade em empresários que aguardam as diretrizes para investir. O macroproblema criado – que se tornou ainda mais confuso na conturbada administração anterior – deve começar a ser a solução para dificuldadesmunicipais a partir deste ano. Isso porque o executivo e o legislativo municipal declararam que se empenharão para as aprovações necessárias.

Em conformidade com as classifica-ções, novas nor-mas urbanísticas discriminariam os usos permitidos, intensidades de ocupação do solo e as restrições so-bre edificações ou atividades. A ques-tão acabou por abar-car outras demandas e, mais que um apanhado de recomendações para balizarem investimentos, tornou-se um parâmetro legal repleto de orien-tações que dialogam com vários setores sociais e órgãos de governo. A ideia principal das Macrozonas é garantir eficiência na segmentação de recursos e políticas públicas,

avalizando a recuperação de espaços públicos, saneamento, infraestrutura e preservação ambiental, projetando as necessidades futuras e o cresci-mento sustentado pela eficiência lo-gística e econômica.

maio / junho 2013 | 21

(MZ 9) Distrito de Nova Aparecida; bairros Boa Vista, Amarais, Jardins Campineiro e São Marcos (inte-gração noroeste com o aeroporto dos Amarais): área em processo de conurbação com Sumaré e Hortolândia e, onde está prevista a construção do Corredor Noro-este.

Nove propostas. Novas visões.

As Macrozonas por suas funções urbanas.Reconhecendo os sítios e os reestabelecendo:

(MZ 1) Distritos de Sousas e Joa-quim Egídio, e bairros rurais: área de pre-servação am-biental, soma um terço do território e 80% de região agrícola. Fica entre os rios Atibaia e Jaguari.

(MZ 2) Vale das Garças, Village Campinas e Bosque das Palmeiras: área de controle ambiental. A localidade com pre-domínio de infraestrutu-ra rural.

(MZ 3) Distrito de Barão Geraldo, campi das universidades PUCC e Uni-camp; Ceasa e Ciatec: área para urbaniza-ção contro-lada.

(MZ 4) Centro e bairros que o circunda; espaços institucionais (Fazenda Remonta, Chapadão e Santa Elisa): área de urbanização prioritária. É classificada como a mais adensada do município.

(MZ 6) Entre a ‘MZ 7’ e Valinhos (está dividida pela rodovia dos Bandeirantes e abrange o ma-nancial hídrico do rio Capivari): área à região sul, possui vocação e uso agrícola.

(MZ 7) Aeroporto Internacional de Viracopos (bair-ros ao entorno e localidade para expansão): área sujeita aos impactos de operações aeroportuárias.

(MZ 8) Região delimitada pelas rodovias Campinas-Mogi Mirim, Dom Pedro I e anel viário Prefeito Magalhães Teixeira (con-grega Alphaville Campinas, Parque Impera-dor e Chácara Gramado): área de urbanização específica.

(MZ 5) Campo Grande, Ouro Verde e Distrito Indus-trial (rodovias Bandeirantes e Santos Dumont, Complexo Delta e rio Capivari): área prioritária para requalifica-ção - situada ao oeste.

22 | Revista da Rede

PLANEJAMENTO URBANO

Tão logo assumiu, o prefeito Jo-nas Donizette (PSB) anunciou que sua gestão revisará todos

os projetos antes de encaminhá-los novamente ao Legislativo, afirmando que será prioridade na agenda gover-nista. A decisão foi tomada pelo fato de intricadas controvérsias estarem obstruindo as votações na Câmara. De acordo com o parecer de Doni-zette, as regiões – especialmente a que trata do entorno de Viracopos – necessitam de pareceres espe-cializados. Uma das áreas que de-mandam disposições mais tênues, o plano para a localidade estabelece regras de reurbanização que incluem a remoção de sete mil famílias para obras de expansão. A alternativa

ocasionou protestos de moradores, que lembraram que a iniciativa não pertencia ao texto precedente, o qual originou a PLG da Macrozona 7.Mas, não é a única: a macrozona 5 que se referente à região de Ouro Verde e Campos Grande, passou por manifestações de desaprovação das proposituras. Tanto que no dia da vo-tação, houve insinuações negativas quanto às intenções do Executivo – acusado de alterar o projeto horas antes de o tema constar na pauta. Depois de vã discussão, alguns ve-readores deixaram a plenária e se negaram votar. Outra questão congelada pela prefei-tura é o plano da Macrozona 9. As diretrizes da gestão do eixo Jardim

Complexa PolêmicaCampineiro-Aparecidinha estão sus-pensas na Câmara desde dezembro de 2010. O legislativo alega que só pode dar continuidade a avaliação da proposta, após técnicos endossa-rem as especificações descritas. Do contrário, continuará engavetada. Até então, era uma das únicas PLG’s que não foram retiradas pela administra-ção, em 2011, quando o Ministério Público identificou irregularidades na elaboração dos projetos, exigindo estudos específicos e participação popular nas deliberações. Segundo pareceres de componentes envol-vidos com as Macrozonas, apenas a 5 (Campo Grande, Ouro Verde e Distrito Industrial), aprovada no ano passado, tem plano de gestão.

O projeto para pensar o futuro urbanístico de Campinas e o ‘porquê’ de seus polêmicos entraves

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Segundo declarações do pre-sidente da Câmara, Campos Filho (DEM), à imprensa re-

gional, 2013 deve ser o ano das Macrozonas – numa referência ao foco dos órgãos municipais em esforços para aprovação das PLG’s. Entretanto, a expectativa é de que apenas três dos oito Planos trava-dos desde 2008 sejam aprovados este ano. O prefeito Jonas já recorre ao au-xílio técnico para apoiar o poder público na tomada de decisão. Audiências populares também são

uma das promessas para conce-ber este processo e torná-lo mais democrático. Ulysses Semeghini, secretário de Planejamento, afirmou que a Ma-crozona prioritária a ser votada é a ‘7’, que designa o plano de gestão para a região do Aeroporto Inter-nacional de Viracopos. O motivo da abordagem se deve a mudança que ocorrerá na legislação de uso e ocupação do solo, visando redu-zir impactos ambientais, curvas de ruído, e da expansão da área - afe-tando o menor número de famílias possível.

O prefeito Jonas Donizette expli-cou que os profissionais vincu-lados aos debates relativos aos nichos de atuação deles (en-genheiros e urbanistas) terão a função de traduzir e ponderar as-pectos pertinentes, conforme as avaliações dos relatórios e obser-vações das áreas.Se os problemas serão resolvidos a partir das contratações e quan-tos projetos tramitarão com efici-ência, ainda é imprevisível. Contudo, a expectativa é de que a demora seja reduzida e as aprovações responsáveis.

Expectativas 2013Panorama

24 | Revista da Rede

Especial

A década que mudou o

Desde dois mil e três, quando um metalúrgico as-cendeu ao poder republicano da federação, contra-riou as políticas neoliberais e estimulou o consumo como “nunca antes na história desse país”, a cons-trução civil também mudou sua narrativa.

Consumo

Não se trata de uma matéria política, tampouco sobre os hábitos de consumo dos bra-

sileiros na escala macroeconômica. Entretanto, falar do que acontece no mercado imobiliário atual, das novas demandas e consequências decorrentes dos dez anos em que o país experimento uma nova política habitacional, requer que o Brasil seja [re]pensado nesta conjuntura. O que mudou?

O PIB DA CONSTRUÇÃO CIVILDe acordo com a mais recente pes-quisa da Ernst & Young Terco, o se-tor imobiliário brasileiro tem um PIB anual de cerca de R$170 bilhões. A expectativa é que em menos de uma década, o valor atinja R$270 bilhões. Num comparativos dos últimos anos é evidente a expansão - que passou

de 1,5% do PIB em 2003 para os atuais 5%. A estimativa de institui-ções que estudam o mercado é que em 2014 chegue a 6%.

MAIS CRÉDITO O crédito é um dos principais res-ponsáveis pelo desenvolvimento do segmento habitacional no país. A dé-cada de 1990 foi marcada pela esta-bilização econômica através do con-trole da inflação; na década de 2000, houve políticas de distribuição de renda, política salarial e expansão do crédito – tudo sob a égide do con-trole inflacionário. As decisões do Banco Central e do governo federal impulsionaram o setor, contribuindo para iniciar a liquidação do déficit habitacional no Brasil. A expansão do financiamento é notó-ria quando comparados os números de unidades vendidas em 2003, cer-

ca de 250 mil, e em 2011 - quase meio milhão. Ano passado, foram 453 mil unidades comercializadas e, apesar da redução de 8% em mé-dia, as projeções indicam que 2013 e 2014 saldarão o decréscimo com resultados que devem superar os R$82,7 bilhões movimentados no mercado imobiliário em 2012.

ESTÍMULOS AO MERCADO HABITACIONALProgramas como “Minha Casa Minha Vida” – iniciados pelo do governo federal em 2009 -, “Feirões da Casa Própria”, inovações em opções ban-cárias e a facilidade de contratação de aquisição imobiliária, decorrentes do aumento do crédito e redução dos juros, incentivaram o setor. A proximidade dos eventos esportivos internacionais que acontecerão no Brasil (Copa do Mundo em 2014 e

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26 | Revista da Rede

INVESTIMENTOS INTELIGENTES

Olimpíadas em 2016) incitam a va-lorização dos empreendimentos e o aumento da oferta em todo território nacional, mas, principalmente no sudeste do país.

A PROCURAConstruções verticais para acompa-nhar o crescimento populacional e a proporcional falta de ‘espaço’ nos grandes centros. Mais prédio, mais verde, mais prédios verdes. Susten-tabilidade e urbanidade deram as

mãos e militaram nas ruas, nas ple nárias, propuseram novas leis, mais praças e preservação ambiental. As-sim, a demanda por ‘condomínios clube’, onde a infraestrutura con-grega comodidade (comércio nas proximidades), segurança, recreação (academias, quadras esportivas, e lazer nas dependências) e arbori-zação, são os projetos prediletos, embora mais custosos. Contemplar elementos que visam à economia de energia e água e que se preocupa com o ecossistema, é essencial para a grande maioria dos compradores. A família também mudou: casais, ou a independência da solteirice, trouxe junto à redução do número de mora-dores e à individualidade, a demanda por apartamentos de um dormitório – construções menores e mais lu-xuosas, além de centralizadas, são o que as pesquisas de marketing reve-lam sobre tendências, desejos e ne-cessidades daqueles que procuram um imóvel.

OS NOVOS CONSUMIDORESA Classe C chegou lá: ela é a nova classe média e a que mais procura

por imóveis. Conforme examinou o Instituto Data Popular, aproximada-mente 11 milhões de famílias – que correspondem a esse novato grupo - com renda per capita entre R$291 e R$ 1.019 afirmam ter o desejo de adquirir um imóvel nos próximos dois anos. Beneficiados pelo au-mento das concessões de crédito habitacional, que possivelmente per-manecerão em alta no período dos grandes eventos esportivos brasilei-ros, oito em cada 10 dessas famílias comprarão imóveis utilizando linhas de financiamento. Ainda de acordo com o levantamento, os demais de-vem pagar à vista com recursos pró-prios ou conquistados por meio de consórcios. Atualmente, a Classe C representa 52% da população brasi-leira, somando mais de 100 milhões de pessoas.Segundo o Banco Central (Bacen), o cenário que se desvela no segmento prevê aumento na oferta de crédito habitacional em 15% este ano, em relação a 2012 – o que representou 25% de toda a carteira física. Em 2013, tende superar a carteira de empréstimos.

“Minha Casa Minha Vida”, “Feirões da Casa Própria”, ino-vações em opções bancárias e a faci-lidade de contra-tação de aquisição imobiliária, decor-rentes do aumento do crédito e redu-ção dos juros, in-centivaram o setor.

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ALICERCES DO TEMPO

Fatos que se destacaram na década em que o país iniciou os alicerces de uma nova obra: do sonho da moradia própria.

2003 Políticas habitacionais: o Partido dos Trabalhadores (PT) articulou institui-ções financeiras no âmbito do Sistema Nacional de Habi-tação de Interesse Social (SNHIS).

2004Aprovação de estratégias: ações fundamentadas em três eixos: política fundiária, política financeira e estrutura institucional – o que vinculou a construção civil a tal matriz.

2005 Aumento da empregabili-dade: o desem-penho da forma-lidade contratual na construção civil registrou alta de 5,9% na compa-ração média de empregados no ano anterior.

2006Alocação de fundos: entre 2006 e 2009, R$4,4 bilhões do FNHIS beneficiaram mais de 4.400 pro-jetos. A mudança que se opera na política econômica do governo a partir de 2006.

2007Plano de Aceleração do Crescimento (PAC): promoção do crescimento econômico aliado a programas de in-fraestrutura – dentre eles o PAC urbano, para habitação e saneamento.

2008 Políticas Keynesianas: manutenção do crédito, inves-timentos em setores atingidos pela recessão e a sustentação dos recursos públicos na área de infraestrutura e habitação.

2009Programa Minha Casa Minha Vida: subsídios diretos, proporcionais à renda das famílias, para fomento da indústria da cons-trução e reaqueci-mento do mercado imobiliário.

2010 Recursos comple-mentares: dispêndio financeiro para projetos financiados com recursos do PAC.

2011Emprego: o aumento foi 7,4% - mais de 200 mil contratações – e segunda fase do Programa Minha Casa Minha Vida (construção de 2,5 milhões de casas até 2014).

2012Crédito habitacional: em 2012 ele destacou-se, re-presentando 25% de toda a carteira de créditos para pessoa física. Neste ano deve liderar o ranking ao ultrapassar o empréstimo pessoal.

2013 Folha de pagamento: construção civil é desonerada, e Medidas Provi-sórias defendem baixas nos tributos de Construtoras, a fim de estimula-rem expansão dos setores vinculados à habitação.

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32 | Revista da Rede

Cartilha de Locações residenciais 2013

PONTO DE VISTA

Considerações téc-nicas para análises mais seguras

É a primeira cartilha sobre o assun-to produzida pelo Procon Campinas. Uma ação que pondera informações técnicas para garantir o desenvol-vimento assertivo do mercado com comodidade e segurança aos loca-dores e locatários. Segundo o Procon Campinas a Cartilha de Locações Residenciais

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comentadas por Rosana Chiminazzo Moreira.

2013, visa intermediar a compreen-são contratual através de assessoria jurídica básica a quem está à procura de uma propriedade para alugar. Re-conhecendo a crescente e contínua demanda existente no município, seja pela interação entre empresas de múltiplos setores e portes, ou devido ao polo tecnológico, cientí-

O material aborda as definições dos termos utilizados por imobiliárias e os deveres e direi-tos do locador e do locatário.

maio / junho 2013 | 33

fico e educacional, o manual busca auxiliar, principalmente, o candida-to a inquilino. As orientações estão expostas de maneira didática e dis-poníveis virtualmente. Com 20 pági-nas, o material aborda as definições dos principais termos utilizados por imobiliárias no contrato de aluguel, os deveres e direitos do locador e do locatário. Dentre as dúvidas esclarecidas há, por exemplo, explicações de quem é responsável pelo pagamento dos im-postos do imóvel e das taxas extras de condomínio; quem deve pagar por benfeitorias no imóvel e como são feitos os cálculos do reajuste de locação. A cartilha abrange, também, as con-tratações por temporada - quando o imóvel é locado por um curto perí-odo de tempo para viagens de lazer em férias e feriados.Rosana Chiminazzo Moreira, Direto-ra Regional de Locação do Secovi e Vice-presidente da Rede Imobiliá-

ria Campinas Secovi, fala à Revista Rede Imobiliária Campinas sobre a Cartilha de Locações lançada este ano, e explica como observa a ini-ciativa ao esclarecer, a partir de sua análise profissional, o consumidor quanto a alguns termos e descrições que estabelecem os vínculos.Para acessar a cartilha, disponível somente em versão digital, o inter-nauta deve acessar o site www.pro-con.campinas.sp.gov.br e baixar o arquivo ‘PDF’ do material.

SOBRE A CARTILHApor Rosana Chiminazzo MoreiraA Cartilha de Locações Residenciais 2013 explica com fidelidade o que consta da lei de locação (8.245/91). Expõe de maneira coerente a que se propõe. Erra, entretanto, quando diz que, quando forem feitos por imo-biliária, os contratos são de adesão - motivo pelo qual a relação passa a se regida pelo CDC.

Os contratos de locação feitos por imobiliárias não são de adesão. São, simplesmente, minuta que as imobi-liárias oferecem às partes, procuran-do regular de forma justa a relação, com base na experiência de cada empresa. Longe de serem de adesão, estes contratos negociados e modificados tanto pelos locadores quanto pelos locatários, desenvolvem-se de forma a atenderem os interesses das par-tes. É necessário pontuar que a em-presa imobiliária apenas aproxima as partes. O próprio CDC define o que é con-trato de adesão no seu artigo 54, deixando claro que se estabelecem “unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços”. Ora, tendo em vista que locador não é fornecedor, e locatário não é con-sumidor, e, ainda mais importante, que a imobiliária não faz parte desta relação, não há como se definir con-trato de locação como de adesão.

“Longe de serem de adesão, estes contratos negociados e modificados tanto pelos

locadores quanto pelos locatários, desenvolvem-se de forma a atenderem os

interesses das partes. É necessário pontuar que a empresa imobiliária apenas aproxima

as partes” - Rosana Chiminazzo Moreira.

PONTO DE VISTA

34 | Revista da Rede

Geralmente, as partes negociam o pra-zo da locação, a data de vencimento do aluguel, o índice que será aplicado, se haverá ou não garantias, e, caso posi-tivo, quais delas, prazos de abono ou carência, melhorias que precisarem ser feitas no imóvel, e uma infinidade de outros itens. Não é incomum, in-clusive, que as partes submetam os contratos aos seus advogados - prática saudável - que fazem alterações con-forme o interesse de seus clientes. De acordo com a definição de fornecedor e consumidor que consta do Códi-go de Defesa do Consumidor (lei nº 8.078/90) confere-se que:

FORNECEDOR:Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacio-nal ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

Negócios à parte

CONSUMIDOR:Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.Assim, solidifica-se o que fora ponderado: a relação de locação não é de consumo, pois o locador não é fornecedor, e o locatário não é consumidor, e o contrato, mes-mo quando negociado por uma imobiliária, não é de adesão, pois trata de relação civil, regida por lei própria.A jurisprudência é tranquila quanto à não caracterização dos contra-tos de locação como de consumo, mesmo quando a locação é feita através de imobiliária.Desta forma, com exceção deste pecadilho, praticado com as me-lhores das intenções, a cartilha produzida apresenta-se como um promissor instrumento para elu-cidação da população. Alternativa válida e recurso plausível para re-correr a esclarecimentos.

“Não é inco-mum, inclusive,

que as partes submetam os contratos aos

seus advogados - prática saudá-vel - que fazem alterações con-

forme o inte-resse de seus

clientes”.

SERVIÇONo município, o órgão de defesa

do consumidor disponibiliza alguns canais virtuais (site e chat) para obtenção de infor-mações e esclarecimento de

dúvidas: www.procon.campinas.sp.gov.br. O Procon está situado

na Avenida Francisco Glicério, nº 1307 - Centro, Campinas/SP.

Fone: 151. Horário de atendi-mento ao público:

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40 | Revista da Rede

Crédito para novos hábitos

CRÉDITO

O desejo que se notava antes, prin-cipalmente nas classes econômicas em ascensão, era de obter a sonha-da casa própria. No país, o desafio do saneamento básico somado aos déficits habitacionais e de infraestru-tura urbana, dos portos, aeroportos e rodovias, tornavam nulas ou inexis-

A ascensão econômica pujan-te no país volta-se aos dife-rentes grupos de consumo

tentes certas demandas na década de 50. Passados 64 anos da criação da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), instituída em 1949, e de inúmeros programas ha-bitacionais apoiados ou executados

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Em 14 anos de operação, o BPP concedeu mais de R$ 1,060 bi em empréstimos, em 300 mil operações.

Edson Cardozo, Superintendente regional do Ban-co do Brasil

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pelo governo federal e agentes fi-nanceiros como o Banco do Brasil, casas populares instigam reestrutu-rações de planejamento habitacional que, aliadas a elevação da renda das classes ‘C’ e ‘D’, fazem surgir outras aspirações dos moradores. As construções precisam de manu-tenção, reparos que o tempo pede; a cultura do que é a residência confor-tável, segura e valorizada também se alterou com os costumes sociais; es-téticas modernas, novas percepções e usos provenientes da engenharia e arquitetura contemporâneas geraram importantes necessidades de consu-mo, dispêndios da iniciativa pública e privada. A moradia precisa ser, e continuar, funcional, ecológica, con-fortável e esteticamente agradável. Diante de tantas questões, o mer-cado brasileiro de empréstimos e financiamentos se reconfigura. Os créditos pessoais e imobiliários lideram absolutos o setor de espe-culação financeira – acirram- se as propostas bancárias para atender o público e instituições tradicionais apresentam novas opções.

ALTERNATIVAS ÀS MUDANÇAS “A demanda pelo crédito imobiliário na Região de Campinas, assim como em todo o Brasil, cresceu muito nos últimos anos, especialmente, após as sucessivas reduções nas taxas de juros”, afirma Edson Cardozo – su-perintendente estadual do Banco do Brasil (BB).A deixa do representante do ‘BB’ eleva a atenção para um contexto que, segundo ele, o Banco do Bra-sil protagonizou ao lançar uma nova alternativa que reconhece o aqueci-mento do mercado e suas alterações: a ação ‘BomPraTodos’ foi pioneira na intervenção direta ao setor e estimu-lou que outros bancos iniciassem a redução considerável nas taxas de juros. Às alterações de hábitos e necessi-dades que emergem nestas famílias e, visando antever futuros problemas estruturais em instalações construí-das pelo governo público, a Secre-taria do Emprego e Relações do Tra-balho (SERT) também inovou com o programa habitacional Casa Paulista

Microcrédito - junto com o Banco do Povo Paulista (BPP). São propostas diferentes, entretanto, todas validam a ascensão econômica de classes sociais e novas pendências. O programa de microcrédito, por exemplo, contempla Campinas e cidades próximas com a disponibi-lização de crédito nas 68 agências do BPP. Segundo a CDHU, na região existem 207 conjuntos e 44.368 uni-dades.No ano passado, os bancos da região emprestaram mais de R$ 31,5 mi-lhões em seis mil operações. Ape-nas no primeiro trimestre de 2013, as agências da região firmaram 700 contratos, o que resultou em R$ 3,5 milhões emprestados. O projeto foca estes crescentes e significativos nú-meros.Cardozo destaca que no caso do Banco do Brasil, linhas de crédito são disponibilizadas para todas as faixas de renda, de forma que con-temple todos brasileiros com acesso ao financiamento imobiliário.“Dentre as vantagens de financiar um imóvel pelo ‘BB’ está a carência de

O mercado brasileiro de emprésti-mos e financiamentos se reconfigu-

ra. Os créditos pessoais e imobili-ários lideram absolutos o setor de

especulação financeira

42 | Revista da Rede

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

até seis meses para pagamento da primeira parcela, a possibilidade de incluir no financiamento o valor dos impostos, tarifas e despesas cartorá-rias, além do cliente poder escolher um mês no ano em que não pagará a prestação, facilitando o orçamento familiar em períodos de mais gastos, como o início de ano”, destaca o su-perintendente bancário.Para o segmento de reformas e me-lhorias residenciais, o Banco do Brasil concorre co a disponibilida-de da linha de financiamentos “BB Material de Construção”. A propos-

Segundo declarou o secretá-rio de Estado do Emprego, Carlos Ortiz, à imprensa, a

visão da pasta à iniciativa é de um importante auxílio que diverge de outras propostas, por se tratar de um projeto inédito à baixo custo, para melhorar, especificamente, a condição do imóvel de morado-res da CDHU - além de ser uma ação contributiva para a melhora na qualidade de vida e autoestima dos cidadãos. Desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado da Habitação, o programa é destinado aos mutu-ários adimplentes da Companhia, inclusive para os que já quitaram o imóvel – basta que o imóvel es-teja em nome do requisitante. São R$105 milhões disponíveis para

ta oferece limites pré-aprovados de acordo com o perfil dos clientes, que podem utilizá-los através de cartões de crédito das bandeiras operacionais mais tradicionais no mercado. O saldo pode ser usado diretamente nas lojas de materiais para construções credenciadas e, as compras, parceladas em até 54 meses. “Para o segmento econô-mico, atuamos através do Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, que oferece subsídios de até R$25 mil para famílias com renda de até R$3.275. Financiamos tanto os

empreendimentos como as famílias que desejam adquirir os imóveis das construtoras”, conclui, ao expor a diversidade que a instituição dispõe.

Bancos já oferecem limites

pré-aprovados de acordo com o perfil

dos clientes, que podem utilizá-los

através de cartões de crédito

O Programa Casa Paulistatodo o estado paulista. Empréstimos serão concedidos para a realização de reformas, ampliação ou adequa-ção das moradias. A verba pode ser usada para a compra de materiais de construção, e pagamento da mão de obra (até 50% do valor).Os contemplados pela CDHU de-vem, ainda: residir no imóvel objeto do financiamento; ter renda fami-liar de até cinco salários mínimos; não possuir restrições cadastrais e apresentar fiador (pessoa física sem restrições cadastrais). O solicitante precisa apresentar RG, CPF, com-provante de residência e cópia do pagamento.O programa de microcrédito da Se-cretaria varia entre empréstimos de R$200 e R$7,5 mil. A divisão em parcelas pode ser realizada em até

36 meses. A taxa de juros é de 0,5% ao mês - a menor entre as instituições financeiras do país. Conforme ponderam analistas do mercado, os empréstimos destina-dos aos mutuários devem impactar positivamente a região ao aquecer a economia vinculada à construção civil. Mais informações podem ser obtidas em uma das agências ou pelo site: www.bancodopovo.sp.gov.br.

44 | Revista da Rede

Dúvidas Imobiliárias

O “X” DA QUESTÃO Envie outras perguntas: [email protected]

FIQUE SABENDO...O direito a propriedade imóvel por usucapião foi introduzido recentemente no Código Civil para cônjuges que permanecem no bem e zelam por ele. Os textos preveem para mo-radias urbanas a usucapião familiar, que se difere em termos da usucapião pro moradia e usucapiendo – o tempo para concessão do direito legal é menor: dois anos, apenas (a outra modalidade requeria ao menos cinco anos). Para conferir, basta consultar o artigo é o 1.240 A que discorre sobre o fato, que entrou em vigor pela Lei nº 12.424.

Quando a propriedade estiver sob a res-ponsabilidade de uma administradora de imóveis, o locador deve solicitar ao de-partamento jurídico da mesma que acione legalmente o locatário (inquilino) devido à quebra contratual, requerendo a desocupa-ção do imóvel. Entretanto, mesmo que não assessorado por empresa, o proprietário pode ingressar com Ação de Despejo por Infração Contratual e cientificar os fiadores solidários.

Como o proprietário de um bem imóvel locado deve proceder quando descobre que o inquilino não pagou o IPTU (Imposto Pre-dial Territorial Urbano)?

Quem é responsável pelas despesas da Es-crituração Pública na Compra e Venda de um imóvel: o comprador ou o vendedor?Exceto quando exposta cláusula contrá-ria no contrato estabelecido entre as partes, segundo o artigo 490 do Novo Código Civil, o pagamento das despe-sas de escritura e para registro público são de responsabilidade do comprador. Ao vendedor cabe disponibilizar a docu-mentação pertinente regularizada para tal formalização – escritura e registros anteriores, por exemplo.

Confira as respostas para algumas das frequentes perguntas sobre Di-reito e negócios imobiliários.

48 | Revista da Rede

Sustentabilidade, reciclagem, recursos naturais: termos que não vão para o mesmo lugar,

mas, que pensam no ambiente ade-quado para garantir a subsistência de materiais e das espécies; agora, convergem para intervir num outro modo de descartar aquilo que um dia foi útil. Espaços a ‘céus aberto’ repletos de lixos. Resíduos lançados sem nenhuma preparação do solo, des-providos de tratamentos. Os lixões, como são conhecidos, foram subs-tituídos por uma alternativa que também se mostra ineficiente ou, ao menos, insuficiente em sua modali-dade mais comum. Cada vez mais contestados, os aterros sanitários pedem uma reci-clagem. A proposta que surgiu para controlar a decomposição de resí-duos, sem contaminação do solo e da água, evitando o mau cheiro, já não atende a demanda de controle e aproveitamento adequado do espaço e dos recursos naturais.Além dos impactos ambientais, o acúmulo de lixo atrai animais e inse-tos transmissores de doenças, como moscas e ratos. Aproximadamente 76% do lixo diário gerado no Brasil - equivalente a 70 milhões de quilos – é despejado em

Lixões inteligentes

RECICLAGEM

lixões ou aterros administrados por empresas de controle químico e to-xicológico. E permanecem por lá, até se decomporem. Teoricamente, os lixos recicláveis, como plástico, vidro, papel e alu-mínio deveriam ser destinados à reutilização, assim, preservariam o ambiente. Mas, devido à mistura de ambos no descarte, é comum a pre-sença destes em aterros sanitários, o que resulta em apenas 2% de detri-tos reaproveitados.

ALTERNATIVA INOVADORAPara atender a demanda por novo processo de transformação dos des-cartes, a empresa Estre Ambiental, a maior da América Latina, há certo tempo desenvolveu um sistema de usinagem que transforma o lixo em energia através do equipamento ne-cessário. A alternativa tem inovado quanto aos métodos de reaproveitar o material e, desde seu funciona-mento, tem apresentado resultados positivos. O Tiranossauro é a máquina res-ponsável por retirar 15% das 4 mil toneladas destinadas diariamente ao aterro sanitário da empresa, no mu-nicípio de Paulínia. Uma sugestão inteligente para maximizar o uso dos materiais produzidos e consumidos

pelos 30 municípios e 800 empre-sas do Estado de São Paulo, que a companhia de Paulínia recebe. Equipamento avaliado em cerca de R$45 milhões, pioneiro na América Latina, o gigante aliado dos am-bientalistas é utilizado em caldeiras e fornos de metalúrgicas, olarias, indústrias de cimento e usinas ter-moelétricas, como fonte geradora de energia. Dirceu Pierro, diretor da ins-tituição privada, acredita que enviar o lixo produzido em Campinas para

O Tiranossauro é a máquina responsável por retirar 15% das 4 mil toneladas destinadas diariamente ao aterro sanitário daempresa, no município de Paulínia.

O futuro lixo de cada dia, destinado à reutilização.

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Na modalidade de aterros, há os ‘controlados’ e os ‘sanitários’. Nos controlados, o impacto ambiental é reduzido. É lançada uma camada de terra sob o lixo, e despejada uma plantação de grama e argila, que captam os gases prejudiciais, não permitindo que os resíduos fiquem expostos. Entretanto, não há uma eliminação total dos poluentes, per-mitindo que algumas propriedades prejudiciais à saúde contaminem os lençóis freáticos. Já nos sanitários, além da camada de argila sob o solo, existe uma tecnologia que trata a decomposição dos resíduos,

fazendo com que não prejudique o meio ambiente.

Paulínia é a alternativa mais viável no momento, já que os lixos da cidade estão sendo depositados em locais inapropriados e sem tratamento, sendo foco de doenças e danos na estrutura da população. Confira o infográfico e entenda me-lhor como funciona o equipamento que no lixo de cada dia, uma possi-bilidade futurista de recurso energé-tico, bem como o porquê da neces-sidade (e oportunidade) de expandir seu uso.

FIQUE SABENDO...

2. SEPARAÇÃO Numa peneira de 18 metros, com capacidade para 40 tone-ladas de lixo/hora, é separado o material orgânico, que cai em caçambas para ser levado aos aterros sanitários

3. TRITURAÇÃO Depois, o lixo passa pelo tira-nossauro, um triturador gigante. Cerca de 45% do lixo total já é descartado nessa etapa.

4. ELETROIMÃEm seguida, o ma-terial passa por um eletroimã, que separa metais ferrosos dos não ferrosos.

5. PENEIRANa sequência é feita mais uma peneirada, onde são descartados materiais de cerâmica, vidros e os diver-sos tipos de plástico.

6. ENERGIAFinalmente saem da máquina os flocos de 30 milímetros de CDR (Combustível Derivado de Resíduo).

1. ENTRADA O lixo entra por uma esteira, onde ocorre uma primeira trituração

A MÁQUINA TIRANOSSAURO

50 | Revista da Rede

Cidades sustentáveis

AMBIENTE

Fenômeno geopolítico traz inúmeras consequências e novas demandas à Campinas.

No município, a gestão susten-tável está em pauta e mobiliza organizações prol aos recur-sos renováveis.

Reconhecendo a nova demanda do desenvolvimento urbano, Campinas inseriu em sua plataforma de atuação política a degradação do ambiente e o modo de combatê-lo. Por todo o país notam-se fontes hí-dricas contaminadas, lixões a céu aberto, desmatamentos e a poluição do ar resultam em doenças, desmo-ronamentos e enchentes. Distanciando-se das questões de

saneamento básico, o incentivo às ações sustentáveis nas cidades é macroestratégia para a qualidade de vida populacional. Além de representar um ganho eco-nômico e social relevante, devido ao aproveitamento de materiais, re-dução de gastos com saúde e água, e geração de energias alternativas, a preservação dos recursos naturais tornou-se um assunto emergente

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Se os inves-timentos em saneamento continuarem no mesmo ritmo, apenas em 2122 todos os brasileiros te-riam acesso a esse serviço básico.

Intrinsecamente vinculadas, as estratégias que tratam os aspectos básicos sanitários e ambien-tais dialogam e exigem ações conjuntas. Para compreender melhor, alguns *dados de departa-mentos oficiais e instituições que analisam este panorama brasileiro.

*Levantamentos referentes aos últimos índices divulgados. Números sujeitos a alterações conforme novos indicadores. Fontes: Ministério das Cida-des; Organização Mundial da Saúde (OMS); Pesquisa ‘De Olho no PAC’ - Instituto Trata Brasil; Ibope (2012).

O atendimento em coleta de esgotos chega a apenas 46,2% da população brasileira.

Do esgoto gerado, apenas 37,9% recebe algum tipo de tratamento. A região com maior índice de esgoto tratado é a Centro-Oeste, com 43,1%.

A média de perdas de água (faturamento) diminuiu 1,2 pontos percen-tuais em 2010 em relação a 2009, atingin-do 35,9%.

Postos de trabalho: em 2010 o setor de saneamento criou 64 mil novos postos de trabalho, atin-gindo um total de 671 mil em-pregos diretos e indiretos criados pelo setor.

Cada R$1 investido em sane-amento propicia economia de R$4 na área de saúde.

Das 114 grandes obras de saneamen-to do PAC em muni-cípios acima de 500 mil habitantes, 60% estão paralisadas, atrasadas ou ainda não foram iniciadas e apenas 7% foram concluídas até dezembro de 2011.

Sustentabili-dade consen-

sual: é preciso investimentos em educação

ambiental para integrar ações

dos cidadãos.

SANEAMENTO E SUSTENTABILIDADE

pela recente cultura de consciência e ‘autossuficiência’ biológica.

POLÍTICA VERDEApós a legenda denominada Parti-do Verde (PV), voltada para tais te-máticas, ganhar projeção midiática e apoio social nas eleições presi-denciais de 2010, na figura da ex--ministra do Meio Ambiente (2003 a 2008), Marina Silva - que obteve 19,33% do total de votos válidos em todo Brasil (quase 20 milhões de vo-tos) - a insatisfação com as políticas engendradas por governos munici-

pais, estaduais e até federal faz surgir uma nova força política encabeçada pela mesma expressiva personalida-de da ex-senadora do Acre, Marina.A Rede Sustentabilidade (REDE) foi registrada como novo partido sobre o mote da agenda ambiental entre-meada com a econômica, pelo qual ela deve concorrer à presidência da república em 2014. A sigla aguarda ainda o registro oficial, pois é pre-ciso apresentar 500 mil assinaturas apoiando a nova plataforma social-democrática de centro. Paralelo aos movimentos nacionais,

52 | Revista da Rede

CIDADES SUSTENTÁVEIS

Tendência que deve se

consolidar nos próximos anos,

a chamada cons-trução susten-tável atribuirá

às pessoas a res-ponsabilidade

com a natureza antes de com-

prar uma casa.

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o executivo campineiro se mobiliza para debater os extensos e contro-versos temas que envolvem diferen-tes interesses dos segmentos civis e empresarias. Nesse esforço, em janeiro desse ano uma das primeiras medidas tomadas pelo prefeito Jo-nas Donizette (PSB) foi de aderir ao “Programa Cidades Sustentáveis”, o qual prevê até o final do primeiro se-mestre a definição pela prefeitura de um plano, discriminado metas para áreas correlatas ao contexto – princi-palmente de cunho inclusivo e edu-cador, a fim de estimular o conheci-mento e participação dos munícipes.

O PROGRAMACom o objetivo de mobilizar e ofere-cer ferramentas para que as cidades brasileiras se desenvolvam ambien-talmente e socioeconomicamente, o Programa Cidades Sustentáveis fo-menta o debate e sugere modos para

enfrentarem os desafios urbanos. Atuando como assessoria política, a organização oferece instrumentos, como plataforma específica, assis-tência que ampara com indicadores, campanhas e estratégias oriundas de estudos e integrações institu-cionais, para alterar a visão gestora dos executivos municipais ante ao tema. A divisão do projeto se dá em 12 eixos temáticos e, em Campinas, tais parâmetros possivelmente se-rão divulgados em abril. Donizette advertiu através da imprensa que este processo que aderira será um método gradativo e que não tem a pretensão de resolver a problemática em quatro anos. O intuito, segundo ele, é elaborar a plataforma pensada no comprometimento com medidas de sustentabilidade em longo prazo.De acordo com o secretário do Ver-de e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes, dentre os pontos

que estabelecerão, diretrizes serão dadas quanto à: governança; educa-ção; planejamento e desenho urba-no; bens naturais; economia local e consumo responsável.

54 | Revista da Rede

Para comprar um imóvel na plantaTreze dicas importantes

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O que deve ser observado; como prevenir futuros transtornos e reter garantias como comprovação do que foi contratado? Essas e outras questões esclarecidas em treze tópicos objetivos para quem deseja

comprar um imóvel na planta.

Cartilha

Quando se pretende adquirir um imóvel na planta, fatores como estética e propostas publici-tárias devem ser analisados após fundamentos que evitam fraudes e danos posteriores. O pri-meiro passo: conferir a regularidade do empreendimento. Verifique o registro da incorporação.

Certifique-se da idoneidade - tanto financeira, quanto empresarial - com a instituição que pretende firmar contrato.

Verificar a legalidade da construção e se o terreno onde será fixada possui ônus, é importante para que não haja embargos. Informações podem ser obtidas na prefeitura e num cartório de registros de imóveis.

As cláusulas contratuais que dizem respeito a data da entrega da obra precisam conferir garantias de que isso ocorrerá e a existência de um seguro bancário, para a eventualidades.

O memorial descritivo da obra que será entregue merece ser analisado minuciosamente e deve fazer parte inte-grante do contrato a ser assinado.

Atente-se para o item que trata da entrega da obra, comparando com a cláusula que dispõe sobre a pos-sibilidade de seu atraso por motivos justificáveis. Isso evitará transtornos futuros.

Algumas construtoras se reservam o direito de atra-sar a obra em até 180 dias. Esse ato é abusivo. Salvo quando ocorrer caso fortuito ou força maior devida-mente comprovada, o comprador pode pedir judicial-mente indenização a título de lucros cessantes – o que corresponde a aproximadamente 1% do valor do bem por mês.

Para comprar um imóvel na plantaTreze dicas importantes

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13Antes de assinar um contrato, recomenda-se a assessoria de um profissional da área do direito imobiliário para orienta-ções técnicas e específicas, afim de eliminar dúvidas e preser-var os direitos legítimos de ambas partes.

A cláusula que dispõe sobre a forma de reajuste das parcelas também deve ser vista com cuidado: in-formação exata é essencial. O contrato deve mencionar ainda, entre outras coisas, as características do imóvel, qualificação das partes, metragem, preço

e forma de paga-mento.

Quanto a valores e pagamento, ainda, lembre-se que é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor a perda de todos os valores pagos no caso de rescisão ou atraso muito longo (artigo 53, da Lei 8.078/90). Caso conste isso em contrato: conteste e invalide-o.

Atenção: a cobrança do condomínio não pode ser vinculada ao habite-se. O ad-quirente só pode ser cobrado a partir da entrega das chaves, a não ser que o atraso esteja relacionado com problema de do-cumentação do consumidor para assinatura do financiamento.

Mantenha sob seus cuidados todos os documentos relativos à compra, desde os anúncios de publicidade do empreendimento e recibos de pagamento até cópia do contrato e memorial descritivo da obra.

A Taxa de Interveniência (cobrança por financia-mento por banco diverso do indicado pela constru-tora) é ‘venda casada’ e vedada pelo Código de De-fesa do Consumidor artigo 39, inciso I. Em relação à taxa de assistência jurídi-ca, só pode ser cobrada se solicitadapelo consumidor.

Decoração

Alamedada casa

18 anosCampinas Decor 2013

18 anosCampinas Decor 2013

CAMPINAS DECOR

Ela passou à maioridade; e já é referência nacional de arte arquitetônica, em decoração

e paisagismo. A exposição do inte-rior paulista está de portas abertas e promete ser inesquecivel.Com investimentos de R$6 milhões em quatro mil metros quadrados, quarenta e oito ambientes de 77 ex-positores, a expectativa é que um dos eventos mais renomados do design e arquitetura do interior de São Paulo receba mais de 35 mil visitantes. São tantos números, que a Campinas Decor 2013 teve que voltar pra casa – só assim poderia receber entre 26 de abril e 9 de junho os aficionados pela beleza e pelo prazer de morar bem, num imponente casarão que une a sua história a tantas outras da-

queles que imprimem suas técnicas e expressões nos espaços, e dos que caminham pelas instalações e con-templam os cenários expostos.Instalado no Taquaral, os amplos ambientes e jardins desvelam entre traços marcantes e sutis a transfor-mação de vitrines antigas, que se movem inspirando profissionais. Biblioteca, adega, loft, estúdio, home cinema, espaço gourmet, brinquedoteca, salas e suítes e ainda uma ala corporativa, com escritórios, compõem-se ao longo do prédio com jardins, varandas e uma piscina convidativa. O horário de funcionamento da mos-tra é de terça a sexta das 14h às 22h; sábados, domingos e feriados das 12h30 às 22h - o ingresso ao local

é permitido até às 20h30. A entra-da custa R$30 (inteira) e R$15 para estudantes e idosos (meia). O Free Pass, que garante acesso ilimitado ao local – tem o valor de R$50. Café, bar, restaurante e estacionamento com manobrista completam as op-ções disponíveis para os visitantes. www.campinasdecor.com.br.

GALERIA DE ARTEConfira algumas imagens com ideias criativas que ousam e harmonizam beleza e conforto, aos trabalhos que se transformam em obras artísticas. Produções que registram com pri-mor, diversidade e sensibilidade o que há de mais luxuoso e inusitado de clássico e contemporâneo para sua casa.

58 | Revista da Rede

Jardim do Spa

maio / junho 2013 | 59

A história da família é de muito

talento reunido em um só lugar,

uma casa inspirado-ra, acostumada

a festas. Os melho-res momentos,

as melhores comi-das e bebidas, no

melhor lugar.

Sala de Almoço

Sala de Jantar

Piscina e paisagismo

CAMPINAS DECOR

60 | Revista da Rede

Arquitetos, decora-dores e paisagistas emprenharam-se por dois meses para realizar os traba-lhos que trazem o que há de moderno em tecnologia de automação residen-cial, luminotécnica, mobiliário, equipa-mentos de som e imagem, pisos, re-vestimentos, pintu-ras e paisagismo.

Home Cinema Belas Artes Cozinha da Casa

Quarto do Casal

Lavabo dos escritórios

maio / junho 2013 | 61

O esplendor apa-rece em lustres

contemporâneos requintados ou de

época, nos mais variados estilos, mármores ainda

inéditos no merca-do nacional e obras

de arte de artistas brasileiros e inter-

nacionais.

Escritório da Marchand

Espaço Gourmet

Living

Questão de sinergia

INFRAESTRUTURA

Produção energética e políticas do setor. Os impactos públicos evidentemente vinculam-se as

decisões estratégicas. Entretanto, o contexto onde custos da produção de eletricidade interferem no sistema econômico do país está esparso na cartilha informativa da imprensa de massa. Investidores procuram compreender o cenário nacional frente à matéria e, por isso, buscam um parecer ex-positivo do segmento para entender a posição do governo quando o assunto é autossuficiência. É conclusão consensual entre analis-tas dos diferentes mercados produti-vos que o Brasil precisa reduzir o cus-to do processo fabril e dos serviços vinculados ao comércio e a indústria, para se desenvolver continuamente e de modo sustentável. O que furta as convenções críticas deles é o modo de incitar este crescimento em longo prazo.O arrefecimento dos ônus das folhas de pagamentos de distintos setores é um passo na árdua caminhada, que foi dado com a desoneração de 52 segmentos. Distanciando-se da proposta da es-peculada reforma tributária – ainda carente de apadrinhamento – outras ações devem integrar o pacote de ‘combate aos déficits coloniais’.

Fontes técnicas e políticas brasilei-ras e o diálogo que confunde efici-ência geradora de eletricidade e es-tática ideológica

PALAVRA DA PRESIDENTACom esta visão, em janeiro, a presi-denta Dilma Rousseff anunciou a re-dução nas tarifas de energia elétrica e causou agitação entre políticos e civis. Por um lado, a turma do con-tra, os desconfiados economistas, a população sob expectativas. Do outro, uma medida que posta em prática fa-ria mais que baixar um valor especí-fico. A conta de energia elétrica teve redução média de 18% para o consu-midor doméstico e de até 32% para a indústria, mas também interferiu nos futuros (e breves) resultados econô-micos nacional.Diagnósticos já apontam que não só o cidadão que usufrui da energia elé-trica na residência, nem tão somente a indústria de base (siderurgia, me-talurgia, petroquímica, cimentícia) serão as principais beneficiadas. A população enquanto consumidora deve perceber a diferença nas contas das fornecedoras e noutros boletos.De acordo com uma pesquisa da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), o alto custo da tarifa industrial resulta nas finanças domésticas diretamente, pois chegam a pagar um valor equi-valente ao dobro de suas contas de energia elétrica quando se considera o preço deste dispêndio industrial

embutido no preço dos produtos. A Abrace prevê que a redução média de 20% da tarifa das indústrias possibi-litará o crescimento adicional do PIB de 8% se mantido até 2020. Confor-me a entidade, as exportações bra-sileiras aumentariam R$130 bilhões e seriam gerados até 5 milhões de empregos no período.

CHOQUE POLÍTICOExatamente no verso desta página do discurso, em que a presidenta se apoia, a oposição escreve que alguém pagará a conta governista com as operadoras concessionárias. A alega-ção parte de que os estados terão as receitas afetadas e que o consumidor, diferente do defendido, possivelmen-te não enxergará a luz no fim do túnel. A réplica do Planalto diz que a estra-tégia objetiva o aumento da competi-tividade industrial brasileira. De pron-to, a tréplica dada pelos adversários refuta os números mencionados pela liga petista, e apresentando dados inquestionáveis mostram que apesar do barateamento, o setor produtivo nacional continuará a pagar uma das mais altas faturas de energia no mun-do. O ponto final enfatiza tratar de uma manobra política de Rousseff pró--candidatura em 2014 e para esvaziar os argumentos sobre os prenunciados apagões.

62 | Revista da Rede

Para estabelecer o novo modelo do se-tor elétrico, o governo renovou a con-cessão das empresas de energia com a condição de que elas reduzissem as tarifas em cerca de 20%. Como contra-proposta as companhias receberam R$ 20 bilhões de indenização pela depre-ciação dos investimentos realizados. Como quatro empresas ligadas a go-vernos estaduais, Cemig (MG), Cesp (SP), Copel (PR) e Celesc (SC), não aderiram à diminuição proposta – o que faria que a média da redução ficas-se em 16% - o Tesouro Nacional pen-sou em formas adicionais para manter a redução. Assim, com a intervenção da secretaria da pasta, o percentual deduzido das contas dos brasileiros se manterá equiparado.

Jeitinho brasileiro

maio / junho 2013 | 63

Na matriz energé-tica brasileira fal-ta energia gerada

de fontes menos nocivas ao meio-ambiente como a

eólica e a solar.

*O ranking foi feito com base na paridade do poder de compra (PPP) de 27 países selecionados, considerando a **redução média brasileira de 19,4%. Fonte: FIRJAN.

Ela atende a demanda de dois países: Brasil e Paraguai conju-gam e exploram o poder de uma

gigante. Hoje, a Usina Hidrelétrica de Itaipu é a maior geradora de energia do mundo e, também, a maior res-ponsável pelo feito que inundou os brasileiros de confiança no Estado. Segundo o secretário do Tesouro Na-cional, Arno Augustin, para garantir a redução média de 20% nas tarifas de energia elétrica, a equipe econô-mica recorrerá às receitas da usi-na - a hidrelétrica paga ao governo brasileiro R$4 bilhões por ano. Esta foi a válvula de escape que possibi-litou a medida estimulante; sem ela, dificilmente a delicada decisão seria executada, por temor de incorrer em retrocesso – e fracasso do plano de Dilma. A fim de conter qualquer inflação imediata, ele explicou ainda que o executivo pode reduzir mais os en-cargos cobrados pelo fornecimento,

Ranking de precificação:Tarifas industriais de consumo de energia elétrica (R$/MWH)*

1. Itália - R$ 458,3

2. Turquia - R$ 419

3. Rep. Tcheca - R$ 376,4

4. Chile - R$ 320,6

5. México - R$ 303,7

6. El Salvador - R$ 295,4

7. Cingapura - R$ 271,8

R$ 458,3

R$ 419

R$ 376,4

R$ 320,6

R$ 303,7

R$ 295,4

R$ 271,8

QUESTÃO DE ENERGIA

64 | Revista da Rede

mantendo os índices determinados pela presidenta. Segundo ele, esse dinheiro, em vez de ir para o Tesouro Nacional, irá para o fundo que com-pensa os subsídios no setor elétrico.Dentre os encargos responsáveis para atingir a meta de redução estão a queda da Conta de Desenvolvi-mento Energético (CDE) - que dimi-nuiu 75% - e, a Reserva Global de Reversão (RGR) e a Conta de Con-

sumo de Combustível (CCC), que foram zerados.Augustin explicou que as reservas propiciadas pelos três encargos acu-mularam-se em R$25 bilhões. Esse montante, ressaltou, poderá ser usa-do conforme eventualidades amea-çarem a estabilização do plano ges-tor e para quando os contratos das empresas que não concordaram em renovar as concessões vencerem.

BRASIL X MUNDO

8. Brasil - R$ 265,2**

18. Índia - R$ 188,1

22. China - R$ 142,4

23. EUA - R$ 124,7

26. Rússia - R$ 91,5

27. Argentina - R$ 88,1

28. Paraguai - R$ 84,1

R$ 265,2**

R$ 188,1

R$ 142,4

R$ 124,7

R$ 91,5

R$ 88,1

R$ 84,1

Uma Usina para duas

Nações. Brasil e

Paraguai exploram o

poder de uma gigante

66 | Revista da Rede

A importância desaber empreender

ARTIGO

por Adriana Flosi

É possível, sim, aprender o ofício de empreender e não são poucos os que obtêm sucesso em seus negócios a partir do aprofun-damento de seus conhecimentos em órgãos que prestam assessoria, orien-tam e acompanham os primeiros passos de cada negócio de forma gratuita.

O Brasil é um dos países onde o empreendedorismo ganha cada vez mais força como comprova re-

sultado de uma pesquisa internacional de 2012, que analisou o segmento em 69 paí-ses. A proporção dos brasileiros que dese-ja ter o próprio negócio é de 43,5%, pouco menos do dobro dos 24,7% que preferem fazer carreira em empresas. No levantamento, realizado pela interna-cional Global Entrepreneurship Monitor (GEM), é revelado que o Brasil em quarto lugar em termos de empreendedores - com um total de 37 milhões de pessoas que já possuem seu próprio negócio ou se ocuparam nos últimos meses com o planejamento de alguma atividade nes-sa direção. Entre 2002 e 2012 houve um aumento de 44% no número de brasileiros envolvidos na criação ou administração de um negócio, segundo o mesmo estudo.Um dos fatores que certamente contribuiu para esse boom do empreendedorismo foi o aumento da taxa de sobrevivência. Se na década passada muitos dos novos ne-gócios não chegavam ao segundo ano de atividade, nos últimos dez anos o quadro evoluiu favoravelmente.Outro estudo, este de 2011 feito pelo Se-brae, mostra que de cada 100 micro e pe-quenas empresas abertas no Brasil, 73 têm conseguido se manter e superar a barreira dos dois primeiros anos, período mais de-safiante para sua sobrevivência. Essa evolução positiva estaria ligada a um fator decisivo para o sucesso de qualquer empreendimento, seja ele de que porte for: a mudança no comportamento dos novos empreendedores brasileiros, que têm se preparado mais e buscado mais conhe-cimento antes de abrir um negócio, con-vencidos de que quanto mais informação acumularem, mais competitiva será a sua empresa. Há quem ainda defenda a tese de que uma

pessoa nasce empreendedora, mas, da-dos recentes mostram que essa teoria já perdeu força se levados em consideração os resultados incontestáveis do empre-endedorismo no país e de sua força na movimentação da economia. O desejo de empreender nasce por oportunidade ou necessidade. Na primeira alternativa estão aqueles que iniciam um negócio próprio mesmo que tenham outras opções de em-prego. Agem assim para ampliar sua renda ou por realizar o sonho de virar patrão – o terceiro desejo da população do Sudeste brasileiro, atrás apenas do desejo de viajar pelo Brasil e de comprar a casa própria, segundo a pesquisa do GEM.No segun-do fator de motivação estão aqueles que empreendem por não ter outras opções de trabalho e abrem um negócio com a expectativa de garantir sua sobrevivência. Em ambos os casos os desafios são enor-mes e similares, mas está cada vez mais claro que o sucesso não depende mais ex-clusivamente de ter ou não o perfil de em-preendedor em seu DNA. É possível, sim, aprender o ofício de empreender e não são poucos os que obtêm sucesso em seus negócios a partir do aprofundamento de seus conhecimentos em órgãos que pres-tam assessoria, orientam e acompanham os primeiros passos de cada negócio de forma gratuita. Ampliar o apoio àqueles que desejem empreender, facilitar esse aprendizado, desburocratizar e remover as pedras do caminho para se abrir uma em-presa e atuar com mais força no aprimora-mento do capital humano, desde os níveis básicos até os mais específicos de cada atividade, é o papel dos órgãos oficiais de apoio ao empreendedorismo no Brasil e das entidades representativas, dentre os quais a Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC). Empreender é preciso. Aprender como fazê-lo é imprescindível.

Presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campinas (CDL).