28

Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A sua revista 100% digital

Citation preview

Page 1: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014
Page 2: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014
Page 3: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

3 _rn - 10 de novembro de 2014

Bem-vindo ao primeiro número da Revista _rn. Publicação direcio-

nada ao internauta norte-rio--grandense com os assuntos mais palpitantes do momento na visão de conceituados for-

madores de opinião do nosso exuberante elefante.

A proposta da Revista _rn é facilitar sua leitura, onde você estiver conectado à grande rede, seja em um smartphone, ta-blet ou computador.

O conceito já consagrado tem as mesmas características de uma revista em papel e será distribuída e lida gratui-tamente - a primeira do gênero no nosso Estado.

Esperamos contar com a sua participação. Comente e sugira temas para publicarmos através dos nossos canais (destacados no rodapé desta página).

Publicação 100% eletrônica. Um novo tempo no _rn.

Começo

#apresentacao #elefante #riograndedonorte #conceito

www.issuu.com/revistawebrn/revistawebrn /revista_rn /revista_rn 84 9143-6757

Page 4: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

4 _rn - 10 de novembro de 2014

http://pt.wikipedia.org/wiki/Novembro_Azul

Page 5: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

5 _rn - 10 de novembro de 2014

Simbora!Escrituras rupestres com sotaque inglêsPor Alexandro Gurgel

FÁTIMA BEZERRA

Cinema & etc 17

Entrevista 1418

24

21

Capa 08

Pinga Fogo 23

Tio Colorau 20

Rubens Lemos 12

Rattelier 07

Da Janela... 10

EDIÇÃO 00

Agenda CulturalDestaques do final de semana

Estado #CulturaSimVetoNão

A Revista _rn é uma publicação da BEEP! Comunicação - Rua Antônio Madruga, 2009 - Natal | CNPJ. 18.559.813.0001-81

A Revista _rn não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados.

Page 6: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

6 _rn - 10 de novembro de 2014

O ano de 2014 foi de muita correria, articu-lações políticas, convalescências morais e es-corregões éticos nos inferninhos franqueados dos senhores e senhoras detentores (ou não) de cargos no nosso sofrido e falido Estado do Rio Grande do Norte.

A eleição se foi. Ufa! Mas é possível encontrar na taba gente ainda se dizendo surpresa com o resultado das urnas.

O resultado foi um sinal de que nosso povo acordou? Não acreditamos. Longe disso. O povo segue sonolento.

Podemos afirmar que o nosso Estado ainda está muito distante de conseguir a tão neces-sária alforria dos senhores da casa grande; os capitães-do-mato continuam na ativa e a cul-tura de “curral eleitoral” permanece em voga e deve perdurar por muitos e muitos anos. O famoso esquema do toma lá dá cá, do “é dando que se recebe” faz sucesso.

Exemplo maior é o de um prefeito que apoiou no primeiro turno a coligação que pregava “mudança”, do senhor Henrique Alves e, ‘de grátis’ – logicamente –, apoiou o candidato que defendia a “liberdade”, o Sr. Robinson

Farias, no segundo turno das eleições. Resul-tado: os sufrágios acompanharam o adesista.

Denominar de “voto maria vai com as ou-tras” seria uma afronta aos encantadores de eleitores. Isso é da nossa cultura mesmo! In-felizmente.

Vale ressaltar que com a tempestade de votos nulos, brancos e tantas abstenções estaremos fadados a acompanhar por muitos e muitos anos algumas disputas idênticas ao ocorrido em 2014. Mais do mesmo. E só.

Surpresa mesmo nessas eleições foi ver conhe-cidos e reconhecidos parlamentares não alcan-çarem votos necessários para as manutenções dos mandatos. Outrossim, acompanhamos pelas redes sociais – passado o processo elei-toral – internautas afinarem os discursos de que “se nada mudar urgentemente, seguire-mos comendo o pão que o diabo amassou”. E engrossando o caldo com #foraaquele #fo-raaquela.

Ora, fora?! Já é tarde demais, seu João e dona Maria. Agora é aguardar. Peçamos a todos os santos que os próximos quatro anos não sejam de vacas magras.

Sonolência

EDITORIAL | #opiniao #sonolencia #estado #eleicao

[email protected]

Page 7: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

7 _rn - 10 de novembro de 2014

Barbearia Mossoró

Só em sonho

Paisagem em preto e branco

Eu ligo o rádio e blá blá blá blá blá blá blá blá blá

Pesadelo real

Melhor?

Lava-jato

Piada pronta

Bota-fora

“Tenho a alegria de dizer que o próximo governo irá encontrar o Estado bem melhor do que encontrei” - Rosalba Ciarlini.

O martírio dos moradores do bairro de Mãe Luiza, zona Leste de Natal, continua. Se passaram cinco meses do desmoronamento, que destruiu dezenas de casas, e nada foi feito para a reconstrução. O trecho, cartão-postal dos surfistas natalenses, continua com a paisagem preto e branco - uma grande lona preta protege o barranco. Lamentável.

O cantor Lobão deixou o eleitor da presidenta Dilma frustrado. É que o roqueiro havia prometido deixar o País se o senador Aécio Neves perdesse a disputa. Lobo que uiva não morde. Mas é bom que fique mesmo. Governo sem oposição vira cabaré.

Até o final do último mês, o governo efetuou o pagamento de 91% dos servidores estaduais. Os inativos viram navios até a última terça-feira, 11 de novembro. “Melhor do que encontrei”? Nos governos pretéritos, pode pesquisar, inexistiu atraso de pagamento dos servidores.

“Melhor do que encontrei”...

Surgiu uma denúncia do Tribunal de Contas sobre o superfaturamento na contratação de equipamentos para os jogos da Copa do Mundo na Arena das Dunas, em Natal. Vige, Maria!E eu ainda lembrando o “Melhor do que encontrei”... Hunf!

PF virada num traque, hoje. São 85 mandados judiciais além do bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados.

A prestação de contas dos nossos candidatos em 2014 é muito hilária. É humor demais...

A segurança pública no atual governo não existiu. Morreram aos milhares em decorrência da violência nos últimos quatro anos. Foi cada um por si. Pasta caótica, triste. O que você es-pera do novo governo? Envie sugestões pra gente no espaço dedicado aos Comentários!

O prefeito de Mossoró, Francisco José Jr., fez cabelo, barba e bigode no ano de 2014. Se elegeu prefeito com maioria expressiva; contribuiu com milhares de votos para Galeno Torquato se sagrar deputado estadual; construiu a vitória do vereador Jório Nogueira à presidência da Câmara mossoroense; e confirmou uma acachapante maioria de votos na cidade a Robinson Faria, candidato ao governo eleito. A navalha ainda tá tinindo.

RATTELIER | Por Túlio Ratto | #opiniao #[email protected]

Page 8: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

8 _rn - 10 de novembro de 2014

Salários atrasados, caos na saúde, aumento vertiginoso da violência, falta d’água em muitos municípios, problemas de infraestrutura em todas as áreas. Longe de serem al-

vissareiras, as notícias sobre o Rio Grande do Norte mostram o tama-nho do desafio que se apresenta ao governador eleito, Robinson Faria (PSD). Não que tudo isso seja novi-

dade, há muito se sabe que o Estado faliu, mas ninguém exibe o tama-nho da conta. E é exatamente o que a equipe de transição do governo está tentando descobrir.

cavalo dado não se olha os dentesTransição

CAPA | Equipe _rn | #estado #transicao #politica

[email protected]

Page 9: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

9 _rn - 10 de novembro de 2014

Com os trabalhos iniciados há me-nos de duas semanas, os indicados por Robinson, e coordenados pelo vice-governador eleito Fábio Dantas, procuram saber o tamanho do rom-bo – ou do abacaxi – que vão enfren-tar. E as atenções, no momento, se voltam para o Orçamento Geral do Estado – OGE para 2015. Enviado pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM) à Assembleia Legislativa, o OGE prevê um crescimento econô-mico que todo mundo duvida que vá acontecer e deixa à vista um défi-cit que ultrapassa 1 bilhão de reais.

A ‘peça de ficção’, como vem sendo carinhosamente chamado o OGE 2015 cria o primeiro mal estar entre a dupla Ro-Ro, rompidos e aliados ao mesmo tempo, e a trégua desse casamento forçado parece que não resiste à posse do novo governador. Tentando disfarçar o imbróglio para não dificultar ainda mais o relacio-namento com o alter ego de Rosal-ba, primeiro-damo Carlos Augusto Rosado, Robinson depois de afirmar

que o orçamento era ‘maquiado’, dis-se que tudo podia ser um equívoco. “É algo que pode ser corrigido, não vejo como um cavalo de batalha”, comentou com a imprensa.

Equívoco ou não, o que todos que-rem saber é como o Rio Grande do Norte vai resistir a tantos e tão contí-nuos maus tratos e se vai sobreviver. Os números mostram que o quadro

é difícil e do jeito que está, o gover-no não terá dinheiro nem para hon-rar a folha de pagamento em 2015. Segundo o deputado Kelps Lima (SOLIDARIEDADE), no OGE 2015 “não estão inclusos gastos com restos a pagar, as decisões judiciais para contratação de novos servidores e com os planos de cargos aprovados na Assembleia Legislativa”.

Mas, os problemas do velho ‘Rio Grande sem Sorte’ não se restringem só à quantidade de maquiagem usada por Rosalba. A falta de informação sobre projetos e convênios também indicam que “há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”. Ao indicar o secretário, marido e ‘bruxo’, como o homem da transição, a governadora concen-trou as informações em quem nunca fez questão de prestar contas a nin-guém. Parece que a real situação do Estado vai continuar sendo um mis-tério. Ou, que o buraco é bem mais embaixo. Seja como for, ‘cavalo dado não se olham os dentes’. Ou olham?

Divu

lgaçã

o/Ass

esso

ria

Divu

lgaçã

o/Ass

esso

ria

Page 10: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

10 _rn - 10 de novembro de 2014

O fanatismo em qualquer circunstância ( religioso, po-lítico, futebolístico...) deixa o fanático preso a um único campo de visão e intolerante. Elimina possibilidades e estreita o caminho para levar adiante, às vezes, até causas justas. O fanatismo pode se transformar numa histeria coletiva e tomar dimensões catastróficas. A história está aí para nos mostrar. O nazismo é um exemplo.

Na recente eleição presidencial, acompanhei mais aten-tamente o segundo turno e vi, li e ouvi fanáticos de lado a lado que pareciam irmãos siameses. Fanáticos do PT e do PSDB criaram uma falsa polarização como se fossem opostos ao extremo. Tudo para criar uma polarização política nacional que nasceu no estado de São Paulo nos últimos 20 anos do século passado.

PT e PSDB são parecidíssimos. A reforma política que tanto se anuncia e nunca chega não será a panacéia que irá resolver todos os vícios e males da nossa prática políti-ca. Com a reforma política ainda viveremos muitos anos no atoleiro político/partidário. A reforma política atende aos partidos e seus donos. É necessária mas não vai ao cerne das questões fundamentais que o Brasil precisa re-solver.

Há uma reforma fundamental que o Brasil precisa com urgência para virarmos a primeira metade do século co-locando os pés nos caminhos da civilidade. É a reforma na educação. Esta sim, deveria ser a reforma prioritária nesse momento que o país vive. O Brasil precisa federa-lizar a educação e preparar os seus filhos para esse novo mundo que vem a passos largos, sem fronteiras. Desde a base as nossas crianças merecem uma educação de qua-

lidade que hoje não lhes é oferecida. E para isso a União precisa estabele-cer metas para os próximos trinta anos atendendo a cada filho seu, em cada município, com educação de quali-dade. As escolas municipais e estaduais do Brasil não oferecem uma educação de qualidade. Precárias, com baixos salários para os professores, sem equipamentos, mau instaladas, as escolas do ensino básico no Brasil fazem de conta que ensinam, os alunos fazem de conta que aprendem e os pais fazem de conta que acreditam nesse sistema educacional atrasado.

Que país é esse que não protege seus filhos menores, sua geração futura, ofertando a todos uma educação de qualidade? Que país é esse que não protege aqueles que ainda têm um longo caminho a percorrer, preparan-do-os para a jornada rumo a um novo mundo que se apresenta? Que país é esse que só se preocupa em pro-teger a sua elite dirigente? Que país é esse? Sem garantir aos filhos do Brasil uma educação de qualidade não chegaremos ao patamar de civilidade que a nova so-ciedade exige.

Fanatismo, intolerância, reforma

DA JANELA... | #opiniao #politica #pt #psdb

Sávio Hackradt é [email protected]

Page 11: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

11 _rn - 10 de novembro de 2014

TUITADAS | #twitter #redesocial #variados

SIGA-NOS NO TWITTER: @revista_rn

Page 12: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

12 _rn - 10 de novembro de 2014

Deixarei escrito aos meus netos para o caso de morrer antes de conhecê-los, que um dos maiores orgulhos de minha vida foi jamais ter sido penetra,intruso,metido e espaçoso. E de sempre ter odiado com o sentimento do fígado, quem faz parte dessa patota.

Nunca entrei nem entro onde não sou chamado, nem me ofereço para festas, confrarias, ocupações funcio-nais, casamentos, aniversários, adversários. Sou adep-to do voluntariado da solidariedade, maior patrimônio que um ser humano pode ostentar.

Por detestar penetra, nunca recebo penetra. Sou blin-dado contra quem força a barra, manda intermediário, tenta uma boquinha, gosta de aparecer, a contragos-to da humanidade. Existe gente em Natal que prefere comprar o convite a pagar o ingresso.

Na minha idade comportamental, uns 82 anos por aí (38 a mais do que a da certidão de nascimento), evito certas pessoas pela impaciência que elas me causam ao menor olhar. Outras, só sei que passam por mim ao ser avisado por quem está comigo.

Mas há grandes penetras. Em churrascos e recepções de casamento, em cerimônias de bajulação a autorida-des constituídas, o intrometido tem que fazer parte. Defendo a criação do Sindicato dos Malas, com uma Subcomissão dos Penetras, com carteirinha, registro, menos pagamento de taxa porque pagar é verbo proibi-do ao cara de pau.

Zeca Pagodinho compôs um (redundante) samba ado-rável sobre o penetra de churrasco. O cara que reclama da comida, suja o banheiro, faz xixi na piscina ou no tanque, mexe com a mulher alheia e arruma briga, vai ao freezer e sai com as cervejas mais geladas, ronca na mesa e vai embora por último. Depois de vomitar a centímetros do anfitrião. Nem se despede e começa a falar mal da festa curada a ressaca.

Desconheço figura humana que não se comova com o adorável Forrest Gump, do filme, que nas suas trapa-

PENETRA

RUBENS LEMOS | #cronica #penetra

Page 13: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

13 _rn - 10 de novembro de 2014

Rubens Lemos Filhoé [email protected]

lhadas sempre topa com um acontecimento histórico, está nas fotos, imagens de guerras, atentados, pacifica-ções, assassinatos, marchas, festivais. Bom penetra.

O penetra qualificado, passado na casca do alho, invade a confraternização lotada de desconhecidos com sorriso aberto e cínico, cumprimenta cada um dos presentes pelo nome e escolhe a melhor mesa.

Me revelou um dos representantes da raça, que é cum-prido um ritual de admirável metodologia. Pela leitura das colunas sociais, ele monitora os abastados que pro-gramam uma comemoração qualquer.

Para não esquecer do nome da vítima, guarda o recorte e pesquisa no google detalhes como identidade dos pa-rentes, gosto musical (geralmente axé ou forró) e prefe-rência futebolística.

O despudorado confesso me pediu para ter a identida-de preservada, por medo de represálias. Já deu propina a manobristas e seguranças, alugou paletós e smokings, fez também locação de belíssimas acompanhantes, com o canalha propósito de constranger os maridos também fregueses.

No ofício de repórter, correndo atrás do furo(o gol do jornalista), já fiz algumas peripécias que jamais me jo-garam na linha divisória da ética. Apurando reporta-gem de boca de fumo, quando não se matava em boca de fumo e elas eram poucas e conhecidas na cidade, conseguia minhas informações sem precisar fumar ma-conha(Tenho asco). Sou o pior dos conservadores nesse campo.

Repórter penetra geralmente é chato e perde todas as suas fontes. Faz interrogatório de oficial da SS Alemã, de Hitler, acuando o entrevistado.

As grandes reportagens da Civilização foram construí-das pelo talento que se esbanja na condução da conver-sa, na perspicácia e nos atalhos da descoberta.

Todo metido a chicote da humanidade deveria ver Ge-neton Moraes Neto fazendo uma entrevista, naquela

calma de marola de Olinda. Ou Lúcio Vaz tomando chimarrão e descobrindo sanguessugas de dinheiro pú-blico.

Eles não representam os penetras da minha profissão cada vez mais inundada de entendidos ,de gente que sabe o que é um “o” pela semelhança com a boca de um pote.

Os penetras do jornalismo desconhecem sua técnica, mas querem prevalecer pela esperteza e a capacidade de transmitir por linhas tortas a linguagem e o veneno dos seus comandantes. É a verdade do ventríloquo e do seu boneco.

Os penetras do mundo social estão bem distantes de mim e assim permanecerão. Jamais serei atrativo para eles. Que nunca serão convidados nem para assistir a um programa do Bozo, em DVD pirata.

Penetras me afastaram de veraneios praianos mais até do que assaltantes. É péssimo estar reunido com ami-gos e a família e receber um convidado com mais oito de godela. Cada um mais posudo e exigente.

Tenho um primo muito parecido comigo. Tanto que sou padrinho do filho dele e ele do meu. No tempo dos porres em seu alpendre, mandava servir limão galego apimentado a quem chegava sem convite.

Maracatus escapuliam para outra parada. Lá na Fazen-da dos Ingás, no Encanto, território imaculado, de gen-te hospitaleira, mas que não tolera pilantra, quando um penetra se mete a besta , a gente manda embora. Mais chique do que enchiqueirar. Palavra tomada do poeta Silvestre. François. Que se pronuncia Françuá.

Page 14: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

14 _rn - 10 de novembro de 2014

Quem é Fátima Bezerra?

Uma das coisas que me orgulho é de manter intactos, por todos esses anos, os mesmos princípios, valores como ética, honestidade, solidariedade, o mesmo idealismo, compromisso com o meu trabalho, e a vontade de fazer a diferença. Eu carrego a minha utopia e ela alimenta minha luta. A luta por uma sociedade de homens e mu-lheres livres de qualquer preconceito e discriminação. Conviver com as diferenças sim, mas sem abrir mão de valores de honestidade, solidariedade..

Quem me conhece sabe que sou a mesma Fátima que deixou Nova Palmeira ainda pequena – a cidadezinha onde nasci, no interior da Paraíba – e que já naquela épo-ca carregava uma vontade imensa de desbravar o mundo e contribuir para torná-lo melhor. A Fátima de hoje é, na essência, a mesma Fátima que foi adotada com muita

Idealista, comprometida, feliz. É assim que se define a deputada federal Fátima Bezerra (PT). Eleita para o Senado com mais de 800 mil votos, a professora nascida em Nova Palmeira, na Paraíba, e adotada pelo Rio Grande do Norte, fala sobre sua trajetória política, o fortalecimento de seu partido, a expectativa para o novo mandato e a luta pelo desenvolvimento, através de uma educação de qualidade. Com vocês, a senadora do RN!

FÁTIMA BEZERRA

ENTREVISTA | #politica #senadora #eleicao #estado

alegria pelo Rio Grande do Norte, a mesma sonha-dora, convicta de que com uma educação de quali-dade - e para todos – transformaremos para melhor nosso RN, nosso Brasil, o mundo. A Fátima de agora é uma pessoa feliz. E essa feli-cidade tem uma razão de ser. Professora, tenho a profissão que me orgulha imensamente; duas vezes deputada estadual, no terceiro mandato de deputa-da federal, eleita senadora, continuo a percorrer um caminho que tem como único objetivo trabalhar pelo povo do RN. Um trabalho com respeito ao dinheiro público, dedicado principalmente à educa-ção. Uma pessoa consciente de que, nesta terra, tem realizado o trabalho que me foi possível fazer.

Para o futuro, quero continuar fazendo política com honradez, com dignidade e compromisso.

Page 15: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

15 _rn - 10 de novembro de 2014

ENTREVISTA | #politica #senadora #eleicao #estado

O que ou quem mais motivou a senhora a disputar a eleição para o Senado?

Essa não foi uma decisão isolada e não foi simples nem para mim nem para o meu partido. Porque de um lado o PT ficou em um processo de isolamento político, prestes a enfren-tar uma disputa muito desigual e nós tínhamos condições seguras de renovação do mandato. Decidimos ousar, mesmo assim. Nós do PT percebemos que, pela primeira vez, a população do RN teria a oportuni-dade concreta de eleger como sena-dora, uma professora, uma mulher do povo. Isso não era qualquer coi-sa. Significava quebrar a hegemonia das oligarquias no nosso estado, já que chegaria ao Senado uma mulher que não adentrou na política por ter sobrenome tradicional ou pela for-ça do poder econômico. E nós sabí-amos que o mandato estava pronto para assumir os desafios que nos fos-sem apresentados. Estávamos pron-tos para o desafio e decidimos en-frentá-lo.

Qual o momento em que a senho-ra achou que venceria? Aquele es-talo?Desde o início era evidente a von-tade das pessoas de mudança, mas esse estalo a que você se refere se deu quando percebemos a participação da juventude, tendo a frente os estu-dantes do IFRN. Percebemos tam-bém que aquele cenário tradicional – de políticos com sobrenome famo-so, oriundos das oligarquias – carac-terístico da disputa para o Senado,

era coisa do passado. Eu tive o apoio de pessoas de todas as classes sociais, de todas as idades, sobretudo dos nossos jovens. Era bonito ver os que-ridos alunos dos IFRN’s, orgulho-sos por fazerem parte dessa história transformadora pela via da educação. Nossos trabalhadores, agentes públi-cos, todos externavam a importância da continuidade do nosso trabalho, agora no Senado, feito com hones-tidade, honradez. É lógico que em política só se sabe o desfecho com a abertura das urnas, e eu tinha cons-ciência disso. Mas durante todo o tempo, as ruas me diziam para estar confiante, que ia dar certo. E deu, graças a Deus.

Muitos falaram que essa era a elei-ção “David x Golias”, tanto na dis-puta para o governo quanto para o senado. Qual o segredo do esti-lingue poderoso da sua coligação?

Desde quando decidimos enfrentar

o desafio da disputa para o Sena-do foi ponto pacífico que faríamos uma campanha limpa, sem agres-sões pessoais e que mostrasse a cada potiguar a história que permeou os 20 anos de minha vida pública. O que os dois mandatos de deputada estadual e os três de federal haviam contribuído para o desenvolvimen-to do Rio Grande do Norte, para as transformações que mudaram para melhor a nossa educação, etc. Que mostrasse também as vantagens de ter um representante progressista no Senado, comprometido com as cau-sas sociais, com o respeito ao que é público, uma atuação incansável em defesa do povo potiguar. As pessoas entenderam esse recado e, mais do que isso, passaram a defender essa ideia.

O voto casado não foi fiel nessa eleição. Por quê?

No nosso caso acredito que foi fiel

Page 16: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

16 _rn - 10 de novembro de 2014

ENTREVISTA | #politica #senadora #eleicao #estado

sim, já que elegemos a senadora, o gover-nador, a presidenta..

Mesmo com a vitória para o senado, a senhora não acha que o PT do nosso Es-tado enfraqueceu ao não eleger um Fe-deral e só fazer um Estadual?

Não vejo dessa forma. O PT saiu forta-lecido. Não é qualquer coisa eleger uma senadora de origem popular, ter o depu-tado estadual mais votado da capital, que foi Mineiro, e fazer o primeiro suplente de deputado federal - o companheiro Adria-no Gadelha.

A senhora já falou que essa foi “a dispu-ta mais desigual que eu e meu partido já enfrentamos”, mas a senhora recebeu doações consideráveis para fazer a sua campanha. Isso não minimiza a desi-gualdade?

Eu defendo o financiamento público de campanha para acabar com essas distor-ções. E acredito que somente a partir daí, poderemos ter mais transparência, mais equidade de participação e represen-tação, mais e melhores mecanismos de fiscalização e combate à corrupção. Enquanto isso não acontece, todos nós estamos inseridos em um modelo que permite o financiamento privado da campanha. Mas, repito, este não é o modelo ideial, longe disso.

A reforma política é pauta diaria-mente dos noticiários brasileiros. Qual a importância e quais os pon-tos primordiais?

Eu tenho dito que a reforma política é a mãe de todas as reformas. Para as-segurá-la será imprescindível a parti-cipação popular, por meio de um ple-

biscito que defina a posição majoritária sobre os principais temas. E a questão do voto obrigatório pode ser uma delas. Precisamos fazer uma ampla consulta que nos permita transformar o sistema político e eleitoral brasileiro. Precisamos oxigenar o nosso sistema eleitoral, definindo regras claras de financiamento. O cidadão deve ter meca-nismos de controles mais abrangentes sobre seus representantes bem como mais espaços para participar das decisões do governo em todo os níveis. Mais ética, mais democracia, mais oportunidades de par-ticipar e ser ouvido.

808.055 mil eleitores confiantes no seu trabalho. O que esperar da senadora Fátima Bezerra?

Eu agora serei não mais a senadora de 808.055 mil, mas a senadora de todos os potiguares. Podem esperar de mim a defesa intransigen-te dos interesses do Rio Grande do Norte no pacto federativo na-cional e na reforma tributária, com trabalho incansável para trazer mais recursos do Orçamento da União para nosso Estado e para os municípios. A busca por manter e ampliar os investimentos que já garantiram 21 novas unidades do IFRN (Instituto Federal de Edu-cação, Ciência e Tecnologia); ampliação do ensino superior e do en-sino profissionalizante, creches e escolas, além de benefícios de toda ordem para o Rio Grande do Norte, entre outras coisas.

A senhora gosta de coxinha (aquele salgado recheado com fran-go desfiado)?Risos. Sou adepta da alimentação saudável.

Page 17: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

17 _rn - 10 de novembro de 2014

E mais uma vez estou aqui escrevendo sobre ci-nema, nesta segunda parceria com o amigo Túlio Ratto. Já tive a chance de escrever para a Revista Papangu por um tempão e, para mim, foi uma ver-dadeira satisfação. Afinal, a cinefilia é uma espécie de paixão que só sabe bem como é quem vivencia.

Quando fui convocado para escrever essas linhas para a Revista _rn f iquei bastante animado. A pro-posta de publicação digital, distribuída através das redes sociais é uma verdadeira sacada!

Creio que esse projeto vanguardista dará bons fru-tos, tanto pelo conteúdo quanto pela talentosa equi-pe envolvida por aqui. Então, é uma honra estar aqui presente entre tantos cérebros privilegiados.

Sobre a nossa coluna, que dessa vez tem o nome de “Cinema & Etc”, obviamente, falarei sobre a sétima arte. Todavia, pretendo ampliar o leque de

discussão enveredando, também, por outros as-suntos que considero interessantes, tipo: comu-nicação, marketing, política e etc. Assuntos va-riados que, espero, possam contribuir, de alguma forma, com a ref lexão. Mas, claro, o foco é: ci-nema!

Então, meus caros leitores, espero poder comparti-lhar com vocês um pouco das minhas observações, visões de mundo e opiniões sobre assuntos que considero relevantes e interessantes. Um forte abraço e até a próxima semana!

Raildon Lucena é jornalista e ciné[email protected]

CINEMA & ETC

CINEMA & ETC | #opiniao #cinema #marketing

Page 18: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

18 _rn - 10 de novembro de 2014

Hoje, nós artistas não temos nenhum, eu repito, nenhum projeto cultural em vigor na cidade. Se transformando na cidade do ‘JÁ TEVE!“

#culturaSiMvetoNÃO

ESTADO | Equipe _rn | #culturaSiMvetoNAO #mossoro #cultura #jateve

A classe artística de Mossoró está mobilizada con-tra uma atitude do prefeito Silveira Júnior (PSD) de vetar 12 projetos criados e aprovados pela Câmara Municipal em favor da área cultural. O movimento “#Cultura Sim, Veto Não” reúne re-presentantes de grupos ligados à música, teatro, desenho e dança que se uniram para lutar contra o que eles chamam um ‘golpe’ contra a cultura local.

De acordo com os artistas, além dos vetos, ne-nhum projeto está acontecendo por falta de in-centivo. “Hoje, nós artistas não temos nenhum, eu repito, nenhum projeto cultural em vigor na cidade. Se transformando na cidade do ‘JÁ TEVE!’. Mossoró já teve o Recitando no Memorial, já teve o Sacolão Cultural, já teve música nas praças, já teve o Instrumental Jazz. Já teve”, lamenta a atriz Bárbara Paiva.

Diante do clamor dos trabalhadores da cultura, a Câmara Municipal de Mossoró (CMM) decidiu promulgar seis dos doze projetos ligados à área e vetados pelo prefeito Silveira Júnior (PSD). As mensagens foram lidas nessa quarta-feira (12) e, segundo o presidente da CMM, vereador Francis-co Carlos (PV), o Legislativo promulgará seis devi-do à Prefeitura ter enviado as mensagens fora do prazo regimental.

Sendo assim, serão leis os projetos que preveem a obrigatoriedade da participação de artistas lo-cais na abertura e encerramento de shows nacio-nais e internacionais no município, a inclusão de músicas regionais nas emissoras de rádio, e a pro-pagação da arte de grafite nos muros das escolas

IMAGEM: https://www.facebook.com/nidalira1

[email protected]

Page 19: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

19 _rn - 10 de novembro de 2014

#culturaSiMvetoNAO #cmm #prefeito #comissao

públicas municipais e dos viadutos de Mossoró. Além disso, também serão promulgados os pro-jetos que torna o “Pingo da Mei Dia” Patrimônio Imaterial de Mossoró e que institui o Programa Ciranda de Livros nas instituições de ensino da ci-dade.

Os demais projetos serão apreciados pela Comis-são de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), que deve se reunir na próxima semana.

A Revista _rn entrou em contato com o prefeito Silveira Júnior que disse não ter “nada contra a classe artística de Mossoró, ou projeto de qual-quer vereador, seja ele da situação ou da oposi-ção. “Todos merecerem meu respeito pela ocu-pação e função legítima que exercem. Os vetos foram por questão de competência material. Por exemplo, um dos projetos de lei determina que se execute todos os dias no mínimo por trinta mi-nutos, músicas de artistas locais. Mas, conforme consta da const. federal de 1988, é de compe-tência privativa da União legislar sobre matéria de radiodifusão. Art22, inciso IX”, explica.

Silveira ainda esclarece que em Mossoró não tem viaduto municipal, mas sim estadual. “Portanto não podemos autorizar grafites em viadutos edifi-cados pelo Estado” e que, quanto ao tombamen-to do “Pingo da Mei Dia” e quadrilhas juninas, por questão de competência, a iniciativa tem que ser do Executivo.

Sobre o projeto de fomento à cultura, Silveira diz que esse também é de competência do Executivo, uma vez que trata de regulamentação de premia-ções, e que até dezembro deverá ser encaminha-da uma lei à Câmara regulamentando o assunto.Para o presidente do Legislativo, Francisco Car-los (PV), os argumentos usados pelo prefeito para vetar as leis chegam a ser absurdos. “Se os funda-mentos utilizados pelo prefeito estiverem certos, a Câmara Municipal pode fechar suas portas”, avalia o vereador.

IMAGENS: http://www.prefeiturademossoro.com.br/mossoro/cultura/

Page 20: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

20 _rn - 10 de novembro de 2014

TIO COLORAU | #opiniao #satiras

De uns dias para cá, em razão de alguns projetos de lei envol-vendo artistas de Mossoró, tem se falado muito a expressão “valorizar o artista da terra”. Sempre fui contra isso de valo-rizar o artista só por ele ser da terra, como se isso fosse uma obrigação. Ora, devemos valo-rizar o bom artista, seja ele de nossa terra ou de alhures. Em Mossoró tem muitos artistas bons, mas tem uns que bota-ram na cabeça que são talento-sos e querem que acreditemos nisso, e que o apoiemos por ele ser “da terra”. Ora, quem gos-ta de terra é minhoca. Eu gosto da boa arte, seja ela produzida aqui ou no outro lado do mun-do.

Na sema-na passada, uma vendedora de uma loja de roupas me telefonou convidando para eu aparecer no estabelecimen-to e ver as novidades da nova coleção primavera-verão. Eu estive na loja apenas umas três vezes, num intervalo de cinco anos. Tenho certeza que a ven-dedora não me conhece, que me telefonou a partir do cadas-tro. O curioso foi a linguagem que ela usou, como se de mim fosse íntima. “Erasmo, venha aqui tomar um café e ver as no-vas peças, aposto que você vai amar. Tem umas que são a sua cara”. A minha cara? De mim ela só conhece o número do te-lefone, como pode dizer isso? Seria mais convincente e ele-gante fazer o convite de forma mais impessoal, com base nos dados do cadastro, soaria mais sincero.

Colunista social de Angicos anunciando que está pro-movendo uma feijoada para quem “faz e acontece”. Esse povo é uma comédia. O que diabos é “fazer e acontecer”?

Inúteis mesmo são as caminhadas pela paz. Desde quando um bandi-do vai deixar de matar outro ou de roubar por que dezenas ou cente-nas de pessoas foram às ruas vesti-das de branco e com faixas de “não à violência”. Agora deixe. Bandido lá vai se sensibilizar com isso.

Algumas pessoas costumam dizer que audiências públicas são inúteis, pois não resolvem nada. Não acho. Audiências públicas servem para que a sociedade tome conhecimento de determinado problema, ficando cien-te de suas causas, consequências e possíveis soluções. São válidas neste sentido, o de alargar o conhecimento no tema em debate.

No próximo dia 22 de novembro a Câmara Municipal de Janduís será palco do evento Beleza Mulher, às 9h. Na oportunidade haverá demonstração de produtos cosméticos da marca Mary Kay. Eu já vi câmaras mu-nicipais serem palco de muitas coisas estranhas e ne-bulosas, mas sediar um evento de beleza é a primeira vez. Mas, dos males o menor. Diante de tantas coi-sas feias que ocorrem nas sessões, um dia dedicado ao belo servirá para de-sanuviar.

O bom dos colunistas sociais são os adjetivos que eles usam, os quais, muitas vezes, nada tem a ver com o que eles querem qualificar. Ao falar sobre um museu existente em Macau, um colunista so-cial escreveu que ele tinha “uma trajetória bonita e cativante”. Alguém avise a ele, primeiramente, que trajetória tem a ver com movimento, com caminho percorrido, e que, até onde sei, museus não ficam andando por aí. Também não se encaixa bem – para um museu - o adjetivo “cativante”, que significa algo atraente, sedutor.

Esta primeira nota será bem clichê, mas não posso me furtar de escre-vê-la. Quero agradecer ao amigo Túlio Ratto (agora o “Ratto” no registro civil) pelo convite para escrever nesta nova ferramenta de informação, distribuída por meio totalmente digital. Sinto-me envaidecido por com-por equipe tão seleta.

Erasmo Carlos é editor do blog do Tio [email protected]

Page 21: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

21 _rn - 10 de novembro de 2014

21 _rn - 10 de novembro de 2014

SIMBORA! | #turismo #rn #estrada #escriturasrupestres

Por ALEX [email protected]

Para aqueles aventureiros que querem desbravar a BR 226, nesses tempos de inverno em busca do sertão, quando o vento agresteiro vem perfumado com o chei-ro das juremas em flor, a opção é visitar o Seridó. As ci-dades seridoenses mantêm a tradição e os costumes que vêm marcando a sua colonização, a partir da chegada do português e dos missionários jesuítas, que ocuparam terras indígenas em território potiguar.

O Seridó começa em Currais Novos, distante 200 km da capital e se estende por várias cidades. Aquelas que não podem ser esquecidas para uma visita ligeira são: Caicó, Cerro Cora, Carnaúba dos Dantas, Parelhas, Jardim do Seridó, Acari e Currais Novos. No roteiro não pode fal-tar visitas à Mina Brejui, ao Canyon dos Apertados, à Serra de Santana, ao açude Gargalheiras, ao Monte do Galo, aos Castelos medievais e às escrituras rupestres.

Com potencialidade para o turismo pré-histórico e reli-gioso, Carnaúba dos Dantas (240 km de Natal) se des-taca pelo seu conjunto com mais de 80 sítios arqueoló-

gicos, um dos mais importantes da América do Sul em pinturas rupestres Itacoatiara de tradição Nordestes, datada de, aproximadamente, 18 mil anos. Nas paredes do sítio arqueológico Xique-Xique I e II, as paredes das cavernas são lotadas de figuras de pessoas e animais em cenas de dança, caça, pesca, lutas, sexo e cenas abstratas.

As representações rupestres, dispostas nos sítios em Car-naúba dos Dantas, escondem mensagens deixadas pelo homem pré-histórico, que parecia um indivíduo social, alegre, místico e um amante da natureza. Para chegar aos sítios e apreciar as gravuras rupestres, o visitante vai precisar de um guia experiente para seguir a trilha. É muito fácil encontrar o guia mais invocado do Seri-dó, conhecido na cidade como Carlinhos, o único guia bilíngue em toda região do Seridó.

Com seu inglês fluente, Carlinhos recebe turistas es-trangeiros interessados por arqueologia e pré-história. Ele também atua como um verdadeiro arqueólogo, co-nhecendo a história das cenas e ministrando aulas de história antiga do Seridó, dando aulas aos turistas es-trangeiros que chegam à Carnaúba dos Dantas e a gru-pos de escolas da região. Como é bastante conhecido na cidade, quando chega um grupo de gringos, a popu-lação já recomenda o nome de Carlinhos para guiar os caminhos através da caatinga.

Carlinhos revela que é um autodidata, aprendeu inglês sozinho quando passava as madrugadas ouvindo a rádio BBC de Londres. O idioma britânico foi aperfeiçoando com um curso avançado realizado pelo Senac, em Na-tal. Atualmente, ele segue treinando com os estrangei-ros que chegam à cidade. Carlinhos também usa a in-ternet como forma de intercâmbio cultural com outras pessoas que falam inglês como segunda língua. Ele foi matéria no programa “Domingo Espetacular”, da TV Record, aparecendo no quadro “Achamos no Brasil”.

Antenado com o estudo da língua inglesa como segun-do idiomal, Carlinhos mantém um blog (link no final) com dicas de inglês pra galera treinar e mantém contato com pessoas do mundo inteiro. Ele trabalha oficialmen-te com a coordenação de turismo do município, além de ser guia regional cadastrado, especialista nos sítios arqueológicos em Carnaúba dos Dantas.

http://englishtips-self-taught.blogspot.com/

Sotaque inglês nas escrituras rupestres

Page 22: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

22 _rn - 10 de novembro de 2014

www.issuu.com/revistawebrn

Page 23: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

A escolha menos pior

Quem venceu Já é senadora

Coisas de Mossoró

Está ficando chata, intragável mesmo, essa história de dizer que a eleição presidencial não acabou. Aca-bou, gente. Dilma Rousseff, reeleita presidente, teve 54.501.118 votos. Aécio Neves, que vai continuar na oposição, obteve 51.041.155 votos. A diferença é de 3.459.693. Portanto, assunto encerrado.

Fátima Bezerra, a deputada federal do PT poti-guar que elegeu-se senadora da República pelo Rio Grande do Norte, numa vitória pra lá de es-petacular em cima de dona Vilma, já vestiu a toga que costuma diferenciar os parlamentares de cima dos de baixo. Sua assessoria nega infor-mações que a gente pede e ela, dizem as más e afiadas línguas, anda de olhos vidrados.

No país de meu pai, acontece o que ninguém prevê e espera. A não eleição de nenhum mossoroense para a Assembleia Legislativa é um desses mistérios sem tamanho, uma pena a ser lamentada pelos próximos quatro anos. Ou vocês acham que o Souza de Areia Branca ou o Galego sei lá de onde vão empunhar as bandeiras do município?

Os conterrâneos norte-rio-gran-denses podem respirar aliviados com a eleição de cinco de outu-bro.

Não que Robinson Faria, escolhido para o Palácio Potengi, seja uma jóia.

Muito pelo contrário. Atual vice--governador e presidente quase vitalício da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Robin-son não é, nunca foi e jamais será um político ou um governante bri-lhante.

O que os norte-rio-grandenses podem e devem comemorar é a não eleição de Henrique Eduardo Alves, que em fevereiro do próxi-

mo ano encerra uma longa e in-frutífera carreira na Câmara dos Deputados.

Seria o caos, acreditem.

Anos de chumbo, de persegui-ções, de ódio.

Vejam o que ele fez há alguns dias, no seu jornal Tribuna do Norte, quando soube, sabe-se lá como, que o colunista social Jota Oliveira havia votado em Robin-son Farias.

Demitiu o jornalista com mais de 30 anos de casa, porque não per-mite que seus funcionários te-nham uma opinião que contrarie a sua.

Imagine eleito governador. Faria o que seu pai, Aluizio Alves, fez nos anos 60. Perseguiria servidores, ins-talaria o ódio e a vingança na má-quina do estado, transformaria o Rio Grande do Norte numa capitania hereditária onde só a família Alves tem razão.

Comemorem, pois, norte-rio-gran-denses.

Mas não com tanto empenho, por-que ninguém sabe o que os Faria fa-rão.

23 _rn - 10 de novembro de 2014

PINGA FOGO | #opiniao #politica #nacional

Luis Fausto é [email protected]

Page 24: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

EXPOSIÇÕES TEATRO

TEATRO

DANÇA MÚSICA

MÚSICA

CINEMA

CINEMA AMOR NA ROTA DO SOL! ACONTECIMENTO COLABORATIVO.

PROPAGAR FEST COM THALLES ROBERTO

HOTPLAY E USKARAVELHO

XVI FETAC - FESTIVAL DE TEATRO AMADOR DO CEI

A TOCA DO COELHO

9ª MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS

BRAVA GENTE BRASILEIRA

ZEN BARPRAIA DO COTOVELO

CENTRO DE CONVENÇÕES DE NATAL

WHISKRITÓRIO

R$ 35,00 A R$ 110,00

R$ 80,00 E R$ 40,00

TEATRO RIACHUELO

TEATRO ALBERTO MARANHÃO

IFRNCIDADE ALTA

CARLOS VAI ATÉ A COZINHA E PREPARA UM CAFÉ. O TEMPO QUE SEPARA O ONTEM DO AGORA.

UMA CIGANA ATRAVESSA MUNDOS PARA SALVAR SUA GRANDE AMIGA DE INFÂNCIA DE UMA CONDESSA SANGUINÁRIA.

UM OLHAR NA VIDA DE CRIANÇAS INDÍGENAS NA REGIÃO DE DARIÉN (COLÔMBIA-PANAMÁ) QUE PRECISAM ANDAR POR HORAS ATÉ A ESCOLA TODOS OS DIAS PARA CONSEGUIR EDUCAÇÃO EM UMA CULTURA DIFERENTE. O DOCUMENTÁRIO EXPLORA A MOTIVAÇÃO DAS CRIANÇAS E COMO ELES CONSEGUEM TER UM EQUILÍBRIO COMPLEXO ENTRE A TRADIÇÃO E A MODERNIDADE.

ERA UMA VEZ, QUE NÃO ERA UMA VEZ, QUE NÃO ERA

ATORES: BARBARA PAZ, REYNALDO GIANECCHINI, NEUSA MARIA FARO, SIMONE ZUCATO E RAFAEL DE BONA. - DIREÇÃO GERAL: SAN STULBACH. - MOSTRA O RETRATO VIVIDO, DE ESPERANÇA E TENTATIVAS DE UMA FAMÍLIA EM BUSCA DE TORNAR O IMPOSSÍVEL , NOVAMENTE POSSÍVEL EM TODOS OS ASPECTOS.

MORENA NORDESTINA

DEU A LOUCA NO MEU CHÁ

EM MEADOS DO SÉCULO XVIII NA REGIÃO PANTANEIRA, SOLDADOS PORTUGUESES ACOMPANHAM O CARTÓGRAFO DIOGO EM SEU LEVANTAMENTO TOPÓGRAFICO PARA A COROA. O GRUPO SE DIRIGE AO FORTE COIMBRA, POSTO EM PERMANENTE ESTADO DE GUERRA COM OS INDÍGENAS AO REDOR. EM MEIO AO CONFLITO E A CARNIFICINA, SE FORMA UM TERCEIRO MUNDO, ONDE OS VALORES INDÍGENAS E PORTUGUESES JÁ NÃO EXISTEM.

JUNINHO, MENOR, NEGUINHO, ADILSON E ELDO SÃO JOVENS MORADORES DO BAIRRO NACIONAL, PERIFERIA DE CONTAGEM (MG). DIVIDIDOS ENTRE O TRABALHO E A DIVERSÃO, O CRIME E A ESPERANÇA, CADA UM DELES TERÁ DE ENCONTRAR MODOS DE SUPERAR AS DIFICULDADES E DOMAR O TIGRE QUE CARREGAM DENTRO DAS VEIAS.

A PARTIR DAS 14H

18H30

A PARTIR DAS 20H

16H30 (GRUPO INFANTIL)

21H

18H30 (GRUPO INFANTO-JUVENIL)

20H30 (GRUPO JUVENIL)

14H - TOMOU CAFÉ E ESPEROU

16H - RIO CIGANO

AS CRIANÇAS DE CHOCÓ

18H - SESSÃO SEGUIDA DE DEBATE

A VIZINHANÇA DO TIGRE

1411

24 _rn - 10 de novembro de 2014

Page 25: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

MÚSICA

MÚSICA

CINEMA

BATE-PAPO “IN VINO VERITAS” (NO VINHO ESTÁ A VERDADE)

FORRÓ DO CANDEEIRO SIRANO & SIRINO, LUAN ESTILIZADO E FORROZÃO EMPURRA NELA

ACÚSTICO ENGENHEIROS DO HAWAII - TRIBUTO 10 ANOS COM A BANDA NOVE LUAS

SHOW DE BONDE DO BRASIL, FLÁVIO & PIZADA QUENTE, FORRÓ DO LOIRÃO

BANDA HELP 4 FIVE

REGGAE, BLUES, ROCK, E POP COM LUISA GUEDES

(ESPECIAL OASIS) E ANDRÉ RANGELL (POP ROCK NACIONAL/LANÇAMENTO DO EP “O QUE É REAL”

9ª MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS

14.NOV

PORÃO DAS ARTES (PIUM)

MACAÍBA

TAVERNA PUB

ÂNCORA CASA SHOW

ROCK ART

ROCK ART

WHISKRITÓRIO

R$ 10,00

R$ 20,00

R$ 20,00 A R$30,00

IFRNCIDADE ALTA

NO BRASIL PROFUNDO, ONDE LEI E JUSTIÇA DEPENDEM DE NOME E SOBRENOME, A LUTA POR UM PEDAÇO DE TERRA VIRA UMA QUESTÃO DE VIDA OU MORTE. AMEAÇADOS MOSTRA PEQUENOS AGRICULTORES DO SUL E SUDESTE DO PARÁ QUE SEGUEM NO SONHO DE CONSEGUIR TERRA PRA PLANTAR E UMA CASA PARA VIVER.

RECONSTITUINDO OS DETALHES DA MORTE DE SEU IRMÃO, RAFAEL BURLAN DA SILVA, OCORRIDA HÁ 12 ANOS, O CINEASTA CRISTIANO BURLAN LANÇA-SE A UMA JORNADA PESSOAL QUE CONDUZ AO CORAÇÃO DE UM CÍRCULO DE VIOLÊNCIA EM TORNO DOS BAIRROS DA PERIFERIA PAULISTANA. EXPLORANDO AS RAZÕES DO ENVOLVIMENTO DO IRMÃO COM DROGAS E ROUBO DE CARROS, O DIRETOR EXPÕE PARTES DE SUA PRÓPRIA HISTÓRIA FAMILIAR, OUVINDO PARENTES E AMIGOS CUJOS DEPOIMENTOS TRAZEM À TONA OS DESTINOS DE DIVERSOS PERSONAGENS, MAPEANDO O HISTÓRICO DE DOLOROSAS FERIDAS EMOCIONAIS.

COM O MÉDICO E FILÓSOFO EDRISI FERNANDES. NA SEQUÊNCIA A CANTORA CAMILA RODRIGUES SE APRESENTARÁ ACOMPANHADA POR PHILIP MORAES-VIOLÃO, GABRIEL TOMALLA-BAIXO E GLEIDSON COSTA-PERCUSSÃO.21H

22H

23H

22H

23H

23H

20H

14H - AMEAÇADOS

MATARAM MEU IRMÃO

1511

25 _rn - 10 de novembro de 2014

Page 26: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

EXPOSIÇÕES

EXPOSIÇÕES

TEATRO DANÇA MÚSICA CINEMA

CINEMA

CABRA MARCADO PRA MORRER

9ª MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS

IFRNCIDADE ALTA

VIDEO-JORNALISTA RECONTA SUA COBERTURA DOS CONFLITOS EM MOHAMED MAHMOUD, A RUA QUE FICOU FAMOSA PELOS EMBATES ENTRE AS FORÇAS DE SEGURANÇA E MANIFESTANTES DURANTE OS PROTESTOS CONTRA O CONSELHO SUPREMO DA FORÇAS ARMADAS EGÍPCIAS EM NOVEMBRO DE 2011. O CURTA-METRAGEM APRESENTA O MATERIAL GRAVADO NOS SETE DIAS DA VIOLENTA REPRESSÃO CONTRA MANIFESTANTES QUE RESULTOU EM FERIDOS GRAVES E UM GRANDE NÚMERO DE MORTOS. O FILME INCLUI AINDA A REENCENAÇÃO DA EXPERIÊNCIA VIVIDA PELA JORNALISTA E ENTREVISTAS COM MANIFESTANTES PRESENTES NO ACONTECIMENTO NARRADO.

EM 1964, O CPC DA UNE INICIA UM FILME SOBRE A VIDA DE JOÃO PEDRO TEIXEIRA, LÍDER DA LIGA CAMPONESA DE SAPÉ (PB), ASSASSINADO POR LATIFUNDIÁRIOS, QUE INCLUI UMA RECONSTITUIÇÃO FICCIONAL DO EVENTO POLÍTICO QUE LEVOU A SUA MORTE. A VIÚVA DE JOÃO PEDRO, ELIZABETH, E OUTROS CAMPONESES PARTICIPAM DAS FILMAGENS. MAS OS TRABALHOS SÃO INTERROMPIDOS POR CONTA DO GOLPE MILITAR. 17 ANOS DEPOIS, COUTINHO RETOMA O PROJETO E VAI ATRÁS DOS PERSONAGENS, ENCONTRANDO ELIZABETH NA CLANDESTINIDADE E SEM CONTATO COM MUITOS DE SEUS FILHOS.

MOHAMED MAHMOUD...HERALD DOS REVOLUCIONÁRIOS

18H - SESSÃO SEGUIDA DE DEBATE

1511UM ROAD MOVIE SOBRE ADOLESCENTES GUATEMALTECOS E SUA JORNADA MIGRATÓRIA PARA OS ESTADOS UNIDOS.

16H - LA JAULA DE ORO(A JAULA DE OURO)

MÚSICA

ENSAIO DO BICHO COM RICARDO CHAVES, PEDRO E ERICK, KART LOVE E FARRA DE RICO.

CENTRO DE CONVENÇÕES DE NATAL

17HR$ 50,00 A R$ 80,00

26 _rn - 10 de novembro de 2014

Page 27: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014

1611

TEATRO

TEATRO

XVI FETAC - FESTIVAL DE TEATRO AMADOR DO CEI

TEATRO RIACHUELO

O PÁSSARO VERMELHO

PEÇA/MUSICAL: CAFÉ MAGESTIC

PEÇA/MUSICAL: O SUCESSO É A MAIOR VINGANÇA

16H30 (GRUPO INFANTIL)

18H30 (GRUPO INFANTO-JUVENIL)

20H30 (GRUPO JUVENIL)

MÚSICA

A TOCA DO COELHO

MEU MALVADO FAVORITO

R$ 80,00 E R$ 40,00

R$60,00 (MEIA)

R$ 50,00 E R$ 25,00

TEATRO ALBERTO MARANHÃO

TEATRO ALBERTO MARANHÃO

ATORES: BARBARA PAZ, REYNALDO GIANECCHINI, NEUSA MARIA FARO, SIMONE ZUCATO E RAFAEL DE BONA. - DIREÇÃO GERAL: SAN STULBACH. - MOSTRA O RETRATO VIVIDO, DE ESPERANÇA E TENTATIVAS DE UMA FAMÍLIA EM BUSCA DE TORNAR O IMPOSSÍVEL , NOVAMENTE POSSÍVEL EM TODOS OS ASPECTOS.

CIA DO RISOTEXTO E ADAPTAÇÃO: ÍTALO ESPÍRITO SANTODIREÇÃO: ULISSES DORNELAS.

COCO - BAMBELÔ - MACULELÊ - DANÇA GUERREIRA – PAGODE - DANÇA DE RUA E HIP HOP - SLACKLINE - GRAFITE - BRINCADEIRA E LUTAS INDÍGENAS – CAPOEIRA

18H E 21H

18H E 21H

BANDAS DESVENTURA E SCRACHO

PINK ELEPHANT

18H

TRIBUTO A ZUMBI E A POTI

14.NOVUFRN - DEFDAS 16H ÀS 21H

a s e m a n a

[email protected]

27 _rn - 10 de novembro de 2014

Page 28: Revista _rn 00 - 14/NOV/2014