120
REVISTA CONTEÚDO ARQUITETURA | O FUTURO DA FAMÍLIA | CIDADES DO FUTURO | TECNOLOGIA

Revista RSVP ODEBRECHT

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Revista RSVP ODEBRECHT

R E V I S T A

CONTEÚDO ARQUITETURA | O FUTURO DA FAMÍLIA | CIDADES DO FUTURO | TECNOLOGIA

Page 2: Revista RSVP ODEBRECHT
Page 3: Revista RSVP ODEBRECHT
Page 4: Revista RSVP ODEBRECHT

NA ARQUITETURA

4 | RESIDENCIAL RSVP

EDITORIAL

partir do conceito de exclusividade, palavra que revela a ideia por

trás do Residencial RSVP – o mais recente empreendimento da Odebrecht

Realizações em São Paulo – editamos uma revista que faz um recorte do

futuro próximo, com as principais inovações que desenham cenários para

as grandes metrópoles do mundo. Uma edição feita sob medida para

leitores especiais que já têm acesso às inovações do século 21. Afinal, quem

irá viver no Residencial RSVP – a 300 metros do Morumbi Shopping –

poderá usufruir do melhor em urbanismo deste século.

O Residencial RSVP será um lugar para se morar que espelha os

desejos de quem coleciona conquistas. Amparado em exclusividade,

design atual e requinte nos detalhes, o empreendimento promete um

diferencial: uma experiência única, bastante particular, de se viver. Do

lado de fora, praticidade. Do lado de dentro, um residencial completo,

com segurança e conforto.

Nas páginas a seguir, o leitor poderá conferir reportagens que abordam

o futuro das cidades na arquitetura, na casa, no design, na tecnologia, no

consumo e na família, incluindo matérias especiais sobre bem-estar, ações

sociais, meio ambiente e economia. Além disso, o leitor poderá apreciar

um guia digital com os melhores endereços da região: shoppings centers,

casas de espetáculos, clubes, parques públicos, instituições de ensino,

hotéis, hospitais, supermercados e restaurantes. Tudo para facilitar seu dia

a dia e ajudá-lo a conhecer melhor os bons lugares da região.

Seja bem-vindo!

A

Page 5: Revista RSVP ODEBRECHT
Page 6: Revista RSVP ODEBRECHT

6 | RESIDENCIAL RSVP

22PRAÇAS O IMPACTO DOS PARQUES NA VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

40CASA TECNOLÓGICA E SUSTENTÁVEL: ESSA É A CASA DO FUTURO

56CONSUMOAS NOVAS RELAÇÕES ENTRE O CONSUMIDOR E O MERCADO

14CIDADES DO FUTURO SONGDO E MASDAR SÃO REFERÊNCIAS PARA O SÉCULO 21

44DESIGN DO COMEÇO AO FIM, A ESSÊNCIA DO ECODESIGN

52TECNOLOGIA AS INOVAÇÕES DO MUNDO DIGITAL

ÍNDICE

22 28 4810INSTITUCIONAL AS INOVAÇÕES DA ODEBRECHT REALIZAÇÕES IMOBILIÁRIAS

28ARQUITETURA OS PROJETOS DE RENZO PIANO E DO ESTÚDIO SANAA

48O FUTURO DA FAMÍLIA A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO DA NOVA FAMÍLIA

Page 7: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 7

56 64 6660AÇÕES SOCIAISA CORRENTE DO BEM PARA CONECTAR PESSOAS

73RSVPEXCLUSIVIDADE E SOFISTICAÇÃO EM SÃO PAULO

64MEIO AMBIENTE O SELO VERDE COMO GARANTIA DE SUSTENTABILIDADE

68EM SÃO PAULO A OPERAÇÃO URBANA: POR UMA CIDADE MELHOR

70BEM-ESTAR SAÚDE E OTIMIZAÇÃO DO TEMPO PARA SE VIVER MELHOR

73

Page 8: Revista RSVP ODEBRECHT

NA ARQUITETURA

8 | RESIDENCIAL RSVP

EXPEDIENTE

PROJETO EDITORIAL

Rua Harmonia, 293CEP: 05435-000 São Paulo - SPTel.: 55 11 2193-0199www.studiolemon.com.br DIRETOR DE CRIAÇÃOCesar [email protected] DIRETOR EXECUTIVOChico [email protected]

JORNALISTASLuiz Claudio RodriguesFelipe Filizola ARTEEduardo BarlettaPedro Enrike ARTE FINALAna Luiza Vaccarin REVISÃOAna Luisa Novato Faleiros

Page 9: Revista RSVP ODEBRECHT

Autorizada:

DELLANNO_PEDRO_pag simples_245x345mm.indd 1 10/21/14 5:31 PM

Page 10: Revista RSVP ODEBRECHT

10 | RESIDENCIAL RSVP

INSTITUCIONAL

Fachada do Residencial RSVP –

São Paulo, SP.

Na página ao lado fachada

do Parque da Cidade – São

Paulo, SP

Page 11: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 11

A decisão de investir em um imóvel traz consigo uma série de questões pessoais, emocionais e financeiras. Nesse momento, alguns fatores são analisados detalhadamente – da localização ao metro quadrado,

da qualidade da construção às características de proteção ao meio ambiente, das possibilidades de decoração à valorização do patrimônio. Para se reali-zar o sonho, é preciso investir com segurança e qualidade. É por isso que a escolha da construtora passa a ser um ponto primordial. A Odebrecht Rea-lizações Imobiliárias (OR) apoia-se em valores que asseguram a satisfação e o reconhecimento dos clientes: o compromisso, o envolvimento e a elevada qualidade profissional. É uma das empresas da Odebrecht, organização de origem brasileira, composta por negócios diversificados, que vão da enge-nharia e construção a investimentos em infraestrutura e energia, química e petroquímica, engenharia ambiental e outros.

Com atuação e padrão de qualidade globais, a Organização Odebrecht acu-mula 70 anos de história e está presente em 26 países, integrando mais de 190 mil profissionais. Reúne em seu sólido portfólio projetos que mudaram a cara do Brasil e do mundo, como a Arena Fonte Nova, na Bahia, o Aeroporto de Miami,

nos Estados Unidos, a reforma e operação do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, as Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Teles Pires, duas das maiores obras de infraestrutura em andamento no Brasil atualmente, entre tantos outros. Esses são apenas alguns exemplos de uma organização que é líder nos segmentos de engenharia e construção e de química e petroquímica na América Latina.

Fundada em 1944, a Odebrecht nasceu na Bahia e logo se firmou com obras pelo Nordeste brasileiro, acompanhando o desenvolvimento da região. Ao final da década de 60, sua expansão atingiu o Sul e Sudeste do País. Os anos que se seguiram trouxeram para a história da empresa a realização de grandes empre-endimentos, como metrôs, emissários submarinos, aeroportos e grandes pon-tes. Pioneira, a Odebrecht foi responsável pela construção do edifício-sede da Petrobras no Rio de Janeiro, na época, a maior estrutura monolítica da América Latina. A internacionalização veio já na década de 70, com o desenvolvimento de projetos no Peru e no Chile, seguidos por negócios na África, Europa, Esta-dos Unidos e outros países na América do Sul. O crescimento se deu também com a diversificação dos negócios, adquirindo participação acionária em em-presas petroquímicas e investindo em empresa de açúcar e álcool. >>

A Odebrecht Realizações Imobiliárias, OR, se destaca pelo compromisso com a vida de seus clientes, entregando projetos comprometidos com a qualidade, sustentabilidade e soluções inovadoras.

CONSTRUINDO

LARES

Page 12: Revista RSVP ODEBRECHT

12 | RESIDENCIAL RSVP

A ATUAÇÃO NO MERCADO IMOBILIÁRIO: GARANTIA DE SELETIVIDADE E DIFERENCIAÇÃO A atuação no mercado imobiliário e no desenvolvi-mento de edificações acompanha a história da Ode-brecht desde a sua fundação, mas foi em 2007 que a Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR) foi criada para melhor orientar a atuação no setor. A OR nas-ceu com o propósito de oferecer empreendimentos seletivos, diferenciados e sustentáveis. A preocupa-ção nunca é pela quantidade, mas sim pela quali-dade. Por isso, seus projetos são sempre especiais e concebidos em terrenos únicos.

O rigoroso processo de planejamento da enge-nharia, feito desde o momento de concepção do produto, resulta em empreendimentos privilegiados e de longa maturação. Para cada empreendimento, há líderes e equipes responsáveis por todas as eta-pas – da compra do terreno à execução da obra, garantindo assim a melhor qualidade na entrega. O crescimento da OR é acompanhado de compro-misso com o desenvolvimento sustentável. A empre-sa é membro fundador da Green Building Council do Brasil, organização não governamental que auxi-lia no desenvolvimento e fortalecimento da indústria da construção sustentável do País.

INSTITUCIONAL

Page 13: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 13

Os prédios verdes, certificados, fazem parte do portfólio da OR, como o Vila Olímpia Corporate, o Park One Ibirapuera e o The One, todos em São Paulo. Atenta e se antecipando às principais ten-dências do mercado, passou a desenvolver inova-dores complexos de uso misto, que unem, em um mesmo local, condomínios residenciais, empresa-riais, hotéis e, muitas vezes, centros de compras e serviços, como o LED Barra Funda, em São Paulo, e o Mundo Plaza, em Salvador. Essa solução para se morar, trabalhar e fazer compras no mesmo local é refletida em comodidade e praticidade para a vida das pessoas, gerando bem-estar e trazendo facili-dades para o cotidiano em uma metrópole.

Amparado em exclusividade, design atual e requinte nos detalhes, o Residencial RSVP é um empreendimento com forte diferencial: uma ex-periência única, bastante particular, de se viver. Do lado de fora, praticidade. Do lado de dentro, um residencial completo, com segurança e conforto. Um verdadeiro must.

O empreendimento é emblemático: possui a chancela da Clinton Foundation e da cúpula C40, participando do programa internacional que atu-almente apoia 18 projetos no mundo, escolhidos como referências para outros empreendimentos quanto ao desenvolvimento urbano e à redução da emissão de CO2. Também é elegível para receber uma certificação na América do Sul, o LEED ND, concedido a empreendimentos capazes de impac-tar positivamente seu entorno.

Toda essa tradição e preocupação com os deta-lhes permitiu que a OR chegasse muito madura ao Residencial RSVP, que fica a 300 metros do Mo-rumbi Shopping. A proposta do empreendimento é incentivar um novo conceito de desenvolvimento urbano, que valoriza a mobilidade e a sustentabi-lidade, permitindo a seus moradores um estilo de vida único: total infraestrutura e comodidade num oásis de conforto e sofisticação, em um dos veto-res de crescimento mais relevantes de São Paulo. Assim, com empreendimentos únicos e um cui-dado absoluto na satisfação de seus clientes, a OR realiza projetos de vida.

Na página da esquerda, em cima,

fachada do Brisas do Lago – Brasília, DF.

Abaixo, fachada do Dimension – Rio

de Janeiro, RJ. Nesta página fachada

do Park One – São Paulo, SP

Page 14: Revista RSVP ODEBRECHT

CIDADES DO FUTURO

14 | RESIDENCIAL RSVP

Page 15: Revista RSVP ODEBRECHT

DO AMANHÃCIDADES

POR LU I Z CLAUD IO RODR IGUES FOTOS D I VULGAÇÃO

NOVEMBRO 2014 | 15

Page 16: Revista RSVP ODEBRECHT

Considerada a primeira cidade sustentável

do mundo, Songdo – na Coreia do Sul

– investe em energia renovável e alta

tecnologia. As fotos revelam o perímetro

urbano da cidade

16 | RESIDENCIAL RSVP

CIDADES DO FUTURO

E ntre as grandes promessas para o século 21 estão as cidades

de Songdo, na Coreia do Sul, e Masdar, nos Emirados Árabes. A primeira irá dispor das melhores práticas de planejamento urbano, design sustentável e infraestrutura com tecnologia avançada. Para a cidade árabe – planejada pelo escritório inglês Foster + Partners – os engenheiros especificaram operações para gerenciar edifícios verdes com a integração de uma série de tecnologias e sistemas inteligentes.

Cidades com computadores poderosos e bancos de dados que servem de fonte para esta-belecer políticas públicas ou pronto atendimento a fim de sanar problemas causados pelo clima, falta de luz, lentidão no trânsito e baixo consumo de energia (baseada em fontes renováveis). Esses são apenas alguns exemplos de modelos de gestão para as cidades do futuro estudados pelos laboratórios de pesquisas. Neles, um conjunto de tecnologias pro-mete cidades inteligentes, com transporte eficaz, edifícios verdes e energia renovável.

Entre as referências urbanas para cidades inte-ligentes e sustentáveis do futuro estão Songdo, na Coreia do Sul, e Masdar, um distrito de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Parcialmente aberta desde 2009 e oficialmente chamada de Songdo International Business District, a cidade coreana é considerada a primeira cidade sustentável do mun-do. Sua localização privilegiada, no nordeste da Ásia, próximo à China, Rússia e Japão, foi escolhida para tornar a Coreia do Sul o mais importante polo comercial da região.

Ao dispor das melhores práticas de planejamento urbano e design sustentável, Songdo terá uma infra-estrutura com tecnologia avançada e 600 hectares de áreas verdes, o que fará dela a cidade com uma qualidade de vida nunca vista no mundo. Seu pro-grama de certificação verde – seguindo as normas do Green Building Council – enfatiza a conectivi-dade entre seus bairros, acesso fácil ao trânsito e eficiência energética nos projetos de construção. >>

Page 17: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 17

Page 18: Revista RSVP ODEBRECHT

18 | RESIDENCIAL RSVP

CIDADES DO FUTURO

Outro experimento nos mesmos moldes de Songdo é a cidade de Masdar. Com sua construção iniciada em 2006 e investimento calculado entre US$ 18 bilhões a 19 bilhões, a cidade será gerencia-da pelo Masdar Institute, uma ramificação no de-serto do prestigiado MIT – Massachusetts Institute of Technology. Seu projeto é assinado pelo arqui-teto britânico Norman Foster. De acordo com sua assessoria de imprensa, a cidade foi planejada para oferecer um ambiente atrativo para organizações de setores como energia renovável e tecnologias limpas. Em outras palavras, uma cidade modelo para o desenvolvimento urbano sustentável.

O foco principal de Masdar é a sustentabilida-de. Para isso, o Instituto Masdar planejou metas de redução de energia e água. Os engenheiros especificaram operações para gerenciar edifícios verdes com a integração de uma série de tecno-logias e sistemas inteligentes e amplificaram essa expertise para a cidade inteira, desde os serviços de infraestrutura (eletricidade, água, saneamento e transporte) até plataformas de novas tecnologias para o desenvolvimento de cidades inteligentes, apoiada em planejamento urbano, arquitetura, de-sign, construção e operações que refletem as mais recentes linhas high tech e práticas sustentáveis,

seja para reduzir as emissões de carbono, incen-tivar a reciclagem, uso de matérias-primas locais, redução de desperdício, madeiras de florestas re-nováveis ou a seleção de produtos que promovem a melhor qualidade do ar. Outra preocupação dos idealizadores de Masdar é o compromisso de ser uma cidade voltada para o pedestre, com bairros inteiros sem circulação de veículos e ruas estreitas, com planejamento integrado e bairros autossufi-cientes. Seu sistema de transporte irá operar com energia limpa, com carros, bondes e ônibus elétri-cos com rotas circulares pela cidade. O uso racional da água merece uma atenção especial dos urbanis-tas e engenheiros envolvidos no projeto de Masdar: 100% das águas residuais serão tratadas e utilizadas na irrigação. Com todas essas inovações, Masdar será uma referência global em energia renovável e tecnologias limpas. A expectativa é que a cidade esteja finalizada entre 2021 e 2025. >>

Page 19: Revista RSVP ODEBRECHT

Vistas aéreas de Songdo, na

Coreia do Sul, com edifícios

verdes que integram tecnologia e

sistemas inteligentes

NOVEMBRO 2014 | 19

Page 20: Revista RSVP ODEBRECHT

Fachadas de edifícios de Masdar

planejadas pelo escritório inglês

de arquitetura Norman+Partners.

A influência mourisca marca o

design dos edifícios

20 | RESIDENCIAL RSVP

CIDADES DO FUTURO

Page 21: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 21

O modelo de cidade que concentra trabalho na região central e moradia em bairros periféricos, com desperdício de tempo no transporte individual e público e ruas congestionadas está fadado a ser coisa do passado. Enquanto as cidades inteligentes e sustentáveis ainda estão em gestação, as cidades compactas surgem como uma solução para os grandes centros urbanos. Mas o novo conceito urbano - criado pelos pesquisadores Mike Jenks, Elizabeth Burton e Katie Williams, autores do livro “Compact Cities: a sustainable urban form?” – traz embutido em sua ideia o desafio de promover a sustentabilidade e mobilidade. O significado da cidade compacta tem como objetivo, além de poupar o meio ambiente do processo de urbanização, promover formas ecologicamente corretas de transportes, uma vez que as cidades mais densas estimulam caminhadas, bicicletas e transportes coletivos como meios de transporte usuais, economizando assim o consumo de combustíveis não renováveis e as emissões de gás carbônico.

E empreendimentos multiúso que reúnem edifícios residenciais e corporativos, mall e hotel no mesmo quadrilátero proliferam mundo afora. Um modelo que surgiu pela expansão não planejada pelas metrópoles e que soluciona o problema de deslocamento entre a casa e o trabalho. E é por conta dessa demanda por transporte que muitas áreas de baixa densidade populacional elevam as emissões de gás de efeito estufa.Uma das soluções mais citadas pelos urbanistas para amenizar as emissões que os deslocamentos causam é adensar áreas urbanas já consolidadas, por meio da verticalização de construções, com espaços eficientes e multiúso. Entre as soluções propostas estão o aumento de áreas verdes, captação e armazenamento de água de chuva e o incentivo a transporte por bicicletas. Além disso, a remodelagem de bairros inteiros com comércio, serviços, atendimento hospitalar e unidades de educação atende às necessidades básicas de seus moradores, que evitam o deslocamento para outras áreas da cidade e, claro, ganham melhor qualidade de vida.

CIDADE COMPACTA

Page 22: Revista RSVP ODEBRECHT

22 | RESIDENCIAL RSVP

PRAÇAS

PÚBLICOVALOR

A vida é muito melhor perto de boas praças e parques

Page 23: Revista RSVP ODEBRECHT

Parques e praças fornecem intrínsecos benefícios ambien-tais, estéticos e de lazer para nossas cidades. Eles são uma fonte de benefícios econômicos, capazes de aumentar o va-

lor de uma propriedade, aumentar a receita municipal, atrair famí-lias e investidores de imóveis, além de turistas. Em linhas gerais, os parques são um ótimo investimento financeiro para a comunidade.

Há mais de cem anos, o americano Frederick Law Olmsted re-alizou um estudo de como parques ajudam a elevar o valor de uma propriedade. Entre 1856 e 1873, Olmsted acompanhou o valor de imóveis imediatamente adjacentes ao Central Park, em Nova York, a fim de justificar os US$ 13 milhões gastos em sua criação. Ele des-cobriu que, ao longo do período de 17 anos, houve um aumento

de US$ 209 milhões no valor das propriedades impactadas pelo parque. Já no século 19, a conexão positiva entre parques e valores de propriedades já era feita. A análise de Olmsted mostra o im-pacto real dos parques na valorização de propriedades. No entanto, seu estudo não é único. Várias pesquisas realizadas ao longo dos últimos vinte anos reafirmam as suas conclusões, com exemplos de outras cidades americanas. Em Atlanta, após a construção do Centennial Olympic Park, os preços de condomínios adjacentes subiram de US$ 115 para US$ 250 por metro quadrado. Como ob-servado no site do Centennial Olympic Park, “milhares de pessoas fizeram a mudança para o centro de Atlanta por terem escolhido o Centennial Olympic Park como seu quintal da frente”. >>

POR FEL I PE F I L I ZOLA FOTOS D I VULGAÇÃO

NOVEMBRO 2014 | 23

Page 24: Revista RSVP ODEBRECHT

FREDERICKLAW OLMSTEDO arquiteto e paisagista Olmsted ganhou notoriedade por projetar, construir e administrar o Central Park de Nova York na metade do século 19. Mesmo sem formação universitária, baseou sua carreira em construir e preservar áreas de beleza para a futura fruição pública. Apaixonado pela Natureza, deixou entre outros legados a frase: “O arquiteto tão nobre ... como aquele que, com ampla concepção de beleza, na concepção de poder, esboça os contornos, escreve as cores, torna-se o construtor e dirige as sombras de uma imagem tão grande que a Natureza deva ser empregada em cima dela por gerações, antes que o trabalho que ele arranjou para ela perceba suas intenções”.

24 | RESIDENCIAL RSVP

PRAÇAS

Page 25: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 25

Outro componente do estudo do Central Park foi uma avaliação do aumento da receita fiscal em resultado do parque. Depois da criação da mais famosa área verde de Nova York, a prefeitura pas-sou a arrecadar cerca de quatro milhões de dólares a mais em impostos com relação direta ao parque. Isso resultou em um reinvestimento na área, tra-zendo ainda mais melhorias para a região. Como resultado da construção do Central Park, Nova York teve lucro. O aumento dos valores de proprie-dades e o aumento das receitas municipais andam de mãos dadas. Imposto sobre a propriedade é uma das fontes de receita mais importantes para as cida-des, e com a criação de um clima positivo para o aumento do valor das propriedades, a arrecadação fiscal se beneficia em troca. Como mostrado com o Central Park, parques e praças se pagam e geram ainda renda extra. Além disso, as receitas fiscais do aumento da atividade de varejo e as despesas rela-cionadas com o turismo aumentam ainda mais as verbas municipais.

NOVA ECONOMIAOutra tendência global que explica a configuração urbana atual das cidades tem a ver com os tipos de emprego oferecidos hoje pelas empresas. Na nova economia global, os trabalhadores vendem seus conhecimentos, em oposição ao trabalho fí-

sico, como a principal fonte de criação de riqueza e crescimento econômico. Essa nova economia é composta por indústrias sem fumaça, de alta tec-nologia e empresas do setor de serviços, localizadas em geral em áreas de alta densidade empresarial, já que não necessitam de grandes metragens, como fábricas. Para reter e atrair os talentos, estudos têm sido realizados para determinar quais são os fatores que esses talentos buscam na hora de optar por um emprego. Uma pesquisa com 1.200 trabalhadores de alta tecnologia, realizada pela consultoria KPMG na última década, descobriu que a qualidade de vida em uma comunidade aumenta a atratividade de um trabalho em 33 por cento.

Os trabalhadores do conhecimento preferem lugares com uma gama diversificada de atividades recreativas ao ar livre, como praças e ciclovias. Não surpreende, portanto, que Copenhague, Berlim, São Francisco e Estocolmo estejam entre as prin-cipais cidades adaptadas aos ciclistas, já que tam-bém concentram grande número desse tipo de trabalhadores. Estes, atraídos para uma área agra-dável, geram dinheiro na economia local através de empregos, habitação e impostos, que, em seguida, contribuem para a criação de novas praças e ma-nutenção das já existentes. Ao mesmo tempo, ao promover, apoiar e revitalizar os parques urbanos, novos bairros podem ajudar a atrair uma parcela significativa de famílias e investidores. >>

RETRATADO ACIMA E NAS PÁGINAS ANTERIORES, O CENTRAL PARK, EM NOVA YORK, É EXEMPLO CONCRETO DO IMPACTO DE PARQUES E PRAÇAS NA VALORIZAÇÃO DE PROPRIEDADES AO SEU ENTORNO.

Page 26: Revista RSVP ODEBRECHT

26 | RESIDENCIAL RSVP

PRAÇAS

Um ótimo exemplo para ilustrar essa tendência é a praça Dumbo, no bairro do Brooklyn, em Nova York. Construída entre as pontes do Brooklyn e de Manhattan, a praça foi reconstruída nos últimos anos, quando o bairro passou por uma reurbaniza-ção. Na tentativa de melhorar a qualidade de vida de seus moradores e atrair investidores, a região investiu em uma área de frente para o Rio Hudson, que, aliás, permite uma das vistas mais lindas da ci-dade. Da recuperação de um carrossel histórico à reforma de seus jardins e espaços para esportes, a renovação da Dumbo ajudou com que o Brooklyn se tornasse o bairro com a maior concentração de empresas de tecnologia e criatividade, com cerca de 500 companhias instaladas na região nos últi-mos 10 anos. A facilidade de acesso a Manhattan e a qualidade de vida do local atraíram também mo-radores para a área, hoje uma das que mais valori-zaram nos últimos anos na metrópole americana.

INTERVENÇÃO URBANAÀ medida que a população busca soluções de mo-radia em centros urbanos, buscando alternativas ao tempo gasto com locomoção e falta de natureza, a demanda por espaços públicos aumenta. Praças próximas a residências e escritórios se tornam lo-cais de convivência e se valorizam como opção de lazer nas grandes cidades. Assim como ocorre com a Trafalgar Square, em Londres, e com a Piazza Del Campo, em Siena, na Itália, as pessoas se locomo-vem para praças com o intuito de apreciar a vista e vivenciarem a sociedade onde vivem, já que passam longas horas de seus dias em escritórios fechados.

À esquerda, as cidades de Estocolmo, Copenhague

e Atlanta, que incentivaram o ciclismo e

atividades ao ar livre e atraíram trabalhadores de

conhecimento, cujo foco é a prestação de serviço,

que buscam maior qualidade de vida e bem-estar.

Na página ao lado, a praça Dumbo, em Nova York,

que, depois de sua renovação, ajudou a tornar o

Brooklyn no bairro com a maior concentração de

empresas de tecnologia e criatividade da cidade

Page 27: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 27

Entre as principais melhorias que as maiores cidades do mundo têm feito em suas praças e par-ques estão a criação de novas faixas de pedestres, ciclovias, renovação das calçadas, passarelas de pe-destres e sinais de trânsito cronometrados no seu entorno, garantindo o fácil acesso da população. Nova iluminação, criação de espaço para animais e atualização do paisagismo também estão entre as prioridades de cidades como Xangai, que renovou a central People’s Square para atrair sua população a passar tempo ao ar livre. Em Berlim, no Volkspark Friedrichshain, a prefeitura preocupou-se em criar espaços de maior usabilidade, com aparelhos de ginástica, mesas de convívio e playground para as crianças em uma praça antes apenas repleta de árvo-res. Independentemente do local do mundo onde se encontra, uma boa praça sempre é um ótimo refúgio para espairecer, apreciar a natureza e vivenciar a vida em comunidade, tornando-se, assim, num ótimo di-ferencial na hora de escolher um lar.

Page 28: Revista RSVP ODEBRECHT

28 | RESIDENCIAL RSVP

ARQUITETURA

MAIS ÉTICA

MENOSESTÉTICA,

A busca por elementos essenciais, economia de recursos e simplicidade das formas são as principais características da arquitetura do século 21. São projetos que criam efeitos de desmaterialização graças aos conceitos de leveza e de transparência.

POR LU I Z CLAUD IO RODR IGUES FOTOS D I VULGAÇÃO

Page 29: Revista RSVP ODEBRECHT

Em Oslo, na Noruega, o edifício

do Astrup Fearnley Museum of

Modern Art: projeto do arquiteto

Renzo Piano com uma de suas

características principais, a

integração com a natureza

NOVEMBRO 2014 | 29

Page 30: Revista RSVP ODEBRECHT

O aproveitamento da luz natural com

o uso do vidro transparente dispensa

o gasto de energia elétrica nos

interiores do Icon Project Tjuvholmen,

mais um dos projetos de Renzo Piano

em Oslo, na Noruega

30 | RESIDENCIAL RSVP

ARQUITETURA

Page 31: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 31

o fim da última década do milênio passado, a arquitetu-ra internacional iniciou um movimento cheio de excessos de estilo, com edifícios monumentais, formas orgânicas e mate-riais inusitados nas construções. A peça emblemática desse período é a filial do Museu Guggenheim, em Bilbao, na Es-panha, desenhada pelo arquiteto canadense Frank O. Gehry. Logo em seguida, em 2000, houve um leve freio no que os críticos chamam de arquitetura desconstrutivista. Naquele ano, a Bienal de Arquitetura de Veneza, sob a curadoria de Massimiliano Fuksas, decretava que a arquitetura precisava de mais ética e menos estética. Com esse gesto, o arquiteto italiano tornava-se porta-voz de uma corrente que denuncia-va a arquitetura da época como perdida em elementos gra-tuitos, preocupada demais com o insólito, o impacto visual e total descompromisso com as necessidades reais de quem usa os edifícios. De acordo com os críticos, o tema convidava a pensar a relação entre a qualidade do desenho espacial e a responsabilidade social em um mundo cada dia mais urbano, onde os problemas relacionados com as cidades tomam di-mensões inéditas em velocidades vertiginosas, como a dimi-nuição da qualidade ambiental e de vida, os conflitos sobre o acesso a bens e serviços e a polarização social. Com o “basta” proposto por Fuksas, diversos arquitetos voltaram-se para a busca de elementos essenciais, seja pela economia de meios ou pela simplicidade das formas. Em outras palavras, a busca pela fidelidade ao que é fundamental em um projeto, tal qual se materializam as obras do escritório japonês Sanaa e do es-túdio do italiano Renzo Piano.

Nos anos recentes, um diálogo mais produtivo foi esta-belecido com o cliente privado, enquanto o setor público se direcionou para projetos de revitalização urbanística, escolas, universidades e moradias de interesse social. Essa nova gera-ção de arquitetos rejeita a plasticidade primária e se debruça em criar soluções para necessidades específicas de cada pro-jeto, além de estabelecer um elo de relação do edifício com a cidade, que na última década passou a ser uma questão im-portante para renomados profissionais.

Como expoente da arquitetura que se desenha para o século 21, os críticos apontam os escritórios de arquitetura Sanaa e Renzo Piano – autor do célebre Centre Pompidou, em Paris, e da nova sede do New York Times, em Nova York – desenvolve seus projetos com a completa inserção na ci-dade, seja uma rua, praça, galeria ou quarteirão, respeitando o lugar e seus recursos. A simbiose entre interior/exterior, é um dos traços marcantes de seu trabalho, que privilegia o elemento verde em sua arquitetura e a inserção de elementos imateriais, como a leveza, a transparência e a vibração da luz. “A arquitetura não é uma arte independente da realidade. Ela está na borda, entre arte e antropologia, entre a sociedade e a ciência, tecnologia e história.” >>

N

Page 32: Revista RSVP ODEBRECHT

32 | RESIDENCIAL RSVP

ARQUITETURA

Page 33: Revista RSVP ODEBRECHT

Em Trento, na Itália, o Museu

Tridentino di Scienze Naturali,

projeto do arquiteto Renzo Piano

NOVEMBRO 2014 | 33

Page 34: Revista RSVP ODEBRECHT

34 | RESIDENCIAL RSVP

memória também desempenha um pa-pel, pois a arquitetura é sobre ilusão e simbolismo, a arte de contar histórias. É uma mistura engraça-da destas coisas, às vezes humanista, outras, ma-terialista”, afirma Renzo Piano sobre sua visão de arquitetura. E prossegue: “Sua complexidade vem da textura, da vibração, da capacidade metamórfica do edifício em se transformar, mudar, respirar. Às vezes, os prédios fazem até sons”.

Por sua vez, a dupla Kazuyo Sejima e Ryue Nishi-zawa – do escritório japonês Sanaa – prega o mes-mo que Piano: a relação do edifício com o seu con-

texto. Ao criar espaços intermediários entre a área interna e a natureza ao redor, por meio de curvas e muita transparência, instaura um novo princípio na arquitetura: a serenidade e a delicadeza. Suas obras quase se desmaterializam devido ao concei-to de leveza. Os arquitetos utilizam materiais co-muns, sem abrir mão de se manterem atualizados em relação às possibilidades da tecnologia atual. A simplicidade das formas e a economia de recursos são características do Sanaa. Para eles, a economia não é uma mera operação de redução. Ao contrá-rio, trata-se de uma rigorosa e intensa investi-

gação a fim de encontrar meios para solucionar projetos específicos. Essa marca fica evidente no Pavilhão de Vidro do Museu de Artes de Toledo, nos Estados Unidos. Situado entre árvores, as ca-madas de paredes de vidro curvam-se entre o teto e o piso branco, fazendo com que o edifício quase desapareça em uma piscina de reflexos e transpa-rências. A “conversa” entre a obra e o entorno é importante para a dupla de arquitetos japoneses. “Sempre pensamos em como um prédio ficará ao lado de seus vizinhos. O ideal é criar algo que, por meio da sua presença, faça com que o ambiente geral fique melhor”, diz Kazuyo Sejima. “Além de nos preocuparmos em como as pessoas se mo-vem dentro do edifício, procuramos estabelecer um relacionamento com o lado de fora e, em se-guida, saber como o de fora se adapta ao projeto. Como os espaços de cada projeto são diferentes, tentamos encontrar um caminho sempre a partir do zero”, finaliza Ryue Nishizawa. >>

A

ARQUITETURA

Espaços fluídos, transparência e total

inserção na natureza. Detalhes da

simplicidade meticulosa do escritório

Sanaa: paradigma para o século XXI.

Nesta página, fachada do Factory

Building para o Vitra Campus, em Weil

am Rhein, na Alemanha. À direita,

em sentido horário, fachada do

Rolex Learning Center, em Lausanne,

na Suíça; detalhe da superfície de

concreto, aço e vidro na arquitetura

do Rolex Learning Center; interior

envidraçado do Factory Building

e fachada do New Museum of

Contemporary Art, em Nova York,

Estados Unidos

Page 35: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 35

Page 36: Revista RSVP ODEBRECHT

36 | RESIDENCIAL RSVP

ARQUITETURA

Page 37: Revista RSVP ODEBRECHT

Mais detalhes da arquitetura do

estúdio japonês Sanaa em dois

projetos recentes. No alto, à

esquerda, detalhes da fachada

e interior do Rolex Learning

Center, em Lausanne, na Suíça, e

o Louvre Lens, unidade avançada

do famoso museu do Louvre, na

cidade de Lens, na França. Sua

estrutura de vidro transparente e

alumínio polido já é um marco da

arquitetura contemporânea, como

revela sua fachada na foto maior

NOVEMBRO 2014 | 37

Page 38: Revista RSVP ODEBRECHT

38 | RESIDENCIAL RSVP

ARQUITETURA

Entre os escritórios de arquitetura em atividade no Brasil, o Königsberger & Vannucchi tem um portfólio com mais de mil projetos de arquitetura e urbanismo, perfazendo mais de 10 milhões de metros quadrados projetados. Com toda essa bagagem, não é à toa que recebeu diversas honrarias nesses mais de 40 anos de atividade, entre eles o Prêmio da III Bienal de Arquitetura de Buenos Aires e o Prêmio Prix D’Excellence 2005 Mundial – promovido pela FIABCI/Federação Internacional das Profissões Imobiliárias – na categoria Melhor Projeto Mundial de Usos Mistos, com o projeto BCP, em São Paulo. É deles o projeto de arquitetura do Residencial RSVP, empreendimento inovador da Odebrecht Realizações Imobiliárias.

À frente do escritório estão os arquitetos Jorge Königsberger e Gianfranco Vannucchi, uma dupla das mais respeitadas no Brasil e no exterior, seja pelos projetos, palestras, livros ou artigos publicados na Holanda, Itália, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, México, Japão, Coreia do Sul, Rússia, China e Argentina, entre outros países. A dupla, em mandatos distintos, já presidiu a AsBEA – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura – e colabora em diferentes instituições culturais, órgãos públicos e organizações privadas como consultores ou conselheiros.

KÖNIGSBERGER & VANNUCCHI

Page 39: Revista RSVP ODEBRECHT

Do escritório Königsberger

& Vannucchi, fachadas do

Corporate Butantã e unidade do

SESC na Avenida Paulista, dois

bons exemplos de integração

urbana em São Paulo

NOVEMBRO 2014 | 39

Page 40: Revista RSVP ODEBRECHT

40 | RESIDENCIAL RSVP

Tecnológica e sustentável, a casa do futuro tem conexão permanente com a internet e sistemas inovadores que facilitam as tarefas domésticas do dia a dia.

INTELIGENTECASA

POR LU I Z CLAUD IO RODR IGUES FOTOS D I VULGAÇÃO

CASA

Page 41: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 41

Casas com telhados forrados por painéis solares, sistema de captação de água da chuva e iluminação com baixo consumo de energia. Esses são apenas alguns dos itens básicos da casa do futuro. Nela, a tecnologia irá controlar quase tudo o que se pode imaginar, desde eletrônicos e eletrodomésticos, passando por sensores inteligentes para captar pre-sença, biometria como item de segurança, câmeras em todos os espaços e, é claro, a completa interativi-dade de tudo e de todos, com conexão permanente da internet. Para fazer uma leve menção à ideia de futuro de alguns anos atrás, os robôs também serão comuns, assim como os drones (no lugar de peque-nas espaçonaves) sobrevoando a cidade.

A casa inteligente estará permanentemente conectada com um simples toque de mão sobre qualquer superfície ou pelo comando de voz para acionar qualquer tecnologia. Em sua Casa do Fu-turo, em Seattle, a Microsoft imaginou computa-dores invisíveis – que dispensam monitores – que projetarão imagens e informações. Com a desma-terialização do computador, qualquer superfície da casa – um balcão, espelho, parede, divisória ou mesa – se tornará sensível ao toque a fim de acessar a internet como qualquer tablet faz hoje. Essas su-

perfícies inteligentes, conectadas por Wi-Fi, terão a habilidade de reconhecer quem está diante delas e se conectarão automaticamente a outros dispo-sitivos, como celulares e tablets, seja apenas para trocar de plataforma ou compartilhar informações. Em Tóquio, no Japão, a Eco Ideas House, da Pa-nasonic, integra os mais recentes avanços tecnoló-gicos focados na redução de consumo de energia, além da produção de energia limpa. Nela, sensores de movimento acendem ou apagam luzes de LED automaticamente e acionam o sistema de climati-zação dos ambientes. A ideia básica é reduzir em 40% o consumo de energia e controlar as emissões de gás carbônico. >>

À esquerda, os robôs Mab, do designer

colombiano Adrian Perez Zapata, para a linha

conceitual Electrolux Design Lab. Nesta página,

espelho digital da Homelab, da Philips,

na Holanda

Page 42: Revista RSVP ODEBRECHT

42 | RESIDENCIAL RSVP

Nos mesmos moldes da casa da Microsoft, a Philips também tem um laboratório de inovações chamado HomeLab, na Holanda. Entre as princi-pais novidades está a inversão de um padrão: em vez dos homens se adaptarem à tecnologia, é ela que reage às necessidades e comportamento dos humanos. Para isso, mantém um grupo de residen-tes por dois meses, e a partir da interação dos “mo-radores” com o ambiente inteligente, aperfeiçoa todos os produtos que estão em fase de teste antes de serem lançados no mercado.

Ao contrário do que a ficção científica se esfor-çou em promover no cinema, os robôs do futuro não serão humanoides – pelo menos por enquan-to. “Os robôs não imitam pessoas, são algo inspira-do pela lógica magia de esforços colaborativos da natureza e inteligência de um grupo”, afirma Stefa-no Marzano, diretor de design da Electrolux.

Todo ano, a multinacional sueca promove o De-sign Lab, convidando designers do mundo inteiro a apresentar ideias inovadoras para ambientes do-mésticos futuros. Na edição do ano passado, uma brasileira chegou ao segundo lugar da competição internacional: a curitibana Luiza Silva. A estudante de design apresentou o Atomium, uma impressora 3D que usa ingredientes moleculares para a criação de alimentos camada por camada e ajuda a criança a preparar a sua própria comida de uma forma diver-tida. O designer colombiano Adrian Perez Zapata desenvolveu um sistema automático de limpeza composto por pequenos robôs. Batizado de Mab, o sistema examina a casa, determina as áreas a serem limpas e envia os robôs voadores para fazer a faxina. São soluções como essas que norteiam a tecnologia para os ambientes domésticos do futuro. E, ao seu modo, cada corporação está na busca de soluções com alta tecnologia e simplicidade em produtos que são revolucionários e surpreendentes.

A CASA INTELIGENTE ESTARÁ PERMANENTEMENTE CONECTADA COM UM SIMPLES TOQUE DE MÃO SOBRE QUALQUER SUPERFÍCIE OU PELO COMANDO DE VOZ PARAACIONAR QUALQUER TECNOLOGIA

CASA

Page 43: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 43

Na página ao lado,

Painel digital sobre bancada de cozinha na Smart

House da Microsoft, nos Estados Unidos, Electrolux

Design Lab Atomium e Spummy.

Nesta página,

Homelab da Philips e Cozinha assinada por Anne

Berit Kigen para a Electrolux Design Lab

Page 44: Revista RSVP ODEBRECHT

NA ARQUITETURA

44 | RESIDENCIAL RSVP

Detalhe do teto do edifício da Assembleia do País de Gales: Arquitetura sustentável no Reino Unido.O design do século 21 ainda está em fase de elaboração. O que podemos afirmar, por enquanto, é que designers e fabricantes estão atentos em criar produtos que tenham uma linha de produção 100% sustentável e materiais renováveis.

DESIGN

44 | RESIDENCIAL RSVP

Page 45: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 45

Com indústrias que adotam processos de produção inteligentes e designers que investem no uso de materiais reciclados e

peças artesanais, o futuro do design aposta na tecnologia e na sustentabilidade.

Desde que o design surgiu como conceito na primeira metade do século passado, seu processo de desenvolvimento passou

por diversas etapas. O certo é que nesse começo do século 21, os conceitos de inovação e de tecno-logia ainda formam a base e a vocação do design, mas nos últimos anos a ideia de sustentabilidade tornou-se um novo atributo nas cartilhas de gran-des empresas e designers mundo afora. Isso reflete o quanto a indústria está atenta em causar menos impacto possível à natureza e, como consequên-cia dessa atitude, o fazer artesanal ressurgiu como peça-chave na criação de peças de design.

O ecodesign pressupõe um conjunto de proce-dimentos que vai além do objeto, abrange um ciclo completo no qual é produzido, consumido, utiliza-do e descartado. “Desde a seleção da matéria-pri-ma, o uso de fontes renováveis em sua produção, a distância entre os insumos e a fábrica, o processo de fabricação, transporte e armazenamento, e, por fim, a forma como é feito o seu descarte e a reuti-lização de seus componentes. Do começo ao fim, todo o processo de fabricação deve causar o menor impacto possível na natureza”, afirma a curadora de design Joice Joppert Leal, diretora do Prêmio IDEA Brasil. >>

DESIGNECO

POR LU I Z CLAUD IO RODR IGUES FOTOS D I VULGAÇÃO

NOVEMBRO 2014 | 45

Page 46: Revista RSVP ODEBRECHT

46 | RESIDENCIAL RSVP

Com essa ponte entre o artesanal e o industrial, o ecodesign ganhou uma ajuda especial dos arte-sãos. O handmade – em tradução literal, o feito à mão – torna-se cada vez mais um processo de produção que agrega valor aos produtos de design. “O trabalho artesanal ressurgiu com força na moda e no design nos últimos anos. São peças que po-dem ser total ou parcialmente artesanais e, além de cumprirem sua função, são itens que têm uma di-mensão simbólica, como o calor humano e a indi-vidualidade no ato de fazer”, analisa Andrea Bisker, diretora para a América Latina do portal WGSN. Para ela, mesmo que os produtos sejam fabricados

em série, o consumidor adquire uma peça única. “As imperfeições do fazer à mão tornam cada peça original. Esses produtos se apropriam do artesanal e, com isso, resgatam sentimentos e estão impreg-nados de cultura e memória.”

A reciclagem é outro dos pilares do ecodesign feito no Brasil. Nossos artesãos têm a tradição de transformar o lixo em objetos úteis. E, recentemen-te, desde que os menos favorecidos descobriram que havia um mercado para compra de latinhas de alumínio, o Brasil tornou-se um dos campeões na reciclagem dessa matéria-prima, além de papel e embalagens TetraPak.

O IDEAL DE SUSTENTABILIDADE TORNOU-SE UM NOVO ATRIBUTO NAS CARTILHAS DE GRANDES EMPRESAS E DESIGNERS MUNDO AFORA.

DESIGN

Page 47: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 47

Em 2010, a arquiteta Fernanda Marques, em colaboração com a metalúrgica paulistana Mekal – uma das mais representativas indústrias de beneficiamento de aço inoxidável em atuação no País – deu início a seus trabalhos de pesquisa visando aplicar o aço inoxidável na produção de móveis de desenho contemporâneo, em tiragens limitadas. No mesmo ano, desenvolveu o sistema de estantes desIGUAL, primeiro projeto da linha Steel, concebida a partir de suas reflexões sobre a arte cinética. “Assim como a arte cinética rompeu com a condição estática da pintura, meus desenhos se propõem a tirar o móvel de sua aparente condição fixa”, explica Fernanda, que realizou na estante suas primeiras experiências com lâminas de aço dobradas, uma técnica de surpreendente efeito plástico e tridimensional. Ao prosseguir por essa vereda, a arquiteta criou o banco Infinite Steel, versão em aço de seu banco Infinito produzido em madeira e, mais recentemente, o e.cabinet, um aparador equipado com área de armazenamento. “Poucos materiais são tão contemporâneos e sustentáveis quanto o aço inox”, conclui a arquiteta.

BELEZA TRIDIMENSIONAL

Com esse feedback, os irmãos Campana criaram a poltrona Sushi, com rolinhos de sobras de tecido e plástico, e o sofá Papelão, com chapas de pape-lão enrugado. “O resíduo industrial pode ser bem aproveitado quando se tem uma boa ideia”, diz a designer Fabíola Bergamo, diretora da Design Box. Um bom exemplo desse tipo de “olhar” sobre mate-riais descartáveis é o trabalho do designer Zanini de Zanine, que tem um ateliê no Rio de Janeiro focado no uso de madeiras descartáveis.

Mas nem só a madeira faz parte dos seus acha-dos. A poltrona Moeda foi concebida com o uso de chapas de metal jogadas no lixo pela Casa da Moeda. “O que é lixo para uns pode ser um luxo para os outros”, analisa Bergamo e, conclui, “muitos designers brasileiros utilizam madeira de demoli-ção, papel, papelão, pneus, garrafas PET e alumínio em seus projetos, sem perder a beleza e, o melhor, agregando valor ao produto final”.

À esquerda, fachada do WMC, em

Wales, Reino Unido, que tem camadas

de ardósia galês e cúpula de cobre

em sua arquitetura. À direita,

cadeira Moeda do designer Zanini de

Zanine. Abaixo, o banco Infinite Steel

assinado por Fernanda Marques

Page 48: Revista RSVP ODEBRECHT

48 | RESIDENCIAL RSVP

As mudanças sociais e econômicas das últimas décadas alteraram a cara da família padrão, mas não mudaram a sua principal característica:

a de ser o eixo emocional e afetivo das pessoas.

POR FEL I PE F I L I ZOLA FOTOS D I VULGAÇÃO

FAMÍLIA EM NOVOS

FORMATOS

O século 20 testemunhou mudanças notáveis nas estrutu-ras familiares mundiais. Com grandes avanços científicos, como o advento da pílula anticoncepcional, duas grandes

guerras, a entrada da mulher no mercado de trabalho, a aceitação do divórcio, o pesadelo de uma epidemia como a AIDS e a chegada da internet, globalizando de vez o mundo, a vida em família sofreu naturais consequências. Sejam elas positivas ou negativas, o fato é que a instituição familiar continua primordial para uma vida em so-ciedade, pois entre suas funções estão a reprodução e educação de novos membros e prestação de cuidados físicos e emocionais para jovens e idosos. Além disso, o convívio familiar é capaz de resolver ou aliviar um grande número de problemas sociais por intermédio do amor, carinho, paciência e atenção. Ainda que cenas de comer-ciais de margarina ou de álbum de fotografia de nossos avós – com

uma enorme família reunida ao redor de uma mesa – sejam cada vez mais distantes da realidade, o levantamento do último censo demográfico aponta que 41% dos lares brasileiros ainda são com-postos por casais com filhos, a maior proporção entre todas as ou-tras opções. A mudança vista está no fato de que em cerca de um terço desses lares a responsabilidade sobre o provento e cuidado familiar é compartilhado entre o marido e a esposa. Nos lares de responsabilidade não compartilhada, mulheres já representam 38% dos responsáveis pela família. Essa mudança nas estruturas das famílias é explicada pela diminuição de núcleos familiares, com casais tendo cada vez menos filhos, uma diminuição na taxa de ca-samentos, aumento nos divórcios e separações e o aparecimento de novas formas de união, como a coabitação de solteiros ou união de casais advindos de outros casamentos. >>

FUTURO DA FAMÍLIA

Page 49: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 49

Page 50: Revista RSVP ODEBRECHT

50 | RESIDENCIAL RSVP

Nesse novo padrão de comportamento, o pri-meiro casamento passou a ser adiado e, conse-quentemente, o mesmo ocorreu para o nascimento do primeiro filho. Pessoas mais jovens deixaram a casa dos pais para viver algum tempo sozinhas an-tes de se casarem ou se juntarem. Isto resultou em um número crescente de famílias unipessoais de jovens adultos. Ao mesmo tempo, a idade de deixar a casa dos pais, que recuou nas décadas de 70 e 80, voltou a aumentar mundialmente na década de 90. A tendência é explicada por uma série de fatores como o aumento do desemprego, os estudos mais longos, mais recursos e tolerância moral na casa dos pais e, consequentemente, menos pressão para sair de casa.

Essa mudança social, juntamente com a re-orientação de valores sociais e o aumento da participação de mulheres na produção de bens econômicos e serviços, promoveram alterações funcionais e estruturais na instituição da família. Novos padrões de casamentos surgiram substi-tuindo os casamentos arranjados, muito comuns até um século atrás.

No mundo ocidental, o nascimento de crianças sem o casamento dos pais tornou-se uma situação comum, assim como a união estável, na qual casais dividem o mesmo teto sem oficializar a união. Entre os jovens, essa situação aparece como um experi-mento de pré-casamento, retardando o matrimô-nio e resultando no declínio nas taxas de natalidade.

A união estável também se tornou comum en-tre pessoas advindas de outros casamentos, que não desejam formalizar a sua união, mas querem desenvolver um novo núcleo familiar. Aliás, des-de os anos 60, a legislação facilitou o divórcio e as discussões de equidade dos sexos fortaleceram o poder das mulheres nos ambientes de trabalho, afrouxando os laços de uma família patriarcal e au-mentando a confiança feminina para interromper um relacionamento amoroso, quando necessário. O aumento nas taxas de divórcio elevou também o número de famílias monoparentais, geralmente chefiadas por mulheres. No Brasil, essa é a realida-de de quase seis milhões de famílias, contra cerca de 870 mil famílias compostas apenas por um ho-mem com filhos. Com a diminuição do número de crianças, a proporção de pessoas mais velhas deu um salto nas últimas décadas. Essa mudança altera a estrutura da família e as funções atribuídas a seus membros, pois traz a necessidade de prestação de serviços de saúde e cuidados para pessoas mais velhas e, portanto, a maior necessidade de dispo-nibilização de capital para esse fim. Como uma ins-tituição que oferece apoio emocional, social, eco-nômico e de saúde, os núcleos familiares deixam aos poucos de focar em crianças para prestarem maior atenção aos idosos.

APESAR DE TODAS AS MUDANÇAS OCORRIDAS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS, A MAIORIA DAS PESSOAS AINDA BUSCA RELACIONAMENTOS DURADOUROS E PRETENDEM SE CASAR.

FUTURO DA FAMÍLIA

Page 51: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 51

Segundo um relatório feito pela Organização das Nações Unidas nos anos 90, “a própria família sofre uma transformação como resultado de fatores de-mográficos, parte do processo de envelhecimento. Em segundo lugar, a família serve como um suporte, diminuindo o impacto social e econômico do enve-lhecimento da população sobre os seus membros”. Apesar dessa leva de mudanças e adaptações coti-dianas nas famílias, uma série de pesquisas recentes, tanto no Brasil como na Europa e Estados Unidos, apontam que a maioria das pessoas ainda busca desenvolver relacionamentos duradouros e preten-de se casar, embora esse casamento não signifique obrigatoriamente uma união até o final da vida. Se as pressões externas – influências sociais, familiares, religiosas ou gerais – e internas – como a depen-dência econômica – enfraqueceram, assim como a eliminação da necessidade de constituir uma família legalizada e oficializada, as dependências social e afe-tiva se mantêm como fatores determinantes para a formação desses novos núcleos familiares.

As exigências feitas quanto às relações íntimas devem aumentar e as relações tendem a se tornar mais complexas e diferenciadas do que são hoje. O portal Webfilhos, desenvolvido com o objeti-vo de auxiliar pais no relacionamento e educação dos seus filhos, nasceu para discutir essas novas relações familiares contemporâneas. Reunindo no mesmo espaço virtual dicas de comportamento fa-miliar e educação, o site busca incentivar a qualida-de nas relações sugerindo investimento em afeto, tempo e atenção, respeitar a individualidade de cada integrante da família e estimular o diálogo e a reciprocidade. Em entrevista para o Webfilhos, o pediatra Dr. José Martins Filho, professor titular de pediatria da Unicamp, discutiu a importância cada vez maior do contato e presença física dos pais du-rante a infância dos filhos, fundamental para que eles se desenvolvam seguros com tantas relações complexas do mundo contemporâneo. “A cada dia é mais comum a existência de crianças terceiriza-das, ou seja, quando os pais decidem ter filhos, mas os entregam para babás criarem. Será que não está na hora de pararmos para pensar se precisamos mesmo ter filhos, já que para muitos a carreira vem hoje em primeiro lugar? A responsabilidade de educar o filho a se portar na mesa, usar o banheiro e conviver em sociedade deve ser da família, sem delegar essa missão para babás ou para a escola.” As questões levantadas por Martins Filho refletem dilemas que surgiram nesses novos formatos fami-liares e ajudam a encontrar caminhos para que essa nova configuração não interfira no crescimento das crianças. Resumindo, mais importante do que o formato de cada família é o afeto, carinho e troca de cuidados que só uma família pode prover.

Ao lado, o Dr. José Martins Filho,

professor emérito e titular de pediatria

da Unicamp e presidente da Academia

Brasileira de Pediatria. Especialista no

assunto família, ele é autor das obras

“A criança terceirizada”, “Lidando

com crianças, conversando com os

pais”, “Quem cuidará das crianças?”

e “Cuidado, afeto e limites: uma

combinação possível”

Page 52: Revista RSVP ODEBRECHT

POR LU I Z CLAUD IO RODR IGUES FOTOS D I VULGAÇÃO

DIGITALMUNDO

52 | RESIDENCIAL RSVP

No estudo Wired for Change, do Forum for the Future, as tecnologias digitais são apontadas como o motor principal de uma nova forma de interação social entre pessoas, empresas, órgãos públicos e organizações. Todos conectados a fim de promover a sustentabilidade.

Desde que o homem inventou a roda na pré-história, a tecnologia tornou-se uma referência do modo de vida de diversas civilizações. Hoje, mais do que nunca, a tecnologia tem elevado o padrão de vida da sociedade. Os cien-tistas afirmam que a humanidade precisa mudar radicalmente a forma como vive e enfrentar com ações ousadas os desafios da atualidade, como a mudança climática, o crescimento populacional, a produção de alimentos e a segurança energética. E uma das mais importantes ferramentas para implementar es-sas mudanças são as tecnologias digitais. Isso é o que diz o estudo Wired for Change, do Forum for the Future, organização britânica que reúne cientistas de diferentes áreas, mas com uma meta em comum: colaborar para o desenvol-vimento sustentável a fim de garantir um futuro melhor para todos. “Estamos animados quanto às tecnologias digitais, porque são bem compreendidas e fa-cilitadoras da mudança para enfrentar os desafios com quais nos deparamos”, anunciam os cientistas Hugh Knowles, James Taplin, Louise Armstrong e Ro-drigo Bautista, autores do estudo.

A pesquisa afirma que a tecnologia digital é capaz de mudar negócios, mer-cados e até mesmo a economia baseando-se somente na informação. “O forne-cimento de informações frescas, em formatos inovadores, para novos públicos em diferentes momentos ajuda as pessoas a tomarem decisões”, afirmam os estudiosos num dos trechos do relatório da pesquisa. As tecnologias digitais permitem simplificar, otimizar, transformar e casar dados, tornando-os infor-mações úteis. Mudando a forma como a informação é analisada, pode-se orien-tar as pessoas a agirem de um jeito diferente e ajudar organizações a operarem de forma mais inteligente. O GPS em celulares, por exemplo, capacita pessoas a planejarem viagens complexas detectando dados de rotas e meios de transpor-te, além de sinalizar congestionamentos e permitir aos seus usuários encontrar novos caminhos, economizando combustível e tempo e reduzindo a emissão de resíduos poluentes no ar. >>

TECNOLOGIA

Page 53: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 53

Page 54: Revista RSVP ODEBRECHT

54 | RESIDENCIAL RSVP

1947

FAX

Já a empresa de chocolates americana Tcho utilizou uma recém-desenvolvida tecnologia de meteorologia para aprimorar sua produção. Adi-cionando sensores em pilhas de cacau de seus fornecedores, conseguiu controlar a fermentação dessa matéria-prima, aumentando a qualidade dos produtos e garantindo maiores lucros para os agricultores. Na Tcho e em outras empresas, o rastreamento de produtos garante melhor controle da cadeia de produção, antecipando problemas de abastecimento e outros possíveis gargalos, reduzin-do o desperdício e maximizando os lucros.

Algumas empresas estão indo além para desco-brir a necessidade de seus consumidores. É o caso da holandesa Philips, que desenvolveu um sistema de pay-per-lux para a compra de um nível desejado de luz, em vez de oferecer simplesmente uma série de lâmpadas. O sistema permite o gerenciamento de uma necessidade concreta no que diz respeito à iluminação, conforto e entretenimento e seus custos associados, aumentando a eficiência, redu-zindo o desperdício e desenvolvendo produtos de maior longevidade. A desenvolvedora de softwares Everything criou um identificador digital que pode rastrear produtos ao longo de todo o processo de abastecimento, gerenciando estoques ao informar

LINHA DO TEMPO VEJA AQUI ALGUMAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS – A PARTIR DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – QUE TRANSFORMARAM A HUMANIDADE E MUDARAM PARA MELHOR O NOSSO DIA A DIA.

se o produto está no lugar certo e na hora certa à disposição do cliente. Com isso, ajuda a construir relações diretas com o consumidor final, que por sua vez se conecta com a origem dos produtos que são adquiridos no seu dia a dia.

A pesquisa Wired for Change também concluiu que todo ser humano sempre teve um conjun-to de recursos únicos, habilidades, criatividade e ideias, mas com as inovadoras tecnologias digitais o compartilhamento desses talentos é mais amplo, atingindo alcance global. Com esse princípio, nas-ceu o revolucionário consumo colaborativo. O site AirBnB ajuda as pessoas a ganhar dinheiro locando espaços não utilizados em suas casas para turistas

enquanto o WhipCar montou uma rede de compar-tilhamento de carros. Já a B&Q Streetclub promove a disponibilização pública de pertences particulares. “Essas iniciativas estão redefinindo nossas expec-tativas de propriedade, deixando para trás o senti-mento de posse e colocando em seu lugar o acesso aos benefícios que as coisas nos trazem. As novas gerações já estão habituadas a compartilhar on-line e off-line e consideram o acesso mais importante do que a propriedade”, afirmam os estudiosos. Com as novas conexões, surgem novas comunidades, que ajudam a criar novas empresas, novos produtos, novos serviços, novas formas de viver e evoluir. Um futuro melhor para toda a sociedade.

1837

TELÉGRAFO

1876

TELEFONE

1895

CINEMATÓGRAFO

1901

RÁDIO

1935

TELEVISÃO

1943

WALKIE-TALKIE

1956

PAGER

TECNOLOGIA

Page 55: Revista RSVP ODEBRECHT

1992

NOVOS MATERIAISMateriais artificiais ou biotecnológicos podem ter usos praticamente ilimitados. A ciência avança a passos largos na descoberta e invenção de novos materiais para usos variados. Confira aqui o que já está chegando ao mercado na segunda década do século 21.

PRIMEIRO SATÉLITE DE COMUNICAÇÃO

1962 1971

PRIMEIRO COMPUTADOR

PESSOAL

1977

PRIMEIRA REDE ON-LINE DE

COMPUTADORES

1985

FIBRA ÓPTICA

TELEFONE CELULAR

1979

POPULARIZAÇÃODA INTERNET

TABLET

2001

SMARTPHONE

2010

Plástico VerdeMaior produtora de resinas termoplásticas das Américas e maior fabricante mundial de biopolímeros, a brasileira Braskem criou um polietileno renovável de baixa densidade (PEBD), conhecido popularmente como plástico verde por ser produzido com etanol de cana-de-açúcar, uma fonte renovável. Assim como a resina petroquímica, pode ser aplicado nas indústrias de cosméticos, alimentos, higiene e limpeza.

Aerogel de GrafenoLeve, flexível e capaz de absorver 900 vezes o seu peso, o aerogel de grafeno sobe ao topo da lista de materiais utilizados para combater vazamentos e contaminações de petróleo no mar. Criado a partir da nanotecnologia, o material – desenvolvido por cientistas da Universidade de Zhejiang, na China – é uma espuma de nanotubos de carbono e lâminas de óxido de grafeno.

Espuma de TitânioUm implante de espuma de titânio para substituir ossos danificados promete ser um dos grandes avanços da medicina nos próximos anos. Similar ao tecido ósseo humano, a substância repara os danos ao se mesclar ao esqueleto, criando poros e canais nos vasos sanguíneos e células ósseas. Seu nome científico é titânio da liga Ti-6AI-4V e foi patenteado pelo Instituto Fraunhofer IFAM, da Alemanha.

Seda de Aranha ArtificialUm tecido altamente durável, elástico e resistente. Assim é a seda de aranha artificial inventada pela empresa de tecnologia Spiber Inc., do Japão. De acordo com uma reportagem do jornal americano The Wall Street Journal, o material sintético tem uma resistência à tração igual ao aço, mas é flexível como a borracha. A ideia é disponibilizar a invenção em 2015.

NOVEMBRO 2014 | 55

Page 56: Revista RSVP ODEBRECHT

Com base no estudo Consumers in 2030, o Forum for the Future afirma que as relações entre consumidor e mercado serão pautadas pela sustentabilidade.

POR LU I Z CLAUD IO RODR IGUES FOTOS PAULO BRENTA

56 | RESIDENCIAL RSVP

CONSUMO

CONSUMO CONSCIENTE

Page 57: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 57

om as mudanças vertiginosas que acontecem no mundo, o consumo também passa por trans-formações significativas. Diversas instituições acadêmicas ou inde-pendentes se debruçam sobre estudos que desenham como será o comportamento da humanidade na hora de consumir bens e serviços. Entre elas está o Forum for the Future – uma organização britânica sem fins lucrativos que desenvolve pesquisas globais para governos e grandes corporações e disponibiliza seus relatórios na internet aos interessados em saber o que o futuro reserva. Um de seus papers mais comentados é o relatório Consumers in 2030, que desenha um cenário da vida em sociedade, seus desafios e as alternativas para superar dificuldades.

Usando como campo de estudo o Reino Unido, o estudo faz um raio-X de como será a vida na Terra em 2030, revelando um ce-nário no qual o crescimento será lento, com escassez de recursos e aumento dos preços das commodities.

O envelhecimento populacional chegará a 70 milhões de pessoas até 2026, subindo para 73,2 milhões em 2035. Entre 2010 e 2035, o número de pessoas com idade superior a 85 anos vai mais que do-brar e o de pessoas com idade superior a 95 anos vai quadruplicar.

Números impressionantes e surpreendentes projetam uma vida mais saudável para essa população, que estará na ativa para além da idade da aposentadoria. “O número de idosos quase dobrou, pas-sando de 753 mil em 1993 para 1,4 milhão em 2014. O envelheci-mento da população tem enormes implicações para a absorção de novas tecnologias de saúde, com novas formas de monitoramento e manutenção”, pontua o relatório.

Com a mudança dos padrões de trabalho, a economia do Reino Unido desacelerada e a idade média da população ativa mais alta, o trabalho em tempo parcial e autônomo tende a ser mais comum em todas as faixas etárias. Além disso, com as restrições impostas pelos baixos salários e os preços elevados, é provável que muitas pessoas sejam forçadas a assumir mais do que um trabalho. Atu-almente as pessoas mais velhas são as que mais têm trabalhos de meio período (66% contra 34% que trabalham em tempo integral) e trabalhos independentes.

Mudanças demográficas e sociais podem levar a uma redistri-buição dos papéis tradicionais de gênero. Dados recentes mostram que 25% das mulheres no Reino Unido são arrimo de família, con-tra 4% em 1969. Um estudo relatado pelo jornal The Guardian, em 2012, sugeriu que 600 mil pais britânicos tomam conta de seus be-bês e filhos. Essa informação corrobora uma pesquisa recente feita nos Estados Unidos, que descobriu que 27% dos homens solteiros com idade entre 35 e 44 anos desejam ter filhos, contra apenas 16% das mulheres nessa mesma faixa etária. Com as restrições financei-ras previstas para 2030, a guarda das crianças poderá ficar fora do alcance de muitas famílias, o que levará os pais a partilharem as res-ponsabilidades de cuidados das crianças com familiares e amigos.

AS MUDANÇAS NA ECONOMIA GLOBALÉ impossível falar sobre o futuro dos consumidores no Reino Uni-do sem considerar o impacto da crescente escassez de recursos e as mudanças na economia global. A consciência da escassez de recursos em 2030 pode levar governos e empresas a desenvol-verem iniciativas de gestão de recursos em larga escala, fazendo movimentos concretos no sentido de uma economia de circuito fechado, isto é, toda a cadeia de produção, desde a escolha das matérias-primas até o descarte. Na verdade, isso já está tomando forma. “Mais de 40% do lixo doméstico foi reciclado na Inglaterra em 2010 e 2011, contra 11% em 2000 e 2001. Em 2011, o governo da Grã-Bretanha estabeleceu o objetivo de avançar para uma eco-nomia de desperdício zero. Reduzir, reutilizar e reciclar tudo o que pudermos e somente como último recurso as coisas serão descar-tadas”, revela o relatório Consumers in 2030. >>

Page 58: Revista RSVP ODEBRECHT

58 | RESIDENCIAL RSVP

CONSUMO

evido às restrições e expectativas de sustentabilidade mais elevadas, o mercado terá mais produtos com o selo “escolha de edição”. O termo refere-se tradicionalmente à prática de remover, silenciosamente, um produto insusten-tável do mercado e substituí-lo por uma alterna-tiva similar. Outro item apontado pelo relatório do Forum for the Future é o consumo consciente das fontes de energia, com o incentivo à redução do consumo de energia elétrica e água a partir da redução de tarifas aos consumidores que poupam, “Prática já adotada pelo governo da Grã-Breta-nha”, sublinha a pesquisa.

A ascensão dos países em desenvolvimento nos próximos 17 anos prevê que o centro de gravida-de da economia mundial estará nas economias

emergentes como o Brasil, Rússia, Índia e Chi-na (BRIC). Durante a década de 90 e início de 2000, a integração dos mercados emergentes, em especial a China, no abastecimento global le-vou a uma pressão descendente sobre os custos e a preços finais mais baixos para os consumido-res. Mas esse é um ciclo que se esgota. “Com a escassez de recursos, o crescimento da população mundial e o aumento da classe média nos BRICs, provavelmente a demanda por serviços e produ-tos será elevada e, consequentemente, os preços”, avalia o relatório. Um estudo recente da McKinsey prevê um aumento de 80% na demanda de aço entre 2010 e 2030, enquanto a Deloitte relata que a demanda por água vai superar a oferta em 40% em 2030.

CASA E FAMÍLIANovos modelos de crédito e métodos de compra coletiva de imóveis serão opções para fugir dos preços elevados do aluguel. Embora os preços dos imóveis tenham caído com a recessão de 2008, na década de 2030 o preço dos imóveis de nível médio sofrerá um aumento. Essa elevação será im-pulsionada pelo crescimento da população e pela necessidade dos investidores de ter um refúgio se-guro para o seu dinheiro. Muitos idosos poderão viver em grandes casas e apartamentos que serão mais difíceis de serem comercializados e, por cau-sa do aumento dos preços, a manutenção desses imóveis será mais cara. Com a pressão econômica, em 2030 poderemos ver um número crescente de jovens forçados a viver com seus pais, tios ou avós. Em pesquisa feita pela Shelter, um instituto de pes-quisa no Reino Unido, constatou-se que 1,6 milhão de pessoas com idade entre 20 e 40 anos vivem atualmente com seus pais porque não podem com-prar uma casa. “Embora 35% dessas pessoas sin-tam-se envergonhadas de admitir que moram com seus pais, se essa tendência continuar até 2030, essa percepção irá mudar. Certamente essa forma de viver tem seus benefícios, com alívio no custo de vida de idosos e jovens”, avaliam os analistas da pesquisa Consumers in 2030.

Page 59: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 59

Três modelos se desenham para o futuro: co-operativas de crédito, empresas de empréstimo e plataformas de empréstimo peer-to-peer. Este último vem tomando uma grande dimensão no mercado. “As pessoas estão cada vez mais à von-tade para usar as redes sociais para fazer ligações entre investidores e tomadores de empréstimos. Em 2030, o crédito através de redes sociais será um concorrente de peso junto aos bancos tradicio-nais”, relatam os pesquisadores britânicos. Nessa mesma vertente surge o consumo colaborativo, que descreve a tendência crescente das pessoas usarem as novas tecnologias para facilitar a partilha, troca, empréstimos e até aluguel. “Esse tipo de consumo pode economizar dinheiro, tempo e recursos das pessoas. É uma modalidade que traz para o con-sumidor a sensação de fazer parte de uma comu-nidade”, avalia o relatório Consumers in 2030.

MUDANÇA CULTURALO relatório do Forum for the Future prevê grande mudança cultural. A natureza mutável dos custos e a disponibilidade de bens de consumo estão re-lacionadas à forma como as pessoas usam e com-pram produtos e serviços. É provável que além da transformação dos hábitos de compra haverá mu-danças no comportamento da despesa. “Um sinal de que isso está em processo de modificação é a reação das pessoas ao aumento do petróleo com forte aumento do número de viagens de trem por famílias e uma diminuição no número de quilôme-tros de estradas construídas em função do automó-vel”, destaca o relatório.

O aumento dos preços de produtos essenciais pode ter um impacto sobre os hábitos alimentares das pessoas. A revista The Economist relatou re-centemente que as vendas de proteínas primárias, frutas e legumes têm diminuído na recessão, en-quanto a venda de refeições prontas está em alta.

O mundo das finanças também está em tran-sição. Os esquemas alternativos de empréstimos podem preencher o espaço no qual as formas con-vencionais de financiamento não avançam.

O RELATÓRIO DO FORUM FOR THE FUTURE PREVÊ GRANDE MUDANÇA CULTURAL. A NATUREZA MUTÁVEL DOS CUSTOS E A DISPONIBILIDADE DE BENS DE CONSUMO ESTÃO RELACIONADAS À FORMA COMO AS PESSOAS USAM E COMPRAM PRODUTOS E SERVIÇOS.

Page 60: Revista RSVP ODEBRECHT

60 | RESIDENCIAL RSVP

Em um mundo tão tecnológico, onde cada vez mais as pes-soas se fecham em suas casas cercadas por câmeras de segurança e se comunicam com amigos e familiares por

ferramentas tecnológicas, uma série de movimentos humanistas vem ditando um contraponto à distância humana; fruto da vida conectada por fios e máquinas. Talvez como uma vontade de nos reaproximarmos dos outros ou pela percepção de que é necessá-rio fazer algo para melhorar a sociedade, a organização de algumas ações sociais vem ganhando força e adeptos pelo Brasil.

Um exemplo que pipocou nas redes sociais recentemente é o programa Nossa Jornada, idealizado pela atriz e diretora artística Renata Quintella. No último ano, ela tomou a decisão de sair às ruas para fazer o que mais gosta: ajudar. Renata percebeu que a gratidão e bem-estar que sentia ao conseguir melhorar a vida de alguém tornavam, por consequência, o seu dia e vida me-lhores também. Todo mundo precisa de alguma coisa: um emprego, bens materiais, carinho. Do simples gesto de oferecer uma flor sem esperar nada em troca a angariar fundos para ajudar uma família em situação financeira delicada, sempre há algo a ser feito. Renata batizou o seu projeto de Nos-sa Jornada, que hoje conta com apoiadores em diversas cidades do Brasil todo, que souberam da existência da organização por

blogs e redes sociais. Com o anúncio on-line de pedidos vindos de diversos Estados, o projeto Nossa Jornada angaria voluntários dispostos a oferecer tempo, bens e serviços para melhorar a vida de alguém. A intenção é fazer com que essa ajuda possa trazer bem-estar à pessoa auxiliada e que também incentive o desenvol-vimento contínuo da qualidade de vida das pessoas.

Recentemente, um casal desempregado, por motivos de saúde, entrou em contato com Renata em busca de ajuda. A solução en-contrada pelo projeto foi a doação de um carrinho de churrasco

comprado com fundos doados. Quem se filia como voluntário ao programa também pode registrar as ações feitas no blog, mostrando para os outros como pequenos atos podem mudar o mundo. Ao expor as boas ações no blog, o pro-jeto Nossa Jornada segue a mesma linha de pensamento disseminada no filme A Corrente do Bem (2000). O filme do diretor Mimi Leder, com os ótimos ato-res Kevin Spacey, Helen Hunt e Haley

Joel Osment, conta a história de um professor de Estudos Sociais que faz um desafio aos seus alunos: que eles criem algo que possa mudar o mundo. Um de seus alunos inventa então um novo jogo, chamado pay it forward, no qual cada favor recebido deve ser retri-buído a três outras pessoas. A ideia funciona e logo os resultados são vistos em grande escala. >>

Como pequenas mudanças no nosso cotidiano podem ajudar a melhorar o mundo.

FAZER O BEM

FAZ BEMPOR FEL I PE F I L I ZOLA FOTOS D I VULGAÇÃO

NO MEIO DE TANTA TECNOLO-GIA, SURGIU A VONTADE DE NOS REAPROXIMARMOS DAS PESSOAS E A PERCEPÇÃO DE QUE DEVEMOS FAZER ALGO PELO MUNDO POR MEIO DE AÇÕES SOCIAIS.

AÇÕES SOCIAIS

Page 61: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 61

RENATA QUINTELLAO que eu posso fazer por você AGORA? Foi com esta pergunta que Renata Quintella foi para as ruas, mostrando que quando olhamos para o lado e compartilhamos, viver fica mais fácil. Em oito meses, o projeto já facilitou 125 ações agindo diretamente na vida das pessoas que os procuram. Todo mundo pode fazer alguma coisa por alguém, e é a partir desse ponto que a Jornada de Renata passa a ser A Nossa Jornada. “Porque juntos podemos fazer muito. Juntos somos mais fortes”, acredita Renata.

Page 62: Revista RSVP ODEBRECHT

62 | RESIDENCIAL RSVP

A ARTE DA GENTILEZAO autor tcheco Jan Burian publicou um livro cha-mado The Hanging Coffee (O Café Pendente ou Café do Próximo), cuja história logo ganhou o mun-do e a vida real. Na história de ficção, uma cafeteria em Praga incentiva seus clientes a pagarem um café a mais, que fica de crédito para que o estabeleci-mento possa doar uma xícara da bebida a alguém sem condições de comprá-la, levando café e sorri-sos de desconhecidos para desconhecidos. Em São Paulo, a ideia chegou no Ekoa Café, na Vila Madale-na. Lá, uma lousa marca o número de cafés penden-tes disponíveis e uma caixa ao lado guarda bilhetes e recados simpáticos de quem os deixou. Assim, além do café, quem visita o local ainda ganha uma mensagem para acompanhá-lo. Do cinema e litera-tura para a televisão, o programa Fantástico fez uma matéria em dezembro de 2013 utilizando gravações

de câmeras de segurança. As câmeras que filmam casas, ruas e estabelecimentos comerciais, que são usadas como forma de prevenção a assaltos e deli-tos, acabaram por registrar também momentos de solidariedade que acontecem pelas cidades. Entre pedestres ajudando pessoas de idade a atravessar a rua, voluntários que dão uma força a cadeirantes para subirem em calçadas e vendedores ambulantes auxiliando sem-teto em Vitória, as câmeras mos-tram que o bem acontece, sim, no dia a dia. Segun-do a reportagem, nos seis meses em que o jornalista se dedicou a observar as câmeras, mais de mil ocor-rências do bem foram registradas. Como um círculo vicioso, uma explicação para tantas boas ações é que as próprias câmeras ajudaram a reduzir a violência onde foram instaladas, sobrando espaço para regis-trar o lado mais bonito dos moradores.

NO FILME A CORRENTE DO BEM, NO LIVRO HANGING COFFEE OU NOS ENSINAMENTOS DO PROFETA GENTILEZA, FICA CLARA A MENSAGEM QUE O BEM SE MULTIPLICA.

AÇÕES SOCIAIS

Page 63: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 63

“Merecemos ler as letras e as palavras de gen-tileza”. Esse verso da canção de Marisa Monte é uma homenagem ao carioca José Agradecido, mais conhecido como Profeta Gentileza, que pre-gou o amor e a paz pelas ruas do Rio de Janeiro na década de 60. Responsável pela frase Genti-leza Gera Gentileza, o profeta abriu mão de seus bens materiais na véspera de um Natal, quando um circo niteroiense pegou fogo e ele presenciou o sofrimento das centenas de vítimas. O local do incêndio logo se transformou em uma plantação de flores pelas mãos de Gentileza, que passou a flanar pelo Rio pintando mensagens otimistas por muros e postes. O que era para ser um pequeno ato social acabou tornando-se em uma das maio-res intervenções artísticas urbanas que a cidade do Rio de Janeiro já presenciou. Quando o gover-no tentou apagar as mensagens com tinta cinza, uma mobilização social chamada “A Arte da Gen-tileza”, liderada por artistas e formadores de opi-nião, conseguiu manter vivas as pinturas do pro-feta. Hoje, o falecido Agradecido dá nome a uma praça ao lado da rodoviária carioca, onde sua arte está restaurada e já foi tema de filme, livro e tese em faculdades, além de ter sido samba-enredo da Escola Grande Rio em um carnaval.

Essa corrente multiplicadora do bem, que incita as pessoas a gerarem gentilezas, deve ser tomada como exemplo para uma melhor vida em sociedade. Há muito a ser feito, de pequenos gestos e demonstrações de carinho que podem despertar novamente nas pessoas a esperança de um mundo melhor.

Na página oposta, uma das pinturas

feitas pelo profeta Gentileza,

que flanou pelo Rio espalhando

mensagens otimistas por muros

e postes

Page 64: Revista RSVP ODEBRECHT

NA ARQUITETURA

64 | RESIDENCIAL RSVP

MEIO AMBIENTE

As vantagens de um edifício verde e sustentável vão além da redução de custos, trazendo benefícios sociais e econômicos

aos proprietários, moradores e à comunidade. >>

POR FEL I PE F I L I ZOLA FOTOS D I VULGAÇÃO

POR UMPRESENTE

MAISAGRADÁVELE UM FUTUROMELHOR

Page 65: Revista RSVP ODEBRECHT

Prédios verdes incentivam o uso

de materiais renováveis e prezam

pela iluminação natural dentro

das áreas internas com o uso de

grandes janelas, trazendo conforto

e satisfação para os moradores e

trabalhadores

NOVEMBRO 2014 | 65

Page 66: Revista RSVP ODEBRECHT

66 | RESIDENCIAL RSVP

Investidores e desenvolvedores imobiliários estão constantemente buscando novas estra-tégias para entregar edifícios sustentáveis e

atrair compradores e inquilinos, maximizando o “valor verde” do empreendimento. Investimentos em edifícios sustentáveis podem produzir mensu-rável valor financeiro, como o aumento das taxas de aluguel e valor de ativos e redução do risco de taxas de depreciação. Os ocupantes, por sua vez, veem em edifícios verdes vantagens considerá-veis, como a otimização de recursos, reduzindo custos operacionais, o consumo de energia e os impactos ambientais.

O aumento da demanda por esse tipo de cons-trução e a clara recompensa financeira a médio e longo prazos, juntamente com os recentes progra-mas de regulamentações governamentais ofere-cendo incentivos fiscais, alavancam o valor do imó-vel ao longo de todo o seu ciclo de vida. Somados, esses fatores ajudam as organizações a cumprir as metas de responsabilidade social corporativa e trazem vantagens significativas para os moradores.

Realizando uma rápida busca na Internet para o termo “edifícios verdes”, mais de 18,3 milhões de acessos são encontrados em menos de um segun-do. Palavras como “sustentável” e “verde” ainda são associadas a edifícios premium, mesmo que façam parte de uma conversa cotidiana em em-presas imobiliárias sobre um movimento mun-dial para eficiência energética e saúde ambiental. Nessa época de desafios globais e de mudanças climáticas, a pressão para a regulamentação de ações sustentáveis e redução de emissões de gás carbônico vem aumentando continuamente, tan-to pelo governo como pelo consumidor, que co-bra de empresas tais iniciativas.

Juntamente com o aumento da demanda por energia e, por consequência, aumento nos seus custos, empreiteiras, proprietários e ocupantes estão se mobilizando para encontrar soluções em conjunto, visando alcançar benefícios am-bientais e econômicos através de projetos in-teligentes e estratégias inovadoras de funciona-mento e de operação.

Com o aprimoramento da tecnologia verde para o fim imobiliário, apenas a presença de pisos de bambu e bicicletários já não contam como soluções sustentáveis. Toda a concepção do projeto deve ser baseada nesse intuito, a fim de administrar melhor os recursos que temos no planeta, como o emprego de materiais locais, renováveis e reutilizáveis.

No caso de ambientes de trabalho, um projeto sus-tentável tem também um impacto significativo sobre a produtividade dos funcionários: edifícios verdes oferecem melhor iluminação com luz natural, vista para o exterior e qualidade do ar interior para os ocu-pantes desfrutarem. Estas características de um am-biente saudável também contam pontos na hora de atrair e reter funcionários. Além disso, o conforto e a satisfação dos ocupantes reduzem a ausência por do-enças, melhoram taxas de ocupação do local de traba-lho e, mais importante, aumentam a produtividade.

SITUAÇÃO ONDE TODOS GANHAMAs vantagens de se investir em um projeto verde aparecem para todos os envolvidos na concep-ção do empreendimento. Para os compradores, os principais diferenciais desse tipo de cons-trução são a economia direta de água e energia, menores custos de condomínio – já que reque-rem uso menor de recursos energéticos –, faci-lidade na conservação e manutenção do prédio, melhores condições de conforto e saúde e au-mento do valor patrimonial ao longo do tempo. Um estudo feito pela Universidade da Califórnia nos países europeus e americanos entre 2007 e 2012 documentou que, mantendo todas as outras variáveis constantes, um selo de certif i-cação verde em uma casa acrescenta uma média de 9% ao seu valor de venda. Ao se investir em um imóvel verde, é preciso ter em mente que a valorização também é gradativa e cresce com o passar dos anos.

MEIO AMBIENTE

Page 67: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 67

O professor de sustentabilidade da Universida-de Parsons de Nova York, David Bergman, autor do livro “O Design Sustentável: Um Guia Crítico”, defende que mesmo que o preço do imóvel seja um pouco elevado na hora da venda, o ponto de equi-líbrio com a economia advinda da redução de ou-tras despesas é atingida no médio prazo, em cerca de cinco anos. Segundo Bergman, apesar de cada projeto ser bastante diferente, mesmo que haja um prêmio inicial no preço da compra, os proprietários que planejam a estada em um imóvel verde por mais de cinco anos têm a chance de poupar dinhei-ro, além de apresentarem melhora nos padrões de bem-estar atrelados à saúde e qualidade de vida.

Quanto aos benefícios socioambientais, lis-tam-se aspectos importantes para a preservação da natureza. Da redução da poluição e da produ-ção de resíduos à gestão de impacto no solo, água e ar, a concepção de projetos que se preocupem com o meio ambiente é fundamental para o bom uso dos recursos limitados de nosso planeta. O menor consumo de energia e água, assim como a redução de emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa são temas a serem pensados desde já para um futuro melhor. No caso do empreen-dedor e investidor de tais projetos, as vantagens aparecem na forma de provar a alta qualidade ambiental de suas construções, diferenciando o seu portfólio no mercado e aumentando, por consequência, a velocidade de vendas ou locação dos espaços. Com esses diferenciais, o valor do patrimônio tende a aumentar com o tempo, além de melhorar o relacionamento com órgãos am-bientais e com a comunidade.

Para que esses ganhos aconteçam de forma real, é imprescindível que todo o processo de constru-ção seja acompanhado por especialistas no assun-to, já que um edifício verde conta com detalhes es-pecíficos e diferentes de outros empreendimentos.

Para isso, o Residencial RSVP implementou o Processo AQUA, desenvolvido pela Fundação Van-zolini, uma instituição privada, sem fins lucrativos, criada, mantida e gerida pelos professores do De-partamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

AQUA é um processo de gestão de projetos para obter a alta qualidade ambiental de uma construção. Essa qualidade é demonstrada para seus clientes, investidores e demais partes inte-ressadas por meio de uma certificação, baseada em auditorias presenciais independentes. A Cer-tificação de Construção Sustentável pelo processo AQUA indica benefícios na qualidade de vida do usuário, economia de água e energia, disposição de resíduos, manutenção e contribuição para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental da região. Os critérios de desempenho do certificado abordam a ecoconstrução, a ecogestão e a criação de condições de conforto e saúde para o usuário, uma garantia que o Residencial RSVP traz a todos os seus futuros usuários.

Na página anterior, o parque Supertree

Groove, em Cingapura, foi projetado

para reunir em um mesmo local

um jardim botânico e um centro de

pesquisas. O local foi concebido com

o ambiente em mente, com o intuito

de ser um exemplo de engenharia e

energia sustentável eficiente. Ao lado,

o prédio do Bank Of America em Nova

York, entregue em 2009. O edifício

é o terceiro mais alto da cidade e é

considerado um dos mais eficientes e

ecológicos do mundo

Page 68: Revista RSVP ODEBRECHT

68 | RESIDENCIAL RSVP

EM SÃO PAULO

Próximo ao Morumbi Shopping, o Residencial RSVP irá se beneficiar de todas as melhorias da Operação Urbana Água Espraiada.

A lém de estar numa região que passa por importantes transformações, o Residencial RSVP será beneficiado com a Operação Urbana Água Espraiada da Prefeitura

de São Paulo. Mais precisamente com o prolongamento da Ave-nida Chucri Zaidan e a construção de duas pontes sobre o Rio Pinheiros. A via urbana será expandida em 3.250 metros até a Avenida João Dias, incluindo 2.600 metros de alargamento e 880 metros de vias subterrâneas em túnel, com quatro faixas de rolamento em cada sentido. As novas pontes também irão facili-tar o fluxo de trânsito no entorno, garantindo melhor mobilida-de aos seus moradores. A primeira é a ponte Laguna, que será construída na altura da Rua Laguna, de um dos lados da Marginal Pinheiros, com 360 metros de extensão, ciclovia e passarela para pedestres. Enquanto a ponte Itapaiúna, do outro lado da Margi-nal Pinheiros, terá 340 metros de extensão. Com o Residencial RSVP, a Odebrecht Realizações Imobiliárias dá continuidade ao desenvolvimento de projetos que contribuem com o plane-jamento urbano e com o adensamento ordenado da região, es-tando totalmente inserido na Operação Urbana Água Espraiada.

Além disso, as obras de revitalização da região englobam o prolongamento da Avenida Roberto Marinho, no trecho que vai

da Avenida Lino de Moraes Leme até a rodovia dos Imigrantes, incluindo um túnel com extensão de 2.350 metros. A preser-vação de áreas verdes também faz parte das obras públicas que estão em andamento, como é o caso do Parque do Chuvisco, uma área de lazer com 35 mil metros quadrados. O parque passa por uma total reformulação com a instalação de novos espaços, como quiosques, quadras de bocha e poliesportivas, playgrounds aquá-tico e convencional, pista de caminhada e áreas para escalada.

As Operações Urbanas têm como meta a promoção de me-lhorias em regiões predeterminadas na cidade, com parcerias entre o poder público e a iniciativa privada. Em cada área há uma lei específica estabelecendo as metas a serem cumpridas, com mecanismos de incentivo e benefícios. A Operação Ur-bana Água Espraiada (Leis 13.260/2001 e 15.416/2011) foi a primeira aprovada após a criação do Estatuto da Cidade, do Ministério das Cidades, em 2001. Como já nasceu “consor-ciada”, segue todos os critérios a f im de utilizar plenamente os dispositivos da lei federal. Com ela, a cidade de São Paulo ganha a revitalização da zona sul com uma série de interven-ções que incluem sistema viário, transporte coletivo, habitação social e a criação de espaços públicos de lazer e esportes.

POR LU I Z CLAUD IO RODR IGUES FOTOS PAULO BRENTA

REVITALIZAÇÃO

ZONA SUL

Page 69: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 69

NOVO PLANO DIRETOR DE SÃO PAULOA fim de organizar melhor os espaços de São Paulo, a Prefeitura sancionou recentemente o novo Plano Diretor, para planejar, de forma mais assertiva, o desenvolvimento da cidade nos próximos anos. Com ele, o mercado imobiliário deverá adaptar-se às novas regras. Entre elas, a restrição de gabarito máximo de construção de edifícios fora do eixo de estruturação da transformação urbana, além do desestímulo à criação de vagas para automóveis.Em linhas gerais, o novo Plano Diretor pretende diminuir o adensamento dos “miolos de bairros” que não são dotados de infraestrutura, bem como estimular o adensamento e a verticalização nas áreas de eixos de transporte coletivo público.O Residencial RSVP teve sua aprovação antes da sanção do Plano Diretor. Por essa razão, o empreendimento conta com uma excelente relação de vagas por apartamento. As unidades de 189m² contarão com três vagas e as unidades de 250m² com quatro vagas de garagem. Um grande diferencial de valorização para um projeto localizado na região de maior transformação urbana da cidade.

Em destaque, obras do Monotrilho da

Avenida Jornalista Roberto Marinho,

mais conhecida como (Avenida Água

Espraiada), que facilitará o transporte

urbano e o deslocamento na região.

O prolongamento da Avenida Roberto

Marinho tem ajudado o fluxo do

trânsito para quem mora ou trabalha

nos arredores

Page 70: Revista RSVP ODEBRECHT

70 | RESIDENCIAL RSVP

Quando se fala em bem-estar e qualidade de vida, dois fatores surgem instantaneamente em nossas cabeças: saúde e otimização de tempo. A não necessidade de sair

de casa para praticar exercícios, poder receber amigos e familiares em cozinhas gourmet ou até mesmo ter um home-office em casa, separando o ambiente de trabalho do familiar, são soluções cada vez mais procuradas por quem precisa de uma melhoria na qua-lidade de vida. Atenta a essa tendência, a Odebrecht Realizações Imobiliárias focou em oferecer tais facili-dades quando criou o Residencial RSVP. Facilitadoras da vida contemporânea, es-sas instalações são a garantia de soluções para unir bem-estar e saúde sem precisar tirar o carro da garagem para se exercitar e, portanto, já eliminando um dos maio-res fatores do estresse: o trânsito. Pela fa-cilidade, a comum preguiça para a prática de exercícios também tende a ser vencida.

Cada vez mais raro, o tempo também deixa de se tornar problema, já que é pos-sível encaixar a atividade física em espaços livres na agenda do dia a dia. Uma instalação de preparação física de qualidade se torna rapi-damente um importante meio para acrescentar valor e um ponto--chave de diferenciação para os imóveis residenciais de alto padrão, já que o bem-estar pessoal é uma área de importância crescente para pessoas de todas as idades.

À medida que esta tendência se desenvolve, os residentes não só esperarão que o seu edifício tenha uma área dedicada à pre-paração física como também que ela seja da mais alta qualidade. Pensando nisso, o projeto das áreas de bem-estar do Residencial RSVP foi feito e executado pelo renomado profissional Marcos Paulo Reis, diretor técnico da MPR Assessoria Esportiva – que hoje conta com mais de mil atletas – e técnico da seleção bra-sileira de triathlon nas Olimpíadas de Sydney e de Atenas. Reis

já publicou dois livros pela Realce e é colunista das revistas Veja São Paulo e Runner’s. O foco de seu trabalho é mos-trar a importância das pessoas se volta-rem para si, melhorando suas vidas por intermédio de um trabalho de condicio-namento físico individualizado e factível.

Para o empreendimento, Marcos Paulo montou um projeto customiza-do, levando para os futuros moradores o que há de mais moderno e atual em termos de montagem de espaços es-

portivos. O esporte pode dar uma contribuição significativa ao bem-estar das pessoas e inúmeros estudos acadêmicos mos-tram que ele pode afetar a saúde física e mental, a vida social e oportunidades de vida. Além dos benefícios físicos e de saúde, praticar esportes é também uma oportunidade de conhecer e de se aproximar de outras pessoas. >>

Uma vida melhor e mais saudável está mais perto do que você imagina.

O PRAZER DE SE

SENTIR

POR FEL I PE F I L I ZOLA FOTOS D I VULGAÇÃO

UMA INSTALAÇÃO DE PRE-PARAÇÃO FÍSICA DE QUALIDADE SE TORNA RAPIDAMENTE UM IMPORTANTE MEIO PARA ACRES-CENTAR VALOR E UM PONTO--CHAVE DE DIFERENCIAÇÃO PARA OS IMÓVEIS RESIDENCIAIS DE ALTO PADRÃO.

BEMBEM-ESTAR

Page 71: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 71

Page 72: Revista RSVP ODEBRECHT

72 | RESIDENCIAL RSVP

Uma pesquisa do Reino Unido sobre a relação entre a interação social e de saúde sugere que aqueles com boas redes sociais são mais felizes e mais saudáveis, vivem mais e correm menos riscos de contrair doenças cardíacas. O valor social da atividade física também tem uma forte ligação com os seus benefícios para a saúde mental, tendo um efeito sobre a depressão, ansiedade, humor e auto-estima. O somatório de bons motivos para buscar uma melhoria na saúde com as modernas instala-ções do Residencial RSVP deve servir aos futuros moradores como um incentivo para a busca de um estilo de vida mais agradável, tornando o seu dia a dia mais prazeroso. Com espaços exclusivos para a prática de pilates, spinning e artes marciais.

Entrevistamos Marcos Paulo Reis, responsável pelo projeto das áreas de bem-estar e saúde do Re-sidencial RSVP.

RSVP: Como foi o convite para participar do projeto do Residencial RSVP? MPR: Já temos uma parceria exclusiva com a Ode-brecht Realizações Imobiliárias há alguns anos. A ideia é levar tudo de mais moderno e atual em termos de montagem de espaços esportivos para a prática de atividade física, realizando um projeto customizado para cada empreendimento.

RSVP: Quais são os principais diferenciais do projeto em relação a uma academia con-vencional de um condomínio?MPR: É uma academia no nível das melhores acade-mias do Brasil, que tem tudo de mais moderno e um projeto arquitetônico pensado em todos os detalhes.

forma de buscar o melhor condicionamento físico. Quando a empresa vai mudando essa cultura, de-monstra uma preocupação maior com o bem-estar dos funcionários, e esse movimento vem crescen-do com o passar dos anos. O funcionário tem que tentar aproveitar ao máximo isso. Dificuldades e outras obrigações todo mundo tem: trabalho, chefe, família. Na verdade, você tem que montar uma logística, e quando se tem uma acade-mia em casa tudo fica muito mais fácil.

RSVP: Vemos atletas treinados por você participando de corridas. A corrida é um esporte importante para que tipo de atleta? É uma boa maneira de se iniciar no esporte?MPR: A corrida talvez seja o grande esporte do momento. Serve para o corredor iniciante, interme-diário e avançado. Você precisa saber em qual nível você quer estar, mas o mais importante é você correr de forma prazerosa, fazer aquilo gostando. A coisa de você fazer a prova está muito ligada a um obje-tivo, mas pode ajudar em alguns esportes como um trabalho aeróbico muito eficaz. Porém, existe uma máxima que é muito importante: “Você só melhora uma modalidade praticando aquela modalidade”.

RSVP: Na sua experiência com equipes cor-porativas, você acha que o esporte pode aju-dar na vida profissional? MPR: Muito! Desde uma melhor interação e in-tegração com seus colegas de trabalho até te deixar mais focado, organizado, determinado e te levar a conseguir organizar sua agenda de uma forma efetiva. O ambiente esportivo faz muito bem às empresas, até mesmo quando falamos da compe-tição, por isso é importante ter metas e saber que é possível batê-las. Esse é o dia a dia de todo mundo.

RSVP: A prática de atividade física deve ser o primeiro passo na busca de uma vida mais saudável?MPR: Correto. Você precisa ter qualidade de vida, que é ler um livro, namorar, cuidar da sua família, brincar com seus filhos, ser uma pessoa melhor diariamente para você mesmo e para quem está à sua volta. E o esporte pode te ajudar em tudo isso.

RSVP: Ao que uma pessoa deve atentar ao decidir realizar exercícios nas facilidades do condomínio?MPR: Hoje é uma tendência ter uma academia em casa por ser muito mais prático. Não tem aque-la história da preguiça. Quanto ao conteúdo, você pode fazer sozinho, mas hoje é muito comum as pessoas terem seus personal trainers monitorando os treinos nesse espaço, além de existirem empre-sas especializadas em atender de forma individuali-zada cada usuário desse espaço.

RSVP: Alguma dica para driblar a monoto-nia e manter-se constantemente desafiado ao realizar exercícios físicos? MPR: Acho que o principal desafio é você ter continuidade, e acho que para isso acontecer, nada melhor do que você ter metas – seja você ficar mais forte, mais magro, mais resistente e até mesmo pensar em objetivos maiores como corrida de rua, triathlons e por aí vai. Com objetivos, você acaba se regrando muito mais.

RSVP: Você treina equipes corporativas e dá treinos particulares. Quais são as princi-pais dificuldades encontradas por perfil de cliente? Nos grupos, um acaba incentivando o outro. Porém, em sessões individuais me parece mais fácil motivar o atleta.MPR: É muito legal as empresas oferecerem esse tipo de benefício a seus funcionários, ainda que às vezes o funcionário não esteja muito preparado pra isso. É diferente do cliente que te procura porque quer começar a treinar e acaba indo atrás de uma

“A QUALIDADE DE VIDA ESTÁ EM LER UM LIVRO, NAMORAR, CUIDAR DA SUA FAMÍLIA, BRINCAR COM SEUS FILHOS, SER UMA PESSOA MELHOR DIARIAMENTE PARA VOCÊ MESMO E PARA QUEM ESTÁ À SUA VOLTA. E O ESPORTE PODE TE AJUDAR EM TUDO ISSO.” MARCOS PAULO REIS.

BEM-ESTAR

Page 73: Revista RSVP ODEBRECHT

Apresenta

REALIZE SUA VIDA PLENAMENTE.

Page 74: Revista RSVP ODEBRECHT

74 | RESIDENCIAL RSVP

LOCALIZAÇÃO

foto da Av. Dr. Chucri ZaidanPueri Domus (Verbo Divino)

Parque Severo Gomes

Restaurante Barbacoa

Shopping D&D

Em uma região de infraestrutura completa,

com cultura, ensino e serviços exclusivos.

Próximo ao Morumbi Shopping, ao Market Place

e ao Parque Severo Gomes.

UM LUGAR ONDE TUDO QUE VOCÊ DESEJA

ESTÁ AO SEU REDOR.

Page 75: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 75

RSVP

Page 76: Revista RSVP ODEBRECHT

76 | RESIDENCIAL RSVP

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

foto aérea da região

Page 77: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 77

RSVP

Page 78: Revista RSVP ODEBRECHT

78 | RESIDENCIAL RSVP

PORTARIA E FACHADA

perspectiva ilustrada da portaria

Page 79: Revista RSVP ODEBRECHT

RSVP

Perspectiva ilustrada da fachada da torre do apto. de 250 m2

NOVEMBRO 2014 | 79

Page 80: Revista RSVP ODEBRECHT

80 | RESIDENCIAL RSVP

BOLOTÁRIO E IMPLANTAÇÃOO

10

11

12

22

2321

13

8

24

25

26

27

28

14

15

16 17

20

19

18

3

TÉRREO

Salão de festas

Salão de festas gourmet

Salão de festas infantil

Lounge externo do salão de festas

Salão de jogos

01

02

03

04

05

Salão de jogos teen

Churrasqueira

Bar da piscina

Boulevard central

Área de descanso

06

07

08

09

10

Pet place

Fitness com pilates, spinning e lutas

Piscina coberta e aquecida com raia de 25 m

Piscina infantil coberta e aquecida

Sauna

11

12

13

14

15

Perspectiva ilustrada da implantação

Page 81: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 81

RSVP

1

5

6

7

30

29

23

9 9

4

2

Sala de massagem

Piscina descoberta com raia de 25 m

Piscina infantil descoberta

Solarium

Deck molhado

16

17

18

19

20

Spa

Quadra poliesportiva oficial coberta

Pista externa de cooper

Brinquedoteca

Cinema com pipoca/lounge

21

22

23

24

25

Fraldário

Playground

Sala de estudos

Portaria social

Portaria de serviço

26

27

28

29

30

1º- subsolo: 17 vagas para visitantes, box de lavagem de veículos, pet care e bicicletário

2º- subsolo: quadra de squash e bicicletáriosSUBSOLOS

Page 82: Revista RSVP ODEBRECHT

82 | RESIDENCIAL RSVP

BOULEVARD CENTRAL E LOBBYO

perspectiva ilustrada do boulevard central

Page 83: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 83

RSVP

perspectiva ilustrada do lobby da torre do apto. de 250 m2

Page 84: Revista RSVP ODEBRECHT

84 | RESIDENCIAL RSVP

SALÃO DE FESTAS E LOUNGE EXTERNOO

perspectiva ilustrada do salão de festas

Page 85: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 85

RSVP

perspectiva ilustrada do lounge externo do salão de festas

Page 86: Revista RSVP ODEBRECHT

86 | RESIDENCIAL RSVP

CHURRASQUEIRA E SALÃO DE FESTAS GOURMETO

perspectiva ilustrada da churrasqueira

Page 87: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 87

RSVP

perspectiva ilustrada do salão de festas gourmet

Page 88: Revista RSVP ODEBRECHT

88 | RESIDENCIAL RSVP

SALÃO DE JOGOS E SALÃO DE JOGOS TEENO

perspectiva ilustrada do salão de jogos

Page 89: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 89

RSVP

perspectiva ilustrada do salão de jogos teen

Page 90: Revista RSVP ODEBRECHT

90 | RESIDENCIAL RSVP

FITNESSO

perspectiva ilustrada do fitness

Page 91: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 91

RSVP

Page 92: Revista RSVP ODEBRECHT

92 | RESIDENCIAL RSVP

PISCINA COBERTA

perspectiva ilustrada da piscina coberta

Page 93: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 93

RSVP

Page 94: Revista RSVP ODEBRECHT

94 | RESIDENCIAL RSVP

SQUASH E QUADRA COBERTAO

perspectiva ilustrada da quadra de squash

Page 95: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 95

RSVP

perspectiva ilustrada da quadra coberta

Page 96: Revista RSVP ODEBRECHT

96 | RESIDENCIAL RSVP

PISCINA DESCOBERTA

perspectiva ilustrada do bar da piscina

Page 97: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 97

RSVP

perspectiva ilustrada da piscina climatizada descoberta

Page 98: Revista RSVP ODEBRECHT

98 | RESIDENCIAL RSVP

SALÃO DE FESTAS INFANTIL E BRINQUEDOTECA

perspectiva ilustrada do salão de festas infantil

Page 99: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 99

RSVP

perspectiva ilustrada da brinquedoteca

Page 100: Revista RSVP ODEBRECHT

100 | RESIDENCIAL RSVP

PET CARE E CINEMAO

perspectiva ilustrada do pet care

Page 101: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 101

RSVP

perspectiva ilustrada do cinema

Page 102: Revista RSVP ODEBRECHT

102 | RESIDENCIAL RSVP

CAR WASH E BICICLETÁRIOO

perspectiva ilustrada do car wash

Page 103: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 103

RSVP

perspectiva ilustrada do bicicletário

Page 104: Revista RSVP ODEBRECHT

104 | RESIDENCIAL RSVP

SUSTENTABILIDADE

Painéis solares para aquecimento de água atenuando o uso de

energia elétrica ou a gás

Bacias dual �ush que geram economia de água

Torneiras com fechamento automático

nas áreas comuns e sistema de arejador que geram economia de água

Depósito para lixo reciclável

Depósito de lixo nos pavimentos-tipo,

otimizando �uxo dos resíduos

Lâmpadas econômicas nas áreas comuns

racionalizando o consumo de energia

Caixilhos que permitem melhor iluminação

e ventilação, garantindo economia de energia e conforto hidrotérmico

Projeto paisagístico com áreas verdes de convívio, espelhos d’água e jardins sobre lajes, criando um microclima agradável

e minimizando os efeitos de ilhas de calor

Paisagismo com espécies nativas

Pista de caminhada com piso drenante

Persianas que permitem 100% de luz

ou blackout

Uso de sensores de presença e sensores fotovoltaicos nas áreas

comuns, reduzindo o consumo de energia

com iluminação

Painéis solares para aquecimento de água atenuando o uso de

energia elétrica ou a gás

Bacias dual �ush que geram economia de água

Torneiras com fechamento automático

nas áreas comuns e sistema de arejador que geram economia de água

Depósito para lixo reciclável

Depósito de lixo nos pavimentos-tipo,

otimizando �uxo dos resíduos

Lâmpadas econômicas nas áreas comuns

racionalizando o consumo de energia

Caixilhos que permitem melhor iluminação

e ventilação, garantindo economia de energia e conforto hidrotérmico

Projeto paisagístico com áreas verdes de convívio, espelhos d’água e jardins sobre lajes, criando um microclima agradável

e minimizando os efeitos de ilhas de calor

Paisagismo com espécies nativas

Pista de caminhada com piso drenante

Persianas que permitem 100% de luz

ou blackout

Uso de sensores de presença e sensores fotovoltaicos nas áreas

comuns, reduzindo o consumo de energia

com iluminação

Painéis solares para aquecimento de água atenuando o uso de

energia elétrica ou a gás

Bacias dual �ush que geram economia de água

Torneiras com fechamento automático

nas áreas comuns e sistema de arejador que geram economia de água

Depósito para lixo reciclável

Depósito de lixo nos pavimentos-tipo,

otimizando �uxo dos resíduos

Lâmpadas econômicas nas áreas comuns

racionalizando o consumo de energia

Caixilhos que permitem melhor iluminação

e ventilação, garantindo economia de energia e conforto hidrotérmico

Projeto paisagístico com áreas verdes de convívio, espelhos d’água e jardins sobre lajes, criando um microclima agradável

e minimizando os efeitos de ilhas de calor

Paisagismo com espécies nativas

Pista de caminhada com piso drenante

Persianas que permitem 100% de luz

ou blackout

Uso de sensores de presença e sensores fotovoltaicos nas áreas

comuns, reduzindo o consumo de energia

com iluminação

Painéis solares para aquecimento de água atenuando o uso de

energia elétrica ou a gás

Bacias dual �ush que geram economia de água

Torneiras com fechamento automático

nas áreas comuns e sistema de arejador que geram economia de água

Depósito para lixo reciclável

Depósito de lixo nos pavimentos-tipo,

otimizando �uxo dos resíduos

Lâmpadas econômicas nas áreas comuns

racionalizando o consumo de energia

Caixilhos que permitem melhor iluminação

e ventilação, garantindo economia de energia e conforto hidrotérmico

Projeto paisagístico com áreas verdes de convívio, espelhos d’água e jardins sobre lajes, criando um microclima agradável

e minimizando os efeitos de ilhas de calor

Paisagismo com espécies nativas

Pista de caminhada com piso drenante

Persianas que permitem 100% de luz

ou blackout

Uso de sensores de presença e sensores fotovoltaicos nas áreas

comuns, reduzindo o consumo de energia

com iluminação

Certificação:

Page 105: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 105

RSVP

Imag

ens

ilust

rativ

as

Page 106: Revista RSVP ODEBRECHT

106 | RESIDENCIAL RSVP

TERRAÇO GOURMETO

perspectiva ilustrada do terraço gourmet do apto de 250m2

M2250*

Page 107: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 107

RSVP

BEM-ESTAR, CONFORTO E SOFISTICAÇÃO EM PLANTAS SURPREENDENTES.

Page 108: Revista RSVP ODEBRECHT

108 | RESIDENCIAL RSVP

LIVING E COZINHA ILHA**

foto do decorado do apto. de 250 m² opção com 3 suítes

Page 109: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 109

RSVP

perspectiva ilustrada da cozinha ilha****Kit cozinha, ilha opcional. Não faz parte do contrato e será vendido separadamente.

Page 110: Revista RSVP ODEBRECHT

110 | RESIDENCIAL RSVP

Planta ilustrada do apto. de 250 m2 com 4 suítes

Planta Ilustrativa do apto. de 250 m² sem escala e com sugestões de decoração. Os móveis, utensílios e alguns acabamentos são de dimensões comerciais e não fazem parte do contrato. As medidas representadas nas plantas são internas, de face a face das paredes.

*Área privativa considera as metragens do apartamento, hall e depósito.

4 suítesM2250 *

Page 111: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 111

RSVP

Planta ilustrada do apto. de 250m² com 3 suítes e living ampliado

Planta Ilustrativa do apto. de 250 m² sem escala e com sugestões de decoração. Os móveis, utensílios e alguns acabamentos são de dimensões comerciais e não fazem parte do contrato. As medidas representadas nas plantas são internas, de face a face das paredes.

*Área privativa considera as metragens do apartamento, hall e depósito.

3 suítesLiving ampliado

M2250 *

Page 112: Revista RSVP ODEBRECHT

112 | RESIDENCIAL RSVP

LIVING

foto do living do apto. de 189 m2 - opção com 3 suítes

M2189*

Page 113: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 113

RSVP

AMBIENTES AMPLOS E INTEGRADOS.

Page 114: Revista RSVP ODEBRECHT

114 | RESIDENCIAL RSVP

foto do terraço do apto. de 189 m² - opção com 3 suítes

TERRAÇO E SUÍTE MASTER

Page 115: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 115

RSVP

Perspectiva ilustrada da suíte master

Page 116: Revista RSVP ODEBRECHT

116 | RESIDENCIAL RSVP

M2189 *

4 dormitórios2 suítes

Planta ilustrada do apto. de 189 m2 com 4 dorms., sendo 2 suítes

Planta Ilustrativa do apto. de 189 m² sem escala e com sugestões de decoração. Os móveis, utensílios e alguns acabamentos são de dimensões comerciais e não fazem parte do contrato. As medidas representadas nas plantas são internas, de face a face das paredes.

*Área privativa considera as metragens do apartamento, hall e depósito.

Page 117: Revista RSVP ODEBRECHT

NOVEMBRO 2014 | 117

RSVP

3 suítesLiving ampliado

M2189 *

Planta ilustrada do apto. de 189 m2 com 3 suítes e living ampliado

Planta Ilustrativa do apto. de 189 m² sem escala e com sugestões de decoração. Os móveis, utensílios e alguns acabamentos são de dimensões comerciais e não fazem parte do contrato. As medidas representadas nas plantas são internas, de face a face das paredes.

*Área privativa considera as metragens do apartamento, hall e depósito.

Page 118: Revista RSVP ODEBRECHT

118 | RESIDENCIAL RSVP

A BVEP - BV Empreendimentos e Participações S.A. - é uma empresa controlada pelo Banco Votorantim S.A., que tem uma base de acionistas robusta, formada por uma parceria estratégica entre o Banco do Brasil, maior instituição financeira do País, e o Grupo Votorantim – um dos maiores conglomerados privados da América Latina. Foi constituída em 2007, com o objetivo principal de investir no mercado imobiliário nacional. A BVEP participa como investidora, desenvolvedora ou consultora em dezenas de projetos residenciais e comerciais que somam mais de 1,2 milhão de m² construídos, representados por mais de 6.000 unidades entregues ou em fase de construção.

Page 119: Revista RSVP ODEBRECHT

A Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR) apoia-se em valores que asseguram a satisfação dos clientes: o compromisso com a qualidade e com a sustentabilidade, a seletividade na escolha do melhor terreno e produto e uma garantia que nenhuma outra empresa imobiliária pode oferecer: a da marca Odebrecht.

Nós somos assim. Cada empreendimento é único, cada cliente é exclusivo.

Park One - São Paulo, SPPark One - São Paulo, SP Riverside - São Paulo, SPRiverside - São Paulo, SP Parque da Cidade - São Paulo, SPParque da Cidade - São Paulo, SP

São Paulo | Rio de Janeiro | Bahia | Pernambuco | Minas Gerais | Distrito Federal

Page 120: Revista RSVP ODEBRECHT

residencialrsvp.com.brR u a D r. J o s é Á u r e o B u s t a m a n t e , 3 0 1