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SBC Sindicato dos Bancários do Centro Revista de Informação Ficha Técnica Propriedade Sindicato dos Bancários do Centro Av. Fernão de Magalhães, 476 3001-958 Coimbra www.sibace.pt Tel.: 239854880 Fax: 239854889 [email protected] Director Luis Filipe Ardérius Assistente Editorial Costa Brites Conselho Editorial Aníbal Ribeiro Carlos Silva Francisco Carapinha Freitas Simões Fotografia SBC Colaboradores A. Castelo Branco, António Tejo, Carlos Silva, Costa Brites, Luís Filipe Ardérius, Pedro Malta Composição Gráfica Sub Verso - Design Gráfico e Conteúdos Lda. Rua Dr. Francisco Fernandes Costa, Lota 22, Loja P 3200-265 Lousã Tel.: 239 992 646 Depósito Legal 260437/07 Tiragem Bimestral 6 500 exemplares Distribuição gratuita aos associados Número Sete Setembro/Outubro 2008 Editorial A Crise E A Sua Projecção No Quotidiano Dos Portugueses Sindical Jornada Mundial Pelo Trabalho Digno (pág. 6) (pág. 7) Tempos Livres — Viagens Olivença, A Pérola (Que Não Está) Perdida (pág. 16) A Cultura Na Cidade Crise Do Capitalismo, Uma Ova!... Eles Nunca “Arrecadaram” Tanto Dinheiro Como Agora (pág. 23)

revista SBC numero 007 recovery 2conteudos.sibace.pt/revista/revista_007.pdfprovocando ansiedade geral nos trabalhadores, mas também nas empresas. Finalmente surgem apelos à contenção

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SBCSindicato dos Bancários do Centro

Revista de Informação

Ficha Técnica

PropriedadeSindicato dos Bancários do CentroAv. Fernão de Magalhães, 4763001-958 Coimbrawww.sibace.ptTel.: 239854880 Fax: [email protected]

DirectorLuis Filipe Ardérius

Assistente EditorialCosta Brites

Conselho EditorialAníbal RibeiroCarlos SilvaFrancisco CarapinhaFreitas Simões

Fotografi aSBC

ColaboradoresA. Castelo Branco,António Tejo,Carlos Silva,Costa Brites,Luís Filipe Ardérius,Pedro Malta

Composição Gráfi caSub Verso - Design Gráfi co e Conteúdos Lda.

Rua Dr. Francisco Fernandes Costa, Lota 22, Loja P3200-265 Lousã

Tel.: 239 992 646

Depósito Legal260437/07

Tiragem Bimestral6 500 exemplares

Distribuição gratuita aos associados

Número SeteSetembro/Outubro

2008

EditorialA Crise E A Sua Projecção No Quotidiano Dos Portugueses

SindicalJornada Mundial Pelo Trabalho Digno

(pág. 6)

(pág. 7)

Tempos Livres — ViagensOlivença, A Pérola (Que Não Está) Perdida

(pág. 16)

A Cultura Na CidadeCrise Do Capitalismo, Uma Ova!... Eles Nunca “Arrecadaram” Tanto Dinheiro Como Agora

(pág. 23)

CALDAS DA RAINHARua da Caridade, 17 – 1º Dtº2500-141 CALDAS DA RAINHA

FIGUEIRA DA FOZRua da Guiné, 573080-034 FIGUEIRA DA FOZ

GUARDA

Lg. de S. Francisco, 6º Piso – 1º B6300-754 GUARDA

Secretariado Regional da Guarda

Tel.: 271222016

LEIRIARua Dr. José Henrique Vareda, 27 – 1º2410-122 LEIRIA

Secretariado Regional de Leiria

Tel.: 244822743

VISEURua Nossa Senhora de Fátima, 113510-094 VISEU

Secretariado Regional de Viseu

Tel.: 232425033

Posto Clínico:

Tel.: 271220450Fax: 271220455

Posto Clínico:

Tel.: 262840020Fax: 262840029

Posto Clínico:

Tel.: 233407310Fax: 233407319

Posto Clínico:

Tel.: 244820080/90Fax: 244820091

Posto Clínico:

Tel.: 232430670Fax: 232430679

Av. Fernão de Magalhães, 476 Apartado 4043001-958 COIMBRATel.: 239854880; Fax: 239854889

Departamento Tempos Livres

Dep. e gab. de apoio aos tempos livresAv. Fernão de Magalhães, 476 Apartado 4043001-958 COIMBRATel.: 239854880; Fax: 239854886;[email protected]

COIMBRA Gab. do desporto/Clube do bancárioRua Lourenço Almeida Azevedo, 173000-250 COIMBRATel.: 239852340; Fax: [email protected]

Secretariado Regional de CoimbraTel./Fax: 239821935

Residência de Estudantes FemininaRua do Corpo de Deus, 42 A – 3º

Residência de Estudantes MasculinaRua dos Coutinhos, 34 – 1º

Ficha TécnicaPropriedadeSindicato dos Bancários do CentroAv. Fernão de Magalhães, 4763001-958 Coimbrawww.sibace.pt

Tel.: 239854880 Fax: [email protected]

DirectorLuis Filipe Ardérius

Assistente EditorialCosta Brites

Conselho EditorialAníbal RibeiroCarlos SilvaFrancisco CarapinhaFreitas Simões

Fotografi aSBC

ColaboradoresA. Castelo Branco,António Tejo,Carlos Silva,Costa Brites,Luís Filipe Ardérius,Pedro Malta

Composição Gráfi caSub Verso - Design Gráfi co e Conteúdos Lda.

Rua Dr. Francisco Fernandes Costa, Lota 22, Loja P3200-265 Lousã

Tel.: 239 992 646

Depósito Legal260437/07

Tiragem Bimestral6 500 exemplares

Distribuição gratuita aos associados

Destaques

Editorial Pág. 4 • Os desenvolvimentos da situação fi nanceira internacional e a sua projecção no quotidiano dos portugueses;• Consequências possíveis de tal problemática no universo dos trabalhadores e das instituições bancárias do nosso país;• Aspectos das últimas medidas no contexto europeu.

Mensagem Do Presidente Pág. 5 [...] Atravessamos tempos conturbados à escala planetária [...] Os sindicatos dos bancários sempre tiveram uma postura responsável na sua actuação. [...] Tal facto, porém, não pode inibir de reclamarem aquilo que consideram ser justo e equilibrado. [...]

Jornada Mundial Pelo Trabalho Digno Pág. 7

Delegação De Bancários Da Grécia Visita SBC Pág. 8

Olivença, A Pérola (Que Não Está) Perdida Pág. 16

Visita Ao Encontro Da História Pág. 17

Crise Do Capitalismo, Uma Ova!... Eles Nunca “Arrecadaram” Tanto Dinheiro Como Agora Pág 23

índiceEditorial Pág. 4

Mensagem Do Presidente Pág. 5

Sindical Pág.6 a 8• Reunião Do Secretariado Da FEBASE;• Sindicalização — Campanha Geral De Sensibilização• Jornada Mundial Pelo Trabalho Digno; Publicações• Novos Contos Medievais, Livro De Contos De Salgado Tanoeiro• Delegação De Bancários Da Grécia Visita SBC

SAMS Pág.9• A missão do SAMS• Reembolso das despesas de saúde

Entre Nós Pág.10• Quanto está a custar aos trabalhadores a crise dos “fi nanceiros”?

Este Nosso Mundo Pág.11• Um milhão de dólares para gastar por dia, à nossa vontadinha, durante cerca de dois mil anos!...

Acções e Participações Págs. 12 e 13• Seminário UGT 30 Anos Depois• Conferência sobre “Poupança”, organizada pela Comissão Executiva do BES, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz

Internacional Pág.14 e 15• Colóquio Internacional - O Futuro da Europa;

Pelo Modelo Social Europeu; Por uma acção política internacional coerente• Acabar com a especulação fi nanceira - A CES exige medidas concretas

Formação Pág.15• Inglês II• Pintura• Para o Próximo Ano

Tempos Livres — Viagens Págs. 16 e 17• Olivença, a pérola (que não está) perdida• Visita ao encontro da História

Tempos Livres — Desporto Págs. 18 a 20• XXX Final Nacional Interbancária de Pesca de Rio• II Convívio de Pesca de 2008 organizado pelo Secretariado de Viseu na Barragem da Aguieira• VIII Prova de Pesca de Alto Mar, na Nazaré• Jogos Tradicionais do Grupo Desportivo do Banco Espírito Santo na Urgeiriça• X Final Nacional Interbancária de Karting

A área do nosso Sindicato Pág.21São João da Pesqueira, sugestão de visita e um desafi o a todos os colegas

Património Pág.22As Vindimas

A Cultura na Cidade pág.23Crise Do Capitalismo, Uma Ova!... Eles Nunca “Arrecadaram” Tanto Dinheiro Como Agora

(Luis Filipe Ardérius)

EDITORIAL

[email protected]

“O Capitalismo Degenerou Em Jogo De Casino”Muhammad Yunus, Prémio Nobel Da Paz, Em Entrevista De 9 De Outubro Ao Der Spiegel

É com preocupação que o mundo assiste à actual crise fi nanceira que dos Estados Unidos rapidamente

alastrou à Europa, pelo receio de nos traga algo parecido com a “grande depressão” dos anos vinte do século passado.

Regressam aos noticiários as imagens das longas bichas de desempregados sujeitos ao recurso doloroso das “sopas dos pobres” da América envergonhada.

A questão de tais transtornos não é nova e, como prova desse facto, basta ter em conta a regra de ouro do bom investidor que teria sido inventada pelo Barão de Rothschild, em 1871, durante o pânico bolsista vivido em Paris: É preciso comprar na baixa e vender na alta. E quando é que uma “baixa” será sufi cientemente baixa? Quando o sangue correr pelas ruas!, terá dito.

A frase tornou-se emblemática da impiedade da febre especulativa e foi atribuída a vários outros milionários como a John D. Rockefeller, numa outra qualquer situação de turbulência, daquelas em que a crise é crise, mas não tanto que não seja proveitosa para alguns.

Não esqueçamos pois, uma outra regra infl exível: quando muitos perdem muito, há sempre alguns que ganham imenso!...

Ao longo das ultimas décadas, a doutrina neoliberal, com teóricos como Milton Friedman e práticas politicas como as de Ronald Reagan, Margaret Thatcher, Cavaco Silva, José Maria Aznar, Blair, George W Bush e outros, procurou instaurar o “funcionamento do mercado” como princípio condutor de toda a economia,

menosprezando ou eliminando o papel regulador do Estado e a prática de políticas de carácter social.

É nesse contexto que podemos inserir critérios e práticas do seguinte teor:

• Financiarização da esmagadora maioria das transacções mundiais sem olhar às necessidades das populações, ao trabalho e à economia real, dando prioridade à especulação conduzida por entidades sem rosto;• Privatizações de todas as actividades lucrativas e socialização de todas aquelas que causam prejuízos, em busca de “menos Estado e melhor Estado”, princípio agora escandalosamente trocado pelo recurso a magnânimos fundos desse mesmo Estado, ou seja, dinheiro saído do bolso dos contribuintes.• Desregulamentação de leis laborais, concentração desvairada da riqueza e acentuação de assimetrias; • liberalização e descontrolo dos mercados fi nanceiros e de capitais, baixa de impostos para grandes grupos, criação de offshores e tolerância sem regras para os “paraísos fi scais”, onde os lucros são secretos;• instauração de uma situação internacional baseada na violência e na injustiça com mais de um milhar de milhões de esfomeados e expansão de modelos e práticas anti-ecológicas que põem em risco a própria sobrevivência da humanidade.

Com esta forma de “trabalhar”, a crise era expectável, já que para aí apontavam as acções de alguns gestores bancários pagos em função dos lucros apurados por “contabilistas criativos”, e não por fomentarem o desenvolvimento normal da produção.

Vários são os exemplos de acrobacias

contabilísticas que “justifi cam” a injecções de somas altíssimas nas veias de sistemas bancários que não se têm inibido de dar mostras da maior falta de credibilidade e transparência e de manobras que seriam caricatas se não confi gurassem enormes faltas de honestidade.

Entretanto… ninguém é responsável por tais desmandos.

Há dias um anafado banqueiro lusitano dizia num programa muito chato e comprido que “agora não estamos em altura de fazer acusações ou atribuir culpas”. Como assim, Senhor Banqueiro?

A situação só se alterará se houver mudanças de políticas, se forem abandonadas as teses neo-liberais e se a Europa conseguir uma estratégia concertada e autónoma dos EUA, apostando no crescimento da economia real e de um horizonte de esperança para as novas gerações.

A melhoria alargada das condições de vida de milhões de habitantes agora desamparados será um óptimo estímulo para o desenvolvimento, conforme a mensagem de Muhammad Yunus, prémio Nobel da Paz e paladino do micro crédito.

De promessas espampanantes escritas em papel molhado e ameaças de crises ainda maiores, já temos todos quanto baste.

A CRISE É CRISE, MAS NÃO TANTO QUE NÃO SEJA MAGNÍFICA PARA ALGUNS!...

Editorial

Revista de Informação4

(Carlos Silva)

Atravessamos tempos conturbados em que efeitos de crise numa economia como a dos Estados Unidos tem

refl exos imediatos em todo o globo, levando os mercados internacionais a reagirem de forma tremendamente negativa a tudo o que se tem verifi cado naquele país, sobretudo depois da crise do “subprime”.

A Europa tem-se desdobrado em contactos multilaterais, deixando no entanto transparecer uma clara desunião na assunção de medidas para proteger as economias nacionais, provocando reacções pouco amigáveis entre parceiros de um mesmo projecto de integração económica e monetária que não permite vislumbrar para quando os primeiros passos para uma eventual integração política. Miragem?

Em Portugal os efeitos da crise têm-se refl ectido aos mais variados níveis, provocando ansiedade geral nos trabalhadores, mas também nas empresas. Finalmente surgem apelos à contenção nas retribuições de Administradores e titulares de altos cargos, contestando-se o aproveitamento do exercício de determinadas funções executivas em proveito próprio, quais abutres em redor da presa em difi culdades.

Os sindicatos do sector têm-se mantido atentos e vigilantes ao que se vai dizendo e escrevendo sobre o status actual das empresas do sector fi nanceiro, designadamente os Bancos a actuar no nosso país, pelo efeito perverso que tais crises podem provocar ao nível da segurança e qualidade do emprego.

Se nos tempos em que a economia portuguesa apresentou sinais de pujança

Mensagem do Presidente da Direcção do Sindicato dos Bancários do Centro

[email protected]

e vitalidade os banqueiros se recusaram a distribuir o quinhão dos imensos lucros obtidos pela generalidade dos trabalhadores bancários, estamos a imaginar o cenário que aí vem na próxima sessão negocial para revisão das tabelas salariais para o ano 2009. Aguarda-se por mais um “choradinho”, desta vez bem condimentado com a realidade nua e crua de uma crise económica avassaladora, lembrando em alguns efeitos a Grande Depressão de 1929.

Ao longo dos últimos anos a infl ação prevista fi cou sempre aquém da infl ação verifi cada, mas tal nunca obstou a que as tabelas salariais se mantivessem negociadas num patamar abaixo do que seria exigível, sempre com o argumento do investimento necessário para introdução de novas tecnologias, reforço da capacidade de resposta do sector através da sua modernização, quer de sistemas, quer de fi losofi a empresarial.

E Agora ?

Com muitos agentes económicos a aconselharem prudência no nível dos aumentos salariais – BCE, Banco de Portugal, entre outros – pede-se agora calma aos sindicatos nas suas reivindicações.

Os sindicatos verticais dos bancários sempre tiveram uma postura responsável na sua actuação. Por eles e pelos seus dirigentes e associados passou muita da estratégia que permitiu a estabilidade do sector, sobretudo após o período das privatizações. O clima de diálogo entre os interlocutores sindicais e patronais tem estado sempre presente em todas as negociações, permitindo que a contratação colectiva refl icta esse estado de concertação.

Tal facto, porém, não pode inibir os sindicatos de reclamarem às entidades patronais aquilo que consideram ser justo e equilibrado para os trabalhadores bancários. É isso que nos propômos fazer, tendo como base a proposta da UGT para os aumentos de 2009 e em consonância com os nossos colegas do SBN e do SBSI, agora parceiros na FEBASE.

Assunto marcante para o sector será o eventual acordo Sindicatos/Bancos/Governo sobre a segurança social dos bancários, que permitirá a integração dos novos trabalhadores a admitir na Banca no regime geral de segurança social do Estado. O texto base do acordo inicial entre os Bancos e os sindicatos verticais, que revogará o actual ACT na parte respeitante a esta matéria, exige a assunção de responsabilidades de terceiros que actuam na concorrência sindical de forma desleal, ao terem afi rmado e escrito que os sindicatos verticais fugiram à verdade quando divulgaram as consequências de um acordo que consideram nefasto para os seus destinatários.

Termino com o espírito de confiança nos que desempenham funções de representação de milhares de indivíduos. Devemos ser ambiciosos, mas realistas nos nossos objectivos. O momento que vivemos não nos proibe de reivindicarmos aquilo que entendamos justo e merecido. Até podemos pedir a Lua. Mas aconselha a prudência que sejamos cautelosos, quando poderá estar em causa a estabilidade das empresas que nos pagam o nosso salário ao final de cada mês. E para que a serenidade possa continuar a reinar no nosso sector, que sabemos ser extremamente sensível ao exterior, cabe aos sindicatos serem parte da solução para enfrentar a crise.

Não seremos, certamente, parte do problema.

É de moderado optimismo que os nossos colegas bancários precisam ouvir e sentir de quem os defende e representa.

É isso que esperam do seu Sindicato. E a isso nos comprometemos.

Atravessamos tempos conturbados à escala planetária; Tal facto, porém, não pode inibir [os sindicatos] de reclamarem aquilo que consideram ser justo e equilibrado...

Mensagem do Presidente

Sindicato dos Bancários do Centro 5

No dia onze de Setembro reuniu-se em Coimbra o secretariado da Federação do Sector Financeiro.

A reunião teve por fi nalidade estabelecer algumas regras e deliberar

sobre medidas de carácter orgânico e regulamentar da FEBASE, no sentido de desenvolver com a maior celeridade o projecto a que se propôs, consubstanciado no velho desiderato de décadas dos sindicatos verticais do sector bancário.

No prosseguimento da campanha de sindicalização feita junto dos trabalhadores do BANIF, continuaram as visitas às agências com resultados extremamente positivos. A acção teve início

no Distrito de Leiria, decorrendo agora no Distrito de Coimbra.

Apesar da natural erosão que sempre se verifi ca, quer por causas naturais, quer contratuais, assim como a concorrência de outros sindicatos, a verdade é que o trabalho de proximidade tem permitido o continuo aumento de associados.

Quanto aos mais novos, constrangidos pela precariedade dos

contratos e também por algum desencanto em relação à classe política e sindicaL, tem sido tarefa prioritária tentar conquistar a sua confi ança, apresentando-lhes razões que os levem a sindicalizar-se, tais como: • promoção da defesa de um Contrato de Trabalho; • usufruto da assistência sindical, jurídica e judiciária; • acesso a assistência médica em instalações dos SAMS; • comparticipação na assistência medicamentosa e na despesa em meios auxiliares de diagnóstico;• usufruto de protocolos e convenções;• possibilidade de acesso a cursos de formação.

REUNIÃO DO SECRETARIADO DA FEBASE

Sindicalização

CAMPANHA GERAL DE SENSIBILIZAÇÃO

Sindical

Revista de Informação6

A UGT e a CGTP decidiram associar-se à jornada mundial convocada pela Confederação Sindical Internacional (CSI) e apoiada pela Organização Internacional do Trabalho

(OIT) tendo participado em iniciativas de rua, no passado dia 7 de Outubro, em defesa do «Trabalho Digno», chamando a atenção para os problemas laborais.

Esta iniciativa internacional envolveu acções em vários países e abrangeu muitos sectores de actividade, nomeadamente uma manifestação em Paris.

As duas centrais sindicais portuguesas aderiram à iniciativa internacional de forma diferente e em separado, mas com o mesmo objectivo: promover e divulgar o conceito de trabalho digno.

A UGT promoveu a recolha de assinaturas em defesa de «Trabalho digno, Vida digna» em diferentes locais, tendo as mesas de Coimbra e Leiria sido orientadas pelos sindicalistas bancários do nosso Sindicato.

«Agir para melhorar as condições de vida e de trabalho» foi o lema da UGT, na defesa do crescimento dos salários e pensões, do emprego de qualidade e da redução da pobreza e das desigualdades.

A CGTP por considerar que «a abordagem do trabalho digno é indissociável das posições defi nidas no Programa de Acção e Carta Reivindicativa, aprovados no seu 11º congresso, reafi rmou a necessidade de crescimento real dos salários, a mudança do modelo de desenvolvimento do país e uma nova visão para o futuro do sector produtivo».

JORNADA MUNDIAL PELO TRABALHO DIGNO

Agradecemos aos colega Salgado Tanoeiro a remessa do seus “Novos Contos Medievais”, livro de contos de bancário reformado, como ele próprio os designa e que se encontra disponível para todos os interessados em preço especial de lançamento na

“Papelaria Geitoso”, na Avenida Fernão de Magalhães, 446, em Coimbra.

A obra tem prefácio e ilustrações do artista Santana Alho.

Publicações

SALGADO TANOEIRO — NOVOS CONTOS MEDIEVAIS

Sindical

Sindicato dos Bancários do Centro 7

DELEGAÇÃO DE BANCÁRIOS DA GRÉCIA VISITA SBC

Uma delegação da OTOE – Sindicato dos Bancários da Grécia – visitou o SBC na passada segunda-feira dia 6 de Outubro, no âmbito de um projecto de parceria instituído entre ambas

as organizações, com o apoio da Comissão Europeia através da Direcção Geral do Emprego e Assuntos Sociais. A delegação de 4 elementos era liderada por Stavros Koukos, Presidente da Direcção e incluía o Secretário-Geral e a Directora de Recursos Humanos da OTOE, para além do responsável do Instituto de Estudos e Fornação Sindical, Aristotelis Lakkas.

A reunião de trabalho contou com a presença dos Corpos Gerentes do SBC, para além do Director da Revista de Informação, de elementos do Departamento de Tempos Livres e dois elementos do Secretariado Regional de Coimbra, e ainda com António Monteiro, dos Serviços de Apoio do SBC.

O projecto DIALOGO’S, em que os dois sindicatos são parceiros, inclui também a UGT espanhola, a FABI de Itália, o MUBE de Malta, o ETYK de Chipre, a FSU da Dinamarca, a UBB da Bulgária e a FSAB da Roménia.

O seu objectivo é analisar e caracterizar as melhores práticas

seguidas em cada país e por cada sindicato na negociação colectiva, como forma de se obterem conhecimentos que permitam agilizar os mecanismos de Diálogo Social nos países da Europa de Leste recém-admitidos na União Europeia, melhorando de igual forma idênticos mecanismos ao nível nacional de cada participante.

Foram apresentados diversos quadros, devidamente explicados pelos nossos colegas visitantes, sobre a actual situação em cada país que integra o Projecto, sem descurar uma breve discussão sobre o momento actual da economia europeia e mundial agravada pela crise fi nanceira, que criou o pànico nas bolsas e tem provocado enormes dores de cabeça em todos quantos intervêm neste processo, designadamente os sindicatos do sector, pela necessidade de defenderem os trabalhadores da exposição e ansiedade a que têm estado sujeitos durante esta grave crise.

A troca de informações e experiências servem como base para reforçar a unidade entre as nossas organizações, importando reforçá-la e estendê-la a todos os nossos parceiros, como forma de evidenciar as necessárias atenções que criem respostas concertadas ao nível europeu, sobretudo através das organizações sindicais em que estamos fi liados – a UNI-Europa, a CES e a CSI.

Sindical

Revista de Informação8

O SAMS tem como missão a prestação de cuidados de saúde tanto na vertente curativa, como na preventiva.

Pretende-se que seja efi ciente, o que em saúde se estabelece pela relação entre a qualidade dos serviços clínicos oferecidos e os seus custos. Todos temos a noção que em saúde as disponibilidades fi nanceiras não são inesgotáveis, mas as necessidades são cada vez mais onerosas devido à evolução das tecnologias e à necessidade do médico recorrer a todos os meios para melhor tratar o doente.

O objectivo principal dos SAMS é que os benefi ciários que careçam de assistência recebam os melhores e mais adequados tratamentos para solucionar as suas situações clínicas, mas com controlo dos custos, para que estes não se tornem incomportáveis e inviabilizem a subsistência do sistema de saúde.

Os Postos Clínicos dos SAMS são locais privilegiados para que os cuidados de saúde a prestar aos benefi ciários sejam efi cientes, com qualidade e controlo de custos, pois funcionam como unidades de ambulatório, alguns com quase todas as especialidades médicas. Deste modo, permitem ao médico um maior conhecimento do passado e do presente clínico dos benefi ciários que a eles recorrem, disponde de meios de qualidade com custos controlados.

Como Coordenador dos SAMS quero expressar o meu agradecimento aos benefi ciários que recorrem aos Postos Clínicos, sem os quais estes não teriam razão de existir, bem como aos colaboradores e prestadores de serviços que aí trabalham com dedicação e profi ssionalismo.

A Missão Do SAMS

Aníbal Ribeiro

Colabore com o SAMS sempre que remeta documentação para efeitos de reembolso de despesas de saúde. Evite as devoluções.

Considere: que os documentos, enviados dentro do prazo de validade, devem ser originais (recibos numerados, datados e assinados); que os recibos devem corresponder às despesas efectuadas e estão acompanhados das respectivas prescrições médicas;

Considere ainda: os casos necessitados de autorização prévia dos

SAMS, se estão sujeitos a limites temporais ou excluídos do sistema de saúde de que é benefi ciário.

Para as despesas efectuadas no âmbito da complementaridade, observe todas as regras no Regulamento do SAMS.

Esclareça qualquer dúvida chamando o nº 239854880/Sector de Comparticipações Directas, ou através do endereço:[email protected] .

REEMBOLSO DE DESPESAS DE SAÚDE

VISITE:

www.sibace.pt

SAMS

Sindicato dos Bancários do Centro 9

Quanto Está A Custar Aos Trabalhadores A Crise Dos “Financeiros”?

António Tejo

Escrever um comentário sobre as crises fi nanceiras é agora cada vez mais fácil, dada a monumental evidência dos escândalos e a incomodidade política de parecer conivente

com tal estado de coisas.

Até fi guras políticas do mais alto-relevo (presidentes, políticos de origens diversas e até dirigentes sindicais) aparecem agora com uma linguagem abertamente crítica, dizendo aquilo que parece bem mas toda a gente já sabe. Isto apesar de algumas dessas fi guras terem sido responsáveis directos pelo estado de coisas que nos trouxe este modelo de sociedade.

Uma ou duas gerações de jornalismo de conveniência dirigida por interesses ligados ao capital fi nanceiro ou gente ao seu serviço, têm contribuído activamente para a instauração da actual “crise”, pela sacralização de ideias feitas nunca sujeitas a escrutínio democrático, confrontação de pontos de vista, etc.

Uma ponte pode bem custar milhões para além do preço orçamentado e o dinheiro sai como por encanto da bolsa do contribuinte, sem que nada seja dito nem ninguém seja responsável.

Ali a dois passos, uma dúzia ou duas de empresas sufocadas pela insolvência (seja qual for a causa) lançam milhares de trabalhadores no desemprego, com todos os custos sociais inerentes. Neste caso a recusa de apoios é sistemática (mesmo que haja mercado e o produto tenha interesse) porque foge à lógica do “sistema” que é socialmente cruel e economicamente estúpido. As pessoas passam a viver nas margens do desconforto, o mercado interno debilita-se e depois:— Ai! Ai! que ninguém compra, Ai! Ai! que se gastam milhões em subsídios de desemprego. Ai! Ai! que cresce a marginalidade e o desespero.

Os vinte mil milhões são para “ajudar” quem?

Portugal também tem milhares de milhões para “dar liquidez” à banca.

A medida é tomada com rapidez fulminante, embora sejam muitas as questões que se colocam.

Porque é que não tem havido, desde há trinta anos a esta parte, a mesma rapidez de refl exos para apoiar quem trabalha e produz riqueza, na salvaguarda dos equilíbrios desejáveis para o nosso sistema produtivo?

Há quem diga que é necessário “menos estado e melhor estado”. Eu

afi rmo: menos propaganda, mais trabalho e… melhor governo!...

A desigualdade de critérios acima referida (entre muitas) não é de agora, não afl ige apenas o nosso país e é a verdadeira razão duma escalada cada vez mais grave de violências e injustiças.

De parte de cidadãos espoliados das suas economias de toda a vida, até da riquíssima América se ouve agora o rufar dos tambores da impaciência.

Lá como cá os homens que mandam neste mundo são uma casta à parte, sustentam o seu prestígio à base da riqueza produzida por trabalhadores mal pagos e não respondem perante ninguém no exercício das suas funções. Os ministros vão e vêm. Eles nunca saem de onde estão.

A forma como vão ser administrados os milhares de milhões saídos dos impostos dos portugueses não inspira confi ança alguma. Para fundamentar as nossas dúvidas basta ver como foi tratado o caso BCP, recentemente ocorrido com todo o seu caudal de contradições e impunidades, os seus milhões e “off shores” à vista.

Como na América, também entre nós as “entidades reguladores” só viram o que quiseram, quando e como lhes apeteceu.

Por este andar e com estas regras, as crises que há muito se repetem, não vão fi car por aqui. Que democracia é esta na qual todos os cidadãos são iguais, mas há uns poucos que mandam tudo e outros que só sofrem as consequências?

Entre Nós

Revista de Informação10

Um Milhão De Dólares Para Gastar Por Dia, À Nossa Vontadinha, Durante Cerca De Dois Mil Anos!...

Pedro Malta

Os desastres económico-fi nanceiros que envolvem o mundo em pessimismo, raramente são apresentados de forma clara de modo que entendamos o porquê das coisas.

Certo é que não se trata da produção concreta de bens consumíveis e de distribuição do trabalho, essa coisa preciosa para milhões de famílias que essa mesma “crise” ameaça muito mais do que protege.

Tal crise é feita de letras e números que desfi lam nos vídeos das centrais fi nanceiras, títulos e hipotecas de títulos, bens futuros, índices que umas vezes ameaçam subir e outras ameaçam baixar, activos assim e activos assado, um inferno de abstracções.

A falta de pluralismo e a mistifi cação geral

Os noticiaristas deixam sempre a pairar (com um inexplicável sorriso) que isto não fi ca assim, vai piorar ainda mais. Tais comentadores das duas uma: ou não sabem, ou não querem dizer.

É claro que quem fala das coisas está cativo de quem manda (e de quem paga), sendo portanto eco da “voz do seu dono”.

Preferível é, para quem possa, ver e ouvir notícias oriundas de outros países onde uma certa clareza e sentido crítico ainda estão em curso, ou dar uma volta pela internet e ler outras coisas desalinhadas da “corrente principal”.

Há vários grandes jornais de referência que dão oportunidade às pessoas para se pronunciarem em comentário aberto, o que frequentemente tem tanto interesse como a própria notícia.

Num desses comentários achei muita graça a uma forma de explicar o primeiro montante que vai ser “concedido” pelo governo de George Bush aos banqueiros americanos. Montante esse oriundo, já se vê, da bolsa generosa dos cada vez mais nervosos contribuintes.

Se uma pessoa tivesse saúde para resistir a dois mil e oito anos de vida (desde o momento em que Jesus Cristo terá nascido) gastando UM MILHÃO DE DÓLARES POR DIA, teria consumido apenas uns tostõezitos a mais que os célebres setecentos mil milhões que tanta falta fazem aos senhores banqueiros para salvarem a humanidade das suas mazelas fi nanceiras.

À primeira vista faz uma certa confusão e nem dá para acreditar. Fazendo as contas: 2008 anos vezes 365 dias dá: 732 920, está certo!

O que sobra da conta certa, que ninguém se preocupe: fi guras

“competentes” já vieram dizer que o “pacote de ajuda a banqueiros desvalidos” não vai chegar, porque o “buraco” é muitíssimo maior.

O Daily Telegraph de Londres, jornal reconhecidamente conservador, colocou a totalidade dos descalabros fi nanceiros da actualidade num número cujo signifi cado está para além do entendimento: um 2 seguido de 12 (doze!) zeros. Isto em libras, é claro.

Os portugueses também estão “prontos para ajudar”

Recente também é a decisão do governo português se comprometer avalizar 20 mil milhões de euros de operações de fi nanciamento dos bancos “para garantir a liquidez e estimular a actividade económica”.

Que é feito do triunfalismo dos milhões de lucro dos bancos de todos estes anos? Onde é que param os fundos de reserva e em que buraco sem fundo caíram os dividendos, cuja maioria nem sequer pagou impostos?

O que fazia falta era um comentador honesto que explicasse como é que vai ser governada essa “liquidez” e que parte dela é que vai fi car retida nos buracos da engrenagem para réditos principescos dos competentes do costume, cuja sabedoria dá muito bem para amontoar fortunas, mas não evita nódoas negras à maioria que só sabe da crise porque sofre os seus efeitos.

Este Nosso Mundo

Sindicato dos Bancários do Centro 11

Seminário

UGT 30 ANOS DEPOIS

A União Geral de Trabalhadores surge face à intransigência ideológica imposta por uma maioria de dirigentes da única central sindical então existente. Alguns sindicalistas, para

quem a liberdade de pensamento e de acção não era passível de unanimismo, fundaram assim a UGT, que comemora nos dias 27 e 28 de Outubro trinta anos.

Foi em Outubro de 1978 e era o sinal de uma nova forma de exercer a liberdade sindical, da unidade na acção. Foram tempos difíceis.

Apesar de não ter tido, ao longo do seu trajecto, vida fácil, hoje, trinta anos volvidos sobre aquela data, a UGT encara o presente com apego e o futuro com determinação. Respeitada nacional e internacionalmente como parceiro social, está nos dias de hoje envolvida em numerosas lutas, quer no que diz respeito aos justos e legítimos direitos e interesses dos trabalhadores portugueses, quer em parceria com as centrais sindicais de todo o mundo, no contributo para a construção de uma nova ordem social.

Contribuindo para a comemoração deste acontecimento o Sindicato dos Bancários do Centro vai organizar um Seminário subordinado ao tema “UGT – 30 Anos depois”, que irá ter lugar no dia 12 de Novembro de 2008, em Coimbra, no Hotel D. Luis, a partir das 14h30.

Estarão presentes o Engº João Proença, Secretário-Geral da UGT, e os convidados Dr. Almeida Henriques, Deputado do PSD e

Presidente do Conselho Empresarial do Centro, o Prof. Dr. António Monteiro Fernandes, professor do ISCTE, especialista em Direito do Trabalho e ex-Presidente da Comissão do Livro Branco das Relações Laborais, o Engº. Henrique Neto, Empresário, o Prof. Dr. Jorge Leite, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, também especialista em Direito do Trabalho e o Dr. Vitor Batista, Deputado e Vereador da Camara Municipal e Coimbra, que formarão o painel orador.

A abertura dos trabalhos estará a cargo do Presidente do nosso Sindicato, que será o moderador, a que seguirá o Senhor Governador Civil do distrito de Coimbra que dirigirá aos presentes algumas palavras de circunstância.

Após uma breve introdução histórica da vida da Central Sindical pelo Engº. João Proença, iniciár-se-á um debate com a participação das entidades referidas, às quais dois jornalistas dos Jornais “Diário as Beiras” e “ Diário de Coimbra”, no sentido de o tornar dinâmico, porão diferentes questões, designadamente sobre o papel da UGT na história recente do Portugal democrático, o seu percurso, a sua implantação junto dos trabalhadores, as suas posições político-sindicais e o seu contributo para a consolidação do regime democrático.

A Direcção do Sindicato convida todos os associados que o pretendam, a estarem presentes, pelo que a seguir se indica o respectivo programa.

Programa

14h30 — Abertura: Seminário • Dr. Carlos Silva, Presidente do Sindicato dos Bancários do Centro • Dr. Henrique Fernandes, Governador Civil do Distrito de Coimbra

“UGT 30 Anos Depois” • Eng. João Proença, Secretário Geral da UGT

Debate com a intervenção de dois Jornalistas dos Jornais “Diário As Beiras” e “Diário de Coimbra”, com os convidados:

• Dr. António Almeida Henriques, Deputado e Presidente da Con. Emp. Centro; • Prof. Dr. António Monteiro Fernandes, Prof. Universitário; • Eng. Henrique Neto, Empresário; • Prof. Dr. Jorge Leite, Prof. Universitário; • Dr. Vitor Batista, Deputado e Vereador da Câmara Municipal de Coimbra;

Moderador: Dr. Carlos Silva

18h00 — Sessão de Encerramento Presidente da Comissão Parlamentar de Trabalho Membro do Governo “a confi rmar”

12 De Novembro, 14h30

HOTEL DOM LUÍS — COIMBRA

SBC /Acções e Participações

Revista de Informação12

Conferência Sobre “Poupança”, No Centro De Artes E Espectáculos Da Figueira Da Foz

“O SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS ESTÁ BASTANTE SÓLIDO”, AFIRMOU RICARDO SALGADO

Após ter estado reunida com os diversos órgãos da Direcção Regional de Coimbra, a Comissão Executiva do Banco Espírito Santo, realizou, dia 08 de Outubro, no Centro de Artes e

Espectáculos da Figueira da Foz, uma conferência subordinada ao tema da “Poupança”, na qual participaram Nuno David, Francisco Santos e Pedro Arbués.

Seguiu-se uma intervenção do Presidente da Comissão Executiva, Ricardo Espírito Santo Salgado, que fez uma explanação sobre a actual crise fi nanceira, referindo a solidez do sistema bancário português, em geral, e do BES, em particular, pedindo calma e serenidade no aguardar da evolução desta situação num sentido mais favorável.

Recordou ter o nosso governo, bem como os países europeus, de uma forma generalizada, garantido as poupanças dos depositantes, o que considerou ser uma medida bastante importante no sentido

da melhoria da confi ança e da estabilidade em algumas situações eventualmente menos confortáveis.

Quanto à estrutura fi nanceira que lidera sublinhou que “o BES existe há mais de 140 anos e já passou, na sua história, por períodos tão conturbados como este”, referindo ainda ter a sua construção assentado em valores éticos e de rigor, o que é uma vantagem competitiva para enfrentar um futuro pleno de desafi os.

Aliás, já este ano, um comunicado da Associação Portuguesa de Bancos revelava que o «BES passa ao lado da crise fi nanceira e fecha 2007 com aumento de 44 por cento nos lucros».

A reunião contou com a presença de cerca de meio milhar de colaboradores, clientes e convidados, ente os quais uma representação do nosso Sindicato, composta por Mário Figueira, João Paulo Pratas e Luis Ardérius.

SBC /Acções e Participações

Sindicato dos Bancários do Centro 13

Colóquio Internacional “O Futuro Da Europa”

PELO MODELO SOCIAL EUROPEU, POR UMA ACÇÃO POLÍTICA INTERNACIONAL COERENTE

Soares Diz Que Cenário Da Ue “É Dramático”

Mário Soares em mais um fórum, como também tem feito em vários órgãos de comunicação levantou, mais uma vez, a sua voz contra o embuste do neo-liberalismo.

Promovido e organizado pelas Fundações Friedrich Ebert, Mário Soares e Res Publica, realizou-se no dia 22 de Setembro, em Lisboa, no auditório António Gomes Motta, que se encontrava completamente cheio, o colóquio “O Futuro da Europa”.

Falando na abertura como também tem feito em vários órgãos de comunicação Mário Soares levantou mais uma vez a sua voz contra o embuste do neo-liberalismo, insistindo na necessidade de uma estratégia concertada, mas autónoma, em relação aos Estados Unidos.

Considerou estranho que “ num momento de crise global de múltiplas vertentes – fi nanceira, económica, energética, alimentar, ambiental e moral (ou de civilização) – as principais famílias políticas europeias, estejam sem ideias capazes de mobilizar o entusiasmo dos cidadãos europeus e dramático que a União Europeia esteja paralisada e sem estratégia, vendo mesmo que “a maioria dos dirigentes europeus continua num estado de apatia e subserviência em relação à Administração Bush”.

Mário Soares defendeu ainda a necessidade do Tratado de Lisboa avançar, nem que para tal “os dirigentes europeus devam mudar o sistema institucional de modo que os estados que querem prosseguir a construção europeia não sejam travados pelos que não querem”. Relativamente à Nato, Mário Soares foi também muito cáustico

considerando-a como “um braço armado dos americanos”. Anke Fuchs, da Fundação Friedrich Ebert, defendeu a necessidade de uma política externa e de defesa comum na União Europeia, bem como em matéria de abastecimento energético. Referiu ainda a sua apreensão pelo facto de se verifi car um crescente porte belicista para a resolução dos problemas.

António Vitorino defendeu como essencial para a UE a rápida aprovação do Tratado de Lisboa e que a Europa “responda aos fenómenos que causam insegurança aos cidadãos, como seja o envelhecimento, o desemprego e as novas ameaças à paz”.

Na sua perspectiva a actual crise fi nanceira mundial “pode ser encarada como uma oportunidade, tendo em vista o reforço do sistema de vigilância face às instituições fi nanceiras e uma maior coordenação das políticas económicas dos diferentes estados-membros, sustentando também a defesa da existência de traços distintivos na política europeia, fi éis aos princípios da coesão social e da solidariedade, “valores não estão em saldo ou em vias de liquidação”.

O ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, considerou ser indispensável que a UE repense o seu conceito de segurança em função dos novos países emergentes, como a Rússia, e das novas ameaças.

A encerrar, Augusto Santos Silva defendeu um projecto de intercâmbio de jovens profi ssionais europeus, à semelhança do programa Erasmus, como forma de melhorar a ligação dos cidadãos à UE.

O SBC fez-se representar por Francisco Carapinha e Luís Filipe Ardérius.

Internacional

Revista de Informação14

INGLÊS II

Acabar Com A Especulação Financeira

A CONFEDERAÇÃO EUROPEIA DE SINDICATOS EXIGE MEDIDAS CONCRETAS

Na sequência do calendário previamente estabelecido pelo Departamento de Formação estão a decorrer os cursos organizados pelo Gabinete de Organização e Métodos do Sindicato e apoio

dos Secretariados das Secções Regionais, em Coimbra, na Rua Lourenço

Almeida Azevedo; em Viseu na Escola Superior Tecnológica e em Leiria nas instalações da Know-How Consultores.

O Horário é pós-laboral, das 18h00 às 21h00 e a duração de 50 horas

No fi nal do passado mês de Setembro decorreu em Londres a Universidade de Verão da Confederação Europeia de Sindicatos (CES), tendo os dirigentes presentes analisado a crise que

devasta o sistema fi nanceiro mundial e apresentado medidas fi rmes para que situações análogas não se voltem a repetir.

No quadro daquela Universidade os líderes dos sindicatos europeus adoptaram uma declaração comum sobre a crise do capitalismo fi nanceiro - Declaração de Londres - na qual apelam à justiça e à actuação determinada que lhe ponha cobro.

Segundo a CES, devem ser tomadas medidas efi cazes para que a economia real continue a benefi ciar de capital para investir e pôr fi m à especulação desmesurada, sendo necessário que a injecção de dinheiro público na economia seja acompanhada de um controlo público e, ao mesmo tempo, melhorada a regulamentação dos mercados fi nanceiros.

A “Declaração de Londres” foi enviada ao governador do Banco Central Europeu, ao presidente da Comissão Europeia, ao comissário dos Assuntos Económicos e aos ministros das Finanças dos Estados-membros.

Encontra-se também a decorrer o Curso de Pintura, às terças e quinta-feiras das 17h00 às 19h00, nas instalações do SBC na Rua Lourenço Almeida Azevedo, e que se estendem até

a Junho de 2009. Relembram-se os eventuais interessados em frequentar

acções de formação para o próximo ano, que devem preencher o boletim de inscrição do Plano de Formação

previsto para 2009, o qual foi enviado por correio em Julho, mas que também se encontra disponível no site www.sibace.pt

PINTURA PARA O PRÓXIMO ANO

Internacional

Formação

Sindicato dos Bancários do Centro 15

Olivença é um município historicamente disputado por Portugal e Espanha. Actualmente está integrada

na província espanhola de Badajoz, comunidade da Estremadura espanhola. A administração e soberania espanhola de Olivença e territórios adjacentes não são reconhecidas por Portugal, estando a fronteira por delimitar nessa zona. O Tratado de Alcanizes, de 1297, estabelecia Olivença como parte de Portugal. No entanto, em 1801, através do Tratado de Badajoz, denunciado em 1808 por Portugal, o território foi anexado a Espanha.

Em 1817 a Espanha reconheceu a soberania portuguesa subscrevendo o Congresso de Viena de 1815, comprometendo-se à retro cessão do território o mais prontamente possível.

Olivença está situada na margem esquerda do Rio Guadiana, distando 23 km da cidade de Elvas e 24 km de Badajoz. O território é de forma triangular, com dois dos seus vértices no rio Guadiana. O município de Olivença inclui hoje duas vilas e quatro aldeias: S. Francisco e S. Rafael (vilas); e Vila Real, São Domingos de Gusmão, S. Bento da Contenda e São Jorge da Lor (aldeias). N. Sª da Assunção da Talega ou Táliga outra povoação do antigo território de Olivença, é

actualmente município. A área do concelho oliventino é de 430 km².

Para que o silêncio português não fosse entendido como reconhecimento tácito da ocupação espanhola, a diplomacia de Portugal tem lembrado à Espanha, periodicamente, os direitos portugueses.

Não vimos em Olivenza sinais dolorosos de uma saudade portuguesa. A gentileza sim, marca feliz de uma convivência entre dois povos que se anima ao longo de toda a fronteira entre os dois países. Oxalá fosse esse o modelo noutras paragens onde as fronteiras não são sinal de vizinhança cordial e onde entradas e saídas são manchadas pelo ódio de confl itos adversos.

Uma coisa nos entrou no coração em Olivença. Numa parede cuidadosamente branca e limpa abre-se um esplêndido portal manuelino, eco de todas aquelas coisas que fi zeram deste país aquilo que é no mito, no sonho e na esperança. Ali estão, cuidadosamente conservados os nossos símbolos mais encarecidos, desde o escudo à esfera armilar, desde a sugestão da brisa do mar à sugestão feliz de braços que se estendem como mastros de caravelas.

E também ali no chão a cuidadosa e expressiva mancha da “calçadinha portuguesa”, sinal de presença que não é modesta, ainda que se pise aos pés, e marca inconfundível dum labor sensível que tem a dignidade limpa das coisas mais autênticas.

Olivença – A Pérola (Que Não Está) Perdida

Carlos Silva

Departamento de Tempos Livres — Viagens

Revista de Informação16

Como tem sido rotina no nosso Sindicato, mais uma actividade do Departamento de Tempos Livres teve lugar no passado fi m-

de-semana de 6 e 7 de Setembro, possibilitando a quase seis dezenas de sócios e familiares do SBC visitarem uma jóia histórica e arquitectónica existente no Alentejo, mais concretamente na actual província de Badajoz (lado espanhol) e no fl anco do distrito de Portalegre, ali bem perto da cidade de Elvas – a nunca abdicada Olivença, que teimosamente insiste em manter um diferendo diplomático entre os dois Estados Ibéricos desde o início do séx, XIX.

Depois da partida do autocarro de Coimbra, com passagem por Leiria, os nossos convivas alcançaram Estremoz a meio da manhã, encontrando-se com o nosso Guia turístico – Dr. Carlos Luna - membro do Grupo Amigos de Olivença, que nos acompanhou na Visita a esta cidade, actualmente sob ocupação e administração espanhola, mas tão portuguesa no seu casario, na sua cultura e religiosidade, nos seus monumentos e na sua toponímia.

Chegados a Olivença, iniciámos de imediato um percurso pedreste por entre o seu casario, visitando algumas das suas jóias monumentais, tal como a Igreja de Santa Maria Madalena, antiga sede do bispado de Ceuta, mandada edifi car por Frei Henrique de Coimbra, companheiro de Álvares Cabral na viagem ao Brasil, que mantém intactas as insígnias reais de D. Manuel I de Portugal no seu seio, verdadeira obra de arte do estilo manuelino, com contributos importantes

atribuídos a Nicolau de Chanterenne, a Diogo e a Francisco de Arruda, entre outros.

Registámos também a visita a Santa Maria do Castelo, com um belíssimo retábulo, intensamente admirado pelos visitantes, ao Convento das Clarissas e ainda ao Castelo, com a sua Torre de Menagem medieval, mandada construir por D. Afonso IV de Portugal, contendo no seu interior um museu etnográfi co muito bem composto e preservado.

Aproveitámos para visitar São Jorge de Alôr, a maior freguesia de Olivença, a cerca de 5 kms, que impressiona pelas monumentais chaminés das suas casas de arquitectura tipicamente popular portuguesa.

Nessa noite cada um dos participantes aproveitou para percorrer a pé o centro da cidade e disfrutar do convívio com as gentes ali residentes e conhecer a cultura popular oliventina, sobretudo porque era sábado à noite, quando os espanhóis celebram as suas “fi estas”.

Domingo foi dia de passeio e visita a Badajoz e, claro, de compras. O almoço foi servido junto às muralhas de Elvas, onde a ocasião de se festejar mais um aniversário de um dos nossos participantes foi aproveitada para o apagar das velas e a prova do bolo.

Eram 15h00 quando chegámos a Vila Viçosa e demos início a uma segunda fase cultural da nossa Viagem, que incluiu o Paço dos Duques

de Bragança, com visita guiada. Após o que nos dirigimos a Borba para retemperar as forças com um lanche servido numa tasquinha regional que a todos encantou, não só pelo serviço, mas pelo ambiente que ali se viveu.

Foi em ambiente de festa que regressámos às nossas casas, com a convicção de se ter realizado uma das mais simpáticas e divertidas Viagens do SBC.

Visita ao encontro da História

Departamento de Tempos Livres — Viagens

Sindicato dos Bancários do Centro 17

XXX Final Nacional Interbancária De Pesca De RioTítulo De Pesca De Rio Ficou No Norte

António Augusto Carvalho, do BPN de Celorico de Basto e a equipa da CGD Norte, da qual fez parte, foram os vencedores da XXX Final Nacional de Pesca de Rio, disputada em Cavez,

Arco de Baúlhe, considerada a capital da pesca desportiva de rio, no passado dia 14 de Setembro.

Com os pescadores distribuídos por quatro zonas, ao longo da excelente pista de Cavez, junto de Cabeceiras de Basto e com a participação de 52 Colegas do SBSI, 20, do SBN e 11 do SB, Augusto Carvalho sagrou-se campeão nacional interbancário com 3,760 kg.

De realçar, mais uma vez, o agradável convívio ocorrido entre os associados dos três Sindicatos (Norte, Centro e Sul e Ilhas) e o bom comportamento dos nossos atletas, cuja prestação foi deveras meritória quer a nível desportivo quer de “fair play”, sendo de destacar o 5.º lugar de Carlos Faria Cunha da equipa “Os Pardalitos”, na Zona A e as prestações de José António Brito, Armando Oliveira Veiga, António Cascão, Manuel Santos Luís, Fernando Tomás Luis, João Agostinho, Manuel Barqueiro, José Costa Pinto e Rui Nunes.

Na cerimónia de encerramento deste campeonato usou da palavra Francisco Matias em nome da Comissão Organizadora, tendo felicitado todos os concorrentes e enaltecido o companheirismo e desportivismo manifestado.

De seguida tomou a palavra o presidente do SBN, Francisco Mourão, o qual manifestou enorme satisfação pelo elevado número de participantes, concentrados na sua área sindical, para disputar esta fi nal nacional interbancária.

Referiu depois os passos que estão a ser dados para a consolidação da recém-criada FEBASE – Federação do Sector Financeiro, manifestando esperança de que, em breve, possa começar a distinguir-se como um grande parceiro social. Concluiu formulando votos para que o XXXI campeonato seja disputado já sob a égide da Febase.

A Comissão Organizadora, em nome do SBC, integrou os Colegas Francisco Carapinha, António Guiné e Manuel Borges.

O Secretariado de Viseu, levou a efeito no passado dia 20 de Setembro, na Barragem da Aguiera, na pista de Oveiro, o 2º Convívio de Pesca de 2008.

De destacar novamente a presença numerosa de associados e familiares que, contrariamente ao que ocorreu no primeiro convívio da época, puderam desfrutar de agradáveis condições atmosféricas.

A pescaria foi razoável e o convívio melhor ainda. Como é da praxe, após a pesagem do peixe para atribuição da classifi cação, teve lugar almoço que foi servido a todos no “Típico” de Santa Comba Dão. A jornada terminou com a distribuição de lembranças e prémios pelos elementos do Secretariado de Viseu, Manuel António e Couto Ribeiro e pelo colega João Antunes da Direcção, que enalteceram o espírito desportivo e a camaradagem vivida pelos dos presentes.

Secretariado De ViseuII Convívio De Pesca De 2008

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Revista de Informação18

Pesca De Alto Mar — NazaréVIII Prova de Pesca de Alto Mar

Realizou-se em 4 de Outubro, ao largo da Nazaré, a VIII Prova de pesca de Alto Mar, Final Regional de apuramento paro o Campeonato Nacional Interbancário, a realizar em 25 e 26 de

Abril de 2009, na Póvoa de Varzim.

Com o dia bom e o mar propício para a prática desta modalidade e em excelente ambiente de camaradagem, o barco zarpou do porto da Nazaré às 7 horas, tendo regressado pela uma da tarde.

Logo após a atracagem procedeu-se à pesagem do peixe capturado, o que ordenou os concorrentes como adiante se indica: 1º Pedro Veiga (BPI) 4,250 kg; 2º José Sacramento (Milbcp) 3,800 kg; 3º Rui

Nunes (BPI) 3.100 kg; 4º João Veiga (Milbcp) 2,900 kg; 5º Angelo Palrilha (Sant Totta) 2,420 kg; 6º Joaquim Soares (MG) 1,960; 7ºRui Cruz (BPI) 1,620 e 8º Eduardo Ascenso (BPI) 1,560 kg.

Seguiu-se o tradicional almoço, servido no restaurante “Ti Adélia” na Nazaré, e a distribuição de prémios, tendo o Colega António Guiné, do DTL, agradecido a presença de todos os Colegas e enaltecido o espírito alegre e desportivo manifestado por todos.

Os quatro primeiros classifi cados participarão na fi nal nacional acima referida.

O Grupo Desportivo do BES realizou no dia 5 de Outubro uma nova edição dos seus Jogos Tradicionais. O No Hotel da Urgeiriça, em Canas de Senhorim, zona de raros encantos naturais e

termais no sopé da Serra da Estrela, lugar privilegiado rodeado de belos jardins em pleno coração da Beira Alta, estiveram presentes cerca de 160 colegas, familiares e amigos, num excelente ambiente de convívio que muito engrandeceu a iniciativa e que culminou com almoço e cerimónia de gala para a distribuição de prémios.

Como o grande êxito era essencialmente a participação e não a competição, os resultados não podiam se mais positivos.

O SBC, convidado para o efeito, fez-se representar através de António Guiné, do DTL que na entrega de prémios agradeceu o convite e fez entrega de uma simbólica lembrança que a Direcção do Grupo Desportivo do BES, que retribuiu com a oferta de um prato alusivo aos jogos realizados.

Jogos Tradicionais Do Grupo Desportivo Do Banco Espírito Santo

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X Final Nacional Interbancária De Karting

Numa realização conjunta dos DTL do SBC, SBN e SBSI realizou-se em Évora no dia 5 de Outubro, a Final Nacional do X Campeonato Interbancário de Karting.

Apesar do principal objectivo ser o de proporcionar o convívio entre bancários que se dedicam a esta modalidade desportiva, a disputa foi intensa, parecendo alguns, quer pela capacidade evidenciada, quer pela forma empenhada como se apresentaram em pista, verdadeiros pilotos de competição.

As provas foram constituídas por duas mangas de apuramento e uma fi nal, tendo todas quinze minutos de treinos cronometrados e trinta minutos de prova.

A fi nal foi discutida ao milésimo entre João Pedro Faria do SBSI e José Diogo Geraldes do SBN (BST/Porto), acabando nos 1º e 2º lugar respectivamente, apesar de durante a mesma terem ocupado os lugares inversos.

A vitória do Colega João Pedro, embora merecida, foi também possível face ao elevado espírito desportivo de Diogo Geraldes, que por duas vezes em posição de ultrapassagem não a consumou por achar eticamente menos correcta a forma como havia alcançado o posicionamento do seu kart.

Nunca é de mais salientar o clima de civismo, desportivismo e

confraternização com que a prova se desenrolou, apesar da acérrima disputa que caracterizou esta fi nal.

Os representantes do SBC, que tiveram um comportamento meritório, salientaram-se pelo seu total amadorismo, fair play e terem no seu seio as duas únicas concorrentes femininas, Marisa Oliveira e Carla Coimbra.

Na cerimónia de encerramento deste campeonato usou da palavra Vasco Santos em nome da Comissão Organizadora, que felicitou todos os participantes em geral, as duas concorrentes femininas em particular, deu os parabéns ao vencedor e enalteceu o desportivismo de Diogo Geraldes.

De seguida tomou a palavra o presidente do SBSI, Delmiro Carreira, o qual manifestou enorme satisfação pelo elevado número de participantes e a forma como decorreu o evento.

Referiu-se depois, numa breve intervenção político-sindical, à actual crise fi nanceira, culpa de especuladores e dos gestores menos escrupulosos, apelando à solidariedade entre sindicalistas e Sindicatos, relação que importa reforçar nesta fase que se afi gura complexa, no sentido da salvaguarda dos interesses dos bancários, os eternos prejudicados, uma vez que quer o Bancos quer as Administrações já retiraram proventos bastantes.

A Comissão Organizadora, em nome do SBC, integrou os Colegas Francisco Carapinha, e Manuel Borges.

Departamento de Tempos Livres — Desporto

Revista de Informação20

A Área Do Nosso SindicatoSão João Da Pesqueira:Sugestão De Visita E Um Desafi o A Todos Os Colegas

Luís Filipe Ardérius

A Revista de Informação bem gostaria que cada um dos seus números fosse uma nova revelação, uma esclarecida

descoberta dos lugares de que se compõe toda a nossa área sindical. Inauguramos essa proposta de trabalho com um par de resumidas notas a respeito de uma localidade notável, situada na margem Norte da mesma.

A freguesia sede recebeu o mais antigo foral de que há memória. Para além do património edifi cado, São João da Pesqueira prima pelas belíssimas paisagens com os vinhedos como marca dominante. As amendoeiras em fl or alegram os Invernos e o município tem como raiz e identidade o rio Douro. A singularidade das paisagens é completada por povoações pitorescas, encravadas nas encostas, vizinhas dos vinhedos nos socalcos de xisto.

Num artigo da revista VISÃO de Setembro de 2006 – edição histórica comemorativa dos 250 anos da Região demarcada do Douro - assinado por Gaspar Martins Pereira, lemos o seguinte:“…A demarcação e a regulamentação da região e dos seus vinhos, na época pombalina, não surgiram do nada. Vieram coroar a longa tradição vinhateira duriense, que remonta pelo menos à época da romanização, que se de senvolveu na Idade Média, sob o impulso dos mosteiros cistercienses da Beira Douro e que se consolidou, com vocação exportadora,

desde fi nais do século XVII. Ao classifi car, em 2001, o Alto Douro Vinhateiro como Patri mónio da Humanidade, a Unesco assumiu essa continuidade histórica como uma expressão cultural evolutiva e viva, con sagrando o seu valor universal de excepção, uma distinção apenas atribuída, até ao momento, a 830 bens culturais ou naturais em todo o mundo. A paisagem vitícola duriense foi, justamente, reconhecida como um testemunho singular de uma tradição cultural viva, ilustrativa de uma evolução secu lar e resultante da interacção equilibrada entre o homem e o meio natural. Foi nessa relação que se forjou uma região, uma paisagem e uma cultura singulares, formas de pensar, criar, sentir e sonhar, dominadas pela vinha e pelo vinho…”

Iremos sim, por tudo isso, revisitar um dia São João da Pesqueira em busca dos tesouros que ali permanecem escondidos à espera de todo o visitante que, mais que tirar fotografi as e comer bem, queira também estar atento aos sinais íntimos da terra e ao surdo bater dos corações daqueles que nela habitam.

Convite A Todos Os Associados Do Sbc

Se algum colega achar a sugestão de visita que aqui se faz frouxa e incompleta, ela constitui um desafi o a todos os associados

do SBC para que divulguem, por palavras suas, aquilo que acharem por bem dizer das suas próprias terras.

Por e.mail podem enviar-nos os textos e bem assim as fotos a publicar que cada um, com a familiaridade de quem conhece as coisas, poderá fazer como ninguém.

Não se esqueçam de enviar uma foto tipo passe para encimar a vossa colaboração e o nome com que querem assiná-la.

Desejaríamos sobretudo, pelas mais compreensíveis razões, testemunhos e imagens das localidades mais afastadas, cujo património está mais oculto e é desconhecido da maioria.

Os colegas que vivem nas principais cidades vão compreender a nossa preferência e terão como solução participativa falar das suas terras de origem, remotas paragens que merecem ser conhecidas, valorizando coisas ignoradas e enriquecendo a memória colectiva.

Confi amos na vossa criatividade e na importância que cada um atribui às suas origens que não precisam de ser urbanas ou refi nadas, mas a que não faltará a verdade e o sabor do que é autêntico.

De todos fi camos à espera e, para benefício geral, esperamos ter o máximo êxito.

A Área Do Nosso Sindicato

Sindicato dos Bancários do Centro 21

As gotas de orvalho eram ainda visíveis, nas folhas multicolores das cepas, quando o rancho dos trabalhadores chegou ao Vale da Rama.

Era ali que a vindima da Quinta do Outeiro começava debaixo do mando do Manuel do Canto, desde sempre o capataz da casa.

As raparigas traziam à cabeça, enfi ados uns nos outros, rimas de poceiros por debaixo da improvisada rodilha feita com o avental e, enfi ados no braço, os cestos de arco, para onde cada uma havia de cortar os cachos e encher aqueles outros, que acaramulados davam um almude de vinho. Assim se fazia no terreno a estimativa de produção.

— Ó pessoal, cada um à sua carreira - dizia o encarregado. Olhem que as mãos não falam. Para as necessidades de cada um os “homes” vão p´rá, dereita e as mulheres para a esquerda, que é como fazem quando vão à Senhora de Fátima na camioneta do Manuel Bichanas, ouviram?

E o trique, trique das tesouras no pedúnculo dos cachos começava a ouvir-se, por entre uma ou outra voz que aqui e ali se fazia ouvir: “Ai o orvalho está tão frio! É Marília, estou toda arrepiada – clamava a fogosa Amélia, com uma blusa de manga cavada e um tufo de cabelos a aparecer por baixo das covas dos braços. Tais adereços faziam as delícias dos olhares de rabés do Manel Serôdio, que se contentava com o espreitar. Este homem ainda havia de morrer virgem, como diziam as cachopas para o atentar.

Ao longe, começava a ouvir-se o chiar do carro de bois.

— Olhem que o ti Zé Estarreja já aí vem. Quero a dorna cheia em três tempos. Vamos lá agarrar nos cestos para quando ele chegar – ordenava o ti Manuel que entretanto contava os poceiros.— Raios partam o home que está com o fogo no cu – dizia a Benvinda para as outras, ao ver a pressa que o trabalho levava.— Ó Lucinda, vem para a frente dos bois enquanto se despejam os cachos – pedia o Estarreja. Do meio da vinha porém ela responde-lhe:— Chame outra, que hoje os bois marram-me.

E o homem bem entendeu que ela quis dizer que andava menstruada e como por aqui se falava às vezes os bois marram nas “saias” nessas ocasiões. Então, chamou outra que, com a vara de aguilhão em riste, manteve os bois quietos.

As cantigas ajudavam agora a tornar menos pesados os cestos que eram trazidos à cabeça pelas raparigas.— Ai que o sumo dos cachos escorre todo por mim abaixo - fazia-se ouvir a Cecília, num tom de voz insinuoso!— Também tu fi cas mais doce - responde-lhe o Gaitas do outro leirão. há muito a tentar que ela lhe aceitasse namoro.— Cheia a primeira dornada e ajudados os bois às rodas por via do peso, o carro lá parte virado à adega, onde os cachos viriam a ser descarregados no balseiro.

E, como o chiar do rodado se acentuasse ainda mais agora, a Carriça, enquanto borcava o cesto de arco, recomenda em alta voz, com toda a malícia das palavras:— Ó ti Estarreja, se o unto do corno já acabou, mije nas rodas!Os carros de bois costumavam trazer um corno com unto, para ser aplicado nas rodas à laia de lubrifi cação. Dizia-se na Gândara: untar as chedas dos carros.

Quando o meio-dia bateu na torre, a ti Lucrécia apareceu com o açafate à cabeça.

Logo atrás, de novo o ti Estarreja, com as ceroulas pelo meio da perna, de quem esteve a pisar os cachos lá na adega.— Vamos ao comer que já estamos todos e o Zé Estarreja não se esqueceu do vinho.

Enquanto os bois eram afagados com uma gabela de pasto, a toalha era estendida num sítio limpo e nela poisada a petinga albardada, o chicharro de par frito com cebola crua às rodelas, a torta com sardinha e uma farta bacia com toucinho frito que a broa cozida na véspera havia de acompanhar.

E, por entre risos e risotas e com o garrafão a passar de mão em mão, as barrigas lá fi caram cheias e as forças retemperadas para a tarde das vindimas que se seguia.

As vindimas *

A. Castelo Branco

*(Recolha etnográfi ca)

Património

Revista de Informação22

Crise Do Capitalismo, Uma Ova!... Eles Nunca “Arrecadaram” Tanto Dinheiro Como Agora

Costa Briteswww.costa-brites.com

Como qualquer cidadão tenho direito a ter uma opinião a respeito do jogo bolsista e a minha é esta, contada por episódios:

1º episódio:

O meu avô, operário da CUF, fez parte daqueles milhares de trabalhadores que foram despedidos pelos seus milionários patrões depois do dia 5 de Outubro de 1910, num gesto instintivo do grande capital perante a “ameaça” de transformações sociais. Emigrou para os Estados Unidos e regressou em 1926 com um pecúlio razoável no bolso que deu para se tornar mediano proprietário rural.

Atrás de si fi caram alguns milhares de portugueses que, três anos depois, estavam a ser devastados por outra crise bolsista que conduziu milhões de pessoas à miséria, que não era o primeiro “crash” internacional nem viria a ser o último.

2º Episódio:

Quando fui para os Açores havia lá uma coisa proibida (mas tolerada) que era o jogo do bicho. Cada 4 números de 1 até 100 tinham o nome de um animal e, desde as encarregadas da limpeza até aos funcionários da fazenda, todos apostavam uma semana na galinha, outra na girafa, etc.

Os palpites esotéricos que se ouviam nas ruas a respeito da águia, do macaco, do burro ou do carneiro eram, na imponderabilidade do discurso propiciatório em tudo semelhantes ao comentário “jornalístico” a respeito das cotações das bolsas, empurrando os apostadores pela escada abaixo do seu “espírito investidor”.

Curiosamente os patrões do bicho eram chamados “banqueiros”, geralmente gente benquista e que praticavam entre si a técnica do “resseguro”, por mor de evitar falências. Era portanto uma actividade não destituída de práticas “reguladoras”. O prémio calhava de acordo com as terminações do jogo da Santa Casa.

Na minha modesta opinião era um processo menos complexo, mais liso e muito mais simpático que o jogo das bolsas, seja ele qual for.

Nas bolsas aplica-se a regra sabiamente defi nida por Stanley Ho, quando lhe perguntaram um dia se jogava em casinos:- Não, nunca jogo!- E porquê?- Porque a casa ganha sempre.

3º Episódio:

Queda do muro de Berlim, 1989; fi m da guerra fria; fi m dos totalitarismos aziagos; liberdade e convivência para todo o mundo com todos do mesmo lado; enfi m, a paz!...

Ao contrário, após a guerra fria aumentaram as guerras quentes; tão bonitos os bombardeamentos que até foram mostrados nas TV’s; a guerra espectáculo.

Paz, só como relativo privilégio. A fome aumentou para mais de mil e quatrocentos milhões de pessoas. O aumento das desigualdades galopam sem freio por todo o lado.

2008: As Crises Acontecem Fatalmente, Como A Chuva:

O jogo da bolsa é como um grande bicheiro que incha, incha delirantemente. Quando já está a deitar por fora, é preciso “recolher as fi chas”, como fazem os “croupiers” depois do fecho das apostas. É quando os valores vêm por aí abaixo e já se sabe: quando o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão!

Conclusão:

Os comentadores iriam encolher os ombros com desdém falsifi cado se lessem estes propósitos. Os banqueiros continuarão a produzir crises diferentes tomando sempre novas qualidades, com corretores aos gritos e a esbracejar, cultivando fortunas e úlceras no estômago.

A utopia é aparentemente o único recurso dos optimistas que ousam pensar o mundo como local onde pudesse viver-se em paz e alegria.

Viva pois a utopia e morra o telejornal, que é um país de susto onde toda a esperança é desmentida e todo o optimismo ridicularizado.

Cultura Na Cidade

Sindicato dos Bancários do Centro 23

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