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Revista Secovi Condomínios 216
Citation preview
Salão de festas sofisticado
Pisos bem-cuidados
Internet a serviço do condomínio
A REVISTA PARA SÍNDICOS, CONDÔMINOS E ADMINISTRADORAS
ANO 19 – No 216 – Maio/2011 – R$ 8,90
Impulsionados principalmente pela mudança de comportamento do consumidor,
que hoje prefere acessar a internet a gastar tempo e dinheiro se locomovendo
pela cidade, os portais, e-mails e jornais eletrônicos entraram na ordem do dia
de condomínios e administradoras paulistas.
As vantagens são flagrantes. O uso de ferramentas online agiliza a co-
municação, além de tornar o relacionamento síndico-condôminos e condo-
mínio-administradora mais objetivo e transparente. Um ganho adicional é que,
com a internet, é possível reduzir os conflitos, tão comuns nesse meio.
Por enquanto, informam as administradoras de condomínios, boa parte dos
moradores usa a internet para solicitar a segunda via do boleto. Mas aos poucos
os moradores se acostumam a utilizar os meios digitais para outros fins. Em uma
administradora de São Paulo, por exemplo, metade dos contatos de síndicos e
condôminos ocorre pela internet, mostra a matéria de Capa desta edição.
Em outra reportagem de destaque, damos dicas ao síndico sobre como con-
servar, recuperar e o que observar na hora de trocar os pisos das áreas comuns
do condomínio. Trazemos ainda uma matéria sobre o Dia da Ação Social dos
Condomínios, evento gratuito, cheio de atividades de lazer, que o Secovi-SP e o
Sesc SP realizam na Capital no domingo, dia 5 de junho, no Sesc Pinheiros.
Boa leitura!Sônia Salgueiro
28ManutençãoSaiba como conservar erecuperar os pisos da áreascomuns do condomínio
22CapaSites e e-mails melhoram a relação do condomínio e da administradora com os condôminos
08101214171820
22272832363839
É bom saber
Espaço do leitor
Vida de Síndico
Seu espaço
Dia a dia
Moeda forte
Qualificação social
Capa
Opinião
Manutenção
Sustentabilidade
Tira-dúvidas
Carta do presidente
Guia de produtos e serviços
Recado da editoRa
ÍndiceMaio/2011
SECOVI NO INTERIORBauru (14) 3227-2616
Campinas (19) 3252-8505Grande ABC (11) 4121-5335
Jundiaí e região (11) 4523-0833Santos (13) 3321-3823
São José do Rio Preto (17) 3235-1138Sorocaba (15) 3211-0730
Vale do Paraíba (12) 3942-9975
CONTATOS SECOVI-SPPABX (11) 5591-1300
Disque Síndico (11) 5591-1234Eventos (11) 5591-1279
PQE (11) 5591-1198 / 1250Universidade Secovi
(11) 5591-1221 / 1172 / 1284Câmara de Mediação
(11) 5591-1214
R. Dr. Bacelar, 1.043 – CEP 04026-002 – São Paulo/SPTel. (11) 5591-1300 – Fax (11) 5591-1301
E-mail: [email protected]: www.secovi.com.br
DiretoriaPresidente: João Crestana
Vice-presidentes: Basílio Jafet, Caio Portugal, Carlos Alberto C. Camargo, Carlos Borges, Ciro Scopel, Cláudio Bernardes,
Elbio Fernández Mera, Ely Wertheim, Flavio Amary, Flavio Prando, Hubert Gebara, Ricardo Yazbek
Conselho editorial: Hubert Gebara, Sergio Mauad, Paulo André Jorge Germanos, Ricardo Yazbek e Sergio Ferrador
proDução eDitorialAssessoria de Comunicação do Secovi-SP
reportagem e reDação Redação: [email protected]
Editora responsável: Sônia Salgueiro (MTb 15.414)
Reportagem e redação: Andressa Ferrer, Marcos Fernando Queiroz,
Rosana Pinto e Nanci Moraes
Fotos: José Carlos T. Jorge
Capa: Wagner Ferreira
Assistente de redação: Queli Peixoto
Colaboradores: Luana Garcia, Márcio Padula, e Paula Ignacio (Fontpress Comunicação)
Apoio: Catarina Anderáos, Maria do Carmo Gregório, Mariana Dahrug, Shirley Valentin e Silvia Carneiro (Comunicação),
Carlos Alexandre Cabral, João Paulo Rossi Paschoal, Karina Zuanazi Negreli, Maraneide Alves Brock, Marta Cristina
Pessoa, Rita de Cássia Guimarães Bracale (Jurídico), Roberto Akazawa, Edson Kitamura e Fabricio Pereira (Economia)
proDução e publicação
Fontpress Comunicação: E-mail: [email protected] – Tel. (11) 5044-2557
Arte e editoração eletrônica: Wagner Ferreira
Para anunciar: (11) 5044-2557 / 5041-4715
Tiragem: 30.000 exemplares
Impressão: IBEP Gráfica
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Reprodução de matérias somente após expressa autorização da Redação. Os anúncios publicitários são de inteira responsabilidade
dos anunciantes.
Programe-seO Secovi-SP (Sindicato da Habitação) realiza em junho diversos cursos e
eventos voltados a profissionais de administradoras de condomínios,
síndicos e zeladores. Um deles é o de Manutenção Predial para Edifícios
Residenciais. Abaixo seguem algumas informações básicas sobre esse curso. A pro-
gramação completa do mês está disponível no site www.universidadesecovi.com.br.
Manutenção Predial para Edifícios Residenciais – De 13 a 28/6 – Destinado a
zeladores, supervisores, encarregados de limpeza e demais interessados, o curso
apresenta a estrutura de uma edificação, como fundações, acabamento e instala-
ções, sistemas elétricos e eletrônicos, hidráulicos e sanitários. Tem o objetivo de
capacitar os participantes a solucionar problemas e emergências, como falta de
água e de luz. As aulas serão das 18h30 às 21h30, na sede da Universidade Secovi
(Av. Brigadeiro Luís Antonio, 2.344 – 10º andar). Inscrições: (11) 5591-1304 a 1307
ou e-mail [email protected].
No ano passado, presença maciça
Prepare-se para o Enacon 2011A note em sua agenda: a edição
2011 do Encontro das Admi-
nistradoras de Condomínios
(Enacon) acontece nos dias 11 e 12
de agosto, na sede do Secovi-SP (Rua
Dr. Bacelar, 1.043 – Vila Clementino -
Capital). Temas da máxima importância
para as empresas especializadas em
administração de condomínios, como
a autorregulamentação do setor, esta-
rão em pauta.
No ano passado, a iniciativa reuniu
quase 200 pessoas, entre empresários
e profissionais das administradoras. A
expectativa da vice-presidência de Ad-
ministração Imobiliária e Condomínios
do Secovi-SP, que promove o evento,
é de que mais profissionais participem
neste ano. “Esse é o evento mais im-
portante para as administradoras de
São Paulo. Uma oportunidade ímpar
para os profissionais se reciclarem e
trocarem as mais variadas experiências
sobre o setor de condomínios”, afirma
Hubert Gebara, vice-presidente do
Secovi-SP.
Informações detalhadas sobre o
Enacon 2011 podem ser obtidas no
portal Secovi (www.secovi.com.br).
8
é Bom saBeR
Os casos de dengue começaram a se multiplicar pelo País. No Estado
de São Paulo, há alta incidência da doença em várias cidades do
Interior, como São José do Rio Preto, e do Litoral. Os condomínios
e loteamentos têm papel fundamental no combate ao mosquito transmissor
da doença, o Aedes Aegypti.
Como ele se propaga quando há água parada, a melhor maneira de
prevenir a doença é manter tampados e bem limpos objetos que acumulam
água. Por isso, observe alguns cuidados básicos no seu condomínio:
Tampe caixas d'água, filtros, tambores, piscinas, etc.
Substitua a água dos vasos de plantas por terra ou areia.
Acondicione o lixo de casa em sacos plásticos fechados ou lixeiras
com tampa.
Ao regar bromélias, use água tratada com água sanitária a 2,5% (40
gotas por litro de água), ritual que deve ser repetido duas vezes por
semana.
A té 31 de dezembro, todos os
condomínios precisarão ter a
certificação digital no padrão
ICP-Brasil. Isso acontece porque o
acesso ao canal Conectividade Social
para transmissão dos arquivos do
FGTS (guias de recolhimento mensal e
rescisórios e prestação de informações
ao FGTS e à Previdência Social) para a
Caixa Econômica Federal, atualmente
feito mediante certificação própria da
instituição, terá que ocorrer obrigato-
riamente pelo modelo ICP-Brasil até o
início de 2012.
No final de abril, a Caixa publicou
no Diário Oficial da União a Circular
n° 547/2011, que traz um cronograma
de migração do sistema antigo para
o ICP-Brasil, a ser observado por
Certificação digital:uma necessidade
todos os empregadores, incluindo os
condomínios. Empregadores com 6
a 20 funcionários, por exemplo, terão
até 1º de julho para se adequarem. Já
o prazo para aqueles que somam até
5 empregados vai de 4 de julho a 23
de dezembro, variando conforme o
número do CNPJ.
"Contudo, a certificação digital
poderá ser obtida antes do prazo fi-
xado", afirma Maraneide Alves Brock,
gerente do Departamento Jurídico do
Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
O condomínio que quiser antecipar
sua certificação já pode procurar o
Sindicato. Desde o início do ano, o
Secovi-SP conta com uma AR (Autori-
dade de Registro) devidamente creden-
ciada e capacitada a emitir certificados
digitais, instalada em sua sede (Rua
Doutor Bacelar, 1.043 - Vila Mariana -
Capital). Além do atendimento perso-
nalizado, as condições de pagamento
são diferenciadas. Mais informações
sobre o certificado podem ser obtidas
pelo telefone (11) 5591-1233, e-mail
[email protected] e site
www.secovi.com.br/certificadodigital.
s casos de dengue começaram a se multiplicar pelo País. No Estado
de São Paulo, há alta incidência da doença em várias cidades do
Interior, como São José do Rio Preto, e do Litoral. Os condomínios
Cuidado com a dengue
9
Agende-seA programação de cursos da
Universidade Secovi para o
Interior inclui várias atividades
no mês de junho. Anote os dados
básicos de duas delas e, precisando
de mais informações, contate o es-
critório da Regional do Secovi-SP na
sua região.
Técnicas de Controle de Acesso
em Portarias, dia 16/6 em Bauru –
Dirigido a zeladores, vigias, porteiros,
recepcionistas e controladores de
acesso, o curso prepara o participante
para mudar e padronizar atitudes no
tocante a técnicas de atendimento e
proteção das portarias do condomínio.
As aulas ocorrem das 9 às 16 horas.
Mais informações pelos telefones (14)
3227-2616 e 3234-4582 ou e-mail
Segurança Predial, dia 21/6
em Jundiaí – Os participantes terão
acesso a informações sobre seguran-
ça patrimonial e aos princípios gerais
de segurança. A programação inclui
medidas de emergência, aplicação
de conceitos estudados em situações
reais e o funcionamento de diversos
equipamentos de segurança disponí-
veis no mercado. A programação se
estende das 9 às 16 horas, na Proempi
(Rua Abílio Figueiredo, 92 – 8º andar –
sala 83 – Jundiaí). Reservas: (11) 4523-
0833 e-mail [email protected]
10
esPaço do leitoR
Agende-se
é Bom saBeR
inteRioR
Este espaço é reservado para você se comunicar conosco. Envie seu comentário,
crítica ou sugestão para o e-mail [email protected]. Você também
pode escrever para Revista Secovi-SP Condomínios – Rua Dr. Bacelar, 1.043 –
CEP 04026-002 – São Paulo – SP. Os e-mails e cartas podem ser publicados
resumidamente. Aguardamos seu contato!
“Na edição 213 da Revista Secovi-SP Condomínios, há
uma entrevista com a Sra. Nelza Gava de Huerta, síndica do
Condomínio Edifício Maison Rhone, em Campo Belo. Não só
achei muito interessante a entrevista, como verifiquei que aquele
condomínio passou por problemas que hoje deparo no meu. Por
isso, gostaria de saber se é possível fornecer os contatos dela.”Paulo Cezar Rocha Dias, do Condomínio
Edifício Maison Gardanne, São Paulo, SP
Fornecemos ao leitor o telefone e e-mail de Dona Nelza,
personagem da Vida de Síndico da referida edição.
“Agradeço pela elogiosa citação
do nosso condomínio na reportagem de
Capa da edição 212. Parabéns a todos
da equipe pelo excelente trabalho. O
condomínio Portal de Itu está sempre à
disposição.”Edson Boni, síndico do Condomínio
Portal de Itu, Itu, SP
Este espaço é reservado para você se comunicar conosco. Envie seu comentário,
. Você também
Revista Secovi-SP Condomínios – Rua Dr. Bacelar, 1.043 –
. Os e-mails e cartas podem ser publicados
Com mais de 30 anos, o Condomínio Edifício Málaga & Maiorca, de São Paulo, já foi objeto de várias obras e reformas, todas conduzidas pela mesma pessoa
Aurora Rahal Sierra Martines é síndica, há sete anos, do Condomínio Edifício Málaga
& Maiorca, construído há três dé-cadas. Por causa da idade do em-preendimento, Aurora fez inúmeras intervenções no local. Modernizou os elevadores e reformou a piscina, caixa d’água e a fonte luminosa do prédio.
Que problemas havia no prédio
quando se mudou para lá?
Mudei para o Málaga & Maiorca no
Com cara de novofinal de 1992 e percebi que muita coisa
precisava ser reformada.
Um dos problemas eram as goteiras,
que caíam nos carros no subsolo.
Resolviam esse problema colocando
plásticos ou bandejas sobre os carros.
Já eram 61 bandejas.
Como se tornou síndica?
Logo na primeira eleição após a minha
mudança, me candidatei, mas não
consegui me eleger porque acharam
que eu tinha muito pouco tempo de
prédio. Só há sete anos me candidatei
novamente e coloquei várias suges-
tões, apresentei minhas ideias. Fui
eleita por unanimidade.
Quais suas principais iniciativas
como síndica nesses sete anos?
A impermeabilização e o conserto de
uma viga de sustentação aparente
foram minhas primeiras ações. De lá
para cá, realizamos várias outras in-
tervenções: conserto da rede elétrica;
colocação de um para-raio, equipa-
mento inexistente até então; reforma
do elevador, da caixa d´água, piscina,
Aurora: O clima é muito bom no condomínio
Foto
s: C
alão
Jor
ge
12
Por Sônia Salgueiro
Vida de sÍndico
fonte luminosa, dos salões de festas e
de jogos, da cozinha dos funcionários.
Também fiz um jardim tropical. Agora
estamos acabando as obras na parte
elétrica.
Isso quer dizer que os síndicos
anteriores não fizeram nada?
Não é isso. Moramos em um prédio
que tem mais de 30 anos de idade.
Conforme o tempo vai passando, é
natural que ele vá necessitando de
reparos.
Os síndicos anteriores também execu-
tavam obras na medida do possível. O
que fiz foi acelerar um pouco o ritmo
dessas obras, visto que tenho mais
tempo disponível que eles, pois não
trabalho fora.
“O síndico deve ter paciência, paciência e
paciência e estar sempre atualizado, para saber
o que fazer quando deparar com algum
problema."
Quais os reflexos das melhorias
que empreendeu?
O condomínio ficou mais vistoso,
bem-conservado e se valorizou.
Qual o maior be-
nefício de ser sín-
dica?
É ver a satisfação
dos condôminos
com as reformas,
pelo fato de suas
propriedades te-
rem se valorizado.
O pessoal daqui
é maravilhoso. O clima é muito bom.
Quais seus próximos passos?
Vamos colocar um gerador no con-
domínio. Até já estamos arrecadando
o dinheiro. Não enfrentamos gran-
des problemas de falta de energia,
mas temos muitos idosos morando
no Málaga & Maiorca, um deles
inclusive depen-
dente de balão
de oxigênio.
Que recomenda-
ção daria para al-
guém que pensa
em ser síndico?
Que tenha pa-
ciência, paciência
e paciência e que esteja sempre
atualizado, para saber o que fa-
zer quando deparar com algum
problema.
13
Repaginados, sofisticados e
cheios de charme, os salões
de festas definit ivamente
conquistaram espaço de honra nos
condomínios. Aos poucos, as cadei-
ras e mesas de plástico vão cedendo
lugar a móveis modernos e arroja-
dos, combinando cores, acessórios
decorativos e materiais fashion. Isso
sem citar a mais nova tendência: o
espaço gourmet.
Especial istas acreditam que
essa mudança pode ser creditada
a fatores como o aumento do cus-
to do metro quadrado e as leis de
ocupação do solo, responsáveis
pela redução nas metragens dos
apartamentos. “Com a necessidade
de suprir a demanda por espaços
privativos maiores, novos projetos
começaram a contemplar salões de
reuniões, jantares e festas de uso co-
mum. Até a questão da segurança faz
aumentar a procura por apartamen-
tos que oferecem esse tipo de área
no condomínio”, analisa a arquiteta
Christiane de Angelo, da Angelo e
Zechetti Arquitetos Associados.
Para acompanhar a tendência,
arquitetos procuram trabalhar com
ambientes flexíveis, que atendam
bem todos os tipos de reuniões
sociais – festas infantis, adultas, co-
quetéis e jantares. Os edifícios mais
novos já destinam áreas distintas
para comportar diversos tipos de
evento no condomínio. Por não pos-
suírem na sua planta original locais
de reunião e eventos de uso comum,
muitos prédios antigos recorreram a
espaços sem uso do condomínio.
“Neste caso, o ideal é buscar
um local amplo com flexibilidade e
praticidade, para que os ambientes
possam ser adaptados para todas
as ocasiões. A decoração deve ser a
mais neutra possível, sem muita inter-
ferência de estilos, algo atemporal e
contemporâneo”, orienta a arquiteta
e decoradora Andreia Parreira.
Um bom artifício na hora da de-
coração é a aplicação de divisórias
móveis que permitam uso múltiplo
de um mesmo espaço, se possível
Foto
: Cal
ão J
orge
Muito além do básico
Por não se limitarem mais à dupla geladeira-microondas, às mesas e cadeiras de plástico, os novos salões de festas impressionam moradores e visitantes
14
seu esPaçoPor Andressa Ferrer
viabilizando áreas interna e externa. “Essa
estratégica é bastante funcional para as
crianças na faixa de 10 anos que, muitas
vezes, exigem a locação de brinquedos e
equipamentos infantis”, esclarece Anna
Rezende, professora e coordenadora do
curso tecnólogo em Design de Interiores
da Universidade Anhembi Morumbi.
Ela enfatiza que, em ambientes in-
ternos, o grande segredo da decoração
atualmente é o lighting design, isto é, a
ambientação com base de luz. Segundo
Anna, esse recurso proporciona requinte,
conforto e bem-estar. Outra dica é tratar
o espaço gourmet como uma grande sala
de estar. “Nada de tijolo aparente na chur-
rasqueira. É possível disfarçar o material
com revestimento. Também não se deve
isolar o cozinheiro. Sugiro o uso de uma
mesa comunitária integrada à bancada,
Dicas para reformar o salão de festas
Monte uma comissão de moradores para
apurar qual o interesse e as pretensões
de todos que vão usufruir do novo
espaço.
Defina quanto será utilizado na obra.
Converse com um arquiteto para se
certificar de que o projeto é viável.
“Muitas vezes os condôminos têm uma
ideia de ocupação que pode tornar o
espaço subutilizado ou desagradável
para o uso comum. É o caso de salões
muito repartidos, com mobiliários fixos
e pouca infraestrutura para eventos”,
explica Christiane de Angelo, da Angelo
e Zechetti Arquitetos Associados.
Monte uma comissão de moradores para
explica Christiane de Angelo, da Angelo
15
onde o anfitrião assume a função
de ator principal, podendo socializar
com todos os participantes da festa
durante o preparo da comida.”
Independência
O salão de festas não deve in-
terferir na vida dos condôminos. O
ideal é que ele tenha uma entrada
independente, distante dos eleva-
dores e dos apartamentos. Se isso
não for possível, é recomendável
investir em isolamento acústico para
não criar desconforto e problemas
futuros de ruído.
Além da área social, onde ocor-
rem as festas, é importante preocu-
par-se com a área de apoio, onde
ficará o pessoal envolvido com a
realização do evento. Para tanto, é
fundamental ter uma cozinha bem
montada, vestiários exclusivos para
funcionários, área de descarga
dos equipamentos que farão parte
do evento e toda uma logística de
montagem e desmontagem que não
interfira na rotina do condomínio.
Foto
: Cal
ão J
orge
Espaço gourmet: em alta nos condomínios
• Monte um método próprio e funcional para a reserva antecipada do
espaço. • Faça uma lista do patrimônio da área e exija que o morador que for utilizar
o salão faça um checklist com o síndico, antes e depois do evento.
• Após o checklist, peça que o condômino assine um termo de responsabilidade para uso do ambiente. Alguns condomínios exigem um
cheque-caução para cobrir eventuais prejuízos.• Inclua uma taxa para limpeza e gastos com eletricidade.• Crie um regulamento interno para definir a questão de barulho.• Sugira que o organizador da festa deixe uma relação com o nome dos
convidados na portaria. • Em vez de comprar utensílios de cozinha, a alternativa é deixar que cada
morador alugue-os quando precisar. Essa medida evita gastos de compra
e reposição. Além disso, cada um tem uma demanda exclusiva por quantidade de pratos, copos e talheres.• Dependendo do tamanho do condomínio, o ideal é que a administração
do salão de festas seja dividida entre síndico, zelador e gerente administrativo para áreas de lazer.
Depois de pronto e decorado, começam as solicitações para uso do salão de festas. É fundamental definir procedimentos administrativos para evitar maiores dores de cabeça. Ramiro Alves de Moura, diretor de condomínios da Robotton, dá algumas dicas bastante úteis para síndicos e condôminos.
Organização do espaço
16
seu esPaçoPor Andressa Ferrer
Dicas e indicadores que facilitam aadministração do seu condomínio
per
total geral pessoal / encargo tarifas manut. de equipamentos conservação e limpeza Diversos
icoN
Var. %
icoN
Var. %
icoN
Var. %
icoN
Var. %
icoN
Var. %
icoN
Var. %
Mês Ano 12 meses Mês Ano 12
meses Mês Ano 12 meses Mês Ano 12
meses Mês Ano 12 meses Mês Ano 12
meses
mar/10 179,950 0,21 0,47 4,24 181,397 0,00 0,26 5,85 174,024 0,00 0,00 3,90 189,822 0,94 1,45 0,64 175,126 0,97 1,37 0,24 164,655 0,94 1,45 0,64
abr/10 180,247 0,17 0,64 4,45 181,397 0,00 0,26 5,85 174,024 0,00 0,00 3,90 191,284 0,77 2,23 1,56 176,188 0,61 1,98 0,89 165,923 0,77 2,23 1,56
mai/10 180,698 0,25 0,89 4,85 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 -0,04 -0,04 4,58 193,560 1,19 3,44 2,84 177,859 0,95 2,95 1,79 167,898 1,19 3,44 2,84
jun/10 181,038 0,19 1,08 5,21 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 0,00 -0,04 5,31 195,205 0,85 4,32 3,82 179,150 0,73 3,70 2,65 169,325 0,85 4,32 3,82
jul/10 181,184 0,08 1,16 4,95 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,25 0,21 3,20 195,498 0,15 4,48 4,43 179,387 0,13 3,83 3,19 169,579 0,15 4,48 4,43
ago/10 181,502 0,18 1,34 5,23 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,00 0,21 3,20 197,004 0,77 5,28 5,61 180,696 0,73 4,59 4,45 170,885 0,77 5,28 5,61
set/10 182,921 0,78 2,13 5,36 181,397 0,00 0,26 5,85 179,297 2,81 3,03 3,03 199,269 1,15 6,50 6,38 182,331 0,90 5,54 5,26 172,850 1,15 6,50 6,38
out/10 192,001 4,96 7,20 7,16 196,322 8,23 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 201,282 1,01 7,57 7,40 183,880 0,85 6,44 6,23 174,595 1,01 7,57 7,40
nov/10 192,596 0,31 7,53 7,47 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 204,200 1,45 9,13 8,85 186,029 1,17 7,68 7,39 177,127 1,45 9,13 8,85
dez/10 192,882 0,15 7,69 7,69 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 205,609 0,69 9,88 9,88 187,034 0,54 8,26 8,26 178,349 0,69 9,88 9,88
jan/11 193,615 0,38 0,38 8,09 197,008 0,35 0,35 8,61 179,297 0,00 0,00 3,03 207,234 0,79 0,79 11,50 188,309 0,68 0,68 9,49 179,758 0,79 0,79 11,50
fev/11 194,405 0,41 0,79 8,26 197,623 0,31 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 209,306 1,00 1,80 11,30 190,024 0,91 1,60 9,55 181,556 1,00 1,80 11,30
mar/11 194,683 0,14 0,93 8,19 197,623 0,00 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 210,604 0,62 2,43 10,95 191,242 0,64 2,25 9,20 182,681 0,62 2,43 10,95
Icon Secovi-SP – Índice de Custos CondominiaisMÊS: Março/2011 Índice Base Dez/01 = 100,000
IndicadorVariação - em%
Mês Ano 12 meses
IGP-DI 0,61 2,57 11,09
IGP-M 0,62 2,43 10,95
IPC 0,35 2,10 6,06
INPC 0,66 2,16 6,31
IPCA 0,79 2,44 6,30
INCC-DI 0,43 1,13 7,10
Pisos Salariais:Verificar a Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br
ACÚMulO DE CARGO: 20% ADICIONAl NOTuRNO: 20%
HORAS EXTRAS: Cidade de São Paulo e demais municípios: 50%
CESTA BáSICA: Verificar Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br
FGTS – MAIO/2011 (Data de recolhimento até 7/6/11) = 8% sobre o total da remuneração paga ao empregado
PIS – MAIO/2011 (Data de recolhimento até 24/6/11) = 1% sobre o total da folha de pagamento
INSS – MAIO/2011 (Data de recolhimento até 20/6/11)
*TABElA DE SAláRIO DE CONTRIBuIçãO (R$) – a partir de 1º/1/2011:Até 1.106,90 = 8,00 %De 1.106,91 a 1.844,83 = 9,00 %De 1.844,84 a 3.689,66 = 11,00 %Acima de 3.689,66 = R$ 405,86
*SAláRIO-FAMÍlIA – a partir de 1º/1/2011Remuneração mensal até R$ 573,58 = R$ 29,41Remuneração mensal acima de R$ 573,58 até R$ 862,11 = R$ 20,73
* Tabela de salário de contribuição previdenciária e cotas de salário-família vigentes a partir de 1º/1/2011 – Portaria Interministerial MPS/MF nº 568/2010, publicada no DOU de 3/1/2011.
FOLHA DE PAGAMENTO ÍNDICESDE PREÇO(Março/2011)
Fontes: FGV, IBGE e Fipe/USP
Elaboração: Departamento de
Economia e Estatística do Secovi-SP
17
dia a dia
Muitos síndicos desconhecem
que o Seguro de Responsa-
bilidade Civil do Condomínio
tem possibilidade de ser estendido
ao síndico, evitando muita dor de
cabeça. Por causa de suas inúmeras
atribuições legais, o síndico pode ser
responsabilizado por danos a terceiros,
isto é, condôminos que abrem proces-
sos em decorrência de algum acidente
ou irregularidade diretamente oca-
sionada pelo síndico. Nessas horas,
o seguro de Responsabilidade Civil
do Síndico entra em cena para cobrir
eventuais indenizações.
Segundo William Alzani, diretor de
Mercado Imobiliário da Vila Velha Se-
guros, o Seguro de Responsabilidade
Civil com cobertura adicional para
síndicos tem 100% de adesão desde
sua criação, nos anos 90. “Existe
a facilidade de contratar. O seguro
do condomínio é obrigatório, e o do
síndico, um adicional. É uma garan-
tia a mais, pois essa função envolve
muitas responsabilidades.”
João Paulo Rossi Paschoal, asses-
sor jurídico do Secovi-SP (Sindicato da
Habitação), explica que as condições
do seguro obrigatório (seguradora
escolhida, duração do contrato, preço,
etc.) precisam ser avalizadas pelos
condôminos, reunidos em assembleia.
Isso está previsto no artigo 1.346 do
Código Civil. “Além do obrigatório, o
condomínio pode, se quiser, contratar
outros tipos de seguros, como a co-
bertura de responsabilidade civil por
danos havidos nas áreas comuns, res-
ponsabilidade civil do síndico, roubo,
quebra de vidros, vendaval, furacão,
queda de granizo. Tudo depende da
aprovação dos condôminos”, escla-
rece o advogado.
Processo criminal
É importante que o síndico, ciente
de suas obrigações, cumpra todas
as atribuições de alguém com sua
função, como cuidar para que sejam
asseguradas a preservação, seguran-
ça e manutenção de áreas comuns
(elevadores, corredores, piscinas,
etc.), manter em dia a prestação de
contas, cobrança aos condôminos
inadimplentes, responsabilidade e
autorização para realização de obras
e cuidado na contratação de empre-
sas terceirizadas. No cumprimento
dessas funções, às vezes um ou
mais condôminos ficam insatisfeitos
e decidem responsabilizar civilmente
o síndico. Em geral, a indenização é
coberta pelo seguro.
Existem, no entanto, casos em
que o síndico é responsabilizado
criminalmente e, dependendo da
situação, isso pode não ser coberto
pelos seguros. As exclusões mais
comuns são os crimes contra a honra,
injúria e difamação (danos morais),
apropriação indevida de recursos e
apropriação indébita previdenciária
(dos direitos reservados aos funcio-
nários do condomínio). Nessas condi-
ções, o seguro certamente não cobrirá
despesas com empresas advocatícias,
nem indenizações aos condôminos
ou funcionários prejudicados, e o síndi-
co precisará responder criminalmente.
Blindagem necessáriaSaiba por que é importante contratar um seguro de responsabilidade civil do síndico
Alzani: "É uma garantia a mais, pois a função de síndico envolve muitas responsabilidades"
necessária
de suas obrigações, cumpra todas
as atribuições de alguém com sua
função, como cuidar para que sejam
18
moeda foRtePor Paula Ignacio
“As garantias e exclusões variam muito
pouco de seguradora para segura-
dora, mas vale a pena consultar as
condições da apólice. Ela geralmente
cobre os danos materiais ou corpo-
rais causados a terceiros, incluindo
condôminos, erros e omissões prati-
cados pelo síndico no exercício restrito
de suas funções”, afirma Alzani.
Cláudio Saba, diretor de Riscos
Especiais da Marítima Seguros, diz
que esse tipo de seguro é barato e ga-
rante uma proteção muito abrangente,
incluindo qualquer dano material ou
corporal causado a terceiros de forma
involuntária. “O seguro deve ser contra-
tado com limites elevados, pois é difícil
prever a quem ou a que o segurado
pode causar danos. Pela legislação
em vigor, o síndico pode responder
com seu patrimônio pessoal, caso haja
perdas ou danos aos bens comuns
do condomínio, se não houver seguro
para indenizar as perdas”, afirma.
19
Shows, palestras, atividades de
lazer, sorteio de brindes, entre
outras atrações, estão na pro-
gramação da segunda edição do Dia
da Ação Social dos Condomínios, no
próximo dia 5/6, domingo, das 10 às
17 horas, no Sesc Pinheiros, região
oeste da capital paulista, resultado da
parceria do Secovi-SP (Sindicato da
Habitação) e Sesc (Serviço Social do
Comércio).
Idealizado pelo Projeto Ampliar,
área de responsabilidade social do
Sindicato, o evento oferecerá gratui-
tamente uma programação voltada
ao lazer, promoção da saúde, cida-
dania e qualidade de vida a zela-
dores, porteiros e faxineiros, vigias,
recepcionistas, mensageiros, entre
outros funcionários de condomínios e
administradoras de São Paulo – tudo
extensivo a seus familiares.
Haverá quermesse com barracas
de comidas e bebidas típicas, quadri-
lha, jogos e brincadeiras, entre outras
atividades que caracterizam os festejos
juninos. Também serão oferecidas
intervenções artísticas, atividades
esportivas e recreativas, além de pales-
tras voltadas à saúde, meio ambiente,
segurança e qualidade de vida.
“Estamos muito satisfeitos com
essa parceria. Ano passado, o evento
no Sesc Itaquera foi um sucesso e, este
ano, será melhor ainda”, afirma Hubert
Gebara, vice-presidente de Administra-
ção Imobiliária e Condomínios do Sin-
dicato, destacando a importância dos
funcionários para a boa administração
do condomínio. “Nossa tranquilidade
depende de zeladores, porteiros e
faxineiros competentes e dedicados.”
Para facilitar o acesso ao local,
haverá transporte gratuito do metrô
Clínicas até o Sesc Pinheiros. Quem é
do Interior pode procurar a unidade do
Secovi-SP mais próxima da sua região
e aderir às caravanas que estão sendo
formadas para levar os participantes ao
local. Informações e inscrições anteci-
padas podem ser feitas pelos telefones
(11) 5591-1304 a 1308 ou pelo site
www.secovi.com.br/acaosocial.
Lazer e diversão o ano todo
Um dos maiores públicos do
Secovi-SP, os funcionários de con-
domínios somam mais de 300 mil
trabalhadores diretos, que atuam em
cerca de 60 mil condomínios em todo
o Estado de São Paulo. Todos esses
profissionais – e seus dependentes –
podem se associar gratuitamente ao
Sesc SP e usufruir toda a infraestrutura,
programações e serviços oferecidos
em todo o Brasil.
No Estado de São Paulo, existem
várias unidades e, para se associar, o
funcionário do condomínio ou admi-
nistradora deve apresentar no Sesc
mais próximo de sua residência a
carteira profissional, além do seu
documento de identidade e dos de-
pendentes. A carteirinha fica pronta na
hora. Para mais informações, acesse
o site www.sescsp.org.br.
Funcionários de condomínios ou administradoras e seus familiares poderão aproveitar um dia inteiro de atividades especialmente preparadas pelo Secovi-SP e Sesc SP
Domingo de festança
No ano passado, muitas atividades culturais aconteceram no Sesc Itaquera
festançafestançafestançaServiço
Quando: Domingo, 5/6Onde: Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195 – Capital) Horário: 10 às 17 horasInformações: (11) 5591-1304 a 1308 ou no site www.secovi.com.br/acaosocial
20
Qualificação socialPor Rosana Pinto
Portais, e-mails, jornais eletrô-
nicos... O uso de ferramentas
online em condomínios e lo-
teamentos não para de crescer. Dois
fatores, basicamente, explicam esse
aumento. Um deles: a expansão do
mercado imobiliário. “Antigamente
era fácil prestar um bom serviço por-
que existiam poucos prédios. Com o
boom imobiliário, as administradoras
precisaram encontrar meios de manter
a qualidade, mas sem elevar custos,
e passaram a recorrer com mais
frequência à internet”, analisa Emma-
Navegar é preciso
nuel Dornelas, supervisor de Marketing
da Group Software, empresa especiali-
zada no desenvolvimento de sistemas
para administração de condomínios.
A mudança do perfil do morador
também foi fundamental para a proli-
feração da internet nos condomínios.
“Hoje as pessoas preferem solicitar
qualquer coisa pela internet a se lo-
comover, e isso vale também para a
segunda via de um boleto”, explica
Dornelas. Esse novo comportamento
só foi possível devido ao advento do
computador pessoal, segundo Iraê
Sica de Azevedo, diretor da Campo
Belo Administradora de Condomínios,
de São Paulo. “Hoje muita gente tem
um micro em casa. Isso facilita as
consultas, afinal ninguém quer ler ata
de assembleia de condomínio no tra-
balho”, comenta.
Boa parte dos clientes da Campo
Belo usa e-mail para se comunicar com
a administradora. O diretor estima que
metade dos contatos de síndicos e
condôminos ocorre por esse meio. Ele
reconhece, inclusive, que a ferramenta
acelerou o crescimento de sua empre-
sa. “Não fosse a internet, dificilmente
daríamos conta de atender uma cartei-
ra de 32 prédios e 2.200 condôminos.”
Azevedo considera que, apesar
dos progressos, há muito a evoluir,
visto que a maioria dos acessos
ainda é para obter a segunda via do
boleto. “Vejo a internet ainda engati-
nhando tanto no que diz respeito ao
relacionamento do morador com a
administradora como em relação aos
condôminos entre si.”
Na Campo Belo, a regra é, a cada
ligação, orientar os moradores sobre
as consultas e serviços que podem
ser efetuados na web, para que eles se
acostumem a procurar o que precisam
na internet. A estratégia já começa a
surtir efeito. “A migração é visível. Nota-
mos que as ligações estão diminuindo
e os acessos ao site aumentando”,
esclarece o diretor da administradora.
Uso restrito
“Ainda é relativamente pequena
a utilização dos meios digitais nos
condomínios”, afirma Juraci Baena
Garcia, diretor da Vice-presidência de
Administração Imobiliária e Condomí-
nios do Secovi-SP. Ele relata que várias
administradoras paulistas disponibili-
zam serviços na internet para síndico
e condôminos, mas confirma que, no
geral, o uso se restringe à emissão
de segunda via do boleto. O e-mail
De olho na agilidade e objetividade proporcionadas, cada vez mais condomínios recorrem à internet para se comunicar com os condôminos e suas administradoras
é preciso
nuel Dornelas, supervisor de Marketing
da Group Software, empresa especiali-
zada no desenvolvimento de sistemas
para administração de condomínios.
A mudança do perfil do morador
também foi fundamental para a proli-
feração da internet nos condomínios.
visto que a maioria dos acessos
ainda é para obter a segunda via do
boleto. “Vejo a internet ainda engati-
nhando tanto no que diz respeito ao
De olho na agilidade e objetividade proporcionadas, cada vez mais condomínios recorrem à internet para se comunicar com os condôminos e suas administradoras
visto que a maioria dos acessos
ainda é para obter a segunda via do
PRINCIPAIS
VANTAGENS
DA WEB
- Agilidade
- Objetividade
- Transparência
- Menos conflitos
22
Por Sônia Salgueiro
caPa
receber informação relevante na hora
que precisa.”
Os especialistas acreditam que, no
futuro, a web se tornará realidade em
todos os condomínios e administrado-
ras. “Será o fim do papel. Prestação de
contas, convocação de assembleia,
boleto, autorização de entrada e
saída... Em dez anos tudo será digi-
tal e feito pela internet”, aposta Carlos
Cêra, diretor de Desenvolvimento de
Produtos da Superlógica, empresa
que oferece soluções em tecnologia
para a administração de condomínios.
Sediada em Campinas (SP), a
também é bem requisitado quando
há um problema pontual. “Na hora de
fazer uma reclamação ao síndico ou à
administradora, o morador recorre à
mensagem eletrônica.”
Marcelo Amorim, sócio-diretor da
Viva Condomínios – empresa que
desenvolve e implementa projetos
de comunicação e programas socio-
ambientais que integram a vida em
comunidade –, observa uma demanda
forte para que os sites sejam mais uti-
lizados. “Há condomínios que têm um
ótimo site, porém muito pouco usado”,
afirma, acrescentando que não basta
dispor de um portal ou endereço de
e-mail. “É preciso uma estratégia inte-
grada”, defende. “Esse público quer
Baena Garcia: “Na hora de fazer uma reclamação ao síndico ou à administradora, o morador recorre à mensagem eletrônica”
companhia possui um software que
permite, entre outras coisas, que o
condômino acesse o relatório de pres-
tação de contas. “Esse tipo de serviço
era pouco utilizado, mas hoje em dia
receber informação relevante na hora também é bem requisitado quando
23
seu uso é maciço. Tenho clientes que
não aceitam mais tirar a segunda via
de um boleto pela administradora; só
pela internet”, conta Cêra. Ele diz que
há um motivo extra para o condômino
emitir a segunda via: quando o boleto
está vencido, só pode ser pago no
banco emissor. Já a emissão online
inclui a multa do boleto, permitindo
sua quitação em qualquer instituição
financeira.
Assembleias mais curtas
Iraê Azevedo esclarece que ge-
ralmente os sites dos condomínios
disponibilizam dados mais básicos,
como informações financeiras (balan-
cete, extrato, etc.), atas, convenções
e regulamentos. “Nós oferecemos fó-
runs de discussão, mas por enquanto
nenhum dos nossos clientes utiliza.”
Isso, na interpretação do diretor,
ocorre porque quem mora em condo-
mínios acha que é o corpo diretivo que
tem de se preocupar com o empreen-
dimento, não ele. Com o rápido avan-
ço das redes sociais, porém, Azevedo
antevê os condôminos usando mais
os meios digitais, incluindo os fóruns
de discussão.
briga e muita confusão com o anfi-
trião do evento. “Por e-mail ele deixa
registrada a sua insatisfação, para o
síndico ou para todos os moradores,
mas de modo mais ponderado, uma
vez que todo mundo costuma pensar
duas vezes antes de escrever, algo que
nem sempre acontece quando se fala.”
Para Giovana, o e-mail também
é sinônimo de comodidade. “Em vez
de ligar à meia-noite para a casa do
síndico, o morador envia um e-mail,
que será lido provavelmente no dia
seguinte. Isso é melhor do que sair à
porta ou conversar pelo interfone no
meio da noite”, ilustra.
A intenção de aderir às ferra-
mentas digitais surgiu em março de
2010, logo que Giovana se tornou
subsíndica – seis meses depois, após
Quem embarcou na onda da tec-
nologia digital garante que a prática
trouxe mais agilidade e transparência
e melhorou as relações condôminos-
-síndico-administradora. “A internet co-
labora para um melhor relacionamento
entre os condôminos e evita dores
de cabeça”, opina Giovana Baradelli,
síndica do Residencial dos Pinheiros,
condomínio com 27 sobrados situado
em São Bernardo do Campo, na Gran-
de São Paulo. Num empreendimento
que não possui site ou sistema de
envio de mensagem para os morado-
res, um condômino incomodado com
o barulho de uma festa pode gerar
Dornelas: “Hoje as pessoas preferem solicitar qualquer coisa pela internet a se locomover”
Foto
: Div
ulga
ção
Foto
: Div
ulga
ção
24
Por Sônia Salgueiro
caPa
1 hora e meia.”
Democratizando a informação
“Há dois anos, quando assumimos
a associação, sentimos a necessidade
de nos comunicar”, diz Fabíola Martho,
presidente da Associação Bosque dos
Jatobás, loteamento de 371 lotes loca-
lizado em Jundiaí. Com esse intuito,
a diretoria lançou um jornal interno
com notícias da associação, que era
disseminado, no início, via fotocópias
tiradas pelo zelador.
“Chegamos, entretanto, à con-
clusão de que as informações não
poderiam ficar restritas ao loteamento,
porque temos muitos investidores.
Surgiu, então, a ideia do site (www.
bosquedosjatobas.com.br), que entrou
no ar no primeiro semestre de 2010”,
conta. Lá há informações sobre o
loteamento, assembleias, eventos
(incluindo palestras promovidas pelo
Secovi-SP em Jundiaí e na Capital),
fotos de festas, programação das
obras, andamento das melhorias, etc.
Também há uma área denominada Fale
com o presidente, por meio da qual
o proprietário pode enviar sugestões,
críticas ou reportar problemas.
As informações gerais e fotos
do Bosque dos Jatobás podem ser
acessados por qualquer visitante. Já
para ter acesso aos demais assuntos,
a renúncia do antigo síndico, ela virou
síndica. “Vi que todos os moradores
tinham e-mail e achei que o contato
por mensagem eletrônica simplificaria
a vida de todo mundo, porque 80%
dos moradores trabalham em São
Paulo e só chegam ao condomínio
após as 19 horas.” Ela também abriu
um e-mail (sindico_RP@...) para o
condomínio. “Optei por um endere-
ço genérico, em vez de usar o meu
nome, para que os próximos síndicos
possam usá-lo.”
A síndica passou ainda a fazer
fóruns informais por e-mail, reco-
lhendo a opinião dos condôminos
sobre vários assuntos, incluindo obras.
“Agora vamos para a assembleia com
o assunto previamente discutido”,
conta, explicando que os orçamentos,
que só eram conhecidos na reunião,
ficam disponíveis na web. “Com isso
as reuniões encurtaram. Já tivemos
assembleias de 4 horas para discutir
dois temas. Agora, elas duram 1 hora,
Fabíola: “O site facilitou muito a comunicação no empreendimento”
Foto
: Div
ulga
ção
1 hora e meia.”
a renúncia do antigo síndico, ela virou
síndica. “Vi que todos os moradores
e achei que o contato
por mensagem eletrônica simplificaria
a vida de todo mundo, porque 80%
dos moradores trabalham em São
Paulo e só chegam ao condomínio
após as 19 horas.” Ela também abriu
(sindico_RP@...) para o
condomínio. “Optei por um endere-
ço genérico, em vez de usar o meu
do Bosque dos Jatobás podem ser
acessados por qualquer visitante. Já
para ter acesso aos demais assuntos,
25
é preciso login e senha.
O site, segundo Fabíola, possui o
mérito de permitir que os proprietários
saibam o que está ocorrendo. “Tudo
acontece muito rápido e não há tempo
de escrever, xerocar e distribuir para
todos os interessados, especialmente
para os que não estão aqui. Por isso o
site facilitou muito a comunicação no
empreendimento”, esclarece. O con-
domínio também possui um e-mail, que
recebe mensagens de proprietários e
fornecedores, entre outros. “São cerca
de 50 mensagens por dia”, contabiliza
Fabíola.
Treinamento online
A internet é vital para a BRC Gestão
de Propriedades e Serviços, braço da
Cyrela Brasil Realty responsável pelas
marcas Facilities e Classic Home
nos empreendimentos residenciais,
comerciais e resorts do grupo. “Con-
seguimos ter um preço competitivo
graças à internet”, ressalta a diretora
Vânia Reis. “Administramos condo-
mínios que nem hotéis conseguem
competir”, comenta, informando que
um empreendimento localizado no Rio
de Janeiro soma 72 itens de lazer. Ela
informa que, via internet, os moradores
pedem de tudo – desde a reserva de
um espaço até o serviço de buffet ou
a decoração do salão de festas. Além
do básico do condomínio, como é o
caso da limpeza, os moradores têm
um serviço pay per use.
“Até a formação dos nossos funcio-
nários acontece via internet, utilizando
o Skype, pois damos treinamento
simultâneo ao pessoal de quatro ou
cinco empreendimentos”, relata Vâ-
nia. Os pagamentos a prestadores de
serviço dentro de Facilities também
são feitos via computador. A auditoria
de patrimônio (número de lâmpadas
trocadas, quanto se comprou de ma-
terial de limpeza, etc.) também está
disponível online.
A executiva conta que, apesar de
tudo poder ser feito pela internet, as
solicitações também são realizadas
por outros meios. “Há pessoas de
mais idade que não estão plugadas”,
esclarece. Existe um computador 24
horas na recepção e esses moradores
só precisam colocar sua senha no
equipamento e passar as outras instru-
ções para o concierge, que completa
o processo. “A internet, bem utilizada,
é fundamental para o bem da coleti-
vidade”, conclui a diretora da BRC.
Vânia: “Até a formação dos nossos funcionários acontece via internet”
Azevedo: “As ligações estão diminuindo e os acessos ao site aumentando”
Foto
: Div
ulga
ção
Foto
: Cal
ão J
orge
Preste atenção na escolha da ferramenta que vai utilizar e lembre-se que toda informação tem de estar
disponível em um único canal.
O conteúdo tem de ser relevante e a linguagem clara, sob medida para o público a que se destina.
Cuide para que algumas informações só circulem entre os interessados. Para tanto, proteja os dados com
senha, seja em um blog, site ou outra ferramenta virtual.
CONSElHOS ÚTEIS NA WEB
Fonte: Group Software
26
Por Sônia Salgueiro
caPa
Quando se fala em desperdício de água,
o foco é sempre no consumidor final. A
ênfase fica na falta de conscientização
desse usuário que desperdiça água no chuveiro,
na pia, nos jardins e na calçada. Essa ênfase está
correta. O beneficiário do sistema – que paga
por ele – realmente joga fora o que deveria ser
preservado como um bem finito num mundo cujo
futuro desconhecemos.
Mas as empresas estatais que lidam com a
água também dão mau exemplo. Estima-se que
o Brasil desperdice até 60% da sua água doce.
O elenco da perda inclui falhas nas redes de
captação e distribuição, rachaduras na tubulação
e defeitos nas válvulas e bombas. Há também
um cenário de desperdício a céu aberto com os
vazamentos visíveis que demoram muito a ser
reparados. Em muitos casos o reparo é feito em
decorrência da pressão do consumidor e esse
consumidor final que reclama é uma raridade.
Seja como for, não estamos enxergando a
economia em longo prazo. O próximo Dia Mundial
da Água, em 22 de março de 2012, terá que ser
celebrado de forma mais objetiva. Vamos ter que
dar um fim à propaganda romântica. Deveríamos
agregar à data itens concretos de economia.
Deveríamos falar do hidrômetro de medição de
água individualizada e também da valorização
do imóvel que conta com esse equipamento.
É um valor de mercado, não apenas um valor
social. Não podemos culpar sempre a falta de
conscientização das pessoas. A culpa é também
corporativa. Ela pertence a quem recebe e a quem
propaga opinião. As peças de propaganda pre-
cisam ser vigiadas por quem as encomenda. O
foco tem de ser nos verdadeiros pontos de venda.
Sustentabilidade é uma palavra que se incor-
pora definitivamente à nossa cultura. A economia
de água está vinculada a itens como energia solar,
coleta seletiva de óleo de cozinha, etc. A constru-
ção de imóveis tem um custo ambiental que precisa
ser definido desde a prancheta. Custo ambiental
é um item sobre o qual sabemos pouquíssimo.
Perdendo apenas para Estados Unidos, Emi-
rados Árabes, China e Canadá, o Brasil estaria
no quinto lugar do ranking de construções sus-
tentáveis, segundo o site www.gbcbrasil.org.br.
Alguns critérios de medição da sustentabilidade
envolvem uma economia de água que pode che-
gar a 50%. A economia de energia elétrica pode
chegar a 30%. Para a emissão de CO2, 35%. A
economia da geração de resíduos tem peso de
até 90%. Esses números dão ideia do tamanho do
desperdício oculto. De quem é a culpa?
Hubert Gebara é vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP
(Sindicato da Habitação)
De quem é a culpa?
27
Por Hubert Gebara
oPinião
Saiba como escolher e manter os pisos das áreas comuns do condomínio bem conservados e que precauções tomar na hora de trocá-los
Pisos tinindo de novos
Pisos de áreas comuns exigem
mais cuidados e atenção do
que normalmente recebem.
Por isso é importante ficar atento a
algumas dicas dadas por engenheiros
e especialistas sobre utilização correta,
manutenção e troca dos revestimentos.
A utilização de determinados tipos
de pisos depende do que é esperado
em termos de beleza, manutenção,
segurança, conforto e, principalmente,
do local onde será colocado. Mármo-
re, granito, cimentados, cerâmica,
madeira ou granilite são materiais
bastante utilizados em áreas comuns
de condomínios. Em áreas externas,
por exemplo, têm boa aceitação os
revestimentos de pedras.
De acordo com o engenheiro
Ricardo Gonçalves, integrante da
Vice-presidência de Administra-
ção Imobiliária e Condomínios do
Secovi-SP (Sindicato da Habitação)
segurança e conforto são premissas”,
opina o engenheiro.
Limpeza e manutenção
A manutenção correta dos pisos
começa com a limpeza. À primeira
vista, lavadoras de pressão a jato
mostram-se muito eficientes. Só que
é preciso cuidado com a maneira e
frequência com que são utilizadas.
“Lavadoras de pressão a jato podem
atacar o rejuntamento e criar infiltra-
ções ou, mais raramente, danificar a
impermeabilização. O que normalmen-
te acontece é a associação dessas
lavadoras e o emprego de ácido muriá-
tico para limpar as pedras. Com a força
da água, o ácido acaba penetrando
na camada de impermeabilização,
danificando-a irremediavelmente.
Pode também provocar percolação
da água através do concreto e dani-
ficar a armadura das lajes”, justifica
Ricardo Bunemer, diretor de Qualidade
e Tecnologia do Secovi-SP.
Eduardo Antunes, da JC Serviços,
sugere que se evite a utilização de
produtos abrasivos. “Também é impor-
tante verificar a condição dos rejuntes
e a existência de peças trincadas, que
podem acarretar infiltrações e a poste-
rior necessidade de uma manutenção
mais extensa”, acrescenta.
Uma publicação que pode ser
muito útil para os síndicos é o Ma-
com experiência na área de inspeção
predial, os revestimentos precisam
reunir características específicas para
cada tipo de uso. “Numa área comum
de tráfego intenso e exposto às intem-
péries, não devem ser utilizados pisos
que escorregam, para evitar acidentes.
No caso de uma rampa para garagem,
são empregados pisos que propiciam
atrito com os pneus dos veículos, vi-
sando impedir o deslizamento.”
Quando o assunto é revestimento
de piscinas, a preocupação com a
segurança dos usuários é maior em
relação às bordas e ao entorno. Em
ambos geralmente são colocados
pedras naturais ou decks em madeira,
materiais que possuem conforto táctil.
“Porém, como a incidência de água é
inevitável, todo cuidado é pouco contra
os escorregões”, ressalta Gonçalves.
Nos novos empreendimentos, o
uso de pisos emborrachados está
cada vez mais em voga nas áreas
externas destinadas a playgrounds.
Mas, embora seja apropriado para
amortecimento de pequenos tombos,
ele se torna perigoso quando molhado.
“O aconselhamento técnico de pro-
fissional qualificado é imprescindível
na indicação do revestimento mais
apropriado. Nas áreas comuns, que
pertencem a todos os condôminos,
Bunemer: “É preciso atenção para não danificar as lajes.”
ção Imobiliária e Condomínios do
Secovi-SP (Sindicato da Habitação)
Nos novos empreendimentos, o
uso de pisos emborrachados está
cada vez mais em voga nas áreas
externas destinadas a
Mas, embora seja apropriado para
amortecimento de pequenos tombos,
ele se torna perigoso quando molhado.
“O aconselhamento técnico de pro-
fissional qualificado é imprescindível
na indicação do revestimento mais
apropriado. Nas áreas comuns, que
pertencem a todos os condôminos,
Bunemer: “É preciso atenção para não danificar as lajes.”
Foto
: Cal
ão J
orge
28
manutençãoPor Paula Ignacio
nual de Áreas Comuns, criado pelo
Secovi-SP e SindusCon-SP. Ele traz
recomendações sobre limpeza e
conservação dos pisos dessas áreas.
O ideal, porém, é que cada con-
domínio tenha o seu próprio ma-
nual, elaborado por engenheiros e
arquitetos, que analisarão o local
e o material empregado, a fim de
indicar os cuidados.
De acordo com o engenheiro
Gabriel Rodrigues, sócio da Katec
Engenharia, são poucos os con-
domínios que dispõem de manual
personalizado, embora seja possível
contratar empresas de engenharia
para realizarem o serviço. Na concep-
ção do empresário, com o manual é
difícil cometer erros por desconhecer
os cuidados que devem ser dispensa-
dos a certos materiais. “Infelizmente,
erro que acontece com frequência, Fique atento às maneiras como são realizadas a limpeza e conservação dos pisos em áreas comuns
Foto
: JC
Edu
ardo
29
ocasionando a necessidade de subs-
tituição e reformas”, complementa.
Existem maneiras simples e eficien-
tes de conservar os pisos. Por exem-
plo: como areia e terra são abrasivos,
um capacho na entrada das áreas in-
ternas ajuda na conservação. Ricardo
Bunemer alerta para a economia que
pode ser feita e dá algumas sugestões:
“Granito, mármore, granilite e mosaico
romano têm de ser polidos, ficando
com a aparência de novos. Pisos de
madeira devem ser lixados e depois
protegidos com produtos específicos,
enquanto os carpetes podem ser
lavados. Entretanto, no caso de esta-
rem bem danificados, não há solução
mágica; precisarão ser trocados”.
A hora da troca
Bunemer explica que, antes de
substituir o piso, é recomendável
uma avaliação da situação e do local
e atentar para alguns detalhes. “No
caso da área externa, a remoção não
pode estragar a impermeabilização. É
necessário atenção para não danificar
as lajes. Para áreas internas, como hall
de serviço e escadarias, devemos ter
todo o cuidado para que as obras não
danifiquem a estrutura e os condutos
elétricos, telefônicos, CATV, circuitos
de segurança, de automação ou mes-
mo hidráulicos.”
Rodrigues, da Katec, diz ser impor-
tante pensar na impermeabilização das
garagens, uma vez que o piso precisa
suportar o atrito e o peso dos auto-
móveis. “Nas garagens normalmente
são aplicadas várias camadas de di-
ferentes tipos de revestimentos, como
cimentados, cilindrados e juntas de
dilatação cerradas. São as camadas
de sacrifício”, diz.
Ele aconselha atenção na hora de
contratar uma empresa para execu-
ção da troca dos pisos. Companhias
sérias, segundo o empresário, ofe-
recem garantias legais de qualidade
do serviço e, ao realizarem as trocas,
cuidam da parte de impermeabili-
zação. “É importante para o síndico
exigir esse tipo de garantia, uma vez
que o trabalho pode colocar em risco
Gonçalves: “Nas áreas comuns, segurança e conforto são premissas”
a segurança dos condôminos.”
As substituições de piso têm de
ser bem planejadas. Ao escolher o
material, além do fator estético, é
aconselhável considerar os aspectos
de manutenção e segurança. “Hoje,
felizmente, existem pisos muito bonitos
que oferecem mais segurança. É o
caso do porcelanato que já vem com
antiderrapante. O mercado de pisos
tem oferecido material de qualidade”,
explica Rodrigues. Ele lembra que
cada material traz especificações de
conservação, que, se forem seguidas,
aumentarão a durabilidade do piso.
É fundamental dar treinamento
adequado aos funcionários respon-
sáveis pela limpeza e conservação
das áreas comuns, para que, inclu-
sive, consumam menos água. Há
também a possibilidade de utilização
de produtos de limpeza biodegradá-
veis, hoje fáceis de encontrar e que
não prejudicam o meio ambiente e a
resistência dos pisos.
As substituições de pisos devem ser bem planejadas
Foto
: JC
Edu
ardo
Foto
: Cal
ão J
orge
30
manutençãoPor Paula Ignacio
Em prol do planetaO Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho. Apesar de todos os progressos, os condomínios e a sociedade ainda têm muito o que avançar
Em 5 de junho próximo, o México
sediará as comemorações do
Dia Mundial do Meio Ambiente,
com o tema Seu Planeta Precisa de
Você: Unidos Contra as Mudanças
Climáticas. Segundo os organizadores
do evento, a proposta é refletir o enga-
jamento dos países da América Latina
e Caribe na luta contra as mudanças
climáticas e na transição para uma
sociedade de baixo carbono.
Muito se fala que o Brasil tem uma
posição de liderança em termos de po-
lítica nacional de mudanças climáticas,
de posturas e atitudes em relação ao
uso dos recursos e da forma de lidar
com as questões ambientais.
O especialista da FGV ainda faz
referência a uma recente pesquisa
realizada pelos institutos Akatu e
Ethos, que mostra alguns resultados
positivos, como a manutenção do per-
centual de consumidores conscientes
em 5%. Considerando-se o aumento
populacional, isso significa um cresci-
mento de cerca de 500 mil consumi-
dores brasileiros aderindo a valores e
comportamentos mais sustentáveis.
pois agora se estrutura para cumprir
suas metas de redução das emissões
de gases do efeito estufa até 2020.
“Caminhamos bastante, mas o muito
ainda é pouco. É preciso conscientiza-
ção em larga escala”, analisa Alexan-
dre Prado, coordenador de Projeto do
Programa Desenvolvimento Local do
Centro de Estudos em Sustentabilida-
de da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Segundo ele, as pessoas precisam
se reconhecer como agentes ativos do
desenvolvimento sustentável, para aju-
darem na promoção de uma mudança
32
Por Marcos Fernando Queiroz
sustentaBilidade
“Precisamos voltar os olhos para
a energia que vem de cima”, ilustra,
fazendo referência à exploração in-
discriminada do solo e dos recursos
hidrominerais promovida pelo homem.
Segundo o coordenador da FGV,
por abrigar núcleos humanos, o condo-
mínio apresenta diferenciais positivos
nessa empreitada. “Um grupo com
um bom planejamento surte mais
efeito. A economia de água e energia
nos edifícios é um bom exemplo a ser
praticado”, ilustra.
Conscientização expandida
“O Secovi-SP sempre esteve na
luta pela adoção de medidas sustentá-
veis”, diz Geraldo Bernardes, diretor de
Sustentabilidade da Vice-presidência
de Administração Imobiliária e Con-
domínios do Sindicato. “Queremos
conduzir os condomínios para essa
renovação”, completa.
A mudança de postura pode come-
çar por atitudes simples, segundo Ber-
nardes. “Basicamente, são ações que
envolvem economia de água e energia,
reciclagem de lixo e a criação de áreas
permeáveis nos edifícios. Em linhas
gerais, elas valorizam o condomínio.”
Para o dirigente, as administrado-
ras também precisam esforçar-se para
oferecer ao condomínio aquilo que elas
próprias elegeram para si como estra-
tégia de sobrevivência. “Se for uma
empresa que pensa no meio ambiente,
essa preocupação deve se traduzir em
propostas concretas para os condomí-
nios de sua carteira”, afirma. Prado: “A economia de água e energia nos edifícios é um bom exemplo a ser praticado”
SUSTENTABILIDADE NOS CONDOMÍNIOS
Com algumas mudanças, é possível alcançar resultados sustentá-
veis importantes nos condomínios. Abaixo algumas ações que podem
ser aplicadas:
A instalação de medição individualizada de consumo de água re-
presenta até 35% de economia na conta de água. O síndico deve verificar
se o seu prédio permite tais instalações. O mesmo vale para o GLP (Gás
Liquefeito de Petróleo).
O condomínio pode fazer parceria com alguma empresa ou organiza-
ção que recicle o óleo de fritura usado de origem doméstica. Essa iniciativa
diminui o risco de entupimento dos canos e a contaminação da água.
O condomínio poderá promover coleta seletiva de lixo reciclável, acio-
nando cooperativas ou prefeituras para recolher esse material. Quando da
manutenção, pode também lançar mão do uso de tintas ecológicas, com
cores claras. Isso favorece uma menor contaminação química e, simulta-
neamente, um melhor uso da luminosidade.
Os moradores ou funcionários do condomínio poderão juntar o mate-
rial orgânico do lixo para compostagem, usando-o nos jardins e hortas do
prédio ou até mesmo vendendo-o.
O condomínio pode instalar um sistema de captação de água de chuva
para a lavagem de áreas comuns, carros, calçadas ou mesmo para regar
jardins. Também pode promover a troca ou instalação de equipamentos
hidráulicos (regulador de vazão, arejadores, controladores de vazão, vasos
sanitários, etc.), o que resulta em economia de água e energia.
A instalação de luzes com sensores de presença, principalmente em
áreas de baixa movimentação, como escadas, é uma atitude sustentável.
Outra alternativa menos comum, porém viável, é a instalação de sistema
para captação de energia eólica no condomínio.
Caso conte com mais de um elevador, o condomínio pode promover
um rodízio no uso do equipamento. É possível instalar programas sofistica-
dos que controlam de forma inteligente a logística dos elevadores.
Comprar alimentos orgânicos ainda sai caro. Mas os condôminos
podem formar um clube de compras, negociando melhores preços direta-
mente com as empresas fabricantes.
Fonte: Diretoria de Sustentabilidade da Vice-presidência de Administração Imobiliária e
Condomínios do Secovi-SP
33
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Muitos síndicos e administra-dores têm dúvidas sobre o que está sendo proposto para os seus elevadores. Têm dificuldade para interpretar tecnicamente os diferen-tes orçamentos que são propostos e avaliar as empresas que os oferecem. Saber o que realmente é imprescindível em termos de se-gurança e aspectos legais.
Para estas e outras questões o aconselhamento profissional feito por pessoal capacitado e indepen-dente, além da segurança, é um investimento que resulta em eco-nomia para o condomínio ao estar aplicando corretamente os recursos disponíveis.
Os principais serviços são: 1) Laudo Técnico: através de
visita ao edifício e vistoria nos elevadores é feita uma análise completa, identificando os pontos críticos. Orientando o condomínio em relação aos itens que devem ser substituídos ajustados ou refeitos e quais as partes onde não são necessários serviços. È emitido um laudo técnico embasado inclusive por imagens fotográficas.
2) Equalização de propostas:
elaboração de um comparativo entre as propostas de serviços exis-tentes ou de um memorial descritivo dos itens a serem considerados nas propostas. Análise das empresas proponentes ou sugestão de em-presas participantes.
O resultado é apresentado através de uma planilha de equali-zação técnica das propostas com orientações e considerações finais para a tomada de decisão pelo condomínio.
3) Acompanhamento das insta-lações: Muitas vezes é difícil para os leigos acompanharem se os ser-viços contratados foram realmente realizados conforme contratados. Neste caso é realizada a conferên-cia e certificação dos equipamentos e uma avaliação final das instala-ções, aprovação, testes e liberação final para uso.
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Um componente do corpo diretivo pode ser, simultaneamente, advogado do condomínio?
Concedida a folga semanal, após quantas horas o empregado poderá retornar ao trabalho? Estas e
outras questões são respondidas pelo Departamento Jurídico do Secovi-SP
2
3Qual intervalo deverá ser observado na realização de exames
periódicos dos trabalhadores em condomínios?
Regra geral, o exame periódico, que compõe o PCMSO (Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional), previsto na NR MTE nº 7,
deverá ser realizado nos seguintes intervalos mínimos: anualmente, para
trabalhadores menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade; a
cada dois anos para trabalhadores entre 18 e 45 anos de idade.
Deve-se ressaltar, no entanto, que outras circunstâncias, como a
exposição dos trabalhadores a riscos ou situações de trabalho que
impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacio-
nal ou quando portadores de doenças crônicas, poderão determinar,
a critério do médico do trabalho, a realização do exame em intervalos
menores (item 7.4.3.2, NR-7).
Concedida a folga semanal, após quantas horas o empregado
poderá retornar ao trabalho?
A Constituição Federal assegura a todos os empregados descan-
so semanal remunerado (folga), que deverá corresponder a 24 horas
consecutivas (art. 67, CLT). Além disso, deve-se observar que o artigo
66 da CLT determina que entre o término de uma jornada de trabalho
e início de outra deve haver um intervalo de, no mínimo, 11 horas con-
secutivas de descanso, que não deve ser deduzido nem compensado
do período de folga.
Dessa forma, por ocasião da concessão do repouso semanal re-
munerado (folga), o início de nova jornada de trabalho deverá ocorrer
após, no mínimo, 35 horas consecutivas de descanso (soma das 24
horas da folga + 11 horas de intervalo entre jornadas).
1Em caso de dispensa, sem justa causa,
de empregado que tenha se aposentado
no curso do contrato de trabalho e saca-
do o FGTS, qual será a base de cálculo
da multa rescisória: todos os depósitos
fundiários efetuados na vigência do
contrato ou somente aqueles realizados
após a aposentadoria?
Predomina atualmente o entendimento
que a multa rescisória devida em razão da
dispensa imotivada do empregado apo-
sentado deverá ser calculada sobre todos
os depósitos efetuados na conta vinculada
do FGTS durante a vigência do contrato
de trabalho, atualizados monetariamente
e acrescidos dos respectivos juros, sem
dedução dos saques ocorridos por ocasião
da aposentadoria.
Nesse sentido dispõe a Orientação
Jurisprudencial SDI-1 nº 361 do Tribunal
Superior do Trabalho:
361. Aposentadoria Espontânea. Unici-
dade do Contrato de Trabalho. Multa de 40%
do FGTS sobre todo o período
A aposentadoria espontânea não é cau-
sa de extinção do contrato de trabalho se o
empregado permanece prestando serviços
ao empregador após a jubilação. Assim, por
ocasião da sua dispensa imotivada, o em-
pregado tem direito à multa de 40% do FGTS
sobre a totalidade dos depósitos efetuados
no curso do pacto laboral.
36
tiRa-dÚVidas
1Diz o artigo 322 do Código Civil que, “quando o pagamento for em quotas
periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a
presunção de estarem solvidas as anteriores”. Tal lógica se aplica às
cotas condominiais?
Não. Entende-se que as cotas condominiais são autônomas, bem como
fundamentais para a sobrevivência do condomínio e manutenção dos serviços
e benefícios comuns. O julgado seguinte ilustra o que foi dito:
Cota. Condomínio. Presunção. Quitação.
“A jurisprudência das Turmas que compõem a Segunda Seção deste Superior
Tribunal pacificou-se no sentido de que as cotas condominiais são imprescindí-
veis à manutenção do condomínio, que sobrevive da contribuição de todos em
benefício da propriedade comum de que usufruem. Elas representam os gastos
efetuados mês a mês, de sorte que gozam de autonomia umas das outras, não
prevalecendo a presunção contida no art. 322 do CC/2002 (correspondente ao
art. 943 do CC/1916), de que a mais antiga parcela estaria paga se as subse-
quentes o estivessem. Diante disso, a Seção deu provimento aos embargos.
Precedente citado: REsp 852.417-SP, DJ 18/12/2006.
(STJ - Embargos de divergência em recurso especial 712.106-DF, Rel. Min.
João Otávio de Noronha, julgado em 9/12/2009).
2Há contradição entre disposição da Convenção que limita a quantidade
de reeleições do síndico e o texto do artigo 1.347 do Código Civil?
Não. A lei em vigor sobre o tema (artigos 1.331 a 1.358 do Código Civil) não
estabelece qualquer limitação quanto à reeleição do síndico no condomínio
edilício ou mesmo dos demais cargos diretivos (subsíndico e conselheiros).
Pelo contrário, o mandato, ainda que limitado a dois anos no máximo, poderá
se renovar por infinitas e sucessivas reeleições, salvo se o contrário dispuser
expressamente a Convenção do Condomínio, como um aprofundamento da
generalidade presente no artigo 1.347 do Código Civil:
Art. 1.347. A assembleia escolherá um síndico, que poderá não ser con-
dômino, para administrar o condomínio, por prazo não superior a dois anos, o
qual poderá renovar-se.
3um componente do corpo diretivo
(síndico, subsíndico ou conselheiro)
pode ser, simultaneamente, advogado
do condomínio?
Não. A ocorrência deve ser evitada,
pois configura desvio ético e discipli-
nar, bem como ofensa à Lei Federal nº
8.906/94 (Estatuto da Advocacia):
Advogado e ocupante de cargo na ad-
ministração de condomínio - Cumulação
- Captação de causas e clientes - Conflito
de interesses - Funções inconciliáveis
e incompatíveis. Incabível a cumulação
do cargo de Subsíndico ou membro do
Conselho Consultivo com a função de
Advogado do Condomínio. Flagrante
inculcação e captação de clientes, o que
atenta contra a dignidade da profissão.
Configura conflito de interesses o exer-
cício, pelo Advogado, de cargo na admi-
nistração do Condomínio que lhe confere
poderes para a apreciação, aprovação e
fiscalização de seu próprio contrato de
honorários (Tribunal de Ética e Disciplina
da OAB-SP - Processo nº E-3.844/2009 -
v.u., parecer e ementa do Rel. Dr. José
Antonio Salvador Martho – Ementário da
528ª Sessão realizada em 10/12/2009).
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Este espaço é um canal permanente para que síndicos e administradoras esclareçam questões relacionadas ao dia a dia da gestão condominial. Envie suas dúvidas para
o e-mail [email protected]
37
tiRa-dÚVidas
Conhecimento como forma de defender a
atuação do setor imobiliário. Esta é a fórmula
do sucesso. Com base nessa premissa, o
Secovi-SP desenvolve pesquisas e cursos para as
várias áreas da indústria da construção civil e imobi-
liária, e para a infinidade de profissionais que atuam
nessa área, do loteador ao zelador e administrador
de condomínios.
O Sindicato também foi a primeira entidade pa-
tronal a desenvolver uma universidade corporativa,
em maio de 2001. Prestes a completar dez anos
de atuação, a Universidade Secovi forma somente
no segmento de condomínios 500 alunos por ano
e iniciou em abril o MBA em Financiamento e Ne-
gócios Imobiliários, uma iniciativa conjunta com
a Abecip (Associação Brasileira das Entidades
de Crédito Imobiliário e Poupança) e UBS (União
Business School).
Assim como os empresários sentem falta de tra-
balhadores capacitados para os canteiros de obras,
as instituições financeiras percebem a escassez de
profissionais que entendam de crédito imobiliário.
A explicação para esse fenômeno é o longo
período de estagnação pelo qual passou o setor imo-
biliário nacional, iniciado nos anos 80 com o fim do
BNH (Banco Nacional de Habitação), época de falta
de crédito, de curtos períodos de financiamento (de
quatro a oito anos) e altos índices de inflação.
A partir de 1994, com o fortalecimento da moeda e
o controle da inflação, teve início a retomada no País
da instituição do crédito imobiliário. No final de 1999,
os esqueletos do FCVS (Fundo de Compensação das
Variações Salariais), gerados pelo Proer – medida
governamental de auxílio aos bancos nacionais –, co-
meçaram a retornar ao mercado. Eram R$ 30 bilhões
que voltariam em 100 meses, a conta-gotas. Hoje,
esse montante representa 1/3 do que foi destinado
pelos agentes financeiros em 2010.
O economista Sérgio Darcy, que no final do go-
verno FHC era diretor de Normas do Banco Central,
foi um dos grandes responsáveis por essa guinada
no crédito, junto ao então presidente do BC, Armínio
Fraga. Para a volta do crédito, houve efetiva partici-
pação de empresários e bancos, ação que permitiu
crescimento exponencial do setor.
Agora, o desafio de encontrar novas formas de
recursos para o financiamento à produção e aquisição
de imóveis, em virtude de uma possível escassez de
fundos da poupança e do FGTS (Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço) daqui a dois anos, depende de
mais profissionais preparados e conhecedores das
peculiaridades desse segmento econômico.
Por essa razão, investiremos cada vez mais
em educação.
João Crestana é presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e da Comissão Nacional da Indústria
Imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)
Conhecimento é a base do sucesso
38
Por João Crestana
caRta do PResidente
ACESSóRIOSABC Metal ...................................................... pág. 40Advento Comercial ......................................... pág. 41Confiança ....................................................... pág. 41Jetpump ......................................................... pág. 40Travema .......................................................... pág. 40Uruflex ............................................................ pág. 40
ADMINISTRAçãO DE ESTACIONAMENTOSDoral Park Estacionamentos .......................... pág. 41
ADMINISTRADORAADCIP ............................................................. pág. 40Camargo ........................................................ pág. 43Damasco ........................................................ pág. 42Della Torre Condomínios ................................ pág. 41Directa ............................................................ pág. 42F Moraes ........................................................ pág. 41GK .................................................................. pág. 41Grupo Maxx .................................................... pág. 42Nuñez Aldin Condomínios ............................. pág. 42Prisma Administração .................................... pág. 42Sigecon .......................................................... pág. 43Verti ................................................................. pág. 42Winn Administração ....................................... pág. 42
AuDITORIAConaudi .......................................................... pág. 43
BRIGADA DE INCêNDIOProtexfire ........................................................ pág. 42Red Fire .......................................................... pág. 43Tecnofire ......................................................... pág. 43
CONSTRuçãO3D Contruções ............................................... pág. 60
CONSulTORIA DE ElEVADORESDr. Elevador .................................................... pág. 43
CONTROlE DE PRAGASDesintec ......................................................... pág. 44
DESENTuPIDORADesentupidora Jupiter .................................... pág. 44Real ................................................................ pág. 44
ElÉTRICAExclusiva Engenharia ..................................... pág. 44Hengeserv ...................................................... pág. 45
ElEVADORESAlternativa ....................................................... pág. 45Asselev ........................................................... pág. 46Basic Elevadores............................................ pág. 34CBE ................................................................ pág. 46Convert ........................................................... pág. 34CSM................................................................ pág. 45Delev .............................................................. pág. 47Ewic ................................................................ pág. 47Grambell ......................................................... pág. 34
Infolev ............................................................. pág. 35Korman ........................................................... pág. 45MDE ................................................................ pág. 47Mega .............................................................. pág. 45Mitson ............................................................. pág. 46Monciel ........................................................... pág. 46New Servs ...................................................... pág. 46Novart ............................................................. pág. 44Paulista ........................................................... pág. 47Primac ............................................................ pág. 34RC................................................................... pág. 47Santista .......................................................... pág. 48Seciesp ........................................................... pág. 34SPL ................................................................. pág. 48Tecnew............................................................ pág. 47Universal ......................................................... pág. 48Zapplift ........................................................... pág. 34
EQuIPAMENTOS DE GINáSTICAJohnson Fitness Store ................................... pág. 15
FIlTROSFiltrolar ............................................................ pág. 48
FITNESSMundo Fit ....................................................... pág. 21
GERADORESGen Control .................................................... pág. 48
IMPERMEABIlIzAçãOAmadeu .......................................................... pág. 49Landotek ........................................................ pág. 48Lwart ............................................................... pág. 48Polican ............................................................ pág. 49Primer ............................................................. pág. 49Vedacit (Otto) ................................................. pág. 59
INDIVIDuAlIzAçãOAJ Martani ...................................................... pág. 11Sappel do Brasil ............................................. pág. 02
MóVEISMilenio Móveis................................................ pág. 13Silton Flex ....................................................... pág. 49Tidelli In & Out ........................................ pág. 04 e 05
MóVEIS PARA áREA DE lAzERSolare ............................................................. pág. 49
PINTuRAA Freitas ......................................................... pág. 50Agilimp ........................................................... pág. 50Arco Íris .......................................................... pág. 50Arthcores ........................................................ pág. 50Colorcryl ......................................................... pág. 51Flaiban ............................................................ pág. 51Galli Serviços .................................................. pág. 52PGM Pinturas ................................................. pág. 51Pinturas Habitar .............................................. pág. 52Pinturas Triunfo ............................................... pág. 50
Repinte ........................................................... pág. 53Restaurar Engenharia .................................... pág. 53Spectro ........................................................... pág. 53TAJ Engenharia .............................................. pág. 53ZS Pinturas ..................................................... pág. 51
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