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APROVEITE TUDO O QUE O LITORAL CATARINENSE TEM PARA OFERECER VIVA O VERÃO! BALNEÁRIO CAMBORIÚ E REGIÃO VERÃO 2013 4 Exemplar exclusivo do hotel SHOW ME PARA CURTIR SANTA CATARINA nº2 BEM-VINDO DESCUBRA AS ATRAÇÕES DA REGIÃO ONDE ESTÁ HOSPEDADO NO ROTEIRO COLOQUE O PÉ NA ESTRADA E CONHEÇA LUGARES INESQUECÍVEIS NA BAGAGEM VOLTE SEMPRE LEVE PARA CASA AS MELHORES LEMBRANÇAS DE SANTA CATARINA PLANEJE O ROTEIRO DA SUA PRÓXIMA VIAGEM PELO ESTADO

Revista Show Me Balneário Camboriú

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Revista de verão para Balneário Camboriú da RICSC

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APROVEITE TUDO O QUE O LITORAL CATARINENSE TEM PARA OFERECER

VIVA O VERÃO!

BALNEÁRIO CAMBORIÚ E REGIÃO VERÃO 2013 4 Exemplar exclusivo do hotel

SHOWME

PARA CURTIR SANTA CATARINA

nº2

BEM-VINDODESCUBRA AS ATRAÇÕES DA REGIÃO ONDE ESTÁ HOSPEDADO

NO ROTEIROCOLOQUE O PÉ NA ESTRADA E CONHEÇA LUGARES INESQUECÍVEIS

NA BAGAGEMLEVE PARA CASA AS MELHORES LEMBRANÇAS DE SANTA CATARINA

BEM-VINDODESCUBRA AS ATRAÇÕES DA REGIÃO ONDE ESTÁ HOSPEDADO

NO ROTEIROCOLOQUE O PÉ NA ESTRADA E CONHEÇA LUGARES INESQUECÍVEIS

NA BAGAGEM

VOLTE SEMPRE

LEVE PARA CASA AS MELHORES LEMBRANÇAS DE SANTA CATARINA

PLANEJE O ROTEIRO DA SUA PRÓXIMA VIAGEM PELO ESTADO

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No Cardápio108 1 Delícias de Floripa

114 1 A costa dos sabores

Na bagagem120 X Acessórios masculinos

122 X Acessórios femininos

124 X Beachwear

126 X Relógios

127 X Artesanato

Volte sempre130 X Turismo cervejeiro

136 X Outubro é mês de festa

140 X Um brinde nas alturas

144 X Hospitalidade campeira

148 X O paraíso das águas

151 X Sul catarinense: Laguna e Jaguaruna

152 X Memórias da imigração

156 X O sonho de morar na praia

161 X Sul catarinense: Morro dos Conventos, Criciúma e Nova Veneza

BEM VINDO X Índice BEM-VINDO X Índice4

68

EditorialSeu guia para o verão catarinense 1 8

OpiniãoConquista merecida | Encontros de qualidade | Novos caminhos 1 12Talento natural | Cheia de encantos | 150 anos de imigração 1 14

Vestida de festa | Guia para os viajantes | Destino perfeito 1 16

Bem-vindoRoteiros e lugares que você precisa

conhecer na região onde está hospedado 1 20

No RoteiroQual a sua praia? 1 68

Um pedacinho da Alemanha 1 80Verão longe da praia 1 88

Encanto lusitano 1 92Surfe, natureza e baleias 1 96

Nosso pequeno tesouro 1 100Por água abaixo 1 104

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QUAL É AQUAL É Asua praia?sua praia?

De balneários agitados a recantos agrestes, como a Praia dos Ilhéus (acima), selecionamos 15 lugares imperdíveis para quem visita a costa catarinense

SHOW ME 5

Pomerode

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Rafting

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Garopaba

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Imobiliário

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Gastronomia

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Um banho de adrenalina nas corredeiras de Santo Amaro da Imperatriz O pequeno município no Vale do Itajaí preserva a herança dos imigrantes

Nove praias em meio à natureza fazem da cidade um point do verão

O melhor da culinária local nos restaurantes de Floripa e Bal. Camboriú A expansão imobiliária no litoral de SC atrai investidores de todo o país

8 BEM-VINDO X Editorial

É com um misto de prazer e orgulho que o Grupo RIC, o segundo maior conglomerado de comunicação do Sul do Brasil, lança a segunda edição da revista SHOW ME. O sucesso do verão passado – que ren-deu inclusive um prêmio da Associação Nacional de Editores de Publicações (Anatec) na categoria “Lan-çamento de Publicações” – nos motivou a trabalhar para trazer até você uma publicação com a mesma qualidade editorial e com ainda mais conteúdo.

Este ano aumentamos o número de páginas e ex-pandimos nosso raio de atuação para oferecer um conteúdo que contempla todas as regiões de Santa Catarina. Ampliamos também a tiragem, que passou de 50 mil para 65 mil exemplares, o que nos permite distribuir a SHOW ME em hotéis e pousadas de todo o Estado. Somente na região de Florianópolis e Bal-neário Camboriú, a revista estará presente em mais de 15 mil leitos de 282 hotéis e pousadas.

Dentro da proposta de cobrir em detalhes os des-tinos turísticos de Santa Catarina, a SHOW ME passa a destacar a cada edição um município catarinense que se caracteriza por seus atrativos turísticos. O pri-meiro deles é Pomerode, que em 2013 comemora 150 anos de imigração alemã e encanta os visitantes com seu charme tipicamente germânico.

Outra novidade é o espaço dedicado às crianças. Sabemos que muitos leitores se hospedam em hotéis e pousadas com seus filhos. Pensando nisso, temos dicas imperdíveis para você aproveitar melhor sua estadia com os pequenos. Mas não ficamos apenas nisso. Trouxemos nesta segunda edição uma varie-dade de informações para atender a todos os estilos. Esperamos que a SHOW ME sirva como o seu guia pessoal para curtir uma ótima temporada e como mo-tivação para voltar sempre a Santa Catarina.l

Seu guia para o verão catarinense

Marcello Corrêa PetrelliVice-Presidente-executiVo GruPo ric/sc

“Este ano expandimos nosso

raio de atuação para oferecer

um conteúdo que contemple todas

as regiões de Santa Catarina”

Uma publicação do Grupo RIC

PRESIDENTE Mário J. Gonzaga Petrelli

Grupo RIC/SC

VIcE-PRESIDENTE-ExEcuTIVo GRuPo RIc/Sc Marcello Corrêa Petrelli

DIREToR comERcIal Reynaldo Ramos

DIREToR aDmINISTRaTIVo E FINaNcEIRo Albertino Zamarco Jr.

DIREToR oPERacIoNal Paulo Hoeller

Revista SHOW ME

cooRDENaDoR-GERal Victor Emmanuel Carlson

EDIToR-ExEcuTIVo Diógenes Fischer

DIaGRamação E FoTo Da caPa Victor Emmanuel Carlson

REPoRTaGEm Adão Pinheiro, André Lückman, Cléia Schmitz,

Emanuelle Gomes, Giselle Zambiazzi, Giovana Kindlein, Jeremias Thompson,

Jerônimo Rubim, Leo Laps, Luciana Altamann, Luciana Zonta, Mateus Boing, Mônica Pupo

e Rosana Rosar

FoToGRaFIa Daniel Queiroz, Leo Laps, Marcello Sokal e

Victor Emmanuel Carlson

coNSulToRa DE moDa Débora Ferreira

maPaS Rogério Moreira Jr.

DISTRIbuIção Simone Cristina de Souza

Cláudia Catani

REVISão Sérgio Meira e Patrícia Regina da Costa

ImPRESSão Gráfica Posigraf

www.revistashowme.com.br

Dezembro 2012 e Janeiro, fevereiro e março 2013

avenida do antão, 1.857cEP 88025-150 – Florianópolis/Sc

(48) 3221-4100

SHOWME

CA_0035_12B_Anuncio_210x275mm.indd 1 04/12/12 09:49

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12 BEM-VINDO X Opinião

A revista SHOW ME – a “revista de bordo” do turista que visita Santa Catarina –, veio com o intuito de consolidar-se como mais um canal de informação sobre o nosso potencial turístico. Isto ficou evidente na primeira edição. O diferencial da revista é a sua diversificação de conteúdo, mostrando todo o território catarinen-se de forma exuberante e fornecendo ao turista que nos visita a dimensão exata do quanto nosso estado é maravilhoso.

A comprovação do sucesso da primeira edição da SHOW ME e sua impor-tância para a divulgação do turismo catarinense veio com a premiação da entrega do VIII Prêmio Anatec de Mídia Segmentada 2012.

Parabéns Grupo RIC, receba os cumprimentos de toda a equipe da Santur pela merecida conquista! Te-mos certeza que a segunda edição da revista alcançará o mesmo sucesso.l

Conquista merecida

Valdir WalendowskyPresidente da santa Catarina

turismo s/a (santur)

Santa Catarina é um estado que, embora pequeno, exibe uma surpreendente variedade de paisagens. A costa litorânea tem 560 quilômetros e praias paradisíacas. As montanhas, com altitudes que chegam perto de 2 mil metros, são cobertas por grandes extensões de Mata Atlântica e contam com a majestade das araucárias. Há ainda rios, lagoas e dezenas de fontes de águas termais. Nosso estado apresenta cidades modernas e progressistas que convivem com paisagens rurais.

O viajante atento perceberá que os contrastes desta terra não são apenas decorrentes de características geográficas, mas também da diversidade cultural catarinense, resultado do encontro de diversas nacionalidades que, no passado, escolheram a Santa e Bela Catarina para viver e trabalhar.

Atualmente, a singularidade de seus aspectos culturais e econômicos decorrentes destes encontros colocam Santa Catarina em destaque no cenário do turismo nacional e internacional. Por essa razão, o Conselho Estadual de Turismo assume o compromisso constante, por meio de suas entidades, para o aumento da competitividade turística com foco na capacitação e profissionalização da gestão do turismo catarinense. Dessa forma garantimos proporcionar encontros de qualidade a cada viajante que escolher o nosso estado para passear ou fazer negócios.

Bem-vindo a Santa Catarina!l

Encontros de qualidade

Joseli de Ulhoa CintraPresidente do Conselho estadual de turismo

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Um dos fatores relevantes para o turismo é, sem dúvida, a promoção e a divulgação de seus produtos e destinos. Nesse sentido, iniciativas como o lançamento da revista SHOW ME são um fator de grande importância para o sucesso de nosso turismo. A ABIH-SC, em nome da hotelaria catarinense, destaca a importância desta iniciativa do Grupo RIC, que nos brinda pelo segundo ano consecutivo com uma publicação de alto nível e que vem contribuir para aumentar ainda mais o interesse dos turistas pelos nossos atrativos. A publicação, pela abordagem de suas reportagens, certamente vai despertar ainda maior interesse dos visitantes em ampliar seus conhecimentos e desfrutar de novos produtos e serviços. Numa cobertura abrangente, a revista apresenta a grande diversidade de opções, desbravando novos caminhos, desvendando segredos sobre nosso passado ou promovendo o prazer da gastronomia, de nossos vinhos ou da convivência com nossa gente alegre e descontraída cuja marca registrada é a satisfação em bem receber o visitante.l

Novoscaminhos

João Eduardo A. MoritzPresidente da assoCiação Brasileira da indústria de hotéis (aBih/sC)

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14 BEM-VINDO X Opinião

É com muita alegria que o Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau escreve para a segunda edição da revista SHOW ME, mais um importante proje-to de verão do Grupo RIC Record que agrega valor ao turismo de nossa região.

Belezas naturais, atrações dos mais diversos segmentos, eventos consagra-dos como Brilhos de Natal, Réveillon Show, Carnamboriú, além de equipamen-tos turísticos cada vez mais inovadores, são algumas das opções de lazer que turistas e moradores encontram na temporada e durante o ano inteiro, afinal, Balneário Camboriú é cheia de encantos nos 365 dias.

Como presidente de uma entidade como o Conven-tion Bureau, que busca e fomenta eventos de turismo e negócios, sinto-me feliz por saber que, com a união de todos os nossos associados, contribuímos para o desenvolvimento econômico e turístico da nossa bela cidade. Obrigada aos colaboradores da revista SHOW

ME, que se preocupam em oferecer jornalismo de qua-lidade e se comprometem com todos aqueles que visi-tam e amam Balneário Camboriú!l

Cheia de encantos

Margot R. Libório Presidente do Balneário CamBoriú Convention & visitors Bureau

No século 19, a Europa passou por um processo de industrialização que resultou em transformações sociais e econômicas com reflexos nas cidades e campos. Nos Estados Alemães, a situação motivou a imigração de parte da população a outros países. No Brasil, Santa Catarina recebeu grande leva de imigrantes germânicos a partir de 1829.

No Vale do Itajaí, a Colônia Blumenau foi fundada em 1850. Expandindo--se para o norte, fez do ano de 1863 o marco inicial de Pomerode, quando a família do primeiro imigrante pomerano, João Fernando Luebke, se fixou nas terras hoje pomerodenses. Na região, os imigrantes superaram dificuldades e adaptaram suas tradições e costumes. Estruturaram a comunidade no tri-pé escola, igreja e associações recreativas. Dali surgiu a cultura brasileira de origem alemã.

Pomerode, inicialmente baseada na atividade agrícola, diversificou sua economia a partir de 1946, com a instalação da Porcelana Schmidt S/A. O município, criado em 19 de dezembro de 1958 e instalado em 21 de janeiro de 1959, foi nomea-do Pomerode em homenagem aos seus imigrantes pomeranos. Em 1984, foi criada a Festa Pomera-na, que em 2013 chega a sua 30ª edição.l

150 anos de imigração

Roseli Zimmerdiretora na seCretaria de

turismo de Pomerode

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Florianópolis é a cidade do verão. Seus belos contrastes entre a mata verde e as praias de águas frescas, atraem turistas encanta-dos com este pedaço de paraíso. E nós correspondemos com profis-sionalização de serviços no trade turístico e investimentos em negó-cios qualificados. As alternativas vão além dos passeios sob o sol. Beach clubs fazem festas diurnas para visitantes de perfil jovem. O mesmo das festas eletrônicas com os melhores DJs do mundo. Restaurantes de alto padrão, bares sofisticados ou descontraídos, programação cultural e passeios alternativos movimentam todas as regiões. O centro histórico ganhou roteiro guiado, levando os turistas a pontos que guardam nossas memórias. E publicações como a SHOW ME cumprem o papel de informar tudo isso. Durante esta temporada teremos a transição na prefeitura. A posse de Cesar Souza Júnior agrega mais expec-tativas. Ele já esteve à frente da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura, o que deverá agregar ao turismo dessa cidade de enorme talento natural. l

Talento natural

Eugênio Davi Cordeiro Neto Presidente do FlorianóPolis e região Convention & visitors Bureau

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16 BEM-VINDO X Opinião

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Garopaba das nove praias. Nove formas diferentes de se relacionar com o mar, de Norte a Sul: Gamboa, Siríu, Central, Vigia, Silveira, Ferrugem, Barrinha, Ouvidor e Vermelha. Nove diferentes ondas numa só Garopaba. Enseadas, picos famosos do surfe, cenários preferidos pelas baleias francas para acasalar e criar seus filhotes. Povo acolhedor, pesca artesanal e preservação ambiental.

A Praia da Ferrugem é a mais famosa entre os jovens do Cone Sul. Mas as baladas proliferam em outros espaços de lazer e diversão. A música ao vivo está no cardápio de bares e restaurantes. Cada praia no seu horário, no seu estilo. O cardápio é amplo e diversificado: pizzas, massas italianas, comida japonesa, churrasco gaúcho, muitos frutos do mar em diferentes preparos e temperos. A diversidade cultural na gastronomia faz parte do jeito Garopaba de ser.

A rica cultura popular de Garopaba se veste de festa na temporada de verão: corrida de canoas-de-um-pau-só, carros de boi, Festa de Navegantes, Boi-de-mamão e Terno de Reis, engenhos e quilombolas. Manifestações centenárias de um povo gentil e acolhedor.

O Centro Histórico de Garopaba ainda sinaliza, em alguns prédios, a Armação de São Joaquim da Garopaba, indústria montada no fim do Século XVIII para a extração de óleo de baleia, marco do povoado que só virou município e cidade em 1961 e chegou a meio século de existência em 2011.l

Vestida de festa

Marcus IsraelSecretario de turiSmo, eSporte e

cultura de Garopaba

Quero parabenizar a iniciativa do Grupo RIC em lançar a revista SHOW ME. Uma revista que impulsiona ainda mais o turismo de Santa Catarina, que hoje é considerado o melhor destino do Brasil. A revista se destaca tanto pela qualidade gráfica quanto pela riqueza de conteúdo e detalhes que evidenciam as belezas de nossa região, destacando os atrativos, dicas de passeios, compras e hospedagem.

Para Balneário Camboriú, uma cidade que vive o turismo e que recebeu no ano passado quase 4,5 milhões de visitantes, a revista SHOW ME veio para preencher uma lacuna existente na imprensa escrita, com um projeto belíssimo e inovador, que consegue transmitir para o leitor as impressões dos lugares paradisíacos, bem como as melhores opções que ele poderá encontrar em nossa cidade.

Um verdadeiro guia para os viajantes que estão dispostos a desfrutar o melhor que nosso destino tem pra oferecer. Bem-vinda SHOW ME, um novo eixo estruturante do jornalismo segmentado que destaca todo o trade e auxilia na divulgação da cidade e no crescimento do turismo.l

Guia para os viajantes

Isaac PiresSecretário de turiSmo

de balneário camboriú

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Os investimentos no setor de turismo têm destacado São Francisco do Sul no cenário nacional e internacional. A cidade mais antiga do estado traz anualmente novidades para incrementar o número de pessoas que passam pelo município durante todo o ano, vindas por terra ou pelo mar. A construção do píer turístico naval, a construção do Parque Ecológico Morro do Hospício, a qualificação dos eventos tradicionais e a criação de festivais gastronômicos, dentre outros eventos culturais, ampliam a oferta e movimentam a cidade o ano inteiro. Com a revitalização das orlas das praias, São Chico torna-se o destino perfeito para turistas de veraneio. A qualificação contínua da mão de obra, através de cursos e treinamentos promovidos pela Secretaria de Turismo, melhorou o atendimento a turistas e veranistas. Quem visita Santa Catarina não pode deixar de conhecer a Mais Bela Cidade Histórica do Brasil. São Francisco do Sul tem tudo, só falta você!l

Destino perfeito

Augusto KollingSecretário municipal de turiSmo e lazer de São FranciSco do Sul

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O S G R A N D E S

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w w w . b e i r a m a r . c o m . b rM O D A , G A S T R O N O M I A , L A Z E R , P R E S E N T E S , A C A D E M I A , C I N E M A ,

S E R V I Ç O S , C L Í N I C A S , L A B O R A T Ó R I O S M É D I C O S E M U I T O M A I S .

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BEM VINDO X Programa20 BEM-VINDO X Balneário Camboriú20

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SHOW ME 21

Nome: Balneário. Sobrenome: Camboriú. Mas pode muito bem ser chamada de “centro da diversão no litoral catarinense”. No mesmo en-

dereço, convivem jovens baladeiros, casais de namora-dos, famílias com crianças e idosos em busca de sombra e descanso. O mosaico social está por todos os lados. Durante o dia, muito sol e lindas praias. À noite, baladas em casas noturnas com alguns dos DJs mais famosos do cenário internacional. A cidade conta ainda com pontos turísticos famosos como o Complexo Turístico Cristo Luz, onde é possível ter uma visão panorâmica dos prin-cipais bairros, e o Morro do Careca, reduto de quem salta de asa-delta e de parapente, na Praia dos Amores.

De acordo com o doutor em Hotelaria e Turismo da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Carlos Alberto Tomelin, o que destaca Balneário Camboriú no cenário turístico nacional é a fusão entre praias badaladas, res-taurantes de renome, turismo de compras, vida noturna

e equipamentos turísticos como o Parque Unipraias e a Tedesco Marina, que guarda alguns dos barcos de pas-seio mais luxuosos de Santa Catarina. “Trata-se de uma pequena metrópole com praias”, pontua o professor. Se comparada a outros polos turísticos do país, a cidade ainda tem a vantagem de ser próxima a outros paraísos naturais catarinenses – a exemplo de Bombinhas e de Florianópolis –, o que aumenta as opções e facilita a logística de quem passa férias na região.

Veio para Balneário com a turma de amigos da faculdade? O que não falta são opções de bares no es-tilo clube de praia para o dia e casas noturnas para a “night”. A Praia do Estaleirinho é uma das preferidas dos que gostam de unir areia e azaração, geralmente regada a espumante e trilha sonora com DJs na beira do mar. Para os esportistas tem surfe na Praia Central e voo livre no Morro do Careca. Na Praia dos Amores é possível realizar um voo duplo com parapentistas expe-

EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ, TURISTAS DE DIFERENTES PERFIS SE MISTURAM EM HARMONIA PARA COMPARTILHAR AS BELEZAS

DA CIDADE MAIS ANIMADA DO ESTADO

TexTo Adão Pinheiro

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Caminhar pelo calçadão da Av. Atlântica ou jogar vôlei de praia no final da tarde são algumas das opções de lazer

Na Praia Central convivem jovens, casais de namorados, famílias com crianças e idosos, todos sob o mesmo sol

22 BEM-VINDO X Balneário Camboriú

rientes e apreciar uma das vistas mais bonitas da região. Escolas de surfe ensinam o visitante a domar o oceano. Entre os esportes aquáticos, o stand up paddle (SUP) também ganhou fama e novos adeptos por aqui. Na areia, a diversão fica por conta das partidas de vôlei, futebol e frescobol, sempre no final de tarde, quando a maior parte dos banhistas já saiu da praia.

Antes de encarar a noitada – com opções para quem curte de música eletrônica a sertanejo universitário (veja matéria na pág. 60) – é possível escolher entre pizza, sushi, comida natural, culinária mexicana ou alta gastronomia em um dos vários res-taurantes e bistrôs da cidade (pág. 114). Ou então sentar para um esquenta em bares especializados em transmitir competições de artes marciais. Na balada, a casa noturna mais agitada é a Green Valley, que, apesar de ficar na cidade vizinha (Camboriú), é frequentada em peso pelos veranistas hospedados em Balneário. Com capacidade para 8 mil pessoas, é inteiramente dedicada à música eletrônica. O destaque fica por conta do palco, em que o DJ é tratado como astro de rock com a multidão a seus pés. No palco, fogos de artifícios garantem explosões e efeitos de luzes.

DOS JOVENS À TERCEIRA IDADENo contraponto das baladas noturnas que se estendem até a madrugada, turistas da terceira idade acordam às seis da ma-nhã para caminhar na praia ou para acomodar-se nos bancos de cimento do calçadão, de onde podem acompanhar o movimento na areia ou ler sob a sombra de uma árvore. Na companhia de amigos e colegas de excursão, aproveitam as canchas de bocha e as academias ao ar-livre espalhadas pela cidade. Fazer compras também é com eles, especialmente entre os artesãos que oferecem cangas, brincos e colares ao longo dos sete qui-lômetros de areia da Praia Central. Logo após o almoço, é hora de descansar no hotel – geralmente localizado bem próximo à praia – para retornar no final da tarde munido de um jogo de dominó, chapéu de palha e cadeira de praia.

Oferecendo um programa um pouco mais agitado, o Parque Unipraias, na Barra Sul, agrada desde grupos de estudantes até famílias com crianças pequenas. O complexo turístico interliga as praias Central e Laranjeiras por bondinhos aéreos e tem três pontos de parada. Na Estação Mata Atlântica, há trilhas de ar-

Leo

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Sucesso entre as crianças, os “bondindinhos” levam os turistas para

passear à beira-mar e circulam pelas duas principais avenidas da cidade

Espalhadas pela orla, canchas de bocha costumam reunir grupos de

aposentados que escolheram Balneário Camboriú para veranear e morar

Com capacidade para até 8 mil pessoas, a Green Valley é a maior casa

noturna da cidade e atrai jovens baladeiros em busca de diversão noturna

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vorismo a 140 metros de altura, um trenó de montanhas que pode atingir até 60 quilômetros por hora sobre os trilhos, e o Zip Rider, um equipamento de tecnologia americana baseado nas conheci-das tirolesas. O salto é para quem tem coração forte, partindo de uma altura de 240 metros no Morro da Aguada e aterrissando em Laranjeiras, em um percurso de 750 metros de extensão.

A cidade também disponibiliza serviços de barcos e de escu-nas, que partem do trapiche da Barra Sul e levam o turista até a Praia de Laranjeiras, depois de percorrer a orla da Praia Cen-tral e circular a Ilha das Cabras. Durante o passeio, encenações teatrais resgatam a tradição dos piratas dos Sete Mares. Quem prefere a terra firme, pode optar pelo passeio nos “bondindin-hos”, caminhões-carretas adaptados para o transporte turísti-co, que circulam entre as Avenidas Atlântica e Brasil. Para em-barcar, basta levantar o braço e virar expectador da paisagem. E quanta paisagem!l

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SHOW ME 23

A passarela de madeira de quase dois

quilômetros de extensão construída em tor-

no do costão de pedras conferiu um novo

status à Barra Norte de Balneário Camboriú.

Localizado entre a cabeceira da ponte sobre

o Canal do Marambaia e o Morro do Care-

ca, passando pela praia do Buraco (rústica

e de ondas fortes), o Deque Do Pontal

norte transformou um lugar praticamente

inacessível em um agradável passeio entre

a Mata Atlântica e o Oceano Atlântico que

revela algumas das mais belas paisagens da

cidade. No caminho, mirantes convidam o

visitante a tirar fotos e contemplar a Praia

Central de um novo ponto de vista. Há tam-

bém trilhas que entram na mata e caminhos

que dão acesso a pequenas praias, como as

do Coco, das Conchas e Prainha. O acesso

ao Pontal Norte pode ser feito pela Avenida

Atlântica e pela Estrada da Rainha. Durante

a noite, a visitação é monitorada pela guar-

da municipal. A primeira parte do percurso,

que vai até a Praia do Buraco, é garantida a

todos os visitantes, inclusive aos portadores

de deficiência. O trecho seguinte é realizado

pela faixa de areia da praia. Na outra ponta

desta praia, fica o acesso ao Complexo Mor-

ro do Careca. O caminho, com revestimento

em lajotas, escadarias e passarelas suspensas

em madeira, corresponde à última etapa do

Deque do Pontal Norte.

entre a mata

Não é exatamente uma novidade dizer que

o Molhe Da Barra Sul é um dos atra-

tivos turísticos mais visitados de Balneário

Camboriú. Do quebra-mar, é possível ter

uma vista panorâmica de toda a Praia Cen-

tral e ainda acompanhar a movimentação

de barcos pesqueiros, iates de luxo e “ca-

ravelas” de piratas semelhantes àquelas que

infernizaram a vida dos navegadores portu-

gueses e espanhóis. Com 452 metros de ex-

um passeio

e o

mar Ao norte, uma caminhada em volta do

costão revela novos ângulos para ver a cidade

Ao sul, o molhe proporciona uma vista

panorâmica da Praia Central e da região

oceano

adentrotensão, facilmente percorridos a pé, o molhe

é o resultado de um projeto paisagístico que

integra a mão do homem com a natureza.

O piso em madeira e petit pavé forma uma

série de desenhos de animais da fauna mari-

nha da região. Na ponta do molhe, o dese-

nho da rosa dos ventos indica a posição dos

quatro pontos cardeais e seus intermediá-

rios. O local é todo iluminado e no acesso

há um playground infantil, com brinquedos

diversos entre aparelhos de madeira em for-

ma de embarcações naufragadas.

TexTos Adão Pinheiro

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Paisagem de

Balneário Camboriú e Itapema são cidades co-

nhecidas por suas belezas naturais. Mas você

já pensou em ver tudo de outro ângulo? Os

voos Panorâmicos de helicóptero partem

do bairro Meia Praia, em Itapema, e podem du-

rar de 10 a 30 minutos. Voos de 10 minutos são

suficientes para percorrer toda a orla de Itape-

ma e parte da praia de Perequê, em Porto Belo,

a 150 metros de altura e a uma velocidade de

180 quilômetros por hora. Os voos de maior

duração são indicados para quem quer conhe-

cer também as belezas naturais de Balneário

Camboriú. O helicóptero tem capacidade para

quatro passageiros e o comandante. Informa-

ções adicionais pelo telefone (47) 3360-8080.

voando

tirar o

sobre

Itapema a partir do Mirante do Encanto

Voo panorâmico sobre Balneário Camboriú

Fim de tarde em Itajaí visto do Morro da Cruz

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TexTos Adão Pinheiro

fôlego

o litoral

BEm-vinDo X Itapema & Região

A 180 metros de altura, o morro Da cruz

oferece o visual mais completo da cidade. De

seu topo é possível ver o encontro do Rio Ita-

jaí-Açu com o mar, o complexo portuário, o

centro da cidade, os molhes e a cidade vizinha

de Navegantes. O local está equipado com

mirantes. Há também um restaurante e a sede

regional da RIC/Record. O acesso ao morro

se dá pela Rua Antônio Menezes Vasconcelos

Drummond, no Bairro Fazenda, uma estrada

sinuosa e íngreme.

um panorama de Itajaí

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No alto do Morro do Cabeço está uma das mais novas atrações turísticas de Itapema. Com

26 metros de altura e a 130 metros acima do nível do mar, o mirantE Do Encanto tem

338 metros quadrados de área construída. A estrutura oferece vista das praias de Itapema e

visão panorâmica em 360 graus dos municípios vizinhos a partir do Canto da Praia. O mirante

conta com banheiros, elevador panorâmico, loja de produtos turísticos, praça urbanizada, play-

ground, bancos e um bistrô. O local fica aberto todos os dias da semana a partir das 8h. Na

baixa temporada o fechamento é às 18h, e na alta temporada às 20h. A entrada é gratuita. O

acesso ao mirante é pela Rua 109, seguindo até o topo do Morro do Cabeço. Mais informações

pelo telefone (47) 3367-1593.

Registro de Incorporação no 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Balneário Camboriú sob o nº 38879.

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BEM VINDO X Programa26 BEM-VINDO X Rodovia Interpraias26

O CAMINHO

praiasdas

SHOW ME 27

A diversidade de cenários impressiona o visitante de primeira viagem. Praias de águas calmas e também de mar agitado,

mata nativa preservada, areia fofa e formações rochosas que já serviram de sinalização para ma-rinheiros desenham a paisagem de uma das es-tradas turísticas mais bonitas do Brasil. Com 14 quilômetros de extensão que margeiam a porção sul da costa de Balneário Camboriú, a Rodovia In-terpraias esconde tesouros esculpidos pela natu-reza e explora uma bem montada infraestrutura de pousadas e restaurantes. Ao longo do trajeto, descortinam-se as praias de Estaleirinho, Estalei-ro, Pinho, Taquaras, Taquarinhas e Laranjeiras.

O ideal é percorrer a rodovia no sentido Sul--Norte, a partir do quilômetro 136 da BR-101. Sain-do da Praia do Estaleirinho, motorista e caroneiros podem aproveitar pontos específicos de paradas – os chamados “bolsões de mirantes” – sem se preo-cupar em atravessar a faixa de rolamento. Em pou-co menos de uma hora é possível percorrer toda

a Interpraias e voltar para o hotel com a máquina fotográfica cheia de boas fotos da região. Mas se você não estiver com pressa, o ideal é esticar o pas-seio em uma das praias que margeiam a estrada.

Gosta de badalação e gente bonita? A dica é parar logo em Estaleirinho. Com pouco mais de um quilômetro de extensão, a praia conta com pousadas de luxo e festas que duram dia e noite na alta temporada. A areia é grossa e as ondas, fortes. Já Estaleiro, com uma faixa de areia mais larga e quase dois quilômetros de extensão, é conhecida por ser o endereço preferido de uma recente leva de imigrantes europeus que fixaram residência na região. A praia também é bastante procurada por pescadores de vara e anzol, que costumam escolher o costão do lado esquerdo.

Seguindo pela rodovia, o visitante depara-se com a famosa Praia do Pinho, onde o nudismo é levado a sério pelos frequentadores. O local possui um código de conduta que separa casais de quem está sozinho, com o objetivo de evitar

EM SEUS 14 QUILÔMETROS, A RODOVIA INTERPRAIAS GUARDA SEIS VERDADEIROS PARAÍSOS DE AREIA GROSSA,

MAR CRISTALINO E UM VISUAL DESLUMBRANTE

TexTo Adão Pinheiro FoTos Victor Carlson

No trecho entre Estaleiro e Taquaras, a copa amarela dos garapuvus destaca-se entre o verde da Mata Atlântica

Apesar da aparente calmaria, a praia do Estalerinho costuma ferver à noite com festas na areia até o sol nascer

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28 BEM-VINDO X Rodovia Interpraias

qualquer tipo de constrangimento. Para os não adeptos do naturismo, o Pinho conta com uma área de adaptação onde não é obrigató-rio ficar sem roupa. A formação rochosa ao longo da praia impede a visão de quem passa pela rodovia. Para quem quiser ficar um pou-co mais, o Pinho conta com uma pousada e um camping, tudo nos moldes naturistas.

SOSSEGO OU AGITOLogo adiante, Taquaras destaca-se no horizon-te, vista a partir da rodovia. É quase irresistí-vel dar uma parada para conferir a praia de 1,1 quilômetro de extensão. O acesso é fácil, com dezenas de vagas de estacionamento atrás da área de restinga. A infraestrutura turística ain-da está em fase de formação, mas aos poucos a população nativa de pescadores vem cedendo lugar para pequenas pousadas, casas luxuosas e restaurantes de frutos do mar. Separada de Taquaras apenas por um costão rochoso está Taquarinhas, uma praia praticamente intacta e sem qualquer tipo de construção. O acesso só é possível a pé, descendo uma escadaria de concreto e transpondo algumas pedras.

No fim do passeio está a única praia que destoa das outras no que se refere às con-dições do mar. Com águas calmas e abriga-das, Laranjeiras é indicada para famílias com crianças e para quem prefere não se arriscar nas ondas. É lá que fica a última estação do Parque Unipraias, complexo turístico de bon-dinhos aéreos. A praia também conta com um trapiche onde atracam barcos de passeio, entre eles as famosas “escunas piratas” que incluem Laranjeiras como ponto de parada do roteiro de verão. Devido à sua faixa de areia de menos de um quilômetro, a recomendação é chegar cedo se não quiser disputar o espaço com os guarda-sóis dos restaurantes.

Laranjeiras é também a praia mais bem estruturada e preparada para receber turis-tas. O acesso pode ser feito de carro, pelos bondinhos aéreos do Parque Unipraias ou em barcos de turismo. Ao longo da faixa da areia, há bares e restaurantes. Junto ao cal-çadão de acesso à rodovia, lojinhas de artigos de praia e artesanato. No retorno a Balneário Camboriú ainda é possível parar em uma das peixarias do Bairro da Barra – onde a história da cidade começou – e comprar frutos do mar fresquinhos diretamente das mãos dos pesca-dores que ali residem e trabalham. O lugar conta ainda com cafeterias, antiquário, mer-cadinhos e loja de artes e artesanato.l

No topo, uma vista panorâmica mostra

a infraestrutura da Praia do Estaleiro.

Acima, a beleza agreste de Taquarinhas

encanta os viajantes

A discreta Praia do Pinho, conhecida

nacionalmente como refúgio dos

praticantes do naturismo

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SHOW ME 29

Em um dos mais belos trechos da rodovia é possível observar toda a extensão das praias de

Taquaras e de Taquarinhas, bem como o pequeno costão de pedras que separa uma da outra

Laranjeiras é a praia com melhor estrutura entre as seis e também é a mais frequentada por

famílias com crianças, que chegam até lá não só pela estrada, mas também a bordo de barcos

de passeio e dos bondinhos que saem do Parque Unipraias

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Praia Central de Balneário Camboriú

Praia de Laranjeiras

Praia de Taquarinhas

Praia de Taquaras

Praia do Pinho

Praia do Estaleiro

Praia do Estaleirinho

Túnel

Rodovia Interpraias

BR 101

30 BEM-VINDO X Interpraias

Para quem aprecia arte ou prefere conhecer um pou-

co mais do artesanato brasileiro, a loja AchADOs DO

BrAsIl, situada na Praia do Estaleiro, oferece a chance

de mergulhar nas manifestações artísticas de todas as

regiões do país. O local conta com peças selecionadas

de diferentes artesãos – produzidas em materiais como

cerâmica, ferro, palha e madeiras nobres –, garimpadas

pelos proprietários nos quatro meses do ano em que

a loja fica fechada. A variedade de peças é uma opor-

tunidade de conhecer o Brasil a partir da perspectiva

do artesão, que traz para seu trabalho a realidade em

que está inserido. Em busca das peças em exposição, os

proprietários chegam a viajar mais de 15 mil quilôme-

tros por ano a bordo de uma picape. Divididas em cinco

ambientes, em dois pavimentos, as obras se espalham

por todos os cantos da casa – penduradas, afixadas nas

paredes ou mesmo no chão –, dando as boas-vindas a

quem visita a loja.

casa

Não há silêncio definitivo no EN-

gENhO DO sEu grEgórIO, na

Rua das Palmeiras, em Taquaras,

uma estrada de chão às margens

da Rodovia Interpraias. Dois me-

ses por ano, durante o inverno, o

engenho volta à atividade para fazer a farinha de mandioca, tão apreciada pelos

pescadores da região para o preparo do pirão. Movido a motor, o equipamento já

não tem o charme dos engenhos puxados com tração animal, mas de seu tacho ainda

sai farinha com a mesma qualidade daquela feita por José Damásio Alexandre, 87, o

“Seu Gregório”, como ficou conhecido pelos moradores locais. O engenho funciona

há 60 anos no mesmo lugar, onde ele criou os sete filhos. Um deles, Raul Alexandre,

é quem hoje mantém a tradição de fazer farinha nos meses de julho e agosto.

Farinha

Rachado e descansando das ressoadas dentro da IgrEjA DE sANtO AMArO no Bair-

ro da Barra, no começo da Rodovia Interpraias, o antigo sino carrega a história de uma

comunidade que nasceu e cresceu envolta em mistérios. A tradição narrada em verso e

prosa pelos moradores conta que a rachadura ocorreu quando os escravos souberam da

abolição da escravatura. Teriam badalado o sino dia e noite, até ele se partir. Tombada

pelo Patrimônio Histórico Estadual e Municipal, a igreja é o atrativo mais procurado

no bairro. O novo sino continua badalando sete vezes cada vez que morre alguém da

comunidade e nas missas que acontecem uma vez por mês. Construída em 1810 – com

pedra bruta, argamassa à base de óleo de baleia e telhas feitas artesanalmente nas

coxas dos escravos – a capela segue o modelo da Igreja Jesuítica de Nossa Senhora das

Graças de Olinda (PE), que serviu de base para a arquitetura luso-brasileira.

do

pro

O sino de Santo Amaro

O templo tombado pelo Patrimônio Histórico foi construído por escravos em 1810

A loja na Praia do Estaleiro reúne peças de artesãos brasileiros em cinco ambientes

O engenho funciona há 60 anos e mantém a tradição da produção artesanal de farinha

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Não existe ar-condicionado, nem mesmo a opção de abrir ou fechar os vidros. Também não há ronco de motores. O

que se ouve é o som do vento, dos pássaros, da correnteza da água de rios e ribeirões. O cheiro pode ser de praia, de campos cultivados ou de mato, e os quilômetros são vencidos pelo próprio corpo. Modalidade ainda em desenvolvimento no Brasil, o cicloturismo vem sendo descoberto por mais pessoas ano após ano no país. E no Litoral Norte de Santa Catarina, o Circuito Costa Verde & Mar é a melhor opção para quem quer conhe-cer belas paisagens litorâneas e interioranas em um único roteiro sobre duas rodas.

Lançado em 2009, o roteiro foi desenvolvido como uma opção de turismo integrado entre os 11 municípios da região. No total são 265 qui-lômetros de extensão, divididos em seis trechos que podem ser percorridos em uma média de 44 quilômetros por dia de viagem. É possível partir

por conta própria de qualquer um dos municípios – cada um deles conta com pontos de distribuição gratuita do guia de navegação nas secretarias de turismo das prefeituras (exceto em Balneário Camboriú, onde o material deve ser retirado na base do Parque Unipraias, na Avenida Atlântica). Também dá para baixar uma versão no site ofi-cial (www.costaverdemar.com.br).

Há também operadoras que oferecem pas-seios em grupos, com carro de apoio, guias ca-pacitados, aluguel de equipamentos e bicicle-tas e reserva de hotéis para cada pernoite – o cliente decide o que é necessário para sua via-gem. A Caminhos do Sertão, de Florianópolis, conta com uma série de datas pré-agendadas. Basta escolher a melhor delas e se juntar a um grupo, muitas vezes formado também por tu-ristas estrangeiros. “Apesar da região ser bem populosa, há trechos muito desertos, e o pas-seio sem assistência profissional não é reco-

ROTEIROS DE CICLOTURISMO REVELAM OS MELHORES CAMINHOS PARA FAZER UMA VIAGEM EM DUAS RODAS POR BELAS PAISAGENS DA COSTA

TexTo Leo Laps

Pedalandopelo litoral

BEM-VINDO X Cicloturismo32

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33SHOW ME

mendado para ciclistas inexperientes”, avisa Jonatha Junge, um dos sócios da operadora da Capital.

Assim como a Caminhos do Sertão, a Rota Agência de Viagens, de Gaspar, também abre novas datas para grupos com pelo menos seis integrantes. O cus-to por pessoa, com equipamento comple-to e hospedagem, parte de R$ 250 por dia e vai baixando conforme o tamanho do grupo.

pé no pedalO Circuito de Cicloturismo Costa Verde & Mar é muito bem sinalizado e evita as rodovias mais movimentadas (inclusive a BR-101), sugerindo vias alternativas por estradas de chão ou de calçamento, mais seguras para o ciclista. Oficialmente, o circuito inicia na Barra Sul de Balneá-rio Camboriú. Dali segue pela Avenida Atlântica rumo ao Balneário Piçarras, pegando inclusive um ferry-boat em Ita-jaí para atravessar o Rio Itajaí-Açu. O trecho percorre belas praias preserva-das, como a Vermelha e São Roque, no balneário de Penha.

Os outros três dias de viagem são dedicados a municípios do interior: Luís Alves, Ilhota e Camboriú. Neles, planta-ções – especialmente arrozais e bananais –, florestas e pequenos vilarejos rurais dividem o cenário, percorrido em gran-de parte em estradas de chão batido. O

Morro do Baú, com mais de 800 metros de altura, pode ser visualizado ao longo de boa parte do trecho entre Luís Alves e Ilhota.

No penúltimo dia do Circuito Cos-ta Verde & Mar, o cicloturista parte de Camboriú e volta a encontrar o Oceano Atlântico. Mas, antes, é preciso encarar a subida mais forte de todo o roteiro, no Morro do Encano, com dois quilômetros de pedalada. Todo o esforço é compensa-do com a vista panorâmica, 200 metros acima do mar, da praia de Itapema. O tre-cho de 44 quilômetros ainda cruza o mu-nicípio de Porto Belo até chegar a Bombi-nhas, ponto mais ao Sul de todo o passeio e última estada do circuito.

O último dia de viagem é também o mais puxado. Além dos 54 quilômetros a percorrer entre a praia de Zimbros, em Bombinhas, até Balneário Camboriú, há várias subidas a serem vencidas. Na Rodovia Interpraias é possível escolher entre praias como Taquaras, Estaleiri-nho e Laranjeiras para se refrescar ou apenas curtir o belo visual. No final dos 265 quilômetros, a sensação é de ter vi-vido a viagem com muito mais intensida-de. “Com a bicicleta, você faz parte do ambiente. Descobre lugares e paisagens que, de carro ou de moto, não percebe-ria”, garante o engenheiro aposentado Carlos Beppler, membro da Associação de Cicloturismo de Balneário Camboriú e

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Alguns trechos do Circuito Costa Verde &

Mar são feitos pela areia de praias agrestes

Para os cicloturistas, não há nada igual à

sensação de vencer os limites do corpo e ao

mesmo tempo descobrir lugares de rara beleza

No quinto e penúltimo dia do circuito,

as bicicletas cruzam a cidade de Porto Belo

rumo ao sul, na direção de Bombinhas

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idealizador do Circuito de Cicloturismo Costa Verde & Mar.

RoteiRos de um diaAlém do circuito completo, há opções para quem prefere pedalar apenas por um dia. O Roteiro da Cachoeira Seca, na localidade de Vila Conceição, em Camboriú, tem 32 quilômetros de ex-tensão, partindo do centro do municí-pio. O nome de batismo não condiz com o volume de água que cai de mais de 20 metros de altura, formando uma pisci-na natural cercada pela Mata Atlântica, perfeita para se refrescar.

Outra possibilidade é pedalar pelo interior de Itajaí, em um percurso de 60 quilômetros que passa por lugares históricos do centro da cidade, como

a Casa de Cultura Dide Brandão e o Palácio Marcos Konder, e por locali-dades rurais como o Arraial do Cunha, Brilhante, Campeche e São Roque.

Em Penha, a operadora Ar Mar Ação oferece passeios pelas belezas naturais do município (R$ 40). Localizada ao lado do Parque Beto Carrero World, a empre-sa promove roteiros de bike pelas praias Vermelha, Ponta da Vigia e Quilombo, terminando o dia com um passeio de es-cuna e visita à Ilha Feia – outra que não faz jus ao nome. O percurso também inclui visitas a construções históricas, que remetem à época em que se caça-vam baleias na região. De dezembro a março, a operadora oferece diariamente três saídas, às 9h, 15h e 17h, com duas a três horas de pedaladas.l

Os roteiros de cicloturismo

também passam por paisagens

rurais mais afastadas da costa

Partindo ou chegando

da movimentada Balneário

Camboriú, o melhor caminho

é sempre pelas vias marginais

das rodovias

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BEM-VINDO X Cicloturismo34

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opeRadoRas2 Caminhos do Sertão – Rua Vento

Sul, 209, Campeche, Florianópolis. (48)

3234-7712, 8407-8103 ou 8412-8854.

www.caminhosdosertao.com.br

2 Ar Mar Ação – Itapocoroy

Aventura – Avenida Francisco de Souza,

1.800, Armação, Penha. (47) 8809-9126.

www.naturaltrip.webnode.com.br

2 Rota Agência de Viagens – Rua

Dr. Nereu Ramos, 1.140, Centro, Gaspar.

(47) 8828-8806 ou 9625-2630.

www.rotaturismo.com

dicas h A bicicleta ideal para o passeio é o

modelo mountain bike, com boa relação de

marchas leves e pneus de cravos.

h Leve pouca bagagem. Para uma viagem

de seis dias, recomenda-se no máximo 10

quilos. Instale um bagageiro na bicicleta,

além de uma bolsa de guidão. Carregar peso

nas costas é muito desconfortável e pode

causar lesões.

h Capacete, óculos e luvas são essenciais.

Use calçado fechado e, de preferência,

camisetas de manga longa para, em caso de

quedas, evitar machucados mais fortes.

h Instale um hodômetro para auxiliá-lo na

leitura de mapas e planilhas.

h Faça refeições leves e beba muita água

ao longo de todos os percursos. Barrinhas de

cereais e frutas são boas pedidas para repor

as energias durante a viagem.

h Utilize protetor solar mesmo nos dias

nublados e evite pedalar nas horas mais

quentes do dia.

h Chuvas são bem distribuídas ao longo de

todo o ano na região. Por isso, leve uma capa

protetora e embale bem os seus pertences.

h Procure pedalar sempre em baixa

velocidade e nunca na contramão dos

carros. Sinalize sempre, com as mãos, para

os motoristas e pedestres, em eventuais

mudanças de direção e travessias.

36 BEM-VINDO X Itajaí

O primeiro passo para o Roteiro do Caminhan-te, em Itajaí, é cheio de sotaque. O Mercado do Peixe, que pode servir como ponto de par-

tida para o percurso de aproximadamente 2,5 qui-lômetros pelo Centro da cidade, é uma imersão na cultura local. Aqui, quem atende o turista é o autên-tico itajaiense, aquele que tem o hábito de chamar todo mundo de “querido”, mesmo que esteja falando com a pessoa pela primeira vez. Foi ele mesmo quem trouxe do mar o pescado fresco que tem para vender. Se o visitante quiser, o peixe pode até ser preparado

na hora e servido em uma das dezenas de mesinhas dispostas na praça ao lado do restaurante do merca-do, onde turistas, empresários, políticos ou simples-mente amigos se encontram para relaxar, conversar, ouvir boa música e passar o tempo. O Mercado do Peixe conta também com lojinhas que vendem arte-sanato, produtos naturais e coloniais, ervas, flores e temperos que dão o cheiro, a cor, o som e o sabor do que é a essência de Itajaí.

Daqui em diante, a História e a Arquitetura con-duzem a caminhada. Logo ao lado está o Mercado

DESCUBRA OS PRINCIPAIS PONTOS TURÍSTICOS DO CENTRO DE ITAJAÍ EM UM ROTEIRO ESPECIALMENTE PLANEJADO PARA SER PERCORRIDO A PÉ

UM MERGULHO

TexTo Giselle Zambiazzi FoTos Victor Carlson

nas ruas

SHOW ME 37

Combinando os estilos neogótico e

romântico, a Igreja Matriz do Santíssimo

Sacramento, inaugurada em 1955, é um dos

principais cartões-postais da cidade

Exclusiva para a circulação de pedestras, a

Rua Hercílio Luz concentra o comércio local

Na Praça Vidal Ramos, o monumento em

forma de âncora assinala o Marco Zero da

fundação de Itajaí. Abaixo, outro monumento

homenageia os 500 anos do descobrimento do

Brasil, em frente à Casa de Cultura Dide Brandão

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Público Municipal – Centro de Cultura Popular. Seu interior está em restaura-ção, mas a arquitetura da fachada, ainda bastante preservada, nos remete ao início do século passado. Erguido entre 1916 e 1917, durante décadas foi um dos prin-cipais pontos do comércio varejista da cidade, especialmente secos e molhados, artesanato e produtos da pesca. Na déca-da de 1930 sua arquitetura passou por al-gumas modificações, mas o estilo açoria-no ainda preserva a origem cultural que formou a personalidade da cidade.

história nas fachadasA próxima parada é no encontro das ruas Pedro Ferreira e Lauro Müller, onde estão dezenas de imóveis históri-cos. Um dos mais importantes é a casa que abriga a Fundação Genésio Miranda Lins, onde também está o Centro de Do-cumentação e Memória Histórica da en-tidade. Ela foi inaugurada em 1913 para servir de residência e consultório do médico Norberto Bachmann. Em 1995 a família Lins, que então era proprietá-ria do imóvel, fez a doação à fundação. Genésio foi um importante político ita-jaiense e gerente do Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina, o Banco Inco, fundado na década de 1930.

Ainda na Rua Lauro Muller está a Fundação Cultural de Itajaí, também conhecida como Casa Burghardt. A in-fluência germânica pode ser notada na

imponente fachada, datada de 1902. Uma das curiosidades é que cada um dos pavimentos tem um estilo diferente.

A casa foi construída pelo comercian-te alemão Harry Hundt, que instalou seu comércio na parte térrea e nos pisos su-periores sua morada. Depois da morte de Hundt, sua viúva casou-se com Nicolau Burghardt, que emprestou o sobrenome para o comércio que sua esposa manteve em funcionamento. Além dos escritórios da Fundação Cultural, o lugar também abre espaço para exposições artísticas temporárias.

Próximo à Casa Burghardt fica outro imóvel histórico, a Casa Konder, cuja construção foi iniciada em 1898 e con-cluída em 1904. O imóvel foi moradia de ilustres políticos catarinenses, como os governadores Adolfo Konder Reis, Irineu Bornhausen, Antônio Carlos Konder Reis e Jorge Bornhausen. Atualmente abriga uma livraria.

Um pouco mais adiante está o marco zero da cidade. Instalado na Praça Vidal Ramos, o monumento em forma de ânco-ra faz uma referência à ligação de Itajaí com o mar e o Rio Itajaí-Açu, que passa logo ali, do outro lado da rua. Aos fundos está a Igreja da Imaculada Conceição. Com estilo eclético, é a primeira capela da cidade, erguida em 1824.

Seguindo “toda vida reto” – como in-dicaria um nativo – atravessamos o co-ração da cidade. O comércio local con-

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BEM VINDO X Programa38

centra-se na Rua Hercílio Luz, onde não é permitida a circulação de automóveis. Na sua extremidade estão três importantes monumentos históricos. O primeiro deles é o prédio em estilo eclético construído em 1913 para ser sede do Grupo Escolar Victor Meirelles, cujo modelo de ensino na época seguia os moldes das es-colas das principais capitais brasileiras. Parte do mo-biliário foi trazida dos Estados Unidos e o sistema de classes seriadas era então uma experiência inovadora. Desde 1982 o edifício abriga a Casa da Cultura Dide Brandão – nome de um dos mais renomados artistas plásticos que Itajaí já teve. Como está em restauração, o local encontra-se fechado para visitas, mas em breve voltará a oferecer aulas de artes, galerias para exposi-ções, sala de leitura e um pequeno teatro.

cULtUra E MEMóriaDali seguimos para o Museu Histórico de Itajaí. Er-guido em 1925, sob o nome de Palácio Marcos Kon-der, sua primeira função, foi abrigar os três poderes – o que está representado por suas três imponentes torres. Atualmente cada piso mantém diferentes ex-posições temáticas. Até julho de 2013, o espaço do térreo está reservado para uma homenagem ao poeta itajaiense Marcos José Konder Reis e expõe móveis e objetos usados pelo artista, numa reprodução do seu ambiente de trabalho.

A Sala Republicana, com o mobiliário dos tempos da inauguração do palácio, foi sede da Câmara de Ve-readores e hoje é um espaço para pequenas apresenta-ções artísticas. Uma de suas maiores preciosidades é a primeira urna eleitoral de Itajaí. Toda em madeira, cha-ma a atenção pelo tamanho reduzido. “Naquela época poucas pessoas da sociedade tinham o direito de votar. Mulheres e analfabetos, por exemplo, não podiam”, lembra Agê Pinheiro, diretor do museu. Em frente a esta sala estão o nicho religioso e o dos colonizadores, com objetos e bustos representando os primeiros mo-radores de Itajaí e suas tradições espirituais.

BEM-VINDO X Passeio

O rOtEirO

BEM-VINDO X Itajaí38

G Mercado do Peixe – Avenida Ministro Victor Konder. (47) 3346-4526. De segunda a sexta das 7h às 18h. Sábados das 7h às 14h.

2 Mercado Público Municipal – Centro de Cultura Popular. Avenida Ministro Victor Konder. Fechado para restauração.

2 Casa Burghardt – Fundação Cultural de Itajaí – Rua Lauro Müller, 53. (47) 3348-3610. Segunda a sexta das 8h às 12h e das 14h às 18h.

2 Marco Zero – Praça Vidal Ramos. Igreja da Imaculada Conceição.

G Casa da Cultura Dide Brandão – Rua Hercílio Luz, 323. (47) 3349-1665 / 3249-0774.

2 Museu Histórico de Itajaí – Palácio Marcos Konder – Rua Hercílio Luz, 681. (47) 3348-1335. De segunda a sexta das 8h às 18h. Sábados, domingos e feriados das 14h às 18h.

2 Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento – Praça Irineu Bornhausen.

2 Itajaí Shopping – Rua Samuel Heusi, 234. (47) 3348-4609. Lojas. Segunda a sábado das 10h às 22h. Domingo das 14h às 20h. Praça de Alimentação. Segunda a sábado das 10h às 22h. Domingo das 11h às 22h.

2 Casa Malburg – Rua Pedro Ferreira, 34. (47) 3341-0300. Segunda a sexta das 13h30 às 17h.

2 Fundação Genésio Miranda Lins – Rua Lauro Muller, 335. (47) 3348-1886. Segunda a sexta das 8h às 18h. Horários especiais à noite e aos sábados com agendamento.

A Casa Bugahrt abriga os escritórios da Fundação Cultural

e também abre espaço para exposições artísticas temporárias

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SHOW ME 39

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Do outro lado da rua está a Igreja Matriz do Santís-simo Sacramento. Com a sua fachada em estilo neogó-tico e romântico, é um dos principais cartões-postais da cidade. Inaugurada em 1955, tem seu interior decorado com vitrais, pinturas sacras e obras dos artistas italianos Emílio Sessa e Aldo Locatelli. Caminhando para o fim do passeio, seguindo pela Avenida Marcos Konder até a Rua Samuel Heusi, vale a pena dar uma parada no Itajaí Shopping, equipado com praça de alimentação, duas sa-las de cinema, lojas e serviços dos mais variados tipos.

Saindo do shopping, não deixe de passar na Casa Malburg. Ela é mais um exemplar do estilo eclético tão presente na arquitetura itajaiense do início do século 20. Construída entre 1912 e 1915 e coberta com telhas importadas da França, a casa foi erguida para abrigar a família do comerciante e político Nico-lau Malburg. São dezenas de salas e quartos amplos, banheiros, adega, copa, cozinha, escritório e até uma enorme sala usada exclusivamente para a diversão de crianças e adultos. Tudo envolto por varandas com vis-ta para o Rio Itajaí-Açu.

Mais alguns passos e o caminhante retorna à Pra-ça Vidal Ramos. Banquinhos por ali não faltam. Hora de descansar pernas e pés e desfrutar a brisa trazida pelo rio que, junto com as árvores centenárias do local, tam-bém faz parte da história da cidade.l

SHOW ME 39

Detalhe do Palácio Marcos Konder, sede do Museu Histórico

Quiosque multimída na Fundação Genésio Miranda Lins

A Casa Konder foi lar de grandes nomes da política catarinense

A Casa Burghart, na Rua Lauro Müller, foi construída em 1902

A Casa Malburg, datada de 1915, está aberta à visitação

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BEM-VINDO X Itajaí

Inaugurado em setembro de 2000, o píEr

turístIcO guIlhErME assEBurg foi

criado com o intuito de incrementar o tu-

rismo não apenas em Itajaí, mas em toda a

região. Iniciativa pioneira no país, o píer foi

construído pela Superintendência do Porto

em parceria com a prefeitura e é o único no

Brasil especializado em receber exclusiva-

mente passageiros de navios transatlânticos.

Além dos espaços para atracação de navios

(dolfins) com até 230 metros de comprimen-

to e um sistema de monitoramento integrado

com o porto, toda a estrutura conta com uma

arquitetura moderna e equipada para abrigar

alfândega, terminal de passageiros, plata-

formas de embarque e desembarque, além

de instalações para a administração, Receita

Federal e Polícia Federal. A temporada de

cruzeiros este ano já começou e tem agen-

damentos para atracação até março de 2013.

Vindos de várias partes do Brasil e do mundo,

os turistas são recebidos com apresentações

culturais e fogos de artifícios em eventos or-

ganizados pela prefeitura de Itajaí.

Exclusivo

Uma das praias mais famosas de Itajaí,

caBEçuDas é conhecida pelo ambiente fa-

miliar. Foi aqui que aconteceram os primeiros

banhos de mar no Estado, uma prática trazi-

da pelas famílias aristocratas responsáveis pela

fama e pelo charme de Cabeçudas no século

passado, principalmente entre as décadas de

1930 e 1970. Com sombreiros plantados por

toda a extensão do seu calçadão, a praia é

ideal para caminhadas e exercícios ao ar livre.

Cansou? Banquinhos à sombra não faltam. O

mar calmo reduz o perigo para as crianças e os

bares e restaurantes populares são um atrativo

à parte. Além das belezas naturais, dos costões

e do verde, o local também preserva parte im-

portante da história de Itajaí e de Santa Cata-

rina, quando os homens influentes do Estado

construíram ali suas casas de verão, muitas de-

las de pé até hoje.

pioneira

Com 110 anos de existência, o FarOl DE

caBEçuDas foi inaugurado no dia 15 de

novembro de 1902. Instalado no Morro do

Cavaleiro, de propriedade da Marinha do

Brasil, é aberto para visitação turística. O

acesso é pela Trilha Ecológica do Farol, que

fica no costão direito da Praia de Cabeçudas.

Essa mesma caminhada dará acesso às praias

do Morcego e da Solidão, bastante preser-

vadas e procuradas por surfistas. O trajeto

até o farol tem cerca de 800 metros em trilha

larga de chão batida em meio a vistosa vege-

tação da Mata Atlântica e com vista panorâ-

mica da Praia Brava e de Balneário Camboriú.

Sua iluminação é elétrica, mas um sistema de

emergência entra em ação quando ocorre fa-

lha no abastecimento. A 56 metros de altura

em relação ao mar, sua luminosidade chega a

alcançar 54 quilômetros de distância.

para

no

Farol centenário

Desde 2000, o píer turístico de Itajaí recebe

cruzeiros vindos de todo o Brasil e do exterior

Cabeçudas, com seu clima familiar, é um

dos balneários mais tradicionais do estado

O Farol de Cabeçudas foi inaugurado

em 1902 e até hoje orienta as mais diferentes

embarcações com sua luminosidade

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TexTos Giselle Zambiazzi

transatlânticos

banho de mar

42 BEM-VINDO X Passeios para crianças

TURMINHACOM A

TexTo Luciana Zonta FoTos Leo Laps

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De férias

! Parque ecológico

Situado em uma área tranquila do Bairro dos Municípios, o Parque

Natural Raimundo Malta (Parque Ecológico) tem sete trilhas, parquinho

infantil, labirinto de plantas e amplo espaço para piqueniques. Dentro do

parque também está o Viveiro Mata Atlântica, um centro de produção e

de distribuição de árvores nativas.

rua angelina, s/n, no final do Bairro dos Municípios. Diariamente (inclusive

domingos e feriados), das 13h às 17h. acesso gratuito. (47) 3363-7145

G Barco Pirata

Os barcos dispostos no trapiche da Barra

Sul lembram as antigas caravelas dos

descobridores dos sete mares. O passeio,

que circunda a Ilha das Cabras, tem parada

em Laranjeiras para em seguida retornar

ao ponto de partida. A bordo, um grupo

de atores fantasiados interagem com os

passageiros, supostamente “raptados” por

piratas oportunistas.

avenida Normando tedesco, 6.010, Barra Sul,

Balneário camboriú. Diariamente, com saída de

hora em hora, entre 9h e 18h. adultos: r$ 30.

crianças de 6 a 12 anos: r$ 15. Sêniors: r$ 15.

(47) 3367-2815 / 3361-0587

W PatiNação No gelo

Deslizar sobre uma pista congelada em

pleno verão brasileiro costuma ser um dos

programas preferidos dos pequenos. A

atração, aberta a crianças a partir de cinco

anos, oferece kit de segurança completo

com botas, capacete, luvas e protetor de

joelhos e cotovelos. Instrutores de pista

garantem as noções básicas de patinação

aos menos experientes.

Praça de eventos do Bal. camboriú Shopping.

avenida Santa catarina, Bairro dos estados.

De segunda a sábado, entre 11h e 23h. aos

domingos, entre 14h e 21h. trinta minutos:

r$ 30. uma hora: r$ 50. (47) 3263-8444

Areia, mar e um jogo de baldinhos já são elementos suficientes para con-vencer qualquer criança de que praia é o melhor lugar do mundo quan- .do o assunto é férias de verão. Mas em Balneário Camboriú, além da

diversão na beira do mar, não faltam opções de programas para antes e depois da praia – ou mesmo para aqueles sem sol que pedem um passeio diferente para entreter os pequenos. As opções vão de visitar um zoológico a descer de trenó sobre trilhos no meio de Mata Atlântica. Choveu? Vamos patinar no gelo. Anoiteceu? A sugestão é jogar boliche. Ficou torrado do sol? Tem kart indoor para compensar. A cidade mais movimentada do verão de Santa Catarina é tam-bém uma das preferidas de famílias com crianças. Entenda o porquê.

SHOW ME 43

Div

ulga

ção

G Youhooo!

Este trenó sobre os trilhos localizado no topo do Morro

da Aguarda (Estação Mata Atlântica do Parque Unipraias)

é diversão garantida para a garotada. São 710 metros de

descidas e curvas em meio ao visual da Mata Atlântica e

da Praia Central. O condutor do trenó precisa ter a altura

mínima de 1,40m, e o acompanhante, pelo menos 1,10m.

acesso pelo Parque unipraias, na avenida Normando tedesco,

Barra Sul. Diariamente, edas 9h às 20h. ingresso Parque

unipraias: r$ 30. ingresso Youhooo!: r$ 15 (uma pessoa) e

r$ 25 (duas pessoas). (47) 3404-7600

G ParquiNho Do Molhe

Túneis, tobogãs, escorregadores, passarelas, balanços e cordas

compõem o parquinho infantil do Molhe da Barra Sul. Ao redor

do equipamento colorido, partes de barcos de madeira imitam

embarcações naufragadas na beira da praia. O local também conta

com quiosques e bancos para os pais descansarem.

avenida atlântica, Molhe da Barra Sul, em frente ao Parque unipraias.

acesso gratuito.

k Kart iNDoor

O Kart Barra Sul, aberto para adultos e crianças a partir de 5 anos de

idade, possui a maior pista indoor do Sul do Brasil. O local promove

corridas com até 10 karts de 6,5 HP, em baterias que largam de 15 em

15 minutos. A estrutura conta ainda com bar e lanchonete anexa. É

possível agendar horários para grupos fechados.

avenida Brasil, esquina com a rua 4.000, Barra Sul. Diariamente, das 9h às

22h30. ingresso: r$ 35 entre 9h e 16h (baterias infantis) e r$ 40 entre 16h

e 22h30 (baterias adulto). (47) 3361-6000

44 BEM-VINDO X Passeios para crianças

W Zoológico

O zoológico Parque Cyro Gevaerd, às margens

da BR-101, é a mais antiga atração para

crianças em Balneário Camboriú. Fundado em

1981, o local abriga 1,2 mil animais entre aves,

mamíferos e répteis distribuídos em 39 mil metros

quadrados de área verde, além de aquário, museu

arqueológico, museu da taxidermia e museu do

pescador.

Br-101, Km 137, próximo ao acesso do Bairro da

Barra. Diariamente, das 9h às 19h. ingresso: r$ 8

(adulto) e r$ 4 (crianças de 6 a 12 anos). crianças

abaixo de 5 anos acompanhadas dos pais não

pagam. (47) 3367-0033

G acqualâNDia

De longe, a Acqualândia mais parece uma exposição de boias gigantes que

flutuam sobre o mar. O parque aquático inflável é uma novidade que a empresa

Acqualândia Sports trouxe para a cidade em 2009. Trata-se de um circuito olímpico

de obstáculos com cama elástica, catapultas, iceberg e discos, tudo adaptado para

a diversão na água.

avenida atlântica, em frente à rua 4.600, Barra Sul. Diariamente, das 11h às 19h.

ingresso: r$ 20 a hora. (47) 3363-0131

k Boliche

Quer programa melhor para fazer com a família

à noite, depois de um dia de praia, do que sair

para jogar boliche? O Atlântico Bowling fica

de frente para a Praia Central. Além das oito

pistas totalmente informatizadas, conta com bar,

restaurante, fliperama, mesas de sinuca e pebolim.

Ainda é possível agendar campeonatos fechados.

avenida atlântica, 1346, centro. Diariamente, das 17h

a 1h. cada hora de jogo custa r$ 80. (47) 3363-1809

46 BEM-VINDO X Camboriú

Distante 82 quilômetros de Florianópolis, Camboriú tem posição privilegiada no eixo rodoviário de maior movimento turístico

do Sul do País, a BR-101. O município perdeu suas praias com a emancipação de Balneário Camboriú, há 48 anos, e, por isso, decidiu explorar outro po-tencial econômico: o turismo rural. Para quem pre-fere refúgio à badalação das praias de Balneário, sem sair do litoral, o município vizinho oferece di-versas alternativas. Chácaras, cascatas, pousadas, hotel fazenda, restaurantes rurais, pesque e pague, engenhos, aulas de equitação, cicloturismo e forma-ções montanhosas como o Pico da Pedra somam-se às delicias dos cafés coloniais, aos quitutes caseiros e ao cheiro de lenha no fogão.

Saindo do centro, seguindo por 32 quilômetros em meio a arrozais e passando pela histórica Rua da Palha, chega-se ao Bairro dos Macacos. No local,

em razão da topografia acidentada, quedas d’água formam o conjunto de corredeiras conhecido como Cachoeira Seca. O nome vem do fato de que, em de-terminado ponto, a água passa por baixo de pedras que acabam servindo de passarela para quem quer atravessar o riacho sem molhar os pés.

A principal queda d’água, com mais de 20 me-tros de altura, está localizada na Estrada Geral dos Macacos, na Vila Conceição, distante 15 quilôme-tros do Centro. Como fica dentro de uma proprie-dade particular, o acesso custa R$ 5 por pessoa. O dinheiro cobrado para visitação é uma espécie de taxa de manutenção, estabelecida para manter a área impecável. O local possui um engenho de serra adaptado, lanchonete e banheiros.

O Pico da Pedra está a 18 quilômetros do Centro de Camboriú e a 678 metros acima do nível do mar. Para chegar ao topo da montanha é necessário cami-

CAMBORIÚ, CIDADE VIZINHA à BALNEÁRIO CAMBORIÚ, OFERECE UMA REDE DE TURISMO E DE LAZER EM MEIO à MATA ATLÂNTICA

O LADO RURAL

TexTo Adão Pinheiro FoTos Luciana Zonta

do litoral

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Camboriú oferece recantos naturais, paisagens bucólicas e lazer ao ar livre para quem quer curtir ainda mais o verão além das praias

Rua Dom Afonso, 230 - Via Gastronômica - Tel. 47 3367 0788

Terça a Sexta11:00 às 14:30 h e 19:00 às 20:30

Sábado a domingo11:00h às 16:00h e 19:00h às 24 horas

Horário de Atendimento

macarronadaitaliana.com.br

48 BEM VINDO X Camboriú

p

nhar por aproximadamente uma hora e meia. Boa parte do trajeto se dá em meio a trilhas de mata nativa. Para com-pletar o cenário, do alto do morro tem-se uma visão privile-giada do litoral de Balneário Camboriú e Itapema. Depen-dendo das condições climáticas, é possível avistar parte de Florianópolis. Durante a 2ª Guerra, a região foi ponto de observação do exército e hoje é considerado um dos locais com melhor visibilidade para a prática do voo livre.

IMPULSO TURÍSTICOUma completa infraestrutura de hotéis, pousadas, par-ques aquáticos e restaurantes com sistemas de pesque--e-pague começa a ganhar corpo na cidade. O Paraíso da Pesca, por exemplo, localizado na entrada da rua que dá acesso à Cachoeira Seca possui dois tobogãs e sete pisci-nas. A propriedade conta ainda com tanques para pesca esportiva, onde o visitante paga somente pelo que decidir levar para casa, tudo já limpo e pronto para armazena-gem. Rodeado por muito verde, há opção de caminhadas, trilhas e até passeio a cavalo, sem contar a quadra de futebol de areia e a cancha de bocha.

Outra opção de lazer é a Cascata do Encanto, localiza-da na Estrada Geral dos Macacos e distante cerca de 11 quilômetros do Centro. O espaço atende somente grupos mediante reserva e conta com restaurante de comida típi-ca, café colonial, piscina natural, parquinho infantil e par-que de aventuras com atividades para crianças e adultos.

Com 550 mil metros quadrados de área, a fazenda Top da Mata conta com uma infraestrutura de hospedagem com nove apartamentos. Se o interesse é passar apenas um dia, a programação inclui almoço, café da tarde e ati-vidades como cavalgada, trilhas ecológicas, passeio de pedalinho, piscina, pesca esportiva, campo de futebol, cancha de bocha e mesa de sinuca. No verão é necessário reservar com antecedência, principalmente em função da área ser fechada para atendimento a grupos de turistas e empresas. O hotel fica a 10 quilômetros do Centro de Camboriú, na Estrada Geral do Braço.

O pôr do sol sobre as montanhas também convidam à visitação do Hotel Pousada dos Caetés, que combina natu-reza e rusticidade a 17 quilômetros do Centro. O restau-rante oferece feijoada, churrasco, frutos do mar, buffet de saladas e doces caseiros. A Pousada conta com oito chalés, quatro suítes na casa principal e mais uma casa defronte ao lago. O hotel dispõe de piscinas, cancha de bocha, sala de jogos e campo de futebol de várzea.

Já o Parque das Tucaneiras conta com 14 suítes para casais e quartos coletivos para pernoite, mas também ofe-rece a opção de aproveitar apenas o dia. O local oferece serviços de alimentação, churrasqueiras ao ar-livre, qua-dra de vôlei de grama, quadra de bocha e campo de fute-bol, lagoas para pesca esportiva, mesa de pingue-pongue, sinuca, dominó, xadrez e piscina. A pousada fica no bairro Rio Pequeno, a cerca de 8 quilômetros do Centro.l

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SERVIÇO

2 Posto de Informações Turísticas de Camboriú – Avenida

Santa Catarina, s/n, Bairro Tabuleiro. (47) 3361-5981

2 Pesque e pague Paraíso das Águas – Estrada Geral dos

Macacos, a 15 quilômetros do Centro. (47) 9977-1107

2 Hotel Fazenda Top da Mata – Estrada Geral do Braço, a 10

quilômetros do Centro. (47) 3361-5981

2 Cascata do Encanto – Estrada Geral dos Macacos, a 11,4

quilômetros do Centro. (47) 9977-1996

2 Hotel Pousada dos Caetés – Estrada Geral dos Caetés, a 17

quilômetros do Centro. (47) 9109-5235 e 7811-1687

2 Pousada Parque das Tucaneiras – Rua Rio Amazonas, 2.099,

Bairro Rio Pequeno, a 8 quilômetros do Centro. (47) 3365-1221

2 Pico da Pedra – siga pela Estrada de Congonhas, passando pela

pedreira de mármore da empresa Guarneri e suba pela trilha até

o Pico da Pedra. A caminhada dura cerca de uma hora e meia.

2 Cachoeira Seca – Estrada Geral dos Macacos, Vila Conceição,

distante cerca de 15 quilômetros do Centro de Camboriú.

Além de um pesque-e-pague, o Paraíso da Pesca tem ainda sete piscinas

O conjunto de corredeiras da Cachoeira Seca, a 32 quilômetros do Centro

50 BEM-VINDO X Roteiro de compras

Nas vitrines, grifes de renome e elementos de design conferem um ar glamoroso e so-fisticado. O cuidado com o visual e a sele-

ção de produtos tem um objetivo claro: encantar e captar o cliente da rua pela beleza da composição. Há pelo menos uma década, o comércio de Balneário Camboriú ganhou ares de exclusividade. Em busca do consumidor de alto poder aquisitivo – boa parte formada por turistas e veranistas – pontos de venda de marcas conceituadas dentro e fora do Brasil inves-

tem em apresentação e conceito, o que inclui desde a arquitetura de interiores planejada até mimos para agradar e manter o comprador dentro da loja por mais tempo. É na rua, mas parece shopping.

A Avenida Brasil, via paralela à Avenida Atlântica, é o resumo desta nova fase do comércio local. Uma es-pécie de passarela do luxo que exibe lojas-conceito de marcas como Lez a Lez, Arezzo, Hering, Luz da Lua, Beagle, Havaianas, Ótica Diniz Prime e multimarcas especializadas em grifes internacionais. Este perfil

COM ARES DE CENTRO COMERCIAL A CÉU ABERTO, A AVENIDA BRASIL ATRAI OS CONSUMIDORES COM LOJAS SOFISTICADAS E EXCLUSIVAS

a rua que virou

TexTo Luciana Zonta FoTos Leo Laps

shopping

SHOW ME 51

mais sofisticado agregou valor ao potencial turístico da cidade, que também virou sinônimo de compras. A mesma avenida tam-bém é referência em artigos de utilidades domésticas para casa, mesa e banho a preços acessíveis a todos os bolsos, disponíveis em grandes redes de lojas como a Havan e a Americanas.

GRIFES CONSAGRADASAtenta ao gosto exigente do visitante que frequenta Balne-

ário Camboriú, a empresária Ethel Kleis acaba de abrir uma nova loja da rede Beach Boutique na Avenida Brasil. O conceito multimarca implantado nas outras duas lojas da rede – uma delas na própria Brasil – foi transportado para o novo endereço. Além de oferecer produtos de grifes internacionais como Calvin Klein, John John Denim e Nixon, a loja agregou serviços de uma concessionária BMW, que vende desde acessórios como malas, chaveiros, carteiras e canecas da montadora até bicicletas-con-ceito e carros zero quilômetro.

A decoração foi inspirada no universo das corridas de car-ros, com paredes na cor do concreto e teto quadriculado, re-metendo à imagem da bandeira de fim de prova. A estratégia, segundo a empresária, é agregar produtos diferentes para o mesmo público-alvo. “É mais um espaço cosmopolita na princi-pal avenida comercial da cidade”, comenta Ethel. No mezanino da loja, um ambiente dedicado ao lazer dos clientes oferece produtos gourmet, vinhos que podem ser degustados no pró-prio local e mesa de poker para uma partida entre amigos.

A Vive La Vie Nômade é outra multimarca que investe no público consumidor de moda e grifes consagradas no Centro de Balneário Camboriú. Com o objetivo de atrair a atenção dos tu-ristas que visitam a cidade na temporada de verão, a loja aposta em peças de vanguarda de olho nos consumidores que acompa-nham a moda produzida dentro e fora do país. Para conquistar e reter o cliente disposto a gastar, as vendedoras oferecem mimos como cafés gourmets e taças de espumante. A estratégia agrada e ajuda a vender mais em todos os meses do ano.

A loja Flamingo da Avenida Brasil – integrante da tradicio-nal rede catarinense de produtos de cama, mesa e banho – faz questão de trabalhar com marcas internacionais como as alemãs Duvedecor e Manterol, além de produtos prime da Buddemeyer

e da Trussardi. A administradora e responsável pelo visual mer-chandising da loja, Vicky Schauffert, incorporou artigos de de-coração e móveis ao menu da Flamingo de Balneário Camboriú. O fato de a loja estar na rua comercial mais movimentada da cidade só ajuda para o sucesso das vendas. “Tem todo o charme de ser um ponto de rua próximo à praia, o que colabora bastante no marketing durante o verão”, comenta Vicky.

Uma das marcas catarinenses mais famosas do Brasil tam-bém tem ponto na Avenida Brasil. A Hering Store, localizada bem no centro de Balneário Camboriú, ganhou uma roupagem de loja-conceito na famosa avenida. O espaço atrai praticamente o mesmo público que compra nas lojas de shopping da marca. Até o horário de atendimento acompanha o dos shoppings: a loja abre às nove horas da manhã e só fecha às dez da noite. “E muitas vezes ainda estamos cheios de clientes neste horário”, comenta a gerente da Hering Store, Edigrecia Medeiros. Se-gundo ela, o fato da estar localizada na Avenida Brasil contribui muito para o sucesso das vendas, já que a via atrai públicos de vários estilos e faixas de idade.l

A Flamingo, tradicional marca de cama, mesa e banho, adicionou

móveis e artigos de decoração ao mix da sua loja na Avenida Brasil

Abaixo, a fachada da nova loja-conceito da rede Beach Boutique

A Vive la Vie aposta em peças de vanguarda para atrair o consumidorp

p

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52 BEM-VINDO X Shopping centers

Com 147 lojas concentradas em um só en-

dereço, o AtlâNtIcO ShOppINg comple-

menta a diversidade do comércio de rua de

Balneário Camboriú. Inaugurado em 1997,

reúne lojas de vestuário, sapatos, acessórios,

decoração, perfumaria, alameda de serviços

e casa de câmbio oficial, além de duas salas

de cinema e uma praça de alimentação com

27 operações. Localizado a apenas 50 metros

comércio

Grifes nacionais e internacionais como Fo-

rum, Lacoste, M.Officer, Schutz e Vivara

ajudam a compor o mix de lojas distribuídas

em 40 mil metros quadrados do BAlNEá-

rIO cAMBOrIú ShOppINg, localizado

na Avenida das Flores, uma das principais

vias de acesso à cidade. O empreendimento

conta com 180 operações – incluindo opções

de vestuário, calçados, livrarias, tecnologia,

presentes e utilidades domésticas – e lojas

âncoras como Marisa, Renner e C&A, até

então presentes apenas em médias e gran-

des cidades brasileiras. Possui ainda praça de

alimentação, salas de cinema Multiplex Sta-

dium com projeção 3D, lounges de descan-

so, family room e alameda de serviços com

casa lotérica e adega de vinhos. Ao lado da

Praça de Eventos fica o concierge, espaço de

relacionamento com o visitante para ajudá-

-lo a se localizar no shopping e na cidade.

O serviço é fruto de uma parceria com o

Convention Bureau de Balneário Camboriú

e presta um serviço especial de informações

– com atendimento bilíngue – sobre onde

comprar, comer e se divertir, além de indi-

car hotéis, restaurantes e empresas de loca-

ção de veículos, associados a vantagens ou

brindes. Aberto de segunda a sábado, das

11h às 23h. Aos domingos, as lojas abrem

das 14h às 21h e a praça de alimentação

funciona das 11h às 23h. Rua Santa Cata-

rina, 1, Bairro dos Estados. (47) 3263-8444.

www.balneariocamboriushopping.com.br

O gigante

e cultura

das

O Balneário Camboriú Shopping reúne

180 lojas em seus 40 mil metros quadrados

No coração da cidade, o Atlântico Shopping

completou 15 anos de atividade em 2012

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TexTos Luciana Zonta

da Praia Central, em um dos entroncamentos

mais movimentados da cidade, conta com

mais de mil vagas de estacionamento. Na

Praça de Eventos são realizadas exposições

de artes plásticas, fotografias, veículos antigos

e serviços ao longo de todo o ano. A música

local ganha destaque em um projeto cultural

realizado semanalmente na Praça de Alimen-

tação. Aberto de segunda a sábado, das 10h

às 22h. Domingos, das 11h às 21h. Avenida

Brasil 1.271, Centro. (47) 3367-6464.

Div

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ção

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Laps

compras

54

Férias e verão, a combinação perfeita para quem quer arrumar as malas e aproveitar a temporada no litoral de

Santa Catarina. Além do sol e das praias, o es-tado oferece ainda a oportunidade de fechar bons negócios no setor imobiliário. Em Bal-neário Camboriú, a chegada de milhares de turistas – muitos deles de elevado poder aqui-sitivo – aumenta a perspectiva de boas vendas para as construtoras e imobiliárias locais, que têm investido cada vez mais em empreendi-mentos voltados para o segmento de luxo. São produtos e serviços personalizados para aten-der clientes de alto padrão, dispostos a pagar até R$ 13 milhões em um único apartamento.

Para agradar esses novos consumidores sur-gem desenhos inovadores, como o do Marina Beach Towers, modelo de residencial vertical exclusivo na América do Sul, com quatro vagas

de garagem e outras duas de marina. Localiza-do na Barra Sul, área mais nobre de Balneário Camboriú, o empreendimento é resultado de uma pesquisa de mercado que apontou a pro-cura por espaço para novas marinas da região, segundo o gerente de marketing da constru-tora Mendes Sibara, Reinaldo Francisco. Para criar o projeto, a empresa buscou inspiração em construções americanas. A demanda de compradores para esse tipo de imóvel é forma-da por um público que exige qualidade e pode desembolsar grandes quantias em troca de um lugar tranquilo, confortável e exclusivo.

De olho no mercado de luxo com um viés náutico, o Grupo Thá, de Curitiba, lançou o Re-serva Camboriú Yacht & Golf, na vizinha Cam-boriú. Baseado no conceito de conservação do patrimônio natural e gestão ambiental, o con-domínio fica em uma área com 551 mil metros

CONDOMÍNIOS DE ALTO PADRÃO EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ E NAS CIDADES VIZINHAS ATRAEM INVESTIMENTOS MILIONÁRIOS

VINDOS DE DIVERSOS ESTADOS BRASILEIROS

TexTo Adão Pinheiro

O NOVO

do luxo

BEM-VINDO X Mercado imobiliário54

ENDEREÇO

55SHOW ME

quadrados de extensão e é composto por 171 lo-tes. Seu maior diferencial está nas características destacadas no próprio nome: a presença de um campo de golfe e de atracadouros exclusivos. Im-plantada em um terreno com rios e matas, a área para os golfistas foi projetada para incluir ele-mentos de paisagismo, lagos e bunkers de areia cuidadosamente dispostos para proporcionar de-safios aos jogadores. A área náutica será instala-da às margens do Rio Camboriú, que desemboca na Praia Central de Balneário Camboriú.

O vice-presidente da Associação de Correto-res de Imóveis de Balneário Camboriú (ACIBC), Milton Silveira, explica que a infraestrutura ur-bana, a facilidade de deslocamento para as três capitais do Sul e a qualidade de vida são alguns dos fatores que ajudam a fechar negócios na re-gião. “Os clientes buscam principalmente confor-to e comodidade”, destaca Silveira. Paranaenses, gaúchos, matogrossenses e sul-matogrossenses estão entre os principais clientes dos investimen-tos de luxo em Balneário Camboriú e Itajaí. De acordo com Silveira, a duplicação do trecho sul da BR-101, em vias de conclusão, está atraindo

uma nova leva de compradores do Rio Grande do Sul. “São os novos ricos, que buscam aparta-mentos em condomínos com valores a partir de R$ 1,4 milhão”, comenta.

ALTA RENTABILIDADEOs investimentos de compradores do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por sua vez, estão direta-mente relacionados aos resultados dos negócios ligados à pecuária e à agricultura. “Um bom mo-mento no campo é bom também para os negócios imobiliários”, enfatiza o corretor de imóveis. A rentabilidade bem acima da poupança e dos fun-dos de renda fixa é um dos principais atrativos para investir no setor imobiliário. Segundo Silvei-ra, há pelo menos duas décadas, os imóveis têm valorizado cerca de 20% ao ano em Balneário Camboriú. O que se percebe, no entanto, é que os clientes do mercado de luxo são principalmente aqueles que compram apartamentos para morar.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Balneário Camboriú (Sin-duscon), Carlos Haacke, destaca que o foco no mercado de luxo foi uma decisão mercadológi-

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O Marina Beach Towers, em Balneário Camboriú, terá vagas para barcos, enquanto o Riviera Concept, na Praia Brava em Itajaí, reúne hotel e escritórios

A Barra Norte de Balneário em breve terá um dos maiores arranha-céus da América Latina, o Infinity Coast, com 240 metros de altura e 66 andares

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56 BEM-VINDO X Mercado imobiliário

ca do setor e da própria cidade na elaboração do plano di-retor, em 2008. “Como não se projetou mais apartamentos pequenos de dois dormitórios, o foco se voltou para aparta-mentos maiores, de três e quatro suítes, buscando clientes de maior poder aquisitivo”, observa. Conforme o empresá-rio, essa mudança de comportamento trouxe uma aborda-gem mais sofisticada para os empreendimentos, fazendo com que os imóveis ganhassem infraestrutura de lazer mais completa e acabamento de alto padrão para atender às exi-gências dos clientes AA.

Maurício Scoz, o diretor geral do Brava Beach Inter-nacional, empreendimento de alto padrão que está sendo construído de frente para o mar da Praia Brava, em Itajaí, considera que o crescimento do mercado de luxo na região segue um caminho natural. “Balneário Camboriú sempre teve uma convergência para esse nicho do mercado, que acabou se expandindo para os municípios vizinhos”, des-taca o executivo.

O surgimento de novos empreendimentos em Itajaí coin-cide também com o fortalecimento econômico da cidade, impulsionado pelo crescimento do setor portuário e pela ins-talação de novas indústrias. “Os portos e a proximidade do aeroporto são alguns dos fatores que impulsionam os inves-timentos no mercado de luxo local”, acrescenta, lembrando que na última década o Produto Interno Bruto (PIB) de Itajaí aumentou 700%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

GIGANTES À BEIRA-MARBalneário Camboriú, por sua vez, mantém-se como um dos destinos turísticos mais procurados do Sul do Brasil. Em média, são entregues por ano de 60 a 70 edifícios com habite-se na cidade, números que levaram o município a ostentar a marca estrondosa de mais de 2 mil prédios em

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Da esquerda para a direita: Jean Graciola, da FG Empreendimentos;

Reinaldo Francisco, da Mendes Sibara; e Carlos Albuquerque Filho, da Procave

Uma amostra da sofisticação dos novos empreendimentos: quarto

decorado no Riviera Concept e sala de estar no Infinity Towers (abaixo)

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uma área de pouco mais de 36 qui-lômetros quadrados. Em breve, Bal-neário Camboriú terá dois dos maio-res arranha-céus da América Latina. O Infinity Coast, projeto que levará a marca FG Empreendimentos, terá nada menos que 66 andares. Com 240 metros de altura, será um misto de residencial e empresarial que re-forçará as metas empreendedoras da construtora, uma das maiores do Sul do Brasil.

O The Skyscraper Center (banco de dados global sobre edifícios no mundo) apresenta o projeto da FG Empreendimentos no topo da lista de maiores arranha-céus da América do Sul. O documento lista 54 prédios brasileiros, de 111 a 240 metros. O Infinity Coast aparece em primeiro lugar: é 58 metros maior do que o se-gundo colocado, em João Pessoa (PB). No mesmo ranking estão dez prédios de Balneário Camboriú. “Para 2013, a expectativa da FG é chegar aos 640

mil metros quadrados de volume de obras. Para 2015, nosso planejamen-to é atingir 850 mil metros quadra-dos, graças aos estoques de terrenos que temos, com capacidade constru-tiva atual de pelo menos dez anos”, destaca o diretor geral do grupo, Jean Graciola.

Já a construtora Embraed entre-ga em dezembro o Villa Serena Home Club, um prédio com duas torres com 160 metros de altura, divididas em 46 pavimentos cada, que estão clas- sificadas entre as cinco mais altas do país, segundo o Council on Tall Buil-dings and Urban Habitat (CTBUH). Além da altura, o prédio chama aten-ção pelo hall de entrada de pé direito com 16 metros, equivalentes a quatro andares. O presidente da empresa, Rogério Rosa, explica que, para aten-der o cliente do mercado de luxo, a construtora oferece empreendimen-tos sofisticados com alto padrão de acabamento e decoração.

Evandro Dal Molin, presidente do Grupo Riviera

Atracadouro do Reserva Camboriú Yacht & Golf

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IMÓVEIS MULTIUSOSeguindo a linha dos imóveis de alto padrão, o Gru-po Riviera aposta na construção do primeiro comple-xo multiuso de Santa Catarina. O projeto do Riviera Concept – empreendimento que está sendo edifica-do às margens da Avenida Osvaldo Reis, na Praia Brava, com Valor Geral de Vendas (VGV) previsto de R$ 180 milhões – destaca-se por reunir escritórios, home offices e hotel em um mesmo endereço.

Segundo o presidente da empresa, Evandro Dal Molin, o Riviera Concept inaugura uma nova gera-ção de produtos imobiliários no estado. “O raciocínio é o da convergência e conveniência. Esse conceito multiuso já está presente em muitos produtos que usamos no dia a dia, como o smartphone. A ideia é integrar serviços em um produto imobiliário, facili-tando a vida das pessoas e otimizando o tempo, que é um dos maiores luxos da vida moderna”, explica Evandro Dal Molin.

Com grande potencial turístico, a Barra Sul, em Balneário Camboriú, é o endereço do Ibiza Towers, um empreendimento que se diferencia pela fachada em pele de vidro e é considerado um marco para a construção civil do município. O empreendimento tem um apartamento por andar e quatro vagas de gara-gem. Conforme o gestor de negócios da Procave, Cló-vis Albuquerque Filho, são três torres com vista para toda a orla da Avenida Atlântica, infraestrutura de sa-lão de festas, piscinas, saunas, lan house, academia de ginástica, área para crianças e até restaurante ex-clusivo, nos moldes de um clube fechado. Do ponto de vista técnico, cada bloco recebeu 1,3 mil metros cúbi-cos de concreto, considerada a maior concretagem de um pilar do país. A primeira torre será entregue em março do próximo ano e a última, em 2015.

TUDO PELO CLIENTEA expansão imobiliária da região compreendida entre Balneário Camboriu e Itajaí, representada pela cons-trução de grandes condomínios verticais, tanto para moradia como para veraneio, está mudando também a política de abordagem dos corretores de imóveis. Mais do que oferecer informações sobre empreendi-mentos, empresas como a AMDG Imóveis colocam à disposição dos clientes em potencial transporte exe-cutivo em carro de luxo e até voos de helicóptero. De acordo com o proprietário da AMDG, Fabrício Bellini, as imobiliárias tiveram que se adaptar para atender ao crescimento da região. Os voos de helicóptero, se-

Com duas torres, o Villa Serena Home Club tem 160 metros

de altura e um hall de entrada com pé direito de 16 metros

Rogerio Rosa, presidente da Embraed Empreendimentos

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gundo ele, permitem uma melhor visualização da lo-calização do empreendimento.

Os mimos oferecidos pela imobiliária se somam a preocupações como qualificação dos corretores e pro-fundo conhecimento do produto oferecido. Fabrício destaca que o crescimento do mercado de luxo na re-gião está diretamente ligado à economia de Balneário Camboriú e ao conceito de infraestrutura turística. “A chegada de novas empresas em Itajaí também trouxe um novo cliente para o mercado local”, acrescenta. O empresário explica que outras regiões também com-portam investimentos de luxo, a exemplo de Navegan-tes, onde já existe procura por esse tipo de imóveis.

Diego Rauber, diretor da Max Imóveis, explica que a urbanização e a nova regulamentação de cons-truções da Praia Brava fizeram surgir um mercado de luxo que não existia na cidade. “Há um grande mercado a ser atendido, mas que dependerá da le-gislação para o bairro e do tratamento que o poder público dará ao turismo na praia”, ressalta Diego. Ele acrescenta que o mercado itajaiense continua aque-cido porque a cidade continua crescendo. “E vamos em um rimo muito bom, pois além da vocação por-tuária e logística está em franco desenvolvimento a indústria ligada à exploração de petróleo e gás”.l

Obras do Brava Beach Internacional, empreendimento na Praia Brava

que integra espaços residenciais com hotel resort e centro de compras

Maurício Scoz, diretor geral do Brava Beach Internacional

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A REGIÃO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ GUARDA ALGUMAS DAS MELHORES CASAS NOTURNAS DO PAÍS. MERGULHE NA NOITE LOCAL

E DESCUBRA QUAL DELAS VAI SE TORNAR SEU “PICO” PREFERIDO

TexTo Luciana Altmann

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Ferveçãocosteira

Balneário Camboriú também ferve após o pôr do sol. Além das praias de mar transparen-te e da natureza exuberante, a cidade exala

uma noite cosmopolita e tem bossa para agradar aos mais distintos turistas. Daqueles que buscam o dolce far niente àqueles que procuram a badala-ção dos consagrados clubes de música eletrônica ou das populares casas de sertanejo universitário. Com praias cheias de sol a sol, a cidade e os muni-cípios vizinhos concentram três das maiores casas de música eletrônica do mundo: Space Ibiza, Gre-en Valley e Warung.

O clube número 1 do planeta – ou pelo menos uma filial dele – acaba de chegar a Balneário Cam-boriú. A partir da festa de inauguração, no dia 29 de dezembro, a Space B. Camboriú torna-se a pri-meira franquia das Américas do Grupo Space Ibi-

za,, eleito 12 vezes como a melhor noitada do mun-do, segundo ranking da revista britânica DJMag, bíblia da e-music. Baseado na Espanha, o grupo conta somente com duas filiais, uma na ilha de Menorca, Espanha, e outra em Sharmel Sheik, no Egito. Além da franquia brasileira, abrem em 2013 uma Space New York e uma Space Dubai.

Com área construída de 15 mil metros quadra-dos, a casa ocupa uma área total de 158 mil metros quadrados em meio à Mata Atlântica e tem capaci-dade média para quatro mil pessoas, podendo ser ampliada. Comporta estacionamento para três mil carros e heliponto, além de estrutura com área de alimentação, lounges e espaços vips. A lendária instituição da música eletrônica mundial empres-tará seu know-how à franquia brasileira. Todo o equipamento vem da Europa, aliando potência à

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qualidade de som. A iluminação de última geração completa o arsenal tecnológico. Tanto cuidado técnico tem uma razão: receber em seu palco as grandes estrelas da música eletrônica no verão de 2013.

BALADA INTERNACIONALSe a melhor casa noturna do mundo está em Balneário Cam-boriú, a segunda está na cidade vizinha. O Green Valley, se-diado em Camboriú, ocupa o segundo lugar na lista dos Top 100 Clubs da DJMag e é considerado um espaço singular no universo eletrônico por causa da sua localização em meio à natureza. A casa já trouxe para Santa Catarina 24 dos 30 DJs mais famosos da cena eletrônica mundial, como Fatboy Slim, Tiesto e David Guetta. Inaugurado em 2007, o clube conta com uma iluminação diferenciada que proporcia um espetáculo de luzes, pirotecnia e efeitos de LED – tudo isso em meio à floresta.

O projeto arquitetônico do Green Valley busca a integração dos espaços abertos e fechados, criando uma ligação com os lagos naturais, os morros em volta do clube e com toda a mata nativa. Com predominância do verde da natureza, a pista prin-cipal tem formato de tenda e seus mais de 10 mil metros qua-drados de área acomodam lagos, pistas de dança, camarotes, bares, restaurantes, banheiros, lojas, praça de alimentação e um palco com equipamentos de alta tecnologia.

Há quatro anos, a festa de réveillon da Green Valley, no dia 31 de dezembro, acontece na paradisíaca praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú, onde é erguida uma megaestrutura à beira-mar. Em 2012, a festa terá como atração principal a apresentação dos irmãos belgas Dimitri Vegas e Like Mike, a mais nova sensação da música eletrônica mundial. A dupla tra-rá para Santa Catarina um show especial na beira na praia com cenário e decoração luxuosos, mimos, serviços exclusivos e vá-rias atrações badaladas. Com a capacidade da festa aumen-tada em 20%, as áreas disponíveis ao público são backstage, camarote e pista, todas com serviço open bar.

Na Praia Brava, em Itajaí, fica “o templo” – como é conheci-do o Warung Club – que atrai milhares de seguidores da música eletrônica até um dos endereços mais valorizados do litoral

catarinense. O clube, que comemorou dez anos em 2012, fica de frente para o mar e está sempre bem classificado na lista dos melhores do mundo. Conhecido pelo público exigente e por trazer top DJs mundiais, já recebeu nomes como Solomun, Sha-ram e Sasha para festas que costumam terminar de manhã na areia da praia. Um sistema de som de primeira linha, os cama-rotes vip, a alta concentração de belas mulheres e a decoração balinesa são os pontos altos do clube.

No Parador Beach Club, anexo ao Parador Estaleiro Hotel, as day parties rolam na beira das piscinas enquanto os DJs comandam as festas das suas picapes para muito além do pôr do sol na praia do Estaleirinho, na Avenida Interpraias. A infra-estrutura lembra os famosos clubes de praia europeus, com um perfume de Ibiza e Mikonos. A arquitetura é contemporânea e a decoração conta com várias espreguiçadeiras e guarda-sóis na areia e em volta das piscinas. Um serviço de bar e de res-taurante assinado pelo chef Gustavo Schimdt, da Soul Cozinha de Festa, atende ao seleto público.

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A novidade Shed Western Bar, especializada em sertanejo universitário

Acima, o TAJ mistura restaurante e balada para atrair um público seleto

Day party em volta da piscina no Parador Beach Club do Estaleirinho

Natureza e música eletrônica se misturam em harmonia na Green Valley,

em Camboriú, considerada a segunda melhor casa noturna do mundo

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A ideia do parador surgiu há quatro anos para atender quem gosta de dar uma esticadinha depois da praia. No Be-ach Club é comum nomes conhecidos da música eletrônica, como Layo & Bushwacka, Soultan, Ned Shepard e Life is a Loop, subirem ao palco para animar a galera bonita e sara-da vestindo saídas de praia e biquínis. Além disso, o Beach Club comanda grandes eventos, já tradicionais na agenda de festas de Santa Catarina, como o disputado Reveillon, o Parador Fantasy, o Parador Hawai e o Parador White Party.

COUNTRY À BEIRA-MARMas nem só de música eletrônica vive a noite na região. Balneário Camboriú é conhecida também por ser um bada-lado reduto country da orla catarinense. A Shed Western Bar, inaugurada no verão passado, é especializada no ser-tanejo universitário. Reduto de gente bonita, está locali-zada em um endereço badalado à beira-mar, na Avenida Atlântica, point de algumas das melhores casas noturnas e restaurantes da cidade. A pista é cheia de gente desco-lada, vips, celebridades, artistas e músicos de todo o país. No palco, shows ao vivo com nomes conhecidos no mundo sertanejo e também novas duplas que estão despontando para o cenário nacional.

A decoração prima pelo luxo e pela sofisticação dos ambientes, aliando estilo e conforto num só lugar. Mui-ta madeira, espelhos, futons e almofadas dão o toque de glamour ao ambiente, que segue o modelo dos melhores clubes country do mundo. Com capacidade para 800 pes-soas, a casa tem oito camarotes, com seguranças, entrada vip e banheiros exclusivos. A Shed tem três bares, todos com a assinatura da grife Johnnie Walker, dois deles no andar superior. O projeto luminotécnico é 100% composto de aparelhos LED, que economizam energia e não elevam a temperatura. A sustentabilidade e a preocupação am-biental também estão presentes na economia de recursos hídricos. Um sistema de captação de água da chuva foi instalado na casa para abastecer os banheiros.

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BEM-VINDO X Baladas

Combustível para a noitada

A vodca Beatka, da Brastar Premium Brands, é uma das marcas que

ajudam a esquentar a festa nas melhores casas noturnas catarinenses

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A Shed Al Mare, em Porto Belo, reúne iates e lanchas para

uma balada náutica que acontece apenas nos dias 29 e 30 de

dezembro e no Carnaval

As bebidas energéticas são um sucesso nas baladas, dominando as mais famosas casas noturnas no Brasil e no exterior. O que poucos baladeiros imaginam é que o energético ECCO! é um produto catarinense. A dona da marca é a Brastar Premium Brands, com sede em Biguaçu, na Grande Florianópolis. Desde 2007 no mercado de energéticos, a empresa trabalha diretamente com o público-alvo dentro das casas noturnas e disputa sua preferência palmo a palmo com as grandes marcas. “Nosso diferencial é a inovação. O que não é uma opção, mas um fator determinante para conquistar o mercado”, explica Luciano Santa Ritta, presidente da Brastar. O insight do empresário surgiu quando ele observou entre os frequentadores da noite o hábito de misturar energético com suco de cranberry. “Criamos então protótipos do Ecco! Fruit Energy até alcançar a melhor reação do público”, explica Luciano.

A inovação e a visão de estratégia da empresa renderam à Brastar Premium Brands o prêmio Top de Marketing da ADVB/SC em 2012. Na ocasião da premiação, a empresa também ganhou o prêmio Top One como melhor case empresarial entre os dez premiados pela ADVB/SC. Outra estratégia da Brastar foi investir na produção de vodca com a marca Beatka Czar’s Favorite Mistress, com uma proposta visual sedutora. Formado em Design Gráfico e com longa experiência em Marketing, Luciano dá atenção especial ao design dos produtos. A vodca faz parte da estratégia da Brastar de aumentar sua participação na demanda por bebidas nas casas noturnas.

A Brastar também é inovadora ao investir na produção de cerveja. “Este mercado é dominado por marcas que têm todas a mesma comunicação, sempre a mesma mensagem vinculada à tradição. Nós buscamos uma abordagem diferente”, afirma Luciano. A Balsa Beer Cutback é inspirada nas imagens clássicas do surfe de longboard. O nome tem origem na madeira usada na fabricação de pranchões nos anos de 1950, que era mais leve do que a tradicional. A cerveja ganhou esse nome justamente porque é mais leve do que as cervejas artesanais tradicionais. “Estamos atraindo o público identificado com o estilo de vida do surfe, ligado a atividade física e contato com a natureza”, explica Luciano, ele próprio surfista e apreciador experiente de cerveja.

SHOW ME 63

Serviço

SHOW ME 63

Outra opção que a região oferece é curtir uma balada náutica. No verão 2013, a enseada do Caixa D’Aço, em Porto Belo, será novamente palco da Shed Al Mare, que acontece nos dias 29 e 30 de dezem-bro e também no Carnaval. Muita música e um público selecionado prometem agi-tar a paradisíaca praia e reunir cerca de 600 embarcações, entre iates, veleiros e jetskis, nas águas verdes e transparentes da enseada que foi palco da gravação do videoclipe para a versão em inglês do hit “Ai se eu te pego”, de Michel Teló. Três bares flutuantes com restaurante e ser-viço de boat delivery complementam o evento e garantem conforto aos convida-dos. Todos os barcos participantes pode-rão sintonizar a rádio 98.9 para ouvir uma programação exclusiva com a cobertura completa do evento ao vivo, entrevistas e promoções integrando toda a região.

O TAJ é outro point sofisticado com en-dereço à beira-mar que movimenta a noite de Balneário Camboriú. A casa que mistu-ra restaurante e balada não tem pista de dança e atrai um público seleto, que gosta de boa gastronomia, descontração e agita-ção na medida certa. Conhecido em todo Sul do Brasil, o TAJ também tem unidades em Curitiba, Foz do Iguaçú (PR) e Vitória

(BA). Há dois anos no litoral catarinense, o espaço tem 1,7 mil metros quadrados e capacidade para 700 pessoas. Seguindo o mesmo conceito da matriz curitibana, a decoração e a gastronomia são inspiradas em países como Tailândia, Índia, Indoné-sia, Vietnã e Laos. A trilha sonora mistura som lounge com pitadas de música étnica oriental e grooves eletrônicos. A casa ofe-rece estacionamento próprio, vagas vip e serviço de manobrista.

Com assinatura do arquiteto Marco Nogara, a versão catarinense do TAJ tem pé-direito de seis metros, com entrada de luz natural e artificial, além de um pai-sagismo exuberante, com palmeiras plan-tadas na parte interna do restaurante. O projeto segue as orientações do Feng shui, criando um ambiente agradável e acolhedor. Lustres, móveis e objetos de decoração foram trazidos de Bali, assim como o símbolo da casa: um grande Bu-ddha de 1,80 metros de altura que se destaca no ambiente. O teto retrátil, ins-talado no deque de frente para o mar pro-porciona noites inesquecíveis sob as es-trelas. Aos domingos, o TAJ realiza a festa “Let’s go Sunday”, sempre com DJs convi-dados pelo percussionista do trio Life is a Loop, Rodrigo Paciornick.l

O Warung Club coloca a Praia Brava, em Itajaí, no mapa do cicuito internacional da música eletrônica

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2 Space B. Camboriú – Abre em datas programadas. Consulte o site da casa. Rua Vila Nova, 700, bairro Nova Esperança, Balneário Camboriú. (47) 9915- 1230 e 9915-0199. www.spacebcamboriu.com.br

2 Green Valley – Abre em datas programadas. Consulte o site da casa. Rua Mamoré, n. 1.083, Rio Pequeno, Camboriú. (47) 3360-8097. www.greenvalley.art.br

2 Réveillon Green Valley – Terá como atrações os DJs belgas Dimitri Vegas e Like Mike, entre outros. Praia do Estaleiro Guest House, na Praia do Estaleiro, Balneário Camboriú. Reservas: (47) 3360-8097 e (47) 9903-4303

2 Warung – Abre em datas programadas. Consulte o site da casa. Avenida José Medeiros Vieira, 350, Praia Brava, Itajaí. (47) 3348-7643. www.warungclub.com.br

2 Parador Beach Club – Abre em datas programadas. Consulte o site da casa. Rua Victorio Fornerolli, 454, Praia do Estaleirinho, Balneário Camboriú. (47) 3348-7643. www.paradorbeachclub.com.br

2 Shed Western Bar – de quinta a sábado, a partir das 23h. Avenida Atlântica, 5.650, Barra Sul, Balneário Camboriú. (47) 3366-4375, 8454-2656 e 8565-0468. www.shedbar.com.br

2 Shed Al Mare – dias 29 e 30 de dezembro e durante o Carnaval, a partir do meio-dia. Caixa D’Aço, Porto Belo. Coordenadas: 27°7’34”S 48°31’32”W

2 TAJ Bar – abre diariamente a partir das 18h. Avenida Atlântica, 5.710, Barra Sul. Balneário Camboriú. (47) 3264-0464. www.tajbar.com.br

64 BEM-VINDO X Entrevista

Ele ficou conhecido do grande público por meio do re-ality show A Fazenda, do qual participou duas vezes, em 2009 e 2012, mas sua trajetória no mundo das

artes começou muito antes. Nos anos 2000 largou o curso de administração para se dedicar ao teatro. Saiu do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro, onde foi assistente de palco da apresentadora Xuxa e atuou em novelas como Laços de Família, Desejos de Mulher e Celebridade.

Em 2004, já na Record, protagonizou o remake de Escra-va Isaura. Em seguida, participou do elenco de Caminhos do Coração (Mutantes) e mostrou seus dotes como composi-tor escrevendo músicas para esta e outra novela (Prova de Amor). É vocalista da banda Theo e os Beckers e recente-mente tornou-se apresentador de um quadro no Programa da Tarde ao lado de Nicole Bahls. Em maio de 2012 trocou o Rio de Janeiro por Itajaí, em Santa Catarina. Aqui encontrou o que buscava: qualidade de vida, tranquilidade e amizades sinceras; e contou para a SHOW ME o que mais gosta de fazer quando está na cidade.

SHOW ME Com que frequência vai a Balneário Camboriú?Vou diariamente a Balneário Camboriú para malhar e

cuidar do corpo, passear e curtir bons restaurantes e boas baladas. Afinal, moro em Itajaí, cidade vizinha.

SHOW ME O que mais gosta na cidade?O que eu mais gosto são as pessoas. Os amigos que fiz

são especiais. Aqui também encontrei qualidade de vida, bons lugares para treinar e uma casa perfeita, com praia particular e uma vista maravilhosa.

SHOW ME Que lugares os turistas não podem deixar de conhecer em Balneário Camboriú?

Para quem gosta de diversão recomendo o Guacamole, adoro a performance dos caras que trabalham lá. Já quem gosta de balada não pode deixar de conferir o Warung e a Green Valley, onde tocam os melhores DJs do mundo!

SHOW ME Já que você também surfa, indique um bom local para a prática do esporte.

As praias próximas a Balneário são muito boas para quem gosta de surfar. Aqueles que curtem ondas tubulares devem conhecer a Brava. Já para aprender a surfar indico a praia de Atalaia, também em Itajaí. E uma dica para a boa convivência no mar: respeitem os surfistas locais.l

O ATOR dA RECORd FREQUENTA dIARIAMENTE BALNEÁRIO CAMBORIÚ PARA MALHAR, PASSEAR E SE dIVERTIR

A bAlneário de

Por Débora Ferreira

Theo Becker

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Sua família merece morar numa cidade completa, em

serviços, lazer, compras, transporte e segurança.

Venha conhecer nossos lançamentos em Balneário

Camboriú. Aproveite para se mudar, definitivamente, para

perto do mar.

Deixe a energia da praia contagiar sua vida.

NO ROTEIRO X Praias68

ENTRE AS DEZENAS DE OPÇÕES DO LITORAL CATARINENSE, DESTACAMOS 15 DAS MELHORES PRAIAS DO ESTADO PARA QUE VOCÊ ESCOLHA O LUGAR IDEAL

PARA ABRIR SEU GUARDA-SOL E CURTIR O VERÃO

TexTo Mateus Boing FoTos Victor Carlson

Qual é aQual é asua praia?sua praia?

As águas transparentes da Praia das

Tainhas, em Bombinhas, uma das quatro

sugestões de praia agreste da Show Me

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SHOW ME 69

A revista que você tem em mãos está recheada de dicas e rotei-ros para aproveitar o que Santa

Catarina oferece de melhor. Diversão, gastronomia, hospitalidade, compras, passeios etc. Mas se você fosse obriga-do a escolher apenas uma palavra para justificar sua decisão de visitar o lito-ral catarinense durante a temporada de verão, que palavra seria essa? Nossa aposta é que a maioria iria optar pela palavra “praia”. Ou melhor: “praias”.

Até porque, convenhamos, você pode encontrar belas atrações turís-ticas em muitos lugares do país. Mas quando o assunto é praia, o páreo é

duro. Duríssimo. Sejam elas agrestes ou ideais para levar a família, sejam picos de surfe ou points do agito, aqui existem, literalmente à sua mão, exce-lentes opções para todos os gostos. É o que você confere na matéria a seguir, na qual destacamos 15 das melhores praias catarinenses divididas em qua-tro categorias, segundo suas caracte-rísticas em comum: familiares, agita-das, agrestes e esportivas.

Afinal, se você está hospedado no litoral de Santa Catarina neste verão é porque veio atrás de praia. Ou alguém por acaso entraria na melhor sorveteria do Brasil apenas para tomar um café?

70 NO ROTEIRO X Praias para a família

De fácil acesso e próxima à Praia Central de Balneário

Camboriú, Laranjeiras possui boa infraestrutura, mar sem ondas e

natureza preservada que atraem famílias com filhos pequenos

Em Governador Celso Ramos, a praia de Palmas tem

recantos ideais para crianças brincarem com segurança e prima

pela urbanização planejada, com ruas amplas e prédios baixos

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PalMaSAntes de 1996, ano da criação do balneário de ruas amplas, prédios baixos e esgoto tratado, Palmas era uma praia para jovens, remota e sem infraestrutura, em Governador Celso Ramos. Apenas famílias destemidas e aventureiras frequentavam o lugar. Hoje em dia, crian-ças, vovôs e surfistas dividem os 2,5 quilômetros de faixa de areia. Estacionamentos, bares e pontes de madeira sobre a restinga facili-taram essa diversidade.

O que não mudou foi a beleza. O costão direito da praia parece um longo braço verde repousado sobre o mar azul. Logo ao lado, o rio de Palmas desemboca suas águas na praia criando um cenário de cinema e, ao mesmo tempo, um espaço aquático seguro para crianças.

laranjeiraSA Praia de Laranjeiras fica a seis quilômetros do centro de Balneá-rio Camboriú. É extremamente concorrida e ainda assim preserva a natureza intocada. Situada em uma linda baía rodeada pelo verde da Mata Atlântica, seu mar de águas calmas mais parece uma piscina. A tranquilidade desse pequeno paraíso (são 600 metros de extensão) atrai muitas famílias com crianças e sua infraestrutura agrada a to-dos os visitantes. Há bares e lojas para divertir qualquer faixa etária.

Há três formas de chegar: seguindo de carro ou de ônibus pela rodovia Interpraias, num passeio de barco que parte da praia de Bal-neário Camboriú ou a bordo de um moderno teleférico com 47 cabines para seis pessoas cada. O bondinho passa pelos morros de mata nativa e deixa o visitante bem no meio de Laranjeiras. A vista, lá do alto, é de tirar o fôlego.

DanielaBanhado pelas águas da Baía Norte, o balneário da Daniela começou a ser loteado no início da década de 1970, e desde então passou a ser o destino preferi-do das famílias de Florianópolis. Muitos quarentões da cidade aprenderam a nadar no mar sem ondas e de temperatura agradável (a água mais quente entre as praias da Ilha). A praia forma uma pequena baía emoldurada por muito verde e natureza exuberante. Portanto, prepare sua câmera para não perder o famo-so pôr do sol.

Talvez a melhor maneira de aproveitar todos os en-cantos da Daniela seja hospedar-se por lá, alugando uma das casas de veraneio que compõem a arquitetura local. O balneário em si ainda tem pouca infraestrutura. Há uma ducha, cuja água é liberada por uma moeda que pode ser comprada em uma das duas barracas de bebidas e comidinhas que funcionam durante a tempo-rada. Para passar o dia, uma cesta de piquenique bem abastecida é uma boa pedida.

O canto esquerdo, que leva ao pontal da Daniela, é o local mais tranquilo para instalar o guarda-sol. Mas a maioria dos frequentadores concentra-se no outro extremo, onde quem chega cedo consegue um lugar à sombra e há aluguel de guarda-sóis e cadeiras. Ali é o ponto de partida para se alcançar a praia do Forte e a Fortaleza de São José da Ponta Grossa.

Os cerca de 2 quilômetros de faixa de areia podem ser percorridos em 20 minutos de caminhada. E não se descuide com a tranquilidade desta imensa pisci-na, para que ela não se torne uma armadilha para as crianças mais empolgadas, que podem querer avançar mar adentro.

itaPeMaA beleza ímpar e o acesso fácil fazem do município de Itapema um dos destinos mais badalados do litoral ca-tarinense, mas que ainda preserva recantos que con-vidam ao relaxamento. Suas praias atraem jovens em busca de surfe, agito e paquera, famílias com crian-ças e também aqueles que querem apenas relaxar em meio à natureza.

Para essa turma, o Canto da Praia é o lugar mais indicado, com águas calmas e sem ondas, ideal para os pequenos brincarem à vontade. Com o charme de uma vila de pescadores, o local oferece excelentes opções de gastronomia. Há bares e restaurantes servindo uma variedade de pratos à base de frutos do mar.

A Praia de Itapema, que fica bem no centro entre Meia Praia e a Praia de Ilhota, também tem mar calmo e cristalino. É uma opção mais urbanizada, com uma infraestrutura que inclui grandes hotéis. Há bares e restaurantes em praticamente toda a sua extensão, que é de 1,5 quilômetro.

A Daniela é a praia mais procurada de Florianópolis por pais que buscam um

lugar tranquilo e seguro para que seus filhos entrem no mar pela primeira vez

Itapema é outro município que atrai famílias e jovens com boas opções de

hospedagem e alimentação, além de praias com águas calmas e poucas ondas

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Sok

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72 NO ROTEIRO X Praias agitadas

Balneário CaMBoriúUma cidade que não para. Assim é Balneário Camboriú. O movimento é grande mesmo fora da temporada, quando a população residente gira em torno de 100 mil habitantes. No verão e nos feriadões esse número pode passar de um milhão, e a dica para evitar aborrecimentos com o trânsito é tomar o bondinho que circula 24 horas pelas principais avenidas, inclusive à beira-mar. Restaurantes funcionam dia e noite. Por toda a orla, desde o entardecer, cervejarias, cachaçarias, bares com música ao vivo e boates oferecem estilos diversificados de música e ambientes para todos os gostos.

A praia Central – de águas tranquilas, mas que em dias de ressaca chega a atrair surfistas – é a principal da cidade. É ali onde tudo acontece, seja na areia ou no cal-çadão da Avenida Atlântica. Quiosques ao longo de seus quase sete quilômetros de

extensão oferecem petiscos e bebidas para quem quer se refrescar após uma caminhada ou prática desportiva – e também para começar o “esquenta” para a noite. Restaurantes e bares também estão presentes do início ao fim da avenida. Alguns têm mesas e cadeiras na calçada, ideais para tomar um chope e petiscar acompanhando o movimento.

Uma das praias mais badaladas da Capital, Jurerê Internacional reúne

sofisticação e agito em seus beach clubs, paradores e lounges à beira-mar

Canasvieiras, também no Norte da Ilha, é a praia preferida dos turistas

argentinos em Floripa e conta com diversas opções de diversão noturna

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jurerê internaCionalA música eletrônica também é a trilha sonora predo-minante em Jurerê Internacional, no Norte da Ilha, em Florianópolis. No verão, o lugar atrai turistas do Brasil e do exterior, especialmente jovens em busca não só da beleza da praia, mas também da agitação de seus beach clubs e casas noturnas, onde se apresen-tam DJs de renome internacional.

A festa começa ainda durante o dia e o público, não raro, chega em iates e carros importados. Muitos aproveitam as piscinas e a praia de mar calmo e areia fina enquanto bebem champanhe e saboreiam pratos de chefs famosos em lugares como Café de la Musi-que, Donna Jurerê Internacional, Parador 12, Simple on the Beach e Taikô. Sem deixar de lado o embalo e a azaração, celebridades e gente bonita assistem a pocket shows e ouvem música eletrônica, principal-mente nos sunsets.

Entre a festa na areia da praia e a balada nas ca-sas noturnas, é possível recarregar as baterias em sofisticados restaurantes da orla ou da área comer-cial, distrair-se fazendo compras em lojas de grife ou simplesmente descansar nas mansões, apartamentos e hotéis de luxo.

A praia tem 3,5 quilômetros de areia bem fina e branca e mar calmo. O lado direito é conhecido como Jurerê “tradicional” e no lado esquerdo fica Jurerê Internacional, tudo na mesma extensão da praia. É a praia que recebeu o melhor planejamento de infraes-trutura entre as praias de Florianópolis. Entre Jurerê e Canasvieiras há quatro pequenas praias em enseadas.

SHOW ME 73

CanaSvieiraSA praia é muito conhecida como o balneário dos turistas argentinos. Em várias temporadas o idio-ma espanhol era o mais ouvido no comércio local. Todavia, a situação político-econômica da Argen-tina deve reduzir a presença dos hermanos nessa temporada.

Com uma boa infraestrutura urbana, a praia do Norte da Ilha de Santa Catarina conta com vários bares e restaurantes com música ao vivo, além das casas noturnas. Uma das mais procura-das, tanto por moradores quanto pelos turistas, é a Mood Canasvieiras, próxima ao trevo. Além de música eletrônica, conta com shows ao vivo e aulas de capoeira, axé e reggaeton. O complexo inclui bar, restaurante e um parque com redes en-tre árvores.

Outra opção, bem na avenida principal do cen-trinho, é a Porto Night Floripa. Também atraem muita gente os bares que vendem o “capeta” – be-bida à base de destilado, guaraná em pó, canela, mel, leite condensado e frutas.

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lagoinha Do leSteO que a maioria das praias agrestes tem em comum é que chegar até elas pode ser um pouco complicado por causa das dificuldades do acesso. Mas ir embora é ain-da mais difícil, diante de tantas belezas naturais. Le-vando estes dois aspectos em consideração, a Lagoinha do Leste, no sul da Ilha de Santa Catarina, é uma praia agreste por excelência. Há dois caminhos para visitá-la, ambos por meio de trilhas em meio a vegetação.

Descrever a Lagoinha deveria ser uma tarefa ex-clusiva de poetas. Qualquer tentativa de objetividade fica distante da visão que se tem a partir de pontos elevados, como os oferecidos pelas trilhas. O cenário é composto por uma cadeia verdejante de morros que circunda uma lagoa sinuosa e uma faixa de areia fina com 1,25 quilômetro de extensão. Perto do costão nor-te, a lagoa aproxima-se do mar, interrompendo a restin-ga. A profundidade da praia aumenta aos poucos e não há correntes fortes, o que atrai os surfistas sem afastar os banhistas.

Além do banho de mar, dar um mergulho na lagoa é praticamente obrigatório. A profundidade não é grande e a temperatura da água é agradável, principalmente no fim de tarde. Aliás, enquanto o dia vai chegando ao fim a vontade de ficar vai aumentando. Muitos visitan-tes já chegam prontos para acampar, e a área à beira da lagoa é o ponto preferido.

74 NO ROTEIRO X Praias agrestes

Praia DoS ilhéuSEste pequeno paraíso de encostas verdes localizado no município de Governador Celso Ramos tem mar de águas claras e uma faixa de areia com não mais que 200 metros de extensão, que abriga um riacho que desemboca na praia.

O acesso é por uma trilha que começa no canto sul da Praia de Palmas, na estrada que leva ao resort Águas de Palmas. A caminha-da tem início num caminho quase em frente ao condomínio Deitos, ao lado de um camping, e não leva mais do que 30 minutos. A trilha é bem demarcada. Quando a maré não está muito alta, a praia ga-nha mais um pequeno trecho entre as pedras do canto esquerdo.

SHOW ME 75

Além de um visual deslumbrante, a isolada Lagoinha do Leste oferece

a opção de dar um mergulho no mar ou relaxar nas águas calmas da lagoa

A pequena Praia dos Ilhéus, em Governador Celso Ramos, é um

pequeno paraíso com água transparente e boas ondas para o surfe

De fácil acesso e intocada pela infraestrutura urbana, a praia de Taquarinhas

fica à margem da Rodovia Interpraias, entre Laranjeiras e Taquaras

A Praia da Tainha, em Bombinhas, é uma opção para quem quer levar

as crianças para conhecer uma praia agreste com águas calmas e cristalinas

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Praia Da tainhaSe a brincadeira fosse escolher apenas um adjetivo para a Praia da Tainha, em Bombinhas, essa palavra dificilmente seria “agreste”. Mesmo assim ela está no grupo dos recantos naturais. Isso porque ela não deixa de ser isolada (ainda que existam algumas poucas casas na orla — e até mesmo duas petiscarias) e o seu acesso pode ser considerado difícil (ainda que seja feito de carro). Mas o principal motivo é por se tratar de um excelente lugar para dar a bebês e crianças pequenas a experiência de visitar uma praia “selvagem” sem abrir mão de conveniências como duchas, estacionamento e comida servida na areia.

Aos pés do Morro do Macaco e banhada por águas calmas, essa joia do litoral catarinense tem 200 metros de extensão. O costão direito é bom lugar para mergulho livre, enquanto o lado esquerdo abriga pequenos ranchos de pescadores. O nome Tainha vem do fato de ela ser uma das primeiras praias do continente a receber os cardumes destes peixes, que passam pela Ilha de Santa Catarina no inverno. Por R$ 10 a hora é possível alugar um caiaque e remar por 30 minutos até a Ilha do Macuco, ao norte, ou por 20 minutos até a deserta Praia do Cação, ao sul.

taquarinhaSDifícil encontrar no litoral catarinense uma praia agreste com acesso tão fácil quanto Taquarinhas. O lugar faz parte do circuito Interpraias, em Balneário Camboriú, e fica entre Laranjeiras e Taquaras. Depois de estacionar o carro, basta descer uma escadaria de concreto que em dois minutos você estará com os pés na faixa de areia que se estende por 700 metros.

Tirando o acesso, Taquarinhas é uma típica “praia deserta” A infraestrutura é nula e a beleza excedente. Em seu entorno sem construções, a cor que prevalece é o verde dos morros próximos e da restinga exuberante. A areia é grossa e de tom amarelado. O mar, azul e perigoso. Além das ondas fortes, trata-se de uma praia de tombo, dessas em que a profundidade aumenta rapidamente. Portanto, mantenha-se perto da areia.

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quatro ilhaSO ponto forte de Bombinhas, no litoral norte de Santa Catarina, é a natureza exuberante tanto em terra quanto na água: areias brancas e águas límpidas, com excelentes pontos de mergulho nos costões e na Ilha do Arvoredo. São mais de 30 praias, muitas delas acessíveis apenas por trilha ou barco, quase sempre em área de muito verde e Mata Atlântica preservada. Mas é a grande faixa de Mariscal e a enseada de Quatro Ilhas, urbanas e de acesso fácil, que têm mar aberto e são propí-cias para o surfe.

Com barzinhos à beira-mar, a praia de Quatro Ilhas é destino de surfistas e ponto de encontro dos jovens. Seu nome deve-se às ilhas que podem ser vistas da areia: Macuco, Galés, Deserta e Ar-voredo. Com aproximadamente 800 metros de ex-tensão e em formato de ferradura, a praia tem mar mais calmo no costão esquerdo, que torna o ponto ideal para banho em suas águas de tom verde cla-ro. Mas é o canto direito, com suas ondas fortes que quebram longe da areia, o principal atrativo do público jovem. Os costões, especialmente o do lado norte, são propícios para a prática de mergu-lho livre.

A praia também atrai esotéricos em busca de energização. Eles acreditam que sua areia, rica em cristais de quartzo, armazena grande quan-tidade de energia. No local estão disponíveis vá-rias formas de hospedagem: camping, pousadas e hotéis, mas também é possível instalar-se em estabelecimentos de outras praias da cidade, to-das próximas.

Quatro Ilhas, em Bombinhas, tem espaço para surfistas, banhistas e mergulhadores

Em Itajaí, a Praia Brava costuma sediar campeonatos de surfe, bodyboarding e jet-ski

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76 NO ROTEIRO X Praias esportivas

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Praia BravaA Brava, entre Itajaí e Balneário Camboriú, é conhecida por sua exuberante na-tureza, águas límpidas e tranquilidade. Isso na areia, pois o mar agitado faz do local um dos melhores pontos de surfe no Litoral Norte. A qualidade das ondas, especialmente no Canto do Morcego, à esquerda, onde costumam tomar a for-ma de tubo, torna a praia sede de campeonatos internacionais de surfe e jet-ski.

Ao norte, no Morro do Morcego, amantes do voo livre podem decolar e ter uma linda vista da praia Brava. São quase três quilômetros de orla, do Canto do Morcego ao Canto dos Amores, do lado sul. O frescobol é outro esporte bastante praticado na faixa de areia, que fica praticamente vazia durante o ano todo e costuma lotar na alta temporada.

Para chegar à Brava pelo canto direito, o caminho é pela Avenida do Esta-do, que liga Itajaí a Balneário Camboriú. Já o acesso para o lado norte é feito pela estrada da praia de Cabeçudas, passando pelo Morro do Cortado.

BEM VINDO X Programa78

A Praia Mole reúne a beleza agreste ao movimento de jovens e esportistas

Além do surfe, o frescobol é outro esporte popular na Praia do Campeche

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78 NO ROTEIRO X Praias esportivas

Praia Mole Com sua areia grossa e mar agitado, a Mole é uma das praias que mais atraem surfistas na Ilha de Santa Catari-na. Entre aquelas de fácil acesso, talvez seja uma das mais agrestes. Localizada ao Leste, entre a Joaquina e a Bar-ra da Lagoa, para chegar até ela basta deixar o carro nos estacionamentos e atravessar a pé a faixa de restinga. O problema é chegar até o estacionamento, já que na tempo-rada a única rodovia que leva até a Praia Mole costuma ter trânsito complicado.

Mas nada disso intimida os surfistas. O mar frio e bravo – perigoso para banhistas – é um convite irrecusável para quem pratica o esporte. A presença constante do surfe con-sequentemente atrai muitos jovens, tornando o local ideal para flertes e paqueras de verão. Nos dias quentes, seja na temporada ou fora dela, os bares à beira-mar e a faixa de areia ficam cheios de gente bonita tomando sol, observando ondas, surfistas, kitesurfistas e jogadores de frescobol. O tac-tac da bolinha de borracha nas raquetes costuma se mis-turar ao som das ondas quebrando com violência.

Além disso, a qualquer momento alguém pode descer do céu bem ao seu lado, já que a encosta sul da Mole é bas-tante utilizada como rampa de decolagem para voos de pa-rapente. No final da praia, no canto norte, antes de chegar à Galheta (onde se pratica o naturismo), fica o point GLBT da Ilha. Ali, o ponto de encontro é o bar do Deca. Nos feria-dos com festas especiais, como Réveillon e Carnaval, a Mole chega a receber por volta de 3 mil GLBTs por dia.

Aqueles que não tiverem muita familiaridade com mar bravio, principalmente se estiverem com crianças, devem ter muito cuidado. De mar aberto, com fortes ondas, a Mole tem características de tombo, ou seja, a profundidade au-menta abruptamente após uns poucos passos em direção ao mar. Além disso, é comum a presença de buracos. Portanto, se você não tiver muita segurança em suas habilidades de natação é melhor não se arriscar. l

CaMPeCheNa continuação da famosa Joaquina, em Florianópolis, está a praia do Campeche, com três quilômetros e meio de extensão. A cerca de 200 metros à esquerda de sua entrada principal encontra-se a área conhecida como “Riozinho”, que desbancou nos últimos anos a Praia Mole como point da juventude dourada. No outro extremo está a praia do Morro das Pedras, também boa para o surfe, que acaba em um magnífico costão que avança sobre o mar.

O Campeche é uma praia de mar grosso, com ondas fortes e bra-vias. As mais esperadas pelos surfistas são as direitas com ondulação sul, que no inverno podem chegar a mais de um metro. Na área mais central, a força das ondas é quebrada, em parte, pela ilha que leva o mesmo nome da praia. Mesmo assim é necessário cuidado ao tomar banho no local, pois é comum a presença de buracos.

Vários outros esportes têm lugar nas águas frias e de forte salini-dade, incluindo bodyboarding, kitesurfe e kayaking. O trecho do Rio-zinho concentra os praticantes desses esportes aquáticos, e nas suas areias de textura fina e alva, além de muita azaração, rolam sempre partidas de frescobol e futevôlei.

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BEM VINDO X Programa80 NO ROTEIRO X Pomerode80

Umpedacinho

Alemanhada

SHOW ME 81

O slogan que consolidou Pomero-de como um dos destinos mais procurados no Sul do país conti-

nua guiando o jeito de fazer turismo no município de 27 mil habitantes situado a 26 quilômetros do Centro de Blume-nau. Suas atrações culturais e históricas, focadas principalmente na colonização germânica, aliam-se a excelentes opções gastronômicas, belas paisagens naturais e um relaxante clima de vilarejo, aparen-temente alheio à presença de grandes indústrias multinacionais, como as do setor metal-mecânico Bosch Rexroth e Netzsch.

O dialeto germânico ainda é ouvido com frequência pelas ruas e também está presente nas placas indicativas e nos no-mes de ruas, bairros e estabelecimentos. Colonizada a partir de 1863 por imigran-

tes da região da Pomerânia, na antiga prússia, a cidade chama a atenção pelos jardins floridos e pela preservação da sua história, que fica ainda mais visível para quem visita o bairro rural de Testo Alto, na Rota do Enxaimel.

Santa Catarina possui o maior acervo de arquitetura germânica fora da Europa e uma boa amostra desta riqueza pode ser apreciada neste roteiro turístico que concentra mais de 50 propriedades, a maioria construída há mais de um século. O enxaimel – técnica arquitetônica medie-val, conhecida em alemão por fachwerk – faz uso de grandes vigas de madeira que, encaixadas umas às outras, formam uma estrutura vazada que é preenchida com pedras ou barro. Conforme a colônia e as famílias prosperavam, as construções ga-nharam tijolos maciços. A beleza dessas

A PEQUENA POMERODE ESTÁ PRESTES A COMPLETAR 150 ANOS DE IMIGRAÇÃO GERMÂNICA E ATÉ HOJE PRESERVA NA ARQUITETURA, NO ARTESANATO E NA GASTRONOMIA AS CARACTERÍSTICAS ÚNICAS QUE A TORNARAM CONHECIDA COMO A “CIDADE MAIS ALEMÃ DO BRASIL”

TexTo e FoTos Leo Laps

O Portal Sul recepciona com informações

turísticas e artesanato típico o viajante que

chega à cidade a partir da BR-470

O tradicional café colonial, servido por uma

família local no trajeto da Rota do Enxaimel

As ruas limpas e tranquilas compõem um

cenário com ares de vilarejo do interior da

Europa, onde o urbano e o rural se misturam

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82

A técnica medieval de construção utilizada pelos

colonos pomeranos está presente nos mais de 50

imóveis tombados que fazem parte da Rota do Enxaimel

Algumas das casas, muitas datadas do início

do século 20, são usadas até hoje como moradia

NO ROTEIRO X Pomerode

EM UM

ROTEIRO PELA

LOCALIDADE

RURAL DO TESTO

ALTO, DEZENAS

DE CASAS EM

ESTILO COLONIAL

ENCHEM OS

OLHOS DOS

VISITANTES

casas, muitas delas ainda servindo de residên-cia, é a principal atração do passeio.

Em novembro de 2012, após um ano de tra-balho envolvendo prefeitura e comunidade lo-cal, a Rota do Enxaimel ganhou 12 novas atra-ções. Agora é possível degustar um farto café colonial ao lado de uma casa centenária, fazer passeios de jipe ou carro de mola, fazer trilhas ecológicas e comprar roupas, doces e conservas, além de conversar com os moradores e ouvir his-tórias sobre a região e seu cotidiano. O pacote completo é oferecido mediante agendamento, ao custo de R$ 55 por pessoa, e pode ser planejado no Centro de Informações Turísticas do Portal Turístico Sul, construção que recepciona os via-jantes que chegam pela BR-470. Ali também é possível alugar bicicletas e obter as melhores dicas de passeio por toda a região.

O artesanato, outra tradição herdada dos imigrantes germânicos, também está presen-te nas novas atrações do roteiro, mas pode ser encontrado com facilidade em várias partes da cidade, além de ser uma das principais atrações de eventos como a Osterfest, o festival de Páscoa

de Pomerode, e o Stollenfestival, celebrado an-tes do Natal. A criatividade dos artesãos resulta em produtos de uso doméstico, como panos de louça, aventais e mobiliário, além de objetos de-corativos como velas, bonecas e porta-retratos.

HOSPITALIDADE GERMÂNICARepresentante da quarta geração a ocupar a casa construída em 1875 à beira da Rua Testo Alto, Marcelo Lemke e sua família oferecem, em um acolhedor rancho de madeira, um café colonial acompanhado por apresentação de grupos folcló-ricos, além de um estande para a prática do tiro ao alvo. “Sempre sonhei em abrir um estabeleci-mento aqui, que funcionasse todos os dias. Este é o primeiro passo”, celebra o morador do bairro em frente à casa construída pelo seu bisavô.

Outra atração da Rota do Enxaimel é a visita à Casa Wachholz, a mais antiga de Pomerode, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A edificação, que hoje abriga uma pousada de três quartos, foi construída em 1867 – apenas quatro anos após a abertura dos primeiros loteamentos na região,

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SHOW ME 83

GUIA DE ENDEREÇOS

SHOW ME 83

2 Centro de Informações Turísticas do Portal Sul – Rua 15

de Novembro, 818, Centro. (47) 3387-2627. Aberto todos os dias

das 8h às 18h. www.vemprapomerode.com.br

2 Zoológico de Pomerode – Rua Hermann Weege, 180, Centro.

(47) 3387-2659. Todos os dias das 8h às 19h. www.pomerzoo.org.br

Museus:

2 Casa do Escultor Ervin Curt Teichmann – Rua 15 de Novem-

bro, 791, Centro. Terça a domingo, das 13h às 17h. (47) 3387-0282

2 Casa do Imigrante Carl Weege – Rua Leopoldo Blaese, 11,

Pomerode Fundos. De terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 18h;

sábados das 8h às 12h; domingos das 9h às 17h. (47) 3387-2613

2 Museu do Marceneiro – Rua Alfredo Hoge, 525, Centro. De

segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados das 9h às

13h. (47) 3387-2073. www.behling.ind.br

2 Museu Pomerano – Rua Hermann Weege, 111, Centro. De

terça a sexta, das 10h às 11h30min e das 13h às 17h; sábados,

domingos e feriados das 10h às 16h. (47) 3387-0408

Gastronomia:

2 Adega Monsaraz – Rua 15 de Novembro, 1833, Centro. De

terça a sábado, das 18h às 22h30. (47) 3387-1406

2 La Spezia – Rua Luiz Abry, 1206, Centro. De terça a domingo,

das 18h à meia-noite. (47) 3387-3200. www.laspezia.com.br

2 Schornstein Kneipe – Rua Hermann Weege, 60, Centro. De

quinta a domingo, do meio-dia à meia-noite. Quarta-feira, a partir

das 17h. (47) 3333-2759. www.schornstein.com.br

Nugali Chocolates – Rua 15 de Novembro, 181, Centro. De

segunda a sexta das 8h30 às 19h; sábados e feriados das 9h ao

meio-dia e das 13h às 17h. Domingos, das 14h às 18h. (47) 3387-

5294. www.nugali.com.br

2 Torten Paradies – Rua 15 de Novembro, 350 – Centro. (47)

3387-0950 ou (47) 3387-5271. Horário: todos os dias, das 7h30min

às 19h30min (exceto domingos e feriados, quando abre às 10h).

www.torten.com.br

2 Restaurante Wunderwald – Rua 15 de Novembro, 8444,

Centro. (47) 3387-4167 e 3395-1700. De segunda a sábado, das

11h30 às 15h30 e das 18h às 22h30. Aos domingos, das 11h às 16h.

www.wunderwald.com.br

Artesanato:

Associação dos Artistas e Artesãos de Pomerode

(Portal Sul) – Rua 15 de Novembro, 818, Centro. Diariamente, das

9h às 18h. (47) 3387-2627

2 Arte e Mania – Rua Paulo Zimmermann, 90, Centro. De segunda

a sábado, das 9h às 11h30 e das 13h às 18h30. (47) 3387-0436

2 Arte do Lar – Rua 15 de Novembro, 4420, Testo Central Alto.

De segunda a sexta, das 9h às 18h30. Sábados, das 9h às 18h30.

Domingos e feriados, das 10h às 18h. (47) 3387-2528

2 Artesanatu’s – Rua 15 de Novembro, 2430, Centro. De segunda

a sábado, das 8h30 às 12h e das 14h às 18h. (47) 3387-3040

2 Atelier Rose Darius (pintura em tela e aquarelas) –

Rua dos Imigrantes, 314, Centro. Aberto diariamente em horário

comercial. (47) 3387-0454 e 9991-1636

2 Nani Atelier (pintura em madeira) – Rua Karl Guenther,

459, Centro. Diariamente, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h. (47)

3387-3714

2 Guenther Velas Artesanais – Rua Frederico Weege, 3420,

Pomerode Fundos / De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h / (47) 3387.0152 /

www.guenthervelas.com.br

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84 NO ROTEIRO X Pomerode

que naquela época ainda era parte da Colônia Blumenau. Tataraneta do primeiro morador, o imigrante Albert Christian Johann Wachholz, Si-moni Wachholz recebe visitantes para contar – em português ou alemão – a história da família, da casa e da própria cidade através de retratos pendurados nas paredes.

No comando da recém-criada Associação de Desenvolvimento do Turismo da Rota do Enxaimel (Adeture), o paulista Ronald Kreidel, filho de ale-mães, mudou-se para Pomerode acreditando no potencial turístico. “Queremos fomentar o turismo cultural, ambiental e arquitetônico por aqui. Há muito espaço para crescer nesse setor”, afirma ele, que em parceria com Jean Guenther fundou o Pomerode Jeep Tour, serviço que translada os visi-tantes em um jipe Chevrolet GM C-15 pelas atra-ções da Rota do Enxaimel ou em locais mais afas-tados, como os morros da Turquia e do Schmitt.

CENTRO HISTÓRICOSe o Testo Alto é um bom exemplo de preserva-ção da história e da cultura da Pomerode rural,

o Centro também conta com seu roteiro históri-co, formado por 35 atrações. O bairro preserva boa parte do casario antigo ao longo de ruas de paralelepípedo e movimentadas ciclovias, que convivem com diversas empresas e institutos fo-cados em áreas de inovação tecnológica. “Por seu valor histórico, a região central tem uma série de restrições para novas construções. No entanto, trabalhamos para não impedir o desenvolvimento urbano, mantendo sua dinâmica ao mesmo tempo em que a paisagem e a beleza da cidade são pre-servadas”, explica o secretário municipal de Turis-mo, Cultura e Esporte, Cláudio Marcos Krueger.

Uma das atrações mais populares do roteiro pelo Centro é o Zoológico de Pomerode. Tercei-ro a ser fundado no Brasil, em 1932, reúne mais de 200 espécies de animais, incluindo leões, ara-ras, girafas e hipopótamos. Além de atender ao público diariamente, o zoológico também realiza ações de preservação ambiental, como a reprodu-ção em cativeiro de espécies ameaçadas e a rea-bilitação de animais recolhidos em apreensões da Polícia Ambiental.

Detalhes da arquitetura de inspiração germânica

estão por toda parte, como na janela deste restaurante

O Zoológico de Pomerode, bem no Centro da cidade,

é um das atrações mais populares entre os visitantes

O clima tranquilo da Praça Jorge Lacerda é um convite

para ocupar uma mesa, relaxar e tomar um chope gelado

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O CONJUNTO

DE 35 PONTOS

TURÍSTICOS

NO CENTRO

DE POMERODE

GARANTE UM

DIA REPLETO

DE ATIVIDADES

SHOW ME 85

A Estátua do Colonizador, na praça Jorge Lacerda,

é uma das várias homenagens que a cidade presta

aos imigrantes que povoaram a região há 150 anos

No Museu Pomerano, móveis de madeira e

utensílios domésticos antigos são exibidos em um

ambiente que reproduz o dia-a-dia da vida na colônia

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MEMÓRIAS PRESERVADASNo Centro ou no Testo Alto, a história de Po-merode está exposta ao ar livre. Mas a cidade conta ainda com quatro ambientes criados para preservar sua memória. O primeiro está locali-zado no bairro Pomerodefunds, em uma autên-tica casa enxaimel que reproduz a decoração de um típico lar do século 19. Cozinha, quartos, sala de estar e até um engenho para fabricação de fubá, tudo é mobiliado como nos tempos de Carl Weege, o patriarca da família que marcou a história do desenvolvimento econômico da re-gião. Na varanda, uma cadeira de balanço con-vida a apreciar a tranquilidade da vizinhança.

Já o Museu Pomerano revela ao visitante, além de documentos históricos, utensílios de cozi-nha e vestuário, móveis, equipamentos agrícolas, instrumentos musicais e até charretes. Outros itens interessantes do acervo são as “caixas de casamento”, construídas em madeira e com um fundo falso, onde cada noivo colocava um bilhete com uma mensagem para o outro. Depois do ca-samento, o buquê era guardado na caixa, que era fechada com uma tampa de vidro para ser aberta somente após a morte de um dos noivos.

O Museu do Marceneiro, uma iniciativa da Móveis Behling, foi inaugurado em 2004 e conta com uma roda d’água ainda em funcionamento e equipamentos utilizados nos primeiros anos da empresa, quando era apenas uma marcenaria. No local há também uma loja com diversos produtos, de brinquedos a móveis e utensílios domésticos.

Homenagem póstuma da família do artista Erwin Teichmann, a Casa do Escultor é forma-da por um belíssimo acervo de desenhos e obras talhadas em madeira, retratando principalmente mulheres, cavalos e trabalhadores. Um dos des-taques é o painel em alto relevo que retrata a Santa Ceia e ocupa uma parede inteira da casa.

86 NO ROTEIRO X Pomerode

Nascido na Alemanha, Teichmann veio para Pomerode em 1914, ainda criança, e faleceu em 1992, aos 85 anos. O artista também criou o brasão do município e está-tuas como O Imigrante, localizada na Praça Dr. Jorge Lacerda, bem em frente à Casa do Escultor.

SABORES TÍPICOSAlém de encantar os visitantes com muita história e cultura, Pomerode também sabe agradar paladares exigentes. A cidade dispõe de restaurantes e confeitarias de-dicados à culinária típica germânica, além de oferecer excelentes opções para apre-ciadores da cozinha italiana e portuguesa, por exemplo. O acento alemão pode ser saboreado em restaurantes como o Wun-derwald. Entre os pratos mais procurados da casa estão o schlachtplatte (R$ 109), que traz à mesa, para duas pessoas, joelho e bisteca de porco, salsichões vermelho e branco, mostardas e raiz forte; e o mar-reco recheado (R$ 138) acompanhado por repolho roxo, purê de maçã, nhoque de ba-

tata doce e aipim frito, servido em por-ções generosas para até três pessoas.

Já no Schornstein Kneipe, bar da microcervejaria local, é possível apre-

ciar os seis estilos de chope produzidos na cidade e experimentar pratos como o escondidinho de aipim com leberkäse, presunto de carne grelhada comprado

de um pequeno produtor do município

(R$ 14 por pessoa). Uma receita típica do Brasil com apelo regional e germânico.

A influência italiana, a segunda mais presente no Vale do Itajaí, pode ser sa-boreada no La Spezia, especializado em massas como o conchiglione de carne seca com abóboras (R$ 49 para duas pessoas), e na Pizzaria Tarthurel, que tem entre suas opções a pizza San Remo, mesclando champignon, camarão e os queijos kraeu-terkaese e parmesão em uma redonda de 30 centímetros (R$ 42). Recentemente, o português Domingos Correia trouxe uma nova opção para a cidade: a Adega Mon-saraz, com um menu à base de bacalhau norueguês e uma carta com mais de 400 rótulos de vinhos.

Depois do almoço, quem estiver em busca de doçuras deve procurar a doceria Torten Paradies ou a loja de chocolates da marca local Nugali. As duas ficam quase lado a lado, na Rua 15 de Novembro, uma das principais vias da cidade. Famosa por seus strudels, a Torten Paradies oferece café colonial com mais de 100 itens todos os dias (R$ 36 o quilo). Recentemente, inau-gurou sua linha de sorvetes artesanais que tem sabores como chope e apfelstrudel. Já a Nugali é uma das mais conceituadas fábricas de chocolate do país, responsável por produtos como Serra do Conduru 80% Cacau, premiado no Salão Mundial do Cho-colate de Paris (R$ 7,90 a barra de 85g) e que pode ser adquirido na loja da fábrica.l

O marreco recheado com purê de maçã,

tradicional receita da cozinha alemã, é o prato

mais pedido do restaurante Wunderwald

No Schornstein Kneipe, o

acompanhamento ideal para a cerveja

artesanal produzida na cidade é o

Hackepeter, um “quibe cru alemão”, que

leva alcaparras e especiarias

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Distâncias até Pomerode:

Blumenau: 26 km Joinville: 81 kmSão F. do Sul: 95 kmFlorianópolis: 167 km

Pomerode

Itajaí

Bombinhas

Florianópolis

Joinville

Jaraguá do Sul

S. Francisco do Sul

SC 418

BR 470

BR 101

BR 280

SCGÁS. Uma rede de desenvolvimento sustentável ligandoSanta Catarina através do gás natural.

Desde 2000, quando iniciou sua operação, a SCGÁS vem levando a várias regiões do Estado muito mais economia, segurança, comodidade e respeito ao meio ambiente. O gás natural é uma das fontes de energia mais limpas que existem e o resultado da sua utilização nos veículos, lares, empresas e indústrias catarinenses pode ser medido pela quantidade de CO² que deixou de ser emitido na atmosfera durante os 12 anos de atuação da empresa: 2,2 milhões de toneladas. O equivalente a 15,7 milhões de árvores plantadas, uma fl oresta do tamanho de 15 mil campos de futebol. SCGÁS. Ajudando a economia de Santa Catarina a crescer com sustentabilidade.

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88 NO ROTEIRO X Vale do Itajaí

Engana-se quem imagina que o verão catari-nense se resume às belas praias do litoral. A cerca de uma hora de viagem de Balneário

Camboriú, os municípios do Vale do Itajaí têm ofe-recido cada vez mais atrativos durante esta época do ano. Para se refrescar, há sempre as águas ge-ladas de ribeirões, além das piscinas e brinquedos dos parques aquáticos de Gaspar e dos lagos de Rio dos Cedros. E para animar a estação há eventos no melhor estilo germânico, como a Sommerfest, em Blumenau, e a Festa Pomerana, que em 2013 chega à sua trigésima edição no município de Pomerode.

Realizar uma Oktoberfest fora de época é a pro-posta da Sommerfest, lançada em 2007 para diver-tir blumenauenses e turistas durante o verão. Em seis noites de janeiro e fevereiro, sempre às quin-tas-feiras, o Parque Vila Germânica recebe cerca de 60 mil pessoas para uma festa regada a chope ar-tesanal, produzido pelas diversas microcervejarias da região, além de música e comidas típicas alemãs. Quem visita o evento ainda pode aproveitar para conhecer as lojas de artesanato e suvenires, bem como os empórios e os bares do parque, um dos principais pontos turísticos de todo o Vale do Itajaí.

ANIMADAS FESTAS TÍPICAS E DIVERSAS MODALIDADES DE LAZER AQUÁTICO FAZEM DO VALE DO ITAJAÍ UMA OPÇÃO DIFERENTE

PARA QUEM PASSA FÉRIAS EM SANTA CATARINA

VERÃO LONGE

TexTo Leo Laps

da praia

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SHOW ME 89

Enquanto a Sommerfest pode ser considerada uma novidade no calendário de eventos do Vale, a Festa Pomerana já é tradição. Em 2013, o evento comple-ta três décadas e celebra o cinquente-nário de emancipação do município. A festa acontece de 11 a 21 de janeiro e lembra uma Oktoberfest com um clima mais “família”. Delícias clássicas da culi-nária germânica, como o joelho de porco e o marreco recheado com repolho roxo, além de sobremesas como o apfelstrudel (folheado de maçã) e cucas, chope gelado e música são os principais atrativos.

A festa de Pomerode conta ainda com uma exposição de artesãos e produtores locais e competições de tiro ao alvo, le-nhador e serrador, além da inusitada al-leswurst: lançada em 2012, a prova testa quem consegue comer um salsichão ale-mão de 23 centímetros em menos tempo. O evento também celebra o encontro dos 16 clubes de caça e tiro da cidade, bem como dos grupos folclóricos. E, assim como na Oktober de Blumenau, a Festa Pomerana também promove todos os anos a eleição de suas rainhas e princesas.

diversáo aquáticaPara se recuperar depois de tanta festa, nada melhor que um refrescante mergu-lho no dia seguinte. As ondas podem ser um privilégio das praias, mas no Vale do Itajaí há água para todos os estilos: dos

mais aventureiros aos que buscam diver-são e tranquilidade para curtir um dia de sol com a família. Em Rio dos Cedros, pequeno município ao norte de Timbó, a Região dos Lagos é destino tanto dos que gostam da adrenalina dos esportes aquá-ticos, como caiaque e jet ski, quanto dos que preferem o sossego de uma pescaria ou a hospedagem em hotéis, chalés ou ca-banas à beira dos lagos formados após a construção de duas usinas hidrelétricas.

No bairro do Belchior Alto, em Gas-par, o visitante pode escolher entre uma série de parques aquáticos, como o Cas-canéia, que completou 25 anos em 2012. Com 100 mil metros quadrados de área construída, o local oferece hospedagem em quartos de frente para a piscina prin-cipal. Mas o grande atrativo são os diver-

Com piscinas, tobogãs e hospedagem, o Cascanéia é um dos principais parques aquáticos da região

A Sommerfest, festa de verão de Blumenau, acontece em seis quintas-feiras, de janeiro a fevereiro

Em Rio dos Cedros, os lagos formados pela Barragem do Pinhal garantem o lazer nos dias de sol

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90 NO ROTEIRO X Vale do Itajaí

serviÇo

2 Sommerfest – Dias 10, 17,

24 e 31 de janeiro, e dias 7 e 14

de fevereiro. Ingressos a R$ 8.

Parque Vila Germânica, Bairro da

Velha, Blumenau.

www.parquevilagermanica.com.br

2 Festa Pomerana – De 11

a 21 de janeiro. Ingressos a

R$ 5 (exceto às sextas e sábados,

quando é cobrado R$ 12). Parque

Municipal de Eventos, Centro,

Pomerode.

www.festapomerana.com.br

2 Parque Aquático

Cascanéia – De terça a domingo,

das 9h às 19h. Na segunda-feira

abre às 10h. Rua José Patrocínio

Santos, 2.355, Belchior Central,

Gaspar. (47) 3397-8500.

www.cascaneia.com.br

2 Cascata Carolina – Todos

os dias das 9h às 19h. Estrada

Carolina, 600, Belchior Alto,

Gaspar. (47) 3397-8000.

www.cascatacarolina.com.br

2 Paraíso do Miguel – Todos

os dias, das 9h às 19h.

Rua Anna de Montte Smaniotto,

470, Progresso – Blumenau.

(47) 3326-0523.

2 Recanto Silvestre – Todos

os dias, das 8h às 19h. Rua

Santa Maria, 4.269, Progresso

– Blumenau. (47) 3336-5895 e

3336-5447.

2 Rio dos Cedros – A

diretoria de Turismo da Prefeitura

Municipal oferece um serviço com

informações completas sobre as

opções de lazer no município.

Mais informações pelo telefone

(47) 3386-1050.

sos tobogãs: o maior deles tem 250 metros de descida e, segundo os proprietários, quem desce ali atinge velocidades de até 70 quilômetros por hora. Mas há versões para todas as idades e coragens.

Outro destino bastante procurado em Gaspar, conhecido pela qualidade da água de suas piscinas, é o Parque Hidromine-ral Cascata Carolina. Fundado em 1984, o parque é pioneiro na região e seu principal diferencial é a integração com a floresta de Mata Atlântica: há verde para onde quer que se olhe. Na piscina, os visitantes se di-vertem nos tobogãs e também na ponte-do--rio-que-cai, com direito à mangueira para tentar derrubar quem enfrenta o desafio de atravessar uma ponte pênsil.

piscinas naturaisJá em Blumenau, a região da Nova Rús-sia, ao Sul do município, é a rota para quem gosta de nadar em riachos e quedas

d’água em meio à natureza – a área faz parte do Parque Nacional da Serra do Ita-jaí, que possui mais de 57 mil hectares de Mata Atlântica preservada. O parque foi criado em 2004, mas bem antes disso al-guns moradores resolveram apostar no tu-rismo ambiental e abrir as portas de suas propriedades para visitantes.

O pioneiro foi o Recanto Silvestre, que acaba de completar 32 anos e ofere-ce quiosques onde o visitante pode trazer comida e bebidas para passar o dia à bei-ra de um ribeirão de águas límpidas. Às sextas, sábados e domingos, o restaurante serve almoço com comida caseira e carnes assadas, a um preço médio de R$ 20 por pessoa. Outro lugar que atrai muitos blu-menauenses e turistas é o Paraíso do Mi-guel, que também conta com quiosques à beira de piscinas naturais, no próprio leito do rio, e área de camping para aqueles que quiserem estender a visita.l

Durante 11 dias em janeiro, Pomerode promove a Festa Pomerana, que completa 30 anos em 2013

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Balneário Camboriú

Gaspar

Blumenau

PomerodeRio dos Cedros

Penha

Itajaí

Timbó

SC 417

SC 416

SC 486

BR 470

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Conhecida como o terceiro povoado mais antigo do Brasil, São Francisco do Sul alia o charme do casario histórico à beleza natural de suas

praias e da Baía da Babitonga. Um passeio imperdível para quem visita o litoral catarinense. Localizado a 183 quilômetros de Florianópolis, a 107 de Balneário Camboriú e a 45 de Joinville, o município tem uma população flutuante de 380 mil habitantes durante a temporada de verão e desde 2010 voltou à rota de cruzeiros marítimos das grandes companhias.

Um dos programas mais interessantes para quem visita São Francisco é dar uma caminhada pelo Centro Histórico. Tombado em 1987 pelo Instituto do Patri-mônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o lugar reúne cerca de 400 imóveis que remetem às constru-ções em estilo colonial português. Dos casarões e rue-

las estreitas é possível observar a baía, de onde saem os barcos em direção às ilhas da Babitonga e onde os passageiros dos cruzeiros desembarcam quando che-gam à cidade.

É no Centro Histórico que fica o Museu Nacional do Mar, construído em estilo alemão e especializado em embarcações brasileiras, é o único do gênero na América Latina. Em seu acervo estão reunidas embar-cações como a canoa “Max” – primeiro barco de Amyr Klink – e o “Parati I”, no qual o navegador passou cem dias cruzando o Oceano Atlântico apenas com o im-pulso dos remos e das correntes marítimas, em 1984. Outro belíssimo prédio é o Palácio da Praia do Mot-ta, que abriga o Museu Histórico de São Francisco do Sul. Construído no final do século 18, serviu como Câmara de Vereadores e como cadeia pública. Hoje, o

EM MEIO À HERANÇA DA IMIGRAÇÃO PORTUGUESA, SÃO FRANCISCO DO SUL REÚNE 12 PRAIAS AO LADO DA DESLUMBRANTE BAÍA DA BABITONGA

lusitanoENCANTO

TexTo Rosana Rosar FoTos Fabrício Porto

VOLTE SEMPRE X São Francisco do Sul

SHOW ME 93

museu abriga documentos e objetos que contam a história local, como fotografias de época, moinhos de cana e equipamen-tos diversos.

O Mercado Público Municipal, outra referência para moradores e turistas, foi inaugurado em 1900 e complementado em 1938 com uma peixaria no centro co-mercial. A Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça, que teve suas primeiras paredes levantadas antes de 1660, foi restaurada cerca de 75 anos depois de sua criação e ainda está de pé por causa do empenho da população. No livro São Francisco do Sul – muito além da viagem de Goneville, a historiadora Raquel S. Thiago conta que “o povo voluntariamente se impôs um tri-buto, o chamado imposto do vintém, sobre diversos gêneros, tais como farinha, peixe, imbé, aguardente, numa verdadeira de-monstração de participação comunitária”.

A colonização de São Francisco do Sul foi iniciada em 1658, com a chegada da expedição do português Manoel Lou-renço de Andrade no território até então habitado por tribos de nativos carijós. A ocupação da colônia foi feita basicamente por portugueses e vicentistas. Os meca-nismos de proteção da ilha começaram a ser idealizados a partir de 1800, mas o Forte Marechal Luz foi oficializado so-mente em 1915, seis anos após começar a ser construído. Desativada em 1973, a

estrutura localizada a 15 quilômetros do Centro preserva a bateria de canhões, o posto de observação, o paiol do corpo de guarda e a câmera de trigo e poço, reu-nidos no Museu do Forte. A visitação ao museu é aberta ao público e custa R$ 2.

Para quem quer aproveitar o céu, o sol e o mar da costa catarinense, São Fran-cisco do Sul oferece 12 opções de praias. A Enseada tem a melhor estrutura para receber turistas e águas tranquilas, per-feitas para o banho de mar das crianças. É lá que acontece o projeto Estação Ve-rão, apoiado pelo Grupo RIC, com moni-tores orientando atividades de recreação e esporte durante a temporada. Saindo da praia de escuna, em 30 minutos é possível chegar perto do Farol da Ilha da Paz.

A praia de Ubatuba também oferece boa estrutura para hospedagem e opções de bares e baladas. Na Prainha, surfistas e turistas se reúnem para aproveitar o mar agitado e curtir a noite. O Balneário do Capri abriga um Iate Clube e o de Pau-las é conhecido pelas competições náuti-cas. As praias dos Ingleses, da Figueira, do Calixto, do Forte, Itaguaçu, Ervino e a Praia Grande completam a lista de opções da península. No domingo de Carnaval, a Rua Marcílio Dias se transforma na pas-sarela do samba com o desfile das quatro escolas de samba da cidade e de blocos carnavalescos.l

MapaSão Francisco do Sul

Baía da Babitonga

Joinville

Itapema do Norte

BR 280

BR 101

Entre casarões e ruas estreitas, o Centro

Histórico reúne cerca de 400 imóveis que

remetem ao estilo colonial português

O Mercado Público Municipal, inaugurado

em 1900, é um dos principais pontos de

encontro entre moradores e turistas

O deque em frente ao Museu do Mar,

único museu do gênero na América Latina

No Museu do Forte, a 15 quilômetros

do Centro, é possível visitar as instalações do

Forte Marechal Luz, desativado em 1973p

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96 NO ROTEIRO X Garopaba

O município de Garopaba atravessou mais de 200 anos sendo conhecido apenas como uma pequena vila de pescadores do litoral

Sul de Santa Catarina. Foi a partir de 1960, com a chegada dos primeiros surfistas e aventureiros – vin-dos do Rio Grande do Sul –, que suas nove praias começaram a ser referência para os veranistas do Sul do país. Hoje, com quase 20 mil moradores fixos, a cidade recebe cerca de 100 mil visitantes a cada verão. No entanto, ainda preserva um estilo de vida tranquilo e simples, que atrai aqueles que procuram uma alternativa à correria da vida urbana dos gran-des balneários.

Apesar das praias não serem mais desertas, o verde preservado e as águas cristalinas garantem o aspecto de “paraíso perdido” ao conjunto de baías do Norte ao Sul – Gamboa, Siriú, Garopaba (praia-

-sede), Prainha, Silveira, Ferrugem, Barra e Ouvidor. Bastante procuradas pelos praticantes do surfe e amantes da natureza, a maioria destes lugares não dispõe de muita infraestrutura, como estacionamen-tos ou banheiros. As áreas mais urbanizadas são o núcleo central da cidade e a Praia da Ferrugem, que concentram bares, restaurantes e pousadas.

De todas as praias de Garopaba, a do Silveira pode ser considerada a mais agreste. Reduto prefe-rido dos surfistas por ter boas ondas com qualquer vento, há décadas sedia campeonatos de surfe. A dois quilômetros do Centro, ainda resiste à ocupação desenfreada e tem poucas construções, salvo algu-mas casas de veranistas. A atividade dos surfistas só diminui entre os meses de maio e junho, marcados pela safra da tainha, quando parte dos costões fica interditada para a prática do esporte.

Surfe, naturezae baleias

TexTo André Lückman

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O CLIMA TRANQUILO DE GAROPABA É IDEAL PARA QUEM CURTE BOAS ONDAS, PRAIAS AGRESTES E A OBSERVAÇÃO DE CETÁCEOS NO INVERNO

97SHOW ME

BALEIAS FRANCASAlém do surfe, outra atividade que vem atraindo visitantes para a região é o tu-rismo especializado em observação de baleias-francas. Estes grandes mamíferos costumam visitar com frequência a costa catarinense, e nos últimos anos mais de cem baleias têm sido oficialmente avistadas a cada temporada. Elas aparecem entre junho e novembro, fugindo do inverno antártico, e elegem as águas mais quentes de Santa Catarina para descansar e cuidar de seus filhotes. Os dois municípios encontram-se na região costeira demarcada como Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, cujos 156 mil hectares se estendem do Bal-neário Rincão até o sul de Florianópolis.

A observação de baleias tem aqueci-do os negócios das operadoras de turismo locais durante o inverno, com a oferta de hospedagem e passeios de barco para quem deseja ver os cetáceos de perto, com segu-rança e respeito ao bem-estar dos animais. Além de Garopaba, sede da gerência da APA, outros pontos com grande incidência de avistamento de baleias estão nas praias do Rosa, em Imbituba, e de Itapirubá, en-tre Laguna e Imbituba, onde fica o Centro Nacional de Conservação da Baleia Franca.

O Centro Histórico de Garopaba tam-bém tem íntima relação com a presença das baleias, pois na época da colonização os cetáceos eram uma importante fonte econômica para a comunidade. Destes ani-mais extraía-se principalmente gordura, que servia para a produção do óleo usado na iluminação no e da argamassa usada para erguer casas, igrejas e fortalezas no século 19. Boa parte das construções his-tóricas da cidade feitas com esse material se mantém em pé até hoje.

O casario açoriano de Garopaba pode ser observado pela orla e pelas ruas para-lelas seguindo até a Praça 21 de Abril, no sopé do costão Sul. No alto do costão está a Igreja Matriz São Joaquim, que junto com o cemitério e a casa paroquial foram constru-ídos na época da fundação da Freguesia de Garopaba, em 1846. Ao lado da igreja, no local conhecido como Vigia, funcionava o escritório da administração da Armação Ba-leeira de São Joaquim de Garopaba, criada em 1795. Hoje, a edificação é uma galeria de arte e artesanato.l

Saul

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SERVIÇOS

Na página ao lado,

as ondas chamam os

surfistas para cair no mar

da agreste Praia do Silveira

Entre junho e novembro,

a região é visitada por

dezenas de baleias francas,

que chegam bem perto

dos barcos com turistas

O Centro Histórico de

Garopaba, com a Igreja

Matriz em destaque, guarda

a memória da freguesia

fundada em 1846

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2 Escolas de surfe

Vento Sul (48) 3254-4520

Surfari (48) 3254-0299

2 Trilhas, city tour e esportes

aquáticos

Garopaba Experience (48) 3354-1534

www.garopabaexperience.com.br

2 Escalada

Garopaba Vertical (48) 3254-3942

2 Observação de baleias, serviços

e passeios aquáticos

Turismo Vida Sol e Mar (48) 3254-4199

www.vidasolemar.com.br

Escuna Lendário (48) 9907-1382

Centro Nacional de Conservação da

Baleia Franca (48) 3255-2922

www.baleiafranca.org.br

Assoc. de Guias da APA (48) 9977-6352

e 9948-2224

www.juliocesarcetaceo.blogspot.com

2 Mergulho, observação e

passeios Base Cangulo (48) 3354-1606 e

8842-2993. www.basecangulo.com.br

mApA

Garopaba

Laguna do Ibiraquera

Praia da Ferrugem

Praia do Rosa

Praia de Ibiraquera

Praia da Silveira

Imbituba

Paulo Lopes

SC 434BR 101 Praia da

Barra

Praia do Ouvidor

Praia Vermelha

Praia da Luz

Praia da Gamboa

Praia do Siriú

Prainha

AX 0006-12 ANUNCIO REVISTA SHOW ME 42x27.5cm.pdf 2 04/12/12 14:27

AX 0006-12 ANUNCIO REVISTA SHOW ME 42x27.5cm.pdf 3 04/12/12 14:28

100 BEM-VINDO a Bombinhas

BOMBINHAS É CAPAZ DE ENCANTAR TANTO QUEM BUSCA AVENTURA QUANTO QUEM PREfERE CURTIR UMA TEMPORADA SOSSEgADA COM A fAMÍLIA

nosso pequeno

TexTo Giselle Zambiazzi FoTos Victor Carlson

tesouro

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SHOW ME 101

Quando se chega ao topo do morro que separa Bombinhas de Porto Belo dá para entender porque o

menor município de Santa Catarina, com menos de 35 quilômetros quadrados, é um dos destinos turísticos mais procu-rados do estado. O verde esmeralda do mar que explode lá embaixo é de uma beleza inacreditável, como diz o próprio slogan da cidade. Aliás, foi exatamente essa explosão que deu origem ao nome da primeira entre suas 22 praias: Bom-bas. Quando a descobriram, os primeiros moradores se espantaram ao ouvir, ainda no meio da trilha fechada, o estrondo que as ondas faziam na orla.

A região também é ponto de encontro de diferentes correntes marinhas, o que a torna um dos principais destinos para quem deseja praticar mergulho ecológi-co. Se você não estiver disposto a enca-rar aulas, botar um cilindro nas costas e descer alguns metros mar adentro, com um simples snorkel já é possível apreciar a fauna e a flora submarina sem sequer tirar os pés do chão. Animais e plantas estão presentes em quase todas as 22 praias. Obviamente, as menos urbaniza-das oferecem espetáculos mais coloridos como é o caso das praias da Sepultura, Embrulho e Lagoinha, entre outras.

Para entrar nesse paraíso, depois de descer o morro, é só seguir pela Avenida Leopoldo Zarling. Do lado esquerdo está

a praia, com pousadas, e restaurantes à beira-mar. À direita funciona o comércio com suas imobiliárias, mercados, farmá-cias, lojas e lanchonetes. O artesanato e as peças de decoração estão por toda parte. Bombas é bem urbanizada, embo-ra preserve muito da sua beleza original. O mar costuma ser calmo e raso, ideal para crianças, e a pesca de arremesso é um dos esportes favoritos de seus fre-quentadores.

Continuando pela avenida, chega-se à praia que leva o nome da cidade: Bombi-nhas. Mas não podemos esquecer de que estamos falando de uma pequena penín-sula bastante acidentada. Sua geografia, repleta de reentrâncias, enseadas, mor-ros e costões guarda pequenas surpresas para quem decide explorá-la. E não pre-cisa ser nenhum aventureiro profissional para se deparar a cada dia com lugares novos e paradisíacos. Aqui, uma trilha de fácil acesso leva a uma praia com não mais do que 100 metros de extensão. É a Praia do Ribeiro, cercada de mata nativa e cheia de piscinas naturais onde repou-sam peixinhos – e até mesmo tartarugas em algumas épocas do ano.

Voltando à estrada principal, o centro de Bombinhas se apresenta. Da mesma forma que Bombas, aqui o comércio fun-ciona a todo vapor diante do mar verde--esmeralda que contrasta com a areia branca e fofa. A grande quantidade de

A água calma e transparente das praias

locais é ideal para o mergulho e também para

as crianças brincarem com segurança

A areia rica em cristais de quartzo tem

um brilho diferente e, quando pisada,

produz pequenos estalos que serviram de

inspiração para o nome da cidade

Ondas perfeitas atraem os surfistas e

bodyboarders para a praia de Quatro Ilhas

Mais agreste, Zimbros tem um mar de

águas tranquilas e uma área preservada com

diversas trilhas que levam a praias remotasp

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TexTo Giselle Zambiazzi FoTos Victor Carlson

102 BEM-VINDO X Bombinhas

cristais de quartzo é responsável pelo brilho intenso da areia e também por outra curiosi-dade: os estalinhos que se ouve ao caminhar por ela, daí o nome Bombinhas. Com poucas ondas e boa infraestrutura, é mais uma opção para quem quer levar a família a uma praia limpa, preservada e que ofereça ao mesmo tempo comércio, serviços, boa gastronomia e hospedagem. Aqui também se concentram as operadoras de mergulho ecológico e de pas-seios de barco.

Um desses passeios permite conhecer as ilhas que dão o nome à próxima praia: Quatro Ilhas. Das quatro – Macuco, galés, Deserta e Arvoredo – apenas a primeira não fica na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. Elas também podem ser avistadas da orla, que é reduto dos jovens. O mar aberto e as ondas perfeitas convidam para o surfe. Com acesso pavimentado, o local tem um comércio mais tímido, com restaurantes e alguns bares pró-ximos à orla, casas para veraneio e pousadas. O mesmo estilo despojado é seguido pela vi-zinha Mariscal: pouco comércio e paisagem exuberante. Aqui mais uma vez os cristais de quartzo dão um brilho especial à areia.

DOIS extremOS A esta altura encontramos uma característica geográfica bastante interessante: um istmo. Trata-se de uma faixa estreita de terra banha-da pelo oceano dos dois lados. De costas para Mariscal – ou vice-versa – está Canto grande. Se de um lado a praia tem ondas, do outro, o mar comporta-se como uma lagoa. Com ares de vila de pescadores, o lugar abriga uma comunidade que preserva a cultura açoriana herdada dos colonizadores. Bem na sua ponta está o Parque Municipal do Morro do Maca-co. A trilha com pouco menos de 200 metros de altura e de fácil acesso oferece não só uma vista panorâmica do istmo como permite avis-tar até florianópolis.

A vila oferece algum comércio, restauran-tes, campings e pousadas. Daqui para frente há quatro praias selvagens, todas comple-tamente isoladas, como é o caso da Concei-ção, Tainha e Morrinhos. A única exceção é Zimbros, que é um pouco mais urbanizada, mas ainda assim tranquila. Seu mar quase sem ondas é ideal para a prática de esportes náuticos. A ponta direita da praia abriga uma área de preservação com praias acessíveis somente por trilhas ou pelo mar.l

A Praia da Lagoinha é um dos muitos recantos de Bombinhas onde até mesmo as crianças

podem praticar o mergulho ecológico e observar de perto a rica vida subaquática da região

Mesmo com o desenvolvimento da infraestrutura urbana em algumas praias, a cidade

consegue manter um equilíbrio entre a atividade turística e a preservação do meio ambiente

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mapa BombinhasSC-412

BR-101

Tijucas

Itapema

Mariscal

Canto Grande

Praia de BombasPorto Belo

Praia de Bombinhas

Praia de Quatro Ilhas

Praia de Tainhas

Zimbros

SHOW ME 103

O costão entre a Prainha e a

Praia de Bombinhas é ideal para

o mergulho de superfície

usando apenas um snorkel

Bombinhas é uma praia para

as famílias. Mar calmo, água

clara e limpa, boa infraestrutura

de comércio e serviço atrai quem

quer curtir um passeio tranquilo

As piscinas naturais são

um paraíso para as crianças

brincarem cercados por peixinhos

A Praia da Lagoinha é

ideal para contemplar a

natureza nas piscinas naturais

O canto direito é o reduto

dos jovens que buscam boas

ondas para a prática do surf

Espaço na areia é o que não

falta na Praia do Mariscal

A esquerda uma vista

geral de Bombinhas. Abaixo,

a Prainha de onde partem os

barcos de passeio e das escolas

de mergulho

SHOW ME 103

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104 NO ROTEIRO X Rafting

Aexperiência de deslizar pela corredeira de um rio a bordo de um bote inflável pro-voca uma mistura de sensações. Se por

um lado a velocidade das águas e as manobras bruscas fazem o coração disparar, a experiência dos guias nos deixam à vontade para aproveitar momentos únicos de contato com a natureza. Em Santa Catarina, há dois lugares ideais para se praticar o rafting: o Rio Cubatão do Sul, no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro em Santo Amaro da Imperatriz, e o trecho do Rio Itajaí-Açu que passa por Ibirama, no Médio Vale do Itajaí.

“O rafting é a versão atual da atividade mi-lenar da canoagem”, diz o animado guia da TDA Trekking das Águas Rafting & Expedições, Elea-zar Garbelotto, mais conhecido como Keko. Em Santo Amaro da Imperatriz, a descida de botes

pelas corredeiras do Rio Cubatão do Sul, que ser-penteia entre as montanhas cobertas pela Mata Atlântica, é promovida por três empresas de tu-rismo de aventura que mantêm base de opera-ções na cidade: a TDA, Apuama Rafting e Ativa Rafting e Aventura. São mais de 11 corredeiras ao longo do percurso. O passeio em um bote in-flável leva duas horas e pode ser feito tanto por veteranos como por iniciantes de qualquer ida-de, desde crianças de 10 anos até adultos com mais de 60 anos.

O rafting começa em um trecho do rio com águas calmas até alcançar as três primeiras cor-redeiras leves, chamadas de Cachorro, Right Side e Surf. Mais à frente surgem outras três com maior desafio: Caldeirão, Corredeira do S e a Pedra do Navio, esta última uma enorme rocha

Por águaabaixo

EM SANTO AMARO DA IMPERATRIZ E IBIRAMA, AVENTUREIROS DE TODAS AS IDADES ENFRENTAM CORREDEIRAS COM MUITA ADRENALINA

TexTo Giovanna Kindlein

Div

ulga

ção

105SHOW ME

ao lado de um poço. É durante a descida pelas corredeiras mais difíceis, em um misto de água e pedras, que o instrutor dá os comandos. “É importante prestar atenção às instruções e estar sempre pre-so ao bote”, explica Keko. Ao vencer cada obstáculo, a tripulação dá seu grito de guerra, incentivada pelo guia.

Continuando o passeio, surgem as corredeiras Carrossel e Babilônia. Mais adiante, uma importante referência é a Corredeira do Saco, onde os guias fazem uma parada estratégica para descanso e banho. Os tripulantes descem das embar-cações, caminham pelas pedras e nadam, experimentando toda a beleza da paisa-gem. De volta ao bote, com a energia re-cuperada, é hora de enfrentar as últimas quatro corredeiras: Calcanhar da Impe-ratriz, Americana, Borbulhas e Salto. Aos poucos, as águas vão se tornando mais tranquilas e chega-se ao fim do passeio, nas proximidades da estrada velha de Santo Amaro da Imperatriz.

AVENTURA ACESSÍVELMais ao norte, Ibirama tem um dos me-lhores pontos para a prática de rafting em todo o país. Devido à diversidade das corredeiras que forma em seu percurso, o trecho de 7 quilômetros do Rio Itajaí--Açu é considerado perfeito para todos os níveis de habilidade. A expedição no Médio Vale do Itajaí tem três opções: a normal, a radical, e o rafting noturno. To-das com duração de 3 horas e que podem ser feitas por toda a família. “Já tivemos muitas pessoas com mais de 60 anos de idade que fizeram rafting”, observou Dár-cio Lucas, guia, instrutor e proprietário da operadora Ibirama Rafting.

O trecho do rio mais procurado nas operadoras locais é o do Morro Pelado, com 7,5 quilômetros de corredeiras in-tercaladas com partes calmas. A partir da metade do percurso as manobras ficam mais emocionantes e a paisagem mais bo-nita. Além de contornar o morro, os botes passam por um cânion com três corredei-ras seguidas. Para os mais experientes, há um trecho de 6 quilômetros que co-meça na forte corredeira da Montanha--Russa e segue pela Caninana, com três quilômetros de corredeiras contínuas. l

Vic

tor

Car

lson

Em Ibirama, o do Rio Itajaí-Açu

forma corredeiras perfeitas para rafteiros

de todos os níveis de experiência

Auxiliados por um instrutor, aventureiros

de primeira viagem conseguem vencer as

águas do Rio Cubatão, em Santo Amaro

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2 TDA (Santo Amaro da Imperatriz)

(48) 3245-7279

www.tdarafting.com.br

2 Ativa Rafting (Sto. Amaro da Imperatriz)

(48) 3245-7021

www.ativarafting.com.br

2 Ecoadrenalina (Ibirama)

(47) 9124 -1578

www.ecoadrenalina.com.br

2 Ibirama Rafting (Ibirama)

(47) 3357 2130 e 8813-1895

www.raftingradical.com.br

OPERADORASIbirama

Santo Amaro da Imperatriz

Florianópolis

BR 101

BR 470

BR 282

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CB 0010-12 CELESC COMPETITIVA ANUNCIO REVISTA SHOW ME 42x27.5cm - CURVAS.pdf 2 26/11/12 14:06

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CB 0010-12 CELESC COMPETITIVA ANUNCIO REVISTA SHOW ME 42x27.5cm - CURVAS.pdf 1 26/11/12 14:06

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BEM VINDO X Programa108 NO CARDÁPIO X Florianópolis108

SHOW ME 109

TexTo Mônica Pupo FoTos Victor Carlson

Um aquário e painéis de

azulejos com imagens de

Portugal fazem parte da

decoração da MARIsqueIRA

CINtRA, que também possui

um deque externo à beira-mar,

onde ficam as mesas mais

disputadas. Assinado pela

chef e proprietária Andrea

de Paula, o cardápio reúne

especialidades da cozinha

portuguesa. Tradicional receita

lusitana, o polvo à lagareiro é

levado ao forno para assar com

azeite de oliva extravirgem e

lâminas de alho sobre cama de

batatas ao murro (R$ 48 para

uma pessoa). Uma carne macia

com tentáculos crocantes para

paladares refinados. Para quem

não abre mão da sobremesa,

vale a pena encerrar a refeição

com os famosos pastéis de nata

(R$ 5 a unidade).

Polvo à lagareiro

Marisqueira Sintra – Rua XV de Novembro, 147,

Santo Antônio de Lisboa. (48) 3234-4219

www.marisqueirasintra.com.br

DELÍCIASde Floripa

DO NORTE AO SUL DA ILHA, A CAPITAL CATARINESE OFERECE UmA CULINáRIA qUE vAI DAS TRADICIONAIS RECEITAS PORTUgUESAS À LEgÍTImA COmIDA ITALIANA, PASSANDO POR PEIXES E FRUTOS DO mAR PREPARADOS DAS mANEIRAS mAIS CRIATIvAS – E SABOROSAS!

110 NO CARDÁPIO X Florianópolis

Surfista e adepto da

alimentação natural, Valmeci

Sousa, o “Cica”, inicou a

produção de pizzas com massa

integral no início dos anos

1980. Hoje proprietário da

PIzzARIA DO CICA, ele faz

questão de comandar o preparo

das redondas, num ritual

que pode ser acompanhado

da mesa pelos clientes. A

maioria das pizzas tem nomes

inspirados no surfe. Entre as

mais pedidas está a “Melhor da

Série”, com molhos especiais

da casa, catupiry, pesto de

manjericão, mussarela de

búfala, tomate seco e tempero

verde (R$ 51, oito fatias).

Outra sugestão é a chamada

“Série ao Fundo”, com

molho de tomate, mussarela,

provolone, parmesão, catupiry,

molho branco, tahine e

missô (R$ 49).

Pizzas de massa integral

Pizzaria do Cica – Rodovia Doutor Antonio Luiz Moura

Gonzaga, 577, Porto da Lagoa. (48) 3232-8638

As duas unidades do

RANChO AçORIANO –

uma na Ilha e outra na área

continental de Florianópolis

– servem o mesmo cardápio

à base de peixes e frutos do

mar. Uma das especialidades

da casa é o salmão ao molho

de ostras com mostarda, que

chega à mesa escoltado por

arroz branco, salada, pirão

e batata sautée (R$ 90 para

duas pessoas) Outro prato que

faz sucesso entre a clientela

é a moqueca de camarão

guarnecida de arroz branco,

salada, pirão e farofa (R$ 130

para duas pessoas). Para beber,

a dica é provar as caipirinhas

feitas com cachaça artesanal,

como a de abacaxi (R$ 16).

salmão ao molho de ostras

Rancho Açoriano – Rodovia Baldicero Filomeno, 5.634, Ribeirão da Ilha. (48) 3337-0848. www.ranchoacoriano.com

SHOW ME 111

Especializada em culinária

italiana, a CANtINA sANtA

MARIA reúne diversas

opções de massas servidas

em porções generosas,

a exemplo do espaguete

com tiras de filé mignon,

champignon e pimentão

– que oficialmente é um

prato indivudual, mas é

muito bem servido e sacia

facilmente o apetite de

duas pessoas (R$ 42).

Todas as massas, molhos e

sobremesas são produzidos

na casa, que permanece

aberta o ano todo. O

carro-chefe da casa é o

galeto al primo canto (R$

83 para duas pessoas), mas

o cardápio também oferece

pratos à base de peixes,

carnes e risotos.

espaguete com tiras de filé

Cantina Santa Maria – Rua Apóstolo Paschoal, 267,

Canasvieiras. (48) 3266-2652. www.cantinasantamaria.com.br

Não é necessário estar

hospedado no Hotel Costa

Norte para desfrutar

do COstA DO MAR,

restaurante com vista para o

mar presente em suas duas

unidades. Para a entrada, a

sugestão é o tartar de salmão

com pequenos cubos de

peixe fresco servidos crus

e temperados com salsa,

cebolinha, azeite de oliva

e alcaparras (R$ 24 para

uma pessoa). Na sequência,

uma boa pedida é provar o

filé de salmão com molho

agridoce de manga, laranja

e gengibre, acompanhado

de batata baroa e arroz com

açafrão (R$ 64 para duas

pessoas). A casa tem adegas

com espaços específicos

para vinhos tintos, brancos e

espumantes

salmão com molho agridoce de manga

Canto do Mar – Rua das Gaivotas, 984, Hotel Costa Norte, Ingleses. (48) 3261-3006. www.restaurantecantodomar.com.br

112 NO CARDÁPIO X Florianópolis

Com vista panorâmica para a

Lagoa da Conceição, o salão

externo do BARRACuDA

RestAuRANte e GRIll é

todo envidraçado; e por isso

mesmo tem as mesas mais

disputadas pelos clientes. Com

foco em pescados e frutos do

mar, a casa serve ainda opções

de aperitivos, saladas, massas,

risotos e moquecas. Um dos

destaques é o filé de côngrio à

café paris, grelhado ao molho

de manteiga com licor de café

e ervas finas, acompanhado de

arroz e jardineira de legumes

(R$ 104,90 para duas pessoas).

A tradicional sequência de

camarão para dois custa R$ 184

e inclui camarão graúdo, filé de

linguado, dois bolinhos de peixe,

duas casquinhas de siri e dois

bolinhos de bacalhau.

Côngrio à café paris

Barracuda Restaurante e Grill – Avenida das Rendeiras, 1.562, Lagoa da Conceição. (48) 3232-5301. www.barracudagrill.com.br

Da decoração ao cardápio, o

BIstRô DO JARDIM segue o

estilo dos bistrôs parisienses,

com iluminação indireta,

talheres de prata e louças

finas. A inspiração para criar

os pratos costuma surgir

durante as viagens que o chef

e proprietário Ricardo Almeida

realiza anualmente para

diversos países, de onde traz

ideias que são adaptadas às

técnicas da culinária francesa

e aos ingredientes regionais.

Novidade no menu, o linguado

grelhado com bananas

flambadas ao molho de manga

custa R$ 55 para uma pessoa.

Leve e saborosa, temperada

com ervas, a receita foi

elaborada especialmente para

os dias quentes de verão.

linguado com bananas flambadas

Bistrô do Jardim – Largo Benjamin Constant, 663, Centro.

(48) 3224-1137. www.bistrodojardim.com.br

SHOW ME 113

ReStAuRAnteS

shOW Me 113

Centro e continente

2 Botequim Floripa – Av. Rio Branco, 632, Centro. (48) 3333-1234.

2 Box 32 – Mercado Público, box 32, Centro. (48) 3224-5588.

2 Guaciara Restaurante – Rua Liberato Bitencourt, 1901,

Estreito. (48) 3244-2337.

2 Pizzaria Chico toicinho – Rua Des. Pedro Silva, 2392,

Coqueiros. (48) 3954-2222.

2 sanduicheria da Ilha – Rua Altamiro Guimarães, 18, Centro.

(48) 3028-8686.

2 toca da Garoupa – Rua Alves Brito, 178, Centro. (48) 3223-1220.

Norte da Ilha

2 Antonio’s – Av. Luiz Boiteux Piazza, 2214, Cachoeira do Bom

Jesus. (48) 3284-5736.

2 Bate Ponto – Rod. Gilson da Costa Xavier, 51, Santo Antônio

de Lisboa. (48) 3235-2121.

2 Café François – Rod. SC 401, 8.600, Santo Antônio de Lisboa.

(48) 3226-0004.

2 Cantina santa Maria – Rua Apóstolo Paschoal, 267,

Canasvieiras. (48) 3266-2652.

2 Cantinho da Ostra – Praça XV de Novembro, 240. Santo

Antônio de Lisboa. (48) 3235-2296.

Chão Batido – Rua XV de novembro, 103. Santo Antônio de

Lisboa. (48) 3235-2186.

2 Coisas de MariaJoão – Rua Cônego Serpa, 57. Santo Antônio

de Lisboa. (48) 3338-1937.

2 Il Caravaggio – Av. Luiz Boiteux Piazza, 3180, Cachoeira do

Bom Jesus. (48) 3284-8210.

2 lo stivale – Av. Luiz Boiteux Piazza, 4838, Ponta das Canas.

(48) 3284-2079.

2 Marisqueira sintra – Rua XV de Novembro, 147. Santo

Antônio de Lisboa. (48) 3234-4219.

2 Pé na Areia – Rua XV de Novembro, 18. Santo Antônio de

Lisboa. (48) 3364-6814.

2 Pitangueiras – Rod. Rafael da Rocha Pires, 2861, Sambaqui.

(48) 3335-0398.

2 Pizzaria tereza’s – Av. das Nações, 525, Canasvieiras. (48)

3266-2944.

2 Restinga Recanto – Rodovia Rafael da Rocha Pires, 2759,

Sambaqui. (48) 3235-2093.

2 toca de Jurerê – Rua Accacio Melo, 78, Praia de Jurerê. (48)

3282-1188.

2 Villa do Porto – Rua XV de Novembro, 123. Santo Antônio de

Lisboa. (48) 3234-1000.

2 zé do Cacupé – Rod. Haroldo Soares Glavan, 1964, Cacupé.

(48) 3335-6229.

leste da Ilha

Cabral – Costa da Lagoa, ponto 19. (48) 3335-3132.

2 Chef Fedoca – Rua Senador Ige D’aquino, 133, Marina Ponta

da Areia, Lagoa da Conceição. (48) 3232-0759.

2 Maria Farinha – Av. das Rendeiras, 1716, Lagoa da Conceição.

(48) 3232-5550.

2 Nigiri – Rua Afonso Delambert Neto, 413, Lagoa da Conceição.

(48) 3232-5761.

2 Ponta das Caranhas – Rod. Jorn. Manoel de Menezes, 2377,

Fortaleza da Lagoa. (48) 3232-3076.

2 sushi Yama – Rua Laurindo Januário da Silveira, 68, Canto da

Lagoa. (48) 3232-8612.

sul da Ilha

2 Arante – Rua Abelardo Otacílio Gomes, 254, Pântano do Sul.

(48) 3237-7022.

2 Ostradamus – Rod. Baldicero Filomeno, 7.640, Ribeirão da Ilha.

(48) 3337-5711.

2 Porto do Contrato – Rod. Baldicero Filomeno, 5.544, Ribeirão

da Ilha. (48) 3337-1026.

2 Restaurante Ostreria umas e Ostras – Rodovia Baldicero

Filomeno, 7680, Ribeirão da Ilha. (48) 3269-9270.

!

!

BEM VINDO X Programa114 NO CARDÁPIO X Balneário Camboriú e região114

SHOW ME 115

TexTo Luciana Altmann FoTos Victor Carlson

A COSTA DOSsabores

SEJA EM SAlõES REQUINTADOS OU AMBIENTES UM POUCO MAIS INFORMAIS, OS RESTAURANTES DE BAlNEÁRIO CAMBORIÚ E REGIÃO SE INSPIRAM NAS INOvAçõES DA GASTRONOMIA INTERNACIONAl SEM DEIxAR DE lADO AS DElíCIAS DA COzINhA BRASIlEIRA

Um filé de haddock defumado e

grelhado ao molho de tomates

verdes com pimenta jalapeño,

trevos, arroz cremoso com ervas

e cítricos. Para acompanhar,

purê de batata doce assada,

flores de begônia e uma

inusitada “espuma de fumaça”.

A receita traduz a essência

do L‘AssIete, bistrô de alta

gastronomia que promete uma

experiência para mexer com os

sentidos. A visão é estimulada

através do desenho do prato,

suas cores e formas; o olfato

pelo aromas das flores e pela

essência de fumaça que o chef

e proprietário Marconi Righi

traz engarrafada da Colômbia.

Já o paladar recebe uma onda

de sabores com a mistura

desses elementos. Todos os

pratos da casa levam flores,

brotos e ervas cultivadas no

jardim do chef.

Haddock ao molho de tomates verdes

L‘assiete – Rua 4100, 21 (esquina com a Av. Atlântica), Barra

Sul, Balneário Camboriú. (47) 3363-9818.

116 NO CARDÁPIO X Balneário Camboriú e região

Com uma história de 27

anos, que se confunde com

a da Praia de Cabeçudas, o

restaurante CHez RAymOND

não inventa moda e segue

com o cardápio que fez a

fama da casa. Um dos pratos

mais pedidos é o Camarão

New Orleans, uma receita

que surgiu de uma viagem

do casal de proprietários à

cidade americana. Camarões

grandes grelhados, do tipo rosa

pintado, um purê de batatas

temperado e um perfumado

molho de pimenta verde

imprimem ao prato um sabor

único. Tradicionalmente servida

com carne vermelha, a pimenta

realça o frescor dos camarões

grelhados com uma sensação que

se espalha pela boca e satisfaz os

paladares mais exigentes.

Camarão New Orleans

Chez Raymond – Rua Marechal Floriano Peixoto, 610, Cabeçudas, Itajaí. (47) 3348-7015 e 3348-7032.

tagliata de mignon

La Madonna: Cucina & Fiaba – Avenida José Medeiros Vieira,

2.470, Praia Brava, Itajaí. (47) 3361-6533.

A expressão italiana fiaba – que

significa jogar conversa fora com

os amigos – traduz bem o clima no

LA mADONNA. De frente para a

Praia Brava, o restaurante prima

pelo ambiente descontraído e por

um cardápio contemporâneo e

inovador assinado pela chef Aline

Zacharjasiewicz. A sugestão para

entrada é a tagliata de mignon,

suculentas tiras de carne mal

passada com rúcula à julienne

e tomates frescos, servidas com

fatias de pão italiano, azeite de

oliva e pimenta moída na hora.

O menu varia de acordo com

as estações e traz pratos como

camarões sicília flambados com

molho à base de grapa e servidos

com cuscus marroquino. Outro

diferencial da casa são os drinques

como o Cosmopolitan, eternizado

pela série americana Sex and the

City, o Mojito e o Ginger Martini.

SHOW ME 117

Palmito assado

Madero Burguer & Grill – Avenida Atlântica, 3.180, Salas 01 e 02, Balneário

Camboriú. (47) 3367-8009. www.restaurantemadero.com.br

Peixe à Ilha do mel

Restaurante Estaleirinho – Avenida Interpraias, rua Higino João Pio, 320, Praia do Estaleirinho. (47) 3263-2047

Palmito de pupunha in natura

“made in” Blumenau, manteiga

francesa e flor de sal. Esses são

os ingredientes que tornaram o

Palmito Assado do mADeRO

BuRgueR & gRILL um dos

mais famosos e apreciados do

Brasil. A entrada que leva a

assinatura do chef Junior Durski

é uma exclusidade da rede de

franquias que conta com um

ponto à beira-mar em Balneário

Camboriú. O carro-chefe é o

famoso cheeseburger – intitulado

“The Best Burger in the World”

– que leva carne grelhada, queijo

cheddar, tomate e cebola. Carnes

gourmet, sanduíches e saladas

também estão no menu que conta

com 11 tipos de hambúrgueres,

incluindo uma opção vegetariana

com queijo coalho, rúcula e

tomate seco.

Este prato remete à culinária

típica do litoral paranaense:

frutos do mar frescos, pirão,

bobó de camarão e arroz de

castanhas. De frente para a

praia que dá nome à casa, o

RestAuRANte estALeIRINHO

oferece uma vista ímpar com pé

na areia ao lado do costão e da

Mata Atlântica. Há mais de 30

anos é especializado em frutos do

mar, mas também traz opções de

aves, carnes vermelhas e massas.

O amplo salão tem vista para o

mar esverdeado e o deque de

madeira ganha a sombra

de uma robusta seringueira.

Todas às sextas-feiras, para a

janta, há um farto Festival de

Camarão ou de Frutos do Mar

com opções como lagosta,

camarão à grega, ao bafo,

bolinhos variados, risotos, sopa

de siri, saladas e sobremesas.

118 NO CARDÁPIO X Balneário Camboriú e região

Com uma apresentação que

prima pela estética o Sashimi

Japa, do JAPA temAkeRIA,

agrada pelo sabor e pela

qualidade das peças. O prato,

montado em um trabalho

que lembra a arte oriental do

origami, traz fatias de salmão

cru e defumado, polvo, peixe

branco, atum e kani servidos

com leques de pepino, cenoura

ralada, gengibre, raiz forte e

salsa crespa. Entre os temakis,

destaque para o filadélfia

(salmão, cream cheese e

cebolinha) e o de amêndoas

(salmão, pepino, azeite, limão e

amêndoas torradas). Serve ainda

tradicionais pratos quentes, como

o Tataki Salmão com molho de

cogumelos shimeji. Na quinta-

feira tem festival de temaki com

música ao vivo e nas noites de

sábado promove o “Deep Fish”,

um esquenta ao som de DJs.

sashimi Japa

Japa Temakeria – Avenida Atlântica, 3.200, Centro, Balneário Camboriú. (47) 3056-6878. www.japatemakeria.com.br

seafood pasta

Number Seven – Avenida Atlântica, 400, Pontal Norte, Balneário

Camboriú. (47) 3361.0057. www.numberseven.com.br

Polvo, viera, camarão

rosa e lula servidos com

fettuccine, tomate cereja

e aspargos aromatizados

com tomilho e manjericão

fresco. A mistura de sabores

com base na cozinha italiana

faz parte do Seafood Pasta,

prato assinado pelo chef

Denis Ceratti Pernanchini,

do NumBeR seveN. Para

quem busca uma opção mais

contemporânea no estilo fusion

food, o restaurante agrada

em cheio com seu ambiente

requintado e sofisticado, com

música agradável e atendimento

diferenciado. No cardápio de

receitas com frutos do mar,

carnes e saladas elaboradas

com produtos frescos e saladas

orgânicas. Conta com uma adega

refrigerada para 1,2 mil garrafas,

com 150 rótulos.

SHOW ME 119

RESTauRaNTES

sHOW me 119

2 Ático estação do sabor – Av. Brasil 2970, Centro. (47)

3368-0719.

2 Bella Roma – Av. Brasil, 1001, Centro / (47) 3363-6687

2 Camarão Beach Restaurante Choperia – Av. Atlântica,

1542, Centro. (47) 3263-0073.

2 Casa do espetinho – Av. Brasil, 3.833, Centro. (47) 3264-

0945.

2 Chaplin Bar – Av. Atlântica, 2220, Centro. (47) 3362-1227.

2 Chaplin Restaurante – Av. Atlântica, 2220, Centro. (47)

3367-0250.

2 China In Box – Rua 1101, 300, Centro. (47) 3367-8228.

Didge Australian Bar e Restaurante – Rua 4450, 143,

Barra Sul. (47) 3361-6414.

2 Dom Alberto – Rua 401, 120, Centro. (47) 3366-4848.

2 Dom Cordoni massas e Pasteis – Av. Atlântica, 2320,

Centro. (47) 3361-0422.

2 edomae sushi Bar – Av. Atlântica, 3444, Barra Sul. (47)

3366-5354.

2 enoteca Decanter – Rua 4600, 89, Centro. (47) 3360-0206.

2 José Joaquim Botequim – Av. Atlântica, 550, Centro. (47)

3264-2881.

2 L´Avion Croissants, porções e sanduíches – Av. Santa

Catarina, 1, Bairro dos Estados. (47) 3062-8300.

2 La Pizza mia – R: 1500, 376, Centro. (47) 3363-1525.

2 macarronada Italiana – Rua Dom Afonso, 160, Via

Gastronômica, Bairro dos Estados. (47) 3367-0788.

2 marambaia gourmet – Av. Atlântica, 300, Barra Norte. (47)

2103-4099.

2 moenda Calamares – Av. Atlântica, esquina rua 1501,

Centro. (47) 3361-2717.

2 mr. Chinese – Av. Santa Catarina, 1, Bairro dos Estados. (47)

3263-8550.

2 mundo selvagem Pizzaria – 3ª avenida, 1115. (47) 3367-0103.

2 Natsu sushi – Av. Atlântica, 1200, Centro. (47) 3366-5694.

2 O Pharol – Av. Atlântica, 5740, Centro. (47) 3367-3800.

2 Pasta & grill – Av. Atlântica, 1750, Centro. (47) 3267-0209.

2 Pizza Bis – Av. Atlântica, 1750, Centro. (47) 3363-9962.

2 Pizzaria Disco voador – Rua 2414, 430, Centro. (48) 3365-

1181

2 Pizzaria Hipopotamus – 3ª Avenida, 1122, Centro. (47)

3366-8044.

2 Planet Pizza – Av. Brasil 2560, Centro. (47) 3366-2085.

2 Porto Camarões. Av. Atlântica, 3410, Centro. (47) 3264-

0399.

2 Porto grill steak House – Av. Normando Tedesco, 949,

Barra Sul. (47) 3268-0478.

2 Puerto mexicano – Av. Normando Tedesco, 2050, Barra Sul.

(47) 3367-8960.

2 Quiosque Chopp Brahma – Av. Brasil, 1271, Centro. (47)

3056-5616.

2 Restaurante Boi na Brasa – Rua 1.201, 91, Centro. (47)

3367-3368.

Restaurante guacamole Coxina mexicana – Av.

Normando Tedesco, 1122, Barra Sul. (47) 3366-0311.

2 Restaurante Lago da sereia – Av. Atlântica, 5310, Centro.

(47) 3361-0101.

2 Restaurante mangiare Felice – Av. Atlântica, 580, Centro.

(47) 3360-1943.

2 Restaurante Paladar – Av. Brasil, 762 / (47) 3264-7609.

2 Restaurante telhadão – Av. Atlântica, 2270, Centro. (47)

3366-3141.

2 sapore speciale – Av. Brasil, 2680, Centro. (47) 3361-6671.

Av. Brasil, 1500, Centro. (47) 3261-5072. Av. Atlântica, 1040,

Centro. (47) 3363-5781. Av. Atlântica, 2010, Centro. (47) 3345-

3544. Av. Santa Catarina, 1, Bairro dos Estados. (47) 3263-8540.

!

!

120 NA BAGAGEM X Acessórios masculinos

CORES SÓBRIAS E AR DESCONTRAÍDO DÃO O TOM DO LOOK MASCULINO NESTE VERÃO

CHEIOSde estilo

G ClássiCo em Couro

A carteira de couro marrom VR com fechamento de elástico é ideal

para dar modernidade aos homens adeptos do estilo clássico.

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W CoNForTo PArA os PÉs

O visual fica confortável e cheio de estilo com o

sapatênis em couro da Osklen que mistura tons

clássicos do verão: azul, vermelho e branco.

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Vic

tor

Car

lson

G eNXerGANDo loNGe

Os óculos estilo aviador continuam em alta.

Esse modelo da Beagle tem detalhe de metal

no centro, o que o deixa mais atual.

Na Beagle, em Balneário Camboriú

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G FiNo e DisCreTo

Para os adeptos de acessórios, o colar fininho da

Osklen com corrente de metal é uma ótima pedida

para enfeitar sem chamar atenção demais.

Na JK store, rua Travessa Carreirão, 62, em

Florianópolis. (48) 3039 0242

SHOW ME 121

! mArrom CAsuAl

Pequena e prática, esta carteira da

Beagle faz a linha esportiva e agrada

aos adeptos de um estilo casual.

Na Beagle, em Balneário Camboriú

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Camboriú shopping e Centro)

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G A TirAColo

A bolsa carteiro é ideal para quem precisa carregar muitos objetos

durante o dia e esta na cor cáqui vai bem com tudo.

Na Beagle, em Balneário Camboriú (Atlântico shopping, Balneário

Camboriú shopping e Centro). www.beaglebrand.com

! eleGÂNCiA PrAiANA

Chinelos com tiras de couro, como

este da Mandi, podem ser usados

tanto com bermudas quanto com calça

jeans e de sarja.

Na Voltz, em Balneário Camboriú

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Vict

or C

arlso

n

G CABeÇA FriA

O boné protege nos dias de Sol e ainda dá

um ar mais esportivo aos looks de verão.

Na Beagle, em Balneário Camboriú

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shopping e Centro). www.beaglebrand.com

122 NA BAGAGEM X Acessórios femininos

k semPre À mÃo

Seguindo a tendência das transparências para este verão,

a clutch acrílica verde da Lilly Sarti é supermoderna.

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G PisANDo mACio

A sapatilha étnica com detalhes em neon

garante conforto para os passeios de verão.

Na santa lolla, em Florianópolis, nos

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CHARMEsob o sol

! sANDáliA De FesTA

Para as festas de verão nada

mais glamoroso do que uma

sandália metálica furta-cor, que

além de linda é confortável.

Na Arezzo Florianópolis, nos

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Vic

tor

Car

lson

OS ACESSÓRIOS PARA ELAS COMBINAM O GLAMOUR COM A LEVEZA DA ESTAÇÃO

SHOW ME 123

k looK ArTesANAl

A moda feita à mão está em alta e os tons

terrosos também, como os da pulseira Terra,

bordada com pérolas, contas, paetês e miçangas.

Na Débora Ferreira Acessórios, Florianópolis

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! ProTeÇÃo PArA A Pele

Para manter a pele hidratada depois de um

dia de sol, piscina e mar, nada melhor do

que um gel de banho cheiroso e refrescante.

Na l’occitane, em Florianópolis,

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G Couro DuPlo

Elegância a toda prova com a bolsa

estilo sacola que mistura dois tipos

de couro em tons diferentes.

Na santa lolla, em Florianópolis,

nos shoppings Beiramar e Floripa

shopping. www.santalolla.com.br

! FresCor DiA e NoiTe

A regata mullet floral é peça-chave

para os dias quentes de verão e

pode compor um visual tanto para

o dia quanto para a noite.

Na Folic do Beiramar

shopping, em Florianópolis

www.folic.com.br

W PArA DePois DAs FÉriAs

Nada como começar o ano organizada. Melhor

ainda se for com a ajuda de uma agenda cheia

de estilo e que ainda combina com a sua roupa!

Na Folic do Beiramar shopping, em

Florianópolis www.folic.com.br

124 NA BAGAGEM X Beachwear

W BolsA mAsCuliNA

Os homens levam tudo o que

precisam para a praia ou piscina

e não perdem o estilo com esta

bolsa descolada da Osklen.

Na JK store, Travessa

Carreirão, 62, em Florianópolis

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FIQUE LIGADO NAS TENDÊNCIAS EM BEACHWEAR PARA O ALTO VERÃO

PRONTOS PARAa praia

k esTilo surFe

Os homens mais modernos vão adorar curtir

a praia com este bermudão de estampa

tropical colorida que tem a cara do verão.

Na Vive la Vie & Nomade, em Balneário

Camboriú – www.vivelavie.com.br

Vic

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Car

lson

Vict

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arlso

n

Vic

tor

Car

lson

G FuGiNDo Do TrADiCioNAl

As sungas mais largas fazem sucesso

nas praias de todo o Brasil e as listras em

tons de cinza neste modelo da Carmim

fogem do usual preto, mantendo a discrição.

Na Voltz, em Balneário Camboriú

www.voltzbalneario.com.br

SHOW ME 125

k semPre CAi Bem

As túnicas estão em alta. Como esta, da

grife Peace Bordô, que deixa você muito

bem vestida e pronta para ir da praia a um

passeio pela orla sem perder a elegância.

Na Voltz, em Balneário Camboriú

www.voltzbalneario.com.br

k áFriCA Nos PÉs

Você pode levar a tendência étnica para a praia

com um chinelo de borracha com estampas

afro que combinam com a alegria do verão.

ipanema, em Vive la Vie & Nomade,

Balneário Camboriú. www.

vivelavie.com.br

G ProTeÇÃo CAsuAl

Os bonés voltaram à cena com força total

e – além de protegerem do sol – ajudam a

compor um look casual e descontraído.

Na Beagle, em Balneário Camboriú

(Atlântico shopping, Balneário Camboriú

shopping e Centro). www.beaglebrand.com

G BrilHo meTáliCo

Para arrasar à beira-mar ou

na piscina, a dica é uma maxi bolsa

metalizada que carrega tudo o que

você precisa com muito glamour.

Na Arezzo Florianópolis, nos

shoppings e no Centro

www.arezzo.com.br

! esTAmPAs e BABADos

Para desfilar tendências à beira-mar e destacar o bronzeado

nada melhor do que um biquíni de cortininha com sustentação

em estampa tye die e uma calcinha de babados candy.

srta. lili – www.senhoritalili.com.br

NA BAGAGEM X Relógios / Artesanato126

G TeCHNos leGACy

O relógio possui uma caixa de

aço dourada retangular, fundo de

pressão e resistente à água, 5 ATM.

É um modelo que encanta os homens

adeptos do estilo clássico.

NAS FéRIAS SOBRA TEMPO PARA DESCOBRIR NOVOS MODELOS NAS RELOJOARIAS

VERÃO da hora

Todos os modelos estão à venda nas lojas

Quevedo Joalheria e Ótica, em Florianópolis

(Ars, Calçadão, Floripa shopping, shopping

Beiramar, shopping iguatemi) e Balneário

Camboriú (Balneário Camboriú shopping

www.quevedo.com.br

G TeCHNos sPorT

Esse modelo esportivo tem

vidro de cristal mineral,

pulseira de silicone laranja,

calendário e cronógrafo com

medição 1/1 segundo e é

à prova d’água, 10 ATM,

perfeito para homens que

gostam de esportes.

W TeCHNos CoNÓGrAFo

Ideal para homens modernos e

casuais, possui caixa e pulseira

de aço, vidro de cristal mineral,

calendário e cronógrafo e é à

prova d’água 10 ATM.

W orieNT FemiNiNo

FGssm008

Esse modelo faz a linha

clássica e elegante

com pulseira de aço

dourada, mostrador

de madrepérola, vidro

de cristal mineral e

calendário multifunção.

W orieNT FemiNiNo

FGss1016

Relógio delicado e

elegante, o modelo possui

strass incrustrados na caixa

de aço dourada com fundo

champanhe, pulseira de aço

dourada e vidro de cristal

mineral.

G orieNT FemiNiNo FTsCm007

Relógio casual e fashion com pulseira

em couro branco, vidro de cristal

mineral, caixa de aço em dois tons

decorada com strass.

UMA AMOSTRA DO COLORIDO E DA CRIATIVIDADE DO ARTESANATO LOCAL

FEITO COM as mãos

G sAColA-ToAlHA

Esta sacola artesanal forrada com tecido atoalhado pode ser usada também como

toalha de praia quando aberta. Tem um bolso frontal para colocar protetor solar e

pequenos pertences e está disponível em tamanho adulto ou infantil.

No Clube de mães, Barra sul, em Balneário Camboriú

G FolClore em ArGilA

Figura típica do folclore ilhéu, a Bernunça feita em argila

é colorida e rica em detalhes que trazem consigo as

características do autêntico “manezinho da ilha”.

resgatarte, na Casa Açoriana Artes e Tramóias, em

santo Antônio de lisboa, Florianópolis

! GArrAFAs

DeCorATiVAs

Por meio da vidrofusão,

artesãos reciclam

garrafas de bebidas e as

transformam em objetos

decorativos. Fazem sucesso

as garrafas de cervejas e os

refrigerantes vintage.

Vidraçaria Dois Pontos, na

Praça da Bíblia, Balneário

Camboriú

G mAriCoTA esTAmPADA

Feitas de papel machê e colagem de tecidos que resultam em belas

estampas, as tradicionais Maricotas podem ser encontradas em

tamanhos que variam de 50 centímetros a mais de 1 metro de altura.

Arlete slomski, na Casa Açoriana Artes e Tramóias, em santo

Antônio de lisboa, Florianópolis

Fot

os V

icto

r C

arls

on

G Cores Nos Pulsos

Pedras naturais e brasileiras dão forma a bijuterias artesanais feitas com

um belíssimo crochê de fios metálicos dourados e prateados. Além das

pulseiras, há colares, tornozeleiras e brincos no mesmo estilo.

Na Pedrita moça, Praça da Bíblia, em Balneário Camboriú

SHOW ME 127

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BEM VINDO X Programa130 VOLTE SEMPRE X Turismo cervejeiro130

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SHOW ME 131

É comum ouvir dos mestres cervejeiros que essa é a melhor profissão do mun-do. Alquimistas do malte e do lúpulo,

são eles que ajudam a elaborar – e, coitados, têm que experimentar – cervejas dos mais di-versos tipos, das pilsners mais leves às porters mais encorpadas. Mas o acesso à alta cultura cervejeira não é mais privilégio destes nobres profissionais. Hoje qualquer apreciador de-dicado da bebida que estiver visitando Santa Catarina pode conhecer de perto o processo produtivo de diversas cervejarias artesanais e provar in loco algumas das melhores cervejas feitas no país. Fabricada em pequenas quanti-dades e dentro de rígidas normas de qualidade, a cerveja catarinense é diretamente influencia-da pela tradição dos imigrantes alemães, que trouxeram as receitas diretamente da Europa no final do século 19.

“Há um resgate mundial da cultura cerve-jeira, e o Brasil acompanhou a onda”, afirma Daniel Wolff, sommelier de cervejas e funda-dor do site mestre-cervejeiro.com. Além do surgimento de empresas mais comprometidas com modelos de negócio bem-sucedidos, hou-ve uma mudança nos hábitos do consumidor

gourmet – aquele que se interessa por gas-tronomia, cultura e viagens. Isso foi determi-nante para a explosão do consumo de cerve-jas artesanais por todo o país, especialmente em Santa Catarina. “A qualidade das cervejas artesanais catarinenses é muito alta e reco-nhecida. São ganhadoras de diversos prêmios nacionais e internacionais, estão superbem colocadas no mercado”, atesta Wolff.

Quem mora aqui ou visita o estado tem a possibilidade de brincar de mestre cervejeiro e experimentar sua variada produção enquan-to passeia pelos lindos cenários catarinenses. Há mais de 20 fábricas espalhadas por diversas cidades, mas a Rota das Cervejas do Vale do Itajaí, principal foco da colonização alemã, é a mais conhecida. Em um raio de 40 quilômetros partindo de Blumenau há oito cervejarias que seguem à risca a Lei de Pureza Alemã de 1516, a Reinheitsgebot, e utilizam apenas quatro in-gredientes fundamentais à produção: malte (de cevada ou de trigo), lúpulo, levedura e água. Como resultado, apresentam cervejas saboro-sas e vivas, livres de aditivos ou conservantes.

A Einsebahn, de Blumenau, é a mais famosa delas. Tem as cervejas mais premiadas no mun-

EXPLORE OS DIFERENTES SABORES DAS CERVEJAS ARTESANAIS PRODUZIDAS EM SANTA CATARINA EM UM ROTEIRO QUE INCLUI DEGUSTAÇÕES E VISITAS A FÁBRICAS

TURISMO

TexTo Jerônimo Rubim

Em uma casa típica alemã,

a Wunder Bier, de Blumenau,

recebe os visitantes com

pesticos germânicos e chope

artesanal de primeira

Em Forquilhinhas, a Saint

Bier fabrica sete tipos de

cerveja, todas servidas

no pub da fábrica

cervejeiro

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132 VOLTE SEMPRE X Turismo cervejeiro

do e foi a grande responsável pelo renasci-mento da produção no estado. Na fábrica, há um bar onde se pode comprar os 15 tipos de cerveja produzidos, incluindo Dunkel, Pale Ale, Kölsch, Weisenbock e Rauchbier. Há até uma que parece espumante: a Lust, fabrica-da com o método champenoise, o mesmo uti-lizado pelos grandes champanhes. Há uma loja com suvenires no mesmo complexo e é possível agendar visitas guiadas ao interior da fábrica.

A Bierland, também na capital nacional da cerveja, coleciona prêmios com seus rótulos diferenciados – como a Vienna e a Imperial Stout – e continua investindo para ampliar a produção, que já passa de 60 mil litros/mês. O bar da fábrica comporta até 100 pessoas e tem arquitetura inspirada nas tradicionais cervejarias da Europa, com estilo rústico e decoração temática. Blumenau conta ainda com a Wunder Bier, fundada em 2007 e que também recebe visitantes em uma casa típica alemã. Assim como nas demais cervejarias, o bar serve petiscos como bockwurst e weis-swurst (salsichas alemãs, branca e vermelha, acompanhadas de mostardas amarela, escura e raiz forte) para acompanhar chopes como o Schwarzbier, feito com cinco tipos de malte. Para quem quiser se aventurar há também a Winebier, que leva suco integral de uvas rubi e vinho tinto fino.

DIVERSIDADE DE ESTILOSDescendo o Rio Itajaí-açu, na cidade limítrofe de Gaspar, a cervejaria Das Bier fabrica cinco tipos de chope que podem ser apreciados em um casarão reformado com vários ambien-tes, cercado por verde e com um deque para apreciar a vista. O cardápio inclui petiscos e pratos completos para almoço aos domingos, mediante reserva. Em Brusque, município vi-zinho a Gaspar, a Zehn Bier oferece tours pela fábrica, com dicas de degustação e harmoni-zação. Do outro lado da rua, o Bar e Restau-rante Zehn Bier tem música ao vivo, petiscos e comida típica da região.

Timbó, ao noroeste e distante apenas 30 quilômetros de Blumenau, é a casa da Cerve-jaria Borck, uma das pioneiras da nova leva de fábricas artesanais do estado. Em 1996, o fundador Brunhard Borck largou o empre-go no Banco do Brasil e viajou à Europa, de onde trouxe equipamentos, conhecimento e um mestre cervejeiro húngaro (que não fala-va português) para abrir seu próprio negócio.

O mestre

cervejeiro Ilceu

Dilmer é responsável

pela produção

na Bierland, em

Blumenau

A Imperial Stout

da Schornstein,

em Pomerode, é o

par perfeito para

sobremesas a base

de chocolate

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SHOW ME 133

Bierland – O bar funciona de terça a sexta a partir das 16h30.

Sábados a partir das 10h. Visitas à fábrica devem ser agendadas

com antecedência. Rua Gustavo Zimmermann, 5.361, Itoupava

Central, Blumenau. (47) 3323-6588. www.bierland.com.br

2 Einsenbahn – O bar abre de segunda a sexta-feira, a partir das

16h. Aos sábados a partir das 10h. A visitação à fábrica é feita de

segunda a sábado, mediante agendamento, e custa R$ 5 por pessoa

(com degustação de um chope de 300ml). Rua Bahia, 5.181 Salto

Weissbach, Blumenau. (47) 3488-7307. www.eisenbahn.com.br

Schornstein – O bar abre quarta-feira das 18h à meia-noite,

quinta das 18h às 2h30, sexta das 18h à 1h30, sábado do meio-dia

a 1h30 e domingos do meio-dia às 23h. Visitas à fábrica e segunda

à sexta, sob agendamento. Rua Hermann Weege, 60 (ao lado do

Zôo), Centro, Pomerode. (47) 3387-6655 / 3333-2759. www.

schornstein.com.br

2 Das Bier – O bar funciona de quarta a sexta-feira das 17h

à meia-noite. Aos sábados das 15h à meia-noite e aos domingos

das 11h30 às 19h. Visitas sob agendamento de quarta a sexta, das

17h às 19h, a aos sábados das 15h às19h. O preço de R$ 5 por

pessoa inclui degustação de um chope de 300 ml. Rua Bonifácio

Haendchen (estrada geral, na direção de Luis Alves), 5.311, Gaspar.

(47) 3397-8600. www.dasbier.com.br

2 Wunder Bier – O bar abre de terça a domingo das 17h à

meia-noite. Visitas à fábrica mediante agendamento, de segunda e

sexta-feira, das 9h às 11h e das 15h às 17h. Rua Fritz Spernau, 155

Fortaleza, Blumenau. (47) 3339-0001. www.wunderbier.com.br

2 Borck – Não conta com bar anexo à fabrica. A visitação

acontece aos sábados e custa R$ 8 por pessoa, com a degustação

de um tipo de chope. Também é preciso agendar. Rua Pomeranos,

1.963, Bairro Pomeranos, Timbó. (47) 3382-0587. www.borck.

com.br

Saint Bier – O pub da fábrica abre de quarta a sábado das

18h à meia-noite. Aos domingos, das 11h30 às 14h, serve almoço

típico alemão com visitação da fábrica e degustação de chope

(gratuitos). Visitas em outros dias e horários devem ser agendadas

por telefone. (48) 3463-3400. Avenida 25 de Julho, 1.303 – Vila

Lourdes – Forquilhinha. www.saintbier.com

2 Zehn Bier – O bar da fábrica atende de segunda a sábado a

partir das 17h. A visita à fábrica acontece de segunda a sábado,

mediante agendameto, a partir das 14h e custa R$ 5 por pessoa

(com degustação de um chope). Rua Benjamin Constant, 26, São

Luiz, Brusque. (47) 3351-6685. www.zehnbier.com.br

2 Königs Bier – Não há bar na fábrica e a visitação é gratuita,

com agendamento prévio. Rua Erich Sprung, 215, Bairro Água

Verde, Jaraguá do Sul. (47) 3370-5544. www.konigsbier.com.br

2 Opa Bier – O bar da marca não fica na fábrica e funciona

às terças e quartas das 8h ao meio-dia e das 13h30 às 19h. Às

quintas e sextas fica aberto até às 20h. Aos sábados atende das

8h às 20h. Visitas à fábrica são feitas mediante agendamento.

Rua Max Colin, 1.195 – Bairro América – Joinville (bar). Rua Dona

Francisca, 11560 – Pirabeiraba – Joinville (fábrica). (47) 3467-

0090. www.opabier.com.br

SERVIçOSHOW ME 133

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BEM VINDO X Programa134

Com esforço e muita pesquisa, desenvolveu uma bebida encorpada e de alta fermen-tação. Mas o seleto grupo de admiradores não foi o suficiente para manter a produção viável e ele teve que se render à preferên-cia nacional: o tipo pilsen. Graças à mudan-ça no gosto do público e ao maior poder de compra, a Borck prosperou, variou sua produção e passou a vender para todo o estado. Hoje, o chope escuro tipo malzbier – semelhante àquela primeira proposta – é um produto de sucesso.

Pomerode, a cidade mais germânica do Brasil, também não poderia deixar de ter sua cervejaria. A Schornstein fabrica um dos chopes mais populares de Santa Catarina e já abriu uma fábrica no interior paulista. O prédio da matriz é um patrimônio histórico da cidade, com seus tijolos maciços de 50 anos de idade e chaminé de 30 metros de altura. No bar colado ao imóvel, são servidos petiscos tradicionais da culinária holandesa e alemã para acompanhar os chopes Pilsen, Weiss, Pale Ale, Bock e Imperial Stout.

QUALIDADE DE NORTE A SULUm pouco mais ao norte do “vale encanta-do” das cervejas, mas ainda em território de ascendência alemã, Jaraguá do Sul apre-senta a sua Königs Bier (“cerveja do rei”), uma pilsen leve e com baixo amargor. Con-tinuando rumo ao norte chega-se à Joinville, a maior cidade do estado e lar da Opa Bier. A fábrica, fundada em 2006, produz seis ti-pos de cerveja (inclusive uma sem álcool) e atualmente vem honrando a tradição join-vilense de produzir bons chopes devido à qualidade de sua água.

O roteiro termina no outro extremo do estado, em Forquilhinha, a cidade mais ger-mânica do sul de Santa Catarina. Dos tonéis da Saint Bier saem sete tipos de cerveja, como Belgian, In Natura e a Hefe-Weizen – cerveja de trigo que dispensa a filtragem e contém sedimentos de levedura, o que a faz ter coloração turva e ganhar o apelido de “pão engarrafado”. No pub da fábrica, o cardápio mistura as culinárias alemã e brasileira para agradar a todos os gostos. Há coleções de tampinhas, de canecos an-tigos e de bolachas de chope, e um espaço onde ficam os canecos dos frequentadores mais assíduos. Aqueles que, apesar de não serem mestres cervejeiros, não conseguem ficar longe do líquido precioso.l

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Sequência de chopes no deque da Das Bier, em Gaspar: Natural, Weizen (com

malte de trigo), Pilsen e Pale Ale – para arrematar, um legítimo schnaps (cachaça)

Além dos bares, algumas cervejarias também oferecem visitas guiadas as fábricas

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VOLTE SEMPRE X Turismo cervejeiro140

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VOLTE SEMPRE X Turismo cervejeiro134

BEM VINDO X Programa136

OUTUBROé mêsde festa

VOLTE SEMPRE às Festas de outubro136

SHOW ME 137

Amistura de ritmos, comidas e cenários conferiu uma marca exclusiva a Santa Catarina: a alegria .das festas de outubro. Há quase três décadas,

o estado famoso pelo litoral recortado e por uma das melhores infraestruturas hoteleiras do país soube tirar proveito de seu principal capital social – a cultura repas-sada pelos imigrantes europeus – para atrair turistas de várias partes do Brasil dois meses antes da temporada de verão. Somente no Vale do Itajaí, são cinco festas típicas promovidas simultaneamente.

O chope e a cerveja artesanal produzidos em micro-cervejarias de cidades como Brusque, Timbó e Pome-rode viraram as bebidas oficiais de todas as festas da região. Realizada desde 1984 e inspirada na tradicional festa de Munique, na Alemanha, a Oktoberfest blume-nauense ostenta um número admirável: já recebeu mais de 17 milhões de pessoas em suas 29 edições. Isso signi-fica dizer que um público próximo a 700 mil pessoas por ano, em média, participou da festa desde a sua criação.

O segredo de tanto sucesso pode estar em uma re-ceita muito simples: ao longo de tantas edições, a festa

mantêm-se como um produto autêntico, que preserva música, gastronomia e folclore trazidos pelos coloniza-dores há mais de 160 anos. Durante seus 18 dias, seis desfiles oficiais movimentam a Rua 15 de Novembro, no Centro, com carros de grupos folclóricos, representan-tes dos tradicionais clubes de caça e tiro, bandas e fan-farras, além da rainha e das princesas da festa.

Em Brusque, a 30 quilômetros de Blumenau, a tradi-ção de comer marreco recheado com repolho roxo deu origem a um verdadeiro festival gastronômico: a Festa Nacional do Marreco (Fenarreco), que tem a culinária alemã como carro-chefe. A ave símbolo da festa está por toda parte: dos diversos pratos feitos com marreco aos artesanatos e adereços de chapéus de feltro. O cardápio ainda oferece opções como eisbein (joelho de porco), bock und weiss wurs (salsichas vermelhas e brancas) e strudel de maçã com sorvete. A animação é garantida com apresentações de dança, shows com bandinhas típi-cas, concurso de chope em metro e corrida de tamancos.

O aroma característico do peixe na brasa e o la-mento musical do fado português destoam da tradição

TexTo Luciana Zonta

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oA DOIS MESES DA TEMPORADA DE VERÃO, SANTA CATARINA

TORNA-SE PALCO DE TRADICIONAIS FESTIVAIS QUE CELEBRAM A HERANÇA DOS IMIGRANTES EUROPEUS

O chope artesanal produzido em diversas cidades catarinenses é o combustível para encarar os 18 dias da Oktoberfest em Blumenau

Os grupos folclóricos, com suas roupas e danças típicas dos imigrantes europeus, marcam presença nas festas de outubro no Vale

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138 VOLTE SEMPREàX Festas de outubro

germânica e atraem a atenção do visitante para Itajaí, cidade portuária que dá nome à bacia hidrográfica que delimita o Vale Eu-ropeu. Inspirada na tradição pesqueira, a Marejada evidencia a gastronomia à base de frutos do mar capturados pelas quase 900 embarcações de todo o Brasil que têm Itajaí como base de apoio. O destaque é para a tradicional sardinha na brasa, além de pratos com lula, camarão e bacalhau.

Ainda no Vale do Itajaí, outra festa também merece atenção do visitante que circula pelo estado em outubro: a Festa do Imigrante, em Timbó. São três dias para comemorar o aniversário de colonização do municípío, fundado em 1869, com bai-les, danças folclóricas, desfile e gastrono-mia, alemã, italiana e brasileira. Já no Vale do Itapocu, a Schützenfest, em Jaraguá do Sul; valoriza a história das 16 sociedades de atiradores da região. Trazidos para Santa Catarina como a imigração alemã em 1850, os clubes de caça e tiro tiveram papel destacado na vida social, cultural e recreativa dos pioneiros e são exaltados na festa através de competições de tiro, tudo acompanhado da típica gastronomia germânica.

No Norte do Estado, Rio Negrinho pro-move a Oberlandfest, cujos destaques são os tradicionais concursos com temas bem germânicos – como a prova do serrador e o chope em metro – além de tiro ao alvo e apresentação de grupos folclóricos. Em Treze Tílias, no Meio Oeste catarinense, a Tirolerfest cultua as tradições dos imigran-tes austríacos que lá chegaram há quase oito décadas. A cidade – conhecida como a capital catarinense dos escultores e das esculturas em madeira – também faz ques-tão de valorizar o artesanato local na festa.

Pouca gente sabe, mas a festa de outu-bro mais antiga de Santa Catarina não é a Oktoberfest de Blumenau. Seis anos antes, a primeira edição da Oktoberfest de Itapi-ranga, no Extremo Oeste do Estado, dava os primeiros passos na tradição de vestir traje típico alemão e tomar chope no mês de outubro. Desde sua primeira edição, a festa promove desfile de carros alegóricos, mostrando a cultura germânica ainda pre-servada e a evolução histórica das comuni-dades locais e do município de Itapiranga. A programação conta com apresentação de shows, danças típicas, concurso de tiro ao alvo e shows de clubes de patinação.l

A Marejada celebra a herança dos

imigrantes açorianos em Itajaí e também a

tradição da atividade pesqueira da cidade

As competições promovidas pelos 16

Clubes de Caça e Tiro de Jaraguá do Sul

são as principais atrações da Schützenfest

Na Fenarreco, que celebra a tradição

gastronômica do marreco recheado, a ave

símbolo da festa está por toda a parte

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SAIBA MAIS

h Oktoberfest – Blumenau

www.oktoberfestblumenau.com.br

h Fenarreco – Brusque

www.brusque.sc.gov.br

h Marejada – Itajaí

www.marejada.itajai.sc.gov.br

h Schützenfest – Jaraguá do Sul

www.schutzenfest.com.br

h Festa do Imigrante – Timbó

www.festadoimigrante.com.br

h Oberlandfest – Rio Negrinho

www.facebook.com/oberlandfest

h Tirolerfest – Treze Tílias

www.tirolerfest.com.br

h Oktoberfest – Itapiranga

www.oktoberfestitapiranga.com.br

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SHOW ME 139

Refúgio

Moda

da

direto

Com boa estrutura para lazer

e prática de esportes, o Parque

Malwee, em Jaraguá do Sul,

tem uma área preservada de 1,5

milhão de metros quadrados

Em Brusque, a FIP reúne

dezenas de lojas de fábrica em

um centro de compras onde

é possível encontrar roupas e

acessórios a preços reduzidos

A festa de rei e rainha do tiro

é uma das tradições germânicas

mantidas pelos moradores da

Vila Itoupava, a 25 quilômetros

do Centro de Blumenau

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TexTos Luciana Zonta

natureza

da fábrica

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A área natural mais famosa de Jaraguá do Sul, no Vale do

Itapocu, atende pelo nome de paRque Malwee. Criado

em 1978 pela Malwee Malhas Ltda., empresa tradicional do

setor têxtil com sede na cidade, o local possui 1,5 milhão de

metros quadrados de área preservada e aberta ao público.

Conta com pista de cooper, trilhas, pista de bicicross, qua-

dras de futebol e vôlei de areia, ginásio de esportes, lagos

e boa área para churrasqueiras. Há ainda dois restaurantes

(um deles de comida típica alemã) e um museu. O Parque

da Malwee fica localizado na Rua Wolfgang Weege, 770,

Jaraguá do Sul. (47) 3376-0114. Aberto diariamente, entre

7h30 e 17h. www.malwee.com.br/parque

A arquitetura enxaimel, o ritmo tranquilo e as conversas na língua dos imigrantes

dão a impressão de se estar em algum vilarejo do interior da Alemanha. Para

quem olha de longe, a vila itoupava poderia muito bem ser confundida com

um genuíno território germânico cravado no Sul do Brasil. Os 25 quilômetros que

separam o bairro de 5 mil habitantes do Centro de Blumenau contribuem para

a preservação de costumes como as festas do Rei do tiro e as danças folclóricas

apresentadas por grupos locais. Mas a principal estrela local atende pelo nome de

Abendbrothaus. Fundado há 26 anos pela família de René Jensen, o restaurante

de gastronomia alemã ganhou fama nacional por seu tradicional marreco reche-

ado com repolho roxo e purê de maçã. O cardápio é único e servido apenas nos

almoços de domingo. Próximo dali, vale fazer uma parada na Schluck, empresa

de destilados que produz licor de cerveja usando matéria-prima da cervejaria

Eisenbahn. Para chegar à Vila Itoupava, siga pela SC-474, que liga Blumenau e

Massaranduba. Para quem está no centro da cidade, basta seguir as placas.

Duzentas lojas com preços diferenciados para

compradores do atacado e varejo movimen-

tam há duas décadas um dos principais centros

comerciais do vestuário de Santa Catarina. Em

Brusque, os espaços da Fip – FeiRa da Moda

abrigam lojas de dezenas de confecções de pe-

queno e médio portes e ajudam a movimentar

o turismo de compras no Médio Vale do Itajaí.

Localizada na entrada na cidade, a FIP chega a

oferecer preços até 50% mais competitivos do

que os praticados em outros estabelecimentos

da região. O ambiente climatizado conta com

vila gastronômica e estacionamento para carros

e ônibus. Rodovia Antônio Heil, 23, Brusque.

Abre de segunda a sábado, entre 9h e 20h. (47)

3255-6000. www.fipnet.com.br

vizinhança germânica

BEM VINDO X Programa140

UM BRINDEnas

alturas

VOLTE SEMPRE X Enoturismo140

SHOW ME 141

Já nos primeiros quilômetros da subida pela Serra Catarinense, é possível sentir o ar ficando mais gelado, enquanto rios, cascatas, jardins floridos e

fazendas formam o cenário de um passeio entre as mon-tanhas. As curvas da BR-282 cortam o território de imi-gração alemã e italiana e nos levam até São Joaquim, a 200 quilômetros de Florianópolis. No topo do belíssimo Planalto Serrano, a cidade é a mais nova sensação do mercado de vinhos no Brasil. Seus tintos, brancos, rosés e espumantes são feitos com uvas plantadas entre 900 e 1.400 metros de altitude e vêm recebendo elogios de es-pecialistas, além de prêmios nacionais e internacionais.

A geografia da região é ideal para o cultivo de uvas mais sensíveis. Além do inverno gelado, a latitude e o tipo de solo mostram-se bastante propícios à viticultura. Mas o maior diferencial é a variação brusca de tempe-ratura. No verão, os termômetros marcam uma média de 28°C durante o dia e não é raro baixarem para 5°C à noite. Isso faz com que os frutos acumulem mais polife-nóis, açúcares e material corante, ingredientes necessá-rios para dar origem a vinhos mais estruturados. A as-semblage Cabernet Sauvignon domina a produção, mas são as outras variedades de uvas – como as tintas Pinot Noir, Merlot e Cabernet Franc, e as brancas Sauvignon Blanc e Chardonnay – que mais chamam a atenção.

A alta qualidade de seus vinhos, aliada à estonteante beleza da região, fazem de São Joaquim um dos prin-cipais polos do enoturismo no país. A união de visitas guiadas aos vinhedos com a degustação de vinhos tem sido uma das grandes apostas dos produtores para tor-nar seus rótulos mais conhecidos. Dos 28 membros da Associação Catarinense de Produtores de Vinhos finos de Altitude (Acavitis), nove já oferecem algum programa de visitação a suas propriedades, sendo que cinco delas estão instaladas na cidade.

A Villa Francioni é um bom lugar para começar. Com a proposta de misturar a tradição da viticultura com arte, a vinícola é um deleite para vários sentidos. Seus vinhos são premiados e reconhecidos por espe-cialistas como alguns dos melhores do país, e sua sede de 4,5 mil m² é uma impressionante obra inspirada na arquitetura italiana da Toscana. Mais de 600 mil tijo-los de demolição emolduram vitrais, mosaicos, móveis antigos, lustres, luminárias portais e janelas de ferro trabalhado. As cores em tom terracota e as paredes rústicas completam a viagem pelo tempo. Uma galeria de arte exibe obras de acervo e frequentemente re-cebe exposições de artistas contemporâneos. Há três visitações diárias para quem quiser conhecer a casa e seus vinhedos.

EM SÃO JOAQUIM, A 900 METROS ACIMA DO NíVEl DO MAR, É POSSíVEl PROVAR AlGUNS DOS VINHOS MAIS PREMIADOS DO PAíS

Na Vinhedos do Monte Agudo, um piquenique-degustação apresenta os rótulos produzidos pela vinícola

Um dia de visitação na Quinta Santa Maria inclui café da manhã e um típico almoço serrano

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TexTo Jerônimo Rubim

142 VOLTE SEMPRE X Enoturismo

Proporcionar um dia agradável, com eno-gastronomia à beira de um rio, é a proposta da Quinta Santa Maria. O passeio começa às 9h com um café expresso na loja da vinícola, no Centro de São Joaquim. Depois o destino é a fazenda, onde os visitantes conhecem os vinhedos, as ins-talações da cantina e a produção. Depois de um passeio pelos pomares de maçã, de ameixa e de pera, é servido um generoso almoço que mistura as culturas portuguesa e serrana às margens do Rio lava-tudo (onde as pessoas podem se divertir no pesque-pague, cobrado à parte). Tudo regado aos melhores vinhos da Quinta Santa Maria.

A vinícola Vinhedos do Monte Agudo é outro destaque da região. Seu Chardonnay 2008 foi eleito o melhor do país durante a Expovinis 2011, o maior evento do segmento nas Américas. A casa estreou a visitação às suas vinhas no inverno de 2012, oferecendo um piquenique em meio à plan-tação. A experiência traz fartura de pães, frios, geleias e doces caseiros, patês e queijos para acompanhar a degustação de vinhos e uma expli-cação sobre os métodos de produção e a história da empresa.

DE MAÇÃS A UVASCom larga experiência no cultivo de maçãs – principal produto agrícola de São Joaquim –, as empresas Sanjo e Suzin apostaram na diversifica-ção e passaram a investir nos vinhos de altitude. A primeira é uma cooperativa de 84 associados cuja produção tem alcançado ótimos resultados. Na edição 2012 da Expovinis, seu Chardonnay Maestrale Integrus 2010, elaborado em barris de carvalho, foi eleito o melhor branco brasileiro.

A Chardonnay é considerada uma uva de difícil cultivo e adaptação, o que atesta a qualidade do terroir catarinense e a alta capacidade das viníco-las do estado. A Sanjo oferece quatro horários de visitação guiada, quando é possível visitar a fábri-ca, acompanhar a produção e degustar os vinhos e o suco de maçã. Já a Vinícola Suzin tem uma proposta mais simples. Sob agendamento, um diretor recebe as pessoas para um papo descon- traído na plantação da empresa. Não há degusta-ção ou cobrança de taxa.

Os vinhos finos de altitude catarinenses são vendidos em todo o Brasil, mas quem passa por São Joaquim não pode deixar de visitar um lugar onde é possível encontrar todos eles: a Casa do Vinho, com mais de 700 rótulos à venda. Median-te agendamento, oferece também degustação e um bate-papo sobre a bebida dos deuses. Tudo no mais típico estilo campeiro da Serra Catarinense.l

VinícOlAS

2 Villa Francioni

Há três visitações guiadas

diariamente, com início às

10h, às 13h30 e às 15h30. O

ingresso custa R$ 30, valor que

pode ser abatido em compras.

Rodovia SC-438, km 70. (49)

3233-8200 e 8801-8382.

www.villafrancioni.com.br

2 Quinta Santa Maria

O passeio de um dia pela

propriedade custa R$ 60

por pessoa, com grupos

de no mínimo dez pessoas.

Agendamentos devem ser

feitos com quatro dias de

antecedência. Rua Manoel

Joaquim Pinto, 348 Centro. (49)

3233-3677. www.quintasm.com

2 Vinhedos do Monte

Agudo

O piquenique na propriedade

acontece em dois horários: às

10h e às 15h, sob agendamento

e ao custo de R$ 70 para grupos

de no mínimo seis pessoas.

Estrada Vicinal Rodovia SC 438,

km 69. (49) 9985-1446.

www.monteagudo.com.br

2 Sanjo

Visitas sob agendamento em

quatro horários por dia , de

segunda a sábado. De R$ 5 a

R$ 15, dependendo de quantos

vinhos o visitante degustar.

Av. Irineu Bornhausen, 677.

(49) 3233-0012.

www.sanjo.com.br

2 Vinícola Suzin

Rua Juiz Fonseca Nunes, 379.

(49) 3233-1038.

www.vinicolasuzin.com.br

2 Casa do Vinho

Rua Ismael Nunes, 7, Centro.

(49) 3233-0824 e 3233-0336.

www.casadovinho.net

Em meio à paisagem serrana, as vinhas

encontraram condições ideiais para produzir

uvas selecionadas que dão origem a

premiados vinhos finos de altitude

A Villa Francioni promove degustações

orientadas por enólogos e visitas à sede

da vinícola, que é inspirada na arquitetura

italiana e conta com uma galeria de arte

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BEM VINDO X Programa144

HOSPITALIDADEcampeira

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SHOW ME 145

Pouca gente sabe, mas a mesma vegetação de Mata Atlântica que recorta o litoral catarinense e forma os belos cenários de montanhas verdes

encontrando o mar também é responsável por grande parte dos encantos do Planalto Serrano, com suas escar-pas e morros de pedra esculpidos pelo vento. A uma al-titude que varia entre 500 e 1,2 mil metros, a paisagem da região se alterna entre os Campos Gerais, as Matas de Araucárias e a Floresta Pluvial Subtropical, que forra o fundo dos vales. Este antigo cenário emoldurava a rota dos tropeiros que conduziam o gado entre o Rio Grande do Sul e São Paulo e hoje extrapola os atrativos do que se convencionou chamar de “turismo de contemplação”.

Terra de frio cortante propício à culinária de fogão à lenha ou de fogo de chão, sempre regada a bebidas quentes, a Serra Catarinense dispõe de empreendimen-tos sólidos adaptados ao estilo de vida campeiro, tanto nos segmentos de hospedagem e gastronomia quanto no até então inusitado turismo de aventura. Boa parte des-ta cultura e destas belezas naturais pode ser encontrada em Lages, o maior centro urbano da Serra – mas que ainda preserva o legado de campos nativos, rios cristali-nos e as antigas taipas de pedra (cercas).

A região da Coxilha Rica, distante 51 quilômetros do Centro da cidade, é formada por uma planície ondulada a perder de vista. A mais de mil metros acima do mar e guarnecida pela floresta de araucárias, ela compreende o antigo caminho dos tropeiros que no século 18 trans-portavam o gado do Rio Grande do Sul até São Paulo e Minas Gerais. Hoje há empresas especializadas em oferecer passeios a cavalo que refazem este mesmo tra-çado e vivenciam um pouco da natureza campestre per-correndo fazendas centenárias onde é possível provar comidas típicas como o entrevero de pinhão ou apenas “pousar” para um descanso.

Dentro do estilo de vida campeiro, a região também oferece opções para quem tem a curiosidade de acom-panhar a rotina de uma fazenda. Do horário de acender o fogão a lenha até o momento de adubar o pomar, de-pois de ordenhar a vaca, os hotéis fazenda abrem suas porteiras para hospedar visitantes interessados em des-canso e convívio com a natureza. Lages é considerada o berço do turismo rural no Brasil, promovendo a ati-vidade desde a década de 1980. Hoje há hotéis-fazen-da profissionais na arte de entreter os visitantes, com a particularidade de que nestes estabelecimentos as

ALÉM DA NEVE NO INVERNO, A SERRA CATARINENSE CONTA COM BELAS PAISAGENS E A CALOROSA CULTURA TROPEIRA PARA

RECEBER BEM O TURISTA O ANO INTEIRO

TexTo André Lückman

Campos ponteados por araucárias e a calma da vida rural fazem do planalto Serrano um lugar único

Conversas com chimarrão aproximam os visitantes das tradições culturais locais nos hotéis-fazenda

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atividades voltadas à agricultura e à pecuária continuam normalmente.

AVENTURA, FRIO E GASTRONOMIAMas a Serra Catarinense também dispõe de cenários para uma contemplação mais ativa e radical. A diversidade do relevo – com inúme-ras trilhas e mais de 80 quedas d’água – faz de Urubici, a 136 quilômetros de Lages, um dos paraísos nacionais do turismo de aventura. Atualmente, a cidade conta com 1,5 mil leitos em mais de 40 hotéis e pousadas. Há cachoei-ras com até 100 metros de queda livre, além de áreas apropriadas para canoagem e pesca esportiva – como a de truta, espécie típica das corredeiras limpas e geladas.

A menos de 30 quilômetros do Centro de Urubici está o Morro da Igreja, ponto habita-do mais alto do Sul do Brasil, a 1.822 metros acima do nível do mar. O município também abriga a Serra do Corvo Branco, acessível pela lendária estrada que começa em uma “garganta” de dois paredões de pedra. A ro-dovia é pavimentada, porém exige atenção do motorista. Para encarar a série de desafios que a região oferece, há empresas especia-lizadas no ecoturismo em montanha, como a Corvo Branco Expedições (www.riocanoas.com.br) e a Graxaim Ecoturismo e Aventura (www.graxaim.com).

Já para quem gosta de curtir o frio ao lado do fogo de chão depois de uma reforçada re-feição serrana, boas opções também existem na pequena Urupema, com 2,5 mil morado-res, que virou sinônimo de turismo de inver-no. Depois que ali foi instalada uma unidade meteorológica, a cidade passou a registrar recordes de baixas temperaturas. Os últimos três anos tiveram mínimas absolutas perto de -10oC e média anual em torno dos 13oC. A al-titude de 1.425 metros assegura grande fre-quência de geada e neve no inverno. É lá que fica o Morro das Torres, a sete quilômetros do centro, conhecido pela “Cascata que Conge-la” – uma queda-d’água de 12 metros que se transforma em gelo nos dias mais frios.

A fim de manter as energias para encarar um cenário desses, frequentemente coberto de lascas de gelo, o cardápio dos moradores da Serra conta com carreteiro com carnes de gado, porco e de ovelha, feijão tropeiro, en-trevero de pinhão e o tradicional camargo – café forte preparado no fogão à lenha e com leite ordenhado diretamente na caneca.l

VOLTE SEMPRE X Serra catarinense

TURISMO RECEPTIVO

2 Lia Ramos Turismo – Lages. (49) 3222-2920. www.liaramosturismo.com.br

2 Coxilha Rica Turismo Equestre – Lages. (49) 3222-3079 e 9973-1817. www.coxilharica.com.br

2 Caminhos da Serra – Urubici. (49) 3278-4273. www.caminhosdaserra.tur.br

HOTÉIS FAZENDA

2 Fazenda do Barreiro – Urupema. (49) 3222 3031 www.fazendadobarreiro.com.br

! Morro Agudo – Urupema. (49) 9125-2500 www.serracatarinense.com/fazendamorroagudo

2 Boqueirão Hotel-fazenda – Lages. (49) 3221-9900 www.fazendaboqueirao.com.br

2 Hotel Fazenda Pedras Brancas – Lages. (49) 3223-2073 www.fazendapedrasbrancas.com.br

2 Sesc Pousada Rural – Lages.(49) 3224-9988 www.sesc-sc.com.br

2 Serra Bela Hospedaria Rural – Urubici. (49) 3278-5113 www.serrabela.com.br

2 Fazenda Hotel Serra do Panelão – Urubici. (49) 3278-4566 e 8843-4138 www.serradopanelao.com.br

2 Estalagem Villa da Montanha – Urubici. (49) 9926-9679. www.estalagemvilladamontanha.com.br

2 Rio do Rastro Eco Resort – Bom Jardim da Serra. Rod. SC 438, Km 130 (em frente ao Mirante da Serra do Rio do Rastro). (49)9112.0073 e 9112.0074. [email protected]

O pinhão extraído das araucárias é

preparado em um típico fogo de chão,

um dos costumes mais tradicionais

dos descendentes dos tropeiros

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Lages

Urupema

Urubici

Bom Jardim da Serra

São Joaquim

Bocaína do Sul

SC 439SC 430

SC 430

SC 438

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BR 116

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SHOW ME 147

Uma das mais importantes reservas ambientais da Re-

gião Sul, o Parque NacioNal de São Joaquim

abrange 50 mil hectares em cinco municípios que fre-

quentemente estão disputando o título de “cidade mais

fria do país”. E não é por menos. Afinal, a uma alti-

tude de 1,8 mil metros a temperatura pode chegar a

13ºC negativos. A unidade de conservação foi criada

em 1961 para preservar os bosques de araucárias – ár-

vores símbolo da região. As entradas do parque se dão

pelos municípios de Urubici e Bom Jardim da Serra e

seu território se espalha ainda por Orleans e Grão Pará,

além de São Joaquim. O relevo irregular dos “alpes ca-

tarinenses” cria paisagens magníficas: de cenas cam-

pestres a impressionantes desfiladeiros e encostas reco-

bertas de mata nativa. As rochas que formam o Parque

– chamadas de basalto – são de origem vulcânica e têm

idade estimada em 133 milhões de anos. A formação

rochosa mais famosa da região é a Pedra Furada, com

seu “furo” de 30 metros de circunferência esculpido

pela lenta ação do vento e da chuva. Está localizada no

Morro da Igreja, em Urubici. Apesar do acesso difícil,

é possível entrar na pedra seguindo uma trilha de oito

quilômetros, de dificuldade moderada e aproximada-

mente duas horas e meia de caminhada. A trilha deve

ser feita sempre na companhia de um guia credenciado.

Flagrantes de visitantes desacompanhados por um guia

oficial podem render multas de até R$ 1 mil. Também

é proibido deixar lixo por lá, mesmo material orgâni-

co. Mais informações pelo telefone (49) 3278-4994 ou

pelo e-mail [email protected].

Natureza

Muito além do turismo contemplativo, a paisagem serrana também oferece op-

ções de lazer para os aficionados dos eSPorteS de aveNtura. Inaugurado

em 2008, o Adventure Park é cravado nas formações rochosas do Parque Pedras

Brancas, a 15 minutos do Centro de Lages. Além de possuir uma das maiores tiro-

lesas do Brasil, com 1,2 mil metros de extensão, o complexo dispõe de atividades

como rapel, escalada, trekking, quadriciclo e paintball. Os mais corajosos devem

experimentar o “Punk Jump”, um salto de bungee jump de uma plataforma de

pedras a 40 metros de altura. Em São Joaquim, o Snow Valley também dispõe de

tirolesas e pistas de arvorismo e escalada. Destaque para a trilha ecológica por

uma mata de xaxins centenários, alguns com 10 metros de altura. Presume-se que

já estivessem ali antes da colonização do Brasil. Os dois parques de aventura fi-

cam na SC-438. adventure Park – (49) 9911-8373. www.adventurelages.com.

br Snow valley – (49) 9116-7278. www.snowvalley.com.br

adrenalina

À margem da rodovia SC-438 e a 11 quilô-

metros do Centro de Bom Jardim da Serra,

um mirante a 1.460 metros de altitude é o

melhor ponto para quem deseja apreciar toda

a beleza da Serra do rio do raStro.

Dali, nos dias mais claros é possível até avis-

tar o mar, distante mais de cem quilômetros.

No local há lanchonetes com comida típica,

como quentão e pinhão, e um amplo esta-

cionamento. Nas proximidades do mirante

também é possível visitar a primeira estação

catarinense de energia eólica, inaugurada em

2002. A força dos ventos locais gera eletrici-

dade suficiente para iluminar toda a estrada

da Serra durante a noite.

nas

mirante na Serra

A Pedra Furada, formação

rochosa com uma fenda de 30 metros

de circunferência, é uma das atrações

do Parque Nacional de São Joaquim

Próximo a Bom Jardim da Serra,

um mirante 1.460 metros acima do

nível do mar proporciona a melhor

vista da Serra do Rio do Rastro

Aventura e natureza se unem em

dois parques localizados na SC-438

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TexTos André Luckmann

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148 VOLTE SEMPRE X Turismo Termal

S anta Catarina é um estado abundante em águas. As águas salgadas do litoral, as águas salobras dos la-gos e lagoas, as águas doces de seus inúmeros rios,

o aquífero Guarani (uma das maiores reservas potável do mundo). E há mais: suas ricas águas termais, que brotam do chão a altas temperaturas e em diferentes composições químicas (como sulforosas ou ferruginosas). Além de aju-dar a aliviar os males de diferentes doenças como reuma-tismo, artrite, cálculo renal, dermatites e inflamações, as termas deram origem a estâncias localizadas em áreas de verde exuberante e com hotéis bem montados.

Muitos municípios aproveitaram esse verdadeiro te-souro natural para crescer em torno das estâncias hidro-minerais e transformar suas economias. Piratuba é um

exemplo. A cidade do Oeste catarinense de apenas 4,8 mil habitantes tem a maior estrutura hoteleira do estado vol-tada para as termas (2,5 mil leitos) e recebe cerca de 350 mil turistas por ano. O parque Termas de Piratuba – com seu jato de 30 metros de altura e águas a 38,6°C – tem 105 mil m² de área verde com piscinas, toboáguas, banheiras, duchas, espaço para lodoterapia, massoterapia, hidrogi-nástica e outras atividades recreativas e terapêuticas. Há trilhas ecológicas e o lugar é equipado com lanchonete, churrasqueiras e área de camping.

Para quem pretende visitar a cidade, vale a pena reser-var algumas horas e explorar outras atrações locais. Uma delas é o passeio de 25 km em uma Maria Fumaça do come-ço do século 20, que sai da estação ferroviária local. A Hi-

O paraísOdas águas

AS ESTÂNCIAS HIDROMINERAIS CATARINENSES CONVIDAM VOCÊ PARA RELAXAR IMERSO EM ÁGUAS TERMAIS DE QUALIDADE INTERNACIONAL

TexTo Jeremias Thompson

Itá, no Oeste do Estado, conta com um parque aquático com 18 piscinas termais em um belo cenário natural

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Campos Novos Concórdia

Chapecó

BR 282BR 158

Tubarão

Distâncias até as cidades:

Palmitos: 611 km*/578km**/590km***Águas de Chapecó : 591 km*/588km**/570***Itá: 502km*/498km**/481km***Piratuba: 426km*/434km**/405km***Águas mornas: 39km*/197km**/171km***Santo Amaro da Imperatriz: 31km*/189km**/186km***Gravatal: 154km*/312km**/74km***

*Distância desde Florianópolis **Distância desde Joinville ***Distância desde Criciúma

Santo Amaro da Imperatriz

Águas Mornas

Piratuba

Itá

Águas de ChapecóPalmitos

Gravatal

Lages BR 282

BR 101

BR 475

BR 282

BR 153

SHOW ME

drelétrica de Machadinho, a apenas 18 km da dali, também atrai olhos curiosos.

Seguindo para o Extremo Oeste, na região que concentra o maior potencial hidromineral do estado, chega-se a uma sequência de estâncias conhecida como Rota das Termas. Num raio de 60 km a partir de Chapecó, cidade-polo regional equipada com aeroporto, cinco balne-ários encantam milhares de visitantes durante o ano inteiro. A exuberante na-tureza da região é o complemento ideal. As rodovias são bem sinalizadas e é fácil chegar aos complexos de águas termais.

O município de Itá foi reconstruído em 1996 para abrigar a população desa-lojada pela construção de uma usina hi-drelétrica. É lá que fica o parque aquá-tico Thermas Itá, um empreendimento recente mas que já conta com 18 pis-cinas, toboáguas, quadras de esporte, camping e trilhas ecológicas. Os hotéis da cidade oferecem 995 leitos para os visitantes. A região tem vocação turísti-ca inegável, em um cenário cercado por montanhas, florestas nativas, mirantes, museus e um lago de 141 km². Um dos passeios mais bonitos é a visita às torres da antiga Igreja Matriz, única constru-ção que permanece da antiga cidade e que pode ser vista no passeio de barco.

A 110 quilômetros a oeste, o peque-no Município de Águas de Chapecó, com pouco mais de 6 mil habitantes, tem um movimentado complexo termal que che-ga a atrair 50 mil visitantes ao longo do

verão. A cidade se prepara para a tem-porada e suas praças, jardins e ruas re-cebem tratamento especial para esperar os turistas. O clima bucólico, em um lo-cal rodeado por verdes colinas e com ar europeu, é ideal para descansar. O par-que Hidroeste é abastecido com águas a 37°C e fica na beira do Rio Chapecó – bastante usado para passeios de barco e para esportes como o jet-ski. Cruzando a ponte sobre o Rio Chapecó, no municí-pio de São Carlos, há um parque recém--construído com estrutura semelhante à do balneário vizinho e que começa a funcionar a partir de dezembro.

Subindo o Rio Uruguai, chega-se ao Thermas de Ilha Redonda, um parque aquático a 16 quilômetros de Palmitos, com quatro fontes que jorram 47 mil litros de água mineral por hora, o ano inteiro. O balneário é famoso por rece-ber muitos jovens nos fins de semana, mas durante a semana mantém a tradi-ção de tranquilidade das estâncias da região. Ao norte de Chapecó, saindo das margens do Rio Uruguai, o município de Quilombo é o único do estado que tem um complexo com águas quentes loca-lizado no Centro da cidade – especifica-mente na Praça Central. São cinco pis-cinas, com tobogãs, área para camping, quadras de esporte e razoável rede ho-teleira. Ao passar pela região, não deixe de visitar o conjunto de três cascatas Santa Manella, um dos mais bonitos sal-tos do Rio Chapecó.l

EStânCIAS

149

2 Piratuba – Parque Termas de Piratuba.

Todos os dias das 7h30 às 20h. Estrada Geral

de Piratuba, s/n. (49) 3553-0132.

www.termaspiratuba.com.br

Informações turísticas: (49) 3537-0997

2 Itá – Parque Aquático Thermas de Itá.

Todos os dias das 8h às 20h. Rod SC-465,

s/n, Bairro Lago Azul. (49) 3458-1909.

Informações turísticas: (49) 3458-2299.

2 Águas de Chapecó – Parque Hidroeste.

Todos os dias das 8h às 11h30 e das 13h30

às 19h. Rua Florianópolis, 92, Centro. (49)

3339-0661. Informações turísticas:

www.aguasdechapeco.sc.gov.br/turismo

2 Palmitos – Termas Ilha Redonda. Todos

os dias das 8h às 11h30 e das 13h30 às 18h.

Rua Dom Pedro II, s/n, Ilha Redonda.

(49) 3647-0410. www.ilharedonda.com.br

2 Águas Mornas – Parque Aquático

Primavera. De terça a sábado, das 8h30 às

19h30. Rua Geral Santa Isabel, s/n.

(48) 9149-7433. Informações turísticas: (48)

3245-7252.

2 Santo Amaro da Imperatriz – Parque

Aquático Hotel Caldas da Imperatriz (anexo

ao hotel). Todos os dias das 7h às 19h.

Rodovia Princesa Leopoldina, Km 4.

(48) 3245.7088. www.hotelcaldas.com.br

2 Santo Amaro da Imperatriz – Parque

Aquático Estrela Guia. Todos os dias das 9h

às 19h. Estrada do Pantanal, 500. (48) 3245-

2315. Informações turísticas: (48) 3245-3266

2 Gravatal – Parque Acquativo. Todos os

dias das 7h às 19h. Av. Pedro Zappelini, 282,

Bairro Termas. (48) 3648-8275. Informações

turísticas: (49) 3458-2299.

150 VOLTE SEMPRE X Turismo termal

Descobertas no começo do século 20, as

águas de alto poder radioativo inspiraram

a criação do primeiro hotel voltado ao

turismo termal na cidade em 1961. Hoje

GRAVATAL conta com uma rede hoteleira

com mais de mil leitos e leva muito a sério

esse tipo de turismo – é um dos dez locais

mais requisitados no programa Viaja Mais

Melhor Idade, do Ministério do Turismo. O

Parque Acquativo, mantido por dois ho-

téis, declara ser o maior parque aquático

do Sul do país. A entrada é gratuita para

quem está hospedado no Hotel Termas ou

no Hotel Internacional de Gravatal. Para

visitantes não hospedados, a taxa para uso

diário é de R$ 20.

Banho

De acordo com a Santur, órgão oficial para

a divulgação do turismo em Santa Catarina,

a qualidade das águas de ÁGuAS MOR-

nAS se compara às de Vichy, na França

– considerada a melhor do mundo. Mu-

nicípio com nome de clara inspiração, fica

a apenas 36 quilômetros da Florianópolis.

Águas nobres

radioativo

Em 1818, ao saber da descoberta de águas que

brotavam do chão a 39°C, o rei D. João VI de Por-

tugal (que governava o Brasil na época) mandou

construir um hospital no Arraial do Cubatão, vi-

larejo localizado entre o litoral e a Serra Catari-

nense. Rebatizado de CALDAS DA IMPERATRIz

depois da visita de D. Pedro II e da imperatriz

Dona Tereza Cristina, em 1845, o município na

região da Grande Florianópolis foi casa da primei-

ra estância termal do país. Hoje, a cidade conta

com um parque público onde moradores e turistas

podem passar o dia nas piscinas (R$ 5 por pes-

soa) e banheiras (R$ 10) abastecidas por fontes

termominerais radioativas que produzem uma

das melhores água termais do mundo. Também é

possível alugar uma churrasqueira (R$ 20 por dia).

Para quem quiser passar mais tempo na região,

há duas opções de hotéis com estilos diferentes

de hospedagem. Mais simples, o Hotel Caldas da

Imperatriz funciona no antigo prédio do hospital.

Para quem procura instalações mais sofisticadas,

a indicação é o Plaza Caldas da Imperatriz Resort

Spa, eleito em 2011 o melhor Resort de Campo do

país pelo prêmio O Melhor de Viagem e Turismo.

A região é dominada pela Mata Atlântica e ofe-

rece muitas atividades de aventura como trilhas,

escalada, rafting e rapel.

Tradição termal

Há apenas um hotel para hospedagem, o Águas

Mornas Palace Hotel, que oferece piscinas, ba-

nheiras e atrações como trilhas ecológicas, lago

para pesca, quadras para esporte e city tour. É

altamente recomendável passear pela região e

visitar as cascatas do Salto do Rio Vermelho, e

a queda d’água Wasserplatz, na Fazenda Sacra-

mento, a 5 quilômetros da cidade.

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Os hoteis de Caldas da Imperatriz contam

com uma ampla estrutura de piscinas em

propriedades cercadas pela Mata Atlântica

Gravatal atrai turistas da terceira idade

pelas qualidades terapêuticas de sua água

Além das piscinas do hotel, a estância

hidromineral de Águas Mornas também

oferece opções de passeios em duas cascatas

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TexTos Jeremias Thompson

SHOW ME 151 VOLTE SEMPRE X Sul catarinense

Além de um farol

centenário, Laguna

tem cerca de 600

imóveis tombados pelo

patrimônio histórico

Tão antigos quanto

as pirâmides do Egito, os

sambaquis de Jaguaruna

guardam vestígios dos

antigos habitantes do

litoral catarinense

Pegar a balsa que

parte do Centro Histórico

de Laguna é uma das

formas de chegar até o

Farol de Santa Marta

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Patrimônio

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Uma das formas de chegar até o Farol de Santa Marta, especialmente se você vem do

norte, é fazer a TRaVESSia dO CanaL da BaRRa. O trajeto consiste em uma viagem

a bordo de uma balsa por cerca de 600 metros e aproximadamente 20 minutos de carro

ou moto por uma estrada de terra entre as dunas. O ponto de saída da embarcação fica

na Rua Pedro Rosa, 27, Magalhães (próximo ao Centro Histórico de Laguna). A distância

total do farol até o Centro da cidade é de 17 quilômetros. O serviço de balsa funciona

diariamente, durante 24 horas, e atende pelo telefone (48) 3646-0887.

aqueológico

de balsa pelo

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luz do farol

Além de 37 quilômetros de praias com água cristalina, dez

lagoas e uma paisagem dominada por dunas, a cidade de

JaguaRuna também abriga um verdadeiro tesouro ar-

queológico composto por mais de 30 sambaquis – antigas

formações calcáreas formadas por restos de ossos, comida

e outros vestígios dos primeiros habitantes do litoral. Ain-

da há incertezas quanto às origens desses depósitos, mas

sabe-se que muitos deles são tão antigos quanto as Pirâ-

mides do Egito, com registros de atividade social anterio-

res a 2.500 a.C. Entre as formações milenares que podem

ser vistas em Jaguaruna, a mais famosa provavelmente é

o sambaqui de Garopaba do Sul, considerado o maior do

mundo em extensão, com cerca de 10 hectares e 30 metros

de altura. Jaguaruna faz divisa com os municípios de Tuba-

rão e Laguna, e fica a 157 Km de Florianópolis.

Um dos carnavais mais prestigiados do Sul do país

acontece em Laguna, a terceira povoação mais

antiga de Santa Catarina e que hoje mescla patri-

mônio histórico com belas paisagens naturais de

mar, lagoas e dunas. Prova disso são as cerca de

600 edificações tombadas pelo Instituto do Patri-

mônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), os

museus em memória à heroína local Anita Gari-

baldi, bem como o centenário Farol de Santa Mar-

ta, que desde 1891 serve como guia para os na-

vios que se aproximam do Cabo de Santa Marta.

O farol foi erguido por franceses com uma mistura

de pedra, concha, areia, barro e óleo de baleia.

Até hoje mantém parte dos seus equipamentos

originais e o título de maior farol em alcance visu-

al da América do Sul (92 quilômetros). Por estar

ainda em atividade seu interior é fechado ao pú-

blico, que tem livre acesso à área externa da torre.

Do alto da construção, que fica no ponto mais

oriental da região, é possível avistar mais de dez

praias de Laguna. As mais próximas são a do Farol

(Prainha), do Camacho, da Cigana e do Cardoso,

que tem boa reputação entre os surfistas. A praia

com mais infraestrutura de hotéis e restaurantes é

a do Mar Grosso, e outro ponto bastante visitado

é a Praia do Gi, onde está a intrigante Pedra do

Frade.

MEMÓRIAS DA

TexTo Mateus Boing

imigração

VOLTE SEMPRE X História152

Se você curtiu o verão no litoral catarinense e planeja voltar ao Estado em outra época do ano, não fique surpreso se essa viagem de retorno lhe

causar a impressão de nunca ter posto os pés nestas terras antes. A multiplicidade de heranças culturais dá a Santa Catarina aspectos bastante diferentes, de-

pendendo da região que se visita. Traços deste legado podem ser percebidos na arquitetura, no jeito de falar, na comida e nas demais tradições e costumes manti-dos por descendentes de alemães, italianos, açorianos, tiroleses, indígenas etc. E os melhores lugares para ter uma visão geral da história dos povos que construíram

POR TODO O ESTADO MUSEUS ETNOGRÁFICOS GUARDAM VERDADEIROS TESOUROS CULTURAIS DAS DIFERENTES

ETNIAS QUE FORMARAM O POVO CATARINENSE

Leo

Laps

SHOW ME 153

O galpão do Museu Nacional de Imigração e Colonização, em

Joinville, exibe uma coleção de carroças e charretes da colônia

Em Chapecó, o Museu Antônio Selistre de Campo conta

com um vasto acervo de arqueologia, arte e costumes dos índios

No Museu Emílio da Silva, em Jaraguá do Sul, o ambiente rústico

das residências dos imigrantes europeus é reproduzido com fidelidade

Às margens da BR-101, em Biguaçu, o museu etnográfico da

Casa dos Açores abriga peças sacras, mobília de época e trajes típicos

Santa Catarina são os museus etnográficos. Por isso, prepara-mos um roteiro que atravessa o estado de leste a oeste apon-tando os museus mais representativos de cada região.

Boa parte deles está localizada no litoral. É caso da Casa dos Açores, que fica às margens da BR-101, no município de Biguaçu, a 20 quilômetros de Florianópolis. O sobrado tipica-mente açoriano forma um belo conjunto arquitetônico com as duas construções próximas, a Igreja de São Miguel e os arcos de um antigo aqueduto. Fundada por volta de 1750 por alguns dos primeiros colonizadores do arquipélago dos Açores trazi-dos ao Brasil, a Vila de São Miguel foi por alguns meses capi-tal da província e refúgio para os moradores locais durante a invasão espanhola ocorrida em 1778. O museu abriga peças sacras, mobília de época, livros e artesanato. O destaque são os trajes típicos doados pelo governo dos Açores.

Já o Museu Histórico de Itajaí, também no litoral, não é focado em um grupo étnico específico. Entre as mais de 10 mil peças do acervo estão objetos pessoais, máquinas fotográ-ficas, roupas, armas, jogos e obras de arte que pertenceram aos imigrantes de diversas origens que chegaram à cidade desde a época do Império. O museu conta também com uma exposicão dedicada ao poeta Marcos Konder Reis, que nasceu em Itajaí e foi um dos principais expoentes da geração que sucedeu os modernistas. A curiosa arquitetura do palacete, em estilo eclético, com três torres, indica a utilidade inicial da construção, inaugurada em 1925 para ser sede dos três poderes do município.

RELEMBRANDO AS ORIGENSO próximo museu, localizado em Joinville, também segue a linha de não destacar apenas um grupo de imigrantes, mas com a diferença de que o foco não se resume à cidade. Essa característica já fica clara no nome: Museu Nacional da Im-igração e Colonização. Nesse sobrado projetado em 1870 a ideia é mostrar como era a vida rural e urbana de toda a Região Sul. O galpão do transporte, com diferentes tipos de carroça, é um dos destaques.

Em São Francisco do Sul, o Museu Histórico ocupa um dos prédios mais antigos do estado, datado do fim do século 18. Ob-

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154 BEM-VINDO X Passeio

O Museu Histórico de Itajaí homenageia imigrantes de todas as

etnias em mais de 10 mil peças, incluindo roupas e objetos pessoais

No Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento, o Museu Colonial

reúne itens domésticos e peças de moinho utilizadas pelos italianos

p

jetos pessoais, utensílios domésticos, móveis, equipamen-tos industriais, jornais e documentos contam a história centenária da cidade, cujo primeiro povoamento teria sido criado por exploradores franceses em 1504, o que nunca ficou provado.

Ainda no Norte de Santa Catarina, a vida nos tem-pos da Colônia Jaraguá é lembrada graças ao trabalho de pesquisa do professor Emílio da Silva, morto em 1999, aos 98 anos. Autor do livro Jaraguá do Sul, um capítulo na povoação do Vale do Itapocu, ele é o patrono do museu histórico da cidade, que leva seu nome. Todo seu acervo fotográfico está em exposição no prédio, além de docu-mentos, móveis e pertences pessoais.

No Vale do Itajaí, três casas voltadas para a memória dos antepassados alemães merecem destaque. Em estilo enxaimel, a Casa do Imigrante Carl Weege, em Pomero-de, é decorada de maneira tipicamente alemã e dá uma ideia de como era a rotina dos pioneiros, com uma roda

ATRAÇÕES2 Casa dos Açores – De terça a domingo, das 8h às 12h e das 13h

às 17h. Gratuito. BR-101, km 189, Balneário São Miguel, Biguaçu.

(48) 3243-4166. www.casadosacores.sc.gov.br

2 Museu Histórico de Itajaí – De terça a sexta, das 8h às 18h.

Sábado, das 9h às 13h. Domingo e feriados, das 14h às 18h. Gratuito. Rua

Hercílio Luz, 681, Centro, Itajaí. (47) 3348-1335. www.fgml.itajai.sc.gov.br

2 Museu Nacional da Imigração e Colonização – De terça a

sexta, das 9h às 17h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h.

Gratuito. Rua Rio Branco, 229, Centro, Joinville. (47) 3433-3736.

www.joinvillecultural.sc.gov.br

2 Museu Histórico de São Francisco do Sul – De terça a sexta,

das 9h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 19h. Crianças

acima de sete anos e adultos pagam R$ 1 e R$ 2, respectivamente.

Rua Coronel Oliveira, 74, Centro Histórico, São Francisco do Sul. (47)

3444-5443. www.visitesaofranciscodosul.com.br

2 Museu Histórico Emílio da Silva – De terça a sexta, das 8h às

11h30min e das 13h30 às 16h30. Sábado, das 9h às 12h. Domingo,

das 15h às 18h. Entrada gratuita. Avenida Marechal Deodoro da

Fonseca, 247, Centro, Jaraguá do Sul. (47) 3371-8346 e 3372-2770.

www.museu.jaraguadosul.com.br

2 Casa do Imigrante Carl Weege – De terça a domingo, incluindo

feriados, das 9h às 12h e das 13h às 17h. Entrada gratuita. Rua

Leopoldo Blaese, 11, Pomerode Fundos, Pomerode. (47) 3387-2613.

www.pomerode.sc.gov.br

2 Museu da Família Colonial – De terça a sexta, das 9h às

17h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h. Entrada gratuita.

Alameda Duque de Caxias, 64, Centro, Blumenau. (47) 3381-7516.

www.arquivodeblumenau.com.br

2 Museu de Hábitos e Costumes – De terça a sexta, das 9h às 17h.

Sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h. Entrada gratuita. Rua XV de

novembro, 25, Centro, Blumenau. (47) 3381-7979. www.fcblu.com.br

2 Museu da Cultura Italiana – De terça a domingo, das 7h às

17h. A entrada custa R$ 8 (adultos) e R$ 5 (estudantes). Estrada Geral

do Morro da Cruz, s/n, Centro, Nova Trento. (48) 3267-0028 e

3267-2100. www.pousadacantinaitaliana.com.br

2 Museu Colonial e Casa da Seda – Diariamente, das 8h às 20h.

Entrada gratuita para a Casa do Colono. R$ 1 para o Museu da Seda.

Rua Madre Paulina, s/n, Nova Trento. (48) 3267-3030.

www.santuariosantapaulina.org.br

2 Castelinho – Segundas, quartas, quintas, sextas e sábados, das

8h às 12h e das 13h às 17h30. Domingos e feriados, das 10h às 12h.

Entrada: R$ 2. Rua Leoberto Leal, 195, Centro, Treze Tílias.

(49) 3537-0997. www.trezetilias.com.br

2 Museu Antônio Selistre de Campo – De segunda a sexta,

das 13h às 19h. Visitas em fins de semana ou feriados precisam ser

agendadas. Entrada gratuita. Avenida Getúlio Vargas, 17-N, Centro,

Chapecó. (49) 3321-8509.

VOLTE SEMPRE X História154

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SHOW ME 155

d’água, uma moenda de cana-de-açúcar e um moinho de fubá instalados na propriedade. Já os dois museus em Blumenau reúnem um grande número de utensí-lios domésticos, roupas e acessórios, brinquedos, má-quinas e móveis doados, em sua maioria, por famílias descendentes de imigrantes. Com 6,2 mil peças no acervo (destaque para um jogo de jantar do século 19), o Museu da Família Colonial é na verdade um con-junto de três casas tombadas pelo patrimônio históri-co. Umas delas, de 1858, é a mais antiga residência do Vale do Itajaí. O Museu de Hábitos e Costumes vale a visita pela variedade de roupas e acessórios, como chapéus e calçados, usados pelos antigos colonos.

DE EUROPEUS A INDÍGENASCidade de colonização italiana, Nova Trento, no Vale do Rio Tijucas, conta com dois pontos de visitação para os interessados no assunto. De iniciativa privada, o Museu da Cultura Italiana é parte de uma pousada da região e chama a atenção pelos 600 rádios expostos entre os 5 mil itens do acervo. No Santuário de Santa Paulina, criado para cultivar a memória e o culto à primeira santa brasileira (ela própria uma imigrante italiana), o Museu Colonial abriga artefatos domésti-cos dos pioneiros e grandes engrenagens de madeira usadas em moinhos. Também no santuário, o Museu de Seda é uma réplica da fábrica em que trabalhavam a religiosa, suas colegas de fé e outras mulheres, com o objetivo de angariar fundos para a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.

Os dois últimos museus etnográficos estão localiza-dos no Meio-Oeste e Oeste de Santa Catarina, a mais de 500 quilômetros de Florianópolis. Em Treze Tílias, a antiga residência do fundador da cidade – um prédio de 1937 conhecido como “Castelinho” – serve atualmente como sede do Museu da Imigração Austríaca. Entre os pertences das famílias do pioneiro Andreas Thaler e de outros imigrantes do Tirol (região da Áustria), destaca-se o livro de poemas em alemão que Thaler achou cu-rioso ter encontrado numa livraria brasileira e acabou lhe fornecendo o nome da cidade: Dreizehnlinden (jus-tamente Treze Tílias, em português).

Já o Museu Antônio Selistre de Campo, em Chapecó, é o único da lista dedicado aos índios. O lo-cal possui um importante acervo de arqueologia, arte e costumes dos kaingang e guarani, as duas princi-pais etnias da região. Entre as peças em exibição es-tão vasos de cerâmica usados como urnas funerárias e esteiras com grafismos que indicam um mito de formação do povo kaingang a partir de duas outras etnias mais antigas. Alojado numa casa em estilo colo-nial italiano, o museu também reúne peças, utensílios, fotos e mobiliários dos antigos donos da residência, a família Bertaso.l

As peças de roupa e itens de uso pessoal exibidos no Museu de Hábitos e

Costumes, em Blumenau, dão uma ideia de como viviam os antigos colonos

Em Pomerode, a Casa do Imigrante Carl Wegee tem uma roda d’água, uma

moenda de cana e um moinho de fubá ao lado da propriedade em estilo enxaimel

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Odesejo de ter uma imóvel no litoral catarinense, para morar ou para passar férias, promete aque-cer o mercado local neste verão. Prazos amplia-

dos e redução das taxas de juro devem deixar os clientes motivados a aproveitar oportunidades para fazer valer o seu dinheiro. Como os imóveis residenciais em Florianó-polis valorizam de 10% a 12% ao ano desde 2004, corre-tores consideram que a temporada deve puxar para cima o volume de negócios. Na capital, o metro quadrado do terreno gira em torno de R$ 1.800 enquanto o do aparta-mento pronto pode chegar a R$ 6 mil, dependendo da lo-calização. Em outras cidades do litoral a valorização pode superar os 70%, da compra na planta até a entrega.

Para o mercado, a meta é ampliar as vendas de fim de ano e manter o ritmo nos meses seguintes. O Sindicato

das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administra-ção de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comer-ciais de Santa Catarina (Secovi), acredita que a taxa de valorização deve se manter estável nos próximos anos. Lucas Madalosso, diretor de Marketing do Secovi Floria-nópolis, aponta que a expansão imobiliária na cidade pas-sa por investimentos em construções voltadas a clientes de todos os padrões. Ele considera que os empreendimen-tos do programa Minha Casa Minha Vida – que começam a ser oferecidos em Florianópolis – já chegam à capital catarinense “perdendo fôlego” em relação ao restante do Brasil, devido a uma acomodação do mercado para esse tipo de imóvel. “No entanto, há ainda muito espaço para apartamentos de alto padrão para atender as classes mé-dia e alta”, observa.

COM OPÇÕES PARA TODOS OS BOLSOS E A PROMESSA DE VALORIZAÇÃO DO INVESTIMENTO, O MERCADO IMOBILIÁRIO CATARINENSE FAZ MUITA GENTE VOLTAR DAS FÉRIAS COM PLANOS DE TER SEU PRÓPRIO CANTO À BEIRA-MAR

TexTo Adão Pinheiro FoTos Victor Carlson

o sonho de morar na praia

VOLTE SEMPRE X Imóveis no litoral156

157SHOW ME

Na página anterior, o Novo Campeche,

no Sul da Ilha, uma das regiões com maior

potencial de expansão na capital

Ao lado, os bairros Trindade, Itacorubi

e Santa Mônica, que crescem com

demanda gerada pelas universidades

Na Av. Beira-Mar Norte, obras das

construtoras WOA e Hopecke ampliam a

oferta de condomínios de luxo em Floripa

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Madalosso explica que nos últimos anos houve uma maior concentração de compra-dores de outros estados do Sul e Sudeste em busca da segunda casa ou mesmo para mu-dar-se em definitivo para Florianópolis. “São famílias pequenas, com um ou dois filhos, que procuram investir em condomínios fechados onde é maior a segurança”, diz. A venda de imóveis para famílias de estudantes matri-culados nas universidades também ajuda a puxar para cima os negócios na capital, as-sim como a infraestrutura ambiental da Ilha, com mais de 60% de área protegida, chamariz para clientes com bom poder aquisitivo e pre-ocupação com o planeta. Segundo o diretor do Secovi, é justamente o Sul da Ilha – ainda não tão “urbano” quanto a parte norte – e o entorno das duas maiores universidades lo-cais (UFSC e Udesc) que devem concentrar os maiores investimentos nos próximos anos.

No Norte da Ilha, na Praia dos Ingleses, a Hantei Construções e Incorporações vai lan-çar em 2013 o empreendimento Centrinho dos Ingleses. O negócio segue o mesmo mo-delo do prestigiado Resort Costão do Santi-nho. Investidores serão proprietários de uma ou mais unidades dos 333 apartamentos do apart-hotel, com a possibilidade de usá-los como moradia, usufruir ocasionalmente ou lo-car. “No Santinho, vários investidores liquida-ram o imóvel apenas com o valor dos aluguéis e hoje possuem um patrimônio que vale em torno de R$ 750 mil”, explica Aliator Silveira, Diretor Executivo da Hantei. O Centrinho dos Ingleses terá 145 lojas do térreo, 375 vagas de garagem e um centro de convenções com 1.600 m². Os principais investidores são de Florianópolis, seguidos de moradores do inte-rior de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.

Alto pAdrãoUm dos endereços mais valorizados da capital catarinense continua sendo a Avenida Beira--Mar Norte. A região tem atraído a atenção dos investidores graças a construção de con-domínios de luxo, a exemplo do Simphonia WOA Beiramar, que está sendo erguido pela WOA Empreendimentos Imobiliários e en-globa quatro condomínios independentes. A empresa não divulga o valor total do inves-timento, mas Walter Silva Koerich, diretor da construtora, acredita em uma importante valorização dos apartamentos depois de pron-tos. “A escassez de terrenos bem localizados

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158 VOLTE SEMPRE X Imóveis no litoral

na Ilha tem feito disparar o preço do metro quadrado, fazendo pressão sobre os custos e valorizando os imóveis”, comenta. Segundo Koerich, edifícios em áreas nobres, com cui-dadosa arquitetura e equipados de tecnologia, estão no topo da lista de desejos dos clientes.

Localizados na Avenida Trompowsky, o Plaza Danúbio, da construtora Hoepcke, e o Trompowsky Corporate, da construtora For-macco Cezarium, são outros exemplos de em-preendimentos premium. O primeiro tem um moderno sistema de segurança com senha de acesso aos andares, câmeras em todas as áreas comuns, reaproveitamento da água da chuva e vagas para visitante, entre outras fa-cilidades para o dia a dia de quem busca con-forto e praticidade. O Trompowsky Corporate empreendimento comercial de alto padrão terá 340 vagas de estacionamento rotativo.

hotel com mArinAAinda na Avenida Beira-Mar Norte, Florianó-polis vai seguir o exemplo das cidades mais modernas do mundo, como Dubai e Xangai, e ganhar um emprendimento de arquitetura contemporânea que deve transformar-se em um ícone da cidade. O Parque Hotel Marina Ponta do Coral, outro projeto da Hantei, terá três torres separadas internamente: uma de-las abrigará escritórios, a outra será ligada ao centro de convenções com 20 salas e capaci-dade para 4 mil pessoas, e a terceira atenderá o turismo convecional.

Para garantir a qualidade da obra, foram contratados três escritórios de arquitetura para elaboração do projeto. “O Parque Hotel simboliza o desejo da cidade de possuir em-preendimentos que valorizem e qualifiquem o turismo e sirvam de parâmetro para o fu-turo da capital catarinense”, afirma Aliator

VOLTE SEMPRE X Imóveis no litoral158

O Parque Hotel Marina Ponta do Coral, na

Capital, terá três torres, 42 lojas, centro de serviços

e uma área de lazer voltada para a população

A marina do hotel terá espaço para 247 barcos

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que a cidade também sofra uma redução gradativa de novos lançamentos, assim que diminuir o estoque de imóveis em construção em função da escassez de ter-renos em áreas nobres. Diante dessa pers-pectiva, as empresas do setor já começam a buscar novos mercados. Um exemplo desse movimento é o fechamento de negó-cios com clientes de outros estados, fenô-meno que se repete em todo o litoral.

“O mercado paranaense, por exem-plo, é interessante e promissor. Diaria-mente recebemos turistas e investidores do Paraná, o que nos leva a criar produtos

para atender esta demanda emergente”, destaca Ricardo Rodrigues, proprietário da Ricardo Imóveis, de Itapema, que es-tuda a abertura de seu primeiro escritó-rio fora de Santa Catarina para atender essa demanda. Ele já contabiliza mais de mil imóveis cadastrados para venda e lo-cação. “Temos novos e usados, com pre-ços variam de R$ 230 mil a R$ 3 milhões. Ou seja: para todos os gostos e bolsos”, comenta. Segundo Rodrigues, empreen-dimentos adquiridos ainda na planta ga-rantem uma valorização que varia de 50% a 70%, em média, até a entrega da obra.l

Das cidades do litoral, Bal. Camboriú é uma das mais visadas por investidores de todo o país

Em Itajaí, os atrativos turísticos da região da Praia Brava impulsionam o crescimento imobiliário

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Silveira, diretor executivo da construto-ra. O projeto prevê ainda 42 lojas, nove espaços para um centro gastronômico, além de infraestrutura para spa, salão de beleza, piscina aquecida e outros equi-pamentos. O empreendimento da Hantei também deve suprir uma das maiores carências de Florianópolis na área de turismo: a falta de marinas. Com uma área para abrigar 247 embarcações sob um espelho d’água de 57 mil m², o novo gigante da Beira-Mar Norte deve atrair turistas que usam suas próprias embar-cações para viajar. Outro destaque é a estrutura voltada para a população, que inclui ciclovia e parque para passeio e la-zer em um espaço de 34 mil m².

litorAl concorridoPartindo da Ilha em direção ao Litoral Norte, todas as cidades catarinenses à beira-mar também passam por uma fase de expansão imobiliária, com a constru-ção de grandes condomínios voltados tan-to para a primeira moradia como para o veraneio. As facilidades disponíveis para adquirir a casa própria contribuem, cada vez mais, para o desenvolvimento de um novo movimento no mercado imobiliário: o da segunda residência ou segundo lar. Para acompanhar esse ritmo, as incorpo-radoras estão investindo forte no poten-cial do litoral de Samta Catarina.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Bal-neário Camboriú, Carlos Haacke, a ten-dência do mercado é manter-se estável nos próximos anos. “Temos ótimas pers-pectivas para o setor”, acrescenta. Para Altamir Stolfi, diretor de marketing da Racitec Empreendimentos, de Itajaí, o déficit imobiliário e a abertura de crédito propiciam um panorama de expansão. No caso de Itajaí, que atrai investimentos no setor industrial e portuário, sua localiza-çao estratégica próxima a BR-101, além da estrutura de ensino, lazer e belezas naturais, dá ao mercado a oportunidade de apostar em empreendimentos para todas as classes sociais. Mesmo assim, Stolfi acredita que a tendência a médio prazo é o cliente tornar-se mais seletivo.

O presidente do Sinduscon de Balneá-rio Camboriú não descarta a hipótese de

160 VOLTE SEMPRE X Imóveis no litoral

Localizado em um dos pontos mais nobres da

Avenida Beira Mar Norte, em uma área de 13

mil metros quadrados de frente para o mar,

o projeto do SiMPhOnia wOa bEiRaMaR,

prevê quatro condomínios independentes:

Soprano Hall, Jazz Club (foto), Sonata Pla-

ce e Opera House, os dois primeiros já em

construção. Os apartamentos serão de alto

padrão, planejados com foco na comodidade

e pensados para suprir todas as necessidades

das mais diferentes configurações familiares.

As obras do Soprano Hall, primeiro dos quatro

condomínios, têm conclusão prevista para de-

zembro de 2014. O condomínio terá seis dife-

rentes plantas de apartamentos, com duas ou

três suítes, amplas sacadas, livings e um ático

composto por duas coberturas. Avenida Bei-

ra Mar Norte, 3.974, Centro – Florianópolis.

(48) 3224-1001. www.woa.com.br

Sinfonia em

Empreendimento comercial sofisticado localiza-

do na Avenida Trompowsky, um dos endereços

mais nobres e tradicionais de Florianópolis, o

TROMPOwSky CORPORaTE é dividido em

duas torres (Medical Tower e Business Tower).

Possui outros 30 pontos comerciais na Galeria

Térreo, onde serão instalados cafés, lojas e ser-

viços de conveniência. Para atender à demanda

de clientes, o Trompowsky Corporate terá 340 vagas de estacionamento rotativas. O projeto é

assinado pelo arquiteto Lauro Santiago. A construção e incorporação fica a cargo da Formacco

Cezarium, que no mês de setembro completou quatro décadas de atuação no mercado catari-

nense. Av. Trompowsky, 291, Centro – Florianópolis. (48) 3027-2144. www.trompowsky.com.br

negócios

O PLaza danúbiO RESidEnCE,

da construtora Hoepcke, conta com

área de lazer com dois salões de fes-

ta, piscina aquecida com raia, piscinas

externas para adultos e crianças, sala

fitness, sala de jogos e áreas de pai-

sagismo com projeto assinado pela

arquiteta Sílvia Monteiro. Os aparta-

mentos contam com três ou quatro

dormitórios, todos com sacada e chur-

rasqueira. A cozinha é integrada com a

sala e a sacada, formando um espaço

amplo de living. O requinte é observa-

do em detalhes de acabamento, como

o piso de porcelanato na sala e o la-

minado de madeira nas áreas íntimas.

Avenida Trompowsky, 373, Centro –

Florianópolis. (48) 3338-4878. www.

plazadanubio.com.br

em

Requinte

TexTos Adão Pinheiro

quatro partes

alto estilo

nos detalhes

O condomínio Água dO SanTinhO é um empreendimento nobre com 4,5 mil

m² de área de lazer, incluindo piscina semi-olímpica e piscina aquecida tratadas

com água salgada e sem incidência de cloro. Construído pela Hantei Construções e

Incorporações, o projeto ainda inclui salão gourmet e sala de jogos voltada integral-

mente para o mar. O empreendimento está situado em uma área de 30 mil m², com

apartamentos de até cinco suítes. A localização é outra vantagem do condomínio: a

bela Praia do Santinho, no norte de Florianópolis. Rodovia Vereador Onildo Lemos

2345 (Estrada Geral do Santinho) – Florianópolis. (48) 3369-6787.

Conforto no Santinho

SHOW ME 161 VOLTE SEMPRE X Sul catarinense

O esmero com que os moradores cultivam a

herança dos antepassados fica evidente para

quem visita o município de Nova Veneza.

Além do patrimônio arquitetônico e do gos-

to pela mesa farta, animadas festas italianas

também fazem parte do cotidiano local. Tanto

que, em pleno inverno, a cidade para e repro-

duz o CaRnEVaLE di VEnEzia, exibindo

máscaras e fantasias que remontam ao século

17 no velho continente. A influência cultural

não é difícil de ser explicada, já que ali se ins-

talou a primeira colônia de imigrantes italianos

no Brasil República, em 1891. Hoje, mais de

90% dos moradores tem descendência italia-

do alto das

Viagem TexTos André Lückman

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na. Além da religiosidade e das canções em-

butidas no folclore local, os dialetos vêneto e

bergamasco ainda são falados pelos habitan-

tes. E, claro, são raros os restaurantes que não

servem galinha ensopada com polenta, radicci

e vinhos coloniais. A próxima edição do Car-

naval de Veneza está marcado para o dia 22

de junho de 2013, durante o fim de semana

da Festa da Gastronomia Italiana.

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da mina

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O trabalho dos primeiros exploradores de carvão mineral fez de Criciúma uma das maiores

geradoras de riqueza do Estado no século 20. Hoje, a indústria extrativista não é a mais impor-

tante do município, mas as minas de carvão ainda atraem a atenção – principalmente a Octávio

Fontana, desativada há quase duas décadas e reaberta em 2011 para receber turistas. Em um

passeio que leva aproximadamente 30 minutos, os visitantes têm a oportunidade de conhecer

a história do desenvolvimento da cidade a partir da visão dos mineiros. O trajeto de 300 metros

é feito em uma minilocomotiva e, em ocasiões especiais, é possível até jantar dentro de uma das

galerias. O complexo abriga loja de suvenires, lanchonete, exposições, gruta e estacionamento.

A Mina OCTáViO FOnTana é a única mina de carvão no Brasil aberta à visitação turística

e pode ser visitada de terça a domingo, das 9h às 12h e das 13h às 18h.

A 80 metros de altura, o mirante

proporciona uma vista panorâmica das

belezas naturais do Morro dos Conventos

As máscaras inspiradas nos festejos

europeus do século 17 dão um charme

único ao carnaval de Nova Veneza

Em Criciúma, a única mina de carvão

do Brasil aberta à visitação pública recebe

grupos de turistas que percorrem suas

galerias a bordo de uma minilocomotiva

Carnaval à italiana

De uma altura de aproximadamente 80 metros, o

mirante acima de antigos paredões de pedra re-

vela um cenário de dunas, restinga e o encontro

das águas claras do Rio Araranguá com o mar. O

balneário de MORRO dOS COnVEnTOS é o prin-

cipal cartão postal do município de Araranguá e

oferece aos visitantes, além da bela paisagem, um

palco para variados esportes radicais. A altura das

falésias é desafiada pelos praticantes de rapel e es-

calada, enquanto os fortes ventos da região costu-

mam atrair os adeptos do voo livre e do windsurfe.

Além disso, jet-ski e outros esportes de mar aberto

também são comuns na região, enquanto as du-

nas de até 30 metros fornecem o cenário ideal para

a prática do sandboard. O acesso ao distrito pode

ser feito com a travessia de balsa pelo rio, que en-

canta pela cor da água, alternando entre o verde e

o azul de acordo com a ação do vento. A estrada

de chão batido leva também ao Balneário de Ilhas,

uma antiga colônia de pescadores contornada pelas

águas. Ali é possível encontrar artesanato tradicio-

nal em palha, junco e vime, produzido pelos mora-

dores. Com uma variedade de programas de lazer,

o município tem acesso fácil pela BR-101 e dispõe

de bons hotéis no Centro e no Balneário Morro dos

Conventos. Há também serviços de suporte para os

iniciantes nos esportes radicais. No voo livre, por

exemplo, a cidade sedia a Associação de Voadores

do Extremo Sul (Aves).

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