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Ano 8 - n o 60 - Junho - 2009 Quando o Grupo Ultra efetivou a compra do negócio de distribuição de combustíveis Texaco no Brasil, em agosto de 2008, passou a formar uma rede de mais de 5 mil postos, o que representa 23% de participação no mercado brasileiro. A Ipiranga passou a ser a maior rede privada capaz de competir em escala nacional. O uso da marca Texaco foi licenciado ao Ultra por até cinco anos, para permitir sua substituição gradual em toda a rede pela marca Ipiranga, mas no Sul e Sudeste a empresa quer fazer a transição em, no máximo dois anos, como já ocorreu em 220 postos. Nas páginas centrais entrevista com o Diretor de Marketing da Ipiranga trazendo mais detalhes sobre essa mudança. Impresso fechado. Envelopamento autorizado. Poderá ser aberto pela ECT ANTES AGORA

Revista Sindipetro Junho 2009

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Edição Junho 2009

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Page 1: Revista Sindipetro Junho 2009

Ano 8 - no 60 - Junho - 2009

Quando o Grupo Ultra efetivou a compra do negócio de distribuição de combustíveis Texaco no Brasil, em agosto de 2008, passou a formar uma rede de mais de 5 mil postos, o que representa 23% de participação no mercado brasileiro. A Ipiranga passou a ser a maior rede privada capaz de competir em escala nacional. O uso da marca Texaco foi licenciado ao Ultra por até cinco anos, para permitir sua substituição gradual em toda a rede pela marca Ipiranga, mas no Sul e Sudeste a empresa quer fazer a transição em, no máximo dois anos, como já ocorreu em 220 postos. Nas páginas centrais entrevista com o Diretor de Marketing da Ipiranga trazendo mais detalhes sobre essa mudança.

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ANTES AGORA

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Página 2 I Junho 2009 I Revista Sindipetrog Editorial

“Ética virada do avesso”

No Seminário Internacional de Direito Econômico e Análise Econômica do Direito (Ibrac), realizado

em Minas Gerais, o assunto foi o combate a cartéis. A representante do Departamento de Proteção e Defesa Econômica (DPDE), do Ministério da Justiça, frisou o programa brasileiro de combate aos cartéis, apresentando estatísticas que apontam a revenda de combustíveis como o setor com o maior número de investigações envolvendo cartéis. Isto não é novidade para nós da revenda e bem foi lembrado pelo presidente licenciado da Fecombustíveis, Gil Siufo. Representando os sindicatos, ele manifestou apoio às autoridades antitruste, contudo exigiu fi scalização rigorosa daqueles operadores que, por modos ilegítimos e criminosos, oferecem combustíveis a preços impraticáveis, predatórios. A combinação de fraude no produto e sonegação fi scal, que estamos cansados de denunciar, resulta nos produtos vendidos ao consumidor até abaixo do preço do

atacado, como se fosse possível! Enquanto isso, o desconhecimento de algumas autoridades, e a má fé de outras, deu à sociedade o entendimento de que os preços normais – assim entendidos aqueles de produtos dentro da conformidade técnica exigida e com todos os tributos pagos – é que estão errados. “Viraram ao avesso a ética e a moralidade, inverteram os sinais, e, até hoje, os revendedores sérios, honestos, maioria absolutíssima deste mercado, são jogadas à arena do leão, para justifi car políticas equivocadas, ou a ausência delas”, opinião de Siufo que compartilhamos. Leia mais nas páginas 6 e 7.

Luiz Antonio AminPresidente do Sindipetro

EXPEDIENTE

Jornalista responsávelDiagramação

Elair Floriano MTB 1167

Impressora Mayer

Distribuição gratuita para os postos

de combustíveis associados ao

Sindipetro

Tiragem: 500

NESTA EDIÇÃO

Combate a cartéis e defesa da concorrência

Licenciamento Ambiental: essencial

Ibrac

Meio Ambiente10

Operação Saldo CredorConsulte seu contador

Fazenda4

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Promoção Posto PremiadoFo

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COLABORE COM A PRÓXIMA EDIÇÃO

Tem alguma sugestão, crítica ou opinião para a Revista Sindipetro? Escreva para

[email protected]. Sua participação é importante para nós e

será muito bem-vinda.

Rua Porto União, 606 – Bairro Anita Garibaldi – Joinville – SC – CEP: 89.203.460Fone / Fax: 47 3433.0932www.sindipetro.com.br [email protected]

A Promoção Posto Premiado, realizada inicialmente para os associados da

região Norte, de 29 de janeiro a 25 de abril, foi encerrada com o sorteio dos

100 ganhadores, no dia 20 de maio. Os prêmios, como TV 32” LCD, notebook, MP4,

entre outros, estão sendo entregues aos premiados. O Jornal A Notícia, parceiro do

Sindipetro na Iniciativa, está fazendo contato com os vencedores para a entrega.

Empresa com débitos fi scais podem ter penhora sem avisoFoi recebido no Congresso brasileiro, no dia 20 de abril, um Projeto de Lei que traz alterações na Lei de Execuções Fiscais: de que todo e qualquer contribuinte (pessoa física ou jurídica) que tiver débito fi scal poderá ter seus bens penhorados. A ideia da Receita Federal de procurar e bloquear bens de contribuintes devedores antes mesmo de um processo judicial, se aprovada pela Câmara, pode ser barrada no Supremo Tribunal Federal (STF), considerando-se a possibilidade de inconstitucionalidade da norma. De acordo com a lei que está em vigor atualmente, só pode haver constrição de qualquer tipo de bens se houver uma ordem judicial nesse sentido. Mas o projeto de lei que está em tramitação na Câmara muda totalmente a obrigação. No entendimento de especialista em tributação, não cabe à procuradoria verifi car se existe bem ou não disponível, mas apenas a cobrança judicial.Fonte: DCI

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Revista Sindipetro I Junho 2009 I Página 3 Negócios g

Planejamento contra a crise

Primeiro passo

O planejamento da empresa ocorre a partir da defi nição do propósito do negócio, dos processos administrativos, de vendas e operações e da equipe necessária para alcançar os objetivos. “É preciso ser hábil para atingir os propósitos, com processos efi cientes e pessoas competentes”, orienta o consultor do Sebrae-SP, Reinaldo Messias.

Defi na estratégias

É hora de retomar a confi ança na economia e investir em seu negócio. A orientação é do professor de Marketing da Trevisan Escola de negócios, João Paulo Lara de Siqueira. Mas as medidas a serem tomadas devem ser planejadas pelos empreendedores.

Aumente suas vendas

O desafi o que está na cabeça de todo empresário é como vender sempre e lucrar mais. Não existem receitas prontas. O empresário deve começar com um bom banco de dados dos clientes, separando, catalogando e classifi cando cada um, a partir de seu comportamento consumidor. “Em seis meses, dedicando-se apenas meia hora por dia em conversas com seus clientes, ele terá um bom levantamento e, aí, é só planejar”, explica o consultor de Marketing do Sebrae-SP, José Carmo Vieira. Para ele, a primeira preocupação deve ser sempre a manutenção dos atuais. “É essencial, conhecer cada vez mais o cliente que você já conhece. Venda para ele. A conquista de novos será consequência.”

Não estoque dinheiro

O perfeito equilíbrio entre o volume de vendas e o valor investido é essencial para o planejamento. “A melhor maneira de o empresário saber se há giro no estoque é a análise constante.” É importante observar que todos os segmentos têm estoque, inclusive o de serviços. Nesse caso, o estoque da empresa é a competência de seus prestadores. “É comum que o empresário, em momentos de recessão, queria se desfazer dessas competências. Por outro lado, fi ca a preocupação se será possível suprir as necessidades nas situações de aumento da demanda. Agora é o momento de não pensar no lucro, mas na reserva”, comenta o consultor do Sebrae-SP Reinaldo Messias.

Invista em gente

Para ampliar vendas e fi delizar clientes não basta um produto ou serviço de primeira. É preciso preparar a equipe. O consultor José Carmo, orienta a sempre investir em treinamento de equipe, relacionamento e motivação. Segundo o professor Alexandre Moreno, coordenador do curso de extensão em Liderança Empreendedora da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Para o professor, é essencial investir nas pessoas, porque são elas que vão auxiliar o proprietário a reconstruir o negócio, ampliando as vendas.

Não abaixe a guarda

Grande parte dos empresários imagina que já cortou tudo que era supérfl uo no negócio, mas pode voltar a atenção para custos nas contas fi xas, como água e telefone. Outra forma de preparar o caixa para tempos mais promissores é manter os clientes, investindo no melhor serviço. No caso de dívidas, renegocie e fl exibilize os prazos de pagamentos.

Fonte

: Seb

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P

É essencial investir em treinamento de equipe, relacionamento e motivação.

É hora de retomar a confi ança na economia e investir em seu negócio.

O planejamento, que é importante em qualquer etapa da vida de um empreendimento, torna-se essencial nesta época de crise. Alertam os especialistas que, ao traçar metas, a empresa se torna mais competitiva.

O Sebrae divulgou em seu Jornal de Negócios pontos imprescindível para um planejamento efi ciente.

de serviços. Nesse caso, o estoque da empresa de serviços. Nesse caso, o

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Página 4 I Junho 2009 I Revista Sindipetrog Fazenda

De olho no saldo credor de ICMS

ASecretaria de Estado da Fazenda (SEF) de Santa Catarina desencadeou, em maio, a “Operação Saldo Credor”, visando a análise da legalidade da apropriação de créditos de ICMS e a regularidade

do estoque de mercadorias de todos os postos revendedores de combustíveis estabelecidos no território catarinense. A operação será realizada em razão da análise de relatório da

Declaração de Informações do ICMS e Movimento Econômico (DIME) dos contribuintes cadastrados no Comércio Varejista de Combustíveis

para Veículos Automotores – CNAE 4731800 –, que apresentam saldo credor de ICMS ou saldo devedor incompatível com a movimentação (compras e/ou vendas) de mercadorias. Isso porque, além dos combustíveis, lubrifi cantes, bebidas, cigarros e, recentemente, das autopeças, os postos revendedores também vendem diversas mercadorias que não estão sujeitas à substituição

tributária, geralmente associadas à loja de conveniências e que, portanto, devem ser tributadas normalmente quando da saída. Nas

primeiras fi scalizações que ocorreram, os auditores fi scais da SEF concluíram que estão sendo apropriados equivocadamente créditos indevidos

provenientes de aquisição de mercadorias sujeitas à substituição tributária, como gasolina, óleo diesel, álcool hidratado, cigarros, refrigerantes, cervejas, água mineral, energéticos, energia, comunicação, mercadorias para uso ou consumo e autopeças.

O auditor Fiscal da Receita Estadual, Aloísio Gesser, mentor da operação, comenta que também foi constatada compra de mercadorias com direito ao crédito do ICMS, mas que não se encontram mais em estoque, nem há o correspondente registro da venda. Diante das irregularidades comuns detectadas e, considerada a excepcionalidade possível do saldo credor, a SEF encaminhou correspondência a todos os contabilistas responsáveis pela escrita fi scal dos Postos Revendedores, possibilitando a regularização imediata da situação.

Operação Saldo Credor

Vai analisar a legalidade da apropriação de créditos de ICMS e a regularidade do estoque de mercadorias de todos os postos revendedores de combustíveis estabelecidos no território catarinense.

catarinense. A operação será realizada em razão da análise de relatório da Declaração de Informações do ICMS e Movimento Econômico (DIME)

dos contribuintes cadastrados no Comércio Varejista de Combustíveis para Veículos Automotores – CNAE 4731800 –, que apresentam

portanto, devem ser tributadas normalmente quando da saída. Nas primeiras fi scalizações que ocorreram, os auditores fi scais da SEF

concluíram que estão sendo apropriados equivocadamente créditos indevidos provenientes de aquisição de mercadorias sujeitas à substituição tributária, como gasolina, óleo diesel, álcool hidratado, cigarros, refrigerantes, cervejas, água mineral,

Page 5: Revista Sindipetro Junho 2009

Revista Sindipetro I Junho 2009 I Página 5 Fazenda g

Sugestões para prevenir notificação fiscal

O Grupo Especialista Setorial em Combustíveis e Lubrificantes, Gescol, tem acompanhado diariamente o comportamento do relatório das DIMEs, dirigindo as ações fiscais àqueles contribuintes que apresentam

indício de irregularidade e que não têm corrigido as informações. O Gescol orienta que os proprietários de Postos Revendedores solicitem aos contabilistas a análise da situação de cada estabelecimento para a regularização espontânea de eventuais irregularidades. Assim, é possível prevenir a fiscalização e emissão de Notificação Fiscal. A SEF está orientando sobre as formas de solução, pois as fiscalizações iniciam neste mês de junho, devendo estender-se até o final de 2010.

Mais informações: Receita EstadualFone: 47 [email protected].

Huélinton PicklerAuditor Fiscal

Receita Estadual

Orientação aos contabilistas

O auditor fiscal da Receita Estadual, Huélinton Pickler, recomenda aos contabilistas analisarem, com urgência, a escrituração fiscal dos últimos cinco anos dos postos revendedores sob sua responsabilidade, a fim de avaliar a propriedade dos créditos e, se for o caso, corrigir os erros e evitar Notificações Fiscais, com base nos seguintes procedimentos:

a Estornar os créditos indevidos (atuais e/ou transferidos de meses anteriores) remanescentes, efetuando a apuração regular do ICMS do mês de maio e posteriores.

a Apresentar DIMEs substitutivas relativas aos meses de janeiro a abril/2009, apurando corretamente o ICMS.

a Apresentar DIEEs relativas aos anos anteriores, apurando corretamente o ICMS, identificando somente a diferença não contabilizada nas respectivas DIMEs já entregues.

a Efetuar o recolhimento total do ICMS devido mês a mês, identificando nos DAREs os respectivos períodos de apuração, ou, preferindo, parceladamente, mediante processo.

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g Ibrac

O combate a cartéis foi tema de seminário

realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nos dias 14 e 15 de Maio, em Belo Horizonte (MG). O Sindipetro esteve lá, representado pela advogada Caroline

Carlesso, para ouvir e debater com algumas das maiores autoridades na área de defesa da concorrência. Na oportunidade, o professor João Bosco Leopoldino da Fonseca foi homenageado por seus esforços a fim de repercutir academicamente, durante mais de 50 anos, os fundamentos e a cultura do direito econômico. O professor Thomas Morgan, da George Washington University, veio dos EUA especialmente para falar sobre o reconhecimento do governo americano dos esforços brasileiros para o aperfeiçoamento do sistema de defesa da concorrência, e enalteceu nosso programa de leniência – espécie de ‘delação premiada’, que é

importante instrumento para o combate aos cartéis.O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, após detalhada explanação sobre o atual Sistema de Defesa da Concorrência do Brasil, defendeu o Projeto de Lei (PL) que promove sua reestruturação. Esse PL aguarda votação no Senado e tem ocupado as principais páginas dos jornais. Badin se referiu à Secretaria de Direito Econômico (SDE), Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) e ao Cade: “Essa estrutura é chamada pelos especialistas de triplo guichê e acaba redundando em sobreposição de pareceres e pouca racionalidade no sistema”, disse. “Isso tudo significa custo Brasil”, completou.

O combate a cartéis Seminário Internacional de Direito Econômico

e Análise Econômica do Direito – Ibrac

Página 6 I Junho 2009 I Revista Sindipetro

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Projeto de reforma no Sistema de Defesa da ConcorrênciaO Projeto de Lei de reestruturação do Sistema de

Defesa da Concorrência não tem total consenso e foi alvo de críticas de alguns dos participantes do evento. O presidente Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência (Ibrac), Mauro Grimberg, apontou várias inconstitucionalidades e conflitos jurídicos que o projeto, da forma como está, poderá suscitar. Contudo, é unânime a necessidade de reforma do atual sistema. Em seguida, durante duas horas, a diretora do Departamento de Proteção e Defesa Econômica (DPDE), do Ministério da Justiça, Ana Paula Martinez, discorreu sobre o programa brasileiro de combate aos cartéis. Ela apresentou estatísticas que apontam a revenda de combustíveis como o setor com o maior número de investigações

envolvendo cartéis (gráfico). Os cartéis, afirmou, são “um acordo horizontal, formal ou não, entre concorrentes que atuam no mesmo mercado relevante geográfico e material, que tenha por objetivo uniformizar as variáveis econômicas inerentes às suas

atividades, como preços, quantidades, condições de pagamento etc., de maneira a regular ou neutralizar a concorrência”. Portanto, dois são os elementos de identificação de formação de cartel: a existência de acordo expresso entre concorrentes, e a aptidão de tal acordo para limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência. Para ela, apenas a ameaça de sanções severas é capaz de mudar a cultura de ajuste de preços. No âmbito administrativo, as multas podem alcançar até 30% do faturamento bruto do ano anterior. Os administradores (pessoas físicas) também pagam multas. No âmbito criminal, a pena é de reclusão de 2 a 5 anos. Nos últimos tempos, demonstrou que houve grande incremento de cooperação entre autoridades administrativas e criminais. A Justiça tem autorizado inúmeros mandados para busca e apreensão de computadores e documentos, além das escutas telefônicas. Mas a defesa da concorrência é relativamente recente no país.

Cartilhas alertam sobre cartéisPara difundir a cultura da concorrência no país, o Ministério da Justiça tem trabalhado duro. Publicou uma coleção de cartilhas, que estão sendo distribuídas por todo o país, em empresas, aeroportos, restaurantes, etc. Estas cartilhas são uma ação educativa, uma ferramenta de detecção.

O que diz o CADEO princípio da livre concorrência está previsto na Constituição Federal e baseia-se no pressuposto de que a concorrência não pode ser restringida por agentes econômicos com poder de mercado. As empresas buscam a eficiência para aumentar os lucros. Isso leva a uma readequação dos preços. Assim, a livre concorrência garante, de um lado, os menores preços para os consumidores e, de outro, o estímulo à criatividade e inovação.Outros tipos de

conduta: 26%

Cartel em licitações: 8%

Cartel em outros setores: 10 %

Cartel no setor de Combustíveis: 56%

Revista Sindipetro I Junho 2009 I Página 7 Ibrac g

Page 8: Revista Sindipetro Junho 2009

Mudança da bandeira Texaco para Ipiranga segue acelerada

Com a incorporação dos postos Texaco (Chevron) ao Grupo Ultra, a Ipiranga consolida sua posição como a segunda maior distribuidora

de combustíveis no país, passando a deter 23% de participação no mercado Brasileiro, pois somou aos seus 3.200 postos no Sul e Sudeste os 2 mil postos Texaco e as 48 bases de distribuição. A aquisição foi em agosto de 2008, mas a liquidação da operação só ocorreu em abril deste ano. O diretor de Marketing da Ipiranga, Ricardo Maia (foto), falou à Revista Sindipetro sobre as expectativas para Santa Catarina, a troca de bandeira, e salienta que a Ipiranga irá “levar para os revendedores Texaco todos os benefícios do Plano de Marketing da Ipiranga”.

Passaram para o controle do Grupo Ultra cerca de 2 mil postos Texaco, 48 bases de distribuição, assim como o segmento comercial e industrial de combustíveis da Chevron no país. Quantos desses números correspondem a Santa Catarina? Qual a peculiaridade desse mercado?

Apenas em Santa Catarina, somamos à nossa rede mais de 220 postos e 35 lojas de conveniência franqueadas. Em termos de bases de distribuição, a Texaco possui dois importantes pólos no Estado: Itajaí e Biguaçu. O Estado de Santa Catarina é muito importante para a Ipiranga em virtude da representatividade da marca em todo o Estado, verifi cado não só nos quase 600 pontos de vendas, mas também na preferência

do consumidor (alto índice na pesquisa “Top of mind”).

Qual a expectativa desta aquisição já que agora o Grupo é o dono da segunda maior rede de combustíveis, atrás somente da Petrobras?

A aquisição da Texaco está sendo muito celebrada pelo Grupo por nos permitir retornar para as regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. A atuação em âmbito Nacional é fundamental para as nossas operações, principalmente nos segmentos rodoviário e no de grandes consumidores. Adicionalmente, a ampliação da escala operacional, empresarial e fi nanceira nos coloca em um novo patamar de competitividade no mercado Brasileiro, mercado este de perspectivas muito positivas. Entendemos que os ativos Texaco possuem complementaridade com os nossos, em virtude da similaridade na condução de nossos negócios. A ênfase que a Texaco dá ao relacionamento com sua rede de postos é um dos pilares de sua estratégia, o qual foi um dos fatores que contribuiu para a atratividade desta aquisição.

Como fi carão os investimentos na rede?

Já possuíamos um plano consistente de investimento em nossa rede de postos, o que pode ser comprovado pelo avanço de nossa participação de mercado ao longo dos últimos anos. Agora, disponibilizaremos este plano para esta “nova rede”. Conforme mencionei anteriormente, a aquisição da Texaco amplia a nossa escala empresarial.

A margem média de lajida (lucro antes dos impostos, juros, depreciação e amortização) dos postos Texaco fi cou em R$ 20 por m3 e da Ipiranga alcançaram R$ 50 por m3, em 2008. Que novo modelo de negócios será agregado aos postos Texaco para igualar aos níveis da Ipiranga?

Com o processo acelerado de conversão de imagem dos postos Texaco para Ipiranga, os revendedores passarão a ter os mesmos benefícios já disponíveis para a rede Ipiranga, por meio de um Plano de Marketing todo desenhado com foco no consumidor fi nal.

Como fi cará a utilização da marca Texaco aqui no Sul e qual o prazo para a rede adquirida estampar a marca Ipiranga?

Pelos termos fi rmados entre a Ultra e a Texaco, a Ultra tem o direito de utilização da marca Texaco por 3 anos nas regiões Sul e Sudeste (5 anos nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste). Entretanto, nosso planejamento prevê que toda a rede no Sul e Sudeste migre para a marca Ipiranga em, no máximo, 2 anos.

Qual será a participação do revendedor nos investimentos de conversão dos postos Texaco para Ipiranga. Em que valor esta mudança está estimada?

Neste processo, todo o investimento, cujo valor médio é de R$ 35 mil / posto, é absorvido pela Ipiranga. Em um pouco mais de um mês, tendo em vista que o desfecho da operação se deu em 1º de abril de 2009, já

convertemos 220 postos no Sul e Sudeste. Este ritmo acelerado que estamos imprimindo às conversões tem por objetivo levar para os revendedores Texaco todos os benefícios do Plano de Marketing da Ipiranga.

O Grupo também tem interesse em atrair postos Bandeira Branca?

Sem dúvida. Ao longo dos últimos anos, a transformação de postos bandeira branca em postos da rede Ipiranga tem sido um dos pilares da estratégia de expansão da Ipiranga no mercado, o que tem se mostrado bastante efi caz. Nossa experiência tem nos mostrado que existem excelentes oportunidades, não só no que diz respeito a pontos comerciais, mas, principalmente, a empresários capacitados dispostos a fi rmar uma parceria duradoura.

Em 2007, a Ipiranga registrou faturamento de R$ 19,7 bilhões. Nos seis primeiros meses de 2008, o faturamento chegou R$ 10,6 bilhões e o volume de vendas de seus produtos chegou a 5,7 milhões de m³. No ano passado, o negócio de distribuição de combustíveis Texaco teve receita de R$ 11,9 bilhões.

Página 8 I Junho 20098 I Revista Sindipetrog Capa - Ultra compra Texaco Revista Sindipetro I Junho 2009 I Página 9

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Página 8 I Junho 20098 I Revista Sindipetro Revista Sindipetro I Junho 2009 I Página 9 Capa - Ultra compra Texaco g

Mudança da bandeira Texaco para Ipiranga segue acelerada

Com a incorporação dos postos Texaco (Chevron) ao Grupo Ultra, a Ipiranga consolida sua posição como a segunda maior distribuidora

de combustíveis no país, passando a deter 23% de participação no mercado Brasileiro, pois somou aos seus 3.200 postos no Sul e Sudeste os 2 mil postos Texaco e as 48 bases de distribuição. A aquisição foi em agosto de 2008, mas a liquidação da operação só ocorreu em abril deste ano. O diretor de Marketing da Ipiranga, Ricardo Maia (foto), falou à Revista Sindipetro sobre as expectativas para Santa Catarina, a troca de bandeira, e salienta que a Ipiranga irá “levar para os revendedores Texaco todos os benefícios do Plano de Marketing da Ipiranga”.

Passaram para o controle do Grupo Ultra cerca de 2 mil postos Texaco, 48 bases de distribuição, assim como o segmento comercial e industrial de combustíveis da Chevron no país. Quantos desses números correspondem a Santa Catarina? Qual a peculiaridade desse mercado?

Apenas em Santa Catarina, somamos à nossa rede mais de 220 postos e 35 lojas de conveniência franqueadas. Em termos de bases de distribuição, a Texaco possui dois importantes pólos no Estado: Itajaí e Biguaçu. O Estado de Santa Catarina é muito importante para a Ipiranga em virtude da representatividade da marca em todo o Estado, verifi cado não só nos quase 600 pontos de vendas, mas também na preferência

do consumidor (alto índice na pesquisa “Top of mind”).

Qual a expectativa desta aquisição já que agora o Grupo é o dono da segunda maior rede de combustíveis, atrás somente da Petrobras?

A aquisição da Texaco está sendo muito celebrada pelo Grupo por nos permitir retornar para as regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. A atuação em âmbito Nacional é fundamental para as nossas operações, principalmente nos segmentos rodoviário e no de grandes consumidores. Adicionalmente, a ampliação da escala operacional, empresarial e fi nanceira nos coloca em um novo patamar de competitividade no mercado Brasileiro, mercado este de perspectivas muito positivas. Entendemos que os ativos Texaco possuem complementaridade com os nossos, em virtude da similaridade na condução de nossos negócios. A ênfase que a Texaco dá ao relacionamento com sua rede de postos é um dos pilares de sua estratégia, o qual foi um dos fatores que contribuiu para a atratividade desta aquisição.

Como fi carão os investimentos na rede?

Já possuíamos um plano consistente de investimento em nossa rede de postos, o que pode ser comprovado pelo avanço de nossa participação de mercado ao longo dos últimos anos. Agora, disponibilizaremos este plano para esta “nova rede”. Conforme mencionei anteriormente, a aquisição da Texaco amplia a nossa escala empresarial.

A margem média de lajida (lucro antes dos impostos, juros, depreciação e amortização) dos postos Texaco fi cou em R$ 20 por m3 e da Ipiranga alcançaram R$ 50 por m3, em 2008. Que novo modelo de negócios será agregado aos postos Texaco para igualar aos níveis da Ipiranga?

Com o processo acelerado de conversão de imagem dos postos Texaco para Ipiranga, os revendedores passarão a ter os mesmos benefícios já disponíveis para a rede Ipiranga, por meio de um Plano de Marketing todo desenhado com foco no consumidor fi nal.

Como fi cará a utilização da marca Texaco aqui no Sul e qual o prazo para a rede adquirida estampar a marca Ipiranga?

Pelos termos fi rmados entre a Ultra e a Texaco, a Ultra tem o direito de utilização da marca Texaco por 3 anos nas regiões Sul e Sudeste (5 anos nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste). Entretanto, nosso planejamento prevê que toda a rede no Sul e Sudeste migre para a marca Ipiranga em, no máximo, 2 anos.

Qual será a participação do revendedor nos investimentos de conversão dos postos Texaco para Ipiranga. Em que valor esta mudança está estimada?

Neste processo, todo o investimento, cujo valor médio é de R$ 35 mil / posto, é absorvido pela Ipiranga. Em um pouco mais de um mês, tendo em vista que o desfecho da operação se deu em 1º de abril de

2009, já convertemos 220 postos no Sul e Sudeste. Este ritmo acelerado que estamos imprimindo às conversões tem por objetivo levar para os revendedores Texaco todos os benefícios do Plano de Marketing da Ipiranga.

O Grupo também tem interesse em atrair postos Bandeira Branca?

Sem dúvida. Ao longo dos últimos anos, a transformação de postos bandeira branca em postos da rede Ipiranga tem sido um dos pilares da estratégia de expansão da Ipiranga no mercado, o que tem se mostrado bastante efi caz. Nossa experiência tem nos mostrado que existem excelentes oportunidades, não só no que diz respeito a pontos comerciais, mas, principalmente, a empresários capacitados dispostos a fi rmar uma parceria duradoura.

Entrevista com Ricardo Maia, diretor de Marketing da Ipiranga Também pertence ao grupo Ultra a Ultragás, maior distribuidora de GLP do país. O grupo atua ainda em outros dois setores, a química e a logística, e vem realizando importantes investimentos nessas unidades. Na área química, o Ultra está investindo R$ 650 milhões na Oxiteno, para aumentar sua capacidade de produção e ampliar o foco nesse segmento. Na logística, o Ultra adquiriu, por meio da Ultracargo, a União Terminais, por R$ 510 milhões, tornando a unidade de negócios a maior operadora de logística para granéis líquidos da América do Sul.

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Página 10 I Junho 2009 I Revista Sindipetrog Meio Ambiente

Em todos os setores, os passivos ambientais têm provocado graves impactos adversos

à saúde humana e ao meio ambiente, sendo responsáveis também por grandes valores gastos para serem remediados. A criação de leis específi cas, instalação de equipamentos de controle, criados através da Engenharia Ambiental, implantação dos Planos de Gerenciamentos de Resíduos, Monitoramento dos Controles Ambientais e, principalmente, as pequenas, mas de extrema importância, ações conhecidas como “boas práticas”, são até o momento as atividades primordiais para a prevenção e a minimização desses possíveis impactos. O conhecimento técnico e o estado das condições de instalações de funcionamento são de importância fundamental para o controle e minimização dos impactos ambientais gerados em qualquer atividade potencialmente poluidora. Em alguns casos, ocorre a existência do risco ambiental, por se tratar de instalações antigas, que utilizam tecnologias de armazenamento e controles ambientais ultrapassados, apresentando muitas vezes difi culdades para adequação ambiental.Já em outra situação, acredita-se que na maioria dos casos, principalmente nas grandes cidades, as instalações se apresentam dentro das diretrizes

e normas específi cas, com os devidos controles ambientais necessários. No Brasil, apesar de o setor de revenda de combustíveis apresentar grandes avanços em diversas áreas e controles, sabemos que o processo de conscientização ambiental e boas práticas ainda é incipiente e pode ser melhorado por partes de envolvidos. Ao manusear fontes de energia, como é o caso dos combustíveis, muitas vezes, ocorre o desconhecimento dos problemas ambientais relacionados à falta de cuidado com possíveis riscos ao ambiente e sua propagação para o entorno e dos riscos à própria saúde dos colaboradores.O Licenciamento Ambiental (LA) é um instrumento legal, que estabelece, de forma sufi ciente, a exigência de cumprimento de normas técnicas e procedimentos para que ocorra a condução de um programa ambiental adequado e seguro para o setor de revenda de combustíveis. Pode-se dizer também que o LA é um conjunto de ações efi cientes tanto para o bom funcionamento do ambiente de trabalho quanto para a segurança do meio ambiente.Já as “boas práticas” se resumem às condicionantes e ao monitoramento descritos nas Licenças Ambientais. Estas práticas não só tornam o documento válido durante seu período de vigência, como são responsáveis pelos efeitos positivos na gestão ambiental do empreendimento. A implantação das boas práticas na realização de serviços e atividades em um ambiente de trabalho são investimentos que refl etem signifi cativamente tanto na questão ambiental quanto na questão econômica para os envolvidos no setor. No decorrer do tempo, essa iniciativa é percebida pelos próprios clientes que, cada vez mais conscientes, buscam por um serviço de qualidade, juntamente com a responsabilidade sócioambiental.

Importância do Licenciamento Ambiental e das boas práticas

Foto:

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Rafael Cristiano WolterDiretor Administrativo e

Engenheiro Ambiental da AmbientEspecialista em Planejamento

e Gestão Ambiental

Page 11: Revista Sindipetro Junho 2009

Desperdício de águaA Fundema quer antecipar a vigência da proibição de uso de água potável para lavação de veículos, inclusive a água de poços artesianos. “Apenas com água reutilizada, ou da chuva, será possível lavar carros. A sociedade cobra o uso racional,” enfatizou.

Selo VerdeA respeito do Programa de Certifi cação, lançado em 2004, o presidente da Fundema comentou que será reformulado, para prestigiar o empreendedor que atende rigorosamente às exigências ambientais.

Parceria com a Fundema continua

Na manhã do dia 29 de maio, o presidente do Sindipetro, Luiz Antonio Amin, e a assessora jurídica, Caroline Carlesso, estiveram em reunião

com o presidente da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema), em Joinville, Marcos Rodolfo Schoene (centro na foto), que assumiu a pasta em janeiro. Schoene destacou o trabalho que vem sendo feito, focado na efi ciência, com mudanças estruturais, incluindo o horário de atendimento, que foi ampliado até 17 horas. A modernização também faz parte da nova gestão, com investimentos no sistema de informática e compra de carros novos. Em favor do desenvolvimento da cidade, comentou que a meta será otimizar o trâmite para agilizar os processos de licenciamento. Também já faz parte dos planos da fundação ambiental destacar equipe técnica especializada para o setor de combustíveis, troca de óleo, lavações, etc. Para o cumprimento da legislação ambiental e proteção do meio ambiente, afi rmou que o rigor será para todos, desde o pequeno ao grande, indistintamente. Amin cobrou fi scalização dos PA’s (tanques aéreos), que continuam se proliferando sem qualquer controle. A Fundema está instalando um laboratório para, inclusive, análise das águas e fl uídos das caixas separadoras e poços de monitoramento. Os recursos para a obra já foram liberados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e somam cerca de R$ 1,5 milhão. Assim, a Fundema irá periodicamente ao Posto providenciar as coletas e análises.

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g Trabalhista

A Receita Federal admitiu a não incidência do Imposto de Renda sobre a venda dos 10

dias das férias que o trabalhador tem direito. Apesar de decisões favoráveis ao trabalhador no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e de a Procuradoria Geral de Fazenda já ter desistido de recorrer de ações na Justiça sobre o assunto, muitos trabalhadores ainda vinham tendo o IR descontado. Foi publicado no Diário Ofi cial da União, em 6 de janeiro, a chamada “Solução de Divergência número 1” de 2009. O documento informa que os recursos originários da venda de 10 dias de férias não devem gerar retenção de Imposto de Renda de Pessoa Física. A receita entendia que, como não havia legislação regulando a matéria, incidia o imposto, numa prática contrária às decisões do STJ que considera a venda das férias como um abono indenizatório não cabendo a cobrança do imposto. Uma súmula do STJ estabeleceu que a venda das

férias corresponde a um abono indenizatório e, portanto, não caberia a cobrança do imposto. O tribunal julga procedente esse tipo de ação desde 1993 e entende que, por se tratar de verba indenizatória, e não de caráter de acréscimo patrimonial, o dinheiro não pode ser tributado como renda. Agora, essa medida irá unifi car o procedimento na Receita. Pela falta de uma determinação expressa sobre a cobrança do IR na venda de férias, algumas empresas fazem a retenção de recursos na fonte. Agora, será considerado que não é necessário o recolhimento do imposto. Dessa forma, as empresas só precisam informar no contracheque dos funcionários que os recursos não são tributáveis. Apesar da decisão, os trabalhadores devem fi car atentos ao holerite, pois o pagamento das férias vendidas deve vir especifi cado como isento de tributação.

Não incide IR sobre a venda de dez dias de férias

Direito ao ressarcimentoOs trabalhadores que pagaram o imposto indevidamente desde 2006 podem pedir o ressarcimento por via administrativa. A própria Receita já manifestou que aceitará o pedido de restituição. Para isso, será necessário fazer uma declaração retifi cadora do período de 2007 e de 2008. O ajuste é feito da mesma forma que o contribuinte procede quando deseja mudar alguma informação prestada na declaração anual de ajuste.

descontado. Foi publicado no Diário Ofi cial da União, em 6 de janeiro, a chamada “Solução de Divergência número 1” de 2009. O documento informa que os recursos originários da venda de 10 dias de férias não devem gerar retenção de Imposto de Renda de Pessoa Física. A receita entendia que, como não havia legislação regulando a matéria, incidia o imposto, numa prática contrária às decisões do STJ que considera a venda das férias como um abono indenizatório não cabendo a cobrança do imposto. Uma súmula do STJ estabeleceu que a venda das

Direito ao ressarcimentoOs trabalhadores que pagaram o imposto indevidamente desde 2006 podem pedir o ressarcimento por via administrativa. A própria Receita já manifestou que aceitará o pedido de restituição. Para isso, será necessário fazer uma declaração retifi cadora do período de 2007 e de 2008. O ajuste é feito da

descontado. Foi publicado no Diário Ofi cial da União, em 6 de janeiro, a chamada “Solução de Divergência número 1” de 2009. O documento informa que os recursos originários da venda de 10 dias de férias não devem gerar retenção de Imposto de Renda de Pessoa Física. A receita entendia que, como não havia legislação regulando a matéria, incidia o imposto, numa prática contrária às decisões do STJ que considera a venda das férias como um abono indenizatório não cabendo a cobrança do imposto. Uma súmula do STJ estabeleceu que a venda das

considera a venda das férias como um abono indenizatório não cabendo a cobrança do imposto. Uma súmula do STJ estabeleceu que a venda das

Direito ao ressarcimentoOs trabalhadores que pagaram o imposto indevidamente desde 2006 podem pedir o ressarcimento por via administrativa. A própria Receita já manifestou que aceitará o pedido de restituição. Para isso, será necessário fazer uma declaração retifi cadora do período de 2007 e de 2008. O ajuste é feito da

informa que os recursos originários da venda de 10 dias de férias não devem gerar retenção de Imposto de Renda de Pessoa Física. A receita entendia que, como não havia legislação regulando a matéria, incidia o imposto, numa prática contrária às decisões do STJ que considera a venda das férias como um abono

de 10 dias de férias não devem gerar retenção

Direito ao ressarcimentoOs trabalhadores que pagaram o imposto indevidamente desde 2006 podem pedir o ressarcimento por via administrativa. A própria Receita já manifestou

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Álcool combustível completa 30 anos em crescimento

Foi em maio de 1979, quatro anos depois da criação do Proalcool, programa estatal de alternativa ao petróleo, que os 16 primeiros postos começaram a receber o álcool combustível. Foi também há 30 anos

que começaram a chegar ao mercado os primeiros carros que circulavam somente a álcool. A produção no Brasil atingiu o ápice em 1986, quando mais de 90% dos carros de passeio produzidos no país utilizavam esse combustível.

Flex impulsiona utilização

Desde 2003, com a chegada do carro flex fuel, o mercado de etanol viu seu espaço crescer novamente. Os dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) indicam que, em 2008, esse tipo de veículo respondeu por nada menos do que 70% da produção de automóveis e comerciais leves, ou 2,25 milhões de carros. Em 2008, foi registrado um recorde histórico de volume e as vendas de álcool hidratado somaram 13,3 bilhões de litros, superando, pela primeira vez, as vendas do produto registradas durante o boom da década de 1980. E, mesmo com a crise, segundo a Unica, o país abrirá entre 20 e 24 usinas de produção de álcool e açúcar até o fim do ano. Atualmente, cerca de 400 unidades estão em funcionamento.

Menor margem

Os preços pagos pelo mercado mostram que a margem da revenda oscilou para baixo ao longo de 2008. No começo do ano, os postos ficavam com R$ 0,259 dos R$ 1,496 cobrados do consumidor. Ao final de 2008 este valor estava em R$ 0,256. No caso das distribuidoras, o preço médio praticado no começo do ano era de R$ 1,237 e em dezembro estava em R$ 1,257

Queda da não-conformidade:Do ponto de vista da qualidade do combustível, os dados da ANP indicam uma melhora consistente do mercado. O índice geral de não-conformidade para o combustível caiu de 12,6% em 2002 para apenas 2,3% em 2008. Fo

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g Últimas

Ação apurou denúncias de sonegação e adulteração

Quatro proprietários e gerentes de três postos de combustíveis de Porto Alegre foram detidos,

no dia 6 de maio, por agentes da Delegacia de Proteção aos Direitos do Consumidor (Decon) e da Delegacia Fazendária (Defaz), da Polícia Civil, durante a Operação Bomba Limpa, realizada no Rio Grande do Sul. A ação apurou denúncias de prática de crimes como sonegação de impostos e adulteração de combustíveis em 12 estabelecimentos de Porto Alegre. Um posto, na zona leste, foi autuado e teve o dono e a gerente detidos por sonegação de impostos, furto de energia elétrica e fraude. Segundo a delegada titular do Decon, Patrícia Sanchotene Pacheco,

as bombas do estabelecimento vendiam gasolina comprada de uma distribuidora diferente da indicada pela bandeira do posto. Além disso, no subsolo do local, foi encontrado, um cassino clandestino com 34 máquinas caça-níqueis. O responsável pelas máquinas também foi preso. Três pessoas foram presas em outros dois postos autuados na Zona Norte, por irregularidades tributárias e por não ter autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para funcionar. De acordo com o delegado titular da Defaz, Marcelo Pereira, a irregularidades foram informadas ao Procon e a ANP, que podem determinar o fechamento dos estabelecimentos.

Brasil quer parceria com a China em combustíveis renováveis

Em visita realizada à Pequim, China, o presidente Lula colocou foco nos combustíveis renováveis. Lula chegou a Pequim no dia 18 de maio para uma visita de três dias ao país. O Banco de Desenvolvimento da China assinou um acordo em fevereiro para conceder uma linha de crédito de 10 bilhões de dólares à Petrobras, em troca da concessão de 100 mil a 160 mil barris por dia de petróleo à estatal China Petroleum Corp e à Sinopec. “Se você não tem terra para produzir, mas precisa da energia, você pode financiar outros países que possam produzir para satisfazer as necessidades do seu mercado”, disse Lula à revista Caijing. Fonte: Reuters

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Revista Sindipetro I Junho 2009 I Página 15 ANP / Fecombustíveis g

Síntese de preços praticados em SCPeríodo: de 24 maio a 30 de maio de 2009

GASO

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preço ao consumidor preço distribuidoraMunicípio Médio Mínimo Máximo Médio Mínimo MáximoBlumenau CaçadorChapecóConcórdiaFlorianópolisJaraguá do SulJoinvilleMafraS. Miguel D´OesteVideiraXanxerê

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preço ao consumidor preço distribuidoraMunicípio Médio Mínimo Máximo Médio Mínimo MáximoBlumenauCaçadorChapecóConcórdiaFlorianópolisJaraguá do SulJoinvilleMafraS. Miguel D´OesteVideiraXanxerê

GASOLINA CUF 75% Gasolina A 25% Alc. Anidro(1) 75% CIDE 75% PIS/COFINS Carga ICMS Custo da Distribuição Alíquota ICMS Preço de Pauta(2)

PR 0,8166 0,1859 0,1350 0,1962 0,7290 2,0626 28% 2,6034RS 0,8346 0,2068 0,1350 0,1962 0,6497 2,0223 25% 2,5987SC 0,8283 0,1896 0,1350 0,1962 0,6500 1,9991 25% 2,6000

1 – Corresponde ao preço da usina com acréscimo de PIS/COFINS e custo do frete2 – Base de cálculo do ICMS.

DIESELUF 97% diesel 3% Biocombustível 97% CIDE 97% PIS / COFINS Carga ICMS Custo da Distribuição Alíquota ICMS Preço de Pauta(1) PR 1,3022 0,0903 0,0291 0,1436 0,2530 1,8182 12% 2,1080RS 1,3184 0,0903 0,0291 0,1436 0,2581 1,8395 12% 2,1512SC 1,3156 0,0903 0,0291 0,1436 0,2580 1,8366 12% 2,1500

1 – Base de cálculo do ICMS.

Custo Resumido Ato Cotepe no 10 de 21 de maio – DOU de 22.05.09 – Vigência desde 1o de junho de 2009

Fonte: Fecombustíveis

Sonegação álcoolDados disponíveis de mercado indicam que a taxa de sonegação no setor ainda é elevada. Quando se compara o volume de vendas das distribuidoras reunidas no Sindicom nos mercados de gasolina e álcool, percebe-se uma clara diferença de market-share. No fi nal do ano, esta diferença indicava um percentual de etanol sonegado em torno de 22%. Ou seja, 2,9 bilhões de litros, o que equivale a 97.461 carretas de 30 mil litros cheias de álcool. Para Edimário, da Petrobras Distribuidora, é preciso combater a sonegação de impostos na cadeia produtiva do combustível. Diz que a tributação poderia ser concentrada na produção de álcool, a exemplo do que é feito nas refi narias de gasolina. Fo

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2,592 2,459 2,649 2,163 2,053 2,2382,623 2,485 2,688 - - - 2,431 2,369 2,499 2,140 2,081 2,1982,603 2,490 2,720 2,152 2,110 2,2302,458 2,241 2,599 2,146 2,068 2,2102,511 2,399 2,539 2,134 2,065 2,1752,466 2,380 2,599 2,147 2,103 2,1892,543 2,490 2,670 2,181 2,147 2,2352,503 2,369 2,811 2,155 2,081 2,210 2,585 2,490 2,699 2,117 2,077 2,1862,480 2,379 2,599 2,148 2,081 2,209

1,786 1,659 1,799 1,364 1,280 1,4381,709 1,679 1,749 - - - 1,608 1,489 1,760 1,290 1,140 1,4511,786 1,590 1,890 1,348 1,232 1,4861,570 1,470 1,690 1,349 1,250 1,4861,667 1,539 1,689 1,287 1,148 1,3881,532 1,389 1,799 1,351 1,277 1,7501,707 1,670 1,760 1,368 1,335 1,4301,712 1,569 1,929 1,309 1,140 1,4231,756 1,670 1,899 1,306 1,236 1,4041,717 1,599 1,790 1,195 1,140 1,227

2,134 2,059 2,199 1,909 1,857 1,9682,153 2,029 2,260 - - - 2,167 2,059 2,248 1,901 1,841 1,9542,155 1,980 2,250 1,919 1,874 1,9722,159 2,090 2,190 1,939 1,903 1,9652,073 1,979 2,099 1,898 1,878 1,9202,147 1,999 2,190 1,928 1,852 1,9642,110 2,080 2,150 1,918 1,897 1,9732,222 2,089 2,369 1,936 1,901 1,9942,137 2,060 2,190 1,892 1,855 1,9422,152 2,049 2,239 1,910 1,873 1,973

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