Author
revista-sino-revista-dos-antigos-alunos-do-santo-inacio
View
224
Download
6
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Revista dos antigos alunos do Santo Inácio, edição de março de 2012
1 mar
o 2
012
| |
Revista dos antigos alunos do Santo IncioN
1 |
mar
o |
201
2
>Transformando pela educao: creche e pr-escola no Santa Marta
>Conhea o novo reitor do CSI
>Presidente da Firjan lembra de seus tempos de aluno
>PUC ter parceria com CSI na rea ambiental Um novo ponto
de encontroAntigos alunos ganham uma revista oficial
para manterem-se informados sobre o CSI e os trabalhos feitos por sua associao, alm, claro,
de saber mais sobre seus colegas de colgio
9912290225/2012-DR/RJMotta Lima
4 quadras poliesportivas com arquibancada para 500 alunos
Palco com 18m para atividades scio-culturais
Piscina aquecida e coberta
Espao de convivncia (com jogos como tot e ping-pong)
Campo de futebol
Ginsio
Churrasqueira
Departamento Mdico
Espaos para mltiplo uso
Estrutura de som, bebedouros, vestirios, sanitrios e equipamentos localizados prximos aos espaos onde as atividades sero realizadas
2 salas com equipamento multimdia
Aponte o leitor de QR Code de seu celular e acesse o site de onde voc estiver
CESI - Centro Esportivo Santo Incio
+fotos emwww.revistasino.com.br
3 dez
emb
ro 2
011
| |
N1 | maro | 2012
Antigos alunos mantm projeto educacional, com creche e pr-escola, no morro Santa Marta. Os planos so de crescimento e o sonho dobrar a capacidade de atendimento. Saiba como o espao funciona atualmente.pgina 12
Reitor da PUC, padre Josaf fala sobre meio ambiente. Ele parte da Campanha da Fraternidade de 2011, passa pela formao de bilogos e a conscientizao da populao e finaliza com questo nacionais, como o cdigo florestal.pgina 20
Neste perfil sobre o novo reitor do CSI possvel conhecer um pouco sobre o padre Monnerat, este jesuta nascido na Regio Serrana do Rio de Janeiro e com passagens por Belo Horizonte, Campinas e Roma. Ele foi reitor do colgio Loyola, em BH.pgina 9
O antigo aluno que virou matria nesta primeira edio da revista o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouva Vieira, formado em 1965. Ele falou de seus tempos de colgio e sobre a importncia de sua formao.pgina 6
Projeto organizado pela equipe de Formao Crist do CSI tem levado estudantes para conhecer, na prtica, questes de relevncia social. Um grupo j esteve no lixo de Gramacho e alunos se mobilizaram para ajudar catadores.pgina 20
Conselho Editorial Pe. Luiz Antonio de Arajo Monnerat, SJ; Vera Porto; Teresa Tang; e Maria Jos BezerraJornalista Responsvel Pedro Motta Lima (JP21570RJ) ([email protected])Projeto Grfico Ana Mansur ([email protected])Diagramao Daniel Tiriba ([email protected])Fotografia Rafael Wallace ([email protected])Reviso Andr Motta Lima Contato Publicitrio 21 2421 0123Produo ML+ (Motta Lima Produes e Comunicao) Tiragem 6 mil exemplaresGrfica Walprint
Fale Conosco [email protected] de antigos alunos do Colgio Santo IncioRua So Clemente 226 | CEP 22260 000Rio de Janeiro | RJTelefones (21) 2537 8646 | Fax (21) 2266 5367
Anuncie na Sino (21) 2421-0123
Revista dos antigos alunos do Santo Incio
4 mar
o 2
012
| |
ed
ito
ri
al
A SINO nasce com a inteno de manter o antigo aluno em contato com seus colegas e com o colgio. Mas vai alm. A revista, que ser bimestral, quer oferecer um material de qualidade, com matrias sobre temas atuais e informaes sobre o CSI, para que mesmo fora do colgio saibamos o que acontece dentro da escola. Alm disso, vamos abrir espao para perfis e opinies de ex-alunos, que a razo de nossa existncia. E tudo isso ser feito de forma autossustentvel, para usarmos uma palavra que est na moda (merecidamente, diga-se de passagem). A revista no pretende gerar custos para a associao dos antigos alunos, mesmo mantendo a poltica de entregar o material gratuitamente na casa de todos aqueles que esto cadastrados (por sinal, no deixem de fazer o novo cadastro e de indicar o site para seus colegas: www.santoinacio-rio.com.br/exaluno.html.Por isso, vamos abrir espao para anncios e queremos contar com o apoio e a parceria de empresas que queiram divulgar seus produtos e servios entre os ex-alunos do CSI. Com a receita obtida esperamos,alm de cobrir todos os custos da Sino, ampliar os projetos sociais da Asia. Ou seja, o anunciante, alm de fazer divulgao tambm investe em responsabilidade social. Por sinal, o mais antigo projeto social da associao, a creche no Santa Marta, ter, no por acaso, um destaque especial nesta primeira edio.A publicao ser bimestral e as sugestes sempre sero muito bem recebidas. J antecipamos que vamos mostrar todos os trabalhos sociais da associao, como uma prestao de contas. Afinal, queremos que todos colaborem e a transparncia fundamental para obtermos a confiana de vocs.Espero que vocs gostem.
Pedro Motta Lima (94)[email protected]
Uma revista e vrias intenes
A Sino sua: participeEnvie histrias, fotos e informaes e ajude a
manter viva a memria dos antigos alunos
[email protected] | facebook.com/RevistaSino
divulgao CSI
5 mar
o 2
012
| |
ba
da
la
da
s
compro livrosAv. Rio Branco, 185 / Loja 10 - Centro
(21) 2215 3528
Compra e venda de livros e CDs usados
Vestibular comunitrio faz a diferena e ganha prmio do jornal O Globo
O curso de pr-vestibular comunitrio InVest, que nasceu dentro do CSI, pelas mos do antigo aluno Fbio Campos (96), ganhou
o prmio Faz Diferena, do Jornal O Globo, na categoria Pas. Todo feito por voluntrios, o curso voltado para alunos de
baixa renda do Rio de Janeiro. Fundado em janeiro de 1998, o InVest entra no 15 ano de funcionamento tendo recebido mais
de 1.500 alunos, sendo que aproximadamente 200 conseguiram vagas nas melhores universidades do Rio de Janeiro, tanto
pblicas quanto privadas. Atualmente o curso oferece 150 vagas por ano. possvel obter mais informaes sobre o curso no
endereo http://cursoinvest.wordpress.com, onde interessados podem inscrever-se como voluntrios em diversas funes, como:
administrao, aulas, monitorias, orientao vocacional, preparao de material didtica e psicologia, por exemplo.
6 mar
o 2
012
| |
ex
-a
lu
no
Nos ltimos tempos tm sido constantes as aparies na mdia do atual presidente da Federao das Indstrias do Rio
de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugnio Gouva Vieira (65). Por vezes ele surge para defender os interesses de sua categoria nada mais normal para o cargo que ocupa , mas muitas outras vezes o empresrio vem a pblico para falar de coisas como cursos profissionais em reas pacificadas da cidade ou investimentos em cultura, como a recente compra pelo Sistema Firjan do casaro da famlia Guinle Paula Machado (em frente Igreja do CSI) para a criao de um polo de indstria criativa. Sempre atitudes que procuram fazer com que o Rio de Janeiro aumente sua relevncia no cenrio nacional e internacional.A explicao para estes atos tem um vis bastante racional no existe empresa de sucesso em uma sociedade esgarada , mas no surpreende aqueles que conhecem este morador do bairro do Humait e antigo aluno do CSI. A educao jesuta me ensinou com clareza a necessidade do bom combate, que a luta maior, mais nobre, que deixa de lado um pouco o pessoal pelo coletivo. Por mais que o sujeito no tenha f, no h como no ter esta influncia, afirma Eduardo Eugnio, que mantm contato com seus colegas de turma. Pelo menos uma vez por ano, em dezembro, nos encontramos. Tenho um colega, o Eduardo Motta May, que organiza os encontros. Assim mantemos viva a chama, contou.
Dividindo para crescerEduardo Eugnio usa o que aprendeu
no colgio para pautar sua atuao
divulg
ao
Firja
n EX-ALUNO EM DESTAQUE
7 mar
o 2
012
| |
Durante a conversa com a equipe da
SINO, Eduardo Eugnio lembrou de uma
srie de histrias de sua poca de aluno
do colgio, quando apenas meninos eram
aceitos pelo CSI. Engraado, os meus
amigos, at hoje, so os do colgio, no
da universidade. No sei se assim com
todo mundo, afirmou ele, que filho de
um antigo aluno e teve filhos estudando
no CSI, assim como irmos. Segundo Edu-
ardo, os tempos de colgio eram muito
divertidos. O teatro era muito bonito e
sempre passavam filmes de noite. Lembro
que o (Arnaldo) Jabor j era o organizador.
Eu saa da minha casa, de bonde, e ia ver.
Quando tinha alguma cena mais quente
tinha um padre que tocava um sino e a luz
se apagava, diverte-se.
Eduardo Eugnio ainda lembra de
sua fase como colaborador da revista
A Vitria Colegial. Era uma publicao
interna sobre esportes, excurses e pas-
seios feitos pelos alunos. Mas o melhor
de tudo que, por ser colaborador, eu
tinha uma espcie de passe livre para
circular pelos corredores at mesmo nos
horrios de aula, recorda-se. Por sinal,
alguns dos professores continuam con-
vivendo com os alunos de sua turma. O
Mota, professor de fsica, ia s nossas
reunies, conta ele, que j teve scios
colegas de colgio. Eu achava mais f-
cil. Por mais que tivssemos diferenas,
eu sabia o que eles tinham aprendido
na escola. Sempre h algo em comum,
acredita, antes de lembrar das condeco-
raes para os bons alunos. Era uma
espcie de hierarquia. O mximo que
consegui foi ser lorde, que era o ttulo
mais rasteiro. Tinha imperador, prncipe,
duque e conde. O pessoal da famlia
Gadelha era sem-
pre imperador.
Tinham uns caras
que eram feras.
A religio tam-
bm sempre es-
teve presente em
sua vida. Meu pai
tinha amigos jesu-
tas que frequen-
tavam a nossa
casa. At hoje sei
identificar quando
o padre jesuta,
lembra-se. No co-
lgio, toda sexta-
feira era dia de se confessar. Tinha fila
de gente para os padres mais avanados,
que eram mais populares entre os alunos.
Lembro-me que o padre Leme Lopes era
o mais popular. Ele era muito preparado,
liberal, mas tinha mania de Carlos Lacer-
da (nota do editor: jornalista e poltico,
foi governador do estado da Guanabara.
Inicialmente ligado ao movimento comu-
nista, rompeu com esta corrente ideolgi-
ca e se tornou uma das principais vozes
conservadoras do Brasil), conta. E no
eram poucos os padres professores. A
convivncia com eles era tima. Lembro
do padre Faria, que foi prefeito da escola
e era excelente, e do padre Angelim, que
depois at largou a batina. Os retiros na
Casa da Gvea tambm foram lembrados
pelo presidente da Firjan. Eram trs dias
de muito silncio e reflexo. Para conver-
sarmos, usvamos os canos das pias que
ficavam nos quartos. O contato com os
jesutas continuou, mesmo depois de ter
sado do colgio. Fiquei muito ligado ao
padre Luis Fernando Klein. Ns trocamos
e-mails, disse.
Como qualquer colgio, principalmen-
te os frequentados apenas por meninos,
volta e meia havia algum desentendimen-
to. A esquina das ruas Mariana com So
Clemente era o ponto das brigas. Quando
algum se desentendia soltava logo um
te pego na Mariana, conta, rindo. Mas,
por acaso, esta esquina voltou ao dia a dia
deste ex- aluno. Vamos re-
formar o casaro da famlia
Guinle Paula Machado para
instalar um polo de refe-
rncia para a indstria cria-
tiva do Rio de Janeiro, que
engloba cinema, teatro,
televiso, moda, design,
computao... E espero que
o espao seja bastante fre-
quentado pelos alunos do
Santo Incio, contou Edu-
ardo Eugnio.
Esta casa tem muita
relao com o colgio, pois
dona Celina, a proprietria,
que era amiga de minha me, frequenta-
va bastante a igreja do Santo Incio e foi
responsvel pela construo da capela da
Congregao Mariana, que fica logo ao
lado. Quando entrei na casa recentemen-
No existe empresa
de sucesso em uma
sociedade esgarada
Dividindo para crescerEduardo Eugnio foi colaborador da revista A Vitria Colgial, que circulava internamente, no CSI. Abaixo ele participa da tradicional foto de turma
8 mar
o 2
012
| |
te, por conta da compra pela Firjan, pude
ver o que estava escrito no topo da igreja
do colgio, contou. O palacete em estilo
renascentista francs tem 1,5 mil m de
rea construda em um terreno de 8 mil
m e foi comprado em 29 de abril do ano
passado por R$ 11 milhes pelo Sistema
Firjan. O local ter um moderno teatro,
salas de aulas e rea para exposies. A
expectativa era de que as obras durassem
18 meses. Para contrastar com o esti-
lo clssico da casa, vamos construir um
prdio bem moderno ao lado, anunciou
Eduardo Eugnio.
E este no o nico investimento dire-
cionado por ele para o entorno do colgio.
Na comunidade do Santa Marta, a Firjan
se faz presente com aulas de vlei, cursos
de educao oramentria e informtica,
ginstica e aulas de teatro para a terceira
idade. Tambm so feitas excurses a te-
atros do Sistema Firjan, que inclui Sesi e
Senai, com as crianas da comunidade. E
o investimento continua, pois est no pla-
nejamento da instituio a instalao do
projeto Indstria do Conhecimento, um
espao multimeios com acesso gratuito
informao em diferentes mdias, como li-
vros, peridicos, gibis, CDs e DVDs, alm
de acesso internet e inmeras atividades
de leitura, lazer e cidadania. Estamos to-
talmente engajados para transformar as
vidas, principalmente dos jovens, em todas
as esferas da nossa competncia, na ques-
to da educao, do reforo escolar, do
esporte, da sade e da cultura. Isso fun-
damental para se viver. fundamental para
a cidadania, afirma Eduardo Eugnio.
O palacete que fica em frente ao colgio vai se transformar em um complexo com teatro, salas de aula e espao para exposio
divulgao Firjan
Arquitetura, Matemtica, Fsica ou o sacerdcio? Como boa parte dos jovens, o Reitor do Colgio Santo Incio, padre Luiz Antonio de Arajo Monnerat custou a reconhecer que sua vocao principal era a religiosa. O chamado aconteceu em fins da dcada de 1970, aos 26 anos, quando a proximidade com os jesutas do Colgio Anchieta, em Nova Friburgo, onde era professor, o levaram a perceber que deveria se entregar ao sacerdcio.
pe
rf
il
colgiosPadre Monnerat
tem o primeiro contato com jesutas em colgio de Nova
Friburgo, Regio Serrana do Rio
Histriapormarcada
10
mar
o 2
012
| |
Uma entrega qual chegou a esboar
alguma resistncia, reconhece. Quase de-
sistiu de uma entrevista para o noviciado
da companhia de Jesus, marcada para o
feriado de 7 de setembro, em Itaici, So
Paulo, porque pretendia acampar no Rio
de Janeiro. Um amigo lhe deu uma bron-
ca vocacional, lembra: Ele disse que eu
precisava pensar direito sobre meu futu-
ro. Durante a noite, ento, Monnerat
foi at a capela do Colgio Anchieta, na
esperana de que Deus lhe falasse cla-
ramente. Fiquei um tempo ali e nada.
Comecei ajoelhado, sentei, deitei e nada!
Deus no abria a boca! Por fim, abri um
livro de santos que ficava sempre ali, na
estante. Lembro-me que era dia 20 de
agosto, dia de So Bernardo. O texto dizia
mais ou menos o seguinte: por que me
resiste? Desposa-me. Aquilo me tocou
profundamente e me deu uma certeza in-
terior de que o Senhor me chamava.
Chamado percebido, ele seguiu para
o acampamento com os alunos em Ar-
raial do Cabo. Chovia muito e, na Praia
Grande, apesar do mar agitado, fui nadar.
Depois de um tempo, no conseguia mais
voltar. Deixava o corpo afundar, tocava o
p no cho e emergia. Pedi ajuda, mas con-
segui sair sozinho. Foi um susto terrvel,
conta. Salvar-se do afogamento reforou
a deciso j tomada, mesmo sem o apoio
integral da famlia. A me no gostou, as
irms imaginaram que ele desistiria. O pai,
mais religioso, aceitou plenamente a esco-
lha deste fluminense de Cordeiro, cidade
na Regio Serrana do Rio de Janeiro, que
assumiu a reitoria do Santo Incio no pri-
meiro semestre deste ano.
A vida eclesistica o levou a frequen-
tes mudanas. A adaptao a diferentes
locais alterou um pouco seu sotaque,
que lembra a fala dos mineiros. Afinal,
ele passou cerca de onze anos em Belo
Horizonte, teve diversas atribuies
dentro da Companhia de Jesus at, em
2009, surgir o convite para ser reitor do
Colgio Loyola. Foi minha volta aos co-
lgios. No esperava isto para a minha
vida. Quando entrei na Companhia de
Jesus queria trabalhar com ndios. Depois
quis ser padre operrio, por influncia da
Teologia da Libertao, afirma, sem, no
entanto, lamentar os caminhos trilhados:
Tive experincias riqussimas em todos
os lugares por onde passei.
O professor
Nascido em uma famlia catlica,
nico filho homem ao lado de sete ir-
ms, o reitor do CSI recebeu seus pri-
meiros ensinamentos em uma escola
protestante, o Cefel, em Nova Friburgo.
Enquanto estudava, trabalhava como
office boy em uma fbrica de platina-
dos da cidade. Concluiu os estudos em
Niteri, onde pretendia seguir Arqui-
tetura, desejo enfraquecido depois de
trabalhar em um escritrio, colaboran-
do no desenho de projetos.
Descobri as restries criatividade
do arquiteto, quando eu sonhava em ser
um Niemeyer na vida. Decidiu, ento,
prestar vestibular para Fsica, porque a
curiosidade o levava a imaginar desven-
dar os segredos da natureza. Um ano
aps iniciar o curso, trancou a matrcula e
retornou a Cordeiro. A me passava por
srias dificuldades financeiras na peque-
na confeco que dirigia. O pai, que fica-
ra cego quando Luiz Antonio tinha doze
anos, era aposentado por invalidez. Fui
ajudar no sustento da casa, recorda.
Os estudos ficaram em segundo pla-
no at que uma namorada, estudante de
Histria, conseguiu-lhe uma vaga como
professor de Fsica na rede pblica. Para
ser contratado eu precisava estar cur-
sando uma faculdade. Comecei, ento,
meu curso de Matemtica em Friburgo.
Nessa poca, Monnerat fez amizade com
o padre da parquia de Cordeiro. Foi o
primeiro momento em que pensei em ser
padre, embora, desde criana cultivasse
planos de casar e ter muitos filhos. J ha-
via at desenhado a planta da casa onde
iria viver com minha famlia, conta.
Em 1975, recusou o convite para le-
cionar no Colgio Anchieta, em Friburgo.
No me considerava preparado para o
Anchieta, que estava no topo das insti-
tuies de ensino da regio, explica. No
ano seguinte, aceitou dar aulas de Mate-
mtica para a 5 srie. Em 1977, passou
a coordenar a 7 e a 8 sries.
Em Roma, com seus colegas de turma da Faculdade Gregoriana
Dando a comunho durante sua ordenao como padre, em Cordeiro, sua cidade natal
Fotos: lbum de fam
lia
11
mar
o 2
012
| |
A formao para o sacerdcio
As interrupes nos estudos foram
uma constante na vida de Luiz Antonio
Monnerat. Ao decidir abraar o sacer-
dcio, ele trancou a faculdade no ltimo
perodo de Matemtica, seguindo para
o Noviciado dos jesutas, em Campinas,
So Paulo. Depois de um ano, interrom-
peu o noviciado para concluir Matem-
tica. Em 1980, foi fazer o Juniorado em
Joo Pessoa, vivendo em Bayeus, na pe-
riferia da capital paraibana.
Estvamos sempre em contato com a
populao mais pobre, principalmente na
cidade Cruz do Esprito Santo. Havia muitos
trabalhos de conscientizao, inspirados na
Teologia da Libertao. Era uma rea de
muitos usineiros. Na poca, nos posicio-
nvamos contra o Incra, que queria tirar
o pessoal da terra. Foi um perodo muito
interessante. O bispo de l era Dom Pel,
bastante sensibilizado com a situao dos
mais pobres e oprimidos, conta.
A prxima parada foi em Belo Hori-
zonte, onde comeou a estudar filoso-
fia e fez pastoral no bairro de Lindeia,
seguindo, ento para So Paulo, onde
cursou trs meses de Magistrio. De l,
transferiu-se para Roma a fim de estudar
Teologia na Faculdade Gregoriana. Trs
anos mais tarde, retornou ao Brasil para
fazer mestrado em Belo Horizonte, de-
pois de ordenar-se, em 18 de dezembro
de 1988, em sua cidade natal. Nessa
poca minha me j tinha se acostuma-
do com minha deciso e estava bastante
orgulhosa do filho, diverte-se.
De mestre de novios a diretor de colgio
A primeira misso seria como mes-
tre de novios em Campinas. J sabia
da minha destinao, ento direcionei
o mestrado para a rea da espiritua-
lidade, em 1989. O tema, Uma nova
leitura das experincias e provas do no-
viciado, ajudou bastante no desem-
penho da funo. Antes de fixar-se
em Campinas, no entanto, devia cum-
prir algumas etapas de formao. Eu
precisava me tornar um jesuta pro-
fesso. Era a minha terceira provao,
uma espcie de segundo noviciado.
Viajou para Salamanca, na Espanha, e
passou sete meses estudando.
Em Campinas tinha como principal
atribuio introduzir os jovens vocaciona-
dos na vida religiosa da Companhia, o que
fez at 2005, quando tirou um semestre
sabtico em Roma para estudar temas
de interesse pessoal. Na volta ao Brasil,
a experincia de dirigir o Colgio Loyola o
creditou a assumir o Santo Incio, a con-
vite do antigo reitor, padre Mieczyslaw
Smyda - que acabara de tornar-se provin-
cial da Companhia de Jesus. O volume de
trabalho no o assustou. Nem tive tempo
de sentir medo. So 4.300 alunos, trs tur-
nos de aulas, da manh at a noite. Mas
sabia que contaria com uma equipe de ex-
celncia, desde os professores a todos os
demais colaboradores, diz.
A preocupao com a preservao
e proteo ao meio ambiente o levou a
determinar que o Santo Incio se inte-
gre em um grande projeto de sustenta-
bilidade. Acho que minha grande con-
tribuio, alm de manter a qualidade
acadmica do Colgio, ser a de tornar
o Santo Incio mais verde, afirma.
As primeiras medidas j esto sendo
traadas.Em reunio com o Padre Jo-
saf (reitor da PUC-Rio), comeamos a
pensar em montar uma grande parceria.
Ainda estamos conversando para ver o
que faremos, mas o importante que
existe a vontade de ambos os lados. A
adequao do colgio s boas prticas
ambientais ser nosso grande desafio,
adianta o Reitor do Santo Incio, que,
nas (poucas) horas vagas aproveita para
ler, assistir a filmes e planejar viagens
de lazer. Entre os destinos, Cordeiro,
para longas caminhadas e o reencontro
com a famlia.
Cumprimentando o Papa Joo Paulo II durante a visita anual feita pelos papas Igreja de Santo Incio, em Roma
Discursando durante uma cerimnia de formatura de alunos do Colgio Anchieta, em Nova Friburgo
12
mar
o 2
012
| |
H quase 32 anos,
um prdio no p do
morro Dona Marta
o porto seguro
para muitas crianas daquela
comunidade. E no s das
crianas, pois os pais sabem
que quando deixam seus
filhos na porta daquele edifcio
eles sero bem cuidados e
que, quando forem busc-
los, encontraro, a cada dia,
crianas mais bem educadas e
preparadas para buscar uma
vida melhor. Eu estudei aqui
e isto foi muito importante
para a minha formao. Hoje
em dia trabalho na pr-
escola e meus dois filhos j
passaram por estas salas e
foram para colgios da rede
pblica, mas vm para c
fazer reforo escolar. Fico
tranquila quando eles entram
neste prdio, pois sei quem
est cuidando deles, explica
Rose de Carvalho, 33 anos.
Ela uma das funcionrias
da ASIA responsvel pela
limpeza do edifcio que abriga
a Unidade de Atendimento
ao Pr-Escolar (Unape), ou
simplesmente a creche do
Santa Marta, como o local
era conhecido pela maioria
dos alunos do CSI.
grandeAssociao planeja reformar o prdio que
abriga a pr-escola e sonha em levar ensino fundamental para o Santa Marta
Alunos da Creche Santa Marta preparados para o almoo, uma das refeies oferecidas s crianas
Fotos: Rafael Wallace
Quero serAO SOCIAL DA ASIA
13
mar
o 2
012
| |
O que muitos no sabiam - e talvez
no saibam at hoje - que o espao
sedia uma pr-escola para 120 meninos
e meninas entre 2 e 5 anos e um Cen-
tro Complementar de Estudos (CCE),
direcionado aos alunos de 5 a 10 anos,
que atende outras 120 crianas, sempre
no contraturno de suas aulas do nvel
fundamental a maioria deles em es-
colas da rede pblica das redondezas.
Alm disso, uma outra edificao, esta
um pouco mais adiante, perto da en-
trada da estao do plano inclinado do
morro, sedia uma creche para 57 bebs
de 4 meses a dois anos de idade. Para
manter esta estrutura, a ASIA possui
60 profissionais com carteira assinada
e alguns voluntrios. So professores,
pedagogos, assistentes sociais, psic-
logos, auxiliares de creche, faxineiros,
porteiro, cozinheiros e auxiliares de
cozinha, que diariamente, das 8h s
17h, cuidam das crianas, que, alm de
educao, recebem carinho, ateno,
cuidados e alimentao, com direito a
caf da manh, lanche, almoo, outro
lanche e jantar.
Mas nem sempre as coisas funcio-
naram desta forma. Claudete Veiga
sabe bem disso: so 30 anos entrando
e saindo do mesmo prdio. No incio,
como auxiliar de turma. Hoje em dia,
como assistente administrativa. Eu era
baby sitter na escola Edem quando fui
chamada para trabalhar aqui, contou,
citando a pedagoga Maria Lcia Lara,
que at hoje ainda est na Unape, como
autora do convite. As coisas mudaram
muito ao longo desses 30 anos. No in-
cio, cuidvamos das crianas, com es-
pecial ateno na questo da higiene e
alimentao. Cuidvamos das feridas. A
estrutura, principalmente a questo do
saneamento bsico, era muito precria
na comunidade. Hoje em dia, a ques-
to pedaggica muito mais forte. Fico
muito orgulhosa quando vejo as crianas
crescerem e se formarem. um prazer
muito grande, emociona-se.
E tudo comeou com as mes da
comunidade pedindo um espao para
deixar seus filhos maiores de dois anos
enquanto estavam trabalhando em ca-
sas de famlia, como empregadas do-
msticas. Naquele ano, a ASIA tinha
conseguido uma boa arrecadao na
Fesoi (Feira de Solidariedade Inaciana,
realizada anualmente) e com a rifa.
A instituio resolveu, ento, que ti-
nha flego para abrir mais uma frente
de trabalho social. Foi at a reunio
de moradores e perguntou o que eles
queriam, conta Maria Lcia Lara, que
est no projeto desde o seu incio, no
dia 1 de setembro de 1980. O nome
foi escolhido pela presidente da Organi-
Asia adquiriu o prdio da Ponsa e agora planeja uma ampla reforma no imvel, que j comeou (no detalhe, nova fachada). O objetivo receber mais crianas
14
mar
o 2
012
| |
zao Mundial de Educao Pr-escolar
(Omep), Maria Olmpia da Silveira, que
prestou consultoria para a montagem
do projeto, recorda-se.
O projeto deu muito certo. E qua-
tro anos depois, com a pr-escola j
consolidada, a ASIA conseguiu montar,
em imvel prprio, a Casa Santa Marta,
para abrigar crianas menores de dois
anos. As mes estavam satisfeitas com
a Unape e queriam voltar a trabalhar o
quanto antes. A veio o pedido para se
criar a creche, conta Maria Lcia, que
nestes 31 anos manteve-se trabalhando
tambm em creches particulares, o que
lhe permite avaliar os servios prestados
para a comunidade do Santa Marta.
No sinto diferena entre as crianas.
E aqui, por conta do apoio da ASIA,
temos condies de oferecer um servi-
o de mesmo nvel. Alm disso, temos
uma parceria muito boa com os pais,
que sempre esto presentes na reunio
e tm voz ativa. Isto, muitas vezes, no
acontece em creches particulares consi-
deradas de alto nvel, conta.
A pedagoga, no entanto, diz que a
grande diferena est na formao cul-
tural e nas oportunidades. O acesso ao
teatro, ao cinema ou a uma exposio
faz muita diferena na formao das
crianas. Por isso, sempre fazemos pas-
seios com nossas crianas. Mesmo que
elas no estejam a cada final de semana
vendo um espetculo, importante que
conheam, saibam como . O atendi-
mento mdico ou psicolgico outro
problema enfrentado pelas crianas e
suas famlias. Ns tentamos minimizar
isto com o servio do ambulatrio So
Luiz Gonzaga, da ASIA, mas a criana
ter acesso imediato a um fonoaudilo-
go, quando precisa, ou a um terapeuta,
tambm faz diferena, afirma.
O ambiente de paz mudou muito
desde 2008, quando a comunidade re-
cebeu a primeira Unidade de Polcia Pa-
cificadora (UPP) do Estado. At ento,
as crianas eram obrigadas a conviver
com traficantes armados circulando li-
vremente pela comunidade. Mas eles
sempre respeitaram demais este espao.
No s os prdios, como as pessoas que
vinham fazer doaes ou trabalhos vo-
luntrios. Agora, inegvel que houve
melhora. As crianas esto muito mais
tranquilas, dormem melhor, conta
Claudete. No foi apenas no sono dos
alunos que a UPP influenciou: o nme-
ro de voluntrios aumentou depois da
instalao da unidade, em 2008. Os
voluntrios so muito bem-vindos, mas
tem que haver comprometimento, pois
passamos a contar com aquela pessoa.
Os interessados podem fazer contato
pelo seguinte telefone: 2286-5748,
explica Claudete.
Segundo Maria Lcia, a manuten-
o dos voluntrios tambm sempre foi
um grande desafio de quem trabalha
na Unape. Mant-los motivados no
uma tarefa simples. Temos o cuidado
de fazer com que as pessoas sintam-se
parte do nosso projeto pedaggico. E
acho que tem dado certo, pois h se-
nhoras que esto conosco desde o
incio, conta. Quem no tiver tempo
para ser voluntrio tem outras formas
Alunos da pr-escola se divertem com as professoras. Estavam todos vendo um filme infantil antes de fazer a foto
15
mar
o 2
012
| |
de contribuir. Entre elas est a entrega
de livros para a biblioteca ou a contri-
buio financeira, que pode ser feita
atravs de depsito na conta 17996-5
da agncia 2781-2 do banco Bradesco.
Outra opo se tornar scio da
ASIA e contribuir mensalmente com a
associao. Para isso basta mandar um
e-mail para [email protected] com
nome completo, endereo e o valor
com que deseja ajudar. Um boleto de
cobrana ser enviado todo ms. Hoje
em dia conseguimos manter este servio
porque trabalhamos em vrias frentes.
A prefeitura nos repassa um valor para
cada criana de at 3 anos e 11 meses e,
anualmente, apresentamos um projeto
para a Associao Nbrega de Educao
e Assistncia Social (Aneas), que liga-
da aos jesutas, para o pagamento dos
professores, explica Maria Jos Bezerra,
vice-presidente da ASIA.
A associao tem conseguido man-
ter os servios j existentes. A nova
meta, no entanto, reformar o velho
prdio que fica ao p do morro. E para
isto ser importante ampliar a arrecada-
o. Como recentemente a associao
incorporou a Pequena Obra de Nossa
Senhora Auxiliadora (Ponsa), que era
dona do imvel e cedia o quarto andar
e o terrao para a Asia, enquanto man-
tinha cursos de reforo escolar e pr-es-
cola nos outros pisos, a organizao dos
antigos alunos do Santo Incio passou
a ser responsvel por todo o prdio.
H um grande desafio pela frente.
Queremos reformar as salas e toda a
estrutura do imvel, alm de unificar as
cozinhas, pois cada instituio tinha a
sua. O refeitrio tambm ser bastante
ampliado. Enfim, nosso objetivo ofe-
recer s crianas da Unape o mesmo
que tm os alunos do Santo Incio,
diz Maria Jos, j antecipando o prxi-
mo sonho. Desejamos muito dobrar a
nossa capacidade de atendimento.
O responsvel pelos servios gerais
da Unape, Erico Robson do Amaral, ou
Dida, de 30 anos, foi outro funcionrio
que tambm frequentou o prdio como
aluno. Fiz a creche aqui e depois fui para
a escola pblica. Parei na antiga 4 srie
e, aos 17 anos, voltei a estudar no su-
pletivo. claro que a Unape influenciou
demais na minha deciso. Quem passa
por aqui tem uma histria, diz orgulho-
so, antes de lembrar que a irm tambm
estudou naquele mesmo prdio que hoje
em dia ajuda a cuidar. Todas as mes
queriam que seus filhos viessem para c.
Eu posso dizer que 90% das pessoas da
minha gerao no se envolveram com
o trfico de drogas por causa da Unape.
Os professores sempre foram excelentes
e ajudavam a colocar a cabea das crian-
as no lugar. Posso at deixar de traba-
lhar aqui um dia, mas a Unape sempre
ter um lugar no meu corao.
Claudete Veiga est h 30 anos na Unape, onde entrou como auxiliar. Hoje responsvel pela rea administrativa
Um campinho de futebol no terrao do prdio faz a alegria das crianas. No local h brinquedos e rea livre para banhos de mangueira
Os corredores ficam tomados por mochilas e trabalhos feitos pelas crianas atendidas pela Unape
16
mar
o 2
012
| |
Dedicao total sem perder a motivao
No difcil saber quem a pedagoga Maria
Lcia Lara quando se faz uma visita Casa Santa
Marta ou Unape. Ela aquela que est com uma
faixa na cabea e um largo sorriso no rosto. Mes-
mo aps 31 anos subindo e descendo as ladeiras
da comunidade, esta jovem de 61 anos, nica fun-
cionria que est no projeto desde a sua criao,
ainda tem a empolgao de uma recm-formada
ao falar sobre o projeto social mais antigo da ASIA.
Quando comeamos, o quadro era to complexo
que os vermes, literalmente, saltavam pela boca
das crianas. Era impossvel no ter 80% do nosso
olhar para estas questes, deixando a pedagogia
em segundo plano. Eram doenas de pele, como
sarna, vermes e diarreia. O ambulatrio da comu-
nidade vivia cheio, lembra.
Isso tudo era reflexo da situao precria da
comunidade, no que se refere a infraestrutura. A
maioria das casas era de madeira, sem banheiro. O saneamento no existia. O esgoto
fazia parte do cenrio, ali, a cu aberto. Durante os primeiros cinco anos a nossa
mo de obra foi leiga, na sua maioria composta por pessoas da comunidade, que
foram sendo formadas com a prtica. A ASIA subsidiou a formao das pessoas,
conta, antes de lembrar como foi difcil fazer com que as mulheres tivessem uma ati-
tude profissional dentro da pr-escola. Muitas vezes as professoras eram tias, mes
ou madrinhas das crianas que estavam cuidando. Mas o tratamento no podia ser
o mesmo. Elas no estavam em casa. O treinamento inclua a mudana de vocabu-
lrio e passava pela roupa que deveriam usar. Formar este pessoal foi um grande
desafio. Mas valeu a pena, acredita.
No foram poucos os casos que a marcaram nestes quase 32 anos, mas um em
particular a emociona mais. Teve uma criana que eu quis adotar, cuidar. Foi l no
incio do projeto. Era um menino, filho de pais alcolatras, que apanhava muito.
Uma vez ele chegou aqui com a marca de uma cintada no rosto. Infelizmente ns o
perdemos, pois ele entrou para o trfico e morreu. Aprendi que temos que ser sen-
sveis a tudo que acontece, mas no possvel levar todas estas crianas para casa,
diz, ainda num tom de lamentao, mesmo tantos anos depois. Desde ento ela diz
procurar o interruptor que h em cada pessoa. Temos que manter a luz de cada
ser humano acessa, para que ele se mantenha no rumo e motivado.
Mas tambm no so poucos os casos de vitria. Atualmente temos entre os
voluntrios uma menina que foi daqui, depois entrou para o Santo Incio, se formou,
completou o nvel superior, faz ps graduao e voltou para nos ajudar. filha do
verdureiro que tem uma barraca aqui ao lado, conta, sem esconder o orgulho. Fico
especialmente feliz quando vejo meus netos entrando aqui, diz ela, se referindo
aos filhos das crianas que passaram pelas salas da Unape ou da creche. E pelo jeito,
pode ser que ainda veja alguns bisnetos, pois a aposentadoria no passa por sua
cabea. Enquanto meu corpo permitir eu vou continuar. Sou privilegiada, pois esco-
lhi fazer isto e passei por lugares muito legais ao longo da minha carreira.
DOAESNome: Asia - Associao
dos Antigos Alunos dos
Padres Jesutas
Banco: Bradesco
Agncia: 2781-2
Conta: 17996-5
CNPJ: 34.114.470/0001-06
Tel: (21) 2527-3502 | 3184-6202
Rua So Clemente, 216 -
Botafogo Rio de Janeiro RJ
Temos que manter a luz de cada ser humano acessa, para que ele se mantenha no rumo e motivado
17
mar
o 2
012
| |
Comunidades paci cadas atendidas pelo SESI Cidadania: Andara, Babilnia/Chapu Mangueira, Borel, Cidade de Deus, Complexo de So Carlos, Coroa/Fallet/Fogueteiro, Formiga, Jardim Batan, Macacos, Pavo-Pavozinho/Cantagalo, Prazeres/Escondidinho, Providncia, Salgueiro, Santa Marta,So Joo, Tabajaras/Cabritos, Turano e a comunidade do Morro Azul atendida pelo 2 Batalho da PM.
As UPPs trouxeram paz para o Rio de Janeiro e abriram as portas de muitas comunidades para o SESI Cidadania entrar. Com o SESI Cidadania, entraram cursos gratuitos de educao bsica e pro ssional do SESI e do SENAI. Entraram espetculos teatrais e espetculos reais como cidadania, sade, Indstria do Conhecimento (nossas bibliotecas), Feira das Pro sses (para orientao pro ssional), os programas da 3 Idade (multiatividades para idosos) e o Atleta do Futuro. E pensando nos alunos que no podem estudar durante o dia, oferecemos o Corujo e o Galo da Madrugada, cursos pro ssionalizantes de madrugada, que j mudaram a vida de muita gente. Somadas, informao e formao trazem transformao. Melhoram a vida das pessoas. Do esperana, f no futuro, sorriso no rosto. Em outros lugares do estado do Rio, o Sistema FIRJAN fez o mesmo trabalho, que muito nos orgulha. Porque transformar da natureza da indstria. Informar, formar, transformar, verdadeiramente e para sempre, o nosso projeto. Nosso projeto da vida inteira. SESI CIDADANIA. Educao. Sade. Esporte. Lazer. CIDADANIA TRANSFORMA.
COM INFORMAO E FORMAOO SESI CIDADANIA AJUDA A TRANSFORMAR
A VIDA DE MILHARES DE PESSOAS.
DPZ
ANJ SESI CIDADANIA 21x14cm.indd 1 10/10/11 6:51 PM
Comunidades paci cadas atendidas pelo SESI Cidadania: Andara, Babilnia/Chapu Mangueira, Borel, Cidade de Deus, Complexo de So Carlos, Coroa/Fallet/Fogueteiro, Formiga, Jardim Batan, Macacos, Pavo-Pavozinho/Cantagalo, Prazeres/Escondidinho, Providncia, Salgueiro, Santa Marta,So Joo, Tabajaras/Cabritos, Turano e a comunidade do Morro Azul atendida pelo 2 Batalho da PM.
As UPPs trouxeram paz para o Rio de Janeiro e abriram as portas de muitas comunidades para o SESI Cidadania entrar. Com o SESI Cidadania, entraram cursos gratuitos de educao bsica e pro ssional do SESI e do SENAI. Entraram espetculos teatrais e espetculos reais como cidadania, sade, Indstria do Conhecimento (nossas bibliotecas), Feira das Pro sses (para orientao pro ssional), os programas da 3 Idade (multiatividades para idosos) e o Atleta do Futuro. E pensando nos alunos que no podem estudar durante o dia, oferecemos o Corujo e o Galo da Madrugada, cursos pro ssionalizantes de madrugada, que j mudaram a vida de muita gente. Somadas, informao e formao trazem transformao. Melhoram a vida das pessoas. Do esperana, f no futuro, sorriso no rosto. Em outros lugares do estado do Rio, o Sistema FIRJAN fez o mesmo trabalho, que muito nos orgulha. Porque transformar da natureza da indstria. Informar, formar, transformar, verdadeiramente e para sempre, o nosso projeto. Nosso projeto da vida inteira. SESI CIDADANIA. Educao. Sade. Esporte. Lazer. CIDADANIA TRANSFORMA.
COM INFORMAO E FORMAOO SESI CIDADANIA AJUDA A TRANSFORMAR
A VIDA DE MILHARES DE PESSOAS.
DPZ
ANJ SESI CIDADANIA 21x14cm.indd 1 10/10/11 6:51 PM
ba
da
la
da
s
Conhea a distribuio dos jesutas pelo mundoA distribuio da Companhia de Jesus
pelo mundo, com a concentrao dos
padres por faixa etria, so algumas
das curiosidades apresentadas pela
edio 270 da revista Jesutas do Brasil.
Espalhados pelos cinco continentes,
os jesutas esto reunidos em 85
provncias.A idade mdia dos religiosos
de 57 anos. Os mais jovens atuam na
frica, enquanto os mais velhos ficam
na Europa Meridional.
O quadro de jesutas atual o seguinte:
sia Meridional: 4.018 Estados Unidos:
2.610 Europa Meridional: 2.133 Europa
Ocidental: 1.726 Europa Central e
Oriental: 1.706 Regio sia-Pacfico:
1.649 frica: 1.481 Amrica Latina
Meridional: 1.312 Amrica Latina
Setentrional: 1.262
Saiba mais sobre os padres da
Companhia de Jesus no site da Cria
dos Jesutas em Roma: www.sjweb.info
Restaurao de imagensO CSI iniciou, no meio do ano passado, o processo de restaurao do seu conjunto
de esculturas que ocupa o saguo principal da escola. As trs imagens do calvrio
- Cristo Crucificado, Nossa Senhora e So Joo so remanescentes do antigo
Colgio dos Jesutas, do morro do Castelo, e datam do sculo XVII. O processo,
com previso de sete meses de durao (abril o prazo), vem sendo acompanhado
pelos alunos do colgio, que esto tendo uma excelente oportunidade de aprender
sobre a histria das imagens, da arte e da cultura da poca em que foram feitas,
alm de aprender sobre o processo de restaurao. Entre as tcnicas utilizadas
esto a remoo de sujeiras, polimento, imunizao e at mesmo o uso de
aparelhos portteis de fluorescncia, de raios-x e de radiografia computadorizada.
divulgao CSI
18
mar
o 2
012
| |
Em 1995, a 34 Congregao Geral da Companhia
de Jesus, no seu Decreto 13, tratou especificamente
da colaborao com leigos sugerindo a criao de uma
rede apostlica inaciana, formada por pessoas e gru-
pos que encontram na Experincia dos Exerccios Espiritu-
ais de Santo Incio uma base comum de espiritualidade
e apostolado.
J um ano depois, em 1996, no Rio de Janeiro, a Pro-
vncia Jesuita do Brasil Centro-Leste deu incio formao
de uma rede quando um grupo de leigos, que partilha-
vam a espiritualidade de Incio de Loyola, comprometeu-
se publicamente a caminhar em colaborao com os
jesuitas no servio da misso, aproveitando os diversos
carismas pessoais, comunitrios e dispondo a assumir o
protagonismo apostlico.
Nascia ento a RAI Rede Apostlica Inaciana, que
no um movimento, nem uma associao, mas, sobre-
tudo, uma rede de articulao e colaborao orientada
para a misso de evangelizar e transformar a sociedade.
O grupo se rene mensalmente no Colgio Santo
Incio partilhando idias, experincias e informaes so-
bre os principais eventos que cada frente realiza, sempre
motivados pelo Magis Inaciano: doar o melhor de ns ao
amor a Deus e servio ao prximo.
apostlica inaciana
es
pi
ri
tua
li
da
de
A RAI formada pelos seguintes grupos de espiritualidade inaciana:
AA - Antigos Alunos Jovens
ACVM Associao das Comunidades de Vida Mariana
ASIA Associao dos Antigos Alunos dos Padres Jesuitas
CL Centro Loyola de F e Cultura
CM Federao das Congregaes Marianas-RJ
CSI Colgio Santo Incio-Formao Crist
CVX Comunidades de Vida Crist-
EPC Encontro de Pais com Cristo do CSI
ISI Igreja Santo Incio
JA Jornada da Acolhida do CSI
JIP Jornada Inaciana de Pais do CSI
PUC Centro de Pastoral Anchieta da PUC-RJ
MIR Movimento Integra Rio
Pe. Luis Fernando Klein, SJ o Assistente Espiritual da rede.
Fotos: divulgao CSI
Rede
19
mar
o 2
012
| |
Sigla
AA
ACVM
CL
CCMM
CSI
CVX
EPC
ISI
JA
JIP
ASIA Projetos sociais
PUC
Liderana
Teresa Tang e Rafael Frota
Jos Batista Sobrinho
Sonia Fontes
Marcio Blois
Vera Porto
Helosa Charbel
Bento e Lu Pamplona
P. Walter Falchi Honorato
Celso do Pao e Rosngela do Pao
M Aparecida Stallivieri Tiaraju
Maria Jos Bezerra
P. Alfredo Sampaio Costa
P. Luiz Fernando Klein
e.mail
Frente ou Movimento
Antigos Alunos do CSI
Associao das Comunidades de Vida Mariana
Centro Loyola de F e Cultura
Federao das Congregaes Marianas R.J.
Departamento de Formao Crist do CSI
Comunidades de Vida Crist R.J.
Encontro de Pais com Cristo do CSI
Igreja Santo Incio
Jornada da Acolhida do CSI
Jornada Inaciana de Pais do CSI
Casa Santa Marta, UNAPE e CCE
Ambulatrio So Lus Gonzaga
Centro de Pastoral Anchieta da PUC
Assistente Espiritual
RAI
Quem somos?Somos um grupo
de leigos, religiosos
e religiosas, que
tem encontrado na
espiritualidade de Santo
Incio de Loyola uma
inspirao para a sua vida
crist no mundo de hoje.
Procuramos tecer
uma rede de atuao
apostlica no Rio de
Janeiro, a partir dos
desejos, talentos e
esforos de pessoas,
grupos, movimentos civis
e eclesiais e congregaes
religiosas que se nutrem
da mesma espiritualidade.
Por que?Porque respostas iniciais
e fragmentadas no do
conta de oferecer solues
eficazes para os problemas
da atualidade, globalizados
e urgentes.
Como enRAIzar-se?Dado que a RAI uma
associao espontnea e
no um movimento nem
associao, entram na
rede, de modo temporrio
ou permanente, as
pessoas e/ou grupos
que se dispem a realizar
um trabalho articulado, a
partir de programas
e iniciativas que vo
sendo sugeridas e
aparecem no blog:
www.rai-riodejaneiro.
blogspot.com.
Podem ser contatados os integrantes do Grupo de Animao da RAI/Rio de Janeiro, que busca estimular a articulao de vrias frentes de trabalho, setores apostlicos e movimentos apostlicos no Rio de Janeiro:
apostlica inaciana
20
mar
o 2
012
| |
en
tre
vi
sta
SagradaReitor da PUC fala sobre meio-ambiente, tema que foi trabalhado pela Campanha da Fraternidade de 2011
A preservao do meio ambiente e as ati-
tudes ecologicamente corretas talvez sejam os
assuntos mais discutidos na sociedade nos l-
timos anos. No toa, a sociedade tem dado
bastante valor s instituies que se preocu-
pam em preservar o meio ambiente, seja atra-
vs do uso de papel reciclado, energia solar ou
coleta seletiva. No ano em que a Campanha
da Fraternidade foi Fraternidade e a Vida no
Planeta, em que se discutiu o novo Cdigo
Florestal e que a Pontifcia Universidade Cat-
lica (PUC) consolidou o seu curso de Biologia
(2011), a Sino foi at o gabinete do reitor da
universidade, padre Josaf Carlos de Siqueira,
para uma entrevista sobre meio-ambiente. O
tema no novidade para este doutor em
Biologia Vegetal e professor e pesquisador do
Departamento de Geografia e Meio Ambiente
da PUC h mais de 20 anos.
Por que o senhor se preocupa em abordar o
tema ambiental como uma questo tica?
Esta questo, tanto em mbito mundial,
quanto local, passa pela tica, que o campo
de saber dos atos e costumes. Se queremos
criar costumes corretos e justos, temos que
corrigir nossos atos. E isto fundamental
para se iniciar um processo de mudana. Afi-
nal, os ecossistemas tm seus limites, e temos
crescido sem observar isto. Hoje, a escala
de tempo para mudarmos j bem menor,
pois j h um passivo ambiental. Em menos
de 100 anos no ser possvel retirar todo o
CO2 da atmosfera. Para criarmos medidas
mitigatrias temos que nos adaptar. A forma
de se viver tem que mudar e temos que nos
acostumar com isso, pois os desequilbrios cli-
mticos, com muita chuva em um local e seca
em outros, j so uma realidade.
E como fazer para mudar as pessoas?
Bom, a existem as abordagens. H o pon-
to de vista poltico, que vem sendo contem-
plado com encontros internacionais, debates
e algumas medidas de governo. O primeiro
passo foi dado na Rio 92 e agora teremos uma
nova oportunidade com a Rio+20. Hora nos
deparamos com avanos, hora com recuos.
Tem a abordagem cientfica, que conside-
ro fundamental neste processo, pois a criao
de novas tecnologias e as tcnicas biolgicas,
assim como sociais e humanas devem contri-
buir neste processo de mudanas. Os dados e
os detalhes vm da cincia. E temos, no Bra-
sil, uma relevncia internacional, pois temos
muita biodiversidade. Tenho participado de
muitos congressos e vemos que as mudanas
esto acontecendo, como a migrao dos ps-
saros. H um tempo atrs tnhamos 120 es-
pcies ameaadas de extino no Pas. Hoje j
so mais de 400. Estes so dados concretos.
E h a questo religiosa. O dilogo intra-
religioso muito importante, pois a relao
entre a natureza e as religies muito dire-
ta. Quando se trata de igreja Catlica isto
muito forte, pois h a tradio proftica, de
chamar a ateno. Em 1979 j tivemos uma
Campanha da Fraternidade tendo o meio
ambiente como tema, que nem era to dis-
cutido. Depois tivemos outra campanha, em
2004, sobre a gua e o valor dos recursos h-
dricos. Em 2007 foi a vez de discutirmos sobre
natureza
Padre Josaf Carlos Siqueira considera o tema ambiental uma questo tica
Fotos: divulgao PUC
21
mar
o 2
012
| |
a amaznia, sua internacionalidade, riqueza
cultural e biodiversidade. E agora temos a
campanha sobre as mudanas climticas. Te-
mos que repensar nossa postura e a relao
com o criador e a natureza. E esta campanha
apenas comeou, pois a Igreja est atenta e
tentando dar respostas. uma reflexo teo-
lgica, mas com cincia.
E como o senhor v o debate sobre o novo
cdigo ambiental?
Acho fundamental o debate, pois o
cdigo que regula as relaes em nosso
pas. Se a lei diz que pode reduzir a ve-
getao nas margens dos rios h algo de
errado. Quem estuda sabe que temos que
ampliar. E esta posio vai de encontro ao
que o Brasil prega no cenrio internacional.
Acredito que h pontos vulnerveis, uma
viso utilitarista e imediatista da natureza.
E isto deveria ser superado. Acredito ser
fundamental a incorporao de dados cien-
tficos. Os cientistas esto alertando para
muitas questes. E este no apenas um
debate poltico, mas social e cientfico. De-
pois o preo a ser pago por decises sobre
o meio ambiente, como neste caso do c-
digo, pode ser muito alto, pois elas afetam
o futuro do nosso planeta.
O novo curso de Biologia da PUC j um
reflexo da necessidade de se debater o as-
sunto na sociedade?
Sem dvida. No tnhamos um curso
na rea biolgica e tambm no queramos
repetir o que havia por a. Nossa preocu-
pao era formar um bilogo preocupado
com as questes do futuro. Um profissio-
nal que ter excelncia em sua rea, mas
que tenha condies de dialogar com os
diferentes campos, que tenha uma viso
do conjunto. No toa, temos sete depar-
tamentos da universidade atuando juntos,
no curso de Biologia, que o mais inter-
disciplinar da PUC. Ns contemplamos a
questo tecnolgica, a humana e, claro,
a biolgica. Afinal, os
problemas ambientais
passam por questes so-
ciais. A Ecologia uma
s, envolvida por vrios
saberes integrados.
A faculdade acaba atin-
gindo pessoas que j
tm um interesse no
tema. Como chegar a
toda a sociedade?
Acredito que o me-
lhor a se fazer a edu-
cao ambiental, pois
forma pessoas com uma
outra viso de mun-
do, pessoas capazes de
mudar os atos que vm
dentro de casa. Todas
as escolas deveriam se
adaptar para mudar seus
jovens. importante
mostrar a importncia da
reciclagem, de no deixar
as luzes acessas, de plan-
tar rvores, de investir
na energia solar, em economizar gua. Mas
isto no precisa ser feito apenas nas escolas.
Pode acontecer tambm nas comunidades,
nas parquias.
E isto acontece nas escolas da Compa-
nhia de Jesus?
Sim. Nossos colgios j possuem esta
preocupao, mas acho que podemos am-
pliar. Na PUC, por exemplo, temos uma
agenda ambiental com metas que vo ge-
rando importantes mudanas de hbito. J
temos coleta seletiva no prdio Kennedy,
conseguimos reduzir o nosso gasto com
papel e vamos comear um projeto com
energia solar. Vamos fazer projetos co-
muns com o Santo Incio na linha de sus-
tentao ambiental. E a Igreja est fazen-
do um esforo para dar o seu testemunho.
Tem prdio no Vaticano com captao de
energia solar. E isto tem que acontecer.
Tem que dar exemplo e mostrar para a so-
ciedade que est fazendo.
natureza
Alunos da PUC aproveitam as reas verdes a universidade, que ganhou um curso de Biologia
22
mar
o 2
012
| |
Formao integralProjeto de formao social faz alunos do CSI se envolverem com questes relevantes e atuais
Com o objetivo de oferecer uma
formao plena para seus alu-
nos, o Colgio Santo Incio
est fazendo com que seus es-
tudantes entrem em contato direto com
questes relevantes para a sociedade bra-
sileira. Atravs de um programa iniciado
no ano passado pela equipe de Forma-
o Crist, os estudantes esto tendo a
oportunidade de conhecer de perto, por
exemplo, a vida dos catadores de lixo que
atuam no lixo de Gramacho, em Duque
de Caxias. Este foi o tema escolhido para
ser aprofundado pelos alunos do 1 ano
do ensino mdio, mas o projeto comea a
partir do 6 ano do ensino fundamental,
neste primeiro momento com reflexes e
estudos em sala de aulas. A partir do 8
ano os estudantes tm a oportunidade de
extrapolar os muros do colgio na busca
por conhecimento, sendo esta sempre
uma atividade extracurricular, ou seja, vai
quem quiser.
A escolha depende do que vem sendo
trabalhado em cada srie. Como estvamos
trabalhando a Campanha da Fraternidade,
cuja questo central era o meio ambiente,
e a nossa diretora, Vera Porto, nos trouxe o
contato da empresa que est cuidando do
passivo ambiental do aterro sanitrio, que
est sendo fechado, partimos para a elabo-
rao de um projeto, contou a assessora de
formao crist e professora de religio do 1
ano do ensino mdio, Ana Lcia de Oliveira
Vieira. O primeiro passo foi levar os catadores
para dentro da escola, para que conhecessem
os alunos. J tnhamos passado o filme do
Vic Muniz, sobre o atero sanitrio, antes e re-
ceber a visita e depois levamos os alunos at
Gramacho, contou a professora.
O prximo passo vai instigar os jovens
a elaborar projetos de reinsero social para
os catadores, que, com o fim do aterro, po-
dem ficar sem uma atividade que lhes pro-
porcione algum retorno financeiro. A res-
posta foi to positiva que a experincia da
srie est servindo de exemplo para o resto
do colgio. Os estudantes mobilizaram suas
famlias e os prprios professores para que
passassem a comprar o material produzido
pela cooperativa que foi montada pelos ca-
tadores de Gramacho, alm de ajudarem
no recolhimento de matria-prima, como
garrafas pet. O envolvimento foi maior
do que espervamos e queremos manter o
projeto. Isto muda a percepo de vida dos
nossos alunos, afirmou Ana Lcia, antes
de contar que os jovens ainda adotaram
304 filhos de catadores, que ganharam
presentes no Natal do ano passado.
Fotos: divulgao CSI
Compartilhe conosco suas memrias inacianas
Quais professores marcaram sua vida? Quais colegas de turma se tornaram grandes amigos?
Com quem voc perdeu contato e gostaria de reencontrar?
Envie fotografias antigas e recentes, conte as histrias de poca de colgio e diga como est sua vida agora.
Voc tambm pode comentar as notcias da Revista Sino e sugerir pautas para as prximas edies, alm de enviar artigos
sobre temas de seu interesse.
O material enviado poder ser publicado nesta revista e em nossa pgina no Facebook.
Saudaes inacianas!
facebook.com/RevistaSino
Seja scio e ajude na manuteno de projetos como a creche e a pr-escola no Santa Marta
Associao dos Antigos Alunos dos Padres Jesutas - RJRua So Clemente, 216 - BotafogoRio de Janeiro - RJTel: (21) [email protected] w w . a s i a r j . o r g . b r