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Revista TÁXI! - Edição 31

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A Revista do Taxista

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EXPEDIENTE

DiretoriaAdilson Souza de AraújoDavi Francisco da Silva

Fábio Martucci FornerónIsabella Basto Poernbacher

([email protected])

Redação

EditorWaldir Martins

MTB 19.069

Edição de ArteCarolina Samora da Graça

Mauro Bufano

Reportagem Estela Guerreiro, Gustavo Werneck,

Marina Schmidt e Miro Gonçalves

Fotografia de Capamac pale - SXC

FotografiasDavi Francisco da Silva

Projeto GráficoEditora Porto das Letras

RevisãoNaira Uehara

PublicidadeDiretor

Fábio Martucci Forneró[email protected]

Assessoria jurídicaPaulo Henrique Ribeiro Floriano

ComercialSuporte Administrativo

Ana Maria S. Araújo SilvaBruna Donaire Bissi

Assinaturas e [email protected]

ImpressãoWgráfica

Tiragem20.000 exemplares

Distribuição Gratuita edição 31, é uma publicação da Editora Porto das Letras

Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua do Bosque, 896, casa 24, CEP 01136-000. Barra Funda, São Paulo (SP). Telefone (11) 3392-1524. E-mail [email protected]. Proibida a reprodução parcial ou total dos textos e das ima-gens desta publicação, exceto as imagens sob a licença do Creative Commons. As opiniões dos entrevistados publicadas nesta edição não expressam a opinião da revista. Os anúncios veiculados nessa revista são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

ganizar para poder garantir esse benefício.

Aproveitamos para levar aos leitores em nossa seção Lazer e Cultura, um roteiro de atividades para curtir com as crianças du-rante esse período de férias, uma vez que nada pode ser melhor para nossa qualida-de de vida, do que voltar a ser criança junto com a família.

Para quem deseja conciliar trabalho e lazer, segue ainda um guia com datas e en-dereços dos ensaios e shows que estarão acontecendo nas quadras das Escolas do Grupo Especial. Vale tanto para quem quer se divertir, como também para sugerir aos passageiros como uma balada tipicamen- te paulistana.

Trouxemos, também, um verdadeiro íco-ne que reinou durante décadas como líder do segmento: o Santana. Ainda em fabri-cação na China, onde figura entre os carros mais vendidos do país, o ex-queridinho da categoria ainda esbanja vigor e conta com uma legião de fiéis seguidores.

Edição 31

Boa viagem e boa leitura. Os Editores

Oano está começando e é importante que possamos aproveitar este perí-odo para realizar o planejamento do

ano, estabelecendo os objetivos e resultados a serem alcançados. Nesse processo, o pro-fissional do táxi sempre coloca o seu carro como uma prioridade: é preciso fazer sua manutenção preventiva e cuidar para que ele esteja sempre em excelentes condições e pronto para entrar em ação. O carro é o seu patrimônio.

Contudo, essa mesma preocupação não é voltada para si próprio e à sua extenuan-te rotina de trabalho. Poucos são os profis-sionais de táxi que colocam o momento de descanso e lazer como fundamental para garantir sua qualidade de vida, como se cui-dar de si fosse um luxo que ele não pode se permitir, sacrificando aquilo que todo ser humano tem de mais precioso: a sua saúde.

Para contribuir com esse debate, fomos conversar com especialistas que puderam dar dicas e orientações sobre a importância de curtir o momento das férias e como se or-

ESPAÇO DO LEITORComentários e sugestões sobre a Revista Táxi! e sua cidade

A revista do Taxista

Sorteio de alvarásReferente ao sorteio de alvarás realizado

pela prefeitura de São Paulo, há pessoas que não usam o alvará para trabalhar, mas sim para o lazer; e as pessoas que realmente pre-cisam não ganharam.

Seria possível a prefeitura investigar se quem ganhou e está realmente trabalhando? Se está dando [alvará] para quem realmente precisa? Do contrário, a frota de táxi conti-nuará a mesma.

Mariana dos Anjos

Prezada MarianaAgradecemos a sua participação e consi-

deramos absolutamente justas as suas pre-ocupações com a forma e o resultado final do sorteio dos novos alvarás. Contudo, para que possamos oferecer uma posição mais objetiva sobre o tema, estaremos transmi-tindo as suas questões ao DTP - Departa- mento de Transporte Público, solicitando uma resposta.

Atenciosamente,A redação

Sombra e água fresca

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4 tÁxi! EDIÇÃO 31

Mundo TáxiMais informações e

serviços para o taxista

Administração – Capa Sombra e água fresca

Manutenção Manutenção preventiva

AgendaO que vai agitar a metrópole

nas próximas semanas

Guias e Roteiros Com o pé no samba

Mundo TáxiPonto da Oscar Freire

Marcha a RéSantana: o queridinho

dos taxistas

Volante Seguro Sono e direção

Lazer e Cultura Caia na brincadeira

Perfil Taxista Raposo: o taxista fotógrafo

Roda Solta Curiosidades e humor

Sombra e água fresca Período de férias com a família não é luxo, é necessidade!capa

sumário

Manutenção Não fique na mão Faça da manutenção uma aliada e garanta melhor desempenho e segurança16

Guias e roteirosCom um pé no Carnaval

Escolas de São Paulo dão uma mostra do

Carnaval 2012 22

061212

17

2226

30

16

34

4042

Marcha RéSantana: o queridinho dos taxistasFora de linha no Brasil, o Santana é campeão de vendas do outro lado do mundo30

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6 tÁxi! EDIÇÃO 31

Mundo táxiDa

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No principal destino turístico do Brasil, São Paulo, o taxista é fundamental. Mais do que conduzir o passageiro de um ponto a outro, ele revela-se um importante e vital elo de relacionamento entre os visitantes e a cidade

Milhões de amigos!

A SPTuris, empresa de turismo e even-tos da cidade de São Paulo, em par-ceria com a Revista TÁXI!, lançou

em julho do ano passado o programa Um Milhão de Amigos, destinado a repassar in-formações turísticas a moradores e turistas através dos recibos de táxi. A cada mês, 20 mil talões, com 50 folhas cada um, são dis-tribuídos gratuitamente para os motoris-tas, juntamente com as edições das revistas TÁXI! e TAXICULTURA.

Durante os primeiros seis meses de par-ceria, foram emitidos seis milhões desses recibos, totalizando 18 milhões de dicas. “O sucesso do projeto foi grande tanto entre ta-xistas, como entre os visitantes. Alguns rela-taram que ficaram sabendo de várias atrações da capital paulista pelos recibos”, afirmou

Marcelo Rehder, presidente da SPTuris. Os 20 mil taxistas que receberam os talões também foram beneficiados com a ação. Na contra-

capa são apresentadas informações sobre o que cidade tem a oferecer aos profissionais do segmento.

A polêmica dos alvarás

Afrota de táxi de São Paulo alcançará a marca de 34 mil veículos em feve-reiro, segundo previsão da Secretaria

Municipal de Transporte. O aumento no nú-mero é justificado pela concessão de 1,2 mil novos alvarás, que estão sendo agregados aos

sessoria de imprensa do órgão negou a infor-

mação e declarou, em nota, que “faz estudos

de forma permanente para avaliar a necessi-

dade ou não da inclusão de novos veículos

no serviço”. Ou seja, havendo necessidade,

novos alvarás podem ser sorteados.

Para o presidente do Sindicato dos Taxistas

Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra

Silva, a cidade não tem capacidade para no-

vos táxis. “Esses 1,2 mil que estão entrando

agora foram para repor aqueles que no decor-

rer dos anos não renovaram o alvará ou mes-

mo que foram cassados. Isso tudo bem, mas

agora, colocar outro tanto não cabe”, afirma.

Segundo o presidente do Sinditáxi, a con-

cessão de novos alvarás além desses não re-

presentaria melhorias no atendimento aos

clientes. “O sindicato é contra esse aumento.

O que resolve o problema da demora de táxi é

melhorar o trânsito da cidade”, defende.

mais de 33 mil táxis disponíveis na cidade.

Pouco tempo depois de anunciado o sor-teio dessas concessões, surgiu a especulação de que o Departamento de Transporte Públi-co (DTP) deverá liberar outros novos 1,2 mil alvarás, aumentando ainda mais a frota. A as-

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Mundo táxi

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Confraternização amplia contato entre taxistas

Trabalhar em associação é, muitas vezes, estar rodeado de colegas sem, no entan-to, conviver diretamente com eles. Isso

muda quando são promovidos eventos que priorizam o relacionamento entre os profissio-nais e, de quebra, garantam a diversão de to-dos, inclusive da família. As confraternizações de fim de ano são um bom exemplo disso.

“A festa de confraternização da Use Táxi é uma necessidade”, afirma Eder Wilson da Luz, presidente da associação. “No princípio havia um tabu em gastar com a realização de uma festa de fim de ano, como se fosse uma coisa desnecessária, mas isso foi mudando na cabeça das pessoas e hoje ninguém cogi-ta que a festa não possa acontecer”, escla-rece o diretor financeiro da Use Táxi, Maciel Rosa Moreira.

Além da oportunidade de passar um tempo

maior com os colegas, é a forma de encerrar uma etapa e repor as energias para iniciar ou-tra. “É uma alegria poder confraternizar com a nossa família e ficar pronto para encarar o novo ano”, comenta José Carlos, associado 445 da Use Táxi. “Eu nunca tinha participado de um evento porque toda vez que recebia o convite acabava acontecendo um problema e eu não conseguia ir, mas agora não vou faltar em mais nenhum”, acrescenta.

A confraternização da Use Táxi foi feita em um sítio com capacidade para duas mil pessoas em Ribeirão Pires. Já a Associação das Rádio Táxis de São Paulo (Artasp) promoveu o evento em espaço cedido pela GM do Brasil. “A festa foi um sucesso e na ocasião foi apresentado o novo veículo GM - COBALT, já homologado pelo DTP para o segmento Rádio Táxi”, avaliou o presi-dente Luis Maranhão.

De olho no taxímetro

Fiscais da prefeitura e agentes do IPEM - Instituto de Pesos e Medidas identificaram uma nova modalidade de

fraude nos táxis de São Paulo: a instalação de um dispositivo eletrônico que leva o taxíme-tro a fazer uma leitura maior da quilometra-gem, registrando um valor mais alto do que aquele que deveria ser pago pelo passageiro.

Segundo a assessoria do IPEM, foram cons-tatados apenas dois casos no ano passado, indicando que a fraude é provocada à distân-cia, por um dispositivo de controle remoto, afetando a parte mecânica do taxímetro que é acoplada à roda do veículo. No momento da fraude, uma onda de radiofrequência in-terfere na leitura dos giros da roda e, con- sequentemente, dos valores a serem pagos pelo passageiro.

Apesar de se restringir a apenas alguns ca-sos, o evento termina por arranhar a imagem da categoria. Por isso é importante que o ta-

xista tenha sempre à mostra para seus passa-geiros a sua licença de funcionamento da pre-feitura, que garante a legalidade do veículo junto aos órgãos de fiscalização.

A punição pode ser severaEm 2011, foram realizadas pelo DTP - De-

partamento de Transporte Público um total de 97.734 fiscalizações de táxis na cidade, que resultaram na apreensão de 486 unidades que prestavam serviços de modo clandestino na cidade.

Segundo a assessoria do DTP, as blitzes de fiscalização são rotineiras e abrangem docu-mentação dos condutores, procedimentos e condutas dos permissionários, além da parte documental e de segurança dos veículos.

Em casos de detecção de fraude pelo IPEM, o taxímetro é apreendido e inutilizado e o proprietário recebe multa que varia de R$ 100

a R$ 1,5 milhão.

Novas tecnologias têm sido utilizadas para adulterar taxímetros e lesar passageiros

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Mundo táxi Mundo táxi

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Táxi elétrico

Apesar de o primeiro táxi elétrico do Brasil ser uma exclusividade de Curi-tiba, capital do Paraná, São Paulo tem

avançado nas negociações para viabilizar a disponibilização de veículos híbridos, com motores elétricos e a gasolina, e pode ser a primeira cidade do país a investir nesse tipo de frota.

Segundo a assessoria de imprensa da Ade-tax (Associação das Empresas de Táxi de Fro-ta), o Secretário Municipal dos Transportes, Marcelo Branco, apresentou uma proposta para ser avaliada pela diretoria da associação, no sentido de verificar a viabilidade econômi-ca e prática, para que as frotas pudessem ado-tar os novos táxis híbridos.

De acordo com a SMT, a conversa aconteceu em um encontro informal, não havendo nada de concreto para essa implantação no curto prazo. Contudo, havendo viabilidade técnica para utilização dessa modalidade dos veículos na cidade, as frotas devem ser as primeiras a

investir no negócio. Como parte da propos-ta, as empresas teriam que disponibilizar um

Ranking negativo

Na contramão dos números positivos

que o país vem alcançando na econo-

mia, segundo a Organização Mundial

da Saúde, o Brasil tem o quinto maior número

de mortes no trânsito do mundo. Além da gi-

gantesca perda de vidas humanas, o prejuízo

de cerca de R$ 14,5 bilhões, apenas nas rodo-

vias federais, equivale à arrecadação do ano

dos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Tocan-

tins, Maranhão, Paraíba e Sergipe.

Segundo dados do Ipea - Instituto de Pes-

quisa Econômica Aplicada e da Polícia Rodovi-

ária Federal, os acidentes nas estradas brasi-

leiras, apenas até o mês de agosto, custaram

R$ 9,565 bilhões ao país, com um crescimento

de 4,6% em relação a 2010, descontada a in-

flação. Foram 4.768 acidentes com mortes,

43.361 com feridos e 79.430 sem feridos nas

estradas federais do país. Vale ressaltar que

entram nas estatísticas de mortos apenas as

vítimas que perderam a vida no próprio local

do acidente, portanto, os números são muito

mais estarrecedores.

De acordo com o Ipea, são vários os fatores

considerados para calcular o tamanho desse

prejuízo, sendo que 60% do prejuízo econômi-

co vêm da perda de produção, uma vez que a

pessoa que morre ou fica incapacitada deixa

de produzir. Um acidente com morte custa,

em média, R$ 567 mil e a todo o prejuízo ainda

somam-se atendimento hospitalar, danos ao

veículo, entre outros.

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maior número de carros acessíveis para circu-lar na cidade.

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12 tÁxi! EDIÇÃO 31

No melhor dos sonhos, você está recostado em uma cadeira de praia, tendo o mar como companhia. Ou, então, visitando aquela cidade incrível que sempre desejou conhecer. Independente do lugar, o clima que predomina no cenário é de paz, tranquilidade e descontra-ção. Nada de buzinas ou congestionamentos, nenhum problema no horizonte, mesmo que seja por apenas uns dias!

Fugir um pouco da rotina é tentador para qualquer ser humano, afinal, todos somos filhos de Deus e também merecemos um pouco de som-

bra e água fresca.

Organizar-se para desfrutar um período de férias com a família não é luxo, é necessidade!

Uma questão de saúde

O dia está apenas começando e tudo pare-

ce ruim. Falta paciência e é como se o mundo

lá fora fosse um ambiente hostil e indomá-

vel. Às vezes, bate a sensação de que é preci-

so ter coragem para abrir a porta e encarar o

desafio de seguir adiante.

Para tudo! Tem coisa errada aí. “O trabalho

tem que motivar, tem que representar algo

bom”, comenta o diretor da Abramet (Asso-

ciação Brasileira de Medicina de Tráfego)

Dirceu Rodrigues Alves. Se esses princípios

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Sombra e água fresca

Dr. Dirceu Rodrigues Alves, médico, aler- ta para a irritabilidade e a falta de motiva- ção como os primeiros sintomas da necessi-dade de pausa para o descanso

não estão se aplicando a você, é melhor pen-sar na possibilidade de fazer uma pausa para o descanso. “O primeiro sintoma de que é hora de tirar férias é a irritabilidade: o su-jeito se torna agressivo, impaciente, into-lerante, podendo desencadear situações extremas”, alerta o médico.

Segundo o especialista da Abramet, para quem trabalha no trânsito, férias não é sinô-nimo só de lazer, é uma necessidade: “Tirar férias é fundamental, porque o taxista está submetido a muitos fatores de risco; é uma profissão estressante, que gera um grande desgaste físico e emocional”.

Administre seu negócioPor Marina Schmidt

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13tÁxi! EDIÇÃO 31

Os agentes do estresse

Entre os fatores que geram o estresse

mencionado pelo médico, estão as situações

de risco iminente no trânsito dos grandes

centros urbanos, como violência e aciden-

tes. Em relação à saúde, os problemas po-

dem ser variados: desde a exposição por um

longo tempo ao ar poluído, podendo causar

problemas respiratórios, até mesmo a vírus,

bactérias e fungos, que podem entrar em

contato com as mucosas e causar infecções;

aos ruídos excessivos, que prejudicam a au-

dição e atenção, às vibrações do veículo aci-

ma do normal, e às variações térmicas que

podem gerar até desidratação.

Há, ainda, motivos estressantes menos

evidentes, mas não menos importantes.

A pressão para garantir os rendimentos

exige do taxista horas excessivas de traba-

lho, diminuição do tempo para a família e

para o lazer, e gera outro tipo de estresse,

o emocional.

“Os fatores de risco relacionados ao traba-

lho justificam a necessidade da parada... Eu

não vejo condições de amenizar esses fato-

res que não seja fazendo pausas, uma vez por

ano, e diminuindo a carga horária”, avalia o

médico. E as férias, acrescenta, deveriam

ocorrer duas vezes por ano: “Férias de 20

dias a cada seis meses seria o ideal”.

Papel e caneta na mão...

Segundo Ricardo Curado, consultor em-

presarial do Sebrae (Serviço Brasileiro de

Apoio às Micro e Pequenas Empresas), para

que o taxista possa garantir para si e sua

família uma série de benefícios, como pre-

vidência e férias, ele deve se perceber como

um empresário, um empreendedor e agir

dentro desta perspectiva: “O profissional

precisa pensar como uma empresa, ou seja,

fazer alguns investimentos com a expecta-

tiva de obter lucro”.

Desse modo, é preciso contabilizar to-

dos os gastos e todos os rendimentos que

envolvem o negócio táxi: depreciação do

automóvel, encargos, impostos, taxas, cus-

tos com manutenção, combustível, reserva

para a troca do carro, valores de participa-

ção pagos para cooperativas e associações

de rádios táxis, bem como o salário que

o empresário deve pagar para o motoris-

ta - mesmo que o motorista seja o pró-

prio empresário.

É nessa conta que devem entrar os valo-res destinados a garantir suas férias, 13º Salário e ainda outros custos como plano de saúde, previdência e alimentação. Nesse pro-cesso de aprender a encarar seu carro como um negócio, o motorista autônomo deve in-cluir ainda a sua margem de lucro, para então definir o quanto é preciso faturar por dia, de modo a fazer do seu táxi um negócio rentável.

...para viabilizar o seu negócioSabemos que, na prática, não é tão sim-

ples assim, mas o esforço vale a pena. Afi-nal de contas, investir em você também é investir na sua empresa. Outro deta-lhe importante que deve ser considera-do são os gastos com o próprio período de férias. “Os custos com a viagem ou com o lazer também precisam ser conside-rados com antecedência para que a pro- gramação seja eficiente”, pondera Curado.

Com tudo somado e avaliado, é hora de poupar. “O ideal é que seja feita uma reser-va mensal, para compensar aquele mês sem trabalhar”, indica o consultor. Uma alterna-tiva para contribuir com a rentabilidade do negócio é manter o carro trabalhando em tempo integral, com a instituição do segun-do motorista.

Estudar o melhor período para o descanso também é necessário. “Na vida de qualquer empresa, há meses bons e ruins. Os bons compensam os ruins e, no caso das férias, é mais indicado parar naqueles em que o ren-dimento é menor”, revela o consultor.

A teoria na práticaNinguém contesta a importância das fé-

rias, garantida por lei aos profissionais vin-culados à CLT. Contudo, nos pontos da maior cidade do país, a maioria dos taxistas atua de forma autônoma, condição que favorece a decisão de parar apenas quando é possível ou conforme a necessidade.

Acostumados a uma rotina que, na maior parte dos casos, extrapola dez horas diárias de trabalho, esses profissionais raramente optam pela parada. Muitas vezes, para com-pensar um ano inteiro de trabalho intenso, param por poucos dias. É o caso de Orlando Neves de Azevedo, 72 anos, taxista há qua-se três décadas: “Férias eu tiro um fim de semana, de vez em quando, para descansar um pouco”.

Com o passar dos anos e com o avanço da idade, Azevedo reduziu as horas de tra-balho. Ele dedicava mais de 12 horas ao táxi, chegando até a fazer 19 horas diá-rias. Hoje, trabalha entre oito e nove horas em um ponto localizado na esquina entre as ruas Oscar Freire e Artur de Azevedo. “É uma profissão desgastante, eu já tive até um infarto, por isso estou maneiran- do”, comenta.

“Todo ano, eu sempre separo uma semana para sair com a família, ir para o interior, fi-car três, quatro dias, uma semana, e depois a gente volta”, afirma Azevedo, que tem a ima-gem clara do que as férias representam: “o que vem na minha cabeça, quando penso em férias, é viajar para o interior, ficar perto da família, pescar... ficar mais folgado”.

Ricardo Caruso, consultor empresarial, orienta os taxistas a se perceberem como empreende-dores para que organizem suas finanças incluindo gastos com 13º, férias, previdência e outros

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14 tÁxi! EDIÇÃO 31

Administre seu negócio

Vicente C. da Silva se organiza para tirar férias duas vezes ao ano e vai para o inte-rior com a família

• Tenhacuidadocomasaúdeprimária(doen-

ças crônicas, como hipertensão e diabetes) e

siga os tratamentos necessários

• Pratique a ginástica laboral quando esti-

ver parado no engarrafamento. Estique bra-

ços e pernas, debruce a cabeça sobre o volan-

te, alongue-se o quanto puder. Isso favorece

o trabalho muscular, melhora a oxigenação e

reduz a tensão

• Quando dirigir, ouça músicas agradá-

veis e que sejam reconfortantes e em volume

adequado. O ideal é que não ultrapasse

70 decibéis

• Pratique atividades físicas. Pode ser em

casa, na rua ou na academia. Escolha o espor-

te que mais lhe agrade e invista nessa prática

para melhorar a saúde, o humor e a qualidade

de vida

Os direitos previstos na CLT, como piso salarial e férias, foram es- tendidos aos profissionais do táxi, segundo Dra. Cida Prado, advoga- da trabalhista

Compromisso com a qualidade de vida

Mas, no geral, o que muitas vezes impede a saída para as férias é a própria rotina do trabalho. “O serviço da gente depende do movimento”, comenta Rui Monteiro, 65 anos, taxista há 45 anos na região do Ter-minal Jabaquara: “Está movimentando, a gente toca. E quando a gente cisma de pa-rar, a gente para, essa é a vantagem em ser autônomo”, revela.

Mas há as exceções. Vicente Cardoso da Silva, 66 anos, é uma delas. “Eu tiro férias duas vezes por ano, sempre no começo e no meio do ano, por um período de 15 dias”, conta o taxista, que também trabalha no pontodo Terminal Jabaquara.Quando saiem férias, ele foge do agito da cidade e para conforme manda o figurino. “Eu viajo com a família para curtir um pouco o interior”, admite, reforçando a imagem que quase to-dos os profissionais têm do que é, de fato, descansar: nada de trânsito, barulho ou muita gente. Férias é o momento de relaxar.

Qualidade de vida, o ano todoO desgaste da profissão é um fato

incontestável e merece atenção to-dos os dias do ano, e não só no perío-do de férias. “O motorista precisa ter boa condição física, sempre”, adverte Dr. Dirceu Rodrigues Alves. Fique atento às

dicas do médico (no box abaixo) para tentar con-tornar o estresse diário.

Direito garantidoCom a regulamentação profissional do taxis-

ta, sancionada em agosto deste ano pela presi-dente Dilma Rousseff, os direitos previstos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foram automaticamente estendidos aos profissio-nais do táxi. O piso salarial da categoria e as férias são as principais vantagens decorrentes da decisão.

Esses direitos vêm atrelados ao con-trato f irmado com o empregador. “O pe-ríodo de férias é um direito adquirido pelo empregado após o exercício de atividades por 12 meses, denominado período aquisiti-vo, e deve ser concedido dentro dos 12 meses subsequentes ao período aquisitivo, chamado de período concessivo ”, esclarece a Dra. Cida Prado, Conselheira da AATSP (Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo).

Embora a decisão sobre o período a ser concedi-do seja exclusividade do empregador, a advogada reforça que o diálogo entre o taxista e a empresa é fundamental para que seja definida a melhor data para o descanso, sem que haja prejuízo para ninguém.

O taxista deve receber, ainda, remuneração ade-quada durante as férias. O valor “é equivalente ao

salário fixo do empregado ou à média salarial do período aquisitivo confor-me determina a CLT ou a Convenção Coletiva do sindicato da categoria, nos casos de remuneração mista ou variável”, orienta Cida. “É importan-te salientar que as horas extras, adi-cionais noturnos e de insalubridade integram os cálculos que definem a remuneração salarial do empregado, para férias e outros fins”, ressalta.

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16 tÁxi! EDIÇÃO 31

Não fique na mão

Por Miro Gonçalves

Faça da manutenção uma aliada na preservação do seu carro e garanta melhor desempenho e segurança

De olho na manutençãoDi

vulg

ação

Chega o período de férias e falar sobre

revisão torna-se um dos maiores cli-

chês quando o assunto é carro. Antes

de pegar a estrada, verificar todos os itens do

veiculo é fundamental para evitar maiores

transtornos e garantir uma viagem segura,

reforçam as propagandas e reportagens sobre

o tema. Falta mencionar um detalhe: quem

fica na cidade e enfrenta o trânsito urbano

rotineiramente tem motivos dobrados para

investir nesse cuidado!

Condição severa, atenção reforçada

Não é preciso ir tão longe para se deparar

com situações que podem aumentar o des-

gaste e a depreciação de um automóvel. “O

ideal seria que todos os carros trafegassem

apenas em estradas”, ironiza Cesar Samos,

diretor do Sindirepa/SP (Sindicato da Indús-

tria de Reparação de Veículos e Acessórios

de São Paulo).

A cidade exige mais do carro, especialmen-

te dos que enfrentam congestionamentos com

maior frequência. “Normalmente, o carro táxi

está condicionado ao uso severo por conta da

rotina urbana, que é a pior condição de uso”,

explica Samos. Por isso, é fundamental es-

tar sempre atento à embreagem, suspensão,

sistema de arrefecimento, freios e motor,

que são os componentes mais prejudicados.

Devido à sua importância, esses itens devem

ser conferidos sempre e, ao primeiro sinal de

problema, um mecânico deve ser consultado.

Segundo o diretor do Sindirepa, em geral,

a revisão do carro deve ser feita a cada 10 mil

quilômetros rodados. Mas só isso não basta

para obter o melhor aproveitamento do veícu-

lo e minimizar os desgastes. “É fundamental

seguir as recomendações do manual do usu-

ário, pois cada carro tem sua particularidade,

e o condutor deve estar atento que, se trafega

muito na cidade, precisa observar as indica-

ções relacionadas às condições severas de

uso”, detalha.

Na oficina

Além de observar as especificações para o

veículo e acompanhar os sinais que o próprio

carro dá, Samos sugere algumas atitudes para

garantir que a manutenção seja eficiente.

A primeira delas é escolher um mecânico de

confiança: “A fidelização permite ao profissio-

nal conhecer a forma de uso e os reparos que

já foram feitos no automóvel”.

Especialmente aos taxistas, é indicado que

todas as manutenções sejam registradas, para

melhor controle do próprio instrumento de

trabalho. “O motorista também precisa repas-

sar ao mecânico todas as informações possí-

veis sobre o carro e a forma de uso dele, além

de sempre comentar o que sente em relação

à utilização do carro, seja um ruído novo ou

alguma dificuldade que encontrou”, finaliza.Di

vulg

ação

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17tÁxi! EDIÇÃO 31

Confira a agenda dos principais eventos da cidade que é tudo de bom! Programe-se para aproveitar o melhor de São Paulo.

Para mais informações, acesse o site: visitesaopaulo.com

eventos em fevereiroO que vai agitar a metrópole nas próximas semanas

Uma parceria com o taxista e umserviço a mais para o passageiro

quarta

quinta

sexta

sábado

domingo

segunda

terça

01

02

03

04

05

06

07

2 e 3 de fevereiroWORKSHOP TÁTICAS DE INTELIGÊNCIA EM NEGOCIAÇÃO Local: Academia de Experiências Febracorp

4 a 7 de fevereiroFENINJER - 54ª FEIRA NACIONAL DA INDÚSTRIA DE JÓIAS, RELÓGIOS E AFINS Local: Transamerica Expo Center

5 a 7 de fevereiroLACTE - 7º ENCONTRO LATINO-AMERICANO DE VIAGENS CORPORATIVAS Local: Grand HyattSão Paulo

6 a 8 de fevereiroXIII COLÓQUIO PEDAGÓGICO ANUAL AFSP Local: Aliança Francesa de São Paulo

6 a 12 de fevereiroCAMPUS PARTY BRASIL 2012 Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi

7 a 9 de fevereiroINSPIRAMAIS - 5º SALÃO DE DESIGN E INOVAÇÃO DE COMPONENTES PARA COURO, CALÇADOS E ARTEFATOS Local: Centro de Convenções Frei Caneca

7 a 9 de fevereiro13º CONGRESSO DE COMPRAS E CADEIAS DE SUPRIMENTOS 2012 Local: Amcham-Câmara Americana de Comércio

7 a 10 de fevereiroCASTILHO - II CONGRESSO INTERNACIONAL DE LINGUÍSTICA HISTÓRICA Local: FFLCH - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP 7 a 11 de fevereiro

3º ABUP MÓVEL SHOW Local: Bienal do Ibirapuera

7 a 9 de fevereiroCONFERÊNCIA GESTÃO ESTRATÉGICA DA SAÚDE CORPORATIVA Local: Golden TulipPaulista Plaza

7 a 9 de fevereiroWIND FORUM BRAZIL 2012 4º FÓRUM NACIONAL PARA A GERAÇÃO EÓLICA Local: Holiday Inn Parque Anhembi

7 de fevereiroFÓRUM LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM INFRAESTRUTURA Local: Mercure São Paulo Vila Olímpia

2 de fevereiroVII ENCONTRO DO SETOR DE FEIRAS E EVENTOS Local: Sheraton São Paulo WTC Hotel

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eventos em fevereiroquarta

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8 e 9 de fevereiro3ª CONFERÊNCIA ASPECTOS RELEVANTES E POLÊMICOS DO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTALocal: Blue Tree Premium Paulista

8 e 9 de fevereiro18º WORKSHOP & TRADE SHOW CVC 2012Local: Expo Center Norte

8 a 11 de fevereiroABIMAD - 13ª FEIRA BRASILEIRA DE MÓVEIS E ACESSÓRIOS DA ALTA DECORAÇÃOLocal: Centro de Exposições Imigrantes

8 e 9 de fevereiro14ª CONFERÊNCIA GESTÃO INTEGRADA DE RISCOSLocal: Golden Tulip Park Plaza

11 e 12 de fevereiro22º PHOLIA NA LUZLocal: Parque da Luz

11 e 12 de fevereiroIV ENCONTRO INTERNACIONAL DE CÂNCER DA TIREÓIDELocal: Renaissance São Paulo Hotel

12 de fevereiro CIRCUITO DO SOL - ETAPA SÃO PAULOLocal: Estádio do Pacaembu

12 a 16 de fevereiro XXII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS MORFOLÓGICASLocal: Centro de Convenções Rebouças

13 a 17 de fevereiroSMW/SP 2012 - 3º SOCIAL MEDIA WEEK SÃO PAULOLocal: MIS - Museu da Imagem e do Som

13 a 15 de fevereiroIMTC BRASIL - 1º MONEY TRANSFER CONFERENCELocal: Tivoli São Paulo - Mofarrej

24 a 27 de fevereiro20ª CRAFT DESIGNLocal: Centro de Convenções Frei Caneca

24 a 28 de fevereiro24º ABUP SHOW - INOVA E RENOVA / 21ª PARALELA GIFT - FEIRA DE DESIGN E PRODUTOS CONTEMPORÂNEOSLocal: Pavilhão da Bienal do Ibirapuera

17 a 19 de fevereiroDESFILE DAS ESCOLAS DE SAMBA DE SÃO PAULO 2012Local: Sambódromo do Anhembi

27 de fevereiro a 1 de marçoGIFT FAIR 2012 - 44º BRAZILIAN INTERNATIONAL GIFT FAIR / D.A.D. - 15º SALÃO INTERNACIONAL DE DECORAÇÃO, ARTESANATO E DESIGNLocal: Expo Center Norte

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eventos em março

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1 a 3 de março 6ª EXPOCOSALocal: Pavilhão de Exposições do Anhembi

1 e 2 de março6º CONGRESSO DO DESC - DEPARTAMENTO E SERVIÇOS CREDENCIADOSLocal: Maksoud Plaza Hotel

01 a 03 de março08 a 10 de março15 a 17 de março1º RM NOW!Local: Tryp Itaim

2 e 3 de marçoFA SÃO PAULO - 72ª FEIRA DE JÓIAS FOLHEADAS, PRATA, AÇO, BIJUTERIAS E ACESSÓRIOS DE MODALocal: WTC Convention Center

4 de marçoVI MEIA MARATONA INTERNACIONAL DE SÃO PAULOLocal: Largada - Pça Charles Miller

6 a 8 de marçoFIELD SERVICES LATIN AMERICA 2012Local: Sofitel São Paulo

6 a 9 de marçoEXPO REVESTIR - FEIRA INTERNACIONAL DE REVESTIMENTOS / 10º FÓRUM INTERNACIONAL DE ARQUITETURA E CONSTRUÇÃOLocal: Transamerica Expo Center

8 a 10 de março2º CONGRESSO DO DEPARTAMENTO DE IMAGEM CARDIOVASCULAR DA SBC/ XVII CONGRESSO MUNDIAL DE ECOCARDIOGRAFIA E TÉCNICAS ALIADASLocal: Hotel Transamérica São Paulo

8 a 11 de marçoFEIPESCA -FEIRA INTERNACIONAL DE PESCA ESPORTIVALocal: Expo Center Norte

8 de março5º MOBILE INTELLIGENCE 2.0Local: Pullman São Paulo Ibirapuera

8 a 10 de marçoSIMASP - 35º SIMPÓSIO INTERNACIONAL MOACYR ÁLVAROLocal: Maksoud Plaza Hotel

8 a 10 de marçoENERGIA RENOVÁVEL - EXPOSIÇÃO E CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENERGIA RENOVÁVELLocal: Transamerica Expo Center

9 a 11 de marçoIMAGINE - X ENCONTRO DE RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO INRADLocal: Centro de Convenções Rebouças

9 a 11 de marçoNEUROJOVEM - 5º ENCONTRO DE NEUROCIRURGIÕES JOVENS DO ESTADO DE SÃO PAULO / 1º CONGRESSO BRASILEIRO DE ABORDAGENS CIRÚRGICASLocal: Universidade Nove de Julho - UNINOVE

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eventos em março

sábado

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Agenda de eventos:

O São Paulo Convention & Visitors Bureau é uma Fundação sem fins lucrativos mantida pela iniciativa privada, sua missão é promover, captar, gerar e incrementar eventos que aumentem o fluxo de visitantes a São Paulo. As datas e locais dos eventos podem ser alterados, consulte sempre a agenda de eventos no site do São Paulo Convention &Visitors Bureau: visitesaopaulo.com - [email protected]

Uma parceria com o taxista e umserviço a mais para o passageiro

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10 e 11 de marçoSALÃO DO ESTUDANTE - 19ª FEIRA DE INTERCÂMBIO E CURSOS NO EXTERIORLocal: Centro de Eventos São Luis

12 e 13 de março 6º WEB EXPO FORUMLocal: Centro de Convenções Frei Caneca

12 a 16 de marçoFEINCO - IX FEIRA INTERNACIONAL DE CAPRINOS E OVINOSLocal: Centro de Exposições Imigrantes

12 a 15 de março24ª FEIRA 1 A 99 BRASIL Local: Expo Center Norte

12 a 16 de marçoBRASILPACK - 8ª FEIRA INTERNACIONAL DA EMBALAGEM / EXPOGRAFICA - FEIRA INTERNACIONAL DA INDÚSTRIA GRÁFICA, PAPEL & TECNOLOGIA / FLEXO LATINO AMERICA - 4ª FEIRA INTERNACIONAL DE FLEXOGRAFIALocal: Pavilhão de Exposições do Anhembi

13 e 14 de março11ª CONFERÊNCIA QUESTÕES CONTROVERSAS EM PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIOLocal: Blue Tree Premium Paulista

13 e 14 de março10º FÓRUM PANROTAS - TENDÊNCIAS DO TURISMO 2012Local: Centro Fecomercio de Eventos

14 a 16 de março4º REAL ESTATE INVESTMENT WORLD Local: Renaissance São Paulo Hotel

15 e 16 de marçoFÓRUM DE SECRETARIADO, ASSISTENTES E ASSESSORESLocal: Golden Tulip Paulista Plaza

15 a 17 de março5º BRASIL GOLF SHOW 2012 / FÓRUM DE PALESTRAS / WORKSHOP DE TURISMO Local: Hotel Transamérica São Paulo

15 a 17 de março12º CONGRESSO DE CIRURGIA ESPINHAL Local: Maksoud Plaza Hotel

15 de março39º SENAC MODA INFORMAÇÃO Local: Palácio das Convenções do Anhembi

16 e 17 de marçoHORMOGIN - 18ª JORNADA DE HORMONIOTERAPIA EM GINECOLOGIA Local: Centro de Convenções Rebouças

16 e 17 de marçoSIIENF - III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE INFORMÁTICA EM ENFERMAGEM Local: Matsubara Hotel

16 e 17 de marçoII SIMPÓSIO EURO BRASILEIRO DE NEUROLOGIA Local: Sofitel São Paulo

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Guias & Roteiros

Para quem não vê a hora de cair na folia, as Escolas de Samba de São Paulo abrem suas quadras e dão uma mostra do que o vai ser o Carnaval 2012

Com um pé no CarnavalPor Gustavo Werneck

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Otempo acelera, faz um vôo rasante sobre as qua-dras e barracões das escolas de samba da cidade nesses poucos meses que antecedem a realização

do grandioso e aguardado evento. Aumenta a correria na confecção das fantasias e na produção dos carros alegóricos. Cresce o ritmo e o compasso nas mãos dos ins- trumentistas e nos pés dos passistas. Já é possível ouvir o som deste imenso coração bater e chamar a cidade para o carnaval.

Depois das festas de fim de ano, tudo é carnaval. Dá para notar pelo número de pessoas que passam a fre-quentar os ensaios que acontecem nas quadras das es-colas. “São eventos lotados, que atraem um público que

não se restringe mais só à comunidade”, esclarece Solange Cruz Bichara Rezende, vice-presidente de carnaval da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo.

A quantidade de pessoas que participam dos ensaios varia entre dois a cinco mil, dependendo da capacidade da agremiação. “O perfil dos fre-quentadores dos ensaios mudou. Antes eram ape-nas pessoas da própria comunidade, com poder aquisitivo menor. Hoje são pessoas das classes A e B, que aproveitam essa oportunidade para curtir o clima do carnaval desde o início do ano”, desta- ca Solange.

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Solange Rezende, da Liga das Escolas de Samba

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Os ensaios, que ocorrem ao longo do ano, recebem um público amplo nos meses de janeiro e fevereiro. Para os visitantes é a oportunidade de conferir o que vai ser apresentado na avenida e de se identificar com o tema da escola. “A escola ganha evidência e o público pode dei- xar de ser um simples visitante e passar a integrar a agremiação”, afir-ma Solange.

O esquenta começouSabe aquela sintonia da escola com o público, que faz a galera delirar

quando a agremiação entra na avenida? Trata-se de uma relação cultivada com carinho, e muitas vezes com verdadeira paixão. Um contato nutrido pela simpatia ou pela frequência em acompanhar cada passo da escola do coração. Os ensaios aprofundam o conhecimento dos visitantes sobre a escola e reforçam esse laço, quando não selam um compromisso ainda maior com o grupo.

“A participação do público externo é muito bacana, porque os visitan-tes têm a oportunidade de conhecer a nossa cultura e observam que para nós o carnaval não é oba-oba. Levamos a sério, é um verdadeiro estu-do”, afirma Bety Trindade, integrante da Comissão de Carnaval da Águia de Ouro.

É show No roteiro do carnaval, a festa não fica restrita apenas aos ensaios. Ali-

ás, o ensaio é a oportunidade para oferecer um algo a mais e, com isso, cativar a comunidade e os visitantes ainda mais.

Na Mancha Verde, parte dos ensaios contará com apresentações de samba e pagode. “Nossa motivação é levar grandes shows para a nossa comunidade, para que todos se divirtam e possam estar perto de grandes artistas”, afirma o presidente da escola, Paulo Serdan.

A escola espera receber quatro mil visitantes em cada ocasião. “O en-

sitar a capital pelo menos uma vez por mês. São pessoas que apreciam a hospedagem, os atrativos culturais e a gastronomia de São Paulo, mas que se queixam do transporte público e da limpeza. No ano passado, os turistas gastaram, em média, R$ 1595,82 durante o período de estadia (média de cinco pernoites).

saio é importante para que os in-tegrantes possam chegar ao car-naval com o samba na ponta da língua e também sabendo o que faremos durante o desfile”, co-menta Serdan. “E em relação ao público em geral, é interessante para que eles conheçam a nossa quadra, a nossa comunidade e, quem sabe, desfilem conosco”.

Para quem procura diversão, essa é mais uma, afirma o presidente. “Os ensaios vêm se tornando opção de balada”. Os ensaios gerais acontecem às quintas-feiras, com preço a partir de R$ 10 reais, e aos sábados, com shows e entrada a partir de R$ 20 reais.

FoliõesDisposta a desvendar quem são as pessoas que frequentam o carnaval

paulistano, a São Paulo Turismo (SPTuris), através do Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo, iniciou uma série de pesquisas anuais desde 2005, com pessoas que assistem aos desfiles das escolas do Grupo Especial no Sambódromo. Foi possível identificar quem são os foliões que não perderiam a oportunidade de conhecer e participar dos ensaios e dos encontros promovidos pelas escolas de samba.

O estudo, feito nos últimos cinco anos, revela que as mulheres são maioria. Em geral, o público do carnaval paulistano tem entre 30 e 49 anos e ensino médio ou superior completo. Os visitantes costumam vi-

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Paulo Serdan, presidente da Mancha Verde

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Escola Samba-enredo Endereço Ensaios Preço R$

CAMiSA VERDE “Éoamor” RuaJamesHolland,663 Quartaedomingo, 10,00 E BRANCO Barra Funda 21h Tel. 3392-4982

iMPÉRiO DA “Naóticadomeuimpério Av.Eng.CaetanoÁlvares,2042 Quartaesábado, entradafranca CASA VERDE o foco é você” Casa Verde 22h Tel. 3961-4956

x-9 PAULiStANA “Trazendoparaosbraços Av.LuisDumontVilares,324 Quarta,sextaedomingo, 10,00 do povo o coração do Parada Inglesa 20h Brasil, a X-9 Paulistana Tel. 2977-2146 desbrava os sertões dessa gente va ronil!”

ROSAS DE OURO “OReinodosJustus” RuaCel.EuclidesMachado,1066 Quarta,sextaedomingo, 20,00 Freguesia do Ó 21h Tel. 3931-4555

VAi-VAi “Mulheresque RuaSãoVicente,276 Quintaedomingo, brilham - A força Bela Vista 19h30 feminina no progresso Tel. 3266-2581 social e cultural do país”

ACADÊMiCOS DO “OesplendordaÁfrica Av.Mazzei,722 Quintaesábado, 10,00 tUCURUVi no reinado da folia” Tucuruvi 21h Tel. 2204-7342

MANCHA VERDE “Pelasmãosdomensageiro Av.AbrahãoRibeiro,503 Quintas,20h 10,00(quintas) do axé a lição de Odú Obará: Barra Funda e sábados, 21h e 20,00 (sábados) A humildade” Tel. 3361-2146

DRAGÕES DA REAL “Mãe,ventredavidae Av.Emb.MacedoSoares,1018 Quintas,20h30 10,00 essência do amor” Vila Anastácio e sábados, 21h Tel. 3831.4002

PÉROLA NEGRA “APedraqueCantaTambém RuaGirassol,51 Quintaedomingo, 10,00 Samba - Itanhaém, hoje a Vila Madalena 19h Pérola é você” Tel. 3812-3816

MOCiDADE ALEGRE “Ojuobá - No Céu, os Olhos Av. Casa Verde, 3498 Sexta, 19h30 e 5,00 (sextas) do Rei... Na Terra, a Morada Bairro do Limão domingo, 18h e 15,00 (domingos) dos Milagres... No Coração, Tel. 3857-7525 Um Obá Muito Amado!”

ÁGUiA DE OURO “Tropicalismo - O movimento Av. Pres. Castelo Branco, 7683 Domingo, 10,00 que não acabou” Marginal Tietê 20h Tel. 3872-8262

UNiDOS DE “Aforçainfinitadacriação: RuaCaboJoãoMonteiroda Quartasedomingos,21h 10,00(quartas) ViLA MARiA Vila Maria feita à mão” Rocha, 448 - Jardim Japão e sextas, 22h 20,00 (sextas e domingos) Tel. 2981-3154 (sócios não pagam)

GAViÕES DA FiEL “Verás que o filho fiel não Rua Cristina Thomas, 183 Terças e domingos, 21h 5,00 (terças e domingos)

foge à luta - Lula o retrato Bom Retiro e sextas, 22h 10,00 (sextas)

de uma nação” Tel. 3221-2066

tOM MAiOR “Paz na Terra e aos homens Rua Sérgio Tomás, 622 Terça, quinta e sábado, 10,00 de Boa Vontade” Barra Funda 21h Tel. 3494-9040

Obs.: A programação foi fornecida pelas Escolas de Samba e alguns eventos podem estar sujeitos a alterações

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25tÁxi! EDIÇÃO 31

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26 tÁxi! EDIÇÃO 31

O segredo da boa vizinhança

Aformação do ponto exatamente onde

está instalado desde 1982 parecia

algo natural no início da década de

80. Quatro taxistas costumavam parar na-

quele local para almoçar no restaurante que

fica do outro lado da rua. De repente, surgiu

a ideia de transformar em direito, o que já es-

tava consagrado pelo uso. Criar o ponto seria

questão de atender às formalidades necessá-

rias. Teoricamente, parecia simples. Na práti-

ca, nem tanto.

Os primeiros problemas estavam justamen-

te na burocracia. “Naquela época quase não

tinha ponto, tinha só uns três por aqui. Para

montar um era necessária certa quantidade

de pessoas, se inscrever e pagar taxa”, lem-

bra Edenilson Gomes da Silva, 55 anos e 34 de

profissão. Ele foi um dos taxistas convidados

Mundo táxi

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co

Do começo conturbado à conquista dos fregueses, ponto garante espaço e presta serviço excepcional aos clientes

a integrar a equipe que fundou o ponto; no

total eram 15 profissionais.

Para quem acompanhou de perto o começo

de tudo, a adequação do ponto às exigências

legais foi algo fácil de contornar, se compara-

da à resistência e oposição que tiveram que

enfrentar de uma parcela dos moradores do

entorno. “Muitos fregueses não queriam. A

vizinhança achava que faria barulho”, co-

menta Silva. Contudo, independente das

reclamações, a permissão foi concedida e

o ponto instalado. Nem por isso o impasse

foi resolvido.

“Os moradores achavam absurdo perder o

espaço”, explica Silva. “Então, tinha vezes

em que nós chegávamos aqui e o ponto esta-

va repleto de carros particulares - e nós não

podíamos estacionar”, acrescenta.

União e solidariedade

A insatisfação de alguns vizinhos exigiu,

inclusive, a mudança do ponto de local, que,

por algum tempo, funcionou na calçada da

frente. “Havia um senhor, que morava no pri-

meiro andar deste prédio em frente ao pon-

to, que não queria a formação do ponto. Só

queeleeraamigodoJânioQuadrose,como

não queria os taxistas ali, fomos obrigados a

mudar o ponto para o outro lado da rua”, re-

corda Silva.

Aparentemente eles não eram queridos por

ali, mas foi naquele momento que tiveram a

certeza de que não era bem assim. Um dos

vizinhos, o filósofo e escritor Paulo Eduardo

Arantes colaborou com os esforços dos taxis-

tas e fez um abaixo assinado para que eles

permanecessem onde estavam e a situação

Por Miro GonçalvesAderlindo Rolins de Moura, coordenador do ponto da Oscar Freire, se orgulha do bom trabalho e relacionamento de todos os colegas junto aos clientes

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27tÁxi! EDIÇÃO 31

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28 tÁxi! EDIÇÃO 31

foi revertida. “Felizmente nós tivemos muitas

pessoas a nosso favor, a maioria estava do

nosso lado”, revela o coordenador do pon-

to, Aderlindo Rolins de Moura, 70 anos e 37

como taxista.

Assim começava a ser escrita uma nova his-

tória: a de um ponto que hoje está integrado

à vida da região onde se instalou.

A boa vizinhança

“Hoje está tudo beleza. É como se fosse a

nossa casa, a convivência com a região é mui-

to boa”, avalia Silva. “Estamos bem concei-

tuados com os moradores, a nossa clientela é

10”, afirma Moura, com entusiasmo.

Depois do começo difícil, veio o momento

de desenvolvimento e da convivência pací-

fica. Agora, depois de três décadas, não são

poucos os taxistas que acompanham famílias

por gerações. Levaram mães grávidas ao pré-

natal e hoje levam as filhas nas mesmas con-

dições, resumem os taxistas.

“A maioria dos clientes que nós atendemos

aqui são médicos, funcionários de Hospital.

A nossa freguesia é classe alta, a gente aten-

de a Rua Oscar Freire, da Teodoro Sampaio

até a Rebouças, e ruas adjacentes”, desta-

ca Orlando Neves de Azevedo, 72 anos e 28

de profissão.

Atualmente, o ponto tem 19 taxistas, que

trabalham, em média, 12 horas por dia. Os

profissionais costumam chegar ao local a

partir das 5h e per-

manecem até às 2h.

Azevedo, apesar da

idade, é um dos mais

novos no grupo,

chegou faz três anos,

mas já fala com cari-

nho dos clientes. “É

uma freguesia muito

boa a que a gente

tem aqui”, comenta.

Com o passar do

tempo foi se esta-

belecendo uma re-

lação de confiança

e hoje o trabalho

nador, no cargo há seis anos, se esforça para

reforçar no dia a dia. “Eu converso muito com

os clientes e os oriento a conversarem comi-

go quando surge algum problema”, explica.

“Quandohá algumaqueixa, eu chamoo ta-

xista para conversar somente comigo, nunca

falo na frente de outras pessoas”, exemplifica.

A atitude reflete a personalidade de uma

pessoa naturalmente voltada à administra-

ção, e que dedicou mais de vinte anos como

coordenador ou auxiliar de coordenação do

ponto. “Administrador já nasce administra-

dor”, comenta Moura. “Além do ponto, eu já

administrei uma Igreja Batista por 14 anos.

Agora até torço para que alguém se habilite

a ser coordenador”, admite, provando que,

embora goste e tenha talento para a coisa, a

tarefa não é das mais simples.

Depois de uma jornada de dez horas de

trabalho como taxista, Moura assume a res-

ponsabilidade de zelar pelo patrimônio da

equipe, mas em nenhum momento se coloca

como soberano na tarefa de fazer as coisas

funcionarem: “existe norma, coordenadoria,

regras do departamento de transporte pú-

blico e do próprio ponto, mas quem manda

ali é a metade mais um, isso é democracia”.

Longe da praça, a realidade é outra: “em casa

eu sou substituto, quem administra o lar é a

mulher”, diverte-se.

Mundo táxi

Orlando N. de Azevedo só está há três anos no ponto mas ganhou a confiança dos clientes

Edenilson Gomes da Silva é um dos fundadores do ponto

dos taxistas do ponto é oferecer o melhor

serviço e atender às necessidades dos fre-

gueses. “Se estiver chovendo a gente pega

o passageiro na garagem do prédio para ele

não se molhar”, afirma Azevedo. “Eu tenho

um cliente que às vezes tem que reconhe-

cer firma no cartório, e, se ele não pode ir,

deixa os documentos para eu fazer isso para

ele”, completa.

O segredo do sucesso

Basta trocar poucas palavras com os ta-

xistas do ponto para notar que o bom rela-

cionamento com os clientes é resultado da

simpatia e do empenho em prestar o melhor

serviço. Essa boa relação atual é fortalecida

ainda mais pela pre-sença do coordena-

dor Moura, que de-

monstra habilidade

para mediar conflitos

e administrar as con-

tas, mas ele deixa o

mérito para a equi-

pe. “Eu tenho um

bom grupo”, resume.

O segredo desse

sucesso está apoiado

na organização e no

respeito, atributos

que, com paciência e

bom senso, o coorde-

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Até pouco tempo era comum ver taxis-tas circulando com o primeiro carro luxuoso que a Volkswagen lançou:

o Santana. Comercializado nos continentes americano, europeu, asiático e africano, atu-almente, ele é fabricado apenas na China, onde tem o status de modelo mais vendido do país e, claro, também faz sucesso entre os taxistas.

Conforto e estiloMontadora que se fortaleceu no Brasil pro-

duzindo modelos populares, a Volkswagen viu sair da linha de montagem alemã, em novembro de 1981, a solução para os proble-mas em atender a demanda do consumidor brasileiro por um carro mais confortável e de linhagem superior.

Inspirado na segunda geração do Audi 80, o primeiro Santana brasileiro foi lançado em 1984, e fez mais sucesso do que em seu país de origem, tendo sido produzido por 22 anos, até 2006, deixando mais do que saudade.

Uma legião de órfãos“É sempre triste ver um modelo que marcou

época deixar de ser fabricado”, conta Thya-go Szoke, presidente do Santana Fahrer Club, que teve a oportunidade de acompanhar a produção dos últimos modelos na linha de

montagem da fábrica, em São Bernardo do Campo. “Eu sempre gostei do Santana, desde pequeno quando o via nas ruas, e essa relação se intensificou quando o meu avô comprou um”, lembra Szoke. “Passei a minha infância em um Santana.”

Uma viagem ao passado do transporte urbano

Marcha a réUma viagem ao passado do transporte urbano

Santana: o queridinho dos taxistasFora de linha no Brasil, o Santana é campeão de vendas no outro lado do mundo

Por Marina Schmidt

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“Com o fim da produção, nós nos vimos órfãos, até porque não havia um sucessor definido para o Santana”, diz com a certeza de que não é o único a lamentar. “Até hoje, quando converso com algum frotista ou ta-xista, noto o quanto esse carro foi impor-tante e deixou saudade. Eles também se sen- tem órfãos”.

Entre as razões que fizeram o Santana con-quistar os taxistas, uma se sobressai: “Era um veículo projetado para durar”, reforça Szoke. Mas, claro, não foi só isso que fez dele o pre-ferido pelos profissionais do táxi. O Santana

também é lembrado pelo conforto, que fez com que se tornasse, ainda, um carro ideal para família.

Apesar da emoção, foi ali, diante da pro-dução do veículo, que Thyago Szoke identi-ficou as razões para o seu fim: “Percebemos que a produção do carro estava defasada. Era como olhar por uma janela do futuro e outra do passado”.

Sucesso na ChinaNa China, o Santana pode ser visto circu-

lando pelas ruas das principais cidades, como Shangai, onde também é preponderante na frota de táxis. “Nós do clube admiramos mui-to o Santana que é fabricado na China, pela receptividade do mercado e pela evolução in-corporada ao carro, que agrega itens nunca incluídos nas versões brasileiras”, esclarece o presidente do Santana Fahrer Club.

Agora, com a proeminência que a China vem apresentando no cenário mundial, os amantes do Santana alimentam a expectativa de um novo encontro com o modelo. “Ainda temos a esperança de que a Volkswagen traga da China alguns modelos para o Brasil, seria algo para colecionadores mesmo e para que pudéssemos perceber a evolução pela qual o carro passou”, conclui Szoke.

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Por Miro Gonçalves

Dormir é na camaNoticiado como causa menor, o sono ao volante figura como um problema tão grave quanto

o álcool na ocorrência de acidentes de trânsito

Pesquisas realizadas por organismos in-ternacionais revelam que nos últimos 20 anos, cerca de 12 milhões de pes-

soas perderam a vida em acidentes de trânsito e 250 milhões sofreram os mais variados tipos de ferimentos em todo o mundo.

No Brasil, o Ministério da Saúde comuni-cou que apenas no ano de 2010 foram gastos aproximadamente 190 milhões de reais no SUS (Sistema Único de Saúde), para atender pes-soas vítimas de acidentes no trânsito. Foram 145 mil internações no período, fazendo com que 35% dos leitos hospitalares nos prontos- socorros do país e quase 40% dos leitos de UTI (unidades de terapia intensiva) fossem ocupa-dos por vítimas de acidentes de trânsito.

Sono ao volanteSegundo o Dr. Marco Túlio de Mello, coorde-

nador do Centro de Estudo Multidisciplinar em Sonolência e Acidentes da Unifesp, entre 26% e 32% dos acidentes de trânsito são provoca-dos por motoristas que dormem na direção.

Desse total, entre 17% e 19% das ocorrências resultam em mortes no local do acidente. “No Brasil, em torno de 7380 pessoas, o que é algo muito grande”, avalia o pesquisador.

Para o Dr. Mello, a falta de sono pode ser tão ou mais grave como a ingestão de bebida alco-ólica no momento de dirigir. “A condução de um veículo nessas condições chega a ser mais perigosa do que dirigir um veículo alcooliza-do, porque o motorista não tem consciência do perigo que está correndo. As pessoas ten-tam resistir ao sono e quando ele vem, nem percebe que está dormindo ao volante. Dife-rente de estar alcoolizado, pois, o motorista tinha a consciência que estava bêbado e não podia dirigir”, enfatiza.

Saber a hora de pararPara quem enfrenta longas jornadas de tra-

balho ao volante, o especialista da Unifesp ressalta que cuidar do sono é fundamental. “A pessoa não pode dirigir depois de ter passado mais de 19 horas acordada. Para um motorista

Divu

lgaç

ão

O A a Z da direção defen

siva

Volante seguro

de táxi, por exemplo, depois de 9 horas traba-lhando, o risco de acidente já aumenta. Acima de 12 horas ele o duplica e acima de 14 horas ele triplica. É muito perigoso”, explica.

Vale lembrar que nada é melhor para dimi-nuir a sonolência do que dormir. Não existe um remédio, não existe medicamento, não existe nada que faça diminuir o sono depois que ele se instalou, lembra o Dr. Mello. “Esses remédios simplesmente atrasam o momento em que você teria mais sono, mas quando ele vem você nem percebe. Você vai frear porque viu uma manada de elefantes na sua frente e você viu isso mesmo, porque dormiu e sonhou de olho aberto”.

Uma soneca no próprio carro durante a jornada de trabalho pode ser uma alternativa para evitar problemas ao volante. O cochilo de 20 minutos, ou múltiplos de vinte (20 / 40 / 60 minutos) ajudam muito. “É lógico que isso não substitui o sono, mas para que se minimize a sonolência pode ajudar muito. O importante é parar em um local seguro”, finaliza o Dr. Mello.

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Lazer & Cultura

A cidade oferece um grande número de atrações para quem deseja aproveitar as férias e se divertir com a garotada

Por Gustavo Werneck

Enfim, as férias chegaram. Se isso não faz muita diferença para os adultos, para as crianças não resta a menor dúvida: é o

melhor período do ano. São praticamente dois meses sem tarefas e com todo tempo livre para brincar e se divertir.

Contudo, haja pique para acompanhar o ritmo da garotada, principalmente quando viajar não faz parte dos planos! Mesmo assim, não há desculpa para deixar o tédio tomar conta, pois São Paulo oferece um mundo de atrações para todos os gostos.

Há museus, centros culturais, livrarias, peças teatrais, contação de histórias, ofici-nas artísticas, curiosidades científicas e uma série de outras atividades para realizar com

os pequenos. E o melhor é que algumas op- ções são capazes de fazer você voltar a se sentir uma criança. Duvida? Confira, então, nossas sugestões!

Aprender é uma viagemBiblioteca de São Paulo

Foi-se o tempo em que as bibliotecas eram lugares quase sem vida. Hoje, muitas delas são projetadas para ser um espaço lúdico, onde brincadeira e aprendizado coexistem. Exemplo disso é a Biblioteca de São Paulo, inaugurada há dois anos no Parque da Juven-tude. Lá, não há idade ou hora para diversão e boas histórias.

O espaço infantil foi projetado para receber crianças de zero a três anos e também as fai-

Caia na brincadeira

Divu

lgaç

ão

xas etárias dos 4 aos 6, 7 aos 11 e dos 12 aos 17 anos. Há brinquedos, jogos, livros, filmes, música, internet e espaço para oficinas e con-tação de história.

Funcionamento: Terça a sexta-feira, das 9h às 21h

Sábados, domingos e feriados, das 9h às 19h

Avenida Cruzeiro do Sul, 2630 Santana (ao lado da estação Carandiru do Metrô)

Confira a programação cultural em www.bibliotecadesaopaulo.org.brInformações: 11 2089-0800

O Sabina Parque é uma das diversas atrações para que crianças e familiares possam curtir estas férias

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Sabina Escola Parque do Conhecimento

Localizado em Santo André, no ABC Paulista, o

espaço, que normalmente é aberto aos visitantes

nos finais de semana (durante a semana recebe ape-

nas visitas escolares), funciona de terça a domingo

para o público amplo durante o período de férias. É

a oportunidade que faltava para você e a garotada

explorarem todas as áreas do conhecimento.

Ciências, arte e tecnologia - tudo instiga a curio-

sidade e prova que coisas tão complexas podem ser

compreendidas da maneira mais simples. A Sabina

também conquista as crianças pelas atrações, como

os dinossauros, incluindo a única réplica existente

na América Latina do esqueleto de um Tyrannosaurus

rex; instrumentos musicais gigantes; simuladores de

fenômenos da natureza e mais de 60 experimentos

de física. Isso sem falar dos pinguins, que cativam de

imediato os visitantes. Só não se esqueça de levar um

lanchinho, a visita promete durar o quanto a curio-

sidade permitir, mas o local não possui lanchonete.

Para brincar até cansar

Parque Marisa

Indicado para divertir a garotada e trazer

boas lembranças aos adultos. Localizado em

Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, o Par-

que Marisa lembra um parque de diversão iti-

nerante, com brinquedos tradicionais, como

autopista e roda gigante, e jogos variados,

entre eles argolas, pescaria e tiro ao alvo -

tudo com direito a pipoca e cachorro quente.

A única diferença é que o Parque Marisa não

é itinerante.

Instalado desde 1987 no mesmo local, o

espaço oferece 20 brinquedos, do calmo e en-

cantador carrossel à montanha-russa.

Funcionamento (durante as férias escolares): terça a domingo, das 12h às 18h (fechamento da bilhe- teria às 16h)Rua Juquiá, s/nº, bairro Paraíso (entrada na altura do nº 135) Santo André Informações: 11 4422-2001

Funcionamento: todos dias, das 6h às 22h

Alameda Iraé, 35 - esquina com a Avenida Indianópolis

Informações: 11 3396-6543 Entrada franca

Parque das Bicicletas

Ótima pedida para quem quer ensinar a criançada a pedalar ou acompanhá-las no percurso das pistas - asfaltadas e com 3 mil metros de extensão. O Parque das Bicicle-tas está localizado próximo ao Parque do Ibirapuera, em área bastante arborizada e segura. Além das ciclovias, o espaço oferece uma pista de caminhada, espaço para patins, skates, patinetes, área de lazer e quiosque.

Viva o verdeParque Zoológico

Uma experiência que, sem dúvidas, irá agradar as crianças é realizar uma visita ao Zoológico de São Paulo. São aproximada-mente 3,2 mil animais, que representam a importância da diversidade e da preservação de espécies e habitats naturais.

A visita vale para aproveitar o contato com a natureza e também atividades como pas-seios noturnos e visitas monitoradas (ambas precisam ser agendadas previamente pelo telefone 5073-0811 ramais 2119 ou 2081 Divisão de Ensino e Divulgação).

Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h, com fechamento da bilheteria às 16h

Avenida Miguel Stéfano, 4241 - Água Funda

Informações: 11 5073-0811 www.zoologico.sp.gov.br

Funcionamento: sábados, das 16h às 24h,

e domingos e feriados, das 14h às 23h30

Av. David Domingues Ferreira, 01 - Itaquera

Informações: 11 2056-4599

www.parquemarisa.com.br

Kart in Jaguaré

Indicada para crianças acima de 6 anos, a

pista infantil admite crianças com altura

máxima de 1,40m, possui 300 metros de ex-

tensão e é coberta. Essa é a opção de lazer

que faz as crianças sentirem o gostinho da

velocidade e assumirem o papel de pilotos. Só

não se esqueça de ficar atento às recomenda-

ções: é necessário o uso de calça comprida e

sapatos fechados presos aos pés para garantir

a segurança da brincadeira. O espaço possui,

ainda, pista para adultos, jogos eletrônicos

e lanchonete.

Funcionamento: de segunda a sexta, das 14h às 17h30, sábados, domingos e feriados, das 8h30 às 23h30

Avenida Jaguaré, 1133 - Jaguaré

Informações: 11 3716-0070

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com pessoas diferentes”. Em tão pouco tempo,

não foram poucas as pessoas que deixaram

histórias para ele contar.

Era uma vez

Uma das primeiras coisas que Raposo des-

cobriu como motorista de táxi é que “taxista

tem que conhecer a cidade para poder indicar

opções para os passageiros”. E ele se dá bem

seguindo essa premissa.

Foi assim que, certa vez, proporcionou a

duas senhoras e uma menina um passeio pela

cidade. “Era domingo, elas queriam passear

e não sabiam para onde”, conta. O shopping

não era opção para elas, então Raposo lem-

brou que naquele dia acontecia um evento

importante na cidade: a Parada Gay. “Mas

elas também não queriam”. Ponto turístico,

a grande sacada! Raposo sugeriu o Parque do

Ibirapuera. “Elas gostaram, mas chegando lá

não queriam descer e andar”. Faltava enten-

der melhor quem eram aquelas pessoas e do

que gostavam.

“Como a menina gostava de animais, indi-

Por Estela Guerreiro

João Raposo é uma pessoa que surpreen-de pela vontade e pelo prazer com que se dedica ao trabalho. Graduado como

jornalista em 1986, vinte e cinco anos depois, assumiu o desafio de ser taxista.

Ao ser indagado sobre a nova profissão, Raposo diz que não tem muitas histórias para contar. Afinal, o que poderia ser dito em tão pouco tempo como motorista de táxi, pro-fissão que assumiu há apenas nove meses? Porém, após alguns minutos de conversa, ele prova que está completamente enganado. Além de boas histórias para contar, ele enten-de bem a segunda profissão que escolheu.

Aos 48 anos, e com mais de 27 de atuação como fotógrafo, ele descobriu o prazer de se dedicar a outra área, bastante diferente dos estúdios fotográficos, dos eventos que acompanha e dos fatos que registra com sua câmera.

“Eu perdi um irmão taxista e resolvi assumir o táxi”, explica sobre a nova atividade. “Estou gostando muito”, confessa em seguida. “Es-tou gostando da dinâmica e da convivência

quei o Simba Safari. E fomos fazer o passeio. Fiquei com elas das 11h às 14h, ganhei o pas-seio, uma boa corrida e elas ainda me deram caixinha. No final, ainda sugeri um lugar para elas almoçarem”, revela.

Entre a lente e o taxímetro Empreendedor Raposo possui um pequeno

estúdio fotográfico e se organiza para conse-guir manter as duas atividades. Isso porque, apesar de sua paixão pela fotografia, ele de-monstra que ser taxista vale a pena e que, no final, é com as corridas que tem saído “do bu-raco”. “Eu prefiro o táxi, mas o ruim, o ponto negativo, é o trânsito. O lado bom é que eu gosto de prestar esse serviço”, afirma.

Quandoestáemumacorrida,elevêmaisdoque o cotidiano da cidade, enxerga momentos e situações que merecem ser registrados com sua câmera, mas, por vezes, tem que abrir mão do prazer da foto pela responsabilidade do taxista. “Eu vejo a cena, a bela foto, belas imagens e, às vezes, até informações - coisas que acontecem - mas o meu objetivo é atender o passageiro”, finaliza.

José

Lui

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ão

Raposo, o taxista fotógrafoFormado em jornalismo e fotógrafo há mais de 27 anos, tendo clicado personalidades como Neymar, Ronaldo

e o Rei Roberto Carlos, entre outras, Raposo vive um momento de redescobertas a bordo de um táxi

Perfil taxista

João

Rap

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Informações: 11 3392-1524email: [email protected]

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CuriosidadesA origem do Leão do Imposto de Renda

Começo do ano é tempo de prestar contas para a Receita Federal ou, mais comum, prestar contas ao Leão. O animal soberano, reconhecido pela força e imponência, foi escolhido como símbolo do Imposto de Renda em 1979. A intenção da campanha publicitária da insti- tuição era mostrar que ela não seria conivente com a sonegação fiscal. Embora a imagem tenha sido desvinculada do órgão com o passar dos anos, permanece muito forte entre os cidadãos, que aproveitaram a oportunida- de para sugerir o quão feroz pode ser esse felino.

Sampa Street

42

Roda Solta

Quadrinho

Túnel 9 de JulhoQuando foi inaugurado, em 1938, o Túnel

9 de Julho foi adotado pelos paulistanos como um símbolo da Revolução de 32, a principal mobilização cívica da história do Estado. O movimento armado tinha como objetivo der-rubar o governo provisório de Getúlio Vargas e o dia 9 de julho marca o início da revolução. Ironicamente, Getúlio Vargas foi um dos con-vidados que acompanhou a inauguração do túnel seis anos depois do início do conflito.

Instalado na avenida de mesmo nome, na região entre os bairros Bela Vista e Jardim Paulista, o túnel passa sob a Avenida Paulis-ta, no trecho em que estão o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e o Parque Trianon, além de ser uma das mais importantes vias da cidade. Diariamente, milhões de veículos trafegam por ali.

O que pouca gente sabe é que o nome oficial do túnel não é 9 de Julho. Na verdade, não ha-via nome oficial para a obra, fato que justifi-cou um tributo sem qualquer relação com a re-presentação que o local ganhou desde que foi inaugurado. Em 2001, como forma de home-nagear o Dr. Daher Elias Cutait, um importan-te membro do Hospital Sírio-Libanês falecido naquele ano, a prefeita Marta Suplicy tomou a polêmica decisão de dar ao túnel o nome dele.

Contudo, dificilmente o local é reconhecido hoje pelo nome que se tornou oficial em 2001 e tramita na justiça um pedido para que seja adotado o nome “9 de Julho” para o túnel e que outro ponto seja destinado para homena-gear o médico. Fonte: São Paulo Antiga

Gust

avo

Gom

es

PiadaUm advogado é surpreendido dirigindo em alta velocidade. O guarda chega para ele e diz:

- Por favor, posso ver sua habilitação?

- Não tenho, ela foi caçada na última blitz por eu ter estourado os pontos permitidos.

- Você não tem habilitação? Então me deixe ver o documento de propriedade do veículo.

- Não o tenho, o carro é roubado.

- Como é? O carro é roubado?

- Aliás, pensando melhor, quando fui guardar a arma no porta-luvas, lembro-me de ter visto uma pasta e eu acredito que lá estejam os documentos do carro.

- Você tem uma arma em seu porta-luvas?

- Claro, meu amigo. Tive que matar a dona do carro e jogar o corpo no porta-malas.

O guarda fica desesperado e diz:

- Aguarde um minuto, por favor.

O policial chama o Capitão pelo rádio e relata todos os detalhes. O Capitão envia vários policiais ao local, que cercam o carro e, com suas armas em punho, exigem que o advogado desça do carro.

Nessa hora, chega o Capitão e diz ao advogado:

- Posso ver sua habilitação?

- Claro, aqui está, diz o advogado, entregando-a ao Capitão.

- O veículo é seu?

- Sim, Senhor. Aqui estão os documentos.

- Por gentileza, abra seu porta-luvas lentamente.

O advogado abre o porta-luvas, que está vazio.

O capitão, então, pede que ele abra o porta- malas do veículo, no que também é pronta-mente atendido. O Capitão, indignado, diz:

- Eu não entendo, o guarda que o abordou disse que o senhor não tinha habilitação, que o carro era roubado, que o senhor estava armado e que havia um corpo no seu porta-malas...

O advogado responde com cara de espanto:

- Olha que mentiroso! Aposto que ele dis-se também que eu estava trafegando em alta velocidade!

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