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E-commerce volta aos guetos Tecnologias que podem melhorar a segurança ANP terceiriza gestão de infraestrutura Ano 6 | nº 60 | agosto de 2010 www.tiinside.com.br

Revista TI Inside - 60 - Agosto de 2010

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Revista TI Inside - 60 - Agosto de 2010

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E-commerce volta aos guetos

Tecnologias que podem melhorar a segurançaAnp terceiriza gestão

de infraestruturaAno 6 | nº 60 | agosto de 2010 www.tiinside.com.br

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>editorial

Instituto Verificador de Circulação

Presidente Rubens Glasberg Diretores Editoriais André Mermelstein Claudiney Santos Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski

EditorClaudiney Santos

RedaçãoJackeline Carvalho

(Comunicação Interativa)

ColaboradoresClaudio Ferreira e Fausto Fernandes

TI Inside OnlineErivelto Tadeu (Editor)

Pedro Canário (Repórter) Victor Hugo Alves (Repórter)

ArteEdmur Cason (Direção de Arte); Débora Harue Torigoe

(Assistente); Rubens Jardim (Produção Gráfica); Geraldo José Nogueira (Edit. Eletrônica);

Alexandre Barros e Bárbara Cason (colaboradores)

Departamento ComercialManoel Fernandez (Diretor)

e Francisco Cesar Jannuzzi (Gerente de Negócios); Marco Godoi (Gerente de Negócios Online)

e Ivaneti Longo (Assistente)

Gerente de Circulação Gislaine Gaspar

Gerente de Marketing Patricia Soderi

Gerente AdministrativaVilma Pereira

TI Inside é uma publicação mensal da Converge Comunicações - Rua Sergipe, 401, Conj. 603,

CEP 01243-001. Telefone: (11) 3138-4600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP.

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Jornalista ResponsávelRubens Glasberg (MT 8.965)

ImpressãoIpsis Gráfica e Editora S.A.

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista, sem autorização

da Glasberg A.C.R. S/A

CENTRAL DE ASSINATURAS 0800 014 5022 das 9 às 19 horas de segunda a sexta-feira

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REDAÇÃO (11) 3138-4600E-mail [email protected]

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Ano 6 | nº 60 |agosto de 2010 | www.tiinside.com.br

Cloud computing promete uma era de ouro para serviços gerenciados

>sumário

Cloud computing. Esta nova febre pode mudar o jogo dos serviços gerenciados de TI no Brasil, especialmente para pequenas e médias empresas, segmento no qual a adoção ainda é muito

tímida e quase que limitada a projetos de hosting. A matéria de capa dessa edição mostra que a terceirização de TI e Telecom apresenta grande potencial de crescimento em 2010, dando prosseguimento a adoção acelerada dos serviços gerenciados.

Mas uma pesquisa realizada pela consultoria ASM com 1.200 empresas no final de 2009 mostrou a insatisfação das corporações com a capacidade dos fornecedores no estabelecimento de contratos que atendam às reais necessidades das contratantes.

Não por acaso, para a IDC, a cobrança sobre os departamentos de TI para redução de custos aliada a eventuais cortes de pessoal interno vai impulsionar ainda mais a contratação de serviços terceirizados de infraestrutura em 2010, além de projetos relacionados ao desenvolvimento de soluções de adequação às normas regulatórias, fiscais e contábeis. Ainda de acordo com a IDC, para compensar a contínua queda das margens, as corporações têm recorrido a práticas como cloud computing. Para alguns provedores, a aceleração de serviços nos modelos da “nuvem”, como SaaS (software como serviço) e IaaS (infraestrutura como serviço),

aumenta ainda mais a migração para serviços gerenciados. Uma nova “era de ouro” no mercado de serviços tem início com o cloud computing.

Outra tendência que promete melhorar a rentabilidade das empresas de serviços, mais especificamente aquelas dedicadas ao desenvolvimento terceirizado de software, é a adoção das metodologias ágeis. Inicialmente adotadas para o ambiente de internet e soluções que exigem imediatismo, as ferramentas ágeis avançam no mercado brasileiro, com exemplos claros de redução de custos, aumento de produtividade e de satisfação do cliente final.

Também nesta edição, na reportagem sobre e-commerce, mostramos como a atuação em nichos de mercado pode ser interessante aos empreendedores. O comércio pela internet agora explora o conceito one-to-one e oferece descontos e promoções mais próximas ao habitat do cliente. Na maratona de crescimento, destacamos o iPad, que ganhou projeções globais pelas mãos deste mesmo usuário final, e agora começa a ganhar envergadura corporativa com uma grande variedade de aplicações. As soluções vão desde o BI até sistemas bancários e de investimentos. Vale conferir.

Boa leitura!

Claudiney SantosDiretor/editor

[email protected]

Capa: EDITORIA DE ARTE/CONVERGE

nEWS6 Segurança duvidosaRedes sociais e web 2.0 reduzem segurança de TI nas empresas, diz estudo

7 ExpansãoMercado mundial de smartphones cresce 50% no segundo trimestre

8 BI no varejoRiachuelo busca visão única das informações corporativas

GESTÃO10 alta produtividadeCassems compra infraestrutura como serviço em contrato de R$ 48 mil mensais

12 TI terceirizadaANP fecha outsourcing de gestão de ativos

MERCADO14 ipad corporativoPlataforma da Apple ganha soluções atrativas às empresas

SERVIÇO28 artigoService level management em contratos de serviços gerenciados

30 Metodologia ÁgilProposta revoluciona o desenvolvimento de software

InFRAESTRUTURA32 SegurançaAs sete tecnologias que devem aproximar as empresas da proteção total

34 Gerenciamento de acessoNovos riscos forçam mudanças de portifólio de produtos

InTERnET36 aldeia virtualE-commerce incorpora conceito one-to-one

SERVIÇO18 CapaCloud computing alavanca serviços gerenciados no País

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>newsSegurança duvidosa

Livre de impostos

As redes sociais e aplicações de web 2.0 reduzem a eficiência da segurança de TI das empresas, de

acordo com estudo da Check Point Software, fornecedora de soluções de segurança para internet. O levantamento mostra que 82% dos gerentes de TI entrevistados acreditam que as redes de relacionamento, aplicações de internet e widgets (pequenas aplicações de web móvel) ocasionam significativa redução de segurança para as organizações.

Entre os riscos provenientes da web 2.0, os executivos de TI citaram vírus, malware e perda de dados. Ainda de acordo com o estudo, 77% das empresas pretendem implantar uma solução para

abordar tais vulnerabilidades nos próximos cinco anos.

O relatório mostra que as empresas consideram que os funcionários têm um papel preponderante para ajudar a reduzir os riscos da web, mas dizem que eles “raramente ou nunca consideram as possíveis ameaças à segurança corporativa ao realizar downloads de aplicativos da internet, streaming de vídeos e músicas, e quando entram em redes sociais”.

Como resultado, a pesquisa alerta que a educação e conscientização são necessárias para ajudar os usuários finais a perceberem a importância do seu papel na manutenção da segurança de TI da organização.

Os leitores de livros eletrônicos (e-readers) estão incluídos na Instrução Normativa 1.059 da Receita Federal que desonera de Imposto de Importação (IPI) alguns produtos trazidos do exterior por turistas brasileiros para uso

pessoal. A nova norma vale a partir de 1º de outubro, quando entra em vigor. Ela estabelece que bens considerados de uso pessoal estão isentos de tributos, exceto computadores pessoais e filmadoras.

Consultada, a Receita Federal informou que os e-readers somente serão considerados de uso pessoal se não tiverem a mesma configuração de um computador. Assim, o Kindle se enquadra

entre os produtos que podem ser trazidos para o Brasil como bens de uso pessoal, sem a necessidade de pagamento de imposto.

Redes sociais e web 2.0 reduzem segurança de TI nas empresas, diz estudo

e-readers poderão ser trazidos do exterior sem imposto

esclarecimento: na reportagem "sob o signo do Paypal", publicada na edição de julho, identificamos Renato gonzaga como sendo da empresa Webpagamentos, quando o nome correto da organização é Clearsale.

IBM e Mcdonald’s lançam sistema de pagamento sem dinheiro

A IBM assinou um contrato de três anos com a rede de lanchonetes McDonald’s para oferecer uma solução de pagamento sem dinheiro para 1,3 mil restaurantes

próprios e franqueados por todo o Reino Unido e Irlanda. O valor do acordo não foi revelado pelas empresas.

Segundo a fabricante, a nova solução ajudará o McDonald’s a atender a um número crescente de clientes por meio do pagamento por cartões de débito e de crédito, cujo sistema está previsto para entrar em operação até o fim do ano.

Os restaurantes da rede de lanchonetes atendem milhões de clientes todos os dias e a solução da IBM permitirá que o

McDonald’s aumente a velocidade, flexibilidade e a segurança do

serviço. Os níveis de segurança, segundo a empresa, serão aumentados ainda mais com o software de detecção de fraude e contra adulteração instalado nos dispositivos manuais de cartão com chip.

A solução vai permitir também ao McDonald’s a encontrar formas mais inteligentes de realizar as operações cotidianas, com a centralização dos processos comerciais em um banco de dados único que permitirá pagamentos e emissão de comprovantes automatizados, afirma a IBM. Com a instalação desses novos processos, os franqueados da rede de lanchonetes – empresários independentes que operam a maioria dos restaurantes – poderão visualizar e consultar os dados de cartão de seus próprios clientes de modo que as questões possam ser resolvidas rapidamente.

Moeda Big Mac

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Explosão de vendas

Mercado mundial de smartphones cresce 50% no segundo trimestre

As vendas de PCs no Brasil totalizaram 6,2 milhões de unidades no primeiro semestre, volume 20% superior ao

mesmo período de 2009, quando foram comercializadas 5,1 milhões de máquinas, de acordo com estudo encomendado à IT Data pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

As vendas de desktops tiveram queda de 1%, totalizando 3,2 milhões de equipamentos, enquanto que as de laptops, incluindo notebooks e netbooks, cresceram 54%, para 3 milhões de unidades. Somente no segundo trimestre foram comercializados 3,31 milhões de PCs, aumento de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando atingiu 2,81 milhões de computadores. O destaque ficou para os notebooks, cujas vendas alcançaram 1,68 milhão de equipamentos, contra 1,62 milhão de desktops, um aumento de 43% na

comparação anual. De acordo com o relatório da Abinee, o

segmento corporativo foi responsável pela compra de 1,3 milhão de PCs no segundo trimestre, aumento de 26% em relação ao mesmo período de 2009. A entidade ressalta que o comércio ilegal voltou a perder participação de mercado, com um recuo de 31% no que se refere a desktops e de 18% no que diz respeito a notebooks.

Levando em consideração os números do primeiro semestre, a Abinee prevê que as vendas de PCs terão expansão de 17% neste ano, ficando em 14 milhões de unidades. Para 2011, a estimativa é que o número chegue a 15,8 milhões de unidades, quando os desktops responderão por 45% do mercado e os notebooks, incluindo os netbooks, por 55%.

A remessa global de smartphones totalizou 63 milhões de unidades no segundo trimestre, o que representa uma expansão de 50% na comparação com os 41,9 milhões de aparelhos vendidos em igual

período do ano passado, de acordo com dados da IDC.Segundo a consultoria, o resultado foi impulsionado pelo crescimento

das vendas de smartphones baseados no sistema operacional Android, do Google. Quatro dos dez maiores fabricantes do mercado que vendem predominantemente aparelhos equipados com Android tiveram expansão superior a 100%.

A Nokia se manteve na liderança do mercado, embora tenha perdido participação, a qual recuou de 40,3%, no segundo trimestre de 2009, para 38,1% no período de abril a junho deste ano. A Research In Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, também viu seu market share recuar de 19,1% para 17,8%, na mesma base de comparação.

As empresas que se beneficiaram com isso foram a Apple, HTC e Samsung. A fabricante do iPhone elevou a participação de

mercado para 13,3% no segundo trimestre, a fabricante taiwanesa HTC aumentou o market share para

7,6%, enquanto que a companhia sul-coreana fechou o período com

parcela de 4,8%.

negócios na área de PCs crescem 20% no primeiro semestre

O crescimento dos gastos das empresas com TI deverá chegar a 2,9% neste ano em todo o mundo, totalizando US$ 2,4 trilhões, de

acordo com novo estudo divulgado pelo Gartner. A consultoria reduziu a previsão de 4,5% feita anteriormente. No ano passado, o investimento das empresas em TI totalizou US$ 2,33 trilhões.

A consultoria ressalta, porém, que apesar de inferior a projeção inicial, o crescimento neste ano deve representar uma recuperação em relação ao ano passado, quando o gasto das empresas com TI foram 5,9% menores que em 2008.

O Gartner aponta o setor de utilities como principal responsável pela expansão dos investimentos, respondendo por 4,7% do aporte total, ou US$ 125,5 bilhões. A consultoria prevê, ainda, que os gastos dos bancos com TI devem chegar a US$ 390,48 bilhões neste ano, alta de 2,8%, e do segmento de comunicações e serviços a US$ 392,5 bilhões, aumento de 3,6%.

Com participação também relevante na receita, o setor de manufatura e recursos naturais gastará 2,6% a mais com TI neste ano, investindo US$ 426,08 bilhões. Já para 2011, a consultoria estima que os gastos das empresas com TI crescerão 3,5% na comparação com este ano.

Gartner revê para baixo gastos das empresas com TI

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>news

A Riachuelo acaba de fechar um contrato de Business Intelligence (BI) com a IBM para criar uma

interface única das informações de vendas. O varejista buscava uma infraestrutura capaz de integrar seus sistemas legados, o ERP e o novo ambiente de BI. Para isso, adquiriu da IBM solução end-to-end para BI, com camada de integração de dados baseada em Infosphere DataStage, que viabiliza alta performance, conectividade e garante maior integridade ao data warehouse baseado em DB2 9.7. Na camada analítica a Riachuelo optou pela solução Cognos 8 BI, responsável pelo gerenciamento e análise da informação.

O projeto ainda contempla a implementação do aplicativo Cognos 8 Mobile, que permitirá à diretoria e aos executivos de operações visualizar relatórios, análises e outros conteúdos de BI por meio de dispositivos móveis, como smartphones e BlackBerry. Para este projeto, a IBM contou com o parceiro de negócios RCI Consulting.

Com a adoção das ferramentas de BI a

às demandas dos consumidores. “Identificamos na IBM o parceiro que

precisávamos para construir este projeto. A empresa demonstrou conhecimento do negócio, ferramentas robustas e expertise em implementação, além de trazer para a Riachuelo uma arquitetura aberta que nos ajudará em projetos futuros”, disse Elias Bittar, CIO da Riachuelo.

BI no varejoRiachuelo quer ter visão única das informações corporativas, a partir de fonte segura e de fácil acesso aos processos de vendas

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Riachuelo terá uma visão única e sincronizada de suas informações, de acordo com a necessidade de negócio. Isso proporcionará uma fonte de dados confiável e de fácil acesso a todo o time de vendas, possibilitando uma tomada de decisão de negócio mais precisa, um aumento no controle de orçamentos e, consequentemente, um melhor atendimento

Engenharia ativa

Desde a abertura de capital, em julho de 2007, a MRV Engenharia, construtora focada no segmento de imóveis populares,

começou a avaliar os sistemas de gestão do mercado, tendo visitado algumas construtoras mexicanas como benchmark. Com o forte crescimento e conseqüente profissionalização, a construtora decidiu implementar um projeto de R$ 7 milhões, com duração de 18 meses, para otimizar seu processo de gestão.

A tarefa foi confiada à Softtek, fornecedora global de soluções de Tecnologia da Informação e de Processos de Negócio, que foi responsável pela implementação da plataforma de gestão SAP, para 700 usuários do sistema. Uma escolha que, segundo Reinaldo Ferreira Sima, diretor de tecnologia da MRV, se baseou no aprimoramento da solução SAP nos últimos anos, que contou

com implementações importantes nas principais construtoras do País, como Cirella e Gafisa.

“Houve amadurecimento tanto da solução como da nossa empresa, que cresceu e ganhou mais maturidade interna nos processos, culminando na profissionalização da gestão como um todo”, afirma Sima. Fabrizio de Araujo Batista, da área de Tecnologia e Negócio da MRV, acompanhou todo o processo de implementação do projeto, e acredita que a evolução das consultorias no segmento de construção civil também ajudou na decisão. “A partir do momento que elas começaram a entender como adotar SAP no nosso segmento, os fatores críticos sumiram”, diz Batista, ao explicar os fatores que resultaram em algumas falhas de implementação que aconteceram no passado.

Com projeto da softtek, construtora MRV aprimorou plataforma de gestão para suportar o crescimento ocasionado pela abertura de capital

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>gestão

modelo de investimento que permite às empresas, de quaisquer segmentos, o acesso a ambientes completos e atualizados de TI, sem a necessidade de investimentos iniciais pesados.

“Fora a parte do banco de dados, tínhamos um parque de hardware já degradado, com três ou quatro anos de uso, e o novo contrato nos permitirá atualizar as máquinas quase que integralmente ainda neste semestre”, diz José Eduardo Davi.

De acordo com ele, a implementação da infraestrutura prevista no contrato deve ser concluída no início de setembro, e a meta é reduzir o tempo de resposta de consultas ao banco de dados em 300%. Atualmente, diz o executivo da CASSEMS, o cliente espera na frente do médico cerca de 10 minutos para obter autorização para uma consulta. A meta é que esta autorização seja instantânea.

A CASSEMS - Caixa de Assistência dos Servidores do Estado do Mato Grosso do Sul – mudou procedimentos internos para aumentar

a satisfação dos seus 155 mil segurados. Em 2008, a companhia lançou o serviço “Autorizador on-line”, com o qual passou a permitir que seus clientes solicitem automaticamente autorização para procedimentos – consultas, exames, internações, etc. Um modelo que tinha tudo para dar certo, não fosse a degradação da infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação, prejudicada pelo excesso de solicitações ao banco de dados.

“Aumentou muito a procura por novos planos de saúde, além das requisições de serviços, o que acarretou uma demanda ao sistema de informática”, relata José Eduardo de Paula Davi, coordenador de infraestrutura da Cassems. Segundo ele, somente os pedidos de autorização para consultas e procedimentos saltaram de 300 para 2.500 usuários em seis meses. “Isso sobrecarregou o banco de dados e exigiu uma reformulação quase que total do sistema de TI da empresa”, completa.

Para se ter ideia do volume de solicitações, o “Autorizador on-line” integrou mais de 2 mil credenciados à CASSEMS, entre consultórios, clínicas, laboratórios e hospitais. Todos passaram a solicitar autorizações remotamente e a esperar respostas dentro do prazo estabelecido pela companhia. Para consultas médicas, por exemplo, o tempo de resposta deveria ser imediato.

Mas a CASSEMS possuía apenas

Contrato de Infraestrutura como serviço, orçado em R$ 48 mil mês, estabelecido entre a Cassems e Cimcorp, prevê a terceirização de storage, do suporte técnico e a virtualização da infraestrutura legada, além da implantação de uma ferramenta de service desk

um servidor de banco de dados IBM DB2 para atender tanto ao serviço interno (administrativo, sistema de gestão empresarial, o sistema odontológico, almoxarifado, etc.) quanto o sistema de autorizador. E com os recursos no limite, a empresa resolveu procurar no mercado uma solução que conseguisse gerenciar o alto número de usuários com agilidade e sem causar indisponibilidade do sistema.

A Cimcorp, empresa especializada em serviços voltados à otimização de performance, contingência, alta disponibilidade e gestão de infraestrutura de TI, foi contratada para zelar pela infraestrutura de TI, sob o conceito de Iaas (Infraestrutura como Serviço), pelo qual será remunerada em R$ 48 mil mensais.

O contrato, cujos serviços foram iniciados em junho, terá duração de três anos. A oferta de IaaS (Infraestrutura como Serviço) da Cimcorp possui

JACkELInE CARVALhO

Alta produtividade

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>gestão

tecnológico, 2 mil chamadas por mês ao serviço de suporte; 1,5 Petabyte de dados e aplicações que são disponibilizadas pelo website do órgão.

MobilidadeOutra função da empresa nacional

especializada em outsourcing em TI, a Dedalus, é o suporte à ANP Itinerante, um programa no qual a agência vai até as cidades para orientar as equipes em várias atividades, a começar pela fiscalização. O trabalho consiste na gestão de todos os aplicativos e sistemas necessários para que a estrutura fiscalizadora da ANP se mantenha em atividade.

A companhia treina e dá suporte aos fiscais para a utilização das aplicações e sistemas em cada uma das unidades da Agência. “O entrosamento obtido entre as equipes da Dedalus e a ANP facilita solução de problemas”, diz o executivo.

O outsourcing de TI garante que o pessoal da agência esteja interligado a partir da utilização, em tempo real, das aplicações de negócios, banco de dados e redes em elevado nível de disponibilidade e de segurança.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) é o órgão regulador das atividades que integram o mercado de extração,

industrialização e distribuição de petróleo e seus derivados no Brasil, sendo responsável pela regulamentação, contratação e fiscalização das atividades e execução da política nacional para o setor. A instituição, criada em 1997, engloba aproximadamente 120 mil agentes regulados, que são os distribuidores, postos de combustíveis, usinas de asfalto, GLP, exploradores de petróleo e transportadoras. Um mercado movimenta 11% do Produto Interno Bruto brasilerio e deve crescer ainda mais a partir da exploração do pré-sal nas próximas décadas.

Para que suas atribuições sejam plenamente executadas, a ANP necessita de uma infraestrutura de TI com falhas próximas a zero, além de uma gestão azeitada e funcionando de modo ininterrupto. Parâmetros que levaram a Agência reguladora a firmar contrato com a Dedalus, em fevereiro de 2009, para a administração de toda a infraestrutura de TI, incluindo serviços, equipe especializada e suporte tecnológico às unidades operacionais, para o controle, a regulação e a fiscalização da indústria de derivados de petróleo do Brasil.

Como administração de TI entende-se a gestão e o suporte para a continuidade operacional das aplicações de negócios, banco de dados, service desk e redes, monitoramento dos links de comunicação, atividade que permite que os mais de 1.500 usuários distribuídos no escritório central no Rio de Janeiro, na sede da entidade em Brasília, além de São Paulo e

sob responsabilidade da dedalus, modelo engloba o atendimento e o apoio operacional às equipes de regulação, controle e fiscalização relativas à indústria de derivados de petróleo

Salvador, possam executar suas tarefas de forma produtiva.

Segundo Adriano Ignatti, coordenador geral do núcleo de informática da ANP, departamento que reúne 40 profissionais, a Agência conta com cerca de R$ 5 milhões de patrimônio em TI, aproximadamente 70 servidores, 1.500 pontos de rede (de 100 a 1 Gigabyte por minuto), estrutura de correio eletrônico, política de backup, monitoramento de todo o ambiente

FAUSTO FERnAnDES

AnP terceiriza gestão da infraestrutura

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“Todo funcionamento da

nossa infraestrutura de

TI deve operar de forma dinâmica para garantir a

execução das nossas

obrigações, permitindo a

troca de informações e comunicação

entre a AnP e toda a cadeia da

indústria petrolífera no

Brasil”ADRIAnO IGnATTI,

DA Anp

AMBIENTE DE TI DA ANP

• CerCa de r$ 5 milhões de patrimônio em ti

• aproximadamente 70 servidores

• 1.500 pontos de rede (de 100 a 1 GiGabyte)

• estrutura de Correio eletrôniCo

• polítiCa de baCkup

• 1,5 petabyte de dados

• Website

Agência nacional do petróleo, Gás natural e Biocombustíveis conta com:

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Sua empresa estápreparada para competir?

Todos os seus recursos estão alinhados para maximizarseus pontos fortes? Quando a margem de erro tem queser menor do que nunca, empresas de alta performancenão devem apenas pensar e planejar melhor do quea concorrência. Devem executar a estratégia melhorque a concorrência. Excelência operacional é essencialpara a conquista de alta performance. Para sabercomo nossas pesquisas e experiência podem ajudara transformar execução em arma competitiva, visiteaccenture.com.

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>mercado

A plataforma da Apple já extrapola o consumidor pessoal e começa a invadir a seara corporativa com uma grande variedade de aplicações. Propostas vão desde soluções de BI e voltadas para a força de vendas até sistemas bancários e de investimento para as empresas

O iPad virou febre. Em poucos meses o tablet da Apple já ultrapassava a barreira dos 3 milhões de máquinas vendidas

em todo o mundo, atiçando a cobiça de todos os fabricantes de plataformas computacionais que aceleraram seus projetos e prometem lançamentos ainda este ano. Previsões de mercado, como a da Canalys, apontam que o mercado de tablets deve comercializar 12,5 milhões de unidades ainda este ano, crescendo com a projeção de 66 milhões de máquinas vendidas até o final de 2014. O resultado de toda essa movimentação é que os aplicativos, inclusive os corporativos, já começam a surgir em bom número.

Para corroborar com a febre do iPad, que por enquanto reina soberano e movimenta o mercado – muito fortemente baseado na marca Apple, que se tornou um sonho de consumo, existem outros números. De forma despretensiosa, a Citrix fez uma pesquisa em seu site local com 558 profissionais – clientes existentes e em potencial – que acessaram o site da empresa no último mês e 80% deles

comprariam o iPad para uso corporativo (veja mais informações no Box “Eles Querem” com outros dados da pesquisa).

“Na verdade, a pesquisa não me surpreendeu, os usuários querem migrar seus aplicativos para iPhone, e com o iPad fica ainda mais simples. A Apple achou que o produto seria restrito ao uso doméstico e eles ficaram surpresos com a entrada no mundo corporativo. Há 4 anos os tablets entraram e não deu muito certo, mas o usuário agora deseja a plataforma”, garante Luíz Szente, gerente de desenvolvimento de negócios da Citrix Brasil.

Na avaliação de Flavio Bolieiro, vice presidente para a América Latina da MicroStrategy, já entraram no Brasil algo entre 10 mil e 20 mil iPads, mesmo ainda sem uma distribuição formal do produto localmente. “Para consolidar a adoção nas corporações falta uma venda local com suporte, algo que deve acontecer muito

rapidamente. A robustez da plataforma e a facilidade de uso fora do ambiente do escritório são muito interessantes”, aponta.

Quebrando a portaComo exemplo de utilização que

extrapola o uso doméstico, Bolieiro cita a informação de que o exército norte-americano avalia as máquinas para uso em ambientes hostis como em lugares de batalhas e oferece seu próprio exemplo. “Quando vejo tecnologia não é tudo que me atrai, mas uso o iPad no dia-a-dia e transformei o notebook em um desktop, ele fica parado no escritório

e o iPad me acompanha na rua. Ele deixa o notebook com uso mais restrito e deve matar os netbooks por ser mais prático e mais robusto. Ele abre e já está funcionando e tem processador de texto, e-mail, acesso web, planilhas etc. Até mesmo o risco de ser assaltado é menor”, aponta Bolieiro.

A pressão do usuário doméstico,

CLAUDIO FERREIRA

o iPad chegou às corporações

entre as apliCações que devem miGrar mais rapidamente para a plataforma estão o e-mail, sistemas de vendas, bi e Crm

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como em outras plataformas, é importante para que as corporações despertem e comecem a analisar os tablets como mais uma opção de plataforma computacional. “No ambiente impessoal das empresas, as pessoas querem algo personalizado como o iPad e esse fator pode até mesmo aumentar a sua produtividade”, admite Szente, da Citrix.

A adoção então tende a ser bem rápida, motivada em parte pelo preço do iPad, que lá fora custa algo como US$ 500. “Acredito que para quem tem força de vendas e busca uma nova plataforma será algo bem rápido. Já para quem fica interno no escritório não faz muito sentido. O mercado ainda tem uma certa desconfiança quanto à segurança, por ser uma plataforma nova, mas eu não vejo qualquer problema”, garante Bolieiro, da MicroStrategy.

Entre as aplicações que devem migrar mais rapidamente para a plataforma estão o e-mail, claro, sistemas de vendas, BI e CRM, principalmente integrados ao GPS, eo que reforça a característica de mobilidade para força de vendas. Nos Estados Unidos, o setor de saúde já descobriu a plataforma e substitui a antiga prancheta ou mesmo os handhelds pela “prancheta eletrônica”.

Até mesmo o receio inicial das corporações em investir em uma plataforma nova se dissipa quando é possível virtualizar as aplicações e apenas mostrar as informações sem que os dados estejam nele. Uma forma de tornar isso realidade é com as plataformas da Citrix, empresa que já vislumbrou essa possibilidade.

Já migreiNo entanto, outras fornecedoras,

como a MicroStrategy, já migram suas aplicações diretamente, bastando para o usuário fazer o download para sua máquina diretamente da AppleStore, da Apple. No caso, o MicroStrategy Mobile, plataforma para o desenvolvimento de aplicações de business intelligence, já está portada para o iPhone e o iPad , e incrementa os recursos nativos destes dispositivos. A aplicação está disponível inclusive em uma versão gratuita para 25 usuários com download no website da companhia.

O MicroStrategy Mobile permite às corporações estender os gráficos,

relatórios corporativos e dashboards de informações para o iPad. E o BI móvel da companhia é uma extensão lógica do BI tradicional, mas exige muito mais desempenho e capacidade para servir populações de usuários ainda maiores.

As aplicações do MicroStrategy Mobile são construídas da forma “apontar e clicar” e não exigem nenhuma codificação. Entre as funcionalidades estão a integração pronta para uso com o Google maps, facilitando a visualização de dados

geoespaciais e rápida identificação de localização; teclas multi-touch; movimentações de dados; integração de apps, o que inclui e-mail, browser e mensagem de texto, assim como apps de terceiros, como redes sociais ou soluções de pagamento e ainda sistemas corporativos existentes ou

fontes de dados; queries baseadas em sensores como receptores de GPS, medidores de aceleração e leitor de código de barra; e captura de informação móvel a partir de sensores dos dispositivos, como câmeras ou leitores de código de barras, o que reduz a necessidade de entrada manual de dados.

“No nosso caso não existe nenhuma barreira em migrar para o iPad, basta colocar um pedaço do software no servidor corporativo e tudo está disponível. O usuário final precisa apenas carregar o aplicativo para a máquina pela AppleStore, e nós já alocamos lá para os clientes. Por já termos feito com o iPhone tudo ficou mais dinâmico e rápido”, admite Bolieiro. Mesmo internamente, a MicroStrategy está fazendo um investimento pesado na plataforma, capacitando os seus engenheiros, consultores e equipes de marketing. E ainda na força de vendas global da companhia que deverá ter até o fim deste ano 400 iphones, 800 ipads e cerca de mil blackberrys.

iBankline disponívelContrariando em parte a máxima

de que o setor financeiro, mesmo sendo o maior investidor em TI do

país, seria conservador na adoção de novidades, o Itaú acaba de lançar aplicativo para o iPad, tornando-se a primeira instituição financeira local a estar presente no dispositivo móvel. A primeira versão é voltada para os clientes premium do Personnalité e o aplicativo traz todas as

“Para consolidar a adoção nas corporações falta uma venda local com suporte, algo que deve acontecer muito rapidamente. A robustez da plataforma e a facilidade de uso fora do ambiente do escritório são muito interessantes”FLAVIO BOLIEIRO, DA MICROSTRATEGy

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eles queremOs números em destaque da pesquisa da Citrix com executivos:

80% 80% 56%Comprariam

o ipad para uso Corporativo

das empresas deixariam o seu

funCionário usar o ipad para o

trabalho

das empresas têm intenção de

Comprar o tablet para seus

funCionários

o merCado de tablets deve ComerCializar 12,5 milhões de unidades ainda este ano, CresCendo

Com a projeção de 66 milhões de máquinas vendidas até o final de 2014, seGundo Canalys

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1 6 T I I n s I d e | A g o s T o d e 2 0 1 0

>mercadofuncionalidades já existentes no iPhone, porém com uma tela inicial mais completa, mostrando informações como saldo resumido, foto e contatos do gerente do cliente, fatura do cartão de crédito com atalho para pagamento e notícias.

A navegação também é totalmente adaptada para iPad, com uma experiência de uso dinâmica. “Essa é mais uma inovação a serviço dos nossos clientes, em que tornamos o Itaú disponível em mais um canal diferenciado. Somos um banco tecnológico por natureza e nada mais natural do que oferecer nossos produtos e serviços nas ferramentas mais modernas com o objetivo de aumentar ainda mais a nossa proximidade”, apontou Ricardo Guerra, diretor de sistemas de canais de atendimento do Itaú Unibanco.

O aplicativo permite ainda a localização de agências, caixas eletrônicos e dispensadores de cheque mais próximos. E ainda possui recursos como: atalho com os principais indicadores de mercado e também os canais de atendimento do Itaú 30 Horas. Para baixar o aplicativo, que é gratuito, o correntista precisa acessar a loja de aplicativos da Apple (App Store) e fazer o download.

“Estamos adaptando os demais aplicativos para que estejam também disponíveis no iPad”, finaliza Guerra. Ainda em 2008 o Itaú foi o primeiro

banco a lançar uma solução especialmente criada para o iPhone para navegação via Internet. No geral, atualmente, o Itaú possui cinco aplicativos para o irmão mais velho do iPad: Itaú, Itaú Uniclass, Itaú Personnalité, Itaú Empresas e Mobile Broker (para serviços de investimento) e deve migrar toda essa gama de possibilidades também para o tablet.

ações no tabletJá a Valemobi apresentou na

última CIAB, feira do setor bancário, o Valebroker Anywhere, aplicativo que permite aos usuários utilizarem diversos meios para acesso à plataforma, incluindo os smartphones de última geração, tablets como o

iPad e a web. O Valebroker é uma plataforma de negociação de ações, na qual o usuário pode executar ordens de compra e venda de ações em tempo real. Além disso, ele permite acompanhar as cotações dos ativos da Bolsa de Valores de São Paulo, visualizar ofertas e fazer os investimentos nos ativos de renda variável com base em gráficos inteligentes.

“O público financeiro gosta disto, percebemos que precisamos ter um serviço dedicado para cada público, e isto leva ao iPad. Estamos conversando com as instituições do setor, um banco e uma corretora, para ter 300 usuários até o final do ano na plataforma. Toda semana recebemos convites para desenvolver aplicações em outras áreas, mas estamos focando em finanças”, garante Nelson Massud, executivo da Valemobi Software. Ele, ao contrário da MicroStrategy, aponta que foi necessário reescrever tudo do iPhone para o iPad.

Como vislumbre de futuro, Massud acredita em uma explosão de aplicativos para o setor de educação, que deve adotar a plataforma como uma opção para netbooks e notebooks. Já Szente, da Citrix, aposta que em 2012 o mercado de tablets estará consolidado no país. “Mas ele já começa a ser uma realidade hoje”, conclui.

“A Apple achou que o produto

seria restrito ao uso doméstico e

eles ficaram surpresos com a

entrada no mundo corporativo. Há 4

anos os tablets entraram e não deu muito certo,

mas o usuário agora deseja a

plataforma”LUíz SzEnTE, DA

CITRIx BRASIL

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De olho no mercado que o iPad abriu e que o Kindle – e-reader da Amazon – gera, os fabricante disponibilizam modelos made in brazil. O mais conhecido é o e-reader da

Positivo, o Alfa, que assim como o Kindle é mais indicado para a leitura de e-books, porém chega perto dos tablets. Já o Leve, da Infosphera, é um tablet voltado para o uso corporativo.

O Alfa já chegou ao mercado de varejo e tem tela de 6 polegadas e tecnologia touchscreen (sensível ao toque). Mais leve que um livro e mais fino que uma revista, pesa somente 240 g e tem 8,9 mm de espessura, 170 mm de altura e 124 mm de largura. Seu poder de armazenamento, no entanto, é o de uma espaçosa biblioteca: com 2 GB de memória, ele armazena até 1,5 mil livros e ainda permite expansão da memória com cartão Micro SD. A bateria do Positivo Alfa é recarregável e tem longa duração: é possível folhear até 10 mil páginas antes que ele desligue. Outro destaque é o Dicionário Aurélio já instalado e que pode ser consultado simultaneamente à leitura.

A linha de tablets Leve, da Infosphera, empresa nacional especializada em tecnologia embedded, é destinada a profissionais em constante movimento e que necessitam de uma ferramenta robusta e segura. Baseado na estrutura da CPU industrial

embedded Intel Atom Z510, ele possui uma tela LCD de 8,9 polegadas com tecnologia touch screen e ajuste automático de luminosidade e oferece a possibilidade de múltiplas plataformas de sistema operacional e configurações do equipamento de acordo com a necessidade da aplicação.

Em relação à conectividade, é possível ter os módulos WiFi, Bluetooth, GPRS ou 3G, GPS e USB 2.0 integrados no produto. Além disso, o Leve pode ser configurado com 1 ou 2 GB de memória RAM, com HD do tipo compact flash de 4 a 64 GB, até 2 câmeras para fotos e videoconferências, microfone, alto-falante, leitor de códigos de barras uni ou bidimensionais e leitor de cartões do tipo Mifare.

A empresa tem expectativa de entrar em mercados como: área de saúde, utilities e facilities, logística e construção civil. “Quando falamos em ambientes agressivos, logo pensamos no chão de fábrica. Mas uma aplicação na área da saúde, onde os equipamentos precisam ser limpos e desinfetados, também pode ser considerada hostil. E o que dizer de uma empresa de construção pesada que precisa se conectar com engenheiros e trabalhadores dentro de caminhões, prédios em construção”, projeta Rui Freitas, diretor comercial e operacional da InfoSphera.

tablets e e-readers made in brazil

Page 17: Revista TI Inside - 60 - Agosto de 2010

Conheça as soluções que trazem mais eficiência à saúde

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fundamental para a melHOria dOs prOcessOs, cOlabOraçãO e atendimentO aO paciente.

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Page 18: Revista TI Inside - 60 - Agosto de 2010

>serviço

1 8 T I I n s I d e | A g o s T o d e 2 0 1 0

CLAUDIO FERREIRA

A terceirização de TI e Telecom apresenta grande potencial de crescimento em 2010, dando prosseguimento a adoção acelerada dos serviços gerenciados. Mas quais os fatores de sucesso que norteiam os investimentos das empresas? Como Cloud Computing entra nesse jogo? Além de responder a estas questões, as ofertas e expertises dos provedores, a necessidade de conhecer o business do cliente, entre outros pontos, são investigados a seguir

Conforme revela estudo feito especialmente pela consultoria ASM para o Guia de Serviços de Telecomunicações e

TI, da Converge, o grau de satisfação das grandes empresas usuárias dos diversos tipos de prestação de serviços gerenciados está em alta: 42% superior ao ano anterior e na maioria dos casos (45%) igual a 2009. Com base nesse estudo, a 3ª edição do Seminário Serviços Gerenciados de TI e Telecom vai abordar os fatores de sucesso que norteiam os investimentos das empresas, e a TI Inside também investiga o tema.

Não por acaso, para a IDC, a cobrança sobre os departamentos de TI para redução de custos aliada a eventuais cortes de pessoal interno vão impulsionar ainda mais a contratação de serviços terceirizados de infraestrutura em 2010, além de projetos relacionados ao desenvolvimento de soluções de adequação às normas regulatórias, fiscais e contábeis. Ainda de acordo com a IDC, para compensar a contínua queda das margens, as corporações têm recorrido a práticas como cloud computing.

Para se ter uma ideia do crescimento do mercado, na América Latina, a indústria de outsourcing de TI movimentou cerca de US$ 8,4 bilhões em receita em 2009, um crescimento de 6% na comparação com 2008. O número que tende a saltar para US$ 13,9 bilhões em

serviços gerenciados: outsourcing é a ordem

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2013, registrando um crescimento médio composto anual de 8,2%, de acordo com estimativas do Gartner.

E a expectativa é que o mercado brasileiro siga sua trajetória de crescimento até 2013 com taxas superiores ao restante da América Latina e sobretudo em relação aos Estados Unidos e Europa. As previsões para o crescimento local não são menores que dois dígitos, e, em alguns casos, chega aos 12% ou 15%, turbinado pela prática da “nuvem”.

Franca expansãoServiços gerenciados se

configuram como a melhor alternativa para as corporações, especialmente por fatores como a redução do TCO da infraestrutura, o acesso a equipes capacitadas, maior escalabilidade e disponibilidade de seu ambiente. Ter acesso às melhores práticas de gestão de TI e Telecom é a base de tudo.

A grande tendência do mercado de serviços gerenciados, para vários provedores, atende pelo nome de cloud computing. Afinal, é cada vez mais comum que as corporações busquem parceiros de TI que forneçam soluções padronizadas para hospedarem seus ERPs, storage ou e-mails na plataforma. “Utilizamos o modelo Dynamic Computing, que oferece ao mercado corporativo o Private Cloud, com garantia de total funcionamento da operação, com baixo custo e segurança”, argumenta Dominik Maurer, vice-presidente executivo de administração e finanças (CFO) da T-Systems.

Para alguns provedores, a aceleração de serviços nos modelos da “nuvem” como SaaS (software como serviço) e IaaS (infraestrutura como serviço), aumenta ainda mais a migração para serviços gerenciados. “Vivemos um momento único, comemoramos o melhor mês de nossa história, cloud computing já tem um grande impacto para nós. Somos parceiros da Google e tivemos um excelente mês, passamos do conceito – que em abril de 2008 foi utilizado pela primeira vez – à realidade. Cloud mexeu com a base de tudo o que fazemos, viabilizando uma série de projetos”, garante Maurício Fernandes, fundador e presidente da Dedalus.

O executivo admite que esperava o sucesso e uma maior demanda por cloud apenas em 2011, porém a

adoção tem se mostrado acelerada, com mais de 200 consultas por mês. “O retorno de um projeto é incomparável, ainda mais se o cliente ainda usa mainframe”, compara. Na escalada do serviço, a Dedalus oferece ainda apoio na gestão de mudança interna das corporações, facilitando o endomarketing e preparando o terreno para a realidade da “nuvem”.

No Brasil, a terceirização dos serviços de gerenciamento, especialmente para pequenas e médias empresas, tem sido ainda muito tímida e quase que limitada a projetos de hosting, porém cloud e mesmo uma nova visão dos clientes pode mudar esse jogo.

Maduro ou não?Assim como existem diferentes

modelos de outsourcing, alguns deles até que acabam se “passando” por algo que não são de fato. “O que ocorre com freqüência é o body shop de mão-de-obra para gerenciar o ambiente de TI e Telecom, utilizando-se de ferramentas e processos dos próprios clientes. Isso, porém, não pode ser considerado terceirização”, alerta Paulo Roberto Carvalho, diretor de negócios da área de GOIS (Global Outsourcing and Infrastructure Services) da Unisys Brasil.

A visão geral é que as corporações estão mais maduras no processo de outsourcing de serviços gerenciados. Um modelo de serviço que ganhou força no ano 2000, e que em 10 anos foi amplamente adotado pelas empresas a ponto de, hoje, podermos considerá-lo maduro e testado. “O mercado evoluiu muito nos últimos 5 anos. O cliente está bem melhor preparado, conhece as práticas de ITIL e Cobit, implementou conceitos de governança e acelerou o grau de maturidade e excelência dos provedores”, garante João Fabio de Valentin, vice-presidente de serviços e soluções para América Latina da Siemens.

Existe uma busca por modelos baseados em SLA para substituir as alocações de profissionais e as empresas já aceitam a execução de atividades fora de sua supervisão. “Os serviços remotos ganharam força. Na CPM Braxis, por exemplo, gerenciamos data centers do mundo

“o que está mudando é a expectativa de cortar despesas, que agora é mais no médio e longo prazo. Antes, a expectativa era imediata e levava os usuários a insatisfação”ELBER RIBEIRO, DA CpM BRAxIS

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T empo de resposta, disponibilidade mensal, indicadores de desempenho, gerenciamento de crises e continuidade de negócios, além de preparação do contrato para expansão dos serviços devem ser muito bem

especificados antes da contratação. Um acordo de nível de serviço deve basear-se em alguns parâmetros, sendo que

dois tópicos são fundamentais ainda na fase de elaboração do projeto, o benchmark e o histórico dos indicadores da própria empresa. E eles podem ser traduzidos como:

Benchmark: é fundamental analisar os dados de mercado antes de escrever o que a empresa precisa. Normalmente, os usuários de uma empresa já passaram por outras corporações e trazem uma expectativa de mercado. Logo, é preciso entender o que eles esperam do serviço.

Histórico dos indicadores da própria empresa: analisar o que seus clientes internos já experimentam de nível de serviço é útil. Reduzir o que se tem pode ser arriscado. Converse com seus clientes internos e valide o que eles pensam. Só as áreas de negócios podem saber o que é bom para elas. Atue como facilitador, não como definidor.

o Contrato ideal

Page 20: Revista TI Inside - 60 - Agosto de 2010

SAIBA COMO OS SERVIÇOS DE OUTSOURCING E BPO PODEM SER DIFERENCIAIS ESTRATÉGICOS PARA SUA EMPRESA NO EVENTO QUE ACOMPANHA ANUALMENTE A EVOLUÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM TI.

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Estratégia de Outsourcing e BPO alinhada aos seus negócios.

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O Outsourcing que entende o seu negócio

RealizaçãoPromoçãoParceiro de MídiaPatrocínio VIP PARA PATROCINAR (11) 3138.4623comerc ia [email protected]

INSCRIÇÕES 0800 77 15 028www.convergecom.com.br/eventos

ASSUNTOS QUE SERÃO ABORDADOS NO SEMINÁRIO:

• Outsourcing de Sistemas de Informação, Gestão de Aplicações, Outsourcing de Redes e Desktop

• Gestão de Aplicações Hosted e Hosting de Infraestruturas

• Gestão de Armazenagem e Documentos

• Gestão de Segurança e Risco• Gestão de back offi ce e front offi ce• Outsourcing de Processos de

Negócios Verticais• BPO

APENAS NA AMÉRICA LATINA, A INDÚSTRIA DE OUTSOURCING DE TI MOVIMENTOU CERCA DE US$ 8,4 BILHÕES EM RECEITA EM 2009

O MERCADO DE BPO – GESTÃO DE PROCESSOS DE NEGÓCIOS – EM 2011 DEVERÁ GERAR MUNDIALMENTE US$ 234,1 BILHÕES.

NO BRASIL, O SEGMENTO PREVÊ CRESCIMENTO DE 20% A 25% AO ANO, EM MÉDIA, NOS PRÓXIMOS ANOS.

Page 21: Revista TI Inside - 60 - Agosto de 2010

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O MERCADO DE BPO – GESTÃO DE PROCESSOS DE NEGÓCIOS – EM 2011 DEVERÁ GERAR MUNDIALMENTE US$ 234,1 BILHÕES.

NO BRASIL, O SEGMENTO PREVÊ CRESCIMENTO DE 20% A 25% AO ANO, EM MÉDIA, NOS PRÓXIMOS ANOS.

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>serviço

2 2 T I I n s I d e | A g o s T o d e 2 0 1 0

inteiro a partir de São Paulo e Salvador, sem ter uma pessoa sequer onde ficam estes ativos e os clientes já não se incomodam tanto com isto”, garante Elber Ribeiro, diretor adjunto de managed services da CPM Braxis.

Mas a visão da maturidade é multifacetada. Do ponto de vista de conscientização da importância e dos benefícios, para Carvalho, da Unisys, no entanto, é possível considerar que o mercado brasileiro encontra-se em um estágio intermediário. Diante da “lupa” da implementação está muito aquém dos Estados Unidos e Europa. Outro ponto destacado é que ainda se pensa na terceirização como uma medida exclusiva de redução de custos.

Apesar do maior interesse, os serviços gerenciados encontram algumas barreiras para se firmarem, como a necessidade dos fornecedores ampliarem os casos de sucesso para convencer os clientes da viabilidade da oferta. “Entendo que os CIOs já estão sensibilizados, mas eles encontram dificuldades para vender essa necessidade internamente, pois as empresas não estão acostumadas a comprar de uma forma diferente da tradicional”, alerta Nelson Mendonça, diretor de operações da Alog Data Center.

Eu compro, tu compras...O perfil de quem investe nessa

modalidade de serviço é bem amplo. Empresas que tratam TI como missão crítica e possuem nível de exigência alto, por exemplo, encontraram dificuldades na seleção e retenção de talentos nesta área de atuação e têm ampliado a busca por terceirização.

“As empresas multinacionais com sede nos Estados Unidos e Europa são as que mais terceirizam este tipo de serviço, por orientação da matriz”, garante Carvalho, da Unisys. Para ele, as que investem menos são as empresas estatais, que adquirem as ferramentas e, eventualmente, contratam mão-de-obra técnica terceirizada para operá-las. “As corporações locais, especialmente as familiares, também impõem restrições para terceirizar a TI”, conclui.

Valentin, da Siemens, corrobora com a visão de que as multinacionais largaram na frente, e a razão seria os programas de aumento de competitividade que vieram de suas

matrizes no exterior. Mas ele já enxerga novidades no front. “Já temos em nossa carteira de clientes empresas de médio porte, que perceberam os benefícios tangíveis de terceirizar a gestão da infra-estrutura de TI e Telecom. Elas também não

possuem condições de responder a todas as demandas das áreas de negócio e precisam contar com parceiros para cuidar da operação, enquanto a equipe interna fica em uma camada mais tática e estratégica”, admite o executivo.

Tanto médias como grandes empresas fazem parte do foco da operação da Diveo. “Temos uma segmentação muito diversificada de clientes. Até temos uma demanda de pequenas empresas que nos procuram e, dependendo do projeto, podemos atender, mas não vamos atrás deles. Posso atender um mínimo de duas caixas postais em telecom, porém não justifica ter uma política específica para esse porte de cliente”, garante J. Peyon, diretor de canais e marketing da Diveo.

Na T-Systems, os clientes que mais terceirizam são as do segmento de manufatura, especialmente montadoras e autopeças, muito por conta da proximidade e relação estreita com o setor pelo parentesco com a Volkswagen, e ainda telecom e varejo. “As que menos contratam, mas que estão buscando a terceirização de seu parque de TI são: as dos setores financeiro – os bancos, no que diz respeito à infraestrutura –, educação,

construção e Governo”, admite Maurer. Para outros provedores, entre os segmentos que menos contratam estão não apenas as empresas mais tradicionais como as que possuem processos pouco definidos, o que dificulta a transição.

práticas e demandasA maior parte dos clientes de

serviços gerenciados ainda tem a boa e velha meta de redução de custos como seu maior driver. “O que está mudando é a expectativa de cortar despesas, que agora é mais no médio e longo prazo. Antes, a expectativa era imediata e levava os usuários a insatisfação”, admite Ribeiro, da CPM Braxis.

Como aponta Peyon, o cliente ainda busca uma saída para reduzir seus custos, porém ver isto como algo estanque está mudando. “Cortar os gastos é uma das prioridades, entretanto a corporação já busca um provedor que ofereça um serviço centralizado e convergente”, admite.

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na amériCa latina, a indústria de outsourCinG de ti movimentou CerCa de us$ 8,4 bilhões em reCeita em 2009, número que tende a saltar para us$ 13,9 bilhões em 2013, de aCordo Com estimativas do Gartner

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Entre os processos de maior demanda está a gestão da infraestrutura de TI. A principal motivação é o aumento no nível de serviço, com garantias adicionais alinhadas com as necessidades de negócio, e ainda acesso a equipes com conhecimento mais amplo e experiência para enfrentar os desafios de se manter um ambiente de TI estável e com a escalabilidade necessária. A justificativa é a economia e padronização para atendimento às demandas dos usuários finais.

Outra prática importante é o serviço de gerenciamento de servidores, que através de processos bem estruturados e ferramentas integradas, pode trazer importantes ganhos de produtividade, agindo de maneira pró-ativa em componentes críticos. “Atuar em um simples problema de degradação de performance”, pontua Carvalho, “pode evitar verdadeiras catástrofes”, completa.

Nuvem e telecomPara a Dedalus, a demanda tem

um nome bem claro e sonoro: Cloud Computing, uma prática que está associada diretamente com a redução de custos, que pode até ser brutal, como garante Fernandes. “Nos 33 projetos que fechamos tivemos outros interesses como a qualidade. Manter e-mail dentro de casa é uma idiossincrasia. E a surpresa é que é muito mais barato colocar na “nuvem”. Existem ainda outros fatores como a comodidade e a simplificação dos ambientes”, finaliza.

De acordo com o perfil do projeto, os ganhos em economia de recursos são ainda mais evidentes, porém sempre associados a facilidade de uso. “Fechamos um projeto, um dos mais importantes em Cloud, de uma empresa de serviços financeiros, com 2 mil pessoas, que migrou aplicações do mainframe para a “nuvem”. O ganho foi forte em qualidade na messageria e e-mail. Eles fizeram um estudo interno e realizamos uma prova de conceito. Depois disso, ninguém queria mais voltar o sistema para o mainframe, tal a simplificação e disponibilidade do serviço”, relembra Fernandes.

O cliente, nesse caso, tem o perfil de empresas globais, sejam elas

brasileiras ou norteamericanas. “Falamos com empresas europeias e asiáticas, mas elas são muito conservadoras. Na Europa, as corporações da França e Alemanha são as que reagem à ideia de Cloud”, enumera o executivo.

Os serviços de gerenciamento na área de telecom também estão em alta, tendo em vista a criticidade e o impacto gerado nos negócios. “A maior motivação é devido à busca por disponibilidade dos serviços de telecomunicação e, num segundo plano, a gestão dos custos, que ainda são significativos no Brasil”, explica Carvalho, da Unisys.

Ainda em telecom, temas com gestão da infraestrutura de voz, redes de dados e gestão de custos e tarifação geram alta demanda. Principalmente à medida que voz migra para redes com características de VoIP e Unified Communications, e mesmo aplicações em UC e nos servidores associados. “A justificativa é a combinação da melhoria do nível de serviço, atualização tecnológica e redução de TCO”, completa Valentin, da Siemens.

Mas será que o cliente tem idéia precisa daquilo que necessita e do nível de serviço adequado para cada solução gerenciada solicitada? Nem sempre. Geralmente as necessidades são super ou subdimensionadas, e

não são criados os pontos de controle adequados que garantam o nível de serviço realmente necessário à organização. A fase de levantamento de escopo e detalhamento de requisitos, neste caso, é fundamental para evitar ou diminuir os erros.

propostas de trabalhoEscolher o melhor provedor ou o

mais indicado para o projeto solicitado é essencial para o sucesso. Vejamos então as ofertas e expertises dos players do mercado. A proposta de valor da CPM Braxis, por exemplo, é por “um outsourcing de alta performance”, como nomeia o executivo da provedora.

Algo que pode ser traduzido em transformar o orçamento e a ineficiência em investimento na qualidade e redução de custos ao longo de contratos de maior duração, de 3 a 7 anos. “Investimos fortemente em qualificação, como ISO 20.000, que garante ao cliente a aplicação das melhores práticas do ITIL; HDI, que é uma certificação para help desk, na qual tivemos uma das maiores notas do mundo, 3,51 em 4 possíveis; e CMMi dev 1.2 nível 5, entre outras”, enumera o executivo da CPM, ao falar do diferencial da empresa.

Já a oferta da Alog é baseada na flexibilidade de seu portifólio, aliada à

experiência de quem é responsável pela infraestrutura de TI de mais de 1,2 mil clientes. “Nossas equipes têm a vantagem de já ter experimentado inúmeros desafios na prestação deste tipo de serviço, o que nos dá muita segurança ao assumir cada novo ambiente”, conclui Mendonça.

Baseada em sua rede própria de comunicação, a Diveo oferece uma grande

diversidade de serviços gerenciados, como voz no ambiente de rede ou mesmo PABX. “Em TI temos uma oferta específica e, recentemente, estamos experimentando trabalhar com Cloud”, argumenta Peyon.

A provedora oferece ainda uma gama de serviços, desde o

ROGéRIO REIS, DA ARCOn: OS SEGMEnTOS qUE MAIS UTILIzAM OS SERVIÇOS DA ARCOn SÃO GOVERnO E InDúSTRIA. O pRIMEIRO pELA DIFICULDADE DE COnTRATAR E MAnTER EqUIpE pRópRIA E pELAS LIMITAÇõES LEGAIS. O SEGUnDO pELA CULTURA DE FOCAR nO SEU CORE BUSInESS E TERCEIRIzAR O qUE nÃO é SUA ESpECIALIDADE

42%

45%

superior ao ano anterior

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Cotação em altaO grau de satisfação

das grandes com os serviços

gerenciados:

A g o s T o d e 2 0 1 0 | T I I n s I d e 2 3

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>serviço

2 4 T I I n s I d e | A g o s T o d e 2 0 1 0

gerenciamento de falha e firewall, até a administração de infraestrutura do cliente, seja em hardware, banco de dados, backup e storage. Recentemente foi feito um investimento pesado em uma suíte de gerenciamento de TI e redes da CA que dará mais agilidade e uma retaguarda maior para atender ao cliente.

Nuvem passageira?Com grande ênfase em Cloud

Computing, a Dedalus quer evoluir os projetos do campo de messageria e colaboração. “No próximo ano devemos ter mais aplicações na “nuvem””, admite Fernandes. E essa especialização acelerada tem ajudado a empresa a se destacar no mercado, como adianta o executivo. Ele destaca ainda que a metodologia e o serviço são próximos dos provedores globais de grande porte, porém com preços menores pelos serviços.

Fernandes admite que a crise econômica global trouxe uma leva de clientes, o que acelerou ainda mais as exigências de SLA pelos clientes (veja ainda o Box: Em busca do SLA). “Os projetos herdados já tinham essa premissa pesada, principalmente em service desk, ou ITIL”, finaliza.

O elemento destacado pelo executivo da Siemens é a adoção de padrões abertos e a capacidade de virtualização da provedora, com a oferta de serviços hospedados para comunicação corporativa e UC, que, segundo o executivo, seria única no

mercado. “Nossa oferta de serviços gerenciados é feita através da venda direta para as contas nominadas, e também através de parceiros, agrupados em revendas, integradores e operadoras. O diferencial da oferta de serviços gerenciados da Siemens é fornecer a solução completa de comunicação e rede de dados na forma de serviço (100% OpEx) com o menor TCO do mercado”, argumenta Valentin.

Visão totalNa Unisys, a oferta foca em dois

pontos essenciais: a disponibilidade de um conjunto de soluções já integradas, evitando que o cliente tenha que investir na aquisição de

ferramentas e no desenvolvimento para integração das mesmas; e, como segundo ponto, o tratamento convergente dos incidentes. “Assim é possível ter uma visão única de todo o ambiente, incluindo sistemas, telecom, segurança (veja mais sobre o tema no Box: Gerenciamento da segurança) e ambiente distribuído, abordando todas as localidades remotas e fazendo a correlação dos incidentes, auxiliando no diagnóstico e ações corretivas”, finaliza.

Ainda como uma variável da solução ofertada, a Unisys disponibiliza três tipos de prestação de serviço conforme a demanda do cliente. Desde a monitoração e geração convergente de incidentes até as ações corretivas para manutenção da disponibilidade da infraestrutura e ainda administração do ambiente – segundo o modelo ITIL.

O executivo da T-Systems aponta como diferenciais competitivos da provedora um modelo dinâmico, no qual o cliente tem a flexibilidade de ajustar, para cima ou para baixo, sua capacidade de processamento, algo que é feito automaticamente, como se faz com o volume de um aparelho de som ou com a vazão de água de uma torneira. “Asseguramos que a infraestrutura de Tecnologia da Informação e de Comunicações (TIC) das empresas seja gerenciada com eficiência e sustente os objetivos estratégicos dos clientes. O apelo da nossa oferta está principalmente na

Ainda pouco utilizado no Brasil, o próprio número baixo de provedores especializados demonstra isto, os serviços gerenciados de segurança lutam para deixar

de ser o “patinho feio” da área de outsourcing. Mesmo assim, Rogério Reis, diretor comercial da Arcon, empresa que possui esse perfil, é otimista e aponta que os 20% projetados em pesquisas de mercado para a prática globalmente devem ser superados no Brasil.

Ele argumenta que o preconceito ou medo das corporações em terceirizar a questão não existe mais e que apenas o segmento bancário privado apresenta grande resistência. “Eles entendem que isso faz parte do seu core business e que podem fazer o trabalho sozinhos. Acredito que o melhor modelo para eles é uma combinação de serviços gerenciados com o uso das competentes equipes internas que eles possuem, pois, apesar dessa expertise, não oferecem alguns recursos que os provedores de serviços gerenciados conseguem fornecer”, alerta Reis.

Os segmentos que mais utilizam os serviços da Arcon são Governo e indústria. O primeiro, explica Reis, pela dificuldade de contratar e manter equipe própria, pelas limitações legais. Enquanto o segundo se deve à cultura de focar no seu core business e terceirizar o que não é sua especialidade. Entre as práticas de segurança de maior demanda estão a terceirização do gerenciamento de firewall/VPN, IPS (Intrusion Prevention System), antivírus corporativo, anti-spam e filtro web.

Como diferencial da Arcon, Reis exibe a nomeação pela consultoria Frost & Sullivan que considerou a provedora como a de melhor modelo de serviços gerenciados de segurança da América Latina. “A razão é que temos profissionais extremamente qualificados, processos estruturados e infraestrutura adequada. Além disso, somos parceiros dos maiores e melhores fabricantes do mundo de produtos de segurança”, conclui, sem falsa modéstia.

GerenCiamento da seGurança

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“o mercado evoluiu muito nos últimos 5 anos. o

cliente está bem mais preparado,

conhece as práticas de ITIL e

Cobit, implementou conceitos de

governança e acelerou o grau

de maturidade e excelência dos

provedores” JOÃO FABIO DE

VALEnTIn, DA SIEMEnS

Page 25: Revista TI Inside - 60 - Agosto de 2010

capacidade de fornecer soluções altamente padronizadas, inovadoras, confiáveis e de alta qualidade”, enumera Maurer.

No entanto, o executivo cita que existem benefícios adicionais de um sistema de pagamento por nível de consumo e a flexibilidade de se consumir mais ou menos conforme a necessidade do negócio. Ou seja, o cliente compra apenas o que precisa e paga apenas pelo que consome. “Isso proporciona flexibilidade nos serviços, vantagem competitiva e redução de custos”, completa. Na T-Systems, o foco de serviços está em infraestrutura de datacenter, service desk e em soluções SAP.

para crescerEspecializada em telecom, mas

com foco migrando para TI, a operadora Telefônica, por meio da divisão Empresas, responsável pelo atendimento de grandes corporações e órgãos públicos, adquiriu ferramentas de gerenciamento da CA – eHealth e Spectrum – para oferecer

serviços outsourcing de TI. Desta forma, será possível monitorar e administrar redes e ambientes virtuais dos clientes oferecendo serviços customizados. “Nunca tivemos a expectativa de fazer tudo, e sempre nos associamos a experts como a CA para fornecer o serviço, como um integrador mesmo”, admite Mauricio Trad, diretor de marketing da Telefônica.

A sinergia entre os serviços da Telefônica e o portifólio de soluções de gerenciamento de ambientes de TI da CA permitem novas modalidades na oferta de hosting, desde plataformas de virtualização de servidores e redes, além do serviço de gestão integrada, viabilizando o

gerenciamento remoto de aplicações e servidores.

Com a nova plataforma de virtualização, a Telefônica pode oferecer processamento, armazenamento, gerenciamento e segurança das informações do cliente dentro de seu datacenter. Além disso, com a utilização das ferramentas da CA, a empresa consegue suprir a necessidade de administrar os diferentes ambientes de TI.

Trad explica que a Telefônica Empresas tem baseado sua operação em serviços gerenciados, mas também evolui em processos. “É o ideal para termos uma base de replicação que una o processo aos produtos. Olhando para a frente,

no brasil, a terCeirização dos serviços de GerenCiamento, espeCialmente para pequenas e médias empresas, tem sido ainda muito tímida e quase que limitada a projetos de hostinG, porém Cloud e mesmo uma nova visão dos Clientes pode mudar esse joGo

Page 26: Revista TI Inside - 60 - Agosto de 2010

2 6 T I I n s I d e | A g o s T o d e 2 0 1 0

vemos cada vez mais o Cloud Computing e temos uma série de clientes com necessidades sazonais, como no varejo e no comércio, que podem se beneficiar rapidamente desta oferta”, completa. O executivo aponta ainda que a fronteira entre TI e telecom tem ficado tênue, o que favorece o perfil da provedora.

DomínioConhecer o negócio do cliente é

fundamental, pois a venda de serviços gerenciados é baseada tanto no business case como no estudo do cálculo de ROI/TCO. “Temos equipes de consultores especializados nas principais verticais, com ferramentas que ajudam nossos clientes e identificar potenciais ganhos e economias comparando com as melhores empresas daquele segmento”, adianta Valentin, da Siemens. O fornecimento de consultoria e das melhores práticas abrange atividades ainda na fase de pré-venda como forma de ajudar o cliente a tomar a melhor decisão para seus negócios.

Na CPM Braxis, por exemplo, as equipes são agrupadas por verticais para facilitar o entendimento do negócio. E são feitos treinamentos específicos para que o profissional tenha o máximo de conhecimento possível do segmento trabalhado. Já a abordagem da Alog, de acordo com seu executivo, é bastante consultiva, baseada no conhecimento do negócio dos clientes, através de levantamentos técnicos e análise crítica das equipes de projetos e comercial. “É algo fundamental para que sejam oferecidas as soluções adequadas a cada necessidade”, finaliza Mendonça.

A saída pela montagem de equipes especializadas para atender aos diversos segmentos, seja da indústria, varejo, setor financeiro/seguradora ou governo, também é utilizada pela T-Systems. Ou seja, se tornou uma prática quase comum.

“Temos visto que a necessidade de fechar um projeto exige cada vez mais não apenas o conhecimento em tecnologia como do business. O problema é que muitos provedores migraram de body shop para serviços de BPO, e muitos ainda estão no caminho. O body ainda é

muito comum e a migração é mais lenta”, alerta Fernandes, da Dedalus. No caso de sua empresa, o conhecimento elevado em projetos de e-commerce, independente da vertical, é um elemento importante no andamento dos projetos.

Mas esse caminho nem sempre é tranqüilo. O cliente nem sempre auxilia no processo, podendo requerer serviços ou patamares de serviços fora da sua realidade (veja mais no Box: O contrato ideal). O nível de avaliação interna do cliente é

decorrente da própria maturidade da corporação. Quem está trocando de provedor, por exemplo, sabe o que funcionou e o que precisa ser melhorado e, normalmente, propõe métricas mais embasadas. Nos casos em que se está iniciando a contratação de serviços gerenciados, como na migração de contratos de manutenção ou locação, é necessária a entrada da equipe de consultoria do provedor para ajudar o cliente a definir os SLAs e demais métricas que são mais adequadas para seu negócio e orçamento.

Serviços com resultadosHá anos que o mercado de

outsourcing fala em valor do serviço

vinculado aos resultados, algo que não tem muito espaço no Brasil. Perguntamos porque essa modalidade não tem evoluído por aqui e caímos na “não total” maturidade do mercado. A dificuldade pode até ser básica. “Não há condições que uma empresa assuma a responsabilidade por um resultado onde não tem domínio sobre todos os componentes envolvidos na prestação de serviço”, pondera o executivo da Unisys.

O conceito de “revenue sharing”

ou divisão de resultados, segundo Valentin, da Siemens, possui aplicação em algumas áreas muito específicas, como gestão de custos ou auditoria de contratos de Telecom. “Mas, de forma geral, não temos visto esta necessidade partindo dos clientes para serviços gerenciados de forma mais ampla”, completa.

Mais otimista, Ribeiro, da CPM Braxis, acredita que 2011 pode ser o ano do indicador de TI ligado ao negócio, admitindo que a prática dará visibilidade sobre o que TI gera de valor. “Hoje já temos indicadores que ligam TI ao negócio. E tanto o provedor quanto o cliente estão aprendendo a lidar com isto. Em 2010 tivemos acesso a métodos e tecnologias que permitem essa conexão com o business e esse histórico pode gerar apostas neste modelo no próximo ano”, finaliza.

A Dedalus, no entanto, já tem história para contar. Em dois projetos de e-commerce, sendo o primeiro deles com a Americanas.com, a provedora se tornou “sócia” do cliente com seu fee relacionado diretamente aos resultados alcançados. “Fora da web não se consegue “emplacar” um projeto com esse perfil. E não podemos falhar em um negócio destes”, conclui Fernandes.

Enfim, o business dos serviços gerenciados é tão multifacetado como as práticas que o envolvem. E até mesmo diante das várias opções de provedores disponíveis.

em busCa do sla

fCr (first Call resolution) é a porcentagem de incidentes que são resolvidos no primeiro atendimento, normalmente algo entre 60% e 80%

TME (tempo médio de espera ao telefone ou no Chat) 30 segundos satisfação dos usuários no mínimo 90% dos usuários satisfeitos

tempo de atendimento em Campo caso sua requisição não tenha sido resolvida no primeiro contato, ela deve ser resolvida em algo entre 4 e 8 horas.

para um serviço de suporte a usuário, os SLAs mais comuns são:

neCessidades Geralmente são super ou subdimensionadas, e não são Criados os pontos de Controle adequados à Garantia do nível de serviço

>serviço

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Para Patrocinar

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07 de outubro de 2010H o t e l At l A n t e P l A z A | R e c i f e | P e

Cenário e desafios em desenvolvimento de software e serviços

Cloud computing, SaaS e Virtualização: quando, como, quem e por que?

Mercado e canais de distribuição no

Nordeste

São Paulo mudou de endereço. o maior evento

sobre ti e telecom, agora no nordeste.

O Fórum Nordeste Digital 2010 apresentará as oportunidades, desafios e novidades em TI e Telecom

para o público profissional de ambos os setores

Participe e venha fazer negócios.

TeMaS que SerãO abOrDaDOS:

Data center verde e sustentabilidade

Mobilidade 2.0 – negócios em mobilidade

Web 2.0, redes sociais e marketing digital

Os desafios do CIO

ReAlizAção PARceiRo de mídiA APoioPRomoção e oRgAnizAção

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Page 28: Revista TI Inside - 60 - Agosto de 2010

>artigo

2 8 T I I n s I d e | M A R ç o d e 2 0 1 0

*AnDRé ROSSInI

serviço, as áreas usuárias e o provedor de serviços, garantido que a capacidade de atendimento e as expectativas estão alinhadas e se estão dentro dos parâmetros estabelecidos no SLA.

Outro ponto relevante está na documentação das necessidades das áreas usuárias. Um SLA flexível deve permitir revisões periódicas, possibilitando ajustes de acordo com o que é discutido, e adequando os serviços às novas realidades que podem surgir nas áreas usuárias.

O processo de monitoração dos níveis de serviço também apresenta diversos desafios, desde estabelecer as métricas adequadas para realizar esta medição, passando pela coleta e consolidação destes dados para a elaboração de análises adequadas, até um processo claro e transparente de apresentar estes dados do aos usuários finais. Apesar do desafio esta monitoração é fundamental para manter a transparência entre as áreas interessadas.

Ao se garantir que existe um canal de comunicação claro e em duas vias entre fornecedor, gestor e usuários os benefícios surgirão. De posse de um arcabouço mais completo de informações, os gestores do contrato poderão estabelecer um SLA que seja adequando a empresa no momento da contratação dos serviços e que se mantenha adequado ao longo de todo o contrato. A Definição de um SLA nestes casos torna-se uma tarefa menos árdua e que pode acontecer de maneira mais rápida e com maior efetividade no médio e longo prazo.

Mesmo em um cenário turbulento da economia global, como o vivido entre o final de 2008 e no início de 2009, muitas

empresas passaram por processos de renovação de seus contratos de serviços gerenciados de TI e telecomunicações. Especialmente em um período com tantas incertezas, delinear um SLA (acordo de nível de serviço) que atenda à empresa tanto sob a perspectiva dos custos como sob a perspectiva da demanda por estes serviços torna-se um grande desafio.

Com o aquecimento da economia em 2010 e o bom desempenho dos negócios, diversas empresas estão utilizando serviços em patamares muito acima dos que eram esperados na época em que os contratos foram assinados, resultando em altos custos e em níveis de satisfação mais baixos por parte das áreas usuárias.

Uma pesquisa realizada pela ASM no final de 2009 avaliou mais 1,2 mil respostas de grandes empresas sobre diversos critérios de satisfação com serviços de TI e de Telecomunicações. Este trabalho apontou que existe uma insatisfação com a capacidade de fornecedores de estabelecerem um contrato que atenda às reais necessidades das empresas contratantes.

Apesar de ser um tema que já vem sendo discutido por muito tempo, estabelecer um SLA que seja adequado a ambas as partes e possua a flexibilidade necessária para manter os usuários satisfeitos ainda é um grande desafio e é uma responsabilidade que cabe a ambas as

Processo inclui um trabalho contínuo de comunicação entre o gestor do serviço, as áreas usuárias e o provedor de serviços, garantido que a capacidade de atendimento e as expectativas estão alinhadas e dentro dos parâmetros estabelecidos no sLA

service level management em contratos de serviços gerenciados

partes: fornecedores e clientes.Um dos pontos chave desta

discussão é que preocupar-se com o SLA apenas no momento da contratação dos serviços não é suficiente. As empresas precisam manter-se atentas a este acordo e realizar um processo de gerenciamento dos níveis de serviços que estão sendo oferecidos e demandados durante toda a vigência do relacionamento com os fornecedores.

Possuir um processo de Service Level Management inclui um trabalho contínuo de comunicação entre o gestor do

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* André Rossini é gerente de consultoria da ASM

Cabe a forneCedores e Clientes

estabeleCerem um sla que possua

a flexibilidade neCessária

para manter os usuários satisfeitos

20 e 21 de OutubroCentro Fecomércio de Eventos

Rua Plínio Barreto, 285, Bela Vista-SP

Um instigante debate sobre as mais recentes mudanças ocorridas nos mercados de cartões e meios eletrônicos de pagamento.

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PATROCÍNIO DIAMANTE PATROCÍNIO PRATAPATROCÍNIO OURO

Contato: Diretoria de Eventos

Telefone (11) 3244.9860 | [email protected] | www.febraban.org.br

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Page 29: Revista TI Inside - 60 - Agosto de 2010

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>serviço

3 0 T I I n s I d e | A g o s T o d e 2 0 1 0

Segundo o Gartner, 70% dos projetos de TI falham no cumprimento de cronograma, custos e metas de qualidade e 50% são executados acima do

orçamento. Já o jornal trimestral Chaos divulgou que 50% dos projetos de TI são cancelados e 82% são entregues com atraso. Já as pesquisas da KPMG destacam que menos de 40% desses projetos alcançaram os objetivos de negócios um ano depois.

Os dados foram resgatados pro Sofia Azevedo, gerente de marketing da área de Software da HP Brasil, em dezembro de 2009, para o artigo “Por que os projetos falham?” A especialista afirma que o problema das falhas em projetos de desenvolvimento de sistemas não é apenas o fato de as iniciativas não conseguirem alcançar os resultados esperados. “Mesmo quando os projetos são executados com sucesso, muitas vezes eles ainda não trazem benefícios para o negócio”, diz no artigo.

O verdadeiro problema, de acordo com Sofia, é que há uma falta de alinhamento entre os objetivos do negócio e as atividades de TI. A gerência executiva e as unidades de negócios têm uma visibilidade limitada sobre o que TI está fazendo, e a área técnica tem uma conexão limitada com os objetivos estratégicos e do negócio. “Um olhar mais de perto para esta importante questão, de uma perspectiva de negócios e de uma perspectiva técnica, mostra as causas raízes da falha do projeto”, indica.

Um cenário que as metodologias ágeis pretendem melhorar, simplificando a comunicação entre as áreas de TI e as de

Metodologias Ágeis propõem novos processos em todo o ciclo de execução do projeto e aumenta a satisfação do usuário de negócio

negócio. Abordagem criada para gerenciamento de projetos, o conceito facilita a identificação de problemas, reduz o ciclo de desenvolvimento e todo o caos que o fracasso de um projeto pode gerar.

“Algumas consultorias sinalizam que 71% dos projetos falham devido a mudança de escopo. A ágil encara de forma mais realista a possibilidade de rever o que tem que ser feito e alterado, evitando que as mudanças gerem tantos desgastes”, explica Fabio Hasegawa, diretor de soluções especializadas da BrQ.

A metodologia ágil geralmente é aplicada em desenvolvimento de software, e auxilia as equipes a

responder à imprevisibilidade através de software incremental e a cadência de um trabalho interativo. “Sem entrar nos detalhes técnicos, a aplicação da metodologia ágil significa transformar em processo a ideia de ter, por exemplo, um time inteiro de desenvolvimento sentado na mesma sala e trabalhando junto. Disso sai um compartilhamento de ideias, com uma visão muito pragmática de entrega do produto”, define o gerente de canais para a área de software da IBM, Pedro Britto.

ExemplosAcompanhe os relatos de

Aminadab Nunes, diretor de tecnologia da Ci&T, empresa focada em outsourcing de TI e cujo faturamento deve saltar de R$ 69 milhões em 2009 para R$ 100 milhões este ano. Parceira da Rational – hoje divisão da IBM – há bastante tempo, segundo Nunes, a empresa adotou ágil em 2007 por iniciativa do Yahoo!, um de seus clientes. “Eles já tinham competência em desenvolvimento ágil, mas não tinham experiência satisfatória em terceirização neste modelo”, lembra Nunes. Foi aí que convidaram a Ci&T. “A primeira vista nos pareceu que ágil prega coisas contrarias às crenças da indústria de TI, que ficou muito tempo focada em processos e controle de

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JACkELInE CARVALhO

“Algumas consultorias

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a metodoloGia áGil Geralmente é apliCada em desenvolvimento de softWare, e auxilia as equipes a responder à imprevisibilidade através de softWare inCremental e a CadênCia de um trabalho interativo

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A g o s T o d e 2 0 1 0 | T I I n s I d e 3 1

software. Mas, em linhas gerais ágil prega o foco no software e não nos documentos; entrega rápida do produto; e pouco planejamento”, destaca Nunes.

A Ci&T iniciou o projeto sem acreditar na sua eficácia, mas tranqüila por ter comunicado ao cliente o possível fracasso. Não demorou muito, no entanto, para os benefícios começarem a ser percebidos. “Constatamos que um projeto em ágil reduzia significativamente o tempo de entrega e aumentava a produtividade. No primeiro estágio, ganhamos produtividade. Em termos de redução de custos, nos primeiros seis meses, cortamos 20%; o tempo de ativação das aplicações caiu de 16 semanas para uma media entre 6 e 8 semanas”, lembra Nunes. De acordo com ele, o modelo de desenvolvimento baseado e ágil tem como diferencial a interatividade e, portanto, encurta a etapa de planejamento.

Percepção semelhante teve o IT Group, ao adotar a metodologia Scrum, uma das metodologias ágeis, para o gerenciamento de equipe. José Marcelino Bersch, diretor de negócios empresa, revela que a metodologia define o ritmo de projeto, com uma parametrização, para que o projeto tenha períodos de execução fixos. “Isso aumenta produtividade e, principalmente, a segurança no encaminhamento do projeto”, afirma.

Na avaliação de Bersch, os desenvolvimentos tradicionais exigem um longo tempo de planejamento, interação com o cliente e de desenvolvimento. “A grande diferença é que o nível de assertividade é maior e a correção é mais simples. A dinâmica dos negócios não permite mais que as empresas aguardem longos períodos até que as coisas fiquem prontas”, sentencia.

Um ponto importante do Scrum e de qualquer metodologia ágil, na opinião do executivo do IT Group, é a natural interatividade da proposta, algo que não apenas antecipa o início do projeto, mas também permite entregas parciais.

CustosMas será que freqüentes reuniões

com os clientes, idas e vindas de projetos, integração de equipe e alteração de projetos em andamento, conforme apregoa a ágil, não elevaria o preço final às alturas? Segundo as empresas que já compraram a ideia, no primeiro momento o custo se torna um

pouco maior, porém degrada ao longo do percurso. Obviamente, também é preciso que o cliente, aquele que encomendou o projeto, tenha disponibilidade para atender às demandas do provedor de serviço, com reuniões e análises de cada passo do desenvolvimento.

“Tudo deve ser alinhado no momento da pré-venda. O contrato deixa de mediar uma relação cliente-fornecedor para ser pivô de uma parceria, porque é preciso confiança”, diz Bersch.

MARCELInO BERSCh, DA IT GROUp: UM pOnTO IMpORTAnTE DO SCRUM E DE qUALqUER METODOLOGIA áGIL é A nATURAL InTERATIVIDADE DA pROpOSTA, ALGO qUE nÃO ApEnAS AnTECIpA O IníCIO DO pROJETO, MAS TAMBéM pERMITE EnTREGAS pARCIAIS

A princípio, a Ci&T acreditava que o desenvolvimento baseado em ágil era aderente a produtos que exigiam mais velocidade de programação, como mídia digital e internet – ambientes que exigem velocidade. Mas ao longo dos quatro anos de desenvolvimento com a metodologia, a empresa percebeu que é possível aplicá-la em 100% dos projetos.

“Quando falo que com ágil somos 20% mais rápidos, mais baratos e entregamos a primeira coisa em produção em questão de semanas, geramos grande interesse dos clientes”, diz Aminadab Nunes, diretor de tecnologia da Ci&T. Porém, para corresponder às expectativas, foi necessário construir uma engenharia de valor, considerando a estatística de mercado que diz que de todos os sistemas desenvolvidos sob encomenda 45% das funções não são utilizadas – elas são desenvolvidas porque na hora que está se definindo projeto, a pessoa acha que vai precisar.

“Incorporamos outros instrumentos à cesta de ferramentas, tendo ágil como uma delas”, lembra Nunes. No contexto final, a Ci&T consegue demonstrar ao cliente que, com ágil, 80% do que ele almeja pode ser atingido com 50% do custo.

Satisfazer o cliente através da entrega contínua e adiantada de software com valor agregadoMudanças nos requisitos são bem-vindas, mesmo tardiamente no desenvolvimento. Processos ágeis tiram vantagem das mudanças visando vantagem competitiva para o clienteEntregar frequentemente software funcionando, de poucas semanas a poucos meses, com preferência a menor escala de tempoPessoas de negócio e desenvolvedores devem trabalhar diariamente em conjunto por todo o projetoConstrua projetos em torno de indivíduos motivados. Dê a eles o ambiente e o suporte necessário e confie neles para fazer o trabalhoO método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para e entre uma equipe de desenvolvimento é através de conversa face a faceSoftware funcionando é a medida primária de progressoOs processos ágeis promovem desenvolvimento sustentável. Os patrocinadores, desenvolvedores e usuários devem ser capazes de manter um ritmo constante indefinidamenteContínua atenção à excelência técnica e bom design aumenta a agilidadeSimplicidade - a arte de maximizar a quantidade de trabalho não realizado - é essencialAs melhores arquiteturas, requisitos e projetos emergem de equipes auto- organizáveisEm intervalos regulares, a equipe reflete sobre como se tornar mais eficaz e então refina e ajusta seu comportamento de acordo

princípios por trás do Manifesto ágil:

Fonte: Agile Methodology org

12

3456789

101112

12 mandamentos áGil

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>infraestrutura

Segurança da informação no ambiente corporativo tem sido uma perseguição constante dos CIOs desde que TI tornou-se tão estratégica

para o negócio que, em muitos ambientes, acabou se confundindo com os objetivos finais da corporação, caso dos bancos, por exemplo. Mas, apesar dos grandes investimentos por parte das corporações nos últimos anos, muitas organizações ainda não saíram do âmbito da segurança perimetral. E muitas ainda pecam no controle de dados sensíveis aos negócios, de acordo com estudo realizado pela Cyber-Ark.

Em levantamento divulgado recentemente, a consultoria identificou que 35% dos profissionais de TI admitem que suas organizações já foram vítimas de vazamento de informações confidenciais. Trinta e sete porcento dos 400 administradores seniores de TI que responderam à sondagem realizada nos Estados Unidos e na Inglaterra creditam o furto das informações a ex-funcionários.

Em segundo lugar na lista dos possíveis motivos do vazamento de informações confidenciais está a falha humana, com 28%. Outros 10% dos entrevistados acredita na hipótese de os dados terem sido sequestrados com base na ação de crackers e a mesma parcela atribui o vazamento à perda de dispositivos móveis, com notebooks, smartphones e outros aparelhos.

A True Access Consulting listou sete tecnologias que deverão auxiliar as empresas na proteção de seus dados. Mas será que elas são realmente capazes de garantir um ambiente totalmente seguro?

JACkELInE CARVALhO

Segundo a pesquisa, os dados mais visados são bases de clientes, planos de pesquisa e informações confidenciais de desenvolvimento, com 26% e 13%, respectivamente das ocorrências. Para aumentar a proteção nessa área, a Cyber-Ark sugere que sejam implementadas camadas adicionais nos sistema para reforçar a segurança dos dados mais sensíveis.

Algo que os players de segurança instalados no Brasil enxergam como a segunda onda da segurança da informação, sendo a primeira a proteção da rede contra

ataques externos. A nacional True Access Consulting, especializada na integração de ferramentas, listou sete tecnologias que, se ainda não foram adotas pelas empresas, deverão ser adquiridas em breve (veja explicação no quadro).

São elas: IDM - Identity Management ou Gestão de Identidade; DLP - Data Loss Prevention (Prevenção de perda de dados); SIEM - Security Information and Event Management (Gerenciamento de eventos e informações de segurança); GRC - Governança, Risco e Conformidade; Firewall de Aplicação/ Banco de dados; HSM (Hardware Security Module); e Autenticação por novos dispositivos.

“A preocupação se volta agora para soluções avançadas, com foco na segurança interna e nos processos de negócios”, explica Pedro Goyn, presidente da True Access Consulting. De uma maneira geral, as tendências apontam para uma demanda

crescente no esforço de garantir a segurança e a integridade das informações.

Explica-se: além de garantir que “coisas ruins” não entrem nas empresas é preciso evitar o vazamento de informações. Goyn

ressalta que, além de uma política de segurança interna, com base em comportamento de usuários e normas de acesso a dados, as companhias

3 2 T I I n s I d e | A g o s T o d e 2 0 1 0

salvem os dados corporativos

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“garantir 100% de segurança é

praticamente impossível. no

entanto, é possível dormir tranquilo, se as

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em diversas camadas dos

sistemas, cerrando o

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BRUnO zAnI, DA MCAFEEE

Erro acidental dos funcionários e intenção maliciosa são algumas

das causas de vazamento de informações,

segundo a IDC

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A g o s T o d e 2 0 1 0 | T I I n s I d e 3 3

devem se munir de soluções tecnológicas. “O mercado brasileiro já conta com soluções de ponta para esses fins. Nelas é possível encontrar um bom retorno sobre o investimento”, afirma.

Efeito cebolaMas será que seguindo estes

passos, uma empresa poderá afirmar que está 100% segura? Todos os players ouvidos para esta reportagem, inclusive a True Access, responderam que não, apesar de a empresa em questão estar melhor preparada para a segunda onda da

segurança da informação. “Garantir 100% de segurança é

praticamente impossível, porque há ainda algumas tecnologias que são reativas – ou seja, sempre é possível ser o primeiro a receber uma certa ameaça ou ataque”, avalia Bruno Zani, engenheiro de sistemas da McAfee. “No entanto”, diz ele, “é possível dormir tranqüilo, se as empresas implementarem processos de coleta e inspeção em diversas camadas dos sistemas, cerrando o perímetro de proteção”.

Os fabricantes recomendam que as empresas implementem camadas cada vez mais finas de segurança, capazes de checar e acompanhar todos os passos dos usuários enquanto estiverem “logados” à rede. Principalmente porque o acesso à informação aperfeiçoa dia a dia o conceito de universalização, ao aceitar o acesso remoto a partir de diferentes dispositivos – PDAs, netbooks, notebooks, smartphones, etc.

“A ideia da camada fina depende do quê e como está sendo implementado. Algumas empresas ainda são resistentes em adotar políticas de segurança, por entenderem que o bloqueio de um determinado tráfego irá gerar, por conseqüência, as regras de exceção e tornar a camada de segurança ineficiente”, alerta o especialista da McAfee.

DesconfiançaPaulo Vendramini, diretor de

engenharia de sistemas da Symantec para a América Latina, explica que as soluções de prevenção contra a perda

de informações – data loss prevention ou data liqued prevention – ganham espaço no mercado justamente porque visam entender por onde as informações estão saindo; e se as fugas ocorrem por atividades maliciosas causadas por pessoa ou por processo. “E na maioria dos casos o que se pega é alguma falha de processo”, informa.

A grande lição, no entanto, é que as empresas estão dispostas a enfrentar o problema e derrotar o leão que as ameaça diariamente. Segundo a IDC, as organizações já entenderam que a maior ameaça de vazamento de dados acontece internamente e, por isso, resolvem adotar sistemas de monitoração DLP.

Em estudo divulgado pela Dimension Data, a consultoria revela que parte dos entrevistados acredita que o vazamento de dados mais provável seja por meio de algum erro acidental dos funcionários; e 15% acham que é por intenção maliciosa. Oitenta e cinco porcento das companhias consideram improvável a perda de dados por meio de hackers externos e mais de 60% acham que são pouco afetados por ataques de vírus.

“O desafio de proteger uma organização contra a perda de dados internos é que as defesas tradicionais são projetadas para enfrentar ataques fora do perímetro da rede, enquanto o interior da arquitetura permanece livre de controles de segurança” afirma Emerson Murakami, COO da Dimension Data Brasil.

pAULO VEnDRAMInI, DA SyMAnTEC pARA A AMéRICA LATInA: AS SOLUÇõES DE pREVEnÇÃO COnTRA A pERDA DE InFORMAÇõES GAnhAM ESpAÇO nO MERCADO JUSTAMEnTE pORqUE VISAM EnTEnDER pOR OnDE AS InFORMAÇõES ESTÃO SAInDO; E SE AS FUGAS OCORREM pOR ATIVIDADES MALICIOSAS CAUSADA pOR pESSOA OU pOR pROCESSO

“A preocupação se volta agora para soluções avançadas, com foco na segurança interna e nos processos de negócios”pEDRO GOyn, DA TRUE ACCESS COnSULTInG

sete teCnoloGias Capitais

1 IdM - Identity Management ou gestão de Identidade, solução para

acompanhamento e gerenciamento do perfil e de usuários internos ou externos para acesso a sistemas e recursos de uma empresa.

2 dLP - data Loss Prevention (Prevenção de perda de dados) - solução que

possibilita que as organizações detectem e classifiquem os dados confidenciais a fim de prevenir e proteger perda acidental ou mal intencionada de informações críticas.

3 sIeM - security Information and event Management (gerenciamento de

eventos e informações de segurança) - solução com a finalidade de coletar e prover análise, em tempo real, de alertas de segurança gerados.

4 gRC - governança, Risco e Conformidade - solução que consiste na

integração das áreas de conhecimento de gestão de Risco, governança e práticas de auditoria e controle.

5 Firewall de Aplicação/ Banco de dados - solução com inspeção profunda de

pacotes, analisando requisições e respostas na camada de aplicação.

6 HsM (Hardware security Module) dedicado à função de repositório

seguro de chaves de segurança provendo assim uma plataforma para serviços de criptografia, como assinatura digital e encriptação. essa integração nativa torna o processamento das informações muito mais rápido e seguro.

7 Autenticação por novos dispositivos, como é o caso dos Tokens ópticos

geradores de chave de segurança, cartão de segurança, tabela de senhas, dispositivo de senha eletrônicas etc.

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>infraestrutura

A CA lançou no final de julho a família de produtos Identity Manager, cujo principal diferencial é estender o gerenciamento de

identidade às aplicações na nuvem. A empresa acredita que, independente se uma aplicação está dentro da empresa ou é hospedada na nuvem, gerenciar as identidades e controlar o acesso de usuários aos recursos mais importantes é uma função crucial para as organizações de TI.

Agora, o CA Identity Manager dá suporte ao provisionamento de usuários no Google Apps, suíte de ferramentas de comunicação e colaboração do Google, que inclui o Gmail e o Google Docs, e que estão disponíveis para empresas, escolas, organizações governamentais ou sem fins lucrativos. Os departamentos de TI podem automatizar as funções de gerenciamento de identidade - como provisionamento ou descredenciamento de usuários, de acordo com o papel de cada um, e requisições de acesso self-service –

expansão das ofertas de cloud computing e o aumento dos riscos fazem com que fabricantes renovem seus portifólios voltados ao gerenciamento de acesso e identidade de usuários na rede corporativa

JACkELInE CARVALhO

para estabelecer um sistema único e automatizado para a gestão de identidade na nuvem, no Google Apps, e para as aplicações existentes in-house.

“Grandes empresas estão adotando a computação na nuvem numa velocidade cada vez maior. E o

CA Identity Manager as ajuda a lidar de modo mais fácil com a implementação e a gestão do acesso de usuários a aplicações baseadas na nuvem, tais como Google Apps – e de forma automatizada e centralizada”, afirmou Scott McMullan, líder do Google Apps, à época do lançamento do produto.

Implementação e gestão de acesso são, diga-se de passagem, as modalidades de segurança da informação mais disputadas no momento. Segundo o Gartner, mundialmente esta área crescerá 8% em 2010, totalizando US$ 9,9 bilhões. No ano passado, a indústria do setor registrou receita de US$ 9,2 bilhões.

Na avaliação da consultoria, as áreas de conformidade com regulamentações governamentais e análise de requerimentos serão as principais impulsionadoras dos investimentos em IAM. Um dos exemplos recente é o projeto da BMW. Conduzida pela Logica, provedora global de serviços de TI, a implementação suporta mais de 200 mil usuários e centraliza todos os

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novas ofertas para o gerenciamento de acesso

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“As falhas de segurança

ocorrem muito dentro da rede, e

como a d-link atua em todas as instâncias desta

infraestrutura, oferecendo

solução fim-a-fim, ficou mais

simples a oferta de soluções de

segurança”TACIAnO pUGLIESI,

DA D-LInk

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uma alta demanda pelos produtos da linha Net Defend, principalmente pela adesão de pequenas e médias empresas (PMEs), e um market share oscilando entre 8% e 10% nesta área. Mas suas pretensões são ambiciosas. “Queremos dar foco total em segurança de acesso”, diz Pugliesi.

Não por acaso, a gigante HP, que

recentemente reformulou todo o seu portifólio de soluções corporativas, incorporando os sistemas da 3Com, também está fortemente empenhada em fomentar a área de gerenciamento de acesso. Denis Prado, sales specialist da Tipping Point, divisão de segurança dentro do grupo HP Networking, reforça que a companhia tem dado muita ênfase aos sistemas de prevenção contra de intrusão.

Seus dispositivos de rede, tanto switches, quanto os access point wireless, dispõem de mecanismos que permitem o controle de acesso centralizado e, dependendo do perfil do usuário, o coloca em um segmento de rede segregado para evitar grandes riscos. “Esta é uma tecnologia que não só controla a entrada do usuário, mas também monitora as suas atividades, porque integra as soluções de IPS com a solução de rede. A partir do momento em que o usuário tem um risco na máquina, o equipamento detecta e segrega o usuário para que não haja degradação da performance da rede”, explica Prado.

DEnIS pRADO, DA hp: A TECnOLOGIA nÃO Só COnTROLA A EnTRADA DO USUáRIO, MAS TAMBéM MOnITORA AS SUAS ATIVIDADES, pORqUE InTEGRA AS SOLUÇõES DE IpS COM A SOLUÇÃO DE REDE

Acessar os servidores corporativos a partir de celulares e outros dispositivos portáteis se tornou

algo corriqueiro entre os profissionais, principalmente os altos executivos. E apresenta um problema aos CIOs e outros membros da cadeia que precisam zelar pela integridade das informações e pela performance do acesso. O acesso remoto ao sistema de computadores já atinge a 25% das empresas com computadores, ou 10 pontos percentuais a mais do que o número registrado em 2006.

Os dados da 5ª Pesquisa Sobre uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil (TIC Empresas 2009), realizado pelo Centro de Estudos Sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), mostram que um número cada vez maior de empresas oferece a possibilidade de trabalho remoto aos seus colaboradores. Uma tendência que pode estar ligada à mudança na cultura organizacional, em virtude da globalização dos negócios, que exige mobilidade, na visão do gerente do CETIC.br, Alexandre Barbosa.

Os índices de utilização do acesso a distância aumentam conforme maior for

a empresa. Segundo o levantamento, 62% das grandes companhias com mais de 250 funcionários oferecem essa modalidade; nas médias (entre 100 e 249 colaboradores), a porcentagem cai para 43% e, nas pequenas, 20%.

Outro dado a se destacar no estudo é que a adoção dos celulares corporativos está em expansão. De acordo com o trabalho, 65% das companhias nacionais utilizam esse recurso, das quais afirmam usar o aparelho para, além do recurso de voz, o envio de dados e recebimento de SMS e MMS. A pesquisa também aponta que a conexão via celular ou modem 3G subiu de 4% em 2006 para 10% em 2009.

A 5º edição do TIC Empresas também aponta que quase metade das empresas veta o acesso a redes sociais. Segundo o estudo, sites como Facebook, Twitter, Orkut e similares são proibidos por 48% das companhias entrevistadas para o estudo. Os itens denominados pelo TIC Empresa como “sites de comunicação” (mensageiros instantâneos e Skype, por exemplo) são proibidos por 41% e e-mails pessoais, por 30%.

Controle

processos de autorização e aprovação. Um dos resultados do projeto foi a simplificação dos cadastros de novos usuários e senhas, feito em três horas para todos os sistemas aos quais o usuário terá acesso. A conexão e a sincronização de sistemas de terceiros - como a troca de dados do funcionário, revendedor ou informações de contrato, tornam a tarefa de gerenciamento dos administradores de TI mais rápida.

“Além de aumentar a segurança, o IAM também simplifica o gerenciamento de acesso para usuários internos e externos”, explica Andreas Neumann, consultor de gerenciamento e gerente de projetos da Logica na Alemanha. O sistema modela milhares de funções com 15 processos de permissão e dependências complexas.

Market shareO Gartner observa que mesmo

diante do fato de a desaceleração econômica ter afetado o mercado de IAM, esses sistemas continuam sendo prioritários na comparação com outras tecnologias. Tanto que as empresas estão buscando alternativas de compras para não abrirem mão da funcionalidade, e migrando inclusive para o software como serviço (SaaS). O IAM em SaaS responderá por 1% a 5% dos orçamentos das companhias neste ano.

Até 2013, a consultoria prevê que o mercado de gerenciamento de identidade e acesso deve registrar receita de US$ 11,9 bilhões. Uma oportunidade pela qual os fabricantes de dispositivos de rede – roteadores, switches e modems, principalmente – estão prontos ou se preparando para disputar.

Novata nesta área, a D-Link, por exemplo, intensificou seus lançamentos e melhorou a estratégia comercial para mostrar ao mercado a eficiência da segurança quando o tema é tratado no âmbito das redes corporativas. “As falhas de segurança ocorrem muito dentro da rede, e como a D-link atua em todas as instâncias desta infraestrutura, oferecendo solução fim-a-fim, ficou mais simples a oferta de soluções de segurança”, diz Taciano Pugliesi, gerente de produtos da D-Link.

Segundo ele, a empresa já registra

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>internet

Seguindo a antiga máxima de que “se você quer ser universal fale da sua aldeia”, sites brasileiros e mundiais começam a trabalhar a modalidade de

e-commerce de ofertas com forte cunho regional. Suas estruturas operacionais englobam todo o País, mas oferecem descontos e promoções no nível das cidades. Algo que, do ponto de vista do cliente final, seria um: “fale da minha aldeia”.

Os chamados “sites de ofertas” desenvolvem a ideia de contato com serviços e compras nas cidades e, em breve, será possível atomizar ainda mais e envolver um bairro ou uma rua e conectar essas possibilidades através de devices móveis com auxílio das redes sociais por meio de localizadores e GPS. É o futuro, mas um futuro que está logo ali, na esquina. Nos Estados Unidos, sempre eles, já existem mais de 200 sites do gênero “oferta”.

“Esse modelo é diferente do modelo de e-commerce tradicional que é muito centralizado e funciona para todo o Brasil. O site coletivo de ofertas foca nos mercados locais e nos deparamos em muitas cidades com muitos lojistas que nem possuem estratégias de venda online”, argumenta Sérgio Oliveira, sócio do CityBest, site que traz descontos e promoções e que deve fechar agosto com 11 cidades e, em menos de três meses, possui algo como 100 mil clientes/usuários cadastrados.

Recentemente, o maior site norteamericano da modalidade, o Groupon chegou ao Brasil com o lançamento do Clube Urbano, cujo investimento anunciado é da ordem de

As redes sociais e os recursos de localização ajudam a disseminar o conceito de one-to-one e auxiliam na montagem de projetos de e-commerce regionalizados, como os que oferecem descontos e promoções próximas do habitat do cliente final

o Groupon, que iniciou suas atividades nos Estados Unidos ainda em 2008, vale hoje algo como US$ 1,3 bilhão. No entanto, isto não evita que ele ganhe críticas em sua chegada ao Brasil. “É um modelo novo e o Groupon é pioneiro e muito forte, além de ter um grande poder financeiro. Mas isto não basta, é só ver como foi o fracasso da AOL no Brasil. E logo no início deles, o site parecia usar textos traduzidos para o português do Google Translator, um horror. Isso nos preocupou porque poderia deturpar o modelo e o business”, critica Marcelo Macedo, CEO do ClickOn, site que contabiliza 400 mil usuários cadastrados.

Macedo explica que essa entrada se deu por meio dos sócios alemães – mesma nacionalidade dos investidores do ClickOn – que a Groupon adquiriu recentemente. “Não é ruim a entrada deles, o problema é como eles estão tocando o modelo no Brasil. O mercado vai se consolidar com ou sem eles e vai ser algo parecido com o mercado dos buscadores, com o que aconteceu com o Google”, admite o CEO. Ou seja, para ele, como a antiga música do Abba: “the winner takes it all”. Será?

Atualmente, o mercado é

US$ 15 milhões. O site iniciou suas operações de oferta por São Paulo, e em sua primeira operação disponibilizou um cupom de R$ 125 em um restaurante que poderia ser adquirido por apenas R$ 50. A companhia pretende atingir mais de 30 cidades do país antes do final do ano.

O ou um modelo?Modelo confesso dos projetos locais,

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CLAUDIO FERREIRA

“o que posso dizer é que devem

restar, em alguns anos, apenas dois ou três players de

peso e um ou outro de nicho. nos

estados Unidos, grandes mesmo,

existem três”MARCELO MACEDO,

DO CLICkOn

o e-commerce no nível da “aldeia”

Um ponto único para o consumidor/cliente dos vários sites de ofertas; esse é o mote do Zipme, que se autodenomina “agregador de ofertas”. Em um mês ele já contabilizava 20 mil visitantes diários e a base de e-mails cadastrados cresce na

proporção de 1,5 mil usuários ao dia. Sua base de ofertas reúne os sites de ofertas e ainda os de compra coletiva, que

combinados chegam a quase 15 cidades. No comando, sua criação se deve ao mesmo time que levantou o Coletivar. Seu modelo, claro, já existe lá fora. Recentemente, nos Estados Unidos, o site Yipit, que tem a mesma filosofia operacional do Zipme, recebeu um aporte de capital de investidores de US$ 1,3 milhão, o que demonstra o fôlego do business.

tudo no mesmo luGar

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>internetextremamente pulverizado e novo, a maioria ou todos os seus players iniciaram as atividades ainda em 2010. A saber, a competição reúne (em ordem alfabética): CityBest, ClickOn, Clube Urbano, Coletivar, Imperdível, Oferta Única, Oferta X, Peixe Urbano e Wego. E já tem até mesmo um agregador de ofertas, o Zipme (veja Box: Tudo no mesmo lugar). Sem falar dos clubes de compra, uma outra categoria que também tem crescido em paralelo, aqui com descontos que independem da localização e com compra realizada no próprio site, como BCBlue, Brands Club, Coquelux, Privalia e Super Exclusivo.

O business dos sites de oferta, aliás, está longe de atingir o patamar de consolidação ou estabilização. Muitas informações que circulam no mercado de web dão conta de mais uma dezena de projetos dentro dessa idéia e se fala até mesmo em um mercado com 30 players até o final do ano. “O que posso dizer é que devem restar em alguns anos apenas dois ou três players de peso e um ou outro de nicho. Nos Estados Unidos, grandes mesmo, existem três. Todos com valor parecido ao do Groupon. Espero ficar nesse jogo e temos muito fôlego para isto”, garante Macedo, do ClickOn.

Modelo germano-brasileiroO ClickOn nasceu com recursos

estrangeiros, do alemão Klaus Hommels – investidor também do Skype e Facebook – que captou R$ 17 milhões e decidiu apostar na Internet brasileira. A ele se juntaram o também alemão Oliver Jung, e a A5 Investimentos, de Paulo Humberg, ex-Submarino. E em sua equipe estão Marcelo Macedo, vindo do banco Morgan Stanley, como CEO, e João Ramirez, que co-fundou o Migux e foi gerente geral de conteúdo do UOL, como diretor de marketing. “Montamos um time de peso, com os melhores profissionais das mais diferentes áreas, e nos estruturamos para ter no Brasil o mesmo sucesso do Groupon, que virou referência mundial”, aponta Macedo.

O serviço está disponível para os moradores das cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Brasília, Porto Alegre e Salvador e em breve também poderá ser utilizado em outras cidades brasileiras, como Recife e Rio de Janeiro. “Temos uma força de vendas com 48 pessoas espalhados pelas cidades e buscamos redatores com sotaque local, esse é um

diferencial”, admite. Como perfil de negócios, o serviço

reúne ofertas únicas diárias, com até 90% de desconto, em restaurantes, clínicas de beleza e estética, academias, shows, teatros, atividades esportivas etc. Em comum, a garantia de preços atraentes que são efetivados quando um número mínimo de compradores é atingido. E o próprio usuário pode ajudar a divulgá-la por meio de mídias sociais como Orkut, MSN, Facebook e Twitter. Após a compra, o ClickOn emite, por email, o comprovante de compra a ser apresentado no estabelecimento.

Macedo revela ainda que a parceria com o site de compras coletivas Brands Club, que permite que o cliente de um e outro seja pré-membro daquele aonde ele não possui cadastro, tem sido interessante por trazer uma nova base de

clientes. “Nossa meta é atingir 35 ofertas por semana a partir de agosto e chegar ao 1 milhão de usuários no final do ano”, projeta Macedo.

Oferta é tudo mesmo! Outro player importante no mercado, o Peixe Urbano fez uma ação para a Blockbuster que envolveu três cidades: Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, em junho. O desconto foi de inimagináveis 98%, propiciando aos seus usuários três meses de assinatura da Blockbuster Online por apenas R$ 3,00, em um pacote que custaria R$ 149,70 e que em pouco tempo envolveu 3,5 mil pessoas. “O número de vendas ressalta o sucesso das compras coletivas e comprova que o consumidor brasileiro está aderindo rápido à novidade”, afirmou Julio Vasconcelos, sócio-fundador do Peixe Urbano, depois da primeira operação “tripla”.

De BH para o mundoFalando em cidades impactadas pelo

serviço, o CityBest, de Oliveira, que atualmente está em Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Juiz de Fora, Goiânia e Curitiba, entra ainda em agosto em São Paulo, Florianópolis, Rio de Janeiro, Salvador e Teresina. “Planejamos 27 cidades até o final do ano”, garante.

Nas cidades em que atua, o CityBest agrega ofertas de comércios locais com descontos de 50% a 90%, e se vale fortemente da divulgação do site em redes sociais (facebook, orkut e twitter). Com 100 mil usuários, a empresa, assim como a ClickOn, também quer chegar ao milhão de usuários no final do ano. “É ousado, mas possível”, garante.

A base da empresa é Belo Horizonte e Oliveira mora em Denver, nos Estados Unidos, de onde monitora o business. Nas demais cidades, existem equipes de venda que fazem a captação de ofertas junto aos lojistas. Entre as marcas que utilizaram o serviço estão Subway, Cacau Show e a rede de cervejarias Devassa.

Ao ser questionado se o modelo de desconto por cupom, algo enraizado na cultura norteamericana, mas totalmente fora de esquadro no Brasil, pode “travar” a progressão do business dos sites de ofertas no país, Oliveira minimiza e compara: “o conceito do cupom era um receio mesmo, e não temos cultura, porém o brasileiro gosta e sabe pechinchar. E, no fundo, é isso que oferecemos no final das contas e com muito mais comodidade”.

“o conceito do cupom era um receio mesmo,

e não temos cultura, porém

o brasileiro gosta e sabe pechinchar. e,

no fundo, é isso que oferecemos

no final das contas e com

muito mais comodidade”

SéRGIO OLIVEIRA, DO CITyBEST

novidade

CitybestCliCkon

Clube urbanoColetivarimperdível

oferta úniCaoferta x

peixe urbanoWeGo

Maioria ou todos os seus players deste segmento

iniciaram as atividades ainda em 2010. São eles:

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2010 American Power Conversion Corporation. Todas as marcas são de propriedade da Schneider Electric Industries S.A.S, American Power Conversion Corporation ou de suas empresas afiliadas. E-mail: [email protected] - Al. Xingu, 850 - Barueri - São Paulo/SP – 06455-030 - www.apc.com/br

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