32

Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A Revista dos Municípios da Paraíba

Citation preview

Page 1: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial
Page 2: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial
Page 3: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

FundadorBosco Gaspar

Diretor PresidenteManoel Raposo

Diretor AdministrativoSandro Galvão

Diretor FinanceiroMarcelo Raposo

Editor de PolíticaNonato Guedes

Diretor de CirculaçãoAlcides Santos

Gerente ComercialWaldeban Medeiros

Gerente de Circulação para o interiorCícero Henrique

ColaboradoresDes. Serpa, Dr. Klécius Leite

Fernandes, Assis Camelo Júnior, Assis Cordeiro, Waldeban Medeiros Nonato Guedes, Thereza Madalena

Ilka Cristina e Fred Menezes

ContatoSales Ferreira

Editor ResponsávelManoel Raposo

RedaçãoWaldeban Medeiros

Assis CordeiroThereza Madalena

Josinato GomesSandro Galvão

Projeto Gráfico e DiagramaçãoEstampa PB - (83) 3042-0806

Tiragem5.000 (cinco mil) exemplares

_____________

Esta revista circula em todo o Estado da Paraíba.

É um produto de publicaçãojornalística de responsabilidade

MR Comunicações Ltda.CNPJ: 07.175.974/0001-55

[email protected] João Vieira Carneiro, 516

Bairro Pedro GondimJoão Pessoa - PB

Fones: (83) 3243-7150 8741-2184 / 9619-7538

EDITORIAL

A vitória da reeleição Dilma é reeleita

A política soa como o enunciado de Lavoisier, considerado o pai da química moderna, que um dia teorizou o seguinte: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

A vitória do socialista Ricardo Coutinho tem muito a ver com este enunciado porque foi justamente a partir da primeira frase do que afirmou o ilustre francês Antoine Lavoisier (1743/1794) justificando com a segunda e terceira frase o sucesso que veio coroar sua reeleição que lhe dá o direito de governar a Paraíba por mais quatro anos.

“Nada se cria” porque articulação política e alianças entre adversários sempre foram a tônica que prevaleceu através dos tempos, inclusive sobre o desfecho da II Guerra Mundial, quando americanos e ingleses se aliaram aos russos na tentativa desesperada de conter o avanço nazista sobre o mundo.

“Nada se perde” porque o que se almeja não será obstáculo para ninguém, mes-mo que isso venha contrariar pontos de vista, ideologia ou pragmatismo, deixando para trás os cacos do estrago que possa vir a provocar em cada signatário daquela aliança. “Tudo se transforma” porque as lições aprendidas com o passado servem de estímulo para se aplicar no presente, visando obter o máximo possível do sucesso que se almeja. Vide 2010. Assim se comportou o estrategista político Ricardo Couti-nho, que foi buscar nas experiências passadas o remédio necessário para lograr êxi-to na sua investida de, pela segunda vez, governar o Estado da Paraíba de maneira inconteste, fazendo prevalecer aquele enunciado.

A Matéria de capa da edição especial da revista Tribuna, assinada pelo jor-nalista Nonato Guedes, analisa a reeleição do governador Ricardo Coutinho que volta a governar a Paraíba por mais quatro anos, coroando assim a sua estratégia de excelente jogador na difícil arte de comandar as peças do xadrez político paraibano, saindo-se assim mais uma vez vencedor.

08

No “Front” Político - Nonato Guedes |04

Bastidores - Manoel Raposo |06

Opinião - Desembargador Serpa |22

Soltas.Com - Waldeban Medeiros |30

16

Page 4: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

NO “FRONT” POLÍTICO

Expectativa sobre mudanças na Assembleia

A vitória do governador Ricardo Coutinho para o novo mandato alimenta especulação de expectativas so-bre mudanças que podem ocorrer na legislatura a vigo-rar a partir do próximo ano. Os rumores mais insistentes falam na troca de guarda da presidência do poder, com a substituição de Ricardo Marcelo, do PEN, por um pro-vável aliado do governador socialista reeleito. Diferentes nomes são cogitados, dentro e fora dos quadros do PSB, agremiação chefiada por Ricardo Coutinho. A condução dos entendimentos é que dará o tom das alterações e si-nalizará as opções mais cogitadas pelo staff governista. O atual presidente, que está pela segunda vez no comando da Casa, foi aliado do senador Cássio Cunha Lima no embate do primeiro turno e por várias vezes entrou em choque com atual administração do Executivo.

Ricardo Marcelo em nenhuma oportunidade assu-miu a perspectiva de confronto institucional entre os dois poderes, justificando que essa atmosfera seria pre-judicial à aprovação de projetos e matérias com reper-cussão no âmbito da sociedade. Assinala que o governo foi quem radicalizou em algumas posturas, tentando jogar os parlamentares contra a opinião pública. Sobre a convocação de secretários para prestar esclarecimen-tos a respeito de matérias polêmicas, tem acentuado que é uma prerrogativa do legislativo e que contribui para proporcionar maior transparência em relação aos atos governamentais submetidos á apreciação.

Discute-se também a hipótese de indicação do nome para liderar o agrupamento governista que ten-de a ficar fortalecido como rescaldo das composições celebradas pelo governador na campanha de 2014, en-volvendo partidos como o PMDB e o PT. A dúvida é saber se RC manterá o estilo de convidar aliado de outro partido para assumir o posto ou se recorrerá a um nome das hostes socialistas. Nesse caso as opções mais cogi-tadas são a deputada estadual eleita Estelizabel Bezerra ou o deputado estadual eleito Ricardo Barbosa que pos-suem identificação com o estilo e a filosofia de ação co-locada em prática por Ricardo Coutinho. Estelizabel foi candidata a prefeita de João Pessoa nas eleições de 2012, tendo ficado na terceira colocação do primeiro turno. Chegou a desbancar o então candidato do PMDB, ex--governador José Maranhão.

Diplomação dos candidatos vitoriosos

O desembargador Saulo Benevi-des, presidente do Tribunal Regional Eleitoral, programou para o dia 17 de dezembro a diplomação de can-didatos e candidatas a cargos eletivos que foram vitoriosos em primeiro e segundo turnos este ano. O magis-trado agradeceu a todos os que con-tribuíram para o êxito do pleito, es-pecialmente ao povo paraibano, por mais uma demonstração de civismo. “Igualmente parabenizo os políticos que deram o exemplo inequívoco de democracia, de comportamento cor-

reto durante as eleições, bem como aos advogados que estiveram o tempo todo na corte trabalhan-do com ética e profissionalismo”. Para o desembargador, o compor-tamento registrado enaltece a Or-dem dos Advogados da PB.

Ele comentou a quebra de ur-nas eletrônicas no segundo turno, bem como registro de alguns inci-dentes, avaliando que foram poucas as ocorrências e que elas não pre-judicaram em momento algum o andamento da votação no Estado. “Tão logo tomamos conhecimen-tos de denúncias sobre incidentes, tomamos as providências cabíveis,

inclusive com reforço de policia-mento em algumas cidades, mas tudo transcorreu dentro da expec-tativa e do cronograma estabeleci-do, sobretudo em localidades como João Pessoa e Campina Grande”, frisou. De acordo com ele, houve a substituição imediata das urnas da-nificadas durante o segundo turno, ao contrário da demora verificada no primeiro turno. “Felizmente montamos uma logística que ga-rantisse a reposição das urnas e evi-tasse a interrupção do calendário de votação, dentro de uma estraté-gia para não prejudicar o resultado final”, disse o desembargador.

4 | out 2014 - Edição Especial

Page 5: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

Nonato Guedes

[email protected]

Ricardo e as liçõesO governador reeleito Ricar-

do Coutinho passou a botar quen-te em cima de jornalistas que, de acordo com ele, subestimaram as suas chances de vitória. No final das contas, a seu ver, esses profis-sionais de imprensa tentaram des-qualificar o direito de manifestação livre dos próprios eleitores. Ricar-do, em pronunciamento após o re-sultado, falou das dificuldades que enfrentou e da arregimentação de força contra ele. “Só que ninguém é imbatível e esta é a lição maior que fica para os que teimam em não entrar em sintonia com a voz rouca das ruas”, expressou o man-datário. Para ele, setores da mídia que não mencionou tentaram in-fluenciar alguns dos eleitores.

Os políticos paraibanos que se aliaram à candidatura de Dilma Rousseff à reeleição começam a firmar que com sua reeleição será a vez do Estado ser recompensa-do pelo Governo federal com uma obra estruturante, seja uma mon-tadora de automóveis, seja outro empreendimento que possa gerar emprego e renda. Argumentam

Paraibanos esperam atenção concreta de Dilma no governo

que esta seria a única maneira de fazer com que a Paraíba fosse encarada com atenção e pudesse competir com Estados vizinhos, a exemplo de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. Outras lide-ranças vão mais além e reivindi-cam de Dilma a destinação de um Ministério, seja o das Cidades ou da Integração Nacional. No pri-meiro mandato da gestora petista, a pasta das Cidades foi ocupada pelo deputado federal Aguinaldo Ribeiro, do PP, que se desincompa-tibilizou para postular a reeleição ao mandato legislativo, conquista-da no pleito de 5 de outubro.

Os parlamentares reeleitos e recém-eleitos estão se articulando informalmente para pressionar a presidente Dilma a se sensibilizar com a reivindicação sob o pretex-to de que a Paraíba perdeu tempo e terreno na luta com vista a ob-ter melhorias essenciais. Isto teria

sido provocado pela desunião de in-tegrantes de bancadas que jamais se esforçaram para assegurar o consenso mínimo em torno das demandas que são exigidas. Cogita-se atrair até mes-mo o senador Cássio Cunha Lima, do PSDB, opositor da presidente Dilma, para participar de uma audiência em Brasília e reforçar o rol de bandeiras a serem defendidas. O deputado federal Manoel Júnior, do PMDB, entende que nenhum politico deve ser discrimina-do no mutirão em favor de benefícios para o Estado. Ele ressalta que deve ser copiado o exemplo de bancadas influentes como as de São Paulo e Rio de Janeiro, que, através de mobilização conjunta, obtiveram investimentos sig-nificativos para as unidades que repre-sentam. A presidente reeleita, após o resultado, pregou união pelo país e ga-rantiu que se empenhará pela reforma política através da convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte nes-se sentido.

Enquanto isso, os senadores José Maranhão e Vital do Rêgo, do PMDB, comemoraram a reeleição de Ricardo Coutinho e destaca-ram que o partido foi fundamen-tal no segundo turno, revertendo o resultado do primeiro, que ha-via sido favorável a Cássio Cunha Lima. Maranhão não quis entrar em detalhes sobre articulações de bastidores que produziram o apoio formal do PMDB paraibano a Ri-cardo Coutinho. Apenas observou

que houve implicações de natureza conjuntural, levando em conta a rea-lidade do Estado, com o mapeamen-to do confronto entre forças politicas locais. Segundo ele, essas implicações tiveram peso considerável na opção final tomada pela maioria dos peeme-debistas. Maranhão declarou confiar que Ricardo Coutinho, agora com o apoio de Dilma, terá condições mais objetivas para desenvolver projetos de caráter abrangente e de alcance social em favor dos carentes.

Edição Especial - out 2014 | 5

Page 6: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

BASTIDORES

6 | dezmbro de 2013 dezembro de 2013 | 6

Coisas da políticaO sistema eleitoral brasileiro permite que coisas inimagináveis aconteçam

a cada eleição, sem que isto seja caracterizado como uma anomalia. As mais di-versas coligações são formalizadas sem que o eleitor, o grande protagonista desse processo, seja consultado. Quem não se lembra das démarches políticas verifica-das em 2010 que culminaram com a união do senador Cássio Cunha Lima e o governador Ricardo Coutinho visando derrotar o candidato a governador José Maranhão, cujo resultado foi coroado de êxito? Este ano, o candidato à reeleição a governador Ricardo Coutinho, alia-se a José Maranhão, já eleito senador, para derrotar o senador Cássio Cunha Lima, candidato a governador, fato que tam-bém deu certo. Como se pode verificar, em nenhum dos casos o POVO foi chamado ou consultado para dar o seu veredicto. Apenas, nas urnas, ele teve o direito de participar do processo já como fato consumado. As cúpu-las políticas costuram os seus acordos e o POVO apenas os coonestam, muitas vezes, inconscientemente.

Trabalho reconhecidoO governador

Ricardo Coutinho obteve extraordiná-ria vitória na região onde se encontra a “Rodovia da Integra-ção”, construída na sua gestão. São cinco municípios de total domínio político do deputado Antonio Mineral, que passou

mais de três anos apoiando o governo na Assembleia Le-gislativa, tendo anunciado o seu rompimento quase às vésperas da eleição. O povo da região puniu o deputado Mineral duas vezes: com a sua própria derrota e a derrota do seu candidato a governador. O deputado Antonio Mi-neral é um homem de bem a toda a prova, mas, desta vez, “pisou na bola”, o que é lamentável. A região perdeu um bom representante.

O bom LuizNão se pode obscurecer o extra-

ordinário trabalho realizado pelo jor-nalista Luiz Tôrres, atual secretário de Comunicação do governo estadual, na campanha eleitoral que se findou. Sempre afável para com os seus com-panheiros de profissão, Luiz Tôrres atravessou todo o período eleitoral sem se incompatibilizar com nenhum dos seus co-legas e muito menos com a classe políti-ca. O seu equilíbrio na divulgação das informações foram importantes para o bom desempenho que teve na campa-nha eleitoral. Que continue assim!

Page 7: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

Manoel [email protected]

Jornalista Manoel [email protected]

out/nov 2014 | 7

Bela coberturaAcompanhei durante todo o dia da eleição no primeiro e no segun-

do turnos, a cobertura realizada pelo Sistema Arapuan de Comunicação, sob o comando do endiabrado Nilvan Ferreira. Em minha querida Ibia-ra, onde votei, e na minha amada Itaporanga, onde curti os efeitos da apuração, fiquei sabendo dos mínimos detalhes que se passavam desde o inicio da votação ao término da apuração, ao longo da noite. Mais uma vez Antônio Malvino, veterano da guerra da informação, acompanhado dos não menos qualificados João Costa, Pepé, Cone Ferreira, todos sob o comando de Nilvan Ferreira, souberam, mais uma vez, revelar ao coman-dante de todos, o empresário João Gregório, a capacidade de cada um no cumprimento do seu dever de bem informar. Parabéns a todos e espe-cialmente àquele empresário pelo excelente time que conseguiu reunir.

Coremas ligadaImplantada na época da construção do açude Estevão

Marinho, a rodovia que liga a cidade de Coremas à BR-261 acaba de ter o seu asfalto concluído. Agora, quem quiser che-gar a Pombal não é mais necessário ir à cidade de Patos para de lá pegar a BR-230; basta pegar a rodovia Piancó/Coremas e de lá atingir São Bentinho na BR-230 e em seguida, Pom-bal, fazendo uma economia de mais de 60 km. Tudo isto foi uma realização do governador Ricardo Coutinho. É bom lembrar que houve o reconhecimento do povo para com o governador naquela região, por força da grande obra do seu governo em todo o Vale do Piancó e adjacências.

Vence a “Força do Trabalho”O Senador Cássio Cunha (PSDB) teve um

extraordinário desempenho na campanha que passou quando disputou com o atual governa-dor Ricardo Coutinho o mandato de governa-dor. A sua liderança política em todo o Estado foi revelada mais uma vez quando teve de en-frentar, segundo ele, as máquinas do Estado e da Prefeitura de João Pessoa. É bem verdade que o mesmo não se refere sobre a utilização da máquina da Prefeitura Municipal de Campina Grande na sua campanha.

Page 8: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

8 | out 2014 - Edição Especial

CAPA

Por Nonato Guedes

As eleições em segundo turno para governador da Paraíba e presidente da República no ultimo dia 26 de outubro simbolizaram a vitória da reeleição e a consolidação de uma parceria política e administrativa que eclodiu no curso da própria campanha de 2014. No plano nacional, a presidente Dilma Rousseff, candidata pelo PT à reeleição, alcançou 54,5 milhões de votos, o equivalente a 51,63% dos votos válidos, na vantagem mais acirrada da história nos últimos 25 anos no país. Ela derrotou Aécio Neves, o candidato do PSDB, que recebeu 48,37% dos votos válidos, aproximadamente mais de 51 milhões de sufrágios. O senador por Minas Gerais registrou um dos melhores resultados no Estado de São Paulo, com 54,3% dos votos válidos.

Na Paraíba o governador Ricardo Coutinho, do PSB, foi reeleito com 1.125,956 votos, o equivalente a 52,61% dos votos válidos, derrotando Cássio Cunha Lima, candidato do PSDB, que obteve 1.014,093 votos- 47,39%. Os nú-meros divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral revelam que as eleições tive-ram comparecimento de 2.324,672 eleitores, o que corresponde a 82% do eleito-rado paraibano. A abstenção foi de 18%, o que significa que deixaram de votar no segundo turno 510.208 eleitores.

A vitória da reeleição e da parceria entre Ricardo e Dilma

8 | out 2014 - Edição Especial

Page 9: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

Edição Especial - out 2014 | 9

No primeiro turno o candidato socialista perdeu a eleição por uma di-ferença de 28.388 votos e conseguiu virar o jogo no segundo turno graças ao apoio recebido do PMDB, que obteve 106.162 votos na disputa com a candi-datura do senador Vital do Rêgo. Um grande impulso igualmente contabili-zado por Ricardo foi o seu apoio declarado à presidente Dilma Rousseff no segundo turno. Ele divergiu abertamente da orientação da cúpula nacional do PSB pelo apoio a Aécio Neves, depois que a ex-candidata Marina Silva ficou fora do páreo na finalíssima. Ao votar na Fundação Casa de José Amé-rico no segundo turno, Ricardo criticou a decisão de seu partido de apoia Aécio no segundo round. “Eu acho que foi um equívoco. A história do PSB não é a história de Aécio. PSB tem uma história diferenciada que se aproxi-ma muito da do PT. Já em 2010 eu apoiei a candidatura de Dilma mesmo o PT estando coligado com o PMDB”, acrescentou.

- A hora das parcerias – O governador reeleito confirmou que a sua expectativa é a melhor possível no que diz respeito à intensificação de parce-rias administrativas com o Planalto visando à execução de obras estruturan-tes e o encaminhamento de projetos e demandas de interesse da população

Natural de João Pessoa, Ricardo Vieira Coutinho tem 52 anos. Filho do casal Coriolano Coutinho e Natércia Vieira, ele é formado em Farmácia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB. Pai de dois filhos, Ricardo e Henri Lorenzo, Ricardo é atualmente casado com a jornalista Pâmela Bório. Torce para o Botafogo da Paraíba e é voraz consumidor da cultura paraibana.Tão logo terminou os estudos conquistou, via concurso público, uma vaga de farmacêutico no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa.O ex-prefeito da Capital paraibana começou na carreira política ainda no movimento estudantil, quando foi presidente do Centro Acadêmico de Farmácia. Foi quando o momento lhe proporcionou a oportunidade de entrar em contato com o movimento sindical.Ricardo Coutinho foi eleito vereador de João Pessoa pelo Partido dos Trabalhadores (PT) por duas vezes, em 1992 e em 1996. Em 1998, candidatou-se a deputado estadual, sendo o mais votado em João Pessoa. Em 2002, ainda pelo PT, foi reeleito com o maior número de votos do pleito: 47.912. No início do ano de 2004, Ricardo deixa a legenda para se candidatar a prefeito da João Pessoa pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), vencendo as eleições com cerca de 65% dos votos da população pessoense.Em 2008, ele se candidata à reeleição e, novamente, é conduzido ao cargo de prefeito da Capital paraibana.Em 2010, foi eleito governador da Paraíba com a maior votação da história, com 1.079.164 votos. Em 2014, foi reeleito governador da Paraíba mais uma vez, com a maior votação da história, com 1.125.956 votos.

Biografia

Edição Especial - out 2014 | 9

Page 10: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

CAPA

Cássio Cunha Lima, que prome-teu fazer uma oposição construtiva sem deixar de lutar pela atração de investimento em beneficio da Para-íba. A maioria pró-Ricardo deverá se estender pela Câmara Federal e Assembleia Legislativa, com o re-flexo das composições que o gover-nador produziu entre o primeiro e segundo turnos. Na primeira etapa, ele já havia celebrado um entendi-mento com o PT, apoiando a can-didatura de Lucélio Cartaxo ao Se-nado. Irmão gêmeo do prefeito da Capital, Luciano Cartaxo, Lucélio conseguiu ficar no segundo lugar na disputa senatorial, abaixo de José Maranhão e em vantagem perante o petebista Wilson Santiago que era da coligação de Cássio Cunha Lima.

Nas participações gravadas

para o guia eleitoral de Ricardo no segundo turno, a presidente Dilma Rousseff assumiu compromissos de resgatar dívidas do Governo federal para com a Paraíba, sobretudo em relação a investimentos. As cobran-ças nessa direção foram formuladas também por adversários do PT e da presidente. O senador Cássio Cunha Lima fez sua campanha ca-sada com a de Aécio Neves, que por sua vez prometia redimir a Paraíba do estado de abandono a que foi re-legado pela administração petista, inclusive ao que diz desrespeito ao projeto de transposição das águas do Rio São Francisco.

Disputa muito dura – O sena-dor Cássio Cunha Lima avaliou no dia da votação que a disputa estava bastante dura contra o governador

paraibana. Salientou que inúmeras parcerias já vinham sendo feitas, sem, contudo, uma diretriz planifi-cada, o que deve ocorrer a partir de agora. “Eu espero a terceira entrada da transposição do Rio São Francisco acordada com a presidente da Repú-blica. Igualmente espero um grande sistema adutor para o Cariri Oriental, Ocidental e até o Curimataú”.

Numa entrevista coletiva, Ri-cardo disse que terá bancadas que o apoiarão e garantirão a governabili-dade a partir de primeiro de janeiro de 2015. Referiu-se, por exemplo, ao apoio de dois senadores dos três que compõem a representação paraibana- Vital do Rêgo, que foi eleito em 2010 e José Maranhão que foi eleito em 2014. O terceiro integrante da bancada e o senador

10 | out 2014 - Edição Especial

Page 11: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

Ricardo Coutinho. Dizia que todas as pesquisas apontavam um empate técnico e pessoalmente considerava--se o único candidato do Brasil que sendo a oposição aos governos fe-deral e estadual conseguiu vencer as eleições no primeiro turno. Na se-gunda-feira em João Pessoa, avalian-do a marcha das apurações já finali-zadas, o ex-candidato tucano evitou falar em terceiro turno, parabenizou o governador Ricardo Coutinho pela

reeleição e disse que a Paraíba esco-lheu o caminho da oposição para ele e seu grupo político.

O PSDB e os partidos unidos na coalizão que originou a Coli-gação “A Vontade do Povo” deram uma grande demonstração de força mesmo, tendo enfrentado as má-quinas administrativas do Governo Federal, do Governo do Estado e da Prefeitura da Capital. Mesmo assim, fizemos pouco mais de 47% dos vo-

tos no Estado e isso não é pouco. Vamos agora, como oposição, con-tribuir com diálogo para o bem da Paraíba, proporcionando gestos de conciliação entre o governo e diver-sas vertentes da sociedade, além de cobrar do Governo federal o que a Paraíba nunca recebeu – adiantou Cássio. O parlamentar criticou o comportamento do PMDB no Esta-do durante a campanha.

“O PMDB passou todo o perí-odo do mandato de Ricardo Couti-nho na oposição. Faltando 20 dias para eleição aderiu ao governo e isso contribuiu para a vitória de Ricardo, mesmo que o partido en-frentasse uma divisão, mas temos que ver que um segmento impor-tante da oposição aderindo ao go-verno reforça qualquer palanque. Não se pode também desprezar o papel importante do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, e do irmão Lucélio Cartaxo. No interior houve o reforço de forças politicas como Efraim Morais, Efraim Filho, Damião e Lígia Feliciano”, enfati-zou. Sobre sua votação em Campi-na Grande, lembrou que não pode se frustrar diante de uma vitória expressiva. “Aliás, apesar de não ter ganho a eleição, tivemos um resul-tado extremamente significativo. Estou firme e forte com um milhão de amigos”.

Enquanto a região metropolita-na de João Pessoa deu uma maioria de 139,363 votos a Ricardo Couti-nho, a de Campina Grande deu ape-nas 65.429 a Cássio. Só nessas duas regiões a diferença foi de 73.934 votos pró-Ricardo, que ganhou tão bem no Estado, que sem João Pes-soa, ainda venceria com 20.889 vo-tos. Mas os 1.125,956 votos obtidos por Ricardo Coutinho (52,61% dos votos válidos), correspondem ape-nas a 48,43% do total de votantes e 39,71% do total de eleitorado.

Edição Especial - out 2014 | 11

Page 12: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

CAPA

O governador reeleito Ricar-do Coutinho definiu a campanha eleitoral de 2014 como a mais difícil de sua trajetória política, iniciada como vereador em João Pessoa, passando pelos mandatos de deputado estadual e prefeito da Capital por duas vezes. Ele fez tal avaliação ao conceder entrevista a pretexto de comentar resultados das urnas e agradecer os mais de um milhão de votos que recebeu. “Essa caminhada foi difícil, por-que simbolizou a disputa entre o fazer e o prometer, entre o conte-údo e a embalagem”, comparou o socialista, numa estocada dirigida ao seu concorrente nas urnas, o tucano Cássio Cunha Lima.

Para o seu próximo mandato, segundo adiantou, cogita priorizar ampliação de ensino profissiona-lizante, a organização da rede de saúde e acelerar o desenvolvimen-to no Estado. “Pretendo fazer o melhor mandato de toda a minha biografia política”, externou Ri-cardo. “Quero olhar para a educa-ção como uma politica de médio prazo, que, no entanto, possa ser acelerada no próximo mandato. Vamos ampliar o ensino profissio-nalizante para que possamos ter no pacto pelo desenvolvimento social a municipalização do ensino fun-damental I e que o Estado cada vez se volte para qualificar o ensino médio e o ensino profissionalizan-te”, resumiu.

No tocante à geração de renda para o povo paraibano, Ricardo vai investir em ações que possam ala-vancar o turismo em todo Estado.

Governador diz que foi a campanha mais difícil que enfrentou

“Agilizar o turismo, gerar renda, gerar desenvolvimento. Este é o caminho do Estado, que tem capa-cidade ainda de gerar muita ren-da por meio do desenvolvimento industrial e do incentivo à micro e pequena empresa”, salientou. O gestor reeleito assim analisou as alianças partidárias com o PMDB, o PT e o DEM: “Foram alianças que contribuíram muito. Nós sou-bemos somar e o PMDB veio em boa hora, mas todas as participa-ções foram importantes para che-garmos à vitória”.

Por sua vez, a vice-governa-dora eleita Lígia Feliciano, ao dis-cursar em cima de um trio elétrico em Campina Grande, agradeceu a votação atribuída a chapa encabe-çada pelo governador naquela cida-de. “Estas eleições mostraram que Campina Grande não tem dono,

não é um curral eleitoral. Cada um é dono de sua vontade, do seu voto, independente de pressões de lide-ranças políticas. Agradeço a Deus e ao povo de Campina e de toda Para-íba pela nossa vitória, que reflete o reconhecimento a força do trabalho do governador, titular de uma ad-ministração exemplar que tem aco-lhida junto a setores carentes da po-pulação paraibana. De minha parte quero ajudar a Ricardo a continuar trabalhando pela Paraíba”, manifes-tou a vice-governadora eleita.

Alinhamento com Dilma – O governador Ricardo Coutinho sugeriu que o seu partido colabo-re com a presidente reeleita Dilma Rousseff e ajude a governar pelos próximos quatro anos. Disse que a manutenção do clima de campanha é o pior que poderia acontecer ao País. “Eu tenho a posição de apoio e

12 | out 2014 - Edição Especial

Page 13: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

Edição Especial - out 2014 | 13

A deflagração de uma refor-ma administrativa no secretariado estadual deverá acontecer antes mesmo antes que chegue ao fim do primeiro mandato do governador Ricardo Coutinho. Fontes políti-cas ligadas ao chefe do executivo afirmam que a previsão é de que as mudanças ocorram até o mês de dezembro para que haja uma tran-sição tranquila até o mês de janeiro. Nesse sentido deverão ser abertos espaços para o PT e o PMDB que se coligaram com o PSB em torno da reeleição de Ricardo Coutinho. Este anunciou que vai buscar cada vez mais qualificar a sua administração, objetivando a atender demandas populares.

De acordo com as especula-ções, o deputado estadual Adriano Galdino, do PSB, poderá figurar entre os contemplados com cargo no governo, com isto abrindo es-paço para ascensão de Hervázio Bezerra à titularidade do manda-to. Galdino foi secretário chefe de governo entre 2012 e 2014, quan-do precisou se desincompatibili-zar para disputar a reeleição. “Se o governador achar melhor que eu assuma uma secretaria, atenderei a essa convocação. Se ele preferir que eu permaneça na Assembleia assim o farei”, salientou. O presi-dente do PT estadual Charliton Machado, anunciou que pretende se reunir com a cúpula do partido na segunda metade de novembro para discutir a questão.

- Cumprimos uma tarefa que foi fundamental. Participar do go-verno é uma conversa posterior

com o próprio partido e com o governador, a quem caberá defi-nir qual será a nossa participação e a dos demais atores do processo de reeleição – disse. Já o secretá-rio de Articulação Política de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio, con-siderou natural a participação do PT na gestão estadual, reiterando, entretanto, que a composição do governo cabe a Ricardo Couti-nho e ele é quem deve convocar os partidos aliados e escolher os que porventura possam colaborar com a administração. “O PT está muito tranquilo. A aliança foi pro-gramática, em cima de um projeto de desenvolvimento e avanço da Paraíba”, afirmou.

A participação do PMDB no governo foi confirmada pelo pre-sidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas. O socialista adiantou que o governador vai se reunir com os partidos da base aliada para conhe-cer o potencial de cada um. “Temos que ouvir os partidos. Há novas for-ças que vão fazer parte do governo, a exemplo do PMDB que esteve co-nosco no segundo turno”, destacou. O senador eleito José Maranhão, presidente do diretório regional do PMDB, assegurou que não discutiu o assunto internamente na legenda. “Nós não estamos ainda pensan-do em nomes e nem nos reunimos para tratar dessa questão. Vamos aguardar uma sinalização do gover-nador. Uma coisa é certa: o PMDB é muito rico em nomes com currí-culos apropriados para colaborar de forma significativa com o novo governo da Paraíba”.

acho que o partido deve avaliar esse posicionamento. O País saiu polari-zado dessa eleição e não podemos permitir que o palanque continue armado. Precisamos focar na admi-nistração”, exortou.

- Eleição muitas vezes machu-ca, você é atacado, e deturpado e vai acumulando tudo isso. Mas há diversas formas de não somatizar esses problemas – afirmou Ricardo, comentando as dificuldades que se abriram dentro do PSB na defini-ção pela corrida presidencial. Para ele o PSB deveria ter optado pela neutralidade no segundo turno ao invés de apoiar Aécio Neves, do PSDB. “Acho que o partido socialis-ta, antes de qualquer coisa, precisa de um momento de imersão, para que possamos discutir de uma for-ma mais profunda todos os fatos que ocorreram conosco”, acentuou o chefe do executivo.

Governo já quer antecipar reforma administrativa

Edição Especial - out 2014 | 13

Page 14: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

RESULTADO DA ELEIÇÃO ESTADUAL – 2014 – PARAÍBA

14. AREIA- Ricardo (PSB) 7.027- Cássio (PSDB) 5.944

15. AREIA DE BARAÚNAS- Ricardo (PSB) 722- Cássio (PSDB) 688

16. AREIAL- Ricardo (PSB) 1.803- Cássio (PSDB) 2.285

17. AROEIRAS- Ricardo (PSB) 5.667- Cássio (PSDB) 5.090

18. ASSUNÇÃO- Ricardo (PSB) 1.769 - Cássio (PSDB) 684

19. BAÍA DA TRAIÇÃO- Ricardo (PSB) 2.645- Cássio (PSDB) 1.709

20. BANANEIRAS- Ricardo (PSB) 6.308 - Cássio (PSDB) 5.515

21. BARAÚNA- Ricardo (PSB) 1.629- Cássio (PSDB) 1.248

22. BARRA DE SANTA ROSA- Ricardo (PSB) 4.341- Cássio (PSDB) 3.339

23. BARRA DE SANTANA - Ricardo (PSB) 2.532- Cássio (PSDB) 2.884

24. BARRA DE SÃO MIGUEL- Ricardo (PSB) 2.889- Cássio (PSDB) 719

25. BAYEUX- Ricardo (PSB) 36.347- Cássio (PSDB) 17.726

26. BELÉM- Ricardo (PSB) 4.554- Cássio (PSDB) 4.870

27. BELÉM DO B. DO CRUZ- Ricardo (PSB) 2.479- Cássio (PSDB) 1.800

28. BERNARDINO BATISTA- Ricardo (PSB) 1.493- Cássio (PSDB) 317

29. BOA VENTURA- Ricardo (PSB) 1.983- Cássio (PSDB)1.654

30. BOA VISTA- Ricardo (PSB) 2.433- Cássio (PSDB) 2.163

31. BOM JESUS- Ricardo (PSB) 883- Cássio (PSDB) 1.167

32. BOM SUCESSO- Ricardo (PSB) 1.158- Cássio (PSDB) 1.976

33. BONITO DE SANTA FÉ- Ricardo (PSB) 2.288- Cássio (PSDB) 3.097

34. BOQUEIRÃO- Ricardo (PSB) 5.544- Cássio (PSDB) 5.002

35. BORBOREMA- Ricardo (PSB) 1.256- Cássio (PSDB) 1.678

36. BREJO DO CRUZ- Ricardo (PSB) 3.662- Cássio (PSDB) 3.470

37. BREJO DOS SANTOS- Ricardo (PSB) 2.273- Cássio (PSDB) 1.979

38. CAAPORÃ- Ricardo (PSB) 6.326- Cássio (PSDB) 5.276

39. CABACEIRAS- Ricardo (PSB) 1.965- Cássio (PSDB) 1.518

40. CABEDELO- Ricardo (PSB) 19.228- Cássio (PSDB) 11.629

41. CACHOEIRA DOS ÍNDIOS- Ricardo (PSB) 2.558- Cássio (PSDB) 2.506

42. CACIMBA DE AREIA- Ricardo (PSB) 1.393- Cássio (PSDB) 1.073

43. CACIMBA DE DENTRO- Ricardo (PSB) 3.896- Cássio (PSDB) 5.359

44. CACIMBAS- Ricardo (PSB) 2.179- Cássio (PSDB) 1.203

45. CAIÇARA- Ricardo (PSB) 2.657- Cássio (PSDB) 2.017

46. CAJAZEIRAS- Ricardo (PSB) 20.266- Cássio (PSDB) 11.309

47. CAJAZEIRINHAS- Ricardo (PSB) 1.137- Cássio (PSDB) 1.369

48. CALDAS BRANDÃO- Ricardo (PSB) 1.793- Cássio (PSDB) 1.843

49. CAMALAÚ- Ricardo (PSB) 3.018- Cássio (PSDB) 851

50. CAMPINA GRANDE- Ricardo (PSB) 84.863- Cássio (PSDB) 141.472

51. CAPIM- Ricardo (PSB) 1.658- Cássio (PSDB) 1.801

52. CARAÚBAS- Ricardo (PSB) 2.396- Cássio (PSDB) 398

1. ÁGUA BRANCA- Ricardo (PSB) 2.848- Cássio (PSDB) 1.537

2. AGUIAR- Ricardo (PSB) 1.448- Cássio (PSDB) 1.835

3. ALAGOA GRANDE- Ricardo (PSB) 7.108- Cássio (PSDB) 7.667

4. ALAGOA NOVA- Ricardo (PSB) 4.212- Cássio (PSDB) 6.190

5. ALAGOINHA- Ricardo (PSB) 3.362- Cássio (PSDB) 4.105

6. ALCANTIL- Ricardo (PSB) 1.849 - Cássio (PSDB) 1.668

7. ALGODÃO DE JANDAÍRA- Ricardo (PSB) 1.370- Cássio (PSDB) 704

8. ALHANDRA- Ricardo (PSB) 6.489- Cássio (PSDB) 6.109

9. AMPARO- Ricardo (PSB) 1.193- Cássio (PSDB) 525

10. APARECIDA- Ricardo (PSB) 2.616- Cássio (PSDB) 2.467

11. ARAÇAGI- Ricardo (PSB) 3.687- Cássio (PSDB) 5.440

12. ARARA- Ricardo (PSB) 2.795- Cássio (PSDB) 3.149

13. ARARUNA- Ricardo (PSB) 1.804- Cássio (PSDB) 7.027

Page 15: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

40. CABEDELO- Ricardo (PSB) 19.228- Cássio (PSDB) 11.629

41. CACHOEIRA DOS ÍNDIOS- Ricardo (PSB) 2.558- Cássio (PSDB) 2.506

42. CACIMBA DE AREIA- Ricardo (PSB) 1.393- Cássio (PSDB) 1.073

43. CACIMBA DE DENTRO- Ricardo (PSB) 3.896- Cássio (PSDB) 5.359

44. CACIMBAS- Ricardo (PSB) 2.179- Cássio (PSDB) 1.203

45. CAIÇARA- Ricardo (PSB) 2.657- Cássio (PSDB) 2.017

46. CAJAZEIRAS- Ricardo (PSB) 20.266- Cássio (PSDB) 11.309

47. CAJAZEIRINHAS- Ricardo (PSB) 1.137- Cássio (PSDB) 1.369

48. CALDAS BRANDÃO- Ricardo (PSB) 1.793- Cássio (PSDB) 1.843

49. CAMALAÚ- Ricardo (PSB) 3.018- Cássio (PSDB) 851

50. CAMPINA GRANDE- Ricardo (PSB) 84.863- Cássio (PSDB) 141.472

51. CAPIM- Ricardo (PSB) 1.658- Cássio (PSDB) 1.801

52. CARAÚBAS- Ricardo (PSB) 2.396- Cássio (PSDB) 398

53. CARRAPATEIRA- Ricardo (PSB) 1.004- Cássio (PSDB) 531

54. CASSERENGUE- Ricardo (PSB) 2.247 - Cássio (PSDB) 1.559

55. CATINGUEIRA- Ricardo (PSB) 1.309- Cássio (PSDB) 1.690

56. CATOLÉ DO ROCHA- Ricardo (PSB) 6.676- Cássio (PSDB) 9.350

57. CATURITÉ- Ricardo (PSB) 1.703- Cássio (PSDB) 1.841

58. CONCEIÇÃO- Ricardo (PSB) 5.507- Cássio (PSDB) 4.424

59. CONDADO- Ricardo (PSB) 1.953- Cássio (PSDB) 2.244

60. CONDE- Ricardo (PSB) 7.298- Cássio (PSDB) 5.780

61. CONGO- Ricardo (PSB) 2.392 - Cássio (PSDB) 1.138

62. COREMAS- Ricardo (PSB) 4.193- Cássio (PSDB) 4.241

63. COXIXOLA- Ricardo (PSB) 847- Cássio (PSDB) 480

64. CRUZ DO ESP. SANTO- Ricardo (PSB) 5.049- Cássio (PSDB) 5.508

65. CUBATI- Ricardo (PSB) 2.732- Cássio (PSDB) 1.940

66. CUITÉ- Ricardo (PSB) 5.787- Cássio (PSDB) 5.813

67. CUITÉ MAMANGUAPE- Ricardo (PSB) 1.797- Cássio (PSDB) 2.463

68. CUITEGI- Ricardo (PSB) 1.649- Cássio (PSDB) 2.207

69. CURRAL DE CIMA- Ricardo (PSB) 1.425- Cássio (PSDB) 1.884

70. CURRAL VELHO- Ricardo (PSB) 518- Cássio (PSDB) 963

71. DAMIÃO- Ricardo (PSB) 1.638- Cássio (PSDB) 1.438

72. DESTERRO- Ricardo (PSB) 2.716- Cássio (PSDB) 2.080

73. DIAMANTE- Ricardo (PSB) 2.048- Cássio (PSDB) 1.817

74. DONA INÊS- Ricardo (PSB) 3.336- Cássio (PSDB) 2.591

75. DUAS ESTRADAS- Ricardo (PSB) 1.325- Cássio (PSDB) 1.344

76. EMAS- Ricardo (PSB) 645 - Cássio (PSDB) 1.456

77. ESPERANÇA- Ricardo (PSB) 7.565- Cássio (PSDB) 9.934

78. FAGUNDES- Ricardo (PSB) 3.270- Cássio (PSDB) 3.579

79. FREI MARTINHO- Ricardo (PSB) 1.407- Cássio (PSDB) 706

80. GADO BRAVO - Ricardo (PSB) 2.708 - Cássio (PSDB) 2.304

81. GUARABIRA- Ricardo (PSB) 15.317- Cássio (PSDB) 13.986

82. GURINHÉM- Ricardo (PSB) 3.104- Cássio (PSDB) 5.070

83. GURJÃO- Ricardo (PSB) 802- Cássio (PSDB) 1.496

84. IBIARA- Ricardo (PSB) 1.873- Cássio (PSDB)1.727

85. IGARACY- Ricardo (PSB) 1.980- Cássio (PSDB) 1.701

86. IMACULADA- Ricardo (PSB) 2.853- Cássio (PSDB) 2.874

87. INGÁ- Ricardo (PSB) 2.998- Cássio (PSDB) 6.839

88. ITABAIANA- Ricardo (PSB) 8.046- Cássio (PSDB) 6.035

89. ITAPORANGA- Ricardo (PSB) 7.427- Cássio (PSDB) 4.641

90. ITAPOROROCA- Ricardo (PSB) 3.082- Cássio (PSDB) 5.644

91. ITATUBA- Ricardo (PSB) 2.967- Cássio (PSDB) 3.225

92. JACARAÚ- Ricardo (PSB) 4.564- Cássio (PSDB) 4.170

93. JERICÓ- Ricardo (PSB) 2.136- Cássio (PSDB) 2.465

94. JOÃO PESSOA- Ricardo (PSB) 242.011- Cássio (PSDB) 151.337

95. JOCA CLAUDINO- Ricardo (PSB) 607- Cássio (PSDB) 1.164

96. JUAREZ TÁVORA- Ricardo (PSB) 1.319- Cássio (PSDB) 3.277

97. JUAZEIRINHO- Ricardo (PSB) 3.754- Cássio (PSDB) 5.123

98. JUNCO DO SERIDÓ- Ricardo (PSB) 2.398- Cássio (PSDB) 1.577

99. JURIPIRANGA- Ricardo (PSB) 4.244- Cássio (PSDB) 2.528

100. JURU- Ricardo (PSB) 3.085- Cássio (PSDB) 2.051

101. LAGOA- Ricardo (PSB) 1.235- Cássio (PSDB) 1.720

102. LAGOA DE DENTRO- Ricardo (PSB) 2.097- Cássio (PSDB) 2.314

103. LAGOA SECA- Ricardo (PSB) 4.511- Cássio (PSDB) 10.453

104. LASTRO - Ricardo (PSB) 1.547- Cássio (PSDB) 1.032

105. LIVRAMENTO- Ricardo (PSB) 2.194- Cássio (PSDB) 1.741

106. LOGRADOURO- Ricardo (PSB) 1.763- Cássio (PSDB) 640

107. LUCENA- Ricardo (PSB) 4.162- Cássio (PSDB) 2.574

108. MÃE d’ÁGUA- Ricardo (PSB) 1.692- Cássio (PSDB) 1.162

Page 16: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

109. MALTA- Ricardo (PSB) 1.460- Cássio (PSDB) 1.963

110. MAMANGUAPE- Ricardo (PSB) 17.295- Cássio (PSDB) 6.158

111. MANAÍRA- Ricardo (PSB) 2.492- Cássio (PSDB) 2.960

112. MARCAÇÃO- Ricardo (PSB) 2.583- Cássio (PSDB) 1.496

113. MARI- Ricardo (PSB) 5.260- Cássio (PSDB) 6.143

114. MARIZÓPOLIS- Ricardo (PSB) 1.892- Cássio (PSDB) 2.021

115. MASSARANDUBA- Ricardo (PSB) 3.225- Cássio (PSDB) 4.367

116. MATARACA- Ricardo (PSB) 3.332- Cássio (PSDB) 1.552

117. MATINHAS- Ricardo (PSB) 782- Cássio (PSDB) 1.983

118. MATO GROSSO- Ricardo (PSB) 927- Cássio (PSDB) 905

119. MATURÉIA- Ricardo (PSB) 1.682- Cássio (PSDB) 1.985

120. MOGEIRO- Ricardo (PSB) 2.179- Cássio (PSDB) 5.209

121. MONTADAS- Ricardo (PSB) 1.439- Cássio (PSDB) 1.683

122. MONTE HOREBE- Ricardo (PSB) 1.522- Cássio (PSDB) 1.274

123. MONTEIRO- Ricardo (PSB) 9.958- Cássio (PSDB) 7.879

124. MULUNGU- Ricardo (PSB) 2.293- Cássio (PSDB) 4.229

125. NATUBA- Ricardo (PSB) 2.017- Cássio (PSDB) 2.007

126. NAZAREZINHO- Ricardo (PSB) 2.562- Cássio (PSDB) 2.311

127. NOVA FLORESTA- Ricardo (PSB) 2.416- Cássio (PSDB) 3.160

128. NOVA OLINDA- Ricardo (PSB) 1.696- Cássio (PSDB) 1.406

129. NOVA PALMEIRA- Ricardo (PSB) 1.015- Cássio (PSDB) 1.506

130. OLHO d’ÁGUA- Ricardo (PSB) 2.224- Cássio (PSDB) 2.355

131. OLIVEDOS- Ricardo (PSB) 1.656- Cássio (PSDB) 1.097

132. OURO VELHO- Ricardo (PSB) 733- Cássio (PSDB) 1.382

133. PARARI- Ricardo (PSB) 1.051- Cássio (PSDB) 563

134. PASSAGEM- Ricardo (PSB) 1.211- Cássio (PSDB) 495

135. PATOS- Ricardo (PSB) 30.831- Cássio (PSDB) 18.773

136. PAULISTA- Ricardo (PSB) 3.261- Cássio (PSDB) 3.665

137. PEDRA BRANCA- Ricardo (PSB) 1.838- Cássio (PSDB) 878

138. PEDRA LAVRADA- Ricardo (PSB) 2.500- Cássio (PSDB) 2.142

139. PEDRAS DE FOGO- Ricardo (PSB) 8.558- Cássio (PSDB) 7.263

140. PEDRO RÉGIS- Ricardo (PSB) 1.822- Cássio (PSDB) 1.160

141. PIANCÓ- Ricardo (PSB) 4.682- Cássio (PSDB) 4.354

142. PICUÍ- Ricardo (PSB) 5.186- Cássio (PSDB) 5.565

143. PILAR- Ricardo (PSB) 3.444- Cássio (PSDB) 3.223

144. PILÕES- Ricardo (PSB) 2.378- Cássio (PSDB) 2.020

145. PILÕEZINHOS- Ricardo (PSB) 1.555- Cássio (PSDB) 1.899

146. PIRPIRITUBA- Ricardo (PSB) 2.107- Cássio (PSDB) 3.174

147. PITIMBU- Ricardo (PSB) 3.798- Cássio (PSDB) 3.493

148. POCINHOS- Ricardo (PSB) 3.926- Cássio (PSDB) 5.938

149. POÇO DANTAS- Ricardo (PSB) 860- Cássio (PSDB) 1.538

150. POÇO DE J. MOURA- Ricardo (PSB) 1.771- Cássio (PSDB) 1.032

151. POMBAL- Ricardo (PSB) 8.535- Cássio (PSDB) 10.021

152. PRATA- Ricardo (PSB) 1.663- Cássio (PSDB) 1.268

153. PRINCESA ISABEL- Ricardo (PSB) 5.644- Cássio (PSDB) 5.084

154. PUXINANÃ- Ricardo (PSB) 3.993- Cássio (PSDB) 4.326

155. QUEIMADAS- Ricardo (PSB) 10.671- Cássio (PSDB) 13.240

156. QUIXABA - Ricardo (PSB) 1.071- Cássio (PSDB) 358

157. REMÍGIO- Ricardo (PSB) 5.126- Cássio (PSDB) 4.372

158. RIACHÃO- Ricardo (PSB) 948- Cássio (PSDB) 1.610 159. RIACHÃO DO BACAMARTE- Ricardo (PSB) 1.229- Cássio (PSDB) 1.645

160. RIACHÃO DO POÇO- Ricardo (PSB) 1.122- Cássio (PSDB) 1.810

161. RICAHO DE S. ANTÔNIO- Ricardo (PSB) 888- Cássio (PSDB) 725

162. RIACHO DOS CAVALOS- Ricardo (PSB) 830- Cássio (PSDB) 4.627

163. RIO TINTO- Ricardo (PSB) 8.451- Cássio (PSDB) 4.434

164. SALGADINHO- Ricardo (PSB) 1.411- Cássio (PSDB) 656

165. SALG. DE SÃO FÉLIX- Ricardo (PSB) 3.779- Cássio (PSDB) 3.088

166. SANTA CECÍLIA- Ricardo (PSB) 2.930- Cássio (PSDB) 1.472

167. SANTA CRUZ- Ricardo (PSB) 3.006- Cássio (PSDB) 1.159

168. SANTA HELENA- Ricardo (PSB) 2.317- Cássio (PSDB) 1.599

Page 17: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

214. TAVARES- Ricardo (PSB) 3.064- Cássio (PSDB) 4.022

215. TEIXEIRA- Ricardo (PSB) 3.608- Cássio (PSDB) 4.049

216. TENÓRIO- Ricardo (PSB) 1.296- Cássio (PSDB) 615

217. TRIUNFO- Ricardo (PSB) 2.604- Cássio (PSDB) 1.911

218. UIRAÚNA- Ricardo (PSB) 3.819- Cássio (PSDB) 4.472

219. UMBUZEIRO- Ricardo (PSB) 2.816- Cássio (PSDB) 1.821

220. VÁRZEA- Ricardo (PSB) 1.221- Cássio (PSDB) 622

221. VIEIRÓPOLIS- Ricardo (PSB) 1.847- Cássio (PSDB) 1.863

222. VISTA SERRANA- Ricardo (PSB) 849- Cássio (PSDB) 1.016

223. ZABELÊ- Ricardo (PSB) 758- Cássio (PSDB) 834

169. SANTA INÊS- Ricardo (PSB) 1.712- Cássio (PSDB) 828

170. SANTA LUZIA- Ricardo (PSB) 4.681- Cássio (PSDB) 3.851

171. SANTA RITA- Ricardo (PSB) 40.382- Cássio (PSDB) 25.607

172. SANTA TEREZINHA - Ricardo (PSB) 2.027- Cássio (PSDB) 1.644

173. SANT. DE MANGUEIRA- Ricardo (PSB) 1.609- Cássio (PSDB) 1.589

174. SANT. DOS GARROTES- Ricardo (PSB) 2.026- Cássio (PSDB) 1.953

175. SANTO ANDRÉ- Ricardo (PSB) 975- Cássio (PSDB) 846

176. SÃO BENTINHO- Ricardo (PSB) 1.097- Cássio (PSDB) 1.437

177. SÃO BENTO- Ricardo (PSB) 9.248- Cássio (PSDB) 9.043

178. SÃO D. DE POMBAL - Ricardo (PSB) 959- Cássio (PSDB) 1.151

179. SÃO D. DO CARIRI- Ricardo (PSB) 1.015- Cássio (PSDB) 1.035

180. SÃO FRANCISCO- Ricardo (PSB) 1.304- Cássio (PSDB) 1.568

181. SÃO J. DO CARIRI- Ricardo (PSB) 1.834- Cássio (PSDB) 1.162

182. SÃO J. DO R.DO PEIXE- Ricardo (PSB) 3.709- Cássio (PSDB) 6.548

183. SÃO JOÃO DO TIGRE- Ricardo (PSB) 2.109- Cássio (PSDB) 619

184. SÃO J. DA L. TAPADA- Ricardo (PSB) 2.366- Cássio (PSDB) 2.368

185. SÃO JOSÉ DE CAIANA- Ricardo (PSB) 1.212- Cássio (PSDB) 1.946

186. SÃO J.DE ESPINHARAS- Ricardo (PSB)1.917- Cássio (PSDB) 1.207

187. SÃO J. DE PIRANHAS- Ricardo (PSB) 4.927- Cássio (PSDB) 5.353

188. SÃO J. DE PRINCESA- Ricardo (PSB) 1.619- Cássio (PSDB) 696

189. SÃO J. DO BONFIM- Ricardo (PSB) 899- Cássio (PSDB) 1.746

190. SÃO J.DO B.DO CRUZ- Ricardo (PSB) 996- Cássio (PSDB) 361

191. SÃO J. DO SABUGI- Ricardo (PSB) 1.440- Cássio (PSDB) 1.641

192. SÃO J.DOS CORDEIROS- Ricardo (PSB) 1.667- Cássio (PSDB) 703

193. SÃO J. DOS RAMOS- Ricardo (PSB) 1.752- Cássio (PSDB) 1.732

194. SÃO MAMEDE- Ricardo (PSB) 2.808- Cássio (PSDB) 2.128

195. SÃO M. DE TAIPU- Ricardo (PSB) 1.930- Cássio (PSDB) 2.173

196. SÃO S. de . de ROÇA - Ricardo (PSB) 1.868- Cássio (PSDB) 4.213

197. SÃO S. de UMBUZEIRO- Ricardo (PSB) 1.606- Cássio (PSDB) 597

198. SÃO V. DO SERIDÓ- Ricardo (PSB) 3.140- Cássio (PSDB) 597

199. SAPÉ- Ricardo (PSB) 12.212- Cássio (PSDB) 12.350

200. SERRA BRANCA- Ricardo (PSB) 4.639- Cássio (PSDB) 2.525

201. SERRA DA RAIZ- Ricardo (PSB) 643- Cássio (PSDB) 1.243

202. SERRA GRANDE- Ricardo (PSB) 1.021- Cássio (PSDB) 1.040

203. SERRA REDONDA- Ricardo (PSB) 1.341- Cássio (PSDB) 3.006

204. SERRARIA- Ricardo (PSB) 1.154- Cássio (PSDB) 1.910

205. SERTÃOZINHO- Ricardo (PSB) 1.125- Cássio (PSDB) 1.798

206. SOBRADO- Ricardo (PSB) 2.632- Cássio (PSDB) 2.140

207. SOLÂNEA - Ricardo (PSB) 7.575- Cássio (PSDB) 6.350

208. SOLEDADE- Ricardo (PSB) 3.874- Cássio (PSDB) 4.336

209. SOSSÊGO- Ricardo (PSB) 1.430 - Cássio (PSDB) 860

210. SOUSA- Ricardo (PSB) 21.420 - Cássio (PSDB) 13.765

211. SUMÉ- Ricardo (PSB) 5.900- Cássio (PSDB) 3.140

212. TACIMA- Ricardo (PSB) 1.576- Cássio (PSDB) 3.295

213. TAPEROÁ- Ricardo (PSB) 4.001- Cássio (PSDB) 1.576

Votação nos 223

municípiosparaibanos

Page 18: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

18 | out 2014 - Edição Especial18 | out 2014 - Edição Especial

Após uma campanha de intensa polarização no segundo turno, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita no dia 26 e impediu a virada do senador mineiro Aécio Neves, candidato do PSDB - nunca um candidato que ficou em segundo lugar no pri-meiro turno foi eleito presidente do Brasil.

Com 100% das urnas apuradas, Dilma obteve 51,64% dos votos e Aécio 48,36%. A diferença de votos era de 3,4 milhões. Essa foi a menor diferença de votos em um segundo turno desde a redemocra-tização.

Com a vitória, o Partido dos Trabalhadores vai para o quarto mandato seguido e deverá completar 16 anos à frente do Governo federal.

DESTAQUE

Page 19: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

Edição Especial - out 2014 | 19 Edição Especial - out 2014 | 19

Com a expectativa de um ano de arrocho na economia, na pers-pectiva de que a crise mundial ainda não estará superada, a presi-denta Dilma Rousseff (PT), reeleita com 51,64% dos votos válidos no domingo (26), terá como principal desafio a relação com a nova com-posição da Câmara dos Deputados. Dois dramas devem pautar a rela-ção com o novo Congresso. O pri-meiro é conseguir impor a agenda de votações que interessa ao Exe-cutivo, com projetos importantes como, por exemplo, a ampliação da faixa de renda a ser beneficiada pelo programa Minha Casa, Minha Vida. O segundo desafio é assegurar a fidelidade da nova base aliada que desembarcará na Câmara.

Pesam contra a petista dois fa-tores. Um deles é a margem aper-tada pela qual foi reeleita, apenas 3,28% pontos percentuais em rela-ção ao senador tucano Aécio Ne-ves. A outra é o histórico de relação ruidosa com o Congresso Nacional em seu primeiro mandato, pautado pela alegada falta de diálogo – recla-mação recorrente de congressistas, inclusive da base.

Dilma precisará demonstrar mais paciência para dialogar com o novo Congresso, dizem cientistas políticos

Diretor da Arko Consultoria e analista político, Lucas de Aragão lembra que a formação do novo Congresso, com 28 partidos, cria-ria dificuldades para qualquer pre-sidente. “Para Dilma, deve ser um problemão conversar com os líde-res partidários. Porque ela não tem paciência para fazer política, ficar recebendo os líderes, diferente do Aécio, que tem uma essência mais política”, analisa.

Dilma Rousseff terá uma base aliada de 304 deputados na próxi-ma legislatura. Atualmente, a pe-tista conta com 340 parlamentares da situação, de acordo com o De-partamento Intersindical de Asses-soria Parlamentar (Diap). Em 2010, quando se elegeu pela primeira vez, Dilma chegou a ter uma base de 420 deputados. No Senado, os nove partidos que integraram a coligação encabeçada pela petista vão ocupar 53 das 81 cadeiras (65%). Além dis-so, as duas principais bancadas de sustentação – PT e PMDB – terão menos deputados no próximo ano.

“Mais do que criar base nu-

mérica, você precisa saber liderar. Por mais que o potencial da alian-ça de Dilma seja numericamente maior, pode não ser uma base leal, com adesão. Não podemos ficar muito presos aos números, mas 70% de apoio formal de Dilma neste primeiro mandato não se traduziu em lealdade. Foi o pior nível de fidelidade desde a ges-tão de Fernando Collor”, conta o analista, referindo-se ao período entre 1990 e 1992, quando Collor sofreu impeachment.

Aragão destaca que a atuação dos deputados a partir de fevereiro será ainda mais centrada no corpo-rativismo, com o aumento das ban-cadas evangélica, militar e ruralis-ta. “O que leva a crer que o novo Congresso será muito corporati-vista é o que pauta a maioria das decisões. Eles atuam em cima de interesses unificados e bem dese-nhados dentro do que o eleitor dele quer. Essas bancadas vão deixar o Congresso mais lento, o que pode atrasar a pauta do bem comum”, afirma Lucas.

POLÍTICA

Page 20: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

20 | out 2014 - Edição Especial

Concluídas as eleições, as aten-ções já se voltam para outra disputa, desta vez, pelo comando da Assem-bleia Legislativa da Paraíba (ALPB), cuja eleição para escolher a nova Mesa Diretora é prevista para ocor-rer apenas no mês de fevereiro, con-forme regimento interno do Poder Legislativo.

Deputados que integram a nova legislatura já defendem que haja re-novação no controle do Legislativo, hoje sob presidência do deputado re-eleito Ricardo Marcelo (PEN).

Um dos nomes mais cotados para disputar a presidência é o pee-medebista Nabor Wanderley, que já colocou seu nome à disposição.

“Por enquanto não foram dis-cutidos nomes, mas se eu disser que não quero, estarei mentindo. Acredi-to que todos os 36 parlamentares têm capacidade e anseiam assumir essa função”, disse Nabor Wanderley.

Conforme o parlamentar, o PMDB deve se reunir na próxima semana para discutir este e outros as-

suntos. A partir do que for decidido na reunião, o partido deve se reunir com o governador Ricardo Coutinho e demais partidos da base política. “A gente tem que sentar, o grupo todo, e definir a posição que será tomada. É importante ter renovação em todo o processo, principalmente no Legisla-tivo. Temos que ouvir o que a maioria pensa e a partir dessa reunião nós te-remos uma diretriz que irá nos nor-tear em relação à eleição da Assem-bleia”, arrematou.

Publicamente, a deputada eleita Estela Bezerra (PSB) defendeu que seja feita uma renovação no comando da Assembleia, opinião que foi refor-çada pelo governador Ricardo Couti-nho (PSB). Eleito deputado estadual pelo mesmo partido do governador, Ricardo Barbosa descreveu as elei-ções para a Mesa Diretora da Assem-bleia como sendo as mais acirradas e de maior complexidade, até mais que a eleição para o governo do Estado.

“Não se chega à presidência da Assembleia de forma fácil. Ela (elei-

ção) é permeada por bastidores, en-tão serão 90 dias só de bastidores. Os 36 deputados almejam, alguns têm chance, uns com mais, outros com menos. É um cargo que requer expe-riência, credibilidade e capacidade de comando”, afirmou Ricardo Barbosa.

Os novos deputados que irão in-tegrar a bancada de oposição ao go-verno acreditam na continuidade da gestão de Ricardo Marcelo à frente da Assembleia. Para Tovar Correia Lima (PSDB), o atual presidente, deputado Ricardo Marcelo, dispõe de maiores condições para conduzir o Legislati-vo. “Pela experiência no comando, já que ele foi presidente por duas vezes, e por sua gestão ser elogiada pelos de-mais parlamentares. É natural que os deputados que apoiam o governador queiram assumir o comando da As-sembleia”, avaliou Tovar.

O deputado Bruno Cunha Lima também ressaltou as qualidades de Ricardo Marcelo enquanto presiden-te da Assembleia, no entanto acres-centou que nos próximos dias a nova bancada de oposição deve se reunir para discutir as estratégias que serão adotadas no próximo ano. “Nós pre-cisamos nos reunir, e eu vou seguir a linha majoritária que Cássio (Cunha Lima) adotar. Hoje a gente conta com a maioria na Assembleia e vamos iniciar o diálogo. Ricardo Marcelo já provou, em legislaturas passadas, que tem grande capacidade de aglutina-ção, sobretudo de boa convivência com o Parlamento”, opinou.

O deputado Manoel Ludgério disse que o presidente Ricardo Mar-celo vem fazendo um extraordinário trabalho à frente da Casa. “É um ho-mem credenciado a um processo de reeleição, não resta dúvida”, disse. A reportagem do Jornal da Paraíba ten-tou ouvir o deputado Ricardo Mar-celo, mas não obteve êxito, pois ele estava em viagem.

Fonte: JPB

Eleição da Mesa da ALOposição defende permanência de Ricardo

LEGISLATIVO

A�vitória�do�trabalhotambém�em�Alhandra

A vitória de Ricardo dignifica a Paraíba, terra de gente forte e trabalhadora, que não se curva diante das adversidades, que mantém a fé num amanhã mais promissor e que olha para frente,

de cabeça erguida, na certeza de que o amanhã será ainda melhor. Na campanha, a militância de Alhandra vibrou, foi às ruas e comemorou a vitória. O 40 bateu no coração o tempo todo e continua pulsando na certeza de que mais obras, progresso e desenvolvimento virão

do litoral ao sertão!

PARABÉNS RICARDO. CONTE COM A GENTE!

Marcelo RodriguesCal Lucena

Militantes e colaboradores de Alhandra

Page 21: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

Edição Especial - out 2014 | 21

A�vitória�do�trabalhotambém�em�Alhandra

A vitória de Ricardo dignifica a Paraíba, terra de gente forte e trabalhadora, que não se curva diante das adversidades, que mantém a fé num amanhã mais promissor e que olha para frente,

de cabeça erguida, na certeza de que o amanhã será ainda melhor. Na campanha, a militância de Alhandra vibrou, foi às ruas e comemorou a vitória. O 40 bateu no coração o tempo todo e continua pulsando na certeza de que mais obras, progresso e desenvolvimento virão

do litoral ao sertão!

PARABÉNS RICARDO. CONTE COM A GENTE!

Marcelo RodriguesCal Lucena

Militantes e colaboradores de Alhandra

Page 22: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

22 | out 2014 - Edição Especial22 | ago 2014

Des. José Di Lorenzo SerpaPONTO DE VISTA

PONTO DE VISTA

Há tempos não o via quando, de repente, ao entrar numa casa comercial, vi no meio de outras pessoas uma mão acenando para mim, mas no primeiro tempo não identifiquei a sua fisionomia, pois estava muito magro e o rosto portanto muito afilado. Ao se aproximar, dei--lhe um abraço, aquele abraço amigo de infância que o tempo não destruiu. A voz sumida, quase inaudível, mais parecia que estava soprando. Foi então que percebi a existência de algo errado. Olhando fixo para mim e após me abraçar, eu ficava a me lembrar que amizade é coisa muito rara e amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito, como diz a canção.

Enquanto ele escrevia algo num pedaço de papel, eu me lembrava do passado, do nosso time, das sere-natas daquele tempo que pensávamos nunca terminar. Pensava eu. A infância e juventude passaram e agora, após tanto tempo, se foi o melhor de nossos dias. Mas

continuamos com a vida, alegre e saudável, procurando usufruir, se possível dela o melhor. Muitos amigos da-quela época lamentavelmente se foram, deixando atrás seus atos e amizades construídas.

Não digo seu nome, pois não é o momento. uma vez que tenho outros amigos e não farei esta injustiça, ainda que de público. Magro e quase sem voz continu-ava escrevendo numa folha de papel e, de repente, fez um ar de riso que me animou bastante. Percebi tratar-se de uma doença aliás, fato comum aos da minha geração.

Vi seu olhar de cansaço, sua voz sumida, gestos com a vida que agora assumia contra sua vontade. Vol-tando-se para mim e ao mostrar o papel lá estava escri-to: Isquemia. Tudo, pois, como leigo e na minha santa ignorância, não sei fazer a diferença entre AVC, derra-me e infarto. Assunto para Dr. Demóstenes, reduto dos Cunha Lima, especialista nesta matéria.

Na verdade sabia eu diferenciar o amigo do não amigo, estando ele na primeira colocação. Feito isso, me deu um aperto de mão e escreveu noutro pedaço de papel: Gol contra, lembrando um a zero quando perde-mos para o time da outra rua, tendo ele feito o referido gol e nunca mais esqueceu, nem voltou a jogar.

Continuamos a conversa por simples gestos como amigos de sempre.

Ao nos despedirmos saindo da casa comercial, ao olhar para trás, uma furtiva lágrima descia nas suas faces e de minha parte, como Nat King Cole do nosso tempo, cantava eu baixinho: “Quero chorar não tenho lágrimas que me rolem nas faces, para me socorrer...”

Isquemia

Page 23: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

Edição Especial - out 2014 | 23set/out 2014 | 23

Page 24: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

24 | out 2014 - Edição Especial

José Di Lorenzo SerpaDesembargador | [email protected]

Sandro Galvã[email protected]

SOCIAL

Roberto Silva, Manoel Raposo e o aniversariante do mês, Alcides Santos, um dos diretores da revista TRIBUNA, comemorando seus 80 anos no Happy Restaurante no Shopping Tambiá

Personalidades são homenageadas com o Troféu ‘Destaques do Ano’Mais uma vez foi um sucesso o evento ‘Troféu Destaques do Ano’, promovido pelo apresentador Adenilson Maia, mas conhecido como professor União. A noite festiva recebeu personalidades paraibanas que foram homenageadas com um troféu de honra ao mérito. Desportistas, políticos e ex-alunos que se destacaram no ano de 2014 prestigiaram o anfitrião do evento, que também celebrou seu aniversário ao lado de amigos e familiares.

Amigos jornalistas comemorando os 16 anos do Clube do Feijão Amigo no restaurante Al Primo Canto, na praia do Seixas

III Encontro Nordestino de Arbori-zação Urbana aconteceu em Cam-pina Grande. Presentes ao evento Anderson Leite Fontes, chefe da Divisão DIVAR/SEMAM/PMJP, Val Rangel, técnica de arborização da DIVAR, Gabriela Costa, aluna de Engenharia Ambiental da UFPB, estagiária da DIVAR

Pedro Henrique comemora seu aniversário de 18 anos ao lado do pai Cícero Henrique e da irmã Maria Clara

Page 25: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

set/out 2014 | 25

Page 26: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

26 | set/out 2014

Luciano inaugura CREI no Geisel

MUNICÍPIO

O bairro do Geisel foi mais um a ser beneficiado com o novo padrão instituído pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) para a Educação Infantil. No dia 29, o prefeito Luciano Cartaxo inaugu-rou o Centro de Referência em Edu-cação Infantil (Crei) Olga Maria de Figueiredo, localizado na Rua José Inácio da Silva. A unidade, a sexta entregue só este ano, recebeu inves-timentos de mais de R$ 1 milhão e vai atender 80 crianças.

“A abertura de novas vagas em educação infantil é uma política na-cional e a cidade de João Pessoa está fazendo a sua parte com muito pla-nejamento e organização”, destacou o prefeito Luciano Cartaxo. “Este é o sexto Crei que entregamos este ano, e com a mesma característica, que é levar um serviço de qualida-de para perto de quem mais precisa.

Temos certeza que nossas crianças serão cuidados com muito zelo e carinho”, complementou.

A obra – O Crei Geisel II vai atender 80 crianças, sendo 10 bebês com idade de 6 meses a 1 ano, 20 que estejam na faixa de 1 a 2 anos, 25 com 2 anos de idade e 25 com 3 anos de idade. A unidade de ensino é a única do Brasil tipo C (com área em torno de 1.500 metros quadra-dos) construída com a metodologia inovadora de PVC concretado. Além de ter um processo mais rápido de construção, o método também evita desperdício de materiais e mantém o canteiro de obras mais limpo.

O Crei, que tem área de 1.575 metros quadrados (m²), contará com monitoramento de segurança 24 horas em todas as áreas de cir-culação. A estrutura ainda conta com um anfiteatro, playground, ad-

ministração, almoxarifado, sala dos professores, repouso, fraldário, pá-tio coberto, refeitório, copa, lactá-rio, vestiários, lavanderia, despensa, cozinha e caixa d’água.

Para garantir o cuidado e o con-forto das crianças, vão atuar no lo-cal 28 profissionais entre berçaristas, lavadeiras, professores, monitores, cozinheiros, auxiliar de serviços, vi-gilante, técnico em pedagogia, além dos auxiliares de secretaria.

Investimentos – Os recursos para a construção do Crei Geisel II são provenientes do Programa Na-cional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proin-fância), do Governo Federal. Foram investidos R$ 918 mil na construção do espaço, além de R$ 100 mil na compra de equipamentos e mobília, o que totaliza mais de R$ 1 milhão.

Page 27: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

set/out 2014 | 27

Page 28: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

28 | out 2014 - Edição Especial28 | fev 2014

SOCIAL

PensamentoQuem semeia esperança no caminho das pessoas,

colhe amor e paz nos caminhos da vida.Atílio Hartmann

Programa Thereza Madalena

TV Master

Avant - PremièreSábado: 22h

Domingo: 10h Segunda-feira: 15h

Net - Canal 20www.tvmaster.tv

DestaquesVitórias extraordinárias. Eleitos pela vontade do povo.

Palavra Divina: o Senhor é meu pastor e nada me faltará.

Ricardo Vieira Coutinho, governador reeleito

José Targino Maranhão, senador eleito

Ao meu leitor, todo meu carinho

Galérie I - Troféu Maria da Penha

Galérie II - Abrajet

Page 29: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

Edição Especial - out 2014 | 29

Thereza [email protected] | (83) 3247-3557 / 8845-0365 / 9342-3075

Posse da nova diretoria da Abrajet-PBRogério Almeida, presidente e Abelardo Jurema, vice-presidente da Abrajet-PB fizeram a entrega do Prêmio

Waldemar Duarte aos melhores do turismo paraibano. Presença de Miriam Petrone, presidente da Abrajet nacional.

Galérie II - Abrajet Fotos: Stúdio Rocha

Page 30: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

Waldeban [email protected]

CAUSOS COM “Z” E COM “S”

Com a segunda parte da reforma concluída, o Mercado da Torre recebeu uma bateria de novos e mo-dernos equipamentos sanitários, dotado de toda infra-estrutura necessária para as necessidades masculinas e femininas. Os equipamentos se destacam tanto pelo material empregado na construção, quanto pelo zelo com o qual os agentes de limpeza dispensam no cuida-do diário, mantendo-os sempre limpos.

Agradavelmente respirável para os que procuram esses equipamentos para se servirem que, semana pas-sada, um amigo nosso, cujo nome não vou declinar, co-nhecido pelas suas boas maneiras e educação, entrou num desses equipamentos de cigarro em punho e in-dagou para zelador:

- Eu posso entrar fumando?- Ora, amigo, aqui entra gente se cag**do, quan-

to mais fumando!!! Essas coisas só acontecem no bairro da Torre, mais

precisamente no seu mercado público, um dos mais movimentados da nossa cidade. Lá, os barzinhos e res-taurantes são diariamente frequentados por pessoas de todo o quilate social. De vez em quando, baixam também pessoas com a veia de poeta popular, tirando versos entre uma talagada e outra de cachaça, como Zé Carlos, mais conhecido como “Menininho de Pe-dro Régis”, local do seu nascimento. Certo sábado, no bar e lanchonete da Rosinha, ele nos brindou com duas tiradas que, segundo o mesmo, diz ser da sua autoria. Sendo ou não, vale ser reproduzida aqui, pelo tema que aborda, que é a cachaça. A primeira diz o seguinte: O homem que toma cachaça/ E vive da embriaguez/ Cachorro que mata bode/ Mulher que erra uma vez/ Pode cobrir até com véu/ Porque Jesus, descendo do céu/ Não dá jeito a esses três!

O segundo verso tirado por “Menininho”: O mundo anda e desanda/ Vem pra frente ou vai pra trás/ Carro sem roda não anda/ Bêbo deitado não cai/ Ponta de corno não fura/ Cachaça pura não vai!

O “causo” a seguir é da lavra do grande Jessiê Qui-rino, arquiteto, poeta música e escritor, uma das fontes de inspiração que me levou a escrever o livro “Causos com Z e Com S”, que se encontra no prelo, esperando oportunidade de ser publicado. Ele tem como tema a escolha de um matuto para ser candidato a deputado de um rico fazendeiro, o chamado Coroné e dono de um grande “curral” eleitoral lá pras bandas do sertão, situação muito comum das pequenas cidades de inte-rior. Por questão de espaço, tive que reduzir boa par-te do seu original, sem, no entanto, tirar o sentido do mesmo.

Um Matuto na Política – Nêgo f*da! Este ano você será o meu candidato

a deputado estadual!– Eu, coroné? - Pergunta o matuto.– Você mesmo! Irá defender os meus interesses na

campanha, pedir votos cruzados, etc. e tal.O matuto retrucou:– Coroné! Eu vou dizer um negoço a vois micê, eu

que sou um matuto expromentado, vivido e viajado nas beiras de postulância political, vou lhe dizer um retaio de sabença que é a pronúncia mais apronunciada sobre po-lítica que exeste neste mundareu selvagiado pelos animá, vegetariado e barrido pelas paias do coqueiro e aguado pe-las aguas do mar, além do sitoma defeituroso,embocadura deputadal, cancha de governador e senador, sustancia de presidente, o caba pra ser político neste brasil precisa, no mínimo, minimório do seguinte adjutório:

Começar juntar dinheiro, para depois começar juntar gente; engolir muita rimunhêta de cabra falso, felaputista e pidão; desatar nó cego de convenção; escutar caquiado deficultoso de partidário que só tem um voto e olhe lá!

Entrar em imbuança de campanha, prometer como sem falta e faltar como sem dúvida, ficar refém da língua do povo, desmurmurar mulher falsa ao marido e coiseira, acompanhar enrolamento de papel de justiça, levar fama de ter esfraticado moça donzela, levar fama de ser corno, bai-tola e ladrão, aguentar fazimento de pouco de eleitor des-briado; Botar tamanca para a oposição, bater 500 guibongo para xangozeiro, gritar aleluia em igreja pegue e pague, ale-grar sessão esprita, assistir meia missa e sair comungado, batizar menino feio com nome de Desmelielison Jerry;

Dá de comer do bom e comer porcaria, almoçar em lata de goiabada, dispronunciar discurso mal feito de candidato tabacudo, aplaudir discurso disvirgulado sem rumo e sem ponto fina, pagar cana pra pingunço desocu-pado, farejar poeira de bunda em palanque, levar dedada no cu quando tá nos braços do povo, escutar destampato-rio de fuguetão no pé do ouvido, magoar o dedo mindim em passeata, durmir chiqueirado da mulher e dos filhos, apertar mão de cotó, ganhar abraço fedorento, receitar caixão de difunto e ambulânça, enfiar a mão em saco de dentadura pra distribuir com a mundiça, comprar voto em dia de eleição, estelionatar voto em boca de urna, en-trar em embuânça de apuração, dá cobro em voto rou-bado, apertar a mão de traidor oportunista, e despois de eleito começar essa camubeba toda de novo!

Deus me livre deu sair candidato, chega me faltou suspiração e eu vou parar por aqui, porque conversa de político e igual a coceira só quê um comecinho e pronto.

30 | out 2014 - Edição Especial

Page 31: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial
Page 32: Revista Tribuna nº. 173 - Edição Especial

32 | out 2014 - Edição Especial