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Bagé, 200 anos 1811 - 2011 diagnósco urbano zona de preservação cultural urbe revista bagé julho 2011

Revista URBE Bagé

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O conteúdo da publicação é fruto da pesquisa desenvolvida na disciplina Projeto de Urbanismo I, Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade da Região da Campanha, que, através de métodos de planejamento urbano aplicados em diferentes partes da cidade, elegeu como a zona de preservação histórica a região da Praça da Matriz até o cemitério e os arroios Bagé e Gontan. A ideia foi influenciada pelas comemorações dos 200 anos de Bagé. As informações sobre o uso do solo, topografia, verificação, densidade, mobilidade urbana, infraestrutura urbana buscam caracterizar os temas inclusos na revista. Para identificar as potencialidades e problemáticas do local, os acadêmicos envolvidos no projeto fizeram uma coleta de dados por meio de questionários aplicados aos moradores dessas áreas. A revista é ilustrada com mapas, textos, fotos e gráficos.

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Page 1: Revista URBE Bagé

Bagé, 200 anos1811 - 2011

diagnóstico urbanozona de preservação cultural

urberevista

bagé

julho 2011

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editorial

Bagé. Antes que tarde precisamos tomá-la nos

braços, conhecê-la, ouvi-la em seu mudo clamor

de identidade. Principalmente divisar as feridas e

beleza de suas raízes, seus espaços de memória,

representações, símbolos, sagas e aquele ordenamento

sofrido e orgânico de seu momento primeiro.

Os futuros arquitetos, alunos da Faculdade de

Arquitetura e Urbanismo, do 7º semestre, da

Universidade da Região da Campanha decidiram

celebrar os 200 anos de Bagé, debruçados em suas

origens. Exatamente sobre a área urbana de Preservação

Cultural que marca sua fundação. Haverá celebração

mais consistente que refazer o trajeto de cal e pedra do

seu nascimento? E transformá-lo numa revista e, então,

partilhá-lo?

Os futuros universitários, com um olhar, técnico e

humanista, chegaram nessa área urbana como se

num continente ocupado pelo mais sagrado e profano

de nossa história. Mergulhados nela, contemplaram,

conviveram calorosamente com o espaço e sua gente,

investigaram seu potencial histórico e traçaram suas

mais agudas urgências.

Daí o registro, nesta publicação, de uma leitura,

sensível e crítica, e, diagnósticos técnicos e claros,

cobrindo a estrutura urbana, o uso do solo e a via de

todo esse tecido urbano, severo e contido, em seu

silencioso e doído lamento de abandono. Tudo para

que Bagé seja, novamente, apropriada por ela mesma,

para que possa novamente nascer, se erguer em sua

estatura histórica, qualificada, a partir de seus começos

e, se comunicar, digna e plena, com o mundo. Aqui está

a Catedral, o eixo majestoso desse espaço histórico,

simbolicamente plantada com sua fonte para o Norte e

carregando os densos mantos de memória, em seu Sul.

Numa perspectiva crítica e colaborativa, levantando

aspectos adequados e inadequados dessa área,

reivindicações são traçadas, com as mais objetivas

sugestões de reconhecimento e pedidos por seus

delicados e imprescindíveis equilíbrios, saneadores e

urbanos.

Uma revista inteligente, bonita, ousada, informativa

e reivindicadora. Assinada por jovens práticos, com

viáveis sonhos nos braços, e, uma manhã sólida guiando

o olhar. Revista - documento, subsídio e fonte que pode

servir às políticas públicas de planejamento e ação dos

setores técnicos do poder executivo e à comunidade,

protagonista de tão árduas e ampliadas lutas em defesa

da memória.

Com essa publicação a Universidade realiza os

grandes sonhos contemporâneos e se assume como

resposta sensível às tensões e buscas de um desejado

urbanismo qualificado. A ameaça de uma desordenada

expansão urbana e de um progresso cego aos valores de

memória vem apagando a possibilidade de articulações

harmônicas entre o econômico, o cultural, o humano e

o estético nas soluções urbanísticas.

A Revista traz o suporte técnico e legal do Pleno

Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Bagé que

instrumentaliza a política de desenvolvimento e

crescimento urbano de nossa cidade. Contou com

a competência da professora Cristina Wayne em

sua elaboração e defesa e dá sustentação e legitima

propostas e ações de desenvolvimento sustentável

para nossa cidade. Hoje Bagé se situa entre a perda e a

garantia de seus referenciais de identidade. Fenômeno

inerte à globalização e que vem devastando culturas

milenares.

Mas a consciência de que habitamos uma cidade

histórica, nos determina e convoca. E, quando arquitetos

futuros abraçam, com vigor, a causa da sustentabilidade,

unindo preservação e desenvolvimento, um novo sopro

de luz atravessa Bagé, e a esperança pede a palavra.

Serão eles, esses jovens, que segurarão a possibilidade

de mantermos o privilégio de habitar uma cidade

desenvolvida e histórica com uma linguagem e uma

alma intransferíveis. É dessa escritura histórica e do

denso espírito desse lugar que nos cabe cuidar.

Hoje, aqui, eles narram Bagé, a realidade e o apelo

de uma cidade antiga. O começo de nosso mundo e da

mais séria conversa sobre nossa identidade.

200 Anos. Começando pela raiz

Elvira de Macedo NascimentoGrupo ECOARTE

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A Catedral de São Sebastião ou Igreja Matriz é o mon-umento mais antigo da cidade.

Data: 1878 (primeira fase).Autor: Arquiteto Giusepe Obino. Estilo: eclético historicista.Fonte: Inventário dos principais bens edificados de Bagé - RS.

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OrientadoraProfª. M.Sc. Crsitina W. Brito Gaffrée Silveira

EditorialElvira de Macedo Nascimento

Um limite encantado | ArtigoJosé Francisco Hillal Botelho

Macrolocalização

Mariana Matucheski GonçalvesFelipe de Pires NunesSandro Martinez Conceição

Histórico da CidadeMariana Matucheski GonçalvesSandro Martinez Conceição

Ambiente UrbanoLúcio StefaniRenato de Bem

Infraestrutura | Água e EsgotoCarolina Charão

Infraestrutura | Rede Elétrica UrbanaFelipe de Pires Nunes

Infraestrutura | Resíduos SólidosLúcio StefaniRenato de Bem

Uso e Ocupação do SoloJoaquim Gonçalves

Equipamentos UrbanosViviane Pereira

Mobilidade UrbanaGabriela BrandãoMariana Maurente

Estrutura UrbanaBruno Gonçalves

Morfologia UrbanaLívia BloisVanessa RichardsFernanda Pêgas

Densidade UrbanaJuliana MoraesLidiane Brondani

Legislação UrbanísticaJudie RibeiroJuliana Machado

Programação VisualFelipe de Pires NunesPatricia LimaSandro Martinez Conceição

A orientação da Prof.ª M. Sc. Cristina W. Brito Gaffrée Silveira.

A Prof.ª M. Sc. Magali Nocchi Collares Gonçalves pela atenção disponibilizada, empréstimo de livros, em especial, sua Dissertação de Mestrado.

A Prof.ª Maria de Fátima Schmidt Barbosa (Fafá), Prof.ª Maria Luíza Pêgas (Lala) e a Arq. Tatiana Pacheco, pelo empréstimo de livros.

A Prof.ª Bruna Gomes, do SENAC Bagé, por auxiliar nas dúvidas sobre a montagem e disponibilizar tempo durante o curso de Edição Gráfica, realizado pelo acadêmico Sandro, para a formulação da revista.

Ao desafio proposto a Elvira de Macedo Nascimento (Mercinha) para a produção de nosso editorial.

Ao jornalista José Francisco Hillal Botelho pelo excepcional artigo que enriquece nossa publicação.

Ao historiador Claudio de Leão Lemieszek que prontamente nos atendeu em seu escritório dando uma verdadeira aula de história sobre a cidade e área em estudo.

A Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento de Bagé, em especial a Arq. Tatiana Pacheco e Arq. Neneca Saavedra por disponibilizarem documentos necessários para a pesquisa.

A Secretaria de Habitação, a Secretaria de Meio Ambiente, ao Núcleo de Geomensura e Cartografia, ao Departamento de Água e Esgoto da Prefeitura Municipal de Bagé por disponibilizarem dados para a publicação.

Ao fotógrafo Leko Machado que disponibilizou a imagem para a capa de nosso trabalho.

Ao amigo Adriano Pacheco que contribuiu com sua sensibilidade em algumas fotografias que ilustram este trabalho.

As unidades concedentes de estágios e empregadores pelo apoio e disponibilidade de tempo para realizar as atividades.

Aos moradores da ZPC que nos receberam em suas casas disponibilizando informações de seu grupo familiar.

Aos colegas pelo entendimento das cobranças e exigências feitas durante o semestre.

As famílias e amigos pelo apoio, incentivo e entendimento de nossa ausência em alguns momentos para a realização da pesquisa. Em especial a família da colega Fernanda Pêgas, onde montamos nosso QG durante a edição final da publicação.

agradecimentos

expediente sumário

Editorial 2Apresentação 5Um limite encantado 6Capítulo 1 7Macrolocalização 8Histórico da Cidade 9Ambiente Urbano 10Infraestrutura Urbana 11Uso e Ocupação do Solo 12Equipamentos Urbanos 12Mobilidade Urbana 13Estrutura Urbana 16Legislação Urbanística 24Planos, Programas e Projetos 24Capítulo 2 26Análise Comportamental 27Questionários 29Capítulo 3 32Diagnóstico 33Conclusão 35

Bagé, 07 de julho de 2011.

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Denominamos esta publicação como

“Urbe Bagé”. Urbe é um substantivo

feminino, que vem do latim Urbs, e na

língua portuguesa tem o mesmo significado

de cidade.

A Revista tem como objetivo geral

apresentar de maneira diferenciada e

dinâmica os conteúdos desenvolvidos de

forma independente pelos acadêmicos

da disciplina de Projeto de Urbanismo 01,

do 7º semestre do Curso de Arquitetura

e Urbanismo da URCAMP, orientada pela

Prof.ª M. Sc. Cristina W. Brito Gaffrée

Silveira.

A disciplina consiste no estudo da

configuração da cidade, a partir das

relações entre desenho urbano, morfologia

e dinâmica social.

A área da cidade escolhida para o estudo

foi a Zona de Preservação Cultural – ZPC ,

devido a sua importância histórica, que

originou a cidade. Nossa intenção é de que

esta zona seja recuperada, preservada e

valorizada para o futuro, principalmente

considerando que neste ano Bagé

comemora seu bicentenário.

Primeiramente realizou-se pesquisa

e coleta de dados da área em estudo,

realizando o mapeamento com informações

e respectivas análises, nos campos da

infraestrutura, mobilidade, densidades,

morfologia, estrutura, o ambiente,

equipamentos, legislação e o uso e

ocupação do solo urbano. Realizou-se uma

amostragem com a criação e aplicação

de questionários, assim como, a análise

comportamental em duas praças na zona.

Finalizando este processo de estudo se

construiu o diagnóstico urbano da ZPC.

O presente trabalho não se encerra com

esta publicação. Ele servirá como fonte de

consulta para um Projeto com estratégias

que serão desenvolvidos no próximo

semestre, na disciplina de Projeto de

Urbanismo 02.

apresentação

1. ZPC segundo o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental - PDDUA, Lei Complementar nº. 25/2007.

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Um limite encantado

Nas lendárias caminhadas que fazia por

su querido Buenos Aires, o escritor Jorge

Luis Borges tinha especial preferência pelos

arrabaldes de casas baixas e pátios fundos –

onde o autor de Ficciones acreditava encontrar a

pura essência portenha. Bagé também tem seu

arrabalde elementar e essencial. Os aficionados

pelas paisagens bageenses se extasiam com

justas razões perante os solares neoclássicos da

Marechal Floriano e da Sete de Setembro – com

sua profusão de colunatas, brasões e capitéis,

essas mansões heráldicas são característica

marcante da nossa belle époque. Mas não é só

na imponência nobiliárquica que nosso espírito

tutelar se expressa: também existe algo de único,

algo de encantadoramente bageense, naquela

teia de ruas estreitas, entremeadas e primordiais

que se estende placidamente entre a Praça da

Matriz e o Cemitério da Santa Casa.

Com suas fachadas de adorável simplicidade,

com seus pavimentos de pedras quebradas – cujas

arestas e superfícies formam os mais variados e

inesgotáveis desenhos, num silencioso caos de

linhas e reflexos, sob os pés do andarilho casual

– essa área é como um pacato labirinto que nos

conduz às origens e à alma profunda de nossa

cidade. Por aqui passaram, há quase exatos 200

anos, as tropas de Dom Diogo de Souza em sua

marcha rumo à capital dos orientales – desde o

início, portanto, Bagé foi um espaço de trânsito

e intercâmbio entre o mundo da lusofonia e a

América hispânica. Trânsito que não foi só o de

guerreiros armados, mas também de cultura e de

idéias: também foi aqui, na Rua do Acampamento,

que se localizou um dos primeiros teatros da

cidade, por onde passavam companhias vindas

do Uruguai e da Argentina.

Outro traço da alma bageense que se revela

com serena eloqüência nessas ruas é a vocação

à horizontalidade (vocação que hoje se encontra

sob as ameaças de uma verticalização abrupta

e impensada). Antes que começassem nossos

registros históricos, já aqui estava a expansão

ilimitada do pampa, com sua fuga eterna de

coxilhas e cerros, onde o olhar, saturado de

horizontes, é atraído a um galope aberto,

vertiginosamente amplo. O traçado natural se

estende por essas ruas, como se a cidade, ao

nascer, fosse uma extensão orgânica da paisagem:

basta sair da Matriz e dobrar à primeira esquina

para se entrever, de relance, o reflexo branco

das lápides lá no fundo. Sempre me pareceu

sugestivo que essa região, onde a cidade nasceu,

também seja um dos pontos onde Bagé termina

ou começa: um limite encantado. Ao contrário

de tantas cidades brasileiras, Bagé ainda é um

espaço cuja paisagem se desenrola diante de

nossos olhos, em vez de nos oprimir com a prisão

dos arranha-céus; uma cidade cujos monumentos

avultam à distância, por trás dos telhados, e nos

convidam a andar, a pensar, a imaginar. É também

uma paisagem urbana que se abre por todos os

lados à visão da natureza: quando andamos nas

cercanias da Rua do Acampamento, o pampa, os

cerros e os arvoredos sempre nos acompanham

ao longe, como que apontando a continuidade

entre cultura e mundo natural, entre o homem e

o universo em que vive.

Que sabedoria a dessas ruas e dessas casas;

quanta coisa nos dizem, enquanto caminhamos

entre as torres bulbosas da catedral e os muros do

campo santo. É uma paisagem que, em silêncio,

conversa conosco sobre o infinito e a eternidade

– ao contrário de tantos espaços urbanos atuais

que, cheios de fúria e de estrondo, só sabem falar

sobre o nada.

José Francisco Hillal BotelhoJornalista formado pela PUC-RS, mes-tre em Literatura Comparada pela UFRGS. Escreve há muitos anos para a editora Abril.

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Capítulo 1Levantamento de Dados, Mapeamento e Análise

Vista da Rua Barão do Amazonas com a Catedral ao fundo.

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legenda

Aeroporto InternacionalCâmara de VereadoresCasa de Cultura Pedro WayneCemitérioCatedralEscolasEspaço Cultural da MayaHospitaisMuseu Dom Diogo de SouzaPanela do CandalPasso do OnzePraças e Espaços VerdesPrefeitura Municipal de BagéRodoviáriaUniversidadesÁrea em Estudo

Associação Rural de Bagé | Parque Visconde Ribeiro de Magalhães

Câmara de Vereadores Casa de Cultura Pedro Wayne

Cenrto Administrativo - Antiga Estação Férrea

Centro Histórico Vila de Santa Thereza

Clube Caixeral Bagé Clube Comercial de Bagé

Coreto Municipal

Igreja de Nossa Senhora da Con-ceição e Prefeitura Minicipal de Bagé

Hotel do Comercio

Igreja Nossa Senhora Auxiliadora

Instituto Municipal de Belas Artes

Palacete Pedro Osório Unipampa

Hospital da Santa Casa

Macrolocalização

O Município de Bagé está localizado na Microrregião da Campanha Meridi-

onal, na fronteira sudoeste do Rio Grande do Sul. Faz divisa com o Uruguai e com os municí-pios de Dom Pedrito, Hulha Negra, Caçapava do Sul, Aceguá, Pinheiro Machado, Candiota e Lavras do Sul, sendo considerada polo desta região.

Dispõe atualmente de um território de 4.095,53 km², população de 116.792 habit-antes (Censo IBGE/2010) com densidade de 28,52 hab./km². Esta conformação territo-rial atual resultou de um conjunto de eman-cipações, como a de Hulha Negra e Candiota, em 1992 e de Aceguá em 200, antigos distri-tos de Bagé.

Mapa Bagé no Rio Grande do Sul

Fontes: BAGÉ. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2011. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bag%C3%A9&oldid=24694758>. Acesso em: 3 jul. 2011.PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DE BAGÉ. Prefeitura Municipal de Bagé e Latus Con-sultoria. Bagé, 2008.CENSO POPULACIONAL 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Acesso em: 3 jul. 2011.Secretaria de Coordenação e Planejamento, Prefeitura Municipal de Bagé.

sem escala

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A história de Bagé começa no momento em que os índios são trazidos pelos

jesuítas para se estabelecerem na Serra de Santa Tecla. Logo depois da fixação das fron-teiras meridionais pelo Tratado de Madrid,

os espanhóis tentam a con-quista do ter-ritório, esta-belecendo em 1773 o Forte de Santa Tecla, que servia

como defesa militar espanhola. Porém este foi derrubado em 1779 por forças militares portuguesas. É nesse momento em que há a distribuição das sesmarias para os militares portugueses e se formam as estâncias.

No ano de 1801 os espanhóis recolhem-se para o sul da Serra do Aceguá. Nessa mesma época, a marcha do Exército Pacificador da Banda Oriental comandada por Dom Diogo de Souza, re-solve transformar o acampamento de Bagé em núcleo perma-nente e chama, em 17 de julho de 1811, o comandante da guarda de São Sebastião para assumir o comando deste campo e seu Distri-to. Ficava fundada então a povoação de Bagé.

O Cerro de Bagé é um referencial na for-mação da cidade, pois foi bem próximo a ele que a povoação da cidade começou. Con-

forme Jorge Reis, o Núcleo Urbano foi se consoli-dando nos arre-dores do Arroio e próximo à

“Capela” de São Sebastião, onde surgiram os primeiros ranchos de palha.

No ano de 1814 consolidou-se o traçado urbano inicial da cidade, identificado como “quadro português” e configurado por capela, câmara e praça. Em 1827, haviam aproxi-madamente 50 casas ur-banas de pedra no estilo colonial português.

Tarcísio Taborda confirma que a parte mais antiga de Bagé é aquela que se aproxima do

Passo do Príncipe, onde se observa a existên-cia de prédios que “se espraiam pelas quadras mais altas da Rua Barão do Triunfo e entram pelas estreitas travessas que chegam à estre-ita rua 7 de Setembro e Barão do Amazonas”. Segundo ele, em torno de 1830, é que surgem ruas mais largas e construções mais ao sul da Rua 7, em di-reção ao cemitério.

A Revolução Feder-alista, em de 1893, ocorre no momento em que os federalistas reagiram à ascenção dos republicanos. O mu-nicípio testemunhou um dos três combates ocorridos, o “Cerco de Bagé”. A revolução ocorre na Praça Carlos Telles, anteriormente chamada Praça da Redenção. A batalha trans-formou a área em um hospital e teve como herói o Coronel Carlos Telles, que deu origem

ao nome da praça at-ualmente.

Em 5 de junho de 1846 Bagé foi elevada a município.

A partir de 1851 trat-ados definem a delimitação territorial do município e suas fronteiras com o Uruguai. Bagé se torna cidade em 1859, iniciando seu período de urbanização. Três anos mais tarde, a partir da implantação de projeto de Wilhelm Ahronz, começa o preenchi-mento do novo traçado urbano para Bagé em di-reção ao Norte, devido à insolação, com amplas ave-nidas planejadas em malha urbana de linhas ortogo-nais. A largura das vias devia ser o suficiente para que as charretes pudessem fazer a volta. As construções mais relevantes deste período foram a Matriz de

São Sebastião e o Mercado Público. No ano de 1881 passa-se a execu-

tar o primeiro Plano de Urbanização com a autoria do agrimensor Augus-to Alberto Stucky, que contempla o nivelamento e implantação de rede

de água e esgotos na, então, área central de Bagé.

Onze anos depois o município foi impulsio-

nado nos setores econômico e cul-tural, havendo a necessidade da criação do Primei-ro Código de Pos-

turas, que data de 1899 e sinaliza a preocupação do município em relação ao setor da construção civil, em-

bora ainda incipiente.A área em estudo corresponde ao núcleo

formador da cidade. É limitado pelas ruas Doutor Veríssimo, Marcílio Dias, Rua do Acampamento, Fabrício Pilar e Anel Perime-tral. Nesses quarteirões podem ser identifica-dos prédios de interesse histórico cultural e as praças da Matriz e Dom Diogo de Souza.

Este trabalho tem como ob-jetivo o desenvolvimento de uma revista comemorativa aos 200 anos de Bagé. Esta foi elaborada a partir de estudo, pesquisa, análise e diagnós-tico da Zona de Preservação Cultural, local que originou a cidade. Seu bicentenário é

resultado de um jeito diferente de conviver, de construir coletivamente e também de uma cidade que se desenvolveu nas bases da

sua história. As comemorações já iniciaram, mas ainda há um outro objetivo por trás disso tudo: plantar dentro de cada bageense a sementinha de um futuro mel-hor, com consciência ambiental, avanço das políticas públicas, desenvolvimento econômico e turístico e a preservação patrimo-nial do significativo patrimônio construído, ambiental e cultural

que esta cidade possui tanto na zona urbana como rural.Ilustrações: Acad. Bruno Silva Gonçalves.

Fontes: Síntese dos Sete Eixos da Realidade Municipal, Plano Diretor de Desen-

volvimento Urbano e Ambiental, Prefeitura Municipal de Bagé, 2006.

Entrevistado: Cláudio de Leão Lemieszek, em 24/03/2011.

Linha do Tempo, >>http://www.bage200anos.com.br<<, acessado em

03/04/2011.

História, >> http://www.alternet.com.br/bage/historia/index.html<<, acessado

em 03/04/2011.

Bagé, >> http://pt.wikipedia.org/wiki/Bag%C3%A9<<, acessado em 03/04/2011.

Inventário Cultural de Bagé: um passeio pela história/ Elizabeth Macedo de

Fagundes. Porto Alegre: Evangraf, 2005, p.304 e p.139.

Gonçalves, Magali Nocchi Collares. Arquitetura bajeense : o delinear da moderni-

dade: 1930-1970. PROPAR. Porto Alegre: 2006.

Histórico da Cidade

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10 urbebagé

A aréa em estudo possui uma vegetação menos densa dentro dos lotes, já nos ar-

roios possuem uma boa quantidade de vege-tação nativa preservada por um limite de zona de preservação cultural, nas praças predominas as árvores de grande porte, que proporcionam um bom conforto aos pedestres.

Ambiente Urbano

esc. 1/7500

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Toda a área em estudo possui abasteci-mento de água potável.

As áreas não coloridas não possuem rede coletora de esgoto, sendo necessário o pedido

de Informação do Plano Diretor, junto ao DAEB para que haja fiscalização no local so-bre a existência de bueiros ou valas, onde o esgoto poderá ser interligado.

Se ainda assim não houver a existência dos mesmas, é exigido a confecção de fossa sép-tica e sumidouro, mediante apresentação de laudo técnico do mesmo.

Infraestrutura Urbana

A cidade de Bagé possui uma alimentação elétrica padrão. Todos os lugares que

possuem energia elétrica tem o mesmo tipo e qualidade de receb i mento desta energia.

Sendo toda rede da cidade de 230/380V.

A área escolhida localiza-se no setor 1, dimensionado pela Concessionária de

coleta de lixo.Os horários de recolhimento de lixo em que

o caminhão passa pelo setor variam conforme os dias da semana:

Segunda e terça-feira: são os dias em que apresenta mais quantidade de lixo devido ao acumulo do final de semana, os horários do caminhão variam entre 18h às 23h.

Quarta-feira: esse dia na coleta apresenta pequena quantidade de lixo, onde o trajeto do caminhão é feita mais rápido, com o ter-mino do percurso mais cedo.

Quinta, sexta-feira e sábado: a coleta desses dias apresenta uma certa quantidade de lixo razoável, onde o trajeto do caminhão varia, das 15h às 18h horas.

água e esgotorede elétrica urbana resíduos sólidos

esc. 1/7500

Page 12: Revista URBE Bagé

12 urbebagé

Uso e Ocupação do SoloEquipamentos Urbanos

Mediante pesquisa em loco e dados cadastrais podemos

identificar peculiaridades da área em questão, como a propriedade de ser um setor residencial por ter uma proporção de 95% residencial para 0,5% comercial e equipamentos urbanos.

Destacando-se alguns equipamen-tos, a Catedral que através dos tem-pos tem servido ao Município, não

só na vida religiosa, mas como ponto turístico, as Praças da Catedral e do Cemitério que por se localizarem em uma região tranquila, reúne pessoas de varias regiões da cidade, cemité-rio que através da historia desta ci-dade abriga nomes de ilustres figu-ras em seus mausoléus, verdadeiras obras de arte, que em seu todo rep-resenta um museu a céu aberto.

legenda

Escola Frei Plácido

Sede da Associação dos Radioama-dores de Bagé

Sociedade Espírita “O Bom Sa-maritano” e ao fundo Escola Vasco da Gama e Silva

Igreja dos Irmãos Menonitas

esc. 1/7500

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Mobilidade Urbana

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1359

1360

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R. M

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Tr. 20 R. Preto Caxias

107

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R. Dr. Santos Souza

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R. Dr. Veríssimo

R. Oscar Salis

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R. Preto Caxias

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Est. Anel Rodoviário

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Rua

Barã

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R. Fabrício Pilar

R. Mãe Luciana

R. do Acampamento

legenda:área em estudoasfaltoblocos de concretoparalelepípedo irregularparalelepípedo regularsem pavimentaçãolinhas Anversalinhas Stadtbuslinha Stadtbus (Micro-ônibus)rua mão únicapontos de parada de ônibusruas preferenciaispontesprincipais acessos à cidade

A Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável define mobilidade como:

“um atributo das cidades e se refere à facilidade de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano. Tais

deslocamentos são feitos através de veículos, vias e toda a infraes-trutura (vias, calçadas, etc.)... É o resultado da interação entre os deslocamentos de pessoas e bens com a cidade.” (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2004, p. 13).

Introdução

Segundo o Ministério das Cidades (PlanMob, Caderno de Referência para a Elaboração de um Plano de Mobilidade Urbana) , durante um trajeto de deslocamento, as pessoas po-dem desempenhar diversos papéis: pedestre, passageiro do transporte coletivo, motorista, etc.; ou variá-los em função do motivo, do momento ou de outras condições particulares dos seus movimentos. Além da opção individ-ual, alguns fatores podem induzir, restringir ou condicionar essa mobilidade, como por ex-emplo, idade, renda, sexo, habilidade motora, capacidade de entendimento de mensagens, restrições de capacidades individuais. Do mesmo modo, na estrutura urbana, a disponi-bilidade e a possibilidade de acesso às infraes-truturas urbanas, tais como o sistema viário ou as redes de transporte público, propiciam

Pavimentação

Segundo o “Estudo do programa de quali-ficação das vias estruturantes do transporte coletivo do município de Bagé”, realizado em outubro de 2006 através de Contrato para con-sultoria entre a Magma Engenharia Ltda. e o Município de Bagé, o sistema viário da cidade compreende a 459Km de vias, sendo ruas não pavimentadas correspondem a 300Km, ruas pavimentadas com paralelepípedo irregular 62Km, ruas pavimentadas com paralelepípe-do regular 23Km, ruas pavimentadas com blocos de concreto 4Km, ruas com asfalto frio 3,6Km e ruas pavimentadas com asfalto quente 65,4Km.

A área em questão localiza-se dentro da Zona de Preservação Cultural (ZPC) e compreende a 21,73% a ruas não pavimenta-das, 56,52% a ruas com pavimentação de paralelepípedo irregular, 4,34% a ruas com pavimentação de paralelepípedo regular e 8,69% a ruas com pavimentação de asfalto.

Através da consultoria realizada pela em-presa de engenharia notou-se que a trafega-bilidade das vias, devido a ausência de pavi-mentação, ciclovias e passeios públicos, causa vários transtornos em dias de chuva, difi-

cultando o at-endimento das necess idades básicas da pop-ulação no que diz respeito à assistência à saúde, edu-cação e trans-porte.

condições maiores ou menores de mobili-dade para os indivíduos isoladamente ou para partes inteiras do território.

O PlanMob cita ainda que na atualidade a mobilidade urbana também está vincu-lada a sustentabilidade ambiental. Os meios de transporte têm duplo impacto nas con-dições ambientais das cidades: direto, pela sua participação na poluição atmosférica e sonora e na utilização de fontes de energia não renováveis; e indireto, na incidência de acidentes de trânsito e na saturação da circu-lação urbana (congestionamentos).

Rua Oscar Salis- sem pavimen-tação e sem calçamento

esc. 1/7500

Page 14: Revista URBE Bagé

14 urbebagé

Esta definição genérica caberia a qualquer pessoa, mas, no Brasil, esse con-ceito se associa mais direta-mente às pes-soas com defi-ciência.

Através de pesquisas re-alizadas “in loco”, percebemos a existência de ram-pas de acessibilidade em parte da área em estudo, contudo presença de desnível nas ruas, a falta de proteção de bocas de lobo, a altura dos meio-fios e a inexistên-cia de passeios públicos em algumas ruas ou de larguras mínimas dos mesmos torna a região inefi-ciente no que diz respeito a questão de acessibilidade para idosos e deficientes físicos.

De acordo com o Jornal Classisul de Bagé, em entrevista ao prefeito Dudu, no dia 06.03.11, a prefeitura estaria realizan-do obras que dialogam com importantes políticas públicas priorizadas pelo gov-erno, como a recuperação de pavimentos danificados e a questão da acessibilidade para idosos e portadores de deficiência físi-ca. Nas visitas realizadas nos locais de malha mais orgânica, pode-se notar tais obras. Na rua Fabricio Pilar, onde não há pavimentação, estão sendo realizadas obras para a colocação de blocos de concreto.

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Rua

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R. Escrivão Montardo

R. Cel. Pedroso

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R. Preto Caxias Av. B

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R. Preto Caxias

Rua

Barã

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R. do Acampamento

R. João Manuel

R. Dr. Santos Souza

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R. Conde de Porto Alegre

R. 7

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Sete

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R. Dr. Veríssimo

R. Oscar Salis

R. Mãe Luciana

Est. Anel Rodoviário

R. 7

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Sete

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Rua

Alm

irant

e G

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lves

R. Fabrício Pilar

R. do Acampamento

R. Mãe Luciana

legenda:área em estudolimite estacionamento rotativoanel perimetral/rodoviáriorua com rampas (acessibilidade)rua sem rampas (sem acessibilidade)rua sem passeio públicorua com rampas e com desnível das calçadasrua arterialrua coletorarua localcolocação de pavimentação

Mobilidade Urbana

A largura das ruas na ZPC impede a ocorrência de grande fluxo na área, as ruas são estreitas e não permitem o tráfego de trans-portes públicos. Desta forma o trajeto dos mesmos se dá através de três linhas de ônibus e uma linha de microônibus que se dis-tribuem por três avenidas fazendo a ligação Norte-Sul da cidade com a zona e vice-versa; da mesma forma uma linha de ônibus faz a ligação Leste-Oeste da zona com o restante da cidade.

Segundo o “Estudo do programa de qualificação das vias estru-turantes do transporte coletivo do município de Bagé”, a linha que percorre a Av. General Osório (linha Cohab-Arco-Aeroporto) se destaca por significar 11,2% da composição dos passageiros que utilizam o sistema de transporte público da cidade, esta relevância ocorre por esta linha de ônibus fazer a ligação entre extremidades Norte-Sul.

Transporte público

O Ministério das Ci-dades esclarece que em termos gerais, acessibili-dade significa

“garantir a possibilidade do acesso, da aproxi-

mação, da utili-zação e do manu-seio de qualquer objeto”.

Acessibilidade

Av. Sete de Setembro- Acessi-bilidade. calçada estreita

Rua Barão do Amazonas - Pre-cariedade no passeio público

Rua Barão do Amazonas- desnível acentuado da rua

esc. 1/7500

Page 15: Revista URBE Bagé

15

Percebe-se uma deficiência na existência de vias coletoras, tornando o trânsito mais lento no local. As ruas locais fazem ligação direta com as ruas arteriais, tais como a Avenida General Osório, Avenida Sete de Setembro (quando mão dupla) e Rua Barão do Amazo-nas que possuem grande fluxo de veículos por fazerem a ligação Norte-Sul da cidade. Ocorre com frenquencia na ZPC a existencia de ruas locais de mão única, com estacionamento paralelo em apenas um lado da via devido ao traçado estreito das mesmas, o que resulta em um fluxo comprimido.

O estudo de pesquisa sobre a mobilidade

urbana, realizado pela Magma Engenharia Ltda. e o Município de Bagé, relata que existe uma grande variedade de padrões de dimen-sionamento, configuração e pavimentação de passeios públicos. Os padrões encontrados são de no mínimo de 1,5 metros, 2,5 metros sendo o mais frequente na área central mais antiga de 4,0 a 4,5 metros nas vias de dimen-sionamento mais generoso. Apenas passeios com largura superior a 2,5 metros permitem a implantação de elementos de mobiliário ur-bano e arborização, já os que possuem medi-das inferiores permitem somente a instalação de postes, lixeiras e placas de sinalização.

Mão dupla | Rua Dr. VeríssimoMão dupla | Av. Sete de Setembro

Mão única | Av. Sete de Setembro

Mão dupla | Av. General Osório

Mão dupla sem passeio público | Rua Mãe Luciana

Sistema Viário

Mobilidade Urbana

Av. Sete de Setembro - Mão Única

A ZPC da cidade de Bagé, em relação a mobilidade urbana encontra-se em condições razoáveis. A pavi-mentação, em muitos locais inexistente ou em mau estado de conservação, provoca transtorno para mo-radores. Do mesmo modo a acessibilidade precária e a falta de implementação de mais algumas linhas de ônibus levam a comunidade da zona a usar meios de transportes particulares, o que não proporciona aces-so amplo e democrático ao espaço urbano e enfatiza o maior gasto de energia tendo mais impacto ao meio ambiente. A não priorização dos meios de transporte coletivos também aumenta a segregação espacial e não contribui para a inclusão social.

Av. General Osório existencia de canteiro central. e encontro do asfalto com o paralelepipedoRua Barão do Amazonas- Desnível no passeio público

Rua Barão do Amazonas- Falta de proteção nas bocas de lobo e falta de acessibilidade

“Além de refletir concepções e prioridades; é necessário que os programas e ações voltados para mobilidade

urbana previstas para esta zona incorporem o caráter de zona de preservação cultural, visando a ad-equação e valorização dos aspectos históricos da área.

Page 16: Revista URBE Bagé

16 urbebagé

A área em estudo tem quarteirões de diferentes configurações. Na zona mais próxima ao lo-

cal de maior destaque da área de estudo (Praça da Matriz), os quarteirões têm uma forma mais retan-gular, e enquanto na zona mais afastada da praça, os quarteirões têm uma configuração irregular. Sendo que no primeiro caso é possível ado-tar um “padrão” de dimensão para os quar-teirões, mas havendo algumas ressalvas, com alguns de maiores e outros de meno-res dimensões. E no segundo caso os quar-teirões, sem forma predominante, ainda assim é possível estabelecer um “padrão” de dimensionamento e podemos notar os casos aonde ocorrem exceções, tanto para os super dimensionados quanto para os de dimensões mais reduzidas.

Ao todo na área estudada, encontram-se 27 quarteirões, sendo 15 na zona central da cidade e os outros 12 na zona periférica. Os de forma regular estão em maior quanti-dade na zona em estudo, sendo eles 19

dos 27. E os de forma irregular, são apenas 8 dos 27 quarteirões. É possível analisar as formas dos quar-teirões no mapa 2.

As tabelas a seguir apresentam dados de dimen-sionamento dos quarteirões nas zonas centrais e periféricas.

Estrutura Urbana

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Rua

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R. Fabrício Pilar

R. Mãe Luciana

R. do Acampamento

ZONA CENTRAL

Número do Quarteirão

Padrão (60x90m) – margem +- 10m

Maior que o padrão

Menor que o padrão

1-107 62x96

1-105 62x78

Praça 50x50

1-27 67x41

1-85 67x44

1-103 57x91

1-87 66x88

1-101 56x89

1-140 105x90

1-89 66x102

1-99 54x96

1-138 97x98

1-91 65x125

1-97 51x123

1-93 64x133

1-95 53x138

Configuração irregular1

Configuração regular1

Ruas | dimensionamento (duas mãos)2

Ruas - dimensionamento (uma mãos)2

“O quarteirão é o es-paço delimitado pelo cruzamento de três ou mais vias e sub-

dividido em parcelas (lotes) para construção de edifícios. O quarteirão não é autônomo dos restantes elementos do espaço urbano-traçado, vias, espaços públicos, lotes e edifí-cios. O quarteirão e também o resultado de regras geomé-tricas da divisão fundiária do solo e do ordenamento do es-paço urbano. Os elementos da estrutura urbana como lote, e edifício, traçado e rua e as relações entre espaço público e privado são agregados e organizados pelo quarteirão. (LAMAS, 2000).

Quarteirões

esc. 1/7500

Page 17: Revista URBE Bagé

17

“ O lote é um princí-pio fundamental da relação dos edifícios com o terreno. A forma

do lote é condicionante da for-ma do edifício e, conseqüente-mente da forma da cidade. O lote estabelece a separação entre o público e o privado. A cidade moderna estabelece uma relação diferente em relação ao elemento mor-fológico, quando os pilares saem do lote transformando a relação deste espaço como público. O crescimento ur-bano se dá em três etapas: o parcelamento (crescimento), a urbanização (infra-estrutu-ra) e a edificação. (LAMAS, 2000).

Rua

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iasR. João Manuel

R. Dr. Santos Souza

Rua

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R. Escrivão Montardo

Tr. 20

Av. G

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sório

R. M

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R. Conde de Porto Alegre

R. 7

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Sete

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oR. Dr. Veríssimo

R. Oscar Salis

R. Mauryti

R. Mãe Luciana

R. Preto Caxias

R. Cel. Pedroso

R. Preto CaxiasAv. B

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Est. Anel Rodoviário

R. 7

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Sete

mbr

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Rua

Alm

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Rua

Barã

o do

Am

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R. Fabrício Pilar

R. Mãe Luciana

R. do Acampamento

107

105

103

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27

19

85

87 101140

1389989

9791

9593

1360

248

247247

250

1360

ZONA PERIFÉRICA

Número do Quarteirão

Padrão (95x130m) – margem +- 10m

Maior que o padrão

Menor que o padrão

Praça 162x60 1-1359 113x82

1-1360-A 88x137 1-1360-B 125x152 1-1360-C 105x132 1-1376 252x342 1-246 154x125

1-247-A 99x96 1-247-B 45x73 1-247-C 46x39 1-248 138x96 1-249 79x124 1-250 95x66

Edificações no alinhamento2

Ruas - passeio + 2,5m2Ruas - passeio -2,5m2

1. Google Earth. Image © 2011 GeoEye.2. Adriano Pacheco3. Mariana Maurente e Gabriela Brandão

“São um dos elementos claramente identi-ficáveis tanto na forma como no gesto de pro-jetar uma cidade. O traçado se dá sobre um suporte geográfico preexistente, onde regula

a disposição de edifícios e quarteirões, ligando os vários espaços e partes da cidade. O traçado es-tabelece a relação direta do assentamento com a cidade e o território. Relacionando-se diretamente com a formação e crescimento da cidade de modo hierarquizado, em função da importância funcional do deslocamento, do percurso e da mobilidade de pessoas, bens e idéias. É o traçado que define o plano, intervindo na organização da forma urbana a diferentes dimensões. Sendo indispensável para orientação de uma cidade (LAMAS, 2000).

Os lotes de um modo geral são predominantemente de forma retangular, sendo que as dimensões ficam em

torno dos 10x30 metros. Havendo testadas mínimas perto dos cinco metros e as máximas em torno dos 15 metros, porem as dimensões mais utilizadas fica em média dos sete a dez met-ros. E a relação entre frente e fundos dos lotes é de 1 para 3 ou 1 para 4 vezes. Na área central, os lotes praticamente não apresentam recuos. Sendo as edificações alinhadas, mas já na zona periférica, os recuos são mais utilizados, até mesmo pela proporção da relação entre frente e fundos dos lotes.

Na mapa 2, pode-se notar as devidas formas dos lotes nos quarteirões.

Lotes

Os Perfis das ruas em estudo, mostra que existe uma grande variedade de padrões de dimensionamento, configu-ração e pavimentação de passeios. Os padrões encontrados são de no mínimo de 1,5 metros, 2,5 metros sendo o mais frequente na área central mais antiga e 4,0 a 4,5 metros nas vias de dimensiona-mento mais generoso. Apenas passeios com largura superior a 2,5 metros per-mitem a implantação de elementos de mobiliário urbano e arborização, já os que possuem medidas inferiores per-mitem somente a instalação de postes, lixeiras e placas de sinalização.

A estrutura ortogonal da área estudada consiste pelas ruas que se cruzam em ângulo reto formando retângulos (grel-has ou grades) na sua grande maioria. No mapa 2 nota-se claramente o traçado das vias. Formando a estrutura ortogonal basicamente em toda a área de estudo. “ Há estruturas totalmente irregulares, assim como

parcialmente geométricas. Entretanto, uma es-trutura aparentemente irregular, quando examina-da atentamente, pode ser vista operando de fato

como uma das categorias básicas de estrutura urbana. (GUIMARÃES, 2004).

Ruas

Estrutura Urbana

esc. 1/7500

Page 18: Revista URBE Bagé

18 urbebagé

A área em estudos é a Zona de Preservação Cultural (ZPC) da cidade,

onde aparecem os aspectos gerais da escala morfológica do bairro. A escala do bairro tem dois aspectos distintos morfológicos, separa-dos em duas áreas diferentes, reconhecíveis pelos seus elementos, uma onde predomina o traçado regular e a outra o traçado irregular. Será apresentado também um detalhamento para duas dimensões setoriais da área em es-tudo, que estudará as praças identificadas no mapa ao lado.1. Rua Mãe Luciana

2. Rua Mãe Luciana

3. Cemitério da Santa Casa

N

1 Rua Mãe Luciana

N

4 R. Eng. Veríssimo Rebouças

5 Av. Sete de Setembro

6 Escola São Benedito

9 R. Almirante Gonçalves10 R.Barão do Amazonas

7 Passo do Onze

8 Casa de Pedra

Traçado Regular

Traçado Irregular

Dimensão Setorial

Morfologia Urbana

A morfologia urbana estuda essencialmente os aspectos exteriores do meio urbano e suas relações recíprocas, definindo e explicando a paisagem urbana e a sua estrutura. AMPLIAR DEFINIÇÃO - COLOCAR DIMENSÃO SETORIAL E DO BAIRRO

A área em estudos é a Zona de Preservação Cultural (ZPC) da cidade, onde aparecem os aspectos gerais da escala morfológica do bairro. A escala do bairro tem dois aspectos distintos morfológicos, separados em duas áreas diferentes, reconhecíveis pelos seus elementos, uma onde predomina o traçado regular e a outra o traçado irregular. Será apresentado também um detalhamento para duas dimensões setoriais da área em estudo, que estudará as praças identificadas no mapa ao lado.

Área em estudo

2

Rua Mãe Luciana

3 Cemitério da Santa Casa

5

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1

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6

7

8

9

10

FE- TERMINA O TEXTO SOBRE MORFOLOGIA, QUE VOU TE PASSAR UNS SLIDES QUE TEM O QUE AGENTE PRECISA E COLOCA MAIS ALGUMA FOTO QUE TU ACHA QUE É IMPORTANTE PRA PREENCHER OS VAZIOS.

Referências Bibliográficas: LAMAS, J. Morfologia e Desenho da Cidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000.

A Casa de Pedra é um dos prédios mais antigos da cidade, segundo o jornal Correio do Sul, de 17 de Novembro de 1946, há uma referência de que o sobrado de pedra e a Matriz de São Sebastião seriam da mesma época (1870). Existem muitas “estórias” sobre esta velha casa, não se tem informações sobre seu construtor e proprietário. Morou muitos anos na casa a Senhora Soledade Pradie, parteira. (FAGUNDES, 2005)

Em 1913 foi inaugurado um monumento em homenagem ao Dr. Francisco de Azevedo Penna, colocado em frente ao local onde foi sua residência.(FAGUNDES, 2005)

Traçado Regular

Traçado Irregular

Dimensão Setorial

Área em estudo

4. R. Eng. Veríssimo Rebouças

“A morfologia urbana estuda essencialmente os aspectos exteriores do meio urbano e suas relações recíprocas, definindo e explicando a paisagem urbana e a sua estrutura.

Morfologia Urbana

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Page 19: Revista URBE Bagé

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5. Av. Sete de Setembro

6. Escola São Benedito

7. Passo do Onze

9. Rua Almirante Gonçalves

10. Rua Barão do Amazonas8. Casa de Pedra

A Casa de Pedra é um dos prédios mais antigos da ci-dade, segundo o jornal Correio do Sul, de 17 de Novembro de 1946, há uma referência de que o sobrado de pedra e a Matriz de São Sebastião se-riam da mesma época (1870).

Existem muitas “estórias” so-bre esta velha casa, não se tem informações sobre seu con-strutor e proprietário. Morou muitos anos na casa a Senhora Soledade Pradie, parteira. (FA-GUNDES, 2005)

Em 1913 foi inaugurado O monumento em homenagem ao Dr. Francisco de Azevedo Penna, colocado em frente ao local onde foi sua residência.(FAGUNDES, 2005)

Page 20: Revista URBE Bagé

20 urbebagé

Área Setorial - Entorno Praça Carlos Telles

No entorno da praça Carlos Telles existem residências, comércio e equipamentos urbanos, como igrejas e escola.

Por força de lei, nenhuma edificação passa a altura da Igreja São Sebastião.

A praça que tem relação com a Igreja São Sebastião possui um traçado radial, que converge para o centro.

A vegetação do local é de médio e grande porte, com canteiros que formam os caminhos.

Há monumentos que são significativos como por exemplo o Monumento ao Dr. Penna e Monumento a restauração da Praça Carlos Telles.

Rua Conde de Porto Alegre

Escola Monsenhor Costabile Hipólito

Igreja São Sebastião (Catedral)

Edificações no alinhamento

Igreja São Sebastião - Catedral. Construída em 1820 para abrigar a imagem do padroeiro da cidade, São Sebastião.

Canteiro central com vegetação de médio porte e cercado por duas vias largas.

Residência com platibanda

O canteiro possui vegetação de grande porte

Ruas largas com canteiro central

Igreja evangélica Irmãos Menonitas

Av. Sete de Setembro

Rua Dr. Veríssimo

Edificação destinada ao comércio Casa Rosa

Rua Barão do Amazonas

Residência Jorge Figueró

Residência alta sem porão

Ruas largas sem canteiro central

Residência semrecuo lateral

Morfologia Urbana

Page 21: Revista URBE Bagé

21

Casa Alcides Pereira

Casa Manuel de Macedo, característi-cas do ecletismo, sem recuo lateral.

Residência semrecuo lateral

Em 1961, o local da construção foi devidamente estudada, e para decisão final foi designado o engenheiro Paulo José Pereira, dando parecer

favorável onde havia o templo antigo, que estava em completa ruína. Em 1878 foi finalizada a 1ª parte da obra elaborada e executada pelo arquiteto José Obino.

Em 1943 a Matriz e a casa p a r o q u i a l e s t a v a m em estado

deplorável e logo foi iniciada uma reforma, sendo inaugurada em 1947, e mais tarde foi erguida a gruta com a imagem da Nossa Senhora de Lourdes.

Atualmente o prédio da Catedral e a Praça Carlos Telles são bens tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). (FAGUNDES, 2005)

As edificações que compõem a face desse quarteirão já foram bastante modificadas, são edificações recentes com exceção da casa Alcides Pereira.

Todas as residências se encontram no alinhamento.

O mobiliário urbano do tipo lixeira encontra-se escasso, possuindo apenas uma unidade nesta face.

O comércio é destinado a prestação de serviços;

A Casa Rosa tem características do ecletismo, como o uso da platibanda, pilastras e balaústres, possui recuo lateral. Antigamente sua função era residencial (Família Salles), atual-mente funciona como restaurante. (Pizzaria).

As edificações que compõem a face desse quarteirão seguem o uso da platibanda.

As residências se encontram no alinhamento e possuem volumetria horizontal

A residência Jorge Figueró atual-mente funciona como loja e café.

Em 1884 Bagé antecipa em 4 anos a abolição da escravatura, reunindo seu povo na Praça da Matriz, afim de pedir a Câmara Municipal que acabasse com a escravidão, e a partir de então, a praça passaria a chamar-se Praça da Redenção.

Em 1893, para homenagear o coronel Carlos Telles, após o cerco de Bagé, a praça passa a chamar-se Praça Carlos Telles. Em 1950 por iniciativa de Eurico Salis, a praça recebeu o busto de Carlos Telles doado pelo Estado Maior do Exército. (FAGUNDES, 2005)

Igreja São Sebastião

Praça Carlos Telles

Trata-se de uma típica implantação residencial da Segunda metade do século XIX, semelhantes aos da casa de morada inteira que é edificada no alin-hamento da calçada e com afastamento lateral para iluminação e ventilação. (FAGUNDES, 2005).

Casa Rosa

Page 22: Revista URBE Bagé

22 urbebagé

A praça Dom Diogo de Souza, conhecida também como praça do cemitério está

diretamente relacionada com o cemitério da Santa Casa, pois acontece ao longo do mesmo e no traçado os caminhos dão acesso a esse equipamento.

A vegetação do local é de pequeno, médio e

Monumento funerário da família de Antonio Gaffrée

“Nesta zona está inserida parte do patrimônio histórico arquitetônico do município. A maioria das edificações tem função residencial, onde predomina a volumetria horizontal e sem recuo, mantendo o

alinhamento. Caracteriza-se pelas primeiras vias estreitas da cidade, possuindo um traçado regular na zona que se formou

primeiramente como cidade e um traçado irregular nas zonas próximas ao acampamento militar.

Existe restrição da vegetação de médio e grande porte nos passeios públicos e o mobiliário urbano é insuficiente.

A ZPC é uma zona que valoriza e preserva o patrimônio com ênfase no resgate histórico, cultural e ambiental.

Instalou-se em 1858, construído com paredes dobradas de tijolos, portão de

ferro, ocupando uma área de 300 palmos quadrados (m²). Tinha duas ordens de catacumbas e uma ermida regularmente construída. Não segue o padrão dos demais cemitérios pois o local escolhido para abrigá-

lo é próximo ao centro da cidade. Foram sepultados grandes personalidades

de importância municipal e estadual, e seus túmulos e mausoléus possuem um grande valor artístico - arquitetônico e cultural para a cidade. (FAGUNDES, 2005)

Monumento funerário da família de Thomas José Collares

grande porte, com canteiros que formam os caminhos.

No cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé podemos encontrar monumentos funerários edificados pelo marmorista José Martinez Lopes.

Cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé

Área setorial - Praça Dom Diogo de Souza

Morfologia Urbana

Page 23: Revista URBE Bagé

23

O Levantamento executado teve a intenção de mapear a densidade urbana na ZPC.

Para efetuar este trabalho, foi necessário utilizar dados fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de Bagé, sendo solicitadas as in-formações dos respectivos setores: 13, 14, 15, 16, 18, 42 e 43. Os dados utilizados além dos setores foram: a zona pertencente, o número de domicílios e de população por setores.

Com estas informações foi possível fazer uma média de habitantes por km² localizados nos setores estudados.

A média de hab/km² foi efetuada da seguinte maneira: Subtraímos a área de comércios lo-calizados nos setores pela área de cada setor respectivo. Com a informação de população cedida pelo IBGE dividimos pelo resultado da subtração de áreas.

As informações adquiridas estão representa-das no mapa a seguir, com os valores de habit-antes por km².

Densidade Urbana

Setor Domicílios População Densidade urbana ZPC 13 210 599 0.113 hab/m² ZPC 14 266 705 0.052 hab/m² ZPC 15 265 772 0.048 hab/m² ZPC 16 289 840 0.055 hab/m² ZPC 18 289 826 0.212 hab/m² ZPC 42 303 992 Cemitério ZPC 43 152 427 0.007 hab/m²

“A Densidade serve como instrumento de apoio à formação e tomada de decisão por parte dos planejadores

urbanos, urbanistas e arquitetos no momento de formalizar e decidir sobre a forma e a extensão de uma determinada área da cidade. (ACIOLY, C. DAVIDSON, F., 1998)

Este levantamento tem o objetivo de mapear a densidade urbana na ZPC.A metodologia adotada foi uma adequação dos setores censitários do Instituto brasileiro de

geografia e estatistica - IBGE, do ano de 2007 pelos setores determinados pelo PPDUA de Bagé.Para obtenção dos resultados foi necessário verificar quais quarteirões pertenciam a cada área

determinada como setor do IBGE e determinar o número de lotes de cada quarteirão.

Setor 13Setor 14Setor 15Setor 16Setor 18Setor 42Setor 43

Este levantamento tem o objetivo de mapear a densidade urbana na ZPC.A metodologia adotada foi uma adequação dos setores censitários do Instituto brasileiro de

geografia e estatistica - IBGE, do ano de 2007 pelos setores determinados pelo PPDUA de Bagé.Para obtenção dos resultados foi necessário verificar quais quarteirões pertenciam a cada área

determinada como setor do IBGE e determinar o número de lotes de cada quarteirão.

Setor 13Setor 14Setor 15Setor 16Setor 18Setor 42Setor 43

“A Densidade Urbana é um dos mais importantes indicadores e parâmetros de desenho urbano a ser utilizado no processo de planejamento e gestão

de assentamentos humanos. Ela representa o número total da população de uma área urbana específica, expressa em habitantes por unidade de terra ou solo urbano, ou total de habitações por uma unidade de terra. (ACIOLY, C. DAVIDSON, F., 1998)

esc. 1/7500

Page 24: Revista URBE Bagé

24 urbebagé

Legislação UrbanísticaPlanos, Programas e Projetos

O Programa de Aceleração do Crescimen-to nas Cidades Históricas, é um plano

de ação a longo prazo, com clara intenção de continuidade do programa pela União e de-verá desenvolver importantes ações de valori-zação do Patrimônio Cultural local.

Patrimônio NaturalArroio Bagé, importante afluente do Rio Negro, da Bacia do Rio Uruguai.1

Uma das grandes virtudes do PDDUA é ter previsto a delimitação das áreas de im-portância cultural para o município a desta-car a Zona de Preservação Cultural (ZPC) no primeiro traçado urbano da cidade, Zona de Preservação Cultural (ZPC-1), Corredor Cul-tural Leste que representa o primeiro acesso à cidade e seu primeiro distrito industrial e instalações de antiga charqueada, além de dar acesso a um parque temático, o Parque do Gaúcho, Por fim o Corredor Cultural Norte, de memória de outras charqueadas, além das áreas rurais, também com grande importân-cia cultural.

Objetivos específicos

A qualificação do espaço territorial que abriga o Patrimônio Cultural (material e ima-terial) de Bagé parte das primeiras ocupações, de seu primeiro período, do Plano Diretor, é a Cidade Antiga (ZPC).

Na avaliação dos três eixos estruturantes e do objetivo geral, foram listados objetivos específicos e para cada um deles estabeleci-da uma linha de ação norteadora das ações daí decorrentes. Façamos então a descrição destes objetivos e suas linhas de ação:

Rua

Barã

o do

Am

azon

as

107

105

103

246

249

1376

27

R. do Acampamento

19

R. 21

85

87 101140

1389989

9791

9593

1359

13601360

248

247247

247

250

1360

R. M

arcí

lio D

iasR. João Manuel

R. Dr. Santos Souza

Rua

Alm

irant

e G

onça

lves

R. Escrivão Montardo

Tr. 20

Av. G

en. O

sório

R. M

arcí

lio D

ias

R. Conde de Porto Alegre

R. 7

de

Sete

mbr

o

R. Dr. Veríssimo

R. Oscar Salis

R. Mauryti

R. Mãe Luciana

R. Preto Caxias

R. Cel. Pedroso

R. Preto CaxiasAv. B

arão

do

Triu

nfo

Est. Anel Rodoviário

R. 7

de

Sete

mbr

o

Rua

Alm

irant

e G

onça

lves

Rua

Barã

o do

Am

azon

as

R. Fabrício Pilar

R. Mãe Luciana

R. do Acampamento

Índice de aproveitamento = 1Taxa de ocupação = 80%

Altura máxima das edificações = 6.0Cota ideal = 500m²

1. Acad. Judie Ribeiro2.http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/334650/gd/1199373021/Catedral-de-Sao-Sebastiao.jpg. Acessado em: 04 jul. 20113.http://www.canalfoto.org/galerias/06/12/3242_06_354_23_54_20.jpg Acessado em: 04 jul. 20114.Adriano Pacheco

CatedralDesenvolver ações de educação patrimonial e ambientalLinha de Ação: Recuper-ação e uso do Patrimônio Cultural e Natural2

Espaço Cultural da MayaValorizar a Identidade e autenticidade da cultura localLinha de Ação: Fomento às Atividades Produtivas Locais1

Praça localizada na ZPCDesenvolver Ações de Qualificação UrbanísticaLinha de Ação: Requalifi-cação Urbanística1

Praça revitalizada na ZPCPromover o desenvolvi-mento social para as co-munidades dos territórios de interesse patrimonial.Linha de Ação: Infraes-trutura urbana e social1

Madre Maria, bar e res-tauranteQualificação do espaço territorialLinha de Ação: Recuper-ação e promoção de usos de imóveis privados1

esc. 1/7500

Page 25: Revista URBE Bagé

25

Destes objetivos específicos deriva um elenco de 33 ações que pretendem não só promover o desenvolvimento social e a preservação do patrimônio cultural de Bagé, mas, sobretudo entrelaçar políticas públicas em andamento na cidade, que se potenciali-zam.

Entre elas estão:

Legislação UrbanísticaPlanos, Programas e Projetos

Catedral de São SebastiãoSinalização e identifi-cação dos bens tomba-dos1

Hotel do ComércioCriar e rever espaços no centro da cidade com a finalidade de integrar estruturas como o co-mércio, a prestação de serviços e lazer da popu-lação3

Coleta Conteinerizada de Resíduos UrbanosPadronização do mobil-iário urbano, normali-zação dos passeios e da sinalização urbana e ad-equação da iluminação pública1

Término do estaciona-mento rotativo, próximo a ZPCImplantação de estacion-amento rotativo1

Obras de pavimentaçãoRegularizar pavimen-tação em pedras irregu-lares e paralelepípedos1

Casa de Pedra em tenta-tiva de recuperaçãoRecuperação do patrimônio edificado em estado de degradação, na ZPC (Zona de Preservação Cultural) e através de ar-ticulações, com partici-pação do Poder Público, que viabilizem financia-mentos especiais à inicia-tiva privada1

Para que estas as futuras intervenções tão necessárias, possam ser executadas de forma mais controlada, o Plano Diretor elabora uma legislação específica para esta macrozona cen-tral. Nele estão contidas algumas restrições quanto as possíveis intervenções na Zona de Preservação Cultural (ZPC), que foi tombada pelo IPHAN, e tem os limites especificados nos

termos da Lei Municipal nº 2786/91, como mostra no mapa acima.

Por ter sido o primeiro traçado da cidade, ter como predominante a volumetria horizon-tal, ruas com gabarito estreito e edificações sem recuos, para que estas características sejam mantidas a legislação prevê que as no-vas edificações deveram manter a tipologia predominante e não deverão possuir recuos, e sim manter o alinhamento predial. As con-struções consideradas patrimônio histórico, e a pavimentação das ruas, deve ser mantida mesmo no caso de reformas, restauros e de-mais intervenções urbanísticas.

Primeiro traçado da cidade, localizado atrás da cat-edral1

“Esta Zona tem como objetivos a valorização do patrimônio, visando o resgate histórico e cultura, a revitalização e o

incentivo ao uso residencial e com-ercial de forma organizada e con-trolada, a conservação da morfo-logia urbana horizontal, a ênfase ao turismo, dando prioridade ao pedestre com o uso de vegetação de pequeno porte nos passeios. A implantação de equipamentos urbanos, áreas de lazer, e infraes-trutura básica também fazem parte desta legislação, visando promover a identidade cultural local, e a qualificação das edifi-cações existentes.

Catedral de São Sebastião1

A Catedral é uma edificação que necessita de ação de restauro e de conservação em sua totalidade. Possui projeto para tal e encontra-se em negociação, para a viabilização da ex-ecução do projeto aprovado pelo IPHAN.

O cemitério que faz parte da memória cultural pois lá estão enterrados seus heróis e familiares, abriga mau-soléus de diferentes períodos, possuindo obras de arte em mármore que possuem bom estado de con-servação4

A casa de pedra é um exemplar em ruínas da antiga tecnologia construtiva local, de grande valor histórico e cultural1

Page 26: Revista URBE Bagé

26 urbebagé

Capítulo 2Amostragem e Análise Comportamental

Praça do Cemitério

Page 27: Revista URBE Bagé

27

Esta análise tem como intenção, verificar a área em estudo, a ZPC, mais precisa-

mente as praças existentes nesta zona: Praça Carlos Telles e Praça Dom Diogo de Souza.

Para executar esta etapa do trabalho foram necessárias observações diárias durante sete dias, realizadas no turno da manhã no pe-ríodo das 11:00 ao 12:00 e no turno da tarde

das 16:00 às 17:00, realizadas no mês de maio de 2011, estas observações ficaram sujeitas à variações climáticas.

O mapa comportamental serviu para ana-lisar como e para que são utilizadas as praças desta zona, e as atividades desenvolvidas pela população diariamente nas áreas em estudo.

Com esta análise foi possível verificar o fluxo

de pessoas, as direções de percurso como as diagonais que propiciam a ligação entre zo-nas, as atividades que podem ser executadas e as funções que as praças exercem no con-texto do Centro Histórico da cidade.

Nos mapas comportamentais, pode ser con-statada a avaliação de toda semana como destaca-se a seguir:

Análise ComportamentalMetodologia

11:00 às 12:0011:00 às 12:00

esc. 1/1500

7 de

Set

embr

o, A

v.

Dr. Veríssimo, R

Barã

o do

Am

azon

as, R

Conde de Porto Alegre, R

16:00 às 17:0016:00 às 17:00

esc. 1/1500

7 de

Set

embr

o, A

v.

Dr. Veríssimo, R

Barã

o do

Am

azon

as, R

Conde de Porto Alegre, R

Praça Carlos Telles

Na Praça Carlos Telles, que possui as Ruas Dr. Veríssimo, Barão do Amazonas, Conde de Porto Alegre e a Avenida Sete de Setembro no seu entorno, pôde-se constatar no turno da manhã no período das 11:00 ao 12:00, um grande nº de pessoas; a maior parte destas, utiliza a praça como acesso de ida e volta entre a zona residencial localizada na ZPC e a zona comercial locali-zada na ZPC1 – concentrada principalmente, na Av. Sete de Setembro e entorno.

A maior parte destas pes-soas neste período encon-tram-se em deslocamento entre as zonas ZPC e ZPC1 e apresentam faixa etária en-tre 19 e 40 anos, um número menor apresenta faixa etária entre 16 e 18 anos, e de 11 a 15 anos, e uma baixíssima quantidade de pessoas pos-suem idade entre 41 e 60 anos, essa população utiliza a área como percurso de tra-

jeto.A praça apresenta ainda

uma parte intermediária do nº de pessoas utilizando-a como área de lazer, destas a maior parte destaca-se com faixa etária entre 16 e 18 anos, uma parte inter-mediária com faixa etária en-tre 11 e 15 anos, uma baixa parte, com faixa etária entre 11 e 15 anos, e um insig-nificante nº de pessoas com idade entre 41 e 60 anos.

Desta população a menor parte se encontra brincando e trabalhando nesta área de estudo, as pessoas que se en-contram brincando possuem faixa etária entre 0 a 5 anos, 6 a 10 anos e de 11 a 15 anos proporcionalmente, devido a pracinha de recreação que existe no local. Já as pessoas que a utilizam como área de trabalho, possuem entre 19 e 40 anos e 41 a 60 anos na mesma proporção.

Ainda na Praça Carlos Telles, mas no turno da tarde, no período das 16:00 às 17:00, pode-se observar um fluxo de pessoas mui-to mais intenso do que no turno da manhã, tanto na utilização como percurso de trajeto, quanto nas demais atividades.

As pessoas continuam utilizando a área em maior parte como percurso de trajeto, mas neste período há uma variação de faixa etária maior, a grande maioria apresenta agora, idade entre 16 e 18 anos, logo a seguir aparece um nº de pessoas entre 19 e 40 anos, e maior

quantidade de pessoas entre 0 e 5 anos, de 6 a 10 anos, e de 11 a 15 anos do que no turno da manhã. Pes-

soas com faixa etária entre 41 e 60 anos, tam-bém aparecem mais do que no outro turno.

Existe uma quantidade maior de pessoas utilizando-a como área de lazer, a maior parte apresenta entre 11 a 15 anos, depois vem a parcela de pessoas entre 16 e 18 anos, e em quantidade menor aparece as faixas etárias de 19 a 40 anos, e de 6 a 10 anos, respecti-vamente.

Neste horário, o mapa mostra uma elevada quantidade de pessoas brincando, a grande maioria tem entre 0 a 5 anos, a seguir se apre-sentam pessoas com faixa etária entre 6 e 10 anos, e em último estágio aparecem pessoas com idade entre 11 e 15 anos.

“Concluiu-se nesta etapa de observação que no período da manhã o fluxo de pessoas é in-tenso. O nº de pessoas utilizando o local como percurso de trajeto é elevado, bem maior do

que o nº de pessoas utilizando – o para executar as outras atividades relacionadas. No período da tarde o fluxo de pessoas é muito mais intenso; e há uma inversão das faixas etárias no percurso de tra-jeto, já o nº de pessoas brincando e se divertindo é muito maior do que no turno inverso, além da diversificação de faixa etária. Pôde –se perceber que o grande fluxo de pessoas se dá devido ao fato da Praça Carlos Telles, ter se tornado um eixo de ligação entre a área comercial da cidade e a área residencial do Centro Histórico, além de possuir no seu entorno e proximidades, algumas escolas, lojas e restaurantes que também são freqüentados pe-los moradores do Centro.

Page 28: Revista URBE Bagé

28 urbebagé

Praça Dom Diogo de Souza

A Praça Dom Diogo de Souza, possui no seu entorno, o Cemitério Municipal, a Escola Frei Plácido que se encontra na Avenida General Os-ório, a Rua Preto Caxias, e uma continuação da Rua Barão do Amazonas, por ser localizada no final da ZPC, pode-se considerar alto o nº de pes-soas que circulam nas proximidades da praça no turno da manhã, no período das 11:00 ao 12:00.

O fluxo de pessoas neste horário na Praça Dom

Diogo de Souza, utilizando-a como percurso de trajeto, apresenta maior parte com uma faixa etária entre 11 e 15 anos, logo em seguida aparecem pessoas com idades entre 19 e 40 anos, um nº intermediário com faixa etária aci-ma de 60 anos, e um nº baixo e proporcional de pessoas com faixa etária entre 0 e 5 anos, 6 a 10 anos, 16 e 18 anos e 41 e 60 anos.

Como a praça é utilizada como local de treina-

mento, para pessoas que pretendem adquirir habilitação para veículos, ela torna-se um ponto de trabalho, apresentando um nº médio de pes-soas trabalhando neste período da manhã, com faixa etária entre 19 e 40 anos, um nº mínimo entre 41 e 60 anos.

É usada também como ponto de encontro de moradores da zona, aparecem pessoas utili-zando-a como área de lazer em maior nº neste horário com faixa etária entre 11 e 15 anos, quase na mesma proporção aparece a seguir pessoas com idade entre 16 e 18 anos, mas ain-da existe uma pequena parte com idade entre 19 e 40 anos e 0 a 5 anos.

A Praça Dom Diogo de Souza possui uma pracinha para recreação, nela encontravam-se pessoas em número reduzido, mas o nº maior apresentava idade entre 6 a 10 anos, e um nº um pouco menor entre 0 a 5 anos, e uma parcela reduzida entre 11 e 15 anos.

Preto Caxias, R

Gal

. Osó

rio, A

v.

11:00 às 12:00

esc. 1/2000

esc. 1/2000

16:00 às 17:00

Continuando na Praça Dom Diogo de Souza, mas no turno da tarde, no período das 16:00 às 17:00, foi observado um fluxo de pessoas em es-cala maior do que no período da manhã, tanto na utilização como percurso de trajeto, quanto nas demais atividades.

O nº de pessoas continua sendo mais elevado no percurso de trajeto, em relação às outras ativ-idades que são executadas na área, mas neste período há uma diversificação maior nas faixas etárias comparando com o turno inverso. A faixa etária com maior nº é a entre 19 e 40 anos, com uma boa diferença porcentual, vem a faixa etária de 11 a 15 anos, depois com margem parecida, mas menor, aparecem as faixas etárias acima de 60 anos, 16 a 18 anos, de 41 a 60 anos e de 6 a 10 anos respectivamente, e em um nº um pouco abaixo destes, aparece a faixa etária de 0 a 5 anos.

Com a utilização da área em estudo para treinamento de pessoas que desejam adquirir carteira de habilitação, esse nº de pessoas se encontra em alto nível neste período, além de pessoas que trabalham em outras funções. O maior nº é da faixa etária de 19 a 40 anos, um nº intermediário é dado pela faixa etária entre 41 e 60 anos, e uma parcela inferior às outras de idades entre 11 a 15 anos.

Pessoas utilizando a área como local de lazer, aparecem mais neste horário que no período da manhã, a grande maioria apresenta entre 19 e 40 anos, logo após aparecem pessoas entre 16 e 18 anos, com uma pouca diferença aparecem as faixas etárias de 41 a 60 anos e de 11 a 15 anos, e em baixa escala aparecem as faixas etárias de 6 a 10 anos e acima de 60 anos, e um nº muito re-

duzido aparecem pessoas de 0 a 5 anos.Com o uso da pracinha de recreação este pe-

ríodo apresenta maior quantidade de pessoas do que no outro horário, a faixa etária que utiliza o local com maior nº é de 6 a 10 anos, e em uma proporção menor aparecem as faixas etárias de 0 a 5 anos, e de 11 a 15 anos, nesta seqüência.

“Concluindo a fase de observação da Praça Dom Diogo de Souza, é possível perceber que o fluxo é grande nos dois períodos, sen-

do mais intenso na parte da tarde. A escala de pessoas utilizando-a como percurso de trajeto também é maior do que as outras atividades que são efetuadas na área em estudo. O nº de pessoas trabalhando, brincando e utilizando a área para lazer é maior que no turno da manhã.

Neste caso a intensificação do uso do local, se dá devido a Escola

próximo a praça, ao Cemitério Munic-ipal, o qual recebe um nº significativo de pessoas, e por ter a Avenida Gen-eral Osório como ligação principal ao centro comercial da cidade, além das ruas Barão do Amazonas e Preto Caxias que recebem o fluxo de mora-dores dos arredores da praça. Esta também torna-se um eixo de ligação, mas agora unindo a área residen-cial com alguns equipamentos urba-nos existentes nesta parte do Centro Histórico da cidade.

“Fazendo uma análise geral dos mapas comportamentais, foi pos-sível concluir que as Praças Car-los Telles e Dom Diogo de Souza,

são utilizadas em maior escala como percurso de trajeto das pessoas; as atividades que podem ser executadas nos locais, apresentam uma baixa utili-zação em relação ao uso como acesso e deslocamento dos moradores das áreas estudadas.

Análise Comportamental

simbologia:

brincar

caminhar

diversão

trabalhar

cores:

até 5 anos

de 6 a 10 anos

de 11 a 15 anos

de 16 a 18 anos

de 19 a 40 anos

de 41 a 60 anos

acima de 60 anos

Page 29: Revista URBE Bagé

29

0

50

100

150

núm

ero

de p

esso

as

idade

Faixa Etária

0 a 5 6 a 10 11 a 18 19 a 45 46 a 60 mais de 60

175

180

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esso

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sexo

Sexo

Feminino Masculino

0

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núm

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esso

as

estado civil

Estado Civil

Solteiro (a) Casado (a) Divorciado (a) Viúvo (a) União Estável

0

20

40

60

80

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120

núm

ero

de p

esso

as

escolaridade

Escolaridade

Não alfabetizado Analfabeto Ensino Fundamental Completo

Ensino Fundamental Incompleto Ensino Médio Completo Ensino Médio Incompleto

Graduação Completa Graduação Incompleta

Nº: Lote:

Faixa

Etária

Sex

o

Estado Civil Escolaridade Renda

Familiar

Profissão

1

2

3

4

5 7

6

7

Faixa Etária Sexo Estado Civil Escolaridade Renda Familiar Profissão ( ) Sim ( ) Não

0 - 5 anos M Solteiro (a) Não Alfabetizado Até 1 Salário

6 - 11 anos F Casado (a) Analfabeto 1 - 3 Salário 8

11 - 18 anos Divorciado (a ) 1º G. Comp. Ensino Fund. 3 - 6 Salário

19 - 45 anos Viúvo (a) 1º G. Incomp. Ensino Fund. 6 - 10 Salário

41 - 60 anos União Estável 2º G. Comp. Ensino Med. Mais 10 Salário

Mais 60 anos 2º G. Incomp. Ensino Med.

3º G. Comp. (Graduação)

3º G. Incomp. (Graduação)

1

2

( ) Sim ( ) Não

3

4

5

6

Para você, quais os maiores problemas da

área onde você vive?

( ) Praças ( ) Casa de Pedra

( ) Desenho das Ruas

URCAMP- Universidade da Região da Campanha

Centro de Ciências Exatas e Ambientais

Curso de Arquitetura e Urbanismo

Projeto de Urbanismo I

Legenda

Dados Gerais

Nº do Quart.: Rua:

Nº do Questionário:Entrevistador:

( ) Pavimentação precária ou inexistente

( ) Iluminação das ruas

( ) Sistema de coleta de lixo

Você reconhece a importância histórica da área onde mora?

( ) Sim ( ) Não

Quais destes aspectos históricos você considera importante?

( ) Cemitério ( ) Catedral

( ) Estilo das Edificações

O que você acha que faz falta na área onde mora?

( ) Escola ( ) Transporte Público

( ) Centro Comunitário( ) Lazer

( ) Bloco de Concreto Você Mudaria? ( ) Sim ( ) Não

( ) Comércio ( ) Posto Policial

( ) UBS

Qual o tipo de pavimentação da sua rua?

( ) Paralelepípedo

Quais das características da sua área você acha que deveriam mudar?

( ) Edificações não terem recuos

( ) Acessibilidade

Se sua casa fosse tomabada como patrimônio

histórico, você aceitaria/concordaria?

( ) Rede de Esgoto

O que você mais gosta na área onde mora?

( ) Tranquilidade ( ) Ser um lugar com valor histórico

( ) Pouco Transito de

Veículos

( ) Proximidade com o centro da cidade

Questões Sócio Econômicas:

( ) Altura máxima permitida das edificações

ser de 6m

( ) Segurança

( ) Largura das calçadas

( ) Não poder ter empresa comercial de

grande porte

( ) Tipo de pavimentação das ruas

( ) Ruas Estreitas

( ) Pouca vegetação nas ruas

( ) Ser próximo a vários equipamentos públicos (Praças, mercados,

escolas e etc.)

( ) Asfalto

Quais destas propostas você acha

interessante?

10

( ) Transformação das ruas para circulação

somente de pessoas

Você gostaria de um projeto de modificação

da área onde você mora?

9

( )Proposta de implementação de vegetação

na área

( ) Novo projeto para a praça do cemitério

( ) Aumento do número de comércios na

área/Tornar-se uma área comercial

( ) Novo projeto de iluminação pública

( )Novo projeto para o sistema de água e

esgoto

( ) Novos mobiliários urbanos

Questionários

Após a análise comportamental realizada na área em estudo, Zona de Preservação Cultural,

foram elaborados questionários para uma aplicação experimental, devendo ser aplicados dez ques-tionários por aluno. As expectativas eram grandes, porém não foram totalmente correspondidas, já que grande parte da população não quis responder aos questionamentos e notou-se um número relevante de residências desocupadas, à venda ou para alu-

guel. O tipo das perguntas utilizadas no questionário permitiu com que algumas das respostas do grupo familiar se obtivesse mais de uma alternativa, questões dois, seis, oito e dez. Esse tipo de pergunta fez com que na hora da tabulação, que serve de base para a análise da área, dos questionários algumas questões ficassem com mais respostas que o número de pessoas entrevistadas.

“Com a finalidade de se obter dados mais detalhados da área em estudo,

foi desenvolvido um questionário preenchido pelos grupos familiares residentes.

Metodologia

0

50

100

150nú

mer

o de

pes

soas

idade

Faixa Etária

0 a 5 6 a 10 11 a 18 19 a 45 46 a 60 mais de 60

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esso

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sexo

Sexo

Feminino Masculino

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esso

as

estado civil

Estado Civil

Solteiro (a) Casado (a) Divorciado (a) Viúvo (a) União Estável

0

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as

escolaridade

Escolaridade

Não alfabetizado Analfabeto Ensino Fundamental Completo

Ensino Fundamental Incompleto Ensino Médio Completo Ensino Médio Incompleto

Graduação Completa Graduação Incompleta

Analisando-se as informações obtidas e tab-uladas em gráficos sobre dados gerais da

população entrevistada, pode-se perceber que a faixa etária predominante é de 19 a 45 anos e em sua maioria do sexo feminino. O estado civil dominante na área em estudo é casado, se-guido pelos solteiros. O gráfico que representa a profissão pode se relacionar diretamente com os gráficos da escolaridade e da renda familiar, o nível de educação apresenta mais de cem dos entrevistados com ensino médio completo, o que condiz com a renda familiar predominante na área, que é de um até três salários mínimos.

Dados Gerais

0

50

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150

núm

ero

de p

esso

as

idade

Faixa Etária

0 a 5 6 a 10 11 a 18 19 a 45 46 a 60 mais de 60

175

180

185

190

núm

ero

de p

esso

as

sexo

Sexo

Feminino Masculino

0

50

100

150

200

núm

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de p

esso

as

estado civil

Estado Civil

Solteiro (a) Casado (a) Divorciado (a) Viúvo (a) União Estável

0

20

40

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120

núm

ero

de p

esso

as

escolaridade

Escolaridade

Não alfabetizado Analfabeto Ensino Fundamental Completo

Ensino Fundamental Incompleto Ensino Médio Completo Ensino Médio Incompleto

Graduação Completa Graduação Incompleta

0

20

40

60

80

núm

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de p

esso

as

renda

Renda

Até 1 s.m. 1 a 3 s.m. 3 a 6 s.m. 6 a 10 s.m. mais de 10 s.m.

0

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núm

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profissão

Profissão

Do lar Estudante Func. Público Militar Autônomo Comércio Esportista Aposentado

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idade

Faixa Etária

0 a 5 6 a 10 11 a 18 19 a 45 46 a 60 mais de 60

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sexo

Sexo

Feminino Masculino

0

50

100

150

200

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esso

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estado civil

Estado Civil

Solteiro (a) Casado (a) Divorciado (a) Viúvo (a) União Estável

0

20

40

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80

100

120

núm

ero

de p

esso

as

escolaridade

Escolaridade

Não alfabetizado Analfabeto Ensino Fundamental Completo

Ensino Fundamental Incompleto Ensino Médio Completo Ensino Médio Incompleto

Graduação Completa Graduação Incompleta

0

50

100

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ero

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esso

as

idade

Faixa Etária

0 a 5 6 a 10 11 a 18 19 a 45 46 a 60 mais de 60

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185

190

núm

ero

de p

esso

as

sexo

Sexo

Feminino Masculino

0

50

100

150

200

núm

ero

de p

esso

as

estado civil

Estado Civil

Solteiro (a) Casado (a) Divorciado (a) Viúvo (a) União Estável

0

20

40

60

80

100

120

núm

ero

de p

esso

as

escolaridade

Escolaridade

Não alfabetizado Analfabeto Ensino Fundamental Completo

Ensino Fundamental Incompleto Ensino Médio Completo Ensino Médio Incompleto

Graduação Completa Graduação Incompleta

0

50

100

150

núm

ero

de p

esso

as

idade

Faixa Etária

0 a 5 6 a 10 11 a 18 19 a 45 46 a 60 mais de 60

175

180

185

190

núm

ero

de p

esso

as

sexo

Sexo

Feminino Masculino

0

50

100

150

200

núm

ero

de p

esso

as

estado civil

Estado Civil

Solteiro (a) Casado (a) Divorciado (a) Viúvo (a) União Estável

0

20

40

60

80

100

120

núm

ero

de p

esso

as

escolaridade

Escolaridade

Não alfabetizado Analfabeto Ensino Fundamental Completo

Ensino Fundamental Incompleto Ensino Médio Completo Ensino Médio Incompleto

Graduação Completa Graduação Incompleta

Page 30: Revista URBE Bagé

30 urbebagé

0

20

40

60

80

núm

ero

de p

esso

as

renda

Renda

Até 1 s.m. 1 a 3 s.m. 3 a 6 s.m. 6 a 10 s.m. mais de 10 s.m.

0

20

40

60

80

100nú

mer

o de

pes

soas

profissão

Profissão

Do lar Estudante Func. Público Militar Autônomo Comércio Esportista Aposentado

Quanto a análise dos gráficos relacionados às questões sobre a ZPC pode-se constatar que mais da metade da população entre-vistada reconhece a importância histórica da área aonde vive e classificou como aspecto histórico mais importante a Catedral de São Sebastião. Apesar desse reconheci-mento a população não aceitaria/concordaria com o tombamento da sua residência, como pode ser veri-ficado no gráfico da questão sete.

A maioria dos questionados afirma que a maior necessidade na área seria a de um Posto Poli-cial seguido por áreas de lazer. Com relação á questão de número quatro é notável o número de mo-radores que vivem em ruas com pavimentação tipo paralelepípedo e que gostariam mudá-la. É preciso acrescentar que no questionário não havia a opção sem pavimen-tação, e que três entrevistadores obtiveram essa resposta, porém em número não muito significante.

Questões Específicas

0

20

40

60

80

100

grup

o fa

mili

ar

Você reconhece a importância histórica da área onde mora?

Questão 1

sim

não0

50

100

grup

o fa

mili

ar

Quais destes aspectos históricos você considera importante?

Questão 2

Catedral

Praças

Desenho das Ruas

Cemitério

Casa de Pedra

Estilo das Edificações

0

10

20

30

40

50

60

grup

o fa

mili

ar

O que você acha que faz falta na área onde mora?

Questão 3 Escola

Lazer

Comércio

UBS

Trans. Público

Centro Comunitário

Posto Policial

0

20

40

60

80

100

grup

o fa

mili

ar

Qual o tipo de pavimentação de sua rua?

Questão 4a

Paralelepípedo

Bloco de Concreto

Asfalto

#REF!

0

20

40

60

80

100

grup

o fa

mili

ar

Você reconhece a importância histórica da área onde mora?

Questão 1

sim

não0

50

100

grup

o fa

mili

ar

Quais destes aspectos históricos você considera importante?

Questão 2

Catedral

Praças

Desenho das Ruas

Cemitério

Casa de Pedra

Estilo das Edificações

0

10

20

30

40

50

60

grup

o fa

mili

ar

O que você acha que faz falta na área onde mora?

Questão 3 Escola

Lazer

Comércio

UBS

Trans. Público

Centro Comunitário

Posto Policial

0

20

40

60

80

100

grup

o fa

mili

ar

Qual o tipo de pavimentação de sua rua?

Questão 4a

Paralelepípedo

Bloco de Concreto

Asfalto

#REF!

0

20

40

60

80

100

grup

o fa

mili

ar

Você reconhece a importância histórica da área onde mora?

Questão 1

sim

não0

50

100

grup

o fa

mili

ar

Quais destes aspectos históricos você considera importante?

Questão 2

Catedral

Praças

Desenho das Ruas

Cemitério

Casa de Pedra

Estilo das Edificações

0

10

20

30

40

50

60

grup

o fa

mili

ar

O que você acha que faz falta na área onde mora?

Questão 3 Escola

Lazer

Comércio

UBS

Trans. Público

Centro Comunitário

Posto Policial

0

20

40

60

80

100

grup

o fa

mili

ar

Qual o tipo de pavimentação de sua rua?

Questão 4a

Paralelepípedo

Bloco de Concreto

Asfalto

#REF!

0

20

40

60

80

100

grup

o fa

mili

ar

Você reconhece a importância histórica da área onde mora?

Questão 1

sim

não0

50

100

grup

o fa

mili

ar

Quais destes aspectos históricos você considera importante?

Questão 2

Catedral

Praças

Desenho das Ruas

Cemitério

Casa de Pedra

Estilo das Edificações

0

10

20

30

40

50

60

grup

o fa

mili

ar

O que você acha que faz falta na área onde mora?

Questão 3 Escola

Lazer

Comércio

UBS

Trans. Público

Centro Comunitário

Posto Policial

0

20

40

60

80

100

grup

o fa

mili

ar

Qual o tipo de pavimentação de sua rua?

Questão 4a

Paralelepípedo

Bloco de Concreto

Asfalto

#REF!

0

20

40

60

80

grup

o fa

mili

ar

Você mudaria o tipo de pavimentação de sua rua?

Questão 4b

Sim

Não0

10

20

30

40

50

60

70

80

grup

o fa

mili

ar

O que você mais gosta na área onde mora?

Questão 5

Tranquilidade

Pouco trânsito de veículos

Ser próximo a váriosequipamentos públicos

Ser um lugar com valor histórico

Proximidade com o Centro dacidade

0

10

20

30

40

50

60

grup

o fa

mili

ar

Quais das características da sua área você acha que deveriam mudar?

Questão 6 Ruas estreitas

Pouca vegetação nas ruas

Altura máxima permitida das edificaçõesser de 6 m.

Não poder ter empresa comercial degrande porte

Tipo de pavimentação das ruas

Edificações não terem recuos

Largura das calçadas

50

55

60

65

70

grup

o fa

mili

ar

Se sua casa fosse tombada como patrimônio histórico, você aceitaria/concordaria?

Questão 7

Sim

Não

0

20

40

60

80

grup

o fa

mili

ar

Você mudaria o tipo de pavimentação de sua rua?

Questão 4b

Sim

Não0

10

20

30

40

50

60

70

80

grup

o fa

mili

ar

O que você mais gosta na área onde mora?

Questão 5

Tranquilidade

Pouco trânsito de veículos

Ser próximo a váriosequipamentos públicos

Ser um lugar com valor histórico

Proximidade com o Centro dacidade

0

10

20

30

40

50

60

grup

o fa

mili

ar

Quais das características da sua área você acha que deveriam mudar?

Questão 6 Ruas estreitas

Pouca vegetação nas ruas

Altura máxima permitida das edificaçõesser de 6 m.

Não poder ter empresa comercial degrande porte

Tipo de pavimentação das ruas

Edificações não terem recuos

Largura das calçadas

50

55

60

65

70

grup

o fa

mili

ar

Se sua casa fosse tombada como patrimônio histórico, você aceitaria/concordaria?

Questão 7

Sim

Não

0

20

40

60

80

grup

o fa

mili

ar

Você mudaria o tipo de pavimentação de sua rua?

Questão 4b

Sim

Não0

10

20

30

40

50

60

70

80

grup

o fa

mili

ar

O que você mais gosta na área onde mora?

Questão 5

Tranquilidade

Pouco trânsito de veículos

Ser próximo a váriosequipamentos públicos

Ser um lugar com valor histórico

Proximidade com o Centro dacidade

0

10

20

30

40

50

60

grup

o fa

mili

ar

Quais das características da sua área você acha que deveriam mudar?

Questão 6 Ruas estreitas

Pouca vegetação nas ruas

Altura máxima permitida das edificaçõesser de 6 m.

Não poder ter empresa comercial degrande porte

Tipo de pavimentação das ruas

Edificações não terem recuos

Largura das calçadas

50

55

60

65

70

grup

o fa

mili

ar

Se sua casa fosse tombada como patrimônio histórico, você aceitaria/concordaria?

Questão 7

Sim

Não

0

20

40

60

80

grup

o fa

mili

ar

Você mudaria o tipo de pavimentação de sua rua?

Questão 4b

Sim

Não0

10

20

30

40

50

60

70

80

grup

o fa

mili

ar

O que você mais gosta na área onde mora?

Questão 5

Tranquilidade

Pouco trânsito de veículos

Ser próximo a váriosequipamentos públicos

Ser um lugar com valor histórico

Proximidade com o Centro dacidade

0

10

20

30

40

50

60

grup

o fa

mili

ar

Quais das características da sua área você acha que deveriam mudar?

Questão 6 Ruas estreitas

Pouca vegetação nas ruas

Altura máxima permitida das edificaçõesser de 6 m.

Não poder ter empresa comercial degrande porte

Tipo de pavimentação das ruas

Edificações não terem recuos

Largura das calçadas

50

55

60

65

70

grup

o fa

mili

ar

Se sua casa fosse tombada como patrimônio histórico, você aceitaria/concordaria?

Questão 7

Sim

Não

A questão de número seis reafirma a vontade dos moradores em relação à troca da pavimentação das vias. A quinta

questão indagou dos moradores o que eles mais gostam na área onde vivem e como resposta mais relevante tem-se a proximi-dade com o centro da cidade.

Questionários

Page 31: Revista URBE Bagé

31

1376

R. 21

1359

1360

247

R. M

arcí

lio D

ias

Tr. 20

107

105

103

246

249

27

19

85

87 101140

1389989

9791

9593

1360

248

247247

250

1360

Rua

Barã

o do

Am

azon

as

R. do Acampamento

R. João Manuel

R. Dr. Santos Souza

Rua

Alm

irant

e G

onça

lves

R. Escrivão Montardo

Av. G

en. O

sório

R. M

arcí

lio D

ias

R. Conde de Porto Alegre

R. 7

de

Sete

mbr

o

R. Dr. Veríssimo

R. Oscar Salis

R. Mauryti

R. Mãe Luciana

R. Preto Caxias

R. Cel. Pedroso

R. Preto CaxiasAv. B

arão

do

Triu

nfo

Est. Anel Rodoviário

R. 7

de

Sete

mbr

o

Rua

Alm

irant

e G

onça

lves

Rua

Barã

o do

Am

azon

as

R. Fabrício Pilar

R. Mãe Luciana

R. do Acampamento

Quarteirão EntrevistadorQuestionários

Aplicados

85 Mariana Gonçalves 3

87 Sandro 5

89 Juliana Machado 7

91 Fernanda 10

93 Lúcio 2

95 Lívia 10

97 Vanessa 7

99 Joaquim 9

101 Felipe 5

103 Gabriela 6

105 Mariana Gonçalves 4

107 Mariana Maurente 3

138 Viviane 5

140 Carolina 9

246 Patricia 4

247 Lidiane 10

249 Renato 7

250 Judiê 3

1359 Bruno 4

1360 Juliana Moraes 10

Legenda dos Questionários Aplicados

0

5

10

15

20

25

30

35

40

grup

o fa

mili

ar

Para você, quais os maiores problemas da área aonde vive?

Questão 8 Rede de esgoto

Pavimentação precária ou inexistente

Iluminação das ruas

Sistema de coleta de lixo

Segurança

Acessibilidade

0

50

100

grup

o fa

mili

ar

Você gostaria de um projeto de modificação da área onde você mora?

Questão 9

Sim

Não

0

5

10

15

20

25

30

35

grup

o fa

mili

ar

Quais destas propostas você acha interessante?

Questão 10 Transformação das ruas para circulaçãosomente de pessoas

Novo projeto para a Praça do Cemitério

Aumento do número de comércios naárea/tornar-se uma área comercial

Novo projeto de iluminação pública

Novo projeto para o sistema de água eesgoto

Novos mobiliários urbanos

Proposta de implementação de vegetaçãona área

0

5

10

15

20

25

30

35

40

grup

o fa

mili

ar

Para você, quais os maiores problemas da área aonde vive?

Questão 8 Rede de esgoto

Pavimentação precária ou inexistente

Iluminação das ruas

Sistema de coleta de lixo

Segurança

Acessibilidade

0

50

100

grup

o fa

mili

ar

Você gostaria de um projeto de modificação da área onde você mora?

Questão 9

Sim

Não

0

5

10

15

20

25

30

35

grup

o fa

mili

ar

Quais destas propostas você acha interessante?

Questão 10 Transformação das ruas para circulaçãosomente de pessoas

Novo projeto para a Praça do Cemitério

Aumento do número de comércios naárea/tornar-se uma área comercial

Novo projeto de iluminação pública

Novo projeto para o sistema de água eesgoto

Novos mobiliários urbanos

Proposta de implementação de vegetaçãona área

0

5

10

15

20

25

30

35

40

grup

o fa

mili

ar

Para você, quais os maiores problemas da área aonde vive?

Questão 8 Rede de esgoto

Pavimentação precária ou inexistente

Iluminação das ruas

Sistema de coleta de lixo

Segurança

Acessibilidade

0

50

100

grup

o fa

mili

ar

Você gostaria de um projeto de modificação da área onde você mora?

Questão 9

Sim

Não

0

5

10

15

20

25

30

35

grup

o fa

mili

ar

Quais destas propostas você acha interessante?

Questão 10 Transformação das ruas para circulaçãosomente de pessoas

Novo projeto para a Praça do Cemitério

Aumento do número de comércios naárea/tornar-se uma área comercial

Novo projeto de iluminação pública

Novo projeto para o sistema de água eesgoto

Novos mobiliários urbanos

Proposta de implementação de vegetaçãona área

As questões oito, nove e dez relacion-am-se entre si. A pergunta oito quer

saber quais os maiores problemas da área em questão, segurança 40 pessoas e pavimen-tação 36. A próxima, pergunta sobre a possibi-lidade de uma modificação na área e obtem-se uma resposta positiva. A última questão dá oportunidade aos moradores de escolher quais das propostas selecionadas eles gostar-iam que se realizasse, em disparado tem-se um novo projeto para a Praça Dom Diogo de Souza, seguida por três opções quase empata-das, com 26 votos novo projeto para o sistema de água e esgoto e com 25 votos um empate entre aumento do número de comércios na área e uma proposta de implementação de vegetação na área.

Questionários

esc. 1/7500

Page 32: Revista URBE Bagé

32 urbebagé

Diagnóstico Urbano

Capítulo 3

Casa de Pedra

Page 33: Revista URBE Bagé

33

Diagnóstico

Recursos HídricosNo local chamado “Passo do Onze” o sistema

viário que atravessa o arroio foi aplicado forma inadequada, pois o arroio quando tem uma vazão abundante, o fluxo de pedestres e auto-motores e carroçantes é prejudicado.

Os arroios são afetados por ser o alvo principal de descarregamento de lixo e esgoto.

Os arroios não possuem uma unidade de trata-mento das águas e esgotos.

Os arroios em estudo possuem uma importân-cia histórica em que a população não mostra o devido valor prejudicando-o.

Ambiente Urbano Vegetação urbanaA pouca vegetação existente dentro dos lotes e

quarteirões prejudica o conforto da população.Muitas ruas não possuem arborização.A arborização deve ser adequada a largura das

vias.Nas áreas costeiras dos arroios a vegetação é

bastante densa.Mas nas praças a vegetação de grande porte

prejudica na visualização dos prédios históricos, como exemplo, as arvores que interrompem a visualização da catedral vista da sete de setem-bro.

Passo do Onze

Rede Elétrica UrbanaA cidade de Bagé possui uma alimentação elé-

trica padrão. Todos os lugares que possuem en-ergia elétrica tem o mesmo tipo e qualidade de recebimento desta energia. Sendo toda rede da cidade de 230/380V.

A área em estudo possui iluminação pública em todas as ruas. Os moradores quando ques-tionados sobre melhorias na energia elétrica e iluminação publica, em sua grande maioria con-sideraram desnecessárias, pois estão satisfeitos com o funcionamento da rede elétrica na área onde vivem.

Embora funcionalmente a rede elétrica na área esteja adequada, visualmente há alguns prob-lemas que foram percebidos, como fios emara-nhados em postes e entre eles, ruas que obtêm postes de iluminação em apenas uma das calça-das, deixando um lado menos iluminado que o outro, e também em alguns lugares há uma altu-ra relativamente baixa dos fios entre os postes, podendo acontecer acidentes com a circulação de veículos de grande porte.

Infraestrutura Urbana Sistema de Coleta De LixoO sistema de coleta é bastante eficiente,

porem em algumas ruas estreitas e de difícil acesso o caminhão não passa, então e é feita manualmente.

O trajeto de coleta é feito todos os dias úteis.Faltam lixeiras em alguns lugares e o lixo é

colocado no chão até o recolhimento feito pelo caminhão.

Água e EsgotoHá quarteirões não atendidos pela rede esgo-

to. São eles 1359, 1360 e 1365.Quando questionados, os moradores disseram

que gostariam que a rede de água e esgoto fosse melhorada.

Toda a área é atendida pela rede de água.

Uso do SoloNa área em estudo predomina o uso residen-

cial, sendo uma porção bem menor de uso misto e o uso exclusivo comercial ocorre em caráter de exceção.

Na área em estudo foi observada a necessi-dade de equipamentos de saúde.

Há alguns lotes que se destacam por suas di-mensões avantajadas, sendo distribuídos de forma aleatório, abrigando geralmente equipa-mentos urbanos tais como: Igreja Catedral de São Sebastião, Cemitério, Escola Frei Plácido,

São Benedito, Espaço Cultural Maya.É observado o uso de alguns equipamento,

considerando seu porte são de uso municipal: a Catedral de São Sebastião e sua Praça, o Cemité-rio e sua Praça Espaço Cultural Maya, a Policia Ambiental.

Podendo citar nesta área alguns equipamento, de uso local: Praça do Passo do Príncipe, a Es-cola Vasco da Gama e Silva, Mercearias em geral, Denominações Religiosas que usam espaço físico reduzidos.

Escritório e RestauranteMobilidade Urbana

Ruas com inexistência de passeio público;Desnível nas calçadas;Calçamento precário dos leitos carroçáveis, ou

inexistente, sem sinalização em alguns trechos;Rampas de acessibilidade precárias, ou inex-

istentes;Poucas linhas de ônibus na periferia (onde o

traçado urbano se distribui de forma orgânica);Passeio público estreito (aproximadamente

1,40 metros);Tamanho adequado das ruas para seu fluxo lo-

cal de veículos;

A pavimentação original da zona de preservação histórica foi mantida;

Falta de ruas coletoras no sentido leste/oeste da cidade;

Estreitamento da Av. Sete de Setembro difi-cultando o estacionamento paralelo;

Ruas sem pavimentação dificultam o estacion-amento não identificando o sentido do mesmo (paralelo ou obliquo);

Ruas sem pavimentação não possuem qualquer tipo de sinalização.

Estrutura UrbanaNa área em estudo predomina a topografia

plana.Parte da área em estudo localiza-se próximo ao

centro da cidade.A maioria das ruas são pavimentadas, com pe-

dra irregular. A maioria das ruas não pavimenta-das próximas as arroios.

A área em estudo tem quarteirões de difer-entes configurações. Sendo divididos em duas formas: os regulares (maioria na área em estu-do) e os irregulares (minoria na área em estudo).

Os lotes de um modo geral são predominante-mente de forma retangular, sendo que as dimen-sões ficam em torno dos 10x30 metros. Onde a taxa de ocupação é alta.

Na área em estudo, mais próxima ao centro da cidade, os lotes praticamente não apresentam recuos.

Os traçados das vias formam a estrutura orto-gonal basicamente em toda a área em estudo.

A configuração irregular da área forma a menor parcela da estrutura urbana na área em estudo.

Na área em estudo a maioria dos lotes estão edificados.

Os lotes com maiores dimensões são desti-nados aos equipamentos urbanos, sendo eles cemitério, escolas, uma área da CEEE, praças e igreja.

Nos quarteirões: 140, 138, 1360-A, 1360-B, 1360-B e 246 e 248, possuem os lotes com maiores dimensões e com baixa taxa de ocu-pação na área em estudo.

O quarteirão 1376 possui uma grande área para uma possível expansão do cemitério.

Rua, elemento estruturador do traçado urbano

Page 34: Revista URBE Bagé

34 urbebagé

DiagnósticoMorfologia Urbana

Traçado Regular

Há necessidade de novos projetos para mobil-

iários urbanos na Praça Carlos Telles.Na Rua Marcílio Dias a pavimentação é inex-

istente.

Na área em estudo há necessidade de mobil-iário urbano e vegetação urbana compatível com o gabarito das vias.

Na área estudo existe pouca vegetação urbana, onde na Rua Almirante Gonçalves a vegetação é inexistente. A vegetação urbana ocorre no en-torno da Praça Carlos Telles

A principal edificação na morfologia urbana na área em estudo é a Igreja São Sebastião.

A maioria dos lotes são edificadosO mobiliário urbano do tipo lixeira é insufi-

ciente, principalmente nas ruas Almirante Gon-çalves e Marcílio Dias.

A área caracteriza-se por não possuir recuos frontal e lateral.

A área em estudo predomina ruas estreitas pavimentadas com pedra irregular.

Através deste traçado na área em estudo foi onde começou o desenvolvimento da cidade.

Traçado Irregular

Há necessidade de um novo projeto para a Praça Dom Diogo De Souza, estudando traçado, programa de necessidades, mobiliário urbano, vegetação.

Na praça Dom Diogo de Souza o mobiliário ur-bano do tipo iluminação pública é insuficiente no centro da praça.

Algumas ruas não são pavimentadasHá ausência do mobiliário tipo lixeira nas ruas

do entorno dos arroios.Grande parte das edificações é de uso residen-

cial. Existência de quarteirões e lotes maiores, com

pequena área construída.Os monumentos de maior relevância na área

são encontrados no cemitério e são considera-dos de valor na arte cemiterial.

Rua, um dos elementos claramente identificáveis na morfologia de uma cidade

Densidade Urbana

Nesta etapa do projeto, foi possível diagnosti-car uma grande diferença entre o nº de domicíl-ios e comércios na área histórica da cidade, po-dendo assim, observar a área onde existe maior concentração populacional que residem no local de estudo.

Os setores mais próximos do centro comercial da cidade apresentam respectivamente, maior nº de comércios, do que os setores mais afasta-dos, mas, ainda assim apresentam um repre-sentativo nº de domicílios e habitantes nestes setores. Os setores ao sul do Centro Histórico, apresentam baixo nº de comércio, e ainda, al-

guns vazios urbanos; que poderiam ser melhor aproveitados, apresentando uma baixa densi-dade urbana nestes locais.

As áreas ao sul do Centro Histórico, poderiam obter mais pontos comerciais, porque estes setores não estão localizados proximamente ao centro comercial da cidade, sendo que os resi-dentes desta área precisam percorrer um deslo-camento maior para poder ter acesso ao núcleo comercial.

Com estas observações, foi possível concluir, que no processo de urbanização da cidade, as pessoas se concentraram primeiramente no Lar-

go da Catedral São Sebastião e Panela do Candal, distribuindo –se mais uniforme e organizada-mente, em relação a malha urbana, do que nas áreas ao sul do Centro Histórico, fazendo com que esta área primeiramente habitada, obtive-se um destaque maior do que os setores próximos aos primeiros acampamentos, fazendo com que estas áreas se tornem até mesmo esquecidas, no âmbito social e cultural, apresentando lotes menos favorecidos, ruas com pavimentação e saneamento diferenciados, dos então mais próx-imos da área comercial, que tornam-se setores mais privilegiados.

Legislação Urbanística

Foram constatados dois momentos distintos, onde aspectos tanto da legislação quanto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão em ação, e outros aspectos que precisam entrar em ação.

Aspectos da Legislação e do PAC em Ação:

No entorno da Praça Carlos Telles, os lotes prat-icamente não apresentam recuos.

As fachadas das edificações no entorno da Cat-edral foram preservadas, tendo seu uso alterado de residencial para comercial ou mantido o uso residencial.

No entorno da Catedral, algumas edificações foram totalmente substituídas e parcialmente al-teradas, mas todas respeitando o limite de altura

de 16 metros em relação à Legislação vigente e o Plano Diretor.

A área caracteriza-se por não possuir recuos frontal nem lateral.

Foi constatado ações de recuperação e uso do Patrimônio Cultural e Natural.

Ações de iniciativa privada relativa às ativi-dades produtivas locais estão em ação.

Há restauração e promoção de imóveis priva-dos, na área em estudo.

Bens tombados estão sendo sinalizados e iden-tificados, na área.

Aspectos da Legislação e do PAC que precisam entrar em ação:

Criar e rever espaços no centro da cidade com

a finalidade de integrar estruturas como o co-mércio, a prestação de serviços e lazer da popu-lação.

Padronização dos passeios e da sinalização ur-bana e adequação da iluminação pública.

Regularizar a pavimentação em pedras paralel-epípedos e irregulares.

Recuperação do patrimônio edificado em esta-do de degradação, na ZPC (Zona de Preservação Cultural) e através de articulações, com partici-pação do Poder Público, que viabilizem financia-mentos especiais à iniciativa privada.

Pavimentação das ruas, deve ser mantida mesmo no caso de reformas, restauros e demais intervenções urbanísticas.

Amostragem

Faixa etária predominante de 19 a 45 anos;Maioria dos moradores do sexo feminino;O estado civil mais encontrado na área em es-

tudo é de casados;A escolaridade das pessoas da área é Ensino

Médio Completo;A renda familiar encontrada em maior quanti-

dade está entre 1 até 3 salários mínimos;Os profissionais da área em maioria são au-

tônomos; Os entrevistados reconhecem a importância

histórica da área onde moram;Dentre os aspectos históricos mais importantes

as pessoas consideram a catedral como principal; O que mais faz falta para os moradores é trans-

porte público;

As ruas apresentam pavimentação do tipo paralelepípedo e os moradores gostariam que fosse mudada;

O que as pessoas mais gostam na ZPC é a prox-imidade com o centro;

Se as casas fossem tombadas como patrimônio histórico seus moradores não concordariam ou aceitariam;

A segurança foi citada como maior problema da área, seguida pela pavimentação precária ou inexistente;

Os moradores da área gostariam de um projeto de melhoria na área onde moram e escolheram como a melhor proposta um novo projeto para a praça do cemitério.

Apropriação do espaço público | Praça do Cemitério

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Conclusão

Os objetivos a que nos propusemos

com a realização deste trabalho foram

atingidos, porém é impossível sabermos a

data precisa da sua conclusão. Tratando-se de

um espaço que sobreviveu a tantas gerações,

nossa meta foi estudá-lo, traçando os

resultados das ações do tempo e das pessoas,

que surgiram ao longo desse tempo e que nos

deparamos hoje, para que ainda permaneça

vivo e preservado para as gerações que ainda

virão. As sementes na qual a turma se propôs

a espalhar, apenas o tempo poderá dizer se

atingirão a maturidade ou não.

Este estudo e diagnóstico da Zona de

Preservação Cultural de Bagé procurou traçar

sua estrutura, necessidades, contentamentos

e identificar o desejo da comunidade que

ali vive e freqüenta. Neste sentido, foram

realizados os devidos estudos, como

pesquisas de referencial histórico, trabalhos

de observação, análise, e entrevista e

aplicação de questionários com os moradores,

para que chegássemos ao trabalho final, esta

publicação.

A realização deste estudo só terá sentido

a nível social, se as pessoas estiverem

conscientes do valor histórico do lugar em

que vivem. Infelizmente o que se pode

constatar é que esta não é a grande maioria

delas. Aqui entra mais um dos nossos

inúmeros papeis: mostrar às pessoas que o

meio em que habitam não trata-se apenas de

mais um objeto construído. Esta é a semente

que esperamos germinar dentro de cada um,

o reconhecimento da sua importância e seu

poder como cidadão bajeense, para manter

vivo o privilegio de habitar uma cidade com

identidade histórica tão forte como a nossa.

Antes de tudo, este trabalho foi mais

um pequeno passo para o nosso processo

contínuo de crescimento como pessoa e

profissional. O caminho que foi desbravado

na realização deste projeto era um caminho

novo para nós. E trata-se de um caminho

que leva a outros caminhos e que nos solicita

atitudes e tomadas de decisões, no nível

de futuros urbanistas, preocupados com o

futuro sem agredir o existente, aquilo que

deu origem ao lugar que vivemos e que deve

ser preservado como patrimônio cultural de

Bagé.

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diagnóstico urbanozona de preservação cultural