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1 Ano 3 • Ed. 19 • AGo 2010• PArA os mElhorEs lEitorEs. VERSÁTIL entrevista Tania Khalil educação Pequenos Gênios bem-estar Quiropraxia cotidiano Estética e Beleza: Útil ou Fútil cidadania Vício de Qualidade nosso bairro Amores para Sempre decoração Luzes e Sombras perfil Tiffani Hollack Gyatso game Splinter Cell - Conviction

Revista Versátil Magazine

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Revista de variedades

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Ano 3 • Ed. 19 • AGo 2010• PArA os mElhorEs lEitorEs.

VERSÁTIL

entrevista

Tania Khalil

educaçãoPequenos Gêniosbem-estarQuiropraxiacotidianoEstética e Beleza: Útil ou FútilcidadaniaVício de Qualidadenosso bairroAmores para SempredecoraçãoLuzes e SombrasperfilTiffani Hollack GyatsogameSplinter Cell - Conviction

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educaçãoPequenos Gênios

bem-estarQuiropraxia

cotidianoEstética e Beleza: Útil ou Fútil?

cidadaniaVício de Qualidade

belezaVernix ou Escova Progressiva?

mosaico

nosso bairroAmores para Sempre

capaTania Khalil

gastronomiaOriente-se à Mesa

receitaYakissoba

decoraçãoLuzes e Sombras

perfilTiffani Hollack Gyatso

negóciosCelular e Cartão de Crédito São Sinônimos?

gameSplinter Cell - Conviction

mix culturalLivros,Cinema, DVDs, CDs, Shows e Teatro

diversatilidadeNós Temos Mais o que Fazer

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editorial expediente sumário

Caro leitor,

Elaboramos matérias especiais para você nesta edição. Antes de apresentá-las, é igualmente especial o prazer de tê-los mais per-to, através de comentários enviados à nossa Redação. Este diálogo intensifica a responsabilidade que sempre soubemos ter, pois as palavras atingem todos nós, diariamente, formando opiniões. Cui-dar de cada uma delas é compromisso de respeito à comunidade.

“Vamos” é a peça na qual a atriz Tania Khalil mostra inegável talento. Na entrevista que gentilmente concedeu à nossa equipe, revelou-se uma mulher extremamente sensível, que vive e trabalha por amor à vida, à profissão, às pessoas. Ela conversou conosco sobre o trabalho atual e o caminho que percorreu até ser reconhe-cida - e aplaudida - pelo público.

Escolhemos contar uma história de amor em Nosso Bairro. Os protagonistas são dona Nair e seu Lauro, moradores dos mais antigos da Granja Viana, ou melhor, da Vila Santo Antônio de Carapicuíba.

Não sabíamos o que priorizar na Seção Perfil: as palavras sábias de uma mulher ou a arte que produz? Na dúvida, unimos estes dois caminhos de vida da pintora Tiffani Hollack Gyatso, cuja arte leva luz e beleza por onde passa.

No mais, agradecimentos aos leitores, colaboradores e parcei-ros. Agregamos dia a dia mais pessoas, mais beleza e mais alegria em nossas páginas.

Boa leitura!

PublisherClaudia Liba Produtor ExecutivoHorácio Sei Redaçã[email protected] DutraValéria DinizClaudia Liba

Jornalista Responsável Silvia Dutra – MTb [email protected]

[email protected]+Q Artes Gráficas

Assistente de arteAura Rosa e Mariana Alves

Produção Gráfica+Q Artes Gráficas Edição de Texto e Revisã[email protected]éria Diniz

ColaboradoresSilvia Dutra - EducaçãoRoberto Bleier Filho- Bem EstarMarília Coutinho - CotidianoRicardo Bastos - CidadaniaMessias Borges - BelezaHoracio Cymes - GastronomiaPaulo Roberto Silva dos Santos - NegóciosGabriel L. Schleiniger - GamesAlexandre Lourenço - Diversatilidade [email protected] Penteado

Pré-Impressão, Impressão e AcabamentoW Gráfica

Distribuição Butantã, Vl. Indiana, Jd. Rizzo, Jd. Bonfiglioli, Vl. Gomes, Cidade Universi-tária, Caxingui, Jd. Ester, Morumbi, Jd. Guedala, Vl. Sônia, Pq. dos Príncipes Vl. São Francisco e Granja Viana.

Tiragem20.000 exemplares

Para Anunciar(11) [email protected] www.revistaversatil.com.brVERSÁTIL

Versátil Magazine é uma publicação mensal, distribuída gratuitamente e não se responsabiliza por eventuais mudanças na pro-gramação fornecida, bem como pelas opiniões emitidas nesta edição. Todos os preços e informações apresentados em anúncios publicitários são de total responsabilidade de seus respectivos anunciantes, e estão sujeitos a alterações sem prévio aviso. É proibida a reprodução parcial ou total de textos e imagens publicados sem prévia autorização.

CÁ ENTRE NÓS

Sou moradora do Jardim Bonfiglioli e recebo a Versátil desde seu pri-meiro número. A revista está cada vez mais bonita. Parabéns! Vera Lúcia Mariano – Jardim BonfiglioliVera, obrigada pelo elogio. Nosso objetivo é melhorar sempre.

Tenho uma filha com diagnóstico de TDAH e li as matérias da edição passada. Foi super importante o modo como a revista abordou o tema, esclarecendo que as pessoas com TDAH podem ser muito felizes! Não pode haver preconceito contra este tipo de problema. Sandra Lia de Moraes – Cotia/SPSandra, acreditamos que a melhor forma de vencer preconceitos é através da informação.

FALE COM A GENTEredaçã[email protected]

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emocional sincronizado, similar ao de outras na mesma faixa etária. Isto não acontece com as superdotadas, que podem apresentar diferentes graus de maturidade nas três áreas.

Assim, um superdotado de 3 anos pode demonstrar a habilidade inte-lectual de uma criança de 10 anos, a destreza física de uma de 5 e a maturidade emocional de uma de 2 anos. Quanto maior o desenvolvi-mento intelectual, mais acentuada será a disparidade no desenvolvido físico e emocional, o que pode cau-sar conflitos, dificuldades sociais e de relacionamento.

Estar atento a estas característi-cas e procurar a orientação de psi-cólogos e pedagogos experientes são medidas prudentes para ga-rantir que uma criança superdotada seja estimulada na medida certa e possa desenvolver equilibradamen-te todo seu potencial.

Definir o que torna uma criança su-perdotada tem sido um desafio há mais de um século. O termo “gifted children” foi usado pela primeira vez em 1869, quando o psicólogo inglês Francis Galton descreveu pessoas que demonstravam excepcional inteligên-cia e habilidades em determinada área.

Desde então, outros educadores e psicólogos sugeriram diferentes definições e até testes foram criados para a identificação destes indivídu-os. Porém nenhuma das iniciativas foi capaz de englobar a complexida-de do tópico e ser aceita sem restri-ções por estudiosos do desenvolvi-mento humano.

Especialistas concordam, entretan-to, que muitas crianças superdotadas apresentam algumas características básicas em idade precoce, antes dos dois anos de idade. Muitas, antes do primeiro aniversário. São elas: extre-ma curiosidade, memória excelente, capacidade de focar a atenção por

educação_Pequenos Gênios

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PEQUENOS GÊNIOSpor Silvia Dutra

períodos mais longos do que crianças em idade similar, aprendizagem rápida e intuitiva com menor necessidade de prática ou repetições, poder de abs-tração e síntese bem desenvolvidos.

Muitas aprendem sozinhas a ler e acham números fascinantes. De-monstram vocabulário extenso e gosto acentuado por livros, revistas, jogos e atividades intelectuais. Al-gumas podem demorar a falar, mas, quando começam, fazem sentenças completas. São comuns perguntas levantando hipóteses e demonstran-do uma maneira de pensar crítica, fluente e flexível, repleta de asso-ciações entre ideias, objetos e fatos. Geralmente relacionam-se melhor com pais, professores e outros adul-tos, e ficam entediadas em ativida-des apreciadas por outras crianças.

Outra característica é o desenvol-vimento dessincronizado. Crianças não superdotadas apresentam de-senvolvimento intelectual, físico e

Crianças superdotadas precisam de atenção especial

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bem estar_Quiropraxia Quiropraxia_bem estar

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Quem não convive com uma dorzinha chata na coluna? O número de pessoas que sofrem com o problema já alcançou índices assustadores: 80% da população mundial, segundo a OMS (Organi-zação Mundial de Saúde). Para piorar, a dor origi-na péssima qualidade de vida, mudando o humor de qualquer um. A Versátil Magazine conversou a respeito com o quiropraxista Roberto Bleier Filho.

Versátil Magazine _ O que é quiropraxia? Roberto _ Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) é uma profissão da saúde que lida com diagnóstico, tratamento e prevenção das desor-dens do sistema neuro-músculo-esquelético e dos efeitos destas desordens na saúde em geral.

Há uma ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou a manipulação articular, com um enfo-que particular na subluxação (mau funcionamento articular). Melhora o sistema imunológico, a ca-pacidade física, o desempenho no trabalho, pois corrige subluxações que impedem o bom funcio-namento do sistema nervoso. Como se pisasse em uma mangueira e a água não chegasse a seu destino com todo potencial. Sem ela, o cérebro se conecta melhor com a coluna, restabelecendo o equilíbrio do corpo.

Versátil Magazine _ O que é necessário para ser um quiropraxista? Roberto _ Há 2 cursos de graduação reconheci-

dos pelo MEC (Ministério da Educação): na Uni-versidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, e na Fevalle em Novo Hamburgo (RS). Ambas têm con-vênio com universidades americanas – a Western States Chiropractic College e a Palmer College. A ABQ (Associação Brasileira de Quiropraxia) é a única ligada à WFC (World Federation of Chi-ropractic), que representa a quiropraxia na OMS.

Versátil Magazine _ Trata-se de medicina alternativa?Roberto _ Não! Fala-se em “medicina comple-mentar”, termo que não se encaixa bem. A quiro-praxia não faz parte da área da medicina e, sim, da saúde. No Brasil, pouquíssimos hospitais ofe-recem o tratamento.

Versátil Magazine _ Que tipo de problema é trata-do pela quiropraxia? Roberto _ Problemas de coluna (ciatalgia, lom-balgia, cervicalgia), menstruais, torcicolo, insônia, adormecimentos de membros, estresse, dege-nerações, dor de cabeça. Independente de afec-ções, deveríamos passar esporadicamente pelo quiropraxista. Desde o nascimento, estamos su-

jeitos à má postura, estresse emocional, traumas que causam desvio na coluna, desalinhamento de vértebras, degeneração precoce, desgaste do disco intervertebral. Agindo preventivamente, te-mos melhores resultados, economizamos tempo, dinheiro e vivemos com mais saúde e qualidade de vida.

Versátil Magazine _ Pode contar algum caso que tratou e obtiveram bons resultados?Roberto _ Uma paciente com enxaqueca relacio-nada a dores no corpo e quadro leve de depres-são não dormia bem e não trabalhava devido às dores. Em casos assim, após descartar proble-mas neurológicos, trabalho a região da nuca e do pescoço. Soltando a musculatura e ajustando vér-tebras cervicais, houve alívio de 80% com a pri-meira consulta.

Roberto Bleier Filho Fone: 11 8020 5533

QUIROPRAXIA

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cotidiano_Estética e Beleza: Útil ou Fútil Estética e Beleza: Útil ou Fútil_cotidiano

C O T I -D I A N O

Dra. Aline Klein terminou a reunião com os clientes do merger, pegou a bolsa e apressou-se. Outra reu-nião? Não: horário no salão para manicure. O tailleur impecável, cabelo preso e a maquiagem discreta são como o uniforme cirúrgico do irmão cardiologista: có-digo de vestimenta profissional. Mas e a nova tonali-dade ocre fosca para unha? Útil – obrigatória, de uso profissional – ou fútil?

Márcio Delcrato, despedindo-se da Dra. Aline, en-tregou a lista para a secretária executiva da empresa. Dela constavam os nomes substitutos para a viagem a Porto Alegre, exigências alimentares para reservas de restaurantes e, entre outras coisas, uma solicita-ção para localização das academias próximas ao ho-tel. Márcio foi fumante e hipertenso, começou a treinar

ESTÉTICA E BELEZA: ÚTIL OU FÚTIL?

Dra. Marília Coutinho é consultora esportiva, atleta e escritora.www.bodystuff.org | [email protected]

Você sabe responder qual é a fronteira entre o que é útil e o que é fútil na sua estética? Se não for indiscutivelmente útil, você se sente culpado?

em 2002 por recomendação médica e hoje se sente bem com seus 95 kg e 7% de gordura corporal bem distribuídos em 1,79 m. Seu treino é elaborado pelo Dr. Elias Torquato, professor universitário, preparador físico de um time de Rugby e expert em planejamento de treinamento para força e potência. É acompanha-do pelo Dr. Carlos Peregrino, especialista em medi-cina esportiva, e pelo nutricionista esportivo Heleno Furtado. Fumando, inativo e sob stress, Márcio tinha a qualidade de vida comprometida. Hoje tem um físi-co de capa de revistas de saúde masculina. Útil – ne-cessário, uma demanda para sobrevivência na selva urbana – ou fútil?

Heleno terminou de dar as orientações a Márcio para a próxima viagem em conferência via Skype com Dr. Elias, preparou a refeição pré-treino e dirigiu-se com Dr. Carlos, colega de clínica e amigo, para a aca-demia onde treinaram pesado até as 23h. Ambos têm consciência da discreta, porém permanente atenção que seus corpos grandes e definidos, cobertos com tatoos exclusivas e regatas com estampas exóticas, recebem. Heleno sabe que sua credibilidade profis-sional como nutricionista esportivo seria mínima se

apresentasse sobrepeso ou físico esquálido. Mas e os 52 cm de perímetro de braço? Útil ou fútil?

A esposa do Dr. Carlos, a jornalista Carla Beltrão, já havia treinado e os esperava na lanchonete. Carla é apresentadora de um programa cultural num canal de TV alternativo. “Gostou?”, perguntou aos dois ami-gos, sorrindo, ao exibir a gargantilha tailandesa de pe-dra verde no pescoço muito branco e rosto emoldura-do por cabelos vermelhos e assimétricos. Útil ou fútil?

Todas estas personagens são fictícias, mas poderiam ser você. Pense: você sabe responder qual é a fronteira entre o que é útil e o que é fútil na sua estética? Se não for indiscutivelmente útil, você se sente culpado?

Pois não devia. Exceto se sua nova tonalidade de cabelo for uma imposição do marido careta, situação em que você tem a responsabilidade pelos maus-tratos contra sua autoestima, ou se o pagamento da nova prótese tiver comprometido os planos de forma-ção acadêmica do seu filho, não deve haver culpa. Tudo que você está fazendo é cumprir sua existência como membro de uma cultura.

Desde que o Homem se organiza em sociedade, corpos são modificados fisicamente, ornamentados e vestidos com itens que vão muito além da proteção contra intempéries. A estética resultante é um discur-so não-verbal que comunica algo à comunidade (in-cluindo o próprio membro). Esse algo pode ser desde o status do indivíduo, como marcavam com precisão as joias de prata nas sociedades antigas Andinas, como seu humor, seu estado de espírito e sua relação consigo mesmo. Demarca limites e afirma valores.

Nas sociedades modernas e urbanas, a indústria da moda, da saúde (incluindo a nutrição, a medicina esportiva, o mercado de fitness, a dermatologia) e da cosmética dão ao indivíduo as ferramentas para essa dimensão necessária (útil) e inevitável da construção de nossa identidade.

Mesmo que você ache que não liga para estética, você a constrói o tempo todo. Seria mais pacífico fazê-lo conscientemente, não é mesmo?

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cidadania_Vício de Qualidade Vício de Qualidade_cidadania

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Você já adquiriu um produto e percebeu que ele não funcionava da maneira esperada? É comum que isto aconteça e trata-se de um produto “vi-ciado”. Popularmente conhecido como “defeito”, o vício de qualidade é uma não conformidade do produto que o torna impróprio ou inadequado, não correspondendo às expectativas do consumidor ou às informações da embalagem ou publicidade. Neste caso, é bom saber que todo produto tem garantia, independente de termo expresso ou da vontade do fornecedor. É a GARANTIA LEGAL, cujo prazo é de 30 dias para produtos não durá-veis (alimentos, remédios) e 90 dias para produtos duráveis (roupas, eletroeletrônicos), contados a partir da data da entrega.

O artigo 18 do Código de Defesa do Consumi-dor determina que na garantia legal todos os for-necedores (inclusive o comerciante) são solidaria-mente responsáveis pelo vício do produto e, pela Lei, a decisão sobre quem deve solucionar o pro-blema é exclusiva do consumidor, que pode de-volver o produto viciado no estabelecimento onde foi adquirido.

Porém, a Lei também garante alguns direitos do fornecedor. Um deles é o prazo de até 30 dias para a solução do problema. É importante saber que a contagem é em dias corridos, a partir da de-volução do produto na loja ou assistência técnica e que o fornecedor tem apenas uma oportunidade para realizar tal solução - o que acaba com as idas e vindas da assistência técnica e o acúmulo de ordens de serviço para o mesmo produto.

Caso o fornecedor não solucione o vício no prazo, o consumidor poderá exigir:

• a troca do produto por outro da mesma espé-cie e em perfeitas condições de uso;• o cancelamento da compra e a devolução da quantia paga monetariamente atualizada, podendo, ainda, requerer na Justiça eventuais perdas e danos;• o abatimento proporcional do preço.

O Código de Defesa do Consumidor também prevê a possibilidade de troca ou cancelamento imediato da compra se o problema impossibilitar que o produto mantenha características e quali-dades originais ou quando for essencial (é impor-tante ressaltar que a essencialidade do produto depende de uma série de fatores).

TROCA OU CANCELAMENTO DA COMPRA

Muitas lojas oferecem a opção de troca do produto mesmo quando não apresenta nenhum tipo de vício. Isto é mera LIBERALIDADE do for-necedor. O estabelecimento não é obrigado a trocar o produto, porém, é dever informar pre-viamente - por escrito e de maneira bem visível - esta condição.

A regra do arrependimento do consumidor só vale quando a compra é feita FORA DO ESTA-BELECIMENTO COMERCIAL, especialmente por telefone, reembolso postal, pela Internet ou a do-micílio. Para estas situações, o consumidor tem

V Í C I O D E QUALIDADE

prazo de sete dias, a contar da data da compra ou do recebimento do produto, para refletir sobre a real necessidade do mesmo e arrepender-se do negócio.

CUIDADOS!

• verifique, antes da compra, se a loja TROCA produtos e, se possível, guarde a informação por escrito;• exija Nota ou Cupom Fiscal;• observe instruções de uso e conservação do produto;• não tente resolver o problema sozinho;

• leve o produto à loja ou à assistência técnica autorizada do fabricante.• exija protocolo ou cópia da ordem de serviço com data;• não se esqueça de que o fornecedor tem pra-zo de até 30 dias para solucionar o vício;• na retirada, confira se o produto está funcio-nando perfeitamente.

Fonte: Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor – PROCON/SPRicardo Bastos é Advogado e Professor Universitário.

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beleza_Vernix ou Escova Progressiva?

PRÊMIO PORTO SEGURO FOTOGRAFIA 2010. O objetivo é difundir, especialmente, trabalhos de fotó-grafos que nunca expuseram. O Prêmio já construiu um acervo da fotografia contemporânea brasileira. Tema livre. Inscrições até 10/09. Informações: 11 3337 5880

PRESTONIGHT WEEK. Serão duas semanas de ba-ladas com muita dança em 100 endereços, entre ba-res e casas noturnas, como Wall Street Bar, Astronete, Na Mata Café, Cafe de La Musique, Bar dos Artilheiros. www.ingressorapido.com.br De 23/08 até 06/09.

LITERATURA NO VESTIBULAR 2011. O site Brasilia-na USP exibe entrevista com Maria Theresa Fraga Rocco, diretora da Fuvest, sobre os livros para o Vestibular 2011. Dentre elas, “O Cortiço”, de Aluizio Azevedo. Obras dis-ponibilizadas on-line. www.brasiliana.usp.br

UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE. O Programa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP oferece cursos em várias áreas para pessoas a partir de 60 anos de idade. Com atividades complementares como caminhada orientada e coral. Informações: 11 3091 3121

VERNIX OU ESCOVA PROGRESSIVA?

_mosaico

MOSAICO

Messias Borges, proprietário do Espaço Kato Hair Studio, recomenda a utilização de um novo produto do mercado – o Vernix.

Versátil Magazine _ Qual é a vantagem do Vernix em relação à escova progressiva? Messias _ O Vernix preserva a saúde da cliente e do ca-beleireiro e tem um resultado surpreendente. Além dis-to, a cliente fica no salão metade do tempo que ficaria se fizesse a progressiva, porque o produto é um recons-trutor líquido sem fumaça, sem ardência e sem cheiro. Versátil Magazine _ Existe a preocupação da existên-cia de formol nos produtos utilizados. O Vernix contém esta substância?Messias _ Não, o Vernix é um reconstrutor termoativo que usa nanotecnologia, cujo princípio ativo já é patenteado. Versátil Magazine _ E mantém a naturalidade do cabelo?Messias _ Sim, proporciona redução do volume e ma-ciez aos cabelos, deixando-os leves e soltos, removen-do os indesejáveis cabelos “arrepiados”.Versátil Magazine _ Quanto tempo dura o efeito do tra-

tamento com Vernix? Messias _ Em média, de um mês e meio a dois meses e meio, dependendo do tipo do cabelo e dos cuidados com a manutenção realizados pelas clientes.

Versátil Magazine _ O produto acrescenta brilho ao cabelo?Messias _ Sim, proporciona brilho duradouro e imedia-to, já na primeira aplicação.

Versátil Magazine _ Qual é o valor médio do tratamento com Vernix comparado ao da escova progressiva?Messias _ No Brasil, os salões que trabalham com o Vernix cobram, em média, de $ 150 a $ 350 reais, ou seja, preço equivalente à progressiva.

Versátil Magazine _ Para fazer a aplicação, há alguma recomendação à cliente?Messias _ O produto é totalmente compatível com qualquer processo químico. Em caso de gravidez, é sempre bom pedir recomendação médica.

Kato Hair StudioFone: 11 3719 5069

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nosso bairro_Amores para Sempre Amores para Sempre_nosso bairro

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Eles decidiram morar na Granja Viana quando os pri-meiros lotes estavam à venda - e sem a aprovação dos pais, que temiam a separação da família. Na época, tinham três filhos pequenos e buscavam um ambiente mais interiorano para criá-los. Vamos conhecer dona Nair e seu Lauro, até hoje, felizes moradores da Granja.

Versátil Magazine _ Como foi a vinda para a Granja e como era o local na época?

Seu Lauro_ Eram vários lotes para iniciar uma cole-tividade. Mas o interesse dos loteadores era fazer o paulistano ter, no fim de semana, um lugar para lazer, criar galinhas, uma chacrinha pra cultivar hortaliças. A

AMORES PARA SEMPRE

intenção não era fazer loteamento, a Granja nem tinha esse nome, era a Vila Santo Antônio de Carapicuíba. Viemos conhecer e presenteei minha mulher. Ela ficou encantada, era um sonho, as crianças adoravam. Na época, a Raposo Tavares chamava-se Avenida São Paulo-Paraná. Construímos nossa casa numa rua que hoje é a José Félix de Oliveira. Na época, Estrada da Aldeia, um pasto, não tinha nada. A mãe dela detes-tou, “imagine, morar no mato, que perigo, que loucu-ra”! As vacas andavam por aí, tinha muita corujinha, muito frango d’água.

Dona Nair _ Queria contar um episódio muito interes-sante. Ele tinha vários trabalhos e não tinha hora pra chegar em casa. Eu ficava com minhas três crianças, a casa era muito grande e a porta da sala era a segu-rança, eu passava a chave. Uma vez, olhei pra fora e tinha vários olhares, olhando e sumindo. Fiquei apa-vorada! Quando ele chegou, abri a porta assustada e disse que tinha gente, olhos brilhando para dentro de casa. Adivinhem o que eram? Corujas na cerca de arame farpado! (rs) Agora não tem mais isto.

Versátil Magazine _ Do que vocês sentem falta, na Granja de hoje, quando lembram esta época?Seu Lauro _ Sem dúvida, da tranquilidade...Dona Nair _ As crianças estudavam no colégio Rio Branco, em Higienópolis. Eu ia da José Félix até o co-légio em 15 minutos! E fazíamos transporte solidário. Não havia ônibus urbano, eram jardineiras. As crian-ças apostavam para ver quantos carros passavam. Era uma carroça, um caminhão até lá.

Vejo uma atitude que considero inconstitucional: o fechamento de

vias públicas. Alguns se consideram privilegiados, fecham e prejudicam

o tráfego e a comunicação entre os verdadeiros residentes.

por Claudia Liba

Seu Lauro _ Não é mais a mesma coisa, não é mais um lugar tranquilo. Quando fui presidente da Sociedade Amigos do Bairro, reivindiquei para a Granja um caráter estritamente residencial. O prefeito, como todos os outros depois, alegou que a Granja era uma cidade-dormitório. Não ha-via interesse político em trazer melhorias e nem eleitores para investir politicamente, porque aqui era município de Cotia na época de 1964, até os anos 80. Não se podia contar com o Poder Públi-co. Hoje temos uma estrutura razoável em termos de gastronomia, de escolas boas. Mas faltam in-vestimentos em hospital. E vejo uma atitude que considero inconstitucional: o fechamento de vias públicas. Alguns se consideram privilegiados, fe-cham e prejudicam o tráfego e a comunicação entre os verdadeiros residentes. O caráter resi-dencial se consubstanciou com a vinda do pu-blicitário Francisco Albuquerque, que trouxe os maiores profissionais da época. Chegaram tam-bém professores da USP e formou-se um grupo de profissionais liberais, preservando o caráter residencial. Ninguém veio aqui para criar galinha. O Dr. Nizo, um dos fundadores da Granja, criava regras de como estabelecer uma chácara, restri-ções e dicas para construir galinheiros.

Dona Nair _ Hoje, as crianças e jovens de famílias que vivem aqui são muito mais ligados a São Paulo, o que se faz é em São Paulo. As casas ocupam ter-renos menores. Antes, quem vinha comprava terre-nos grandes, eram mais baratos. Mas ainda se vive bem aqui.

fotos Daniel Sodré

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Tania Khalilpor Claudia Liba

A arte sempre foi muito bem-vinda na vida de Tania Khalil, esta linda mulher que, às vezes, encontramos na região da Granja Viana, onde mora com o ma-rido, o músico Jair Oliveira, e a filha.

Antes do sucesso na novela “Senho-ra do Destino” (2004), pelo qual ficou conhecida do grande público, já tinha longo convívio com o palco, dançando, por seis anos, na Companhia Paulista de Dança. Mesmo durante a faculda-de de Psicologia, em que se formou, já

fazia cursos de teatro na escola Macu-naíma, em São Paulo, e na Escola de Atores de Wolf Maya.

Atualmente, Tania está na peça “Va-mos?”, de Mário Viana, com direção de Otávio Martins. A Versátil Magazi-ne teve o prazer de conversar com a atriz, o diretor, e conhecer o elenco, que conta com Dalton Vigh, Alex Gruli e Rachel Ripani.

Então, Vamos?

- NA CIRANDA DOS PALCOS -

capa_Tania Khalil Tania Khalil_capa

Acho que o primeiro passo nas nossas escolhas como indivíduos é se ouvir, es-

cutar seu coração, procurar buscar o que lhe traz felicidade, pois somente assim se-remos capazes de transformar, de elucidar

e de oferecer algo ao próximo.

foto Katia Fanticelli

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capa_Tania Khalil Tania Khalil_capa

Versátil Magazine _ Como é atuar na peça “Vamos?”Tania Khalil _ Tem sido uma eterna desco-berta trabalhar com atores tão talentosos e com um diretor tão inteligente como o Otá-vio Martins. É um deleite para qualquer ator! Sem falar no quanto nos divertimos... É um texto delicioso! Conheço o Otávio há algum tempo, fizemos uma peça contracenando juntos, “O Mala”, de Larry Shue. Aprendi tanto com ele em cena, é um grande ator, diretor, ou melhor, um grande artista, sem “puxassaquismo”. Em “Side Man”, fez um dos mais bonitos trabalhos, com refinamen-to impecável, me emocionei muito!

Versátil Magazine _ O texto de Mário Viana fala sobre o amor no contexto atual. Você acha que algo mudou nos relacionamentos, na afetividade entre os casais?Tania Khalil _ As situações e adversidades do amor sempre vão se alterar no transcor-rer do tempo. Mas na minha opinião o amor - na sua magnitude, nos medos, nas inse-guranças e loucuras - é atemporal.

Versátil Magazine _ Homens e mulheres percebem as relações afetivas de forma semelhante ou acha que as mulheres são mais apaixonadas, se mostram mais?Tania Khalil _ Claro que não é da mesma maneira e nem poderia ser. A natureza é perfeita também neste sentido, em possibi-litar que seres tão incompatíveis se amem. O dia em que a essência masculina e femi-nina se assemelharem, ficarei preocupada. Eu não me aguentaria em dose dupla! (rs)

Versátil Magazine _ A peça também abor-da a questão do sexo entre amigos. Acha que isto pode abalar uma amizade?Tania Khalil _ Pode ou não, eis a questão...

Versátil Magazine _ A formação em Psico-logia auxilia o trabalho artístico? Tania Khalil _ Ela assemelha-se muito à busca do ator de se enxergar em outras si-tuações, se colocar na pele do outro e bus-car compreendê-lo. A formação como psi-cóloga me ajuda, antes de tudo, a buscar um contato mais profundo comigo mesma

e com minha essência, o que em suma é o eterno trabalho do ator para que possa se emprestar com neutralidade para seus per-sonagens. É um longo caminho.

Versátil Magazine _ Você morou em Cuba por algum tempo. Como foi esta experiência?Tania Khalil _ Cuba foi um retrato da mi-nha vida muito importante. Aprendi a não valorizar muitas coisas e a prezar coisas tão simples e fundamentais, coisas que só um povo com a sabedoria, a alegria e as difi-culdades dos cubanos poderia me oferecer.

Versátil Magazine _ E a experiência nas passarelas, como modelo? Tania Khalil _ Interessante, mas prefiro o palco e a velha amiga câmera. Não tenho o perfil para desfiles, sempre trabalhei com publicidade, comerciais. Já fazia escola de teatro e sabia onde queria e quero chegar.

Versátil Magazine _ O Brasil tem uma di-versidade cultural muito grande. Como é ser atriz neste contexto? Tania Khalil _ Acho que o primeiro passo nas nossas escolhas como indivíduos é se ouvir, escutar seu coração, procurar bus-car o que lhe traz felicidade, pois somente assim seremos capazes de transformar, de elucidar e de oferecer algo ao próximo. Vejo a arte que toca como uma consequência disto, de um verdadeiro amor pelo que se faz! E o Brasil é a prova disto.

Versátil Magazine _ Como é fazer parte de uma família de artistas?Tania Khalil _ Maravilhoso! Aprendo e ad-miro o trabalho tão intenso e dedicado de cada um deles. A música é um capítulo a parte, um ofício de toda hora, que se estuda todo dia, um trabalho solitário muito intenso para poder então tocar o coletivo. Ser músi-co é uma dádiva!

Versátil Magazine _ Quais são as expecta-tivas com o atual trabalho?Tania Khalil _ Meu exercício tem sido ali-viar minhas expectativas e viver o presente, afinal, esta é a parte boa. O futuro a Deus pertence!

foto Katia Fanticelli

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A direção criativa e inteligente de Otávio Martins, que também é ator, torna ainda mais vívido o texto de Mário Viana, envol-vendo o público a cada cena. Tania e os co-legas de palco são unânimes ao afirmar que o fato de Otavio ser ator facilitou muito o trabalho de cada um no palco. O resultado da direção impressiona por levar a plateia a “deslizar” entre a ficção e a realidade, da cena artística às cenas da vida que, num contexto divertido, podem ser questiona-das mais facilmente.

Para isto, o diretor trabalhou uma forma inusitada de “brincar” com os personagens, fazendo todos se revezarem nos diálogos geniais e provocativos do autor. Troca de parceiros? ou... Traição?! “Se você tem mais de 13 anos, já passou por alguma coisa pa-recida”, diz Otavio comentando sobre a rela-ção entre o que se vê no palco e na vida.

Ele confessou uma certa “invejinha” dos atores ao assumir o “papel” de diretor: “Uma inveja branca (rs). Sabe aquela coisa de estar lá e se ver no cara, entende?”. Ao mesmo tempo, pensa que “dirigir é muito importan-

te, principalmente porque reflete muito no seu trabalho de ator. Você fica ‘será que faço isto ou será que faço aquilo? ’ Ser ator faci-lita este processo todo: não sou apenas um diretor: sou um ator que dirige a peça”.

“Vamos?” é um espetáculo imperdível que trata do amor e das diferentes opções se-xuais indo além de estereótipos. E de forma cômica, o que é melhor! Vá!

VAMOS? Texto de Mário Viana. A co-média leva ao público cenas do amor no contexto contemporâneo, retratando com humor ácido o comprometimento, a pai-xão, a desilusão e o romance através de situações do cotidiano. A troca de gêne-ros entre os personagens é um dos recur-sos utilizados pelo diretor Otávio Martins. Com Tania Khalil, Dalton Vigh, Rachel Ri-pani e Alex Gruli. Até 28/11.

Teatro Imprensa Rua Jaceguai, 400 – Bela VistaInformações: 11 3241 4203

Vamos?

capa_Tania Khalil Tania Khalil_capa

foto Katia Fanticelli

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gastronomia_Oriente-se à Mesa Foie Gras_receita

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ORIENTE-SE À MESAQue saudades do restaurante da Dona Bety, o

“Sino Brasileiro”, nas Perdizes, um dos pioneiros restaurantes chineses no final da década de 60. Vários outros surgiram nos anos seguintes e foram desaparecendo paulatinamente, restando hoje pou-cos, a maioria localizada no bairro da Liberdade.

Depois veio a invasão japonesa, que começou na Liberdade nos primórdios dos anos 60, espalhando-se por toda a cidade. Atualmente, podemos dizer que temos um “japonês” a cada esquina.

Com a chegada do século XXI, aconteceu a inva-são Asiática, com restaurantes Thay, Mongol, Core-ano e Fusion Brasil/Ásia.

Quem, hoje, curte cozinha sem fazer incursões

por estas culturas? Um frango xadrez chinês, de fá-cil preparo, ou um yakissoba japonês para um jantar rápido, ou um missoshiro de preparo quase instan-tâneo?

Eles vieram para ficar e entraram nas nossas ca-sas pela porta da cozinha. Influenciaram muito o pa-ladar do brasileiro, em especial, o do paulistano.

A famosa pizza de domingo, já foi muito trocada por estas novas opções.

Curtam! Bom Apetite.

Horacio Cymes é proprietário do Buffet Arroz de [email protected]

Ingredientes

300 g de espaguete (do fininho) 1 cebola grande picada em pedaços médios1 colher de sopa de óleo1/2 maço pequeno de brócolis1/2 maço pequeno de couve-flor250 ml de molho para yakissoba* 6 colheres de sopa de molho shoyo*400 g de tirinhas de carne (mignon, patinho ou alca-tra) ou de frango100 g de champignon1 cenoura cortada em rodelas médias250 ml de água1 colher de sopa de maisena diluída em 50 ml de águaacelga a gosto

Como preparar

Cozinhe o macarrão al dente enquanto faz o molho. Utilize uma panela grande ou um wok, coloque o azeite e refogue um pouco a cebola. Não precisa dourar. Acrescente a carne e refogue.

Coloque o molho para yakissoba, o shoyo e cozinhe por uns 3 minutos em fogo médio. Ponha a água e deixe ferver em fogo alto para, então, colocar a mai-sena. Mexa até engrossar, baixe o fogo e, coloque o champignon, a couve-flor, o brócolis e a cenoura. Cozinhe por uns 8 minutos e acrescente a acelga.

Cozinhe até a cenoura, o brócolis e a couve-flor fi-carem no ponto. Quando estiver pronto, coloque o macarrão, misture bem, acerte o sal e tampe a pa-nela por mais um minutinho.

Está pronto para servir!

A dica é usar espaguete integral para a receita ficar mais saudável (o sabor continuará o mesmo).* molho de yakissoba e shoyu encontram-se em lojas ja-ponesas e bons supermecados.

YAKISSOBA

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decoração_Luzes e Sombras Luzes e Sombras_decoração

É inútil investir em boas peças de mobiliário e ter bom gosto ao escolher acessórios se a iluminação não for planejada para realçá-los. Apesar da imensa varie-dade de lustres, abajures, lâmpadas, arandelas e itens similares disponíveis no mercado, a iluminação é talvez o aspecto mais negligenciado na hora de decorar ou redecorar um cômodo. E, apesar disto, continua sen-do essencial para criar conforto e adicionar beleza e atmosfera a um ambiente.

Um bom projeto de iluminação leva em conta três fatores: a harmonia entre os ambientes de uma casa, a função de cada um deles e o clima que se pretende criar. Por harmonia entende-se a fluidez entre os am-bientes. Se você mora em casa térrea, deve prover luz adequada começando pela calçada de acesso à porta de entrada. Seus convidados não devem atravessar um jardim escuro e de repente serem ofuscados com o excesso de luz na sala.

Uma boa iluminação externa numa casa ou mesmo num hall de apartamento aumenta não só a seguran-ça, mas valoriza toda a propriedade.

No quesito função, a iluminação deve ser adequa-da e diferenciada para cada ambiente. Para a sala de estar, pense numa iluminação que permeie todo o am-biente, de preferência com lâmpadas incandescentes que produzam um efeito suave. Acrescente toques de luz em certas áreas usadas para tarefas específicas, como ler, escrever, a prática de um instrumento musi-cal ou trabalhos manuais.

Na cozinha a iluminação básica deve ser mais inten-sa que nas salas de estar e jantar, com a pia e o local de preparação dos alimentos recebendo focos extras.

Nos banheiros prefira lâmpadas fluorescentes, ide-ais para ambientes onde seja essencial ver todos os detalhes. Já no quarto a luz deve induzir ao aconche-

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Múltiplas opções para embelezar seu espaço

com a iluminação.

go e ao relaxamento. Dê preferência a uma iluminação suave e abajures ao lado da cama, para criar uma at-mosfera romântica.

Com a imensa variedade de itens de iluminação dis-poníveis nas boas casas do ramo, é fácil mudar a at-mosfera de qualquer ambiente, conseguindo beleza e efeitos dramáticos. Um spot de luz colocado atrás de um vaso com uma bela planta projeta sombras nas paredes e no teto e pode dar um efeito decorativo in-teressante. Coleções de objetos, quadros, esculturas, cristais e louças finas são valorizadas com luzes estrate-gicamente colocadas no teto ou dentro ou sob armários e bancadas. As opções e possibilidades são infinitas. A iluminação deve funcionar como uma boa maquiagem: disfarçar os pontos menos atraentes e chamar a aten-ção para o que é bonito e deve ser realçado.

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perfil_Tiffani Hollack Gyatso Tiffani Hollack Gyatso_perfil

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Do barro, invento mil formas. Na vida também criamos, conscientes ou não, nossa realidade.

Arte que revela a essência humana. Inspi-ração como forma de amar. Pintar para que as pessoas descubram o bem que há em todos nós. Tudo isto não são apenas ideias para a pintora Tiffani Hollack Gyatso. Tudo isto é vida de fato vivida. A Versátil Magazi-ne apresenta aqui um pouco de suas expe-riências e de seus trabalhos. Especialmente a pintura de templos budistas.

Versátil Magazine _ Como sua infância influenciou seu trabalho?

Tiffani Gyatso _ Cresci em uma comunidade no sul de Minas, tínhamos muitos cavalos, que eu desenhava muito. Desenhava também meus sonhos, pois eram muito gráficos. Quando ficaram complexos, não conse-guia desenhá-los como eu via, tinha medo do que ia sair. Mas minha busca espiritual sempre foi grande e acre-ditava que a arte poderia ajudar. Aos 18, na Mongólia, experienciei o budismo tibetano como se não fosse uma escolha: era meu caminho, tinha que trilhá-lo. Conheci a arte sacra tibetana de thangka e quis começar meus estudos, pois me conectei muito com a religião. Mas,

financeiramente, não podia só aprender a pintar. Então, morei 3 anos na Alemanha, onde ganhei do governo um curso de graphik, web e print design. Poupança feita, fui à Índia, mas o Instituto Norbulingka, recomendado pelo mestre da Mongólia, não aceitava estrangeiros. Precisa-vam de alguém que cuidasse da web site e aceitaram trocar trabalho por estudo. O mestre de thangka não falava inglês, nunca houve um ocidental lá e eu era a única mulher. Sentávamos no chão sobre almofadas, rezávamos antes do trabalho e nos curvávamos diante do professor. Quantas vezes meteu borracha nos meus desenhos! No fundo, ele queria fortificar minha resistên-cia, vontade, persistência, paciência. Sem isto ninguém completa um thangka.

Versátil Magazine_ Quais trabalhos considera mais sig-nificantes?

Tiffani Gyatso _ Não imaginava trabalhar com thangka. Quem consegue viver de arte tem muitos méritos e há muita gente boa. Quando meu filho tinha uns 7 me-ses, recebi um telefonema do Lama Padma Samten, fundador do CEBB (Centro de Estudos Budistas Bodi-satva) no Rio Grande do Sul. Ele construiu um templo em Viamão (RS), mudamos para lá e comecei a pintá-lo. Não sei como botou fé em mim nem como aceitei. Sinto-me guiada, sou um instrumento e o que sai nas paredes são bênçãos graças aos méritos de um longo caminho. No início de 2010, na Índia, pintei ao lado de

Por Claudia Liba

TIFFANI HOLLACK GYATSO

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Tiffani Gyatso _ Sim. Fico dentro de um espaço sagra-do. Mudo a energia interna para trabalhar, sei que não estou sozinha, é a morada do sagrado. Isto ajuda na pintura. A postura e motivação para pintar ícones sa-grados nunca podem estar relaxadas. Pintar thangka é uma “yoga artística”. E visitar um templo é se expor aos raios do sol que brilham para todos, sem exceção. O templo ajuda a expor o coração para receber benção e inspiração. Ajuda a descobrir nossa essência. Versátil Magazine _ Como você trabalha o divino, suas crenças?

Tiffani Gyatso _ Todos imaginam que sou uma típica budista, que sigo tudo na linha. Mas me vejo como al-guém que busca em todos os lugares. Às vezes pego um caminho com um grupo, em outras, sozinha. Se não entendo uma prática e ela não me faz sentido, não farei só porque todo mundo faz. Pratico rezas que eu mesma inventei ou algo que li. Adoro poemas de Rilke, me levam a realizações maravilhosas. Não precisamos ter rótulos e sim profundidade e coragem de mergulhar em si mesmos e se aventurar a achar a resposta e vivê-la como princípios. A arte é minha “religião intui-tiva”. Buscar inspiração é um estado de amor, olhar a natureza, as pessoas, pode até ser um corpo defor-mado, mas você não vê isto e sim curvas, sombras, textura. Neste estado você interpreta, pinta, dança. O ato de pintar é apenas a conclusão deste processo. Aí chegamos ao que o budismo trata, nossa ligação, impermanência, energia em movimento, decadência e

dissolução da forma. Ela é um lindo instrumento para estudar o oposto, a não forma. Forma é mero con-ceito. Do barro, invento mil formas. Na vida também criamos, conscientes ou não, nossa realidade.

Versátil Magazine _ O que deseja despertar com a arte?

Tiffani Gyatso _ Quero mostrar às pessoas o que há de bom nelas, e não provocar revolta ao produzir imagens, pois o mundo já faz demais isto. Quero provocar o divino, a pureza da essência da alma humana. Quero que as pessoas se vejam nos rostos dos Budas e bodisatvas e ajam beneficiando e não fazendo mal a ser algum. Des-pertar compaixão, paz, libertação. Versátil Magazine _ Como tem sido a transição do estilo tibetano para a arte contemporânea?

Tiffani Gyatso _ Thangka é uma disciplina, uma geometria com regras e fórmulas. Reforça a paciência, persistência e concentração. A arte contemporânea não tem limites, regras. Há liberdade para explorar temas, mensagens e materiais. Não misturo thangka com minha arte pessoal, pois quero manter a tradição. Uso thangka como medita-ção. Se quero criar, pulo no mundo da fantasia, me libero. Thangka é como pão; e arte moderna, como água. Só água não alimenta e apenas pão, seca. Preciso dos dois: liberdade e disciplina.

contatoTiffani H. Gyatso

[email protected]

Karma Sochoe, que considero o melhor pintor de than-gka. Faço workshops sobre a arte thangka e dou cursos em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Também publiquei um livro, em 2005, pela LTWA: “Life and Than-gka”. Traduzi mas não consegui editora. Eu mesma pu-bliquei e vendo no meu site. Chama-se “Vida e Thangka” e conta o que é thangka através da minha experiência. Trabalho também por encomenda, de thangka e outros quadros, contemporâneos. Uso o ateliê de Lou Borghet-ti, uma artista maravilhosa que viabilizou uma exposição no restaurante Saiko, que ainda está lá. Este ano quero trabalhar na série “Romantic Tibet” e apresentá-la no Ti-bet House, em Nova Iorque. No ano passado um templo Tara Mandala, no Colorado (USA), me convidou para pin-tar, mas como não terminei o templo no Rio Grande do Sul, apenas visitei o lugar. Não quero parar de aprender e peregrinar entre os verdadeiros mestres de quem trilha a arte como algo do ser, do espírito.

Versátil Magazine _ Pintar um templo tem um significado especial?

perfil_Tiffani Hollack Gyatso Tiffani Hollack Gyatso_perfil

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negócios_Celular e Cartão de Crédito São Sinônimos Splinter Cell - Conviction_game

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Não! O cartão de crédito deveria ser, especial-mente, um meio de pagamentos corriqueiros cen-tralizados em datas específicas. Mas, na maioria das vezes, a população utiliza-o como instrumento de crédito. E, pior, financia compras com taxas supe-riores a 334% ao ano, quando nossa maior taxa, a SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Cus-tódia), gira em torno de 9,50% ao ano - diferença astronômica.

Temos o hábito de pagar o valor mínimo da fatura esquecendo que, frequentemente, corresponde a 10% do valor total, com taxa de financiamento próxima a 13%. Isto significa que nunca liquidaremos a fatura adotando este critério.

Se não conseguir arcar com o valor total, sugiro que

contrate crédito direto ao consumidor ou consignado, com taxa média de 3% ao mês. Desta forma, liquidará a dívida em prazo definido. Caso continue pagando o valor mínimo, o prazo será indefinido, perpétuo.

A ligação entre o cartão de crédito e o celular é in-teressante. Com o cartão, pagamos, em geral, bens de consumo, alimentação, combustível, restaurantes (e compras impulsivas desnecessárias...).

Em relação ao celular, quando contratamos planos de 50, 100, 200 minutos, em qualquer operadora, sempre ultrapassamos os minutos contratados, inclusive os de benefícios e bônus.

Paulo Roberto Silva dos Santos é Economista, Perito Econômico Financeiro e Consultor de Finanças Pessoais.www.umotimoempreendedor.com

Nesta criação da Ubisoft Montreal, Sam Fisher está de volta pela quinta vez. Mas, agora, não segue mais as regras da Third Echelon, pois está sendo caçado por ela. Com tempo médio de 4 a 6 horas de jogo e visual totalmente inovador, o Splinter cell: Conviction é uma revolução à franquia.

A clássica forma Stealth teve importância diminuída, mas não foi esquecida. Agora, você tem todo o direito de escolher como interagir, podendo, simplesmente, sair atirando em tudo que se mexe ou ir devagar e pe-las sombras executando seus inimigos um por vez.Sam Fisher busca vingança pela morte da filha e uti-lizará todos os métodos possíveis e imagináveis para

consegui-la. Interrogatórios sangrentos e violentos se-rão parte do dia a dia, assim como combates corpo a corpo com os recém-aprendidos movimentos de Krav Magá.

Com modos Singleplayer, Deniable Ops, cooperativo e multiplayer, o jogador terá muito mais entretenimento do que somente com as 5 horas do modo história e poderá aproveitar o jogo por muito mais tempo. Com lançamento no Brasil previsto para outubro deste ano, será mais um exemplar favorito dos gamers.

Gabriel L. Schleiniger

CELULAR E CARTÃO DE CRÉDITO SÃO SINÔNIMOS?

SPLINTER CELLCONVICTION

As operadoras sabem que os nossos comportamentos influenciam o uso do celular - e exploram muito bem tal conhecimento.

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mix cultural_Livros Livros_mix culturalpor Valéria Diniz por Valéria Diniz

O ARQUIPÉLAGO DA INSÓNIA. António Lobo Antu-nes. ROMANCE. Vigésimo livro do autor português - o primeiro da trilogia sobre o mundo rural. Ambientado no Alentejo e com atmosfera onírica, sobrepõe personagens de três gerações de uma família portuguesa em decadên-cia, cuja glória ficou no passado. Editora Alfaguara.

UMA BREVE HISTÓRIA DO BRASIL. Mary Del Priore e Renato Venancio. HISTÓRIA. A história do Brasil desde Ilha de Vera Cruz até hoje. Com riqueza de detalhes, os autores contam hábitos de povos cujas influências fazem parte do nosso presente. Culinária, vestimenta, temores e crenças são alguns temas. Editora Planeta.

A CIDADE DOS BICHOS. Arlette Piai. INFANTIL. Arlette Piai. Os bichos não se conformam com a administração do prefeito Raposão, cheia de criminalidade, corrupção, pouca solidariedade e justiça. O coelho Azul e seus ami-gos mostram que é possível mudar tudo isto para melhor. Ilustração: Nilton Bueno. Editora Cortez.

A ILHA SOB O MAR. Isabel Allende. ROMANCE. No en-redo, homens e mulheres têm coragem para arriscar tudo em troca da liberdade. Um romance histórico sobre as mazelas vividas por uma escrava negra vendida para um fazendeiro das Antilhas durante a colonização francesa no século XVIII. Editora Bertrand.

A MÚSICA DO SILÊNCIO. Sergio Bambarén. ESPI-RITUALISMO. Baseado em fatos reais. Antônio vive em uma ilha com os pais, pássaros, golfinhos e o si-lêncio – amado como música. Mas precisa conhecer a civilização. Nela, só tem paz ao ajudar alguém e quan-do, junto ao mar, ouve a música do silêncio. Editora Academia.

A TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS. Drauzio Va-rella. CRÔNICAS. A obra traz a voz ponderada, a graça narrativa e a sabedoria sem artifícios de Drauzio Varella. Reflexões sobre ciência e medicina, crimes e questões sociais são abordadas com o olhar atento do autor para os dramas humanos. Companhia das Letras.

ANNO DRACULA. Kim Newman. TERROR. Conde Drá-cula, o Rei dos Vampiros, derrotou inimigos, casou com a Rainha Vitória, nomeou discípulos para funções burocrá-ticas do Império e espalhou sua linhagem sombria pela Inglaterra. Mas Jack, o Estripador, está mutilando jovens vampiras e ameaçando o novo regime. Editora Aleph.

CAMINHOS DE UM BRASIL SOLIDÁRIO. Luis Eduar-do Salvatore e Ana Elisa Salvatore. ARTE. Fotos de várias regiões do Brasil, histórias por trás das imagens, casos de projetos sociais do Instituto Brasil So-lidário. Prefácio de Neide Duarte. Renda revertida ao Ins-tituto Brasil Solidário. Editora Melhoramentos.CARTAS PARA HITLER. Henrik Eberle. ENSAIO. O his-toriador analisa cartas enviadas a Hitler pelos alemães. Pedidos, orações, juramentos de lealdade, apelos e gri-tos de ajuda formam uma análise do estado de espírito dos anos 1925 até 1945. Visão do cenário e dos aconte-cimentos históricos da época. Editora Academia.

FLORES DAS FLORES DO MAL DE BAUDELAI-RE. Charles Baudelaire. POESIA. Reúne 21 poemas do poeta francês - escolhidos e recriados em português pelo poeta Guilherme de Almeida, que influenciou o Movimento Modernista no Brasil. Com notas sobre o processo de recriação dos poemas. Ilustração de Henri Matisse. Editora 34.

GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ - UMA VIDA. Gerald Martin. BIOGRAFIA. A vida do romancista colombiano, Prêmio Nobel de Literatura em 1982. O escritor analisa as tensões entre riqueza e pobreza, política e literatura, poder, solidão e amor que permeiam a vida do autor e de um con-tinente. Edição bilíngue. Ediouro.

GAVETA DOS GUARDADOS. Iberê Camargo. MEMÓ-RIAS. Org.: Augusto Massi. Reunião de textos de um dos mais importantes pintores brasileiros do século XX. O ar-tista lembra a infância distante da arte, a adolescência, o mistério da pintura. Com 37 imagens. Coedição Funda-ção Iberê Camargo e Editora Cosac Naify.

MARGINAL À ESQUERDA. Angela-Lago. INFANTO-JUVENIL. Miúdo encontra sua verdadeira vocação na música. Mas a trajetória não é nada fácil: morador da pe-riferia, vive o contexto de uma dura realidade. Ilustrado pela autora com atmosfera envolvente. Prêmio Academia Brasileira de Letras 2010. Editora RHJ.

PAPÉIS INESPERADOS. Julio Cortazar. ENSAIO. Após 25 anos da morte do autor, a publicação deste livro apre-senta autoentrevistas, poemas, reflexões sobre escultu-ra, fotografia, pintura e música e manuscritos de 1930 a 1980, descobertos no final de 2006 pela herdeira do autor. Editora Civilização Brasileira.

SEM SAÍDA. George Pelecanos. POLICIAL. Alex, contra a vontade do pai, quer ser escritor. James quer ser mecâ-nico, como o pai. Com dois amigos bêbados, resolvem dar uma volta de carro em um bairro negro de Washing-ton. Um deles provoca os moradores com gritos racistas e seus sonhos são destruídos. Editora Planeta.

VIVA PAGU - FOTOBIOGRAFIA DE PATRÍCIA GAL-VÃO. Lúcia Maria Teixeira Furlani e Geraldo Galvão Ferraz. ARTES. Escritora, jornalista, militante política e mulher de teatro, Patrícia Galvão lutou com paixão em muitas trincheiras. O livro retraça a trajetória da musa dos modernistas. Coedição da Imprensa Oficial do Estado e da Editora Unisanta.

A MINHA ALMA É IRMÃ DE DEUS. Raimundo Carrero. ROMANCE. Uma jovem solitária conhece um pastor e passa a ter uma vida de aventuras, pregando valores religiosos, morais e éticos. Abandonada, vê a vida naufragar. Melhor Livro do Ano. Editora Record.

“Entregou-se à pequena vaidade. Àquilo que ela chamava, no segredo do sangue, de a pequena vaidade. Assim como existia a pequena morte, o gozo do corpo, o prazer escorrendo no sangue, o coração aos saltos, era possível cultivar o pecado sem pecado, o que não deixa marcas.”

SE EU FECHAR OS OLHOS AGORA. Edney Silvestre. ROMANCE. Dois meninos encontram o corpo de uma mulher.

Não aceitam a explicação oficial do crime e investigam ajudados por um ex-preso político da ditadura Vargas. Um terrível caminho

de amadurecimento para a vida adulta. Melhor Livro do Ano – Autor Estreante. Editora Record.

VENCEDORES DO PRÊMIO SÃO PAULO DE LITERATURA

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Cinema, DVDs, CDs, Shows e Teatro_mix culturalpor Valéria Diniz

CINEMA

A FERA. Daniel Barnz. DRAMA. Ver-são moderna de “A Bela e a Fera”. Um rapaz é transformado num monstro e para voltar a ser uma pessoa terá que amar alguém que retribua seu amor. Isto tem que acontecer rápido, caso contrário, o feitiço não será mais des-feito. Com Alex Pettyfer, Dakota John-son. Estreia: 03/09.

COMO CÃES E GATOS 2. Brad Peyton. ANIMAÇÃO. Em disputa entre cães e gatos, um felino passa dos limi-tes. O gato Kitty, ex-agente das orga-nizações MEOWS, tem um plano (que não dá certo) para prejudicar os cani-nos. No fim, todos se unem diante de uma ameaça. Vozes de Alec Baldwin, Chris O’ Donnell. Estreia: 03/09.

CONTOS DA ERA DOURADA. Han-no Höfer, Razvan Marculescu, Cristian Mungiu, Constantin Popescu, Ioana Uri-caru. COMÉDIA. Cinco importantes ci-neastas romenos mostram impressões sobre a ditadura de Nicolai Ceausescu

através de contos urbanos e mitos do país. Com Diana Cavallioti, Radu Iaco-ban. Estreia: 03/09.

MAMONAS PARA SEMPRE. Cláu-dio Kahns. DOCUMENTÁRIO. Material inédito resgata a trajetória do grupo que, em menos de 10 meses, saiu do anonimato para ser um dos maiores fenômenos da música brasileira. Com cenas de bastidores e gravações dos próprios Mamonas em suas turnês e apresentações. Estreia: 03/09.

NOSSO LAR. Wagner de Assis. DRAMA. A jornada de um médico após a morte.

Ele acorda num mundo espiritual de sofri-mento, do qual será resgatado para a ci-dade espiritual chamada Nosso Lar. Com Renato Prieto, Othon Bastos, Ana Rosa, Paulo Goulart, Werner Schünemann, Lu Grimaldi, Selma Egrei. Estreia: 03/09.

O ÚLTIMO EXORCISMO. Daniel Stamm. TERROR. Depois de ganhar dinheiro de crentes desesperados, um padre deseja filmar seu último exorcis-mo. Mas agora, de fato precisará reali-zá-lo para salvar uma garota dominada por demônios. Antes que seja tarde demais. Com Patrick Fabian, Ashley Bell. Estreia: 03/09.

PAR PERFEITO. Robert Luketic. AÇÃO. Um assassino acostumado a locais exóticos, carros e mulheres co-nhece uma linda garota especialista em computadores e troca seu trabalho pela felicidade do lar. Mas eles desco-brem que são alvos de um golpe milio-nário. Com Ashton Kutcher, Katherine Heigl. Estreia: 27/08.

DVDs

SCOOBY-DOO! ABRACADABRA-DOO. Hanna Barbera-Productions. INFANTIL. Scooby-Doo e sua turma visitam a irmã de Velma, aluna de uma Academia de Mágica onde fatos estra-nhos acontecem. O principal suspeito quer fechar a escola com fama de mal-assombrada. Traz um divertido extra com os filhotes do Scooby.

PRÍNCIPE DA PÉRSIA: AS AREIAS DO TEMPO. Mike Newell. AÇÃO. Adaptação do game ambientado na Pérsia medieval. Um príncipe aventu-reiro une-se a uma princesa contra um imperador colérico que ameaça criar uma tempestade de areia para destruir o mundo. Com Gemma Arterton, Ben Kingsley, Alfred Molina.

CASO 39. Christian Alvart. SUSPEN-SE. Uma assistente social idealista luta para salvar uma adolescente das mãos dos pais abusivos. No entanto, acaba descobrindo que a garota não é tão inocente quanto parece e a situação é mais perigosa do que ela jamais pode-ria imaginar. Renée Zellweger, Jodelle Ferland.

ROBIN HOOD. Ridley Scott. AÇÃO. A história do hábil arqueiro do exército do Rei Ricardo Coração de Leão, que luta contra a invasão dos franceses e torna-se o legendário herói conhecido como Robin Hood, que rouba dos ricos para dar aos pobres. Com Russell Crowe, Cate Blanchett, William Hurt.

HOMEM DE FERRO 2. Jon Favreau. AÇÃO. Sequência do grande sucesso “Homem de Ferro”, que traz de volta o milionário Tony Stark e sua armadura cheia de tecnologia. Com Robert Dow-ney Jr., Don Cheadle, Scarlett Johans-son, Gwyneth Paltrow.

UMA NOITE FORA DE SÉRIE. Sha-wn Levy. COMÉDIA. A vida de um tí-pico casal suburbano tornou-se um tédio. Para reacender a paixão, conhe-cem um bistrô onde vários casais se encontram. Mas a noite transforma-se num caso de troca de identidades ao mesmo tempo excitante e perigosa. Com Steve Carell, Tina Fey.

EXPOSIÇÕES

HAROLDO DE CAMPOS. Móveis e objetos que compunham o escritório do poeta Haroldo de Campos e exi-bição do documentário “Galáxia Ha-roldo”, gravado em 2003, no Teatro TUCA, em homenagem ao poeta fa-lecido em agosto daquele ano. Grátis.Exposição permanente.

Casa das Rosas Avenida Paulista, 37 - Bela Vista Fone: 11 3285 6986

FESTIVAL INTERNACIONAL DE LIN-GUAGEM ELETRÔNICA. A 11ª edi-ção do FILE ocupa a Galeria de Arte do SESI-SP, o Teatro e o Mezanino do Cen-tro Cultural. Exposições, performances e workshops. Grátis. Até 29 de agosto.

Centro Cultural Fiesp - Ruth Cardoso Av. Paulista, 1.313 - Metrô Trianon-Masp Informações: 11 3146 7405

mix cultural_Cinema, DVDs, CDs, Shows e Teatro

MÚSICA

NA BOCA DO LOBO. Vânia Bastos. MPB. Composições de Edu Lobo, abrangendo várias fases de sua carrei-ra: “Upa Neguinho” (1964), “Vento Bra-vo” (1973), “Meia-Noite” (1985). Partici-pação de Edu em “Gingado Dobrado”.

FREE BLUES. Nuno Mindelis. BLUES. Considerado um dos melhores guitar-ristas no Brasil, o músico apresenta 12 reinterpretações bastante criativas, en-tre elas, While My Guitar Gently Weeps, de George Harrison.

LIVE AT WOODSTOCK. Jimi Hendrix. ROCK. O show de Woodstock na se-quência original, com versões inéditas, bastidores e entrevistas. Som 5.1 e 2.0 estéreo mixado pelo engenheiro de som oficial de Jimi. DVD Duplo.

MÚSICA DE BRINQUEDO. Pato Fu. POP. Sonoridades diferentes com cai-xinhas de música, pianos de brinquedo e realejos estão no novo trabalho do grupo. No repertório sucessos de Rita Lee, Beatles, Elvis Presley.

QUANDO O CANTO É REZA. Roberta Sá. MPB. Junto com o Trio Madeira, a cantora ho-menageia o compositor baiano Roque Ferrei-ra, gravado por Maria Bethânia, Alcione, Pedro Luis. Dentre as 13 músicas, 8 são inéditas.

FRUTO PROIBIDO. Rita Lee & Tutti Frut-ti. ROCK. Há 35 anos Rita cantava “eu hoje represento a cigarra que ainda vai cantar”. Pela primeira vez, uma mulher assumia o vo-cal de uma banda e compunha letras poéti-cas arranjadas brilhantemente por Luiz Car-lini (guitarra) e Lee Marcucci (baixo). “Ovelha Negra”, com o solo de Carlini na guitarra, é um dos “achados” musicais do disco.

por Valéria Diniz

TEATRO

MULHERES ALTERADAS. Eduardo Figueiredo. COMÉDIA. Adaptação da obra “Mulheres Alteradas”, da chargis-ta argentina Maitena. Luiza Tomé, Mel Lisboa, Daniele Valente e André Bankof fazem a plateia rir a cada cena do co-tidiano feminino. Música ao vivo. Até 03/10.

Teatro Procópio Ferreira Rua Augusta, 2.823 – Cerqueira César Informações: 11 3083 4475

DANÇA

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA. Integrando novamente a Temporada de Dança do Teatro Alfa, a Companhia apresentará duas monta-gens inéditas e “Theme and Variations” (1947), de George Balanchine. De 09 a 12/09.

TEATRO ALFA - Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro Informações: 11 5693 4000

SHOWS

SCORPIONS. A turnê de despedida da banda alemã divulga seu disco mais re-cente, “Sting In The Tail”, lançado em mar-ço deste ano. Na formação atual, Klaus Meine (voz), Rudolf Schenker (guitarra), Matthias Jabs (guitarra), Pawel Maciwo-da (baixo) e James Kottak (bateria). 18 e 19/09.

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diversatilidade_Nós Temos Mais o que Fazer

— Por favor, é da COMPUTZ, con-sertos de computador?

— Sim, pois não?— Bom... é... estou com um proble-

ma... estranho...— Sim?— Difícil de descrever...— Tente explicar com as suas pala-

vras.— É que... meu Deus! Acho que

você nem vai acreditar!— Senhor, temos experiência com

TODO tipo de problema.— O drive de CD-ROM...— O que tem? Não funciona? Tra-

vou?— Está sangrando...— SANGRANDO???— POR FAVOR, NÃO DESLIGUE!

Já falei com oito assistências técnicas hoje!

— Olha aqui, sua pustulazinha ocio-sa, nós temos mais o que fazer, OK? Você pode ter tempo sobrando para esses trotes idiotas, mas nós não! — CLÁ!

Uma semana depois, saía publicado no jornal:

COMPUTADOR QUE SANGRA CAUSA PERPLEXIDADE

O que você faria se o seu compu-tador sangrasse? Pois esta é a dúvida que está atormentando seu Rotas, co-nhecido como “Zé do queixo” no bair-ro de Perdizes. Há um mês, segundo seus relatos, seu computador come-çou a verter sangue pelo drive de CD-ROM. Estarrecido, ele fez um périplo por várias assistências técnicas, mas ninguém lhe deu ouvidos. Nesta última semana, convidou um pesquisador de manifestações super-heterodoxas, que esteve em sua casa e confirmou o fenômeno:

— É impressionante! Sangra mes-mo! E é tipo O, Rh negativo. Um doa-dor universal.

A partir daí, o caso ganhou as ruas. Joana Sã, uma “Interlocutora espiritual telúrica”, tem uma hipótese:

— Acho que é o sangue do Cristo!Sem dúvida, uma hipótese sur-

preendente, que já encontra alguns

opositores, como Odara do Caboclo, estudiosa e cientista de energias ecto-plásmicas:

— Não é sangue. É energia ecto-plásmica, cuja coloração rubra carre-ga a simbologia atávica do problema espectral de que padece a máquina e, em última instância, o seu possuidor, já que os objetos íntimos tendem a sofrer uma projeção metafísica violentíssima quando seus donos enfrentam dese-quilíbrios cósmicos.

Um suposto pesquisador do Centro Holístico-Alquímico da Lapa tem outra teoria:

— Seu Rotas permitiu que eu pre-senciasse o fenômeno. Estive a sós com o equipamento e consegui entrar em contato com seu disco rígido mais profundo. O que descobri, após essa viagem anímica ao Etos da máquina, é que ela é um computador FEMININO, e aquele sangue jorrando representa um tipo de MENSTRUAÇÃO ciber-nética. Aparentemente, uma falha em uma linha de código desarmonizou-a do todo.

Já Eulâmpio, um cientista que faz “Projeção de energias parametafísi-cas”, discorda:

— Há aqui um pulso primal descon-trolado que tomou posse da máquina. Apenas uma conjunção ciclotímica re-solverá o impasse.

Como sempre ocorre em casos as-sim, rapidamente já havia quem qui-sesse tentar ganhar dinheiro à custa do fenômeno. Uma mulher foi presa ao tentar vender pequenos frascos con-tendo o líquido vermelho. Ela alegava que ele tinha o poder de curar impo-tência, e ficou revoltada ao ser presa:

— A vigarista, que estava vendendo guache vermelho como sendo sangue do computador, escapou ilesa! Eu, que tive o trabalho de convencer o dono do computador e coletar o sangue autên-tico, fui detida! É um absurdo!

Devido à intensa polêmica, a região está um caos. Um grupo que se au-tointitula “Igreja Sílica do Quinto San-gramento” faz vigília na porta da casa do seu Rotas. Eles acreditam que esse sangramento seja a expressão de uma divindade cibernética. E já há

até uma divergência desta Igreja, de-nominada Sexto Sangramento, fazen-do vigílias do outro lado da rua. Diante do furdúncio, o diretor do Hospital do bairro resolveu agir. Designou o dou-tor Schacon Silva, médico geriatra do SUS, para averiguar a veracidade dis-so tudo. Nossa reportagem conseguiu falar com ele:

— Doutor, o senhor acredita haver alguma relação no fato de o senhor ser geriatra e a suposta “menstruação” da máquina?

— Filho, você é repórter? É mesmo? Nossa... Claro que não há relação ne-nhuma. Mas talvez haja relação entre o fato de eu ter denunciado uma compra desnecessária de cotonetes e o rancor do meu chefe, responsável por esta compra.

— O senhor fala como se estivesse sendo punido...

— Você crê que esta situação vexa-tória é uma premiação?

Porém, os pesquisadores holísticos não o deixaram entrar na casa. Alega-ram que ele seria má influência.

— Não podemos deixá-lo entrar! — disparou Horácio, terapeuta especia-lizado no tratamento de enxaquecas com as famosas “formas esquizoides”. — Ele está carregado de energias ne-gativas. Posso ver isto na aura holística dele.

Concordaram Eulâmpio e Quitéria, outros membros do Instituto Investiga-tivo de Energias Subterrâneas e Etére-as.

O doutor Schacon pareceu ficar aliviado.

— Graças aos céus esses loucos não me deixaram entrar! Há gente precisando de mim. Tive que cancelar consultas, passar dois partos que ia re-alizar a um colega e deixar de atender uma futura mãe que não aceitava outro médico e estava com muita dor. Enfim, tenho mais o que fazer!

Nós também.

NÓS TEMOS MAIS O QUE FAZER!

Alexandre Lourenço é Veterinário, microbiologista, professor, bípede, mamífero e, agora, escritor. Não necessariamente nesta ordem.e-mail: [email protected]

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