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Jornal Informativo Vida Harmônica Vida Harmônica Humberto Gessinger “O eterno Engenheiros do Hawaii desafia o tempo (de carreira) e avisa: “quero desmistificar os anos 80” Tropicalismo O movimento que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Humberto Gessinger “O eterno Engenheiros do Hawaii desafia o tempo (de carreira) e avisa: “quero desmistificar os anos 80” Tropicalismo O movimento que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968.

Revista Vida Harmônica

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ONG Vida Harmônica - Projeto Final do curso de Comunicação Visual

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Page 1: Revista Vida Harmônica

Jornal Informativo

Vida HarmônicaVida Harmônica

Humberto Gessinger“O eterno Engenheiros do Hawaii desafia o tempo

(de carreira) e avisa: “quero desmistificar os anos 80”

Tropicalismo O movimento que sacudiu o ambiente da música

popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968.

Humberto Gessinger“O eterno Engenheiros do Hawaii desafia o tempo

(de carreira) e avisa: “quero desmistificar os anos 80”

Tropicalismo O movimento que sacudiu o ambiente da música

popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968.

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O Instituto Vida Harmônica é uma ONG que pretende - através da construção e utilização de instrumentos musicais - levar música a to-das as pessoas como forma de desvinculá-las do estresse do cotidiano e como forma alterna-tiva de cultura. A atuação é na cidade de Porto Alegre, mas a ONG está aberta para pessoas de todos lugares.Essa revista tem o intuito de informar a toda comunidade vinculada ao instituto sobre os eventos ocorridos e também a agenda dos próximos projetos, encontros, etc.Nessa nossa Edição #1, selecionamos maté-rias muito interessantes sobre o universo da música: uma volta pelo mundo do Tropical-ismo, uma entrevista com Humberto Gessinger, dicas de bandas para você escutar e muito mais. Além, é claro, de várias notícias sobre o Instituto Vida Harmônica. Boa leitura!

ExpedienteInstituto Federal Sul-rio-grandenseCampus PelotasDisciplina de Projeto Editorial - Professor RafaelImpressão Digital em Papel CouchêImagens e ilustações: sxc.hu e google.comFontes: Futura Bt BK, Futura Md BT e Rotis Semi Serif

Paula Rickes Viegas17 de dezembro de 2010 ‘‘O homem que não tem a

música dentro de si e que não se emociona com um concerto de doces acordes

é capaz de traições, de conjuras e de rapinas.

(William Shakespeare)

Editorial

InfantilEspaço Criança

Edição número 1Capa: sxc.hu

Jornal Informativo

Vida HarmônicaVida Harmônica

Page 3: Revista Vida Harmônica

Sumário456810

AjudeNossos Voluntários

Doce LarNossa Casa

Sobre nósNossas Oficinas

Te Liga AíBandas Novas

EntrevistandoHumberto Gessinger

MovimentosTropicalismo

Faz BemYoga

CulturaMusicoterapia

NovidadesTopáz

VitrineLoja Virtual

InfantilEspaço Criança

121416171819

Banda lança novo cd: “III”

Papo com o eterno Engenheiro

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4 Instituto Vida Harmônica

Ajude

Conheça a galera que está ajudando o Instituto Vida Harmônica. Há pouco começaram como vol-

untários e já estão com suas salas lotadas. São pessoas muito talentosas, carismáticas e de corações

gigantes. Nós só temos a agradecer, né?

Nossos Voluntários

Este é o Caco Bernades. Ele se aposentou no ramo dos negócios e resolveu reavivar sua velha paixão: tocar flauta. No instituto ele dá

aulas para turmas de 5 a 8 pessoas nas terças e quintas.

Para o time dos professores de guitarra, foi esca-lado o ex-jogador do time sub 19 do Cruzeiro, Felipe Dias. Aqui ele ajuda pacientemente a

todos que querem começar a tocar guitarra.

Amanda Campos possui uma linda e doce voz. No instituto ela ensina a cantar e também é

professora em Introdução Musical.

Ele começou aos 6 anos e não parou mais: prêmios a granel no Brasil e alguns no exterior.

Pablo Rossi impressiona quem o vê tocar. Uma vez por semana você pode ter o prazer de ter

aula com esse grande talento.

Page 5: Revista Vida Harmônica

5Instituto Vida Harmônica

Nossa CasaCom a ajuda de nossos patrocinadores e de toda comunidade que está em eterna busca de fundos para o Instituto Vida Harmônica, contruímos novas salas e ambientes externos para realização de aulas. Nossas últimas conquistas foram as salas individuais. Tanto a de grupos, quanto ao ensino individual. Nós estamos muito agradecidos com todas as pessoas que de alguma maneira nos ajuda-ram nesse fase e que continuam nos ajudando com toda força e sem esperar nada em troca. A todos o nosso muito obrigado. Aproveitem a casa, ela é de todos nós!Aqui vocês podem conferir alguns dos ambientes que já estão sendo usados por nossos alunos:

Doce Lar

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6 Instituto Vida Harmônica

O Instituto Vida Harmônica possui diversas oficinas e cursos. “Voz da Alma” procura trazer de

cada um seu dom na voz, no canto. “Construindo Meios” ensina a seus alunos a contruir instru-

mentos musicais. Alguns serão vendidos no site para arrecar fundos para a própria ONG. “Mu-

sicalidade Teórica” conta com profissionais da música para lecionar sobre a teoria musical. Além

desses projetos temos cursos para ensinar a tocar instrumentos musicais. Conheça um pouco

mais sobre cada instrumento que faz parte da grade de cursos do nosso instituto.

Nossas Oficinas

BAIXOO baixo ou contrabaixo, também conhecido como guitarra baixo e viola baixo em Portugal, é um instru-mento musical de percussão, destinado especificamente a executar a parte grave de uma linha músical. Pode ser acústico ou elétrico.O nome guitarra baixo pode ser dado também a especí-ficos modelos de guitarras clássicas.

VIOLINOO violino é um instrumento musical, classificado como instrumento de cordas fric-cionadas. É o mais agudo dos instrumentos de sua família (que ainda possui a viola, o violoncelo, corre-spondendo ao Soprano da voz humana. A sua utilização mais comum é nos naipes de cordas das orquestras. O género mais comum é a música erudita.

FLAUTA TRANSVERSALA flauta transversal, por vez-es chamada simplesmente de flauta, é um aerofone da família das madeiras. É um instrumento não palhetado, possuindo um orifício por onde o instrumentista sopra perpendicularmente ao sen-tido do instrumentoApesar de atualmente ser fabricada em metal, em sua origem, ela era é de madei-ra. Por esta razão, até hoje, ela é classificada como um instrumento pertencente ao grupo das madeiras.

Sobre nós

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7Instituto Vida Harmônica

BATERIAA bateria é um conjunto de tambores (de diversos tamanhos e timbres) e de pratos colocados de forma conveniente com a intenção de serem percurtidos por um único músico, denominado baterista, geralmente, com o auxílio de um par de baqu-etas, vassourinhas ou bilros, embora no caso de alguns executantes, possam também ser usadas as próprias mãos.

TECLADOO teclado é um instrumento musical eletrônico, tem-perado, no qual se executam melodias e notas, formando uma harmonia. É composto por um conjunto de teclas adjacentes pretas e bran-cas, que quando pression-adas produzem os sons. O número de teclas pretas e brancas nos teclados atuais podem variar de acordo com o fabricante. Por padrão, os teclados arranjadores da Yamaha vem com 61 teclas, e os da marca Casio vem com numeração diferente: 59 teclas.

VIOLÃOA guitarra clássica, também conhecida como violão (em Portugal a denominação mais comum é viola), é uma guitarra acústica com cordas de nylon, concebida inicial-mente para a interpretação de peças de música erudita. O corpo é oco e feito de várias madeiras diferentes. O braço possui trastes que a tornam um instrumento temperado.

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8 Instituto Vida Harmônica

Os Garotas Suecas não são de nenhum lugar. Cinco garotos e uma garota que estão deslocados de seu local de nascimento pela música. Os Rolling Stones são daqui, Fela Kuti é daqui, Aretha Franklin

é daqui e Os Mutantes são de mais longe do que aparentam ser. Livres para circular em qualquer es-paço ou tempo, os Garotas Suecas não são de nenhuma época. Jorge Ben é contemporâneo, Sly e a família Stone são contemporâneos. Qualquer entidade futura será nossa contemporânea e nada virá

do passado. Os Garotas suecas são daqui e são já.Site: www.bandagarotassuecas.com.br

Costumamos ouvir músicas de outros países ou até aqueles sucessos “instantâneos”, que tem músi-cas que grudam na nossa cabeça, mas logo são esquecidos. Por que não dar chance a essas bandas

tão talentosas? Aqui vão três bandas, que se você não conhece, deveria conhecer. Móveis Coloniais de Acaju, O Teatro Mágico e Garotas Suecas. Não deixe de entrar no site deles para conhecer um

pouquinho mais sobre cada uma. Alguns sites até disponibilam download gratuíto de músicas. Não dá pra perder né?

GarotasSuecas

Bandas,que se você não conhece,

deveria conhecer

Te liga aí

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9Instituto Vida Harmônica

O Teatro Mágico

O Teatro Mágico é um grupo musical brasileiro formado em 2003 na cidade de Osasco, São Paulo, Brasil. O TM é um projeto que reúne elementos do circo, do teatro, da poesia, da música, da literatu-ra e do cancioneiro popular tornando possível a junção de diferentes segmentos artísticos num mesmo espetáculo. O Teatro Mágico surgiu com a idéia de levar aos palcos a estrutura de um “sarau” ampli-ficado. O nome foi tirado do livro “O Lobo da Estepe”, de Hermann Hesse. Site: www.oteatromagico.mus.br

Móveis Coloniais de Acaju

Com um nome baseado em um evento histórico inventado pelos próprios integrantes – um conflito entre índios e portugueses contra os ingleses na Ilha do Bananal, Móveis Coloniais de Acaju surgiu em 1998, em Brasília. Já autodenominado, em termos gastronômicos, de feijoada búlgara, é uma banda de estilo singular, fundindo rock e ska com influências musicais de todo o mundo (especial-mente do leste europeu) e de música brasileira. Site: www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br

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O homem-banda Engenheiros do Hawaii pas-seia pelos paradoxos do pop há quase três décadas destilando trocadilhos tão infames quanto eficientes e colecionando fãs e de-tratores pelos mesmos motivos, algo entre a sinceridade, a ironia (não exatamente fina) e o ceticismo.

O cabeludo quarentão está sentado à minha frente, na sala de estar da bela cobertura onde mora com a mulher e a filha, em um bairro nobre de Porto Alegre, onde nasceu e para onde voltou em 1999, depois de viver muitos anos no Rio de Janeiro, por necessidade profissional. Ele dorme até o meio dia, joga tênis eventualmente e passa

o resto do tempo tocando e ouvindo programas de futebol no rádio, sempre ligado nas emissoras que têm menos ibope. “Minha medida de tempo não é o dia, é o ano. Meu cronômetro não é manhã, tarde ou noite, eu só faço música, nada mais me prende a nada”, diz Gessinger, que re-solveu interromper as atividades do Engenheiros do Hawaii por tempo indeterminado e agora se dedica integralmente ao projeto Pouca Vogal, que divide com o gaúcho Duca Leindecker, integrante da banda Cidadão Quem. Em junho sai o DVD da dupla, que o velho frasista definiu, por e-mail, para um jornal local, como a menor banda do roque gaúcho. As cenas que se sucederam na longa entrevista/ bate-papo que tivemos revelam

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“O eterno Engenheiros do Hawaii desafia o tem-

po (de carreira) e avisa: “quero desmistificar os

anos 80”

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um homem que continua facilitando a vida dos editores com dezenas de frases de efeito, não faz questão de desmentir fatos ou remediar opiniões controversas,gosta de alfinetar a crítica e insinuou claramente que o Engenheiros do Hawaii acabou. Paradoxalmente à sua aversão pelo hype, o novo mundo pós-napster parece dialogar fortemente com artistas como ele. Essa highway chamada cultura pop tem mesmo infinitas possibilidades.

Em casa voce costuma ficar compondo ou to-cando outras musicas?Não sei tocar chonga nenhuma... As pessoas pensam que talento musical é um bloco, mas são subdivisões. Eu tenho a maior inveja de um grupo meio discriminado, o pessoal que toca em banda cover. É um talento que não tenho. Às vezes umas destas bandas abrem nossos shows e tocam de Pink Floyd a Luiz Gonzaga com o mesmo equipa-mento, simulando o som de todos. Eu tenho in-veja! Outra coisa que as pessoas têm preconceito é do pessoal que faz jingle, que consegue compor de propósito. Eu nunca consegui compor uma música do início ao fim que tivesse uma direção. Eu vou correndo atrás da música. Me considero mais compositor, mas minha paixão mesmo é tocar um instrumento. Não é o que faço melhor, mas me motiva.

Que instrumentos voce toca?Piano, violão... há uns três anos comecei a tocar

viola caipira, e isso tomou muita importância e espaço. Parece um instrumento vira-lata, mas tem muita história ali dentro. Comecei a tocar viola caipira na metade da turnê do Acústico da MTV e o Pouca Vogal é uma radicalização disso, uma viagem de encolhimento. Acho que tem várias coisas encolhendo no mundo, como o capitalis-mo, e tenho a impressão de que a música tam-bém está encolhendo. É como se fosse um rio que tivesse transbordado nos anos 60 e 70, quando a música era a ponta do pensamento pop, e que agora está voltando para o seu leito. Acho muito bom, porque estes momentos de fartura são os mais chatos. Aqui no Brasil foi nos anos 80. Junta um monte de gente que não é do ramo para brin-car naquele segmento, porque tá dando grana...

O talento se sobressai nesses momentos de encolhimento do mercado?Isso. Porque tem uma dualidade, o lance da arte e do ofício. Nesses momentos de cheia do rio fica muita arte e pouco ofício. Todo mundo dando entrevistas maravilhosas, fazendo capas maravil-hosas, dá vontade de dizer, ‘Pô, quem sabe afinar uma guitarra nesta merda? Quem morreria por essa música?’ Nos momentos de diminuição isso se ressalta.

11Instituto Vida Harmônica

Humberto GessingerEntrevistando

Humberto Gessinger

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12 Instituto Vida Harmônica

O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da musica popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968.

Seus participantes formaram um grande cole-tivo, cujos destaques foram os cantores-compos-itores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda Mutantes, e do maestro Rogério Duprat. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais.Os tropicalistas deram um histórico passo à frente no meio musical brasileiro. A música brasileira pós-Bossa Nova e a definição da “qualidade musical” no País estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à esquer-da. Contra essas tendências, o grupo baiano e seus colaboradores procuram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psi-

codelia e a guitarra elétrica. Ao mesmo tempo, sintonizaram a eletricidade com as informações da vanguarda erudita por meio dos inovadores arranjos de maestros como Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Ao unir o popular, o pop e o experimentalismo estético, as idéias tropicalistas acabaram impulsionando a modernização não só da música, mas da própria cultura nacional.Seguindo a melhor das tradições dos grandes compositores da Bossa Nova e incorporando novas informações e referências de seu tempo, o Tropicalismo renovou radicalmente a letra de música. Letristas e poetas, Torquato Neto e Capinan compuseram com Gilberto Gil e Caeta-no Veloso trabalhos cuja complexidade e quali-dade foram marcantes para diferentes gerações. Os diálogos com obras literárias como as de Oswald de Andrade ou dos poetas concretistas elevaram algumas composições tropicalistas ao status de poesia. Suas canções compunham um quadro crítico e complexo do País – uma conjunção do Brasil arcaico e suas tradições, do Brasil moderno e sua cultura de massa e até de um Brasil futurista, com astronautas e dis-

tropicaliSMO

Movimentos

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13Instituto Vida Harmônica

cos voadores. Elas sofisticaram o repertório de nossa música popular, instaurando em discos comerciais procedimentos e questões até então associados apenas ao campo das vanguardas conceituais.Sincrético e inovador, aberto e incorporador, o Tropicalismo misturou rock mais bossa nova, mais samba, mais rumba, mais bolero, mais baião. Sua atuação quebrou as rígidas barreiras que permaneciam no País.Pop x folclore. Alta cultura x cultura de massas. Tradição x vanguarda. Essa ruptura estratégica aprofundou o contato com formas populares ao mesmo tempo em que assumiu atitudes experi-mentais para a época.Discos antológicos foram produzidos, como a obra coletiva Tropicália ou Panis et Circensis e os primeiros discos de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Enquanto Caetano entra em estúdio ao lado dos maestros Júlio Medaglia e Damiano Coz-zela, Gil grava seu disco com os arranjos de Rogério Duprat e da banda os Mutantes. Nesses discos, se registrariam vários clássicos, como as canções-manifesto “Tropicália” (Caetano) e “Geléia Geral” (Gil e Torquato). A televisão foi outro meio fundamental de atuação do grupo – principalmente os festivais de música popular da época. A eclosão do movimento deu-se com as ruidosas apresentações, em arranjos eletrifica-dos, da marcha “Alegria, alegria”, de Caetano, e da cantiga de capoeira “Domingo no parque”, de Gilberto Gil, no III Festival de MPB da TV Record, em 1967.O movimento, libertário por excelência, durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pelo governo militar. Seu fim começou com a prisão de Gil e Caetano, em dezembro de 1968. A cultura do País, porém, já estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trópicos.

tropicaliSMO

Caetano Veloso:

“A Tropicália foi

simplesmente um

esforço no sentido

de defender o que

era essencial na

Bossa Nova.”

Gal Costa:

“Uma experiência

espiritual

fantástica.

Aprendi a lidar

com a polêmica,

com o outro, a

estar exposta e a

receber críticas.“

Gilberto Gil:

“O Tropicalismo

mudou a história.

Se ele não tivesse

existido, a história

cultural do Brasil

seria outra.”

TESTEMUNHONinguém melhor pra falar desse movimento

do que os próprios participantes.

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14 Instituto Vida Harmônica

O Yoga se tornou cada vez mais popular nas culturas ocidentais, como meio de melhorar as capacidades fisicas e psico-fisiologicas de seus praticantes.

No entanto há uma necessidade maior que o Yoga seja reconhecido pela comunidade como um meio efetivo de cuidar da saúde, atuando principalmente como uma forma de prevenção de várias desordens. Nos últimos anos houve um crescimento no número de estudos com-provando que o Yoga pode melhorar a força e a flexibilidade muscular, e que pode ajudar a controlar variáveis fisiológicas como a pressão sangüínea, a taxa respiratória, metabólica entre outros (RAUB, 2002). Neurociência atesta que o yoga também ajuda a conquistar o autocontrole.

Tecnicas do YogaO Yoga possui vários tipos de técnicas. Entre as principais temos: ásanas (técnicas corporais); pránáyámas (exercícios respiratórios); yoganidrá (técnicas de descontração) e samyama (concent-ração, meditação e samádhi). Cada uma des-sas técnicas atua no nosso corpo de uma forma distinta, provocando mudanças físicas, fisiológi-cas, psicológicas e sociais contribuindo para o desenvolvimento do Ser Humano e dessa forma auxiliando no ganho de qualidade de vida.Na Yoga há técnicas corporais (chamadas de Ásanas), técnicas respitórias (as Pránáyámas), técnicas de descontração (Yoganidrá) e também técnivas de concentração, meditação e outros estados mais profundos (conhecida como Sa-myama).

YOGA

Faz bem

Page 15: Revista Vida Harmônica

15Instituto Vida Harmônica

Qualidade de VidaA qualidade de vida é um fenômeno complexo e que tem um conceito multidimensional, que abrange seis domínios; 1) físico, 2) psicológico, 3) nível de independência, 4) relações sociais, 5) meio ambiente, e 6) aspectos espirituais; e 24 subdomínios. Ao domínio físico correspondem os subdomínios dor e desconforto; energia e fadiga; sono e repouso. Ao domínio psicológico correspondem os subdomínios sentimentos posi-tivos; pensar; aprender; memória e concentra-ção; auto-estima, imagem corporal e aparência; sentimentos negativos. Ao domínio nível de inde-pendência foram atribuídos os itens mobilidade; atividades da vida cotidiana; dependência de medicação ou de tratamento médico; capacid-ade de trabalho. O domínio relações sociais é constituído por relações pessoais, suporte social e atividade sexual. Do domínio meio ambiente fazem parte da segurança física e proteção; ambiente no lar; recursos financeiros; cuidados de saúde e sociais; disponibilidade e qualidade das oportunidades de recreação e lazer; am-biente físico (poluição, ruído, trânsito, clima); transporte. A espiritualidade, a religião e as crenças pessoais integram o domínio aspectos espirituais. Através da prática do Yoga esta-se exercitando uma filosofia de vida saudável. Aprendendo a trabalhar de forma harmoniosa todos os siste-mas do nosso corpo.Stress constante, medo, violência, desem-prego, ansiedade, barulho, solidão, desamor, depressão, atividades demais para horas de menos. Na confusão do nosso dia-a-dia, pode-se esquecer de cuidar de si mesmo. Esse é o primeiro passo para criar doenças.Serão analisadas algumas partes de uma prática Yoga e o que elas proporcionam para melhorar a saúde e a qualidade de vida.

DICASA música é um elemento

importantíssimo para o relaxamento e prática da Yoga. Aqui vão algumas

dicas de CDs para iniciantes.

Ayur Yoga - Yoga IntegradoR$ 24,90

YogaR$ 12,90

Ashtanga Yoga - 2 CDsR$ 39,90

Page 16: Revista Vida Harmônica

Ouvir uma melodia pode ser um remédio tão eficaz quanto as fórmulas vendidas nas

farmácias. A música faz um bem danado para o bem-estar e ainda auxilia no tratamento de

muitas doenças -- da asma ao câncer, passan-do por lesões cerebrais. Tudo cientificamente

comprovado.

“A música atinge em cheio o sistema límbico, região do nosso cérebro responsável pelas

emoções, pela motivação e pela afetividade”, explica Maristela Smith, coordenadora da

Clínica de Musicoterapia das Faculdades Met-ropolitanas Unidas, em São Paulo.Esse é ponto chave da musicoterapia: um método que usa o passado sonoro para tratar males de todo tipo. “Pacientes portadores do Mal de Alzheimer, por

exemplo, resgatam aspectos da memória através de canções e sons de rotina”, diz a especialista.

“A musicoterapia trabalha para desenvolver a

capacidade de escuta e de convívio social, na medida que a música encontra no indivíduo

um canal de comunicação disponível. Por esse acesso, ela começa a abrir novos canais de con-

exão”, define Maristela.A terapia com as notas musicais dividi-se em

etapas: a musicodiagnóstica, em que são cole-tados dados relativos à historia pessoal, clínica e sonoro-musical do paciente. Começa, então,

a etapa de tratamento em uma sala especial, com acústica adequada. As sessões incluem

música e recursos sonoros variados CDs, vozes, instrumentos e até mesmo ruídos. O especialista

avalia a reação do paciente diante de cada som, documenta tudo e vai comparando os resulta-dos com seu projeto inicial. “ Efeitos positivos têm sido verificados logo no nas 10 primeiras

sessões, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento da percepção global do paci-

ente”, avalia Maristela Smith.

Musicoterapia

16 Instituto Vida Harmônica

Cultura

Page 17: Revista Vida Harmônica

“III” (Terceiro) é o nome que leva o segundo álbum da Tópaz. O quarteto gaúcho existe há 7 anos, e pode-se dizer que o tempo fez muito bem a Alexandre Nickel (vocais e baixo), Cris Möller (vocais e guitarra), Gustavo “Gigante” Zuchowski (Guitarra) e Pedro “Toledo” Ramos (bateria). “III” é uma brincadeira com o fato de o terceiro CD ser sempre o “melhor” e o que “decide” a carreira de uma banda, mas também é o passo que a Tópaz dá em direção a tudo aquilo que a música nacional precisa.

A Tópaz lançou seu primeiro disco em 2007, intitulado “Outra Direção”. Foi com o êxito do primeiro hit, “Biografia”, nas rádios do Sul do Brasil, que eles demonstraram a grandiosidade do que estava por vir. No verão de 2010, a Tópaz deu um grande passo: fez parte de um dos mais importantes festivais mu-sicais do Brasil: o Planeta Atlântida. Na ocasião, tocou na mesma noite que Strike, Nx Zero e Marcelo D2. Não para por aí: destaque no Youtube, tendo uma das contas mais acessadas do site, a Tópaz abusa na criatividade, lançando vídeos que se transformam em verdadeiros virais na internet. O último clipe, “O Maior Idiota do Mundo”, em apenas três dias ultrapassou mais de 50 mil exibições, sendo mais assistido na época que o trailer oficial do último filme da saga Harry Potter (Harry Potter e as Relíquias da Morte). Hoje, além de fazer parte da programação diária da MTV, o vídeo já passa das 120 mil views, e a canção é destaque nas principais rádios da região Sul do Brasil. (Conheça mais da banda acessando http://www.bandatopaz.com)

Topáz

17Instituto Vida Harmônica

Novidades

Page 18: Revista Vida Harmônica

Nossos alunos, juntamente com nossos professores, dedicam grande parte de seus tempos na con-strução de instrumentos musicais. Esses produtos servem para venda através de nosso site. Os lu-

cros vão para melhoria nos projetos e contratação de mais profissionais especializados para melhor recebe-los em nosso instituto. Aqui vão algumas novidades em nosso estoque. Em nosso site você

pode acessar a lista de produtos completa.

Loja Virtual

18 Instituto Vida Harmônica

Caixa de Folia A caixa de folia é também

chamada de caixa de guerra ou caixa do Divino, depen-

dendo da região em que é usada. Consiste em um

tambor de tamanho médio ou pequeno, com duas membra-nas de pele animal (“couro”), esticadas por cordas. A caixa

também possui afinadores, pequenos anéis de osso de boi, que mantém as cordas

esticadas. O detalhe mais característico da caixa de folia é uma corda na parte inferior

desse tambor.

Rabeca Medieval Pinturas, esculturas e ilumin-

uras medievais ilustram os in-strumentos musicais que eram

tocados do século IX ao XV. São esses documentos históri-cos que servem de base para que historiadores e pesquisa-dores reproduzam as técnicas de construção de instrumentos

musicais medievais. Nessa época os modelos dos instru-mentos musicais se assemel-

havam, com algumas mudan-ças na construção conforme o tipo de matéria-prima, técnica

e tradição de seus artesãos.

Rabeca Tradicional A rabeca é um instrumento de

origem árabe tendo-se notí-cias de sua utilização desde a Idade Média. É um instrumen-

to de arco, precursor do vio-lino. No Brasil, encontramos a rabeca de confeccionada por artistas populares em comu-nidades rurais. Ela é tocada em manifestações populares e religiosas desde os remo-tos tempos da colonização

brasileira. Sua construção, a afinação e a maneira de tocar mudam conforme a região de

origem.

Vitrine

Page 19: Revista Vida Harmônica

19Instituto Vida Harmônica

Espaço CriançaNessa edição você vai aprender a fazer uma Flauta de Pã. Peça sempre ajuda para seus pais ou um outro adulto para usar as ferramentas. Divirta-se! :)

FLAUTA DE PÃ ou Flauta de Amolador é um instrumento com grandes tradições em Portugal. O amolador fazia-se anun-ciar ao som da sua flauta, correndo a escala musical, do grave para o agudo e vice-versa, com uns floreados pelo meio. Era a publicidade da época. Porque além de amolar facas, “tisoiras” e consertar panelas, ele também arranjava guarda-chuvas. O povo da aldeia, quando ouvia ao longe o som da sua FLAUTA DE PÃ, dizia ... vai chover! É um instrumento muito antigo. Já os Romanos e os Gregos o fabricavam e tocavam. Ainda hoje esta Flauta é conhecida em todo o Mundo. Na Birmânia é um dos instrumentos populares mais importantes, onde é conhecido por “NAÚRE” e no Peru existem Flautas de Pã com 2 metros de altura. Para que não tenhas de comprar um escadote, aquela que vais construir é ... muito mais pequena.

1, 2, 3 E JÁ!Corte o tubo em alturas de 16,5;15;14;13;12;11;10;9 cm. Depois de cortar você deve moldar o tubo, com a lima e depois com a lixa. Terá que encostar o tubo, aos lábios, e se, o tubo estiver rugoso, deve aleijar. Agora coloque uma rolha em cada um dos tubos. Peça auxílio aos teus professores de música do instituto para afinar corretamente as notas. A afinação faz-se subindo ou descendo a rolha no interior do tubo; depois de teres as 8 notas afinadas vais juntá-los, com o auxílio de tiras de cana e corda ou fio de lã. Para deixar mais bonito, ate os tubos com lã de várias cores para dar um aspecto alegre à Flauta de Pã.

FERRAMENTAS:- Serrote para ferro;- lima paralela para ferro;- Canivete;- Lixa nº 150

VOCÊ VAI PRECISAR DE:- 1 metro de tubo PVC;- 8 rolhas de cortiça;- Cerca de 20 cm de cana- 2 metros de fio de lã

Infantil

Page 20: Revista Vida Harmônica

Apresentação do grupo do instituto, do coral das crianças, do

grupo Harmor e do cantor e compositor

Nando Reis.

Dia 25 de dezembroA partir das 17h

A magia do Natal é seu maior presente

Rua São Mateus. 815Porto Alegre - RS

www.natalharmonico.com.br

Natal HarmônicoNatal Harmônico