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Revista VIVA! Dezembro

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revista VIVA!, edição Dezembro

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águas do portoprémio

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águas do porto

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editorialJOSÉ ALBERTO MAGALHÃES

AgustinaO Porto não pode, não deve esquecer aqueles que no seu seio se ergueram do

comum dos mortais e criaram obras eternas que orgulharam, dignificaram e en-grandeceram a cidade.

Agustina Bessa Luís é um desses casos. Retirada da cena pública, há algunsanos, por questões graves de saúde, a imortal autora de Fanny Owen e Sibila,entre muitas dezenas de grandes obras, já deveria ter sido distinguida pela cidadeonde escolheu ficar ainda muito nova, apesar de ter nascido, em 1922, em VilaMeã, Amarante.

Descendente de uma família de raízes rurais de Entre Douro e Minho e de umafamília espanhola de Zamora, por parte da mãe, Agustina passou a infância eadolescência nesta região, cuja ambiência marcará fortemente a obra da escrito-ra. Depois fixou-se no Porto onde reside há cerca de 70 anos.

Estreou-se como romancista, em 1948, com a novela “Mundo Fechado” masfoi com Sibila, em 1954, que Agustina Bessa Luís se impôs como uma das vozesmais importantes da ficção portuguesa contemporânea.

Vários dos seus romances foram já adaptados ao cinema por Manoel de Olivei-ra, casos de Fanny Owen (Francisca), Vale Abraão e as Terras do Risco (Oconvento).

Membro da Academia Europeia de Ciências, Artes e Letras (Paris), AcademiaBrasileira de Letras e Academia de Ciências de Lisboa, Agustina recebeu, em2004, aos 81 anos, o mais importante prémio literário de língua portuguesa, oPrémio Camões.

Traduzida em alemão, castelhano, dinamarquês, francês, grego, romeno e itali-ano recebeu, ao longo da vida, além do Prémio Camões 2004, outras 14 distin-ções nacionais e internacionais.

Entre estas, destaque para o Prémio Eça de Queirós (1954) por A Sibila,Prémio Nacional de Novelística (1967), pelo livro Homens e Mulheres, PrémioAdelaide Ristori, pelo Centro Cultural Italiano, em Roma (1975), Prémio do PenClub Português de ficção (1980), por O Mosteiro, Prémio D. Dinis da Casa deMateus (1980), também por O Mosteiro, Prémio da Cidade do Porto (1982),Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores(1983), pelo livro Os Meninos de Ouro, Prémio da Crítica, do Centro Portuguêsda Associação Internacional de Críticos Literários (1993), por Ordens Menores ePrémio União Latina, em Itália (1997), por um Cão que Sonha.

Foi distinguida com a Ordem de Sant’Íago e Espada, pelo estado português em1980, a Medalha de Honra da Cidade do Porto, em 1988, e o grau de oficial daOrdem das Artes e das Letras, pelo governo francês, em 1989.

É por isso de elementar justiça que a cidade que a acolheu, e onde dirigiu ojornal Primeiro de Janeiro e criou uma obra de altíssima qualidade, lhe atribua asua maior distinção, a medalha de ouro.

De preferência, enquanto Agustina Bessa Luís permanecer entre nós...

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sumário

Propriedade de:ADVICE – Comunicação

e Imagem Unipessoal, Lda.Sede da redação: Rua do Almada,

152 - 2.º – 4050-031 PortoNIPC: 504245732

Tel.: 22 339 47 50 – Fax: 22 339 47 [email protected]

[email protected]

Diretor Eduardo Pinto

Editor José AlbertoMagalhães

Redação Marta Almeida CarvalhoMariana Albuquerque

Fotografia Virgínia Ferreira

Marketinge Publicidade Eduardo João Pinto

Célia Teixeira

ProduçãoGráfica Ricardo Nogueira

Pré-impressão Xis e Érre,Estúdio Gráfico, Lda.

Impressão, MultipontoAcabamentos Rafael, Valentee Embalagem & Mota, S.A.

R. D. João IV, 691-7004000-299 Porto

Distribuição Mediapost

Tiragem 140.000global exemplares

Revista trimestral gratuita

Registado no ICS com o n.º 124969Membro da APCT

Depósito Legal n.º 250158/06Direitos reservados

Editorial ............................................................................................... 3

Protagonista: Maria da Fé .................................................................. 6

Moda: Sugestões Reveillon .............................................................. 12

Reportagem: Solidariedade .............................................................. 16

Publireportagem: Hiper janelas ....................................................... 22

Ciência: Jogadas de inteligência artificial ........................................ 26

Música: Curt’&’Grosso ..................................................................... 30

Lazer: Jardim Zoológico da Maia ...................................................... 34

Figura: Hélio Loureiro ....................................................................... 38

Guimarães: 2012 Capital Europeia da Cultura ................................ 42

Televisão: Porto Canal ...................................................................... 48

Momentos: ...................................................................................... 52

Memórias: Mercado do Bolhão ......................................................... 60

Decoração: CIN .............................................................................. 62

Galiza: Turismo de sensações .......................................................... 64

Desporto: Formação FCP ................................................................. 70

PF News: .......................................................................................... 74

Águas do Porto: Boas práticas reconhecidas a nível europeu ..... 76

Um dia com...: Metro do Porto ......................................................... 78

Portofólio: ........................................................................................ 82

Atualidade: ....................................................................................... 84

Através dos tempos: Pontes do Porto ............................................. 88

Autarquias

Porto: Desenvolvimento sustentado .............................................. 92

Matosinhos: Tempo de viver Matosinhos ...................................... 96

Gaia: 70 milhões para investir no centro histórico ..................... 102

Área Metropolitana do Porto: 100 mil árvores ............................ 106

Sugestões Culturais: ..................................................................... 110

Freguesias

Campanhã: Centro de saúde em «stand by» .................................. 112

Lordelo do Ouro: Pela defesa do ambiente ..................................... 114

Nevogilde: Os «Pesquinheiros do Molhe» ....................................... 116

Paranhos: Dois anos de mandato com “balanço positivo” ............. 118

Passatempos. ................................................................................. 120

Crónica: Um desígnio para a cidade ............................................... 122

Lazer

Jardim Zoológico da Maia

Reportagem

Solidariedade

Música

Curt’&’Grosso30

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26 CiênciaJogadas de InteligênciaArtificial

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maria da féprotagonista

“Até que a voz me doa”

Maria da Fé é uma fadista derenome internacional que

imortalizou temas como«Cantarei até que a voz me doa»ou «Vento do Norte». Nasceu no

Porto, cidade de onde destaca aspessoas e a capacidade de

trabalho. Já celebrou 50 anos decarreira e conta com diversas

homenagens de grandeenvergadura nomeadamente a

Medalha do Mérito Cultural ou asmedalhas de ouro das cidades de

Porto e de Lisboa.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Jorge Calçada /Ricardo Nogueira

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Mar

ia d

a Fé

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maria da féprotagonista

Maria da Conceição Costa Gordo, nasceu no Portoa 25 de maio de 1945, na freguesia de Massarelos.Da infância na cidade guarda, principalmente, memó-rias dos tempos de escola, onde frequentou a da Or-dem da Trindade. “Os professores, não sei porquemotivo, gostavam muito de mim”, diz, salientandoque as suas lembranças mais antigas estão direta-mente ligadas à cidade do Porto. “Era a cidade ondevivia com os meus pais e os meus irmãos. Sempregostei do Porto e continuo a gostar”. Já envolvida noespírito natalício, Maria da Fé recorda os natais dasua infância e a “reunião da família, sempre com obacalhau e as rabanadas”. “Com o pouco que tínha-mos, fazíamos muito. Havia amor e carinho”, garante.

Para a fadista, o melhor do Porto são os habitantes.

“São pessoas verdadeiras, com um carisma muitopróprio”, garante. Os símbolos que destaca são a Tor-re dos Clérigos e a Igreja da Trindade, numa cidadeque está muito mais “moderna e cosmopolita” do queera nos seus tempos de menina. A morar em Lisboadesde os 18 anos, altura em que rumou à capital parater um acesso mais alargado às oportunidades profis-sionais, não vem ao Porto tantas vezes quantas gosta-ria e, quando isso acontece é, geralmente, em traba-lho. “Ainda tenho cá os meus irmão e outros familia-res”, diz.

As tripas à moda do Porto e as papas de sarrabulhosão rituais que não dispensa quando está no Porto. “Épena que as nossas tripas não tivessem sido eleitascomo uma das sete maravilhas da gastronomia portu-guesa”, lamenta, garantindo que aqui são cozinhadas“como em nenhum outro local do país”.

Destino: fado

Prometeu cantar “até que a voz lhe doa” e esta éuma “promessa” para cumprir. “Acaba por não seruma promessa mas antes uma certeza. Cantarei en-quanto gostar de me ouvir. Sou muito perfecionista eexigente comigo mesma”, assegura. A aventura nomundo da música era um sonho que tinha desde ainfância. “Comecei a cantar na escola. Os meus paisgostavam muito que o fizesse. Cantava em concursosque tinham lugar no Palácio de Cristal organizadospelo Domingos Parker e pelo Jornal de Noticias”, con-ta a artista, que adotou o nome artístico por se consi-derar uma mulher de fé. “Já havia uma artista com onome de Maria da Conceição e na altura não podiahaver dois artistas com o mesmo nome. Penso quecomo mulher de fé que sou, era este nome que melhorme distinguia”, diz.

Começou a sua carreira com nove anos de idade,altura em que venceu alguns dos concursos em queparticipou. Foi aí que consolidou a certeza quanto àsua carreira musical, que se foi tornando numa “reali-dade cada vez mais presente com o passar dos anos”.

Apesar de ter cantado outros estilos, o fado é o quemais gosta e onde se sente “mais verdadeira”. Aos 18anos mudou-se para Lisboa porque era lá que estavampraticamente todas as oportunidades a nível profissional,tendo sido, quase de imediato, contratada para cantar emdiversas casas de fado e no Casino do Estoril.

O seu primeiro disco é de 1959 e a partir de entãonunca mais parou de cantar. Temas como «Valeu aPena», «Fado Errado», «Vento do Norte», «20 Anos»,«Cantarei Até Que a Voz Me Doa», «Divino Fado»,«Portugal Meu Amor» ou «Senhora do Tejo» são, entreoutros, os seus grandes sucessos. Questionada sobrequal a canção que mais gostou de interpretar, a fadis-ta não especificou nenhum tema, garantindo que sócanta aquilo de que gosta e sente.

Em 1963 lançou uma experimentação musical –o pop-fado – que teve algumas criticas dos maistradicionalistas. “O pop-fado foi uma experiênciaem que, além da guitarra portuguesa, havia a gui-tarra eléctrica e a bateria do José Duarte (um gran-de nome do jazz em Portugal) e onde o ritmo eradiferente do tradicional. A projeção foi enorme, no-meadamente na comunicação social, e só me trou-xe notoriedade”, recorda.

Em 1968 casou com o poeta José Luís Gordo, seuatual marido, que a tinha como uma “musa”. “O meumarido é o meu maior crítico. É uma pessoa muitosensível, um poeta. Ele é também uma fonte de inspi-ração para mim. Tenho a certeza que continuo a ser asua musa de sempre”, garante, salientando que amaior parte dos poemas que canta são da autoria domarido.

50 anos de carreira no fado

Maria da Fé, uma admiradora de Amália Rodrigues,foi a primeira fadista a participar num Festival RTP daCanção, em 1969, com o tema «Vento do Norte». “É

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maria da féprotagonista

uma canção com um significado muito forte e que agra-dou bastante ao público”, diz, salientando a importân-cia que esta participação trouxe à sua carreira. Impor-tante também foi a participação num filme protagoniza-do pelo ator americano Robert Wagner, onde interpretoudois dos seus maiores sucessos - «Cantarei Até Que aVoz Me Doa» e «Portugal, Meu Amor». “O filme foivisto a nível mundial, por isso muitas pessoas, de umamaneira ou de outra, ficaram a conhecer-me”, refere.

Em 1975 inaugurou o restaurante “Sr. Vinho”, navelha tradição das casas de fado e que se tornou numdos mais importantes espaços culturais da cidade.

Na década de 1980, Maria da Fé tornou-se numa daspoucas artistas portuguesas a levar o fado até ao Brasil,tendo atuado nas principais casas de espetáculo do Riode Janeiro e de São Paulo, e sido homenageada peloprestigiado cantor e compositor Caetano Veloso, no seuálbum «Língua Portuguesa». “Uma homenagem feitapelo próprio é uma grande honra. É uma pessoa pelaqual nutro grande estima e amizade. Tive a alegria decantar no Canecão, no Rio de Janeiro e no Palace deSão Paulo e em muitas outras cidades”.

A atribuição da Medalha do Mérito Cultural, comoreconhecimento por uma carreira de mais de qua-renta anos, e de outras condecorações importantescomo a Cruz de Mérito da Cruz Vermelha Portuguesae a Medalha de Ouro da cidade de Lisboa foram deextrema importância mas a que lhe deu mais orgu-

lho foi receber a Medalha de Ouro da cidade doPorto. “Não desvalorizando as outras medalhas,como a de Ouro da cidade de Lisboa, aquando dacomemoração dos meus 50 anos de carreira, a doPorto tem um significado especial”, garante. Mariada Fé foi, ainda, distinguida com o Prémio para aMelhor Intérprete Feminina de 2006 pela FundaçãoAmália Rodrigues, que, diz “tem um sabor a fado”.

Em 2009 celebrou 50 anos de carreira com doisespetáculos nos Coliseus de Lisboa e Porto. Paraalém da atividade profissional, a artista é uma apre-ciadora de cinema e teatro, tendo como principaisinteresses “as causas humanitárias, sobretudo comcrianças. “Têm todo o meu apoio”, garante. Mariada Fé considera que foi uma «mãe-galinha» e quese tornou ainda mais «galinha» depois do nasci-mento das duas netas. “A partir do momento que fuiavó, tornei-me muito mais sensível aos problemasdas crianças”, conta, salientando que problemascomo o abandono e a solidão dos idosos também asensibilizam.

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júlio torcato e anabela baldaque

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Otimismo de Ano Novo

A pouco tempodo início demais um novoano, a Vivadesafiou doisconhecidosestilistas– Júlio Torcatoe AnabelaBaldaque– aapresentaremalgumassoluçõesadequadasà ocasião.

pecífica, que vive num determinado local e quegosta de determinadas coisas”, descreveu Torcato.

Deste modo, no exercício de construção de looksadequados à passagem de ano, o designer de modaimaginou três homens distintos: um irreverente, ummais formal e outro que tenha decidido começar2012 fora do país. “Diria que para um homem maisurbano, irreverente, que goste de afirmar a sua indi-vidualidade, sugiro um blaser escuro de trespasse,que está muito indicado, preto ou com riscas, euma gola alta fininha e colorida – de um vermelho,verde ou roxo escuros”, afirmou, propondo a utiliza-ção de uns jeans ultra skin, também muito escuros,para acompanhar. “A chamada calça de ganga é umitem de moda e as lavagens estão a desaparecer”,notou. Se, eventualmente, a pessoa não gostar dagola alta, também poderá utilizar “uma camisa es-cura, uma gravata muito fina e um chapéu”.

Para um homem formal, Júlio Torcato indica aescolha de um fato ou smoking, dependendo do graude exigência do local onde irá estar. “Um fato es-curo ou um smoking, que pode também ser de tres-passe, e aí, uma camisa branca e uma gravata. Se

Texto: MarianaAlbuquerque

Com gostos atrevidos, confortáveis ou requinta-dos, regra geral, todos gostam de celebrar o entusi-asmo dos primeiros minutos do novo ano com umlook elaborado com mais cuidado. Para o conhecidoestilista Júlio Torcato, esta é uma boa ocasião paraesquecer um pouco as derrotas passadas e acredi-tar em melhores momentos futuros. “Eu acreditonisso, aliás, o tema da minha coleção no PortugalFashion foi exatamente esse otimismo, o ser feliz”,contou.

Normalmente, quase todas as marcas e desig-ners de moda apresentam mini coleções com pro-postas adequadas ao fim de ano. Apesar da crise,Júlio Torcato defende que este ano não será exce-ção. “Nas marcas que desenho tenho sempre algu-mas peças mais vocacionadas para essa ocasião.São sofisticadas, de festa, mais formais, escuras erequintadas. Os fatos escuros e as camisolas es-treitas estão no topo das escolhas do estilista.

Vestir diferentes estilosde vida masculinos

Se há alguns anos a idade eraum fator intimamente ligado àmoda, hoje, o estilo de vida ado-

tado pelas pesso-as é um dos aspetos pri-oritários no momento decriar. “Antes falava-semuito em idade, agorafala-se em ‘life style’.No ato da criação, ima-ginamos uma pessoacom uma profissão es-

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júlio torcato e anabela baldaque

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for uma situação mais formal ainda, será adequadauma camisa de smoking com um laço. Aqui acon-selha-se também a utilização de uma faixa desmoking”, ilustrou o estilista. Por fim, se o hipoté-tico cliente optar por um fim de ano no Brasil, porexemplo, é imperativo vestir “branco total”.

Look ‘troika’

A pensar nos portugueses que, em tempo decrise, preferem não fazer grandes investimentosnos modelos de passagem de ano, o criador ima-ginou uma aparência conseguida através de umapequena reciclagem do que já existe no armário.

“Quase toda a gente tem um fato escuro e umacamisa branca. Neste caso, o único investimentoseria num laço, que pode ser preto ou bordô”, des-tacou, salientando tratar-se de uma peça bastanteacessível que contribui para um look elegante.“Se quiser ir mais longe, poderá aplicar tambémuma faixa de smoking em cetim, que também seencontra facilmente nas lojas a preços acessí-veis”, apontou.

Conforto e requinte no feminino

Apesar de notar que as senhoras pedem cadavez menos peças de roupa especiais para a passa-gem de ano, Anabela Baldaque considera que umdos aspetos mais importantes é a escolha de umaaparência adequada à própria pessoa. Ainda as-sim, defende, é necessário ter cuidado com deter-minados aspetos. “As maiores falhas estão naconjugação dos vários elementos: corpo, vestido,sapatos, maquiagem e cabelo. Às vezes, só o ca-belo estraga tudo”, salientou, mencionando que“é o todo que faz o bem estar das pessoas”.

Assim, para uma passagem de ano em casa, aestilista portuense sugere, por exemplo, um top debrilho conjugado com umas calças de ganga. “Umaparte de cima festiva e alegre, mas com uma com-ponente jovial e bem disposta”, descreveu, acres-centando que outra escolha interessante seria ade um camisolão de lá, “num estilo mais confor-tável e aconchegante”.

Se, por outro lado, a ocasião for celebrada numhotel, aconselha-se a utilização de sedas, vesti-dos compridos e lamês, para looks “muitos femi-ninos e mais elaborados”. Nesta situação, maisassociada à faixa etária dos 45 aos 50 anos, Ana-bela Baldaque propõe a utilização de azul mari-nho. As malhas de seda, os veludos, rendas eestampados bem feitos são outras opções menci-onadas pela criadora de moda.

O preto, por ser uma “solução fácil”, só seriausado em última instância. “Na passagem de ano,só utilizaria o preto no caso de se tratar de umapele muito clara, um cabelo loiro e uns olhos mui-to azuis”, afirmou, revelando que prefere desafiosmais arrojados, que envolvam a busca do tecido eda cor certos para cada pessoa.

Proposta de Anabela Baldaque para uma passagemde ano sofisticada (Moda Lisboa)

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solidariedadereportagem

Ajuda transversal

Entre emails reveladores dehistórias de vida e pedidosdiretos de ajuda, os dias nasinstituições de solidariedade sãopassados a tentar encontrarsoluções que permitam estenderos apoios a mais pessoas efamílias. E se, em períodos decrise, a dificuldade é grande,maior terá de ser a persistênciados que recusam ficar de braçoscruzados a encarar a pobreza.

Com apenas seis anos, André já é um motivo deorgulho para o pai, que exibe, com satisfação, osconhecimentos de inglês do pequeno rebelde. Emaltas correrias por entre os pratos de sopa distribu-ídos pela equipa da Legião da Boa Vontade (LBV), omiúdo debita pequenas frases que culminam numlongo sorriso. “My name is André! I’m six yearsold! [O meu nome é André. Tenho seis anos]”, diz,quase em tom cantado, iniciando uma nova corridanas traseiras da Loja do Cidadão das Antas, noPorto. “É um miúdo muito inteligente, mas foi aban-donado pela mãe”, contou Francisco, pai de André,confessando que andar com o filho pela rua é o quemais lhe custa na vida.

Um dos voluntários presentes, que já integra a“Ronda da Caridade” há nove anos, conhece bemAndré e sabe que “o lingrinhas quer é brinquedos”.“Já estamos habituados, mas quando encontramoscrianças na rua mexe sempre mais connosco”, con-fessou o «senhor Cruz», tal como é conhecido entrevoluntários e utentes. Ainda assim, apesar das ima-gens pesadas que se vêem na rua, é com alegria edescontração que a equipa atua na cidade do Porto,todas as sextas e sábados à noite, por trajetos pre-viamente estabelecidos. Mas se é certo que asdificuldades financeiras que o país enfrenta estão acomplicar, de forma crescente, a vida dos portu-gueses, inegável é também a situação de dificulda-de que algumas instituições de solidariedade soci-al como a Cáritas, Cruz Vermelha, Legião da BoaVontade e Coração da Cidade estão a enfrentar paraa manutenção do apoio a quem precisa.

Texto: Mariana Albuquerque/Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

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Pedidos de ajudaque não escolhem idades

“Quando chegamos de manhã, em dias de atendi-mento, reparamos que nunca vimos a LBV com tantagente à espera como agora”, contou Orlanda Silva, daLegião da Boa Vontade, referindo que tiveram de au-mentar o número de cabazes mensais, compostos porcerca de 25 quilos de alimentos, de 100 para 120. Oscasos de necessidade superam o número, mas a enti-dade, presente no Porto, Coimbra e Lisboa, sabe quenão consegue “ir muito além disso”. “Se é um traba-lho difícil? Fácil não é”, garantiu, explicando que,ainda assim, a entidade tem sido surpreendida pelaelevada sensibilização da comunidade. “Constatámosque as pessoas fazem questão de dar coisas realmen-te boas e têm noção do que necessitamos”, referiuOrlanda Silva. Para além da “Ronda da Caridade” e daatribuição mensal de cabazes, a LBV apoia diariamen-te 80 sem abrigo e disponibiliza uma série de progra-mas de ajuda a pessoas de todas as idades: o “SorrisoFeliz” contribui para a saúde oral dos mais novos,através de uma unidade de saúde móvel que percorreescolas, infantários e centros sociais, em defesa deuma atitude de prevenção; o “Semente da Boa Vonta-de” trabalha com crianças entre os 4 e os 13 anos,ocupando-lhes os tempos livres de uma forma educa-tiva e o “Viva Mais” reúne, todos os dias, um grupo de

idosos que partilha experiências e prepara enxovaispara bebés. Curiosamente, os brinquedos estão notopo dos produtos de que a LBV mais precisa. “Temosroupa suficiente, mas precisamos de brinquedos”, afir-mou a responsável, explicando que muitos dos quechegam à instituição “já estão um pouco desfalca-dos” para serem oferecidos às crianças.

Afirmação de uma “pobrezaenvergonhada”

De mangas arregaçadas estão também, das 9 às 21horas, os elementos do “Coração da Cidade”, insti-tuição que serve uma média de 600 refeições diárias,num total de cerca de 12 mil por mês, número que temvindo a aumentar desde o verão. Como não existe umcontrolo dos utentes aos quais são servidas as refei-ções, há pessoas que recorrem à entidade três ouquatro vezes ao dia. “Aqui, todos os que necessitempodem vir matar a fome com uma refeição, onde asopa está sempre presente”, referiu Maria Lasalete,presidente da instituição. Todos os dias, o “Coraçãoda Cidade” produz litros e litros de sopa – o bemalimentar mais procurado. De acordo com a responsá-vel, as pessoas que procuram ajuda são sobretudooriundas de classes baixas, ainda que se esteja averificar o crescente aumento das solicitações da clas-se média, inclusivamente de licenciados. “Estas pes-

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solidariedadereportagem

soas atuam de forma mais inibida, é a chamada po-breza envergonhada”, notou, salientando que o “Cora-ção da Cidade” foi pioneiro em abrir as portas à toxi-codependência.

Mais do que um serviço de refeições, a entidadeconta com diversos programas sociais, nos quais es-tão inscritas 150 famílias, num total de cerca de 700utentes. Cada um deles possui uma caderneta comum código (1, 2 ou 3), atribuído mediante o número depessoas que compõe o agregado familiar. À luz dodocumento, é possível levantar determinadas quanti-dades de bens alimentares no mercado social da ins-tituição, abastecido por excedentes conseguidos atra-vés de colaborações, por exemplo com supermerca-dos e empresas de produtos alimentares. O “Coraçãoda Cidade” disponibiliza ainda um serviço de apoiodomiciliário, direcionado a idosos e acamados, atra-vés de voluntários AVE, cuja missão é a de entregar osalimentos ao domicílio de quem requer este serviço.

Abrandar o ritmopara equacionar respostas

Com tantas pessoas para apoiar, começam a serpoucas as mãos de quem está do outro lado da ajuda.A Cáritas, por exemplo, está, neste momento, a auxi-liar 508 famílias e se, em 2010, a média de cabazesentregues rondava os 322, este ano, ascendeu a 413,num aumento de 29%. “Por uma questão de recursoshumanos e de logística, não estamos a fazer novos

atendimentos. Estamos a organizar-nos internamentepara darmos uma resposta mais concertada e maiscoerente”, referiu a educadora social Daniela Guima-rães. A verdade é que os fenómenos da nova pobrezaestão a obrigar as técnicas da instituição a procurarnovas abordagens condizentes com a realidade.

Perante o “enorme aumento de novos pedidos”, opresidente da Cáritas, Pedro Marques, afirma encararo futuro “com preocupação”. “Os peditórios estão abaixar e os donativos também porque as pessoas têmos bolsos vazios”, constatou, explicando que o apoiocedido pela entidade não é só a nível alimentar. “Nãosão só alimentos, empréstimo de camas e cadeiras,nem só medicamentos e consultas médicas e jurídi-cas, são as propinas, as próteses, os óculos, a contada luz que não se paga”, enumerou. Incapaz de traçaro perfil das pessoas que recorrem à Cáritas, PedroMarques salientou a emergência de um número cres-cente de famílias sobreendividadas, “cujos rendimen-tos já não chegam para os compromissos assumi-dos”. “O perfil que quiser imaginar vai, necessaria-mente, encontrar aqui”, garantiu. E Daniela Guima-rães completou: “idosos, jovens, alunos do ensinosecundário ou superior que vêm dos PALOP, com pro-messas de bolsas que não existem e que ficam apassar fome em Portugal, desempregados de longaduração e recentes, casos de pobreza tradicional e danova pobreza”.

Numa fase de balanço de atividade, a educadorasocial constatou que, no mês de julho, a instituição

recebeu cerca de 70 pedidos de famílias às quais nãoconseguiu, no imediato, dar resposta. “Estes agregadosterão, digamos, prioridade sobre os outros porque seencontram à espera. São pedidos dos mais diversoslocais”, contou, lamentando que o futuro para 2012seja tão incerto. “Em relação ao Programa Comunitáriode Ajuda Alimentar (PCAAC), o cenário também é ne-gro porque nem os países da União Europeia se enten-dem. Por isso, nós, que estamos no terreno, não sabe-mos o futuro dos apoios”, concluiu a responsável. Ape-sar dos momentos difíceis que os portugueses estão aenfrentar, o presidente da Cáritas pede apenas que aspessoas se interessem por conhecer o trabalho da ins-tituição, de modo a poderem ajudar conforme as suaspossibilidades. “A Cáritas não é só uma entidade dio-cesana. Atende, acolhe, recebe pessoas e ajuda-as aresolver os seus problemas. Não queremos saber setêm prática religiosa, nem se acreditam. Só nos inte-ressa que são pessoas fragilizadas que têm de ser aten-didas com subtileza para não sofrerem a amargura daoferta que lhes damos”, assegurou.

Conceito de socorro que evoluiuao longo dos tempos

A atuar numa vertente de ajuda diferente, mas igual-mente atenta às necessidades da população está tam-bém a Cruz Vermelha, instituição de cariz internacio-nal que nasceu com a função de socorrer feridos. Ali-ás, ainda hoje a entidade está presente em todos oscenários de conflitos ou de tragédias naturais. “Socor-rer os feridos ainda é o ‘core business’ da instituiçãomas, ao longo dos tempos, o conceito de socorro foi-se tornando mais abrangente”, afirmou Otília Novais,presidente da delegação do Porto. “Atuar e intervir,bem como desenvolver uma ação preventiva relativa-mente aos grandes problemas sociais, como a pobre-za, são, atualmente, os grandes objetivos”, acrescen-tou a responsável, salientando ainda a vertente daformação. “Nesta matéria há duas ramificações: porum lado a formação em socorrismo, uma longa tradi-ção da Cruz Vermelha, por outro a formação direciona-da para grupos específicos, apostando na qualificaçãodas pessoas”.

Deste modo, a instituição tem vindo a desenvolveruma série de projetos, abertos à comunidade, não sópara responder aos novos problemas da sociedade mas

também para garantir a sua própria sustentabilidade.Para além de um Gabinete de Apoio à Família e àComunidade e da distribuição de bens alimentares, aorganização conta com diversos planos, nomeadamenteo “Espaço 107/37 – Para uma melhor (Maior) idade”,ainda em implementação, e que se traduz num espaçointergeracional que se pretende dinâmico, onde osmais jovens e os mais velhos possam trocar experiên-cias, discutir projetos e ocupar os tempos com ativi-dades diversas, nas mais variadas áreas. A iniciativairá permitir um desenvolvimento na área do empreen-dedorismo, em todas as idades, e as receitas servirãopara financiar os apoios aos mais necessitados. “Sãoformas de auto-financiamento, de repensar novas res-postas que possam ser geradoras de receitas, parafinanciar a ajuda que vamos prestar a quem dela ne-cessita”, apontou a responsável, sublinhando que onúmero de famílias que procuram a organização temvindo a aumentar. “Sobretudo neste período de crise,nota-se uma maior procura de apoio por parte dasfamílias e cada vez mais da classe média”, admitiu.Conclusões partilhadas pelas várias associações so-ciais que, apesar de recearem o futuro, prometem nãobaixar os braços e continuar a lutar pela devolução desorrisos.

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Publireportagem

Os 8 motivos que o levam a optar porjanelas Finstral:

1 - Proteção térmica e redução de gastoscom o aquecimentoPoupar energia proveniente dos aparelhos de aque-cimento implica a escolha do correto sistema dejanelas.

As janelas Finstral diferenciam-se pela utiliza-ção de vidros especiais e pelo elevado valor deisolamento térmico dos perfis (aro e folha). Propor-cionam um elevado conforto habitável, com baixosgastos energéticos, à medida e segundo a necessi-dade de utilização de cada espaço.

Sistemas de janelas e portas Finstral

2 - Ótimo isolamento acústicoSentir a diferença

As janelas e portas Finstral são caracterizadaspelo seu elevado isolamento e mesmo na versãostandard já garantem excelentes valores de isola-mento acústico.

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Mediante a utilização de vidros triplos especiaisconseguem alcançar valores de isolamento bastan-te interessantes.

3 - Design elegante e fabrico à medidaValorizar a diferença

Réplicas de formas tradicionais, de nobre dese-nho, possibilitam um restauro personalizado.

O sistema de janelas e portas Finstral permiterealizar estilos individuais, conservando a identi-dade do edifício quanto à forma e à cor.

6 - Proteção e segurançaTirar proveito da segurança

Na versão standard, as janelas Finstral estão equi-padas com um sistema de segurança contra tentativasde intrusão com recurso a alavancas, quer a janela seencontre fechada ou na posição basculante.

Disponíveis estão também programas integradosde proteção e vigilância eletrónica da janela comníveis adicionais de segurança.

7 - Moderno e prático sistemade abertura e arejamentoSimplifique

A simplicidade do manuseamento e a segurançafuncional das janelas e portas são essenciais parao correto arejamento de todos os espaços.

O novo sistema de abertura Fintral “verão/ inver-no” permite facilmente controlar as perdas energé-ticas e garante o arejamento suficiente da habita-ção mesmo nas estações mais frias do ano.

4 – Fecho herméticoViver rodeado de conforto na sua própria casa

No projeto, e em particular no fabrico, as janelasFinstral garantem uma elevada resistência às condi-ções meteorológicas mais extremas. O fecho herméti-co das janelas é eficaz e impede a entrada de água,assim como de qualquer infiltração de humidade.

5 - Manutenção económicaEsqueça o pincel e a tinta

Todos os elementos Finstral são resistentes e debaixo custo de manutenção, podem ser facilmentecuidados e limpos. Um investimento e uma pou-pança futura.

8 - Garantia e qualidadeA importância e a segurança de uma marca

A qualidade de Finstral é baseada em controlosregulares, materiais de primeira qualidade, proces-sos produtivos integrais, normas de montagemacrescidas de um serviço de confiança. Além dis-so, é distinguida por garantias e certificados emiti-dos por instituições independentes, reconhecidas anível internacional, nomeadamente IFT Rosenheime RAL. Desde o ano 2007, Finstral também é part-ner oficial da Casa Climática.

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ciência e tecnologia

de Inteligência Artificial

São jogos de futebol com asmesmas regras e que suscitam

igual entusiasmo entre os“adeptos”. A FC Portugal é uma

espécie de seleção nacional jáconhecida internacionalmente quetem uma particularidade: os seusjogadores são robôs que colocam

em prática metodologias decoordenação desenvolvidas por

investigadores portugueses.

Dentro das quatro linhas, a FC Portugal é, talvez,das equipas de futebol que mais espanto conseguedespertar junto do público, não fossem os seus joga-dores belos exemplares de robôs que, simulados ounão, conseguem realizar ações reveladoras de inteli-gência. E se as bases do futebol robótico foram lança-das em brincadeiras de amigos, hoje, o trabalho daequipa de investigadores liderada por Luís Paulo Reis,na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto(FEUP), já é conhecido além fronteiras.

Sentado ao lado de um dos robôs ao qual já “deuvida”, o professor explicou à Viva que o projeto deinvestigação do Laboratório de Inteligência Artificial eCiência de Computadores (LIACC) da referida facul-dade começou a fazer história há onze anos. “Come-çámos a participar nos campeonatos com uma equipada FEUP em 1998. A partir de 2000, estabelecemosuma colaboração com a Universidade de Aveiro e de-cidimos criar uma equipa conjunta que fosse uma es-pécie de seleção nacional – a FC Portugal”, afirmou.

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Virgínia Ferreira

Jogadas

Logo nesse ano, o conjunto luso conseguiu conquistara Liga de Simulação do RoboCup, campeonato domundo de futebol robótico, realizado em Melbourne(Austrália).

A prova internacional surgiu para incentivar a in-vestigação em inteligência artificial, dando oportuni-dade às várias equipas de testarem e mostrarem osresultados do seu trabalho. “É uma espécie de jogosolímpicos robóticos”, observou Luís Paulo Reis, acres-centando que existem nove modalidades principaisque utilizam robôs de vários tipos: “pequenos, gran-des, simulados, humanoides standard [que integramuma liga de programação em que o objetivo é conse-guir pôr o robô mais inteligente do que os outros, mas

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ciência e tecnologia

sem construí-lo] e humanoides não standard [onde sedesenvolvem os próprios robôs]”. Alargado, desdesetembro, à Universidade do Minho, o projeto da FCPortugal já conseguiu conquistar dois campeonatos domundo e cinco europeus, prova que se realiza todos osanos na Alemanha. Em 2012, o RoboCup vai testar osnovos avanços tecnológicos das equipas no México.

O conceito de “jogadas estudadas”

A investigação centrada nas equipas de futebol ro-bótico evolui, todos os anos, com a criação de novosmecanismos. Em 2009, por exemplo, o grupo de tra-balho de Luís Paulo Reis desenvolveu o conceito de“jogadas estudadas”, “muito semelhante ao que exis-te no futebol real em que é possível desenhar, talcomo faz um treinador, as jogadas que se pretende queos jogadores façam”.

Segundo o professor, grande parte do estudo realiza-do incide na “coordenação de sistemas multiagente”.“Um agente é, digamos, o cérebro que controla umrobô. Um sistema multiagente tem vários agentes que,entre si, colaboram ou competem. No caso do futebolrobótico eles colaboram, ou seja, têm de se coordenarde forma a comportarem-se como uma equipa e a seremcapazes de defender um objetivo comum: neste caso hádois – evitar sofrer e marcar golos”, referiu.

Nas ligas de simulação, é possível obter resulta-dos a um “mais alto nível”. “Já se vêem passes,formações 4-3-3 e 4-4-2, como no futebol”, notou oinvestigador, salientando que existe até uma liga emque há um treinador, também agente/robô, que podedar ordens aos jogadores quando o jogo está parado. Oconceito de estratégia surge, aqui, numa posição pri-vilegiada. “O treinador analisa o jogo e, através dasestatísticas calculadas, vê qual será a melhor táticapossível naquele instante contra aquele adversário”,descreveu o responsável.

“Injustiças do sistema”

Desde a criação da FC Portugal, Luís Paulo Reis sónão esteve presente numa competição, realizada naChina, devido a um conflito de opiniões em relação àsregras do jogo. “Fiquei um bocado chateado porque anossa equipa tinha sido desclassificada injustamen-te”, contou o docente, defendendo que no futebol robó-tico “também há o sistema”. “Nas ligas em que seconstroem os robôs, há equipas que desenvolvem, porexemplo, um mecanismo de chuto muito forte e ga-nham. No ano seguinte, as pessoas que mandam, setiverem equipas que não tenham esse mecanismo,inventam uma regra para limitar a potência do chuto”,exemplificou, garantindo que a equipa portuguesa jáesteve envolvida em situações semelhantes.

Metodologias do futebol robóticoao serviço do cidadão

Na perseguição do objetivo de conseguir colocarhumanos e robôs na mesma equipa, algumas metodo-logias (das áreas de cooperação, comunicação, simu-lação, navegação e localização) utilizadas na investi-gação das equipas de futebol robótico estão a seraplicadas no desenvolvimento de uma cadeira de ro-das inteligente de nome Intellwheels. O projeto con-siste na criação de um kit de software/hardware quepode ser aplicado a qualquer cadeira, permitindo que amesma seja comandada por voz, movimentos de ca-beça e expressões faciais. O trabalho, inovador naárea da robótica inteligente, permitirá oferecer umamaior autonomia e qualidade de vida às pessoas demobilidade reduzida, fazendo com que robôs e huma-nos se tornem cada vez mais próximos.

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curt’&’grosso ensemblemúsica

Uma “curt” de som

Amigos de adolescência, alguns dos elementosda banda portuense que dá pelo nome deCurt’&’Grosso, já tocavam juntos desde essa altura,embora não com a formação atual e não com esta

Conhecem-se há décadas e do bomrelacionamento entre todos os elementos

surgiu o projeto Curt’&’Grosso. Os “covers” dabanda fazem verdadeiro «furor entre os fãs

que, às centenas, se acotovelam paraconseguir o melhor lugar nos inúmeros

concertos da formação». Esta poderia seruma das maneiras de apresentar a banda

que reinventa temas míticos que fazem parteda história da música, entre nomes

consagrados como Pink Floyd, The Doors, EricClapton, Dire Straits e muitos, muitos outros.

designação. Fernando Jorge Cardoso (voz e guitarraacústica) e Pedro Amorim (guitarra) atuavam juntoshá cerca de 17 anos e, em 2002, juntaram-se-lhesRicardo Tiago (baixo) e Paulo Pinto (bateria). Comquatro elementos, formaram a banda que tocava emocasiões especiais como «o casamento do Ricardo eo aniversário do Paulo». Em 2010, numa festa orga-nizada pelos antigos alunos da escola do Cerco doPorto, que todos os elementos frequentaram, acaba-ram por reencontrar José Lobão (guitarra) que se jun-tou à formação. “De quatro passamos a cinco, o Zé éum excelente músico e decidimos convidá-lo mais

ou menos assim: ó Zé, anda daí também. E ele veio”.Apesar de toda a descontração e de não terem deprovar «nada a ninguém», a atividade musical é umacoisa séria para todos os elementos dos “Curt”.“Somos, basicamente um grupo de amigos que seconhece há muito e que tem um interesse em co-mum: o gosto pela música”, referem, garantindo que“o que começou por uma brincadeira tem vindo acrescer e a tornar-se numa coisa séria, embora sema obrigação de ganhar dinheiro”, até porque todostêm uma atividade profissional para além da banda.“Divertimo-nos imenso, tanto nos nossos ensaios

semanais, onde introduzimos sempre temas novos,como nos concertos”, garantem.

“Covers” com cunho pessoal

Do seu repertório constam mais de 200 «covers»,apesar de terem temas próprios que decidiram aindanão acrescentar aos seus alinhamentos. Tocam músi-cas conhecidas do público e isso permite-lhes umagrande interação e empatia com quem os ouve, embo-ra ponham sempre um cunho pessoal nos temas quenão são cópias fiéis dos originais. “Não nos limita-

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Curt’&’Grosso

curt’&’grosso ensemblemúsica

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curt’&’grosso ensemblemúsica

mos a expressar uma música tal como ela foi tocadapelos seus autores, pomos sempre algo de diferente,no fundo, adaptámo-la ao nosso estilo o que nos per-mite um som muito característico”, contam, salien-tando que as variações que põem nos temas permi-tem-lhes “inovar”. O bandolim e o banjo foram intro-duzidos em alguns temas míticos e resultou “muitobem”, assim como o oboé – em temas dos U2 e PinkFloyd – o e-bow (arco elétrico) – no tema «Heroes» deDavid Bowie - o adufe e a pedaleira. “Tenho umapedaleira (puxador de efeitos) que já nem consta noeBay”, refere José Lobão, com orgulho.

O tema de abertura de um concerto é sempre muitobem pensado, pela sua importância de captar a aten-ção de quem assiste, mas o de fecho surge muito deimproviso. “O tema que fecha um concerto é, 99 porcento das vezes, a pedido”, contam, salientando que oalinhamento é, muitas vezes alterado. “Se por exem-

plo, o público pede música portuguesa nós damos-lhemúsica portuguesa”, referem, salientando a flexibili-dade que faz parte das suas atuações.

Cada atuação traz novos fãs

Quem os ouve não fica indiferente à sua sonorida-de - e à voz poderosa de Fernando Jorge - e não deixade cantarolar com eles. As atuações dosCurt’&’Grosso passam por um circuito de bares ealguns eventos para os quais são convidados, nome-adamente de solidariedade. “Os concertos são osnossos melhores ensaios”, referem com humor, ga-rantindo que têm fãs assíduos que os acompanhamem todas as atuações. O alinhamento dos temas ésempre pensado mediante o local onde atuam masnão é estanque. “Há sempre uma base à qual sejunta algum improviso”, garantem, quer para o ali-nhamento, quer para os próprios temas. Raramentetocam a mesma música da mesma forma, o que de-monstra versatilidade e capacidade de improviso.

A página da banda no Facebook conta já com maisde 600 fãs e atuam, em média, uma a duas vezes pormês, “por opção”. O disco «Memórias Auditivas» éum registo que reúne uma seleção de músicas dabanda. Os cerca de 100 exemplares que fizeram emjeito de apresentação “esgotaram rapidamente” oque os leva já a pensar numa «segunda edição» dodisco. “Temos de satisfazer as solicitações dos nos-sos fãs”, afirmam.

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zoo da maia

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lazer

animais

Leões, ursos, panteras, linces,hipopótamos, macacos, zebras,leões-marinhos e uma infinidadede pássaros, primatas e reptéis,constituem as delícias de todosos que passam pelo Zoo da Maia.A cedência de terrenos, contíguosà atual infraestrutura, veio resolveralguns problemas de falta de espaçocom que o zoo se vinha debatendohá alguns anos e o futuroapresenta-se, agora, ainda maisrisonho para os seus habitantes.

Amigos

O Parque Zoológico da Maia foi criado em 1985por iniciativa da Junta de Freguesia da Maia, com oobjetivo de criar um espaço pedagógico e de lazerpara crianças. Os primeiros animais a integrá-loforam dois casais de saguis, três macacos e algu-mas aves, cedidos pelo Jardim Zoológico de Lis-boa. Através de uma rápida divulgação ao públicoem geral e a instituições, com ênfase para as decariz educativo, o zoo tem vindo a crescer de formaacentuada e o futuro traz ainda maior investimentoe expansão. O crescimento tem vindo a manifestar-se quer em termos de infraestruturas, quer em nú-

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

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zoo da maia

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lazer

mero de animais e de visitantes, cuja média anualé de cerca de um milhão. De acordo com CarlosTeixeira, presidente da Junta de Freguesia da Maia,entidade que gere o parque zoológico, o períodomais acentuado de visitas situa-se entre os mesesde fevereiro e junho, com a presença de escolas, ede junho a setembro com turistas. “No período doverão há muitos turistas que nos visitam particular-mente espanhóis”, diz, salientando a crescente pro-cura de escolas da Galiza.

Espaço em obras de alargamento

O parque zoológico é constituído por diversosespaços e encontra-se em fase de alargamento, nosentido de proporcionar melhores condições, quer aanimais, quer a visitantes. Para além dos diversoshabitats destinados a mamíferos, aves e primatas,o zoo conta ainda com um moderno reptilário, umPavilhão das Foquinhas, onde há shows de leõesmarinhos; sala de incubação – onde se pode pro-

gramar os nascimentos para acontecerem em perí-odos de visitas das escolas; clínica veterinária;parque infantil e uma unidade designada de «Quin-tinha da Criança», onde são expostas, em regimede rotatividade, algumas espécies que servem acuriosidade e o conhecimento das crianças e foramtambém criados diversos parques de merendas, cafée restaurante. Cerca de 99 por cento das receitasdo zoo são geradas pelas visitas, sendo que a Câ-mara da Maia dá apoio material e técnico à estrutu-ra. O investimento, com a ampliação em curso é decerca de quatro milhões de euros, e a autarquia temvindo, também, a colaborar com a junta no sentidode, em breve, poder vir a ser criada uma fundaçãoque torne o zoológico autónomo em relação ao po-der autárquico, bem como a acesso a fundos comu-nitários para a sua manutenção.

Os custos com a alimentação dos animais sãoavultados e existem alguns protocolos com empre-sas que cedem os seus excedentes para alimentaros animais. O matadouro de Famalicão contribuicom a carne que alimenta os felinos, sendo quetudo que seja frango e peixe é comprado pelo zoo.“O leão marinho necessita de peixe vitaminado peloque este é importado”, refere, salientando que, quan-do a nova piscina estiver concluída, poderão rumarao zoo mais dois ou três leões marinhos. As gran-des atrações são o pachorrento hipópotamo, os gran-des felinos como os leões, a pantera e o lince, osursos e, claro, o Nico, um simpático leão marinhoque sabe expressar-se na perfeição. Para além dosmamíferos, o zoológico da Maia conta com um gran-de número de primatas, répteis e pássaros, cujoshabitats têm vindo a ser constantemente melhora-dos e que irão proporcionar ainda melhores condi-ções aos habitantes aquando da ampliação em cur-so. É um local para toda a família que merece umavisita atenta. Aqui também se aprende.

Os habitantes do zoo

São cerca de 200 os habitantes do jardim zooló-gico da Maia, um número que irá crescer a curtoprazo devido à ampliação de que a estrutura está aser alvo. “Há animais, atualmente à guarda de ou-tras instituições, que irão regressar quando as obrasde alargamento estiverem concluídas”, garanteCarlos Teixeira. A ampliação a decorrer contemplaum novo espaço para os felinos, uma piscina e umreptilário, sendo que no local onde atualmente seencontram irá surgir uma floresta tropical e a umpavilhão para animais notívagos.

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figura hélio loureiro

dos saboressentidos

A rapidez e a precisão aplicadas no simples corte deuma cebola revelam os longos anos de experiência dedi-cados à conquista dos melhores sabores. Hélio Loureiro,chefe de cozinha da Seleção Nacional de Futebol há 17anos, é uma figura muito associada à “boa mesa portu-guesa” que já conseguiu arrebatar o estômago de inúme-ras personalidades internacionais. Atualmente a chefiara cozinha do Porto Palácio Hotel, o “expert” portuensetrabalha com uma equipa de 24 pessoas que já tiveram aoportunidade de preparar, ao pormenor, inúmeros eventosde prestígio realizados, por exemplo, no Palácio da Bolsa,na Alfândega do Porto e no Mosteiro de Tibães.

Habituado a fazer as delícias dosclientes, o chefe Hélio Loureiro

não dispensa inverter os papéis eficar sentado à mesa a apreciar

um bom prato. Adepto das novastecnologias e, acima de tudo, da

leitura, o cozinheiro defende queé urgente repensar a sociedade.

MestreTexto: Mariana Albuquerque

Fotos: Virgínia Ferreira

Em pouco mais de meia hora de conversa, durante aqual transpareceu uma paixão pela literatura, com areferência espontânea a vários escritores, Hélio Lourei-ro revelou que o seu dia a dia é “intenso e motivador”.O “sentimento” será, talvez, o principal ingredientepresente na vida do cozinheiro. “Há uma frase de MiaCouto da qual eu gosto muito: ‘cozinhar não é um servi-ço, é uma forma diferente de amar os outros’”, referiu,garantindo que a dedicação aplicada na preparação deuma refeição para um chefe de estado é rigorosamenteigual à que se utiliza para um sem abrigo. “O que éimportante quando se está a pensar numa refeição é a

reação que vamos provocar na pessoa. O grau de res-ponsabilidade quando cozinhamos para um chefe deestado ou para um cliente anónimo deve ser exatamen-te o mesmo”, assegurou.

Um “encontro com pessoas,sensações e emoções”

Mesmo não se deixando intimidar pela figura para aqual está a cozinhar, Hélio Loureiro já arrancou sorrisose agradecimentos a várias personalidades de renomenacional e internacional. O rei Juan Carlos de Espanha,

a rainha da Holanda, os reis da Suécia e da Noruega eos reis da Bélgica são alguns dos nomes que, em visitaao nosso país, fizeram questão de conhecer pessoal-mente o autor dos pratos que lhes foram servidos. Enuma profissão “de encontro com pessoas e sensa-ções”, os episódios caricatos são variados. “Há umapassagem muito engraçada que eu recordo”, afirmou ochefe de cozinha à Viva. “Durante a campanha eleitoralde 2002, a esposa de Durão Barroso dedicou-lhe océlebre poema ‘Sigamos o Cherne”, de AlexandreO’Neill. A partir daí, Durão Barroso ficou conhecidocomo “o cherne” e, passado um tempo, já nomeado

figura hélio loureiro

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figura hélio loureiro

Primeiro-Ministro, veio ao Porto, ao Palácio da Bolsa,para um banquete. Quando lá cheguei, o prato principalera cherne e foi uma contenda porque tivemos de mudarrapidamente a ementa”, revelou entre gargalhadas. Semoutra solução à vista, a equipa viu-se obrigada a trocaro nome do prato para “garoupa”. Ainda assim, confes-sou Hélio Loureiro, “a chefe de gabinete do primeiro-ministro passou a refeição toda a dizer ‘que engraçado,isto parece-me mesmo cherne”’.

Outra situação que o chefe recorda é a vinda de FidelCastro a Portugal, na altura da Cimeira Iberoamericana.“Ofereceu-me uma caixa de charutos cubanos. Já osfumei, mas a caixa é muito bonita, de pele de crocodiloque, segundo disse Fidel Castro, morreu de morte natu-

ral”, apontou Hélio Loureiro, revelando que a despedidado político cubano durou 45 minutos.

A importância das memóriasna construção de uma receita

Para o chefe de cozinha da Seleção Nacional, queapresenta o programa de culinária “Gostos e Sabores”,na RTP N, mais do que uma conjugação de ingredientes,uma receita é o reflexo do nosso imaginário. “Quandovamos na rua, somos confrontados com cheiros que nostrazem memórias”, disse, contando que ainda hoje as-socia o aroma a marmelada de maçã à sua escolaprimária. Assim, o cozinheiro acredita que, muitas ve-zes, a construção de uma receita pode ser feita atravésde memórias olfativas.

Aliás, segundo Hélio Loureiro, um dos grandes pro-blemas dos gastrónomos da atualidade é o número exa-gerado de ingredientes sugeridos para a realização dedeterminados pratos. “Por vezes, olhamos para a recei-ta e desistimos logo. Com duas batatas, meia dúzia deingredientes e dedicação já fazemos uma refeição”,notou, destacando a importância de uma atitude criati-va. “Isso é que é saber cozinhar. Não nasce com apessoa, mas é algo que se trabalha”, defendeu HélioLoureiro, que diz ser tão apreciador de sardinhas deconserva como de caviar, não sendo, por isso, capaz deselecionar um prato preferido.

A defesa do “culto da mente”

Autor de vários livros de cozinha – “Receitas paraVinho do Porto”, “Gastronomia Portuense”, “À mesacom a nossa seleção”, “Receitas com tradição”, entremuitos outros – Hélio Loureiro assume uma grande ad-miração pela leitura. “Gosto imenso de ler. Tambémtenho ipad, iphone, facebook, internet e site, mas leiotodos os dias”, garantiu, defendendo que, atualmente,as pessoas valorizam em demasia o “culto do corpo”,descurando o da mente. ”É um aspeto que me assustana nova geração. Não existe o hábito da leitura”, refe-riu, acrescentando que, além do tempo dedicado aoscozinhados, consegue fazer tudo o que lhe dá prazer.“Tenho tempo para os amigos, para a minha mulher efilha, para todas as coisas”, assegurou, considerandoque a desorganização da atual sociedade é algo a serrepensado.

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guimarães capital europeia da cultura

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Rui Meireles

Guimarães 2012:

O momento é de crise, mas osprotagonistas da Guimarães 2012

Capital Europeia da Culturaassumiram o desafio de provar asi próprios e ao mundo que umacidade de média dimensão pode

liderar grandes intervençõesculturais.

Por entre as ameias do Castelo de Guimarães, ondeo elmo do Rei D. Afonso Henriques conta a história doberço de um país, já palpita um coração feito de en-contros e partilhas que servirá de janela à tradição e àcontemporaneidade de uma cidade.

Em 2012, Guimarães assume com intensidade má-xima a liderança dos motores de uma Capital Europeiada Cultura (CEC) que já está a convidar os cidadãos acelebrarem o que são e querem ser. Numa longa cami-nhada, cujas bases foram lançadas em 2006, com oinício do processo de candidatura da cidade a CapitalEuropeia, vimaranenses, associações locais, CâmaraMunicipal e outras instituições deram as mãos à con-quista de um cruzamento de memórias e experiênciasde protagonistas locais e internacionais.

“O que desejamos que as pessoas encontrem emGuimarães, em 2012, é uma cidade que vive intensa-mente a sua vida quotidiana mas também a cultura eo património”, explicou à Viva a vereadora da Culturada Câmara Municipal de Guimarães, Francisca Abreu,destacando a concentração de “artistas, oportunida-des e eventos que nos desassosseguem e dêem estí-mulos e prazeres, com uma vida mais surpreendente”.Em 2012, Guimarães será, portanto, um meeting pointda inovação, “o lugar onde tudo pode acontecer” me-

Texto: Mariana Albuquerque

caldeirão depensamentos

e emoções

diante a presença de criações e criadores dedicadosàs mais diversas áreas – cinema, música, fotografia,artes plásticas, literatura, arquitetura, pensamento,teatro, dança e artes de rua.

Para João Serra, presidente da Fundação Cidade deGuimarães (FCG), entidade responsável pela progra-mação da CEC, os portugueses que quiserem fazerparte desta celebração, “vão encontrar uma cidadeeuropeia, de média dimensão, com uma programaçãocultural reforçada e uma criação nova”. “Vão ser sur-preendidos com a criação a partir do contexto vimara-nense, em que a inspiração da história e da memórialocais se cruza com a experiência, memória e históriaque esses artistas trarão de outros espaços onde vive-ram ou onde produziram”, salientou.

Honrar o passado e assinar o futuro

O capital simbólico da cidade e das suas gentes éum dos ingredientes presentes nesta CEC, que mos-trará ao público europeu o lado histórico-patrimonialque Guimarães tem preservado ao longo dos tempos.Ainda assim, a permeabilidade à inovação e às mani-festações artísticas contemporâneas, que têm marca-do a agenda cultural vimaranense, está no topo dos

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guimarães capital europeia da cultura

objetivos de Guimarães 2012. “A CEC não é a cele-bração daquilo que herdámos, é a celebração daquiloque fazemos e do que queremos ser”, esclareceu Fran-cisca Abreu, explicando que o respeito pela memória esimbologia vimaranenses não desliga “a ânsia, von-tade e necessidade de se construir memória no futuroe para o futuro”. “A CEC é essa oportunidade de,valorizando a memória física, simbólica e mágica quea cidade tem, construirmos a memória futura e estar-mos abertos à contemporaneidade”, apontou.

A importância histórica da cidade será, de acordocom João Serra, “uma das âncoras” da programaçãoda Capital Europeia da Cultura, que vive de um con-junto de referências construídas por “pessoas, gera-ções, grupos sociais e instituições que projetaramalguma coisa do seu saber fazer para lá de si própri-os”. “Toda a programação desenvolve essa relaçãoentre dois pólos: o do que faz e o do que sonha; o doque é amador e o do que é profissional; o do que estádentro e o do que parte; o do que vem de fora e seadapta ao que está dentro”, ilustrou o responsável.

Entusiasmo, expectativa e esperançamarcam atitude dos vimaranenses

Até ao final de 2011, Guimarães está a viver achamada fase de “warm-up”, durante a qual sãofeitas as primeiras visitas e residências artísticasde criadores que regressam em 2012 para a apre-sentação dos seus trabalhos produzidos em contex-to. Contudo, o entusiasmo dos cidadãos e o desejode envolvimento na CEC já não são recentes, se-gundo Francisca Abreu e João Serra. “Desde o pri-meiro anúncio de que Guimarães era a cidade esco-lhida para a candidatura à CEC que os vimaranen-ses acolheram a ideia com muito entusiasmo, ex-pectativa e esperança”, adiantou a vereadora daCultura. Aliás, notou, as últimas iniciativas reali-zadas na cidade “são indicadores fortes que levama concluir que os vimaranenses estão disponíveispara participar, dar ideias e intervir”. “Neste perí-odo de ‘warm-up’, na Feira Afonsina, por exemplo,as pessoas responderam vindo para a rua, abraçan-do a iniciativa, estando presentes”, contou, desta-cando também a elevada adesão registada na inici-ativa “Noc Noc”, para a qual a cidade “abriu asportas” e “se vestiu”. Francisca Abreu salientouainda o projeto “Pop Up Spaces” que, partindo deuma ideia simples, funcionou como um convite pararegenerar espaços devolutos através de ideias cri-ativas. “Registaram-se 253 candidaturas nas mais

diversas áreas, desde o artesanato ao design, ar-quitetura e teatro”, revelou, assegurando que “ochão é fértil e ilustra a abertura da população àcultura”.

Do lado da programação, João Serra também senteo peso da expectativa dos vimaranenses, que aguar-dam uma iniciativa que obedeça a elevados pa-drões de exigência. “É uma expectativa que não éacrítica, que tem consciência das circunstânciasem que vivemos e que é exigente”, descreveu, ga-rantindo acreditar que os objetivos assumidos pelaCEC vão ser cumpridos. “Isto não significa quetudo esteja, à partida, pré definido. Nós temos umanarrativa, com uma programação especial, num qua-dro de uma cidade que tem uma trajetória e esseplaneamento não é levado até às últimas conse-quências, supõe ajustamentos”, referiu, justifican-do assim a aposta na criação em contexto.

Programa de Regeneração Urbana:um meio para atingir um fim

Na caminhada em busca da “mudança interiorque se pretende em cada um e na comunidade”, aCEC serviu-se de um conjunto de transformaçõesfísicas, promovidas sob a alçada da Câmara Muni-cipal. A construção de equipamentos e a requalifi-cação de espaços já existentes deram, assim, cor-po a um programa de regeneração urbana para o

qual foram destinados 70 milhões dos pouco maisde 100 milhões de euros da Guimarães 2012. Doorçamento total do evento, suportado em 30% peloEstado português, 25% foi atribuído à programação.

“Nós entendemos que a CEC é um oportunidadepara a regeneração económica, social e também ur-bana, na continuidade do trabalho em que Guimarãestem apostado nos últimos 20/25 anos”, afirmou avereadora da Cultura, acrescentando que a autarquia,apoiada por muitas instituições e individualidades,decidiu alargar o processo de requalificação “paraalém das tradicionais muralhas da velha cidade”.“Entendemos que valorizar o património significa con-servá-lo e dar-lhe novas funções e este trabalho en-controu uma oportunidade na CEC pelo reforço finan-ceiro que foi possível obter”, apontou.

Assim, para além da requalificação do Largo doToural – com o regresso de um chafariz do séculoXVI que se encontrava situado no Jardim do Carmo– no antigo mercado, da autoria do arquiteto Mar-ques da Silva, está a nascer a Plataforma das Artese Criatividade. O espaço terá, segundo FranciscaAbreu, três áreas fundamentais: “uma para acolhi-mento do espólio de José de Guimarães, que seráum centro vivo de criação e produção internacionalde artes plásticas”; uma área de laboratórios desti-nados a artistas emergentes e, por fim, uma verten-te dedicada às indústrias criativas, “que acolherápequenos projetos nas áreas da arquitetura, design

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guimarães capital europeia da cultura

e escrita que, devidamente acompanhados, possamcrescer”. A vereadora responsável pelo pelouro daCultura destacou ainda o projeto da Casa da Me-mória, numa antiga fábrica do centro da cidade, queprivilegiará o “casamento entre as novas tecnolo-gias e as tradições” e o Campurbis, projeto desen-volvido em parceria com a Universidade do Minhoque visa “trazer para a cidade o campus universitá-rio”, sendo que o Instituto do Design é um dosequipamentos já concluídos. De salientar que to-das as infraestruturas criadas no âmbito da CECdeverão permanecer em funcionamento posterior-mente. “Não queremos que 2012 seja uma para-gem, mas sim uma parte deste processo de cresci-mento e de abertura ao contemporâneo. É tambémuma forma de mostrar à Europa que uma cidade demédia dimensão tem capacidade para servir comoexemplo a outras cidades semelhantes”, concluiu.

Celebrar a cidade em quatro tempos

De uma forma genérica, a programação da CEC, quearranca no dia 21 de janeiro com um espetáculo multi-média no Multiusos, irá desenrolar-se em quatro mo-mentos essenciais: “Tempo para Encontrar” – de janei-ro a março; “Tempo para Criar” – de março a junho;“Tempo para Sentir” – de junho a setembro e “Tempo

para Renascer” – de setembro a dezembro de 2012.Segundo João Serra, “a ideia é a de que, no pri-

meiro momento, Guimarães se encontre com os ele-mentos que compõem a sua CEC”. Mais do queuma aproximação intelectual, esta fase será a deum “encontro casa a casa, pessoa a pessoa”. “Écomo se a capital entrasse em casa das pessoas ese apresentasse”, descreveu o presidente da FCG.

A segunda etapa, que corresponde à primavera,privilegia a residência artística, a chegada dos ar-tistas para a montagem dos workshops, das resi-dências e da investigação necessária para a cria-ção em contexto. O terceiro tempo, afirmou JoãoSerra, “é de explosão”, coincidindo com a estaçãoquente, na qual “o clima convida a que aquilo queesteve mais escondido venha para o espaço públi-co e promova esse grande ponto de encontro entreas tradições e a forma de Guimarães estar no espa-ço público”. “É um momento de celebração da cul-tura com convivência e reflexão”, acrescentou.

O quarto tempo é assumido pelas instituições epelos vimaranenses “que ficarão para lá de 2012”,concentrando-se na “recolha do legado de uma cidade

da FCG admite que a CEC “surge como uma oportu-nidade rara para a cidade qualificar a sua ofertacultural”, na luta pela dinamização de uma econo-mia criativa.

Deste modo, segundo João Serra, “há quatro áreasonde a oferta será qualificada ao longo de 2012”: ado teatro, com a criação de Teatro Estúdio; a área docinema e audiovisual, através de um Centro de Pro-dução de Cinema e Audiovisual que já começou aser preparado e que já está a funcionar; a da música,com a criação de uma estrutura profissional e a áreadas artes, que ganhará uma plataforma onde “paraalém de uma parte museológica, se venham a colherexperiências de artistas emergentes”.

Provar que a cultura é uma soluçãoe não um problema

Erguer uma Capital Europeia da Cultura num pe-ríodo particularmente difícil de crise é, para os res-ponsáveis, “um desafio que exige uma disciplinamaior”. “É difícil independentemente do períodocomplicado que o país está a viver porque é algoque não se pode adiar. (…) O que acontece é quenós, desde o processo de candidatura, apostamosnão nos grandes concertos e eventos, que acabampor ficar caros, mas na escolha de artistas paraproduzirem em contexto”, revelou Francisca Abreu.

A semana de abertura oficial da CapitalEuropeia da Cultura arranca no dia 21 dejaneiro com um espetáculo multimédiaconcebido pelo guitarrista e produtorvimaranense Manuel d’Oliveira, noMultiusos. Outros eventos marcarão asemana inaugural, que terminará, no dia28, com concertos nos domicílios dosvimaranenses.

Para João Serra, “no contexto de uma economiaque precisa de realizar uma conversão da sua baseprodutiva para lá de um ajustamento financeiro do-loroso”, o desafio é o de “ilustrar o contributo quea cultura pode dar para a solução”. “Queremos vin-car que a cultura não é um problema, pode, sim,trazer um contributo importante para a economia, jáque é um estimulo à regeneração urbana, social eeconómica”, defendeu o presidente da fundação,assegurando que o setor cultural “traz mais compe-tências, qualifica os territórios e as pessoas”.

A magia simbólica que já palpita nas veias de ar-tistas, voluntários, instituições, associações vimara-nenses e cidadãos anónimos comprometidos com Gui-marães 2012 conflui, assim, num só caminho: o deprovar à Europa que é com a mesma determinação deoutros tempos que ainda se travam batalhas para aafirmação cultural e intelectual dos povos. que, durante alguns meses, viveu um estado de sítio”.

“É tempo de renascer, de ressurgir depois da euforia ede refletir sobre o que se passou, de modo a encontrarnovos caminhos”, finalizou João Serra.

O legado da qualificaçãoda oferta cultural

Apesar de reconhecer que o desenvolvimento dosetor da cultura está presente na lista de priorida-des vimaranenses há já vários anos, o presidente

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porto canal

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televisão

Um milhão de eurospara a reestruturação

A reestruturação que estáa ser levada a cabono Porto Canal está

a decorrer por fases,tendo como objetivoa sua transformaçãonum canal com uma

forte presença daRegião do Porto

e Norte de Portugal.O investimento, já em

curso, pretende,assim, promover umarenovação total, quer

na estrutura física,quer na vertente

tecnológica docanal.

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Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

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Numa altura em que se aproxima a quadra na-talícia, o Por to Canal, não querendo ficar forado espírito de solidariedade que se generalizanesta época, vai proceder à remodelação dosespaços comuns do Internato de Nossa Senho-ra da Conceição, instituição que acolhe 40 me-ninas que se encontravam em famílias de ris-co. O programa dedicado ao tema será divididoem três par tes e exibido ao longo das três se-manas que precedem o Natal.

Em setembro, já sob a gestão do FC Porto, edepois da implementação de mais programas infor-mativos e de diversos outros com a marca azul ebranca, o Porto Canal entrou numa nova fase estru-tural, que arrancou com a remodelação das instala-

ções. O investimento, de cerca de um milhão deeuros, prevê não só a reestruturação física comotambém a tecnológica do canal portuense, que en-tra assim, a partir de meados de janeiro, na segun-da fase de uma mudança profunda, sob a chancelado clube azul e branco.

Para esta nova etapa, e já com novo visual, agrande aposta prende-se com a solidificação dapresença da Região Norte do canal, para além de

um ainda maior incremento de programas com amarca FC Porto. “Nesta segunda fase pretende-se,essencialmente, fomentar a presença das autarqui-as, das empresas e da realidade social da região nocanal, sobretudo através de programas de cariz in-formativo e de novos espaços de debate que refli-tam a realidade da Região”, refere Domingos deAndrade, diretor de Informação e de Programaçãodo canal, salientando ainda a criação de mais blo-cos informativos e de novas delegações. “A pre-sença de uma delegação em Lisboa poderá estar jápara breve”, assegura.

Nova etapa em 2012

Para inícios de 2012 está prevista também amudança do canal para HD. A denominada High-Definition Televison (HDTV) é uma plataforma commaior resolução do que a do sistema tradicional detelevisão. Esta mudança vai implicar um esforçofinanceiro mas colocará o Porto Canal num patamarde grande qualidade técnica. “Para além da remo-delação do sítio online – que contou com 20 milacessos nos primeiros 20 minutos – o canal já estápresente em todas as plataformas de comunicação,nomeadamente no IPhone e no IPad, o que permiteaos utilizadores aceder à emissão em tempo real”,sublinha o responsável. A criação de um estúdiovirtual, que irá incrementar a modernização tecno-lógica, bem como a construção de um novo estúdio

físico e a insonorização do já existente, são tam-bém mudanças que irão ser executadas e que con-tribuirão para o novo rosto do canal. “A aposta naremodelação da sala de caraterização, da régie e dasala da redação foram elementos fulcrais para o de-senvolvimento da qualidade técnica e humana docanal”, acrescenta, sublinhando um reforço na equi-pa, já no início do ano.

Porto Canal promoveação de solidariedade

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Em novembro, Raquel Cerqueira Gomes e Paulo Lobocelebraram o seu aniversário no restaurante “Tea Po-int”, situado no Largo São Domingos, em plena Baixaportuense.

Carlota Cerqueira Gomes, Paula Lobo e Mafalda Fer-reira fizeram uma surpresa aos aniversariantes. TomázLobo fez de DJ e animou a noite com boa música.

1 – Paulo Lobo e Raquel Cerqueira Gomes2 – Carlota e Raquel Cerqueira Gomes3 – Batata Cerqueira Gomes e Paulo Lobo4 – Fernando Colónia e mulher5 – Pedro Cunha, Francisco Miranda e Paulo Lobo6 – Paula Lobo, Batata e Carlota Cerqueira Gomes7 – Raquel Cerqueira Gomes, Rita Guedes e Inês Furtado8 – Carlota Cerqueira Gomes, Tiago Escudero, Raquel Cerqueira Gomes, Tobias Azevedo e Nina Godinho9 – Paulo, Paula, Carlota e Tomáz Lobo10 – Raquel Cerqueira Gomes, Sofia Ferreira e Belkiss Costa Oliveira11 – Francisco Miranda e Mafalda Ferreira12 – Raquel, Batata e Carlota Cerqueira Gomes13 – Grupo geral14 – Batata Cerqueira Gomes, Paulo Lobo e Fernando Santos15 – Rita e Manuel Guedes e Batata Cerqueira Gomes16 – Manuel Magalhães e Matilde Vasconcelos17 – Batata Cerqueira Gomes e Paulo Lobo

de Raquel Cerqueira Gomese Paulo Lobo

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1 – Carminho Cerqueira Gomes e Manuel Tavares Tabela2 – João Anacoreta Correia com a filha e amigas3 - Paulo Ortigão e mulher4 – Rosarinho, Luísa Anacoreta Correia

e Joana Rocha Leite Salgado5 – Luísa e João Anacoreta Correia6 – Bernardo Lobo Xavier e Miguel Pinto Sousa7 – João Anacoreta Correia e família

de João Anacoreta Correia

João Anacoreta reuniucerca de 200 amigos paracomemorar o seu 45º ani-versário.

Numa noite fantástica nobar Deck Foz, dançou-seaté ao nascer do dia.

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Inaugurado em setembro, o res-taurante-bar Deck Foz, em conjuntocom a Geração Vinil, promoveu umagradável jantar que reuniu 150convidados, dando as boas vindasao outono. A festa que encerrou oevento foi também um sucesso. Con-tou com a presença de cerca de 500pessoas e prolongou-se até às06h00 da manhã, numa noite ondea animação foi rainha.

Inauguração Deck Foz

1 – Zé Terrível, Mariana Moreira, Rosarinho e Xinha2 – Pedro e Marta Roquette, Jójó e Cristina Moutinho, Filipe Vieira de Campos

e Helena Carvalhosa3 – I e Carminho4 – João Anacoreta Correia, Zé Terrível, Zé Marcelo, Luísa Anacoreta Correia e Eduardo Pinto5 – Sónia Lages Plácido, Sofia Novais e Joana6 – Chefe Pedrinha, João Paulo Lencastre e Paulo Cerquinho7 – I, Floco Guedes e Vasco Mourão

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8 – Pedro Trigo e filha9 – Eduardo Pinto, Nuno Moreira, Bernardo Lobo Xavier e Xana

10 – Cardoso Leitão e Cristina11 – Bruno Seara Cardoso e João Paulo Rocha

12 – Bruna e I13 – Mariana Moreira, Zé Terrível e Rosarinho

14 – Fernanda Cerquinho e Eduardo Pinto

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Ex-libris docomércio portuense

O Mercado do Bolhão situa-se na freguesia de San-to Ildefonso, num quarteirão delimitado pelas ruas deFernandes Tomás, Formosa, Alexandre Braga e Sá daBandeira, com entradas por todas elas. A zona dabaixa portuense, onde está integrado, é conhecida porser uma área de lojas especialmente dedicada a pro-dutos alimentares. Para além do Mercado do Bolhão,situam-se ao seu redor diversas mercearias tradicio-nais, como a “Casa Chinesa”, “Casa Transmontana”e “Pérola do Bolhão”. O Mercado foi construído em1839, quando a Câmara Municipal do Porto quis con-centrar todos os mercados da cidade num só espaço e,inicialmente, estava ladeado apenas por um gradea-mento em ferro. O atual edifício - cuja obra foi condu-zida pelo arquiteto António Correia da Silva, por deci-são da primeira vereação republicana da câmara por-tuense, presidida por Elísio de Melo – foi inauguradoem 1914, substituindo o anterior, e passou a estarvocacionado para produtos frescos, sobretudo alimen-tares. Atualmente encontra-se dividido em diferentessecções especializadas, designadamente zonas de pei-xarias, talhos, hortícolas e florais. A Câmara Munici-pal do Porto lançou, na década de 1990, um concursopúblico para a sua reabilitação, nomeando para júri oIPPAR, a Faculdade de Arquitetura da Universidade doPorto e o arquiteto Álvaro Siza Vieira. As bases doconcurso tinham por fundamento manter o caráter ge-ral do edifício, no que respeita aos aspetos formais efuncionais, e à manutenção do mercado tradicional,ao acrescentar novas funções aos diversos espaços.

O edifício encontra-se em acentuado estado de de-gradação, tendo sido proposta a sua reabilitação elançado o concurso público para a sua gestão porprivados. Todo este processo foi alvo de uma fortecontestação por diversos movimentos cívicos sendoque o Mercado do Bolhão ainda aguarda pela tão ansi-ada reabilitação.

O Bolhão é um dos mercados maisemblemáticos da cidade do Porto.

Homologado como imóvel de interessepúblico em fevereiro de 2006, a construçãocarateriza-se pela sua monumentalidade,

própria da arquitetura neoclássica.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFoto: Virgínia Ferreira

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decoração

“Branco sujo” não é cor

Acabar com as paredes manchadas sem ter depintá-las novamente é possível graças a CIN Clean,a nova solução inovadora da CIN. A justificaçãoreside numa tinta aquosa mate, para interiores, su-per lavável, que, através de um simples pano húmi-do, sem pêlo, e um pouco de detergente, devolve àsparedes o seu aspeto natural, sem brilhos ou mar-cas indesejáveis.

Pelas suas características inovadoras, a tinta CINClean foi distinguida com o prémio “Produto do Ano2011”, na categoria de Tintas. A atratividade danova solução, a experimentação e a satisfação fo-ram os aspetos que estiveram na origem da distin-ção. Nos referidos indicadores, CIN Clean conquis-tou a preferência de 34,2% dos entrevistados.

Como remover eficazmentea sujidade das paredes

Produto do Ano 2011

Para a correta remoção demanchas e nódoas da parede,basta aplicar na área suja umdetergente neutro, com uma es-ponja ou um pano macio que nãolargue pêlo, e esfregar o sufici-ente para acabar com a sujida-

de, abrangendo uma área ligeiramente maior doque a que está a ser limpa. De seguida, é necessá-rio remover, com água, os eventuais resíduos de-correntes da limpeza, finalizando a tarefa com orecurso a um pano seco. De referir que os produtosabrasivos podem danificar a tinta original, obri-gando à realização de uma nova pintura.

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CIN Clean

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Programar experiências dedescanso num período de férias é

agora mais fácil para todosaqueles que quiserem descobrir aGaliza. O programa “Vive Galicia”

oferece diversos pacotesturísticos que prometem

conquistar todo o tipo de público.

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Turismo de sensações

destinos

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Este Natal, o Turismo da Galiza e um conjuntode agências de viagem deram as mãos para de-safiar o público a desfrutar das melhores experi-ências turísticas da região. O “Vive Galicia” é

um programa de divulgação da oferta turísticaque oferece mais de uma centena de pacotes cui-dadosamente pensados para facilitar o contactodos clientes com as agências comerciais.

122 experiências para revelar

As diferentes propostas do “Vive Galicia” paracada ocasião podem ser descobertas na páginawww.vivegalicia.es. Através do programa, o vi-sitante poderá conhecer 122 experiências de tu-rismo, agrupadas em oito temáticas que permiti-rão descobrir alguns segredos bem guardados doTurismo Religioso, Rural, Termal, Marítimo, Ná-utico, Urbano, de Golf e Acessível.

Três simples passospara desfrutar da Galiza

O “Viva Galicia” surge como método auxilia-dor no momento de programar um período de féri-as, uma vez que reúne as ofertas das melhoresagências de viagens galegas. Assim, com ape-nas um telefonema, é possível encontrar todosos serviços necessários a bons momentos dedescanso.

Para desfrutar do programa basta seguir três pas-sos: escolher um dos produtos da páginawww.vivegalicia.es, que apresenta sugestões para

todas as épocas do ano; ligar para o número daagência que fornece o produto selecionado e queenviará para casa do cliente o respetivo pacote comtodo o material necessário e, finalmente, deixar-sesurpreender e alinhar na aventura de descobrir ossegredos do destino eleito.

Pacotes para todos os gostos e bolsos

Para os amantes de um passeio pela natureza,o “Vive Galicia” sugere diferentes formas de per-

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correr o Caminho de Santiago e de testemunharas festas mais populares do norte da Galiza. Se,por outro lado, os interesses dos visitantes es-tão mais direcionados para a náutica e a vidamarítima, o programa disponibiliza 41 experiên-cias distintas, quatro delas em cruzeiros pelascostas galegas. Há ainda 28 maneiras de desco-brir o mundo rural da Galiza e a sua oferta deTurismo Ativo.

O “Vive Galicia” disponibiliza também 13 pa-cotes de Turismo de Saúde, com uma oferta quecobre todos os gostos e necessidades. A gastro-nomia é outro dos aspetos em destaque no pro-grama, sendo que os visitantes têm a oportuni-dade de escolher entre seis ofertas diferentes,conjugadas com outras seis dedicadas ao enotu-rismo. Para os apreciadores de golfe existem qua-tro possibilidades: duas para a iniciação no des-porto e duas de golfe com Turismo de Saúde. Aoferta fica completa com 12 propostas de Turis-mo Urbano e duas relacionadas ao Turismo Aces-sível.

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«Cinco estrelas»na formaçãoEmbora não sendo os principais protagonistas nas camadas jovens do FCPorto, já foram grandes «estrelas» da equipa principal dos «dragões».Atualmente integram as equipas técnicas que compõem os diversosescalões da formação do clube, cabendo-lhes a tarefa de formar, não sójogadores mas também homens, sempre com a mística azul e branca.António Frasco, Nuno «Capucho», Paulinho Santos, António Folha e Binosão os líderes que “gerem os sonhos” dos mais novos.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

António Frasco, que integrava a equipa que ganhoua primeira Taça dos Campeões Europeus da história doclube, em Viena, é, atualmente, o treinador adjunto doescalão de sub-17 do FC Porto, lugar onde assiste aNuno «Capucho», o técnico principal. Ambos fizeramparte das formações que ganharam títulos europeusinéditos nos azuis e brancos: o primeiro na Taça dosCampeões, em 1987, o segundo na Taça UEFA, em2003. Os sub-17 contam, assim, com uma equipatécnica de luxo. “O meu percurso dentro do FC Portocomeçou em 1978, vindo do Leixões, e o vínculo temsido permanente”, garante Frasco, que começou portreinar, em 2004, os sub-17 passando, depois, aossub-19. O «médio», que está, agora, de regresso aos

sub-17, salienta o orgulho que sente por contribuirpara a formação dos jovens, que começam, desdecedo, a integrar a mística azul e branca. “Trabalharem conjunto com o «Capucho» é fácil”, assegura,sublinhando que, entre ambos, há uma boa “interpre-tação do modelo de jogo e de treino do FC Porto”. Serportista é viver intensamente o clube e ter um senti-mento de vitória permanente”, diz, salientando quenão é difícil incutir este espírito nos «miúdos». “Aliderança do treinador acaba sempre por se impor”. Écom emoção que recorda o mítico título de 1987,conquistado, na final de Viena, ao Bayern. Questio-nado sobre se o facto de ser um jogador emblemáticodo clube lhe traz responsabilidades acrescidas na

formação fcpdesporto

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desporto formação fcp

formação dos mais jovens, Frasco garante que há umamística a transmitir. “Para além dos pormenores téc-nicos e táticos há que lhes incutir o que é ser Porto”.Também «Capucho», o técnico principal, garante quehá uma boa dose de responsabilidade em transmitir oespírito do «dragão». “Há que o difundir em pleno,para além de todos os pormenores técnicos”, refere,salientando que ser Porto “é garra, é conquista, éespírito, é amor”.

«Gerir sonhos»

Para além de todos os fatores positivos, há, ainda,que os alertar para as dificuldades. “O futebol não éfeito só de coisas boas. Nos momentos mais difí-ceis, têm de estar preparados para lutar, com garra,à conquista dos objetivos, sobretudo com muito es-pírito coletivo”. «Capucho» entrou na segunda épocacomo técnico principal dos sub-17, onde já passouum ano como treinador adjunto, tendo já trabalhado

espírito de grupo”, assegura, salientando a importânciada cumplicidade entre os técnicos das camadas jovensna gestão dos diversos escalões. De acordo com Pau-linho Santos, todos são ex-jogadores e sentem o clubede “uma forma especial”.

Folha treina, pela primeira época, o escalão de sub-15, tendo sido o técnico principal dos sub-14 em 2010.Também ele é um ex-jogador do clube e uma referênciana mística portista. “O nosso dever é o de lhes trans-mitir os valores adequados à sua formação enquantodesportistas e homens, incentivando-os a perseguir osseus sonhos”, explica, sublinhando que a formação éuma vertente muito apoiada no clube. “A nossa missãoé a de, em conjunto, desenvolver ao máximo as capaci-dades dos jogadores, não esquecendo nunca o seu ladohumano”. De acordo com o ex-avançado do FC Porto, opatamar de exigência para um jogador do clube é muitoelevado, o que torna o trabalho ainda mais difícil mas,ao mesmo tempo, mais aliciante. “Todos trabalhamosde acordo com o modelo de jogo e parâmetros do clube,numa lógica de interação ente os vários escalões. Quan-do esse trabalho der os frutos esperados, vai ser, paranós, uma enorme recompensa ter contribuído para apoi-ar o sonho destes jovens e tê-los transformado ematletas de «elite»”, afirma, salientando como grandesdesígnios do clube o rigor, a ambição e a determinação.“O mais importante não é que os jovens me vejamcomo uma referência do clube mas sim como alguémque tem uma forte ligação ao Porto, que sabe o que é

«ser Porto» e que lhes quer transmitir esse valor”, dizFolha. Bino tem 38 anos e o 2.º Nível do Curso deTreinadores. Esta é a sua primeira época, quer comotécnico principal dos sub-14, quer como adjunto dossub-16, onde assiste José Guilherme. Já com experi-ência na formação, uma vez que treinou os escalõesjovens numa escola de futebol, fora do âmbito do FCPorto, Bino diz que ainda está a absorver alguns ensina-mentos do técnico principal, uma vez que é a sua «es-treia» como treinador no clube. Questionado sobre asdificuldades de lidar com jovens na adolescência, aonível dos treinos, Bino diz que há idades complicadasde gerir. “Sinto que existem algumas dificuldades, naminha equipa de sub-14, uma vez que se trata de ado-lescentes. É uma idade de transição, onde ainda nãoexiste vincadamente a ideia de responsabilidade e ondeainda se desconcentram facilmente”, diz, salientandoser uma competência do treinador a de gerir essa ver-tente. As manhãs são passadas nos treinos dos sub-16,enquanto que as tardes são dedicadas à equipa dosmais novos. O médio, oriundo das escolas do Varzimchegou ao FC Porto na época de 1992/93 onde venceuo campeonato nacional, tendo regressado nas épocasde 1995/96 e 1996/97, onde também foi campeão evenceu a Supertaça. “Não concebo um jogador de fute-bol que não tenha paixão pelo jogo”, refere Bino, subli-nhando que esse é um dos fatores mais importantespara o sucesso destes jovens, aliado a uma grandeforça de vontade e capacidade de trabalho.

tam ações individuais”, garante, sublinhando queum treinador é um “gestor de sonhos”.

“Aqui formam-se jogadores mas também homenscom caráter”, garante Paulinho Santos, treinador-ad-junto dos sub-19, há duas épocas. Aos 41 anos, oex-médio-defensivo mantém uma relação estreita como clube, onde chegou com 21, e do qual nunca sedesvinculou. “É uma ligação muito forte. Passei duasdécadas ligado ao FC Porto, que ocupa um lugarespecial no meu coração”, refere. Para além dossete campeonatos e das cinco Taças de Portugal queconquistou enquanto jogador, o técnico foi, também,na época passada, campeão de sub-19 e, anterior-mente, de juvenis. “Já passei por vários escalões naformação do FC Porto, nomeadamente iniciados, ju-venis e juniores”, conta, garantindo que a vertenteformativa tem sido uma forte aposta do clube.

A mística na base da formação

“Este escalão já não é constituído poradolescentes. São adultos aos quais temos de trans-mitir valores, não só em termos de jogo mas também devida”, sustenta o técnico, salientando a interligaçãoentre todos os escalões que compõem a formação, es-sencial para transmitir aos mais jovens que o clubefunciona “como um todo”. “O Porto é constituído porpessoas que dão um forte contributo para sua organiza-ção. É essa a mística do clube, uma estrutura forte, um

em outros escalões como técnico auxil iar,nomeadamente nos sub-19 e sub-15. O ex-extre-mo-direito possui o Nível 3 do Curso de Treinadores,que tirou por sua própria iniciativa, e que o trouxe àformação do clube azul e branco. Sentiu isso comoum desafio e gostou da experiência. “O mais impor-tante é transmitir-lhes a garra de jogar e também anossa própria vivência como profissionais do clube.No fundo, prepará-los para o futuro”, diz, salientandoa importância quer do coletivo, quer do individual naformação da personalidade de um jovem jogador.“Um jogo de futebol é um ato coletivo de onde resul-

formação fcp

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stockmarketportuguese fashion news

Prioridadeà moda nacionalNuma iniciativa promovida

pela Associação SelectivaModa(ASM), no âmbito

do projeto PortugueseFashion News (PFN), foram

várias as iniciativas quedecorreram ao longo deste

semestre. Das diversasações realizadas,

o destaque vai para osfóruns «Têxteis do Futuro»,

«Tendências de Tecidos»e «Novos Talentos».

Criar condições para que a moda portuguesapossa crescer e afirmar-se a nível internacionalé o grande objetivo do projeto “Portuguese FashionNews”. Para contribuir nesse sentido, tem vindoa por em prática iniciativas como o «Fórum deNovos Talentos», o «Concurso de Novos Criado-res» e o «Fórum Têxteis do Futuro» que, nestaedição teve como tema central os EPI – Equipa-mentos de Proteção Individual. A Marcação CEassumiu um papel importante de entre as váriasiniciativas desenvolvidas, nomeadamente a ter-túlia sobre EPI, onde foram abordadas as princi-pais tendências de inovação deste mercado e osprincipais fatores a ter em conta na certificaçãodestes produtos, sendo de salientar, também, olançamento da 4ª edição do Diretório de TêxteisTécnicos, no decorrer do fórum.

O principal objetivo da exposição «Fórum Ten-dências de Tecidos» é a de divulgar no mercado

a utilização de tecidos inovadores. Na última edi-ção foram apresentadas as cores, fios e combi-nações mais inovadoras do mercado.

O «Fórum Novos Talentos» - uma mostra dacriatividade dos finalistas dos cursos de modaque trabalham os tecidos dos fabricantes nacio-nais de acordo com as tendências da estação -resulta do Concurso Jovens Criadores. Os dezfinalistas deste concurso tem participação ga-rantida na próxima edição do salão Modtissimo,apresentando uma mini-coleção, sendo que ovencedor poderá desfilar a sua no Portugal Fashi-on. No seguimento desta iniciativa, as vencedo-ras das duas últimas edições do Concurso Jo-vens Criadores PFN abriram o terceiro dia doPortugal Fashion com os seus desfiles. ClaúdiaGarrido e Juliana Cunha tiveram a oportunidadede criar as suas próprias coleções e apresentá-las na passerelle de um dos maiores eventos damoda nacional.

portuguese fashion news

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águas do portoprémio

A Águas do Porto foi umadas 15 empresas finalistas

do Prémio Europeu para o SetorPúblico (EPSA 2011 – European

Public Sector Award) como projeto «Porto, uma Cidade

Sensível à Água: GestãoSustentável do Ciclo Urbanoda Água». Promovido pelo

Instituto Europeuda Administração Pública (EIPA),

com o apoio da ComissãoEuropeia, o galardão pretende

reconhecer publicamenteas práticas mais eficientes

e inovadoras no âmbito do setorpúblico europeu.

Eficiência premiadaa nível europeu

Depois de, em 2010, ter sido galardoada com oprémio «Boas Práticas no Setor Público», na cate-goria «Redução de Custos Internos», com o projeto«Porto sem Perdas, Gestão da Mudança rumo à Sus-tentabilidade», a empresa Águas do Porto voltou aintegrar os finalistas do «Prémio Europeu para o

setor público a nível internacional, como resultadodo apoio político, da liderança forte e do envolvi-mento dos colaboradores.

Das 274 candidaturas ao EPSA 2011, provenientesde 32 países europeus, de entidades públicas nacio-nais, regionais e locais, incluindo institutos, autarqui-

as e empresas, o júri seleccionou 21 projetos parauma avaliação exaustiva «in loco» pela equipa doEIPA, tendo nomeado apenas 15 candidaturas para afase final. Submetido no âmbito do Tema 2 “Ser ver-de: soluções concretas para o setor público”, o pro-grama da Águas do Porto assenta na redução drásticadas perdas de água. Entre outubro de 2006 e setembrode 2011, o volume de água perdida desceu 68 porcento, de 56 mil para 18 mil metros cúbicos/dia, oque corresponde a uma poupança acumulada de cercade 20 milhões de euros. Estes ganhos de eficiênciatêm vindo a financiar grande parte dos investimentosna melhoria da rede de abastecimento de água, naconclusão da rede de saneamento e, ainda, a alargar oâmbito da atividade da empresa à globalidade do ci-clo urbano da água (águas pluviais, ribeiras e praiasdo Porto). O plano de investimento tem sido executa-do com sustentabilidade, sem aumentos reais dastarifas e sem endividamento bancário.

O júri internacional do EPSA 2011 vem, assim,reconhecer o trabalho da Águas do Porto como umexemplo de boas práticas no contexto da União Euro-peia, destacando o seu caráter de excelência, inova-ção e sustentabilidade, bem como o seu elevado efei-to demonstrativo e potencial de transmissibilidade.

Melhor empresa municipal do país

A Águas do Porto foi também considerada a em-presa com a melhor situação económico-financeirano panorama nacional das empresas municipais eintermunicipais. Das 280 que integram a lista daDirecção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), aÁguas do Porto sobressai com um saldo positivo de91,9 milhões de euros entre ativo e passivo. Aempresa municipal do Porto tem apresentado lu-cros desde que foi criada, em 2006. No exercíciode 2010, o resultado líquido alcançado atingiu per-to de 1,2 milhões de euros.

É de salientar que Águas do Porto, cujo objetosocial foi alargado a todo o ciclo urbano da água(abastecimento, drenagem e tratamento de águasresiduais, águas pluviais, ribeiras e praias), obte-ve estes resultados num contexto de contenção ta-rifária, ou seja, as tarifas aumentaram apenas umpor cento, ficando abaixo da taxa de inflação, e semrecurso a financiamento bancário.

Setor Público» com o projeto intitulado «Porto, umaCidade Sensível à Água: Gestão Sustentável doCiclo Urbano da Água», que foi reconhecido pelojúri internacional, composto por diversos especia-listas de diferentes países, como um caso de su-cesso na gestão de um processo de mudança no

águas do porto

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agentes de conduçãoum dia com

Metro a metro

Denominam-se agentes de condução e são eles quefazem deslizar os veículos pelos carris das seis li-nhas que compõem a rede de metro do Porto. Sãofuncionários da operadora Via Porto e asseguram, dia-riamente, o transporte de milhares de utilizadores detoda a Área Metropolitana do Porto. A atividade doscerca de 200 agentes de condução pode, à primeiravista, parecer pouco complicada, mas exige grandeconcentração e algum espírito de sacrifício. Algunsdos «segredos» foram desvendados à medida que acom-panhávamos estes profissionais de condução.

Antes de entrar em funcionamento, um veículo quevá iniciar a marcha pela primeira vez nesse dia tem deser testado, um procedimento habitual que cada agen-te de condução tem de realizar. Bruno Pereira, 33anos, é condutor do metro há seis. A preparação do

A primeira viagem do Metro doPorto realizou-se em 7 de

dezembro de 2002, entre asestações da Trindade e Senhor de

Matosinhos, percurso queconstituiu a primeira fase da

linha A (Azul). Com a expansãoda rede, dentro e fora da cidade

do Porto, o metro tem vindo aconhecer um acréscimo

acentuado de utilizadores. Mas seandar de metro já se tornou um

hábito para milhares deportuenses, fazer andar o metro é

só para alguns.

Concentração para quebrar monotonia

Iniciada a marcha, o agente de condução fica isoladodentro do habitáculo, uma vez que não tem contacto dire-to com os passageiros. Francisco Reis gosta da suaatividade mas reconhece que este isolamento acaba portorná-la um pouco monótona. “Esta «solidão» acaba porgerar uma ausência de estímulos e, consequentemente,alguma monotonia”, admite, acrescentando, no en-

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agentes de conduçãoum dia com

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

tanto, que tem de haver a máxima concentração. “Es-tar atento a tudo: limites de velocidade, sinalização,horários, entrada e saída de passageiros”, enumera,acrescentando ainda os obstáculos que podem surgirna envolvente e que são muitos, principalmente nostroços urbanos à superfície. E, por isso, o agente decondução prefere, por dois motivos, a linha D (Gaia).“Desde logo por uma questão emocional, uma vez quesou de Gaia e nutro uma grande afinidade por estacidade. A travessia da ponte mostra-nos sempre umapaisagem fantástica, não é?”, questiona. O segundomotivo pelo qual prefere trabalhar nesta linha está ligadoao facto do percurso ser feito, essencialmente, em ambi-ente urbano, com mais «adrenalina».

O tempo de paragem nas estações é cronometrado eos agentes de condução têm de estar atentos, sendo eles

Eurotram, que iniciou a marcha na estação de Fânze-res com destino à de Senhor de Matosinhos, esteve aseu cargo. Ao longo de 15 minutos, tempo máximopara verificar um veículo simples – e que se conver-tem em 20 se for duplo – há que testar luzes, câma-ras, abertura e fecho de portas, os sistemas sonorosde alerta e de informação, as comunicações com ospassageiros, os painéis que compõem o habitáculo etoda uma série de fatores que garantem o seu bom

funcionamento. Logo após a verificação interna, emambas as cabines, o agente de condução dirige-se aoexterior, onde efetua uma «ronda» ao veículo, garantin-do, também o bom funcionamento da parte externa.Depois de 20 minutos de preparação, uma vez que setratou de um veículo duplo, entrou na cabine, ondepassa uma boa parte do seu tempo, e foi explicandotodos os procedimentos que a função exige. “Há queestar atento a diversos pormenores pois são eles quegarantem o bom funcionamento da nossa atividade”,diz, salientando que há uma grande diversidade de fa-tores a ter em conta para uma manutenção correta, querdo veículo, quer da segurança dos passageiros. “Aqui,tudo é planeado ao minuto e cada segundo conta paraque o veículo chegue dentro do horário a cada destino ea cada estação. Por isso não podemos falhar”.

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agentes de conduçãoum dia com

quem aciona a abertura e fecho de portas dos veículos egarante a segurança na entrada e saída dos clientes. Paraisso contam, no habitáculo, com a ajuda de câmaras quelhes dão uma panorâmica do cais de embarque, uma vezque os veículos não têm espelhos retrovisores. Ao entrarnas estações, o veículo tem de emitir um sinal sonoro,acionado pelo agente de condução, tendo, o mesmo, deser igualmente acionado sempre que o veículo iniciar amarcha. Uma buzina é também acionada sempre que sejustifique, ao passar em cruzamentos, travessias de pe-ões ou zonas urbanas cruzadas pelo metro. “Funcionaquase como a buzina de um automóvel”, diz Bruno Perei-ra, que nutre uma preferência pelas linhas A (Matosi-nhos) e D (Gaia), justamente as que têm o maior percur-so em ambiente urbano. Depois de todos os passageirosem segurança, as portas são fechadas e o veículo arran-ca, seguindo todos os procedimentos até à próxima esta-ção. No final da linha, o agente de condução troca decabine e inverte, assim, a marcha da composição. Paraalém dos sinais interiores, os agentes de condução têmde estar atentos às indicações que lhes são transmitidasexternamente, quer pela sinalização (vertical ou lumino-sa), bem como pelo posto de comando, com quem têm deentrar em contacto via móvel, sempre que surja umaanomalia. Bruno Pereira imobiliza o veículo devido àinativação de um sinal luminoso que deveria estar ligadoe pede, de imediato esclarecimentos ao posto de coman-do que o manda avançar. “A luz que indica que há energia

veículos, tendo como velocidade máxima os 80 quiló-metros; o segundo (30 veículos) é mais recente, apre-senta maior comodidade para os passageiros e atingeos 100 quilómetros/hora. Devido à robustez que acres-centou à frota de veículos, o TT só circula nas linhas B(Póvoa) e C (ISMAI), as mais extensas da rede. Apesarde ser mais potente e suave, em termos mecânicos, émenos funcional para a condução. “Se pudesse reuniaaspetos de um e de outro”, refere António Rafael, agen-te de condução desde 2003. “O ideal era juntar oconforto para os passageiros e a potência e suavidadeno arranque e no freio do TT com a condução prática ea ergonomia do ET”, admite. Todos os agentes de con-dução estão habilitados a conduzir o Eurotram mas sóalguns podem «pilotar» o Tram-Train. “Para conduzireste modelo mais recente, os agentes necessitam deum curso de formação específico que ainda só algunstêm”, refere Carlos Elíseo, responsável de Linha e co-ordenador de uma equipa de agentes de condução, ad-mitindo, no entanto, que “em breve, todos os outrosestarão, também, aptos a conduzir o TT”.

António Rafael manifestou, também, a sua prefe-rência por conduzir as composições nas linhas A (Ma-tosinhos) e D (Gaia), enquanto descia a Avenida daRepública, em Gaia, local onde o metro circula porum corredor central às faixas de rodagem automóvel ese depara constantemente com atravessamentos depeões e de automóveis. Tal como o seu colega, tam-

para a catenária estava desligada e se houvesse anoma-lia o veículo iria ficar sem energia, o que lhe poderiacausar danos mecânicos”, refere, salientando que, nestecaso, poderia ser simplesmente a lâmpada indicadoraque estava fundida. Francisco Reis parou a composiçãonum sinal vermelho, devido ao atravessamento de outroveículo proveniente de outra linha e que, de acordo com ohorário teria que passar à frente. Mas depois de algumtempo de espera, o agente de condução estranhou a de-mora da abertura do sinal e contactou a central que omandou avançar. “Por vezes acontecem pequenas falhasno sistema que são, de imediato, colmatadas”, esclare-ce. Ao contrário de muitos dos seus colegas, FranciscoNeves tem uma preferência pela linha de F (Fânzeres) pornão passar, à superfície, pelo centro das cidades. “Aviagem é mais tranquila, não existem tantos obstácu-los”, diz, exemplificando com a zona comercial de Mato-sinhos. “As pessoas andam na rua sem prestar os cuida-dos devidos, uma vez que aquela é uma passagem dometro. Nós temos de ter cuidado com elas mas tambémelas devem ter atenção ao veículo que circula”.

Eurotram e Tram-Train

A Metro do Porto conta com dois modelos de veícu-los que circulam nas várias linhas: o Eurotram (ET) e oTram-Train (TT). O primeiro, o mais antigo, circula des-de a entrada em funcionamento da rede, num total de 72

bém Manuela Sousa está habilitada para conduzirambos os veículos mas, por uma questão de ergono-mia, diz preferir o Eurotram. “A cadeira de condução écentral e temos acesso prático a todos os comandosque estão dispostos no formato de «meia-lua» e muitomelhores distribuídos do que no Tram-Train. Apesar deser um veículo mais potente e confortável para ospassageiros é menos ergonómico em termos de con-dução”, refere, salientando o facto da cadeira de con-dução estar ligeiramente à esquerda da cabine e certoscomandos se estenderem pelo painel à direita.

Sobressaltos, já todos os tiveram às mãos cheias,mas os acidentes são pouco frequentes. “Quando acon-tecem são, na esmagadora maioria das vezes, por cul-pa das pessoas ou dos automóveis que não respeitama sinalização”, diz António Rafael que já teve um aci-dente na Maia, com um veículo que se atravessou nalinha. Francisco Reis lamenta o atropelamento de umaraposa que atravessou a linha mesmo junto ao veículoe Bruno Pereira recorda um “toque” que deu num tran-seunte que se aproximou demasiado da composiçãoem andamento. “No fundo, ele é que atropelou o meuveículo” refere com humor. Os sustos são mais fre-quentes e já fazem parte do quotidiano dos agentes decondução, podendo até servir, de alguma forma, paraquebrar «aquela» dose de monotonia que menciona-ram. Mas, felizmente, o que não falta nas composi-ções são campainhas e buzinas de alerta.

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portofólio

(...) Na minha cidade os Poentes são de ourosobre o Douro e o mare só ela tem a luz do entardecera enfeitar o granito...Na minha cidade (...)há gaivotas e maresiamas não há cacilheiros no rio há rabelostransportando nectar e almas...

Na minha cidade também há pregões,gatos, pombas, castanhas assadas e iscase fado pelas vielas, pendurado com molas,como roupa a secar nos arames...

A minha cidade tem também tardes languescentes,coretos nas praças velhos jogando cartas em mesas de jardime o revivalismo de viúvas e solteironaspasseando de elétrico

(...) a luz da minha cidadeé um frémito de amor do astro-reia beijá-la na fronte, cada manhã!...

“A minha cidade”

Maria Mamede

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portofólio

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atualidade

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Em outubro, realizou-se um Torneio de Golfe afavor da Liga dos Amigos do Hospital de SantoAntónio, em parceria com o Golf Club da Estela. Otorneio, que somou cerca de 100 inscrições, con-tou com a participação de diversas personalidades

Negócios em tempo de “crise”A primeira edição do “Best Of Stock”, que se

realiza entre 9 e 11 de dezembro, no Pavilhão RosaMota, surge como um evento que visa apoiar forte-mente os comerciantes portugueses, como formade criar uma plataforma comercial de vendas destocks estagnados e, ao mesmo tempo, afirmar-secomo um meio de excelência para a divulgação demarcas com valor acrescentado. O conceito desteevento assenta na filosofia ativa e produtiva, queajuda os lojistas a escoarem produto com descon-tos que respeitem, no mínimo, os 50 por cento.

Assim, as marcas têm a possibilidade única de, emtrês dias, realizarem vendas rápidas, com o objeti-vo de alcançar o maior número de transações co-merciais.

Horários: 9 de dezembro – das 17h00 às 23h00/ 10 de dezembro – das 10h00 às 23h00 / 11 dedezembro – das 10h00 às 20h00

Valor da entrada: 4 euros, reembolsável nas com-pras (em cada 10 euros, 1 é debitado do valor daentrada, nos stands aderentes)

Nota: Crianças e casais com filhos não pagam.

Torneio de Golfe solidárioreúne figuras públicas

como Jorge Gabriel, Júlio Magalhães e ManuelSerrão, entre muitas outras que não quiseram dei-xar de contribuir para esta causa. A noite terminoucom um jantar, cuja receita reverteu a favor da

Liga dos Amigos do Hospital de Santo António eonde foram, também, atribuídos os prémios aosvencedores da competição. Recorde-se que a Ligados Amigos do Hospital de Santo António é umaassociação que integra mais de 320 voluntários,cujo trabalho incide na melhoria da qualidade devida dos doentes deste hospital.

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atualidade

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A comemoração do 7º aniversário do Vila do CondeThe Style Outlets, que decorreu entre 5 e 13 de novem-bro, não podia ter sido mais especial, com o centro aoferecer aos seus clientes vários dias em que a músicae os prémios foram as principais «estrelas», numa açãoque prometia “mudar o armário” dos clientes com maisvontade de alterar o seu estilo. Depois de uma semanade grande atividade, o encerramento da festa contoucom a presença dos GNR. Para além da banda portuen-se, passaram também pelo palco do «Style on Stage»os Amor Electro (banda revelação 2011), The Sean

7.º aniversário do Vilado Conde The Style Outlets

Riley & The Slowriders, Best Youth, Soapbox, The Un-derdogs, Jazz Combo, At Freddy’s House e Os Torna-dos. Diana Chaves, Lourenço Ortigão, Sara Matos, JoséFidalgo e Manuel Serrão foram algumas das caras maisconhecidas da televisão que não quiseram deixar demarcar presença no concerto do arranque das comemo-rações. Para além dos espetáculos gratuitos, o Vila doConde The Style Outlets desafiou os seus clientes amudar de estilo, com um passatempo online, cuja ins-crição consistiu no upload de uma fotografia e de umpequeno texto a explicar as razões pelas quais queriammudar de estilo. O vencedor ganhou um vale de com-pras no valor de mil euros. Para além deste prémio,foram, ainda, oferecidos vales diários de 100 eurosaos clientes que apresentassem o talão de comprasmais elevado. A maior compra efetuada durante a se-mana do aniversário foi também presenteada com umvale de compras no valor de mil euros.

Vinhos doDouro e Porto

e a moda deFátima Lopes

Alguns dos maiores exemplos da produção nacio-nal, com registo de sucesso em todo o mundo, asso-ciaram-se num evento único. À notoriedade dos vi-nhos do Douro e Porto juntou-se a moda da estilistaFátima Lopes, para dois dias de provas, palestras edemonstrações culinárias de grande glamour. A 6.ªedição do «Porto e Douro Wine Show», promovidopelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP),juntou, entre 26 e 27 de novembro, no Convento doBeato, em Lisboa, produtores da Região Demarcadado Douro, manequins, chefes de cozinha e especia-

listas da área em redor de novos conceitos e novasformas de apreciar os vinhos do Douro e Porto. Cati-var novos públicos e reconquistar os portuguesesforam os grandes objetivos desta ação.

Edição de 2010

Edição de 2010

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através dos tempos pontes do porto

As cidades

A primeira ponte construída no rio Douro foi a deno-minada Ponte das Barcas. Projetada por Carlos Ama-rante e inaugurada a 15 de Agosto de 1806, era cons-tituída por vinte barcas ligadas entre si por cabos deaço com abertura a meio para facultar passagem aotráfego fluvial. Em 1809, na sequência da investidamilitar liderada pelo marechal Soult, aquando da se-gunda invasão francesa, deu-se a célebre catástrofeda Ponte das Barcas que fez milhares de mortos. Naânsia de fugir às cargas das tropas francesas, o ex-cesso de multidão fez abalar a ponte e as pessoascaíram ao rio. A ponte foi reconstruída depois da tra-gédia, sendo substituída definitivamente pela PontePênsil em 1843. A nova infraestrutura, com 150 me-tros de comprimento e seis de largura, viria assegurar

As relações afetivas e comerciais entre Porto e Gaia,duas cidades vizinhas que partilham o mesmo rio

foram, desde sempre, muito fortes. As diversas pontesconstruídas ao longo dos séculos demonstram a

crescente necessidade de ligação entre ambas. «PortusCale» era o nome de uma cidade da Gallaecia romana,

que integrava as atuais cidades do Porto (Portus) eGaia (Cale). A denominação deu origem ao Condado

Portucalense e, mais tarde, a «Portugal».

um melhoramento no tráfego entre as duas margens doDouro e, num teste à sua resistência, suportou maisde 105 toneladas, constituídas por cerca de 100 pi-pas de água. Manteve-se em funcionamento durantecerca de 45 anos, tendo sido substituída em 1887pela Ponte Luíz I, construída mesmo ao lado. Delarestam ainda os pilares e as ruínas da casa da guarda-militar que assegurava a ordem e o regulamento daponte, bem como a cobrança de portagens para a suatravessia.

A arte do ferro de Eiffel

Antes da construção desta ponte ter início, come-çou a ser construída a de D. Maria Pia, também desig-nada por Ponte Maria Pia, a primeira infraestruturaferroviária a unir as duas margens do Douro. Batizada

em honra de Maria Pia de Sabóia, é uma obra degrande beleza arquitetónica, projetada pelo engenhei-ro Théophile Seyrig e edificada, entre 1876 e 1877,pela empresa Eiffel Constructions Métalliques. Nasua construção trabalharam 150 operários e foramutilizados 1.600.000 quilos de ferro. Tendo em contaas dimensões da largura do rio e das escarpas envol-ventes, foi o maior vão construído até essa data, apli-cando-se métodos revolucionários para a época. Nainauguração, a 4 de novembro de 1877, estiverampresentes a própria D. Maria e D. Luís I. No últimoquartel do século XX tornou-se evidente que já nãorespondia de forma satisfatória às necessidades. Do-tada de uma só linha, obrigava à passagem de umacomposição de cada vez, a uma velocidade que nãopodia ultrapassar os 20 km/h e com cargas limita-das. No entanto, a ponte esteve em serviço durante114 anos, como parte da Linha do Norte, até à entradaem funcionamento da Ponte de S. João em 1991. Em2009, iniciaram-se várias obras de preservação naponte, que se encontra desativada.

A Ponte Luís I, popularmente também chamada PonteD. Luís, é uma estrutura metálica construída entre 1881e 1887e, tal como a de D. Maria Pia, também projetadapelo engenheiro belga Teófilo Seyrig. A ponte foi inau-gurada em 1886 (tabuleiro superior) e 1887 (tabuleiroinferior), sem a presença do Rei D. Luís I e, por isso, apopulação do Porto decidiu, em resposta ao que consi-derou um ato desrespeitoso do monarca, retirar o “Dom”do respetivo nome. Logo a ponte chama-se “Luíz I” enão “D. Luíz I”, como erradamente é designada.

Na segunda metade do século XIX, com o comércioa progredir na cidade, as fábricas espalhavam-se portoda a parte oriental da cidade. O tráfego para Gaia eLisboa crescia e a Ponte Pênsil não chegava para umacirculação eficaz. Por proposta de lei de 11 de feve-reiro de 1879, o Governo determinou a abertura de umconcurso para a “construção de uma ponte metálicasobre o rio Douro, no local que se julgar mais conve-niente em frente da cidade do Porto, para a substitui-ção da atual ponte pênsil”, após ter já recusado umprojecto da firma G. Eiffel et Cie. que só contemplavaum tabuleiro ao nível da ribeira, com setor levadiço naparte central que, apesar de ter merecido um GrandePrémio na Exposição Universal de Paris de 1878, nãoservia para uma eficaz ligação entre os núcleos urba-nos de Porto e Gaia, impondo-se, assim, como pre-

missa necessária a conceção de uma ponte de doistabuleiros. A vencedora foi a proposta da empresabelga Société de Willebroeck, com projeto do enge-nheiro Teófilo Seyrig, que já tinha sido o autor da PonteD. Maria Pia, e que assina, como único responsável,a grandiosa Ponte Luís I. A estrutura da nova ponte,verdadeira filigrana de ferro, que passou a ser, junta-mente com a Torre dos Clérigos, um ex-libris da cida-de do Porto, pesava no seu conjunto 3.045 toneladas,tendo ficado iluminada por meio de artísticos cande-eiros de gás - 24 no tabuleiro superior e oito no infe-rior. Atualmente o tabuleiro superior serve a Linha Ddo Metro do Porto e o tabuleiro inferior destina-se apeões e veículos automóveis.

A era do betão

Desde 1930 que se sentia necessidade de criar liga-ções alternativas às antigas pontes (Maria Pia e Luís I)de modo a responder ao crescente fluxo da circulaçãoviária entre Porto e Gaia, motivado sobretudo pela ex-pansão demográfica de todo o distrito. Dessa necessi-dade permente resultou a construção, em 1963, daPonte da Arrábida que contou com o maior arco embetão armado de qualquer ponte no mundo.

O engenheiro responsável pelo projeto e constru-ção da segunda ponte rodoviária sobre o Douro foiEdgar Cardoso, um dos mais notáveis engenheirosde pontes do país, que teve a colaboração do arqui-teto Inácio Peres Fernandes e do engenheiro JoséFrancisco de Azevedo e Silva. Na sua construção,cujo custo foi de cerca de 1.200.000 €, foram gas-tas 20 mil toneladas de cimento, 58.700 metros

das oito pontes

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através dos tempos

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

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através dos tempos pontes do porto

cúbicos de betão armado, 2.250 toneladas de aço e2.200 toneladas de aço laminado. Foi inauguradaem 22 de junho de 1963 e dispunha de quatro eleva-dores para que os peões pudessem vencer a distân-cia de setenta metros do rio ao tabuleiro, facilitandoem muito a sua travessia pedonal.

Nas torres dos elevadores, parte integrante da es-trutura, podem observar-se quatro esculturas orna-mentais em bronze com cinco metros de altura, duasdo lado do Porto, do escultor Barata Feyo, simboli-zando “O Génio Acolhedor da Cidade do Porto” e “OGénio da Faina Fluvial e do Aproveitamento Hidroe-léctrico” e duas do lado de Gaia, do escultor Gusta-vo Bastos, representando “O Domínio das Águas peloHomem” e “O Homem na sua Possibilidade de Trans-por os Cursos de Água”. O tabuleiro era compostopor duas vias de trânsito com oito metros cada, se-paradas por uma via sobrelevada de 2 metros delargura, duas pistas para ciclistas com 1,70 metrose dois passeios sobrelevados de 1,50 metros. Em1995 passou a contar com três faixas de rodagemem cada sentido e atualmente passam pela ponte,em média, 136 mil carros por dia.

Arte contemporânea

A Ponte de São João foi construída com o propósitode fornecer uma ligação ferroviária alternativa à PonteMaria Pia, que, devido à sua única via, não conseguiaescoar eficazmente o intenso tráfego ferroviário de epara o Porto. Assim, em 1966, a companhia dos Ca-minhos de Ferro Portugueses planeou a duplicação davia entre as Estações Ferroviárias de General Torres ePorto-Campanhã, sendo a travessia do rio Douro efe-tuada por uma ponte de via dupla de traça semelhanteà da Ponte da Arrábida. O anteprojeto foi, assim, en-tregue ao engenheiro Edgar Cardoso, autor da Ponte daArrábida. Fazendo jus ao nome, a ponte foi inauguradano dia de São João, em 24 de Junho de 1991.....

Tal como a Ponte da Arrábida, à data da sua inaugu-ração, também a Ponte de São João com o seu vãocentral constituiu um recorde mundial neste tipo depontes, neste caso, para caminho-de-ferro.

Das pontes que ligam o Porto a Vila Nova de Gaia,a Ponte do Freixo é a que está mais a montante do rioDouro, em plena zona histórica, ligando as Fontaínhasà Serra do Pilar. Projetada por António Reis, foi cons-

truída na tentativa de minimizar os congestionamen-tos ao trânsito automóvel vividos nas pontes da Arrá-bida e de Luís I, particularmente notórios desde finaisda década de 1980. É uma ponte rodoviária com oitovias de trânsito (quatro em cada sentido), mas comum tabuleiro a cotas muitos inferiores à de todas asoutras que ligam o Porto a Gaia. Esta ponte, que naverdade se trata de duas construídas lado a lado masafastadas 10 centímetros, foi inaugurada em setem-bro de 1995 e em 2011 passam pela ponte, em mé-dia, 95 mil carros por dia.

Batizada em honra do Infante D. Henrique, nascidono Porto, a Ponte do Infante é a mais recente e, deacordo com diversas opiniões, a mais esbelta ponteque liga Porto e Gaia. Foi construída para substituir otabuleiro superior da Ponte Luís I, entretanto conver-tida para uso do Metro do Porto. O engenheiro JoséAntonio Fernández Ordóñez foi o responsável peloprojeto desta ponte de 371 metros de extensão e 20de largura, com duas vias de rodagem em cada sen-tido. Dotada de um arco em betão de 280 metros, anova travessia demorou 27 meses a ser construída eimplicou um investimento de 14 milhões de euros.Como já vem sendo tradição nas pontes entre o Portoe Gaia, constituiu um recorde mundial nesta tipolo-gia e serviu de referência a inúmeras pontes cons-truídas posteriormente.

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Desenvolvimentosustentado

O turismo tem vindoa crescer de forma

exponencial no Porto. Hácada vez mais estrangeiros

a procurar a Invicta comopotencial destino de visitaseja pela sua beleza, sejapela diversidade cultural,

paisagística ou arquitetónica.O investimento

na reabilitação que temvindo a ser desenvolvidocontruibui, também, parao «novo rosto» da cidade.

foram a Itália (53 por cento de turistas), a França (40)e a Holanda (47). Em contrapartida, o mercado inglêsfoi o que evidenciou a maior retração, com menos 16por cento. Dos 30 mil turistas que visitaram o Portodurante o mês de julho, os que vieram em maior nú-mero foram os espanhóis embora o crescimento maisacentuado se tenha registado em termos de turistasportugueses e franceses, que, nesse mês, evidencia-ram um aumento de 25,35 por cento e 25,16 porcento, respetivamente.

Turismo cresce no Portode forma substancial

Alguns indicadores têm vindo a dar conta de umcrescimento acentuado do turismo na cidade do Porto.Só no primeiro semestre deste ano, os postos de turis-mo municipais registaram um crescimento na procurade 26,50 por cento face a igual período de 2010. Oaumento da procura da cidade do Porto como destinoturístico tem vindo a acentuar-se desde julho, mês emque cerca de 30 mil turistas, mais 17,14 por cento doque em julho do ano passado, a visitaram. Nos pri-meiros seis meses de 2011, o maior número veio deFrança, Espanha e de outras regiões de Portugal, sen-do que os países que tiveram o maior crescimento

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Rui Meireles / CMP

Polícia Municipal tem certificadode qualidade

A Polícia Municipal (PM) do Porto é a primeirapolícia, a nível nacional, a obter o certificado de qua-lidade. O processo de certificação foi iniciado em2009, após a aprovação da candidatura apresentadaao Programa Operacional Potencial Humano (POPH).A Polícia Municipal segue-se, assim, ao Gabinete doMunícipe, Departamento Jurídico e de Contencioso eDirecção Municipal da Via Pública, que foram, igual-mente, distinguidos com a certificação, e que, de acor-do com Rui Rio, presidente da autarquia, foi “a conse-quência natural da política de rigor e de reorganizaçãointerna que culminou na aprovação, em 2003, da novamacroestrutura, cujo principal objetivo estratégico foio de melhor responder às necessidades e interessesdos munícipes”. Ainda segundo o autarca, esta certi-ficação representa um incentivo a outras unidadesainda não certificadas, contribuindo assim para criaruma dinâmica de melhoramento da qualidade do ser-viço prestado aos cidadãos. “A Polícia Municipal é a

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primeira polícia no país a obter a certificação de qua-lidade, o que nos dá uma dupla satisfação e, no meucaso, um grande orgulho”, garantiu Rio, salientando otrabalho realizado ao longo desta década de gestãoautárquica. Para Leitão da Silva, comandante da PM, oprincipal objetivo da candidatura foi o de “reorganizara casa com vista a melhor servir o munícipe”. Deacordo com o responsável, o desafio passa, agora, pormanter um grau de exigência “elevado, inovando-o ereinventando-o todos os dias”. “Só assim é possívelter uma boa polícia”, afirmou, confessando-se orgu-lhoso pelo caráter pioneiro de todo este processo.Manuel de Novaes Cabral, diretor municipal da presi-dência, traçou, em linhas gerais, a política de certifi-cação na Câmara Municipal do Porto, anunciando acriação de um sistema único da gestão e da qualida-de, que irá integrar todos os serviços municipais. “Éneste âmbito que, ainda este ano, será implementadoo projeto de Auscultação da Satisfação dos Clientesda Autarquia, bem como o de Gestão Integrada dasReclamações, Sugestões e Elogios”, salientou.

rapidamente o impasse quanto ao novo conselho deadministração, que será comum às duas empresas.“O Governo vai desbloquear a situação rapidamente,mas vai haver a fusão (Metro/STCP) e haverá umaadministração comum”. Álvaro Santos Pereira ga-rantiu também uma “equidade” para as regiões, afir-mando que “todos serão tratados da mesma maneirae as necessidades das regiões serão tomadas emconta” assim que a situação económico-financeirapermita avançar com novas grandes obras públicas.“Há investimento que não é possível fazer, mas ficaa garantia de que quando o problema financeiro esti-ver resolvido ou atenuado haverá boa vontade gover-nativa”, frisou Álvaro Santos Pereira. A JMP viu,assim, garantida a reivindicação de que a 2.ª fase doMetro do Porto irá avançar, embora só quando foremdesbloqueadas as verbas para outras grandes obraspúblicas no país.

Reabilitação do Eixo Mouzinho/Flores

Concluídas as obras de requalificação do espaçopúblico no morro da Sé, a Câmara do Porto está já aultimar os procedimentos de contratação para o iníciodas obras de reabilitação urbana do «Eixo Mouzinho-Flores».Trata-se de mais um contributo para a reabili-tação e revitalização do Centro Histórico do Porto,Património da Humanidade, que envolve uma profundaintervenção na zona que abrange as ruas de Mouzinhoda Silveira, Flores (esta passará a artéria pedonal

depois da requalificação), Praça Almeida Garrett, Lar-go dos Lóios, Taipas, Caldeireiros e Ferreira Borges. Oprojeto representa um investimento global na ordemdos 8,6 milhões de euros e tem já aprovado um apoiocomunitário de 6,9 milhões, no âmbito do QREN.

Câmara apresenta propostapara salvar o «Fluvial»

No âmbito do processo de insolvência que o Clu-be Fluvial Portuense atravessa, a autarquia conti-nua apostada em apresentar uma proposta de sane-amento das dívidas do clube à Assembleia de Cre-dores. A intenção poderá, no entanto, vir a ser aban-donada, caso o Fluvial apresente uma proposta pró-pria que seja aprovada na referida assembleia, ga-rantindo, assim, o pagamento das dívidas, incluin-do a que tem para com a autarquia e que ascendeaos 476 mil euros. A decisão foi tomada em As-sembleia Municipal, onde se chegou a um entendi-mento quanto ao futuro das instalações do Fluvial,evitando-se, deste modo, que o respetivo patrimó-nio vá parar a mãos de privados, depois de a Câma-ra ter “ajudado” o clube com mais de 10 milhõesde euros ao longo dos anos. Segundo a proposta doExecutivo, o município salvaguarda o património doFluvial, que lhe foi cedido gratuitamente pela câ-mara, evitando que o mesmo seja vendido em hastapública e assegurando, em simultâneo, a ofertadesportiva à cidade. Além disso, ficou também de-cidido que a autarquia lhe irá facultar as condiçõesnecessárias para que o clube possa continuar adesenvolver as suas atividades desportivas.

Fusão entre Metro do Porto e STCP

O Governo veio anunciar, recentemente, as futurasfusões a ser implementadas no setor dos transportes,nomeadamente entre o Metro e a Sociedade de Trans-portes Coletivos do Porto. Depois da indignação de-monstrada pelos autarcas da Área Metropolitana doPorto, relativamente ao facto de não terem sido con-sultados antes do anúncio destas medidas, a JuntaMetropolitana do Porto (JMP) solicitou uma reuniãocom o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira,que teve lugar em novembro. No final do encontro,Santos Pereira garantiu que o Governo irá desbloquear

Limpeza da baixa aquém das expetativas

A zona da Baixa do Porto ainda não atingiu os níveisde limpeza desejados, fator que tem em conta as novasdinâmicas criadas pelo fluxo dos milhares de pessoasque frequentam a vida noturna, e a elevada concentra-ção diária de visitantes. A limpeza urbana desta zonaainda não foi concessionada pela autarquia a empresasespecializadas, no âmbito da decisão da autarquia deconcessionar a privados cerca de 50 por cento da reco-lha de resíduos sólidos e limpeza urbana, uma medida

aprovada em julho de 2008 na sequência da abertura deum concurso público internacional. Este processo en-globou a transferência de funcionários municipais, noâmbito da reestruturação orgânica interna da autarquia,o que deixou desfalcados os serviços municipais res-ponsáveis pela limpeza da metade restante da área doconcelho. Já a partir de janeiro de 2012, a autarquiaespera poder concessionar uma parte significativa dosrestantes 50 por cento da limpeza urbana, ficando osserviços municipalizados com apenas dez por cento.Desta forma, será possível adequar os recursos huma-nos às necessidades concretas.

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Tempo de viverMatosinhos

Após um período estratégico deaposta na construção e

requalificação de equipamentosligados às mais diversas áreas,

Guilherme Pinto está a desafiar oscidadãos a viverem Matosinhos,

dando-lhes espaço para umaparticipação ativa nos assuntos do

município.

Seis anos depois da tomada de posse do atual Exe-cutivo de Matosinhos, o presidente da Câmara Muni-cipal, Guilherme Pinto, defende que “a casa está prontae é preciso vivê-la”. Após um período de forte apostana construção e requalificação de equipamentos liga-dos à educação, desporto, ciência, inovação e design,o autarca considera que o maior desafio para os próxi-mos tempos será o de mobilizar os cidadãos em tornodas infraestruturas que têm à sua disposição.

À luz da estratégia “Mar, Movimento e Cultura”,que continuará na linha da frente do trabalho do muni-cípio, Guilherme Pinto afirma ter cumprido os objeti-vos propostos, nomeadamente na área da educação –com quase todo o parque escolar renovado – numinvestimento de cerca de 100 milhões de euros. “Te-nho feito tudo aquilo a que me tinha comprometido emmatéria de ação social: centros de dia, lares de ter-

ceira idade em construção ou já concluídos e umaprofunda renovação na área do desporto, com a cons-trução de inúmeros equipamentos desportivos e a aqui-sição de outros”, acrescentou o presidente, referindo-se, por exemplo, às intervenções realizadas no Campode Custóias e de Leça do Balio e à requalificação doequipamento da Bataria, com a instalação de um pisosintético que “multiplicou a capacidade de utilizaçãodo recinto”. Outra vitória realçada por Guilherme Pintono trabalho realizado nos últimos seis anos prende-secom a atração de importantes investimentos paraMatosinhos, nomeadamente na área da comunicaçãosocial, com a instalação do Porto Canal, da SIC e dogrupo Impresa no município.

Em declarações à Viva, o também presidente doFórum Europeu para a Segurança Urbana, realçou queum dos seus objetivos iniciais era o de “simplificar avida às pessoas”, tarefa que considera cumprida jáque, segundo o autarca, Matosinhos é “a câmara quetem o melhor serviço à população em termos de infor-matização e simplificação de processos”. Na análisedos últimos anos de mandato, Guilherme Pinto refereainda que o município foi “o primeiro ponto do país aliderar as políticas relacionadas com o mar, quer nagastronomia e na componente lúdica em geral, quer doponto de vista científico, com a aposta no Centro deCiências do Mar, quer do ponto de vista económico,com o Porto de Leixões”.

Município pretende abrir ConselhosConsultivos aos cidadãos

Segundo o presidente da Câmara de Matosinhos, opróximo passo no trabalho do município será o demobilizar a população. “Para isso, vou tentar fazeruma coisa inédita: abrir os nossos Conselhos Consul-tivos”, revelou. “Em todas as áreas, sobretudo nasque implicam grandes investimentos, temos documen-tos estratégicos que são concebidos pelos serviços epartilhados por todos os atores no terreno (…) O meuinteresse, neste momento, é que possamos abrir es-ses Conselhos Consultivos a cidadãos escolhidosaleatoriamente nos cadernos eleitorais para uma par-ticipação mais ativa na cidadania”, acrescentou.

O autarca destacou ainda a intenção de constituir“Unidades de Cidadania”, integradas por pessoas es-colhidas ao acaso nos cadernos eleitorais que serão

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Francisco Teixeira (CMM)

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desafiadas a “fazer a sua cidade, o seu local de resi-dência, o seu bairro”. “É uma forma de ir ao encontro depessoas que, normalmente, estão a quilómetros de dis-tância da atividade política”, salientou, afirmando es-perar respostas afirmativas dos selecionados. “Nãobasta dizer mal, é preciso participar porque mudar o quequer que seja é muito difícil”, apontou.

Autarquia prepara pacote de medidas deapoio social para 2012

Num momento particularmente difícil de crise eco-nómica, Guilherme Pinto explicou que a principal es-tratégia de Matosinhos foi perceber de que modo éque, face à redução das receitas, seria possível man-ter uma autarquia sustentável. “Isso foi feito e, nestemomento, estou em condições de garantir que, com osdevidos ajustamentos, é possível manter o essencialdaquilo que tinham sido os padrões de qualidade defi-nidos pela câmara”, salientou.

Ainda assim, o presidente afirma querer ir maislonge. Além das quatro mil famílias que moram emhabitações sociais da câmara e das 600 famílias que,recebendo menos do que o rendimento mínimo percapita, são apoiadas pela autarquia no pagamentomensal da renda, o responsável está a tentar descobrirnovos caminhos de ajuda para os próximos tempos.“Com a ajuda da universidade, estamos a perceber

bem o que podemos fazer e temos uma reunião apraza-da, onde um conjunto de personalidades importantesdo país virão a Matosinhos para, em conjunto, discu-tirmos quais são as novas formas de apoio possíveispara os cidadãos”, explicou à Viva.

Do ponto de vista financeiro, a câmara está a auxiliaros cidadãos com programas sociais destinados às cri-anças em idade escolar, por exemplo através de refei-ções durante as férias, e ainda à terceira idade, nome-adamente com medidas ligadas à aquisição de medica-mentos. Depois, “do ponto de vista imaterial”, Guilher-me Pinto referiu ainda a importância de proporcionar oacesso à Internet e à SporTV e a tentativa de fomentar ovoluntariado, dirigindo-o muito às pessoas que estãodesempregadas, “para que possam ter uma atividadesocial que lhes mantenha o espírito ocupado”.

A autarquia está, assim, a tentar criar um pacotede medidas que estejam prontas no início de 2012e que consigam atenuar as dificuldades dos cida-dãos. “Devo dizer que nós não vamos aumentar oImposto Municipal sobre Imóveis (IMI), apesar determos menos receitas do que no ano passado”,assegurou o autarca, defendendo que as famíliasnão iriam aguentar o aumento de 25% pretendidopelo Governo e pela “troika”. Com esta opção, acâmara pretende servir de exemplo em relação aoprimeiro princípio da chamada estratégia SIM – “So-lidariedade, Inovação, Mobilizar”.

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As dificuldades

Ao longo dos últimos seis anos de mandato, Gui-lherme Pinto reconhece que algumas das dificulda-des a superar foram criadas por organismos de ava-liação. “Por exemplo, o Tribunal de Contas obrigou-me a retirar quase 3 milhões de obras relacionadassobretudo com escolas, por uma interpretação quenão se aplicou a nenhum outro lado, mas porqueestá distante”, explicou.

Outra situação “incómoda” mencionada pelo pre-sidente da autarquia prende-se com a invenção dehistórias para promover a crítica. “Aborrece-me por-que dá a ideia de um clima negativo que não existe.Quando olhamos para aquilo que fomos fazendo,percebemos que é difícil haver quem fizesse tudodiferente”, apontou, lamentando que se tentem en-contrar “deficiências no caminho traçado para uti-lizar no combate partidário”.

“Passo a passo” uma Capital do Design

A Câmara de Matosinhos está a desenvolver umconjunto de projetos que pretendem transformar omunicípio numa espécie de Capital do Design. “Nes-te momento, temos uma montra da Escola Superiorde Artes e Design (ESAD) no mercado de Matosi-

nhos”, afirmou Guilherme Pinto, referindo-se aoprojeto do chamado “Espaço Quadra”, que contacom uma pequena galeria que atrai milhares depessoas por cada exposição.

Uma das novidades pensadas para a área artísti-ca é criação de uma zona de ruído que revolucionea vivência do espaço. No interior do mercado, aautarquia está a preparar uma incubadora de empre-sas. “Estou, nesta fase, à espera de duas coisas:que me aprovem a candidatura ao QREN para fazer aremodelação de um antigo edifício da Caixa Geralde Depósitos na Rua Brito Capelo que será a “piècede résistance” de toda esta estratégia, ou que medeixem utilizar a minha capacidade financeira por-que Matosinhos tem vindo a baixar a sua dívida delongo prazo – quando eu entrei tínhamos 57 mi-lhões, hoje temos 42 milhões”, referiu GuilhermePinto.

De uma forma ou de outra, o presidente garanteavançar com o projeto que considera ser um doselementos diferenciadores de Matosinhos. “Nós te-mos condições para levar longe o nome do país,temos é de ter confiança nas nossas próprias capa-cidades e deixar de ouvir, todos os dias, de todo olado, que somos um conjunto de emplastros”, as-segurou, defendendo que “ninguém ganha uma ba-talha baixando os braços e desistindo”.

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70 milhões para investirno centro histórico

VL5 batizada de José Maria Pedroto

A Câmara de Gaia homenageou José Maria Pedroto,ao associar o nome do antigo técnico do FC Porto e daselecção nacional à VL-5, via que liga a CREP à A32,e tornar mais próximo o acesso ao Centro de Treinos eFormação Desportiva PortoGaia (em Olival/Crestu-ma), e ao Estádio Jorge Sampaio (em Pedroso). Naocasião, para além de Luís Filipe Menezes, marcaramtambém presença várias glórias dos «Dragões» comoAntónio Oliveira, Fernando Gomes, João Pinto e Fras-co, entre outros. Não faltaram também elementos dafamília, como a viúva do técnico, Cecília Pedroto, e ofilho, Rui Pedroto. Em todos os intervenientes, o sen-timento era unânime: José Maria Pedroto foi mais doque um simples técnico de futebol, marcando gera-ções e uma postura de inconformismo do norte do paísem relação ao poder instituído. “Foi, porventura, apersonalidade que mais marcou a génese de uma iden-tidade nortenha nos últimos 30 anos. Enquanto lídertécnico do FC Porto - ao lado de dirigentes do clube deque foi percursor – criou uma identidade de rebeldianortenha, de crença nas nossas próprias capacidades.O Norte não tem desculpa por não ter seguido o seuexemplo”, salientou Luís Filipe Menezes, na ocasião.Para além da lápide que assinala a rua, a autarquiaencomendou uma estátua alusiva a José Maria Pedro-to, que será colocada nas imediações da via.

Gaia investe mais 20 milhões

O município de Gaia vai investir cerca de 20 mi-lhões de euros nos próximos dois anos, num conjuntode sete obras emblemáticas: Via Circular do CentroHistórico, que inclui a Via Panorâmica, a Via da Mise-ricórdia e o viaduto de ligação à Rua General Torres,Centro de Alto Rendimento, Centro Escolar do Parqueda Cidade, remodelação do Pavilhão Municipal eMercado da Afurada. “Este esforço financeiro da au-tarquia é muito importante numa altura em que o paísatravessa uma grave crise económica. A aposta emobras financiadas pelo QREN vai continuar, porquefizemos o trabalho de casa. Vamos dar continuidadeao processo de modernização do concelho, torná-lomais atrativo e gerador de impulso da iniciativa priva-da”, afirmou Firmino Pereira, durante uma visita àsobras do Centro Escolar do Parque da Cidade. O novo

A par dos 20 milhões de euros que a Câmara Municipal de Gaiapretende investir, nos próximos dois anos, na criação ou remodelação

de diversas infraestruturas emblemáticas do concelho, Luís FilipeMeneses, presidente da autarquia, garante que o investimento em

curso no Centro Histórico ascende já aos 70 milhões.

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equipamento escolar, em construção junto ao Parqueda Cidade, representa um investimento de 4,9 mi-lhões de euros e tem capacidade para 450 alunos dopré-escolar (5 salas) e 1º ciclo (15 salas) do EnsinoBásico. “Surgirá aqui uma cidade educativa, desporti-va e um parque verde que constituem um pólo degrande atração e uma nova centralidade”, explicou. OCentro Escolar do Parque da Cidade insere-se no pro-grama de modernização e expansão dos equipamentosescolares de Gaia e sucede à construção do CentroEscolar da Serra do Pilar, que será inaugurado embreve. Seguir-se-ão os Centros Escolares do ParqueBiológico, Arcozelo e Canidelo. Os quatro novos cen-tros escolares de Vila Nova de Gaia representam uminvestimento de 19,5 milhões de euros, têm capaci-dade para 1900 alunos, e disponibilizam 22 salas deensino pré-escolar e 55 salas do 1º ciclo do EnsinoBásico.

Teleférico é um êxito

A Câmara Municipal de Gaia assinalou o Dia Mun-dial do Turismo, e também os seis meses de entradaem funcionamento do teleférico, com uma cerimóniana estação do Jardim do Morro. Para o efeito marca-ram presença várias individualidades da região Norte,que assim testemunharam o êxito do teleférico no seu

primeiro período de vida: 125 mil pessoas transporta-das em seis meses. Na ocasião Luís Filipe Menezes,presidente da Câmara de Gaia, congratulou-se com aforte adesão, sobretudo turística, ao teleférico, e sali-entou a importância do equipamento no seio da ÁreaMetropolitana do Porto. “A marca Porto é fortíssima. Émais forte que a marca Portugal. O Porto tem de servisto com uma grande mancha territorial que englobe

os vários concelhos envolventes para que se torneainda mais competitivo”, explicou o autarca, acres-centando que, sem recurso a fundos estatais, estãoem curso no Centro Histórico intervenções cujo inves-timento ascende a 70 milhões de euros. MelchiorMoreira, presidente da Região do Turismo do Porto e doNorte de Portugal, deu ainda conta que o teleférico setransformou num “incremento indireto do setor do Vi-nho do Porto”. Na cerimónia estiveram presentes di-versas figuras de relevo da cidade, nomeadamente oarquiteto Alcino Soutinho, o ex-selecionador nacionalde futebol António Oliveira e o presidente do Metro doPorto Ricardo Fonseca, entre outras.

Centro Histórico com mais estacionamento

O parque de estacionamento da Ponte Luiz I dispõede 204 lugares e também de magníficas vistas sobreo Douro. O arquiteto Alcino Soutinho, autor do proje-to, criou esta nova estrutura dentro de uma ruínaencastrada numa escarpa. Desenvolvido pela ParqueGil – Planeamento e Gestão de Estacionamento, SA,trata-se de um investimento de 4,5 milhões de eurose faz parte de um pacote de parques desenvolvidospela empresa, que engloba também os do CentroHistórico, Centro Cívico e Soares dos Reis, numtotal de 604 lugares. “Nos próximos dois anos serãodados muitos passos no sentido de demonstrar a

utilidade e a rentabilidade deste parque”, esclareceuLuís Filipe Menezes. O autarca referia-se, em con-creto, aos próximos capítulos de desenvolvimentoprevistos para o Centro Histórico ao nível da mobili-dade: construção da via circular que fecha o anel daVCI/IC23, reperfilamento da Avenida Diogo Leite numsó sentido (nascente/poente), ligação do Cais doCavaco à Via Edgar Cardoso e ligação do YeatmanHotel à Rua de General Torres. No futuro, o CentroHistórico irá contar com cinco parques de estaciona-mento: Guilherme Gomes Fernandes (já em funcio-namento), Cais Cultural, CS Oporto Vintage Hotel,Taylor’s e Estação de General Torres.

Maquete do Campus Escolar do Parque Biológico

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amp ambiente

A implementação deáreas arborizadas comespécies espontâneas

está a ser promovida pordiversas entidades que

integram o CentroRegional de Excelência

em Educação para oDesenvolvimento

Sustentável da ÁreaMetropolitana do Porto

(cre.porto). O projeto«Futuro – 100.000

árvores» foi lançado noâmbito do Ano

Internacional da Florestae, ao longo dos próximos

cinco anos, pretendereflorestar mais de 100

hectares que integram aárea metropolitana.

Diversas entidades, nomeadamente Área Metropoli-tana do Porto (AMP), Universidade Católica Portugue-sa, Forestis e Quercus, unidas pelo Centro Regional deExcelência em Educação para o Desenvolvimento Sus-tentável da Área Metropolitana do Porto (cre.porto), emcolaboração com mais algumas parcerias, lideram o

100 mil árvores paraa área metropolitana

projeto, denominado «Futuro – 100.000 árvores» quepretende a criação de bosques autótones em toda aregião.

O grande objetivo deste novo projeto é o de reflores-tar, com espécies espontâneas da região, cerca de 100hectares de área ardida, livre ou que necessite de re-

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amp ambiente

O cre.por to é uma rede regional com entidadespúblicas e privadas que atuam na área da educa-ção-ação dos cidadãos para um futuro mais sus-tentável, liderada pela Área Metropolitana do Por-to, Universidade Católica Por tuguesa e DireçãoRegional de Educação do Norte. Formalmente re-conhecidas pela Universidade das Nações Unidas,as iniciativas «Futuro – 100.000 árvores» e «Em-baixadores da Floresta» surgem no âmbito destarede e vivem da colaboração dos seus parceiros.www.crepor to.blogspot.com

conversão ao longo dos próximos anos. Estas áreas, nasua maioria de gestão pública mas que em alguns casospertencem a privados - solidários com a importância dainiciativa – vão ser alvo de uma gestão continuada coma colaboração das autarquias, das associações florestaise da própria Autoridade Florestal Nacional (AFN).

Numa primeira fase, o projeto irá contar com inter-venções distribuídas por várias áreas prioritárias defi-nidas na Rede de Parques Metropolitanos, como osparques do Salto, Freita, Montalto, Monte Córdova, Bri-sas e Leça, nos municípios de Arouca, Gondomar, Maia,Santo Tirso, S. João da Madeira, Trofa, Valongo e Vilado Conde.

Para um futuro mais verde

Criar bosques mistos, e com espécies autótones, noterritório apresenta-se como uma prioridade e uma ques-tão fundamental para o aumento da biodiversidade, pro-teção dos solos, salvaguarda dos recursos hídricos,prevenção do efeito dos incêndios e, consequentemen-te, para a incrementação de uma melhor qualidade devida, uma vez que os bosques têm um importante papelno sequestro de dióxido de carbono, gás que resulta dacombustão das energias fósseis e que acelera as alte-rações climáticas. Nas plantações destas matas serãoprivilegiadas espécies autótones como carvalhos, so-breiros, amieiros, castanheiros, freixos, loureiros, me-dronheiros, ulmeiros e pinheiros-mansos, entre outras.

«Embaixadores da Floresta»

As plantações tiveram início em outubro, sendo pro-movidas pelas autarquias, em coordenação com as as-sociações florestais e a AFN, e todas as entidades, bemcomo cidadãos, que queiram participar são convidados acolaborar nas campanhas de plantação e manutençãodos bosques. Para o efeito, vários cidadãos interessadosjá concluíram o roteiro de formação prática, «Embaixado-res da Floresta», de modo a estarem preparados paradesempenhar um papel ativo na proteção e promoção dosbosques autótones da Área Metropolitana do Porto. Estecurso preparou cerca de uma centena de cidadãos relati-vamente a várias temas, nomeadamente a história dasflorestas, a identificação de espécies de árvores autóto-nes, os benefícios ambientais, sociais e económicos dasáreas florestais e as técnicas para disseminar, plantar emanter árvores nativas e limitar as espécies invasivas.Os 50 participantes que completaram o curso obtiveramo certificado de Embaixadores da Floresta. Mas qualquerpessoas interessada em participar pode-se inscrever comovoluntária neste projeto, podendo ser uma Curadora daFloresta. http://embaixadadafloresta.blogspot.com

Melhoria na qualidadedo ar para cerca de meio século

As 100 mil árvores a plantar contribuem para o se-questro de cerca de 20 mil toneladas de dióxido decarbono ao longo dos próximos 40 anos, uma das gran-des qualidades “invisíveis” da floresta, a que se jun-tam a regulação do clima e da água, controlo da erosãoe retenção de sedimentos, formação do solo, recicla-gem de nutrientes, produção de matérias-primas e pro-teção dos recursos genéticos e da biodiversidade.

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sugestões culturais

Música“Resolution” – Lamb of God

Coliseu do PortoRua Passos Manuel, 137 – 4000-385 PortoTel. 223394940 | Fax. 223394949www.coliseudoporto.pt

CinemaSherlock Holmes - O Jogo de SombrasEstreia 5 de janeiro de 2012

A nova aventura de Sherlock Holmes, considerado o melhor de-tetive do mundo, vai chegar às salas de cinema portuguesas no dia5 de janeiro de 2012. Dirigido por Guy Ritchie, “Sherlock Holmes- O Jogo de Sombras” desenrola-se em torno do mistério da mortedo príncipe herdeiro da Áustria. O inspetor Lestrade (Eddie Marsan)acredita tratar-se de uma situação de suicídio, mas o detetive(Robert Downey) entende estar diante de um assassinato. Ao in-vestigar o caso com a ajuda de Watson (interpretado por JudeLaw), Holmes apercebe-se de que a morte do príncipe é apenasuma peça de um complexo quebra cabeças montado pelo professorMoriarty (Jared Harris).

17 fevereiro 2012 | 22 horasConcerto Guano Apes

Depois do cancelamento de vários concertos devido a uma le-são na perna da vocalista Sandra Nasic, os Guano Apes já defini-ram as novas datas para os espetáculos em solo português. No dia17 de fevereiro, a banda alemã atua no Porto, depois de anunciar oseu quarto trabalho, intitulado “Bel Air”, que será lançado emabril. Após uma pausa de alguns anos, durante os quais os ele-mentos da banda se dedicaram a projetos a solo, os artistas derock alternativo estão de regresso à música e prometem brindar opúblico com conhecidos temas como “Open your Eyes”, “No Spe-ech”, “You Can’t Stop Me” e “Quietly”. O preço dos bilhetes parao concerto varia entre os 25 e os 30 euros.

28 março 2012 | 21 horasConcerto James Morrison

O cantor e guitarrista britânico James Morrison estará em Portu-gal em março para apresentar “The Awakening”, trabalho editadoem setembro de 2011 que alcançou o primeiro lugar do top devendas no Reino Unido. O primeiro single do artista – “You GiveMe Something” – lançado em 2006, conquistou rapidamente aEuropa, a Austrália e o Japão. Com apenas 21 anos, o álbum deestreia “Undiscovered” valeu ao artista três nomeações para osBrit Awards, arrecadando o galardão de Melhor Artista Britânico aSolo. Dois anos depois, James Morrison editou o segundo trabalho“Songs for You, Truths for Me”, incluindo o conhecido dueto comNelly Furtado, “Broken Strings”. Os bilhetes para o concerto emterritório nacional custam entre 23 e 35 euros.

Rivoli Teatro MunicipalPraça D. João I | 4000-295 PortoTel. 223 392 200

Leitura“Este Sou Eu”, de Daniel Martins

A autobiografia de Daniel Martins,produtor de espetáculos responsávelpor eventos como a Grande Gala doFado ou o Baile da Rosa, chegou re-centemente às livrarias, integrandotestemunhos de conhecidos nomescomo Alexandra Lencastre, AdelaideFerreira, Anita Guerreiro e MargaridaMartins. Sete anos depois de contrairo vírus da sida, Daniel Martins parti-lha, agora, episódios da sua infância eadolescência, experiências no mundodos negócios, polémicas familiares ea forma como luta diariamente contrauma doença sem cura. “Este Sou Eu”surge como um relato de vivências quepretende sensibilizar a sociedade emgeral e chegar a todos aqueles que têmde aprender a viver com novas regras evencer o estigma social.

20 fevereiro a 4 de março de 2012FANTASPORTO – Festival Internacional de Cinema do Porto

A 32.ª edição do Fantasporto vai chegar à cidade do Porto em fevereiro com uma programaçãodedicada ao tema “O Futuro Agora”. Além de promover filmes, retrospetivas e homenagens, o festivalcelebrará o 30.º aniversário do filme “Blade Runner”, visto pela primeira vez no Fantasporto de 1983.A obra servirá de mote para o cruzamento entre as áreas do cinema, artes e ciências. O evento promete,então, oferecer uma visão do que poderá ser o futuro expectável nas Artes Plásticas, Música, Literatura,Ciência e Teatro, através de conferências, novos filmes, publicação de uma antologia de ficção cientí-fica, demonstrações científicas e exposição de hologramas.

O novo trabalho de estúdio dos norte americanosLamb of God, intitulado “Resolution”, vai ser lan-çado no dia 23 de janeiro de 2012. O disco, quesucede a “Wrath” (2009), será composto por 14faixas, entre elas a “Straight for the Sun”, “GhostWalking”, “The Number Six”, “Invictus” e “Termi-nally Unique”. Composta pelo vocalista RandyBlythe, pelos guitarristas Mark Morton e WilliamAdler, pelo baixista John Campbell e pelo bateristaChris Adler, a banda esteve na origem do “MetalAmericano Puro” e conta já com seis álbuns deestúdio, um ao vivo e três DVD’s.

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campanhãfreguesias

Centro de saúdeem «stand-by»

Novo Centro de Saúde aguarda decisão

De acordo com Fernando Amaral, presidente da Juntade Freguesia de Campanhã, o novo Centro de Saúde,projetado para funcionar nas antigas instalações da EB2do Cerco do Porto, encontra-se, agora, em «stand-by».A estrutura aguardava o lançamento do concurso públi-co que, mediante a nova conjuntura económica do país,foi «congelado» pela Administração Regional de Saúde(ARS). O autarca alerta para a degradação que esteatraso pode provocar no edifício e para o vandalismo aque já tem vindo a ser sujeito. “É o local ideal para acolocação da nova unidade de saúde, uma vez que oedifício é térreo, facilitando a utilização por parte dosutentes com dificuldade de locomoção“, explica, sali-entando ainda que é um investimento urgente que irá

Algumas infraestruturas de importância vital têm vindoa ser inauguradas em Campanhã, nomeadamente

o gimnodesportivo do Bairro do Lagarteiro. No entanto,a freguesia ainda vai ter de aguardar pela construção

do tão ansiado centro de saúde.

equipas de outras empresas e para a participação erealização de torneios da modalidade, contribuindo deforma crescente quer para a prática quer para a divul-gação da modalidade. Com a chegada de novos ele-mentos ao grupo, em janeiro de 2005, foi decidido darum novo rumo ao clube com a criação de bases paraum novo projeto, bem como proceder à sua oficializa-ção nos órgãos competentes. Embora recente, a «In-victa» é já uma referência do futsal amador, com pre-sença solicitada em diversos eventos da modalidade,tanto a nível nacional como internacional, bem comoem vários eventos conceituados e homologados pelaAssociação de Futebol do Porto e pela Federação Por-tuguesa de Futebol, e em torneios que habitualmenterealizam através do Elite Futsal.

De acordo com Arnaldo Andrade, presidente da dire-ção, a formação é uma das grandes apostas do clube,para além da equipa de seniores masculina, que se

evitar, no futuro, o dispêndio monetário com os centrosde saúde do Ilhéu e Azevedo que, com a construção danova unidade de saúde, serão desativados.

Complexo desportivodo Lagarteiro já inaugurou

Em novembro foi inaugurado o pavilhão ANIMAR,complexo desportivo integrado no Bairro do Lagarteiro,construído no âmbito do projeto “Bairros Críticos”.Durante uma semana, o programa que marcou o arran-que da nova infraestrutura incluiu atividades cultu-rais, desportivas, musicais e de lazer, organizadaspelos vários parceiros do projeto. Fernando Amaralsalientou a importância desta nova estrutura, há muitoaguardada na freguesia. “O novo gimnodesportivo vaipermitir maior dinâmica para uma grande diversidadede instituições que vão fazer uso do complexo para asua atividade desportiva”, sublinhou o autarca.

Junta organiza quadras tradicionais

Para além de assinalar o Dia de S. Martinho com ohabitual magusto no Centro de Dia, a Junta de Cam-panhã colaborou, ainda, com diversas associações depais, na realização de magustos para as crianças dafreguesia. Para a quadra natalícia, a autarquia prepa-ra-se, igualmente, para distribuir cerca de 300 caba-zes de Natal, às famílias carenciadas da freguesia,numa organização conjunta com a Cruzada de Bem-Fazer de Campanhã.

Lar para população envelhecida

Para além de um incremento dos serviços domiciliári-os junto da população idosa, a autarquia encontra-se emnegociações para que possa vir a ser implementado, nafreguesia, um Lar para a terceira idade, que poderá vir aser explorado por uma IPSS. “À semelhança do que acon-tece por toda a cidade, a população de Campanhã estáenvelhecida. Torna-se, assim necessário a implementa-ção de uma infraestrutura que ajude a minorar um proble-ma de carência e de abandono dos idosos”.

Invicta Futsal Clube

A «Invicta» é uma associação desportiva, sem finslucrativos, da freguesia de Campanhã. Tudo começouem novembro de 2002, quando um grupo de colegasde trabalho, reuniu uma equipa para um jogo de ami-gável, com o objetivo de iniciar uma atividade queproporcionasse o convívio para além da vertente pro-fissional, onde conceitos como os de companheiris-mo e amizade, pudessem ser incrementados com basena prática desportiva. Após alguns jogos entre cole-gas e amigos, passou rapidamente para jogos com

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

encontra a disputar o campeonato da Divisão de Hon-ra, com o intuito de chegar ao campeonato nacional.“A ideia é a de criar, a curto prazo e de forma susten-tada, escalões de camadas jovens a nível competiti-vo”, garante, salientando que este projeto teve iníciocom a abertura em 2006 da escolinha «Os Minicra-ques», destinada a crianças dos 5 aos 12 anos, inclu-indo as que têm necessidades especiais. Todas rece-bem gratuitamente do Invicta Futsal Clube, um equi-pamento completo (camisola, calção e meias), bolade futsal e material didático. Para além da aposta naformação e na manutenção da equipa senior masculi-na, o clube já contou com uma equipa de infantis euma de seniores feminina, que acabaram por encerrardevido à falta de verbas. Outro grande objetivo daassociação é o de conseguir um espaço para a insta-lação da sua sede social.

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lordelo do ourofreguesias

Pela defesado ambiente

Com a defesa dos valoresambientais na lista de

prioridades da freguesia, a juntade Lordelo do Ouro promove

atividades para os mais novos,apoia visitas de estudo a espaços

verdes do município, ouve ediscute as questões levantadaspelos cidadãos e está a investir

na criação de hortas municipais.

uma das empresas cuja atividade está organizadade modo a não prejudicar o ambiente. A entidade,fornecedora de corantes e outras especialidadesquímicas para os setores têxtil, farmacêutico, decurtumes, adubos, vidro e agro-pecuária, entre ou-tros, assume a missão de “vender produtos aosclientes com a melhor qualidade e ao melhor preço,tendo sempre em mente os requisitos ecológicosque cada vez mais se impõem”. Assim, contouMiguel Oliveira à Viva, o fabrico dos produtos obe-dece a rigorosas exigências ambientais de purifi-cação do ar e da água, através de filtros adequadose de uma ETAR privada.

A estação de tratamento, herdada de uma tintura-ria que funcionava no local da empresa, foi reativa-da e adequada à atividade da empresa. “Transfor-mámos a ETAR que já existia, reativámos o licenci-amento e, neste momento, está a funcionar. Osefluentes são tratados e, depois, a água final vaipara a Ribeira da Granja, que desagua no Douro”,explicou o empresário. Miguel Oliveira acrescen-tou ainda que, brevemente, encetará contactos comos SMAS (Serviços Municipalizados de Água eSaneamento) no sentido de avaliar a possibilidadede ligar o efluente tratado à rede pública, mediantea apresentação periódica das análises à água que,aliás, a empresa já realiza.

A preocupação com a qualidade de vida das geraçõesfuturas e o despertar de uma consciência ambientalativa em cada pessoa, independentemente da idade,têm estado presentes no trabalho desenvolvido pelaJunta de Lordelo. Para tirar partido das zonas verdes dafreguesia, como o Jardim Botânico, o Parque da Paste-leira e os jardins de Serralves, foram desenhados vári-

com uma das duas Estações de Tratamento de ÁguasResiduais (ETAR) da cidade do Porto – a de Sobreiras.“Em termos de enquadramento urbanístico e ambien-tal, as pessoas passam por lá e nem se apercebem deque é uma ETAR”, referiu Francisco Tártaro, acrescen-tando que os munícipes já tiveram oportunidade departicipar em visitas para conhecerem objetivamenteo funcionamento da estação de tratamento. “Há umapreocupação em mostrar às pessoas como é que aETAR funciona para desmistificar algumas ideias quese criaram”, salientou, referindo-se às queixas relati-vas ao mau cheiro.

Além das ações de despoluição, a junta atua noseio da população recorrendo a várias iniciativas.“Temos desenvolvido um trabalho nas escolas dealerta para a importância da proteção ambiental,por exemplo através da Semana do Ambiente, quese realiza em junho, com atividades no Parque Ur-bano da Pasteleira”, afirmou o membro do executi-vo, mencionando também que a junta já disponibi-lizou autocarros para visitas de estudo a locaiscomo o Zoo de Santo Inácio, o Pavilhão da Água e oParque Biológico de Avintes. No âmbito da Agenda21 Local, a freguesia de Lordelo foi também esco-lhida, juntamente com a de Ramalde, para desen-volver um projeto que integra colóquios e debatesabertos à população, com o intuito de se perceber“o que está mal, o que é preciso fazer e quais sãoas necessidades da população”.

Francisco Tártaro destaca ainda o programa “Ro-tas Verdes” que, de abril a outubro, promove, todosos sábados à tarde, visitas guiadas ao Jardim Bo-tânico, Parque Urbano da Pasteleira e Jardins deSerralves. E “como em tempo de crise é precisoser-se inventivo”, a junta está a tentar encontrarum terreno para a segunda horta urbana da fregue-sia. “Já temos a Horta da Condomínia, só que háuma grande lista de espera”, afirmou o responsá-vel, defendendo que se for possível ter 40 ou 50pessoas a cultivar um pequeno espaço de terra, acontabilidade familiar poderá sair beneficiada.

Empresa da freguesia com ETAR própriapara tratamento de efluentes

Localizada na zona do Fluvial, em Lordelo do Ouro,a MOSSA – Miguel Oliveira, Sucessores, S.A. é

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: JF Lordelo/Virgínia Ferreira

os projetos que procuram colocar a população em con-tacto direto com a natureza.

Segundo Francisco Tártaro, membro do executivoda junta responsável pelo Pelouro do Ambiente, a Ri-beira da Granja é já um “símbolo de proteção ambien-tal” de Lordelo, pelo “trabalho de recuperação que temsido feito”. Por outro lado, a freguesia conta também

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nevogildefreguesiasfreguesias

Os «Pesqueirinhosdo Molhe»

Definem-se como“um grupo de grandesamigos com interesses

em comum: a pescae a diversão”. Os

«Pesqueirinhos doMolhe» nasceram em

1984 e há 27 anos queos fundadores se mantémjuntos, trazendo com eles

outras pessoas parao grupo que vive,

essencialmenteda carolice e de grande

divertimento, partilhadapor todos.

amigos”, asseguram, com humor, recordando o inten-so convívio, quer ao almoço, quer ao jantar, proporci-onado a todos os elementos, no dia do evento. Ossócios, onde também figura o presidente da Junta deFreguesia de Nevogilde, João Luís Rozeira, pagamuma quotização anual de vinte e cinco euros e outraverba idêntica pelo jantar de entrega de prémios, refe-rente ao concurso. “Houve tempos em que as ofertasdos patrocinadores eram tantas que tivemos de inven-tar títulos para atribuir os prémios todos” contam,salientando que algumas peças em prata, e até banha-das a ouro, eram oferecidas para servirem de galar-dão. “O mais mal vestido, o mais palerma ou apostarna cana vencedora dava, também, direito a um pré-mio”, asseguram. Atualmente, os tempos são de crisemas ainda têm quem patrocine os prémios atribuídosaos primeiros lugares da «tabela classificativa». Ostroféus são expostos no «paredão», se o tempo assimo permitir, e a hora de almoço serve para mais ummomento de convívio, ao ar livre se estiver sol, entreparedes se chover. Quando o concurso acaba tem iní-cio um jantar-convívio, onde todos se divertem, se-guido da entrega de prémios aos vencedores.

Entre sargos, «cachotes» e «ranhosas»

São um grupo de amadores e pescam “ao fundo”.“Na maioria das vezes, os peixes são de novo lança-dos ao mar, exceto quando já seja um «bicho» dignode se ver”, garantem, salientando que António Lima,pescador desportivo e praticante de caça submarinahá cerca de 40 anos, já capturou um congro com “37quilos e mais de dois metros de cumprimento” masfora do âmbito do concurso dos «Pesqueirinhos». “Foium recorde, até saiu no jornal. Eu estava perto dele evim logo com mais duas armas, tal era o tamanho docongro”, diz Ângelo Ferreira, que também pratica omesmo desporto. Para além do congro, o «senhor Lima»já apanhou um robalo com nove quilos e meio. “Ospeixes que mais se apanham, aqui na zona onde serealiza o concurso são sargos, «cachotes» (robalos) e«ranhosas»”, dizem.

Recorde-se que, este ano, o concurso de pesca dos“Pesqueirinhos do Molhe” se realiza a 10 de dezem-bro, um dia que será de festa para todos os interveni-entes. E reforçam a ideia de que fazem “isto peloprazer” que lhes dá.

Texto: Marta Almeida Carvalho

Naturais da zona marítima da cidade do Porto, etodos amigos desde a infância, Ângelo Santos Ferrei-ra (sócio nº1), Alberto Ferreira (nº2), António Lima(nº3) e Pedro Silva (nº 6), foram os quatro amigosque estiveram na base da formação dos «Pesqueiri-nhos do Molhe». “No primeiro ano éramos 20, hojesomos 49”, dizem. A ideia inicial foi a de criar umgrupo onde, para além do gosto pela pesca, pudessemorganizar “umas tainadas de convívio”. E assim foi. Aideia vingou e ainda hoje se mantêm unidos na orga-nização do concurso anual de pesca desportiva, quese realiza em dezembro. “O concurso é reservado aoselementos que integram o grupo, que são trazidos poreles, habitualmente familiares ou amigos”, referem,salientando que nem participam pessoas externas aogrupo, nem o grupo participa em concursos externos.“Isto é pura carolice e funciona mais como uma espé-cie de «desculpa» para umas valentes tainadas entre

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paranhosfreguesias

Dois anos de mandatocom “balanço positivo”

Dois anos depois da tomada de posse do atualExecutivo de Paranhos, é com satisfação que o presi-dente da junta, Alberto Machado, encara o trabalhorealizado na freguesia. Aliás, segundo o autarca, oscompromissos eleitorais assumidos estão “quase to-talmente cumpridos”, apesar dos fortes cortes orça-mentais impostos pela crise financeira do país.

Durante a cerimónia comemorativa do segundo ani-versário do Executivo – data que se assinala no dia 29de outubro - o responsável analisou o percurso traça-do em Paranhos, destacando os seus aspetos positi-

Apesar das dificuldadesresultantes dos cortesorçamentais, o atual

Executivo de Paranhosassegura que grandeparte das promessas

eleitorais já foicumprida, confirmando

que vai continuar atrabalhar em prol do

empreendedorismo e dadefesa dos mais

carenciados.

Terminado o momento de balanço do trabalho realiza-do, o presidente da junta aproveitou ainda para traçarnovas metas para o futuro: a estabilização dos serviçosdepois das alterações já introduzidas, a comemoraçãodos 175 anos da freguesia de Paranhos, em 2012, amanutenção dos projetos, atividades e trabalho desen-volvido junto da população e a preparação de Paranhospara a Reorganização Administrativa pós-2013.

HUB Porto equipadocom gabinetes individuais

A plataforma para a inovação social e empreende-dorismo localizada em Paranhos – HUB Porto – contaagora com uma nova abordagem de apoio à criação depostos de trabalho na freguesia. Depois do elevadonúmero de adesões ao espaço de cowork durante 2010e 2011, a Junta de Freguesia decidiu oferecer aosinteressados a possibilidade de trabalharem em gabi-netes individuais. Desta forma, foi criada uma tarifaadequada a espaços mais reservados, mas inseridos,de igual modo, no edifício do HUB. A utilização decada gabinete, durante 30 dias, custará 250 euros,valor que já inclui todos os serviços de apoio: telefo-ne, alarme do edifício, Internet, água, luz, seguros elimpeza. Desde a inauguração da nova valência doHUB Porto, a 28 de setembro, a taxa de ocupação dosescritórios individuais situa-se já nos 70 por cento.

A 2.ª fase do HUB contou também com a inaugura-ção da Sala Diogo Vasconcelos, em tom de homena-

vos e negativos. O corte sistemático nas transferênci-as do Estado, o encerramento dos CTT do Campo Lindoe a diminuição progressiva dos eleitores foram osaspetos menos bons mencionados pelo responsável.

Ainda assim, Alberto Machado considera que osprojetos desenvolvidos na freguesia ao longo dos doisúltimos anos conseguiram superar as referidas situa-ções. A somar pontos estão, por exemplo, a resoluçãodo problema do Apoio Domiciliário, os projetos devoluntariado, a nova esquadra de Paranhos, os eventosrealizados no âmbito das Jornadas Europeias do Patri-mónio, a abertura da Loja Social, os Ateliês e aulas naCasa da Cultura e a realização da segunda fase doHUB Porto.

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: JF Paranhos

gem ao “visionário” responsável pela introdução darede no Porto.

Alimentos e artigos de higiene na lista deprioridades da Loja Social

A trabalhar diariamente no apoio aos carenciados,a Loja Social da Freguesia de Paranhos, inauguradaem abril, já ajudou dezenas de famílias em dificul-dades. A funcionar de segunda a sexta-feira, das 9às 17 horas, o equipamento disponibiliza alimentos,vestuário, artigos de higiene, brinquedos, materialdidático, mobiliário e eletrodomésticos.

De acordo com o Pelouro Social da Junta deFreguesia, no topo das necessidades da Loja So-cial estão os alimentos e os produtos de higiene.Ainda assim, com a chegada das estações frias, aautarquia apela também à importante doação devestuário quente (casacos, luvas, cachecóis, bo-tas de Inverno) que permita dar um Natal maisaconchegante aos agregados familiares dependen-tes do apoio.

Mas nem só de bens materiais se fazem osdonativos. As pessoas interessadas podem tam-bém colaborar com a Loja Social dedicando-lheum pouco de tempo e talento profissional. Destaforma, apontou Alberto Machado, será necessário“combater a pobreza através de apoios que asse-gurem a satisfação das necessidades básicas dasfamílias mais vulneráveis”.

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passatempos

Anedotas

Sudoku

Crítico

PerversoCrítico

Perverso

ÁrabesO filho árabe escreve ao pai:”Meu querido pai. Berlim é maravilhoso. As pes-

soas são excelentes e eu estou realmente a gostardisto. Mas, pai eu estou um bocado envergonhadode chegar à faculdade com o meu Ferrari 599GTBem ouro, quando todos os meus professores e meuscolegas vêm de comboio. Teu filho, Nasser Al-Asry”

No dia seguinte o pai responde ao e-mail de Nas-ser: “Meu querido filho: 200 milhões de dólaresacabaram de ser transferidos para a tua conta. Porfavor pára de nos envergonhar. Vai comprar um com-boio para ti também”.

TraduçãoSabes o que e que quer dizer «I don´t know» em

Português?- “Eu nao sei”!- Entao quando souberes diz-me!

No zooNuma visita ao zoo, os alunos vêm o carpinteiro

a arranjar a jaula dos leões.- Aquele é que é o bicho carpinteiro, sr. professor?

Pai-NatalJoãozinho prepara-

se para escrever aoPai-Natal:

- “Querido Pai-Natal,fui um bom menino du-rante todo o ano. Gostaria deganhar uma bicicleta”

Olha para o papel e, insatisfeito, amachuca-o edeita-o no lixo.

- “Querido Pai-Natal, fui um bom menino duran-te a última semana. Por favor, manda-me uma bi-cicleta”.

Mas continua insatisfeito. Rasga o papel, olhapara o presépio de onde retira o Menino-Jesus,que guarda numa gaveta.

- “Virgem Maria, sequestrei o teu filho. Se qui-seres vê-lo novamente, manda-me uma bicicleta”.

FuturoCartomante: Vejo nas linhas da sua mão que o

seu marido vai ser assassinado.Mulher: E eu vou ser absolvida? Posso alegar

legítima defesa?

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crónica e as cidades

Um Desígnio para a Cidade

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Se me perguntarem qual é o principal desafio, inter-rogação ou problema a que o Porto tem de responder,direi, sem hesitações: a reabilitação urbana. Ela é, defacto, o desígnio e a grande esperança para o relança-mento da cidade no reencontro com a sua dignidade.

Em primeiro lugar, porque, na urbe devastada pormais de meio século de incúria, indiferença, erros,interesses espúrios e opções que nada tinham a vercom a prossecução do Bem Comum, a reabilitaçãourbana pode constituir a requalificação, não só de par-celas hoje perdidas para a civilidade como da própriavida quotidiana dos portuenses. Em segundo lugar,porque uma cidade internacionalmente competitiva(particularmente na Europa) não pode atingir tal objec-tivo mantendo largas parcelas do seu tecido físicoarruinadas, degradadas, despovoadas. Em terceiro lu-gar, porque se torna essencial ao Porto retomar o seucarácter de cidade inclusiva (rejeitando os modelosconcentracionários de exclusão social para onde foiempurrada). Este reassumir de uma identidade perdidaencontra, nos nossos dias, um poderoso adversáriochamado gentrification, cujo combate só pode travar-se através de políticas de reabilitação hábeis, sensí-

veis e pragmáticas, conciliando (ou reconciliando)os sectores público e privado através da intervençãodo mercado, do movimento cooperativo e do Estado,que não pode alienar a sua responsabilidade na maté-ria. Em quarto lugar, o Porto tem, no facto de ver o seuCentro Histórico classificado como Património da Hu-manidade, a oportunidade de assegurar uma decisivamais-valia para o futuro. Mais-valia em termos dereconhecimento da sua herança cultural agregadorada coesão social da comunidade, do seu orgulho eauto-estima, e mais-valia em termos de contribuiçãofundamental para a atractividade do Burgo enquantodestino turístico em ascensão. Esta categoria de Pa-trimónio Mundial impõe uma responsabilidade acres-cida na gestão do Centro Histórico, tanto no campo dasimples conservação como da necessária renovaçãoe sua densificação populacional. Em quinto lugar, efinalmente, porque a reabilitação urbana é a oportuni-dade do regresso dos portuenses ao coração da cidade,da reidentificação dos mais velhos com espaços vitaisque pareciam perdidos, da reinvenção dos territórios dadiferença por parte dos jovens. É, sobretudo, a oportu-nidade de reconciliação dos portuenses consigo própri-os, reencontrando os símbolos e os signos de umarealidade que ajudou a moldar o carácter e a mentalida-de de gerações que nasceram, viveram e usufruíram deum quadro de referências a que chamamos Centro His-tórico e Baixa do Porto – e a que os românticos (desig-nadamente Camilo) chamaram Cidade Eterna.

A reabilitação urbana do Porto de sempre, do Portodos séculos, não é apenas uma questão técnica dereconstrução de um território estilhaçado pelo tempoe o desmazelo. É, mais do que isso, a aposta numprojecto civilizacional para o Renascimento da cida-de e o progresso do país.

Hélder PachecoInvestigador de assuntos portuenses.

* este texto não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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prémio

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