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Agosto de 2012 Ano 1 - Nº 7 Foto: Jorge Etecheber

Revista Volver #7 Edição

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7ª Edição da Revista Volver, Agosto de 2012.

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Agosto de 2012Ano 1 - Nº 7

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CARTA AO LEITOR

EXPEDIENTE

Atendendo a pedidos em nosso Mural, abordamos as nuances da moda e suas particularidades e aliamos ao estudo feito pelo psicólogo Renato Dias Martino, que desvenda a busca pelo estereótipo.Na edição de agosto, vamos apresentar o trabalho da banda Varal de Renda e os benefícios da dança. Conheça também a trajetória da cantora Janis Lyn Joplin, os problemas enfrentados pelo ensino municipal e muito mais. Com muito carinho e dedicação, a equipe de colaboradores da Volver agradece o afeto e atenção recebidos de seus leitores ao logo desses meses. Em nome de todos, o nosso muito obrigado!

Ano 01 Nº 7 AGOSTO/2012

EDITORAMani Jardim

JORNALISTA RESPONSÁVELMani Jardim MTB 0066616/SP

COLABORADORESAlexandre LuizFernando StefaniniJoão Paulo RilloMarcelo MeloIsabela Martinez

FOTO CAPAJorge Etecheber

DESIGN & PROJETO VISUALNoroeste Mídia [email protected]

IMPRESSÃOLWC Editora Gráfica LTDA

TIRAGEM20.000 exemplares

EDITORA RESPONSÁVELApta Editora & Serviços Gráficos LTDA

PARA [email protected](17) 9203.4983

A “Revista Volver” não se responsabiliza por opiniões emitidas por colaboradores e entre-vistados, conteúdo contido em anúncios e in-formes publicitários. Não publicamos matérias pagas. Proibida a reprodução das matérias sem autorização. Todos os direitos são reservados.

Mani JardimEditora da Volver

SUMÁRIO

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03 MURALA voz do leitor

04 PRATA DA CASABanda Varal de Renda

05ÍCONEJanis Lyn Joplin

06 ARTIGOO corrupto

12 CINEMAO começo de tudo

13 EVENTOSRio Preto marca presença

14 ARTIGOEstereótipos

07 PROFISSÕESModa

08 ESPECIALAlém dos fatos

10 RADAR ESTUDANTILEnsino municipal

11 ESPORTESDança como terapia

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ENVIE SUA OPINIÃO PARA NÓS PELO [email protected]

MURALsam

ejspencer.com.br

“Conheci a revista esse mês e, de imediato, me surpreendeu. Gostei da estética e das matérias, na minha opinião é o veículo que faltava na cidade.”

“A revista está bacana, es-tava faltando uma revista

focada para o público jo-vem em Rio Preto e região. Eu gostaria de ler matérias sobre esportes radicais, como o down hill.”

EDUARDOGORGHETTO18 anos, designer gráfico

IKO BONFÁ34 anos, publicitário

[email protected]

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“Confesso que, desde a primeira vez que vi a Volver, achei interessante e criativa. Parabéns para toda a equipe.”

TACIENY BRESSAN

jornalista“Gostei muito da proposta da revista. Com uma diagramação ousada, ela se destaca no mercado de Rio Preto. Espero que continue com esse perfil.”

RODRIGO PEREZ32 anos, designer gráfico

MURALDE RECADOS

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4 > VOLVER > Agosto/2012

Contatowww.varalderenda.tnb.art.br

Rendade

vocalista Fernanda Vital foi quem teve o “start” de mo-tivar a união dos integran-

tes da banda Varal de Renda, Esdras Nunes, pianista, Filipe Murbak, bate-rista, e Mateus Mendonça, baixista, no ano passado.

Com um repertório diferenciado que passa por Caetano Veloso, Clara Nunes e Maria Bethânia, agregan-do intérpretes contemporâneos e tendências experimentais, a banda apresenta ainda músicas autorais em suas apresentações.

Os músicos explicam que o nome “Varal de Renda” é o retrato de sua personalidade. “Pendura-se em um varal o que se tem vontade, pelo menos no nosso ‘Varal’ é assim. E a renda retrata algo delicado e minu-cioso”, explica Fernanda. De acordo com Nunes, o perfil da banda des-

constrói estereótipos conceituais, “o som vem de dentro pra fora, bem intimista, sendo a música o resulta-do puro do sentimento”, explica o pianista.

Cientes da responsabilidade que se adquire ao caminhar pela tan-gente, os integrantes admitem que o público ainda resiste ao inusitado, mas vão além e responsabilizam a falta de espaço como ferramenta desagregadora. “A prefeitura não apóia os projetos culturais como deveria, sendo tudo o que acontece fruto de esforços individuais de inte-grantes de bandas e do coletivo do município”, destaca Murbak.

A realização de Fernanda com a banda é evidente, a vocalista revela que o grupo é um motivo de satis-fação. “A banda tem me permitido muitas emoções, primeiramente

pela sensibilidade dos meninos e posteriormente pela competência de todos”.

Com apenas um ano de formação, a banda já dividiu muitos momentos marcantes, bons e ruins. O que mais marcou Mendonça foi o episódio em que teve seu contrabaixo rouba-do; por sorte, oito meses depois conseguiu encontrar o instrumento, que já estava no terceiro comprador. “Recuperei o contrabaixo no dia em que íamos gravar um programa de tv, foi a maior alegria do mundo”, confessa o baixista.

Projetos e planos para o próximo ano não faltam. Murbak conta que o objetivo maior é gravar o primeiro CD, inteiramente autoral. “Este é só o começo de um sonho maior, o res-to sabemos que será consequência da sinceridade do nosso trabalho.”

PRATA DA CASA

POR MANI JARDIM

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Com um repertório diferenciado, a banda revela sua ousadia experimental

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á 41 anos, o mundo perdia uma jovem cantora que fez da sua voz o grito da geração dos final

dos anos 60. A primeira grande estrela da indústria do Rock mostrou o poder feminino num cenário

que até então era liderado somente por vocais masculinos. E fez da sua figura e seu estilo marcante o maior ícone hippie da história. Janis Joplin indiscutivelmente representa toda uma geração do pós-anos dourados, que aclamava pela liberdade e por um conceito de vida moderna, fugindo de todas aquelas regras propostas pela sociedade da época. Considerada o maior ícone hippie dos anos 60, Janis é a essência de uma artista que viveu intensamente sua juventude regrada a exces-sos, caucionando sua morte prematura aos 27 anos de idade e com apenas três anos de carreira.

Mesmo com sua curta durabilidade, foi imortalizada, sendo hoje uma lenda do blues e do rock. Summertime, uma de suas interpretações mais conhecidas, é uma amostra do seu grande talento vocal, em que podemos enxergar com clareza toda a emoção e sentimento que ela transfere à música. Janis sempre bebeu muito em toda a sua carreira. O uso de drogas chegou a ser mais importante para ela do que cantar e chegou a ar-ruinar sua saúde. O único namorado fixo que teve morreu no Vietnã. Ela arrancava as roupas no palco e costumava recla-mar que, depois de “fazer amor” com mil pessoas num show, voltava para seu quarto e dormia sozinha.

As últimas gravações que Janis fez foram Mercedes Benz e Happy Trails, sendo a última feita como um presente de aniversário para John Lennon, que faria aniversário em 9 de outubro. No dia 3 de outubro de 1970, visitou o estúdio em Los Angeles, onde iria gravar no dia seguinte. No dia das gra-vações, não apareceu no estúdio. O empresário da banda foi até o hotel, onde a encontrou morta, vítima de overdose de heroína, possivelmente combinada com efeitos do álcool. Foi cremada no cemitério-parque memorial de Westwood Village, em Westwood, Califórnia, e, numa cerimônia, suas cinzas foram espalhadas pelo Oceano Pacífico.

Janis Joplin no BrasilJanis Joplin esteve no Brasil oito meses antes de sua morte,

na tentativa de se livrar do vício da heroína. Durante a sua estada, fez topless em Copacabana, bebeu muito, cantou em um bordel, foi expulsa do Hotel Copacabana Palace por nadar nua na piscina e quase foi presa por suas atitudes na praia, consideradas “fora do normal”. Como era época de carnaval, tentou participar de um desfile de escola de samba, porém teve acesso negado por um segurança, que desconfiou de sua vestimenta hippie. Janis teve uma breve relação amorosa com o rockeiro brasileiro Serguei.

ÍCONE

Janis

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HDA REDAÇÃO

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JOÃO PAULO RILLO

Deputado Estadual - PTcontato@ joaopaulo

rillo.com.br

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ARTIGO

rei Betto é uma das figuras que mais admiro. Frade católico, é absolutamen-te comprometido com os trabalhadores e engajado

na conquista de uma sociedade mais justa. Ele é autor de mais de 50 livros e sempre surpreende com artigos certei-ros. Entre eles, O Corrupto, uma leitura que não se deve perder. O texto segue abaixo, em partes, pois nosso espaço não permite a reprodução completa. Para ler a íntegra e conhecer melhor essa grande figura, acesse www.freibetto.org.

“(...) O corrupto caracteriza-se por não se admitir como tal. Esperto, age movido pela ambição de dinheiro. Não é propriamente um ladrão. Antes, trata-se de um requintado chantagis-ta, desses de conversa frouxa, sorriso amável, salamaleques gentis.

O corrupto não se expõe; extorque. Considera a comissão um direito; a porcentagem, pagamento por seus

serviços; o desvio, forma de apropriar--se do que lhe pertence. Bobos são aqueles que fazem tráfico de influência sem tirar proveito.

Há muitos tipos de corruptos. O corrupto oficial é aquele que se vale de uma função pública para tirar proveitos a si, à família e aos amigos. Troca a placa do carro, embarca a mulher com passagem custeada pelo erário, faz gastos e obriga o contribuinte a pagar. Considera natural o superfaturamento, a ausência de licitação, a concorrência com cartas marcadas.

A lógica do corrupto é corrupta: “Se não faço, outro leva vantagem em meu lugar”. Seu único temor é ser apanhado em flagrante delito. Não se envergonha de se olhar no espelho, apenas teme ver seu nome estampado nos jornais. Confiante, jamais imagina a filha pequena a indagar-lhe: “Papai, é verdade que você é corrupto?”

O corrupto não sente nenhum escrú-pulo em receber caixas de uísque no

Natal, presentes caros de fornecedores ou andar de carona em jatinhos de empresários. Afrouxam-lhe com agra-dos e, assim, ele afrouxa a burocracia que retém as verbas públicas.

(...) O corrupto não sorri, agrada; não cumprimenta, estende a mão; não elogia, incensa; não possui valores, apenas saldo bancário. De tal modo se corrompe que nem mais percebe que é um corrupto. Julga-se um negocista bem sucedido.

Melífluo, o corrupto é cheio de dedos, encosta-se nos honestos para se lhe aproveitar a sombra, trata os subalternos com uma dureza que o faz parecer o mais íntegro dos seres humanos. Aliás, o corrupto acredita piamente que todos o consideram de uma lisura capaz de causar inveja em madre Teresa de Calcutá.

O corrupto julga-se dotado de uma inteligência que o livra do mundo dos ingênuos e torna mais arguto e esper-to do que o comum dos mortais.”

Sxc.hu

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PROFISSÕES

á quem diga que a indústria da moda nos proporciona uma viagem no tempo. E, sem dúvidas, esse fenôme-

no de mercado influencia e inspira a sociedade moderna. Esse segmento em ascensão busca usar as roupas e acessórios como forma de comunica-ção. “O consumidor que busca dicas e referências deve absorvê-las de forma saudável, como complemento ao seu estilo. Dessa forma, a pessoa não perde sua autenticidade”, comenta Pâmela Mesquita, produtora de moda.

Essa linha de pensamento vale, principalmente, para o profissional da área. Além do feeling, o pensamento expandido junto da pesquisa é essen-cial para a criação. Por isso, o curso de moda é válido para ter uma base para criar. “Como a área é expansiva, você necessita de um conhecimento amplo, desde anatomia a história da arte”, diz Tábata Jatobá, modelista e estilista.

Para especializar-se, o curso de

moda tem duração de quatro anos e abrange matérias como fotografia, desenho artístico, história da arte, estilismo, marketing básico, antrolo-pologia, psicologia básica, técnicas de corte e costura, desfile e modelismo etc. Além disso, dependendo de sua aptidão, o profissional pode optar por se especializar como personal stylist, consultor de moda, estilista, mode-lista, fotógrafo de moda, produtor de desfiles, entre outros.

Geralmente, o trabalho de produ-ção de moda é feito em conjunto com esses profissionais, que produzem desde o cabelo e maquiagem até a edição final. Por isso, o espírito de grupo é essencial para desenvolver um bom trabalho. Deve-se também ter uma mente aberta, procurar não se prender a referência, filmes, novelas.

“Moda é vivência. A curiosidade é fundamental para a criação. O profissional deve adquirir bagagem e

procurar estar sempre bem informa-do”, explica Wagner Orniz, estilista e fashion designer.

A indústria de moda no Brasil encontra-se cada vez mais em evi-dência. Devido à riqueza de culturas diferentes, cores, raças, pedras natu-rais e pecualiaridades, especialistas afirmam que, daqui a alguns anos, nosso país estará lançando moda para o mundo. Eventos como São Paulo Fashion Week e o Fashion Rio já são referência no mercado. A nossa cida-de, por exemplo, é o 2º maior polo de confecções e exportação de roupas, o que possibilita mais empregos e ajuda a desmitificar a ideia de que, para trabalhar na área, deve mudar-se para a capital.

E a grande tendência é a sustentabilidade inserida na indústria. Estilistas estão cada vez mais conscientizando seus consumidores de que existem formas de se consumir com inteligência.

DA REDAÇÃO

Colaborou: Isabela Martinez

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ESPECIAL

escândalo do empresário Alcides Barbosa está sendo o cenário eleitoral imprevisto e tortuoso do prefeito Valdomiro Lopes,

de Rio Preto. Preso por cinco meses na investigação sobre inspeção veicular, no Rio Grande do Norte, Barbosa foi beneficiado com a delação premiada e, como uma assombração, voltou a Rio Preto para cobrar a fatura, literalmente. Com ampla cobertura da imprensa e posicionamento contundente dos

movimentos sociais, apenas a Justiça tem sido indiferente às aparições de Barbosa. Ele apareceu a primeira vez, publicamente, em junho e retornou em julho, dia 18, às páginas do jornal, sempre demonstrando uma intimidade muito grande com os donos do poder em Rio Preto e dando pistas sobre os caminhos tortuosos da corrupção na cidade. Barbosa foi sócio do ex-procurador-geral de Rio Preto, Luís Antônio Tavolaro, que pediu demissão do cargo

em 28 de novembro do ano passado, diante de seu suposto envolvimento com quadrilha desbaratada no Rio Grande do Norte. O empresário teria vindo a Rio Preto, em junho, para receber R$ 2,7 milhões por serviços prestados pela empresa dele, a ATL Premium, na obra do conjunto habitacional Nova Esperança. Sem interlocução com a administração, fez acusações contra o prefeito Valdomiro e Tavolaro. Disse que dividiam recursos desviados de várias obras e

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POR MARCELO MELO

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serviços na cidade. “Em Rio Preto era tudo uma fraude”, disse, reproduzindo fala do procurador. Das propinas, disse que Tavolaro ficava com 35%, levando à dedução que o prefeito Valdomiro ficaria com os 65% restantes. Com o título “Em Rio Preto era tudo uma fraude”, um panfleto, assinado por sindicato, movimentos sociais e associação de moradores, reproduziu as matérias do jornal sobre o caso. O material foi distribuído, ainda em junho, em toda a cidade. No dia

17 de julho, o juiz eleitoral Antonio Carlos Táfari considerou o material propaganda negativa antecipada e condenou os sete organismos sociais a pagarem cada um R$ 5 mil. “A decisão é um verdadeiro atentado ao estado democrático de direito e, estranhamente, trouxe um assunto de caráter ético-administrativo para o campo da política eleitoral, com nítido favorecimento ao candidato acusado publicamente de fraudar licitações”, protestaram as entidades condenadas.

Um dia após decisão da Justiça Eleitoral, Barbosa irrompe no cenário municipal novamente, com mais declarações. Resta na cidade uma grande expectativa sobre a atitude da Justiça: vai condenar o jornal pelas entrevistas, a exemplo do que fez com os movimentos sociais, ou vai investigar as denúncias de Barbosa que, apesar do conteúdo bombástico, não haviam merecido, nesses quase três meses desde as primeiras declarações, nenhuma providência legal?

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Estudantesrevelam

descaso

eis meses já se passaram e alunos da rede municipal de ensino ainda enfrentam pro-blemas com os kits de uniformes escolares que foram entregues, com atraso, no mês passado e também com a falta de estrutura

de algumas escolas do município. De acordo com os pais, além do atraso causado pela falta de agenda do prefeito, pois a secretaria só entregou os kits com a presença da autoridade, algumas numerações vieram erradas. O material das camisetas e dos tênis é de péssima qualidade e falta estrutura em algumas escolas para atender os alunos.

A dona de casa Camila Ennes, mãe de Ana Laura, 4 anos, estudante da Escola Municipal Pato Donald, na Boa Vista, reclama da péssima qualidade do mate-rial entregue pela prefeitura. “Eu nunca vi uma coisa dessas. Tinha ouvido outras mães reclamarem, quando olhei o tênis da Ana, reparei que ele estava inteiro des-colado e desmontando. Além de atrasarem a entrega, o prefeito fez o maior“auê” quando entregou, com direito a filmagem e tudo”, desabafa.

A Educação não enfrenta apenas o problema dos uniformes na cidade, mas também o da falta de estru-tura de algumas escolas da zona norte de Rio Preto, como é o caso da escola Júlio de Faria Souza Junior, localizada no bairro Santo Antônio. Segundo Cristina Petpz, mãe de Bianca, 5 anos, no começo do ano, a secretaria não forneceu os colchões necessários para todos os alunos, já que a escola é de período integral. Ainda de acordo com Cristina, a escola também enfren-ta outros problemas. “Eles pedem que os pais enviem o lanche dos alunos, não entregaram o tênis até hoje e no começo do ano, entregaram colchonetes a menos, fazendo com que muitas crianças dormissem no chão. Só resolvemos o problema quando compramos os colchonetes que faltavam”, afirma Cristina.

Outra unidade que enfrenta problemas é a creche recém-inaugurada no Bairro Nova Esperança. Segundo Tarcísia Silva, mãe de Sara, 3 anos, a escola foi inau-gurada sem condições de uso. “Nos primeiros dias de aula, percebi a presença de muito pernilongo e a falta de ventiladores, o que fazia com que as crianças passassem calor o dia todo. Não levei mais a Sara na escola com medo de ela contrair dengue”, desabafa. Tarcísia tenta uma nova vaga em outra creche, mas enfrenta dificuldades para conseguir vaga. “Vou pro-curar o conselho tutelar para conseguir uma vaga, pois preciso trabalhar e não tenho com quem deixar minha filha. Parece que eles perseguem quem não fala amém pra eles”, finaliza.

A Secretaria de Educação foi procurada e informou que não recebeu reclamação nenhuma sobre os pro-blemas apresentados pela revista até o momento.

POR MARCELO MELO

S

RADAR ESTUDANTIL

Prefeito faz festa na entrega de uniformes que, segundo mães, são de péssima qualidade

Estudantesrevelam

descaso

Marcelo Melo

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espanta

ESPORTES

ue dançar faz bem a saúde todo mundo sabe, o que poucos sabem é que os benefícios dessa atividade se estendem à qualidade emocional do praticante. Dançar é uma atividade comprovadamente terapêutica, que faz bem

ao corpo e ao coração e não exige nada além de tempo, música e disposição.

O arquiteto Rafael Louredo Claro conta que começou dançar como exercício de fisioterapia, após uma grave lesão no pé direito que o obrigou a se afastar do basquete. Ele admite que, após o primeiro contato, já estava apaixonado pelo movimento ritmico. Frequentador assíduo das pistas de dança da cidade, Louredo re-vela que as pessoas envolvidas com a dança tendem a ter uma vida social mais ativa. “Posso dizer, com toda certeza, que a maioria des-sas pessoas acaba de alguma forma encontrando o grande amor de suas vidas dançando”.

De acordo com a professora e coreógrafa Alexandra Costa, da Cia. Espaço da Dança, não existe nenhum estilo específico para quem deseja começar a dançar, “o ideal é escolher o que mais agrada”.

Alexandra, que dança profissionalmente há dezesseis anos, desta-ca que a prática proporciona o autoconhecimento. “Com o tempo, a pessoa se livra dos tabus, medos, preconceitos que a vida impõe e, aos poucos, se torna uma pessoa mais livre.” A professora explica ainda que, nas aulas, as roupas devem ser leves e confortáveis. Exceto o ballet e o jazz, que exigem meia calça, colã, sapatilha e ca-belo preso com coque, a dança de salão, por exemplo, só pede que as mulheres usem sapato com salto alto e os homens sapato social.

Sem contra indicações, a dança é um prazer acessível, que bene-ficia o praticante e desenvolve qualidades que vão desde a coorde-nação motora à realização pessoal. Liberte-se!

Animou-se? Então aproveite para conferir a lista de benefícios que a professora Alexandra Costa preparou e livre-se do sedenta-rismo.

• Melhora a capacidade cardiorrespiratória• Previne problemas posturais e de artrose• Fortalece a musculatura• Aumenta a flexibilidade• Deixa a autoestima elevada• Combate a depressão e demais problemas emocionais• Ensina ao praticante sobre respeito e disciplina para todos os

setores da vida

seus males

QPOR MANI JARDIM

Quem dança

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embro-me como se fosse ontem. Eu deveria ter uns 7 anos. Meu pai, numa tarde, disse que na madrugada

iria passar um “filmaço” que ele queria muito rever. E, como quase nunca me privava de uma dose de cultura, disse que iria me acordar pra eu poder assistir também. O filme, que iria começar às 2 horas da manhã, era “Ben-Hur”. Aficionados por cinema conhecem esse clássico com Charlton Heston, épico ganha-dor de 11 Oscar em 1959, incluindo o de Melhor Filme. Mas, na cabeça de uma criança de 7 anos, essas informações não faziam diferença alguma. Eu iria assistir pela experiên-cia: acordar 2 horas da madrugada pra ver um filme pode parecer bobo, mas não se esqueçam da minha idade na época.

Era um evento. Que criança não espera isso dos pais, ficar acordado de madrugada vendo TV. Bom, eu sei, os tempos são outros e a garo-

tada tem outras coisas na cabeça hoje em dia. De qualquer forma, fui dormir mais cedo pra poder aprovei-tar a sessão sem sono.

Não sei o que me marcou tanto ali. Deve ter sido realmente pela experi-ência, mas “Ben-Hur” foi o primeiro filme que assisti consciente do que estava assistindo. Na minha cabeça, eu dava os primeiros passos para o que, na de alguém mais velho e com habilidades para escrita, poderia se tornar uma crítica. Fiquei fascinado pelos cenários, pela história, pelas interpretações e, lógico, pela corrida de bigas. O impacto foi tão grande que eu me lembro claramente da sequência. E não foi por causa de reprises. Por algum motivo, eu nunca mais assisti a esse filme e hoje estou com 27 anos. Ele está aqui na minha estante, numa edição especial em DVD. Mas não o revi. Gosto dele na minha mente, do jeito que está. Pretendo revê-lo, sim, agora com um senso crítico mais formado. Mas não

fará diferença. Continuarei a gostar dessa obra-prima da sétima arte de uma forma muito particular.

A partir de “Ben-Hur”, devorei cinema. Clássicos, entretenimento vazio, produções cult. Adquiri gosto por filmes, mas, acima de tudo, adquiri gosto por boas histórias, produções impecáveis. Até começar a perceber minha apreciação por truques de câmera, enquadramentos, direção. A sétima arte me fascinava. E, graças a esse clássico, continua me fascinando.

No fundo, o longa tem sua parcela de “culpa” por eu ter escolhido jorna-lismo e publicidade como profissão. Ou, talvez, a “culpa” seja do meu pai. Ele provavelmente não imaginava que seu gesto seria tão importante pra minha formação quanto qual-quer conselho, repreensão ou uma dessas coisas que os pais fazem. Ele me ensinou a admirar arte. E isso, por si só, já vale por toda uma boa educação.

POR ALEXANDRE LUIZ DE BARROS

ROSAPublicitário e blogueiro

do reenter.blogspot.comalexluizbr85@

gmail.com

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A corrida de bigas, sequência emblemática do clássico de 1959

CINEMA

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EVENTOS

Rolou nos dias 14 e 15 de junho o 1º Scratch Club. Idealiza-do pelo DJ Bocka, em parceria com o Centro Cultural Vasco e Fabrisinal, o evento contou com a presença de vários DJ’s de Rio Preto e Região. Durante dois dias, a galera partici-

pou de workshop sobre Serato Scratch Live e assuntos relacionados à cultura Djing. Houve também troca de experiência entre os DJs pre-sentes e, é claro, muita música e muito Scratch de qualidade! Segundo Bocka, a proposta é criar um espaço permanente para os aprecia-dores da cultura Hip Hop.

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POR MARCELO MELO

Scratch1clubº

DJ Bocka, André Wilker e DJ Marcio RamosDJ Bocka, MC Taroba e o B.Boy DTR

Nego, Pecks, DTR e JonyDj Krausz

Dj Bocka ministrando Workshop sobre Scratch

Peck´s e DJ Bocka em momento Scratch.

DJ André Silva, DJ Fabio Lopes, Pecks, DJ Krausz, DJ Bocka, Julião, DJ Eduardo Japa e DJ Anderson França

Anderson França mandando ver nos scratchs

Will Nunes e Jony

Beatriz e Tati do grupo de Dança Natividade Feminina

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ão seria exagero afirmar que, dentre todos os animais, o ser humano é o indivíduo que mais se diferencia dos outros da mesma espécie.

Cada um de nós é único em suas ca-racterísticas. Diferente das sardinhas ou das ovelhas, que naturalmente guardam certa semelhança muito fiel de um indivíduo para o outro, os seres humanos são essencialmente diferentes entre si. Por mais que sejam da mesma raça, da mesma família, mesmo que sejam gêmeos univitelinos, ainda assim, guardarão imensa gama de características que diferenciarão aquele que se julga mais parecido. Nos diferenciamos uns dos outros como nenhuma outra espécie animal o faz.

Por outro lado, tememos essa mesma individualidade. Angustiamo--nos muito em nos percebermos diferentes do outro e, na realidade, poucas vezes na vida nos damos

chances de nos reconhecermos diferentes. Estamos sempre compre-endidos em grupos, nos trazendo a ilusão de sermos iguais. A questão da incapacidade de lidar com a diferenciação é motivo de conflitos afetivos, destruição de lares, dis-córdia social até chegar ao cúmulo das guerras sangrentas. Tudo isso gerado pela dificuldade de reconhe-cer e acolher as diferenças. Somos impelidos a criar motivos e angariar recursos para fugir da realidade que nos diferencia.

Sigmund Freud propunha a impor-tância de se perceber a tendência de repetição como processo defensivo da mente. Repetimos em forma de ação, tudo aquilo que, por ser angus-tiante, evitamos nos lembrar. Se no funcionamento mental a repetição é sinal de incapacidade, não é diferen-te na forma como nos relacionamos socialmente. Inseguros quanto a nós mesmos, criamos normas sociais e

logo passamos a respeitá-las para nos sentirmos protegidos pelo gru-po. A esses modelos damos o nome de esteriótipo (do Grego stereos = sólido, mais o Francês type = tipo). Esse termo serve para descrever o processo de impressão com uma peça sólida na repetição automáti-ca de algo preparado de antemão. Definimos certos modelos e vamos repetindo; o que e como falar, comer, vestir e, finalmente, estabelecemos um modelo de como ser. E se não formos? Teremos que enfrentar a terrível experiência de nos sentirmos exclusos do grupo.

No entanto, sabemos muito bem que regras rígidas atrapalham o desempenho criativo. O esteriótipo pode realmente ser um instrumento importante para aquele que se sente extremamente inseguro em sua par-ticularidade, mas aprender a conviver com a diferença é útil na medida em que um dia nunca é igual ao outro.

RENATO DIAS MARTINOPsicoterapeuta e [email protected]

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