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Aos leitores de Voz Amiga A todos os Padres Aos nossos Agregados e Agregadas Aos Irmãos e Irmãs Os votos de um Natal Santo, de Paz, Serenidade e de Íntimo encontro com Cristo

Revista Voz Amiga - Ano 2010 - Edição 04

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Revista Voz Amiga - Ano 2010 - Edição 04

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Aos leitores de Voz AmigaA todos os PadresAos nossos Agregados e AgregadasAos Irmãos e IrmãsOs votos de um Natal Santo,de Paz, Serenidadee de Íntimo encontro com Cristo

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Carta Aberta do Delegado ............................................... 01Verbo Domini ..................................................................... 04Ide e fazei discípulos ........................................................ 09Palavra do Papa ................................................................. 11Recebi uma carta inesperada ........................................... 13Notícias do Mundo Sacerdotal ......................................... 16Padre André no paraíso ..................................................... 18Um Padre exemplar ............................................................ 19Uma vida para os padres e para os pobres .................... 21Obrigado .............................................................................. 25Notícias das Comunidades ................................................. 28Centenário Sacerdotal do Fundador ................................ 32

Sumário

Eis portanto o segredo da alegriasacerdotal: a consciência da própria indignidade,o exercício de uma humildade, especialmenteinterior e prática, que é fundamento e medida dasantidade, humildade que Deus premia com umagraça sempre maior, capaz de inundar o coraçãodo Sacerdote de santa Alegria.

Esta alegria sacerdotal eu lhe desejo hoje,novo Sacerdote. A desejo a você para que sejacontínua e progressiva. Mas por isso seja pequeno,seja humilde, sinta-se indigno de tanto favor.

Em modo particular o acompanhe estesentimento do seu nada na sua primeira SantaMissa, que agora continuará. Peça esta graça paravocê, para os seus Confrades da Pia Sociedade,para todos os Sacerdotes, para todos os que setornarão um dia. Será a sua humildade no S.

Sacrifício que fará descer copiosas graças sobre todos os seus parentes, sobrea Pia Sociedade, sobre as almas sacerdotais pelas quais anela sacrificar-se.

A Virgem Imaculada, a Mãe do Sacerdote, o acompanhe ao altar: Ela,que entre os humildes foi a mais humilde e por isso a mais rica de graças, lhealcance, com a sua onipotência suplicante, de ser cada dia menos indignoSacerdote do seu Jesus. Amém!

(Do discurso de Pe. Mário Venturini, na Primeira Missa de Pe. André)

O segredo da alegria sacerdotal

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Carta Aberta do Delegado

EstimadosAmigos e Amigas de Voz Amiga,

Paz no Senhor!

O fiel autor da primeira página desta revistinha mui amiga, pe.Ângelo, com a carta aberta do delegado, a partir de Outubro deixoude ser delegado da Congregação de Jesus Sacerdote no Brasil e foisubstituído, por escolha dos co-irmãos, por mim, Pe. Carlos eportanto a caneta para escrever a carta aberta passou para asminhas mãos.

Muito agradecemos ao Pe. Ângelo pelo serviço prestado comodelegado da Congregação no Brasil e pela colaboração na Revista,mas ele continuará contribuindo, sem dúvida, se não na primeirapágina, em outras.

Estarei assumindo a função de delegado do superior geral,animando as comunidades do Brasil e sendo elo de ligação entre elase com o superior geral que mora na Itália.

Mais um ano...É isso mesmo; é esta a conversa nos lábios de todos: estamos

já no mês de Dezembro, passou tudo rapidinho. É espontâneo olharpara trás para avaliar as coisas feitas, lamentar as falhas eagradecer a Deus pelos acertos.

Olhando para o passado e projetados para o futuro,caminhamos sempre na esperança de dias e coisas melhores. O queaconteceu neste ano de especial para podermos agradecer a Deus?

Nossas três comunidades estiveram sempre empenhadas emviver unidas e acreditamos ter feito o possível para isso acontecer.Fomos fiéis aos nossos encontros intercomunitários mensais queserviram para fortalecer nossos laços fraternos e o nosso ministériosacerdotal.

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Mais um intercessor...Na Voz Amiga do Dezembro de 2009, foi dedicada a última

contra capa ao nosso irmão de Congregação, Pe. AndréBortolameotti que completava 90 anos.

Neste final de ano ele não está mais conosco. Faleceu no dia28 de Outubro u.p., após mais de quarenta dias de sofrimento.

Porque mais um intercessor? A comunidade paroquial deNossa Senhora do Rosário em Barretos, onde atuou desde 1984, oconsiderava um santo pela sua vida de oração, sua simplicidade, peloamor à Eucaristia e está sepultado dentro da mesma Igrejaparoquial. Para nós da Congregação e para a Igreja acreditamostermos mais um intercessor em favor dos sacerdotes junto de Deuse de Pe. Venturini e outros co-irmãos falecidos da Congregação.

Jesus disse que para ganhar é preciso perder. Nós “perdemos”um irmão sacerdote da Congregação aqui na terra para ganhar um nocéu.

Embora sejamos poucos membros na Congregação, somosconfiantes que Pe. André intercederá junto de Jesus, Sacerdoteeterno para que a nossa Congregação tenha mais vocações e padressantos.

Mais uma Congregação...Mais uma? Certamente, porque no dia 07 de Dezembro de

1926 Pe. Venturini fundou a Congregação de Jesus Sacerdote emCavarzere, perto de Veneza , na Itália. Mais uma numericamente massobretudo como dom a mais pela riqueza da Igreja, rezando etrabalhando pela santificação dos padres.

É uma Congregação pequena mas desejamos seja um grãozinhocapaz de ser uma força dentro da Igreja e de auxilio aos padres:Deus a fará prosperar com a sua graça. Celebramos com gratidãoesta data.

Mais um sacerdote...Comemoramos também em Outubro o 100º aniversário de

ordenação sacerdotal do nosso fundador Pe. Venturini. Mais umsacerdotes, e que sacerdote! Graças a Deus temos nele um grande

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apóstolo do sacerdócio para estimular todos os padres a seremfervorosos no ministério.

Mais irmãos/ãs...A Congregação conta também com os agregados, sacerdotes,

leigos/as solteiros e casados que abraçam e vivem o mesmo carismae espiritualidade. No último dia 8 de Dezembro em Marilia, 9renovaram a promessa de serem agregados externos daCongregação e uma de ser agregada definitiva externa. Outros emBarretos e Osasco renovaram anteriormente e assim podemos sentira força e a presença dos leigos/as rezando e oferecendo para ossacerdotes.

Muito mais ...Muito mais motivos temos, além dos “mais” lembrados acima,

para agradecer a Deus pela sua paternal bondade e misericórdiamanifestada para com todos nós. O Natal de Jesus quecelebraremos é o grande sinal deste amor que está no meio de nós.

Faço votos de viverem um Natal de tanta serenidade e paz emvossas casas, vidas e atividades einiciando um novo ano com as bençãode Deus.

Um grande abraço fraternoem Cristo Sacerdote.

Pe. Carlos BozzaDelegado

Feliz Natal!!!Feliz Natal!!!Feliz Natal!!!Feliz Natal!!!Feliz Natal!!!

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Uma primeira leitura sacerdotal do documento

VERBUM DOMINI

O sínodo sobre a Palavra de Deus tinha, nomomento de sua celebração, despertadomuita atenção, seja pela importância dotema, seja pelas significativas intervenções

dos Padres Sinodais. Muitos esperavam que logo saísse odocumento pontifício post-sinodal. Só agora temos nas mãos epode ser que precise de um certo esforço para voltar ao tema eassumir o trabalho, urgente e necessário, que uma vivência e umapregação da Palavra exige. Esta intervenção quer ser um fraternoconvite a todos, aos padres em particular, a assumir esta missão.

Recebemos, finalmente, o documento post-sinodal “Verbum Domini”.Bento XVI o assinava e colocava à disposição da Igreja na data significativa dodia 30 de setembro, memória de São Jerônimo.

Era esperado. Muitos até pensavam que estava atrasando demais. Du-rante o Sínodo se criara na Igreja uma atenção e um interesse particular pelaPalavra de Deus. Pelos relatórios e as intervenções dos Padres dava para per-ceber o destaque que o tema estava assumindo, e como a Igreja queria sempremais colocar ao centro uma realidade tão rica, preciosa e fundamental pela suavida e sua missão.

Não ignoramos o que já foi feito no passado. Depois do Vaticano II,sobretudo, percebemos que o Espírito criava uma atenção nova e animava aIgreja para um renovado esforço espiritual e pastoral através da Palavra. Masesta ainda não alcançou aquela centralidade e eficácia, que merece e deve al-cançar na Igreja.

Esperávamos o documento a curto prazo, aproveitando mesmo dasensibilização do momento. Estamos acostumados ao bombardeio das notícias,continuamente estimulados a prestar atenção à última, para regularmente esquecê-la logo depois e passar para outros interesses.

Com a Palavra de Deus não pode ser assim. O que teremos que fazerserá um esforço para renová-lo e mantê-lo continuamente vivo. È importanteque a Palavra ocupe sempre mais seu lugar na nossa vida espiritual e na nossaação pastoral.

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Os padres, como sempre, na linha da frente.

A Palavra de Deus é para a Igreja. Todos os Cristãos são convidados “acomunicar a alegria que deriva do encontro com a Pessoa de Cristo, Pala-vra de Deus no meio de nós”, Ele que só tem palavras de vida eterna, para “ummundo que frequentemente pensa Deus como supérfluo e alheio”(DV 2).

Como sempre, porém, os padres são os primeiros a assumir o compro-misso de acolher com fé e viver a Palavra. É condição indispensável para torna-rem-se por sua vez apóstolos e educadores dos fieis. Os ministros do Pão davida são aqueles que devem, também, partir a Palavra da vida, e “só quem secoloca à escuta da Palavra é que pode, depois, tornar-se anunciador”.

A Verbum Domini em vários momentos sente a necessidade de falardiretamente aos padres para destacar o “ministério” específico deles com a Pa-lavra. Antes de tudo se preocupa em incentivar a formação bíblica, para que “omaior número possível de ministros da Palavra de Deus possa oferecercom fruto ao Povo de Deus o alimento das Escrituras, que ilumine o espíri-to, robusteça as vontades e inflame os corações dos homens no amor deDeus». (45)

Numa primeira, rápida leitura do documento, queremos destacar algu-mas destas passagens.

A Palavra de Deus na vida do Padre.

Bento XVI não tem receio em apoiar a forte expressão do Sínodo: “APalavra de Deus é indispensável para formar o coração de um bom pastor,ministro da Palavra». Bispos, presbíteros e diáconos não podem de formaalguma pensar viver a sua vocação e missão sem um decidido e renovadocompromisso de santificação, que tem um dos seuspilares no contacto com a Bíblia (78).

O bispo terá que dar primeiro o exemplo, e tor-nar-se primeiro ouvinte da Palavra: entre tantos seusdeveres do seu serviço este deve ser o primeiro. O Paparetoma e completa as recomendações da “Pastores dabovobis”:

«Antes de mais, o sacerdote é ministro da Pala-vra de Deus, é consagrado e enviado a anunciar a todoso Evangelho do Reino, chamando cada homem à obe-diência da fé e conduzindo os crentes a um conheci-mento e comunhão sempre mais profundos do mistério

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de Deus, revelado e comunicado a nós em Cristo. Por isso, o próprio sacerdotedeve ser o primeiro a desenvolver uma grande familiaridade pessoal com a Pa-lavra de Deus: não basta conhecer o aspecto linguístico ou exegético, sem dúvi-da necessário; é preciso abeirar-se da Palavra com coração dócil e orante, a fimde que ela penetre a fundo nos seus pensamentos e sentimentos e gere nele umanova mentalidade – “o pensamento de Cris-to” (1 Cor 2, 16)». E consequentementeas suas palavras, as suas opções e atitudesdevem ser cada vez mais uma transparên-cia, um anúncio e um testemunho do Evan-gelho; «só “permanecendo” na Palavra, éque o presbítero se tornará perfeito discí-pulo do Senhor, conhecerá a verdade eserá realmente livre».(80).

Desde o tempo de formação

Será necessário que, desde os anosde teologia no seminário, o aspirante ao Sacerdócio possa sempre mais alimen-tar sua espiritualidade e seu zelo pastoral no encontro com a Palavra de Deus.

“O Sínodo deu particular atenção ao papel decisivo da Palavra de Deusna vida espiritual dos candidatos ao sacerdócio ministerial: «Os candidatos aosacerdócio devem aprender a amar a Palavra de Deus. Por isso, seja a Escrituraa alma da sua formação teológica, evidenciando a circularidade indispensávelentre exegese, teologia, espiritualidade e missão». Os aspirantes ao sacerdócioministerial são chamados a uma profunda relação pessoal com a Palavra deDeus, particularmente na lectio divina, porque é de tal relação que se alimenta asua vocação: é com a luz e a força da Palavra de Deus que pode ser descoberta,compreendida, amada e seguida a respectiva vocação e levada a cabo a própriamissão, alimentando no coração os pensamentos de Deus, de modo que a fé,como resposta à Palavra, se torne o novo critério de juízo e avaliação dos ho-mens e das coisas, dos acontecimentos e dos problemas.”(82)

“Estudo e oração” serão as duas condições para fazer que a Palavra deDeus entre eficazmente na vida do padre.

Na administração dos Sacramentos

Os ministros ordenados são responsáveis da celebração dos sacramen-tos e da liturgia em geral. O Sínodo quis destacar a relação entre Palavra e

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celebração. Não sempre os fiéis percebem a unidade entre o gesto sacramentale a Palavra.

“Exorto os Pastores da Igreja a fazer com que todos os fiéis sejameducados para saborear o sentido profundo da Palavra de Deus que estádistribuída ao longo do ano na liturgia, mostrando os mistérios fundamen-tais da nossa fé. Também disto depende a correta abordagem da SagradaEscritura. (52) Certamente, a liturgia da Palavra é um elemento decisivo nacelebração de cada um dos sacramentos da Igreja; na prática pastoral, porém,nem sempre os fiéis estão conscientes deste vínculo, vendo a unidade entre ogesto e a palavra. É “dever dos sacerdotes e diáconos, sobretudo quandoadministram os sacramentos, evidenciar a unidade que formam Palavra eSacramento no ministério da Igreja”.(53)

Sobretudo na Eucaristia. Os Padres sinodais indicaram a narração deLucas sobre os discípulos de Emaús como paradigmática do relacionamentoentre a escuta da Palavra de Deus e a fração do Pão. E concluem:

“Deve-se ter sempre presente que a Palavra de Deus, lida e proclamadana liturgia pela Igreja, conduz, como se de alguma forma se tratasse da suaprópria finalidade, ao sacrifício da aliança e ao banquete da graça, ou seja, àEucaristia».] Palavra e Eucaristia correspondem-se tão intimamente que não po-dem ser compreendidas uma sem a outra: a Palavra de Deus faz-Se carne, sa-cramentalmente, no evento eucarístico. A Eucaristia abre-nos à inteligência daSagrada Escritura, como esta, por sua vez, ilumina e explica o Mistério eucarístico.Com efeito, sem o reconhecimento da presença real do Senhor na Eucaristia,permanece incompleta a compreensão da Escritura. Por isso, «à palavra deDeus e ao mistério eucarístico a Igreja tributou e quis e estabeleceu que, sempree em todo o lugar, se tributasse a mesma veneração embora não o mesmo cul-to.(55)

E concluem: “A Palavra da Escritura é verdadeiramente o Corpo deCristo e o seu Sangue”. (56)

A homilia: atualização preciosa e não fácil da Palavra.

Não podia faltar na Verbum Domini uma atenção especifica para com ahomilia, “parte integral da ação litúrgica” e tarefa não fácil. Os Padres co-nhecem as exigências que este serviço apresenta, seja em relação à Palavra sejapensando nos seus fiéis. e fiéis (normalmente bastante críticos e insatisfeitos) Anecessidade de melhorar sua homilia é sentida (e sofrida) por todo padre cons-ciente da sua importância e de suas dificuldades. O Papa escreve mais uma vez:

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“A homilia constitui umaatualização da mensagem da Sa-grada Escritura, de tal modo queos fiéis sejam levados a descobrira presença e a eficácia da Palavrade Deus no momento atual da suavida. Aquela deve levar à compre-ensão do mistério que se celebra;convidar para a missão, preparan-do a assembléia para a profissãode fé, a oração universal e a liturgiaeucarística.”(59)

O padre é alertado a evitar“homilias genéricas e abstratas”capazes de atrair a atenção para o

pregador, mais que para a mensagem do evangelho. “Cristo deve estar aocentro da homilia”, por isso são dadas algumas indicações:

“É preciso que os pregadores tenham familiaridade e contacto assí-duo com o texto sagrado; preparem-se para a homilia na meditação e naoração, a fim de pregarem com convicção e paixão”. (Ibid.) Os Padressinodais sugeriram até algumas perguntas que o próprio padre teria que se fazerdiante da Palavra: “O que dizem as leituras proclamadas? O que dizem amim pessoalmente? O que devo dizer à comunidade, tendo em conta a suasituação concreta? (Ibid.) É esta a maneira mais eficaz de deixar-se interpelarpela Palavra que anunciamos.

O Papa aceitou o pedido do Sínodo de preparar um “Diretório sobre ahomilia”. Não será uma coisa simples para fazer, mas é julgado um subsídioimportante para o padre que prega.

* * *

Apresentei algumas reflexões, fruto de uma leitura rápida e parcial daVerbum Domini.

Queria só com isso fazer um convite e, se possível, dar um estímulo atodos, e em particular aos nossos padres, a fazer do documento um estudo maiscalmo e meditado. O tema é importante para todos os cristãos, para nossaIgreja e para aquela nova evangelização da qual sentimos tanta necessidade eurgência. Pe. Ângelo Fornari

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“IDE E FAZEI DISCÍPULOS“IDE E FAZEI DISCÍPULOS“IDE E FAZEI DISCÍPULOS“IDE E FAZEI DISCÍPULOS“IDE E FAZEI DISCÍPULOSTODOS OS POVOS”TODOS OS POVOS”TODOS OS POVOS”TODOS OS POVOS”TODOS OS POVOS” (Mt 28,19)

A autora do artigo é uma jovem religiosa das filhasdo Coração de Jesus, a nossa congregação-Irmã.Está aprofundando em Roma sua formação deAgente de Pastoral Vocacional. Aproveitando desua visita ao Brasil, participou do Congressovocacional e com disponibilidade aceitou departilhar sua esperiência.

Do dia 3 a 7 de setembro de 2010 foi realizzado o 3° Congresso vocacionaldo Brasil, com o tema “Discípulos missionários a serviço das vocações”. Eutive a possibilidade de participar juntamente com 400 pessoas e gostaria de parti-lhar com vocês a experiência vivida durante o Congresso.

A Palava de Deus, que foi proclamada e celebrada com muito entusiasmoe esperança, nos ajudou a aproximar da realidade com muita positividade e nospermitiu a elaboração de propostas e pistas para todos aqueles que trabalhampelas vocações e os ministérios. O Congresso confirmou que o SAV-PV é parteda missão que realizamos em comunhão com a Igreja e à luz do Espírito Santo.

No Congresso foi falado da importância de testemunhar a nossa adesãoincondicionada a Jesus Cristo e a necessidade de multiplicar a oração ao “Senhorda messe”. O SAV/PV é chamado também a passar por um processo de conver-são para ser fiel ao Evangelho e atento aos sinais dos tempos.

Como missionários a serviço das vocações, queremos partilhar com maisardor, desejosos de encontrar sempre o Senhor que nos ama, nos chama e nos envia.

No Congresso realizamos três dias de trabalho muito intenso em clima demuita familiaridade e amizade. Para mim foi uma ocasião preciosa de aproximar-me das várias realidades da animação vocacional do Brasil, tão diferentes de umaregião para outra. Além disso, o mais enriquecedor foi ter tido a possibilidade deconhecer pessoas de várias regiões do Brasil. Os participantes do Congresso eramsacerdotes, religiosos/as e leigos, todos unidos na mesma missão.

Os pontos mais sublinhados no Congresso foram: o testemunho do anima-dor vocacional; a formação que deve integrar as ciências teológicas e as ciênciashumanas para aqueles que desejam dedicar-se a esta missão; a linguagem quedeve ser clara, apta às varias realidades juvenis e compreensível para poder trans-

Ecos do III Congresso vocacional

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mitir-lhes a mensagem evangélica e para poder esclarecer o sentido profundo decada chamado.

Sabemos que a leitura da realidade nos permite de ver que estamos inseri-dos numa dinâmica de mercado que absolutiza a eficiência e a produtividade, so-bretudo no âmbito das relações pessoais, sociais e religiosas. As mudanças sãorápidas, a novidade infinita; se evidencia uma crise das instituições e uma falta desentido da vida, em consequência a vida é uma experimentação contínua comnovas opções e com o desejo de provar novas possibilidades. É a ética do “depen-de” e do gosto pessoal, mas aumenta também a sede de Deus, resultado de umaprofunda “anemia espiritual”.

Diante de uma cultura pluralista podemos ter a sensação de fracasso comose tudo fosse perdido e sem saída ou então ter a tentação de procurar segurançanas respostas do passado, fixando-nos excessivamente nas regras e nas normas.

Nós, discípulos missionários, somos chamados a uma atitude de serenida-de e de discernimento, abertos aos sinais dos tempos, amparados por uma vivaesperança. Mantenhamos a fidelidade no presente e valorizemos a experiência dopassado, projetando-nos na construção de um futuro melhor, certamente não semriscos, mas com audácia e coragem, tendo come suporte a fé em Jesus Cristo.

Conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber;tê-lo encontrado foi a coisa melhor que aconteceu na nossa vida e manifestá-locom as nossas palavras e obras é a nossa alegria. É aquilo que desejamos para quepossamos ser hoje e amanhã verdadeiros discípulos missionários a serviço dasvocações.

Para mim, ostrês dias de Congressomarcavam a conclusãoda minha ida ao Brasil eo meu retorno à Itália. Foirealmente frutuoso emtodos os sentidos. Fiqueimuito contente de terparticipado, como tam-bém de ter retornado aminha comunidade emRoma.

Ir. Márcia, FCSJ

Pe. Reginaldo - assessor da CNBB setor vocacional

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aos aos aos aos aos PPPPPadradradradradreeeeesssss seus fseus fseus fseus fseus filhos e amigosilhos e amigosilhos e amigosilhos e amigosilhos e amigos

PPPPPalavralavralavralavralavra do Pa do Pa do Pa do Pa do Papaapaapaapaapa

* Cristo Sacerdote fonte da identidade do padre. * Cristo Sacerdote fonte da identidade do padre. * Cristo Sacerdote fonte da identidade do padre. * Cristo Sacerdote fonte da identidade do padre. * Cristo Sacerdote fonte da identidade do padre. O sacerdote encontrasempre, e de modo imutável, a fonte da própria identidade em Cristo Sacerdote.Não é o mundo quem estabelece o seu estatuto, segundo as necessidades e asconcepções dos papéis sociais. O sacerdote está marcado pelo sigilo do Sacerdóciode Cristo, para participar na sua função de único Mediador e Redentor. Emvirtude deste vínculo fundamental, abre-se ao sacerdote o enorme campo do ser-viço das almas, para a sua salvação em Cristo e na Igreja. (Palermo, 03/10/2010)

* Atenção especial à pastoral juvenil. * Atenção especial à pastoral juvenil. * Atenção especial à pastoral juvenil. * Atenção especial à pastoral juvenil. * Atenção especial à pastoral juvenil. Queridos sacerdotes, dedicaisempre uma particular atenção também ao mundo juvenil. Como disse [...] oVenerável João Paulo II, abri de par em par as portas das vossas paróquiasaos jovens, para que possam abrir as portas da seu coração a Cristo! Quenunca as encontrem fechadas! (Palermo, 03/10/2010)

* Empenho pelas vocações à vida consagrada. * Empenho pelas vocações à vida consagrada. * Empenho pelas vocações à vida consagrada. * Empenho pelas vocações à vida consagrada. * Empenho pelas vocações à vida consagrada. Perante a diminuição dosmembros em muitos Institutos e o seu envelhecimento, evidente em algumaspartes do mundo, muitos se interrogam se a vida consagrada seja ainda hoje umaproposta capaz de atrair os jovens e as jovens. Bem sabemos, queridos Bispos,que as várias Famílias religiosas [...] tiveram a sua origem na história, mas a vidaconsagrada como tal teve origem com o próprio Senhor que escolheu para Si estaforma de vida virgem, pobre e obediente. Por isso a vida consagrada nunca pode-rá faltar nem morrer na Igreja: foi querida pelo próprio Jesus como parcelairremovível da sua Igreja. Daqui o apelo ao compromisso geral na pastoralvocacional: se a vida consagrada é um bem de toda a Igreja, algo que interessa atodos, também a pastoral que visa promover as vocações à vida consagrada deveser um empenho sentido por todos: Bispos, sacerdotes, consagrados e leigos. (Aosbispos do Paraná, 05/11/2010)

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* Destinar tempo a estar com Ele. * Destinar tempo a estar com Ele. * Destinar tempo a estar com Ele. * Destinar tempo a estar com Ele. * Destinar tempo a estar com Ele. Osvossos dias sejam ritmados pelos tempos daadoração, durante os quais, a exemplo de Je-sus, vos detendes em diálogo regenerador como Pai. Não é fácil manter-se fiéis a estes en-contros quotidianos com o Senhor, sobretu-do hoje que o ritmo da vida se tornou frené-tico e as ocupações absorvem sempre maistempo. Contudo devemos convencer-nos: omomento da oração é fundamental: nela, age

com mais eficácia a graça divina, dando fecundidade ao ministério. Temosmuitas preocupações, mas se não estamos interiormente em comunhão comDeus nada podemos dar nem sequer aos outros. Devemos destinar o temponecessário para «estar com Ele» (cf. Mc 3, 14). (Palermo, 03/10/2010)

* O seminário, tempo precioso para o futuro do jovem. * O seminário, tempo precioso para o futuro do jovem. * O seminário, tempo precioso para o futuro do jovem. * O seminário, tempo precioso para o futuro do jovem. * O seminário, tempo precioso para o futuro do jovem. O Seminário émuito precioso para o vosso futuro, porque, através de uma experiência comple-ta e de um trabalho paciente, conduz-vos a ser pastores de almas e mestres de fé,ministros dos santos mistérios e portadores da caridade de Cristo. Vivei com em-penho este tempo de graça e conservai no coração a alegria e o impulso do primei-ro momento da chamada e do vosso «sim», quando, respondendo à voz misteriosade Cristo, fizestes uma mudança decisiva na vossa vida. (Palermo, 03/10/2010)

* Aos jovens: coragem de acolher o chamado de Deus! * Aos jovens: coragem de acolher o chamado de Deus! * Aos jovens: coragem de acolher o chamado de Deus! * Aos jovens: coragem de acolher o chamado de Deus! * Aos jovens: coragem de acolher o chamado de Deus! Queridosjovens amigos, só Jesus conhece o «serviço específico» que tem em mentepara vós. Sede abertos à sua voz que ressoa no profundo do vosso coração:também agora o seu coração fala ao vosso coração. Cristo precisa de famíliasque recordem ao mundo a dignidade do amor humano e a beleza da vidafamiliar. Ele precisa de homens e mulheres que dediquem a sua vida à nobretarefa da educação. (Londres, 18/09/2010)

* Permanecer com Cristo na oração. * Permanecer com Cristo na oração. * Permanecer com Cristo na oração. * Permanecer com Cristo na oração. * Permanecer com Cristo na oração. Para imitar Cristo, é necessário dedicarum tempo adequado a «permanecer com Ele» e contemplá-lo na intimidade orantedo diálogo de coração a coração. Estar frequentemente na presença de Deus, serhomem de oração e de adoração: o Pastor é chamado principalmente a isto. Atra-vés da oração, como afirma a Carta aos Hebreus (cf. 9, 11-14), torna-se vítima ealtar para a salvação do mundo. A vida do Bispo deve ser uma oblação contínuaa Deus para a salvação da sua Igreja, e especialmente para a salvação das almasque lhe foram confiadas. (Aos novos Bispos, 11/09/2010)

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Sinto o desejo de participar a todosos leitores de Voz Amiga uma minha alegriaparticular. No dia 18 de outubro de 2010,recebi uma carta inesperada. Era destinadaa todos os Seminaristas, e eu, como semi-narista me senti diretamente interessado.

O remetente se dirigia a mim comuma proximidade, com uma informalidade e com uma expressão de carinho:“queridos amigos”, expressão de estímulo, de alguém que tem esperança nochamado que Deus me fêz.

Sim, este amigo acredita que eu possa realizar com zelo, a missão a qualfui convocado. Percebi que o autor conhece bem a realidade do mundo e seusdesafios e quer partilhar comigo,através de sua experiência pessoal, e proporalguns elementos importantes para o meu caminho de formação.

Meus olhos foram receber cada palavra que este amigo me dizia, e oentusiasmo apoderou-se de mim. Palavras profundas, que motivam uma vida eiluminam o sentido mais profundo da minha resposta ao chamado de Deus.

Se quiser me tornar sacerdote, devo ser primeiramente um homem deDeus, um homem que cultiva uma profunda relação pessoal com o Senhor Jesusvivo na minha vida e na vida do mundo.

São chamado a ser mensageiro de Deus aos homens, conduzir a huma-nidade a uma comunhão com Deus e, com isso, fazer crescer a comunhão doshomens entre si. Mas para que isto aconteça é importante primeiramente que euaprenda a viver em permanente contato com Deus. Seguindo esta íntima relaçãocom o Senhor sei que me tornarei mais atento aos meus erros e fragilidades, epoderei trabalhar para melhorar e perceber, também, os tantos dons e graças

RECEBI UMA CARTARECEBI UMA CARTARECEBI UMA CARTARECEBI UMA CARTARECEBI UMA CARTAINESPERADAINESPERADAINESPERADAINESPERADAINESPERADA

Um seminarista “recebe” a carta do Papa

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que o Senhor tem me cumulado na vida. Se for o Senhor que me conduz o quepode me faltar?

Este amigo continua sua mensagem. Esta relação com Deus não podeser vivida na sua plenitude, fora de uma vida eucarística, centro de toda relaçãocom Deus. E segundo meu amigo é o centro de toda jornada.

Através desse convite que Cristo me faz de viver eucaristicamente, ouseja, de viver na sua presença, sinto a necessidade de viver bem esse encontroque se dá também através da liturgia na sua forma concreta.

Na liturgia somos formados num espírito de fé e de comunhão universal.O amigo partilha na carta sua experiência pessoal, como a liturgia o ajudou emsua vida: “A partir do meu próprio caminho, posso afirmar que éentusiasmante aprender a compreender pouco a pouco como tudo isso foicrescendo, quanta experiência de fé há na estrutura da liturgia da Missa,quantas gerações a formaram rezando”.

Outro aspecto importante indicado nesta preciosa carta é a importânciado sacramento da Penitência. Através da vivência deste sacramento posso apren-der a ver o mundo e as pessoas com os olhos misericordiosos de Deus, e tam-bém a ser honesto comigo mesmo, compreendendo os meus próprios limites eexercitando o dom da humildade.

É mesmo sentindo amado e perdoado por Deus que encontro estímuloe força para continuar a caminhar rumo ao aperfeiçoamento e santidade. Quan-do faço este caminho de perdoar a si mesmo, perdôo o outro, quando reconhe-ço minha miséria, me torno mais tolerante com as fraquezas do próximo.

Mostrando um interesse particular pela minha formação o Amigo, na suacarta, me alerta: “O tempo de seminário é também e sobretudo tempo deestudo” . No seminário vivemos este compromisso da formação intelectual, emalguns momentos árduo, mas necessário. A fé possui também uma dimensãoracional. A verdadeira fé é uma fé operante, viva, procura compreender. Porisso é importate uma formação que saiba dar respostas aos questionamentos dehoje, havendo um diálogo sempre aberto, para não pecar de simplicismo ou cairna rigidês. Com força o amigo insiste na importância dos estudos afirmando quenão irei me arrepender.

No caminho ao sacerdócio,como ele afirma, é de fundamental importân-cia conhecer em profundidade a Sagrada Escritura, seja o Antigo como o NovoTestamento, como, também, conhecer os Padres da Igreja, a história dos gran-des Concílios, aprofundar as questões essenciais da teologia moral, da doutrina

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social católica, com uma abertu-ra ao diálogo ecumênico. Todosestes aspectos são de suma im-portância para a formação do fu-turo presbítero e são indicaçõesessenciais que o amigo transmite.

Importante, também, sãoos estudos filosóficos para bus-carmos compreender a realida-de mais profunda do ser huma-no, suas angústias e realizações,

e principalmente entender o seu desejo do infinito.Aconselha-me de amar o direito canônico, seja na sua forma como na

sua expressão prática. Pois o direito é condição do amor. Somos chamados aamar a nossa ciência, a ciência do padre - a Teologia.

Fiquei impressionado pela insistência para que eu cure o aspecto humanoda minha pessoa. Percebi nas palavras do amigo uma certa tristeza ao falar dospadres que por questões pessoais não souberam integrar e viver com serenidadea condição assumida. Mas percebi também a alegria em relação aos padres quesão testemunhas da verdade, homens, que vivem plasmados pela fé, que são feli-zes na condição de celibatários. Olhando estes padres, que são a maioria, vemosque é possivel chegar a uma humanidade autêntica, pura e madura.

O amigo nas sua palavras me ajuda a entender que o sacerdócio não éuma profissão e eu como seminarista não devo buscá-la como tal finalidade.Mas é algo mais profundo, é uma resposta de amor àquele que é o Amor.

O seminário deve ser assumido como a escola de Jesus, onde a forma-dora é Maria Santíssima.

Diante desta carta, tão rica em indicações e em paterna comprensão,sinto-me feliz e na necessidade de compartilhar com você, caríssimo leitor, edizer que este Amigo, já entenderam, é o nosso Papa Bento XVI, que pensasempre em nós seminaristas e reza por cada um.

Até nos convida a rezar por ele, para que possa desempenhar o seuserviço de sucessor de Pedro. A ele, nós seminaristas como filhos e amigosagradecemos por este sinal de carinho, que tem demonstrado a cada um de nós.

Nivaldo Moisés Junior

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PERU: ASSASSINATO UMSACERDOTE FRANCISCANO

Lima viveu o comovente funeral do Pe.Linán Ruiz Morales, um sacerdotefranciscano assassinado junto ao seuassistente, em seu convento, na capitalperuana. Os cadáveres foram encon-trados com várias facadas. O Pe. RuizMorales era de nacionalidade porto-riquenha e tinha cerca de 80 anos. Nosúltimos anos, dedicou-se em particularaos mais pobres: o refeitório do qual seencarregava servia refeições a 1.200pessoas, entre crianças e idosos muitocarentes, que vinham de diversas par-tes da cidade.

BENTO XVI SE REÚNE COM GRUPODE VÍTIMAS DE ABUSOS SEXUAIS

O Papa Bento XVI se encontrou, nanunciatura apostólica de Londres, comum grupo de pessoas vítimas de abusossexuais por parte de membros do clero.“O Santo Padre - comunica uma notaoficial divulgada pela Santa Sé - se co-moveu ouvindo as histórias das vítimase expressou profunda dor e vergonhapelos seus sofrimentos e de suas famíli-as.” O Papa “rezou com elas e lhesassegurou que a Igreja Católica, além

de levar a cabo medidas eficazes paraa proteção dos jovens, está fazendotodo o possível para comprovar as acu-sações, para colaborar com as autori-dades civis e para entregar à justiça oclero e os religiosos acusados destescrimes”.

PÁROCO É ASSASSINADO NAREPÚBLICA DEMOCRÁTICA DOCONGO

Dois homens armados com uniformemilitar assassinaram, o sacerdoteChristian Bakulene, de Kanyabayonga,em Kivu do Norte, ao leste da Repúbli-ca Democrática do Congo. Os assassi-nos não roubaram nada. Segundo a im-prensa local, trata-se de um assassinatopremeditado para assustar os sacerdo-tes que trabalham na região. Opresbítero voltava de moto à sua paró-quia, com um amigo, quando os doissoldados o bloquearam e um deles ati-rou no sacerdote várias vezes, sem dar-lhe tempo sequer para estacionar amoto. O amigo do pároco saiu ileso.

CUBA: INAUGURADO SEMINÁRIOEM HAVANA

O Seminário de São Carlos e SantoAmbrósio foi inaugurado recentemen-

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te em Havana. Bento XVIenviou uma mensagem emque expressa seu desejo deque este centro seja sede“de uma esmerada prepa-ração humana, espiritual eacadêmica dos futurossacerdotes”. Em uma áreade 22 hectares, erguem-seoito prédios que acolherãomais de 100 estudantes. Alisituam-se os cursos de te-ologia e filosofia, a reitoria,biblioteca, sala magna ecapela.

NO NORTE DO LAOS APRIMEIRA ORDENAÇÃOSACERDOTAL EM 40 ANOS

O norte do Laos prepara sua primeiraordenação sacerdotal em 40 anos: serácelebrada no dia 12 de dezembro desteano O futuro sacerdote nasceu há 30anos, na localidade de Phomvan, ondetambém será sua ordenação. Ele sechama Pierre Buntha Silaphet e com-partilha o nome de Buntha com o pri-meiro sacerdote da região, o Pe. JoãoBosco Buntha, também da etniaK’hmu’, que foi ordenado em 1970.

BEATIFICADO O SACERDOTE DESCHOENSTATT GERHARDHIRSCHFELDER

O sacerdote martirizado durante o na-zismo no campo de concentração deDachau, Gerhard Hirschfelder, perten-

cente ao primeiro grupo de sacerdotesdo movimento de Schönstatt, foi beati-ficado, na catedral de Munique. Pere-grinos de toda a Alemanha e tambémda Polônia e da República Tcheca, ondea lembrança do sacerdote está muitoviva, peregrinaram até a cidade alemãpara assistir à beatificação. O Pe.Gerhard Hirschfelder foi proclamadobeato como “mártir e testemunha dafé”. O cardeal Meisner destacou que osacerdote rejeitou a inumana lógica na-zista e recordou seu especial compro-misso na pastoral juvenil.

Colaboração:Pe. José Antonio de Sousa

Barretos/SP.

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A sua foi mesmouma morte esperada e prepara-da. No dia 28 de outubro, à 2h:20,ele nos deixava. Tinha ficado emagonia durante mais de quaren-ta dias. A quem o visitava pediade falar só de Deus e, sobretudo,de rezar com ele:não para sarar,mas para “fazer avontade de Deus.Tinha clara a cons-ciência de ter con-cluída sua missão ede estar prontopara o céu. Em de-zembro teria atin-gido a idade de 91anos.

Foi o primeiroda nossa Congre-gação a chegar aoBrasil, em 1967,para transplantar aqui a nossapequena família: a Congregaçãode Jesus Sacerdote. Até a mortetrabalhou com generosidade aserviço da Igreja, sobretudo pelasantificação dos padres e a for-

PADRE ANDRÉPADRE ANDRÉPADRE ANDRÉPADRE ANDRÉPADRE ANDRÉCOMO TANTO DESEJAVA,COMO TANTO DESEJAVA,COMO TANTO DESEJAVA,COMO TANTO DESEJAVA,COMO TANTO DESEJAVA,

CONSEGUI IR PARA O CÉUCONSEGUI IR PARA O CÉUCONSEGUI IR PARA O CÉUCONSEGUI IR PARA O CÉUCONSEGUI IR PARA O CÉU

mação dos seminaristas.A veneração do povo de

Barretos, onde mais exerceu seuserviço sacerdotal, com o seu Bis-po e os padres da diocese de-monstraram a grande veneração.“Morreu um santo!”: era a afir-

mação comum.Nós da Con-

gregação de JesusSacerdote vive-mos com dor suamorte, mas agra-decemos a Deuspelo seu exemplode generosa fideli-dade e pela inter-cessão que, semdúvida, continua-rá por todos nós.

Voz Amigaperde com ele umcolaborador preci-

oso e disponível a dar sua contri-buição até o número precedente.

Pensamos necessário dar nes-te número da revista um espaçoparticular ao acontecimento.

A Redação

Uma notícia não inesperada!

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Tive meu primeiro contato com o Pe. André no dia 31 de janeiro de2008, quando vim pela primeira vez à diocese de Barretos encontrar-mecom o clero, dias depois de ter sido nomeado bispo. Vindo para a diocesepude conviver com Pe. André no presbitério por mais de dois anos.

Desde os primeiros momentos pude perceber que não se tratava so-mente de um presbítero idoso a quem se deve todo o respeito. Pe. André,nestes últimos 26 anos de sua vida, marcara a diocese de Barretos e, demodo particular, a cidade de Barretos, com a sua presença presbiteral.

Acredito que, os que conviveram com ele mais que eu, hão de con-cordar que a força animadora do Pe. André sempre esteve na oração eintimidade com Cristo. Osmeus dois últimos encontroscom o Pe. André foram mar-cados pela cena da oração. Noprimeiro, chamou-me ao hos-pital para que o dispensasse darecitação do Ofício das Leitu-ras, pois estava com dificulda-de para enxergar. No segundoe último encontro, na UTI ondeviria a falecer, encontrei-ocheio de dificuldades para res-pirar, mas recitando sem pau-sa o rosário. Nos dois encon-

Um padre exemplar!!!Um padre exemplar!!!Um padre exemplar!!!Um padre exemplar!!!Um padre exemplar!!!

Dom Edmilson, bispo da Diocese de Barretos, seguiu com paternaatenção os últimos momentos do nosso Pe. André e osacontecimentos, que marcaram a comunidade paroquial do Rosárioe a nossa Família. Quis tornar-se presente com esta suamensagem nas páginas de Voz Amiga.

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tros o que me pediu foi que fizesse uma oração por ele e o abençoasse.Pe. André é conhecido como o padre que tem como preocupação

primeira a cura e salvação das almas. Esta preocupação nunca foi somen-te “espiritualizante”, pois o seu compromisso evangélico foi sempre do serhumano em todas as suas dimensões. Desta forma, a presença do Pe. Andréfoi marcada pela sua dedicação aos pobres. A pobreza a quem serviu Pe.André atingiu várias dimensões e coube no seu coração presbiteral um cui-dado muito especial pela Pastoral Carcerária.

A pertença à Congregação de Jesus Sacerdote foi “marca registra-da” do Pe. André. A sua presença participativa nos encontros diocesanosdo clero e a preocupação com a caminhada espiritual e pastoral dos pa-dres, foram sempre um testemunho de comunhão presbiteral. Seguramente,pela sua idade avançada, estava dispensado destes encontros, mas faziaquestão de estar presente. Até mesmo nos momentos de lazer de confrater-nização do clero, fazia questão de marcar presença. Será inesquecível a suaparticipação e vivacidade na confraternização do clero que realizamos nasThermas da cidade de Olímpia. Um dia antes de cair doente, Pe. Andréesteve presente na reunião geral do clero, última que participou, sempreatento buscando compreender todas as coisas e conversas, pois estava comacentuada dificuldade na audição. A presença do clero da diocese deBarretos nos vários momentos dos dois dias de seu velório, testemunha oreconhecimento desta presença-testemunho em nosso meio.

+Edmilson Amador Caetano, O.Cist.Bispo diocesano de Barretos

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Uma morte santa

A família religiosa de Jesus Sacerdote está em luto pela morte de Pe.André, acontecida na madrugada de quinta-feira 28 de outubro, na UTI dohospital da Beneficência Portuguesa, em S. José do Rio Preto, distante uns 100km de Barretos. Fora internado no hospital de Barretros em 15 de setembro.Ao serem descobertos problemas graves no coração, pulmões e rins, foi trans-ferido a S. José do Rio Preto, onde ficou na UTI até a morte, sempre mostrandoserenidade, edificando todos os que cuidavam dele ou o visitavam, pedindo queo ajudassem a fazer em tudo a vontade de Deus.

Foi assistido com grande atenção e até veneração pelo pessoal do hos-pital, deixando todos edificados da sua calma e entrega total a Deus. A comuni-dade de Barretos se desdobrou em assisti-lo. Durante a longa agonia todo diaalgum membro da comunidade e agregados iam visitá-lo e todo dia Pe. JoséAntonio informava também as outras comunidades da Congregação.

O seu funeral em Barretos foi uma homenagem extraordinária de devo-ção e gratidão pelos exemplos de bondade e caridade que sempre demonstrou.Foi velado um dia na catedral da cidade e dois dias na paroquial de NossaSenhora do Rosário. As duas igrejas ficaram lotadas o tempo todo em quepermaneceu nelas. Em sinal de gratidão e de veneração o povo quis que fossesepultado na sua Igreja paroquial do Rosário, ao lado do altar lateral, perto daentrada da secretaria.

UMA VIDA PARAOS PADRES

E PARA OS POBRESO autor, como colega e companheiro de missãodesde o início, quer apresentar aos amigos eaos padres a figura de Pe. André Bortolameotti,sem dúvida modelo de religioso e de padre, quededicou sua vida toda ao serviço dos irmãos,sobretudo dos irmãos sacerdotes.

Um testemunho fraterno

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A sua vida

Pe. André Bortolameotti nasceu em 22de dezembro 1919 em Vigolo Vattaro, uma al-deia distante uns 15 km da cidade de Trento, noNorte da Itália. Ficou órfão de mãe em tenraidade e o pai, muito pobre, sustentava a famíliacuidando dos cabritos e procurando lenha nosbosques dos montes ao redor da aldeia.

O menino, desde a infância, mostroumuita bondade, devoção e desejo de se tornarpadre. O pároco o apresentou ao nosso padreFundador, que, ao chegar em Trento em 1929tinha aberto o “Pequeno Seminário S. José” paraajudar os meninos pobres, que não conseguiampagar a mensalidade no seminário diocesano. Oaluno André entrou com 12 anos, em 1932.

Eu, também, entrei no mesmo pequeno seminário três anos depois elogo notei a piedade, a observância exata do regulamento e o amor ao estudodo aluno Bortolameotti. Lembro que quando PE.Venturini, toda noite, nos pediao tema da meditação feita na manhã, muitos não lembravam nada, mas Andrésempre lembrava fielmente.

Quatro anos depois, já religioso professo, Frei André foi nomeado pre-feito de disciplina da minha turma. Pude admirar mais de perto sua bondade e aconduta de religioso exemplar. O seu exemplo me provou que o instituto de Pe.Venturini formava religiosos de grande valor e me convenceu a entrar no mesmo,

embora tivesse entrado com a intenção de serpadre diocesano. O irmão André repetia: “Abra-çando esta vocação trabalhamos sobremultiplicadores, orando para suscitar vocações.Ajudando a formação de bons sacerdotes conti-nuemos, depois, a orar para que perseverem nofervor sacerdotal”.

Pe. André fez a profissão religiosa em1938 e foi ordenado Presbítero em 29 de junhode 1943. Era muito estimado pelo Padre Funda-dor, que o escolheu como confessor. Era, tam-bém, mestre de cerimônias nas funções litúrgicas

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solenes. Tarefa que Pe André exercitava sempre com grande devoção e exati-dão.

Por alguns anos (1956-1961) foi superior da casa de Intra, passou de-pois, a Tempio Pausânia na Sardenha como diretor espiritual do seminário. Em1964 o Capítulo Geral o elegeu Assistente do Superior Geral e três anos depoisfoi encarregado comigo de formar a nossa primeira comunidade no Brasil.

Chegamos ao Brasil no dia 20 de dezembro de 1967. Paramos porprimeiro tempo em S. Paulo, tomando conta da Igreja da Boa Morte, perto dapraça da Sé. Pe. André ficou lá oito anos, atendendo às confissões naquelaigreja e na catedral da Sé. Em 1975 voltou para a Itália para se aperfeiçoar nosestudos da Teologia moral. Era seu sonho se formar para cumprir melhor a suamissão de confessor e diretor espiritual à disposição dos padres.

Voltou ao Brasil em 1984, quando a Congregação decidiu abrir umasegunda comunidade em Barretos. Foi pároco lá da paróquia Nossa Senhorado Rosário por 16 anos, quando, (superados os 80 anos), foi substituído por umpadre mais jovem. Mas continuou como vigário paroquial, trabalhando comzelo admirável, dando exemplo de bondade, espírito de oração, sempre assíduono serviço ao povo nas confissões.

Era procurado como confessor, conselheiro e apoio espiritual por todasas pessoas que o conheciam. E ele nunca recusou sua ajuda, com uma disponi-bilidade, até aos últimos dias de vida, que deixava todos maravilhados. Os po-bres, sobretudo, aproveitavam da sua generosidade e atenção. Era disposto (efácil) a deixar-se enganarpor algum espertalhão,mas não queria corre orisco de deixar faltar aju-da a quem tivesse verda-deira necessidade. Tam-bém quando não podiadar dinheiro, sempre davasua atenção, carinho epaterno interesse.

Por 24 anos assis-tiu os presidiários da ca-deia de Barretos, comfraterna atenção e simpli-cidade evangélica. Sabia Pe. André entre Pe. Pio e a agregada Cecília

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penetrar nos corações com a sua caridade desarmante.Mais vezes houve quem aproveitasse da sua simplicidade e mansidão

para humilhá-lo, mas ele nunca perdeu a calma nem mostrou ressentimento: ofe-recia tudo a Deus.

Tinha boa inteligência e também sabia cuidar de negócio materiais. Quan-do foi na Boa Morte, melhorou a Igreja, recuperou locais inutilizados para ser-viços úteis. Pároco em Barretos encontrou a Igreja de S. Luis ainda na primeirafase da construção, com muitos sacrifícios conseguiu chegar ao seu acabamen-to. Instituiu uma obra social a serviço dos doentes de câncer, que dedicou àmadre Paulina, oriunda da Itália da sua mesma aldeia. Construiu, com a ajuda debenfeitores da Itália e do Brasil, mais dois Centros pastorais e algumas casaspara os pobres.

Oferecia a Deus todas as orações, trabalhos, sofrimentos pela Glória deDeus, a santificação do clero e o aumento das vocações. Sempre manso e cheiode ternura, era amado por todos e venerado como um santo.

Temos confiança que, do céu, continuará a interceder por nós.

Pe. Pio Milpacher

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Antes de tudo a Deus Pai que, através deGiuseppe e Giuditta – pai e mãe – deu a vidaa Pe. André em tempos difíceis, de apertoseconômicos e de pobreza (a mãe morreu pou-cos anos após ter dado a vida a Pe. André).

Obrigado a Jesus Sacerdote, tanto rezado einvocado durante a vida toda por Pe. André, que tanto cultivou a preciosadevoção ao seu Coração Sacerdotal. Jesus Sacerdote o chamou a fazerparte da Família religiosa dos Filhos de seu Coração sacerdotal, três anosapós a chegada em Trento do seu Fundador, Pe. Venturini , com a suaObra, fundada 5 anos antes em Chioggia (Veneza). Jesus sacerdote reves-tiu Pe. André do grande dom do Ministério presbiteral, tornando-o pormais de 67 anos sua presença viva na Igreja.

Obrigado ao Espírito Santo, que com a sua presença de luz e força fez dePe. André um apaixonado ministro da misericórdia e da Caridade, doadasa quantos encontrava no seu ministério; que, através da sua presença, fezcom que o pão e o vinho se tornassem por mais de 33.000 vezes o Corpo eo Sangue de Jesus no sacramento da Eucaristia.

Obrigado a Maria, Mãe do Sacerdote, que, pela sua doçura materna, fezsentir a Pe. André aquela ternura que sua mãe Giuditta não pude doar-lhee destesta sua experiência filial tornou nosso irmão testemunha e grandemissionário.

Obrigado à Congregação de Jesus Sacerdote que acolheu o pequeno André,o acompanhou e educou no discernimento vocacional, na formação e navalorização dos seus dons humanos e espirituais (não esqueçamos que pormuitos anos foi também o confessor ordinário do próprio Fundador); deu-lhe responsabilidades nos ministérios específicos da Congregação, seja no

O B R I G A D OO B R I G A D OO B R I G A D OO B R I G A D OO B R I G A D OPe. Gianluigi Pastó, superior geral, na missado enterro assim expressava seuagradecimento.

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acompanhamento dos sacerdotes hóspe-des, seja na formação dos nossosconfrades (foi também meu mestre donoviciado).

Obrigado à Comunidade paroquial deNsa. Senhora do Rosário de Barretos,que com admiração e fé acolheu o zeloapostólico do seu pároco (a presença, o in-teresse, a aproximação de inúmeras pes-

soas nestes dias, e de hoje em particular, o está demonstrando), e respondeucom entusiasmo ao seu zelo, dando sempre prioridade à construção de umaverdadeira comunidade-família, ao crescimento na vida espiritual, evangéli-ca dos cristãos, sem esquecer a organização e as construções também mate-riais; obrigado, também, à Comunidade paroquial pelo seu zeloso cuidado epela caridade em valorizar a experiência, as intuições e os conselhos do an-cião Pe. André nestes últimos seus anos de vida.

Obrigado aos confrades da nossa Comunidade religiosa e aos Agregadosda Congregação que estiveram perto dele na colaboração, na compreen-são fraterna, na disponibilidade em valorizar os seus dons pessoais ecarismáticos, na escuta dos seus ensinamentos e na partilha da sua longaexperiência de religioso e sa-cerdote.

Obrigado à Igreja particularque vive em Barretos aqui pre-sente com o seu pastor, o Bis-po Edmilson, os muitospresbíteros e fiéis da cidade edadiocese . Obrigado pelo res-peito, a acolhida, a escuta, acolaboração e muitas vezes, adevoção filial que tiveram paracom Pe. André; obrigado DomEdmilson pela sua presidêncianesta nossa liturgia eucarística.

Último encontro com Dom Pedro Fré

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Obrigado aos muitos amigos – como é difícil enumerá-los...! – que o aco-lheram na sua casa, que aderiram com disponibilidade às suas iniciativas,ajudaram-no com afeto filial nas necessidades físicas, na assistência hospi-talar, mas sobretudo estando-lhe perto, favorecendo-lhe o seu ministériode caridade para com os doentes, os pobres, os encarcerados: sem a vossapresença quanto teria sido bloqueado no seu zelo apostólico!

Obrigado por fim a você, Pe. André: obrigado pelo seu exemplo, pela suacontribuição na construção do Reino de Deus, pelo seu ensinamento dadoem palavras e com a vida; por ter-se colocado muitas vezes, na primeirafila para arriscar novas iniciativas, novas contribuições para o nosso cres-cimento; obrigado porque sempre nos lembraste que a única coisa necessá-ria é “salvar-nos a alma”, como você definia o caminho de santidade;porque com o exemplo e a palavra nos ensinaste a pôr o Senhor em primei-ro lugar como o nosso Absoluto, como o Esposo da nossa alma.

Em uma das suas últimas mensagens, caríssimo Pe. André, você meescrevia: “Temos a certeza de todos nos encontrar no paraíso pela miseri-córdia de Deus, e então faremos uma grande festa” e continuava: “Esperoque o Senhor me receba no paraíso quando ele quiser. Fiz muitas coisastortas, mas con-fio na misericór-dia de Deus. Comafeto me aben-çoe”.

Hoje nóspedimos a você,Pe. André: do pa-raíso, aguardan-do a grande festaanunciada, quan-do também nóschegaremos lá,dai a sua bênçãoa mim e a todosnós...

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MARÍLIAMARÍLIA

Retiro dos Seminaristas deOurinhos De 09 a 11 de outubro ocor-reu em casa o retiro dos seminaristasda Diocese de Ourinhos, sendo 14 se-minaristas entre propedêuticos, filóso-fos e teólogos. Padre Carlos acompa-nhou os retirantes com momentos depregação, deserto, celebraçõeseucarísticas e atendendo-os individual-mente. Foi gratificante perceber a ale-gria e satisfação na vida daqueles ir-mãos que se renovavam espiritualmentepara seguirem firmes em sua vocação.

Presença de Pe. Francisco.Nossa Comunidade, desde setembro,acolhe Pe. Francisco da Diocese deBarretos. Para nós é sempre motivo dealegria poder abrir as portas a um ir-mão no ministério. Em nossa comuni-dade se colocou logo à disposição or-ganizando melhor os livros da biblioteca.

Na paróquia colaboranas celebraçõeseucarísticas e visitan-do os doentes. Comseu jeito amigo e sim-ples logo ganhou a sim-patia dos paroquianose dos amigos da casa.

Encontro dosVocacionados Nosdias 20 e 21 de no-vembro, aconteceuum encontro

vocacional com os jovens que estãosendo acompanhados por nossas comu-nidades. O encontrou contou com a pre-sença de três jovens que, atendendo aochamado de Deus, vieram para conhe-cer nossa congregação. Os padres easpirantes da comunidade se organiza-ram para dialogar sobre vário aspec-tos: a teologia das vocações, o nossocarisma, a pessoa do nosso fundadorPe. Mario Venturini, e algums aspectosda vida em comunidade.

Houve também um momento coma Ir. Rosecler FCSJ e a AgregadaLuciana Pereira para mostrar aos jo-vens as ramificações de nossa famíliareligiosa. Rezemos para que o Senhoracompanhe estes jovens e a sementecolocada no coração deles possa cres-cer e frutificar.

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BARRETOS

Retiro dos Agregados. Entre 13a 15 de novembro, aconteceu em casamais um Retiro dos nossos Agregados.Estavam presentes os Agregados dostrês núcleos, totalizando 35 pessoas. Otema foi “A Eucaristia”. Pe. Ângelodeu uma bela e emocionada formaçãoa respeito da Eucaristia, levando a to-dos a amar ainda mais o CristoEucarístico e a sentir a necessidade deencontrá-lo mais vezes na missa e nosacrário. Foram dias intensos de expe-riência, desertos e orações. Tínhamosvivos a lembrança e os exemplos de Pe.André, que pela primeira vez não parti-cipou fisicamente conosco do retiro,

mas sabemos que intercedia por nós docéu.

Tivemos também a oportunidadede aprender a meditar a Palavra deDeus através da “Leitura Orante, aju-dados pelos dois jovens noviços da Con-gregação. Foi muito gostoso saborearo que Deus queria nos dizer seguindoos quatro passos propostos por estemétodo.

No último dia celebramos a SantaMissa e acompanhamos a gravação davoz de mais uma exortação do Funda-dor, nos fazendo conhecer um poucomais a sua espiritualidade.

Os Agregados crescem. No dia15 de Setembro na capela de nossacasa com a Celebração Eucarística pre-sidida por Pe. José Antonio, (estavaprevista com o nosso saudoso Pe.André, hospitalizado no mesmo dia)vários agregados renovaram as Pro-

messas e alguns fizeram asPromessas Definitivas.Uma celebração muito bo-nita e bem preparada. Aofinal uma pequena confra-ternização para destacartambém, a Festa de MariaMãe do Sacerdote.

Festa Nossa Senho-ra do Rosário. No dia 07de Outubro o calendáriolitúrgico marcava a memó-ria de N. S. do Rosário.Para a nossa paróquia em

Barretos, padroeira da paróquia foi oca-sião para festejarmos a Padroeira. Sen-do dia de semana, houve apenas duasmissas: uma às 15 horas para pessoasidosas e enfermas, presidida pelo nos-so bispo Dom Edmilson, às 20 horas,presidida pelo pároco Pe. José Anto-

* * * * *

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nio, com pouca participação de pesso-as. Não foi possível fazer a procissão,devido a forte chuva e tempestade quecaiu sobre a cidade de Barretos,.

Viagem de Pe. Mário pra a Itá-lia. De 15 de Agosto à 15 de Outubro,Pe. Mário foi visitar sua terra natal: aItália. Reviu os confrades de quase to-das as comunidades, fez retiro espiritu-al, visitou amigos e benfeitores. Tevetambém a ocasião de encontrar-se comsua única irmã de 86 anos de idade, quevive num asilo. Ficou sozinha. Toda asemana em Trento passa um dia com anossa comunidade de Trento. Pe. Má-rio voltou da Itália satisfeito e descan-sado, não obstante o deságio da viagem,que para Pe. Mário pesa bastante.

Morte de Pe. André. No dia 28de Outubro, nossa Comunidade deBarretos experimentou a visita do Se-nhor na vida de Pe. André depois deum longo período de sofrimento, cau-

sado por uma forte pneumonia. Inter-nado desde o dia 15 de setembro, Pe.André faleceu na cidade de São Josédo Rio Preto, no Hospital BeneficênciaPortuguesa. Seu corpo foi velado naCatedral de Barretos, por quase um diainteiro, enquanto se preparava o seutúmulo na igreja do Rosário. Depois pormais de um dia inteiro ainda foi veladona igreja do Rosário, onde foi párocopor dezesseis anos e, depois, continuouaté sua morte, como vigário paroquial.Seu velório e o enterro, presidido pelonosso Bispo e acompanhado por mui-tos padres da diocese, foi um reconhe-cimento significativo de sua vida e desua missão.

Presença do Superior Geral. Onosso superior geral, Pe. Gian LuigiPastò, fez questão de vir da Itália paraos funerais de Pe. André. Sua presen-ça foi muito significativa entre nós, umapresença amiga e paterna que muito nosajudou. Permaneceu em nossa comu-nidade até a Missa de sétimo dia de Pe.André. Teve que retornar logo para aItália, mas estará entre breve entre nós,em janeiro próximo, para uma visita asnossas três comunidades brasileiras.

Saúde de Pe. Mário. Pe. Mário,nos dias que faleceu Pe. André, teve asaúde abalada pela anemia e vários dis-túrbios. Foi convencido a passar um pe-ríodo de convalescência na Cidade deMaria, na Casa das Pequenas Missioná-rias Eucarísticas. Estas Irmãs amigasementação, um ponto fraco para o nos-so Irmão. Parece estar bem melhor,embora ainda continue pelos seus reu-matismos endêmicos. Rezemos por ele.Túmulo de Pe. André

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OSASCO

Notícias do Noviciado. Os doisjovens continuam bem a caminhada deformação. Participaram de uma sema-na de Novinter em Vinhedo nos dias 25a 29 de outubro, que teve como tema:“A teologia dos votos” e como assessorPe. Luís G. Quevedo, SJ. Infelizmentena madrugada do dia 28, fomos surpre-endido pelo telefonema de Pe. José An-tonio, avisando da morte do nosso esti-mado co-irmão Pe. André. Logo pelamanhã decidimos deixar o Novinter, paraficar mais perto da comunidade deBarretos neste momento tão difícil.

Os mesmos noviços participaramdo retiro para noviços em Itaici de 01 a

09 de novembro. Foipara eles uma expe-riência nova de ora-ção e de retiro. Ha-via duas colocaçõespor dia, uma na parteda manhã e outra naparte da noite, e nofinal da tarde havia aSanta Missa. Todo oambiente e a casa aju-dam a criar um climade silêncio, de oração

e de encontro pessoal com Deus.

Trabalhos na Nova Igreja. Con-tinuam os trabalhos para a construçãoda Igreja de Jesus Sacerdote. Já foramcolocadas as portas de ferro e assenta-dos o piso da nave central da Igreja. Omármore para o presbitério já chegou elogo será assentado. Recebemos o cru-cifixo artístico em madeira, encomenda-do em julho a um escultor de Ortisei (Itá-lia). Foi doado por um Padre amigo doBrasil. Graças a Deus muitas pessoasgenerosas têm ajudado com ofertas paraa construção da nova Igreja. Mas aindahá muito que fazer e confiamos na Divi-na Providência para o futuro.

Nivaldo: fim do semestre.Nivaldo, que voltou à nossa Comuni-dade depois de uma experiência de doisanos fora, está concluindo contente osemestre escolar e, com isso, segundoano de Teologia. Pretende fazer umretiro de oito dias em Itaici no começode dezembro, preparando-se a retomaros votos. Mostra-se contente em re-tomar sua caminhada e continuar rumoao sacerdócio.

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Centenário de Sacerdócio do FundadorCentenário de Sacerdócio do FundadorCentenário de Sacerdócio do FundadorCentenário de Sacerdócio do FundadorCentenário de Sacerdócio do FundadorTivemos a graça e a alegria de parti-

cipar, em nome de nossa Família Brasi-leira , às celebrações dos 100 anos de Or-denação Sacerdotal do fundador, eu comoAgregado interno e três Agregadas exter-nas brasileiras: Luciana, Isabel e Rosalva,que integravam nossa pequena comissão.

As sete da manhã dia 28 de agosto,no mesmo dia de aniversário da Ordena-ção de Pe. Venturini, saimos de ônibus ,de Zevio para Chioggia. Estavam presen-tes amigos, Padres, Irmãs, Agregados quevieram um pouco de todos os lugares.Es-tava presente também o “noivo”, o nossoirmão Roberto, muito feliz.

Foram duas horas de estrada. Che-gando a Chioggia n. Fomos todos diretospara a Igreja de São Domingos onde àsdez horas estava programado um momen-to de oração e uma mesa redonda com oSuperior Geral, Pe. Gianluigi, como mo-derador. Pe. Márcio leu a primeira relató-rio preparado por Pe. Gianantonio (au-sente porque adoentado) mas mandou asua relação. O tema que desenvolveu foia pessoa de Pe. Mário Venturini até o dia7 de março de 1912. Em seguida Pe.Albino Finotto continuou a apresentaçãoda pessoa do Pe. Mário após o dia sete ea sua convivência com o Fundador. Ter-minou a mesa redonda a Madre geral dasnossas Irmãs, Ir. Giustina, apresentandoa jovem Lourença de Rorai e o surgimentodo Instituto feminino das Filhas do Cora-ção Sacerdotal de Jesus.

A Hora Média, presidida pelo BispoDiocesano de Chioggia, encerrou esta

manha tão rica de espiritualidade e infor-mações. Toda esta mesa redonda foitransmitida ao vivo pela televisão católi-ca “Telepace”. Ao fim da mesa redonda,várias pessoas foram entrevistadas aovivo como o Pe. Gianluigi, Pe. MárioRevolti, etc.

O almoço festivo foi oferecido noCentro de Espiritualidade diocesano

Às 16 horas foi a vez da celebraçãoda Ordenação Presbiteral do nosso irmãoRoberto Raschetti. Numerosos foram ospadres presentes na ordenação. Afilemdos nossos padres estavam também vá-rios padres da Diocese de Chioggia eamigos da nossa família religiosa.

Durante a celebração tivemos tam-bém uma “teofania” como o próprio bis-po chamou. Uma grande ventania comchuva de pedra. Queremos acreditar queDeus quis marcar a sua presença no meiode nós.

Pe. Costante

A Voz dos Agregados

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Subsídio para rezar

COMO MARIA,COMO MARIA,COMO MARIA,COMO MARIA,COMO MARIA,DISCIPULOS DE JESUSDISCIPULOS DE JESUSDISCIPULOS DE JESUSDISCIPULOS DE JESUSDISCIPULOS DE JESUS

O tempo do Advento é o mais apropriado e privilegiado para admirar

Maria, aquela que aguardava o nascimento de Jesus Salvador. A pura,sem pecado, preparada por Deus para tão sublime missão, querohonrar e admirar neste momento de reflexão. Ponho-me em atitudede escuta da Palavra.

Amigo da Voz Amiga, a Congregação de Jesus Sacerdote, se-guindo seu fundador Pe. Venturini, celebra com muito carinho a festade Maria Imaculada. Este subsidio ajudará na meditação e reflexãoolhando para a Mãe de Jesus.

Evangelho de Lucas (1, 26-34)

Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviadopor Deus a uma cidade da Galiléia , chamada Nazaré, a uma virgemprometida em casamento a um homem de nome José, da casa deDavi. A virgem se chamava Maria. O anjo entrou onde ela estava edisse:” Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo”. Ela ficoumuito confusa com estas palavras e começou a pensar qual seria osignificado da saudação. O anjo, então, disse:”Não tenhas medo,Maria! Encontraste graça junto de Deus. Conceberás e darás à luzum filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chama-do Filho do Altíssimo, e o senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seupai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seureino não terá fim”. Maria, então, perguntou ao anjo:”Como acontece-rá isso, já que não convivo com um homem?”

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Oração

Ó Virgem santíssima, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja, contigodamos graças a Deus, pela sublime vocação e pela grande missãodos que são chamados pelo nome a viver em comunhão de amor ede santidade com Deus, enviados a irradiar a luz de Cristo e a comu-nicar o fogo do Espírito pela vida cristã.Tu que foste a “serva do Se-nhor”, dá-nos a mesma disponibilidade para o serviço de Deus e pelasalvação do mundo.Virgem corajosa, ensina-nos a tratar as realida-des do mundo com responsabilidade cristã. Virgem Mãe, guia-nos esustenta-nos para que vivamos sempre como autênticos filhos e fi-lhas da Igreja de Jesus e possamos contribuir a estabelecer sobre aterra o amor e a pazPara a glória de Deus. Amém!

Invoco a Maria

Maria, mulher acolhedora, faze-nos alegre na acolhida.Maria, mulher missionária, ajuda-nos a percorrer os caminhosdo mundo.Mãe atenciosa, ajuda-nos a ver os irmãos com a luz do Ressus-citado.Maria, mulher do pão, dá-nos o desejo de repartir nossos dons.Maria, mulher do silencio, faze-nos capazes de acolher Jesus esua Palavra.

Rezo uma dezena do Terço, colocando uma intenção: pelasantificação dos sacerdotes.

Medito o Evangelho de Lucas (1, 35-38)

O anjo respondeu: “O Espírito Santo descerá sobre ti e o poderdo Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vainascer será santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, con-cebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela queera chamada estéril, pois para Deus nada é impossível”. Mariadisse:”Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua

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palavra”. E o anjo retirou-se.

Com Maria, permaneçona escuta da Palavra, mergu-lhado na oração e no silênciopara fazer com ela a experi-ência que dá a vida. ComMaria quero eu também dizer:“eis-me aqui”, para uma en-trega à ação de Deus e cola-borar com o Espírito que mol-da em mim os traços da be-leza de Cristo. Entrego a Ma-ria a minha oração e a minhavida, para que ela me acom-panhe e me ensine a imita-lano coração e nos gestos.

Rezo assim:

Santa Maria, nossaMãe, solidária com Isabel, ajuda-me a ser pessoa de esperança queé a arte de transformar, que a leve aos irmãos que vivem na fragilida-de, no sofrimento.

Santa Maria, pura e simples de coração, ajuda-me a ser humil-de no caminho como membro da Igreja.

Santa Maria, concede-me a pobreza e pureza de coração parapoder perdoar.

Rezo a Maria Imaculada com a oração da Congregação deJesuSSacerdote:

Reunidos diante de vós, ó Maria, Virgem Imaculada, com ale-gria vos proclamamos “Mãe do Sacerdote “ e invocamos vosso auxí-lio. Vós sois a Mãe de Cristo, único e eterno Sacerdote, fonte e pleni-

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tude do Sacerdócio para todo o povo de Deus. A vossa divina mater-nidade chamou-vos perto da cruz, para unir-vos, de forma singular, àoferta imaculada que Cristo vosso Filho fez ao Pai. Naquela hora su-prema Jesus vos confiou, no discípulo João, em particular os minis-tros sagrados. Por isso, invocando-vos como Mãe do Sacerdote, vospedimos acolher no vosso coração os ministros da Igreja e dar todaproteção.

Mostrai-vos mãe a todos os padres: confirmai no amor os fer-vorosos, consolai os atribulados, dai novo fervor aos cansados, ficaiperto daqueles que têm o coração ferido, para que todos permane-çam junto ao Coração Sacerdotal do vosso Filho ou voltem para ele.Acompanhai os que deixam o ministério, para que continuem a crerno seu amor. Guardai perto de vós aqueles que Jesus sacerdote cha-mou e irá chamar para fazer parte do seu pequeno rebanho: formai-os nas características virtudes sacerdotais, para que - a exemplo deJoão -possam viver em comunhão profunda com Jesus e convosco.Intercedei, enfim, ó Mãe de misericórdia, para que todos os padres,sustentados até o fim pela vossa ajuda, cantem eternamente convoscoo hino de louvor na Liturgia do céu. Amém.

Pai Nosso...Ave Maria..Glória ao Pai...

Concluo rezandoÓ Deus, quisestes que ao

anúncio do anjo a Virgemimaculada, a bendita entre as mu-lheres, concebesse o vosso Verboeterno, e envolta pela luz do Espí-rito Santo se tornasse templo danova aliança: fazei que acolhamosa vossa vontade, como a Virgemsi entregou à vossa palavra. PorCristo nosso Senhor.

Amém!

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Obrigado,

Pe. André!!!