revista_ilust_33

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    ENDEREO DO SITE: www.revistailustrar.com

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    Ricardo Antunes

    So Paulo / Lisboa

    [email protected]

    www.r ica rdoa ntun es. com

    Esculturas, pastel e muito mais...

    E

    E D I T O R I A L : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 P O RT F O L I O : Marce lo Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 I N T E R N A C I O N A L : Tiago Albuquerque . . . . . . . . . . . . . 1 4 S K E T C H B O O K : Renato Alarco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6

    S T E P B Y S T E P : D a v i C a l i l . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . 3 9 O P I N I O : Or lando Pedroso . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . 4 3 E N T R E V I S TA : Rick Fernandes . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . 4 4 E S PA O A B E RTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 7 CURTAS .............................................................. 68 L I N K S D E I M P O RT N C I A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 0

    DIREO, COORDENAO E ARTE-FINAL: Ricardo Antunes [email protected]

    DIREO DE ARTE: Neno Dutra - [email protected] Ricardo Antunes - [email protected]

    REDAO: Ricardo Antunes - [email protected]

    REVISO: Helena Jansen - [email protected]

    COLABORARAM NESTA EDIO:

    Angelo Shuman (Divulgao) - [email protected] ILUSTRAO DE CAPA: Marcelo Gomes - www. ickr.com/photos/ilustragomes

    PUBLICIDADE: [email protected]

    DIREITOS DE REPRODUO: Esta revista pode ser copiada, impressa, publicada, postada,distribuda e divulgada livremente, desde que seja na ntegra, gratuitamente, sem qualqueralterao, edio, reviso ou cortes, juntamente com os crditos aos autores e co-autores, comindicao do site o cial e download da revista exclusivamente atravs do site o cial.

    Os direitos de todas as imagens pertencem aos respectivos ilustradores de cada seo.

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    R i c a r d o

    A n t u n e s

    Editorial Nesta edio

    Ficha tcnica

    Na edio n 32 da Revista Ilustrar foi veiculada a informao de que o SketchJazz foi criado pelos ilustradores Fabio Corazza e Joel Lobo. Logo que surgiram dvidas sobrea informao, esta foi retirada da revista.

    A Revista Ilustrar preza pelo rigor nas infor maes veiculadas, e em relao notcia,fomos induzidos a erro pelas informaes que recebemos.

    A informao correta seria: criado pelosilustradores Fabio Corazza, Joel Lobo eMontalvo Machado.

    Errata

    stamos de volta com mais uma edio da Revista Ilustrar,sempre trazendo os melhores artistas do mercado.

    Nesta edio temos o excelente trabalho com pastel seco (e no s) deMarcelo Gomes, e Renato Alarco mostra com exclusividade a sua coleode sketchbooks, uma incrvel fonte de inspirao e de ideias.

    Davi Calil tem a sua segunda participao na revista, agora mostrandoum passo a passo de sua pintura relmpago, e Orlando Pedroso assina acoluna Opinio, falando sobre prazos de entrega.

    Rick Fernandes fala sobre character design em esculturas geniais, e aseo internacional ca por conta do multi talentoso artista portugusTiago Albuquerque.

    Espero que gostem, e em agosto tem mais.

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    J venda a coleo

    SKETCHBOOKexperienceA maior coleo de sketchbooks com os melhores artistas do mercado! Ummaterial nico e imperdvel, venda apenas na loja da Reference Press:

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    MARCELOGOMES

    atural do Rio de Janeiromas morando em So Paulodesde 1984, Marcelo Gomescomeou na carreira de ilustradorrelativamente tarde, com mais de30 anos.

    Antes disso passou por diversaspro sses, algumas delas nemmesmo prximas do desenho,mas a vontade de trabalhar narea e a paixo pelo desenhoforam mais fortes.

    Sua ferramenta preferida, opastel seco, acabou por resultarem um estilo muito pessoal, quein uenciou at mesmo em outrastcnicas que marcelo utiliza emsuas ilustraes editoriais.

    N

    Desde pequeno tive inclinao para odesenho. J na adolescncia z uns poucoscursos simples para me aprimorar, masnada realmente me direcionou para apro sso de ilustrador.

    Na verdade naquela poca nem sabia queexistia tal atividade, a nica coisa de queeu tinha certeza que queria viver dedesenho ou algo relacionado.

    uma histria meio truncada porqueaos 13 anos o meu primeiro registropro ssional foi como estagirio numapequena agncia de propaganda.

    Ficava no estdio fazendo pequenas tarefase durou apenas um ms, mas ver o pessoal

    na prancheta marcou a minha vida.

    O segundo, aos 14 anos, foi como auxiliarde desenhista (o detalhe que no haviao titular): copiava e s vezes inventavabrases em tamanho grande que depoisde transferidos para o couro eramtrabalhados para parecerem antigos.

    Depois disso fui ser aprendiz deserralheiro, ajudante na indstriametalrgica e torneiro mecnico.Alguns anos depois retomei o trabalhode prancheta como aprendiz de desenhofazendo um trabalho de montagem detexto conhecido como paste-up.

    Depois escrevia os nomes dos funcionriosdo metr mo nos crachs com umacoisa chamada normgrafo.

    Passei por uma srie de agnciaspequenas at meu primeiro empregocomo ilustrador, em 1990.

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    Marcelo Gomes

    So Paulo - SP

    i lus t ragomes@gmai l .com

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    Portfolio

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    difcil apontar uma in unciaespec ca. Acho que como umaespcie de cria da propaganda aminha educao visual comeou com aobservao da arte gr ca europeia eamericana nos anurios de ilustraocomo o Graphis e o Showcase.

    Antes, durante e depois sempre estevepresente a histria em quadrinhos.Tambm sempre gostei da literaturatradicional: clssicos como Machado deAssis, Ea de Queiroz e Franz Kafka, entreoutros, sempre zeram a minha cabea.

    Quando, em 1992, vi em um showcaseo que o ilustrador americano GaryKelley era capaz de fazer com o pastelseco, quei chapado e disse a mimmesmo quero fazer desse jeito.

    Dois eventos tiveram importnciafundamental na minha formao:o primeiro aconteceu em meados dos

    anos 80, quando tive a oportunidade deestudar o desenho de anatomia da gurahumana com o Benedito Igncio Justo.

    Foi um dos melhores caminhos daminha vida porque o meu desenho e aminha compreenso das coisas deramum salto de qualidade de 100% e maisoutros 100% durante os 4 anos quelabutei com o assunto.

    O segundo foi minha ida aos EUApara um workshop de vero com osmelhores de l - entre eles estavamalguns dos meus heris do showcase,leia-se Gary Kelley e C.F. Payne.

    Na minha ignorncia, at ento noconhecia o grande Mark English.Era ignorante tambm a respeito dahistria da arte (embora tivesse amatria na faculdade) e de pintores.

    Observando a importncia que osartistas de l davam ao assunto medei conta dessa lacuna e comecei apesquisar o assunto.

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    Antes do pastel eu sentia uma grandenecessidade de soltar o que eu fazia.Era tudo muito certinho e eu tinhamuita di culdade em estabelecercontrastes entre claro e escuro.

    Ainda considero as coisas que fao certinhas, mas com o pastel existe umcaos bem-vindo porque uma vez que sedeitam cores e traos difcil corrigir,ento o que est feito est feito.

    Alm disso, a mistura de corestorna-se rica em nuances sutis esugestes que acontecem duranteo processo, ento embora existaum planejamento, tcnica e algunstruques, no nal das contas existe ummomento de espontaneidade onde ascoisas podem car mais tortinhas.

    Agora as passagens e misturas decores que venho usando na pintura aleo so coisas que aprendi pintandocom o pastel.

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    Gosto de automveis antigos, j tivealguns e talvez venha a ter outrosporque eles sempre me zeram voltarum pouco ao passado.

    Fiz um estudo de um mercedes decorrida dos anos 30, em 2009, ecoloquei na gaveta, ento comecei apintar alguns msicos e ao mesmotempo fazia algumas monotipias como tema dos carros que se desmanchamem ptios ou ao relento.

    Logo estava motivado a fazer outraspinturas de carros, primeiro paraexperimentar leo sobre carto edepois porque algumas imagens tmum carter to icnico que achei quecomplementariam aquela primeira.

    Este projeto ainda no acabou, agoraestou envolvido com alguns quadros apastel que daro concluso ao assunto.

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    TIAGOALBUQUERQUEA lista de talentos do artista

    portugus Tiago Albuquerqueimpressiona: ele artista plstico,

    escultor, animador, ilustrador,desenhista de histria emquadrinhos e msico.

    Como msico ele toca guitarra,baixo, teclado, bateria,saxofone, clarinete, ukulele empc. E como se no bastasse,toca em 7 bandas diferentes.

    Faz muitas coisas, e faz tudomuito bem.

    Para algum to multi talentosoe cheio de energia, naturalque seu trabalho seja cheio depersonalidade, em especial asilustraes que tem produzidopara o mercado editorial.

    Msico, sem dvida. No sei bem porqu,mas acaba por me parecer menos umdever. A par com jogar bola semdvida aquilo que me deixa mais feliz.

    Para mim um dia ideal ser acordar, ir

    ensaiar, tarde jogar bola e l para anoite se for caso disso faz-se um desenho.

    Outro aspecto que para mim importante e que em relao s outrasreas a msica tem como vantagem, que um trabalho de equipe e departilha, quer em criatividade, querconcerto (atuao); as outras reasso muito mais individuais...

    Acho que acabaram por me ginasticar aparte criativa do crebro, talvez por aseja um exerccio fsico necessrio.

    No caso da escultura deu-me umacapacidade de ver as coisas no espao

    de outra forma, no caso da msica aviagem para diferentes ambientes.

    No gosto de pensar que sejam reasindependentes, gosto da mistura, dafazer lmes de animao tambm. Soucompletamente viciado em produocriativa.

    Voc ar tista plsti co, es culto r, animador,ilustrador, desenhista de HQ e msico.De todas estas funes, com qual maisse identifica?

    A exper inci a em di ferent es rea s comoa escultura e a msic a acabam por afetarde alguma forma o resultado final do seudesenho?

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    Tiago Albuquerque

    Lisboa - Portugal

    ba lo na ti c@ gm ai l. co m

    ht tp : / / t iagoalbuquerque.blogspot .com

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    Internacional

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    Sim, os artistas que mais gosto so amaioria dos anos 50/60/70, dcadas emque a clareza era a palavra de ordem, ageometrizao e sntese do meu trabalhovem por uma necessidade minimal de ser

    claro e atrativo, s.

    Eu no gosto muito de HQ. No tenhomuita pacincia para histrias. Fizalgumas mas no gostei de quase nada.

    Seu trabalho como ilustrador tem umacaracterstica grfica bastante clara, por

    vezes quase g eomtr ica. Teve a lgumainfluncia artstica neste sentido?

    E em algum aspecto a histria emquadrinhos parece ter afetado tambmseu trabalho, em especial na composiodas ilustraes. At que ponto a HQ teveesta importncia?

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    Essa foi a que gostei mais defazer, claro. Principalmenteporque z em conjunto como Adriano Lameira(www.adrianolameira.com).

    Mas basicamente o que noslimitamos a fazer foram pranchasnicas sem vinhetas (tipoilustrao pura e dura porpgina). Um escape para quemno sabe como fazer HQ.

    Eu gostei do resultado nal, masno acho que seja uma HQ na suaforma mais purista ou clssica.

    O convite veio de Viana doCastelo, de um grande amigo

    meu, o Tiago Manuel.

    No entanto, recentemente voc fezuma verso em HQ do filme ODrago Contra-Ataca, de BruceLee. Como foi essa experincia?

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    So 7 agora: Soaked Lamb, VoodooMarmalade, Putzkapuntz, GarlicNaan, Lousy Guru, Muri Muri,Cromossomas.

    A variedade de bandas vem danecessidade de abarcar vriosestilos diferentes.

    Tenho muita di culdade em dizer queno gosto de um estilo qualquer. Etambm tenho di culdade em dizerque no.

    Como se no bastasse ser multitalentoso, o seu trabalho como msicono se limita a apenas uma banda.E at a ltima c ontagem voc tocavaem 6 bandas diferentes

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    RENATOALARCO

    H quem acredite que existaatualmente um certo modismo emtorno do uso de sketchbooks,caderninhos, cadernetas e dirios.

    Eu acredito que vive e trabalha melhor ou mais criativamente aquele quetem como prtica constante brincarem seus cadernos. Trata-se, portanto,no de um modismo, mas sim de umadescoberta.

    Tenho dzias deles na minha estante,mas admito que a prtica de us-losregularmente s chegou na minha vidaum pouco tardiamente.

    Aos 29 anos tive um professor que osusava bastante havia muitas dcadas.Aquela gura cativante acabou porin uenciar todos os seus alunos.

    Ento, quando a escola deu a cadaum de ns um belo sketchbook depresente, a prtica de us-los tornou-se mais constante e, com o tempo,indispensvel para a maioria de ns

    (ou ao menos para mim).

    Carl Titolo era o nome daqueleprofessor e lembro-me bem que elecostumava tirar frias de 2 meses naItlia s com o dinheiro recebido pelossketches e projetos de estampas deazulejos que trazia em seu sketchbook.

    Logo ao chegar Itlia - ele noscontou - tratava de alugar um carro epartia diretamente para a cidade onde

    cava uma famosa fbrica de louas.

    L chegando, marcava umareunio onde mostrava seus vrioscaderninhos (com desenhos pequenose bastante delicados) e, sem maioresdelongas, tratava do preo falandoaquele italiano esforado de seusancestrais, mas com um forte sotaquedo Brooklyn.

    Depois do aperto de mo recebia lsuas liras e partia para um estiro dedois meses a passear e desenhar pelaItlia afora.

    resena constante na RevistaIlustrar, tanto em participaes nasdiversas sees da revista comonos vrios artigos que escreveu,Renato Alarco hoje um dos maisrespeitados ilustradores do Brasil.

    Designer gr co com mestradoem ilustrao pela School of VisualArts de Nova York, Alarco temtrabalhos publicados em diversos

    jornais e revistas dos EUA e Brasil,alm de trabalhos expostos emvrios pases.

    Desta vez Alarco participa naIlustrar abrindo seu sketchbook,um formidvel e impressionanteregistro de ideias, imagens econceitos, que acabam servindocomo base de apoio para futurostrabalhos.

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    Renato Alarco

    Rio de janei ro

    [email protected]

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    Sketchbook

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    Minha coleo de cadernos composta de exemplares quepossuem objetivos os mais diversos.H os que uso s para trabalhos,

    outros so mais literrios, alguns usoapenas para minhas re exes e ideiasem forma verbal, outros so fruto dosmeus estudos de encadernao, e,

    nalmente, existem os cadernos queservem de suporte para exercciosde pura liberdade, intuio esubjetividade.

    Estes ltimos eu chamo de DiriosGr cos, e posso dizer que setornaram os lugares onde colecionoas melhores descobertas que z athoje sobre meu prprio trabalho.

    De 12 anos para c, meus cadernos

    foram evoluindo de um comeotmido, contido, preciosista e cheiode temores, para tornarem-se umverdadeiro laboratrio de experinciasque ampliaram o alcance da minhaexpresso pessoal.

    Por serem locais onde a nica regra a liberdade absoluta, os DiriosGr cos so os suportes onde eu

    experimento novas possibilidades,sempre colocando-me mais prximodo risco e, consequentemente,em rota de coliso com os acasos

    e acidentes felizes ao longo doprocesso.

    Nas pginas dos Dirios Gr cosfao avanar minha pesquisagr ca e pictrica por caminhos ecampos minados que meu trabalho

    para clientes certamente no meconcederia.

    So pginas generosas e que deixam-sepreencher com tudo que d recheio vida: das ornamentalidades inteise surtos literrios de meia-tigela ataqueles insights com o poder de nosfazer subir mais um degrau em nossa

    experincia como artista.Alm de usar os Dirios Gr coscomo suporte para experimentaescom tinta, desenho e colagem, gostode coletar e guardar dentro de suaspginas boas referncias visuais(que podem ser recortes de revistase jornais, impresses, inclusive asdefeituosas) etc.

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    Acredito que brincar nos cadernos tambm um processo meditativo dereeducao do olhar, de organizaodas ideias. Cada caderno quecompletamos e colocamos na estante um registro importante da nossahistria pessoal.

    Nos ltimos 10 anos tenho viajadode norte a sul do pas para promover

    uma o cina de artes chamada DirioGr co, e que lida justamentecom estratgias para azeitar asengrenagens da criatividade por meiodo uso de cadernos. A prtica nestao cina foi decisiva para consolidarminha relao pessoal com este objeto.

    Muitas experincias interessantesaconteceram na o cina do DirioGr co neste tempo, como porexemplo a de um aluno, hojedesigner vivendo na Noruega, e que,ao nal de uma o cina escreveu

    orgulhosamente na capa do livroque havia acabado de aprender aencadernar: Dirio de Erros.

    Outra: uma aluna foi sua primeiraentrevista de emprego levando consigoseu portfolio e tambm o caderno deideias que havia produzido durante ao cina do Dirio Gra co.

    Na hora de conversar com a moao diretor de arte comeou o papodemonstrando logo de cara suacuriosidade em ver o caderno que elahavia trazido. Ela relutou a princpio:

    mas voc no prefere ver o meuportfolio?

    O diretor de arte respondeucalmamente: Vamos para o seusketchbook primeiro, que onde euposso ver como voc pensa e cria, paraem seguida, no portfolio, entendermoscomo voc conclui. Ela foi contratada.

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    Alguns cadernos tm suas folhas trabalhadas antes da fase de encadernao

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    Step by Step

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    DAVICALIL

    uadrinista, concept artist,pintor e ilustrador, Davi Calil tem sededicado inteiramente ao mercadoeditorial, trabalhando com algumasdas mais importantes revistas domercado.

    Tambm dedica parte de seu

    tempo como professor na QuantaAcademia de Artes, em So Paulo.

    Entre seus trabalhos, Davi Calil temdesenvolvido aquilo que ele chamade pintura relmpago, pinturasfeitas rapidamente, quase sempreutilizando aquarela ou guache.

    E Calil mostra agora para ns comexclusividade um exemplo destatcnica.

    Fui convidado para participar da exposio cones dos Quadrinhos, com uma pinupdo Zorro que far parte do FIQ 2013.

    Resolvi pintar com guache e registrei oprocesso.

    ESBOOS: Despois de muitorabiscar, cheguei numa ideia que meagradava tanto no contedo quanto noimpacto visual.

    Acho a fase do esboo a mais importante.No adianta ter uma tcnica linda se aideia no for legal e o desenho no estiver

    expressivo. Recentemente tenho gostadomuito de esboar no photoshop. Quandosinto que o desenho est pronto euimprimo e puxo na mesa de luz.

    Nessa ilustrao eu usei papel Fabriano100% algodo satinado, 300 gramas.

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    Davi Calil

    So Paulo - SP

    davical i l@gmai l .com

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    INTRODUOStep by Step

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    AGUADAS: Eu tenho uma tcnica parapintar guache que apelidei de PinturaRelmpago; uma traduo semvergonha de Speed Painting para oportugus.

    Consiste no processo clssico de pinturaque aprendi com meus professoresde aquarela (Crcamo) e leo (Reidere Marcus), mas adaptado para as

    limitaes do guache. Primeiro trabalhe atransparncia, s com as cores primrias;nem abra o tubo de branco, ele s entrada metade para o m do processo.

    Aps as manchas iniciais eu comeo adestacar os personagens, identi candoos tons mais escuros da ilustrao etrazendo-os tona.

    2 REALANDO O DESENHO: Chegandonos contrastes nais dos tons de sombra.Ainda nem sinal de branco na minhapaleta. Continuo usando somente coresprimrias e preto quando necessrio.

    Nessa etapa do processo a pintura aindase parece muito com uma aquarela;

    trabalhar as sombras nesse momentogarante maior profundidade devido transparncia da tinta.

    Se o branco entrar muito cedo na suapaleta existe uma grande chance deacinzentar tudo e perder transparncia.

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    MEIO TOM: Agora sim, o brancovai entrar na minha paleta, mas aospoucos, ainda no a hora de fazer a luzde nitiva do trabalho.

    Tambm hora de adensar a tinta,diminuir a quantidade de gua e trabalharcom ela mais empastada.

    Nesse momento eu me preocupo em criaros meios tons que iro sustentar o highlight.

    Reparem que os tons que contmbranco na sua composio saltam aosolhos se comparados com as manchastransparentes iniciais.

    4 ACABAMENTO: Agora hora decompor a luz do trabalho, fazer ajustesnas sombras e no que mais parecerque precisa de um retoque para que otrabalho possa ser dado como pronto.

    Talvez este seja o momento mais perigosoem todo o processo, pois voc corre orisco de sobretrabalhar a pintura comdetalhes excessivos. Descobrir a hora em

    que o trabalho est pronto um desa oe s se aprende com a experincia,geralmente errando muito.

    Esta ilustrao ser impressa num livro, juntamente com as demais pinturasque compem a exposio cones dosQuadrinhos. Quem estiver presente noFIQ 2013 poder conferir este originalde perto.

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    Opinio

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    Prazo um negciopara se furar

    por Orlando Pedroso

    Tempos atrs, numa segunda-feira,abro meus emails e encontro umque me chamou a ateno. Era umamensagem de sbado enviada por umcolega convocando todos os ilustradoresa largar a prancheta naquele instante epreparar uma picanha.

    Alm da receita e de dicas de comopreparar o churrasco, o simptico emailtrazia um tom de rebeldia: larguem aprancheta e faam um churrasco!

    Isso cou martelando minha cabea por

    muito tempo. Pensar que pro ssionaiscomo ns ainda so escravos de prazosimpostos por determinado tipo de clienteou por prazos que acreditamos ter quecumprir a qualquer custo. Havia aquelaoutra histria do cara que no podia sairde casa porque de repente o clienteliga... como assim de repente liga?

    Se voc falar no vou estar no m desemana, nos falamos na segunda, eleno vai ligar e a segunda-feira, c entrens, est logo ali.

    Evidentemente existem casos e casos,mas urgncias, na maior parte das

    vezes, s existem na cabea dessesabilolados que sentem um certo prazerem deixar um pro ssional de stand bypelo simples prazer mesmo.

    Quantas vezes corremos com umtrabalho para saber que, 15 diasdepois, ele continua parado porque odiretor de arte teve que passar outracoisa na frente, que o cliente viajou ouque a matria cou pra outra edio.Mas a, Ignz s muerta e o aniversriode seu lho j foi, naquele encontrode amigos s faltou voc, assim comotantos outros eventos que abrimos moe que o tempo no vai trazer de volta.

    Cumprir prazo est no top list dos bonspro ssionais, evidentemente. Issoagrega valor, estreita relaes com seucontratante e com o cliente mas cabetambm ao pro ssional saber ler asentrelinhas de um trabalho e perceberse aquela corrida insana, uma viradade noite ou um m de semana perdidovalem o esforo. Geralmente fcilperceber que no, mas ainda insistimos

    em ser pro ssionais. Pro ssionaisdemais, no caso.

    H outras situaes onde o processocriativo doloroso. Voc tem que criarum logotipo, uma campanha, ilustrarum livro e o estalo simplesmente novem. Isso acontece e h de se respeitaresse tempo. Muitas vezes prefervelatrasar e ter certeza de que se estentregando algo de qualidade do quecumprir o prazo com uma ideia mal

    pensada e mal executada. Dizer queatrasou porque acha que d pra fazermelhor no vergonha e pode evitarque voc seja espinafrado ali na frente.

    O ideal que fssemos mquinas quecuspissem ideias e trabalhos bem

    nalizados, mas no assim queacontece. Pelo menos no sempre.

    Uma vez eu estava s turras comum livro infantil. No que estava

    cando ruim, ele simplesmente noacontecia. Papel, tintas, musiquinha eeu olhava para a mesa, dava as costas,ia pra geladeira, ia regar as plantas,ia olhar os emails. Mudei de mesa, deambiente, de lugares e nada. J estavaestourando o quarto prazo quando umcolega diz: que ele no est prontona sua cabea. Bingo!

    O livro precisava acontecer primeiro naminha caixola, depois migrar para o papel.Uma vez aceito isso, minha vida coumuito melhor e entendi que prazo umadata pra voc furar quando voc precisa.

    Apesar de ser prazeroso entregar tudoantes da data limite, tirar aquilo dafrente, emitir a nota, etc., faz parteda vida aceitar que nem tudo comoqueremos ou acreditamos que devesseser. Depois, como disse, existem datasque no se repetem e no tem trabalhoque valha ou pague certos prazeres.

    Ser pro ssional cumprir prazos, mastambm se entender como artistae ser humano. E o ser humano vemantes de tudo.

    Bom churrasco a todos!

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    Orlando Pedroso

    So Paulo

    [email protected]

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    Entrevista

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    RICKFERNANDES

    mais de 13 anos RickFernandes est no mercado detrabalho como escultor, desenhistae principalmente character designer,atuando na rea de publicidade,produtoras, games, empresasde toys, e atendendo tambmcolecionadores.

    Com o seu estdio nalmente criadoem 2011 em parceria com a designere fotgrafa Cendy Polcaro, RickFernandes tambm tem uma bemestabelecida escola, com cursos deescultura e workshops.

    Mas para chegar a esse ponto foi umlongo caminho percorrido, onde Rickconta em detalhes as di culdadespelas quais passou.

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    O mercado de trabalho para oCharacter Designer est em alta nomundo todo!

    Tenho recebido propostas de inmerosprojetos para serem avaliados emdiferentes setores como publicidade,games, teatro, museus e colecionadores.Alguns, apenas com brie ng, e outrospara fazer a direo de arte.

    O mercado de games, com a evoluode meios como celulares, computadores

    e os prprios video-games s fezaquecer ainda mais este mercado,pois com esta tecnologia tambmevoluram os gr cos, os personagens,as histrias e os nmeros de jogadoresonline; en m, acredito que estesegmento tende a crescer ainda mais.

    Na publicidade o destaque so asanimaes e a criao de mascotespara representar as empresas. Perceboque este setor est carente de pessoascapacitadas, carente de pro ssionaisque saibam criar.

    Vejo que as oportunidades de trabalhoesto nesse diferencial, na capacidadede criao.

    Seu trabalho voltado para a reade publicidade, produtoras e games.Como anda o atual mercado decharacter design?

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    Rick Fernandes

    So Paulo - SP

    conta to@rfs tudiofx .com.br

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    Entrevista

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    Hoje em dia, 60% dos pedidos queeu recebo so de colecionadores.

    Os pedidos mais comuns sopeas (personagens) que no soencontradas, como por exemplo,desenhos da dcada de 1970 e 1980,super heris de quadrinhos e atpeas para animadores.

    Mas voc produz tambm paracolecionadores. Quais so os pedidosmais comuns?

    O pedido mais bizarro foi de umrapaz que queria que eu modelasseum busto, em escala real, de suame. At ento, normal, acho atbacana quando algum faz esse tipode homenagem para um familiar

    Mas tudo cou bem estranho quandoeu pedi que ele me enviasse umasfotos para eu usar de referncia, eele disse que alm das fotos tinha,tambm, o crnio da me, que elehavia pego na exumao do corpohahahaha. Cara, isso foi muitobizarro!

    E qual o pedido mais bizarro?

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    A grande vantagem do 3D aotimizao do tempo de produo, seo contratante precisa de um prottipocom urgncia a modelagem em 3D amelhor sada e com a impressora 3D possvel fazer detalhes super re nadose na escala que desejar.

    J no processo tradicional o que secoloca em destaque o trabalho doartista; para os colecionadores, apea exclusiva; para as empresas,o processo tradicional ainda maisbarato do que uma impressora 3D.

    Tenho certeza que a qualidade tambmpode atingir nveis extremos, como osescultores hiper-realistas ou aquelesdedicados, das miniaturas - por issoacredito que o que separa o tradicionaldo digital tempo.

    Particularmente, trabalho apenas como clay, a minha clientela prefere todo oprocesso tradicional - e eu agradeo!

    O conhecimento de anatomia indispensvel, tanto para osmodeladores tradicionais quanto paraos digitais, pois ele servir de basepara todos os estilos, como realismo,estilizado, cartoon ou qualquer outro,por isso fundamental saber anatomiahumana e animal.

    s vezes as pessoas olham para umacriatura e dizem... Ah um monstro fcil... mas as coisas no so bemassim.

    importante pensar na anatomiadesse monstro, principalmente se ele uma mistura de animal com homeme importante pensar nos seusmovimentos, onde essa criatura vive, oque ela come, como se defende, entreoutras caractersticas, para que essacriatura possa ser funcional em um jogoou numa animao.

    E em quais circunstncias costumautilizar mais o 3D ou o clay?

    Independentemente do tipo depersonagem que ir ser modelado,qual a importncia de se ter umconhecimento prvio de anatomia?

    No 3D eu me aventuro raramentecom o Z-Brush. Utilizo o softwarepara fazer uma blocagem prviados projetos mais audaciosos e quealmejo fazer no clay.

    A ferramenta incrvel - para aquelesque dominam possvel fazer coisasabsurdas, mas confesso que minha

    paixo a escultura tradicional, nomeu caso utilizando o clay (massade modelar).

    Me apaixonei por todo o processo queenvolve fazer uma escultura, desdea estrutura das peas, blocagem, atver o personagem nascer aos poucosdiante dos meus olhos, no tamanhoque eu quiser

    Para mim paixo e diverso!Tem coisa melhor do que trabalhar comalgo que voc realmente ame fazer?

    Voc trabalha com modelagem tantoem 3D quanto em clay. Existemdiferenas entre os dois tipos demodelagem que podem influenciarna criao final de um personagem?

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    Comecei os estudos em 1999, sozinho,e em 2007 larguei tudo o que fazia parame dedicar somente ao que eu amofazer: modelar!

    E acreditem, isso no foi fcil! Fiz umcurso aqui em So Paulo com um

    grande amigo e mestre, o AlexOliver, que foi e responsvel peloamadurecimento artstico de muitaspessoas que esto aparecendo nomercado, e eu me incluo neste grupo.

    J so 13 anos de estudos dirios, issomesmo, dirios e sem exageros!

    Isso muito importante se voc desejamelhorar sempre.

    Voc j declarou que foi autodidatanuma poca em que mal havia internet.

    At se tornar prossion al, quantotempo levou o caminho das pedras?

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    Fico muito feliz que hoje eu tenhoa oportunidade de passar os meus

    conhecimentos para tanta gente pormeio de cursos e workshops.

    Procuro passar diferentes tcnicasde modelagem que conseguiaperfeioar durante todos esses anos,informaes e contedos, como livrosde referncias, making of de lmese sites de outros artistas, que estodisponveis a quem quer aprender.

    Falo e mostro na prtica a importnciade saber anatomia, de treinar odesenho e saber modelar os volumescorretos, de como o aluno pode deixarseu trabalho vivo com linhas demovimentos que sejam funcionais.

    A repetio dos exerccios outra

    dica de extrema importncia para oaprendizado. O artista, nunca, nuncapode achar que j est bom o bastante,ou o ego toma conta de todo o trabalhoque teve e ele ca para trs.

    So conselhos importantes que muitosaprendem e alguns poucos no do tantacredibilidade, mas os que absorvem estecontedo se destacam com certeza!

    Hoje voc ministra vrios cursos eworkshops voltados ao characterdesign. Nesses cursos, o que voctenta passar que no teve na pocaem que estudava?

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    Considero Ray Harryhausen o Papada Animao!

    Responsvel por despertar um mundofantstico cheio de imaginao eaventuras, que deslumbravamos olhos de quem assistia osmovimentos suaves das criaturas queele criava e animava e que carammarcadas para todos aqueles que setornaram animadores, modeladores,character designers, ilustradores eprincipalemente os que trabalhamcom desenvolvimento de personagens.

    Em um dos workshops que ministreicoloquei uns vdeos do mestre Raypara que os alunos assistissem,mas para minha surpresa algunscomearam a rir e zombar do trabalhode animao e modelagem que viam.

    Ento eu perguntei por que riam... Eresponderam que os vdeos eram muitoantigos, e que a animao chegava

    a ser ridcula e que um trabalhorealmente bom era o do Tim Burton.

    Argumentei que todos os lmes eanimaes atuais que assistiam, osartistas que as zeram cultuavamRay Harryhausen, dentre outros,da velha guarda.

    S para que entendessem um poucomais de quem eles estavam zombando,mostrei um vdeo do Tim Burton,entrevistando (muito emocionado) omestre Ray Harryhausen, e o velhomestre tambm mostrou todo seucarinho e admirao sabendo que seulegado estaria sendo representado porum grande diretor como Tim Burton.

    O novo diretor no disse nada, apenaso abraou. No nal, desa ei qualquerum dos animadores fanfarres queestavam ali a fazer uma animao tosuave e dinmica quanto a do mestre.

    Mesmo com toda a tecnologia de hoje

    disposio muitos disseram que noconseguiriam Ficou a lio de querespeito pelo trabalho dos outros muitobom e que podemos aprender muito comos grandes mestres que ja se foram!

    Recentemente faleceu RayHarryhausen, um dos mestres daanimao stop motion. Para voc,qual a importncia dele comocharacter designer?

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    Cleber Antonio da Silva

    Ar uj - SP

    adsigna@hotmai l .com

    ht tp : / /ads igna.blogspot .com

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    Henrique Abreu

    Fortaleza - CE

    s.henr [email protected]

    http://www.flickr.com/photos/henriqueabreu

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    Campo Grande - MS

    andresantana .ms@gmai l .com

    ww w.f ac eb oo k. co m/ Es tu di oB ic od eP en a

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    Rafa Camargo

    Curitiba - PR

    [email protected]

    http://rafarofacamargo.blogspot.com

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    Fernando Paiva

    Natal - RN

    cynic_focus@hotmai l .com

    ww w.f li ck r.c om /fe rn an do tr av is

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    A Revista Ilustrar abriu espao paraos leitores, fs e amigos que queiram terseus trabalhos divulgados na mais importante

    revista de ilustrao do Brasil, por meio da seoEspao Aberto.

    Para participar simples: mande um e-mail com o ttulo ESPAO ABERTO [email protected] como nome, cidade onde mora, e-mail e site que pretenda ver publicados,uma autorizao simples de publicao dos trabalhos na revista, eno mnimo 7 ilustraes a 200 dpi (nem todas podero ser usadas).

    A Ilustrar vai disponibilizar para cada artista selecionado 4 pginas inteiras.Por isso escolham seus melhores trabalhos; esta pode ser a oportunidade deter seus trabalhos publicados ao lado dos maiores pro ssionais do mercado.

    ESPAO ABERTO, a sua entrada na Revista Ilustrar.

    Como participarEspao Aberto

    N I N H O S D E AV E SCurtas

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    C U R T A S

    E S C U LT U R A S E M M A D E I R A

    A C E RV O D E P E R S O N A G E N S

    N I N H O S D E AV E S

    T O U C H S C R E E N

    A fotgrafa americanaSharon Beals produziuuma coleo de fotossurpreendentes deninhos de pssaros,muito diferente do quehabitualmente vemospor a.

    Em seu sitepro ssional Sharontem algumasamostras, mas atotalidade das fotos(e que est semprecrescendo) pode servista em sua pgina doFlickr:

    http://ow.ly/lypO8

    Em uma das pginasdo Pinterest existe umafabulosa coleo dereferncias para criao depersonagens.Engloba desde estudos depersonagens, passandopor detalhes de expressoou de corpo, at cenrioselaborados. Imperdvel!

    pinterest.com/characterdesigh

    Um touchscreen comovoc nunca viu antes...at porque a tela mesmono existe, tudo feito base de luz.

    O mais incrvel que,apesar de a tecnologiaser sensacional, elas exige uma simpleswebcam e um projetor:

    http://ow.ly/lyrdB

    As esculturas em mandeira doitaliano Bruno Walpoth impressionampelo realismo.

    Apesar de no terem tantospormenores e o acabamento serum tanto rstico, ainda assimtransmitem uma sensao dehumanidade nica.

    Tambm h desenhos em seu site,mas as esculturas so mesmo omelhor de seu trabalho:

    www.walpoth.com

    J d !

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    J est venda na loja da Reference Press o livro Sex & Crime: The Book CoverArt of Benicio, 60 pginas cheias das mais incrveis e sensuais pin-ups, feitas porum dos mais geniais artistas do Brasil, o grande ilustrador Benicio.

    No blog da editora h um preview do livro: http://tinyurl.com/beniciopreview

    Para comprar basta acessar a loja da Reference Press: www.referencepress.com

    E para conhecer outras formas de pagamento e estar por dentro das ltimasnovidades, acesse tambm o blog da Reference:

    http://referencepress.blogspot.com

    Reference Press . A sua referncia em arte.

    "SEX & CRIME"J venda!

    Links de Importncia

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    GUIA DO ILUSTRADOR - Guia de Orientao Prossional

    ILUSTRAGRUPO - Frum de Ilustradores do Brasil

    SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil

    ACB / HQMIX - Associao dos Cartunistas do Brasil / Trofu HQMIX

    UNIC - Unio Nacional dos Ilustradores Cientcos

    ABIPRO - Associao Brasileira dos I lustradores Prossionais

    AEILIJ - Associao de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil

    ADG / Brasil - Associao dos Designers Grcos / Brasil

    ABRAWEB - Associao Brasileira de Web Designers

    CCSP - Clube de Criao de So Paulo

    TUPIXEL - Maior banco de dados de ilustradores do Brasil

    www.guiadoilustrador.com.br

    http://br.groups.yahoo.com/group/ilustragrupo

    www.sib.org.br

    www.hqmix.com.br

    http://ilustracaocienti ca.multiply.com

    http://abipro.org

    www.aeilij.org.br

    www.adg.org.br

    www.abraweb.com.br

    Aqui encontrar o contato da maior parte das agncias de publicidadede So Paulo, alm de muita notcia sobre publicidade:www.ccsp.com.br

    www.tupixel.com.br

    Dia 1 de Maio tem mais... dia 1 dia de Ilustrar

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    Revista Ilustrar - prmio HQMix 2011

    www.referencepress.com

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