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Sub-bacia do Rio Meia Ponte. Sub-bacia do Rio dos Bois. Sub-bacia do Rio Tijuco. Impacto humano no reservatório de São Simão – II : Efeito de fontes difusas (atividade agrícola) no aporte de N e P nas sub-bacias de captação. Ricardo M. Pinto-Coelho 1 & Maria Elisa Castellanos-Solá 2 - PowerPoint PPT Presentation
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Impacto humano no reservatório de São Simão – II : Efeito de fontes difusas Impacto humano no reservatório de São Simão – II : Efeito de fontes difusas (atividade agrícola) no aporte de N e P nas sub-bacias de captação.(atividade agrícola) no aporte de N e P nas sub-bacias de captação.
Ricardo M. Pinto-Coelho1 & Maria Elisa Castellanos-Solá2
1 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios, Departamento de Biologia Geral, UFMG, BH-MG.2 Programa de PG em Ecologia Cons. e Manejo. da Vida Silvestre, Cx. P.486, Av. Antônio Carlos,
6627 – Belo Horizonte/ MG , CEP 31270-901. E-mail: [email protected], (1) [email protected] (2)
3 Laboratório de Gestão Ambiental de Reservatórios, Departamento de Biologia Geral, UFMG, BH-MG.
Palavras-chaves: usos do solo – poluição - reservatório
INTRODUÇÃO
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS
São Simão é o maior reservatório do triângulo mineiro (744 km2). A
sua bacia hidrográfica extende-se por mais 70,000 km2. A partir do final
da última década, o reservatório sofre uma crescente eutrofização,
refletida nos florescimentos recorrentes de diversas espécies de
cianobactérias dos gêneros Microcystis, Anabaena, dentre outros (Rolla,
2000).
O controle da eutrofização passa pela mensuração das principais
fontes de aporte de nutrientes limitantes (N e P). A identificação dessas
fontes é uma tarefa desafiadora num sistema como o do desse
reservatório.
O trabalho objetivou identificar quais são os tributários que mais
contribuem com a entrada de N e P no reservatório. Posteriormente,
procurou-se quantificar a importância da agricultura e da pecuária em
cada sub-bacia do reservatório.
Foram feitas 5 coletas trimestrais (2002-2003) em 16 pontos localizados nos
principais tributários e em 10 pontos no eixo principal e alguns braços do
reservatório. Em cada tributário, foram tomadas amostras (0,5 m) para a
determinação do nitrogênio inorgânico (amônia, nitrito e nitrato) e para o fósforo
total e solúvel. As amostras foram congeladas ainda no dia da coleta e trazidas
dessa forma para a UFMG. A determinação do nitrogênio e fósforo deu-se através
de técnicas colorimétricas usuais.
As sub-bacias hidrográficas foram delimitadas a partir de cartas topográficas do
IBGE (1:250.000), sendo os seus limites vetorizados (Mapinfo V.6). Os municípios
presentes na sub-bacias foram identificados com os dados do projeto Prodemge/
Geominas e da Agência Goiana de Desenvolvimento Industrial e Mineral – AGIM e
superpostos ao plano de informação das sub-bacias (ArcView V.3.2). Os
indicadores de atividade agro-pecuária por município foram obtidos no IBGE-
Cidades disponível na internet. A montagem das cartas temáticas de atividades
agro-pastoris baseou-se em tabelas-síntese com o montante das áreas plantadas
(lavouras perenes e temporárias) e do número total de bovinos por município em
cada sub-bacia.
O mapa a seguir (Fig. 1) ilustra a distribuição das concentrações de fósforo
total e nitrogênio nos principais tributários bem como no eixo central do
reservatório em janeiro de 2002. Todos os tributários goianos tiveram
concentrações de P-total maiores do que 100 ugl-1.PPO4. Os tributários mineiros
que apresentaram as concentrações mais elevadas de fósforo total foram: rio da
Prata, ribeirão dos Patos e córrego dos Bois. Executando o “pico” da amônia no
córrego dos Bois, Sta. Vitória, MG, a forma mais importante de nitrogênio foi o
nitrato com valores próximos a 100 ppb nos tributários goianos tais como o Rio
Meia Ponte, Rio Preto e Rio S. Francisco.
Rolla, M.E. (2000). Cianobacterias in São Simão – Divisão de Meio Ambiente - CEMIG
Figura 4: Cartas temáticas ilustrando as atividades agrícola (A) e de pecuária (B) nas
diferentes sub-bacias do reservatório de São Simão.
Figura 2: : Concentrações de fósforo total e de nitrogênio inorgânico nos
tributários e corpo central do reservatório de São Simão em janeiro de 2002.
Figura 1: : A – Aspecto Geral da Represa. B - Mapa do Reservatório e a rede
amostral utilizada nas coletas trimestrais. C – Fotografia de uma floração de algas
(Anabaena spiroides) em um dos braços da represa, em Ipiaçú, MG. Fotografias de
rmpc
AGRADECIMENTOS A Cia. Energética de Minas Gerais (CEMIG) pelo apoio dado nas coletas de campo através do convênio CEMIG-FUNDEP-UFMG (4830-1). Ao CNPq pela concessão de uma bolsa de doutoramento - em tempo integral - a Maria Castellanos de Solá. A bacharelanda em C. Biológicas Daniela Bianchini pelo processamento e confeccção das tabelas-síntese sobre as atividades agro-pastoris de cada município da bacia.
A maioria dos municípios da área de drenagem de São Simão localiza-se em
Goiás (Fig. 3). Os 71 municípios goianos situados nas diferentes sub-bacias do
reservatório ocupam 81.659 km2, o que corresponde a pouco mais do que
24% do estado. Os 14 municípios presentes nas sub-bacias mineiras ocupam
31.408 km2, ou seja, apenas 5% da área de MG.
As cartas temáticas, a seguir, demonstram que as atividades agropastoris são
excepcionalmente intensas na bacia de São Simão. No entanto, há diferenças
perceptíveis nos padrões do uso do solo entre Minas e Goiás. Nas sub-bacias goianas,
desenvolve-se uma intensa atividade agro-pastoril (Fig. 4A). Cerca de 41 municípios
goianos possuem mais de 10.000 hectares de área plantada, um número que pode
chegar a 268.000 ha. Os cultivos mais importantes da região são: soja, algodão anual,
milho além de diversas forrageiras tais como o sorgo e o milheto. A fruticultura da
banana tem também destaque. As pastagens, constituem na principal forma de uso do
solo do lado mineiro (Fig. 4B), A maioria dos municípios mineiros possui mais do que
150.000 cabeças. Toda essa atividade agropastoril certamente implica em um aporte
difuso de N e P que certamente contribui para o avanço da eutrofização. A avaliação
desse aporte será a próxima etapa do trabalho.
Figura 3: Bacia de captação do reservatório de São Simão (linha vermelha) e rede municipal da bacia de captação do reservatório. No encarte, um detalhe ilustrando a importância da bacia de São Simão para o estado de Goiás que chega a atingir cerca de 25% do território deste estado da federação.
Sub-bacia do Rio dos Bois
Sub-bacia do Rio Meia Ponte
Sub-bacia do Rio Tijuco