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Ricardo Tanck Lacerda
AVALlA9AO COMPARATIVA DE DUAS FORMULA90ES DE
IVERMECTINA
Monografia lIpresentada 80 Curso de MedicinZ! Veterinariada Faculdade de Cil}ncias 8iol6gicas e da Sauda daUniversidade Tuiuti do PBrana, como requisito pardalpara oblen<:Ao do titulo do Medico Velerinario.
Professor Orientador: Dr. JoAo Ali Gualberto Hill
Orientador Profissional: Dr. Alberto dos Santos Mendes
CuritibaMaiol2004
LlSTA DE TABELAS ..
LlSTA DE FIGURAS ...
RESUMO ...
ABSTRACTS ...
1 INTRODU<;AO ....
2 MATERIAL E METODOS .....
3 RESULTADOS E DISCUSSAO ...
4CONCLUSAO ..
SUMARIO
REFERENCIAS .
iii
iv
v
vi
4
5
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12
LlSTA DE TABELAS
Tabela 1 - Media de peso da Fazenda 1, no decorrer do experimento
Tabela 2 - Media de peso da Fazenda 2, no decorrer do experimento ..
Tabela 3 - Media de opg da Fazenda 1, no decorrer do experimento ...
Tabela 4 - Media de opg da Fazenda 2, no decorrer do experimento ..
Tabela 5 - Descri9iio dos generas dos nematOdeos, encontrados nos exames
de coprocultura, no decorrer do experimento na Fazenda 1..
Tabela 6 - Descriyao dos gemeros dos nemat6deos, encontrados nos exames
de coprocultura, no decorrer do experimento na Fazenda 2 ..
iii
5
6
7
8
9
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Formula estrutural da Ivermectina.. 3
Figura 2 - Representa9iia grafica das pesos medias das grupas da Fazenda 1,
nos dias 0 (dia da aplica9iia), dia 28 e dia 56 (ap6s aplica9iia).. 5
Figura 3 - Representa9iia grafica das pesos medias das grupas da Fazenda 2,
nos dias 0 (dia da aplica9iia), dia 28 e dia 56 (apas aplica9iia).. 6
Figura 4 - Representa9iia grafica das ganhas de peso medio das Fazendas 1 e
2, aa final de 56 dias de experimenta ..
Figura 5 - Representa9iio grafica das medias de OPG por grupo da Fazenda 1,
no decorrer de 56 dias de experimento ..
Figura 6 - Representa9iia grafica das medias de OPG por grupo da Fazenda 2,
no decorrer de 56 dias de experimento ..
7
8
9
iv
RESUMO
No experimento fDram utilizados duzentos e quarenta e um animais no total, sendooriundos de duas propriedades diferentes. Todos mestiyos, com as idades variandoentre 18 e 24 meses, em condic;i:iesadequadas de manejo e desenvolvimentocorporal, porem, cada fazenda utilizando 0 seu manejo tradicional. 0 trabalho foidesenvolvido ao longo de 56 dias. Para 0 presente estudo, os animais foramdivididos em dais grupos e desverrninados com urna unica administrayao deIvermectina 3,5% e Ivermectina 3,15%, aleatoriamente. E acompanhou-se 0 indicede infecc;i:iessubseqGentes atrav,;s de exames coproparasitol6gicos. Realizandotambem pesagens constantes para avaliar 0 ganho de peso dos animais. Osresultados mostraram que a diferenc;a entre os dois produtos foi muito pequena,tanto para 0 resultado de ovos por grama de fezes (opg), como para 0 ganho depeso. A propriedade que trabalha com um manejo melhor adequado esuplementayao mineral, demonstrou urn resultado superior quando comparada coma propriedade que mantem um manejo mais simplificado.
Palavras-chave: bovino, ivermectina. coprocultura, nematoides.
v
ABSTRACTS
In the experiment, two hundred and forty one animals were all utilized, originally fromtwo different properties. All of them were of mixed blood, with ages varying from 18and 24 months, in adequate managing and body development conditions, however,each fanm utilizing its traditional managing. The work was developed along 56 days.For the present study, the animals were divided into two groups and had their wormstaken out with only one administration of Ivenmeclina 3.5% and Ivenmeclina 3.15%random. And the index of subsequent infections was followed through fecal parasiticexams. Also effecting constant weighing to evaluate the waigh gain. The resultsshowed that the difference between the two products was very small, either for theresult of eggs by gram of feces or for the weigh gain. The property that works with abetter adequate managing and mineral supplementation, showed a superior resultwhen compared with the property that maintains a simpler managing system.
Key-words: bovine, ivermectina, fecal parasitic, nematodes.
vi
1 INTRODUc;:Ao
Atualmente para a economia do pais a bovinocultura de corte destaea-se como
uma das mais importantes. Par isso, hi! necessidade de melhorar a eficiencia na
produc1io.
As infeC90es per parasitas sao uma das principais causas de perda econOmica
na produyao em ruminantes no mundo, a maiaria sendo infecyOes gastrintestinais.
causando perturbayOes metab6Hcas severas e como conseqO~ncia perdas no
desempenho do hospedeiro (PARKINS & HOLMES, 1969).
o endoparasitismo leva a perdas econOmieas importantes, pois interfere
diretamente no ganho de peso, produtividade dos rebanhos, produc1io de leite,
causando ainda diarreias e anemias severas, aumentando 0 tempo requerido para 0
abate, alterando assim seu desempenho zootecnico (HAWKINS, 1993). Os eleitos dos
nematodeos sobre os bovinos dependem da especie e do grau de inlecc1io, que por
sua vez, dependem de latores como as condic;6es climatieas, solo, vegeta~o, tipo de
explorac1io, ra<;a, idade do animal e tipo de pastagem (BIANCHIN, 1996).
As verminoses subclfnicas sao de diffcil diagn6stico, alem de causarem grandes
perdas no potencial de produc1io (COOP & HOLMES, 1996). 0 controle da verminose
dos ruminantes baseia~se, principal mente no usa de anti-helmfnticos e, em alguns
casos, na associac1io destes com 0 manejo das pastagens (PADILHA & MENDONZA,
1996).
o objetivo do presente trabalho loi avaliar comparativamente duas dilerentes
formulaV6es a base de ivermectina, variando somente suas concentra95es. Veriticando
a atividade anti-helmintiea e 0 ganho de peso dos anima is, em dois rebanhos
diferentes, naturalmente inlestados com nemat6deos gastrintestinais. A ultima
desverminac;Ao ocorreu ha mais de 60 dias em ambas as propriedades, utilizando
endectocidas comerciais.
o aumento da concentrac;ao do principio ativo e as alterac;6es no veiculo das
formula0es podem proporcionar prolongamento do tempo de permanencia plasmatiea
da molecula (SANTOS et a/. 2003). Este prolongamento na ac1io e favoravel, pois
facilita 0 manejo nas fazendas, reduzindo 0 numero de medicac;Oes no ano, barateando
os custos de produc;l!o e retardando ainda 0 processo de resist~ncia aos anti-
helminticcs.
Em meados dos anos 70, uma pesquisa de produtos naturais revelou que urn
caldo de fermenta9llo do acUnomieeto do solo Streptomyces avermailis melhorou a
infesta~o por Nemato.spiroides dubius em camundongos (BURG', EGERTON',
MILLER', citado por TRACY & WEBSTER, 1996). 0 isolamento das culturas deste
microorganismo levau a descoberta das avermectinas, uma nova classe de lactonas de
16 membros (CAMPBELL, 1989). A ivermectina (22,23-diidroavermec1ina B1a) oj urn
ana logo semi-sintetico da avermec1ina B1a (abamectina).
A Ivermectina e uma lactona macrociclica que possui atividade anti-helmfntica,
pertenee ao gnupo das avermec1inas. Sua maior a~o encontra-se sobre especies do
reino animal, como aearos, insetos, varios ectoparasitos e endoparasitos como
helmintos nemat6ides (BENZ, 1985; RONCALLI, 1984). Nos nemat6deos, a ivermectina
estimula a libera~o do GABA (acido gama amino buUrico) nas termina¢es nervosas,
promovendo a sua fixac;t%o aos receptores locaHzados nas respectivas jun<;6es,
interrompendo assim os impulsos nervosos, provocando a paralisia e morte dos
parasitos (SPINOSA et al., 1999).
Em animais a ivermectina e isolada nas fezes, quase toda como substancia
inalterada e a maior concentracao tissular ocorre no figado e na gordura. Niveis
extremamente baixos sao encontrados no cerebra, apesar da sua lipossolubilidade a
ivermectina nao ultrapassa a barreira hematoenceftllica. Estudos em camundongos
sugerem que urna bomba de efluxo de P-gliccproteina na barreira hematoeneefalica
evita que a ivermectina penetre no Sistema Nervoso Central (SNC) (SCHINKEL·, citado
por TRACY & WEBSTER, 1996).
A aeao das avermectinas contra os parasites se relaciena a inibicao da
motilidade. 0 B1a aparentemente aumenta a libera~o do acido y-aminobutirico (GABA)
I Burg. R.W.; t'I ill. Avmnectins. newf:lfnily ofpotl.."Ilt anthelmintic. ~"cnlJ: producing orpnnm lind femlent!l.tion.Antimic.lOb. -"gents Chc:mother,. 1979, 15: 361-367: Eserton, J.R.;".1 al. Avt'rmectins. new {amil)' ofpotcnt :lOtheimintic i1£.cnts: ef'fic",cy of the Blot c.omponenl.Antimicrob. ABcflts C'hcmothcr., 1979. 15: 372~378J fo.lillc:r. T.W.: "f {II. Avcmltctins. ne .••••rlIllily or potent J;l1thelmintie ~gellts; isol~tiQn ,md ehroulltogr.lphicprolWnics. Antilllicrob. Agenls ChcmothCf., 1979, 11: 361-371Schinkel, A.H.; ,,/ (lJ. DisruptIOn of the mou~c mdr ICl P-glycoprotcin gt:llc.lc:3.ds to. deficicm ..,), inlhe blodd-bmin
b:uTi~ :lIld to im:/tUoo s:culiti\,ity to drugs. Cell, 1994. 77: ~91- ~02.
das sinapses nervosas. A fun<;iio do GABA nos mamiferos e invertebrados testados
(lagos tim, lagosta, Ascaris suum, e provavelmente outros helmintos) e a inibi<;iio da
transmissao nervosa. A maior libera<;iio de GABA aumenta (hiperpolariza) 0 potencial
de repouso normal das celulas p6s·sinapticas, tomando mais dificil a neurotransmiss~odos estimulos para os musculos, assim as celulas museu lares n~o se contraem. Sob a
influ~ncia das avermectinas, as vermes ficam paralisados e conseqOentemente sao
expelidos (BOOTH & MCDONALD, 1992).
As lactonas macrociclicas, nas doses recomendadas, apresentam uma
consideravel margem de seguranl'S (SPINOSA eta/., 1999).
Figura 1 - F6rmuta estruturat da Ivermectina
OH
2 MATERIAL E METODOS
Foram utilizados 241 animais mesti9Qs europeus e netores, machos, idade
variando de 18 a 24 meses. Na Fazenda 1 (Vale Dourado), localizada em Grandes Rios
- PR, foram seleclonados 108 animais criados em urn sistema extensivD, sabre
paslagem de Brachiaria sp., nao recebendo nenhum tipo de suplemenlac;ao mineral,
somente agua ad liMum. Na Fazenda 2 (Uniilo), localizada em Guaraci - PR, laram
selecionados 133 animais criados em urn sistema extensivD, sabre pastagem de
Cynodon nienfuensis (e5lrela africana), cnde as animais recebem agua e sal mineral
ad libftum, e 0 seu manejo com rotac1!o de paslagem.
Todos os anima is fcram padronizados com identifica~o na orelha esquerda(brinco) e em seguida loram pesadas (dia zero).
As formulac5es testadas comparativamente foram urna a base de Ivermectina
3,5% e a autra a base de Ivermectina 3,15%. As duas larmulaQOes loram eletuadas
aleatoriamenle, cnde todos os animais receberam apljca~o subcutAnea de anti-
helmintica, na dose de 1mU50Kg de peso vivo, a que correspande a 700~g de
ivermectina par kg de peso, para as !ratados com Ivermeetina 3,5% e 630~g de
ivermeetina par kg de peso, para os tratadas com Ivermectina 3,15%.
Foram realizados exames laboratoriais de fezes, para contagem de ovos par
grama de fezes (OPG). a!raves da teenica de Gordon & Whithlock. Caprocultura.
atraves da teeniea de Roberts & O'Sullivan, para obtenc1!a de larvas inlectantes de 3'
estagio.
Para a realizacao dos exames coproparasitol6gicos, as fezes fcram coletadas
com sacos plasticos direlamente da ampala relal, de tadas as animais. Ap6s a coleta,
as amostras de fezes fcram identificadas conforme 0 brinco do animal oorrespondente,
e remetidas sob relrigerac1!a aa labcrat6ria de Parasitalogia da Farm Shopping,
lacalizada em Londrina - PR.
Os controles de pesagem e inlecc;aa vermin6tica acorreram nos dias: zero, dia 7,
dia 28 e dia 56, ap6s aplicac1!a.
3 RESULTADOS E DISCUSSAO
Como as pesagens foram realizadas periodicamente, foi passlvel calcular a
media de peso vivo nos dias zero, dia 28, dia 56, ap6s aplica~o. Calculando ainda 0
ganho em peso vivo e 0 ganho em peso vivo diario.
Na Fazenda 1 (Vale Dourado) , 0 grupe tratado com ivermectina 3,5% obteve
uma media de ganho em peso vivo de 36,89 Kg e ganho em peso vivo diario de 0,69
Kg. Eo grupe tratado com ivermectina 3,15% obteve uma media de ganho em peso
vivo de 41,11 Kg e ganho em peso vivo diario de 0,73 Kg (Tabela 1; Figura 2).
Tabela 1 - Media de peso da Fazenda 1, no decorrer do experimento.
Fazenda 1 Ivermectina 3 5% Iverrnactina 3 15%Media de peso dia °I (momento da aplica~o) 267,31 267,13_. __Media de peso dia 28 (ap6s~Iica~oi .•~26 287,83Media de peso dia 56 (ap6saplicacao) 306,20 308,24Ganho de peso vivo 3889 4111Ganho de peso vivo diario •...M.L__ L.... 0,73
Figura 2 - Representacao grafica dos pesos medios dos grupos da Fazenda 1,nos dias 0 (dla da aplicaCao), dia 28 e dia 56 (ap6s aplicaCao).
Ola0 Oia28 Ola56
Na Fazenda 2 (Uniao), 0 grupo tratado com ivermectina 3,5% obteve uma media
de ganho em peso vivo de 48.56 Kg e ganho em peso vivo diario de 0,87 Kg. Eo grupo
tratado com ivermectina 3,15% obleve uma media em ganho de peso vivo de 49,60 Kg
e ganho em peso vivo diario de 0,89 Kg (Tabela 2; Figura 3).
Tabela 2 - Media de peso da Fazenda 2, no decorrer do experlmento.
Fazenda 2 Uniao Ivermectina'~,5% Ivermectina 3 15%Media de peso dia 0(momento da aplica~o) 36510 354,11Media de peso dia 28 (ap6saplica~oi 394,01 384,45 ~Media de peso dia 56 (ap6sa lica~o) 413,66 403,71Ganho de peso vivo tolal 48.56 49.60Ganho de oeso vivo diario 0,87 ~--'--' 0,89
Figura 3 - Representa~ao graftca dos pesos medlos dos grupos da Fazenda 2,nos dias 0 (dia da apllca~Ao), dia 28 e dia 56 (ap6s aplica9Ao).
o Ivermectina 3,5%
.Ivermectina 3,15%
OiaO Oia28 Oia56
Nota·se urn ganho de peso superior da Fazenda 2, quando comparada com a
Fazenda 1. Os animais da Fazenda 2, que receberam Ivermectina 3,5%, obtiveram de
media no final do experimento 9,67 Kg de peso vivo a mais dos animais que receberamo mesma prod uta na Fazenda 1. E os animais que receberam Ivermectina 3,15% na
Fazenda 2, obtiveram de media no final do experimento 8,49 Kg de peso vivo a mais
dos animais que receberam 0 mesmo produto na Fazenda 1 (Figura 4).
Figura 4 - RepresentacAo grafica dos ganhos de peso medio das Fazendas 1 e 2,ao final de 56 dias de experimenlo.
Faz.1 Faz.2
COSTA etal. (2004), obbveram resultados semelhantes, com media de 46.10 Kg
de ganho de peso vivo e 0,77 Kg de ganho de peso vivo diario com administra9ao de
Ivermectina 3,5%. E media de 42,85 Kg de ganho de peso vivo e 0,71 Kg de ganho de
peso vivo diario com administra,ao de Ivermeetina 3,15%.
As medias obtidas dos exames coproparasitol6gicos da Fazenda 1, foram
separadas por grupo. A media de ovos por grama de fezes (opg) do dia 0, para 0 grupo
tratado com Ivermectina 3,5% foi de 108.33 opg, e a media do dia 0 para 0 grupo
tratado com Ivermectina 3,15% foi de 103,70 opg. No dia 7, a media obbda para 0 grupo
tratado com Ivermectina 3,5% foi de 70,37 opg, contra 85,18 opg para 0 grupo tratado
com Ivermectina 3,15%. No dia 28, as medias obMas foram de 67,59 opg para 0 grupo
tratado com Ivermectina 3,5% e 94,44 opg para 0 grupo tratado com Ivermectina 3,15%.
E na ultima coleta realizada no dia 56 ap6s aplica,ao, obleve·se 16,66 opg de media
para 0 grupo tratado com Ivermeclina 3,5% e 38,89 opg de media pera 0 grupo tratado
com Ivermectina 3,15% (Tabela 3; Figura 5).
Tabela 3 - Media de opg da Fazenda 1, no decorrer do experimenlo.
Fazenda 1 Vale Dourado Ivermectina 3,5% Ivermectina 3,15%---
I~~~e~~oo~~ Z~i~caO) 108,33 10370Medi:J.~)OPg dia 07 (ap6saDliea 0 70,37 85,18Media de opg dia 28 (ap6s: aolieacao) _~29 94.44 __
[Media de opg dia 56 (ap6s.a~ca~~ 16,66 3689
Figura 5 - Representa~Ao grafica das medias de OPG por grupo da Fazenda 1, nodecorrer de 56 dias de experimento.
120
100
00
SO
40
20
•..~ --'\"----- "'- I~ I••••nn.ctin. 3,5% I I
"" _Ivennectlna 3,15"-
."-.Oi. 0 Oi. 7 Di. 28 Oia 56
Na Fazenda 2, a media de opg no dia 0, para 0 grupo tratado com Ivermectina
3,5% foi de 71,32 opg, e 0 grupo tratado com Ivermectina 3,15% foi de 66,15 opg no dia
o. No dia 7, 0 grupo tratado com Ivermectina 3,5% apresentou urn media de 30,88 opg
e 0 grupo tratado com Ivermectina 3,15% apresentou urn media de 40 opg. No dia 28,
as medias obtidas fcram de 33,82 opg para 0 grupo tratado com Ivermectina 3,5% e
23,85 opg para 0 grupo tratado com Ivermectina 3,15%. E no termino do experimento
no dia 56, obteve-se 42,65 opg de media para 0 grupo tratado com Ivermectina 3,5% e
33,85 opg de media para 0 grupo tratado com Ivermectina 3,15% (Tabela 4; Figura 6).
Tabela 4 - MMia de opg da Fazenda 2, no decorrer do experimento.
Fazenda 2 UniAo Ivermectina 3 5% Ivermectina 3 15%Media de opg dia 0I (momento da aplicacAo) 71,32 6615Media de opg dia 07 (ap6saplicacAo) 30,88 40Media de opg dia 28 (ap6saplica~o) 33,82 23,85Media de opg dia 56 (ap6saplica~o) 42.65 3385
Figura 6 - Representa~ao grafica das medias de OPG por grupo da Fazenda 2, nodecorrer de 56 dias de experimento.
30
'060
'0.0302010
1"\.
"" .A---DiAO "'" Di328 0i.J56
Os beneficios que as anti-helminticos causam no controle de endoparasitas em
bovinos, quando usado estrategicamente, sao citados par SILVA ef a/. (1974), MELO
(1977), SMEAL ef al. (1981) e PINHEIRO ef al. (1995).
Nas coproculturas realizadas da Fazenda 1, as larvas observadas no dia 0, para
o grupo tratado com Ivermectina 3,5% fei somente 0 g~nero Haemonchus sp. E no
grupo tratado com Ivermectina 3,15% observou-se Trichostrongylus sp. eOesophagostomum sp. No dia 7 observou-se Haemonchus sp. para a grupo tratado
com Ivermectina 3,5% e Trichostrongylussp e Haemonchus sp. para 0 tratado comIvermectina 3,15%. No dia 28 observou-se 0 genera Trichostrongylus sp. para 0 grupo
tratado com Ivermectina 3,5% e Trichostrongylus sp.. Ostertagia sp. e
Oesophagostomum sp. para a grupo tratado com Ivermectina 3,15% (Tabela 5).
TabeJa 5 - Descri~aodos g~nerosdos nemat6deos, encontrados nos exames decoprocultura, no decorrer do experimento na Fazenda 1.
Fazenda 1 Ivermectina 3,5% Ivermectina 3,15%
Dia 0 Haemonchus sp. Trichostrongylus sp.;
Oesophagostomum sp.;
Dia 7 Haemonchus sp. Haemonchus sp.;
Trichostrongylus sp.
Trichostrongylus sp.-- Trichostrongylus sp.;Dia2B
Ostertagia sp.;
Oesophagostomum sp.
10
Nas coproculturas realizadas na Fazenda 2, observou-se larvas de
Trichostrongylus sp" Cooperia sp., Haemonchus sp. para 0 grupo tratado com
Ivermectina 3,15% no dia O. E Ostertagia sp. e Cooperia sp. para 0 grupo tratado com
Ivermectina 3,5% no dia D. No dia 7 observou-se Ostertagia sp. e Cooperia sp., para
ambos os grupos. No dia 28, observou-se para 0 grupe tratado com Ivermectina 3,15%
Trichostrongylus sp., Oesophagostomum sp. e Ostertagia sp. E para 0 grupe tratado
com Ivermectina 3,5% observou-se Cooperia sp., Oesophagostomum sp.,
Trichostrongylus sp. e Haemonchus sp. (Tabela 6).
o glmero Haemonchus spp, e considerado 0 mais patog~nico para os
ruminantes, devido ao seu habito hematofagico, causando irrita9ao na mucosa gastrica,
alem de grandes perdas de sangue, levando 0 animal muitas vezes a adquirir umaanemia severa (PRADHAN & JOHNSTONE, 1972).
labels 6 - DescriC;ao dos g~nerosdos nemat6deos, encontrados nos exames decoprocultura, no decorrer do experirnento na Fazenda 2.
Fazenda 2 Ivermectina 3,5% Ivermectina 3,15%
DiaD Ostertagia sp., Cooperia sp. Trichostrongylus sp.,
Cooperia sp., Haemonchus
sp.
Dia 7 Ostertagia sp., Cooperia sp. Ostertagia sp., Cooperia sp.
0;;;:28 Cooperia sp., Trichostrongylus sp.,
Oesophagostomum sp., I"","",,,,,,,ro_ ""Trichostrongylus sp., Ostertagia sp.
Haemonchus sp_ ..•
II
4 CONCLUsAo:
Pede-se concluir que a diferenca entre as dais tratamentos, em ambas as
razendas, foi muito pequena. Devern ser realizados novos experimentos, possuindo urn
grupo controle, para discutir se esta diferen(:a e estatisticamente significativa ou nao.
Nota-se que as animais da Fazenda 2, obtiveram uma ganho de peso superior aos
animais da Fazenda 1, demonstrando assim a importancia de uma manejo correto,
aliado com uma suplementac;ao mineral adequada. Pede-se afirmar que as animals da
Fazenda 2 chegaffio mais rapido ao peso ideal requerido para 0 abate.
12
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SPINOSA, H.; GORNIAK, S.; BERNARDI, M. Farmacotogia Aplicada a MedicinaVeterinaria, 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1999.
TRACY, J.W.; WEBSTER, L.T. Farmacos usados no tratamento das helmintiases. In:GOODMAN, L.S.; GILMAN, A. As Bases Farmacol6gicas da Terapeutica, 9.ed.Espanha: McGraw-Hilllnteramericana, 1996. p. 741-753.
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Faculdade de Ciimcias Biologicas e da Saude
Curso de Medicina Veterinaria
TRABALHO DE CONCLUsAo DE CURSO(ToCoCo)
Ricardo Tanck Lacerda
CuritibaMaio/2004
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Faculdade de Ciencias Biologicas e da Saude
Curso de Medicina Veterinaria
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO(T.C.C.)
CuritibaMaio/2004
ReitorProf" Luiz Guilherme Rangel Santos
Pr6-Reitor AdministrativoSr. Carlos Eduardo Rangel Santos
Pr6-Reitora Acad~micaProf" Carmen Luiza da Silva
Pr6-Reitor de PlanejamentoSr. Afonso Celso Rangel dos Santos
Pr6-Reitora de P6s-Gradua~ao, Pesquisa e ExtensaoProf" Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini
Secretiuio GeralProf" Joao Henrique Ribas de Lima
Diretor da Faculdade de Ciencias Biologicas e da SaudeProf" Joao Henrique Faryniuk
Coordenador do Curso de Medicina VeterimiriaProf" halo Minardi
Coordenador de Estilgia Curricular do Curso de Medicina VeterinliriaProf" Sergio Jose Meireles Bronze
Metodologia CientificaProf" Lucimeris Ruaro Schuta
CAMPUS TORRESAv. Comendador Franco, 1860 - Jardim BotanicoCEP 80.215-090 - Curitiba - PRFane: (41) 331-7600
APRESENTAC;AO
Este Trabalho de Conclusao de Curso (T.C.C.) apresentado ao Curso de
Medicina Veterinaria da Faculdade de Ciencias Biol6gicas e da Saude da
Universidade Tuiuti do Parana, como requisito parcial para a obten\'iio do titulo de
Medico Veterinario e compcsto de urn Relat6rio de Estagio, no qual sao descritas
as atividades realizadas durante 0 periodo de 02 de fevereiro a 16 de abril de 2004,
periodo este em que estive na empresa Alive! Quimica Industrial L1da,localizada no
municfpio de Londrina - PR cumprindo estagio curricular, e tambem de urna
Monografia que versa sabre a tema: "Avalia\'iio Comparativa de duas formula<;6es
de lvermectina"'.
Aos meus pais Manoel Jose Braga Lacerda e Maria de Fatima Tanck
Lacerda, que sempre acreditaram e me incentivaram a alcanc;ar este sonho de me tamar
Medico VeterinfJrio.
OED/CO
iv
AGRADECIMENTOS
Agradet;O primeiramente a Deus, par ter colocado pessoas maravilhosas em
minha vida e que contribuiram de certa forma para realiza9iio deste sonho.
Agradeyo aos meus familiares que sempre me apoiaram em especial minha
mae, meu pai e minha avo leda, pela forya Que sempre me deram.
Aos meus irmaos Rafael e Radolfo pelos momentos de compreensao.
Ao meu tio Carlos Tanck, pelo apoio e hospedagem em sua casa durante as
tres meses de estagio obrigatorio.
A todos as meus amigos, em especial a Aline, Fran Dias, Italiano, Katita,
Lucio, Malu, Mariana, Richely, Romano, Sabrina, Simone, Tata, Teco, Vandeco e
Waldir, pelos grandes momentos que pas.amos juntos.
Em especial ao meu amigo Rogerio Kogute pela amizade, respeito e
companheirismo.
A todos as funcionarios e alunos da Universidade Tuiuti do Parana (UTP).
A todas as pessoas da Allvet Quimica Industrial Ltda e da Farm Shopping que
me receberam e me trataram super bern, como S8 eu fosse da familia.
Em especial ao Dr. Alberto dos Santos Mendes, que em nenhum momenta
deixou de me ensinar e principal mente de me incentivar.
Ao todos as professores da UTP I pelo respeito, amizade e ensinamento. Em
especial aos professores Ambires Cecilia Machado Riella, Aurelino Menarim Junior,
!tala Minardi, Ricardo Maia, Ronalda Garotti, Sergio Bronze, Sergio Nadal, Silvana
Krychak e Welington Hartmann,
Em especial ao professor e orientador Joao Ari Gualberto Hill, pela for98 e
pelos votDS de confianca que sempre me deu.
A todos as funcionarios e estagiarios do Hospital Veterinario Unidade de
Grandes Animais (UTP).
A todas as pessoas e animais que passaram em minha vida e com certeza
contribufram muito para realizac;ao deste sonho.
v
• Comeee tudo 0 que voC<l possa fazer ou sonha poder. A ousadia
tem dentro de si geniafidade, poder e magia'
Goethe
vi
Ricardo Tanck Lacerda
RELATORIO DE ESTAGIO CURRICULAR
Relat6rio de Estagio Curricular apresentado aoCurso de Medicina Veterinaris da Faculdadede CiAncias Biol6gicas e da SaUde da Universidade Tuiutido Parana, como requisite parcial para obte~o dotitulo de Medico Veterinilrio.
Professor Orlentador: Dr. Joaa Ari Gualberto Hill
Orientador Protissional: Dr. Alberto dos Santos Mendes
CuritibaMaio/2004
SUMARIO
L1STA DE FIGURAS ...
RESUMO ...
1 INTRODUCAO ..
2 DESCRICAO DO LOCAL DO ESTAGIO .
iii
iv
3 ATIVIDADES REAUZADAS NO ESTAGIO.. 3
4 AREA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO.. 4
5 ROTINA DA INDUSTRIA DE MEDICAMENTOS VETERINARIOS.. 8
6 ROTINA DA INDUSTRIA DE NUTRICAO ANIMAL.. 12
7 ROTINA DO LABORATORIO DE ANAuSES DA FARM SHOPPING.. 14
8 ACOMPANHAMENTO DAS TECNICAS DE VENDA DA EQUIPE FARM
SHOPPING .. 18
9 ACOMPANHAMENTO DAS TECNICAS DE VENDA DA EQUIPE ALLVET... 20
10 ASPECTOS GERAIS DOS PRINCiPIOS ATIVOS UTIUZADOS NOS
EXPERIMENTOS ...
10.1 INSETICIDAS ORGANOFOSFORADOS ..
10.1.1 Clorpirif6s ..
10.1.2 Diazinon ..
10.1.3 Triclorfon ..
10.2INSETICIDAS PIRETROIDES ...
10.2.1 Cipermetrina ..
10.2.2 Flumetrina ..
10.3 METILENODIOXIFENILICOS ..
10.3.1 But6xidode Piperonila ..
10.4 SUBSTITUTOS FENOLICOS ..
10.4.1 Nitroxinil..
10.5 LACTONA MACROCICLlCA ...
10.5.1Ivermectina .
10.5.2 Abamec!ina .
11 CONCLUSAO ...
REFERE:NCIAS ..
21
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LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - ALLVET QUiMICA INDUSTRIAL LTDA... . 2
FIGURA 2 - FAZENDA EXPERIMENTAL sAo MANUEL DO TRIUNFO.. 3FIGURA 3 - PREENCHIMENTO DA SERINGA... 6
FIGURA 4 -APLlCA<;Ao DE PRODUTO INJETAVEL... 6
FIGURA 5 - APLlCA<;Ao DE PRODUTO POUR ON.. 7
FIGURA 6 - APLlCA<;Ao DE PRODUTO ORAL.... 7
FIGURA 7 - LABORAT6RI0 DE CONTROLE DE QUALIDADE. 11
FIGURA 8 - FABRICA<;Ao DE PRODUTO... 11
FIGURA 9 -INDUSTRIA DE NUTRI<;AO.... 13FIGURA 10 - SAL MINERAL LlNHA ALFF6s... 13FIGURA 11- LABORAT6RI0 FARM SHOPPING... 15FIGURA 12- TECNICA DE GORDON & WHITHLOCK (OPG)... 15FIGURA 13 - PROVA ANTiGENO ACIDIFICADO TAMPONADO (AT A). . 16FIGURA 14- TELE6GINA REALIZANDO POSTURA... 16FIGURA 15 - BIOCARRAPATICIDOGRAMA (Tratamenta testemunha, com
aplica<;iia de salu<;iia fisial6gica).. 17FIGURA 16 - BIOCARRAPATICIDOGRAMA (Tratamenta 1, com aplica<;iio de
praduto eficaz)... 17FIGURA 17- LOJA FARM SHOPPING... 19FIGURA 18 - PRODUTOS ALLVET.. . 19
iii
RESUMO
Durante a estagia tive a oportunidade de acompanhar varios setores ligados a A1lvet.Empresa esta que investe intensamente em pesquisas, desenvolvendo e testandosolu\X>es eficazes e inovadoras para a pecuaria. Realizando um estagio diferente einovador, pais nao me prendi somente em urn unico ponto, ja que 0 estagio foidividido em varias etapas. Dentre elas, realizei nove experimentos a campo, comintuito de testar diferentes principios ativos, avaliando seus comportamentos fisico-quimicos e suas respectivas eficacias. Acompanhamento nas rotinas das industriasde medicamentos veterinarios e de nutric;ao animal, assim como formulary6es dosprodutos em laborat6rio e a comercializayao final dos mesmos.
Palavras-chave: sanidade, experimentos, formula4;;oes, qualidade.
iv
1 INTRODUCAO
o estagio obrigatorio a um requisito parcial para a obtenyao do titulo de
Medico Veterinario, sendo necessaria a interaryao entre aluno e 85tagio. Aiem daobrigatoriedade, vern a ser urns importante fonte de aprendizado, pais ha variosfatores que muitas vezes nao sao relatados durante a faculdade, ou sao relatados
superficialmente devido ao grande numera de informac;:aesque devem ser passadasdurante 0 curso.
o objetivo do estagio foi conhecer um pouco mais de uma industria de
medicamentos veterinarios, sua rotina, produyao, fabrica9Bo e comercializac;ao.
Enfatizando, principal mente a area de sanidade animal e a importancia da
prevenc;ao, diferenciando urn pouco dos estagios tradicionais realizados na maioria
das vezes ns area clinica.
Nota·se que e urna area importante, vista que a setor de Saude animal
brasileiro concluiu em 2003 um faturamento de R$ 1,8 bilhao, valor 9,2% superior ao
faturamento da industria em 2002, que foi de R$1,7 bilhao (GESSULLI, 2004).
o mercado veterinario brasileiro em 2003, no setor de Saude Animal foi
composto pelas especies animais nas seguintes porcentagens: 59,5% Bovinos;
12,0% Aves; 11,5% Pets; 7,0% Suinos; 7,0% Equinos; 3,0% Ovinos e Caprinos
(Sinapse, citado per GESSULLI, 2004).
o estagio foi realizado na Allvet Quimica Industrial L1da.,empresa esta que
trabalha principalmente a sanidade animal. 0 Medico Veterinario Alberto dos Santos
Mendes, CRMV - 0929 ·S·, respons8vel tecnico da empresa, foi 0 supervisor do
8stagio.
Atualmente a empresa esta localizada na Av. Tiradentes, n° 6736, Londrina -
PR. Conta ainda com uma Industria de Nutri<;iioAnimal, localizada na Rodovia Celso
Garcia, Km 81, Camba - PR e uma loja agropecuaria a Farm Shopping, localizada
na Av. Tiradentes nO1800, Londrina - PR.
2 DESCRICAO DO LOCAL DO EsrAGIO
A industria Allvet nasceu em meados de novembro de 1993, como urna
distribuidora de produtos veterinarios para as areas de saude animal e nutrity8o.
Atuando principalmente no Estado do Parana. Em janeiro de 2001, houve aquisigao
da linha veterinaria da empresa Milenia Agro Ci€mcias SA. Comec;ando em
setembro do mesmo ano com 0 desenvolvimento, produ~o e distribuiyao de
produtos veterinarios na area de Saude Animal, especialista no controle de
Ectoparasitos e Endoparasitos, ja atuando no territ6rio nacional.
No ano de 2002, mais precisamente no mes de dezembro, ocorreu a
inauguragao da fabrica de Nutrigao Animal, com a produgao de suplementos
minerais para diversas especies de animais, enfocando principal mente a pecuaria.
No mes de maio de 2003, inicia a exportagao dos produtos na area de saude
animal, para America Latina onde os principais paises compradores sao Nicaragua,
Honduras, Equador, Paraguai e Panama. Atualmente a empresa esta em 20° lugar
no ranking do Sindicato Nacional da Industria de Produtos para Saude Animal
(SINDAN), porem a meta e estar entre as 10 primeiras ate 2007.
Figura 1 - Allvet Qulmica Industrial Ltda.
3 ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTAGIO
Esle eslagio loi realizado no periodo de 02 de levereiro a 16 de abril de 2004,
lolalizando 504 horas. Sendo dividido em 6 elapas, todas sob orienta\'ilo do Dr.
Alberto dos Sanlos Mendes.
1. Area de Pesquisa e Desenvolvimento.
2. Rotina da Industria de Medicamentos Veterinarios.
3. Rotina da Industria de Nutri\'ilo Animal.
4. Rotina do Laboratorio de analises da Farm Shopping.
5. Acompanhamento das tecnicas de vendas da equipe Farm Shopping.
6. Acompanhamento das tecnicas de vendas da equipe Alive!.
Figura 2 - Fazenda Expertmental Sio Manuel do Triunfo
4 AREA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
Durante a estagio fcram realizados nove experimentos a campo. Utilizando,
lanto as produtos comerciais da linha Allvet, como outros em fase de
desenvolvimento. Apes varios experimentos as produtos em lase de teste sao
encaminhados para a processo de registro junto ao Ministerio da Agricultura,
Pecuaria e Abastecimento (MAPA).
Estes trabalhos fcram realizados na maioria, em fazendas de pecuaristas da
regiao. Os fazendeiros cedem SUBS propriedades e animais, e a Allvet fomece os
produtos para as testes sem nenhum 6nus para a proprietario.
Alguns trabalhos sao realizados na Fazenda Experimental Sao Manuel do
Triunfo, que explora a pecuaria de corte, mais precisamente 0 melhoramento
genetico da raya NeJere. Passui uma area de aproximadamente 310 alqueires, e
esta localizada a 40 Km de Londrina. A propriedade pertence ao Sr. Jose Antonio
Fontes, proprietario da Alive!.
Todos as experimentos possuem urn protocolo proprio a ser seguido, e as
produtos sao todos identificados com 0 nOmerodo projeto e a cedigo da amostra.
Quando necessaria a realiZ8c;ao de exames laboratoriais, as amostras sao
coletadas, identificadas e encaminhadas sob refrigerayao ao laborat6rio de examesda Farm Shopping. Os resultados obtidos sao interpretados e arquivados, paraconslar como prova perante 0 MAPA.
o primeiro experimento realizado foi em uma propriedade em Sao Jer6nimo
da Serra - PR, na qual fcram coletadas amostras de fezes de aproximadamente 110
bovinos, e foram submetidas aDs exames coproparasitologicos, tecnicas de Gordon
& Whithlock (opg) e Roberts & O'Sullivan (coprocultura), verificando assim 0 nivel de
infeC9i\odos animais (pre-teste). Apes os resultados do laboraterio os animais foram
divididos em cinco lotes, sendo urn lole testemunha nao tratado (To) e qualro
tratados com diferentes produtos. Os principios ativos utilizados foram Tl -
Ivermectina 3,5%, T,-Ivermectina associada com Nitroxinil, T,-Abamectina L.A, T4-
Ivermectina 3,15%. Neste trabalho avaliamos a a<;:iiodestas formula<;:6essobre
helmintos e as larvas da mosca Dermatobia hominis (berne).
o segundo experimento foi realizado em uma fazenda ern Grandes Rios -
PR, na qual foram coletadas amostras de fezes de apnoximadamente 180 bovin~s,
que foram submetidas aos exames copnoparasitologicos, tacnicas de Gordon &
Whithlock (opg) e Roberts & O'Sullivan (coprocultura), verificando assim 0 nivel de
infe~o dos animais (pre-teste). Para avalia\'iio da eficacia sobre Heematobia
irritans (mosca do chifre), Boophilus micnoplus (carrapato) e as larvas da Dermatobia
hominis (berne) foram utilizados tres produtos diferentes, T, - base de Abamectina
LA, T, -Ivermectina 3,5% e T.- Flumetrina.
o terceiro experimento foi nealizado na Fazenda Sao Manuel do Triunfo,
utilizando um produto de aplica\'iio por sobre 0 dorso do animal (pour on), a base de
Flumetrina. Este pnoduto foi aplicado em 28 bovinos para verificar a eficacia sobne a
larva da mosca Denna/obia hominis (berne).
o quarto experirnento foi realizado em urna fazenda em Arapongas - PR,
utilizando um produto a base de Triclorfon em 23 ovinos que apnesentavam certa
resistencia a varios anti-helminticos. 0 produto foi administrado por via oral.
o quinto experimento foi realizado na Fazenda Experimental Sao Manuel do
Triunfo, verificando ° comportamento fisico-qufmico de duas diferentes forrnula9l)es
"pour on" a base de Cipermetrina. Para este experimento foram utilizados 24
bovinos.
o sexlo experimento foi nealizado na Fazenda Experimental Sao Manuel do
Triunfo, verificando 0 comportamento fisico-quimico de sete difenentes fonmular;iies
~pouron", a base de Cipermetrina e Ivermectina, em 40 bovinos.
o setimo experimento foi realizado em urna fazenda na cidade de Guaraci -
PR, utilizando quatno diferentes formular;6es 'pour on", T, - a base de Cipenmetrina;
T2 - Ciperrnetrina associada com Clorpirifos mais Butoxido de Piperonila e T3 -
Diazinon. Foram utilizados 260 bovinos para avalia\'iio de eficacia sobre Haematobia
irritans (mosca do chifre).
o oitavo experimento fai realizado em urna fazenda ern Grandes Rios - PR,
testando comparativamente duas diferentes formula¢es injetaveis para bovin~s,
uma a base de Ivermectina 3,5% e a outra a base de Ivermectina 3,15%, para 0
controle de helmintos e avaliac;ao do ganho de peso dos animais.
o nona experimento fai realizado em uma fazenda em Guaraci - PR, testando
comparativamente duas difenentes formular;iies injetaveis para bovin~s, uma a base
de Ivermectina 3,5% e a outra a base de Ivermectina 3,15%, para 0 controle de
helmintos e avaliayao do ganho de peso dos animais.Sob orienta~o do responsavel tecnico da industria de nutri~o animal, a
medico veterinario ArHdo Padilha, houve a acompanhamento de tr8s trabalhos a
campo, onde 0 primeiro trabalho foi realizado em uma Fazenda em Astorga - PR e
teve como base urn manejo reprodutivQ de 260 vacas NeJere. 0 segundo trabalho,
foi realizado em uma lazenda em Centenario do Sui - PR, onde foi avaliado 0 ganho
de peso de 500 novilhas Nelore que receberam uma formulac;:iioespecifica de sal
proteinado. 0 terceiro trabalho loi realizado na Fazenda Experimental Sao Manuel
do Triunfo, e teve como embasamento 0 programa Gene Plus da Embrapa, onde os
animais eram classificados atraves de uma avaliayao do escore corporal.
Figura 3 - Preenchimento da Seringa Figura 4 - Aplica~lo de Produto Injetbel
Figura 5 - Aplicac;Ao de Produto Pour On
Figura 6 - Aplica~Ao de Produto Oral
5 ROTINA DA INDUSTRIA DE MEDICAMENTOS VETERINARIOS
Nesta etapa do estagio, houve 0 acompanhamento na rotina da industria de
medicamentos veterinarios da Allvet, ende sao realizadas todas as tases da
industrializB.;:aodos produtos. Dentro desta industria existe urna area, que e divididaem Laboratorio de Controle de Oualidade (CO) e Laborat6rio de Pesquisa e
Desenvolvimento (P&D).
o CO passui dais quimicos e 0 P&D passui urna qufmica e urna auxiliar delaboratorio.
Durante a estagio, no Laborat6rio de Pesquisa e Desenvolvimento tai
acompanhado 0 desenvolvimento de novas formulayaes ainda em fase de testes. E
acompanhamento total na industrializac;ao dos seguintes produtos:
• Aba-Allvet L.A®: produto injetavel, a base de abamectina 10/. Longa Ac;ao,
destinado 80 controle de endoparasitas de bovinos e ovinos.
• Aba-Allvet Pour on®: endectocida "pour on", a base de abamectina 1%
destinado ao controle de parasitos internos e extemos de bovinos.
• Allcare<!!>: a base de permetrina, destinado ao controle dos principais
ectoparasitas que afetam as dies e gatos.
• BertaC®: a base de triclorfon, DDVP e violeta genciana, de uso topico, com
B9BO larvicida, bemicida, repelente e cicatrizante. Para bovin~s, ovinos,
suinos, equinos, caprinos e caes.
• Ciperallvet®: ectoparasiticida "pour on", a base de cipermetrina 6%, para
bovinos, ovines, caprinos, equinos e suinos.
• Ciclorf6s@: ectoparasiticida a base de clorpirif6s e cipermetrina, para bovinos.
Usado em pulverizac;ao.
• Ciclorfos Plus®: ectoparasiticida "pour on", a base clorpirif6s, cipermetrina e
but6xido de piperonila. Para bovines, ovinas, eqUinas, caprinos, suinos.
• Diazol 50EW®: ectoparasiticida a base de diazinon 50%, para bovin~s, ovinos
e caprinos. Usado em pulverizac;ao, aspersao e imersiio.
• GluCQvet®: estimulante injetavel, a base de calcio, f6sforo, magnesia, cafe ina
e glicose. Para bovinos, equinas, ovinos, caprinos, caes, gatos e suinos.
• Hipermec®: endectocida injetavel, a base de ivermectina 1%, para bovinos.
• Hipotac®: anti~helmrntico de usa oral, a base de triclorfon e albendazole, para
equinos.
• Tac Plus®: carrapaticida, sarnicida e piolhicida, a base de amitraz 12,5%,
para bovines. avinos, suinos e caes. Usado em pulverizayao, aspersao e
banheiros de irnersao.
• Triclorvet®: parasiticida de a980 sistemica, a base de triclorfon a 97%, para
bovinos, ovinos, suinos, equinas, caes, caprinos, coelhos eaves. Usado em
pulverizac;ao, "pour on" e oral.
Em 2002 iniciou-se a implementa<;iio do programa BPF - Boas Praticas de
Fabrica<;iio, urn "Sistema de Garantia da Qualidade" envolvendo todos os setores da
empresa, com 0 objetivo de garantir os padrees de qualidade dos produtos e
servi9Qs. Cada produto e avaliado pelo controle de qualidade em todas as etapas da
produ<;iio permitindo a rastreabilidade de cada processo, e garantindo qualidade ao
produto final. A Allvet utiliza linhas de produ<;iio especificas (cada linha de produ<;iio
e exclusiva para urn produto) de modo que nao sao gerados residues au efluentes.
Cada produto contem urn roteiro pr6prio de fabrica<;iio, organizado dentro dos
Procedimentos Operacionais Padrees (POP's), Estes roteiros sao divididos em
roteiros de fabricayao, envase, gravac;ao, rotulayao e encaixotamento, sempre
acompanhados de seus respectivos laudos de libera~ao. Tais como os laudos de
liberayao de inspeyae para formulac;ao. laude de liberayao para envase, laudo de
libera<;iio de inspe<;iio de rotula<;iio/grava<;iio.
Existem tambsm roteiros de higienizayao e limpeza, estes sao realizados
durante todo 0 processo de produ<;iio.
Os laudos anaHticos das materias-primas, dos produtos semi-acabados e dos
produtos acabados sao de responsabilidade do Controle de Qualidade e s6 sao
anexados aos produtos depois de analisados.
Os roteiros de produ<;iio e seus laudos vern sempre dentro de envelopes,
cada produto possui seu pr6prio envelope que e arquivado em local apropriado por
urn periodo de urn ano, depois do prazo de vencimento do produto,
10
Apesar da materia prima ser adquirida de empresas id6neas, 0 que ajuda a
garantir a qualidade do prod uta final, e necessaria que estas passem par urna rotina
de controle de qualidade antes de ocorrer a libera9iio para as formulac;iies dos
produtos.
A retina se baseia primeiramente no momento de chegada das materias-
primas, das quais sao coletadas amostras e encaminhadas ao Laborat6rio de
Controle de Qualidade (CQ), enquanto aguardam a libera9iio as materias-primas
ficam em quarentena. Entao, a CO aprava ou nao 0 recebimento para que ocorra a
formula9iio. Ap6s a formula9iio, ocorre nova coleta de amostras e 0 produto
formulado (semi-acabado) aguarda a libera9iio pelo CQ em quarentena. 0 CQ
aprava e libera 0 produto para que ocorra 0 enV8se, gravac;ao e rotula~o, depois do
envasamento nova analise do CQ, ocorrendo entae a liberayao para
comercializac;ao.
Os produtos fream isoJados e identificados em areas restritas para
quarentena, porem as embalagens tambem passam por um processo de
quarentena.
Para realizar a controle de qualidade 0 Laboratorio passui varios aparelhos de
ultima gera9iio entre eles pode-se citar os cromat6grafos Iiquido e gasoso para fazer
avalia9iio cromatografica. Os produtos tambem passam por avalia90es fisico-
quimicas. onde sao analisados a pH, densidade, teor de agua, concentraC;Bo e
pureza.
De cada lote formulado sao guardadas amostras em um deposito, para
facilitar identificayao de possiveis problemas, caso isso ocorra. Estas amostras ficam
guardadas por ate um ano apos data de vencimento do pnoduto.
o Laborat6rio de Pesquisa e Desenvolvimento realiza varias func;6es entre
elas:o Desenvolvimento de formulay6es "pour on", concentrado emulsionavel
(CE), emulsao em agua (EW), injetavel, suspensao concentrada, po
molhavel (PM), solu9iio t6pica, pasta.
o Desenvolvimento de embalagens.
o Teste de embalagens, ende estas sao colocadas em diversos
ambientes como, por exemplo, na estufa, geladeira, ambiente,
intemperie.
Figura 7 - Laborat6rio de Controle de Qualidade (CQ)
Figura 8 - Fabric81;io de Produto
11
12
ROTINA DA INDUSTRIA DE NUTRICAO ANIMAL
A fabrica atue na produt;ao e formulat;:Bo de sais minerais para bovinos,
oVlnos, caprinos, e equinas e passu; urn Medico Veterinario como responsavel
tecnico.
A industria funciona hoje praticamente toda automatizada, 0 que garante as
corretas formula"""s e misturas das matarias primas, todas adquiridas defornecedores idoneos.
Passui urn processador central, que vern a ser uma especie de micro
computador, no qual atraves de sen has sao realizadas as formula<;6es desejadas e
programac;ao para a produc;ao. Esta programac;ao a gerada de acordo com a
demanda.
a processador central possui um quadro esquematico das linhas de produc;ao
com luzes vermelhas em pontos do sistema (led's), que se houver algum problema,
identifica a parte afetada.
A linha AUfos conte hoje com varies minerais no mercado, entre eles:
1. Linha Branca: contem macrominerais e microminerais. Fazem parte AHfos 45;
Allfas 65; Allfas 90; AIlf6s 130;Allfas Equinos; AIlf6s Leite
2. Linha Engorda: contem macrominerais, microminerais, energiafprotelnas,
vitaminas. Fazem parte, 0 Nucleo Mineral Confinamento; Nucleo Proteico
Confinamento; Rac;aoConfinamento.
3. Linha Proteinado: contem macrominerais, microminerais, energia/protefnas.
Fazem parte Allf6s Aguas e Allfas Seca.
4. linha para cria: contem macrominerais, microminerais. Fazem parte Alltos
Bezerros; Allfas Reproduc;ao.
Todas estas formula<;iies foram cuidadosamente estudadas e submetidas a
provas de campo, antes de serem colocadas na linha comercial.
Figura 9 - Industria de NutriC;~o
Figura 10 - Sal Minerallinha Allf6s
13
14
7 ROTINA DO LABORAT6RI0 DE ANAuSES DA FARM SHOPPING
o Laborataria encontra-se lacalizada dentro da Farm Shopping e conta com
urna Medica Veterinaria como respons8vel.o abjetiva do laborataria e de prestar servi<;osaas tecnicos e aas produtares
de regi80, especialmente aos clientes da Farm Shopping. AuxHiando nos quesitos,
nutriyaa, maneja e principalmente na sanidade das prapriedades.
o labarat6ria busca prestar urn atendimento diferenciada, direcianando seus
clientes na busca por qualidade e produtividade cada vez maior. A Farm Shopping
dispanibiliza seus tecnicos especlalizadas, que trabalham a campo, facilitando 0
acessa aos serviyos que 0 Laboratorio executa e conscientizando a produtor da
importancia de exames regulares em seu rebanho, mostrando que a preven~o e a
tratamento corretc sao as melhares maneiras para evitar prejuizos na pecuaria.Os profissionais de area, como Medicos Veterinarios, Zootecnistas e
Engenheiros Agronomos, podem enviar materiais ao laboratoria, prestando urn
servilfO diferenciado aos seus clientes.Entre as principais exames realizados no laborat6rio 85t8.0:
• Caproparasitol6gicos: Tecnica de Gordon & Whithlock (OPG) (UENO &
GUTIERRES, 1983) entre outras.
• Coprocultura: Tecnica de Roberts & O'Sullivan (UENO & GUTIERRES,
1983).
• Biocarrapaticidograma
• Brucelose: Prova rapida - Antigena Acidificado Tamponada (ATA) e Prova
lenta - 2-mercapto etanol.
o laborat6ria possui ainda conv~nios com institui9iies e laboratarias
especializados, enviando assim amostras para realizayao de exames especfficos.
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Figura 11 - Laborat6rio Farm Shopping
Figura 12 - T6cnica de Gordon e Whithlock (OPG)
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Figura 13 - Prova Antigeno Acidiflcado Tampono.do (ATA)
Figura 14 - Tele6gina realizando postura
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Figura 15- Biocarrapaticidograma (Tratamento tostemunha. com aplicacAo de solugaofisioI6gica).
Figura 16 - Biocarrapaticidograma (Tr~tamento 1, com aplic.ac;40 do produto eficaz).
11
8 ACOMPANHAMENTO DAS TECNICAS DE VENDA DA EQUIPE FARM
SHOPPING
Nesta etapa do estagio, tentou-se preencher urn espa\X) que naD €I multo
discutido durante a Faculdade, ja que muitas vezes a propna laculdade e 0 aluno
direcionam-se para a area clfnica.
A Farm Shopping e uma loja que trabalha com diversos produtos veterinanos,
trabalhando com varios laboratonos, mas dando prioridade aos produtos da Allvet.
Hoje a Farm Shopping, passui tres vendedores internos, que permanecem na
loja por tempo integral realizando as vendas. As vezes acompanham as tecnicos em
alguns trabalhos a campo, quando realizados nas lazendas de seus respectivos
clientes.
Passui ainda como gerente de loja urn Engenheiro Agranomo, que ah~mda
parte administrative, realiza muitas visitas a campo para dar assist~ncia tecnica aos
clientes da loja.
Durante esta etapa, foi passivel avaliar as tecnicas dos vendedores, notanda
que cada urn passui urna maneira propria para abordar 0 clienta, negociar prec;o e
principalmente lechar a venda do produto.
Nota-se que para realizar uma venda, 0 conhecimento do produto e
fundamental, alam, e claro, de simpatia, carisma e born atendimento.
Como a Farm Shopping, trabalha com vanos laboratonos, foi possivel assistir
palestras tecnicas das empresas Allvet, Multipec, Novartis, Schering-Plough Coopers
eVetnil.
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Figura 17 - loja. Farm Shopping
Figura 18 - Produtoa AUvet
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9 ACOMPANHAMENTO DAS TECNICAS DE VENDA DA EQUIPE ALLVET
Diferente do trabalho realizado na Farm Shopping em que os clientes vem ate
a loja, a equipe da Allvet vai ate 0 comprador, sendo ele uma cooperativa, loja
agropecuaria au ate mesma 0 consumidor final.
Durante urna semana acompanhei urn zootecnista, cuja funty80 €I a de
vended or. Houve visita a varias cooperativas e lojas agropecuarias compradoras de
produtos Allvet no Parana, onde estao descritas abaixo:
• Cooperativa Nova produtiva - Astorga.
• Cooperativa Corol- Jaguapitii, Alvorada do Sui, 1° de Maio, Rolandia.
• Cooperativa Cofereatu - Porecatu.
• Cooperativa Colari - Rio Bom, Mandaguari, Roneador.
• Cooperativ8 Coca mar - Apucarana. Cianorte, Umuarama, Maringa.
• Cooperativa Coamo - Ireta rna, Roncador, Campo Mourao.
• Loja Agrocampo - Apuearana.
• Agropecuaria Pastoraio - Umuarama.
• Agropecuaria Alianya - Umuarama.
• Agropecuaria Campo Born- Umuarama.
• Agropecuaria Agroterra - Cruzeiro do Oeste.
• Frigorifico Astra - Cruzeiro do Oeste.
• Fazenda Tras Irmaos - Nova Olfmpia.
Durante as visitas, os compradores eram questionados a respeito do
comportamento dos produtos. E se estavam contentes com os mesmas, nesta
mesma oportunidade era realizada a tentativa de fechar alguma venda.
Houve tamoom acompanhamento de urn promotor tocnico da Allvet um
Engenheiro Agronomo, durante uma semana na cidade de Presidente Prudente -
SP, onde foram realizadas visitas tecnicas aos principais pecuaristas da regiao.
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10 ASPECTOS GERAIS DOS PRINCiPIOS ATIVOS UTILIZADOS NOS
EXPERIMENTOS
10.1 INSETICIDAS ORGANOFOSFORADOS
Sao compostos carbonados alifaticos, ciclicos au esteres fosfatosheterociclicos. Estes inseticidas tern urn usa frequente em frutas, graosarmazenados, solo, estruturas e animais, com 0 intuito de prevenir e tratar
infesta,oes por insetos ou nemat6deos. Como sao degradados pela luz solar e por
microorganismos do solo, estes inseticidas possuem urn peri ado residual curto no
meio ambiente. Sua degradar;ao e mais rapida em solo alealino, pOis ocorre hidr6lise
da liga<;3oester (OSWEILER, 1998).
No organismo animal a absoryiio pode ocorrer por todo organismo, adistribui'Y80 e rapida, porem nao S8 acumulam em tecido adiposo. Sua excreyao erapida, sendo eliminado quase que completamente, e geralmente nas primeiras 48
horas (LARINI, 1999).
Estes inseticidas inibem competitivamente a acetilcolinesterase (AChE) e
Qutras colinesterases. A aceticolina (ACh), e urn neurotransmissor liberado nas
sinapses das jung6es neuromusculares, e mediador da transmiss80 fisiol6gica dos
impulsos nervosos dos neur6nios pre para as p6s-ganglionares dos sistemas
nervosos parassimpatico e simpatico; das fibras p6s-ganglionares parassimpEiticas a
6rgaos efetores e fibras simpaticas a glandulas sudoriparas; dos nervos motores aos
museu los esqueleticos. A AChE nos terminais nervosos colinergicos e nas juncyoes
neuromuseulares hidrolisa rapidamente a ACh para controlar 0 nivel e a durayao da
transmissao sinaptica. Sem a AChE, a ACh acumula-se e causa atividade
neurotransmissora sinaptica excessiva no sistema nervoso parassimpatico
(colinergico) enos sitios neuromusculares (nicotinicos) (OSWEILER, 1998).
10.1.1 Clorpirilos: (Organolosforado)
Nomequimico: dietil 0-(3,5,6-tricloro-2-piridil) loslorotioato.
Propriedades: sao mais lipossoluveis, persistindo assim as reslduos par mais tempo
quando comparados com outros organoloslorados (BOOTH & MCDONALD, 1992).
Sua atividade farmacol6gica e como inseticida e ectoparasiticida, de usc extemo.
10.1.2 Diazinon: (Organoloslorado)
Nome quimico: acido loslorotioico O,O-dietil 0-[6-metil-2-(1-metiletil)-4-pirimidinil]
ester.
Propriedades: Atua como os outros organoloslorados, atraves da inibiyiio da
colinesterase. Antiparasitario extemo. Indicado principalmente para 0 controle e
tratamento de inlestayijes pcr Heemetobie irritens (mosca do chilre).
10.1.3 Triclorfon: (Organolosforado)
Nome quimico: 0,0-dimetil2,2,2-tricloro-1 hidroxietillosfonato.
Propriedades: Substancia sOlida de cor branca ou ligeiramente amarelada, utilizada
como inseticida e pesticida para as plantas e para as animais, usado tambem como
anti-helmfntico para as animais.
10.2INSETICIDAS PIRETROIDES
Sao inseticidas sinteticos, comumente usados para 0 controle e combate de
pragas na agricultura, nos animais e nas instalayoes. Possuem estrutura e ac;.ao
semelhantes as piretrinas. As piretrinas sao inseticidas naturais produzidos a partir
de extratos de flores piretro do genero Chrysanthemum.
Os piretr6ides silo classificados em:
• Tipc 1 = que nao contem estrutura alIa-ciano.
• Tipo 2 = que contem a estrutura alfa-ciano.
Sao lipcfilicas e rapidamente absorvidas por via oral, derme ou pulmoes. As
esterases plasmaticas e hepaticas hidrolizam rapidamente a ligayao ester do
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inseticida acelerando 0 processo de biotransforrna,ao, deixando 0 inseticida menos
toxico. Os metabolitos sao conjugados com glicina, Beido glicur6nico e sulfatos e
excretados na urina (OSWEILER, 1998).
Atuam nos canais de sOdio da membrana de axanios, diminuindo eretardando a condutaneia de sodio para 0 interior e suprimindo 0 efluxo de potassio,
podendo tambem inibir a adenosina trifosfatase (ATPase), 0 que pode afetar a
condu,ao de cations na membrana axonal. 0 resuJtado final e uma diminui,ao do
potencial de a,ao e a gera,ao de impulsos nervosos repetitivos (OSWEILER, 1998).
Ao contra rio dos mamfferos, as organismos aquaticos sao extremamentesensiveis aos piretr6ides (KHAN, 1983). A toxicidade dos piretr6ides e bastante
baixa, quando comparada a Qutros ectoparasiticidas.
10.2.1 Cipermetrina: (Piretr6ide)
Nome quimico: 3-(2,2-dieloroetenil)-2,2-dimetileiclopropanocarboxilico Bcido ciano
(3-fenoxifenil) metil ester
Propriedades: piretroide do tipo 2, sua estrutura quimica contem urn anel
ciclopropano, admitindo a existlmeia de is6meros geometricos (cis e trans) e opticos
(1R e 1S). Eo utilizada de modo geral, no combate de ectoparasitas, principalmente
artropodes, atua por contato e ingestao. Sendo geralmente apresentada em
formula~es isoladas QUem associB¢es com Qutros agentes, como par exemplo, asorganoloslorados (LARINI, 1999).
10.2.2 Flumetrina: (Piretroide)
Nome quimico: cis,trans-3-(B-4-dicloroestiril)-2,2-dimetil eiclopropancarboxilato de -
ciano-4-fluoro-3-fenoxibencilo
Propriedades: piretr6ide do tipo 2, utilizado no combate de ectoperasitos.
10.3 METILENODIOXIFENlucos:
Inibe 0 sistema oxigenase nos microssomas dos insetos e em mamlferos,
impedindo a rapida biotransfonmacao dos piretraides, aumentando seu tempo de
meia vida no organismo animal, denominado de urn sinergista para as piretr6ides
(LARINI, 1999).
10.3.1 Butaxido de Piperonila: (Metilenodioxifenilicos)
Nome quimico: 2-(2-butoxietoxi)-etoxi-4.5-metilenodioxi-2-propiltoluen0
Propriedades: Ii um sinergista, confenndo maior acao aos piretr6ides. Devido a
inibicao do citocromo P450, este citocromo possui uma funcao especifica nos
processos de biotransforma9~0 (KlAASSEN, 1996).
10.4 SUBSTITUTOS FENOUCOS:
Sao conhecidos ha muito tempo como anti-helminticos, sendo utilizados
pnncipalmente no controle de infec9iies por trematadeos, cestooeos e nematooeos.
Interferem no metabolismo respiratario dos helmintos, bloqueando a produciio
de energia por inibicao da fosforilacao oxidativa mitocondrial. Impedindo 0
aproveitamento das rea¢es de oxirreducao para producao de adenosina trifostato
(ATP), sando que a energia Ii perdida sob fonma de calor. Apes 0 esgotamento de
suas reservas energeticas, os parasitos morrem por inanicao (SPINOSA et a/ ..
1999).
10.4.1 Nitroxinil: (Substitutos Fenalicos)
Nome quimico: 4-hidroxi-3-iodo-5 nitrobenzonitrila
Propriedades: Aplicado por via parenteral pnncipalmenle, pois sua biotransformacao
par microorganismos no rumen reduz sua eficacia. Tern metabolismo hepatica e
25
excr~o renal. Atua principalmente contra formas adultas de Fasciola sp., em
menor grau contra formas imaturas (SPINOSA at a/., 1999).
10.5 LACTONA MACROcicLiCA
As avermectinas pertencem a urn grupo de anti-helminticos quimicamente
relacionados. S§o drogas destinadas ao controle da maioria dos nemat6ides
gastrointestinais e pulmonares, porem nao possuem a~o sobre ovos, tenias e
fasciolas, ajudando tamoom no controle de ectoparasitas. Essas drogas se
armazenam nas gorduras e figado, permanecendo no organismo de 20 a 40 dias,
combatendo durante esse periodo, as novas larvas que apar~m. As avermectinas
sao: a Ivermectina, a Abamectina e a Ooramectina. Essas drogas sao produzidas a
partir de um fungo, 0 Streptomyces avermitilis, atraves do processo de fermenta..ao,
isolando-se os metab6lilos. Nao apresenlam atividade sobre cestooeos e
trematOdeos, provavelmente par nao ser 0 aeida gama-aminobutirico 0 principal
neurotransmissor para estes helmintos. Agem como antagonista do
neurotransmissor aeido gama-aminobuHrico, deslocando-o ou inibindo-o na
transmissao neurossinaptica do sistema nervoso central; como efeito, ha paralisa~o
do sistema nervoso do parasita e sua morte (SPINOSA at a/., 1999).
10.5.1 Ivermectina: (Lactona Macrociclica)
Nome quimico: 22,23-diidroavermectina B1a (>80%) e 22,23-diidroavermectina B1b
(<20%).
Propriedades: e uma lactona macrociclica semi-sintetica, sua biotransforma~o
ocorre no figado, resultando em tres metab6litos. A excr~o ocorre nas fezes (cerca
de 98%), urina e leite. Nao passui a capacidade de atravessar a barreira
hematoencetalica. Os caes, em particular da ra9B Collie, sao especialmente
vulneraveis a ivermectina (CAMPBELL & BENZ, 1984).
10.5.2Abamectina: (Lactona Macrociclica)
Nome quimico: avermectina B1a (>80%) e avermectina B1b (<20%).
Propriedades: Sua biotransforma91io ocorre no rumen e aproximadamente 98% eexcretada na forma original nas fezes. (SPINOSA et a/., 1999). Tem a capacidade de
atravessar a barreira hematoencetaiica, devido sua alta permeabilidade. Nao
devendo ser administrado em animais com menos de 4 meses de idade
(CAMPBELL, 1989).
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11 CONCLUSAO
o estagio obrigat6rio a uma etapa onde 0 aluno tem a oporlunidade de
adquirir muitos conhecimentos, alam e claro de colocar em pratica os conhecimentos
adquiridos durante a faculdade. Par issa a importancia de sar realizado urn estagio
sario, em uma area que tenha afinidade. Este estagio foi muito proveitoso, pois
dentro das varias eta pas realizadas na empresa, adquiri muitos conhecimentos,
ligados a industrializa9i'iode produtos, testes experimentais a campo, exames
laboratoriais e tecnicas de venda. Notanda a importancia da sanidade e nutriyao
animal em fazendas, buscando sempre 0 bem estar dos animais econsequentemente 0 melhor rendimento destes para os pecuaristas.
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REFERENCIAS
BOOTH, N.H; MCDONALD, L.E. Farmacologia e Teraptlutica em Veterinaria. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1992.
CAMPBELL.C.W. Ivermectin and abamectin. New York: Springer Verlag. 1989.
CAMPBELL, W.C.. BENZ, G.W. Ivermectin: a review of efficacy and safety. Journalof Veterinary Pharmacology and Therapeutic, Oxford, v. 7, p. 1-16, 1984.
FRASER. C.M. Manual Merck de Veterinaria, 7. ed. Sao Paulo: Roca. 1997
GESSULLI. O.N. 2003 foi estavel. Anuario da Suinocultura, Porto Feliz, ano. 26ed.175. pAO-41, janeiro 2004.
KHAN, N.Y. An assessment of the hazard of synthetic pyrethroid insecticides to fishand fish habitat. Pesticide Chemistry: Human Welfare and the Environment,Oxford, v. 3, P 115-121.1983.
KLAASSEN, C.D. Agentes toxicos ambientais nao metalicos. In: GOODMAN, LS;GILMAN. A. As Bases Farmacologicas da Terapeutica. Espanha: McGraw-HiliInteramericana. 9. ed. 1996. p.1240-1255.
LARINI. L Toxicologia dos Praguicidas, 1. ed. Sao Paulo: Manole. 1999.
LARINI. L. Toxicologia, 3. ed. Sao Paulo: Manole. 1997.
OSWEILER, G.D. Toxicologia Veterinaria. Porto Alegre: Artes Medicas. 1998.
SPINOSA. H.; GORNIAK, S.; BERNARDI. M. Farmacologia Aplicada a MedicinaVeterinaria. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1999.
UENO, H.; GUTIERRES, V.C. Manual para diagn6stico das helmintoses deruminantes, Japan International Cooperation Agency.1983.
URQUHART. G.M. at af. Parasitologia Veterimlria. 2.ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 1998.