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Richard Hamilton Metodologia 1ª PARTE As Técnicas A Colagem antes da Arte A Colagem O Papier Collé A Assemblagem A Fotomontagem A Fotografia Nery

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Richard Hamilton

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Metodologia

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1ª PARTE

As Técnicas

A Colagem antes da Arte

A Colagem

O Papier Collé

A Assemblagem

A Fotomontagem

A Fotografia

Nery

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2ª PARTE

A Evolução

da PinturaO Naturalismo

O Realismo

O Impressionismo

O Pós-Impressionismo

O Modernismo

O Fauvismo

Nery

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3ª PARTE

A Colagem e a Arte do Século

XXO Cubismo

Os inventores da Colagem

Colagem no Cubismo

A Colagem no Futurismo

A Colagem na Vanguarda Russa

A Colagem no Dadaísmo

A Colagem no Surrealismo

Matisse e os Guaches Recortados

A Colagem no Modernismo Português

Nery

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APRESENTAÇÃO

Como surge e é utilizada a colagem na arte moderna da primeira metade

do século XX?

O discorrer desta questão, fundamento deste estudo, leva à necessidade

de contextualizar temporal e factualmente esta técnica expressiva, tão

peculiar como fulcral ao desenvolvimento da arte do século XX.

O trabalho inicia-se, discernindo as diversas técnicas afectas à colagem,

como a colagem propriamente dita, o papier collé ou papeis colados, a

fotocolagem e fotomontagem, a assemblagem, e ainda a fotografia.

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Jiri Kolär

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Antes de mostrar a sua utilização nas principais vanguardas e

movimentos artísticos, procura demonstrar-se que a colagem, como

técnica transgressiva, só é possível a partir da libertação do génio criativo

e da evolução pictórica que a invenção e fulgurante implementação da

fotografia proporcionou.

Surge assim, a caracterização formal e técnica das correntes artísticas

coniventes com o alvor da fotografia.

Ao soltarem o artista da rigidez clássica e figurativa professada pelo

academismo, correntes artísticas como o Naturalismo, o Realismo e o

Impressionismo, promovem um novo entendimento da técnica e da

temática pictórica, originando os pressupostos da arte moderna.

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O caminho da arte moderna e da colagem, está agora traçado, mas é

com os Pós-Impressionistas, sobretudo Paul Gauguin (1848-1903),

Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Cézanne (1839-1906), que este

percurso fica definido.

A solidez e vanguardismo das propostas estéticas destes autores são

verdadeiramente o princípio nuclear e afirmação de uma pintura

profundamente inovadora que culmina na radicalidade cubista e

consequente nascimento da colagem.

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As origens das vanguardas

estão intimamente ligadas às

alterações sociais e às

movimentações artísticas dos

finais do século XIX.

A Van Gogh atribui-se a procura

da subjectividade e do

humanismo na construção da sua

obra, que elege a cor em

detrimento da forma e que aplica

com uma textura espessa,

corpórea, espatulada com o fito

de transmitir as emoções

presentes no seu mundo

metafórico, utópico e

atormentado, a anunciar o alvor

do expressionismo.

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Gauguin, prefere representar o mundo não pela aparência física e

superficial mas pelas realidades internas, menos tangíveis e assim, explorar

novas associações simbólicas com a cor e a linha, sobrevaloriza as ideias e

despreza o Naturalismo; a sua obra encontra-se em proximidade com o

Simbolismo e, de certa maneira, com o carácter primitivo do Fauvismo.

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Cézanne, cuja principal

característica é dada pelo destaque

que atribuiu ao geometrismo das

formas da natureza e ao uso

disciplinado da cor que aplica de

uma forma simples mas bem

determinada, anuncia-se, assim,

como percursor do cubismo.

Para além de Cézanne, Van Gogh

e Gauguin, muitos outros pintores

ajudaram a definir o Modernismo.

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Antes de mostrar a sua utilização nas principais vanguardas e

movimentos artísticos,procura demonstrar-se que a colagem, como

técnica transgressiva, só é possível a partir da libertação do génio criativo

e da evolução pictórica que a invenção e fulgurante implementação da

fotografia proporcionou. Surge assim, a caracterização formal e técnica

das correntes artísticas coniventes com o alvor da fotografia. Ao soltarem

o artista da rigidez clássica e figurativa professada pelo academismo,

correntes artísticas como o Naturalismo, o Realismo e o Impressionismo,

promovem um novo entendimento da técnica e da temática pictórica,

originando os pressupostos da arte moderna.

Richard Hamilton

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A colagem surge no espaço pictórico cubista pela necessidade de

retorno à realidade figurativa após a excessiva fragmentação do

objecto, posta em prática por Georges Braque (1882-1963) e Pablo

Picasso (1881-1973).

A utilização da colagem como técnica expressiva, atribui-se ao

trabalho conjunto destes intrépidos artistas que ousaram e souberam

revolucionar a pintura, como já não acontecia desde a introdução das

regras da perspectiva na arte do Renascimento.

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Quando começa a arte moderna

na Europa? Com o início do novo

século? Em 1907, com as

Meninas de Avignon de Picasso?

Ou talvez com a primeira

exposição de Cézanne no Salão

de Outono, em 1907? Como em

qualquer outra actividade que diz

respeito à expressividade do

homem, também aqui é difícil

estabelecer categoricamente o

nascimento e o final dos

acontecimentos artísticos precisar

datas e definir os limites, mesmo

os territoriais.

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É precisamente o que a colagem oferece ao quadro cubista, ao acentuar

a bidimensionalidade, cria um espaço objectual e não perspectivo.

A partir do Cubismo, a colagem posiciona-se nas diferentes vanguardas

como uma técnica pictórica essencial, característica e definidora.

A colagem, ao assumir-se como técnica inovadora, impõe uma nova

estética, que augura uma inédita liberdade criativa, pois, para além da

inclusão de materiais vulgares, banais, em princípio desvalorizados e

alheios à pintura, também a introdução de técnicas processuais

condizentes, acabam por ter o mesmo protagonismo que o resultado final:

o processo é equivalente em significado ao resultado final.

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O Futurismo utiliza a colagem, acrescentando-lhe conteúdo na forma de

movimento e energia.

O Dadaísmo elege-a como princípio basilar de ruptura e transgressão.

O Construtivismo alia-a à mensagem tipográfica, transformando-a num

poderoso meio de comunicação.

O Surrealismo vê nela a possibilidade real de concretizar o irreal.

Estes cinco movimentos são deveras o objecto de estudo pois, para além

de definirem as premissas de toda a arte moderna, é dentro deles que a

colagem se autonomiza.

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Desde o começo da Era Moderna,

o mundo ocidental - e também,

cada vez mais, o mundo

não----------ocidental - tem

enfrentado problemas

essencialmente idênticos em toda a

parte, e as tradições artísticas

locais foram cedendo

continuamente o lugar a tendências

de carácter internacional.

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podemos distinguir três correntes principais, qualquer delas incluindo um

certo número de ismos que começaram entre os Pós-Impressionistas e

alcançaram largo desenvolvimento no nosso século: a da Expressão, a

da Abstracção e a do Fantástico.

A primeira acentua a atitude emocional do artista em relação a si próprio

e ao mundo; a tónica da segunda é a estrutura formal da obra de arte; a

terceira explora o reino da imaginação, em especial os seus traços

espontâneos e irracionais. Todavia, não devemos esquecer que

sentimento, ordem e imaginação estão presentes em qualquer obra de

arte: sem imaginação, ficaria mortalmente enfadonha; sem um mínimo de

ordem, seria caótica; e sem sentimento deixar-nos-ia indiferentes.

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Estas correntes, não se excluem entre si, antes se interrelacionam de

tantos modos que a obra de muitos artistas pode integrar-se em duas ou

mais. Além disso, cada uma abarca vasta gama de concepções desde

as realistas às totalmente não-figurativas (ou não-objectivas).

São três correntes que não correspondem a estilos determinados,

mas a atitudes gerais do espírito. A primeira preocupação do

expressionista é a comunidade humana; a do abstraccionista, a

estrutura da realidade; e a do artista da fantasia, o labirinto da mente

individual. Além disso, encontraremos também o Modernismo, um

conceito próprio do século xx, embora tenha raízes no Romantismo.

Para o artista é um toque de alvorada que proclama a sua liberdade

de criar num estilo novo e lhe confere a missão de definir o sentido

dos tempos – e mesmo de transformar a sociedade com a sua arte.