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Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - DADOS DEMOGRÁFICOS

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Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - DADOS DEMOGRÁFICOS

Dados Demográficos 04

Características Gerais dos Domicílios 16

Serviços básicos nos Domicílios 22

Rendimentos dos Domicílios 30

Renda e Trabalho 34

Economia e Orçamento 53

Estatísticas Vitais 57

Saúde 67

Educação 74

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Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - DADOS DEMOGRÁFICOS

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Diadema é um dos 39 municípios pertencentes à Região Metropolitana de São Paulo, e integra o Grande ABC junto com Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. De acordo com dados do Censo Demográfico do IBGE de 2010, o município possuía 30,84 Km² e 386.089 habitantes, apresentando a segunda maior densidade populacional do Brasil, com 12.519,1 hab/Km². Em 2009, obteve o 3º maior PIB do Grande ABC, 13º do Estado e o 44º do País, com R$ 9.969.819.000.

A cidade, cujo relevo é caracterizado pela formação de pequenas colinas e poucas áreas planas, até a década de 40 era constituída por quatro povoados ainda pertencentes a São Bernardo do Campo (Piraporinha, Eldorado, Taboão e Vila Conceição). Em 1947 é inaugurada a Rodovia Anchieta, dando início ao processo de industrialização da região. É neste contexto que Diadema em 1948 torna-se distrito e, em 1959, é elevada à categoria de município.

Em vista da expansão econômico-industrial, a cidade passa a receber a partir da década de 60 um grande afluxo migratório – de 12.308 moradores em 1960 (segundo Censo IBGE), passa a contar com 228.660 em 1980, aproximadamente 18 vezes sua população inicial. O crescimento desordenado e rápido do município cria uma série de demandas em infraestrutura urbana e serviços públicos.

É nesse ínterim que, a partir da década de 1980, a Prefeitura passa a implantar uma série de melhorias, como urbanização das favelas e implantação de serviços básicos, tais como acesso à energia elétrica, esgotamento sanitário e asfaltamento. Hoje, Diadema é referência no desenvolvimento de políticas públicas, com destaque para habitação, segurança pública e saúde, além de garantir mecanismos de fomentação da participação popular, como a adoção do Orçamento Participativo.

Com o intuito de retratar o perfil socioeconômico de Diadema, o presente Sumário de Dados reúne uma série de dados, indicadores e informações que expressam os avanços e desafios vivenciados pelo município na última década. Os dados foram coletados tendo como base principalmente o Censo Demográfico de 2010 do IBGE, além de outros institutos de pesquisa e órgãos públicos (Fundação Seade, DataSUS, MTE etc.). O material foi produzido pelo Observatório de Políticas Públicas, Econômico e Social (OPPES), órgão da Prefeitura de Diadema em fase de implantação. O objetivo é a compilação de dados e informações municipais capazes de auxiliar os gestores públicos e cidadãos em geral em sua busca por melhoria dos serviços prestados pelo poder público local.

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Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - DADOS DEMOGRÁFICOS

Diadema é o quarto município mais populoso do Grande ABC. Entre 2000 e 2010, sua população cresceu de 357.064 para 386.089 (8,13% de aumento), o que representa uma taxa de crescimento médio anual de 0,78%, abaixo das taxas nacional e estadual. Em comparação com os municípios da região, Diadema, em termos de crescimento populacional, ficou apenas acima de São Caetano do Sul e Santo André (gráfico 1.1). Comparando o número de habitantes entre 1991-2000 e 2000-2010, verifica-se que Diadema se encontra em processo de desaceleração da taxa anual média de crescimento populacional (gráfico 1.2).

No município Taboão é o bairro mais populoso, com 48.640, seguido de Conceição (47.143), Centro (42.867) e Eldorado (42.637). Em termos de crescimento, Conceição foi o bairro com a maior taxa, com média anual de 2,15%; em seguida, vêm Piraporinha (1,32%) e Serraria (1,24%). Em contraposição, Centro, Vila Nogueira e Inamar foram bairros que apresentaram declínio de sua população. Entre 2000 e 2010, o primeiro passou de 32.254 para 31.141, (-0,65%), a maior redução entre os bairros (gráfico 1.3).

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Diadema é a segunda menor cidade da região, com 30,84 Km² de área, treze vezes menor que São Bernardo do Campo (gráfico 1.4). Entretanto, possui densidade populacional 6,7 vezes maior que a deste município. É a maior densidade do Grande ABC e a segunda do País, com 12.519,1 habitantes por Km², perdendo apenas para São João do Meriti (RJ) (gráfico 1.5).

Em relação aos bairros, Taboão não apenas possuía a maior população como também a maior densidade demográfica, com 21.101,95 habitantes por Km². Em seguida vêm Inamar, Vila Nogueira e Conceição, respectivamente, com 17.957,32, 17.673,67 e 16.475,24 hab./Km² (gráfico 1.7). Eldorado possui a maior área e a menor densidade demográfica pois é onde que se localiza a Represa Billings e áreas de preservação ambiental.

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As mulheres são maioria no Brasil, no estado de São Paulo e no Grande ABC. De 2000 para 2010, em todos estes, houve aumento da proporção da população feminina. Em Diadema, elas correspondiam a 50,96% em 2000, passando para 51,62% em 2010 (gráfico 1.8). A taxa de crescimento média anual de mulheres foi maior em relação à dos homens (0,91%, contra 0,65% da população masculina).

Nos bairros, de 2000 a 2010, verifica-se também o predomínio do público feminino, com maior proporção no Centro (52,76%) (gráfico 1.9).

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Comparando-se a pirâmide etária de 2010 com a de 2000, observa-se o estreitamento da base e o alargamento do topo, o que indica uma diminuição do público jovem e o aumento da população idosa. Esses dados apontam para a tendência de envelhecimento da população de Diadema, devido à redução nas taxas de natalidade e fecundidade. É possível ainda constatar que, a partir da faixa etária entre 15 a 19 anos, as mulheres passam a ser maioria, chegando a 60,57% da população com 70 anos ou mais de idade (gráfico 1.10).

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Entre 2000 e 2010, no país, estado e região, houve diminuição da proporção de crianças em relação à população total. Diadema, neste período e para esta faixa etária, registrou taxa média de crescimento anual de -1,08%. Mesmo assim, possuía o segundo maior percentual de crianças do Grande ABC, com 18,67%, perdendo apenas para Rio Grande da Serra (19,45%) (gráfico 1.11).

Os bairros com maior proporção de crianças em 2010 foram Serraria (20,37%), Eldorado (19,91%) e Inamar (19,66%). Quanto à taxa de crescimento médio anual, os maiores decréscimos foram em Inamar (-3,22%), seguido de Vila Nogueira (-3,02%) e Centro (-2,39%) (gráfico 1.12).

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Em relação ao Brasil, estado de São Paulo e região do ABC, São Caetano do Sul possuía em 2010 o maior percentual de população idosa, com 19,11%. Contudo, Rio Grande da Serra, Mauá e Ribeirão Pires apresentaram as maiores taxas de crescimento médio anual, respectivamente, 5,62%, 5,34% e 5,04%. Diadema era detentora da menor proporção de idosos (7,74%), ficando atrás inclusive dos percentuais do País (10,79%) e do estado (11,56%), apesar da taxa de crescimento médio anual ser elevada (4,99%) (gráfico 1.13).

Em relação aos bairros, em 2010, o Centro detinha a maior concentração percentual de idosos, com 11,36%, embora seja Conceição o bairro que apresente a maior taxa de crescimento médio anual para esta faixa etária, com 7,03%, seguido de Serraria (6,13%) e Canhema (5,82%) (gráfico 1.14).

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O sexo feminino é minoria entre a população infantil e maioria entre a idosa, fenômeno verificado em nível nacional, estadual e regional. Em 2010, 49,37% da população infantil de Diadema era formada pelo público feminino, enquanto que, na população idosa, esta representava 57,11% (gráfico 1.15). O maior percentual de mulheres com 60 anos ou mais se concentrava no bairro Centro (59,56%) (gráfico 1.16).

A razão entre os sexos é influenciada pela migração e taxas de mortalidade diferenciadas por sexo e idade (OPAS, 2008), tema que será melhor estudado no Capítulo “Estatísticas Vitais”.

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Em São Caetano, Santo André e São Bernardo predominava a população branca (respectivamente, 85,39%, 71,24% e 64,43%). Em Diadema, por sua vez, verifica-se o equilíbrio entre a população branca e não-branca (49,22% contra 49,69%) (gráfico 1.17).

Nos bairros de Diadema, o maior percentual da população que se autodeclarou de cor preta residia no Campanário, com 10,80%, seguido de Taboão (9,04%) e Inamar (8,4%). Somando-se a população parda e preta, os maiores percentuais encontram-se em Inamar (56,41%), Campanário (55,03%) e Eldorado (54,55%) (gráfico 1.19).

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A população residente em Diadema é formada, em sua maioria, por pessoas não naturais do município. Em 2010, do número total de habitantes da cidade, 129.424 nasceram em outro estado e 80.223 em outros municípios de São Paulo (gráfico 1.20).

Em relação ao tempo de residência (gráfico 1.21), a maioria das pessoas não naturais de Diadema morava no município há pelo menos 10 anos. Cruzando esses dados com os de saldo migratório (gráfico 1.22), observa-se a perspectiva de estabilização da população uma vez que, ao contrário das décadas passadas, o município apresenta quadro de reversão do fluxo migratório.

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Para mensurar a existência de pessoas com deficiência, em 2010 o IBGE categorizou as deficiências visual, auditiva e motora em “alguma dificuldade”, “grande dificuldade” e “não consegue de modo algum”, mesmo que se faça uso, respectivamente, de óculos, aparelho auditivo e prótese, bengala ou outro aparelho auxiliar. Além dessas três deficiências, também foi abordada a mental/intelectual. De acordo com o Censo, 24,09% (92.995) dos moradores de Diadema possuíam alguma deficiência, sendo que a maioria destes apresentaram deficiência visual (76.373, ou19,78% da população total) (gráfico 1.23).

A maioria do público com deficiência visual, auditiva e motora se concentrava na categoria alguma dificuldade (respectivamente, 84,61%, 79,16% e 70,5%). A motora obteve o maior percentual dos que possuíam deficiência de natureza severa (referentes às categorias “grande dificuldade” ou “não consegue de modo algum”) com 29,5% (gráfico 1.24).

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Em Diadema, cresceu o número de domicílios em 19,56% entre 2000 e 2010, passando de 98.140 para 117.344 (gráfico 2.1). Entre os bairros, Taboão, Conceição e Centro possuíam a maior quantidade de domicílios no município, respectivamente, 14.720, 14.392 e 13.844 domicílios, bem como, conforme visto anteriormente, a maior concentração populacional, (48.640, 47.143 e 42.867) (gráfico 2.2).

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Entre 2000 e 2010, observa-se uma ligeira redução na média de moradores por domicílios no Brasil, Estado e Região. Em Diadema, esse número baixou de 3,61 para 3,29 (gráfico 2.3). Nos bairros Casa Grande e Inamar, a média em 2000 era, respectivamente, de 3,63 e 3,70, diminuindo ambos para 3,4 em 2010 (gráfico 2.4).

A maioria dos domicílios no Brasil, Estado de São Paulo e Grande ABC são próprios. Diadema apresentou a menor proporção da Região de residências próprias em 2010, com 64,47% (75.656 unidades). Deste percentual, 90,42% (68.409) eram quitados (gráfico 2.5).

O bairro com menor proporção de domicílios próprios foi Serraria, com 55,98%, enquanto Conceição obteve o maior, com 69,06%. Piraporinha, Centro e Serraria possuíam o maior percentual de habitações alugadas (respectivamente, 32,08%, 29,40% e 28,41%) e Inamar e Serraria, a maior proporção de cedidos (11,64% e 11,06%) (gráfico 2.6).

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Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - DADOS DEMOGRÁFICOSSumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DOMICÍLIOS

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Em 2010, quase a totalidade dos domicílios de Diadema (98,72%) eram construídos de alvenaria (gráfico 2.7).

Dos 1,29% restantes (1.501 habitações), 500 tinham parede constituída de madeira aparelhada e 752, de madeira aproveitada (gráfico 2.8).

A maioria da população do município residia em domicílios de três a cinco cômodos (68,14%), 11,68%, com seis cômodos e apenas 0,28% (324 unidades) com um cômodo (gráfico 2.9).

Tanto no Brasil, Estado de São Paulo e Grande ABC cresceu o número de domicílios com automóvel para uso particular. Em Diadema, o percentual de moradias que possuíam carro aumentou de 37,19% para 44,59% entre 2000 e 2010 (gráfico 2.10). Se, por um lado, esse fenômeno é um indicador de maior poder de compra da população, por outro, sinaliza impactos significativos – que o aumento da frota acarreta – para as condições de mobilidade urbana e de preservação do meio ambiente.

Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DOMICÍLIOS

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Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DOMICÍLIOS

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Também houve ampliação no consumo de bens tecnológicos. Em Diadema, a maioria dos domicílios (51,64%, ou 60.607 unidades) tinha microcomputador em 2010, contra 11,78% (11.562) em 2000, um aumento percentual de 424,19% (gráfico 2.12).

Em âmbito nacional, estadual e regional, houve aumento no percentual de domicílios cujos responsáveis eram mulheres. Em Diadema, esse número aumentou de 23,57% para 43,21% entre 2000 e 2010 (gráfico 2.13). Em termos absolutos, passou-se de 23.062 para 50.705 moradias que tinham uma mulher como responsável (elevação de119,86% em 10 anos). Os bairros com maior percentual de mulheres responsáveis pelo domicílio são Piraporinha (47,83%), Vila Nogueira (47,46%) e Inamar (47%) (gráfico 2.14).

Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DOMICÍLIOS

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O Brasil, estado de São Paulo e os municípios da região (com exceção de Ribeirão Pires), apresentaram, entre 2000 e 2010, aumento na cobertura de domicílios ligados à rede geral de esgoto ou pluvial.

Em 2010, Diadema tinha o segundo maior percentual de domicílios ligados à rede geral de esgoto ou pluvial (96,55%), perdendo apenas para São Caetano do Sul (99,85%) e ficando muito acima da taxa nacional (55,45%) (gráfico 3.1).

Apesar de o município possuir quase 100% das residências com acesso à rede geral, ainda existiam, em 2010, 2.865 domicílios com destinação precária do esgoto, 1.118 ligados à fossa séptica, e 67 que sequer tinham banheiro ou sanitário (em termos percentuais, respectivamente, 2,44%, 0,95% e 0,06%), totalizando 4.050 moradias não ligadas à rede geral de esgoto ou pluvial (3,45%) (gráfico 3.2).

Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - SERVIÇOS BÁSICOS NOS DOMICÍLIOS

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Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - SERVIÇOS BÁSICOS NOS DOMICÍLIOS

Com exceção do Eldorado, na região Sul, todos os bairros de Diadema apresentaram percentuais acima de 90% de domicílios ligados à rede geral de esgoto ou pluvial em 2010 (gráfico 3.3). Naquele bairro, havia 1.417 habitações com formas precárias de destinação do esgoto. Na outra ponta destaque para Canhema, com 99,63% dos domicílios com acesso à rede geral e apenas 26 ligados à fossa séptica ou com esgotamento precário (gráfico 3.4).

Entre 2000 e 2010, o país, o estado de São Paulo e a região apresentaram aumento na taxa de cobertura dos domicílios abastecidos pela rede geral de água.

Diadema apresentava em 2010 99,43% dos domicílios abastecidos pela rede geral, o segundo melhor resultado da região, ficando acima das taxas nacional e estadual (gráficos 3.5). Apenas 0,58%, ou 672 moradias, não estavam ligadas à rede geral. Destas, 255 eram abastecidas por carro-pipa e 417, por outras formas de acesso (água de chuva, rio, poço, etc.) (gráficos 3.6).

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O abastecimento de água pela rede geral nos bairros de Diadema está praticamente universalizado (gráfico 3.7). Em 2010, o Eldorado concentrava quase a totalidade dos domicílios abastecidos por carro-pipa, 189 deles situados no Sítio Joaninha. Serraria possuía o maior número dos domicílios atendidos por outras formas de abastecimento de água, com 145 (gráfico 3.8).

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Em 2010, 99,61% dos domicílios de Diadema tinham seu lixo coletado, sendo que 96,24% diretamente por serviço de limpeza e 3,37% por caçamba de serviço de limpeza (gráfico 3.9). Apenas 0,38% (ou 456 domicílios) davam destinação irregular ao lixo (gráfico 3.10).

No bairro Casa Grande, 10,48% (1.177) dos domicílios tinham o lixo coletado através de caçamba de serviço de limpeza em 2010 (gráfico 3.11). Também é onde se concentrava o maior número de habitações com destinação irregular do lixo, (163), seguido de Serraria e Centro, ambos com 96 domicílios. Vila Nogueira (685), Conceição (538) e Inamar (425) também apresentavam número expressivo de unidades com lixo coletado em caçamba (gráfico 3.12).

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O acesso à energia elétrica no Brasil, estado de São Paulo e região estava praticamente universalizado em 2010. Em Diadema, 99,97% dos domicílios possuíam energia elétrica, sendo que para 94,9% era fornecida por companhia distribuidora com medidor, 3,89% sem medidor e 1,18% por outra fonte (gráfico 3.13). Apenas 0,03% (32 moradias) não dispunham desse serviço (gráfico 3.14).

Eldorado, Inamar e Serraria são os bairros de Diadema que, em 2010, concentravam o maior número de domicílios com acesso à energia elétrica, mas sem medidor, tanto em termos relativos (respectivamente, 7,84%, 11,31% e 8,02%) como em números absolutos (998, 714 e 777) (gráfico 3.15). Serraria (525), Eldorado (186) e Centro (148) apresentavam o maior número de habitações com energia elétrica obtida através de outras fontes (gráfico 3.16).

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Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - SERVIÇOS BÁSICOS NOS DOMICÍLIOS

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Além da pesquisa aplicada com os moradores no Censo 2010, o IBGE também elencou as características urbanísticas do entorno dos domicílios com ordenamento regular (logradouros com face de quadra em ambiente urbano). Em Diadema, 91,44% dos domicílios particulares permanentes foram incluídos nesse estudo (gráfico 3.17).

Mais de 90% desses domicílios tinham em seu entorno iluminação pública (98,89%), pavimentação (98,56%), identificação do logradouro (94,57%) e calçada (94,46%). Na outra ponta, 4.155 das moradias possuíam lixo acumulado no entorno (4,06%) e 1.756 (1,72%), esgoto a céu aberto. Apenas 853 domicílios (0,83%) contavam com rampas de acesso nos arredores (gráfico 3.18).

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osOs dados de rendimento do IBGE

Com o objetivo de comparar o rendimento domiciliar apurado no Censo 2000 e no 2010, foi aplicada a inflação acumulada no período aos valores de 2000, utilizando-se o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE como deflator. O IPCA abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das Regiões Metropolitanas do País.

Para o levantamento dos rendimentos, o IBGE disponibilizou duas fontes de informações: a do Universo – que leva em conta todos os domicílios em que houve aplicação do questionário básico (37 quesitos) – e a da Amostra, em que foi aplicado o questionário mais detalhado, com 108 quesitos, que, no caso de Diadema, cobriu 10% das moradias

Optou-se por apresentar tanto os dados do Universo como da Amostra pois o primeiro abrange maior parcela da população enquanto que os dados da Amostra permitem apurar a taxa de crescimento real dos rendimentos entre 2000 e 2010.

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Entre 2000 e 2010, os domicílios com rendimentos declarados tiveram aumento real tanto no Brasil como no estado de São Paulo, respectivamente, 19,35% e 12,44%. Na região, São Caetano do Sul manteve o maior rendimento médio mensal, com R$6.031,16, mas Rio Grande da Serra registrou o maior crescimento percentual (23,21%). Diadema possuía em 2010 o segundo pior rendimento médio do Grande ABC, com R$2.295,13, e a menor taxa de aumento real dos rendimentos (8,05%) (gráfico 4.1).

Entre os bairros do município, o Centro registrou o maior rendimento médio mensal, com R$3.104,38, e Inamar, a menor média (R$1.561,63) (gráfico 4.2).

O rendimento domiciliar per capita é a soma da renda de todos os membros do domicílio dividida pelo total de seus moradores. Diadema, em 2010, possuía o maior percentual de domicílios da região (10,55%) com renda per capita de até ¼ salário mínimo (R$127,50), ficando abaixo da porcentagem nacional (14,71%).

Quanto às habitações abaixo da linha da pobreza (½ salário mínimo, ou R$255,00 em 2010) no Grande ABC, Diadema, com 24,45%, superava apenas Rio Grande da Serra (20,26%). Na outra ponta, 6,41% dos domicílios de São Caetano do Sul estavam na faixa de ganho de até ½ salário mínimo, enquanto que a maioria (51,19%) possuía renda per capita de mais de 2 salários mínimos. A maior parte das residências em Diadema apresentava renda per capita entre ½ a 2 salários mínimos (61,04%) (gráfico 4.3).

Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - RENDIMENTOS DOS DOMICÍLIOS

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Piraporinha (13,65%), Casa Grande (13,37%) e Eldorado (12,84%) eram os bairros de Diadema com maior proporção de domicílios em situação de miséria em 2010. Já a Região Sul (Inamar e Eldorado) trazia o maior percentual de domicílios com rendimento per capita de, no máximo, ½ salário mínimo (respectivamente, 31,19% e 30,58%). O Centro possuía o menor percentual de pobreza (14,42%) e maior proporção de moradias com renda per capita acima de 2 salários mínimos (33,86%), apresentando padrões de classe de rendimento similares aos dos municípios mais prósperos da região (gráfico 4.4).

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Em 2010, os bairros com maior número de domicílios vivendo abaixo da linha da pobreza eram Eldorado (3.894), Taboão (3.373) e Casa Grande (3.178), embora Inamar (31,19%) concentre o maior número de habitações nessa condição. Nessa faixa de rendimento, mulheres responsáveis pelo domicílio são maioria em sete dos 11 bairros, tendo destaque Piraporinha, com 57,66%, e Vila Nogueira (57,55%) (gráfico 4.5).

Em Diadema, existiam 7.738 domicílios sem rendimento ou que o responsável pelo domicílio recebia apenas em benefício (Bolsa-família, BPC etc). Taboão e Casa Grande, com 993 cada, concentravam o maior número de moradias sem renda, e Eldorado, o maior número de residências com rendimento de até ¼ salário mínimo (665) e de ¼ a ½ salário mínimo (2.259) (gráfico 4.6).

Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - RENDIMENTOS DOS DOMICÍLIOS

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alho Entre 2000 e 2010, Diadema registrou taxa de crescimento real negativa no rendimento médio

(ou seja, crescimento menor que a inflação acumulada no período). O valor nominal do rendimento médio em 2000 era de R$634,91 e, em 2010, passou para R$ 1.166,76, crescimento nominal de 83,77%. Contudo, a inflação acumulada no período foi de 89,63%. Se corrigirmos o rendimento nominal de 2000 por esta taxa, este equivaleria, em 2010, a R$1.203,96. Dessa forma, a taxa de crescimento real dos rendimentos foi de -3,09% (gráfico 5.1).

Em 2010, nos bairros, o Centro apresentava o maior rendimento médio, com R$1.630,28 e Inamar, o menor, com R$882,09, diferença de 84,76% (gráfico 5.2).

Sumário� de dado�s básico�s de Diadema - SP - RENDA E TRABALHO

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Diadema foi o município da região que obteve a menor desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres. Em 2010, as mulheres recebiam em média 28,23% menos que os homens. Essa diferença é menor inclusive que a verificada em nível nacional (29,3%) e estadual (30,29%), e abaixo da registrada em 2000, quando as mulheres do município recebiam em média 35,1% menos.

Apesar de São Caetano do Sul ter o maior rendimento médio do Grande ABC, possuía elevada taxa de diferença de rendimentos entre gêneros. As mulheres, com rendimento médio de R$1.825,79, recebiam 40,44% menos que os homens (R$ 3.065,65) (gráfico 5.3).

Nos bairros de Diadema, a diferença de rendimentos se manteve na faixa entre 27% e 30%. Campanário é onde se verifica a menor diferença entre os gêneros, com 27,32% (gráfico 5.4).

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Rio Grande da Serra e Diadema apresentaram em 2010 as menores taxas de desigualdade de renda entre as pessoas de cor branca e as de cor parda ou preta no Grande ABC. Em Diadema, os que se declararam de cor parda recebiam 25,20% menos que os de cor branca e as pessoas que se declararam de cor preta, 21,26% menos. Na outra ponta, destaca-se a cidade de São Paulo em que a diferença de rendimento entre as pessoas de cor branca e parda é de impressionantes 131,59%, e, entre pessoas de cor branca e preta, 115,96%. No Brasil, estas diferenças são, respectivamente, de 81,96 e 84,5% (gráfico 5.5).

Nos dois bairros com menor rendimento médio (Inamar e Serraria), a desigualdade racial é menor. Nesses, as pessoas de cor parda recebiam, em 2010, respectivamente, 7,86% e 11,34% menos que os de cor branca e as de cor preta, 4,81% e 8,01% (gráfico 5.6).

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Em 2010, a População em Idade Ativa (PIA), isto é, com 10 ou mais anos de idade, em Diadema, contabilizava 328.590 pessoas, um aumento de 13,49% em relação a 2000 (289.522 pessoas), correspondendo a 85,11% do total de habitantes do município. Do total da PIA, 204.397 (62,2%) compunham a População Economicamente Ativa (PEA), ou seja, pessoas com 10 ou mais anos empregadas ou procurando emprego na semana de referência da pesquisa (de 25 a 31 de julho de 2010). Em 2000, a PEA era de 180.666 pessoas, crescimento de 13,14% em uma década.

O número de desempregados no município foi de 19.933, 9,75% da PEA, enquanto que a População Não Economicamente Ativa (PNEA) – pessoas não ocupadas que não procuraram emprego no período de referência da pesquisa – foi de 124.193 (37,8% da PIA). Deste total, 38,49% (47.806 pessoas) tinham de 10 a 13 e 60 ou mais anos de idade (idades em que se espera número reduzido de pessoas efetivamente empregadas ou procurando emprego) (gráfico 5.7).

Em 2010, 84,08% da PEA de Diadema era composta de empregados (155.099) e 13,88% (25.608), de pessoas que trabalhavam por conta própria (exerciam algum ofício sem ter empregados). Apenas 0,87% (1.613) eram empregadores (gráfico 5.8).

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A taxa de desemprego de Diadema, em 2010, foi a quarta menor do Grande ABC, com 9,75% da População Economicamente Ativa (PEA) desempregada. São 19.933 pessoas no município, de 10 a 65 anos de idade, que procuravam emprego no período de referência da pesquisa. A taxa de desemprego em Diadema ficou acima da nacional, com 7,65%, e estadual, com 7,57%, mas muito abaixo de municípios como Rio Grande da Serra, Mauá e Ribeirão Pires, respectivamente, com 12,96%, 12,07% e 10,48% (gráfico 5.09).

Das pessoas sem emprego no município, 45,05% tinham entre 15 e 24 anos (24,33% entre 15 e 19 anos, e 20,72% entre 20 e 24 anos), o que demonstra que o desemprego atinge principalmente os jovens de Diadema. São quase 9 mil jovens, mais precisamente 8.898 deles, que procuravam emprego no período de referência do Censo 2010. Dos 1.413 jovens economicamente ativos (empregados ou procurando emprego), 420 não encontravam ocupação (29,72%), mais de um a cada quatro jovens (gráfico 5.10).

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Diadema, em 2010, possuía a segunda maior taxa de trabalho informal da região do Grande ABC; 15,59% das pessoas empregadas no município não tinham carteira assinada. Dos 155.099 empregados no período de referência da pesquisa, 28.751 deles trabalhavam sem as garantidas próprias do trabalho formal. Entretanto, a taxa é menor que a nacional (20,17%).

Paradoxalmente, o município registrou a maior taxa de empregados com carteira assinada (66,17%).

Quanto aos trabalhadores por conta própria, São Caetano do Sul obteve a maior proporção (20,76%). Diadema ficou na penúltima colocação (13,88%). O percentual de empregados servidores públicos estatutários, civis e militares de Diadema foi de apenas 2,33% (gráfico 5.11).

Em Diadema, a população de cor preta obteve, em 2010, o maior percentual de trabalhadores com carteira assinada (68,44%) e a indígena, a maior proporção dos empregados informais (33,91%). Já a proporção de autônomos foi maior entre os trabalhadores de cor amarela (23,92%) (gráfico 5.12).

O percentual de empregados com carteira assinada e de trabalhadores por conta própria é maior entre o público masculino (respectivamente, 68,59% e 16,08%). Já o trabalho informal é mais acentuado entre as mulheres (20,05%) (gráfico 5.13).

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A maioria (57,86%) das pessoas do município ocupadas na semana de referência do Censo 2010 tem jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais. Entretanto, 45.101 (24,45%) pessoas trabalhavam mais do que 44 horas por semana. Praticamente um em cada quatro trabalhadores residentes em Diadema, com ocupação na semana de referência, possuía jornada semanal superior à fixada pela CLT (máximo de 44 horas) (gráfico 5.14).

Em 2010, a indústria teve destaque no perfil do emprego em Diadema: 26,31% (48.534) das pessoas ocupadas declararam que a atividade de seu trabalho principal estava relacionada à indústria de transformação. Em seguida, vêm as atividades de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, com 14,75% (27.207), de serviços domésticos, com 6,33% (11.684), e atividades administrativas e serviços complementares, com 5,44% (10.040) (gráfico 5.15).

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Das 184.464 pessoas ocupadas na semana de referência do Censo 2010, 19,11% (35.251) exerciam ocupações elementares (como, por exemplo, trabalhadores domésticos, ajudantes de cozinha, equipes de limpeza), enquanto outros 17,05% (31.451) eram trabalhadores de serviços, vendedores dos comércios e mercados. São ao todo 66.702 trabalhadores, 36,16% dos ocupados, exercendo atividades que não exigem elevada qualificação e/ou nível de instrução.

Operários e artesãos da construção, das artes mecânicas e outros ofícios correspondiam a 13,69% e operadores de instalações e máquinas e montadores, a 12,59%, ocupações estas que exigem maior grau de instrução e/ou qualificação (26,28% das pessoas ocupadas no município). Apenas 6,3% (11.628) dos ocupados eram técnicos e profissionais de nível médio (gráfico 5.16).

Quase a metade (48,87%) das 184.464 pessoas com 10 anos ou mais de idade ocupadas em Diadema apresentavam rendimento nominal mensal médio entre mais de 1 a 2 salários mínimos. Até 1 salário mínimo, o percentual foi de 17,93%, e apenas 1,52% (2.796 pessoas) declaram não possuir rendimentos ou recebiam somente em benefícios. Os que possuíam rendimentos acima de 5 salários mínimos corresponderam a 6,03% do total (gráfico 5.17).

O rendimento médio mensal do trabalho em Diadema foi de R$1.151,92 em 2010, com um poder de compra 5,74% menor que o de 2000, cujo valor, corrigido pela inflação do período acumulada (89,63% pelo IPCA), foi de R$ 1.222,03.

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Tanto para homens quanto para mulheres, a taxa de crescimento real dos rendimentos pagos em função do trabalho foi negativa, respectivamente, -5,58% e -0,58%. Entretanto, as mulheres apresentaram taxa de crescimento nominal maior que os homens (88,53%, contra 79,04%), reduzindo assim a diferença de rendimentos entre os sexos. Em 2000, as mulheres recebiam, em média, 30,75% menos que os homens, diminuindo para 27,08% em 2010 (gráfico 5.18).

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Em 2010, os empregadores obtiveram o maior percentual dos que ganhavam acima de 5 salários mínimos (41,72%). Na outra ponta, destacam-se os empregados sem carteira assinada: 11,83% não ganhavam sequer um salário mínimo previsto em lei e 43,65% recebiam até um salário mínimo (gráfico 5.19).

5.19 Percentual da população de 10 anos ou mais de idade de Diadema ocupadasegundo a posição na ocupação, por classe de rendimento mensal do trabalho, em 2010 - Dados da amostra

30,13%

41,72%

8,56%14,32%4,46%0,74%

13,16%14,43%

19,98%

10,07%

35,11%

7,24%

2,59%

4,95%7,75%

31,82%

41,06%

11,83%

29,18%

22,84%

19,51%

23,40%

4,29%

0,75%

10,80%16,83%

55,83%

5,15%

11,12%0,27%

Empregados - com

carteira de

trabalho assin

adaEmpregados -

militares

e funcionários

públicos

estatutários Empregados- s

em

carteira de

trabalho assin

adaContra

própria

Empregadores

Acima de 5 salários minimosEntre 3 e 5 salários ,minimosEntre 2 e 3 salários ,minimosEntre 1 e 2 salários ,minimosEntre 1/2 e 1 salários ,minimosAté 1/2 salário minimo

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Entre 2000 e 2010, a taxa de crescimento médio anual dos empregos formais em Diadema foi 4,4%, passando de 73.225 postos formais de trabalho, em 2000, para 112.601, em 2010, mas ficando abaixo da média estadual (4,81%). Na Região, destaque para Mauá, com aumento de 7,73% (gráfico 5.20).

A participação em Diadema das mulheres nos vínculos empregatício era de 31,32%, em 2000, passando, em 2010, para 34,48%, ficando abaixo do percentual do Estado (45,26%) (gráfico 5.21).

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Os anos 2000 registraram aumento contínuo no total dos vínculos empregatícios. A taxa de crescimento média anual das mulheres durante o mesmo período foi superior à dos homens (5,4% contra 3,91%), influindo no aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho (gráfico 5.22).

Jovens entre 15 e 24 anos representavam 19,54% (22.006 vínculos) do total de empregos formais no município em 2010, enquanto que a faixa etária em que predominava o maior percentual de vínculos empregatícios foi a de 30 a 39 anos, com 29,36% (33.057) (gráfico 5.23).

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Era na Indústria que se concentrava a maior parte dos vínculos empregatícios em 2010. Entretanto, a taxa de crescimento médio anual dos empregos formais na indústria foi menor que no comércio (6,9%), construção civil (12,44%) e serviços (5,65%) (gráfico 5.24).

O resultado foi a diminuição do setor indústria nos empregos formais entre 2000 e 2010. O percentual de vínculos empregatícios nas indústrias, em relação ao total, era de 62,22%, em

2000, passando para 55,03%, em 2010. Já o comércio, no mesmo período, aumentou sua participação de 12,49% para 15,82%, os serviços, de 23,01% para 25,92% e a construção civil, de 1,53% para 3,22% (gráfico 5.25).

Em relação à participação de homens e mulheres nos vínculos empregatícios, verifica-se que a construção civil é um “universo” tipicamente masculino (92,73% dos vínculos são ocupados por homens). Nos serviços, há um equilíbrio entre homens e mulheres em relação a sua participação nos vínculos empregatícios (50,77%,contra 49,23%) (gráfico 5.26).

Com exceção de 2009, devido aos efeitos da crise econômica mundial iniciada nos EUA no final de 2008, Diadema registrou continuamente, nos anos 2000, saldos positivos entre admissões e desligamentos. Os anos de 2004 e 2010 tiveram os maiores saldos, respectivamente, 7.897 e 7.095. Em 2011, Diadema terminou o ano com 46.802 admissões e 45.653 desligamentos, produzindo um saldo de 1.149, muito abaixo do resultado do ano anterior (7.095) (gráfico 5.27).

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O gráfico 5.28 apresenta as cinco profissões com maior número de vínculos empregatícios (empregos formais) em 2010. Alimentador de linha de produção, emprego do setor industrial, registrou o maior número de vínculos empregatícios (9.598), reforçando, mais uma vez, o peso da indústria na geração de empregos para o município. As cinco profissões que mais empregam em Diadema possuem rendimento médio inferior ao total dos vínculos do município (R$1.929,36). A ocupação de Assistente administrativo, entre as cinco, é a que possuía o maior valor (R$ 1.623,95).

Assistente administrativo é a ocupação que apresenta maior participação de mulheres (67,23%), enquanto que na de Almoxarife a participação masculina é expressivamente majoritária (89,83%) (gráfico 5.29).

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Entre as cinco profissões que mais geraram empregos (saldo positivo entre admissões e demissões) em 2011 no município, o destaque vai para a de Alimentador de Linha de Produção, com 912 novos postos (gráfico 5.30). Na outra ponta, a ocupação com maior saldo negativo foi a de Assistente de Laboratório Industrial, com a eliminação de 165 postos.

Ao comparar os rendimentos médios das cinco ocupações que mais geraram empregos em 2011, com as cinco de pior resultado, verifica-se que Diadema está trocando empregos com maior remuneração, qualificação e grau de instrução,por outros onde estas variáveis apresentavam-se em condições inferiores.

A remuneração média das cinco ocupações com maior saldo, em geral, são inferiores a R$950,00 e exigem relativamente menor qualificação e grau de instrução. Já as cinco que mais eliminaram posto de trabalho no município tinham remuneração média acima de R$1.000,00 (gráfico 5.31).

Apesar de Diadema apresentar, segundo o Censo 2010, um dos menores rendimentos mensal médio das pessoas com 10 anos ou mais do ABC (R$1.340,48), em relação ao rendimento médio dos empregos formais, o município obteve, no mesmo ano, a terceira maior remuneração média (R$1.929,36), perdendo apenas para São Bernardo do Campo (R$2.457,52) e São Caetano do Sul (R$1.974,85). Com relação à taxa de crescimento real dos rendimentos, no comparativo entre 2000 e 2010, o município registrou apenas 0,13%, inferior à taxa estadual, de 5,41% (gráfico 5.32).

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Quanto aos rendimentos por setor, a melhor média está na indústria, embora seja o comércio que tenha registrado, entre 2000 e 2010, a maior taxa de crescimento real (13,8%). Já no setor de serviços, a queda foi de 6,5%, enquanto que a construção civil praticamente se manteve estável (-0,7%). A indústria, em comparação, apresentou taxa de crescimento real de 4,2% (gráfico 5.33).

Neste setor, em 2010, as mulheres recebiam, em média, 31,69% menos que os homens, enquanto que, nos serviços, houve uma ligeira superioridade de seu rendimento médio (em média, 4,98% mais do que os homens). Na construção civil, as mulheres recebiam 13,59% a mais que os homens, contudo, neste setor, elas correspondiam a apenas 7,27% dos vínculos empregatícios, o que sugere que ocupem postos de trabalho de elevado nível técnico, como os de engenheira, arquiteta, designer etc (gráfico 5.34).

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Com exceção dos anos 2005 e 2008, Diadema manteve entre 2000 e 2009 o terceiro maior PIB da Região. O município registrou queda do Produto Interno Bruto em 2002 e 2003, anos de crise econômica. Contudo, a partir de 2004 apresentou contínuo aumento, chegando novamente em 2009 ao terceiro maior PIB da região e a terceira maior taxa de crescimento real (42,08%) (gráfico 6.1).

No mesmo ano, em relação ao PIB per capita, mais uma vez Diadema ficou em terceiro lugar, com R$25.066,30/hab., atrás de São Bernardo do Campo (R$35.680,05) e São Caetano do Sul (R$58.649,65). O município apresentou entre 2000 e 2009 a segunda maior taxa de crescimento real de seu PIB per capita (28,75%) (gráfico 6.3).

Apesar da relevância da indústria na região, o setor de serviços obteve em 2009 a maior participação na formação do PIB entre os principais municípios da região. Em Diadema, esse setor correspondeu a 38,86% do PIB, seguido das indústrias, com 38,65% (gráfico 6.2).

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Segundo a Fundação Seade, o valor adicionado é o “valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo, obtido pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário”. É também utilizado para base do cálculo do PIB.

O valor adicionado em 2000 e 2009, em Diadema, foi o terceiro maior da região, com respectivamente R$5.765 milhões e R$8.574 milhões (gráfico 6.4). A cidade apresentou também a terceira maior taxa de crescimento real de seu valor adicionado entre 2000 e 2009 (48,74%). Somente em 2009, o valor adicionado pelo setor de serviços supera o da indústria em Diadema (R$3.853,33 contra R$3.874,34 milhões) (gráfico 6.5).

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São Bernardo do Campo é um município da região com perfil nitidamente exportador, apresentando o maior saldo entre exportações e importações, com US$1.334,68 milhões. Em outro extremo, encontra-se Diadema, com –US$460,22 milhões (gráfico 6.6).

Diadema é o terceiro município da região que mais importa. Em 2011, as importações correspondiam ao valor de US$687,61 milhões enquanto que sua exportação foi de US$227,39 milhões, ficando em último lugar entre os cinco municípios mais populosos do grande ABC (gráfico 6.7).

Com exceção de 2009, as importações vinham apresentando contínuo crescimento entre 2006 e 2011. Já as exportações, entre 2008 e 2011, tiveram forte retração, recuperando-se em 2011. Contudo, os valores deste ano (US$227.387.240) são inferiores aos de 2006 (US$249.824.031), o que explica a queda do saldo da balança comercial neste período no município (gráfico 6.8).

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Ribeirão Pires, Diadema e Rio Grande da Serra apresentaram entre 2003 e 2010 maior redução percentual no número de nascidos vivos (respectivamente, -16,76%, -13,64% e -12,16%). Em Diadema, no ano de 2003, nasceram 7.200 crianças cujas mães residiam no município; em 2010, esse número caiu para 6.218 (gráfico 7.1).

Ao observar a história do município no mesmo período, com exceção de 2008, verifica-se uma contínua redução do número de nascidos vivos (gráfico 7.2). O mesmo fenômeno pode ser visto em nível nacional, estadual e na maioria dos municípios da região, tendo como consequência a redução da população jovem, fato que, com o passar dos anos, poderá refletir no envelhecimento da população. Esta situação já pôde ser vislumbrada no gráfico 1.10 do Capítulo 1 (Pirâmide etária de Diadema), que mostra o estreitamento da base e alargamento do topo em 2010.

No gráfico 7.3, observa-se que, em relação ao sexo da criança, o percentual de meninos supera o de meninas não apenas no município (51,82% contra 48,18%) bem como no Brasil (51,23% contra 48,76%), Estado de São Paulo (51,2% a 48,8%) e no Grande ABC. Contudo, como também pôde ser visto no Capítulo 1, a população feminina em Diadema, com exceção da faixa etária entre 20 e 24 anos, passou a ser preponderante a partir dos 15 anos em 2010.

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Segundo o Censo Demográfico, 98,21% das crianças com 10 anos ou menos tinham registro de nascimento em cartório. Contudo, 1.061 crianças (1,65%) possuíam apenas a declaração de nascido vivo (DNV) do hospital ou maternidade, 31 não eram registradas (0,05%) e 54 (0,08%) não souberam responder (gráfico 7.4). Entre os 1.092 indivíduos sem registro em cartório, 18,77% tinham entre 7 e 10 anos de idade e 15,29%, menos de um ano (gráfico 7.5). Os bairros Conceição, Piraporinha e Taboão, respectivamente com 235, 194 e 144, possuíam o maior número de crianças de até 10 anos declaradas sem registro de nascimento no cartório (gráfico 7.6).

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Entre 2003 e 2010, verifica-se, em nível nacional, estadual e regional (com exceção de São Caetano), uma diminuição do percentual de mães adolescentes. No ano de 2003, em Diadema, 8,01% das mães de filhos nascidos vivos tinham menos de 18 anos, reduzindo esse número para 6,71% em 2010 (gráfico 7.7).

Por outro lado, em relação ao percentual de nascidos vivos de mães com 35 anos ou mais, tanto no Brasil, estado de São Paulo e Grande ABC, observa-se uma elevação no mesmo período. Em 2003, 10,06% dos nascidos vivos eram de mães residentes em Diadema pertencentes a essa faixa etária, aumentando para 13,51% em 2010 (gráfico 7.8).

Ao analisarmos o gráfico 7.9, verifica-se no município um contínuo declínio de nascidos vivos de mães adolescentes; entre 2003 e 2010, houve uma redução de 27,73%. Quanto aos nascidos vivos de mulheres com 35 anos ou mais, os dados apresentam ano a ano uma oscilação, mas com tendência de crescimento; entre 2003 e 2010, o aumento percentual foi de 16,02%.

A diminuição da porcentagem de mães adolescentes e a elevação das com 35 anos ou mais podem indicar a opção das mulheres por ter filhos em idade mais avançada. Segundo o Ministério da Saúde (2010), a gravidez com idade abaixo de 15 e acima dos 35 anos passa a apresentar mais riscos tanto para a genitora quanto para o bebê.

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Entre 2003 e 2010, o número de óbitos ocorridos em Diadema apresentou uma queda de 6,97%, passando de 1.864 para 1.734, enquanto que, no Brasil e estado de São Paulo, houve elevação, respectivamente, de 12,48% e 9,65% (gráfico 7.10). Do total de mortes em 2010, 87,14% se deram em hospitais do município, 9,17% em domicílio e 3,34%, em vias públicas (gráfico 7.11).

Das mortes ocorridas em Diadema em 2010, 18,11% foram de natureza violenta (ou seja, as chamadas “causas externas” tais como, acidentes de trânsito, afogamentos, suicídios, homicídios, quedas acidentais, entre outros.), uma expressiva queda em comparação a 2003, quando este percentual foi de 25,27%.

Entretanto, a cidade ainda apresentava a maior porcentagem de mortes violentas da região, ficando acima inclusive da taxa nacional e estadual (gráfico 7.12), fenômeno que pode ser explicado devido aos óbitos decorrentes dos acidentes de trânsito e da cidade estar cortada por vias de tráfego rápido como a Rodovia dos Imigrantes.

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Ainda que nasçam mais meninos que meninas (em 2010, 51,82% dos nascidos vivos em Diadema eram do sexo masculino), há preponderância do público feminino no município (51,62%), fenômeno também verificado no Brasil (51,03%) e Estado de São Paulo (51,34%)

Essa diferença pode ser consequência do predomínio de óbitos masculinos. Em 2010, 60,09% das mortes ocorridas em Diadema foram de homens (gráfico 7.13). Se considerarmos apenas as mortes violentas, as do público masculino correspondem a 82,17% (gráfico 7.14). A faixa etária com maior concentração de óbitos de natureza violenta é a de 20 a 29 anos, com 26,75%, seguida pela faixa dos 30 aos 39 anos, com 22,29% (gráfico 7.15).

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Um dos possíveis motivos para a redução do número de mortes de natureza violenta é o declínio na taxa de homicídios dolosos (com intenção de matar) em Diadema. Em 2000, o índice era de 76,15 homicídios para cada 100 mil habitantes. Já em 2011, ela despencou para 8,97 (redução de 88,22%), ficando fora da zona epidêmica estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o total de homicídios (incluindo homicídios culposos, sem intenção de matar), que é de 10 mortes por 100 mil habitantes (gráfico 7.16).

De 2003 a 2010, em Diadema, o número absoluto de mortes violentas ocorridas no município sofreu expressiva queda, saindo de 471 para 314, uma redução de 33,33%. A partir de 2007, os números oscilaram, mas se mantiveram estáveis (abaixo de 330 óbitos). Quanto às mortes de causa natural, no mesmo período, houve um pequeno aumento de 1,94% (de 1.393 para 1.420) (gráfico 7.17).

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O percentual de homens que morreram no município por natureza violenta, entre 2003 a 2010, vem apresentando tendência de queda. Em 2003, 35,81% dos óbitos masculinos (424, em termos absolutos) foram de natureza violenta, caindo para 24,76% (258) em 2010, uma variação de -39,15%.

Apesar da perspectiva de redução, a porcentagem de mortes violentas de homens se mantém bem acima da feminina. Em 2003, 6,91% dos óbitos de mulheres foram de natureza violenta (47 casos) com ligeiro aumento para 8,09% (56) em 2010 (gráfico 7.18).

As taxas de mortalidade infantil e na infância expressam as condições socioeconômicas e de infraestrutura, as quais têm relação com desnutrição infantil e infecções. “O acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materno-infantil são também determinantes da mortalidade nesse grupo etário” (OPAS, 2008).

Todos os municípios do Grande ABC, com exceção de Ribeirão Pires, apresentaram entre 2000 e 2011 queda na taxa de mortalidade infantil. Em Diadema, no ano 2000, esse número era de 14,17, passando para 12,77 em 2011. A OMS estabelece que taxas inferiores a 20 são consideradas baixas (gráfico 7.19).

Em relação à taxa de mortalidade na infância, entre 2000 e 2010, o município também apresentou redução, passando de 17,75 para 13,62 (gráfico 7.20).

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Ao analisar o número absoluto de óbito de menores de 1 anos em Diadema, verifica-se uma tendência de queda entre 2000 e 2010, com redução de 116 para 79 mortes, ou variação percentual de -31,9%. Já o ano 2011 registrou um leve aumento em relação ao ano anterior (de 79 para 82 óbitos). Em relação às mortes de crianças com menos de 5 anos, o número de ocorrências caiu de 146 para 87 entre 2000 e 2010, queda de 40,41% (gráfico 7.21).

As taxas de mortalidade infantil e na infância foram mais altas em 2001 (respectivamente, 17,17 e 20,03), mas com tendência de queda entre 2002 e 2010 (gráfico 7.22).

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Na região, a maior taxa de mães que tiveram sete ou mais consultas de pré-natal em 2010 é de São Caetano do Sul, com 85,69%. Em Diadema, entre 2004 e 2010, houve uma leve redução de 78,98% para 77,85% da proporção de mulheres com sete ou mais consultas (gráfico 8.1). No entanto, segundo as Metas Brasil do Pacto pela Saúde, o município já cumpriu com a taxa fixada para 2010 e 2011, respectivamente, maior que 62,91% e 65,28%. O Ministério da Saúde recomenda pelo menos seis consultas pré-natais durante a gravidez.

Quanto à porcentagem de gestações encerradas antes de 37 semanas (pré-termo), a taxa dos municípios do Grande ABC se mantém abaixo dos 10%. Entre 2004 e 2010, Diadema apresentou um discreto aumento percentual de 7,89% para 8,89% (gráfico 8.2).

Com exceção de São Caetano do Sul, todos os municípios da região tiveram elevação no percentual de cesarianas entre 2004 e 2010. A maior taxa foi de Ribeirão Pires, com 72,82%. Diadema subiu de 48,15% para 54,33% (gráfico 8.3). Contudo, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, se levarmos em consideração os serviços públicos do município, a taxa de cesáreas do Hospital Municipal de Diadema é de 34%. Se depurarmos (ou seja, tirarmos aquelas que são cesáreas iterativas - indicadas por critérios de riscos), esse dado chega a ser de 25%. Já a taxa do Hospital Estadual de Diadema é de 33%. Cerca de 62% das gestantes de Diadema têm o seu parto realizado em maternidade públicas.

De acordo com o Ministério da Saúde, 25% é o percentual máximo recomendado para partos cesarianos A proporção elevada desse indicador pode apontar, entre outros, concentração de partos de alto risco onde existem unidades de assistência para essa demanda e a influência de um modelo de assistência obstétrica adotada (OPAS, 2008).

Saúd

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A situação de baixo peso ao nascer representa maior risco de morte neonatal e infantil e está associado a baixo desenvolvimento socioeconômico e carência de assistência materno-infantil. Convenções internacionais estabelecem que a proporção deve ser menor que 10% (OPAS,2008). Assim sendo, todas as cidades da Região seguem esse critério. Em Diadema, de 2004 para 2010, o percentual de crianças nascidas com baixo peso diminui de 9,48% para 9,21% (gráfico 8.4).

Conforme mostra o gráfico 8.5, três variáveis (mães com sete consultas ou mais, nascimentos de baixo peso e gestações pré-termo) mantiveram a perspectiva de estabilidade de seus percentuais entre 2004 e 2010 em Diadema. Já a proporção de cesarianas teve o seu maior pico em 2005, com 73,16%, apresentando forte queda no ano seguinte (50,94%). Contudo, de 2006 a 2010, verifica-se uma leve tendência de aumento (de 50,94% para 54,33%).

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Para ter direito ao benefício do Programa Bolsa Família, no campo da Saúde, as mulheres entre 14 e 44 anos devem fazer acompanhamento periódico e, no caso das gestantes e nutrizes, o pré-natal e o acompanhamento da saúde do bebê. As crianças menores de sete anos devem estar com a carteira de vacinação em dia, além de receber acompanhamento periódico de seu desenvolvimento.

Em Diadema, de 2007 a 2011, a taxa de cobertura aumentou de 2,98% para 39,86%. São Caetano do Sul possuía o melhor índice da região, com 72,34%. Contudo, o Brasil, o estado de São Paulo e o Grande ABC ficaram abaixo do estipulado pela Meta do Pacto pela Saúde para 2010 e 2011, respectivamente, maior ou igual a 70% e 73% (gráfico 8.6).

Quanto ao percentual da população cadastrada pelo Programa Saúde da Família, o município destaca-se por ter atingido quase a universalidade dos habitantes de Diadema, (94,51% em 2011), muito acima do estabelecido pela metas do Pacto pela Saúde para este ano (igual ou maior a 57%) (gráfico 8.7).

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De 2008 a 2011, em Diadema, houve redução de 3% para 2,82% no número de crianças com menos de cinco anos com baixo peso acompanhadas pela Rede de Saúde. Na região, todos os municípios atingiram o percentual estipulado pelo Pacto de Saúde (igual ou menos de 4%) (gráfico 8.8)

Ao analisar a série histórica do gráfico 8.9, observa-se que a queda do percentual de crianças com baixo peso é ainda mais acentuada no comparativo entre 2007 e 2011, chegando a 1,9% em 2010. A proporção de famílias acompanhadas pela Atenção Básica cadastradas no Programa Bolsa Família teve um expressivo aumento entre 2007 e 2008 (de 2,98% para 41,72%). Já a proporção da população incluída no Programa Saúde da Família apresenta tendência de aumento e perspectiva de universalização na taxa de cobertura.

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Gravidez, parto e puerpério foram os principais motivos de internação nos serviços públicos do município em 2011, com 19,98% (gráfico 8.10). Nos dados de internação, estão incluídos os serviços de saúde em geral (público e privado) e todos os atendimentos ocorridos no município, independentemente de a pessoa residir ou não em Diadema. Os munícipes que procuraram atendimento em outra localidade ficam excluídos desses dados.

De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (2008), os indicadores de Diadema seguem o mesmo perfil das internações em âmbito nacional. Em 2005, no Brasil, ¼ dos atendimentos eram em decorrência de parto, gravidez e puerpério, seguido de doenças do aparelho respiratório (13,7%).

As doenças do aparelho circulatório, causas externas e doenças do aparelho respiratório foram as principais causas de mortes no município (respectivamente, 636, 273 e 217) em 2011 (gráfico 8.11). Nos dados de mortalidade, estão incluídos os serviços de saúde em geral (público e privado) e todos os atendimentos ocorridos no município, independentemente de a pessoa residir ou não em Diadema. Os munícipes que procuraram atendimento em outra localidade ficam excluídos desses dados.

Esses indicadores seguem a tendência nacional que apontava, em 2004, as doenças do aparelho circulatório e causas externas como os principais responsáveis pelas mortes no país (OPAS, 2008).

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Diadema foi o município da região com o segundo maior percentual da população de 25 anos ou mais, sem instrução ou com o Ensino Fundamental incompleto (41,98%) em 2010. Já São Caetano apresentou a maior porcentagem de pessoas com Ensino Superior completo (31,18%) (gráfico 9.1).

No município, o maior índice dos que estudaram até o Ensino Fundamental incompleto está na população parda (45,91%), e o menor, na amarela (26,78%). As pessoas que se declararam dessa cor também obtiveram o maior percentual de concluintes do Ensino Superior (23,51%) (gráfico 9.2).

Quanto ao gênero, as mulheres se destacaram com a maior porcentagem de pessoas sem instrução ou com Fundamental incompleto (42,48%) e, contraditoriamente, com Superior completo (7,77%) (gráfico 9.3).

Educ

ação

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A proporção da população não-alfabetizada, tanto em nível nacional quanto estadual e regional, apresenta tendência de declínio. Em Diadema, esse número diminuiu de 6,22% em 2000 para 4,11% em 2010 (gráfico 9.4).

Todos os bairros do município também registraram queda no número e percentual de não-alfabetizados no período. Em 2010, Taboão concentrava a maior quantidade de moradores não-alfabetizados, com 1.715, mas Inamar possuía o maior percentual (5,13%) (gráfico 9.5).

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Segundo os dados do Censo 2010, a microrregião de São Paulo tinha em média 30% de sua população frequentando creche ou escola. Diadema foi o município do ABC com maior percentual de estudantes (31,59%) (gráfico 9.6).

A rede pública de ensino abarca a maior parte dos estudantes da região. Em Diadema, por exemplo, 83,69% dos alunos eram da rede pública em 2010. São Caetano mantinha o maior percentual de estudantes em escola particular, com 43,92% (gráfico 9.7).

Rede Pública

9.7 Percentual da população que frequentava escola ou creche, por rede de ensino, em 2010

78,10%

21,90%

75,42%

24,58%

88,55%

11,45%

83,69%

16,31%

80,29%

19,71%

76,16%

23,84%

70,69%

29,31%

70,19%

29,81%

63,03%

36,97%

56,08%

43,92%

Brasil

Estado de

São PauloSão Paulo - S

P

Diadema São

Bernardo

do Campo Rio Grande

da Serra Mauá

Santo André

Ribeirão

Pires São Caetano

do Sul

Rede Particular

Fonte: IBGE - Censo Demográ�co

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Em 2010, a faixa etária com maior número de estudantes em Diadema era a de 6 a 14 anos, com 55.609 pessoas, idade em que a criança/adolescente normalmente frequenta o ensino fundamental. Apesar de ter o menor percentual (9,91%), a faixa com 25 anos ou mais possuía o segundo maior número absoluto de pessoas que estavam estudando (22.341). Entre as crianças de 0 a 3 anos, 22,47% frequentavam creche e 82,44% a pré-escola, de 4 a 5 anos. (gráfico 9.8).

O Projeto de Lei sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), enviado ao congresso em 2010, prevê, num período de cinco anos, atender 30% da população de até 3 anos de idade (creches), e 60% da população de 4 e 5 anos (pré-escola). Até o final da década, a meta é atingir, respectivamente, os percentuais de 50% e 80%.

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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1998.

DAS TRILHAS AO DESENVOLVIMENTO. Diário Regional – Suplemento de Aniversário de Diadema. Diadema: 08 dez. 2011, p. 6-7.

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIADEMA. Sumário de Dados Sócio-Econômicos de Diadema – Primeiros resultados. Diadema, 1995.

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ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações. 2ed. Brasília: OPAS, 2008. Disponível em: http://www.ripsa.org.br/php/level.php? lang=pt&component=68&item=20. Acesso em 18 jan. 2012

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VIRADA DE DIADEMA COMEÇA NOS ANOS 80. Diário Regional – Suplemento de Aniversário de Diadema. Diadema: 08 dez. 2011, p. 8.

Referências

Sites de pesquisa

Fundação Seade – Sistema Estadual de Análise de Dados www.seade.sp.gov.br

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ww.ibge.gov.br

MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior www.mdic.gov.br

Ministério da Saúde/DataSUS www.datasus.gov.br

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego www.mte.gov.br

Portal Diadema www.diadema.sp.gov.br

SSP – Secretaria Estadual de Segurança Pública www.ssp.sp.gov.br

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