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Rio Grande do Norte Trovadoresco

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Colecao Memoria Viva

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Coleção Memória Viva

e-Livretos publicados:

Livreto 1: Paraná TrovadorescoLivreto 2: Paraná Trovadoresco

Livreto 1: São Paulo Trovadoresco

Seleção, organização, layout, edição, distribuição: José Feldmancontatos: [email protected]

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SumárioAdemar Macedo............................................................................................................5Arlindo Castor de Lima................................................................................................11Auta de Souza.............................................................................................................13Bento de Carvalho Rabelo..........................................................................................17Chico Mota...................................................................................................................19Clarindo Batista...........................................................................................................21Djalma Alves da Mota..................................................................................................23Esmeraldo Siqueira.....................................................................................................25Eva Yanni Garcia.........................................................................................................29Fabiano (de Cristo Magalhães) Wanderley.................................................................31Francisco Garcia de Araújo (Prof. Garcia)..................................................................34Francisco Neves Macedo............................................................................................40Hilton da Cruz Gouveia...............................................................................................46Jayme dos Guimarães Wanderley..............................................................................48Jayme Paulo Filgueira.................................................................................................50Joamir Medeiros..........................................................................................................52João Alfredo Pessoa de Lima Neto.............................................................................54João Carlos de Vasconcelos.......................................................................................56José Amaral.................................................................................................................58

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José Lucas de Barros..................................................................................................63José de Souza Revoredo Neto...................................................................................68Luiz Dutra Borges........................................................................................................70Luiz Gonzaga da Silva.................................................................................................72Manoel Cavalcante de Souza Castro..........................................................................75Mara Melinni de Araújo Garcia....................................................................................79Marcos Antonio Medeiros............................................................................................85Maria Silva Carriço......................................................................................................89Mariano Coelho...........................................................................................................92Reinaldo Moreira de Aguiar.........................................................................................94SOBRE O LIVRETO....................................................................................................99José Feldman (Biografia)..........................................................................................100Direitos Autorais........................................................................................................106Indicações de Sites de Trovas..................................................................................107

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Ademar MacedoNatal

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A mulher por malandragem,desfila com um “tampão”!Fecha a porta da garagemmas não empata a visão!...

Entre sonos e cochilos,numa deslumbrante rota,

meus sonhos voam tranquilosnas asas de uma gaivota...

Fiz com Deus uma aliançaque somente um cristão faz:ser soldado da esperança

numa guerra pela paz.

Fui num forró outro dia,“bebum” que só um caçote;tinha um pote de água fria...

Fiz xixi dentro do pote!

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Na floresta, a “derrubada”deixa em minha alma sequela,

pois a dor da machadadadói mais em mim do que nela.

Nasce a aurora e, mansamente,mostra em cada amanhecer

a realidade que a gentefaz tudo para esquecer.

Nos momentos mais tristonhoschega a musa da poesia,

torna reais os meus sonhosnum mundo de fantasia.

O dia quando se encerra,ao pedir ao sol que ele entre,

causa a impressão de que a terraabriga o “Astro-Rei” no ventre.

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O meu Chevette é incomume vou lhe dizer porque é:

é porque ele é “três em um”...Carro, bar e cabaré.

O meu rio além das águasviaja tal qual um monge

carregando minhas mágoaspara desaguar bem longe!

O vício sempre nos joganuma dor que nos revolta:

– ver um filho usando droga,numa viagem sem volta!

Para o pobre interagir,Deus lhe deu, para viver:

uma boca p’ra pedir...duas mãos p’ra receber!...

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Partiu deixando uma dor,e eu talvez não me acostume

a viver sem seu amor,Seu carinho, seu perfume!

Quando se perde quem ama,além de mágoa e queixume,

fica nos lençóis da camao cheiro do seu perfume!...

Quem na mata acende a chama,suja o rio e a correnteza;

joga um punhado de lamano rosto da natureza!...

Quem se entrega a solidãoe dela se faz refém,

anda em meio à multidãomas não enxerga ninguém!

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Se, da mulher fiquei farto,por causa do seu ciúme,

eu vou, mas deixo no quartoum vidro do meu perfume.

Sem família e muito pobre,de um filho que o amor lhe deu,

feito um exame... DescobreQue nem esse filho é seu!

Sou dançador de primeirae, se acaso for forró,

eu passo uma noite inteiradançando com um pé só!

Vivemos a realidade,tal e qual em “Sucupira”.

Tudo parece verdade,mas, na verdade, é mentira!..

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Arlindo Castor de LimaNatal

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Criou-se na Chefaturaum castigo diferente:faxina com água pura

ao invés de DETER GENTE.

Procuro divertimentomas não me alegro porque

o diabo do pensamentonão se afasta de você.

Saúde, mulher e dinheiro,um trio que bem nos faz,mas só tem valor inteiro

se em nossa alma houver paz.

Ser mãe é ser milagrosa.Fonte eterna da esperança,a mãe é sempre formosa,o filho é sempre criança.

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Auta de SouzaMaracaíba

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Ama e serve, sofre e luta...Sem lâmina que a sublima,

a pedra largada e brutanunca seria obra-prima.

A morte não vence a vida,por muito que a desarrume.

Tomba a rosa fenecida,o céu recolhe o perfume.

Colhi, entre amigos meus,este conceito profundo:

- Mãe é um sorriso de Deusnos sofrimentos do mundo.

Da estrela à raiz da ervavibra esta lei do Senhor:

o tempo apenas conservao que se faz por amor.

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Embora desiludida,alma cansada e sincera,por muito te doa a vida,

não desanimes!... Espera!

Eu quero bem às criançasporque não sabem mentir:

são pombas lindas e mansas,passam na vida a sorrir.

Ofensa, pedrada, espinho,injúria, maldade ou lama...Tudo vence, no caminho,o coração de quem ama.

Obsessão de quem ama,ninguém consegue entendê-la:

parece vaso de lamaencarcerando uma estrela.

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Quando eu morrer, vou assim:Sustendo meu coração...Saudade da terra? Sim!Saudade da vida? Não!

Segue o ideal que te aquece,serve ao bem, seja onde for;

trabalho que permaneceé o que se faz por amor.

Tenho a luz dos dias meusnesta sentença concisa:coração entregue a Deustem tudo de que precisa.

Tribulações de alma aflita?...Esquece, fazendo o bem;Deus é a bondade infinita,

não desampara a ninguém.

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Bento de Carvalho RabeloNatal

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Bom violão, que me acordasao luar do meu sertão,

que bem me fazem tuas cordasàs cordas do coração.

Maria, leve de graçao bem que lhe fiz e dou.

Leve também a desgraçaque me fez e não levou.

Por nada tenho ambição,com riqueza não me iludo;

pelo só contemplaçãoeu tenho a posse de tudo.

Poesia é como sementeque em boa terra se planta,

que o povo entende e que sente,que se recita e se canta.

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Chico MotaCaicó

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Nós somos mal informados.Nossas chances são pequenas,

por vivermos mergulhadossob as ilusões terrenas.

Depois que a aurora despontamostrando a cara do dia,

o meu ego toma contado meu mundo de poesia.

Quisera saber um terçoda vida espiritual.

Vem da certidão do berçoo nosso estágio carnal.

Nem que venha uma avalanchapor um raio abrasador,

nada no mundo desmanchao nosso ninho de amor.

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Clarindo BatistaNatal

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Educar uma criançacom um trabalho eficazé ter plena confiançade não punir o rapaz!

Nós cremos no Deus da vidae vemos com nitidez

que onde Ele tem acolhida,sortilégio não tem vez!

Nada tem tanta poesiacomo este brilho profundo

que a natureza irradiado pantanal para o mundo!

O contraste que amarguraa maioria indefesa

é uns, com tanta fartura,e tantos sem pão na mesa!

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Djalma Alves da MotaCaicó

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Ferindo feito um punhal,cravado sobre meu peito...

Destino – a causa banaldo meu romance desfeito.

De pileque, o Zé Libório,procedeu de modo errado...

Chupando o supositório:– ah confeito ruim danado!

Lá na granja do Zé Novofoi montada a sentinela...O galo que não faz ovovai pro fundo da panela.

De beijar-te tenho ânsia,pois vivemos separados...

"o beijo é a menor distânciaentre dois apaixonados".

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Esmeraldo SiqueiraPedro Velho

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A mediocridade infestaos arraiais literários:

asnos exibem na testatriunfos extraordinários.

Amou o belo e a verdadeSem crer no Céu nem no InfernoDo mundo, em vez de saudade.

Sente agora alívio eterno.

Crer no amor é crer na vida,saber amar é viver.

Quem descrê do amor duvidada própria razão de ser.

Dão-se prêmios repetidosa livros que valem nada,de versos desenxabidosou prosa vazia e aguada

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De amor os versos que fizdariam mais de um milheiro.

Toda mulher que me quisfoi por amor... ao dinheiro!

Larápios de mil padrõeshá neste mundo, dispersos.

Até conheço ladrõesque roubam frases e versos...

Os asnos são divertidos,asnos bípedes, é claro,

todos se julgam sabidos,dotados de senso raro.

Para o meu tédio curar(mal que, aliás, não tem cura),

ponho-me a ler e a estudar:Cultivo a literatura

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Retornado ao pó obscuro,coração, urna de pranto,quem saberá, no futuro,

que amaste e sofreste tanto?

Se eu respeitasse o jumentomesmo o bravio e coiceiro,adeus meu divertimento,

alegre humor galhofeiro…

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Eva Yanni GarciaCaicó

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Aquele sonho, tão lindo...entre nós dois, na verdade,

era um mistério sorrindoentre o amor e a saudade!

No chão cinzento da terra,restava um sinal de cor:

não era o sangue da guerra,mas o vermelho... da flor!

Desponta sereno o dia,e o meu sonho, sem demora,

enche o mundo de poesiaao romper da linda aurora!

Quando a aurora esconde o enredo,de um despertar tão bonito,esconde um grande segredo

dos mistérios do infinito!

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Fabiano (de Cristo Magalhães) WanderleyNatal

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No calor das minhas lutas,nos sufrágios, com cautelas,

vou votar nas prostitutas,me cansei dos filhos delas !

O fogo faz seus horrores,queimada é devastação;onde havia vida e cores,há tristeza e solidão!...

Para aumentar meu queixume,puseste sim, por maldade,em teu bilhete um perfume:"A fragrância da saudade".

Quatro linhas, transcriçãode impulsos que vêm do peito,

eis a TROVA, sem senão,dos versos o mais perfeito!

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Conhaque, quando é demais,valei-me, ó Agnus Dei !Já fez mulher, ser rapaze muito macho, ser gay.

Desisti das minhas lutas,nos sufrágios, com cautelas,

vou votar nas prostitutas,me cansei dos filhos delas...

Quero paz, mão estendida,carinho, amigos e enfim,a escolha de amar a vidae ser amado, por fim ...

Por mais, notória, a cultura,que em versos, se vê, à prova,

é transformada em candura,ante a ternura, da trova...

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Francisco Garcia de Araújo (Prof. Garcia)Caicó

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A dor que se intensificae amedronta os dias meus,

é pensar na dor que ficadepois da palavra adeus!

A insensatez, na verdade,separou nossos lençóis;

e agora a dor da saudadedói muito mais entre nós!

A musa chega e me inspira,num delírio encantador...

Afina as cordas da lirae enche o meu mundo de amor!

A natureza resiste,mas a tristeza do monte,é enxugar o pranto triste

dos olhos tristes da fonte!

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As cordas desafinadase esta voz chegando ao fim!...São mimos das madrugadasguardados dentro de mim!

Cadeira velha!...Esquecida,sem dono e sem mais ninguém...

Só a saudade atrevidareclama a ausência de alguém!

Esta aliança que um dia,já guardou nossos segredos;

hoje guarda a nostalgiadas digitais de outros dedos!

Esta dor que em mim persistee não me deixa dormir!...

é "aquela" lembrança tristedo que deixou de existir!

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Este amor que em mim fervilha,quando estamos sempre a sós...

se for bem feita a partilha,será eterno entre nós!

Minha renúncia...Quem sabe...não seja a chave secreta,de tudo quanto só cabe

na inspiração de um poeta!

Morre a tarde!...E ao fim do dia,na imagem do sol poente,

há tintas de nostalgiado fim da tarde da gente!

Nesta longa caminhadaque fazemos sempre a sós...

Nem o silêncio da estradaquebra o silêncio entre nós!

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Pelas manhãs vou buscandominha esperança perdida...

Há sempre um sonho vagandonas alvoradas da vida!

Quando a minha fé se esmera,penso que tudo se alcança.

Por longa que seja a espera,não perco nunca a esperança!

Quando a tarde veste o manto,torna escura a luz do dia...

Saudade dói outro tantodo tanto que já doía!

Quase seca...E a fonte insisteem seu lamento de dor!É o canto ficando tristee a fonte jorrando amor!

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Prazer é sentir os dedosde nossas mãos artesãs

pintando os lindos segredosdas auroras das manhãs!

Revendo entulhos e tacos,na tapera dos meus sonhos,chorei por ver tantos cacos

dos meus dias mais risonhos!

Teu amor que me enternece,que acaba todo meu pranto,

da sobra faço uma prece,e ainda sobra outro tanto.

Toda tarde o passarinhobate as asas, quando canta.Quanto mais longe do ninho,

mais afinada a garganta!

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Francisco Neves MacedoNatal

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Ao flagrar a companheiracom o Ricardão, no riacho.Pra se vingar da chifreira,

foi dormir com outro macho

As dúvidas me atormentam,nas verdades que busquei.Incertezas acrescentam...Nem sei se sei o que sei.

Bateu na porta da frentee correu para a de trás.Desta forma inteligente,

pegou dez “sócios” ou mais!

Bebo na fonte sagrada,De onde vem os versos meus.Sem ela, eu não faço nada...-Esta fonte, amigo, é Deus!

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Buscando a felicidadepor este mundo sem fim...Descobrir uma verdade:Ela está dentro de mim!

Ciúme não é terrore não há quem me convença

que seja prova de amorou que não seja doença.

Eu choro igual MadalenaPra não perder uma Farra,

Mas, pra missa ou pra novenaEu só vou se for na marra!

Eu digo e tenho certeza Cigarro só traz derrota Numa ponta a brasa

Na outra ponta um idiota.

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Faça de um simples Bom dia,um ato de comunhão...

Levando “ao outro” a energiaque está no seu coração!

Fosse, a seiva, inspiração,cada árvore, um Trovador,

floresta era a imensidãode verdes Trovas de amor.

Garrancho, graveto, espinho,feito de amor, que eu suponho,

vai aquecer nosso ninhopara “chocar” nosso sonho.

João-de-barro, um engenheiro,que jamais leu apostila.

Seu ninho é quase um mosteiro:- poema feito de argila!

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Na rapidez da informática,meu sonho dura um segundo,

numa proposta automáticaPaz, ponto com, ponto mundo.

Nas águas correntes, turvas,numa corrida sem fim...O rio leva entre curvas,Um pedacinho de mim!

O rio da minha infância,em grande velocidade,

fez-se no tempo e distância,um tsunami de saudade!

Os lábios, num beijo, unidos,despertam grande paixão...

Tornam um só, dois sentidos,de dois, um só coração!

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Saudade é o fundo de um poço onde minha alma vegeta, mantendo vivo, no fosso,

o coração do poeta!

Saudade, um grande cercado, sem cancela e sem mourão; onde vivo “enchiqueirado”

à sombra da solidão.

Três invenções sem futuro:Carro, mulher e baralho.

As três me deixaram “duro”,não sei quem deu mais trabalho!

Na parede, em frente à cama,teu retrato desbotado

ouve a minha alma que chama...Mas não atende ao chamado!

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Hilton da Cruz GouveiaNatal

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Com grande amor pelos pobres,animais e passarinhos,

São Francisco de ações nobressó nos deixou bons caminhos.

Natal é pura magia...Todo o Brasil a conhece:

é linda durante o dia,mais linda quando anoitece!

Pra velhice não tem rogo,até parece uma praga;

aos sessenta baixa o fogoe aos oitenta o fogo apaga!

Solteira e sem compromisso,a lua brilha na areia.

Namora o sol e, por isso,brilha mais quando está cheia.

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Jayme dos Guimarães WanderleyNatal

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Poesia! Suave perfumeque obra milagre fecundo,pois multiplica e resumetoda a beleza do mundo!

Quando a noite veste o espaçode lantejoulas de luz,

Natal parece um pedaçodo presépio de Jesus!

Teus seios são duas criasde um encantado viveiro;

são duas rolas braviaspousadas num jasmineiro!

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Jayme Paulo FilgueiraCaicó

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Nos bons tempos de criança,sonhava rei ser na vida.

Hoje toda esta esperançaé ser teu servo, querida.

São como barcos partindonosso tempo de rapaz,

aos poucos vão se sumindo…sumindo e não voltam mais.

Vi-te dormindo, serena,ao travesseiro abraçada,

lamentei: Meu Deus, que pena!Quanta afeição esbanjada!!!

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Joamir MedeirosJardim do Seridó

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Eu creio em Deus, sou devoto,amo o Brasil com fervor,

mas nunca mais dou meu votoa quem não me dá valor.

Mesmo vencendo a contenda,e os medos da tenra idade,

o lobisomem é a lendaque vive em minha saudade!

Senhor Deus – Rei do Universo,eis a prece que se encerra:

-- Mandai chuva... ouvi meu verso...-- Bani a seca da Terra!

Sou trovador, sou poeta,vivo feliz -- tenho paz...

Esta é a prova mais completado bem que a Trova me faz!

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João Alfredo Pessoa de Lima NetoNatal

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Lá no céu, bem curiosa,a lua branca altaneira

espreita maliciosaos cabarés da Ribeira.

Nossa cultura estarácom Cascudo e Otoniel,

com Auta e Itajubá,representada no céu.

Ribeira velha e cansada,muito orgulhosa de sideita o ,embriagada,no leito do Potengi.

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João Carlos de VasconcelosNatal

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Coração, és como um cofreguardando mágoa sentidade quem vive, luta e sofre

no mar revolto da vida!

Entre dormindo e acordado,meus lábios se abrem risonhos:

a saudade do passadome faz sonhar velhos sonhos.

Natal é cidade amada,do Potengi a consorte.- É bela joia engastada

no Rio Grande do Norte!

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José AmaralNatal

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A caridade é perfeitase quem a faz só deseja

entregar com a mão direita,sem deixar que a esquerda veja.

Amor é grande e, portanto,maior que o mundo inteirinho.

Mas pode caber num cantodo mais humilde ranchinho.

Caçador, foste pro mato,mataste mil passarinhos,

e eu te pergunto, insensato:- quem leva comida aos ninhos?

Dois beijos. Dois, e mais nada,me comoveram na vida:

um – que te dei na chegada,o outro – que dei na saída.

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Eu sei, na realidade,a razão dos teus queixumes.

- Estás louca de saudadepor falta dos meus ciúmes.

Eu te amo - tu me disseste.Mas eu nunca acreditei!

Um doce beijo me deste...- Nunca mais duvidarei.

Não desanime, não pensena distância de um caminho...Um carro de bois não venceas léguas devagarinho?...

Não quero corais de prantono dia da minha morte...

- Vou me enterrar no chão santodo Rio Grande do Norte.

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O galo nasceu valenteporque tinha de nascer...

- Já pensou se fosse a gentetrinta esposas defender?…

O poder é como o rio,temido quando tem cheia.Mas depois de estar vazio

quem vai ter medo de areia?...

Quase nunca se diz tudo,quando se fala demais.

- Um livro que vive mudodiz-nos coisas magistrais.

Teus olhos são pisca-piscado carro azul da saudade,

correndo em estrada ariscalevando-me a mocidade.

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Teus olhos, tão invulgares,quando se quedam tristonhos,

são materias singularespara um temário de sonhos.

Todo homem que anda "perdendo",e mulher que "Acha" demais,

é moral se corrompendo,é honra que se desfaz.

Vaqueiro - ninguém suplanta,ninguém supera esse arroio

que sai de tua garganta,nas notas do teu aboio.

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José Lucas de BarrosNatal

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A menina seminua,presa, disse ao detetive:

– eu não me queixo da rua,mas do lar que nunca tive!

Como é belo ver a plantaque abre flores nos caminhos,nas horas em que Deus canta

pela voz dos passarinhos!

Em muitas ocasiões,só somos bons elementosporque certas intenções

não passam de pensamentos.

Mais vale da vida o espelhoque muitos sermões no templo...

Em vez de nos dar conselho,seu padre, nos dê o exemplo!

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Minha mulher reza tantoaos pés de Nosso Senhor,

que eu vou precisar ser santopra merecer seu amor.

O amor e o sonho, querida,são graças que Deus nos deu...Quem não ama não tem vida,quem não sonha já morreu.

O cego, com dedos certos,tange a sanfona dorida,

e eu, com dois olhos abertos,erro nas teclas da vida.

– Oh! Que demora sem fimpara tua decisão!

Chegou tão tarde o teu sim,que já parecia um não!

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– O perdão é que é o sinalde perfeita lucidez...

Quem se vinga faz o maldo jeito que alguém lhe fez.

Para abraçar-te, menina,meu anseio é tão profundo,

que a distância de uma esquinaparece uma volta ao mundo.

Quando a jangada flutuasobre as águas, ao luar,

é uma lágrima da luanos olhos verdes do mar.

Quando estou em meu terraço,olhando os astros risonhos,a Lua atravessa o espaço,

puxando o carro dos sonhos!

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Quando o tempo se levantano sertão, e a seca vem,

não morre somente a planta,morre a esperança também!

Sei que deste mundo lindovou sair, só não sei quando,mas quero morrer dormindo

para entrar no céu sonhando.

Sem ter da mulher o afeto,não tenho felicidade.

Homem nenhum é completoquando lhe falta a metade.Vou brincar com pirilampos

e beijar as flores nuaspra ver se encontro nos campos

a paz que fugiu das ruas!

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José de Souza Revoredo NetoNatal

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A natureza descerrao tempo o infinito véu:

de dia - descobre a terra,de noite - descobre o céu…

Na vida o amor que é fingidomachuca, fere, magoa.

Mas o amor-próprio ferido,em geral, nunca perdoa.Se ao fitar o plenilúnio

um vate não se completa,- então, Mãe Natura - pune-o,

que ele é um ser frio, não poeta!...

Vivendo, embora, a existênciadistante da perfeição

que me falte a luz da ciência,mas nunca a luz da razão.

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Luiz Dutra BorgesNatal

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Das luzes da mocidade,que deram luz à ilusão,

sobrou sombra de saudade,dando sombra à solidão…

P’ra esquecer a ingratidãoque à noite me fez sofrer,plantei uns pés de perdãono vale do amanhecer!!!

Que ironia tem a rimana ponte que o rio cobre:O carro do rico em cima,

em baixo, a casa do pobre!!!

Tristeza no peito eu sinto,em ver que a mãe terra come,

o próprio filho faminto,que a mesma matou de fome.

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Luiz Gonzaga da SilvaNatal

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Acre odor de mata em chama,fumaça que faz chorar,

meu peito gemendo clamapara a queimada acabar.

A mulher de meia idade,madura e bem assumida,

tem a preciosidadede uma vinha enobrecida.

Nesta vida tão atroz,de multiformes percalços,

milhares são os heróisque lutam de pés descalços.

Passando fome em criança,privações na mocidade,será que a tal esperançaresiste à terceira idade?

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Segue a vida em seu passarna corredeira dos anos,

salpicando o meu sonharcom gotas de desenganos…

Vivendo sem sul, sem norte,suportando a minha dor,

sou "antes de tudo um forte"- sertanejo e trovador.

Um sonho de juventudenão morre nunca, eu suspeitopois me assusta a inquietudeque ainda carrego ao peito.

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Manoel Cavalcante de Souza CastroPau dos Ferros

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Ao chegar neste recintodas terras de Caicó,

com todo fervor eu sintoque aqui não me sinto só.

A velhice, em tom sarcástico,gosta de mostrar que sou

restos de sonhos de plásticoque o trem do tempo esmagou.

Covarde, pobre e mesquinho;quem durante a caminhadaante às pedras do caminho,decreta o final da estrada.

– Já passaste, Primavera?Nenhuma flor me marcou!

Querendo ser quem eu era,nunca mais fui quem eu sou...

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Na realidade, o pecadoque me faz vagar a esmo,

foi na vida ter amadooutro alguém mais que a mim mesmo!

Pode ir embora, querida...Que eu guardo a dor compulsória

de ter que arrancar da vidaquem tatuei na memória.

Quando a família é rompidapor atos cegos, tiranos,deixa destroços de vida,

restos de seres humanos…

Ser literato ele soube,com "Os Sertões", obra lendária.

Foi tão grande que não coubenuma escola literária.

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Seu olhar de sinceridade,crava paz nesse meu peito.

Nosso laço de amizadetem as fitas do respeito!

Sua imagem, na lembrança,em mim se consolidou

num retrato de esperançaque a vida não revelou...

Tantas lágrimas na facede tantos que a vida ignora.E cada aurora que nasce,

é apenas mais uma aurora.

Trinam pássaros nos galhos...a brisa é leve e sombria;

a aurora sobre os orvalhosabre as cortinas do dia.

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Mara Melinni de Araújo GarciaCaicó

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A velha esquina esquecidatoda enfeitada de flor,

sem querer, fez-se guaridade nossa história de amor.

A vida é palco, onde há cantode maldade, espanto e dor...Não há cortina, entretanto,

que feche um palco de amor!

Da linda infância de outrora,guardo os brinquedos diversos,na lembrança, que hoje mora,no doce encanto... dos versos!

Dos gritos pela calçadaa lembrança derradeira...Hoje a rua, abandonada,sente saudade da feira!

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Eu sinto a força da vidae a mão divina de Deus,em cada manhã florida,

na aurora... dos versos meus!

Eu vi o amor eclodindona mensagem de um chamado:

- O mar, despido, sorrindo...- O sol se pondo... apressado!

Mar adentro, mundo afora,a distância aumenta mais...

e enquanto a saudade chora,"um lenço acena no cais".

Minha família sem teto,repartia o mesmo pão...

Mas sobrava sempre afeto,no final da divisão...!

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Não busco da vida o intentosenão de ser, todo dia,feliz a cada momento

no meu ninho de poesia!

Nas noites de solidão...— Lua, que embala os amores,

és, em tua mansidão,a musa dos trovadores!

Nossas juras semeadasna infância, de amor risonho...Inda giram, de mãos dadas,Na ciranda do meu sonho!

Ó, mãe... teu afeto é tanto,tão angelicais teus traços...

que a vida tem mais encantona doçura dos teus braços!

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Quando adormeço, sozinho,relembrando aquele adeus...a lembrança é o triste ninho

do calor dos braços teus!

Se eu me for, antes de ti...Levarei, dos nossos traços,

cada noite que vivina cortina... dos teus braços.

Segue o tempo, indiferente,pela idade, em despedida...Passa, mas deixa presente

o doce encanto da vida!

Senti o afeto embalandoaquela linda criança...

No abraço da mãe, ninando,o seu sonho de esperança!

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Sereno é quem, sem temores,faz de sua caminhada,

um jardim cheio de floresentre os espinhos da estrada!

Tocam sinos de alegriano encanto do firmamento...E a luz da estrela anunciaJesus em seu nascimento!

Velha fonte... O largo antigo...Sob as ruínas... Num canto...

Hoje tu choras comigo,Dividindo o mesmo pranto!

Vida: caminho que alcançana esquina a sua metade;

de um lado, vive a esperança,do outro, dorme a saudade.

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Marcos Antonio MedeirosNatal

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A feira me deu prazeresde consumo e de valor;

ali vi muitos saberesque nunca vi num doutor.

Afeto, palavra amena,à semelhança do amor,

está sempre em cada cenada vida do trovador.

A negritude das tranças,dos teus cabelos, querida,

hoje é parte das lembrançasda aurora de nossa vida.

Depois do desastre feitoe do pranto derramado,

fica o rio sem o leito,o homem sem o pescado.

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Entendimento em verdadeconstitui a garantia

de que essa nossa amizadese renova a cada dia

Na fauna de estimaçãotem bicho como tu és.

Com plumas feito pavãomas sem olhar para os pés!

Piedade, chama divina,que acende a cada aflição,

é fonte que me iluminaquando concedo o perdão.

Porque é que todo mundoacha-se mais sofredor,

se o sofrimento é profundoe ninguém afere a dor?

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Quando a noite vai embora,a aurora vem, de mansinho,despertando fauna e florana mata e no ribeirinho.

Quem poluir nossos riossem nenhum constrangimento

cometerá desvariospassíveis de julgamento.

Se eu tivesse que vendermercadoria nas feirasexporia, com prazer,

meus sonhos nas prateleiras.

Seja terrestre ou marinho,vejo o pássaro tristonho

quando alguém destrói seu ninhodesconstruindo seu sonho.

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Maria Silva CarriçoNatal

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Mãe - riso que esconde o pranto,perdão que esconde uma dor,um gesto que encerra encanto,

renúncia em forma de amor!

Na passarela dos sonhos,num desfile de magia,

passam pierrôs tristonhos,num carnaval sem folia...

Os sonhos que acalentei,nos tempos de mocidade,foram nuvens que soltei

no céu de minha saudade!

Se estás perto, que alegria!Se estás longe, quanta dor!- Vive assim, nesta agonia,

quem padece o mal de amor.

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Se te maltrata a tristeza,amargando tua lida,

lembra-te bem que a fraquezanão vence a escarpa da vida!

Vida - cristal lapidadopelos nossos desenganos...

Quanto mais esfacelado,mais brilha através dos anos...

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Mariano CoelhoAssú

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Matar o tempo!... Que intentoabsurdo e inconsequente!

- Se o tempo, a todo momento,é que vai matando a gente!...

No velho mundo de outrora,de nebulosas e arcanos,raiou uma Nova Aurora,já vai para dois mil anos.

Para que tanta disputa,para que tanta ambição,se todos, ao fim da luta,

ganham só palmos de chão?!

Sábias leis, sistemas novos,pomposos rituais nos templos...- Bem melhor conduz os povos

a força dos bons exemplos.

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Reinaldo Moreira de AguiarNatal

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A lágrima, na verdade,por seu poder infinito,traduz com fidelidade

o que não pode ser dito…

Após longa caminhadade perigos e cansaços,encontrei doce pousada

na maciez dos teus braços.

Com primoroso carinho,usando formosa teia,

as nuvens fazem caminhopor onde a lua passeia.

Em branda calma e sozinho,sou bem feliz em mirar

a aurora vir de mansinhocolorindo o imenso mar...

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Escuto o acalanto antigocom tão pura nitidez,

que às vezes penso comigo:estou na infância outra vez!

Mágoas... E para esquecê-las,assim sempre faço e fiz:

olho, ansioso, as estrelas,sou novamente feliz!

Minha cidade é tão linda!Não há de certo outra igual.

-- Ostenta beleza infindano próprio nome: NATAL!

No esplendor da lua cheia,vejo, no meu delirar,

a saudade que passeiano verde dorso do mar!

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O meu peito é velho cais,onde o barco da saudadedescarrega sempre maislembranças da mocidade.

Onda de espuma enfeitada,que nos encanta e deleita,

vem de longe e tão cansada,que sobre a areia se deita...

Os males do mundo encaro,e pela vida me arrisco,

tendo sempre o forte amparona oração de São Francisco.

Pessoas, casos, andanças,lances de vários matizes...é garimpando lembrançasque tenho as horas felizes.

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Quem atinge longa idadecumpre cruel penitência:-levar a cruz da saudadeaté o fim da existência.

Se, às vezes, alguma trevaa minha estrada domina,

a Trova surge e me enleva,e tudo então se ilumina.

Sinto-me bem satisfeito,quando, em horas sossegadas,

vejo no cais do meu peitoas saudades ancoradas.

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SOBRE O LIVRETO

O Livreto Rio Grande do Norte Trovadoresco tem por intuito a divulgação dos trovadores potiguares, vivos ou falecidos. Este é mais um número, outros se sucederão, periodicamente, mantendo viva a memória destes literatos que são partes integrantes das pánias da literatura estadual e nacional, integrando deste modo a Coleção Memória Viva, que será composto de trovadores do território brasileiro, estado a estado.

Caso possuam trovas, poesias, contos de literatos de sua cidade que não estão em meu blog (http://singrandohorizontes.blogspot.com) ou o Almanaque O Voo da Gralha Azul, enviem para meu e-mail [email protected] para que não se perca na areia do tempo.

José Feldman

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José Feldman

Biografia

A esperança e o alto astral nunca me abandonaram. Se eu me deprimo, olho para estas crianças (gatos e cadelas), pulando, brincando, confiando em mim e me amando, e a esperança sempre volta. Então, eu sou José, o sonhador. Sonho e sonho, e meus sonhos nunca morrem, pois eu os vejo na alegria que há dentro dos olhos de meus gatos e cadelas. E, agradeço a Deus todos os dias, por serem esta luz”. (José Feldman)

Nasce na cidade de São Paulo, no dia 27 de setembro de 1954, terceiro filho de pai rumeno, naturalizado brasileiro, representante de móveis (falecido) e mãe guanabarense. Aos 6 anos de idade aprendeu a jogar xadrez com seu pai.

Desde os 10 anos mostra aptidão para a escrita, ao escrever pequenos contos baseados em personagens de história em quadrinhos. Nesta época, trabalha com seu pai para ajudar na casa.

Com cerca de 13 anos de idade, escreve as suas primeiras poesias. Na época já lia muitos livros e revistas.Primeiros livros foram a coleção de Monteiro Lobato dada por seu pai. Com seu pai, o qual tocava bandolim,

também aprendeu o gosto pela música. Aprendeu violão, mas não se deu bem com o instrumento.Com cerca de 15 anos de idade participou de concursos de poesia sem sucesso.

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Em 1975, concluiu o curso Técnico de Laboratórios Médicos, ingressando no mesmo ano de sua formatura no Hospital das Clínicas da FMUSP, em São Paulo, onde trabalhou em análises bioquímicas de sangue por cerca de 13 anos e 2 anos em endocrinologia.

Desde 1973, com uma fome enorme de conhecimento, realizou vários cursos, como Filosofia no Instituto Palas Athena, Italiano na Associação de Cultura Afro-Brasileira, Inglês no Instituto Roosevelt e Instituto Norte Americano, Leitura Dinâmica e Desinibição e Criatividade, no Instituto Dynamics Cymel, Arte Dramática no Instituto Macunaíma, Filosofia no Centro de Estudos Filosóficos Pró-Vida, além de diversas palestras e encontros de literatura.

Em 1975, devido a enfermidade de seu pai, auxilia-o na direção de clube de xadrez no Instituto Cultural Israelita Brasileiro (ICIB), assumindo definitivamente a diretoria em 1978, até o ano de 1996. Neste período, foi auxiliar de diretoria, arbitro e professor de xadrez no Xadrez Clube Sorocaba e no Clube de Regatas Tietê.

Também, no ICIB, pertence a diretoria cultural, promovendo diversos eventos musicais, além da Oficina de Trovas, ministrada pelo grande trovador Izo Goldman, e revelando talentos musicais dos jogadores do departamento de xadrez.

Neste período começa a dar maior ênfase também à literatura, ao fazer, na Casa Mário de Andrade (Oficina da Palavra) o curso de Poesia Viva, com a poetisa Eunice Arruda, curso de literatura com Mario Amato, Ficção Cientifica na literatura e no cinema com o escritor de renome internacional, André G. Carneiro, além da Oficina de Trovas com Izo Goldman.

Cursou a Faculdade de Psicologia, nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), mas tendo de abandonar devido a sua situação financeira insuficiente para se manter.No xadrez, como organizador, diretor, arbitro, pelo seu desejo de sempre integrar todos numa panela só, para não haver panelinhas, granjeou a admiração e o respeito de grandes jogadores, o que o fez elevar o clube da 3ª categoria para a categoria especial, aumentando o numero de jogadores de cerca de 10 para aproximadamente 300. Criou também um boletim enxadristico denominado “J’Adoube” (eu arrumo), direcionado a todos os níveis de jogadores, com partidas,

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notícias, estudos, piadas enxadrísticas, etc., e com tempo obteve a adesão de colaboradores com desenhos artísticos, poemas, etc. (na época não havia computador, era tudo na máquina de escrever e mimeógrafo).Na literatura continuou tentando ainda concursos de poesia na Livraria Freitas Bastos e Scortecci, mas ainda sem sucesso. Com as trovas, obteve pela primeira vez uma menção honrosa no Concurso de Santa Cruz do Sul (RS).

Casou-se em 1995 com a poetisa , escritora e tradutora paranaense Alba Krishna Topan, a qual conhecera no curso de Ficção Científica, na Casa Mario de Andrade. Neste período, trabalhou como digitador em laboratório de análises e na área de laboratório no hospital DST-AIDS.

Foi em 1999 para Curitiba, onde ficou longe da literatura e do xadrez, trabalhando, aos 45 anos de idade, como recenseador no IBGE e carteiro. Não conseguindo se adaptar ao clima, mudou-se para a cidade de Ubiratã, a cerca de 70 km de Cascavel (PR).

Em Ubiratã, começou a se firmar ao ser eleito em 2001 como vice presidente da diretoria provisória, da Associação dos Literatos de Ubiratã (ALIUBI), tendo contato com poetas da região.

Registrou-se como representante da Delegacia de Ubiratã, pela União Brasileira de Trovadores do Paraná, auxiliando na elaboração do Boletim Paraná em Trovas com a presidente da UBT Paraná Vânia Ennes, o secretário Nei Garcez e o grande trovador A. A. de Assis.

Participou de concursos de contos em Portugal e França. Também participou de torneios de xadrez regionais, sagrando-se campeão, terceiro e segundo lugares, respectivamente, em 3 torneios. Trabalhou como supervisor no censo do IBGE.

Percebendo o pouco acesso das pessoas à literatura, e mesmo o baixo nível de leitura, começou a ler muito e se dedicar a literatura, criando deste modo um boletim, de nome Singrando Horizontes, que era feito principalmente em dados obtidos na internet e revistas, que abrangia tudo de literatura (contos, cronicas, artigos, biografias, poesias, curiosidades da lingua, noticias do mundo, estudos de livros, etc.), e começou a distribuir por e-mail para inicialmente amigos, trovadores e associações. Com o tempo foi descobrindo novos endereços e distribuiu em escolas, universidades, academias do Brasil Inteiro, além de Estados Unidos e Portugal.

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O Boletim foi indicado para ser inserido nos anais da Casa Legislativa Maçonica, que segundo as palavras do magistrado , Mestre Maçom e Deputado da Loja "Os Templários", de Curitiba, PR, Valter Martins de Toledo: "Existem alguns samaritanos da cultura/educação espalhados aqui e acolá, preocupados, sempre, com essa lamentável situação cultural da população brasileira. Eis que, vez por outra, surge em longínquos rincões pátrios, cidadãos de paciência franciscana e de porte intelectual incomum, verdadeiros abnegados, apresentando projetos de primeira qualidade, como é o caso do "Boletim Singrando Horizontes", editado pelo Professor José Feldman, no Paraná, recente, pois veio à lume em 2007 mas já fez publicar, via internet mais de 400 artigos de excelente qualidade literária e bom gosto temático, conforme bem o demonstra o Boletim n. 8, de 2008, nele realçando-se a excelente abordagem sobre Machado de Assis, em comemoração do seu centenário de nascimento. Iniciativa como esta, nos oferta esperança e merece aplausos, não podendo ficar desconhecida ou ser enviada para as prateleiras da história. Merece nosso apoio e gratidão, com votos parabenizatórios, e com a sua inserção nos anais desta casa legislativa maçonica".

Criou o Blog Pavilhão Literário Cultural Singrando Horizontes (http://singrandohorizontes.blogspot.com/) seguindo os mesmos moldes do boletim, com muito mais conteúdo, postados diariamente, iniciado ao final de dezembro de 2007.

Com isto, começou a ficar mais conhecido devido a sua divulgação dos escritores, sendo convidado no mês de junho de 2008 a efetuar uma palestra na Academia de Letras de Maringá, onde discursou sobre o Panorama da Literatura no Brasil. Muitos escritores começaram a enviar seus textos e livros para apreciação crítica.

Em novembro de 2008, a convite do escritor Sorocabano Douglas Lara, passou a ser membro da ONE (Ordem Nacional dos Escritores), recebendo o medalhão das mãos do presidente da ONE, José Verdasca, em 19 de dezembro de 2008, no Gabinete de Leitura, em Sorocaba.

Nas palavras de Vãnia Maria Souza Ennes, presidente da UBT Estadual do Paraná: É com grata emoção que a diretoria da UBT Estadual do Paraná vem acompanhando seu magnífico trabalho, há mais de 1 ano. Dia após dia, Feldman, você se supera na arte de produzir, criar e disseminar a cultura poética e literária no âmbito nacional e internacional. Cada vez mais, podemos observar a sua sensibilidade que está exposta, claramente, no Pavilhão Literário

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Cultural Singrando Horizontes, desde dezembro de 2007 a março de 2009 e que muito orgulha o nosso Paraná.É um belíssimo desempenho cultural !!! A oportunidade de poder apreciar seu site, ler, reler, participar, aprender com ele, são atitudes que nos induzem seguir adiante e, nos fazem muito bem. Portanto, receba nossos mais calorosos aplausos com as saudações trovadorescas.

Em março de 2009, foi convidado para a Cadeira Vitalícia da Academia de Letras do Brasil, pelo seu presidente, o Dr. Mario Carabajal, assumindo em 12 de agosto de 2009, em Piracicaba, representando o Estado do Paraná, na cadeira n.1, tendo por patrono Paulo Leminski, ocasião em que além de receber o diploma de imortal, recebeu o título de Doutor Honoris Causa das mãos do presidente da ALB. Foi nomeado presidente da ALB/Paraná e Vice-Presidente do Conselho de Ética., gestão de agosto 2009 a janeiro de 2012.

Nomeado Consul Municipal de Maringá/PR de Poetas del Mundo, pela sua embaixadora Delasnieve Daspet, e vice secretario Estadual pelo Paraná, pelo Embaixador do Paraná, Leme Franco.

Criou em janeiro de 2010 a Revista Virtual O Voo da Gralha Azul, Almanaque Paraná e Santuário de Trovas (em imagens), disponivel no blog. Em janeiro de 2012 cria a Coleção Memória Viva, inicialmente com 2 e-livretos: Paraná Trovadoresco, com trovas de trovadores do estado, a ser editado em vários volumes. Serão periodicamente publicados não só do Paraná, mas de trovadores de outros estados.

Grande incentivador e divulgador da literatura paranaense, reside na cidade de Maringá/PR.Não possui nenhum livro publicado.Possui participação na apresentação dos livros em papel:Átila José Borges. Matando o Porco, Eu Contos.Isabel Furini. Passageiros do Espelho.Vânia Maria Souza Ennes. Paraná em Trovas. (com uma trova).

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Uma cronica em livro de cronicas a ser lançado por Isabel Furini. Apresentação do pintor holandês Vincent Van Gogh, em livro de poesias a ser lançado por Isabel Furini.

Membro de ::ð Academia de Letras do Brasil/ Paraná – Cadeira n.1 Patrono: Paulo Leminskið Poetas Del Mundo - Consul de Maringá/ Vice Secretário do Estado do Paranáð ALIUBI – Associação dos Literatos de Ubiratãð ONE – Ordem Nacional dos Escritoresð UHE – União Hispanoamericana de Escritoresð Casa do Poeta Lampião de Gazð (OCT)ð Ordem dos Cavaleiros Templáriosð (OSTG) Ordem Sagrada do Templo e do Graalð (AMORC) Antiga e Mistíca Ordem Rosae Crucisð Pró-Vida, Integração Cósmica

Reside em Maringá/PR.E-mail: [email protected]: (44) 9981 6985 (TIM)

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DIREITOS AUTORAIS

O conteúdo deste livreto não pode ser comercializado sem a autorização dos autores ou responsáveis, no caso dos falecidos.

Respeite os direitos do autor.

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INDICAÇÕES DE SITES DE TROVAS

JOSÉ OUVERNEY – www.falandodetrova.com.brO site mais completo de trovas. Concursos encerrados e respectivas trovas, trovadores de todos os cantos e suas trovas, anúncios de novos concursos, colunas, notícias, etc. O site de cabeceira do Trovador.

ELIANA RUIZ JIMENEZ – http://poesiaemtrovas.blogspot.com Trovas de todos os cantos. Você pode participar com trovas de sua autoria todas as semanas, obedecendo a Trova-Legenda postada no blog da Eliana. Enviem suas trovas para [email protected]

ADEMAR MACEDO – Mensagens PoéticasReceba as mensagens poéticas do Ademar, todas as manhãs, todos os dias em seu e-mail. Escreva para [email protected]

UBT NACIONAL – Site Oficial – http://www.ubtnacional.com.br Associados, trovas, história, fotos, notícias, etc.