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A MAÇONARIA

A Maçonaria tem sido definida por vários modos. As mais correntes definições são:

I - A Ordem Maçônica é uma associação de homens sábios e virtuosos que seconsideram Irmãos entre si e cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente uni-dos por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se, uns aos ou-tros, na prática das virtudes.

II - É um sistema de Moral, velado por alegorias e ilustrado por símbolos.

Embora imperfeitas, essas definições nos dão a convicção de que a Ordem Maçônicafoi sempre, e deve continuar a ser, a UNIÃO consciente de homens inteligentes, virtuosos,desinteressados, generosos e devotados, irmãos livres e iguais, ligados por deveres defraternidade para se prestarem mútua assistência e concorrerem, pelo exemplo e pela prá-tica das virtudes, para esclarecer os homens e para prepará-los para a emancipação pro-gressiva e pacífica da Humanidade.

É, pois, um sistema e uma escola, não só de moral como de filosofia social e espiritu-al, reveladas por alegorias e ensinadas por símbolos, guiando seus adeptos à prática e aoaperfeiçoamento dos mais elevados deveres do homem cidadão, patriota e soldado.

Apesar de seus nobres e sublimes fins, a Maçonaria foi entre nós, como entre algunspovos, muito desvirtuada, pois, abrindo despreocupada-mente suas portas, deixou, pelafalta de escrúpulo na seleção de seus iniciandos, que seus Templos fossem invadidos poruma multidão heterogênea que, aos poucos, esquecida ou alheia aos fins sociais, foi len-tamente se transformando em sociedade de auxílios e elogios mútuos, com inclinação paraa ação política militante, regida por princípios de moralidade barata e movimentada porinteresses inconfessáveis.

O objetivo do Rito Escocês Antigo e Aceito, em todo o mundo e, principalmente noBrasil, é restabelecer a Maçonaria em seu antigo e verdadeiro caráter de Apostolado damais Alta Moralidade, da prática das Virtudes, da Liberdade debaixo da Lei, da Igualdade,segundo o mérito, com subordinação e disciplina e da Fraternidade com deveres mútuos,ampliando o limite das faculdades morais e infundindo, nos usos e nos costumes da socie-dade civil, os sãos princípios da filosofia humanitária.

Para o Rito Escocês Antigo e Aceito, a Maçonaria é o progresso contínuo, por ensi-namentos em uma série de graus, visando, por iniciações sucessivas, incutir no íntimo doshomens a LUZ CELESTIAL, ESPIRITUAL E DIVINA, que, afugentando os baixos sentimen-tos de materialidade, de sensualidade e de mundanismo e invocando sempre o GrandeArquiteto do Universo, os torne dignos de si mesmos, da família, da pátria e da humanida-de.

O nosso Rito declara como princípios fundamentais:

1 - A Maçonaria proclama, como sempre proclamou desde sua origem, a existên-cia de um PRINCÍPIO CRIADOR, sob a denominação de GRANDE ARQUITETO DOUNIVERSO;

2 - A Maçonaria não impõe nenhum limite à livre investigação da Verdade e é paragarantir a todos essa liberdade, que ela exige de todos a maior tolerância;

3 - A Maçonaria é, portanto, acessível aos homens de todas as classes e de todasas crenças religiosas e políticas;

4 - A Maçonaria proíbe, em suas Oficinas, toda e qualquer discussão sobre maté-ria política ou religiosa; recebe profanos, quaisquer que sejam as suas opiniões políti-cas e religiosas, pobres, embora, mas livres e de bons costumes;

5 - A Maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas modalidades;

é uma escola mútua que impõe este programa: obedecer às leis do País; viver se-gundo os ditames da honra; praticar a Justiça; amar o próximo; trabalhar incessante-

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mente pela felicidade do gênero humano e conseguir a sua emancipação progressivae pacífica;

A par dessa DECLARAÇÃO DE PRINCÍPlOS, a Maçonaria proclama, também, asseguintes doutrinas sobre que se apóia:

"Para elevar o homem aos próprios olhos, para torná-lo digno de sua missão sobre aTerra, a Maçonaria erige em dogma que o Grande Arquiteto do Universo deu aomesmo, como o mais precioso dos bens, a liberdade, patrimônio da Humanidade to-da, cintilação celeste que nenhum poder tem o direito de obscurecer ou de apagar eque é a fonte de todos os sentimentos de honra e de dignidade".

"Desde a preparação do primeiro grau até a obtenção do mais elevado da MaçonariaEscocesa, a condição primordial, sem a qual nada se concede ao aspirante, é umareputação de honra ilibada e de probidade incontestada"."Àquele para quem a religião é o consolo supremo, a Maçonaria diz: Cultiva a tua re-ligião ininterruptamente, segue as inspirações de tua consciência; a Maçonaria não éuma religião, não professa um culto; quer a instrução leiga; sua doutrina se condensatoda nesta máxima - AMA A TEU PRÓXIMO".

"O verdadeiro Maçom pratica o Bem e leva a sua solicitude aos infelizes, quaisquerque eles sejam, na medida de suas forças. O Maçom deve, pois, repelir com sinceridade edesprezo, o egoísmo, a imoralidade".

Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a dedicarem-se à felicidade deseus semelhantes, não porque a razão e a justiça Ihes imponham esse dever, mas porqueesse sentimento de solidariedade é a qualidade mais inata que os fez filhos do Universo eamigos de todos os homens, fiéis observadores da Lei de Amor e Simpatia que Deus esta-beleceu no Planeta.

DO TEMPLO MAÇÔNICO

O Templo tem a forma de um retângulo, no Ocidente, e de um quadrado, no Oriente.Este, separado daquele por uma grade - A Grade do Oriente - tem o assoalho mais eleva-do, para onde se sobe por quatro degraus baixos. No meio da Grade do Oriente, há umapassagem de largura proporcional ao comprimento, composta de pequenas colunas, de 1m. a 1 m. e 30, encimadas por uma barra horizontal.

A entrada principal do Templo fica no Ocidente.O assoalho do Ocidente é representado pelo mosaico, composto de losangos, alterna-

damente brancos e pretos, cercados pela Orla Dentada azul celeste e pela corda de 81 nósou voltas. Nos extremos dos eixos principais do mosaico ficam as letras correspondentesaos quatros pontos cardeais. (pag. ...)

No eixo principal do Templo, próximo ao fundo do Oriente, fica, em um estrado detrês pequenos degraus, o Trono destinado ao Venerável Mestre e de forma triangular, onderepousa uma Espada desembainhada, um malhete, objetos de escrita e um candelabro detrês luzes. (1) De cada lado da cadeira do Venerável Mestre haverá uma cadeira e umacoluna de ordem compósita, ligadas estas por um arco do meio do qual penderá um triân-gulo eqüilátero em cujo centro estará, suspensa por arames invisíveis, a letra hebraica (I-OD). Por sobre o Trono, um dossel triangular de damasco azul celeste com franjas bran-cas.

À direita e um pouco à frente do Trono, fica o Altar dos Perfumes, formado por umacoluna torsa, curta e truncada.

Entre a entrada principal e o Sul fica o Altar das Oblações, de forma igual ao prece-dente, e onde descansa o MAR DE BRONZE.

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No Oriente, de cada lado e pouco adiante do Trono, ficam uma mesa quadrangular eum assento, à direita, para o Orador, e à esquerda, para o Secretário. Fora do Oriente, pró-ximo à Grade e na mesma linha das mesas precedentes, ficam, à direita, uma mesa igualpara o Tesoureiro e, à esquerda, outra para o Chanceler.

Todas as mesas e altares deverão ser revestidos de cortinas bordadas, com franjas eorlas de galão, pendidas até o chão.

Nas faces das cortinas dos Altares das Três Luzes, existirão bordados, ou pintados,no centro: um Esquadro (\/enerável), um Nivel (1° Vigilante) e um Prumo (2° Vigilante).

No eixo do Templo, próximo à Grade do Oriente, fica o Altar dos Juramentos, sem,entretanto, impedir a passagem de uma para outra parte do Templo. Este Altar tem a formade prisma triangular, de cerca de um metro de altura, com 66 centímetros de largura emcada face, tendo como tampo uma chapa dourada com chamas ou chifres de bronze ou delatao, em cada ângulo. Sobre este Altar ficam:

(1): Para chegar ao sólio, onde fica o Trono do Ven.'. Mestr.'. é necessário subir sete (7) degraus, por quatro (4) e três (3). Os quatro primeiros degraus representam: For- ça, Trabalho, Ciência e Virtude. Os três do Trono são: Pureza, Luz e Verdade.

o Livro da Lei (2), um Esquadro com as pontas voltados para o Oriente e um Com-passo aberto em 60º e com as pontas voltadas para o Ocidente e por sob as do Esquadro.Nos lados do Oriente, Sul e Norte deste Altar, fica acesa uma vela de cera amarela, colo-cada em castiçal de um metro e doze centímetros de altura.

Entre a grade do Oriente e este Altar, será, nas ocasiões oportunas estendido o Pai-nel da Loja.

Entre os assentos das três Luzes da Loja e as paredes deverá existir espaço bastan-te para a passagem de uma pessoa.

De cada lado da entrada do Templo, fica uma Coluna, de altura proporcional a porta.Estas Colunas são encimadas por capitéis, com sete ordens de malhas entrelaçadas. Re-matando os capitéis, duas ordens de romãs ao redor das malhas. A Coluna da direita cha-ma-se J e a da esquerda B.

No Altar dos Perfumes haverá uma trípode e vasilhame contendo perfumes a seremqueimados.

Na mesa do Tesoureiro, onde haverá duas luzes, ficam além do necessário à escrita,o Saco de Solidariedade e, nas Sessões de Iniciação, os atributos destinados ao iniciando.Na do Secretário, onde também haverá duas luzes, ficam o Livro de Atas e o Saco de Pro-postas e Informações. Na do Chanceler, o Registro de Visitantes e a Caixa dos Escrutínios.

As paredes do Templo devem ter a cor azul celeste. Em volta da parede, junto ao te-to, uma Corda de Oitenta e Um Nós, ou voltas, cujas pontas penderão aos lados da Entra-da Principal.

O teto do Templo representa o céu. Do lado do Oriente, um pouco à frente do Trono,o Sol; por sobre os Altares dos 1° e 2° Vigilantes, respectivamente, a Lua e uma Estrela deCinco Pontas. Estes emblemas poderão ser pintados ou em relevo, ou então, pendentes doteto.

No centro do teto, três estrelas da constelação de Órion. Entre estas e o Nordeste, fi-cam as Plêiades, Hyadas e Aldebaran; a meio caminho, entre Órion e o Noroeste, Régulus,do Leão; ao Norte, a Ursa Maior; a Noroeste, Arcturus (em vermelho); a

(2) LIVRO DA LEI é o LIVRO SAGRADO de cada religião, onde os crentes julgam e- xistir as verdades pregadas por seus profetas. Assim, o juramento deve ser prestado sob e o Livro Sagrado da crença do iniciando, pois, pelos princípios básicos da Ma- çonaria, deve haver o máximo respeito às crenças de cada um.

Leste, a Spica, da Virgem; a Oeste, Antares; ao Sul, Fomalhaut. No Oriente, Júpiter;no Ocidente,Vênus; Mercúrio junto ao Sol e Saturno, com seus Satélites, próximo a Órion.

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As estrelas principais são: 3 de Órion; 5 Hyadas e 7 das Plêiades e Ursa Maior. Asestrelas chamadas reais são: Aldebaran, Arcturus, Régulus, Antares e Fomalhaut.

O Estandarte da Loja fica ao Norte, no topo da grade do Oriente e a Bandeira Nacio-nal, ao Sul, no outro topo da grade.

Os obreiros sentam-se nas partes Norte e Sul do corpo do Templo. Os assentos e osIrmãos de cada uma dessas partes denominam-se - Colunas.

O 1º Vigilante tem assento a esquerda da Coluna do Norte e o 2° Vigilante no Sul, ameia distância entre a Coluna e a Grade do Oriente. Os Altares dos Vigilantes ficam sobreum estrado e têm a mesma forma do Trono do Venerável Mestre. Sobre estes Altares fica-rão além de um candelabro de três luzes e um malhete: no do 1° Vigilante, uma Coluna deordem Coríntia e uma Pedra Bruta; no do 2° Vigilante, uma Coluneta de ordem Jônica euma Pedra Polida. O estrado do 2° Vig∴, tem um e o do 1° Vig∴, dois degraus.

A colocação dos oficiais está determinada no quadro anexo.

O QUADRO DA LOJA

1 - Venerável 16 - 1º Diácono2 - Ex-Veneráveis 17 - 2º Diácono3 - 1º Vigilante 18 - Guarda do Templo4 - 2º Vigilante 19 - Cobridor5 - Orador 20 - Mestre de Banquetes6 - Secretário 21 - Mestre de Harmonia7 - 1º Experto 22 - Arquiteto Decorador8 - 2º Experto A - Altar dos Perfumes9 - Tesoureiro A' - Altar dos Juramentos10 - Chanceler - Guarda dos Selos M - Estátua de Minerva (Sabedoria)11 - Hospitaleiro - Esmoler H - Estátua de Hércules (Força)12 - Mestre de Cerimônias V - Estátua de Vênus (Beleza)13 - Mestre de Cerimônias Adjunto B e J - Colunas do templo14 - Porta-Espada B - Pedra Bruta15 - Porta-Estandarte C - Pedra Polida ou Cúbica

O novo iniciado senta-se na bancada da Coluna Norte, próximo ao lugar do Arquiteto,pois, sendo costume inaugurar os trabalhos de construção dos Edifícios Sagrados, com acolocação de uma pedra no seu ângulo nordeste, fica ele colocado nesse lugar para, sim-bolicamente, representar essa pedra, sobre a qual se deve apoiar uma super-estrutura per-feita, em todas as suas partes e, honrosa para o construtor, que é ele próprio.

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DA SALA DOS PASSOS PERDIDOSDO ÁTRIO E DA CÂMARA DAS REFLEXÕES

Na frente do Templo deve existir uma ante-sala, a Sala dos Passos Perdidos, tãoconfortável quanto possível, para a recepção dos Visitantes e permanência dos Obreiros.Seu mobiliário será adequado às posses da Loja. Sobre uma mesinha, nessa sala, fica oLivro de Registro de Visitantes e o de Presença dos Obreiros, onde todos lançarão seusNE-VARIETUR. Entre a Sala dos Passos Perdidos e o Templo haverá um pequeno com-partimento - o Átrio - com três portas: uma para a Sala dos Passos Perdidos, outra para aCâmara das Reflexões e a terceira para o Templo. No Átrio, além de algumas cadeiras,armários, ficarão as estrelas para recepção dos visitantes e o assento do Cobridor, que alípermanecerá durante as sessões da Loja.

A Câmara das Reflexões é o local onde se recolhe o profano antes de sua iniciação.Poderá ter porta de comunicação com o Templo, à esquerda do Altar do 1° Vigilante. NestaCâmara não deve penetrar luz exterior, devendo, ser somente iluminada por uma lâmpadafosca. Suas paredes são de cor preta, com emblemas fúnebres em branco. Na parede, porsobre a mesa, destinada à escrita do testamento e onde haverá papel, tinta e caneta e umacampainha, estarão pintados, em branco, um galo e uma ampulheta, tendo por debaixo, aspalavras: VIGILÂNCIA — PERSEVERANÇA. Ao lado esquerdo da mesa, na parede, pinta-do, um esqueleto humano. Espalhadas pelas paredes e em tinta branca, as seguintes ins-crições:

“Se a curiosidade aqui te conduz, retira-te.”“Se queres bem empregar a tua vida, pensa na morte.”“Se tens receio que descubram os teus defeitos, não estarás bem entre nós.”

“Se tens o propósito de auferir lucros materiais da Maçonaria, retira-te.”“Se és apegado às distinções humanas, retira-te, pois nós aqui não as conhecemos.”“Se fores dissimulado, serás descoberto.”“Se tens medo, não vás adiante.”“Deus julga os justos e os pecadores.”“Somos pó e ao pó tornaremos.”

OS OFICIAIS DE UMA LOJA SIMBÓLICA

Os oficiais de uma Loja Simbólica são:1 - Venerável Mestre2 - 1º Vigilante3 - 2º Vigilante4 - Secretário5 - Orador6 - Tesoureiro7 - Chanceler8 - Hospitaleiro9 - 1º Diácono

10 - 2° Diácono11 - Mestre de Cerimônias12 - Arquiteto13 - Mestre de Banquetes14 - Porta-Estandarte15 - Guarda do Templo16 - Experto (1º e 2º)

17 – CobridorAs Lojas deverão possuir Coluna de harmonia a cargo de um irmão.

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DOS TÍTULOS, DISTINÇÕES E TRAJES

O Presidente tem o título de Venerável Mestre; os demais Dignitários são indistinta esimplesmente intitulados - IRMÃO, sendo absolutamente proibido a quem quer que seja,título ou designação que expressamente não esteja determinada nos Rituais; também, nãose conhecem graus superiores ao de Mestre Maçom.

As Jóias dos Dignitários e Oficiais são as seguintes:Venerável Mestre - Esquadro, Compasso, Arco de Círculo, Sol e o Olho que tudo vê.1° Vigilante - Um Nível.2° Vigilante - Um Prumo.Secretário - Duas Penas Cruzadas.Orador - Livro Aberto.Tesoureiro - Uma Chave.Chanceler - Timbre da Loja.1° Diácono - Malho.2° Diácono - Trolha.Mestre de Cerimônias - Régua.Mestre de Banquete - Dois Bastões Cruzados.Porta-Estandarte - Estandarte.Porta-Espada - Duas Espadas Cruzadas.Experto - Punhal.Cobridor - Alfanje.

Para as Sessões Magnas, o traje de rigor é o preto, com luvas brancas. Na estaçãocalmosa, porém, um traje poderá ser branco, com gravata preta.

Em Loja de Aprendiz somente o Venerável Mestre trará à cabeça um chapéu de feltropreto e mole.

A insígnia de Aprendiz é um avental de pele branca, quadrangular, quadrangular, de0m35 x 0m40, com abeta triangular, preso à cintura por cordões ou fita de seda branca. Aabeta estará sempre levantada.

Nas sessões, todos os irmãos deverão usar seus aventais e demais insígnias dosgraus simbólicos que possuírem. Os oficiais usarão colares de fita de 10 centímetros delargura, terminando em ponta sobre o peito, com a jóia do cargo. As três Luzes (Venerável,1° e 2° Vigilantes) usarão punhos de seda orlados de galão, tendo na face externa borda-dos, o atributo do respectivo cargo e o nome da Loja.

DOS VISITANTES

Todos os Irmãos regulares tem o direito de visitar as Lojas Regulares, obedientes asGrandes Lojas do Brasil, sujeitando-se, porém, às prescrições do trolhamento e às disposi-ções disciplinares estabelecidas pela Loja visitada, em cujo Livro de Registro de Visitantesgravarão seus “NE-VARIETUR”, depois de apresentarem os documentos de sua Regulari-dade Maçônica. Em sessão, sentar-se-ão nos lugares que Ihes forem indicados pelo Mes-tre de Cerimônias.

Nas visitas coletivas ou individuais a uma Loja, serão obrigatoriamente, feitas ao visi-tante as seguintes perguntas, entre Colunas, depois da saudação às Luzes:

Ven∴ - Sois Maçom?Visit∴ - M∴ Ir∴C∴T∴M∴R∴.Ven∴ - De onde vindes?Visit∴ - De uma Loja de S. João, justa e perfeita.Ven∴ - Que trazeis?

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Visit∴ - Amizade, paz e votos de prosperidade a todos os Irmãos.Ven∴ - Nada mais trazeis?Visit∴ - O Ven∴ Mestr∴ de minha Loja V∴S∴P∴T∴V V∴ T∴.

Ven∴ - Que se faz em vossa Loja?Visit∴ - Levantam-se templos à virtude e cavam-se masmorras ao vício.Ven∴ - Que vindes fazer aqui?Visit∴ - Vencer as minhas paixões, submeter a minha vontade e fazer novos progressos na

Maçonaria, estreitando os laços de fraternidade que nos unem como verdadeiros Ir-mãos.

Ven∴ - Que desejais?Visit∴ - Um lugar entre vós.Ven∴ - Este vos é concedido. Ir∴ M∴ de CC∴, conduzi o nosso Irmão ao lugar que Ihe

compete. Sentemo-nos, meus irmãos.Só devem ser admitidos, como visitantes, Irmãos que exibam seus documentos de

regularidade e que se mostrem, pelo trolhamento, perfeitos conhecedores dos sinais, to-

ques e palavras, etc., salvo se já forem conhecidos, pelo menos, de dois Obreiros, que porele se responsabilizarão.Convém lembrar que é no grau de Aprendiz que deve haver todo o rigor, pois os mis-

tificadores são, nesse grau, em maior quantidade.Quando o Irmão visitante for conhecido e haja visitado a Loja, poderá entrar conjun-

tamente com os demais membros da Loja.

FESTAS

Além dos dias festivos, prescritos pelos regulamentos das Grandes Lojas e das Lojas,todos os membros devem se reunir em banquete maçônico nos dias 24 de junho, nasci-

mento de S. João Batista e 27 de dezembro, nascimento de S. João Evangelista. Havendoimpedimento sério, o banquete poderá ser realizado em outro dia, próximo à data.

A ORDEM DOS TRABALHOS

A ordem a ser observada, rigorosamente, nos trabalhos de uma Loja Simbólica é aseguinte:

1 - Abertura ritualística;2 - Leitura da Ata, seguida de observações e aprovação;3 - Leitura do expediente, a que o Venerável Mestre dará destino conveniente, e so-

bre o qual não haverá discussão;

4 - Saco de Propostas e Informações;5 - Ordem do Dia, previamente organizada pelo secretário, ouvido o Venerável Mes-tre (Pareceres, petições, assuntos dependentes de discussão e aprovação);

6 - Escrutínios secretos para a admissão de membros;7 - Entrada de visitantes;8 - Iniciações, filiações e regularizações. Não tendo que se realizar nenhuma dessas

cerimônias, far-se-á, sistematicamente, a instrução, desde que existam Aprendizes;9 - Tronco de Solidariedade;

10 - Palavra a Bem da Ord.'. em Geral e do Quadro;11 - Encerramento ritualístico dos trabalhos. Juramento de Segredo;12 - Cadeia de União, quando houver necessidade de circular a Palavra Semestral.Em todas as partes dos trabalhos deverão ser observados rigorosamente os rituais.

Nenhum Irmão poderá retirar-se do Templo, sem a devida permissão do VenerávelMestre ε αντεσ δε colocar o seu óbolo no Tronco de Solidariedade.

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ABERTURA DOS TRABALHOS

Ninguém terá ingresso no Templo, qualquer que seja o pretexto, antes da hora fixa-da, salvo os irmãos que tiverem que prepará-lo para as cerimônias.

A hora fixada, o irmão Mestre de Cerimônias, depois de estarem todos os presentesdevidamente revestidos de suas insígnias e trajados conforme o ritual, formará uma duplafila na seguinte ordem:

Dois a dois, os Aprendizes e os Companheiros, esses do lado Sul e aqueles do ladoNorte, a frente os mais modernos; logo a seguir, os Mestres, depois os Oficiais, menos astrês Luzes, cada um do lado da respectiva coluna; em seguida os visitantes, caso não te-nham de ser recebidos com formalidades; após os ex-Veneráveis e, finalmente, os doisVigilantes, precedendo o Venerável Mestre.

Organizada a fila dupla, o Mestre de Cerimônias, pondo-se à frente, dará um golpecom seu bastão e o Cobridor abrirá a porta do templo. Todos romperão a marcha com o péesquerdo e dirigir-se-ão para o Templo. A medida que forem entrando, cada qual vai ocu-par seu lugar, conservando-se de pé, mas sem estar a Ordem, voltado para o eixo do Tem-plo, ficando o Mestre de Cerimônias do lado ocidental do Mosaico para acompanhar o ve-nerável ao trono. Logo que o Venerável Mestre entrar, o Guarda do templo fecha a porta.Voltando a ocupar seu lugar, o Mestre de Cerimônias verificará se todos estão perfeitamen-te colocados, após cuja verificação dirá: Os lugares estão preenchidos, Venerável Mestre.

Durante a marcha, o órgão executará uma música lenta e os irmãos poderão acom-panhá-la com um cântico apropriado.

Não poderão ter ingresso no Templo os irmãos que não estiverem devidamente tra- jados e revestidos de suas insígnias.

Feita a comunicação pelo Mestre de Cerimônias, o Venerável Mestre dá um golpe demalhete e todos se sentam.

Ven∴ - (!) Em Loja, meus Irmãos. Ir∴ 1° Vigilante, qual é o primeiro de vossos deveres emLoja?

1° Vig∴ - Verificar se o Templo está coberto.Ven∴ - Certificai-vos disso, meu Ir∴?

1° Vig∴ - Ir∴ Guarda do Templo, cumpri o vosso dever.

O G ∴ do Templ ∴, de espada em punho, entreabre a porta, verifica se o Cobridor es- tá a postos, fecha a porta e dá, na mesma, com o punho da espada, a bateria, que será repetida pelo Cobridor.

G∴ do Templ∴ - Ir∴ 1º Vig∴, o Templo está coberto.1° Vig∴ - O Templo está coberto, Venerável Mestre.

Ven∴ - Qual é o segundo de vossos deveres, Ir∴ 1ºVig∴?1° Vig∴ - Verificar se todos os presentes são Maçons.Ven∴ - Fazei essa verificação.1° Vig∴ - (!) De pé e à ordem, meus llr∴.

Todos os Irmãos levantam-se e ficam à ordem. Terminada a verificação dos que se acharem nas colunas: 

1° Vig∴ - Ven∴ Mestr∴, todos os presentes, pelo sinal que fazem, são Maçons.Ven∴ -Também os do Oriente. (!) Sentai-vos, meus llr∴. (Pausa) Ir∴ Orador, que se torna

preciso para a abertura dos trabalhos?Orador - Que estejam presentes, no mínimo, sete Irmãos, dos quais pelo menos três Mes-

tres e que todos estejam revestidos de suas insígnias.Ven∴ - Ir∴ Secr∴, há número legal?

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Secr∴ - .............Ven∴ - Ir∴ M∴ de CC∴, a Loja está composta?M∴ de CC∴ - Sim, Ven∴Mestr∴, os cargos estão preenchidos e todos os presentes se

acham revestidos conforme o uso da Loja.Ven∴ - Qual é o vosso lugar, Ir∴ 2° Diác∴?2° Diác∴ - (Levantando-se e ficando a ordem). À direita do Altar do Ir∴ 1ºVig∴.Ven∴ - Para que, meu Ir∴?2° Diác∴ - Para ser o executor e o transmissor de suas ordens e velar para que os llr ∴ se

conservem nas CCol∴ com o devido respeito, disciplina e ordem.Ven∴ - Onde tem assento o Ir∴ 1° Diác∴?2° Diác∴ - À direita e abaixo do sólio, Ven∴ Mestr∴ (Saúda e senta-se). Ven∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴ 1ºDiác∴?1° Diác∴ - (Levantando-se e ficando à Ordem). Para transmitir vossas ordens ao Ir∴ 

1ºVig∴ e a todos os Dignitários e Oficiais, a fim de que os trabalhos se executemcom ordem e perfeição.

Ven∴ - Onde tem assento o Ir∴ 2º Vig∴?1° Diác∴ - Ao sul, Ven∴ Mestr∴ . (Saúda e senta-se). Ven∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴ 2º Vig∴?2° Vig∴ - Para poder melhor observar o Sol no meridiano, chamar os obreiros para o traba-

lho e mandá-los à recreação, a fim de que os labores prossigam com ordem e exati-dão.

Ven∴ - Onde senta-se o Ir∴ 1ºVig∴?2º Vig∴ - No Ocidente, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴ 1º Vig∴?1º Vig∴ - Assim como o Sol se oculta no Ocidente para terminar o dia, assim alí se coloca

o 1º Vig∴ para fechar a Loja, pagar os Obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos.

Ven∴ - Para que o Venerável Mestre senta-se no Oriente?1° Vig∴ - Assim como o Sol nasce no Oriente para fazer sua carreira e iniciar o dia, assimalí fica o Ven∴ Mestr∴, para abrir a Loja, dirigir-lhe os trabalhos e esclarecê-la comas luzes de sua sabedoria nos assuntos de nossa Sublime Instituição

Ven∴ - Para que nos reunimos aqui, Ir∴ 1ºVig∴?1° Vig∴ - Para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, e glorificar o

Direito, a Justiça e a Verdade; para promover o bem-estar da Pátria e da Humanida-de, levantando Templos à Virtude e cavando masmorras ao vício.

Ven∴ - Que é a Maçonaria, Ir∴ Chanc∴?Chanc∴ - (Levantando-se e ficando à Ordem). É uma Instituição que tem por objetivo

t o r n a r feliz a Humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costu-mes, pela tolerância, pela igualdade, e pelo respeito à autoridade e à religião.

Ven∴ - Ela é regional?Chanc∴ - Não, Ven∴ Mestr∴, ela é Universal e as suas Oficinas se espalham por todos os

recantos da Terra, sem preocupação de fronteiras e de raças. (Saúda e senta-se). Ven∴ - Sois Maçom, Ir∴ 1° Vig∴?1° Vig∴− M∴ I∴, C∴ T∴ M∴ R∴.Ven∴ - Durante que tempo devemos trabalhar como AAp∴ MM∴?1° Vig∴ - Do meio-dia à meia-noite.Ven∴ - Que horas são, Ir∴ 2° Vig∴?2° Vig∴ - Meio-dia em ponto, Ven∴ Mestr∴.

O Ven ∴ Mestr ∴ dá, com o malhete, a bateria, que é repetida pelos VVig ∴ , e todos 

ficam de Pé e a Ordem. O 1º Diac ∴ sobe os degraus do Trono, saúda o Ven ∴ Mes- tr ∴ que, após corresponder a saudação, da-lhe a P ∴ S ∴ , aos ouvidos começando pelo ouvido esquerdo.

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Recebida a P ∴ S ∴ o 1º Diac ∴ saúda o Ven ∴ Mestr ∴ e vai com as mesmas formali- dades, levá-la ao Ir ∴ 1º Vig ∴ , que a transmite, pela mesma forma, ao Ir ∴ 2º Vig ∴ por intermédio do Ir ∴ 2º Diac ∴ chegando a P ∴ S ∴ ao 2º Vig ∴: 

2° Vig∴ - (!) Tudo está justo e perfeito, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Achando-se a Loja regularmente constituída, procedamos a Abertura de seus Tra-

balhos, invocando o auxilio do G∴ A∴ D∴ U∴.

O Ven ∴ Mestr ∴ descobre-se. O mais moderno dos Ex-VVen ∴ presentes, ou, em sua falta, o Ir ∴ Experto, vai se postar ao Ocidente do Altar dos Juramentos, acompanha- do do Ir ∴ M ∴ de CC ∴; os Diaconos vào respectivamente para os lados Norte e Sul e cruzam seus bastões por sobre o Altar, a altura das cabeças. Depois de saudar o Ven ∴ Mestr ∴ , o Ex-Ven ∴ (o Exp ∴ ) abre o Livro da Lei, na parte apropriada, e so- brepoe-lhe o Esquadro e o Compasso na "posição do grau" e sauda novamente o Ven ∴ Mestr ∴.

Ven∴ - (!) Em nome do G∴ A∴ D∴ U∴ e de S. João, nosso Padroeiro, sob os auspíciosda Grande Loja Simbólica do Rio Grande do Sul e em virtude dos poderes de que meacho investido, declaro aberta esta Loja de AAp∴ MMaç∴ e seus trabalhos em plenaforça e vigor. Que tudo neste augusto Templo, seja tratado aos influxos dos sãosprincípios da Moral e da Razão.O 1° Vig ∴ levanta a Coluna de seu Altar e o 2°Vig ∴ abaixa a do seu. 

Ven∴ - (!) A mim, meus Irmãos, pelo sinal e pela aclamação.Todos - (Depois de feito o sinal) Huzzé-Huzzé-Huzzé.Ven∴ - (!) Sentemo-nos, meus Irmãos.

Os que se acham junto ao Altar de Juramentos saúdam ao Ven ∴ Mestr ∴ e voltam a ocupar seus lugares. O Primeiro Diac ∴, na passagem pelo Alt ∴ do Juram ∴, abre o Painel da Loja (3).

Ven∴ - Ir∴ Secr∴, tende a bondade de nos dar conta da Pr∴ de nossos últimos Trabalhos.(!) Atenção, meus llr∴.

O Sec ∴ procede a leitura da Ata da última reunião, finda a qual: 

Ven∴ - Meus llr∴, se tendes alguma observação a fazer a respeito da redação da Pr∴ queacaba de ser decifrado, a palavra vos será concedida.

Se alquem tiver que fazer observações, pedirá a palavra ao Vig ∴ de sua Coluna.Reinando silêncio, os VVig anunciarão.(3) No caminhar pelo Templo, deve sempre ser observada a seguinte formalidade:Indo do Sul para o Oriente, passar pelo Ocidente e pelo Norte; do Ocidente para oSul, passar pelo Norte e pelo Oriente (grade); do Oriente para o Ocidente ou Norte,passar pelo Sul.

Ven∴ - Os llr∴ que aprovam a Pr∴ que acaba de ser lida, (caso tenha havido observações acrescentará: com as observações do Ir ∴ F...) queiram fazer o sinal.

O M ∴ de CC ∴ verifica a votação e comunica ao Ven ∴ Mestr ∴, que proclama dire- tamente o resultado. O M ∴ de CC ∴, vai a mesa do Secr ∴ toma o livro de Atas e le- 

va-o a assinatura do Ven ∴ Mestr ∴ e Orador , restituindo-o, em seguida, ao Secretá-rio, que o assinará também.

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Ven∴ - Ir∴ Sec∴, tende a bondade de ler o expediente. (!) Atenção, meus llr∴.

A medida que o Secr ∴∴for lendo o expediente o Ven ∴ Mestr ∴ irá dando o devido destino, sem submeter o assunto à discussão ou apreciação da Loja. Do expediente farão parte os Decretos e Atos do Gr ∴-Mestre da Gr ∴ Loj ∴, sendo os Decretos lidos pelo Orador, ficando todos de pé e à Ordem. Terminando o expediente, prosseguem os trabalhos de acordo com a ordem estabelecida na página .... O Ven fará o anuncio "diretamente", mas o pedido da palavra será "sempre por intermédio" do Vig ∴ da Co- luna. Reinando silêncio sobre qualquer assunto em discussão os VVig ∴ farão o a- nuncio. Após qualquer discussão, o Orador deverá fazer as conclusões, sem absolu- tamente dar "opinião pessoal". 

INICIAÇÃO

Regularmente só se deve iniciar um candidato; se, porém, circunstâncias especiais oexigirem, poderão ser iniciados até três candidatos em uma mesma reunião.Neste caso, o Ven∴ Mestr∴ providenciará para:1 - que cada candidato seja introduzido na Câmara das Reflexões de modo a ficar só

durante um tempo em que faz suas declarações;2 - que o profano que ceder o lugar a outro seja conservado em lugar bem separado

e com os olhos vendados;3 - que ao experto sejam dados tantos ajudantes quantos forem precisos para que a

sua missão seja perfeitamente desempenhada;4 - que as perguntas do Ven∴ Mestr∴ não sejam feitas aos candidatos em conjunto,

mas, nominalmente: - Consentis em prestar esse juramento, Profanos F......., F......., F.......?5 - que todas as viagens sejam feitas pelos profanos em conjuntos, mas, que um só

bata nos altares, etc.

PREPARAÇÃO DO CANDIDATO

O profano deve ser conduzido à Loja pelo Ir∴ que apoiou sua petição; este, ao che-gar ao edifício da Loja, venda-o cuidadosamente. Na Sala dos PP∴ PP∴, entrega-lo-á aoIr∴ Experto, que, batendo-lhe levemente no ombro, dir-lhe-á: “Eu sou o vosso guia; tendeconfiança em mim e nada receeis”. Depois de fazê-lo dar algumas voltas pelo edifício, sempermitir que qualquer Ir∴fale ou se aproxime e muito menos que com ele faça qualquerpilhéria, introduzi-lo-á na Cam∴ das RRefl∴, onde o preparará convenientemente, tirando-lhe todos os metais que, colocados em uma bandeja, serão depositados, logo após a aber-

tura dos trabalhos, na mesa do Ir∴Tesoureiro. O Candidato deverá ter o lado esquerdo dopeito e a perna direita, até o joelho, nus, substituindo-se o sapato do pé direito por umaalpargata. Depois de assim preparado, o Experto tira-lhe a venda e diz-lhe: "Profano, euvos deixo entregue às vossas reflexões; não estareis só, pois Deus, que tudo vê, será tes-temunha da sinceridade com que ides responder às nossas perguntas". Voltando poucodepois, apresentar-lhe-á a folha do testamento, dizendo-lhe: "Profano, a Sociedade de quedesejais fazer parte pede que respondais as perguntas que vos apresento; de vossas res-postas depende a vossa admissão no seu seio".

As perguntas, contidas no testamento, devem obedecer à seguinte fórmula:

À Glória do Grande Arquiteto do Universo

Senhor

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Respondei livremente às seguintes perguntas:Quais são os vossos deveres para com Deus?Quais são os vossos deveres para com a Humanidade?Quais são os vossos deveres para com a Pátria?Quais são os vossos deveres para com a Família?Quais são os vossos deveres para com o próximo?Quais são os vossos deveres para convosco?

(Data) , de de 1(Assinatura do candidato) (residência) N.(assinatura do Ven∴ Mestr∴)

Ao entregar a folha do questionário ao profano, o Experto adverti-lo-á de que, depoisde dadas as respostas, deve chamá-lo, tocando a campainha.

O RITUAL DE INICIAÇÃO

Depois de regularmente aberta a Loja, de acordo com o ritual à pag ..., e observa a ordem dos trabalhos: 

Ven∴ - (!) Ir∴ Experto, podeis informar-me se, na Cam∴ das RRefl∴, está algum candida-to que pretenda ser iniciado em nossos augustos mistérios?

Exp∴ - Sim, Ven∴ Mestr∴, o profano F........ aguarda na Cam∴ das RRefl∴ o momento deser iniciado.

Ven∴ - Meus llr∴, tendo corrido regularmente o processo preliminar para a admissão do

profano F......... é chegado o momento de sua recepção. Como sabeis, esse ato é umdos mais solenes da nossa Inst∴, pois não devemos esquecer que, com a aceitaçãode um novo membro nesta Loja, vamos dar um novo Irmão à Família Maçônica Uni-versal. Se algum de vós tem observações a fazer contra essa admissão, deve decla-rá-las leal e francamente.

Se algum lr ∴ tiver oposição a fazer, pedirá a palavra por intermédio do Vig ∴de sua Col ∴. A opinião emitida não será discutida, mas, simplesmente posta em votação se- creta, decidindo a maioria de votos presentes. Se a Loja julgar, então, recusar a ad- missão ou adiá-la para novas diligências, interrompe-se o Ritual neste ponto, cientifi- cando-se ao profano que ainda não chegou o dia de sua Iniciação e, com as mesmas formalidades da entrada, retirar-se-á do edifício. Não havendo objeções: 

Ven∴ - Os llr∴ que aprovam que se proceda a iniciação do candidato F..... queiram se ma-nifestar pelo sinal. (Pausa para verificação, sendo aprovado:) Ir∴ Exp∴, ide ao lugaronde está o profano e dizei-lhe que, sendo perigosas as provas por que tem de pas-sar, é conveniente que faça o seu testamento e, ao mesmo tempo, nos responda àsquestões que submetemos ao seu espírito para bem conhecermos os seus princípiose do merecimento de suas virtudes.O Exp ∴ executa a ordem e, depois de recebidas as respostas, volta a dar conta de sua missão, trazendo o questionário na ponta da espada entrando no Templo sem formalidades. 

Exp∴ - Ven∴ Mestr∴, o profano cumpriu a sua primeira obrigação. Eis aqui o seu testa-

mento e as suas respostas.Ven∴ - Entregai-os ao Ir∴Orador para decifrá-los.

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Recebendo tudo do Exp ∴, o Orador lê, em voz alta, todo o questionário respondido. 

Ven∴- Meus llr∴, estais satisfeitos com as respostas do profano?

Em caso afirmativo, todos fazem o sinal de aprovação. Se houver alguma objeção, a Loja, por maioria de votos, decidirá. 

Ven∴ - Ir∴ Tesoureiro, estais satisfeito?Tes∴ - ...........Ven∴ - Ir∴ Secr∴, a nossa Grande Loja enviou o “placet” de iniciação desse candidato?Sec∴ - ...............Ven∴ - Ir∴ Orador, dai-me as vossas conclusões.Orad∴ - Ven∴ Mestr∴, se razões especiais não impuserem o contrário à vossa sabedoria

e prudência, eu, em nome desta Loja e de acordo com as Leis que regem a nossaSublime Instituição, respeitosamente vos solicito que se proceda a iniciação do profa-

no F.........Ven∴ - Ir∴ Exp∴, acercai-vos do profano e dizei-lhe que dele esperamos a necessáriacoragem para sair vitorioso das provas a que vamos submetê-lo. Preparai-o segundoos nossos usos e trazei-o à porta do Templo. Recolhamo-nos, meus llr∴, ao mais ab-soluto silêncio.

O Exp ∴ vai cumprir a ordem e, trazendo o profano à porta do Templo, alí bate irregu- larmente.

G∴ do Temp∴ - (Desembainhando a espada). Profanamente batem à porta do Templo,Ven∴ Mestr∴.

Ven∴ - Verificai quem é o temerário que ousa interromper nossas meditações.

O G ∴ do Temp ∴ entreabre a porta cautelosamente e, colocando a ponta da espada no peito descoberto do profano, diz em voz alta e áspera:  

G∴ do Temp∴ - Quem és, temerário, que te arrojas a querer forçar a entrada deste Tem-plo?

Exp∴ - Suspendei vossa espada Ir∴G∴do Temp∴, pois ninguém ousaria entrar neste re-cinto sagrado sem vossa permissão. Desejoso de ver a Luz, este profano vem humil-demente pedi-la.

G∴ do Temp∴ - Admiro-me muito, meu Ir∴ que, em vez de virdes meditar conosco nosmistérios augustos que procuramos desvendar, deles vos alheeis, conduzindo a esteTemplo um curioso, talvez um dissimulado. (Voltando-se para o interior do Templo) Éo nosso Ir∴ Exp∴ que conduz à porta do Templo um profano desejoso de ver a Luz.

Ven∴ - Por que, Ir∴ Exp∴, viestes interromper nosso silêncio, conduzindo à nossa Loja umprofano para participar de nossos mistérios? Como poderia ele ter concebido tal es-perança?

Exp∴ - Porque é livre e de bons costumes.Ven∴ - Não é o bastante, meu Ir∴. Sabeis, porventura, os seus merecimentos? Conheceis

esse profano, sabeis o seu nome, onde nasceu, sua idade, sua religião, sua profis-são, seu estado civil e onde mora?

Exp∴ - Ven∴ Mestr∴, este profano chama-se .......... nasceu a ....... de ........ de ............ é(solteiro, casado ou viúvo) Crê em Deus, exerce a profissão de .................... e moraa rua ...................... Ele vem pedir-vos que o inicieis nos nossos augustos mistérios.

Ven∴ - Meus llr∴, ouvistes o que declarou o Ir∴ Exp∴. Se concordardes com os desejosdo profano, se o julgais digno de receber a revelação de nossos mistérios, manifestai-vos pelo sinal.

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Ven∴ - (Depois de todos se manifestarem) Franqueai-lhe o ingresso, Ir∴G∴do Temp∴.

Logo que o profano entrar, o G ∴ do Temp ∴ fecha a porta e encosta a ponta da es- 

pada no peito do candidato. O Exp ∴

fica por detrás.Ven∴ - (Ao profano). Vedes alguma coisa, senhor?Prof∴- .............Ven∴ - Sentis alguma impressão?Prof∴ - A ponta de um ferro.Ven∴ - A arma, cuja ponta sentis, simboliza o remorso que, ferindo vosso coração, há de

perseguir-vos, se fordes traidor à associação a que desejais pertencer. Também ser-ve para advertir-vos de que deveis vos mostrar acessível às verdades que se senteme que não se exprimem. O estado de cegueira em que vos encontrais é o símbolodas trevas que cercam o mortal que ainda não recebeu a Luz para guiá-lo na estradada virtude. (pausa). Que quereis, senhor? Por que vindes perturbar as nossas cogita-

ções?O G ∴ do Temp ∴ retira a espada .Prof∴ - ...........Ven∴ - E esse desejo é filho de vosso coração? É por vossa vontade, sem constrangimen-

to algum, que vindes pedir admissão entre nós?Prof∴ - ............Ven∴ - Refleti bem no que pedis! Não conheceis os dogmas, as Leis e os fins da Sublime

Ordem a que desejais pertencer. A Maçonaria não é uma sociedade de auxílios mú-tuos ou de caridade; Ela tem responsabilidades e deveres para com a Sociedade epara com a Humanidade. Preocupada com o progresso e adstrita aos princípios deuma severa Moral, assiste-lhe o direito de exigir de seus adeptos o cumprimento desérios deveres, além de enormes sacrifícios.

Partículas da humanidade, guiamo-nos pelo ideal e nos sacrificamos por ilusões, comas quais obtemos sempre todas as certezas humanas. Abrahão, preparando-se parasacrificar o próprio filho, representa uma grande alegoria de devotamento e de obedi-ência. Assim também a sociedade, a Pátria podem levar seus filhos ao altar do sacri-fício, quando necessário for para o bem das gerações vindouras. Nossa Ordem exigi-rá de vós um juramento solene e terrível, prestado já por muitos benfeitores da Hu-manidade. Todo aquele que não cumprir os deveres de Maçom em qualquer oportu-nidade, nós o consideramos traidor à Maçonaria. (pausa). Já passastes pela primeiraprova - a da Terra - , pois é isso o que representa o compartimento em que estivestesencerrado e em que fizestes as vossas últimas disposições. Ainda vos restam, po-rém, outras provas para as quais é necessário toda a vossa coragem. Consentis emsubmeter-vos a elas? Tendes a firmeza precisa para afrontar todos os perigos a que

vai ser exposta a vossa coragem?Prof∴ - .........Ven∴ - Ainda uma vez, refleti, Senhor. Se vos tornardes Maçom, encontrareis nos nossos

símbolos a realidade do dever. Não deveis combater somente as vossas paixões etrabalhar para o vosso aperfeiçoamento, mas, tereis ainda, de combater outros inimi-gos da Humanidade, como sejam os hipócritas que a enganam, os pérfidos que a de-fraudam, os ambiciosos que a usurpam e os corruptos e sem princípios que abusamda confiança dos povos. A estes não se combate sem perigos. Sentí-vos com energia,coragem e dedicação para combater o obscurantismo, a perfídia e o erro?

Prof∴ - ..........Ven∴ - Pois que essa é a vossa resolução, não respondo pelo que vos possa acontecer.

Ir∴ Terrível, levai esse profano para fora do Templo e conduzi-o por esses caminhosescabrosos por onde passam os temerários que aspiram conhecer nossos arcanos.

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O Exp ∴ toma o profano pelo braço esquerdo, leva-o para fora do Templo e, depois de fazê-lo dar algumas voltas, o conduz novamente à porta do Templo, onde o arroja de qualquer altura, amparando-o convenientemente. Para esse fim, convém ter pre- parado um pequeno plano inclinado de cerca de 40 a 60 centímetros de altura e pelo qual subirá o profano de maneira que, ao chegar à extremidade, caia dentro do Tem- plo, onde dois llr ∴ devem estar para ampará-lo, a fim de não se magoar. Findo esse processo: 

Exp∴- Ven∴ Mestr∴, o profano deu provas de resignação e de coragem.Ven∴ - Senhor, somente através dos perigos e das dificuldades é que se pode alcançar a

iniciação. Embora a Maçonaria não seja uma religião e proclame a liberdade deconsciência, tem, contudo, uma crença: Ela proclama a existência de um PRINCÍPIOCRIADOR, ao qual denomina G∴A∴D∴U∴. É por isso que nenhum Maçom se em-penha em uma empresa, sem primeiro invocar o G∴A∴D∴U∴. IIr∴ Exp∴ conduzi oprofano para junto do Altar do Ir∴2° Vig∴ e fazei-o ajoelhar. (Depois de executada a 

ordem). Profano, tomai parte na Oração que, em vosso favor, vamos dirigir ao Se-nhor dos Mundos e Autor de todas as coisas. (!) De pé e à Ordem, meus llr∴.

ORAÇÃO

Ven∴ - Eis-nos, oh! G∴A∴D∴U∴, em quem reconhecemos o INFINITO PODER e a INFI-NITA MISERICÓRDIA, humildes e reverentes a Teus pés. Contém nossos coraçõesnos limites da retidão e dirige nossos passos pela estrada da Virtude. Dá-nos que,por nossas obras, nos aproximemos de Ti, que és Uno, e subsistes por Ti mesmo e aquem todos os seres devem a existência. Tudo sabes e tudo dominas; invisível aosnossos olhos, vês no fundo de nossas consciências. Digna-te, ó G∴A∴D∴U∴, pro-

tegei os Obreiros da paz, aqui reunidos; anima o nosso zelo, fortifica nossas almas naluta das paixões; inflama nossos corações com o Amor da Virtude e guia-nos paraque, sempre perseverantes, cumpramos as Tuas Leis. Presta a esse candidato, ago-ra e sempre, Tua proteção e ampara-o com Teu braço onipotente em todos os peri-gos pelos quais vais passar.

Todos - Assim seja!Ven∴ - Senhor, nos extremos lances de vossa vida, em quem depositais a vossa confian-

ça?Prof∴ - ............Ven∴ - Pois que confiais em Deus, levantai-vos e segui com passo seguro o vosso guia e

nada receeis.

O Exp ∴ conduz o profano para entre CCol ∴, devendo reinar profundo silêncio. 

Ven∴ - (!)1° Vig∴ - (!)2° Vig∴ - (!)

Todos se sentam.

Ven∴- Senhor, antes que esta Assembléia consinta em admitir-vos às provas, devo sondaro vosso coração, esperando que respondais com sinceridade e franqueza, pois vos-sas respostas não nos ofenderão.Que idéia, que pensamentos vos ocorreram quando estáveis no lugar sombrio demeditação onde vos pediram que escrevêsseis a vossa última vontade?

Prof∴ - ..........

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Ven∴ - Em parte já vos dissemos com que fim fostes submetido à primeira prova - a daTerra - Os antigos diziam que havia quatro elementos: a Terra, a Água, o Ar e o Fo-go. Vós estáveis na escuridão e no silêncio, como um encarcerado numa masmorra,e cercado de emblemas da mortalidade e de pensamentos alusivos, principalmentepara compelir-vos a refletirdes séria e profundamente antes de realizardes um ato tãoimportante como o da iniciação em nossos mistérios. A caverna onde estivestes, co-mo tudo que nos cerca, é simbólica. Os emblemas que ali existem vos levaram, cer-tamente, a refletir sobre a instabilidade da vida humana, lição trivial sempre ensinadae sempre desprezada. Se desejais tornar-vos um verdadeiro Maçom, deveis, primei-ro, extinguir as vossas paixões, os vícios e os preconceitos mundanos, que aindapossuirdes, para viverdes com Virtude, Honra e Sabedoria. Credes em um PrincipioCriador?

Prof∴ - .........Ven∴ - Essa crença, que enobrece vosso coração, não é exclusivo patrimônio do filósofo e

do Maçom. Desde que o selvagem compreende que não pode existir por si mesmo,

que Alguém deveria ter criado a majestosa Natureza que o cerca, é levado, instinti-vamente, a admirar e a cultuar esse Criador incriado, a Quem rende tosco, mas, sin-cero culto como Ente Supremo e Grande Arquiteto dos Mundos.- Que entendeis por Virtude?

Prof∴- ..........Ven∴ - É uma disposição da alma que nos induz à prática do Bem.

- Que pensais ser o Vício?Prof∴ - ..........Ven∴ - É tudo que avilta o homem. É o hábito desgraçado que nos arrasta para o mal. É

para impormos um freio salutar a essa impetuosa propensão, para elevarmo-nos a-cima dos vis interesses, que atormentam o vulgo profano, e acalmarmos o ardor denossas paixões, que nos reunimos neste Templo; aqui, trabalhamos para adaptar

nosso espírito às grandes afeições e a só concebermos idéias sólidas de virtude,porque, somente regulando nossos costumes pelos eternos princípios da Moral, éque poderemos dar à nossa alma esse equilíbrio de força e de sensibilidade queconstitui a Ciência da Vida.Esse trabalho é muito penoso, e, por isso, deveis refletir bem antes de vos fazerdesMaçom, pois, se fordes admitido entre nós, a ele tendes de vos sujeitar com satisfa-ção. (pausa ). Preferis seguir o caminho da Virtude ou o do Vicio; o da Maçonaria ou odo mundo profano?

Prof∴ - ...........Ven∴ - Senhor, toda associação tem leis particulares e todo associado deveres a cumprir.

Como não seja justo sujeitar-vos a obrigações que não conheceis, ouvi a naturezadesses deveres.

Ir∴ Orad∴, dizei ao profano quais são os deveres que terá de cumprir se persistir empartilhar dos bens de nossa Ordem.Orador - (lendo)  O primeiro é o mais absoluto silêncio acerca de tudo quanto ouvirdes e

descobrirdes entre nós, bem como de tudo quanto, para o futuro, chegardes a ouvir,ver e saber.O segundo dos vossos deveres, é o que faz com que a Maçonaria seja o mais purodos ideais, sobre ser a mais nobre e a mais respeitável das Instituições humanas, é ode vencer as paixões ignóbeis que desonram o homem e o tornam desgraçado, ca-bendo-vos a prática constante das Virtudes, socorrer os Irmãos em suas aflições enecessidades, encaminhá-los na senda da Virtude, desviá-los da prática do Mal e es-timulá-los a fazerem o Bem, pelo exemplo que derdes da Tolerância, da Justiça, dorespeito à Liberdade, exigências primordiais de nossa Subl∴ Inst∴.

O que, em um profano, seria uma qualidade rara, não passa, no Maçom, do cumpri-mento elementar de um dever. Toda ocasião que ele perde de ser útil é uma infideli-dade; todo socorro que recusa é um perjúrio e, se a terna e consoladora amizade

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tem o seu culto em nossos Templos, é menos por ser um sentimento do que por serum dever que se transforma em Virtude.O terceiro de vossos deveres, e a cujo cumprimento só ficareis obrigado depois devossa Iniciação, é o de vos sujeitardes conscientemente as Constituições, Institutos,Estatutos e Regulamentos Rito Esc∴ Ant∴ e  Acc∴, aos Landmarks e aos dispositi-vos da Constituição de Gr∴ Loj∴ e aos regulamentos particulares desta Loja. pausa. 

Ven∴ - Agora, que conheceis os principais deveres de um Maçom, dizei-me se vos sentiscom força e se persistis na resolução de vos sujeitardes à sua prática?

Prof∴ - ...............Ven∴ - Senhor, ainda exigimos de vós um juramento de honra que deve ser prestado so-

bre a Taça Sagrada. (pausa). Se sois sincero, bebei sem receio, mas, se no fundo devosso coração se oculta alguma falsidade, não jureis! Afastai antes essa taça e temeio pronto e terrível efeito dessa bebida. Consentis no juramento?

Prof∴ - ...............

Ven∴ - Ir∴ Sacrificador, conduzi o candidato ao Trono.O profano é levado para o Oriente passando pelo Ocidente e Norte, a fim de abeirar- se do lado esquerdo do Trono.

Ven∴ - (Depois da chegada do candidato). Ir∴ Terrível, vós que sois o sacrificador dosperjuros, apresentai ao candidato a Taça Sagrada.

O Exp ∴ apresenta a Taça com "água comum" e espera o sinal do Ven ∴ Mestr ∴ para dar a bebida ao candidato. Junto deve estar um frasco contendo tintura de quássia para ser despejada na Taça no momento oportuno.

Ven∴ - Repeti, comigo, o vosso juramento:“Juro guardar o mais profundo silêncio sobre todas as provas a que for exposta mi-nha coragem. Se eu for perjuro e trair os meus deveres, se o espírito de curiosidadeaqui me conduz, consinto que a doçura desta bebida (ao sinal do Ven ∴ Mestr ∴ dá-se a Taça ao Candidato que beberá alguns goles do conteúdo), se converta em amar-gor, e o seu efeito salutar seja para mim como um sutil veneno”. (A outro sinal do Ven ∴ Mestr ∴ e sem que o profano perceba, despeja-se o líquido amargo dentro da Taça e o candidato beberá novamente). 

Ven∴ - (!)1°Vig∴ - (!)2° Vig∴ - (!)Ven∴ - (Com voz forte). Que vejo, Senhor? Altera-se o vosso semblante? A vossa consci-

ência desmentiria, porventura, as vossas palavras de sinceridade? A doçura dessabebida mudar-se-ia em amargor? (Ao Ir ∴ Exp ∴) . Retirai o profano!(O profano volta para entre colunas).

Ven∴ - Senhor, não quero crer que tenhais o intuito de enganar-nos. Entretanto, ainda po-deis vos retirar, se assim o quiserdes (pausa). Bebestes da Taça Sagrada da boa oumá sorte, que é a Taça da vida humana. Consentimos que provásseis a doçura dabebida e, ao mesmo tempo, fostes levado a esgotar o seu amargor de suas fezes. Is-so vos lembrará que o Maçom deve gozar os prazeres da vida com moderação, nãofazendo ostentação do bem que goza, desde que vá ofender ao infortúnio. Refletibem, senhor; qualquer irreflexão vos poderá ser prejudicial, porque se avançardesmais um passo será tarde para recuardes. Persistis em entrar para a Maçonaria?

Prof∴ - ............Ven∴ - (!) Ir∴ Terrível, fazei o profano sentar-se na cadeira das reflexões.

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 O Exp ∴ faz o candidato dar uma volta rápida em torno de si e senta-o na cadeira de reflexões. 

Ven∴ - Profano, que a obscuridade que vos cobre os olhos e o horror da solidão sejam osvossos únicos companheiros.Grande pausa, sob silêncio profundo.

Ven∴ - Já refletistes, senhor, nas conseqüências de vossa pretensão? Pela última vez di-zei-me: quereis voltar para o mundo profano ou persistis em conquistar um lugar en-tre os Maçons?

Prof∴- .............Ven∴ - Ir∴ Terrível, apoderai-vos desse Prof∴ e fazei-o praticar a sua primeira viagem.

Empregai todos os esforços para livrá-lo do perigo e vós, senhor, concentrai vossaatenção nas provas a que ides vos submeter para que possais aprender o seu caráter

misterioso e emblemático. Procurai penetrar na sua significação oculta, porque avenda material que cobre vossos olhos não pode interceptar a vossa vista intelectual.Na Maçonaria nada se faz que não tenha razão de ser. Esforçai-vos por compreen-der, porque dos resultados desses esforços dependerá toda a extensão dos conhe-cimentos que, como Maçom, deveis adquirir.

O Exp ∴, segurando o profano pela mão esquerda, fá-lo percorrer um caminho cheio de obstáculos. Durante essa viagem o silêncio da Loja é quebrado por sons imitando o trovão. O órgão executa música adequada. Tudo cessará desde que o candidato chegue ao Altar do 2° Vig ∴, onde o Exp ∴ o fá-lo bater, com a mão direita, três pan- cadas. 

2º Vig∴ - (Levantando-se precipitadamente e colocando o malhete no peito do candidato). 

Quem vem lá?Exp∴ - É um profano que deseja iniciar-se em nossos augustos mistérios.2° Vig∴ - E como pode ele conceber tal esperança?Exp∴ - Porque é livre e de bons costumes; porque quer contribuir para a realização da so-

lidariedade humana e porque, estando nas trevas, deseja a Luz.2° Vig∴ - Se assim é, passe.Exp∴ - (Depois de reconduzir o candidato para entre colunas). Ven∴ Mestr∴, o profano

terminou, com coragem, a sua primeira viagem.O candidato senta-se.

Ven∴ - Esta primeira viagem, com seus ruídos e obstáculos, representa o segundo ele-mento - o Ar - símbolo da vitalidade, emblema da vida humana com seus tumultos depaixões e suas dificuldades; os ódios, as traições, as desgraças que ferem o homem

virtuoso, em uma palavra, a vida humana na luta dos interesses e das ambições,cheia de embaraços aos nossos intentos. Vendado como vos achais, representais aignorância, incapaz de dirigir seus esforços sem um guia esclarecido. Este símbolo,porém, se adapta a uma série de grandes concepções.É o símbolo da Família, onde a criança, incapaz de se dirigir, necessita de amparo eguia de seus pais; da sociedade, onde a inteligência de um pequeno grupo conduz asmassas ignorantes que não podem se governar; da Humanidade, onde os povosmais inteligentes conduzem e dominam os mais atrasados.Se quiserdes, ainda, um símbolo mais elevado, vede os astros celestes no seu cami-nhar incessante através do éter, girando com velocidade vertiginosa, sem o mínimorumor, qual um pássaro que fende o ar com as suas asas. Esses mundos, infinitosem número, pesando milhões e milhões de toneladas, estão sujeitos a Leis fixas e

imutáveis, às quais obedecem cegamente, qual vós ao vosso guia. Mas, Senhor, aexpressão simbólica da vossa cegueira e da necessidade que tendes de quem vos

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conduza, representa o domínio que o vosso espírito, esclarecido pelos nossos sãosensinamentos, deve exercer sobre a cegueira das vossas paixões, transformando amaterialidade dos sentimentos profanos, que acaso existam em vós, em puros senti-mentos maçônicos, criando em vós um outro ser pela espiritualização e elevação devossos sentimentos; tereis, então, retirada a venda material que prende vossa alma enão mais precisareis de guia em vosso caminho. Foi para isso que aqui batestes, pe-dindo para ver a Luz. São estes os ensinamentos dessa primeira viagem. A Maçona-ria, porém, ensina-nos a suportar todos os revezes da sorte, proporcionando-nosconsolações salutares e grandes compensações.Estais disposto a vos expor aos riscos de uma segunda viagem?

Prof∴ - ...............Ven∴ - Ir∴ Terrível, fazei o profano praticar a segunda viagem, livrando-o dos abismos e

enchendo-o de coragem.Conduzido, como na primeira viagem, o profano percorre caminho mais plano. Duran- te a viagem ouve-se o tinir descompassado de espadas. Música apropriada. Depois 

de passar por detrás do altar do 1° Vig ∴

, o profano vem bater três pancadas à frente.Todo o rumor e a música cessam.

1° Vig∴ - (Levantando-se precipitadamente e colocando o malhete no peito do profano). Quem vem lá?

Exp∴- É um profano que, pretendendo nascer de novo, quer iniciar-se Maçom.1° Vig∴ - E como pode ele conceber tal esperança?Exp∴ - Porque quer instruir-se e aperfeiçoar-se, e, estando nas trevas, deseja a Luz.1° Vig∴ - Se assim é, seja purificado pela Água.

O Exp ∴ conduz o profano para junto do Mar de Bronze, em cujas águas o M ∴ de CC ∴ mergulha as mãos do candidato, enxugando-as em seguida. 

Exp∴ - (Depois de reconduzir o profano para entre colunas). Ven∴ Mestr∴, está feita asegunda viagem.

Ven∴ - Passastes pela terceira prova a da Água. A Água, em que mergulharam vossasmãos, é o símbolo da pureza da vida maçônica. Vossas mãos jamais devem ser ins-trumento de ações desonestas. Purificadas, conservai-as limpas. Nas antigas inicia-ções a purificação da alma fazia-se pela Água, imagem também do oceano da vida,com as furiosas vagas das ilusões.Ouvistes, nessa viagem, o entrechocar de armas, combates à arma branca. Elessimbolizam o perigo que encontrareis para sairdes vitorioso no combate às vossaspaixões, no aperfeiçoamento de vossos costumes. Guiado como estáveis, represen-táveis o discípulo e o mestre, vivendo harmonicamente, fraternalmente, um minis-

trando com desvelo a experiência e as virtudes que adquiriu e o outro, solícito, dei-xando-se conduzir. O amparo que vos foi prestado nessa viagem é a segunda mani-festação da solidariedade humana, sem a qual as atuais gerações, não fortalecidas,deixam de concorrer para o progresso das gerações futuras. Menos penosa que aprimeira, essa viagem também significa que a constância e a perseverança nas lutascontra os vícios do mundo profano tem por termo a paz de consciência. (pausa) Ir∴ Terrível, fazei o profano praticar a terceira viagem.

O Exp ∴, com as mesmas formalidades, faz o candidato percorrer caminho livre de obstáculos. Silêncio profundo, apenas ouvindo-se música suave e lenta que cessa desde que o profano, depois de passar por detrás do Trono, bater três pancadas à sua frente.

Ven∴ - (encostando o malhete ao peito do candidato) Quem vem lá?

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Exp∴ - É um profano que aspira ser nosso Irmão e nosso amigo.Ven∴ - E como pode ele conceber tal esperança?Exp∴ - Porque presta culto à Virtude e, detestando a ociosidade, promete contribuir com o

seu trabalho para a liberdade, igualdade e fraternidade social, e porque, estando nastrevas, deseja a Luz.Ven∴ - Pois que assim é, passe pelas chamas do Fogo Sagrado para que de profano nada

Ihe reste.O Exp ∴ conduz o candidato ao Altar dos Perfumes, onde o M ∴ de CC ∴ o incensa por três vezes. Voltando para entre colunas, em caminho, entre o Oriente e o Ociden- te, deve passar três vezes pelas chamas do Fogo Sagrado. 

Ven∴- (!) As chamas, que vos envolveram, simbolizam o Batismo da Purificação. Purifica-do pela água, o fogo eliminou as nódoas do vício. Estais, simbolicamente, limpo. Es-se Fogo, cujas chamas simbolizam também ASPIRAÇÃO, FERVOR E ZELO, develembrar-vos que deveis aspirar à verdadeira glória, trabalhando ininterruptamente pe-

la causa em que nos empenhamos e que é a do povo e da felicidade humana. Tudo,até aqui, passou sem perigo; antes, porém, de serdes iniciado em nossos mistérios,deveis passar pelo Batismo do Sangue. Se vos sentis cheio de valor para vos sacrifi-cardes pelo serviço da Pátria, da Ordem e da Humanidade, com risco da própria vida,deveis selar a vossa profissão de fé com o vosso sangue. Estais disposto a isso?

Prof∴ - ............

Ven∴ - A vossa resignação nos basta. O batismo do sangue não é um símbolo de purifica-ção, é o batismo do heroísmo e da dedicação do soldado e do mártir; vossa resigna-ção é o penhor solene de que jamais faltareis ao cumprimento de vossos deveresmaçônicos, por temor do perseguidor ou do tirano. Lembrando-vos do sangue derra-mado, em todas as épocas, pela perseguição, aumentareis vossa tolerância na defe-

sa dos sagrados direitos da consciência. Vosso valor e vossa dedicação já vos dãodireito a serdes recebido entre nós; antes, porém, devo mandar imprimir em vossopeito o cunho inextinguível que vos tornará reconhecido por todos os Maçons do Uni-verso.- Ir∴ Chanc∴, cumpri vosso dever.

O Chanc ∴ irá aproximar do peito do candidato um foco luminoso que apenas Ihe transmita a impressão de calor.

1° Vig∴- (!) Graça! Graça! Ven∴ Mestr∴ .Ven∴ - Graça Ihe seja concedida, pois um sinal desta natureza é inútil, porque não penetra

no coração onde a mão de Deus imprimiu o selo da Caridade. (pausa) Agora, quero

experimentar vossos sentimentos, antes de realizarmos os vossos desejos. Há Ma-çons necessitados, viúvas e órfãos a socorrer, sem ostentação nem publicidade, poisa beneficência maçônica não se traduz por atos de vaidade, próprios aos que dãocom orgulho, humilhando a quem recebe. Por isso, atendei ao apelo que o nosso ca-ridoso Ir∴ Hospitaleiro vai fazer à bondade do vosso coração.Fazei-o, porém, de modo que ninguém veja o que depositardes no saco que ele vosapresentará.

Hosp∴ - (Apresentando o Sac ∴ de Solidariedade). Peço-vos que deis alguma coisa paraos desgraçados que devemos socorrer.

Prof∴ - (Por estar despojado de seus metais) Nada tenho; mas quando tiver saberei cum-prir meu dever.

Hosp∴ - (para o Ven∴) Ven∴ Mestr∴, o profano declara não poder contribuir para o Tron-co de Solidariedade, faltando assim aos princípios da Caridade de nossa Instit∴.

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Ven∴ - Senhor, não foi nosso intuito colocar-vos em situação embaraçosa e, muito menos,humilhar-vos. Quisemos, com o pedido que vos fez o nosso Ir∴ Hosp∴, Iembrar-vosduas coisas: 1°, que estais despido de tudo que representa valor monetário, a quechamamos metais. Despojado de metais, estais simbolicamente despido das vaida-des e do luxo da sociedade profana; 2°, a angústia que deve sentir um coração bemformado quando se encontra na impossibilidade de socorrer a miséria e as necessi-dades suportadas pelos deserdados da fortuna.Estas duas interpretações simbólicas da vossa privação de metais servem, ainda, pa-ra demonstrar-vos que só damos valor às qualidades morais, servindo os metais a-penas para socorrer os nossos semelhantes.Deveis, como final de vossa iniciação, prestar uma promessa solene; esta só deveser prestada livremente. Ouvi com atenção a fórmula desse juramento, que não é in-compatível com os deveres morais, cívicos ou religiosos. Se notardes alguma coisaque seja contrária à vossa consciência, o que eu não creio, declarai-o com franqueza,porque, sendo ele tão solene, só deve ser prestado livremente. Prestai atenção e re-fleti bem antes de vos decidirdes.

Orador - (Lendo a fórmula) Juro e prometo de minha livre vontade e por minha honra, empresença do G∴A∴D∴U∴,e dos membros desta Loja, que são os representantes detodos os Maçons espalhados pelo Universo, nunca revelar os mistérios da Maçonariaque me vão ser confiados senão em Loja regularmente constituída; nunca os escre-ver, gravar, traçar, imprimir, ou empregar outros meios, pelos quais possa divulgá-los;Comprometo-me a defender e proteger a meus Irmãos esparsos pelo mundo, em tu-do que puder e for necessário e justo;Prometo, também, conservar-me sempre cidadão honesto e digno, submisso às Leisdo País, amigo de minha Família e Maçom sincero, nunca atentando contra a honrade ninguém, e especialmente contra a de meus Irmãos e de suas famílias.Juro e prometo, ainda, reconhecer como autoridade maçônica legal e legítima, nesta

 jurisdição, Grande Loja Simbólica do Rio Grande do Sul, da qual esta Loja depende;seguir as suas Leis e Regulamentos, bem como todas as decisões ou ordens legais elegítimas dos que vierem a ser meus superiores maçônicos, procurando aumentar eaperfeiçoar os meus conhecimentos, de acordo com os Landmarks e as Leis da Or-dem e do Rito Escocês Antigo e Aceito. Procurarei tornar-me sempre um elemento depaz, de concórdia e de harmonia no seio da Maçonaria; repelirei toda e qualquer as-sociação ou seita que, por juramento, prive o homem dos direitos e dos deveres decidadão e da sua liberdade de consciência.Tudo isso prometo cumprir sem sofisma, equívoco ou reserva mental e consinto, sefaltar minha palavra, em ser excluído de toda a sociedade de homens de bem, que,então, deverão ver em mim um ente sem honra nem dignidade.

Ven∴ - Senhor, ouvistes a fórmula do juramento que vos exigimos. Agora refleti sobre a

gravidade do ato que ides praticar e das obrigações que deveis assumir. (pausa). Respondei com toda a franqueza, consentis em prestar este juramento?Prof∴ - .............Ven∴- Ir∴ Terrível, conduzi o profano para fora do Templo, porque vamos deliberar sobre

a sua definitiva admissão.O profano é levado para o Átrio, voltando o Ir ∴ Exp ∴ para o Templo. 

Ven∴- (Depois de fechada a porta de Templo). Meus Irmãos, já formastes vossas conclu-sões sobre o processo de iniciação do profano F................... e, se o julgais digno depermanecer entre nós e consentis em sua admissão definitiva, manifestai-vos pelo si-nal.Se houver alguma objeção, a Loja, sem discuti-la, resolverá por maioria de votos,sendo, nos casos desfavoráveis, retirado o profano do edifício, depois de se Ihe dizer 

as razões. Em casos favoráveis:  Ven∴ - Ir∴M∴de CC∴, ide buscar o profano.Cumprida a ordem, é fechada a porta do Temp ∴.

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Ven∴- Senhor, chegou o momento de receberdes o prêmio de vossa firmeza e constância.(pausa). Ir∴M∴de CC∴, apresente o iniciando ao Ir∴2° Vig∴ para que este o ensinedar os primeiros passos de AP∴ M∴ no ângulo do quadrilátero, e depois fazei-o ajoe-

lhar ante o Altar para prestar seu solene juramento.O M ∴ de CC ∴ entrega o iniciando ao Ir ∴2° Vig ∴, que, saindo de seu lugar, ensina- lhe e ajuda-o a dar os primeiros passos, de forma que, no último passo, se encontre em face do Altar dos Juramentos, onde o M ∴ de CC ∴ o faz ajoelhar-se sobre o joe- lho direito, colocando a mão direita sobre o Livro da Lei e tendo, na esquerda, um compasso cujas pontas encostará no peito descoberto, sobre o coração.

Ven∴ - (!) De pé e à Ordem, meus Irmãos. O iniciando vai prestar seu Solene Juramento.(Ao iniciando). Já ouvistes e meditastes no juramento que ides prestar. Vou lê-lo no-vamente e a cada uma de minhas perguntas respondereis: Eu o juro!(Lendo pausada e solenemente) Senhor, jurais e prometeis por vossa livre vontade,por vossa honra e vossa fé, em presença do G∴A∴D∴U∴e de todos os Maçons es-palhados pela superfície da Terra, dos quais somos aqui os legítimos representantes,

nunca revelar os mistérios da Maçonaria que vos forem confiados, senão em Loja re-gularmente constituída; nunca os escrever, gravar, traçar, imprimir ou empregar ou-tros quaisquer meios pelos quais possais divulgá-los?

Prof∴- Eu o juro!Ven∴- Jurais mais, defender e proteger vossos Irmãos esparsos pelo mundo em tudo que

puderdes e for necessário e justo?Prof∴ - Eu o juro!Ven∴ - Jurais, também, conservar-vos sempre cidadão honesto e digno, submisso às Leis

do País, amigo de vossa Família e Maçom sincero, nunca atentando contra a honrade ninguém, especialmente contra a de vossos Irmãos e a de suas Famílias?

Prof∴ - Eu o juro!Ven∴- Jurais e prometeis reconhecer como autoridade maçônica legal e legítima, nesta

 jurisdição, a Grande Loja Simbólica do Rio Grande do Sul, da qual depende esta Lo- ja; seguir as suas Leis e Regulamentos, bem como todas as decisões ou ordens le-gais e legítimas dos que vierem a ser vossos superiores maçônicos, procurando au-mentar e aperfeiçoar os vossos conhecimentos, de acordo com os Landmarks e asLeis da Ordem e do Rit∴ Esc∴ Ant∴ e Acc∴; procurar sempre vos tornardes um e-lemento de paz, de concórdia e de harmonia no seio da Maçonaria, repelindo toda equalquer associação ou seita que, por juramento, prive o homem de seus direitos edeveres de cidadão?

Prof∴ - Eu o juro!Ven∴ - (Ao iniciando). Agora, senhor, repeti as palavras que vou ditar-vos e que são o

complemento de vosso juramento.(Repetidas pelo iniciando). Tudo isso eu prometo cumprir ... sem sofisma, equívocoou reserva mental; ... e, se violar esta promessa, que faço sem a mínima coação ...seja-me Arr∴ a Li∴... o Pesc∴ Cort∴ ... e meu corpo enterrado em lugar ignorado ...onde fique em perpétuo esquecimento .... sendo eu declarado sacrílego para comDeus .... e desonrado para com os homens.Assim seja!Todos - Assim seja!O M ∴ de CC ∴ Ievanta o profano e o conduz para entre colunas.  

Ven∴ - Senhor. Prestastes vosso juramento solene. De hoje em diante estais ligado parasempre à nossa Ordem e ao Rit∴ Esc∴ Ant∴ Acc∴. Jurastes obediência ao Governoda Ordem e aos seus Chefes. Estais ainda disposto a permanecer entre nós?

Prof∴ - ............

Ven∴ - (Sendo a resposta afirmativa). Pois que assim continuais firme em vosso propósitode ingressar em nossa Associação Fraternal, ides ver, agora, o martírio e a perversi-dade a que submeteram um dos nossos maiores Mestres e Protetores. Escolhemos

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esse modo de martirização para com ele castigarmos os perjuros. - Meus IIr∴, con-duzi o iniciado ao Átrio para mostrardes o que Ihe poderá suceder, doravante, querpermanecendo entre nós e expondo-se, assim, aos botes da ignorância e da perver-sidade dos que ainda tateiam nas trevas, quer tornando-se perjuro e expondo-se, porisso, às nossas mais terríveis vinganças.

O iniciando é levado para o Átrio, onde estará colocado uma figura representando S.João Batista degolado. Uma luz fraca de lâmpada de álcool iluminará a cena. Todos estarão de pé, sem insígnias, de meias máscaras ou capuzes que ocultem o rosto,empunhando as suas espadas com as pontas voltadas para o candidato. O Ven ∴ Mestr ∴ dá lentamente a bateria e, à última pancada, o M ∴ de CC ∴ desvenda o profano. Todos se manterão em profundo silêncio.

Ven∴ - O corpo que aí vedes, representa o nosso Mestre e Protetor, S. João Batista, fria-mente assassinado para satisfação dos caprichos de uma mulher fácil e vingativa,

depois de encarcerado em uma masmorra, por ter proclamado publicamente as faltase os erros, então cometidos pelos ricos e poderosos, pelos que martirizavam o povo,pelos que usavam da violência e da arbitrariedade, abusando do poder e pelos que

  juravam falso para melhor exercerem suas vinganças. Ele representa o verdadeiroMaçom, sacrificando-se pelos supremos ideais, imolando-se às arbitrariedades dospoderosos e dos tiranos. Esse clarão pálido e lúgubre da chama que vedes, é o em-blema do fogo sombrio que há de iluminar a vingança que os perjuros e traidorespreparam para o próprio castigo. Essas espadas dizem-vos que não haverá recantoda Terra em que os perjuros possam encontrar refúgio, sem que sejam precedidospela vergonha do crime.O iniciando é novamente vendado e conduzido ao Templo, onde fica entre colunas.Todos se retiram silenciosamente e, revestindo as suas insígnias, voltam para os seus lugares, onde permanecerão de pé e a Ordem, com as espadas, na mão es- querda, de pontas voltadas para o alto e em direção do iniciando.

Ven∴ - (!) Ir∴1° Vig∴, sobre quem se apóia uma das CCol∴ deste Templo, agora que acoragem e perseverança deste candidato fizeram-no sair vitorioso do porfiado comba-te entre o homem profano e o homem Maçom, que pedis em seu favor?

1º Vig∴ - (!) Luz, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - No princípio do mundo (apagam-se as luzes do Templo) disse o G∴A∴D∴U∴:

FAÇA-SE A LUZ ! (Dá uma pancada, repetindo-a os Vigilantes). E A LUZ FOI FEITA(Dá uma pancada, sendo repetida pelos Vigilantes), A LUZ SEJA DADA AO NEÓFI-TO (Dá uma pancada, repetida pelos Vigilantes).Logo após a pancada do 2° Vig ∴, o M ∴ de CC ∴ desvenda o neófito e, em seguida,

a Luz reaparece no Templo. Ven∴ - Sic Transit Gloria Mundi!Não vos assustem essas espadas voltadas para vós. Elas significam que em todosos Maçons encontrareis amigos dedicados e leais, verdadeiros Irmãos, prontos a au-xiliar-vos nos transes mais difíceis da vossa vida, se respeitardes e observardes es-crupulosamente as nossas leis. Querem, também, dizer que entre nós encontrareisquem zele pelas leis e pela pureza da Maçonaria, quando sejam ameaçadas por fal-tardes ao vosso dever e aos vossos compromissos. Pela direção que tomam, são airradiação intelectual que cada Maçom projetará, de hoje em diante, sobre vós. Em-punhadas com a mão esquerda, lado do coração, aludem ainda aos eflúvios de sim-patia que de todos os lados se concentram sobre vós, recebido com grande alegriano seio da Família a que agora pertenceis.

(Para o IIr∴) Meus llr∴, embainhai vossas espadas.Ir∴M∴de CC∴, conduzi o nosso novo Ir∴ ao Altar.

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O M ∴ de CC ∴ conduz o neófito ao Altar dos Juramentos, para onde irá também o Ven ∴ Mestr ∴, que ficará em face ao neófito. O Porta-estandarte, enpunhando o es- tandarte, se postará ao lado direito do neófito, que se ajoelhará como na ocasião do 

 juramento. Todos continuam de pé e à ordem.Ven∴ - À G∴ D∴ G∴ A∴ D∴ U∴

(Colocando a espada por sobre a cabeça do neófito)Em nome e sob os auspícios desta Gr∴ Loj∴ Simb∴, de acordo com as Constitui-ções do Rit∴ Esc∴ Ant∴ Acc∴ e em virtude dos poderes que me foram conferidospor esta Loja, eu vos constituo Aprendiz Maçom e vos recebo como membro ativo deseu Quadro.O Ven ∴ Mestr ∴ dá três pancadas na lâmina da espada. Depois, dando a mão direita ao neófito, levanta-o e o conduz para o lado Norte do Altar dos Juramentos.

Ven∴ - Sentai-vos, meus llr∴. (Ao neófito). Meu Ir∴, (entregando-lhe um avental) recebeieste avental, a mais honrosa insígnia do Maçom, pois é o emblema do trabalho, a in-dicar que nós devemos ser sempre ativos e laboriosos. Deveis usá-lo e honrá-lo, por-

que, jamais, ele vos desonrará.Sem ele não podereis comparecer às nossas reuniões, mas também não deveis usá-lo para visitar uma Loja em que haja um Irmão contra o qual tenhais animosidade oucom o qual estejais em desarmonia. Deveis antes e nobremente restabelecer vossasrelações de fraterna e cordial amizade. Reatadas elas, podereis, revestido de vossainsígnia, trabalhar em Loja, mas se, desgraçadamente, não puderdes restabelecer asvossas relações, melhor será que vos retireis, antes que a paz e a harmonia da Lojasejam perturbadas com a vossa presença.(Entregando dois pares de luvas, um para homem, outro para mulher). Obedecendo auma antiga tradição, ofereço-vos dois pares de luvas; um é para vós. Pela sua alvura,vos recordará a candura que deve reinar no coração dos Maçons e, ao mesmo tem-po, vos avisará de que nunca devereis manchar as vossas mãos nas impurezas do

vício e do crime. O outro será para oferecerdes àquela que mais estimardes e quemais direito tiver ao vosso respeito, a fim de que ela vos recorde constantemente osdeveres que acabais de contrair para com a Maçonaria. Este oferecimento tem, tam-bém, por fim prestar homenagem à virtude da mulher, que mãe, esposa, irmã ou filha,é quem nos traz consolação, conforto e alento nas amarguras, nas atribulações e nosdesfalecimentos de nossa vida.Agora, vou comunicar-vos os segredos do Grau de Aprendiz Maçom, ou seja os si-nais e toques que permitem aos Maçons o reconhecimento entre si. Todos tem porbase o número três, que são os três pontos da esquadria, formada pelo nível e peloprumo.Deveis estar perfeitamente ereto, formando com os pés uma e∴. (Coloca o neófito na posição). O corpo nesta posição é considerado como emblema do espírito e a dos

pés representa a retidão das ações. Avançai, agora, com o p∴e∴, (O neófito execu- ta) juntando em seguida ao seu c ∴ o c ∴ do p ∴ d ∴. (o neófito executa). Este é o pri-meiro p∴r∴da Maçonaria e é nessa posição que os segredos do grau se comunicam.Esses segredos são um s∴, um t∴ e uma p∴. O s∴é este (faz o s ∴ ); o t∴ é (dá o t ∴ ), ao qual se corresponde (executa). Este t∴ indica o pedido de uma p∴s∴. Νãose escreve e nem se pronuncia, dá-se por l∴e s∴. Vou ensinarvo-la juntamente como Ir∴M∴de CC∴, como se chama este t∴?. 

M∴ de CC∴ - O T∴ do A∴. Ven∴ - Que indica?M∴ de CC∴ - Que se pede a p∴s∴.Ven∴ - Dai-me a p∴s∴.

M∴

de CC - Como Aprendiz, não sei ler nem escrever, Ven∴

Mestr∴

, sei apenas soletrar:p∴i∴n∴v∴p∴d∴s∴s∴ d∴a∴p∴l∴q∴e∴v∴d∴a∴s∴.Dá assim a palavra. 

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Ven∴ - (Ao neófito). Esta palavra deriva da Col∴ colocada do lado Norte da Porta do Tem-plo de Salomão e significa FORÇA MORAL, APOlO.Há também a P∴Semestral, renovada de seis em seis meses, dada pelo Grão Mes-tre, na época dos solstícios e que serve para comprovar a regularidade do Obreiro;não se pode entrar em Loja regular sem a conhecer. Na próxima Sessão eu vo-lacomunicarei com as formalidades estabelecidas. Deveis sempre dar, pela forma quevistes, a p∴ s∴ ao Cobridor da Loja que fordes visitar, mas deveis também trocar aSemestral para que tenhais a certeza de que entrais em Loja Regular.Dai mais dois p∴ iguais ao primeiro. (O neófito executa). É com esses três p∴ quese entra numa Loja em trabalhos, fazendo-se em seguida a saudação aoVen∴ Mestr∴ e aos VVig∴, da seguinte forma. (Faz a saudação). A Vossa idade maçônica é (Diz a idade). Para que tomeis conhecimento das Leis que nos regem, recebei este exemplar daConstituição, o do Regulamento Geral de nossa Sereníssima Gr∴ Loj∴, e do Regu-lamento particular desta Loj e o Ritual do Grau de Aprendiz Maçom. Lede-os refleti-

damente, pois pelos dois primeiros tomareis conhecimento dos poderes que nos re-gem, dos vossos deveres e direitos, em geral; pelo outro aprendereis o que deveis àLoja em particular. Pelo Ritual aprendereis o simbolismo que usamos. Não deveis,entretanto, restringir-vos às explicações que aí estão, porque nossos símbolos podemser encarados de baixo de múltiplos pontos de vista e cada um deles dá Iugar a inter-pretações filosóficas análogas, mas diferentes.A Maçonaria, meu Irmão, é uma associação cosmopolita em sua índole e em sua es-sência; contudo, em diversas partes do mundo, seguem-se Ritos que diferem apenasnas formas exteriores, na ordem e número de graus e em alguns pontos regulamen-tares, o que todavia não impede que os maçons a eles filiados se reconheçam mutu-amente, e se tratem como Irmãos. Esta Loja adota o Rito Escocês Antigo e Aceito,reconhecendo, porém, como regulares e legítimos os de York e de Schroeder. Os Ri-

tos Adonhiramita e o moderno ou Francês não são reconhecido como regulares a-quele porque, após pouco tempo de prática em raros paises, há muito deixou de exis-tir; e este porque, retirado de seus templos o Livro da Lei e abolido a formula de evo-cação ao G∴ A∴ D∴ U∴, fugiu dos princípios fundamentais maçônicos para se pre-ocupar mais com assuntos políticos.A nossa Regularidade está nesta Carta Constitutiva. (Mostrando a Carta), oriunda daGr∴ Loj∴ Simb∴ do Rio Grande do Sul, que, como já ouvistes, é a única potênciasimbólica legal e legítima na Jurisdição deste Or∴ e que, por um tratado com o Sob∴ Sup∴ Cons∴, do Gr∴ 33 do Rit∴ Ant∴ e Acc∴ para os Estados Unidos do Brasil,tem soberania administrativa e dogmática sobre o simbolismo deste Rito.. OutrasGrandes Lojas regulares existem, no Brasil, com as quais a nossa mantém estreitoslaços de fraternal amizade. Essas são as únicas regulares em todo o território brasi-

leiro. Os demais corpos que se intitulam maçônicos são irregulares e, muito embora,não os possamos visitar nem consentir que os seus membros visitem nossas Lojas, onosso dever maçônico nos obriga a que procuramos os homens de bem que nelesmilitam e lhe mostremos o caminho errado que trilham, concitando-os a virem, na per-feita regularidade, trabalhar conosco em prol dos grandes problemas sociais que inte-ressam a humanidade.Agora, meu Ir∴, recebei o abraço fraternal que vos dão todos os Obreiros desta Lojae que, crentes na sinceridade de vossas intenções, esperam encontrar em vossa a-ção maçônico-social a prática rigorosa dos sãos e sublimes princípios da verdadeiraMaçonaria. (Dá o abraço).Ir∴M∴de CC∴, conduzi o Irmão neófito ao Ir∴ 2º Vig∴ para que o reconheça pelos∴, pelo t∴ e pela p∴, e ao Ir∴ 1º Vig∴ para que o ensine a trabalhar na p∴b∴.

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O M ∴ de CC ∴ cumpre a ordem. O 2º Vig ∴ levanta-se e faz o exame. O 1°Vig ∴, le- vantando-se, mostra ao neófito a p ∴b ∴e ensina-lhe o modo pelo qual a desbastará.

2° Vig∴ - Ir∴1º Vig∴, o nosso Irmão neófito foi reconhecido pelo s∴, pelo t∴ e pela p∴.1º Vig∴ - Ven∴ Mestr∴, o Aprendiz, depois de reconhecido pelo s∴, pelo t∴ e pela p∴, jácomeçou a desbastar a p∴b∴.

Ven∴- Ir∴M∴de CC∴, conduzi o neófito ao vestíbulo, preparai-o e ensinai-lhe a entrar emum Templo Maçônico.O M ∴ de CC ∴ vai com o neófito para fora do Templo, onde este se reveste de seu avental e aprende a entrar. Depois bate regularmente à porta do Templo.

2° Vig∴ - (Depois de entrar o neófito). Ir∴ 1º Vig∴, o neófito entrou como Aprendiz Maçome está Entre Colunas.

1° Vig∴ - Ven∴ Mestr∴, o Irmão neófito fez sua entrada como Aprendiz Maçom e acha-seentre Colunas.

Ven∴ - (Ao neófito) Meu Ir∴, este é para vós um dia de glória que jamais deveis esquecer.

Permiti que vos felicite por terdes sido admitido em nossa ordem. (!) De pé e à ordem,meus Irmãos(!) Proclamo pela primeira vez o Ir∴ F....... Aprendiz Maçon e membro desta Aug∴ eResp∴ Loja Simbólica, sob os auspícios da Gr∴ Loj∴ Simb∴ do Rio Grande do Sul.Convido a todos os Irmãos a reconhecê-lo como tal e lhe prestarem e a Ihe presta-rem auxílio e socorro em todas as ocasiões que ele necessitar.

1° Vig∴ - (!) Proclamo pela segunda vez. (Repete a proclamação). 2° Vig∴ - (!) Proclamo pela terceira vez . (Repete a proclamação). Ven∴ - Felicitemo-nos, meus Irmãos, pela aquisição do novo obreiro e amigo que vem abri-

lhantar as Colunas desta Loja, auxiliando-nos nos trabalhos, e cultivar conosco as a-feições fraternais. A mim, meus Irmãos, pelo Sinal, pela Bateria e pela Aclamação.Cumprida a ordem:  

Ven∴ - (!) Sentemo-nos, meus Irmãos. Ir∴M∴ de CC∴, convidai o novo Ir∴ a gravar naTábua da Loja o seu ne-varietur e depois fazei-o sentar no topo da Coluna do Norte.

Depois de haver o neófito cumprido a ordem e tomado seu lugar.

Ven∴ - llr∴1º e 2º VVig∴, ajudai-me a explicar ao novo Irmão os instrumentos e utensíliosde Aprendiz Maçom. (pausa) Esses instrumentos são: a Régua de Vinte e Quatro Polegadas.

1° Vig∴ - O Maço.2° Vig∴ - O Cinzel.Ven∴ - A Régua era usada pelos Maçons operativos para medir e delinear os trabalhos,

medindo, também, o tempo e o esforço a despender. Como, porém, não somos Ma-çons operativos, mas livres e aceitos, ou especulativos, empregamos a régua, assimdividida, porque ela nos ensina a apreciar as vinte e quatro horas em que está dividi-do o dia, induzindo-nos a empregá-las com critério na meditação, no trabalho e nodescanso físico e espiritual.

1° Vig∴ - O Maço é instrumento importante e nenhuma obra manual poderá ser acabadasem ele. Ensina-nos, também, que a habilidade sem o emprego da razão é de poucovalor e que o trabalho é uma obrigação do homem. Inutilmente o coração conceberáe o cérebro projetará se a mão não estiver pronta a executar o trabalho.

2° Vig∴ - Com o Cinzel, o Obreiro dá forma e regularidade à massa informe da Pedra Brutae pode marcar impressões sobre os mais duros materiais. Por ele aprendemos que aeducação e a perseverança são precisas para se chegar à perfeição; que o material

grosseiro só recebe fino polimento depois de repetidos esforços e que unicamentepelo seu incansável emprego é que se adquire o hábito da Virtude, a iluminação dainteligência e a purificação da alma.

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Ven∴ - E do todo inferimos este ensinamento Moral; o conhecimento, baseado na exati-dão, ajudado pelo trabalho e efetivado pela perseverança, vencerá todas as dificulda-des, extinguindo as trevas da ignorância e espargindo a felicidade no caminho da vi-da.Tornai-vos, pois, a partir de hoje, investigador da verdade; aperfeiçoai-vos na ArteSuprema do pensamento - a Arte Real - que é o objeto das Iniciações Maçônicas;penetrai os nossos mistérios e vinde com assiduidade aos trabalhos para serdes ad-mitido às graças que a Loja não recusa aos Obreiros que se elevam em seu conceito.Agora vão vos ser restituídos os metais de que fostes despojado. (O M∴ de CC∴ en-trega os metais aos Neófitos). O falso brilho das coisas não deve, doravante, iludir-vos porque já percorrestes o primeiro ciclo de uma transformação radical de vossoser, pois fostes purificado intelectual e moralmente.Ir∴ Orador, tendes a palavra. (!) Atenção, meus Irmãos.

Orador – (lendo) Meu Irmão, causou-vos, naturalmente, estranheza que, em nossa associ-ação, fôsseis recebido de modo muito diverso do que se pratica nas sociedades civis.

Em vez da simples aceitação e da apresentação dos co-associados, passastes, aqui,por um cerimonial e por um interrogatório, que vos pareceram, talvez, inúteis princi-palmente na época materialista que empolga a vida hodierna.Se volvermos um pouco ao passado e o compararmos ao presente, veremos que al-guma coisa de eternamente belo e admirável existe no homem, quando, perscrutandolhes os instintos sociais, o vemos, através das luzes da razão e sãs inspirações, se-nhor de seus destinos sociais. É que encaramos o homem não como um ser degene-rado, preso a terra pelo egoísmo de seus sentimentos, rastejando nos círculos dospreconceitos e seguindo servilmente os velhos erros hereditários, mas como o sersuperior aos demais, usando conscientemente de seus deveres e de seus direitos,para chegar ao apogeu da perfeição a que é destinado pela natureza. Eis porquenossas cerimônias se destinam a mostrar-vos que, a partir de hoje, tendes a desem-penhar o glorioso papel de construtor social.Mas, perguntareis, onde encontrar na ciência humana, nesse amálgama onde o beme o mal estão tão intimamente ligados que parecem formar um único corpo, oselementos precisos de regeneração?Não abusemos de nossas próprias fraquezas, e muito menos, do enlevo de nossasvaidades; o mal existe, por toda parte, com suas atrações tentadoras, mas, por toda aparte está, igualmente o bem, servindo de eixo a todas as existências sociais de a-manhã. O mal não é um princípio desconhecido como o bem, uma causa sem ori-gem, o lado fraco de nossa natureza, o passo escorregadio da vida sensitiva e semanchando tronos e altares, corrompendo choupanas e palácios, invade a Humani-dade, não é justo que sacrifiquemos nossa dignidade de homem e nossa força moralaos apetites da vida material; não é para que fujamos da ciência do bem, mas paraque possamos pô-la em prática no meio social.Eis porque vos recebemos como Pedra Bruta, para que em vosso ser moral desbas-teis as arestas e as asperezas que ainda existam, e vos torneis um elemento útil àconstrução do edifício social que à Maçonaria compete erigir. Simbólica embora, essaconstrução não se fará com qualquer argamassa, mas com o aproveitamento de vos-sa ação e de vosso trabalho exercidos nos corações humanos, onde existam as im-perfeições do erro e as asperezas do orgulho e da vaidade, para que, em pleno de-senvolvimento da liberdade de consciência, saibais que ela somente pode ser útilquando a razão dominá-la e guiá-la, sem sacrificar os nobres instintos da consciênciaà avidez das paixões materiais.A Maçonaria é, na Terra, a única Instituição capaz de levar o homem ao domínio dapaz, da ordem e da felicidade. Em seu seio não existem desejos e interesses pesso-ais a satisfazer e a ambição se circunscreve aos limites das necessidades da frater-nidade. Nela a vaidade não pode medrar e todos se conformam aos direitos dos maisdignos e merecedores. Tendo por lei fundamental e como regra absoluta, o domínio

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dos desejos maus que atormentam a Humanidade, ela é a associação mais propíciaà obtenção do aperfeiçoamento social, tendo-se em vista que o homem material de-saparece diante do homem moral, que então, num terreno fertilizado pelas VirtudesFraternais, eleva-se a tanto quanto o pensamento íntimo de seu Criador o destinou.Vede, pois, como a Maçonaria é previdente e sábia em sua obra de progresso. Paraevitar que seus filhos sejam o joguete de suas próprias intemperanças e de seus des-regramentos, a Maçonaria instituiu uma Moral em ação, feita para dominar os cora-ções mais rebeldes e mais inclinados ao mal; moral que em nada compromete os in-teresses privados dos homens, nem os gerais; moral, em uma palavra, que dá a cadaum na proporção de seus direitos e de seus deveres.Corramos o véu simbólico que oculta os seus mistérios morais. Irmão que, apenaschamado a amassar o cimento místico, passastes por provas que encerram o pen-samento íntimo da Instituição, esta pôs logo diante de vossos olhos os elementos queirão servir ao vosso ressurgimento espiritual, ou melhor, à transformação moral porque tereis de passar.Lançaram-vos sozinho, no antro da miséria e da morte; aí estáveis, como um crimi-noso, entregue a vós mesmo para que pudésseis meditar e refletir. A reflexão é a vi-da da alma. Sem reflexão o homem nada tem de humano, é um animal entregue aosmais grosseiros instintos. Começou, portanto, a Maçonaria a vos fazer refletir sobrevosso destino e, longe de vos atrair por mentirosas aparências, Ela clareou o quadroque deveria ferir vossa imaginação, para que jamais a incrimineis de ter, no dia devosso batismo, sido capciosa ou indulgente para convosco. Embora a Maçonaria vostomasse em baixo ou no cume da escala da civilização, embora fôsseis pequeno ougrande, rico ou pobre, como Ihe compete mudar as disposições de vossa naturezamoral. Ela vos considerou como a larva que rasteja a terra e que, para chegar ao seucompleto desenvolvimento, passa por transformações sucessivas. Cercando-vos demáximas morais, ela vos patenteou que a sua linguagem não é a comum das associ-ações civis. Depois do simbolismo das outras provas por que passastes e das revela-ções misteriosas que foram, para vós, imenso ensinamento. Ela vos fez conhecer oque de vós exige em zelo e devotamento pela Humanidade, pela Pátria, por vossossemelhantes e por vós mesmo e, em seguida, vos abriu a estrada da perfeição moral,onde somente poderemos encontrar o repouso e a felicidade na Terra. Antes de con-sagrar-vos à admissão entre os eleitos, exigiu de vós um juramento solene. Ato sole-ne de um homem livre, prendestes de tal modo vosso presente e vosso futuro nascadeias inquebrantáveis da honra e da dignidade, que violá-lo seria um ato de covar-dia moral.Sois, agora, Maçom. Voltareis ao mundo profano esclarecido pelos deveres de A-prendiz. Fazei dos conselhos que recebestes a pedra de toque e de amor para vos-sos semelhantes; amassai, com coragem e perseverança, o cimento místico que ser-virá para edificar o Templo do G∴A∴D∴U∴.Conheceis agora o Templo simbólico e sabeis perfeitamente que ele não se constróicom pedras e madeiras, porém com virtude, sabedoria, força, prudência, glória e be-leza, enfim, com todos os elementos morais que devem ser o ornamento dos Ma-çons.Se a Maçonaria quer que sejais inteiramente devotado à Humanidade; se aqui, comoem qualquer outra parte do mundo, ela vos obriga a socorrer o fraco e a defender ooprimido, não vos esqueçais que deveis à vossa Pátria o amor sincero do patriota e odevotamento do cidadão; que as leis que a regem merecem vosso respeito e vossaconsciente submissão; que os que a governam tem direito à vossa confiança e aovosso apoio, e se, por acaso, por vosso trabalho honesto vos tornardes independentepela fortuna, não vos esqueçais que, a par de Deus e da Maçonaria, deveis contínuaassistência aos infelizes; levai à choupana, onde a miséria e o infortúnio fazem gemere chorar, o amparo de vossa inteligência e o supérfluo de vossas condições sociais.Estudai o vosso caráter e as vossas inclinações, para poderdes, moralmente, desbas-

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tar-lhe as asperezas, como fizestes há pouco, simbolicamente, na Pedra Bruta. Esteé o trabalho do Aprendiz: “conhecer-se e aperfeiçoar-se, a fim de que, livre dos pre-conceitos e vícios do mundo profano, possa aspirar o estudo da tradição e da históriamaçônica, cujos ensinamentos tem iluminado o Mundo desde as mais remotas eras”.Só então, compreendereis à custa de quantas vidas se construiu o edifício moral daMaçonaria, que, desde os tempos mais remotos, prega a Moral mais elevada e conti-nuará a pregá-la enquanto existir o gênero humano.

Terminado o discurso do Orador, o neófito poderá falar, se o quiser. Reinando silên- cio, corre, com as formalidades, o Tr ∴ de   Solid ∴, que é conferido pelo Ir ∴ Tesourei- ro, sendo o resultado da coleta anunciado, diretamente, pelo Ven ∴ Mestr ∴, à Loja.Segue-se a Palavra a Bem da Ordem, depois do que serão encerrados os Trabalho e feita à cadeia de União para a transmissão da Pal ∴ Semestr ∴.

A FILIAÇÃOAchando-se algum irmão filiando na Sala dos PP∴ PP∴:

Ven∴- (!) Meus llr∴, acha-se na Sala dos PP∴ PP∴ o nosso Ir∴F........, cuja filiação foiaprovada por esta Loj∴; consulto-vos se estais ainda de acordo a que se procedasua recepção.

Se houver alguma oposição justificada, o Ven ∴ Mestr ∴, sem abrir discussão, subme- te a votos, decidindo a maioria. Caso, pelos motivos alegados, a Loj ∴ julgue dever adiar ou anular a filiação, dar-se-á participação ao Ir ∴ candidato. Não havendo im- pugnação e reinando silêncio, anunciado pelos VVig ∴.

Ven∴- Ir∴M∴de CC∴, ide à Sala dos PP∴ PP∴ buscar o nosso Ir∴ Filiando.

O M ∴ de CC ∴ irá sozinho buscar o candidato se este for Aprendiz ou Companheiro Maçom. Se for M ∴M ∴, convidará a dois Irmãos para, com ele, constituírem a Comis- são Introdutora. Voltando, bate à porta do Templo. 

G∴ do Temp∴ - Ven∴ Mestr∴, como Aprendiz batem à porta do Templo.Ven∴ - Vede quem assim bate, meu Irmão.

O G ∴ do Temp ∴, de espada em punho, entreabre a porta do Templo, e, apontando a ponta da espada para fora, informa-se e, em seguida, fecha a porta.

G∴ do Temp∴ − Ven∴ Mestr∴ é o nosso Ir∴M∴ de Cerimônias, acompanhando o nossoIr∴ F................... que deseja se filiar nesta Loja.

Ven∴ - Franqueai o ingresso, Ir∴G∴do Temp∴. (!) De pé e à ordem meus IIr∴.

Aberta a porta do Templo, o M∴ de CC∴ entra com o candidato, fazendo ambos aentrada e a saudação ritualísticas. O G∴ do Templo fecha imediatamente a porta.

Ven∴ - (Descobrindo-se) Sede bem-vindo, meu Irmão, e que nossa Loja seja para vós umahabitação de paz e de concórdia, onde, unindo-vos a nós pelos sagrados laços defraternidade leal e sincera, possais continuar os trabalhos em prol da emancipação daHumanidade. Sois Maçom e, portanto, já conheceis vossos deveres para com a Fa-

mília, a Pátria e a Humanidade.

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(Ao M∴ de CC∴) Ir∴ M∴ de CC∴, Conduzi o nosso Irmão ao Altar dos Juramentospara ratificar seus compromissos.

O M ∴ de CC ∴, segurando o filiando pela mão esquerda, condu-lo ao Altar dos Jura- mentos, onde o 1º Diácono o incensará por três vezes; depois: 

Filiando - JURO E PROMETO, por minha honra e por minha Fé, cumprir e fazer cumprir aConstituição e as Leis da Gr∴Loj∴ Simb∴do Rio G. do Sul, bem como o Regulamen-to e deliberações desta Loja, pautando minha vida pelos sãos princípios da Maçona-ria Universal e reconhecendo esta Gr∴ Loj∴ Simb∴ como Única Potência Maçônicalegal e legítima para o simbolismo do Rit∴ Esc∴ Ant∴ Acc∴, nesta Jurisdição.

O M ∴ CC ∴ levanta o filiando, que ficará de pé e à Ordem. Ven∴ - Em nome desta Loja aceito vosso compromisso e voz proclamo membro ativo de

seu quadro. Recebei, por meu intermédio, as saudações sinceras de todos os Irmãos,

que esperam o auxílio eficaz de vossos esforços para o levantamento Moral e Materi-al desta Oficina, a fim de que ela possa continuar a desobrigar-se nobremente dosdeveres que contraiu para com a nossa Ordem. Ir∴ M∴ de CC∴, fazei o nossoIr∴gravar o seu “ne varietur” na Tábua da Loja e, depois, conduzi-o ao lugar que Ihecompete.

Depois de executada a ordem: 

Ven∴ - Tendes a palavra, Ir∴Orador.

O Orador fará um discurso apropriado, sem, entretanto, entrar em elogios exagerados e nem em apreciações que não sejam puramente maçônicas.

Terminada a oração, seguem os trabalhos na forma do costume.

NOTA - Para os casos de Regularização, servirá este mesmo Ritual, substituídas as palavras: "filiando", "filiação" pelas "regularizando", "regularização" e o juramento, que será o destinado ao Neófito. O Ven ∴ Mestr ∴ na proclamação dirá: Em virtude dospoderes de que estou investido, eu, em nome da Gr∴ Loj∴ Simb∴ d........., vos con-sidero Regularizado como Maçom e membro ativo desta Loja. 

ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS

Ven∴- (!) Irmãos 1º e 2° VVig∴, anunciai, em vossas CCol∴, como eu anuncio no Or∴,

que vamos encerrar os trabalhos desta Loja de Aprendizes Maçons.

Os VVig∴ fazem o anúncio e depois de anunciado: 

Ven∴ - Ir∴ 2° Diac∴, qual é o vosso lugar em Loja?2° Diac∴ - (Levantando-se e ficando à Ordem). À direita do Ir∴1º Vig∴.Ven∴ - Para que, meu Irmão?2° Diac∴ - Para transmitir as ordens ao Ir∴2° Vig∴ e ver se os Obreiros se conservam nas

Colunas com o devido respeito, disciplina e ordem. (Saúda e senta-se). Ven∴ - Ir∴1º Diac∴, qual é o vosso lugar em Loja?1° Diac∴ - (Levantando-se e ficando à Ordem). À vossa direita, abaixo do sólio.

Ven∴ - Para que, meu Irmão?1° Diac∴ - Para transmitir vossas ordens ao lr∴1° Vig∴ e às demais Dignidades e Oficiais,a fim de que os trabalhos sejam executados com regularidade e prontidão.

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Ven∴ - Onde tem assento o Ir∴2° Vig∴?1° Diac - Ao Sul. (Saúda e senta-se).Ven∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴2° Vig∴?

2° Vig∴- Para melhor observar o Sol em seu meridiano, chamar os Obreiros para o traba-lho e mandá-los à recreação afim de que os trabalhos prossigam com ordem e exati-dão, a bem da Pátria e da Humanidade.

Ven∴ - Onde tem assento o Ir∴1° Vig∴?2° Vig∴ - No Ocidente, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴1° Vig∴?1° Vig∴ - Assim como o Sol se oculta no Ocidente para terminar o dia, assim aqui tenho

assento para fechar a Loja, pagar os Obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos.Ven∴ - E os Obreiros estão satisfeitos?

Todos batem com a palma da mão direita no avental em sinal de afirmação. 

Ven∴ - Que idade tendes, Ir∴1° Vig∴?1° Vig∴ - ...............Ven∴ - E a que horas é permitido aos Aprendizes Maçons deixarem o trabalho?1º Vig∴- .........Ven∴ Mestr∴ - Que horas são,Ir∴2º Vig∴?2° Vig∴− .................Ven∴ Mestr∴ - (!)1° Vig∴- (!)2° Vig∴ - (!)Ven∴ - De pé e à ordem, meus llr∴.

Com o mesmo cerimonial da abertura, o Ven∴

Mestr∴

transmite a P∴

S∴

.2° Vig∴ - (Depois de recebida a P∴S∴) Tudo está justo e perfeito na Col∴ do S∴, Ir∴1º

Vig∴.1° Vig∴ - Tudo está justo e perfeito em ambas as CCol∴, Ven∴ Mestr∴.

O Ir∴ que abriu o Livro da Lei vai, com as mesmas formalidades da Abertura, se pos-tar em frente ao Altar dos Juramentos.

Ven∴ - (!) Ir∴1º Vig∴, estando tudo justo e perfeito, tendes minha permissão para fechar aLoja. (descobre-se).

1°Vig∴ - (!) Em nome do G∴A∴D∴U∴e de S. João, nosso Padroeiro, está fechada esta

Loja de Aprendizes Maçons. (!)

Neste momento é fechado o Livro da Lei.

Ven∴ - (!) A mim, meus Irmãos, pela bateria e pela aclamação.Todos - (Depois de dada a bateria).

HUZZÉ! HUZZÉ! HUZZE!.

Os llr∴ que se encontram junto ao Altar dos Juramentos voltam a seus lugares. O 1°Diac∴, de passagem, fecha o Painel da Loja.

Ven∴ - Meus Irmãos, os trabalhos estão encerrados e a nossa Loja fechada. Antes de nos

retirarmos, juremos o mais profundo silêncio sobre tudo quanto aqui se passou.

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Todos - (Estendendo a mão direita) Eu o juro!

O 1° Vig∴ abaixa a Col∴ de seu Altar e o 2º levanta a do seu. Se se tiver de transmi-tir a Palavra Semestral, forma-se a Cadeia de União. Terminada a transmissão, ounão tendo circulado a P∴ Sem∴, o Ven∴ Mestr∴ sai, seguido pelos VVig∴, aosquais seguem, em ordem inversa da entrada, os demais Obreiros. Durante a saída, oórgão executa uma marcha que poderá ser acompanhada, pelos irmãos, de um cân-tico apropriado. O sinal de ordem é desfeito ao transpor a porta do templo. Depois depassar o último Irmão, o Guarda do Templo apaga as luzes e fecha o Templo.NOTA - Sendo o Templo um lugar Sagrado para os Maçons, este não deve permane- cer aberto nem servir de ponto de reunião para palestras ou descanso e, muito me- nos, dentro dele, será permitido fumar. 

SUSPENSÃO DOS TRABALHOS PARA RECREAÇÃO

Ven∴ - (!) Ir∴2° Vig∴, qual é o vosso lugar em Loja?2° Vig∴ - No Sul, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Para que, meu Irmão?2° Vig∴ - Para melhor observar o Sol na sua passagem pelo meridiano, chamar os Obrei-

ros para o trabalho e mandá-los à Recreação.Ven∴ - Que horas são?2º Vig∴ - O Sol está no meridiano.Ven∴ - E os Obreiros tem trabalhado com afinco e perseverança?2º Vig∴ − Sim, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Então tendes minha permissão para mandá-los à Recreação, suspendendo, por

alguns instantes, os trabalhos.

2ºVig∴ - (!) Meus Irmãos, de ordem do Ven∴ Mestr∴, os trabalhos vão ser suspensos poralguns momentos, para que vos entregueis à Recreação, tendo o devido cuidado deficar nas proximidades a fim de atenderdes ao chamado de volta ao trabalho. (!)

1º Vig∴ - (!)Ven∴- (!)

O 2° Vig∴ Ievanta a Col∴ de seu Altar e o 1° Vig∴ abaixa a do seu. O Irmão que a-briu o Livro da Lei vai fechá-lo, colocando-lhe por cima o compasso e o esquadro, namesma posição que guardam entre si.

REABERTURA DOS TRABALHOS

Estando todos os oficiais de pé e à ordem, o Ven∴ (!), repetido pelos VVig∴. Os de-mais Ir∴ ficam simplesmente de pé.

Ven∴ - (!) Ir∴2° Vig∴, que horas são?2º Vig∴ - O Sol passou do zênite, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Então tendes a minha permissão para chamar os Obreiros a fim de reencetarmos

nossos trabalhos.2º Vig∴ - (!) Meus llr∴, de ordem do Ven∴ Mestr∴, suspendei vossa Recreação para re-

tomar o vosso trabalho.1ºVig∴ - (!)Ven∴- (!)

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Todos os obreiros ficam à Ordem. O 2° Vig∴ abaixa a Col∴ de seu Altar e o 1° Vig∴ levanta a do seu. O Irmão que fechou o Livro da Lei vai novamente abri-lo no lugarapropriado, sobrepondo-lhe o Compasso e o Esquadro na posição do grau.

Ven∴ - Sentemo-nos, meus llr∴.

Os trabalhos prosseguem do ponto em que foram suspensos.

AS INSTRUÇÕES

Para que o Aprendiz Maçom adquira conhecimentos maçônicos que Ihe darão direitoa aumento de salário, deve receber, pelo menos, CINCO Instruções em sessões separadase que a Loja é obrigada a realizar.

Quando, em uma sessão, não houver Iniciação a fazer, o Ven∴

Mestr∴

, ocupará otempo a ela destinado, em Instrução dos Aprendizes e, mesmo que não haja Irmãos A-prendizes, fa-las-á para recapitulação, pois as Instruções prestam-se a recordar os ensi-namentos e as finalidades da Maçonaria e do Rit∴ Esc∴ Ant∴ Acc∴. Não se devendo fa-zer Maçonaria de logismo, todos os membros de uma Loja devem procurar, quanto possí-vel, compreender a vantagem desses ensinamentos, assimilando-os para que tenham emmente o dever de pautarem seus atos individuais de todos os dias por esse rico e antiguís-simo manancial de Sabedoria.

PRIMEIRA INSTRUÇÃO(Explicação do Painel da Loja de Aprendiz)

Ven∴- (!) Meus llr∴, de acordo com os preceitos que nos regem, vamos proceder a primei-ra instrução destinada especialmente ao Ir∴ Aprendiz F.... ; (Caso não haja aprendiz)destinada a recordar nossos ensinamentos. 

Ven∴ - Meus llr∴, a Maçonaria teve sua origem nas antigas Fraternidades Iniciáticas doEgito, das quais recebeu sua tradição, que guarda intacta, com o maior cuidado, a fimde podê-la transmiti-las aos seus Iniciados.Do mesmo modo que os Antigos filósofos Egípcios que, a fim de subtrair aos olhosdos profanos seus segredos e mistérios, ministravam seu ensino por meio de emble-mas e alegorias, a Maçonaria continua a tradição egípcia, encerrando os seus ensi-namentos e filosofia em símbolos e alegorias, pelo quais oculta as suas verdade aomundo profano, só as revelando aqueles que ingressam nos seus Templos.

Sendo o primeiro grau o alicerce da filosofia simbólica, resumindo ele toda a moralmaçônica, pelo aperfeiçoamento humano, compete ao Aprendiz Maçom o trabalho dedesbastar a Pedra Bruta, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e paixões profanas, pa-ra poder concorrer à construção Moral da Humanidade, que é a verdadeira obra daMaçonaria.Vamos dar hoje aos nossos llr∴ Aprendizes a sua primeira instrução, que consiste naexplicação do Painel da Loja do 1º grau. Ir∴ Orador, tendes a palavra.

Orador - Meus llr∴, o Painel que vedes representa o meio, o caminho que deveis trilharpara atingirdes o domínio de vós mesmos pelo trabalho e pela observação. Vossoprincipal, vosso único desejo deve resumir-se em avançardes, em progredirdes naGrande Obra que empreendestes, ao entrardes neste Templo. Ao fim da jornada detrabalho e de aperfeiçoamento moral, simbolizada no desbastar das asperezas desse

bloco informe a que chamamos Pedra Bruta, quando vos transformardes pela fé e pe-lo esforço na Pedra Polida pronta a fazer parte do edifício, estareis aptos a descansar

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o maço e o cinzel e a tomardes outros utensílios, que vos serão dados, quando subir-des mais um degrau na hierarquia maçônica.Para isso é que recebeis cinco instruções no grau de Aprendiz, simbolizando as cincoépocas, os cinco anos que, outrora, passava o Aprendiz Maçom encerrado no Tem-plo, onde só tinha entrada depois de dois anos de observação por parte dos Compa-nheiros e Mestres, completando assim os sete anos exigidos, naquela época, para ocompromisso do primeiro grau.A primeira instrução é a mais simples, mas também a mais simbólica.No Painel da Loja se condensam todos os símbolos que deveis conhecer e que, sebem os compreenderdes nesta instrução, parecer-vos-ão muito fáceis e claras as ins-truções subseqüentes.A forma da Loja é de um quadrilongo, isto é, uma figura alongada, de quatro lados;seu comprimento é de Leste a Oeste; sua largura é do Norte ao Sul; sua profundida-de, é da superfície ao centro da Terra e sua altura é da Terra ao Céu.A Loja é representada desse modo, numa tão vasta extensão, para simbolizar a Uni-versalidade da nossa Instituição e para mostrar que a Caridade de um Maçom nãotem limites, a não ser os ditados pela Prudência.Orienta-se a Loja de Leste a Oeste, porque todos os lugares de Culto Divino, todosos antigos Templos e todas as Lojas Maçônicas regularmente constituídas assim de-vem estar, por três razões:1ª - Porque o Sol, que é a maior Glória do Senhor, nasce a Leste e se oculta a Oeste;2ª - Porque a Civilização e a Ciência nos vieram do Oriente, espalhando a sua bené-fica influência para o Ocidente;3ª - Porque a Doutrina do Amor e da Fraternidade, o exemplo do cumprimento da Lei,também nos vieram do Oriente, por intermédio do nosso Divino Mestre.Desde o começo, o Todo-Poderoso, o Princípio Criador a que chamamosGr∴ Arq∴ Do Univ∴, nunca deixou de dar um testemunho da Sua existência entre oshomens. Lemos nas Sagradas Escrituras que Abel fez uma oferta mais agradável aoSenhor do que a de Caim; que “Enoch caminhou para Deus e Deus o levou”; que Noéera um justo e que, por isso, Deus o salvou, fazendo com que construísse uma Arca;que Abrahão era fiel a Deus, bem como toda a sua família, e não hesitou em sacrifi-car seu filho ao Senhor, o Qual evitou o sacrifício, enviando um anjo para impedi-lo; eque Jacob combateu com um anjo, venceu-o e por isso obteve a bênção do Senhorpara si e para todos os seus descendentes.Mas a primeira notícia que temos de um local, exclusivamente destinado ao Culto Di-vino, é depois do êxodo dos Israelitas do Egito, sob a direção do fiel Moisés, segundoa promessa feita ao seu antepassado Abrahão, de que Ele faria da sua raça umagrande e poderosa nação, cujos filhos se multiplicariam como as areias do mar e asestrelas do Céu.Por intermédio ainda do seu fiel servo Moisés, Ele construiu uma Tenda, ou Taberná-culo, erigida no deserto, para receber a Arca da Aliança e as Tábuas da Lei bem co-mo para nele (Tabernáculo) ser solenizado o Culto Divino.Esse Tabernáculo foi sempre, por ordem especial do Senhor, armado no deserto, deLeste para Oeste e serviu, muito tempo depois, de modelo, na sua planta e posição,ao magnífico Templo erigido em Jerusalém pelo Sábio e Poderoso Monarca, o ReiSalomão, e cujo esplendor e riqueza fizeram com que fosse considerado como amaior maravilha da época.Esta é a razão principal por que todas as Lojas Maçônicas, que representam simboli-camente o Templo de Salomão, são situadas e orientadas de Leste para Oeste.Sustentam nossa Loja três grandes Pilares, denominados SABEDORIA, FORÇA eBELEZA.A Sabedoria inventa e cria, a Força sustenta e anima e a Beleza adorna.

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A Sabedoria deve nos orientar no caminho da Vida, a Força nos animará e sustenta-rá em todas as dificuldades e a Beleza adornará todas as nossas ações, nosso cará-ter e nosso espírito.O Universo é o Templo da Divindade a quem servimos; a Sabedoria, a Força e a Be-leza estão em volta do Seu Trono como pilares de Suas obras; porque Sua Sabedoriaé infinita. Sua Força onipotente e a sua Beleza se manifesta, em toda a Sua criação,pela simetria e pela ordem.Representam ainda os três pilares de uma Loja Maçônica:SALOMÃO, rei de Israel;HIRAM, rei de Tiro; eHIRAM-ABIFF.

Salomão, pela sua Sabedoria em construir, completar e dedicar o Templo de Jerusa-lém ao Serviço de Deus;Hiram, pela Força que deu aos trabalhos do Templo, fornecendo homens e material;e Hiram-Abiff, pelo seu trabalho primoroso em adorná-lo, dando-lhe uma Beleza sempar, até hoje nunca atingida.Três ordens de Arquitetura foram usadas na construção do Templo e, por analogia,diz-se que:A Jônica representa a Sabedoria;a Dórica, a Força ea Corintia, a Beleza.A cobertura de uma Loja Maçônica se representa por uma Abóbada Celeste de coresvariadas, representando o Céu, isto é, o Infinito.O caminho pelo qual nós, Maçons, esperamos atingi-la é expresso simbolicamentepela escada existente no Painel, e que as Sagradas Escrituras denominam a Escadade Jacob, nome que, sempre guarda fiel da antiga tradição, a Maçonaria conserva.Por isso dizemos aos Aprendizes Maçons, depois de sua iniciação, “que puseram opé no 1º degrau da ESCADA DE JACOB", significando-lhes que deram o primeiropasso no caminho do seu aperfeiçoamento moral.Compõe-se esta escada de muitos degraus, todos eles representativos das virtudesexigidas ao Maçom, no seu caminho para a perfeição.Na sua base, centro e topo, entretanto, destacam-se três símbolos, muito conhecidosno mundo profano, como representando a FÉ, a ESPERANÇA e a CARIDADE.De fato são estas as principais Virtudes Morais que devem ornar o espírito de qual-quer ser humano e, principalmente, dos Maçons.Fé no Gr∴ Arq∴ Do Univ∴;

Esperança no Aperfeiçoamento Moral; eCaridade para com o Gênero Humano.Ainda por analogia, poderemos explicar do seguinte modo essas três Virtudes:a Fé é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará a termo;a Esperança é a Força do espírito, amparando-o e animando-o nas dificuldades queencontra, a cada passo, no caminho da existência; ea Caridade é a Beleza que adorna o espírito e os corações bem formados, fazendocom que neles se abriguem os mais puros sentimentos humanos.O interior de uma Loja Maçônica contém Ornamentos, Paramentos e Jóias.

OS ORNAMENTOS são o Pavimento de Mosaico, a Estrela Flamígera e a Orla Den-tada:O Pavimento de Mosaico, com seus losangos brancos e pretos, nos mostra que, a-pesar da diversidade, do antagonismo de todas as coisas que adornam a Natureza,em tudo reside a mais perfeita Harmonia. Isso nos serve de lição para que não olhe-mos as diversidades de cores e de raças, o antagonismo das religiões e dos princí-pios que regem os diferentes povos da Humanidade, senão como uma exterioridade

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de manifestação apenas; mas que, entretanto, toda a Humanidade foi criada para vi-ver na mais perfeita Harmonia, na mais íntima Fraternidade.A Estrela Flamígera, representa a principal Luz da Loja. Simboliza o Sol, Glória doCriador, e nos dá o exemplo da maior e da melhor virtude que deve ornar um coraçãode Maçom: A Caridade.Espalhando Luz e Calor (ensino e conforto) por toda à parte onde atingem seus raiosvivificantes, ele nos ensina a praticar o Bem, não num círculo restrito de amigos ouafeiçoados, mas a todos aqueles que necessitarem e até onde a nossa Caridadepossa alcançar.A Orla Dentada, enfim, mostra-nos o princípio de atração universal, simbolizada noAmor. Representa, com seus múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno doSol; os povos reunidos em torno de um chefe; os filhos reunidos em volta dos pais;enfim, os Maçons unidos e reunidos em torno da Loja, cujos ensinamentos, cuja Mo-ral aprendem para espalhá-los aos quatro cantos do Orbe.A paramenta da Loja é constituída pelo L∴ da L∴, Comp∴ e Esq∴.O L∴ da L∴, representa o Código de moral que cada um de nós respeita e segue, afilosofia que cada qual adota, enfim a fé que nos governa e anima.O Comp∴ e o Esq L∴ da L∴,, que só se mostram unidos, em Loja, representam amedida justa e retidão que devem presidir as nossas ações, que não se podem afas-tar da justiça, tão pouco da retidão, que regem todos os atos de um verdadeiro Ma-çom.As PP∴ do Comp∴, ocultas sob o Esq∴, significam que o Apr∴, só trabalhando paradesbastar a Pedra Bruta, não pode fazer uso daquele, enquanto sua obra ainda nãoestiver perfeitamente acabada, polida e esquadriada.As jóias da Loja são:Três móveis e três fixas.As móveis são o E∴, o N∴e o P∴.

Assim as chamamos porque, cada ano, são transferidas aos Novos VVen∴ e VVig∴, em cadapassagem de administração da Loja.As fixas são: o P∴da L∴, a P∴B∴e a P∴P∴ou C∴.O P∴ da L∴ serve para o Mestr∴ desenhar e traçar. Isto exprime simbolicamente que o Mestreguia os AApr∴, no trabalho indicado pelo P∴ da L∴, traçando o caminho que lês devem seguir pa-ra o seu aperfeiçoamento, a fim de poderem progredir nos trabalhos de Arte Real.A P∴ B∴ serve para nela trabalharem os AApr∴, marcando-a e desbastando-a até que seja julga-da polida, pelo Mestre da Loja.A P∴ P∴ ou C∴ serve para os OObr∴experimentados ajustarem e experimentarem suas Jóias.Chamam-se fixas a estas últimas Jóias, porque permanecem imóveis em Loja, como um Código deMoral, aberto a compreensão de todos os Maçons.Do mesmo modo que a P∴ da L∴ é o traçado objetivo, o L∴ da L∴ é o traçado espi-

ritual para o aperfeiçoamento de todo o Maçom, se ele quiser atingir o topo da Esca-da de Jacob, após haver desbastado as asperezas do seu eu íntimo, representadaspela ambição, orgulho, egoísmo e demais paixões que torturam os corações profa-nos.A P∴ B∴ é o material retirado de sua jazida, no estado da natureza, até que pelaengenhosidade e trabalho do Obreiro, fica na devida forma para poder entrar naconstrução do edifício. Ela representa a inteligência, o sentimento do homem no seuestado primitivo, ásperos e despolidos como a P∴ B∴, e nesse estado se conservamaté que, pelo cuidado e instrução ministradas por seus pais ou mentores, dando-lheuma educação liberal e virtuosa, ele se torna um ente culto, capaz de fazer parte deuma sociedade civilizada.A P∴P∴ou C∴é um material perfeitamente trabalhado, de linhas e ângulos retos,

que só pode ser verificado e experimentado pelo Comp∴ e pelo Esq∴.

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Representa o saber do homem no fim da vida, quando ele a aplicou em atos de pie-dade e de virtude, que só podem ser medidos e julgados pelo Esq∴ da Palavra Divi-na e pelo Comp∴ de sua própria consciência esclarecida.Em toda Loja Maçônica Regular, Justa e Perfeita existe um ponto dentro de umcirc∴, que um verdadeiro Maçom não pode transpor. Este circ∴é limitado, entre oNorte e o Sul, por duas linhas paralelas, uma representando Moisés, outra o rei Sa-lomão.Na parte superior deste circ∴ fica o L∴ da L∴, que suporta a Escada de Jacob, cujocimo toca os Céus. Caminhando dentro deste circ∴, sem nunca o transpormos, limi-tar-nos-emos às duas linhas Paralelas e ao L∴ da L∴ e enquanto assim proceder-mos, não podemos errar.Pendentes dos cantos da Loja, vêem-se quatro borlas, colocadas nos pontos extre-mos da mesma para nos lembrarem as quatro virtudes caldeais - TEMPERANÇA,JUSTIÇA, CORAGEM e PRUDÊNCIA - que a nossa antiga tradição nos diz terem si-do praticadas pela grande maioria de nossos antigos Irmãos.

Os característicos de um bom Maçom são Virtude, Honra e Bondade; e, embora ba-nidas de todas as outras sociedades, devem sempre ser encontradas no coração dosMaçons.

SEGUNDA INSTRUÇÃO

Ven∴ - Ir∴ 1ºVig∴, que há de comum entre nós?1° Vig∴ - Uma verdade, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Que verdade é essa, meu Ir∴?1° Vig∴ - A existência de um Gr∴ Arq∴, Criador do Universo, isto é, de tudo que foi, que é,

e que será.

Ven∴ - Como sabeis isso, meu Ir∴?1° Vig∴ - Porque além dos órgãos que constitui o nosso ser material, o Ente Supremo nos

dotou de inteligência, que nos faz discernir o Bem do Mal.Ven∴ - Essa faculdade, a que chamais de inteligência, é independente de vossa organiza-

ção física?1° Vig∴ - Ignoro-o, Ven∴ Mestr∴. Creio, porém, que, como os nossos sentidos, ela é sus-

cetível de progresso e de aperfeiçoamento e tem sua infância, sua adolescência e suamaturidade; rudimentar nas crianças, manifesta-se nos adultos, aperfeiçoa-se e eleva-se, progressivamente, ao mais alto grau de concepção.

Ven∴ - A inteligência é suficiente para discernir o Bem do Mal?1º Vig∴ - Sim, Ven∴ Mestr∴, quando dirigida por uma moral sã.Ven∴ - Onde encontramos os ensinamentos dessa Moral?1° Vig∴ - Na Maçonaria, Ven∴ Mestr∴, porque aqui se ensina a moral mais pura e mais

propícia à formação do caráter do homem, quer considerado sob o ponto de vista so-cial, quer sob o individual.

Ven∴∴ - Ir∴2º Vig∴, sois Maçom?2°Vig∴ - M∴ I∴ C∴T∴M∴R∴.Ven∴- Em que se baseia a Moral ensinada pela Maçonaria?2° Vig∴ - No Amor ao próximo, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Esta, porém, não deve ser a base de todos os princípios de qualquer Moral?2° Vig∴ - Sem dúvida que sim, Ven∴ Mestr∴. A moral maçônica, porém, é o sistema mais

apropriado e mais prático para o seu ensino.Ven∴ - Em que consiste esse sistema meu Ir∴?

2° Vig∴ - Em mistérios e alegorias.Ven∴ - Quais são esses mistérios, meu Ir∴?

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2°Vig∴ - Não me é permitido revelá-los, Ven∴ Mestr∴ interrogai-me e chegareis a desco-bri-los e a compreendê-los.

Ven∴ - Que vos exigiram para serdes recebido Maçom?

2° Vig∴ - Que fosse livre e de bons costumes.Ven∴ - Como livre? Admitis, por acaso, meu Ir∴, que um homem possa viver na escravi-dão?

2° Vig∴ - Não, Ven∴ Mestr∴. Todo homem é livre; pode, porém, estar sujeito a entravessociais que o privem, momentaneamente, de parte de sua liberdade e, o que é pior, otornem escravo de suas próprias paixões e de seus preconceitos. É precisamentedesse jugo que se deve libertar todo o homem que aspira pertencer à nossa Ordem.Assim, aquele que voluntariamente abdica de sua liberdade, deve ser excluído denossos mistérios, porque quem não é senhor de sua própria individualidade não podecontrair nenhum compromisso sério.

Ven∴ - Ir∴ 1° Vig∴, como fostes recebido Maçom?1º Vig∴ - Nem nu nem vestido, Ven∴ Mestr∴, despojaram-me de todos os metais e venda-

ram-me os olhos, a fim de que ficasse privado da vista.Ven∴ - Que significa isso, meu Ir∴?1° Vig∴ - Várias são as significações, Ven∴ Mestr∴ . A privação dos metais faz lembrar o

homem, antes da civilização, em seu estado natural, quando desconhecia as vaidadese o orgulho; e a obscuridade em que me achava imerso figurava o homem primitivo naignorância de todas as coisas.

Ven∴ - Quais são as conseqüências morais que deduzis dessa alegoria?1°Vig∴ - A abdicação das vaidades profanas e a necessidade imprescindível de instrução,

que é o alicerce da Moral Humana.Ven∴ - Que fizeram para vos instruir, Ir∴2º Vig∴?2° Vig∴ - Fizeram-me viajar do Ocidente para o Oriente e do Oriente para o Ocidente. A

princípio por um caminho escabroso, semeado de dificuldades, cheio de obstáculos

em meio a ruídos e de trovejar atordoador; depois, por outra estrada menos difícil quea primeira, ouvindo o tilintar incessante de armas; finalmente, em uma terceira via-gem, por um caminho plano e suave, envolto no maior silêncio.

Ven∴ - Que significam os ruídos, as dificuldades e os obstáculos da primeira viagem?2ºVig∴ - Fisicamente, representam o caos que se acredita ter precedido e acompanhado a

organização dos mundos; moralmente, significam os primeiros anos do homem ou osprimeiros tempos da sociedade, durante os quais as paixões, ainda não dominadaspela razão e pelas leis, conduziam homem e sociedade aos excessos tão condená-veis dos tempos remotos do feudalismo.

Ven∴ - Que significa o ruído de armas que ouvistes em vossa segunda viagem, Ir∴1ºVig∴?

1° Vig∴ - Representa a idade da ambição, os combates que a sociedade é obrigada a sus-tentar antes de chegar ao estado de equilíbrio; as lutas que o homem é obrigado a tra-var e vencer para se colocar dignamente entre os seus semelhantes.

Ven∴ - Por que encontrastes facilidade em vossa terceira viagem?1° Vig∴ - Porque esta nos mostra o estado de paz e de tranqüilidade resultante da ordem

na sociedade e o da moderação das paixões do homem que atinge a idade da maturi-dade e da reflexão.

Ven∴- Como terminou cada uma dessas viagens. Ir∴2° Vig∴?2° Vig∴ - O término de cada viagem foi em uma porta, onde bati.Ven∴ - Onde se achavam situadas essas portas?2° Vig∴ - A 1ª ao Sul, a 2ª no Ocidente e a 3ª no OrienteVen∴ - Que vos disseram quando batestes?

2° Vig∴ - Na primeira, mandaram-me passar; na segunda, fizeram-me purificar pela água ena terceira fui purificado pelo fogo.Ven∴ - Que significam essas purificações, meu Ir∴?

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2° Vig∴ - Que, para estar em condições de receber a Luz da Verdade, torna-se necessárioao homem desvencilhar-se de todos os preconceitos sociais ou de educação e entre-gar-se, com ardor, à procura da sabedoria.

Ven∴ - Que representam as três portas em que batestes, Ir∴1° Vig∴?1° Vig∴ - As três disposições necessárias à procura da Verdade: Sinceridade, Coragem e

Perseverança.Ven∴ - Que vos aconteceu, em seguida?1° Vig∴ - Ajudaram-me a dar três passos num quadrilongo.Ven∴ - Para que, meu Ir∴?1° Vig∴ - Para fazer-me compreender que o primeiro fruto do estudo é a experiência e que

esta é que torna o homem prudente.Ven∴ - O que vos deram, depois?1° Vig∴ - A Luz, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Que vistes, então, Ir∴2°Vig∴?2ºVig∴ - Raios cintilantes feriram-me a vista; vi, então, que eram espadas, empunhadas

por meus Irmãos e apontadas para mim.Ven∴ - Sabeis o que significa isso, Ir∴2° Vig∴?2° Vig∴ - Compreendi, depois, que essas espadas figuravam os raios da Luz da Verdade,

que ofuscam a vista intelectual daquele que ainda não está preparado, por sólida ins-trução, a recebê-la.

Ven∴ - Como vos ligastes à Ordem Maçônica?2° Vig∴ - Por um juramento e uma consagração.Ven∴ - Que prometestes?2° Vig∴- Guardar fielmente os segredos que me fossem confiados; amar, proteger e socor-

rer a todos os meus Irmãos, sempre que disso tivessem justa necessidade.Ven∴ - Estais arrependido de terdes contraído essa obrigação?

2° Vig∴

- Absolutamente, Ven∴

Mestr∴

, e estou pronto a renová-la, se preciso for, peranteesta Aug∴ Assembléia.Ven∴ - Quais são os indícios pelos quais se reconhecem os Maçons, Ir∴1° Vig∴?1° Vig∴ - Além dos atos e ações que praticam, revelando o influxo da moral ensinada em

nossos Templos, eles se reconhecem pelo s∴, pela p∴e pelo t∴.Ven∴ - Qual é o s∴?1ºVig∴ - (Depois de fazer o s ∴) . Ei-lo, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Qual é a p∴, Ir∴2º Vig∴? 2° Vig∴ - Não sei lê-la nem pronunciá-la, Ven∴ Mestr∴, por isso não vo-la p∴ d∴ s∴ s∴. Ven∴ - (Depois de regularmente dada a P ∴) Por que só se dá a P ∴ s ∴? 

2° Vig∴ - Porque ela caracteriza o primeiro grau de iniciação que é o emblema do homemou da sociedade na fase da ignorância, quando o estudo e as artes, por deficiência

das faculdades intelectuais, ainda não Ihe são conhecidos.Assim o aprendiz recebe primeiro para dar depois.

Ven∴ - Dai ao Ir∴ Experto o t∴ para que ele m'o transmita. (Depois de executada a or- dem). Disseste-me que, quando fostes recebido, estáveis nem nu nem vestido. E ago-ra estais vestido, Ir∴1ºVig∴?

1° Vig∴ - Estou vestido com este avental. (Mostra o avental). Ven∴ - Ir∴2° Vig∴, sois obrigado a trazer sempre, em Loja, o avental?2° Vig∴ - Sim, como todos os llr∴, Ven∴ Mestr∴ .Ven∴ - Por que?2° Vig∴ - Porque ele nos lembra que o homem nasceu para o trabalho e que todo o maçom

deve trabalhar incessantemente para a descoberta da Verdade e para o aperfeiçoa-

mento da Humanidade.Ven∴ - Onde trabalhamos, meu Ir∴?2º Vig∴ - Em uma Loja.

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Ven∴ - Como é construída nossa Loja?2° Vig∴ - Com a figura de um quadrilongo, estendendo-se do Or∴ ao Occ∴, tendo a sua

largura do Norte ao Sul e sua altura da Terra ao Céu e por profundidade da superfícieao centro da Terra.

Ven∴ - Como é coberta nossa Loja, Ir∴1°Vig∴?1° Vig∴- Por uma abobada azul semeada de estrelas e de nuvens, na qual circulam o Sol,

a Lua e inúmeros outros astros que se conservam em equilíbrio pela atração de unssobre outros.

Ven∴ - Quais são os sustentáculos dessa abobada?1° Vig∴ - Doze lindas CCol∴, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Que representam essas doze CCol∴, meu Ir∴?1° Vig∴ - Os doze signos do Zodíaco, isto é, as doze constelações que o Sol percorre no

espaço de um ano solar.Ven∴ - Ir∴2° Vig∴, nossa Loja não tem outros apoios?2° Vig∴ - Sim, Ven∴ Mestr∴. Apoia-se, também, sobre três fortes pilares.

Ven∴ - Quais são eles?2° Vig∴ - Sabedoria, Força e Beleza.Ven∴ - Como são representados, em nossa Loja, esses atributos?2° Vig∴ - Por três grandes Luzes, Ven∴ Mestr∴ .Ven∴ - Onde estão colocadas essas Luzes?2° Vig∴ - Uma ao Oriente outra ao Ocidente e a terceira ao Sul.Ven∴− O que se nota mais em nossa Loja, Ir∴1° Vig∴?1° Vig∴ - Diversas figuras alegóricas, cuja significação me foi explicada pelo Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Dizei, então, quais são essas figuras.1° Vig∴ - 1º , Um Pórtico elevado sobre três degraus e ladeado por duas CCol∴de bronze,

sobre cujos capitéis descansam três romãs abertas, mostrando-nos suas semen-

tes;2° - Uma Pedra Bruta;3° - Uma Pedra trabalhada a que se dá o nome de Pedra Polida;4° - Um Esquadro, um Compasso, um Nível e um Prumo;5° - Um Malho e um Cinzel;6° - Um quadro, chamado Painel da Loja;7° - Três janelas abertas;8° - Ao Or∴ da Loja, o Sol, e a Lua; 9°- O Mosaico, cercado pela Orla Dentada. 

Ven∴ - Que significa o Occ∴ em relação ao Or∴?1° Vig∴ - O Or∴ indica a direção de onde provém a Luz e o Occ∴ a região para a qual ela

se dirige. O Occ∴ representa, por conseguinte, o mundo visível que os nossos senti-

dos alcançam e, de um modo geral, tudo que é material; o Or∴ simboliza o mundo in-visível, tudo que é abstrato, isto é, o mundo espiritual.Ven∴ - Que representam as duas CCol∴ de bronze?2ºVig∴ - Marcam os dois pontos solsticiais.Ven∴ - Que significam as romãs, colocadas nos capitéis das CCol∴?2ºVig∴ - Mostram, por sua divisão interna, os bens produzidos pela influência das esta-

ções; representam, também, as Lojas e todos os maçons espalhados pela superfícieda Terra; e suas sementes, intimamente unidas, nos lembram a fraternidade e a uniãoque deve haver entre os homens.

Ven∴ - Que quer dizer a Pedra Bruta, Ir∴ 1° Vig∴?1ºVig∴ - Representa o homem sem instrução, com as suas asperezas de caráter, devidas

à ignorância em que se encontra e às paixões que o dominam.Ven∴ - E a Pedra Polida, meu Ir∴, que significa?

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1º Vig∴ - O homem instruído que, dominando as paixões e abandonando os preconceitos,libertou-se das asperezas da Pedra Bruta, que poliu.

Ven∴ - Que vos recordam o Esquadro, o Compasso, o Nível e o Prumo?

1ºVig∴ - Por serem instrumentos imprescindíveis às construções sólidas e duráveis, elesnos recordam o papel de construtor social que compete a todos os Maçons e, aomesmo tempo, nos traçam as normas pelas quais devemos pautar nossa conduta; oesquadro para a retidão; o compasso para a justa medida e o nível e o prumo para aigualdade e a justiça que devemos aos nossos semelhantes.

Ven∴ - Que representam o malho e o cinzel, Ir∴2° Vig∴?2° Vig∴ - A inteligência e a razão que tornam o homem capaz de discernir o Bem do Mal, o

Justo do Injusto.Ven∴ - Que significa a pr∴ de desenhos?2° Vig∴ - A memória, faculdade preciosa de que somos dotados para fazermos o nosso

 julgamento, conservando o traçado de todas as nossas percepções.Ven∴ - Por que tem a Loja três janelas, meu Ir∴?

2° Vig∴ - Pela posição que ocupam, indicam as principais horas do dia: o nascer do Sol, omeio-dia e o por do Sol.Ven∴ - Por que o Sol e a Lua foram colocados em nossos Templos, Ir∴1° Vig∴?1° Vig∴ - Porque sendo a Loja a imagem do universo, nela devem estar representados os

esplendores da abobada celeste que mais ferem a imaginação do homem.Ven∴ - E o mosaico, com a Orla Dentada, que significação tem?1° Vig∴ - O mosaico representa a variedade do solo terrestre, formado por pedras brancas

e pretas, ligadas pelo mesmo cimento, simboliza a união de todos os maçons, apesardas diferenças de cor, de climas e de opiniões políticas ou religiosas. É também a i-magem do bem o do mal de que se acha semeada a estrada da vida. A Orla Dentadaexprime a união que deve existir entre todos os homens, quando o amor fraternaldominar a todos os corações.

Ven∴ - Que se faz em vossa Loja, meu Ir∴?1º Vig∴ - Levantam-se templos à Virtude e cavam-se masmorras ao vício.Ven∴ - Ir∴2° Vig∴, em que espaço de tempo se executam os trabalhos de aprendizes Ma-

çons?2º Vig∴ - Do meio dia à meia noite, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Que vindes fazer aqui?2º Vig∴ - Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na

Maçonaria.Ven∴ - Que trazeis para vossa Loja, meu Ir∴?2ºVig∴ - Amor, Paz e Harmonia para a prosperidade de todos os Irmãos.Ven∴ - Que idade tendes, Ir∴ 1° Vig∴?

1ºVig∴ -.........Ven∴ - (!) Meus llr∴, como o futuro depende do trabalho feito durante a juventude, traba-lhai, para que vossa idade madura seja feliz e para que vossa passagem por esteMundo não seja estéril, quando voltardes ao seio da Natureza, de onde saístes.Repousemos, meus IIr∴ 

O 1º Vig∴ deita a sua coluna e o 2º Vig∴ levanta a sua, até a hora em que o Ven∴ reencetar os trabalhos.

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TERCEIRA INSTRUÇÃO

Ven∴ - (!) Meus llr∴, de acordo com os preceitos que nos regem, vamos proceder a tercei-ra instrução destinada especialmente ao Ir∴ Aprendiz F.........(se não houver apren- diz) destinada a recordar os nossos ensinamentos.Ir∴1º Vig∴, entre eu e vós existe alguma coisa?

1º Vig∴ - Sim, Ven∴ Mestr∴, um culto.Ven∴ - Que culto é esse?1º Vig∴ - Um segredo.Ven∴ - Que segredo é esse?1º Vig∴ - A Maçonaria.Ven∴ - Que é a Maçonaria?1º Vig∴ - Uma associação íntima de homens escolhidos, cuja doutrina tem por base o

G∴A∴D∴U∴, que é Deus; como regra, a Lei Natural; por causa, a verdade, a liber-dade e a Luz Moral; por princípio, a igualdade, a fraternidade e a caridade; por frutos,

a virtude, a sociabilidade e o progresso; por fim, a felicidade dos povos que ela procu-ra incessantemente reunir sob sua bandeira de paz. A Maçonaria existe e existirásempre onde houver o gênero humano.

Ven∴ - Sois Maçom, Ir∴2° Vig∴?2º Vig∴ - M∴ l∴ C∴T∴M∴R∴.Ven∴ - Quais são os deveres do Maçom?2ºVig∴ - Honrar e venerar o Gr∴ Arq∴ dos Mundos, a quem agradece sempre as boas

ações que praticar para com o próximo e os bens que Ihe couber em partilha; tratar atodos os homens, sem distinção de classe e de raça, como seus iguais e Irmãos;combater a ambição, o orgulho, o erro e os preconceitos; lutar contra a ignorância, amentira, o fanatismo e a superstição, que são os flagelos causadores de todos os ma-les que afligem a Humanidade e entravam seu progresso; praticar a justiça recíproca,como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses de todos, e a tolerânciaque deixa a cada um o direito de escolher e seguir a sua religião e as suas opiniões;deplorar os que erram, mas, esforçando-se para reconduzi-los ao verdadeiro cami-nho; enfim ir, com todas as suas forças em socorro do infortúnio e da aflição. O Ma-çom cumprirá todos esses deveres porque tem a Fé que Ihe dá a coragem e o con-duz ao progresso; a perseverança que vence os obstáculos; o devotamento que o le-va a fazer o bem, mesmo com risco de sua vida e sem esperar outra recompensa anão ser a tranqüilidade de consciência.

Ven∴ - Como podereis vos fazer reconhecer Maçom?2° Vig∴ - Por s∴, t∴ e p∴.Ven∴ - Como fazeis o s∴, Ir∴M∴de CC∴?M∴ de CC∴ - (levantando-se). Pelo esquadro, nível e perpendicular. (faz o s ∴). Ven∴ - Que significa esse s∴?M∴ de CC∴ - A honra de saber guardar o segredo, preferindo ter a g∴c∴a revelar nossos

mistérios. Significa, também, que o braço direito, símbolo de minha força, está con-centrado e imóvel à disposição da Ordem, somente saindo da imobilidade quandoassim ordenar o Ven∴ Mestr∴. Finalmente os pp∴ em esquadria, representando ocruzamento de duas perpendiculares, único caso em que formam quatro ângulos i-guais e retos, significam a retidão do caminho que tenho de seguir, bem como que aigualdade, é um dos princípios fundamentais da nossa Ordem. (saúda e senta-se).

Ven∴ - Ir∴2° Diac∴, dai o t∴ ao Ir∴1° Vig∴.1º Vig∴ - (depois de recebido o t ∴) . Está exato, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Dai-me a p∴, Ir∴1° Diac∴.

1° Diac∴ - (levantando-se e á ordem) .................. Ven∴ - Que significa esta p∴?

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1º Diac∴ - Beleza e, também, Força, Apoio. (saúda e senta-se). Ven∴ - Por que o Aprendiz Maçom não tem p∴ de p∴, Ir∴G∴do Temp∴?G∴ do Temp∴ - (levantando-se e á ordem). Porque conservamos a tradição do antigo Egi-

to, onde o iniciado ficava durante três anos sem se comunicar com o mundo profanoe, caso deixasse o templo, a ele jamais voltaria. Daí ser desnecessária tal p∴.Ven∴ - Por que quisestes vos tornar Maçom?G∴ do Temp∴ - Porque sendo livre e de bons costumes, e estando nas trevas, ambiciona-

va a Luz.Ven∴ - Quem vos trouxe à Loja?G∴ do Temp∴ - Um amigo, que depois reconheci como Irmão. (saúda e senta-se). Ven∴ - Como estáveis preparado, Ir∴ Secr∴?Secr∴ - (levantando-se e á ordem). Nem nu, nem vestido; despojaram-me de todos os me-

tais, emblemas dos vícios, para lembrar-me do estado primitivo da humanidade antesda época de sua civilização.

Ven∴ - Onde fostes recebido?

Secr∴ - Em uma Loja justa, perfeita e regular.Ven∴ - Que é preciso para que uma loja seja justa e perfeita?Secr∴ - Que três a governem, cinco a componham e sete a completem.Ven∴ - Que é uma Loja regular?Secr∴ - É a que, sendo justa e perfeita, obedece a uma Potência Maçônica regular e prati-

ca rigorosamente todos os princípios básicos da Maçonaria Universal. (saúda e sen- ta-se). 

Ven∴ - Como fostes recebido, Ir∴Orador?Orad∴ - (levantando-se e á ordem). Por três pancadas cuja significação é: Batei e sereis

atendido; pedi e recebereis; procurai e encontrareis.Ven∴ - Que vos fizeram praticar?

Orad∴ - Depois de colocado entre as Colunas dos IIr∴ VVig∴, fizeram-me praticar trêsviagens para que me lembrasse das dificuldades e das atribulações da vida; purifica-ram-me pelos elementos e, depois, fui conduzido ao Altar, onde fizeram-me ajoelhar;o j∴d∴nu por terra, a m∴d∴sobre o L∴ da L∴e na e∴ um c∴aberto cujas pontas seapoiavam em meu peito esquerdo que estava nu. Nessa posição prestei meu jura-mento de guardar os segredos da Ordem. (saúda e senta-se). 

Ven∴ - Que vistes ao entrar em Loja, Ir∴ Tes∴?Tes∴ - (levantando-se e á ordem). Nada, Ven∴ Mestr∴., pois, uma espessa venda cobria

meus olhos.Ven∴ - Que vistes quando vos concederam a Luz?Tes∴ - Achava-me no Ocidente, entre colunas; então, vi o pavimento mosaico e o Livro da

Lei sobre o Altar. (saúda e senta-se). 

Ven∴ - Podeis explicar-me, Ir∴1°Vig∴, a interpretação de tudo que ouvistes falar?1° Vig∴ - A venda sobre os olhos significa as trevas e os preconceitos do mundo profano ea necessidade que têm os homens de procurar a Luz entre os iniciados. Op∴d∴calçado com alpargata era para manifestar o respeito por este lugar sagrado.b∴d∴ e o p∴e∴desnudos exprimiam que eu dava meu braço à Instituição e meu co-ração a meus irmãos. As pontas do c∴sobre o peito lembravam-me a minha vida pro-fana, na qual nem meus sentimentos nem meus desejos foram regulados por essesímbolo da exatidão, que desde então regula meus pensamentos e minhas ações. Oc∴ simboliza as relações do Maçom com seus irmãos e com os demais entes; fixadauma de suas pontas, pode, pelo maior ou menor afastamento das hastes, descrevercírculos sem conta, imagens de nossa Loja e da Maçonaria cujo extenso domínio éinfinito. Os três p∴ formando cada um e a cada junção dos pés um ângulo reto, signi-ficam que a retidão é necessária ao que deseja vencer na ciência e na virtude. Astrês viagens simbolizam a conquista de novos conhecimentos. O número três indica

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os centros Pérsia, Fenícia e Egito, onde foram primitivamente cultivadas as ciências.As purificações, que foram feitas no decurso dessas viagens, lembraram-me que ohomem não é bastante puro para chegar ao templo da filosofia. A idade do aprendiz éde t∴ α∴ porque, na antiguidade, esse era o tempo necessário ao seu preparo; a i-dade significa também o grau maçônico. A pedra bruta é o emblema do aprendiz, doque se encontra no estado imperfeito de sua natureza. As duas CCol∴ são tidas co-mo de 18 côvados de altura, 12 de circunferência, 12 de base e 5 nos capitéis, numtotal de 47, número igual ao das constelações e dos signos do zodíaco ou do mundoceleste. Suas dimensões estão contra todas as regras de arquitetura, para nos mos-trar que a sabedoria e o poder do divino Arq∴ estão além das dimensões e dos jul-gamentos dos homens. Elas são de bronze para resistirem ao dilúvio, isto é, à barbá-rie, sendo o bronze o emblema da eterna estabilidade das leis da natureza, base dadoutrina Maçônica. São ocas para guardar os utensílios apropriados aos conhecimen-tos humanos e, enfim, as romãs, são símbolos equivalente ao feixe de Esopo: milha-res de sementes contidas no mesmo fruto, num mesmo gérmen, numa mesma subs-

tância, num mesmo asilo, imagem do povo maçônico, que, por mais multiplicado queseja, constitui uma e mesma família. Assim a romã é o emblema da harmonia social,porque só com as sementes apoiadas uma às outras é que o fruto toma a sua verda-deira forma.O pavimento mosaico, emblema da variedade do solo, formado de pedras brancas epretas, unidas pelo mesmo cimento, simboliza a união de todos os maçons do globo,apesar da diferença de cores, de clima e de opiniões políticas e religiosas; a imagemdo Bem e do Mal de que está cheio o caminho da vida.A Espada flamígera, arma simbólica, significa que a insubordinação, o vício e o crimedevem ser repelidos de nossos Templos e que a Justiça de Salomão, Justiça Maçô-nica, é pronta e rápida como os raios que despende a espada, emblema, também, da

 justiça e da nobreza dos sentimentos.

O Esquadro, suspenso ao colar do Ven∴ Mestr∴, significa que um chefe deve ter u-nicamente um sentimento — o dos estatutos da Ordem - e que deve agir de uma úni-ca forma: com retidão.O Nível, que decora o 1° Vig∴, simboliza a igualdade social, base do direito natural.O Prumo, trazido pelo 2° Vig∴, significa que o maçom deve ser reto no julgamentosem se deixar dominar pelo interesse nem pela afeição.O nível sem o prumo nada vale, do mesmo modo que este sem aquele, em qualquerconstrução. Por isso os dois se completam para mostrar que o maçom tem o culto daigualdade, nivelando todos os homens, cultuando a retidão, não se deixando pender,pela amizade ou pelo interesse para qualquer dos lados.

Ven∴ - Por que os Aprendizes trabalham do meio dia à meia-noite, Ir∴2° Vig∴?2° Vig∴ - É uma homenagem a um dos primeiros instituidores dos mistérios, Zoroastro que,

lendariamente, reunia secretamente seus discípulos ao meio-dia e terminava seustrabalhos à meia-noite, por um ágape fraternal.

Terminada a Instrução, os trabalho seguem conforme a ordem estabelecida.

QUARTA INSTRUÇÃO

Ven∴ - Que forma tem a nossa Loja, Ir∴1° Vig∴?1° Vig∴ - A de um quadrilongo.Ven∴ - Qual a sua altura?1° Vig∴ - Da terra ao céu.

Ven∴ - Qual o seu comprimento?1° Vig∴ - Do Oriente ao Ocidente.

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Ven∴ - E a sua largura?1° Vig∴ - Do Norte ao Sul.Ven∴ - Qual a sua profundidade?

1° Vig∴ - Da superfície ao centro da Terra.Ven∴ - Por que, meu Ir∴?1° Vig∴ - Porque a Maçonaria é universal e o universo é uma imensa oficina.Ven∴ - Por que razão está nossa Loja situada do Oriente para o Ocidente, Ir∴2° Vig∴?2° Vig∴ - Porque assim como a luz do Sol vem do Oriente para o Ocidente, as Luzes do

evangelho da civilização vieram do Oriente, espalhando-se depois pelo Ocidente.Ven∴ - Em que base se apóia a nossa Loja?2° Vig∴ - Em três grandes Colunas: Sabedoria. Força e Beleza.Ven∴- Quem representa o pilar da Sabedoria?2° Vig∴ - O venerável Mestre, no Oriente.Ven∴ - E os da Força e da Beleza, quem os representa?2° Vig∴ - O 1° Vig∴, no Ocidente, o da Força; e o 2° Vig∴ no Sul, o da Beleza.

Ven∴ - Por que o venerável representa o pilar da sabedoria?2° Vig∴ - Porque dirige os obreiros que compõem a Ordem.Ven∴ - Por que representais o pilar da Força, Ir∴1° Vig∴?1° Vig∴ - Porque pago aos obreiros o salário que é a força e a manutenção da existência.Ven∴ - E o 2° Vig∴, por que é o da Beleza?1° Vig∴- Porque faz repousar os obreiros, fiscalizando-os no trabalho.Ven∴ - Por que a Loja é sustentada por três colunas?1° Vig∴ - Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento de tudo; sem elas

nada é perfeito e durável.Ven∴ - Por que, meu Ir∴?1° Vig∴ - Porque a Sabedoria cria, a Força sustenta e a Beleza adorna.

Ven∴ - Por que a Maçonaria combate a ignorância em todas as suas formas?1° Vig∴ - Porque a ignorância é a mãe de todos os vícios e seu princípio é nada saber,saber mal o que sabe e saber coisas outras além do que deve saber. Assim, o igno-rante não pode se medir com o sábio cujos princípios são a tolerância, o amor frater-nal e o respeito a si mesmo. Eis porque os ignorantes são grosseiros, irascíveis e pe-rigosos; perturbam e desmoralizam a sociedade, evitando que os homens conheçamseus direitos e saibam, no cumprimento de seus deveres, que, mesmo com constitui-ções liberais, um povo ignorante é escravo. São os inimigos do progresso que, paramelhor dominar, afugentam as luzes, intensificam as trevas e permanecem em cons-tante combate contra a verdade, contra o Bem e contra a perfeição.

Ven∴ - E por que combatemos o fanatismo, Ir∴2° Vig∴?2° Vig∴- Porque é a exaltação religiosa que perverte a razão e conduz os insensatos a, em

nome de Deus e para honrá-lo, praticarem ações condenáveis. É um afastamento damoral, uma moléstia mental, desgraçadamente contagiosa, que, implantada em umpaís, toma os foros de princípio, em cujo nome, nos execráveis autos de fé, fizeramperecer milhares de indivíduos úteis à sociedade. A superstição é um culto falso, malcompreendido, repleto de mentiras, contrário à razão e às sãs idéias que se deve fa-zer de Deus; é a religião dos ignorantes, das almas timoratas. Fanatismo e supersti-ção são os maiores inimigos da religião e da felicidade dos povos.

Ven∴ - Para nos fortalecermos nos combates, que devemos manter contra esses inimigos,qual o laço sagrado que nos une?

2° Vig∴ - A Solidariedade, Ven∴ Mestr∴.Ven∴ - Será por isso que comumente se diz que a Maçonaria proporciona a seus adeptos

vantagens morais e materiais?2° Vig∴ - Essa afirmação não corresponde à verdade. O proveito material, como interesse

unicamente individual, não entra nas cogitações dos verdadeiros maçons e as vanta-

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gens morais resumem-se no adquirir a firmeza de caráter como conseqüência naturalda nítida compreensão dos deveres sociais e dos altos ideais da Ordem.

Ven∴ - Como podeis fazer tal afirmação, se todos dizem que a Solidariedade Maçônicaconsiste no amparo incondicional de uns a outros Maçons, quaisquer que sejam ascircunstâncias?

2° Vig∴ - É a mais funesta interpretação que se tem dado a este sentimento nobre quefortalece os laços da fraternidade maçônica. O amparo moral e material, que, indivi-dual e coletivamente, devemos aos nossos irmãos, não vai até o dever de protegeraos que, conhecedores de suas responsabilidades sociais, se desviam do caminhoda moral e da honra.

Ven∴ - Que solidariedade, então, é a que deve existir entre nós, Ir∴1°Vig∴?1° Vig∴- É a solidariedade mais pura e fraternal, mas somente para com os que praticam o

bem e sofrem os espinhos da vida; para os que, nos trabalhos lícitos e honrados, sãoinfelizes; para os que, embora rodeados da fortuna, sentem na alma os amargoresdas desgraças; enfim, a solidariedade maçônica está onde estiver uma causa justa.

Ven∴ - Não jurastes, então, defender e socorrer vossos irmãos?1° Vig∴ - Jurei sim, Ven∴ Mestr∴, e, sempre que posso, correspondo a esse juramento.Quando, porém, um irmão, esquecido dos princípios e dos ensinamentos maçônicos,se desvia da moral que nos fortifica para se tornar mau cidadão, mau esposo, maupai, mau filho, mau Irmão, mau amigo, quando, cego pela ambição ou pelo ódio, pra-tica atos que consideramos indignos de um Maçom, ele, e não nós, rompeu a solida-riedade que nos unia e que não mais poderá existir porque, se assim a praticásse-mos, seria pactuarmos com ações de que a simples conivência moral nos degradaria,por isso é que o Maçom, que assim procede, deixou de ser Irmão, perdeu todos os di-reitos ao nosso auxílio material e, principalmente, ao nosso amparo moral.

Ven∴ - Não deveis, porém, dar preferência, na vida pública, a um Irmão da Ordem sobreum profano?

1° Vig∴ - Em igualdade de circunstâncias, meu dever é preferir um irmão, sempre que parafazê-lo não cometa uma injustiça que fira a minha consciência. Os ensinamentos denossa Ordem nos obrigam a proteger um irmão em tudo o que for justo e honesto.Não será justo nem honesto proteger o menos digno, mesmo que seja irmão, prete-rindo os sagrados direitos do mérito e do valor moral e intelectual.

Ven∴ - Então, sistematicamente, não favoreceis a um Irmão?1° Vig∴ - Sem outras razões, não. A nossa Ordem nos ensina a amar a Pátria, e, portanto,

a sermos bons cidadãos. Não o seríamos nem nos poderíamos julgar merecedoresdesse nobre título e da confiança de nossos irmãos, se, ao bem público, antepusés-semos os interesses de uma pessoa menos apta ou menos digna de trabalhar pelosinteresses da sociedade e da Pátria.

Ven∴ - Como, então, a voz pública acusa os maçons de progredirem no mundo profano

graças ao nosso sistema de recíproca proteção?1° Vig∴ - São afirmações dos que, não conhecendo a razão das coisas, julgam incondicio-

nal a nossa solidariedade. Se há Maçons que galgam posições elevadas e de gran-des responsabilidades sociais, a razão evidentemente se oculta no seguinte: a nossaOrdem não acolhe profano sem antes examinar a sua inteligência, o seu caráter e asua probidade. Daí é natural que de nossa Ordem, cuidadosamente selecionada, sur-

  jam cidadãos que se destaquem por suas qualidades pessoais, tornando-se, assim,dignos de serem aproveitados na conquista do progresso e da felicidade do povo.

Ven∴ - Concluís, então, que em nossa Ordem não haja desonestos?1° Vig∴ - Nada é perfeito, ainda, no Mundo. Não deixo de reconhecer que, muitas vezes,

temos nos enganado na escolha de alguns elementos, apesar do rigor de nossas sin-dicâncias. Assim, infelizmente, maus elementos, com o único fito de tirar proveito

pessoal de nossa associação, se têm infiltrado em seu seio. Alguns, pela natural in-fluência da vida e da prática maçônica, regeneram-se e transformam-se em bons e

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proveitosos obreiros. Para os que são insensíveis à ação de nossa moral e de nossosprincípios, a nossa Lei nos fornece meios seguros e prontos de separarmos o joio dotrigo, o que devemos fazer sem temor nem vacilação. Só assim fortificaremos nossascolunas pela exclusão dos elementos refratários aos ensinamentos austeros e eleva-dos dos princípios maçônicos.

Ven∴ - Em que consiste então, nossa fraternidade?1º Vig∴ - Em educarmo-nos, instruirmo-nos, corrigindo os nossos defeitos e sendo toleran-

tes para com as crenças religiosas e políticas de cada um. A nossa fraternidade nosensina a dar e não a pedir, sem justa necessidade.

Ven∴ - Sob o influxo dessas doutrinas, continuemos, meus irmãos, os nossos trabalhospara maior glória, honra e esplendor de nossa Ordem.

Os trabalhos prosseguem do ponto em foram suspensos.

QUINTA INSTRUÇÃOA SIMBOLOGIA DOS NÚMEROSGrau de Aprendiz: 1 – 2 – 3 - 4

Ven∴ - Meus llr∴, vamos dar a última instrução do grau de Aprendiz. Depois de conhecidoo Painel da Loja, isto é, a forma como deveis proceder para galgar os degraus da es-cada que, futuramente, há de transportá-lo do plano físico ao plano espiritual, o a-prendiz recebeu três outras instruções, que Ihe puseram ao corrente dos símbolos eemblemas, concernentes ao seu grau.Nesta quinta instrução, completará os conhecimentos de que necessita para cami-nhar avante na trilha que encetou, ficando de posse do conhecimento da simbologiados quatro primeiros números: 1 - 2 - 3 - 4, pelos quais verá que, além do seu valor

intrínseco, representam verdades misteriosas e profundas, ligadas intimamente àprópria simbologia das alegorias e emblemas que, todas as vezes que penetrar nosTemplos Maçônicos, se patenteiam à sua vista.Tendes a palavra, Ir∴ Orador.

Orador - De certo já tendes reparado, meus llr∴, na coincidência que representam a bateri-a, a marcha e a idade do aprendiz maçom.Todas encerram o número três:Três pancadas, para a bateria;Três passos, para a marcha, eTrês anos, para a idade.Como vedes, o número três é primordial no grau de aprendiz e, se este quiser real-mente estar em condições de passar a companheiro, deve estudar cuidadosamente

as propriedades desse número, seja nas obras dos pitagóricos, seja na Cabala numé-rica, seja ainda nas obras de arquitetura e arqueologia iniciáticas, de Vitrúvio e ou-tros.É de toda a conveniência que o maçom “especulativo” não se desinteresse dessaparte do Ensino Iniciático, sobretudo se ele tiver o legítimo desejo de compreenderqualquer coisa da Arquitetura da Idade Média e da Antiguidade e, em geral, dasgrandes obras concebidas e executadas pelas Ordens de Companheiros-Construtores.O emprego dos números, sobretudo de alguns números, em todos os monumentosconhecidos, é muito freqüente, para que se creia que só o acaso os tenha produzido.E, nisso, a História vem em nosso auxílio.Todos os povos da Antiguidade fizeram um uso, todo emblemático, todo simbólico,

dos números e das formas e, em geral, do número e da medida.A obra moderna do sábio astrônomo francês, o Abade Moreax, “Ciência Misteriosados Faraós” nos constata de um modo absoluto, provando á evidência que as dimen-

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sões, orientação e forma da pirâmides, obedecem a razões poderosíssimas, pois elasencerram, além de outras verdades (provavelmente ainda não encontradas), a dire-ção do Meridiano Terrestre, o valor entre a circunferência e seu raio, a medida de pe-so racional (a libra inglesa), etc, e até a distância aproximada da Terra ao Sol.Todos os povos da Antiguidade tiveram um sistema numérico, ligado intimamente àsua religião e ao seu culto. E este fato é o resultado da idéia que então se fazia domundo, idéia segundo a qual a matéria é inseparável do espírito, do qual exprime aimagem e a revelação.Enquanto a matéria for necessariamente à forma e a dimensão, enquanto o mundofor uma soma de dimensões, existirá o número, e cada coisa terá seu número, domesmo modo que sua forma e dimensões.Há números, entretanto, que parecem predominar na estrutura do mundo, no tempoe no espaço e que formam, mais ou menos, a base fundamental de todos os fenôme-nos da natureza.Esses números foram sempre tidos como sagrados, pelos antigos, como represen-tando a expressão da ordem e da inteligência das coisas, como exprimindo, mesmo,a própria divindade.Com efeito, se supusermos que as coisas materiais são apenas um invólucro quecobre o invisível, o imaterial, se as considerarmos somente como símbolos dessa i-materialidade, com mais forte razão os números, concepção puramente abstrata, po-derão ser considerados sagrados, pois que eles representam, até certo ponto, a ex-pressão mais imediata das Leis Divinas (que são as Leis Naturais), compreendidas eestudadas neste Mundo.Vê-se, pois, que os números se prestam facilmente a tornarem-se símbolos, figurasdas idéias simples e de suas relações; e toda a doutrina das relações morais e de li-gação indestrutível com o mundo material, isto é, a filosofia, foi sempre exposta porum sistema numérico e representada por números.A China, a India, a Grécia (mesmo antes de Pitágoras) conheceram e empregaram a“Ciência dos Números” e seu simbolismo é, em grande parte, baseado nessa ciência.

O NÚMERO UM

O número um, a unidade, é o princípio dos números, mas a unidade só existe pelosoutros números. Todos os sistemas religiosos orientais começaram por um ser primi-tivo...; e, conquanto esta abstração não tenha positivamente uma existência real, temcontudo um lado positivo, que atormenta suscetível de uma existência definida: o queos antigos denominavam Pothos, isto é - o desejo ou ação de sair do absoluto, a fimde entrar no real - (para nós quer dizer: concreto).Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é confundida, como unidade, com otodo, ela tem o nome de unidade.A unidade não é compreendida senão por efeito do número dois; sem este, ela setorna idêntica ao todo, isto é, se identifica com o próprio número.A natureza do número dois, em sua relação com a unidade, representa a divisão, adiferença.

O NÚMERO DOIS

O número dois é o número terrível, o número fatídico.É o símbolo dos contrários e, por conseqüência, da dúvida, do desequilíbrio e da con-tradição.

Para mostrar isso, tomemos o exemplo concreto de uma das sete ciências maçôni-cas: - A Aritmética.

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2 + 2 = 2 X 2

Até na matemática, o número dois produz confusão, pois ao vermos o número 4 (quemais adiante estudaremos) ficamos na dúvida, se ele é o resultado da combinação dedois números dois, pela soma ou pela multiplicação, o que não se dá, em absoluto,com outro qualquer número.Ele representa - o Bem e o Mal - a Verdade e a Falsidade - a Luz e as Trevas - a I-nércia e o Movimento - , enfim, todos os princípios antagônicos, adversos.Por isso, representava, na antiguidade, “o Inimigo”, símbolo da Dúvida, quando nosassalta o espírito.O Aprendiz não se deve aprofundar no estudo deste número porque, fraco ainda decabedal científico das nossas tradições, pode enveredar pelo caminho oposto ao quedeveria seguir.Esta é ainda uma das razões, pela qual o aprendiz é guiado nos seus trabalhos inici-áticos: - a sua passagem pelo número - 2 - que é, duvidoso, traiçoeiro, fatídico-, podearrastá-lo ao abismo da dúvida, do qual só sairá se o forem buscar.

O NÚMERO TRÊS

A diferença, o desequilíbrio, o antagonismo que existem no número dois, cessam, re-pentinamente, quando se lhe ajunta uma terceira unidade. A instabilidade da divisãoou da diferença, aniquilada pelo acréscimo de uma terceira unidade, faz com que,simbolicamente, o número três se converta, também, numa unidade.Porém a nova unidade não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não houveintervenção alguma; não é mais uma unidade idêntica com o próprio número, comoacontece com a unidade primitiva; é uma unidade na qual se interveio, e que absor-veu e eliminou a unidade primitiva, verdadeira, definida e perfeita. Foi assim que seformou o número três. Ele se tornou a unidade da Vida, do que existe por si próprio,do que é perfeito.Eis aí porque o neófito vê, no Or∴, o Delta Sagrado, luminoso, emblema do “Ser” ouda “Vida”, no seio do qual brilha a letra IOD, inicial do Tetragrama IEVE.Ramée assim explica:“O Triângulo, entre as superfícies, é a forma que corresponde ao número três, e tema mesma significação deste. Assim como o número três é o primeiro número comple-to, da série numérica, do mesmo modo o triângulo o é entre todas as formas. Porqueo ponto e a linha, por si sós, são coisas imperfeitas e são necessárias três dimensõespara que um objeto tenha forma, esteja completo“.O triângulo, conquanto composto de 3 linhas e 3 ângulos, forma um todo completo eindivisível.Todos os outros polígonos se subdividem em triângulos e são compostos de triângu-los. Estes são, pois, o tipo primitivo que serve de base à construção de todas as ou-tras superfícies, e é por esta razão ainda que a figura do triângulo é o símbolo da e-xistência da divindade, bem como da sua “potência produtiva” ou da Evolução.Quando o novo iniciado abre os olhos à Luz da Verdade, ele nada encontra, no Tem-plo, que se relacione, simbolicamente, com o número um; isto é natural, porque, parafacilitar o estudo dos números, a Maçonaria faz uso de emblemas, para atrair a aten-ção sobre as suas propriedades essenciais.E assim deve ser, porque nada do que é sensível pode ser admitido a representar aUnidade. Com efeito, nós só percebemos fora e em volta de nós diversidade e multi-plicidade. Nada é simples na Natureza, tudo é complexo. No entretanto, se a Unidadenão nos aparece naquilo que nos é exterior, parece, pelo contrário, residir no nossoíntimo.Todo o ser pensante tem a convicção, o sentimento inato de que é um.

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Esta unidade, que está em nós, se manifesta por sua vez na nossa maneira de pen-sar, agir e sentir.Nossas idéias, levadas ao pensamento de um todo harmônico, fazem nascer em nósa noção do “Verdadeiro”. E, sem dúvida, este é o talismã mais precioso que podepossuir o iniciado, quando condensa o seu ideal no Justo, no Belo e no Verdadeiro,simbolizados no candelabro de 3 luzes que ele vê sobre o Altar do Venerável, idealque é o pólo único para o qual tendem todas as aspirações humanas.Como Ramée, O. Wirth diz que o binário é o símbolo dos contrários, da divisão e re-comenda que não deve o neófito estacionar no número dois, pois que se condenariaa luta estéril, a oposição cega, a contradição sistemática, etc.; ficaria o neófito, emsuma, escravo desse princípio de divisão que a Antigüidade simbolizou e estigmati-zou sob o nome “Inimigo” (Agramaniu, Cheitan, Satan, Mara, etc.).Foi então necessário proceder a conciliação dos antagonismos, “condensando noTernário o Binário e a Unidade".Três, é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor).Três são os pontos que o neófito deve se orgulhar de apor ao seu nome, em que pe-se aos nossos adversários ignorantes, quando pensam nos ridicularizar com o epítetode - Irmão três pontinhos!Estes três pontos, como o Delta Sagrado, são um dos nossos emblemas mais respei-táveis.Eles representam todos os ternários conhecidos (dos quais falaremos mais adiante) eespecialmente as três qualidades indispensáveis ao Maçom:

VONTADE

*AMOR OU SABEDORIA * * INTELIGÊNCIA

Estas qualidades são absolutamente inseparáveis uma das outras e devem existir,em equilíbrio perfeito, no candidato à Iniciação, para que ele possa ter uma Iniciaçãoreal, vivida e não emblemática.Se não vejamos:Experimentemos, por um momento, separar estas qualidades uma da outra e vere-mos, sempre, que elas caracterizarão o desequilíbrio.Suponhamos um ser dotado unicamente de vontade, de energia, porém sem o menorsentimento afetuoso e desprovido de intelectualidade. Que resultará?Um verdadeiro bruto.Dotemos agora alguém de Inteligência e arranquemos-lhe a Vontade e a Sabedoria,que é a expressão do Amor; teremos o pior dos egoístas e dos inúteis, um terreno

onde a “boa semente” não germinará e que as ervas daninhas em breve inutilizarão.Demos, finalmente, ao homem unicamente o Amor (Sabedoria), sem sombra de Von-tade ou de Inteligência.Sua bondade será inútil, suas melhores aspirações serão condenadas à esterilidade,porque não são postas em ação por uma Vontade forte agindo sob o controle da Ra-zão.Tomemos agora, por pares, essas virtudes:Dotemos, ao mesmo tempo, uma criatura de Vontade e de Inteligência, mas tiremostodo o sentimento afetuoso em relação aos seus semelhantes. Esse homem poderáser um gênio, mas será também, muito provavelmente, um monstro de egoísmo e,como tal, condenado a desaparecer.Suponhamos, agora, um ser dotado de Coração e de Inteligência, mas sem vontade,

sem energia. Teremos uma criatura mole, de caráter passivo, que certamente não fa-rá mal a ninguém, que terá mesmo belas aspirações, um ideal elevado, mas nuncachegará a realizá-lo, por falta de energia. Em suma: um inútil.

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A Energia unida ao Amor daria melhor resultado, porém, a falta de Inteligência impe-dirá sempre o ser bom e ativo, de fazer obra verdadeiramente útil, porque o discerni-mento, que é função da Inteligência, Ihe faltará. E ele não poderá aplicar suas belasqualidades, correndo mesmo o perigo, sob a direção de um mau intelecto, de tornar-se um servidor das forças do Mal, por falta de discernimento.Vede, pois, meus IIr∴, que todo o Maçom que quiser ser digno desse nome, devecultivar igualmente estas três qualidades, representadas pelos três pontos, (∴) quese apôe ao nome, quais as três estrelas que brilham ao Or∴ da Loja.O ternário pode, ainda, ser estudado sob múltiplos pontos de vista, dos quais citare-mos apenas os principais, que são:• Do tempo: Passado - Presente - Futuro• Do movimento diurno do Sol:Nascer - Zênite - Ocaso• Da Vida:Nascimento - Existência - Morte

Mocidade - Madureza - Velhice• Da Família:Pai - Mãe - Filho• Da constituição oculta do Ser:Espírito - Alma - Corpo• Do Hermetismo:Archeo - Azoth - Hylo• Da Gnose:Princípio - Verbo - Substância• Da Kabbalah Hebraica, da qual são tiradas as pp∴ ss∴ e de p∴ da Maçonaria:Keter (Coroa) - Hockma (Sabedoria) - Binah (Inteligência)• Da Trindade Cristã:

Pai - Filho - Espírito Santo• Da Trimurti hindu:Brahma - Vishnu – SivaSat - Chit - Ananda• Ainda na Índia, dos "Três Gunas"; ou qualidades inerentes à Substância Eterna(Maia):Tamas (Inércia) - Rajas (Movimento) -Sattva (Harmonia)• Do Budismo:Buda ( Iluminado ) - Darma (Lei) - Sanga ( Assembléia dos fiéis)• Do Egito:Osíris - Íris – HorusAmon - Mouth - Khons

• Ainda no Egito, do Sol:Horus (Nascer) - Rá (Zênite) - Osíris (Ocaso)• Da Caldéia: Ulomus (Luz) - Olusurus (Fogo) - Eliun (Chama).

E ainda muitos outros ternários, cuja explicação se afastaria dos moldes desta instru-ção.Em toda a parte se encontra o número três, o Ternário, do qual o Delta Sagrado é omais luminoso e, talvez, o mais puro emblema e, nas Lojas Maçônicas, ainda é sim-bolizado pelos três grandes Pilares:

SABEDORIA

FORÇA BELEZA

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que representam as Três Grandes Luzes colocadas sobre o Painel da Loja, a primeirano Oriente, a segunda no Ocidente e a terceira no Sul, de acordo com a orientaçãodas "Três Portas" do Templo de Salomão.

O NÚMERO QUATRO

No centro do Delta Sagrado está colocada a letra IOD, inicial do Tetragrama (4 letras)IEVE, símbolo da Grande Evolução ou - "do que foi" - "do que é" - "do que será".O Tetragrama IOD - HE - VAU - HE, apesar de se compor de 4 letras, tem somente 3diferentes (IOD-HE-VAU), para simbolizar as três dimensões dos corpos: comprimen-to, largura e altura ou profundidade.A letra VAU, cujo valor numérico é 6, indica as 6 faces dos corpos.O Tetragrama, com as suas 4 letras, tem afinidade com a Unidade, pois 4 e 1 sãoquadrados perfeitos, porém, só tem três letras diferentes para indicar que, a partir de3, os números entram numa nova fase.Finalmente, o Tetragrama lembra ao Aprendiz que ele passou pelas quatro provasdos Elementos: Terra - Ar - Água - Fogo. Colocado a Nordeste da Loja, ele vai reco-meçar estas 4 provas, no caminho para o 2º grau; porém, desta vez, tendo recebido aLuz e podendo caminhar só, no Templo - embora ajudado pelos conselhos fraternaisde seus IIr∴ e pela experiência dos seus instrutores. Enfim, responsável por si mes-mo, seus pensamentos, suas palavras e seus atos devem sempre demonstrar quetem consciência do Juramento que prestou ao ter ingresso no Templo do Ideal, cujoserviço aceitou livremente, sem constrangimento nem restrição de espécie alguma.

Ven∴ Mestre, está terminada a 5ª instrução.Ven∴ - IIr∴ Aprendizes, lede e meditai profundamente sobre esta instrução; ela vos abrirá

os olhos aos problemas mais transcendentes, cujo estudo ainda não vos é permitido,mas que se apresentarão, de certo, ao vosso espírito, fortificado e esclarecido com asimbologia dos números. (!) Repousemos, meus IIr∴.

BANQUETES

Os banquetes se realizarão, sempre, no grau de aprendiz maçom, para que todos osmembros da Loja possam dele compartilhar. A sala em que se realizar deve ficar aoabrigo das vistas profanas.A mesa, sempre que possível, será uma única, em forma de ferradura, com a face in-terna livre, por onde se fará o serviço. Os Irmãos sentar-se-ão em torno, pelo lado ex-terno, ficando o Venerável Mestre no centro, o 1° Vigilante na extremidade do norte e

o 2° Vigilante na do Sul. À direita e esquerda do Venerável Mestre ficam os convida-dos. O Orador senta-se ao Sul, em seguida ao 2º Vigilante; O Secretário, ao Norte,logo depois do 1° Vigilante. O M∴ de CC∴, para maior regularidade e ordem, fica àdireita do 1° Vigilante, na face interna da mesa. Os demais oficiais e irmãos não têmlugares fixos.Se, porém, a mesa não comportar na face externa todos os presentes, poderão sesentar os irmãos no lado interno, eqüitativamente distribuídos a partir dos Vigilantes.Todos os objetos de mesa deverão ser colocados em filas eqüidistantes e paralelas.A 1º, mais próxima dos irmãos, de pratos e talheres; a 2º, de copos e taças; a 3º, degarrafas e a 4º, de flores e enfeites, etc.Em todos os Ágapes há brindes obrigatórios, sendo o primeiro feito pelo VenerávelMestre, a cujo critério fica o início dos brindes, que serão anunciados, após um golpe

de malhete, pelo M∴ de CC∴. Durante os brindes cessam as mastigações. Os brin-des obedecerão à seguinte ordem que não pode ser alterada:

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1º - Ao chefe da Nação e ao Governo, pelo Venerável Mestre.2º - À Seren∴ Gr∴ Loj∴ e a seu Gr∴ Mestre, por um Ir∴.

3º - À Loja e a seu Venerável, por um Ir∴.

4º - Aos llr∴1º e 2º Vigilantes, por um Ir∴.5º - Aos llr∴ Visitantes e às Lojas da Obediência, pelo Orador.6º - Aos Oficiais e demais llr∴ da Loja, por um Ir∴.

7º - O IIr∴   infelizes e sofredores  espalhados pelo, pelo mais moderno IIr∴ do quadro.

Se houver algum brinde especial, este será feito logo depois do 2º.

O anúncio dos brindes feito pelo Ir∴ M∴ de CC∴ será o seguinte: O Ir∴F....... vai le-vantar o brinde em honra a...... .O último brinde, porém, será anunciado com todas as formalidades peloVen∴ Mestr∴ e VVig∴, devendo, durante ele, reinar o mais absoluto silêncio. O Ir∴ que o fizer, falará detrás da cadeira do Venerável Mestre. Terminada essa oração,

findará o Banquete em absoluto silêncio.