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 ARTE RUPESTRE E EFEITOS SONOROS Original Title: ROCK ART AND SOUND EFFECTS http://rockartblog.blogspot.com/2010/02/rock-art-and-sound-effects.html Tradução livre: Uma sub-area de estudo menor, mas interessante, da arte rupestre se refere à acústica dos sítios arqueológicos onde estas pinturas foram feitas. Segundo alguns investigadores, é possível encontrar efeitos acústicos interessantes nestes locais. Onde a arte rupestre é feita sobre penhascos, acredita-se que a forma dos penhascos frequentemente acarreta num forte "eco", diferente do que ocorre em outras seções nas proximidades de um rochedo. Medições da intensidade destes ecos em várias superfícies pintadas em cavernas européias sugerem que este pode realmente ser o caso. Em 2000, Lucy Rault escreveu em "Musical Instruments: Craftsmanship and Tradition from Prehistory to the Present", que "investigações comparativas em Niaux têm igualmente demonstrado que nessa caverna, lugares com ecos particularmente fortes também tem pinturas associadas, sendo que alg umas delas, marca m significativamente lugares onde os sons perduram por vários segundos. Assim, podemos concluir que a escolha de locais para inscrições na parede parece ter sido feita, principalmente, com base na sua qualidade sonora. Às vezes, paredes inteiras permanecem vazias, onde o espaço correspondente, apesar de ser vasto, não produz eco. Por outro lado, locais propícios para ecos são marcados e pintados, mesmo se sua localização torna a realização da decoração difícil de realizar. "(Rault 2000:22). Pelos fortes ecos e reverberações encontrados nestes sítios, nas cavernas da Europa, devemos nos questioner o que estava ecoando? A mais obvia resposta seria o som dos animais pintados nas paredes. Os gritos destas criaturas deveriam ser imitados pelos lideres espirituais ou por membros talentosos do

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8/6/2019 Rock Art Acoustics

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 ARTE RUPESTRE E EFEITOS SONOROS

Original Title:

ROCK ART AND SOUND EFFECTShttp://rockartblog.blogspot.com/2010/02/rock-art-and-sound-effects.html

Tradução livre:

Uma sub-area de estudo menor, mas interessante, da arte rupestre se refere àacústica dos sítios arqueológicos onde estas pinturas foram feitas. Segundoalguns investigadores, é possível encontrar efeitos acústicos interessantesnestes locais. Onde a arte rupestre é feita sobre penhascos, acredita-se quea forma dos penhascos frequentemente acarreta num forte "eco", diferente doque ocorre em outras seções nas proximidades de um rochedo. Medições daintensidade destes ecos em várias superfícies pintadas em cavernas européiassugerem que este pode realmente ser o caso. Em 2000, Lucy Rault escreveu em"Musical Instruments: Craftsmanship and Tradition from Prehistory to the

Present", que "investigações comparativas em Niaux têm igualmente demonstradoque nessa caverna, lugares com ecos particularmente fortes também tempinturas associadas, sendo que algumas delas, marcam significativamentelugares onde os sons perduram por vários segundos. Assim, podemos concluirque a escolha de locais para inscrições na parede parece ter sido feita,principalmente, com base na sua qualidade sonora. Às vezes, paredes inteiraspermanecem vazias, onde o espaço correspondente, apesar de ser vasto, nãoproduz eco. Por outro lado, locais propícios para ecos são marcados epintados, mesmo se sua localização torna a realização da decoração difícil derealizar. "(Rault 2000:22).

Pelos fortes ecos e reverberações encontrados nestes sítios, nas cavernas daEuropa, devemos nos questioner o que estava ecoando? A mais obvia respostaseria o som dos animais pintados nas paredes. Os gritos destas criaturasdeveriam ser imitados pelos lideres espirituais ou por membros talentosos do

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clã. Outra possibilidade poderia ser o lúgubre chiado de um rombo(instrumento musical do tipo aerofone – [1]). Sobre isso, John Pfeifferescreveu em 1982 (p. 180) que "ossos ovais e objetos de marfim com desenhosabstratos esculpidos neles e um buraco na ponta proporciona um alto chiadoquando colocado a girar com um fio, sugerindo que o som de um rombo comoveuas pessoas no início do Paleolítico tal como nos tempos modernos" (os "altoschiados" de Pfeiffer podem ter vindo de um rombo num fio curto, visto que ummodelo mair num fio mais comprido poderia ter proporcionado um chiado menor).Especialmente no caso de pinturas de bisão ou outro animal cuja vocalização écomposta de grunhidos, rugidos ou roncos, ouvir o som de um rombo ecoando oureverberando atraves da camara deve ser sido surpreendente, para dizer omínimo.

[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Rombo_(instrumento_musical)

O rombo é um instrumento musical, mais precisamente um aerofone livre. Orombo é constituído por uma pequena tábua extremamente achatada (geralmentede madeira, mas podendo ser de osso, plástico ou outro material), com um furonuma das extremidades, por onde se amarra uma corda. O instrumento é posto emação segurando a corda numa extremidade e pondo a outra extremidade com atábua a girar no ar. O som é produzido pelo fendilhamento do ar do objeto emmovimento. Consequentemente, o rombo é considerado um aerofone livre, deinterrupção, de oscilação.

O rombo remonta desde os tempos primitivos, e tem sido assinalada a suapresença em várias culturas do planeta. Na Austrália ainda é usado com umafunção ritual.

One small but interesting subset in the study of rock art concerns theacoustics of rock art sites. According to some researchers it is possible tofind interesting acoustics at many rock art sites. In locales where the rockart is on cliffs they believe that the form of the cliffs often provides fora stronger echo than other nearby sections of cliff. easurements of thestrength of echoes from various surfaces in painted European caves suggestthat this can indeed be the case. n 2000 Lucy Rault wrote in MusicalInstruments: Craftsmanship and Tradition from Prehistory to the Present, that“comparable investigations at Niaux have similarly demonstrated that in thiscave places with particularly strong echoes also have images associated withthem, some if these, significantly, mark places where sounds linger for

several seconds. We can therefore conclude that the choice of locations forwall figures seems to have been made largely on the basis of their acousticalvalue. Sometimes whole walls remain empty where the corresponding space,however vast it may be, produces no echo. On the other hand, places favorablefor echoes are marked and painted, even if their location made suchdecoration difficult to accomplish.” (Rault 2000:22).

Given the strong echoes and reverberation found in these sites in the paintedcaves of Europe, we have to ask ourselves what were they echoing? The mostobvious guess would be the sound of the animal depicted on the wall. The call

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of this creature might be imitated by spiritual leaders or vocally talentedmembers of the clan. Another possibility could be the eerie moaning sound ofa bullroarer. Regarding this, John Pfeiffer wrote in 1982 (p. 180) that “ovalbone and ivory objects with abstract designs carved on them and a hole at oneend make a high whining hum when whirled from a string, suggesting that thesound of a bullroarer moved people in the upper Paleolithic as well as inmodern times” (Pfeiffer’s “high whining hum” would have come from a smallerbullroarer on a short string, a larger model on a longer string could give amuch lower roaring sound). Especially in the case of a painted bison or otheranimal whose vocalizations are grunting, roaring, or rumbling sounds, hearingthe sound of a bullroarer echoing and reverberating through the chamber wouldhave been startling to say the least.