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intas, recortes e muita imagi- nação. Desde o dia 28 de agos- Tto, crianças, jovens, adultos e idosos estão desenvolvendo peças artísticas na Aldeia SESC, dentro do projeto Ateliê Aberto à Comunidade. Um verdadeiro mergulho na cultura e arte para pessoas que até pouco tempo não conheciam esse mundo novo. Os oficineiros falaram à equipe do Rodapé sobre o objetivo das oficinas e o reflexo que elas já estão surtindo nas pequenas mentes. “As crianças são ávidas por arte, elas se servem das cores como quem se serve de guloseimas. A intenção da oficina é estimular a expressão das crianças através da pintura. A gente conta uma historinha pra provocar a imaginação deles e aí oferecemos tintas e pincéis. Hoje, o trabalho foi sobre os Sete Sapatos da Princesa, uma princesa que dançava muito e por isso calçava sete pares de sapatos por noite. Esse conto popular foi resgatado por Câmara Cascudo”, disse Lúcia Galvão. As crianças estão adorando essa interação, muitas até mesmo já começaram a pensar na pintura como profissão. “A oficina foi muito legal, a tia Lúcia contou uma história e depois a gente podia pintar o que quisesse na parede! Eu pintei a minha mão e fiz uma caixa de sapatos da princesa. Gostei tanto que fiquei pensando que poderia ser pintora quando crescer”, contou Martina Vitória, de 10 anos de idade. Os interessados em participar do Ateliê Aberto à Comunidade ainda podem comparecer ao SESC. As oficinas acontecem até sexta-feira (03/09), das 14h às 18h, na galeria do SESC Centro, localizado na Rua Barão de Alagoas 229. Para se inscrever basta levar 1kg de alimento não perecível. Mais informações com a técnica de Artes Visuais, Kelcy Ferreira, pelo telefone 3326-3700. Colocando a criatividade em ação Texto: Barbara Esteves | Foto: Kelcy Ferreira rodapé Realização: terça-feira | 31 de agosto de 2010 | Ano 3 | nº 05 + Apresentação do Grupo de Teatro da 3ª Idade do SESC | p. 3 A noite de As Muitas últimas Coisas | p. 3 Comunicado: novas datas para oficinas | p. 2 Pessoas de diversas faixas etárias participam do Ateliê Aberto à Comunidade, ação que integra a Aldeia SESC 2010 SESC guerreiro das alagoas Até sexta-feira (03/09), crianças, jovens, adultos e idosos poderão participar do Ateliê Aberto à Comunidade

Rodapé | 05 | 2010

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Quinto número do terceiro ano do jornal Rodapé, que tem como objetivo fazer a cobertura dos 9 dias do projeto Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas.

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intas, recortes e muita imagi-nação. Desde o dia 28 de agos-Tto, crianças, jovens, adultos e

idosos estão desenvolvendo peças artísticas na Aldeia SESC, dentro do projeto Ateliê Aberto à Comunidade. Um verdadeiro mergulho na cultura e arte para pessoas que até pouco tempo não conheciam esse mundo novo.

Os oficineiros falaram à equipe do Rodapé sobre o objetivo das oficinas e o reflexo que elas já estão surtindo nas pequenas mentes. “As crianças são ávidas por arte, elas se servem das cores como quem se serve de guloseimas. A intenção da oficina é estimular a expressão das crianças através da pintura. A gente conta uma historinha pra provocar a imaginação deles e aí oferecemos tintas e pincéis. Hoje, o trabalho foi sobre os Sete Sapatos da Princesa, uma princesa que dançava muito e por isso calçava sete pares de sapatos por noite. Esse

conto popular foi resgatado por Câmara Cascudo”, disse Lúcia Galvão.

As crianças estão adorando essa interação, muitas até mesmo já começaram a pensar na pintura como profissão. “A oficina foi muito legal, a tia Lúcia contou uma história e depois a gente podia pintar o que quisesse na parede! Eu pintei a minha mão e fiz uma caixa de sapatos da princesa. Gostei tanto que fiquei pensando que poderia ser pintora quando crescer”, contou Martina Vitória, de 10 anos de idade.

Os interessados em participar do Ateliê Aberto à Comunidade ainda podem comparecer ao SESC. As oficinas acontecem até sexta-feira (03/09), das 14h às 18h, na galeria do SESC Centro, localizado na Rua Barão de Alagoas 229. Para se inscrever basta levar 1kg de alimento não perecível. Mais informações com a técnica de Artes Visuais, Kelcy Ferreira, pelo telefone 3326-3700.

Colocando a criatividade em ação

Texto: Barbara Esteves | Foto: Kelcy Ferreira

roda

Realização:

terça-feira | 31 de agosto de 2010 | Ano 3 | nº 05

+ Apresentação do Grupo

de Teatro da 3ª Idade do SESC | p. 3

A noite de As Muitas últimas Coisas | p. 3

Comunicado: novas datas para oficinas | p. 2

Pessoas de diversas faixas etárias participam do Ateliê Aberto à Comunidade, ação que integra a Aldeia SESC 2010

SESC guerreiro das alagoas

Até sexta-feira (03/09), crianças, jovens, adultos e idosos poderão participar do Ateliê Aberto à Comunidade

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entrevista

Jonatha Albuquerque

Texto: Morena Melo | Foto: Arquivo pessoal

Rodapé: Como iniciou o processo criativo de ‘Uma Noite em Tabariz’?

Jonathan Albuquerque: A diretora fez a leitura dramatizada do texto para o SESC, na verdade ela já tinha vontade de montar o espetáculo. A leitura só aumentou essa vontade. Nós nos inscrevemos no projeto Quartas no Arena e fomos aprovados, isso fez com que o processo de montagem fosse intenso. A Tácia se debruçou sobre os textos do Sávio que foram construídos em blocos, ela fez o recorte dos blocos, remontando o espetáculo.

R: Como foi montar um texto que outros grupos já haviam tentado montar?

JA: Foi desafiador e prazeroso, embora assumimos que temos várias falhas de canto, que está sendo muito trabalhada pela Cia. porque a montagem é o nosso primeiro musical.

R: Houveram dificuldades para autorização do texto e das músicas?

JA: O acesso ao Mácleim foi fácil porque o

Magnum (Chico Espirradeira em Tabariz) tinha o contato. Mas, a gente começou a ensaiar antes de falar com Sávio, por causa do projeto Quartas no Arena, nós acabamos conversando com ele um mês antes da estreia. Tabariz fez um ano em agosto.

R: Como foi a troca dos personagens pelos atores? Isso teve alguma relação com a experiência da peça anterior da Cia. Do Chapéu?

JA: O passeio dos atores pelos personagens que houve em Alice não se aplica à Tabariz, dessa vez houve necessidade de troca porque o Wallisson (Rodolfo em Tabariz) precisou sair por falta de tempo e aí nós precisamos fazer uma substituição, nosso preparador vocal (Jailson) assumiu a personagem. Já o fato de eu ter saído do espetáculo aconteceu porque nós tivemos necessidade de alguém da direção assistir o espetáculo de fora para otimizar o processo de construção.

R: Qual os próximos trabalhos da Cia. Do Chapéu?

JA: Vamos montar ‘Graças’ que é um espetáculo de rua para novembro, o elenco é feminino e partiu de estudos da obra ‘Vidas Secas’. O outro espetáculo trata de depressão e tem direção do Thiago, essa vai ser nossa primeira montagem realista, foi apelidado de ‘Mau’, mas ainda não tem nome definido.

na boca de mateu Fotos: Jacqueline Pinto

Na verdade, a literatura influencia em praticamente todos os campos da vida da gente. A partir do momento que você lê um livro, ele começa a influenciar sua vida, o modo como você pensa e discerne as coisas. Não é à toa que você lê e grava alguma coisa do livro. De alguma forma vai servir e se en-caixar em sua vida.

Qual a influência que a literatura tem na sua vida?

Aramis DavidCorreiaAtor e diretor

Literatura pra mim é uma fonte de construção do imaginário, é uma inspiração direta, que muitas vezes vira teatro. É um lugar para se abordar o pensamento. É uma faísca, uma chama. Ler crônicas, novelas, contos... isso me estimula, me instiga. Eu utilizo também como matéria-prima para o meu trabalho.

RivângelaSantana Estudante

Amedronta um pouco montar um

texto do Sávio, já que ele foi tão premiado

com A Farinhada, inclusive eu acredito

que o sucesso da estreia se deve ao texto dele.

Jonatha AlbuquerqueIntegrante da Cia. do Chapéu

onatha Albuquerque é ator, membro da Associação Artística Cia. do Chapéu e assistente de direção de ‘Uma Noite em Tabariz’. A peça, que teve Jsucesso de público, completou um ano em agosto e comemora agora com

a apresentação na Aldeia SESC 2010.

Para ampliar a participação nas atividades formativas, três oficinas sofreram alterações. São elas:

A Voz, Uma Sonoridade Viva, por Mérida Urquía (Cuba). Nova data: 03/09, das 8h às 11h e das 12h às 15h, no Espaço Cultural da Ufal.

O Silêncio, a Precariedade e o Drama, por Henrique Fontes (RN). Nova Data: 04/09, das 8h às 11h e das 12h às 15h, no SESC Poço.

Objeto Vivo, pela Cia. Voar Teatro de Bonecos (DF). Novo local: SESC Centro. 01 e 02/09, das 9h às 12h e das 13h às 16h, no SESC Centro.

comunicado

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ntrega, essa é a palavra que mais norteou o debate sobre o espetáculo 'As Muitas Últimas Coisas', da Cia. Ganymedes.E

A loucura é sempre um tema que levanta questionamentos e com este espetáculo não foi diferente. Em sua trajetória mostrou a rotina de quatro personagens em um manicômio apontando os conflitos mentais de cada um.

Para os debatedores, um ponto foi analisado de forma unânime: a trajetória do tempo/espaço que acontece a trama, pois a denominação “manicômio” remete a algo no passado enquanto os personagens sugerem situações vividas no presente.

Durante a discussão o grupo falou sobre o processo criativo que foi tão questionado durante o debate. A produção do roteiro se deu de forma contínua através de pesquisas individuais de cada ator envolvido. Houve também uma pesquisa literária de vários autores e de contos de Nilton Resende, integrante do grupo, além de pesquisas de campo em hospital psiquiátrico para finalização dos personagens que se deu com base em pessoas reais que foram vistas durante as pesquisas. A exemplo disso tem o personagem Paulo (vulgo lobisomem) que foi baseado em um amigo do ator Igor Vasconcelos.

Consuelo Maldonado, uma das debatedoras, questionou sobre a exploração do tema abordado, pois a loucura exige que os personagens realmente se entreguem e sejam mais loucos em palco, mas sem exageros nos gestos e com foco na fragilidade dos sentimentos e maior atenção nas transições dramáticas trágico/comédia.

Outro ponto debatido foi a proposta do roteiro que não foi feito com a intenção de ser comédia. “Durante as cenas que mostram os transtornos psicóticos as reações levam o público ao riso, mas sem esse propósito. O texto não foi criado de forma cômica, mas o público reage de forma inusitada, embora quando eles percebem a sensibilidade da trama até se punem” afirmou Nilton Resende.O espetáculo é de pura experimentação/pesquisa contínua, enriquecido a cada apresentação. As discussões levantadas durante o debate foram focadas em fragilidades percebidas por cada debatedor e com certeza irá enriquecer ainda mais essa construção cênica.

O ser humano e seus confinamentos

Grupo de Teatro da 3ª Idade encanta plateia com o espetáculo Maria e Suas Tantas

projeto Vivências Cênicas na terceira idade é desenvolvido Opelo SESC em conjunto com as

áreas de cultura e assistência e propõe ao idoso uma vida saudável e ativa, para que ele perceba a importância de sua presença no mundo.

Esse foi o espírito do Grupo de Teatro da 3° Idade, que apresentou na tarde des-ta segunda-feira (30) o espetáculo ‘Maria e Suas Tantas’, integrante da programação deste ano da Aldeia. Com direção do pro-fessor de Teatro Fabrício Alex Barros, a pe-ça trouxe em seu enredo histórias basea-

das em acontecimentos reais das partici-pantes, além da experiência que as alunas tiveram com a Mestra Marluce, da Baiana Flor de Lis.

Baseando-se na cultura popular do Estado, as mulheres do espetáculo dançaram, cantaram e encantaram, graças ao preparo musical do professor Jailson Natividade e da musicista Natalhinha Marinho. As músicas apresentadas passaram pelo Maracatu, Reisado, Samba, Embolada e Coco, reforçando a presença da cultura popular na Aldeia SESC.

O teatro me mantem sempre

em atividade e movimento, trabalha a

memória e o corpo, o que faz com que eu me

sinta mais viva.

seu jofre falou fica a dica

DespachoCia. LTDA

Performance que se compõe por estímulos do ambiente em que está sendo executada e, numa via de mão dupla, se propõe a provocar estímulos no ambiente que a recebe. Pode-se definir, entre as várias possibilidades de interpretações da obra, que ela busca compreensões do próprio ser no mundo.

O que é?

Por ser um trabalho de improviso a partir das reações, interações entre ator e ambiente, além dos eventos ocorridos no transcorrer da obra. O performer procura elucidar e refletir certas inquietações pessoais e busca por compreensão do próprio ser/estar no mundo.

Por que assistir?

A Cia. LTDA. surgiu em 2006 e desde então apresenta um claro direcionamento: ritualizar a relação corpo-ambiente, colocando o corpo a serviço de seus arquétipos, a fim de provocar reflexões. A companhia se descreve como “um coletivo de performers em busca da materialização artística de inquietações pessoais”.

A Companhia

quinta-feira | 2 de setembro | 16h30

Praça Marechal Deodoro

Centro

Aberto ao público

Quando e onde?

Texto: Joelle Malta

Iracilda FrançaProfessora de geografia

Texto e Foto: Jacqueline Pinto

Cena de ‘As Muitas últimas Coisas’, da Cia. Ganymedes

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Informativo produzido pelo Serviço Social do Comércio de Alagoas - SESC para o projeto Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas 2010

Coordenador Artístico-Cultural: Guilherme RamosTécnico de Teatro: Thiago SampaioTécnico Assistente: Fabrício Alex BarrosEstagiário de Teatro: Gustavo FélixPlanejamento Gráfico e Diagramação: Renato MedeirosTextos:Barbara Esteves | Fabrício Alex Barros | Gustavo Félix | Jacqueline Pinto | Joelle Malta | Morena Melo | Renato Medeiros | Thiago Sampaio

Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, neces-sariamente, a opinião do SESC Alagoas.

Pastoril Menino Jesus, com mestra Jane. Às 15h, no SESC Jaraguá. Aberto ao público.

Oficina Objeto Vivo, por Cia. Voar Teatro de Bonecos (DF). Dias 01/09 e 02/09, das 9h às 12h e das 13h às 16h, no SESC Centro. Inscrições: 1kg de alimento, no SESC Centro. 20 vagas por dia.

Dança em Foco: Festival Internacional de Vídeodança. Às 17h, no Teatro SESC Jofre Soares, SESC Centro. Aberto ao público.

Espetáculo O Dono da Noite, da Cia. Muro Imaginário. Às 19h30, no Teatro de Arena Sérgio Cardoso, compondo o Projeto Quartas no Arena. Entrada: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (estudante).

cruzadinha

rodapéexpediente amanhã

galeria

1. Dramaturgo autor de Igreja Verde e Uma Noite em Tabariz.

2. Um dos melhores juristas do Brasil.3. Palhaço popular da cidade de Arapiraca.4. Projeto nacional do SESC que promove a circulação

das artes cênicas.5. Auto popular, de temática pastoril, que tem na figura

do boi o seu personagem principal.6. Autor do poema Minha Pátria.7. Tribo indígena da cidade de Porto Real do Colégio que

lançou seu CD na abertura da Aldeia 2009.

Abaixo a solução da cruzadinha do quarto

número do Rodapé 2010:

Confira a solução da cruzadinha desta edição amanhã, no sexto número do Rodapé 2010.

Fotos: Barbara Esteves e Jacqueline Pinto

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