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Rolagem Automática Faixa 3 do CD “Recantos Brasileiros 1”

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Page 1: Rolagem Automática Faixa 3 do CD “Recantos Brasileiros 1”

Rolagem Automática

Faixa 3 do CD “Recantos Brasileiros 1”

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Samba:

é, no ritmo do bumbo

e no compasso do pandeiro,chutar os males deste mundoe “tirar de letra” a falta de dinheiro;

é, ao som do reco-reco

e no repico do tarol,

torcer por levantar mais um “caneco”e agradecer por tanto solo, mar e sol.

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Samba:

é, na ginga do passista,no tilintar da frigideira e no rebolar da mulata,mostrar a garra da gente brasileira;

é, com a dor de cotovelo, inspiração,lamento e alma de moleque,fazer samba-choro, canção,enredo, breque

bossa-nova , ou samba- exaltação.

mostrar a garra da gente brasileira.

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Samba:

é, no choro soluçante da cuíca

e na evolução da bateria,deixar em impedimento a tristezae, na geral, festejar a alegria;

é, ao som do agogô

e no gogó da nossa gente,cantar com empolgaçãoo que sente o coração,cantar com empolgação o que pede o coração.

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A seguir o texto “Samba” desenvolve um pouquinho mais o tema.

Caso tenha interesse é só Clicar e continuar Clicando

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Nossa pretensão não é escrever um tratado sobre o samba, mesmo porque não saberíamos como fazê-lo.

Sentimo-nos na obrigação de lembrar a música-dança que proporciona tantos momentos de prazer e descontração à maioria dos brasileiros.

A origem desse irresistível balanço, regido por melodia de compasso binário, está no “batuque”, dança de roda dos negros africanos.

Os dançadores de batuque, com as “umbigadas”, davam batidas de pés, batiam palmas, pediam vênias, realizavam evoluções e finalizavam passando a vez para outro componente.

A etimologia da palavra “samba” é controvertida. Entretanto a versão que julgamos a mais provável é a que afirma que sua origem está em “semba”, que significava umbigada.

A dança “samba”, com seus refrões e pequenas frases melódicas, tem origem na migração forçada de negros africanos para Bahia, Rio e São Paulo.

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A história do “samba” teve início na segunda metade do século XIX, nos bairros da Saúde e Gamboa, no Rio e Barra Funda e Lavapés, em São Paulo.

Em 1917, o samba perdeu o seu caráter de peça de criação espontânea. Ernesto dos Santos, o “Donga”, registra e grava o primeiro samba: ”Pelo Telefone”. Até os nossos dias foram diversas as variações sobre a “umbigada original”. A assimilação do samba pelos nossos músicos, compositores e cantores e a dor de cotovelo dos homens criaram o samba-canção.

A malandragem, a molecagem e a ironia inventaram o samba de breque e as escolas de samba, o samba-enredo. A saudade e muita melodia, o samba-choro. O “jazz” e Ipanema, a bossa-nova. Parido por “mamãe África”, o “batuque” transformou-se nesses diversos matizes que enchem de cores a música e a dança dos homens. Por acreditarmos que a maioria faz uma relação íntima com as outras duas paixões populares brasileiras, futebol e carnaval, achamos que uma definição para a paixão-samba deveria conter elementos das outras duas. Foi assim que: o bumbo, o reco-reco, o pandeiro, o tarol, a cuíca, a bateria, o agogô, o passista, a mulata e elementos da coreografia dos homens e da bola nos estádios reuniram-se e criaram as rimas de “Definição de Samba“.

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