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UNIP Disc.: Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo Curso: Arquitetura Profª. : Ms. Marilisa Bertechini Bilia 2012

Roma Antiga

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Page 1: Roma Antiga

UNIP Disc.: Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo

Curso: Arquitetura

Profª. : Ms. Marilisa Bertechini Bilia

2012

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ROMA ANTIGA:

forma e função na

arquitetura do império

romano e seu urbanismo

colonizador

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A ITÁLIA ANTIGA

Na Itália antiga não havia unidade étnica e nem

cultural: era povoada por diferentes povos com

suas origens, tradições, costumes e línguas.

O norte era terra dos “bárbaros”, galeses e

germanos; o sul era um pedaço da Grécia; na

região central habitavam os etruscos,a cultura

mais autóctone mas também fortemente

influenciada pela cultura grega.

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ITÁLIA PRÉ-ROMANA

Fonte: http://www.rivstoricavirt.com/rivstoricavirt_sito/CorpoSpecchio4.html

A Itália foi

unificada pelo

domínio romano

em 262 a. C.

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ITÁLIA APÓS O DOMÍNIO ROMANO

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ITÁLIA ATUAL

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A cultura romana, que dominará toda

a península, tem suas raízes na

cultura grega; porém, no seu

desenvolvimento histórico, os romanos

combinam-na com a tradição etrusca

e renovam-na recebendo influências

bárbaras.

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As regiões do sul, incluindo a Sicília foram as únicas a

conhecer o período clássico porque foram o produto da

colonização grega iniciada no século VIII: a arte que

floresce ali é grega e os edifícios de Pesto, Selinunte e

Agrigento (Magna Grecia- segunda metade do século

VII a.C.) são tão importantes quanto os que estão no

mundo grego.

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Templo de Hera, em Pesto, sul da Itália.

Fonte: http://viagensdeeva.blogspot.com.br/2012_09_01_archive.html

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Templo de Hecate, em Selinunte, sul da Itália.

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Templo da Concórdia, em Agrigento, sul da Itália.

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A ARTE ROMANA

Uma arte romana começa a existir apenas a

partir do século II a. C., durante o período da

Roma Repuplicana _ Roma deixa de ser cidade-

estado e transforma-se em um grande Império; a

sua aspiração é a conquista do mundo; o período

de ascensão do poderio romano tem início com a

conquista da península itálica e mais tarde

expandiu pela orla do Mar Mediterrâneo.

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No período de ascensão que culmina com a conquista

da península a experiência estética não tem nenhum

valor, com exceção da arquitetura.

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ARQUITETURA ROMANA

Era valorizada como:

Técnica para se alcançar os

objetivos públicos;

Engenharia militar e

Operação bélica.

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IMPORTANTE:

A religião romana não se propõe a atingir ao

divino por meio do culto às imagens; os rituais

religiosos não exigem solenidades nos templos.

Não existe uma tradição estética de imagens

ligadas ao conceito de natureza e sagrado.

As imagens, sejam etruscas ou gregas, são

consideradas estrangeiras/forasteiras, portanto

perigosas à manutenção do poder.

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O cidadão romano é antes de tudo um soldado e

um político e nesse contexto , a arte como atividade

manual, lhe é indigna porque poderia retirá-lo de seu

foco.

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A ARQUITETURA ROMANA

Embora a influência helenística, no que diz

respeito à espacialidade dos monumentos, a

arquitetura romana apresenta um conceito

próprio do espaço e do que é a construção.

È o modo de pensar a arte em particular a

arquitetura, como sendo uma construção

submissa aos interesses práticos e

ideológicos da república, que promovem o

progresso nas

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técnicas de construção, concebendo-as para que

fossem soluções de problemas concretos: condução

de água, banheiros e banhos públicos, muros de

sustentação, acampamentos.

A ideia do “decoro urbano” se soma ao sentido

prático e útil das construções no final da época

republicana(fim do reino de Roma em 509 a. C. a

27 a. C. com estabelecimento do império romano)

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A UTILIADADE DO MUMENTO ou EDIFÍCIO (a

técnica e prática construtiva) e a DECORAÇÃO

EXTERIOR– orientações para as construções –

não há um conceito de espaço que oriente as

construções arquitetônicas.

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IMPORTANTE:

Roma não cresceu de forma orgânica; cresceu

com cidade monumental, representativa do

poder político, inicialmente e depois do poder

religioso: capital de um imenso império;

habitada por uma população heterogênea,

consequência da atração provocada pela sua

opulência;

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ao seu poder político e prestígio não corresponde uma

função econômica e produtiva- era a imagem do

PODER POLÍTICO e RELIGIOSO.

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O SISTEMA DE CONSTRUÇÃO

À base da construção não se encontrava o duro e

cristalino bloco de mármore, como na construção

Grega, mas uma matéria pobre, pouco resistente,

como o tufo, acrescida de uma mistura

composta por vários tipos de pedras cortadas

irregularmente (opus caementicium);

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esse material era frequentemente revestido

com pedras cortadas irregularmente

(opus incertum) , ou dispostas em losango

ou diagonalmente (opus reticulatum) ou

com tijolos (opus latericium).

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O resultado não apresentava o acabamento o mármore,

mas era leve, flexível e podia alcançar grandes alturas,

suportar grandes pesos, circundar amplos espaços

vazios. È, aliás, o tipo e construção mais adequado às

superfícies curvas, princípio formal de toda a

construção e composição urbanística romana.

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OPUS CAEMENTICIUM (PEDRAS

CORTADAS IRREGULARMENTE )

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OPUS INCERTUM (CIMENTO OU ARGAMASSA

REVESTIDO POR BLOCOS ARREDONDADOS

E IRREGULARES)

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OPUS RETICULATUM (PEDRAS OU TIJOLOS

ASSENTADOS DIAGONALMENTE)

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Opus Reticulatum. (séc. II a. C.). Pedras em forma

piramidal colocadas a 45 graus. Essa técnica

apresentava um custo econômico maior do que o

incertum. O processo de construção era mais lento

embora não necessitasse de tanta experiência com par

aerguer uma parede com pedras irregulares. Era uma

técnica muito eficaz com a qual se construíam palácios

como a “Vila Adrianna” em Tívoli.

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OPUS LATERICIUM

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CARACTERÍSTICAS DA

ARQUITETURA ROMANA

A curva é o princípio formal de toda construção –na

construção grega prevalecia a linha reta;

Solidez nas construções (característica que

herdaram dos etruscos);

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Uso do arco nas construções;

Uso da abóbada (construção em forma de arco que

preenche espaços entre arcos, muros e outros tipos de

espaços);

Construções sóbrias, funcionais e luxuosas;

Uso da cúpula construída com materiais leves.

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PRINCIPAIS TIPOS

DE CONSTRUÇÃO

ROMANA

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O TEMPLO

Deriva do etrusco e posteriormente o grego, mas a

sua forma corresponde a uma função diferente. Visto

que o ritual religioso é também uma cerimônia pública

da qual participam as autoridades do estado e também

a população, o ritual é desenvolvido na parte externa:

por isso que na frente do templo tem um vasto espaço

livre;

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a construção surge sobre uma alta base (podio); se

evidencia assim a imponência arquitetônica a fachada

que se ergue tendo o céu como um fundo cenográfico.

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Templo da Fortuna Viril – Roma Fonte: http://www.homolaicus.com/storia/antica/roma/tempio_fortuna.htm

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Tempio di Antonino e Faustina (141 d. C.) a Roma Fonte: http://www.romasegreta.it/tempio-di-antonino-e-faustina.html

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Pantheon/Panteão, em Roma, construção de 27 a. C. a 124 d. C.

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Panteão em um visão de cima.

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Panteão em visão interna da cúpula.

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O TEATRO

Apresenta também influência grega, porém, ao

contrário do grego que usava declínio natural de

uma colina, o romano na maior parte das vezes é

construído no terreno plano; se apresenta como

um grande “anel murado” que serve de

sustentação e acesso às escadas.

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Adquire grande importância o muro de fundo

do palco (scena) que torna-se uma verdadeira e

própria estrutura arquitetônica

frequentemente com efeitos ilusórios de

profundidade.

A paixão dos romanos pelas competições de

gladiadores acontecia no teatro circular ou

elíptico, o anfiteatro.

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Teatro de Marcello a Roma (II a. C.)

Fonte: http://www.photaki.it/foto-teatro-marcello-roma_62391.htm

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Planta do Teatro di Marcello-Roma

Fonte: http://www.engramma.it/eOS/index.php?id_articolo=336

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Anfiteatro Flavio _ Coliseu a Roma

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Anfiteatro Flavio - Coliseu

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Visão interna do Coliseu

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A BASÍLICA

Fundamental para a vida pública romana; grane

construção retangular com cobertura do teto e

sustentada por fileiras de colunas: era o centro

dos negócios (como a bolsa de valores atual), mas

também era sede dos tribunais e dos

departamentos administrativos.

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http://www.google.it/imgres?q=basilica+giulia+a+roma&hl=pt-BR&biw=1024&bih=677&tbm=isch&tbnid=NLjCPK-

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http://www.google.it/imgres?q=basilica+giulia+a+roma&hl=pt-

BR&biw=1024&bih=677&tbm=isch&tbnid=s52eQ85HNbLXKM:&imgrefurl=http://home.surewest.net/fifi/index50.html&docid=UESxwI-

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OS ARCOS

Elemento típico da decoração urbana romana são

os arcos autônomos, que frequentemente

apresentam um caráter monumental

comemorativo (arcos triunfais) e que traduzem

em termos de decoração a antiga função das

portas das cidades.

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Arco de Tito a Roma

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Arco di Augusto a Rimini

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Arco de Constantino a Roma

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BANHOS PÚBLICOS

Complexo social dedicado ao relaxamento mas

sobretudo à educação física.

Prédios destinados aos banhos públicos, que eram

espaços com piscinas aquecidas onde romanos

das altas classes relaxavam e mantinham

contatos sociais.

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Termas públicas em Braga, Portugal.

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Termas de Caracala, em Roma

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AQUEDUTOS

Arcos com canaletas que conduziam a água dos

reservatórios para as cidades. Eram feitos de

pedra e significou um avanço na canalização e

distribuição de água na Antiguidade.

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Aqueduto Aqua Appia, em Roma – um dos 11 aquedutos que

abasteciam a cidade (312 a. C.)

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Aqueduto romano construído pelo imperador Trajano – fonte d’agua descoberta –

Lago de Bracciano a 40km de Roma.