Romance à Maneira de Deus

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  • 8/3/2019 Romance Maneira de Deus

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    Romance Maneira de DeusRomance Maneira de Deus

    Eric e Leslie Ludy

    Ttulo Original: Romance God's WayTraduo: Ariane Nishimura

    Bless Grfica e Editora, 1 ed., 1999ISBN 85-87244-11-6

    Digitalizado por guerreira

    http://semeadoresdapalavra.top-forum.net/portal.htm

    OBS.: Mantida a formatao de fontes, tanto quanto possvel.Ilustraes no adicionadas, por serem meramente decorativas, e no terem ficado

    com boa qualidade na digitalizao.

    Nossos e-books so distribudos gratuitamente, com a nicafinalidade de oferecer leitura edificante a todos aqueles que no tem

    condies econmicas para comprar.

    Se voc financeiramente privilegiado, ento utilize nosso acervoapenas para avaliao, e, se gostar, abenoe autores, editoras e

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    Para Leslie,

    minha Princesa da Pureza.

    Obrigado por revelar-me de forma to

    suave o que significa amar a sua vida

    Eric

    Para Eric,

    meu Prncipe de Armadura Brilhante.

    Obrigada por construir paramim um castelo de sonhos.

    Leslie

    * * *

    Eu que sei que pensamentos

    tenho a vosso respeito,

    diz o Senhor;

    pensamentos de paz,e no de mal, para vos dar o fim que desejais.

    Jeremias 29:11

    * * *

    O s A u t o r e s

    Eric e Leslie Ludy so escritores, palestrantes e msicos que tm viajado muito para compartilhar amensagem do Romance Maneira de Deus com jovens e adultos. O ministrio desse casal inclui vriosseminrios e conferncias no s nos Estados Unidos como tambm em outros pases. O desejo de Erice Leslie inspirar, desafiar e equipar a sua gerao para viver de acordo com o padro de Cristo.

    O que os leitores esto dizendo...

    "A mensagem do Romance Maneira de Deus causou em minha vida umimpacto maior do que as palavras possam expressar. Agora sei que Deus tem

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    escolhido a dedo um companheiro para mim e que posso confiar essa rea daminha vida a Sua perfeita fidelidade."

    Kristen Baldwin, 15

    Lufkin,TK

    "Por meio da mensagem do Romance Maneira de Deus, aprendi a colocarDeus em primeiro lugar em todas as reas da minha vida, especialmente nosrelacionamentos com o sexo oposto. Eu agradeo a Deus pelo testemunho de Eric eLeslie e eu sei que este livro tocar a sua vida como tocou a minha."

    Jeremy Fernando, 19

    Victoria, Austrlia

    "Essa mensagem o que a nossa gerao precisa para combater os caminhosdo mundo. Por meio do Romance Maneira de Deus, encontrei a segurana emsaber que existe uma maneira melhor de construir relacionamentos... Maneira deDeus."

    Matt O' Neil, 15

    Ontrio, Canad

    "Posso ver a uno de Deus sobre Eric e Leslie por meio de seu exemplo, seuslivros e suas palavras. O desejo deles que as pessoas busquem a vontade de Deusem cada rea de suas vidas.Suas histrias so reais e inspirativas."

    Heather Morehouse, 17

    Kalamazoo, MI

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    S u m r i o

    (clique para ir ao captulo)

    Prefcio

    Introduo: O Que Pode Estar Acontecendo no Cu

    Captulo 1: Aquela Palavra!

    Captulo 2: Na Puberdade e Sem Sada

    Captulo 3: Aprendendo a Maneira do Mundo: a Maneira Mais Difcil

    Captulo 4: Casa de Cartes ou Castelo?

    Captulo 5: Po no Terreiro?

    Captulo 6: A fossa do Super Bowl

    Captulo 7: Deus um Velhote?

    Captulo 8: Sem Garota Numa Sexta-Feira Noite?

    Captulo 9: A Viso do TnelCaptulo 10: Amor: Passageiro ou Eterno?

    Captulo 11: A Chave Secreta do Romance

    Captulo 12: Mais do que Flores

    Captulo 13: Os Cavaleiros de Armadura Brilhante Realmente Existem?

    Captulo 14: Luz, Cmera, Ao!

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    A G R A D E C I M E N T O S

    Um agradecimento especial a

    Richard Runkles

    por tornar este projeto possvel.

    A Mark Ludy, pela sua criatividade hilariante.

    E a Marlene Bagnull

    por trabalhar paciente e diligentemente

    no reforo desta mensagem.

    Acima de tudo,

    agradecemos ao verdadeiro Autor

    por tudo o que possa ser digno nestas pginas.

    A Ele seja a glria!

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    PREFCIO

    Conheci Eric e Leslie durante a primeira viagem deles Austrlia, em 1996.enquanto os entrevistava para um programa de televiso. Fiquei rapidamente

    entusiasmado com a mensagem e o ministrio desse casal. Sinto-me emocionadoao recomendar com grande alegria o novo livro de Eric e Leslie a qualquer pessoaque esteja buscando sabedoria divina na rea de relacionamentos, pois creio que amensagem contida no Romance Maneira de Deus indica uma mudana de direopara os jovens de hoje.

    O livro que voc est prestes a ler o encantar e o inspirar! Eric e Leslieenriquecem estas pginas com talento e personalidade, com lances de jornadaspessoais e com uma viso clara de como semear sementes vivas nos coraes.

    Romance Maneira de Deus uma mensagem de esperana. Para muitosjovens, famlias e lderes, a "esperana" tem sido enterrada nas cinzas de sonhosqueimados. Porm, Eric e Leslie tm provado em suas vidas que no apenas existe

    uma maneira melhor de construir relacionamentos, mas que essa maneira j foivivida com sucesso.

    Isso no um apelo sentimental s pessoas emocionalmente vulnerveis.Estas pginas foram gravadas com a experincia pessoal, viso de orao,obedincia f e uma profunda busca da realidade. O resultado um livro pleno deuma sabedoria que nos ensina a repensar, a reconquistar e a vivificar a viso paraum futuro santo e glorioso. O humor, os casos, as ilustraes e a realidade do dia-a-dia trazem a verdade a nossa compreenso.

    Eric e Leslie so cem por cento sinceros, absolutamente reais, genunos napreocupao com a vida, sensveis ao amor do Senhor e ricos em seus prpriosrelacionamentos ao explorar o tesouro do caminho excelente de Deus.

    Esse material tem sido vrias vezes apresentado em todos os Estados Unidos ena Austrlia. O ensino tem sido testado e aprovado por jovens de diferentesformaes. No tenho conhecimento de outras pessoas que tenham compartilhadotodas essas verdades de forma to poderosa. Um casal excepcional desenvolvendoum trabalho excepcional! E o desejo de seus coraes que essa mensagem oatraia, o liberte e o dirija a sua prpria jornada para que voc tambm tenha umamensagem para as naes.

    No permita mais que o doloroso padro do mundo continue arruinando a suavida. Sua mensagem singular transformar a sua vida e semear sementes degrande satisfao e doce felicidade. Leia com o corao aberto. Leia com confianae esteja pronto para aplicar a verdade com um compromisso real de f. Leia e seja

    transformado!

    Chris Field

    Melbourne, Victoria, Austrlia

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    Chris Field um pastor australiano e uma personalidade da televiso. Ele apresenta dois programassemanais de TV, na cidade de Melbourne, Victoria - um programa de estudo bblico. "Living Word"("Palavra Viva") e um programa de entrevista. "Melbourne Alive" ("Melbourne ao Vivo"). Chris tem cincofilhos e uma filha e ministra, principalmente, sobre famlia, casamento, integridade pessoal e aplicaoda Palavra.

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    INTRODUO: O QUE PODE ESTAR ACONTECENDONO CU

    - Eric -

    Todo o Cu estava em agitao! A hoste angelical estava na "ponta das asas"desde domingo noite, esperando... observando... imaginando. Todos os olhoscelestiais estavam fixos no entusiasmado Pai assentado em Seu trono, adornadoem todo o seu esplendor. Uma mirade de serafins iluminados fitavam o Seu ternorosto, imaginando o momento em que Seus lbios finalmente profeririam aspalavras to esperadas.

    As horas passavam, e a expectativa crescia. Foi somente na segunda-feira, ssete e meia, que Ele. finalmente, chamou o arcanjo para o seu lado. Parecia que Eleestava rindo, enquanto sussurrava alguma coisa no ouvido de Miguel. O cualvoroava-se de curiosidade.

    Com um sorriso exultante, o mensageiro do Rei posicionou-se perante a hostecelestial. Um audvel "ssshhhhhh" ressoou entre a curiosa multido. Cada serafim equerubim estava quieto, esperando... observando... imaginando.

    O radiante arcanjo comprimiu o lbio, tentando reprimir e controlar a suaprpria ansiedade. Depois de uma pausa, que pareceu durar um milnio, Miguelcomeou a falar com alegria radiante e risos incontrolveis:

    - Meus amigos, sua voz ecoou pelos cus, o Pai diz que CHEGADA A HORA!

    Trepidao de asas, sons de harpas, ps de anjos danando sobre as ruas deouro. chegada a hora! Finalmente a hora chegou!!! E todo o Cu estavaexuberante!

    O pipoqueiro chegou assim que comeavam a abrir as cortinas. Todos osansiosos serafins se acomodavam nos assentos. Enquanto o filme comeava, o Pai,todo exultante, inclinou-Se e cutucou Miguel, dizendo:

    - Fui eu mesmo quem uniu esses dois. Miguel, rindo daquela afirmao toconhecida, deu uns tapinhas amigveis nas costas do seu Heri, o Grande Diretordos Estdios Universais.

    Ento, todos vem um rapaz surgindo naquela tela gigante, totalmentedespercebido ao fato de que bilhes de olhos estavam a observ-lo. Era uma sexta-feira chuvosa de abril. Ele permanecia porta, do lado de fora. esperando...observando... imaginando. Em uma das mos ele segurava um buqu de rosas e na

    outra uma caixinha branca.Os acontecimentos a seguir deixariam todo o Cu nas pontas dos ps. Cada

    ser angelical imaginava como ele faria. Como ele a surpreenderia? Qual seria areao dela? Ela aceitaria? Apenas o Autor Todo-Poderoso sabia o que aconteceria eEle sempre guardava o segredo a sete chaves.

    O auditrio inquietou-se quando os vizinhos, ao retornarem para casa,curiosamente observavam o rapaz ali... na chuva... do lado de fora da grande casaazul.8

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    De repente, a cena mudou. Uma graciosa moa. em uma sala iluminada porluz de velas, entrava em foco. Ela estava rodeada pela sua famlia, o que dava aimpresso de ser um momento muito simblico. Depois de lhe terem dirigidopalavras doces, a mocinha foi convidada a sentar-se no sof, com os olhosfechados. Fora-lhe dito que o presente, que eles lhe desejavam dar h tanto tempo,estava do lado de fora e que eles iriam busc-lo

    A famlia se afastou, deixando sua jia preciosa. Os olhos da mocinha estavamfechados e apertados em expectativa. Logo que a famlia saiu pela porta dosfundos, ouviu-se uma linda msica. Era uma msica que ela apreciava - que lhetrazia lgrimas aos olhos.

    Novamente a cena da noite chuvosa com o rapaz segurando o buqu de rosasapareceu na tela, dessa vez, entretanto, a porta estava aberta. A famlia damocinha passou silenciosamente pela porta e compartilhou um breve momento desorrisos calorosos com o jovem de cabelos encaracolados. Ento, silenciosamente, o

    jovem entrou.

    A porta se fechou atrs dele. Um corredor escuro, iluminado apenas pela luz

    dos seus sonhos, o recebeu. Aquela melodia enchia os seus ouvidos e tocava o seucorao, enquanto ele se dirigia para a sala. nas pontas dos ps. Ele estava aalguns segundos do momento que havia esperado por toda a sua vida.

    A mocinha, com a face rosada, apareceu na tela. Dessa vez o foco estava naslgrimas que escorriam pelo seu rosto delicado e suave. Aquela msica trazialembranas de um jovem sua mente. Pensar que seu prncipe de armadurabrilhante estava a milhares de milhas distante era como alfinetadas em seucorao.

    - Um dia ele vir. ela assegurava a si mesma, ele prometeu que voltaria.

    Sem que ela percebesse, o jovem entrou na sala. Ele a observava em toda asua beleza, enquanto lgrimas continuavam a escorrer pela sua face.

    - Leslie. ele sussurrou, tentando conter-se.

    A preciosa princesa levantou a cabea espantada. Atravs da cortina delgrimas, ela viu a imagem do seu prncipe. Como se fosse um sonho, ela o fitavavindo ao seu encontro e ajoelhando-se aos seus ps. Com lgrimas nos olhos, elegentilmente confessou a sua adorao e o seu amor por ela. Ele a presenteou comas rosas e com uma caixinha branca. E a surpreendeu com um pedido decasamento.

    - Minha Leslie. sua voz rouca sussurrava, voc quer se casar comigo?

    Enquanto dizia essas palavras, ele olhava fixamente nos olhos dela. A msicade fundo crescia com intensidade e grande comoo.

    Os olhos dela brilhavam, suas bochechas enrubesciam com entusiasmo. Elano conseguia falar. De repente, a msica chegou ao seu clmax, e ela disse "Sim".

    Os cus explodiram de emoo. Alguns anjos se cumprimentavam, enquantooutros passavam a caixa de leno de papel.

    - Ele conseguiu, um ser angelical gritava.

    Um coral de vozes cantava o "Aleluia" na verso hip-hop.

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    Enquanto as cortinas se fechavam, todos se dirigiam ao trono paraparabenizar o Diretor. Miguel apressou-se triunfantemente para o lado do Rei,enquanto a congregao de crticos de cinema rodeava o trono. O Rei inclinou-Se esussurrou ao ouvido de seu querido arcanjo:

    - Com a experincia que eu tenho em escrever textos, pense em alguns outros

    casais e me d mais oportunidades como essa.Miguel sorriu e virou-se para falar multido:

    - Eu sei que vocs devem estar se perguntando porque hoje em dia to raroassistir a cenas como essas pelo telo.

    Depois de uma pausa, elevou mais a sua voz: -A razo muito simples, notemos mais histrias romnticas de boa qualidade que sejam puras o suficientepara serem produzidas e exibidas aqui!

    Os cus responderam quelas palavras com risos. E Miguel continuou:

    - Mas parece que as coisas l embaixo esto mudando.

    O ajuntamento celestial olhava para Miguel com interrogaes nos olhos. Seriaverdade? Ser que existiriam histrias de amor que fossem puras entre as pessoasl embaixo?

    - Sim, meus amigos, disse Miguel, verdade! Nosso glorioso Criador estescrevendo o enredo para milhares de pessoas que tenham as mais puras histriasde amor. Ele est apenas esperando que os jovens casais aceitem os papis depersonagens principais!

    Os anjos se entreolhavam com uma expectativa jubilosa.

    - Tudo o que precisamos levar uma mensagem muito importante para osfilhos que esto l embaixo na terra. Na verdade, essa mensagem to importanteque os dois jovens que acabaram de aparecer no filme esto escrevendo um livro.

    Se os jovens l da terra entenderem essa mensagem, eles permitiro que o DiretorMestre escreva suas histrias de amor. Ento, meus amigos, teremos a grandepossibilidade de gastar nossos gloriosos anos assistindo a produes como essa queacabamos de ver hoje!

    - Qual a mensagem? perguntou a multido celestial.

    - simples, respondeu Miguel. Tudo o que eles precisam saber que o Criadordo Universo... ADORA ROMANCES!

    Uma agitao de asas surgiu da incontvel multido entusiasmada. Miguelfinalizou com um desfecho inspirativo:

    - Vamos a nossa misso! Levemos essa mensagem aos filhos da terra. O

    mundo nunca mais ser o mesmo assim que eles entenderem a essncia doRomance Maneira de Deus.

    E, querido leitor, nunca se soube como este livro foi cair em suas mos. Podeter sido simplesmente o trabalho de algum bravo mensageiro do Cu entregando-odiretamente do prprio Pai a voc. Por qu? Porque talvez Ele deseja que vocsaiba que... Ele est escrevendo um romance s para voc neste exato momento!10

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    CAPTULO 1: AQUELA PALAVRA!

    - Eric

    Eu me lembro do dia fatal em que minha me proferiu aquela palavra pelaprimeira vez. Aquilo chegou aos meus ouvidos como um carrapicho na meia echeirou mal como uma torrada queimando na cozinha. Eu nunca mais seria omesmo. Como pude ser exposto de tal forma quela palavra?

    Eu estava bem na minha quando, de repente, percebi que o nariz de minhame se aproximava do meu rosto como se ela fosse um cientista maluco analisandopelo microscpio uma ameba amassada. Eu, sentindo-me um tanto desconfortvel,tentava desviar-me. mas o nariz persistia - aproximando-se cada vez mais perto... emais perto... e mais perto. At que finalmente:

    - Ah!

    Minha me vencera! Ela descobrira a verdade escondida... um pontinhoamarelado! Mas a pior parte estava por vir. Foi a palavra que ela disse queprovocou mal-estar e embarao.

    - Eric, parece que voc est na...

    E foi bem a que ela falou aquela palavra!

    Pouco tempo depois, fui novamente exposto quela terrvel e abominvelpalavra. Outra vez ela saiu dos lbios inocentes e confiantes de minha prpria me.Dessa vez, aconteceu na cozinha. Eu no sabia do perigo iminente, enquantofuava, matava a sede e a fome em um de meus cmodos preferidos da casa. Eral onde eu encontrava algum refrigrio. Era naquele exato lugar onde euencontrava paz, alegria e satisfao. Mas tambm foi l onde eu me vi face a facecom aquela palavra!

    - Me, me d um copo de leite?

    Enquanto dizia aquilo, minha voz falhou como uma taquara rachada. Foi comose um enorme ovo tivesse sido quebrado bem em minha cara. Minha me riu edisse:

    - Que bonitinho! Eric. voc est passando pela... E outra vez. to claro como odia, to mal cheiroso quanto um gamb -aquela palavra.

    muito triste ter de dizer isto: eu, Eric, no sou o nico que foi amaldioadopor essa terrvel palavra. Essa palavra tem uma reputao! Na realidade, algocentenrio! Sabemos que ela fez com que os criminosos mais dures ficassem

    corados de vergonha. Muitas mes j experimentaram grande desgosto, e pais seesconderam devido ao seu simples pronunciamento. E ela no afetou apenas aplebe. A histria nos revela que ela derrotou at mesmo o cavaleiro mais corajoso ea princesa mais digna. Na verdade, essa palavra maluca conhecida por terfraquejado os joelhos do zagueiro mais duro e por ter amolecido como gelatina ocorao do mais bravo oficial da marinha.

    Aquele dia fatal na cozinha no seria a ltima vez que eu teria uma colisofrontal com aquela palavra. No passou muito tempo para que as espinhas12

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    comeassem a brotar em meu rosto como os cactos do nosso jardim e uns odoresestranhos comeassem a exalar de minhas cuecas anunciando em "claro e altosom" que Eric estava embarcando em um perodo de sua vida chamado... AQUELAPALAVRA!

    Logo depois, todo o caos culminou com um enorme massacre da dignidade de

    minha infncia, quando meu pai me chamou para termos "A conversa". "Aconversa" baseou-se naquela palavra. Tudo o que era mais desagradvel, tudo oque era estranho, tudo o que era gorduroso era culpa daquela palavra!

    Uma noite meu pai me convidou para acompanh-lo em uma volta pelacidade. No havia nenhuma razo em particular, apenas um passeio inocente pelacidade. Foi uma conspirao! Eu devia ter pressentido no ar, mas estava muitodistrado para perceber. Entramos em nosso carro amarelo cor de banana (umalinda lembrana dos meus tempos de criana) e nos dirigimos para a rua para um...estacionamento! Meu pai sabia o ambiente perfeito para fazer com que seu filho sesentisse confortvel. Com a justificativa de conversar sobre estratgias de futebol(meu pai era o meu tcnico, e ns teramos um jogo na manh seguinte), elecomeou a falar:

    - Ento. hum. Eric... ah. acho que voc poderia me ajudar a planejar a posiodo time para o jogo de amanh contra os Blazers. o que acha? Ele perguntou comum constrangimento que encheu todo o nosso carro amarelo cor de banana.

    Concordei, e papai prosseguiu - procurando por uma folha de papel que tiravade sua maleta. Eu podia sentir que uma granada estava para explodir.

    - Bom. porque no colocamos o Luck aqui. direita, e talvez o Johnny no meiodo campo, esquerda e...uh... Ele parou.

    De repente, o silncio pairou no carro como o vento gelado de invernoatravessa a camiseta. Passados alguns segundos, com a coragem de um novilhoque sabe que est indo para o matadouro, ele continuou:

    - que. bem... ele murmurou.

    - H! h!... pigarreou e continuou, falando nisso. Eric. tem uma coisa quequero falar com voc.

    A granada havia sido lanada, e eu era o alvo.

    Nunca me esquecerei daquela noite no estacionamento. Passei, praticamente,toda a noite fitando o cho do carro amarelo cor de banana, com as bochechasenrubescidas e com os ouvidos transbordando com aquela palavra. Naquelamonotonia, a nica coisa que eu disse durante toda a noite foi "u-hum". Era comose fossem dois terrveis pesadelos em um s: beijar o meu irmo na boca e ir para aescola sem roupa. Mas se para mim era difcil, imagine para o meu pai. pois ele foi

    a pessoa que. de fato. falou aquela palavra!Se eu pudesse, nunca mais pensaria naquela palavra, ou a ouviria, ou a

    pronunciaria novamente. Mas acontece que um crime imperdovel ocorreu emnossa sociedade, e o culpado precisa ser claramente identificado. isso mesmo -aquela palavra a suspeita principal. Essa no uma acusao trivial. Esse foi umcrime capital merecedor de uma punio que "coloque todos os pingos nos is" atque haja o cumprimento total da lei.

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    Existe alguma coisa em nossa sociedade que tem torturado as mentes dosjovens, atormentando-os com insegurana e ameaando-os com constrangimento.Este indivduo, digno de condenao, conhecido por desorientar geraes inteirasde jovens da verdadeira beleza de se tornar um adulto, jogando-os em um dilemacausado pelas palavras engraadas e por falsas interpretaes. Eu experimentei,por conta prpria, lidar dignamente com esse indivduo e fazer justia sem

    delongas. Neste momento, quero apresentar-lhes os maiores suspeitos, um dosquais aquela palavra:

    1) alcachofras

    2) hora de dormir

    3) lio de casa

    4) fgado com cebolas

    5) e... ... pu... pubahh...puberdade!

    Agora, bvio para todos que cada uma dessas coisas uma tremendaameaa para os jovens, mas existe uma que sobrepuja as demais. Uma palavra quefaz com que as outras sejam "fichinha'". E! Voc est absolutamente certo! aquela palavra1. aquela palavra que faz nascer espinhas na sua cara. mas queno lhe explica como se livrar delas. aquela palavra que o transforma de ummenininho bonitinho em um quatro olhos desengonado e otrio com cabeloseboso, sem, ao menos, ter a polidez de enviar um carto de "melhore logo".Aquela palavra a nica responsvel por nos confundir a cabea com todas essaspalavras engraadas.

    Eu me lembro de olhar para o fundo da classe e ver Cindy McFarlane (este no o seu nome verdadeiro). "O que aquilo?" Minha mente questionou em agitao.Uma outra parte de mim respondeu sarcasticamente: "Aquilo uma garota,esperto!" Eu sabia que Cindy era uma garota, mas tinha certeza de que algumacoisa havia mudado. At ento, eu estava condicionado a reagir comum "credo!"Mas. subitamente, o "credo!" no coincidia com os sentimentos em meu interior.

    Talvez um "uaaauuu ". mas nunca um "credo!"

    Eu estava mudando. Meu rosto estava ficando cabeludo como uma casca depssego. Minha voz estava falhando. Coisas estranhas estavam acontecendocomigo, e eu me sentia deslocado dos outros. Sentia-me como um pingo de sorvetederretendo na calada. Meu pai "havia me ajudado" a compreender as mudanas

    fsicas durante "A conversa", mas havia algumas outras coisinhas acontecendotambm. Eram coisas internas. Desejos dentro de mim que eu nunca havia sentidoantes.

    A palavra maluca, puberdade. ecoava por todos os lados e parecia gritar paramim: Ei. voc. seu otrio. Joo Ningum em puberdade. apenas se olhe no espelho!Voc acha que algum poderia am-lo do jeito que voc ?

    At ento, eu nunca havia questionado se os outros me achavam atraente ouno. ou se eu era uma pessoa que pudesse despertar o amor de uma garota. Mas.14

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    subitamente, eu s conseguia pensar naquilo: Puberdade! Puberdade! Puberdade!Voc est na puberdade! Aquela palavra inundava a minha mente. Imagens deCindy McFarlane despontavam em minha mente, enquanto eu sussurrava: "Desiste,seu desengonado de boca metlica!"

    Dentro de mim estavam acontecendo coisas que "A conversa" daquela noite

    no estacionamento no me havia preparado. De repente, eu sentia o desejo de seratraente. Durante os ltimos doze anos. eu no me importava se o meu cabeloestava arrepiado, se a minha camiseta estava amarrotada ou se havia molho depizza no meu queixo... Agora, surgindo repentinamente do nada. eu sentia queprecisava ser atraente.

    Talvez a Cindy at olhe para mim hoje! Eu advertia a mim mesmo ao acordaruma hora mais cedo do que o normal para me aprontar para ir escola.

    Comecei a ficar horas e horas escolhendo o traje certo, passando esfoliante nacara para ver se me livrava daquelas espinhas obscenas e, claro, cuidando doitem nmero 1 do horrio de minha agenda matutina: o penteado. Desenvolvi umestilo de penteado que era embelezado e ornamentado perfeio. Eu precisava

    estar cem por cento. Se um fiozinho de cabelo estivesse fora do lugar, isso erasuficiente para que eu largasse o caf da manh para coloc-lo no lugar.

    Comecei a estudar revistas que tivessem homens do tipo "macho". Lembro-me de quando folheava uma revista e me deparei com o Arnold Schwarzeneggersem camisa. Pensei comigo mesmo: Uau! Ento assim que devo parecer?

    Imediatamente fui para o banheiro e tirei a camiseta. Olhei para o espelho comum sorriso a La Clint Eastwood, curvei os braos e os flexionei como oSchwarzenegger na revista. "Puf!" Uma pelotinha de msculo apareceu em meubrao e "Puft!" Sumiu. Foi naquele momento que enxerguei pela primeira vez "Omagrela".

    Meu desejo de ser atraente levou-me, uma manh, antes de ir para a escola,

    ao estojo de maquiagem de minha me. Minhas espinhas estavam se multiplicandoem meu rosto como uma ninhada de coelhos, e eu no conseguia descobrir o quefazer. Encontrei, entre os vrios produtos, uma coisa chamada "base" e, em frentedo espelho, tapei, cuidadosamente, cada um dos pontinhos de espinha.

    Maquiagem: esta era uma outra coisa no abordada pelo meu pai naquelebate-papo que tivemos no carro amarelo cor de banana. Eu no tinha a mnimaidia de que existiam diferentes tipos de tonalidades de maquiagem e de que necessrio certificar-se de que o tom combine com a cor da pele. Quero dizer, como que eu deveria saber tudo isso?

    Bom. aprendi rapidamente aquela lio logo que entrei no vestirio masculinonaquela tarde. Um cara superlegal, que passou por mim e percebeu que eu nohavia combinado o tom da base com a minha cor morena, teve a bondade de,graciosamente, anunciar bem alto para todo o vestirio ouvir:

    - Voc t usando maquiagem!

    Imediatamente gaguejei um "no", mas ele insistia, no caso de algum no terescutado:

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    - O Eric t usando maquiagem!

    Tenho de admitir e dizer que, embora eu desejasse muito ser atraente, euestava pronto para nunca mais usar maquiagem, mesmo que corresse o risco dedeixar que minhas espinhas arruinassem minha vida.

    Outra ntida mudana que estava acontecendo dentro de mim era um sbito

    desejo de compartilhar minha vida com Cindy McFarlane. Era a coisa mais estranha,mas eu desejava conhec-la. E eu queria que ela me conhecesse tambm! Aqueledesejo continuou a crescer... e crescer... e crescer.

    No incio, eu apenas desejava conhecer a sua cor preferida do arco-ris, mas,com o passar das semanas e dos meses e com o aprofundamento daquele desejo,almejei nada menos do que saber qual seria a sensao de ter os lbios de Cindycontra os meus.

    Lembro-me claramente de ter assistido a filmes quando mais novo(este foi o meu primeiro grande erro) e ver o desenrolar de uma histria deamor. Rapaz conhece garota. Rapaz convida garota para sair. Rapaz se aproxima.Rapaz move os lbios. E rapaz d um beijo certeiro nos lbios vermelhos da garota.

    Tudo to fcil, to tranqilo, to harmonioso (e to melado). Sentei-me para ob-servar aquele prodgio e estudei detalhadamente como eles posicionavam os lbios,como movimentavam as cabeas e, at mesmo, onde colocavam as mos.

    Aquele negcio era uma arte, e eu era absolutamente um zero esquerdanaquele assunto. Eu estava intrigado com aqueles dois pombinhos que haviamaprendido a beijar to bem. Eu estava convencido de que devia existir uma escolasecreta de beijo que todo o mundo conhecia, menos eu. Ento, se eles no estavamdispostos a me convidar para fazer parte, decidi que eu mesmo iria iniciar o meuaprendizado.

    Estarrecido, deitei-me em minha cama e me aconcheguei debaixo do meucobertor. Mas no conseguia dormir. Minha mente continuava ligada a Cindy

    McFarlane! Imaginei seus lbios e tentei beij-los, mas aquilo no era real. Ento,virei de lado, agarrei outro travesseiro e o trouxe para perto de mim. Movi meuslbios e "chwmack", meu travesseiro recebeu o beijo que intencionei dar naadorvel face de Cindy.

    E, verdade, confesso que eu era um beijador de travesseiro! Aquele desejointerno estava crescendo, e eu no tinha uma "cobaia" humana.Conseqentemente, meu travesseiro tornou-se a minha nica opo.

    Aquela palavra - aquela intil palavra maluca - havia me transformado em umquatro olhos, boca metlica, cabelo seboso, cara maquiada, adorador de Cindy.beijador de travesseiro e magrela imitador de Schwarzenegger.

    Foi a que percebi que, se um dia eu viesse a escrever um livro sobre romance,seria melhor que eu comeasse a fazer alguma coisa rapidamente.

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    CAPTULO 2: NA PUBERDADEE SEM SADA

    - Eric

    Talvez muitos dos que esto lendo este livro tenham se identificado comalguma coisa do captulo anterior - seja com "aquela palavra", ou com "A conversa",ou com Cindy McFarlane na cabea, ou mesmo com o fato de que os nicos beijosque voc j deu tenham sido na sua me, na sua av e no seu travesseiro. Bom,pelo menos agora voc sabe que existe mais algum neste mundo que j passoupelos mesmos problemas! Se algum dia voc precisar de um ombro amigo, nohesite em me ligar.

    Ohhhh! Estou na puberdade! Nooo! Isso no soa como um filme de ficocientfica em que um horrvel monstro gigante engole um pobre soldado espacial?Para alguns de ns, esse sentimento pode soar bem familiar. Quando chegamos aosonze, doze ou treze anos. de repente, este monstrengo de cara espinhuda. cha-

    mado Puberdade. surge de debaixo de nossas camas, no meio da noite, e nosagarra. Uma vez que nos pega, no h escapatria!

    No sei se voc j sentiu isso ao experimentar os efeitos "adorveis" daquelapalavra. Eu, com certeza, j senti. Cheguei a sentir, at mesmo, vergonha daquiloque estava acontecendo com o meu prprio corpo. Eu me sentia mal pelo queestava acontecendo no meu exterior, mas eram as transformaes dentro de mimque faziam com que eu me sentisse miservel e confuso. Eu desejava compartilharminha vida com Cindy McFarlane. Desejava uma companhia em minha vida. Queriaamar algum e ser correspondido. E aquele estranho desejo no desapareceu como tempo. Pelo contrrio, era um desejo que crescia.

    Com o passar dos anos. continuou crescendo... e crescendo... e crescendo.

    Quando completei dezesseis anos. pensei seriamente que explodiria e que haveriaum monte de pedacinhos de Eric Ludy espalhados por todas as paredes.

    Eu tinha aquele desejo e queria que fosse realizado! Mas havia um enormeempecilho. Havia uma barreira gigante entre mim e meu apaixonado caso de amorcom Cindy McFarlane - DEUS! Ali estava Ele. bem no meio do caminho! Eucostumava v-Lo como o "Sem Graa". Poderia ter feito o que fosse, mas o "SemGraa" estava sempre ali para berrar um " proibido!"

    Voc j pensou em Deus como um velho de cara fechada e cabelos grisalhosque fica no cu e cujas frases prediletas so: "Ah! Peguei voc no pulo! Mais ummovimento e voc ser exterminado com um raio de luz!"?

    Por alguma razo, quando somos jovens, temos uma tendncia de associarDeus com qualquer coisa que seja extremamente sria e com todas as coisas quesejam entediantes e previsveis. No h divertimento no Reino de Deus, Eric Ludy!Minha conscincia me repreendia toda vez que eu participava da classe de EscolaDominical.

    Comparo isso com o "princpio da nutrio". Se eu pudesse mencionar todos ostipos de alimentos deliciosos, como bolo de chocolate, sorvete, sucrilhosaucarados, o que voc logo me diria sobre os seus valores nutricionais? Sim. voc

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    acertou! Por serem saborosos, podemos automaticamente presumir que no fazembem para o nosso corpo. E se eu tivesse mencionado alimentos mais leves e semsabor como brcolis. couve-flor e broto de feijo? O que voc diria sobre seusvalores nutricionais0 . voc acertou novamente! Pelo fato de serem sem graa esem gosto, podemos concluir seguramente que devem ser bons para a nossasade.

    O "princpio da nutrio" indica que aquilo que saboroso e agradvel prejudicial e o que leve e sem graa benfico.

    Durante os anos de puberdade, somos despertados pelo desejo de apreciar osexo oposto. MAS. simplesmente, sentimos Deus falando ao nosso ouvido:

    - Voc j leu o livro de Levtico hoje?

    Deus e a nossa sexualidade so como leo e gua - no se misturam. Por qu?Porque Deus enfadonho e qualquer coisa associada rea de nossa sexualidade estimulante.

    Podemos imaginar Deus criando o ser humano. Podemos v-Lo formando a

    cabea, moldando os braos e pernas, podemos at mesmo imagin-Lo cavando oumbigo. Mas nunca, NUNCA conseguimos imagin-Lo todo orgulhoso por ter sido ocriador daquelas (hum...) partes que,. voc sabe (cof, cof). ficam no meio do corpo.E como se imaginssemos isto: ao criar Ado, Deus se esqueceu das falhas e disseque '"tudo era bom". Mas, ao perceber o erro, Ele simplesmente grudou uma folhade figueira "nas partes" para cobrir o defeito.

    Que pensamento mais distorcido! Precisamos entender que a puberdade .sem duvida nenhuma, obra de Deus! Ele o criador da puberdade. Talvez eu devadizer que Ele o criador deste perodo de nossas vidas. No consigo imaginar Deususando aquela palavra para descrever qualquer coisa que seja! Entretanto, todasestas coisas estranhas que esto acontecendo em nosso corpo durante este perodoso resultado de Sua inteligncia e engenhosidade. A coisa mais chocante a

    novidade sobre aquele desejo interno crescente, pronto para entrar em erupo, decompartilhar nossas vidas com algum do sexo oposto. Foi Deus quem colocou issoem ns! proposital, e eu no estou brincando!

    Deus no v os nossos "anos de puberdade" como um perodo deconstrangimento devido a nossa boca metlica. Sua viso completamentediferente! Na realidade, se Deus tivesse um nome para esse perodo, certamenteseria algo bonito e nobre. Vocs percebem. Deus quer que compreendamos tudoisso durante esse perodo de nossas vidas. Ele est nos moldando em homens e nosesculpindo. Moas, este e um perodo de suas vidas em que vocs esto sendotransformadas em princesas e em rosas perfumadas.

    Isso no soa romntico? Assim como um fazendeiro planta na primavera para

    colher no outono. Deus planta sementes da masculinidade e feminilidade em ns(respectivamente) durante esse perodo para que, com o passar dos anos,possamos dar frutos de uma fase adulta madura.

    Se alguns de vocs esto se perguntando quando que comearemos a falarsobre romance, ento, a hora chegou! Toda aquela conversa sobre aquela palavra

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    aconteceu para compreendermos que o que tem acontecido dentro de ns,inclusive aquele desejo crescente por uma companhia que comea a agitar, a cutu-car e a bater com o passar dos anos, uma obra milagrosa de Deus. Mas muitos dens nunca percebemos que foi Deus quem colocou em nosso interior o desejo deamar e ser amado. Como resultado, no O buscamos para descobrir o que Eledeseja que faamos.

    Acredite ou no, Deus tem uma maneira de lidar com esse desejo crescente. uma maneira que talvez voc nunca tenha imaginado antes - uma maneira que, aocontrrio do "princpio da nutrio", est repleta de uma beleza surpreendente,alegria indescritvel e incomparvel romance. O inimigo tem trabalhadoincansavelmente para nos desviar dessa maneira, porque ele sabe que o destinoque Deus tem para as nossas vidas ser desvendado para ns.

    Voc ver que essa maneira que eu e Leslie compartilhamos com voc surpreendentemente simples e profundamente desafiante. Voc descobrir porqueo inimigo tem tentado nos confundir tanto para nos desviarmos do Romance Maneira de Deus. A verso de Deus para o romance faz com que a verso domundo parea uma vela de jantar jogada no lato de lixo. O Romance Maneira de

    Deus nos desafia e nos traz muito mais satisfao!A maioria das pessoas pensa que a maneira de Deus encontrar um

    companheiro para ns seja a maneira do mundo mais uma lista inteira de "proibido..." Mas a maneira de Deus completamente diferente e excepcional emsua beleza e no pode ser comparada com a maneira do mundo.

    Isso ser muito mais do que uma jornada para descobrir uma maneira melhorde abordar o romance. Esperamos que seja um encontro com a pessoa de Deus!Sendo Deus o inventor do romance, no podemos ignor-Lo em nossa busca. Elesabe melhor do que qualquer um de ns a razo pela qual Ele mesmo colocou essem intrnseco dentro de ns que nos atrai ao sexo oposto.

    Antes que voc continue a leitura, eu o desafio a se perguntar: Estou dispostoa ser transformado por Deus? Sabe, se voc estiver disposto. Deus est pronto edesejoso para atuar. Permita que Ele corrija o seu conceito sobre a puberdade.Permita que Ele lhe mostre a Sua verdadeira natureza. E. acima de tudo, permitaque Ele tenha o controle da sua vida e que o modele a Sua imagem.

    A primeira e mais importante pergunta que devemos fazer : Qual a diferenaentre a maneira do mundo e a maneira de Deus?

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    CAPTULO 3: APRENDENDOA MANEIRADO MUNDO: A MANEIRA MAIS DIFCIL

    - Leslie -

    Nunca vou me esquecer da primeira vez que o vi. Ele olhou para mim da frenteda classe, e os seus olhos azul-escuros ganharam a minha ateno. Seus belostraos e seus cabelos dourados eram irresistveis. Ele era alto (aproximadamente1,57m), esportista, popular... tudo o que eu poderia sonhar. Sim, a partir daqueledia eu sabia que havia encontrado o homem dos meus sonhos!

    claro que, quando voc uma garota de treze anos e est na oitava srie,bem na aula de computao da Senhora Johnson, voc enxerga o mundo com olhosque pensam saber tudo, principalmente sobre amor e romance. Quero dizer, o caraera maravilhoso e popular! O que mais era preciso?

    Por quase treze longos anos - est bem, talvez uns trs anos, eu estiveraesperando pela maravilhosa e extraordinria experincia chamada "namoro". Euestava mordendo a isca, prontinha para entrar em cena. Naquele dia inesquecvel,quando o vi pela primeira vez, eu sabia que no poderia esperar mais. Simples-mente, eu precisava ter um namorado e queria que fosse ele.

    Por vrias semanas fiquei sonhando com Johnny (este no o seu nomeverdadeiro). Subitamente, a computao tornou-se a minha matria favorita Duvidoque eu tenha aprendido mais do que ligar o computador, mas gastava temposuficiente estudando os olhos, os lbios e a personalidade de Johnny. Perguntava-me se algum dia ele viria conversar comigo. Eu j havia percebido que ele olhavaem minha direo algumas vezes, sempre lanando um de seus sorrisosarrebatadores, mas nunca nos havamos aproximado o suficiente para termos umdilogo.

    Meu dia de sorte chegou quando a Sra Johnson nos colocou juntos parafazermos aula de laboratrio. Johnny mostrou-se to satisfeito com aquilo quantoeu, e no demorou muito para comearmos a tagarelar e rir como se fssemosamigos de longa data. Ele possua uma personalidade que combinava com a suaaparncia. Eu ansiava por estar cada vez mais prxima dele a cada dia.

    - O que que est rolando entre voc e o Johnny? Era a pergunta que minhasamigas me faziam nos corredores.

    Eu dava uma risadinha e contava tudo o que ele me dizia. Falava sobre ascinco vezes que ele sorria para mim em apenas uma hora! E perguntava-lhes comum sorriso confiante.

    - Tudo isso deve significar alguma coisa, vocs no acham? E elas measseguravam:

    - At o fim da semana ele vai te convidar pra sair, com certeza! Eu estavaganhando rapidamente ateno e popularidade

    com aquela amizade com Johnny. E eu curtia muito tudo aquilo.

    Finalmente, o dia chegou! Por intermdio de um de seus amigos "escudeiros",ele me convidou para sair. Fiquei eletrizada! Eu nem sabia o que dizer.

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    Preciso dar uma explicao queles que ainda no chegaram a viver omelodrama da oitava srie: "sair" no significa que o cara a est pedindo emnamoro (a maioria de ns no podia namorar oficialmente), mas que ele deseja quevoc seja a "sua garota". Isso significa dar as mos no corredor da escola, falarhoras e horas pelo telefone e fazer questo de que todos os seus amigos sempre serefiram a vocs como sendo um casal. Aos treze anos, "sair" a promove da condio

    de uma "menininha" de "adulta-madura-em-srio-relacionamento".Ns nos considervamos um tanto "modernas". Todas ns vivamos em nossa

    prpria novelinha de oitava srie, o nosso mundo era construdo ao redor de cada"relacionamento". Ento, quando Johnny me convidou para sair. eu haviafinalmente, aterrissado nesse mundo e estava adorando cada minuto dessa novavida!

    No princpio, sair com o "homem dos meus sonhos" era algo sensacional.Talvez eu tenha sido bem avoada na oitava srie, mas eu tinha slidos padres demoral. E Johnny, alm de lindo e popular, tambm tinha slidos padres de namoro.Algumas de minhas colegas j estavam se envolvendo com caras e trocando denamorado como quem troca de roupa. , eu sei que estamos falando de garotas de

    treze anos, mas a triste verdade! Elas estavam comeando a experimentar drogase lcool, e muitas delas tinham notas muito baixas no boletim. Eu fora educada emum lar cristo e sabia distinguir o certo do errado, por isso tentava evitar amizadescom tais tipos de pessoas.

    As amigas com quem eu andava tinham uma tendncia para mentir, enganar,fofocar e falar palavres, mas no eram ms e isso aliviava a minha conscincia. E,embora Johnny fosse popular e bonito, ele no me pressionava a transar com ele.Eu tinha certeza de que havia encontrado o melhor dos dois mundos.

    Eu e Johnny nos mantivemos como "um casal" durante o restante do anoescolar. Comeamos a passar cada vez mais tempo juntos. Toda vez que falvamospelo telefone, gastvamos, pelo menos, uma ou duas horas. Ele satisfazia minhas

    necessidades de sentir-me apreciada e amada. claro que eu tinha certeza de quemeus pais me amavam, mas o meu relacionamento com Johnny era totalmentediferente. Na realidade, isso significava que uma pessoa popular e atraente do sexooposto estava escolhendo ter um relacionamento comigo! Eu compartilhava meuspensamentos, sonhos e emoes com ele, e ele me escutava e me entendia. Seuselogios e sua apreciao permitiam que eu passasse por um perodo que, casocontrrio, seria de muita solido e insegurana.

    - Eu te amo.

    Ele me dizia apaixonadamente todos os dias. Tenho de admitir que, nocomeo, achava muito estranho aceitar o "amor" de um cara de apenas quatorzeanos que havia alcanado altura suficiente para andar na montanha russa do Six

    Flags *h apenas um ano. Mas eu simplesmente percebi que aquelas palavras era oque todos os namorados diziam um para o outro, ento, depois de alguns meses,acabei me acostumando e comecei a acreditar nelas.

    Por estarmos ligados emocionalmente um ao outro, comeamos a sentir anecessidade de expressar o nosso "amor" por meio de outras formas alm das

    * Six Flags um parque nos USA muito conhecido pela grande variedade e quantidade de montanhas russas.

    (N. da T.)21

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    palavras. Eu havia feito um voto de abstinncia sexual at o casamento e no tinhanenhuma inteno de quebr-lo, mas sinto ter de reconhecer que eu e Johnnycomeamos a desenvolver coisas na rea fsica que nunca pensei que pudesseacontecer.

    Cada vez que eu o escutava dizer "eu te amo" e cada vez que compartilhava

    um pedao do meu corao com ele, a minha deciso quanto rea fsicafraquejava. Eu estava muito dependente do afeto de Johnny. Nunca "fomos at ofim", mas fomos muito mais alm do que o recomendado. E cada vez que nostocvamos, um pedao maior de mim era dado a ele.

    Ao olhar para trs, me arrepio s de me lembrar daquele tempo. Como pudedar algo to sagrado para um garoto de quatorze anos que apenas desejavasatisfazer as suas necessidades e desejos? Que desperdcio! Talvez nos tenhamosconsiderado "adultos-maduros-em-um-relacionamento-srio", mas na realidade notnhamos a mnima idia de que o que estvamos fazendo nos afetaria pelo restode nossas vidas.

    Nosso relacionamento durou mais ou menos dez meses. Todas as minhas

    amigas admiravam o nosso "compromisso" e maravilhavam-se com o longo perodoem que estvamos juntos. Ter Johnny em minha vida me trazia muita segurana, enunca considerei terminar o relacionamento com ele. O simples fato de ter umnamorado fazia com que eu me sentisse valorizada. Mas, ao passar do ginsio parao colegial, comecei a notar que aquele era o momento da minha vida para entrarcom tudo no "mundo do namoro". Havia muitos outros rapazes ao meu redor, e eucomecei a me perguntar como seria comear a namorar outra pessoa. Finalmente,

    Johnny e eu percebemos que era hora de cada um de ns prosseguir no seu prpriocaminho.

    No imaginei que seria to difcil terminar com Johnny. Afinal de contas, nuncao levei muito a srio - quero dizer, nunca planejei me casar com ele ou coisaparecida. Agora que eu estava no colegial, havia, pelo menos, centenas de outros

    rapazes com quem poderia sair e que eram to atraentes e legais como Johnny.Mas no foi to simples assim. Na noite em que terminamos oficialmente pelotelefone, uma onda de comoo inundou minhas emoes. Talvez pudssemos terconsiderado aquilo como um divrcio! Entretanto, eu no esperava que o trminocausasse tanta desordem interior.

    - o fim da minha vida. Soluava histericamente ao jogar-me sobre a cama.

    Chorei at que todas as lgrimas acabassem. Fiquei arrasada emocionalmentee no comi nem dormi direito durante dias. Estava confusa e ferida e no conseguiacompreender a razo daquela experincia estar sendo to traumtica.

    Ao olhar para trs, enxergo o que no conseguia enxergar antes. Durante

    meses me senti emocionalmente segura naquele relacionamento com "meu-namorado-ideal-da-oitava-srie". Embora eu no tenha me entregado a elecompletamente na rea fsica, na rea emocional entreguei-me totalmente sem terpercebido. Depositei nele a minha segurana e o meu conforto, e, durante dezmeses, ele abrandou o meu latente desejo interno de ser amada e apreciada poralgum do sexo oposto. Como que eu esperava terminar algo daquele tipo semque algum se machucasse? Como mencionei anteriormente, naquela poca eu erabem imatura.

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    Depois que o meu relacionamento com Johnny terminou, fiquei todesesperada por uma "ateno masculina" que comecei a ter um relacionamentoaps o outro. Cada vez que eu terminava o namoro, acabava com o coraopartido. Mas continuei namorando e continuei quebrando e esmagando as minhas

    emoes. Meu corao tornou-se sem valor - pois eu simplesmente o entregava,deixava-o em pedacinhos, que catava, e comeava tudo de novo. No havia outraalternativa (pois no namorar estava totalmente fora de questo).

    Esperei tanto tempo e finalmente estava fazendo parte do mundo do namoro.Aquilo seria superdivertido e muito romntico. Continuei pensando que algum diaeu realmente iria curtir aquilo. Mas, por alguma razo, esse dia nunca chegou. Ondeestava a diverso? Onde estava o romance? O que eu tinha feito de errado? Aosquinze anos, sentia como se tivesse casado e divorciado umas trs ou quatro vezes.Era como se o meu corao fosse nada mais do que carne de hambrguer.

    Foi nessa situao de desesperana que Deus comeou a falar ao meucorao. Um dia estava lendo minha Bblia - algo que comecei a fazer cada vez

    menos desde que havia comeado a namorar. Um versculo de Provrbios 31chamou minha ateno. Voc conhece o captulo que descreve a "mulher virtuosa"?

    Preciso deixar bem claro que no era do meu costume ler versculos sobrecasamento. Casamento era algo que estava bem distante da minha realidade, e euno iria preocupar-me com aquilo por um bom tempo. Mas aquele versculo estavafalando sobre uma esposa sbia. Ele diz que: "Ela lhe faz bem, e no mal, todos osdias da sua vida."

    Espere um pouco! Todos os dias da sua vida? Quer dizer que ela pensa no seumarido antes mesmo de conhec-lo? Como ela poderia "fazer o bem a ele" todos osdias da sua vida mesmo sem saber onde ele est ou o que est fazendo?

    Eu pensei no meu futuro marido. Imaginei que ele estivesse por a... em algumlugar. Ser que eu estava fazendo bem a ele? Sempre pensei que estivesse fazendoo melhor que podia ao evitar o sexo antes do casamento. Quero dizer, isso eramuito mais do que todos os outros estavam fazendo. Mas comecei a pensar que eupossua algo mais do que apenas o tesouro fsico para guardar para ele... Um dia euiria dar ao meu marido o tesouro do meu corao e das minhas emoes. Eu.certamente, no estava realizando um bom trabalho para guardar esse tesouro.

    Minhas emoes estavam sendo machucadas e modas pelos relacionamentosnos quais eu me envolvia. Quando eu era mais nova. costumava pensar que.quando chegasse o tempo de me casar. eu me esqueceria de todas as experinciasde namoro que tivesse tido no colegial e na faculdade. Qualquer um que j tenha seenvolvido em um relacionamento sabe que isso impossvel. No d para esquecer.

    Cada pessoa, a quem voc entrega suas emoes, fica gravada em seu corao ena sua memria.

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    Frgil ou Resistente?

    Imagine se um dia eu aparecesse na sua frente e lhe oferecesse um diamantevalioso. (Eu sei que talvez as garotas fiquem um pouco mais entusiasmadas do queos rapazes quando o assunto esse. mas. rapazes, apenas pensem que. se o

    assunto sobre anis de diamante no lhes interessa muito, sempre haver umapossibilidade de vend-los e usar o dinheiro para comprar um carro!) A nica coisa que voc no poder usar o diamante de forma nenhuma durante cinco anos.Voc precisa guard-lo cuidadosamente durante esse perodo.

    Agora voc tem um probleminha. Voc possui um tesouro valiosssimo eprecisa de um lugar seguro para guard-lo durante os prximos cinco anos. Ento,voc me pede algumas sugestes.

    Bem, tenho duas opes para voc. A primeira um copo descartvel. Elepossui muitas vantagens, incluindo o fato de que no custa nada - uma timasugesto de economia para os estudantes - e muito fcil de ser cuidado, querodizer, voc nem precisa lav-lo ou poli-lo. Depois de usar s jogar fora!

    Ser que consegui convenc-lo? O copo descartvel seria um excelenterecipiente, no ? O qu? Voc deseja olhar para o lado negativo da coisa? Bem, sevoc deseja guardar algo de valioso nele. esse copo realmente possui algumaspequenas inconvenincias. Se pegassem o copo (o cachorrinho do vizinho, porexemplo), seria muito difcil dizer "quem" o teria pegado.

    Os cachorros possuem uma estranha atrao por esses tipos de copos. Elesso conhecidos por mord-los e danific-los. Ento, se, por ventura, o seu diamanteestiver dentro de um desses copos quando o cozinho decidir fazer a festa, bem...d tchauzinho ao seu diamante. Logo, o seu tesouro estar no estmago docozinho, e eu duvido que a sociedade humana permitiria que voc realizasse umaoperao no co para retirar o seu tesouro. Voc teria de fazer o que uma senhora

    de Denver fez quando o seu cachorro comeu o seu anel de diamante: dar a elexarope de ipecacuanha para for-lo a vomitar umas sete vezes. Da, colocar luvasde borracha e enfrentar todas aquelas coisas asquerosas para recuperar odiamante. O qu? Perdeu o apetite? , perdo. Acho que talvez esse copo no sejaa melhor opo para o seu diamante, no ?

    Os copos descartveis so teis apenas em piqueniques ou churrascos, porqueso facilmente amassados e jogados no lixo depois de usados. Talvez voc tenharazo, esse tipo de material no um dos melhores para guardar um tesourovalioso, pois no foi projetado para durar. Portanto, um copo descartvel no olugar ideal para voc guardar o seu diamante.

    Est bem, aqui est a segunda sugesto. Tenho um copo resistente, de prata,

    que a me do Eric me deu recentemente. uma herana de famlia muito especial,porque os pais de Eric mandaram gravar o nome dele no copo. Era o copinho deEric quando beb. Eu nunca vi um cachorro tentando morder um copo desse tiponem algum tentando jog-lo no lixo. Ento, sim. esse seria um lugar bem maisseguro para o seu diamante.

    Essa opo possui desvantagens? Algumas. Primeiro: custa dinheiro. Querodizer, voc no acha que vou simplesmente lhe dar uma herana de famlia, acha?Especialmente um copinho em que est gravado o nome do Eric! Ele muito

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    valioso, por isso bem provvel que voc tenha de trabalhar durante as frias paracompr-lo de ns.

    Segundo: um copo de prata necessita de cuidados e d um pouco mais detrabalho. Voc tem de limp-lo e poli-lo. No to fcil de cuidar como acontececom o copo descartvel. Mas, ao fim dos cinco anos, voc poder ter a certeza de

    que o seu diamante estar intacto. Nenhum cachorro em seu perfeito juzo tentarmastigar um copo de prata (mesmo um cachorro que no esteja em seu perfeitojuzo!). E eu duvido que algum o jogue no lixo. Seu diamante estar seguro nessecopo. e voc ter a certeza de que em cinco anos colher os benefcios de tertomado tal deciso.

    .Quantos de vocs, ao serem dadas essas duas opes, seriam malucos osuficiente para deixar o valioso diamante num copinho descartvel? Espero quenenhum de vocs!

    Agora pense da seguinte forma: suas emoes so um tesouro, um presentede Deus. Elas so muito mais valiosas do que qualquer diamante. Algum dia vocas entregar ao seu futuro cnjuge. Voc est cuidando direito delas? Ou. neste

    momento, elas esto dentro de um copo descartvel sendo mastigadas, pisoteadase jogadas fora?

    Eu me lembro do meu primeiro dia de aula da quinta srie. Eu e meus amigosentramos na sala de aula rindo e fazendo barulho. Quando o nosso professorentrou, tnhamos apenas uma coisa em nossas mentes: ele iria tolerar a nossabaguna? Ele seria um bom professor? De que forma conseguiramos levar aqueleano escolar?

    - Na minha aula vocs podem fazer qualquer coisa! Aquelas foram as primeiraspalavras que saram de sua boca.

    Entreolhamo-nos agitadamente sem poder acreditar na nossa sorte. Isso demais! Pensvamos. Vamos detonar! Poderemos desenhar caretas no quadro-negro. esmagar giz de cera no carpete, rabiscar nossas folhas e a lio de casa...

    - Vocs podero fazer qualquer coisa na minha aula. ele disse novamente,contanto que estejam prontos para enfrentar as conseqncias de suas atitudes.

    Opa! Conseqncias? Aquela era uma palavra pesada! Todos ns mudamos asnossas atitudes bem depressa. Sentvamos direito, olhvamos para o professor,segurvamos as risadinhas e a conversa e sempre devolvamos nossas folhas com alio de casa sem rabiscos. Porqu? Simples. Conseqncias! Percebemos, peladeclarao do nosso professor, que seramos punidos ou recompensadosdependendo de nossas decises tomadas dentro da sala de aula todos os dias. claro que isso aconteceu um tempo atrs, quando os diretores ainda podiam usarpalmatrias de madeira! Um simples pensamento relmpago de ser punido comuma entrevista com "A senhora Palmatria" era o suficiente para mudar nossasatitudes.

    Conseqncias eram uma coisa que no entrava em minha cabea durante otempo em que estive envolvida com Johnny. Eu no percebia que cada decisotomada afetaria meu futuro casamento tanto de forma positiva como negativa.

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    claro que eu sabia que sexo antes do casamento, de alguma forma, afetariameu futuro relacionamento. Mas, apesar disso, eu no enxergava como algunsrelacionamentos casuais de namoro pudessem possivelmente me prejudicar. Euolhava para os anos de colgio e faculdade como uma grande festa - divirta-se,deixe as coisas srias para depois. Por alguns anos eu iria namorar para me divertir,ento, um dia. bem l na frente, eu encontraria o cara "certo para mim". Ns nos

    apaixonaramos, casaramos e viveramos felizes para sempre.Parece bem simples, no ? Infelizmente, eu no tinha idia de como as coisas

    realmente so - isso at Deus comear a me desafiar a pensar sobre meu futuromarido.

    Finalmente, percebi que o meu corao era um tesouro que eu deveriaguardar e proteger com cuidado para o meu futuro marido. E esse tesouro tornava-se cada vez mais sujo e frio quando eu me relacionava com um rapaz atrs dooutro. Subitamente, comecei a desejar lutar pelo meu futuro casamento, investir nomeu futuro casamento, embelezar e fortalecer o meu futuro casamento. E, pelaprimeira vez em minha vida, descobri como viver da maneira certa antes mesmo deconhecer o homem com quem eu viveria pelo resto de minha vida.

    Relacionamentos temporrios de namoro - dar e receber emoes e afetoscom o objetivo de viver com segurana e de ter prazer temporrio - no estavamme ajudando construir um relacionamento visando um futuro casamento. Estavamapenas demolindo tudo. Meu diamante estava se tornando cada vez menos atraen-te! Percebi que, ainda que eu desejasse tanto namorar e viver um incrvel romancede adolescente, eu desejava muito mais investir no relacionamento que durariapara sempre... meu futuro casamento.

    - Est bem, Deus, farei o que for necessrio. Apenas me mostra como investirno meu futuro casamento e como amar o meu futuro marido. Estou cansada deficar entregando o meu corao para um rapaz atrs do outro. Mostra-me o que Tudesejas que eu faa, Senhor. Estou pronta.

    Burra, burra, burra, burrinha...Uma msica tenebrosa e nebulosa tocou emminha mente logo que fiz aquela orao. "O que que eu fiz? O que Deus vai exigirde mim agora? no, e se Ele tomar essa rea da minha vida? Ele vai acabarcomigo!!!"

    O medo tomou conta de mim assim que tomei conhecimento do que tinhaacabado de dizer a Deus. pois, to logo disse aquelas palavras, percebi o que Eleestava me pedindo... Desistir do mundo do namoro! Ahhhhh! NO! Como eupoderia fazer aquilo? Aquilo era ridculo! Era loucura!

    - Olha, Deus, acho que o Senhor no est entendendo muito bem o problemapelo qual estou passando. Ento, deixe-me explicar. Tenho dezesseis anos. Eu sei

    que no cu talvez isso no signifique muita coisa, mas, aqui na terra, dezesseisanos o momento para viver! A vida gira em torno de festas e de dana e do... NA-MORO! Se eu renunciar isso, serei uma ningum! Ento, Deus, eu realmente noposso fazer muita coisa, mas obrigada pelo interesse! Eu sei que foi de corao.

    Por mais que eu desejasse tomar de volta a minha orao "Senhor estoupronta", eu no podia. Sabia o que Deus estava me pedindo e, por mais quedetestasse admitir aquilo, eu sabia que Ele estava certo. Se eu realmente desejava

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    obedecer a Sua vontade e investir no relacionamento do meu futuro casamento, euno poderia mais fazer parte do mundo do namoro.

    Ento, naquele dia catastrfico de fevereiro, aos dezesseis anos, eu,oficialmente, renunciei o namoro. Meu compromisso era dedicar toda a minha vidapara servir a Deus e confiar que, a Seu tempo e a Sua maneira, Ele iria trazer a

    minha vida o meu futuro marido. At l, eu nem iria procur-lo. Eu confiaria emDeus, esperaria pacientemente e me guardaria - fsica e emocionalmente paraaquele homem com quem um dia eu iria me casar.

    Aquela era uma deciso ousada e corajosa, mas eu no me sentia to ousadae corajosa ao tom-la! Pensamentos horrveis sobre o que eu me tornaria encheramminha mente. Eu me imaginava uma triste adolescente sentada em uma cadeira debalano olhando para fora da janela todas as noites. Sem telefonemas. Sem amigos.Sem vida. Apenas balanando, balanando, balanando. Eu simplesmente sabia quehavia desperdiado minha vida.

    Algumas de minhas amigas, ao ouvirem minha deciso, me olhavam comdesgosto e falavam:

    - Leslie. como voc espera se casar um dia se voc no estiver namorando?Como voc espera que o seu Prncipe Encantado bata a sua porta se ele nem aomenos sabe que voc existe? Voc est sendo uma boba mesmo.

    Legal! Obrigada pelo encorajamento. Era exatamente isso que eu precisava,garotas!

    O que eu ainda no percebia eram os planos maravilhosos que Deus estavapreparando para mim... bem ali no meu nariz! Tudo o que Ele precisava era que eudesse o primeiro passo de obedincia e dissesse "Senhor, estou pronta". Uma lindahistria de amor estava para ser escrita. E isto pode surpreend-lo, mas elacomeou no mesmo dia em que eu me comprometi a parar de namorar!

    Como? Simples! O meu amor pelo meu futuro marido tinha de comearprimeiro com o meu amor por Jesus Cristo. No h casamento que dure. a menosque seja construdo sob o amor de Jesus. Ento, quando decidi abandonar meusrelacionamentos de namoro e concentrar-me em Jesus, dei o meu primeiro passopara a edificao de um relacionamento de amor verdadeiro com meu futuromarido.

    Jesus disse: " impossvel servir a Deus e ao dinheiro." O mesmo acontece comos relacionamentos de namoro. Voc no pode servir a Deus e ao namoro.

    Os relacionamentos de namoro haviam se tornado o centro de minha vida. pormais que eu dissesse:

    - Deus nmero 1 em minha vida.

    Entretanto, ser que era com Deus que eu gastava horas ao telefone todos osdias? Era Deus quem consumia cada pensamento meu? Era com Deus que eugastava incontveis noites sonhando acordada? Era sobre Deus que eu e minhasamigas conversvamos constantemente?

    Os psteres que eu grudava na parede do meu quarto eram de Deus? No!Eram de RAPAZES! Rapazes eram uma distrao constante para mim. Eu gastava

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    todo o meu tempo e energia tentando conquist-los, procur-los, impression-los.Eu tinha pouco tempo de sobra para Deus.

    Bom, depois da minha orao "Senhor, estou pronta", as coisas mudaram.Jesus Cristo tornou-se real para mim! Eu comecei a perceber que, gradualmente, euO havia afastado de minha vida para que eu pudesse fazer as minhas coisas. Agora,

    eu queria conhec-Lo novamente.Em vez de gastar o meu tempo livre concentrando-me nos rapazes, comecei a

    concentrar-me Nele. Iniciei um dirio. E cada dia eu escrevia a Deus falando sobremeus temores, sonhos e desejos. Comecei a passar horas estudando a Bblia,procurando maneiras de aplic-la a minha vida. Eu realmente comecei a me apai-xonar por Jesus! Ele comeou a ser to prximo, to real.

    Alguns meses depois de assumir meu compromisso de "no namorar", percebique Ele estava satisfazendo todas as minhas necessidades. Eu no precisava de umnamorado para estar feliz! Eu no precisava estar no mundo do namoro para estarfeliz! Finalmente, eu me sentia satisfeita com o meu relacionamento com JesusCristo.

    Esse foi o primeiro passo para amar o meu futuro marido. Casamentos fortesDEVEM ser construdos no princpio de amor por Jesus Cristo - encontrar satisfaosomente Nele. Com o passar das semanas, percebi que Deus tinha algo especial acaminho, embora aquele tempo no tenha sido fcil.

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    = = = = = = = = =

    Foge, outrossim, das paixes da mocidade.

    Segue a justia, a f, o amor e a paz com todos com os que, decorao puro, invocam o Senhor.

    2 Timteo 2:22

    Senhor, reconheo como tenho vivido de forma egosta nessarea da minha vida. Tenho aceitado o sistema do mundo que mediz para fazer as coisas a minha maneira.

    Tenho entregado o meu corao e as emoes, e no tenhome guardado para aquela pessoa especial que Tu tens escolhidopara mim. Peo o Teu perdo. A partir de hoje, decido viver parahonrar e amar o meu futuro marido, para me guardar pura, tantofisicamente como emocionalmente para aquele com quemviverei. Decido afastar-me de relacionamentos temporrios econfiar que Tu trars essa pessoa para mim no Teu perfeitotempo. At l, ajuda-me a t-Lo em primeiro lugar da minha vida.

    = = = = = = = = =

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    http://aier/http://aier/
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    Senhor, estou pronta

    Leslie Ludy

    Eu j falara muitas vezes atrs,

    Mas, Senhor, desejo que desta vez ...

    Eu saiba com o meu corao, creia com a minha alma,

    Estou pronta para dar tudo o que sou.

    Coloco a minha vida nas Tuas mos

    E declaro: "Faze conforme o Teu querer"No importa para onde Tu me levars, Senhor,

    Se tenho a Ti, nada me faltar.

    Senhor, estou pronta

    Para fazer o que desejas que eu faa

    Senhor, estou pronta

    Para render-Te tudo que sou,

    Tudo o que serei

    Senhor, estou pronta para que em minha vida

    A Tua vontade seja feita.

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    CAPTULO 4: CASADE CARTESOUCASTELO?

    - Eric -

    Aos treze anos eu era um garoto de cara empipocada e, todas as vezes que eume sentia entediado, eu gostava de ficar em um lugar especial, meu closet*, ondeeu deixava a minha imaginao fluir livremente. Ali eu me enfurnava e abria umespao no cho para despejar o tesouro do meu ba. Agora, meninas, o tesouro deum rapaz geralmente bem diferente do de uma garota!

    Eu tirava a tampa de papelo da minha desbotada caixa de sapatos e retiravaas minhas preciosidades. Ento, cuidadosamente, eu tirava a borrachinha queenvolvia a pilha de preciosidades e uma a uma eu me intoxicava com a sua belezaindescritvel. Est bem, est bem - talvez a minha coleo de cartes de beisebolestivesse um pouco encardida. Talvez os cartes estivessem rabiscados. Talvezalguns deles at mesmo tivessem marcas da estima e do amor de meu irmozinho

    (uma vez, durante a noite, ele pensou que a minha caixa fosse uma lata de lixo evomitou em cima da minha coleo). Mas aqueles cartes eram o meu tesouro.

    Passava horas deitado no cho do meu closet, observando-os. Eu decorava aaltura, o peso, a data de nascimento, enfim, todos os dados sobre os jogadores. Eume imaginava em seus lugares correndo ao redor das bases depois de um grandslam **. Um dia eu tambm poderia estar num daqueles cartes, mesmo que euganhasse uns quilinhos a mais (eu pesava mais ou menos 40 quilos).

    Acredite ou no, mesmo me distraindo com as centenas de cartes, s vezeseu me entediava. Para evitar o indesejvel sentimento de tdio durante as frias,fui levado a criar um Plano B -levantando um edifcio.

    Com as mos de um cirurgio, eu colocava habilmente dois cartes em p,com as extremidades encostadas, e, cuidadosamente, colocava outro carto emcima. De forma vagarosa, porm, segura, eu ia construindo uma magnfica casa decartes. Mas no levou muito tempo para que eu descobrisse que bastava apenasum movimento errado e. ploft, minha casa de cartes ia ao cho. O menor erro, odeslize mais insignificante, a brisa mais suave e j era!

    Muitas vezes, essa brisa mais suave era graciosamente proporcionada pelomeu irmo, Mark, que aparecia de supeto, sem dar sinal de que estava chegando.Sempre naquele momento em que o carto estava sendo delicadamente colocadono lugar mais importante de minha maravilhosa superestrutura, meu irmo abria aporta com um safano. Minha casa de cartes ficava apenas na lembrana, enormalmente minha me tinha de lavar a minha boca com sabo depois que toda a

    minha clera era expressada com palavres.Aquelas situaes eram irritantes, mas Deus plantava sementes da verdade

    em minha mente e em meu corao cada vez que eu fracassava na construo daminha casa de cartes.

    *Closet: uma dependncia especfica para guardar roupas. (N. da T.)** Grande slam: no jogo de beisebol o golpe que permite ao batedor completar o circuito das bases com trshomens na base. (N. da T.)31

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    A minha frustrao levou-me porta de entrada da Casa de Cartes Ilimitada,uma empresa de servio ao consumidor criada pela minha rica imaginao. Prontopara colocar as minhas reclamaes, ergui a mo para abrir a porta. De repente,meus olhos fixaram uma nota pendurada na caixa de correspondncia que continhaeste princpio elementar das casas de cartes:

    Ei, otrio! O que voc esperava?

    Elas so construdas para divertir e no para durar!

    Lgrimas sentimentais escorreram dos meus olhos, enquanto eu me afastavapara refletir naquela mensagem cruel. Eu nunca mais iria aceitar o pensamento:"Certamente, um dia, meus filhos vo apreciar esta casa de cartes. " Eu tinha deaceitar o fato de que eles nunca a veriam.

    Bem, eu tinha outro passatempo predileto que oferecia desafios e liessemelhantes. Fui criado como um Ludy, para amar a areia da praia. O lema dosLudy este: Onde existe mar, devemos edificar!

    Onde nasci, a praia era sinnimo de "castelo de areia". Em nossas reunies defamlia, meu pai era famoso pela sua habilidade artstica em trabalhar com areiamolhada. E me orgulho de dizer que essa habilidade foi passada para - est bem.est bem. para o meu irmo. Mas a questo .... ela foi passada!

    Ns gastvamos toda a tarde de sbado cavando fossas, levantando os murosdo castelo e esculpindo com criatividade as torres do castelo, quandosubitamente... a mar subia! Em apenas alguns minutos, tudo o que tnhamos paramostrar de um dia inteiro de trabalho era a foto borrada tirada acidentalmente pelomeu primo Joey com sua cmera Polaroid. Todo o dia de trabalho era destrudo. Nohavia sobrado nada para mostrar s mulheres que haviam sado para fazercompras.

    Com o aumento progressivo de minhas frustraes no decorrer do tempo, fuiforado a visitar a porta do Castelo de Areia Internacional, outra empresa muito tilpara prestar servio ao consumidor. Encostado ombreira da porta, vi uma notasemelhante quela que li anteriormente.

    Ei, otrio! Eu j no o vi antes?

    Leia os meus lbios:

    Se construdo tarde,

    certamente ser destrudo.

    O que efeito para durar

    no deve ser rapidamente edificado!

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    Meu crebro em puberdade estava enfrentando srias dificuldades decompreender esse conceito simples, mas finalmente eu estava comeando aentender. "Quer dizer que, mesmo que eu passe toda uma tarde construindo umaobra de arte, nunca poderei mostr-la para a minha esposa um dia? " Minha menteraciocinava.

    Devagar, eu comeava a perceber que as casas de cartes e os castelostinham uma grande coisa em comum: nenhum era construdo para durar! Com amudana mais insignificante do meio ambiente, como vento ou mars, as casasdesmoronavam muito mais rpido do que o tempo que se levava para edific-las.Elas no duram porque no foram construdas sobre uma estrutura slida. Jesus nosd uma parbola no livro de Mateus, no captulo sete. Ele nos mostra dois homens -um tolo e um sbio.

    Acho que o tolo muito parecido comigo quando me encontro em meusmomentos de fraqueza. Ele procura uma maneira mais fcil de terminar o seutrabalho. Ele o camarada mais sovina, que est sempre com pressa e que nuncaescuta quando sua me diz:

    - Pacincia uma virtude!Ele constri a casa, mas a constri em cima da areia. Jesus diz, e eu fao a

    minha parfrase:" Que tolo!"

    Vejam, esse tolo pode at ter a sua casa, mas ele no a construiu pensando nofuturo. Em outras palavras, ele no pensou que o vento e a chuva, eventualmente,pudessem vir. Ele nunca refletiu no terrvel fato de que as estaes mudam e asmars sobem. E quando isso acontece, no necessrio um biofsico paradesvendar o que est acontecendo. Tudo o que o tolo tinha para mostrar de todo oseu trabalho eram montes de madeira e de entulho e uma horrvel dor de cabea(apenas imagine uma casa caindo em cima de voc!).

    Agora, antes que voc tenha lgrimas nos olhos, deixe-me lembr-lo de que

    havia um outro construtor. Quem? O construtor sbio! O fato no que ele tenhafeito algo de extraordinrio, ele, simplesmente, construiu a sua casa da maneiracorreta. Ele pensou: Se eu vou construir uma casa que dure, acho que, provavel-mente, eu deveria comear a construo levantando o alicerce. Aplaudamos, ento,a engenhosidade inspirativa e a viso extraordinria desse homem.

    O homem sbio simplesmente percebeu que, para enfrentar os futurosdesafios, ele precisava fortalecer as bases de sua casa de forma slida. O que essehomem escolheu fazer no diferente do que faramos se estivssemos nospreparando para construir uma casa. Vejam que o alicerce a chave para aestabilidade e o segredo para a longevidade de uma casa. Quanto mais extenso eprofundo o alicerce, mais alto voc poder construir. E quanto mais slido, mais

    difcil ser derrubar a casa.

    Voc j pensou que os relacionamentos com o sexo oposto so construdos damesma forma que uma casa? Assim como uma casa sem alicerce, umrelacionamento sem preocupao com o futuro ruir com o primeiro sinal de nuvensde chuva.

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    Ironicamente, assim como o construtor tolo e o construtor sbio, existem doistipos de pessoas na rea de relacionamento: o ignorante e o esperto.

    O ignorante - sem, claro, perceber que um ignorante -comea a construir oseu relacionamento rapidamente. Ele s consegue pensar naquilo que ir obter commenos tempo de trabalho. Ele no considera o fato de que, quando as tempestades

    do relacionamento aparecerem, ele no ter como manter a sua casa de amorintacta.

    A, voc me pergunta:

    - Mas quem seria ignorante o suficiente para construir um relacionamentodessa forma? Bom, eu mesmo j constru alguns relacionamentos desse tipoquando era mais novo e mais ignorante. Eu construa relacionamentos que nopoderiam ter durado muito, mesmo que eu quisesse. Certamente, eu no estavame preparando para um casamento que durasse para sempre.

    Deus queria me ensinar como ser um construtor mais inteligente. E Ele nodesejava apenas que eu construsse uma casa para mim - Ele queria me ensinarcomo construir um castelo de sonhos! Um relacionamento que no fosse apenas

    satisfatrio, mas sensacional!Agora, eu sabia como construir casas de cartes, mas no tinha idia

    nenhuma sobre aquilo que Deus estava querendo me ensinar quando Ele comeoua me mostrar a planta de um castelo. Primeiro, eu precisava recordar um pouco deHistria e aprender um pouco mais sobre os castelos.

    Castelo era outro termo usado para forte ou contraforte. Oscastelos eram enormes estruturas construdas na antigidade epodiam acomodar toda uma cidade quando um exrcito invadia aterra. Eles eram imponentes, como o nariz de um romano, e eram

    facilmente notados por serem bem diferentes dos inmeroscasebres que enchiam a regio - no s na estrutura e tamanho,mas tambm na beleza e na graa.

    A nobreza morava nos castelos, isto , se voc fosse um prncipeou uma princesa, o seu destino seria ter um castelo como lar. Mash uma coisa importante a ser notada: Os castelos levavam anos para serem construdos! Vejam bem, eles eram construdos paradurar milhares de anos.

    No era necessrio apenas um bom planejamento, mas muitadisposio por parte do construtor. Era necessrio tambm que oconstrutor se comprometesse com a obra. mas ele sabia que oresultado superaria todos os sacrifcios temporrios.

    Deus deseja que possamos construir nosso relacionamento de futurocasamento como se estivssemos construindo castelos. Por qu? Porque tanto oscasamentos como os castelos so projetados para durar.

    Se voc viajar pela Europa nos dias de hoje, ver castelos construdos hcentenas de anos (talvez at milhares de anos) embelezando a paisagem. assimque Deus deseja que o nosso casamento seja - um testemunho para as futuras34

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    geraes de que um relacionamento, quando construdo de forma correta, podedesafiar as tempestades da vida. Mas, assim como o sbio construtor, precisamosestabelecer a estrutura apropriada.

    Quantos de vocs, quando visitam uma casa bonita, elogiam o dono da casapelo lindo alicerce? ridculo, certo? Ns nunca observamos o alicerce de umacasa, mas a coisa mais importante. Voc poder ter os candelabros mais lindos domundo, mas, se no tiver um alicerce slido, sua casa despencar.

    O assentamento do alicerce no a parte divertida de uma construo;trabalhar com concreto nunca . A cor acinzentada no atraente aos olhos e.certamente, no nada romntica. Mas, se a estrutura da casa no estiverpropriamente assentada, no h razo para nos preocuparmos com a decorao.

    Ento, prepare-se para o trabalho! Ns forneceremos as ps, vamos cavarprofundamente os nossos coraes e nos preparar para o trabalho pesado doromance.

    At o final deste livro estaremos falando sobre como construir um castelo desonhos. Ao descobrir o primeiro e mais importante passo, lembre-se de que a pedrafundamental de um relacionamento para toda a vida no est diretamenterelacionada com o seu futuro companheiro, mas com tudo o que estiver ligado aoseu relacionamento com Jesus Cristo.

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    = = = = = = = = =

    "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica,ser comparado a um homem prudente que edificou a sua casasobre a rocha."

    Mateus 7:24

    Senhor, ajuda-me a assentar um forte alicerce para o meufuturo relacionamento com meu companheiro.

    Desejo um casamento que prevalea ao teste do tempo.

    D-me a fora e a coragem para construir o alicerce a Suamaneira.

    = = = = = = = = =

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    O Seu Castelo de Sonhos

    No ponto em que estamos, talvez voc esteja decidido a comear a construirum castelo, em vez de uma casa de cartes. Se isso for verdade, parabns! Oprocesso longo e difcil, mas voc nunca se arrepender do rduo trabalhoquando receber as recompensas.

    PASSO 1 na lista de trabalho: cimentar. Traduzindo para relacionamentos,significa:

    entregar a Deus e aprender a confiar Nele.

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    CAPTULO 5: PONO TERREIRO?

    - Leslie -

    Quando eu tinha seis anos, um de meus passatempos favoritos era escutardiscos de historinhas no meu pequeno toca-discos de plstico vermelho e branco.Enquanto eu escutava a historinha, eu podia olhar o livrinho com figura. E, toda vezque chegava a hora de virar a pgina do livro, o toca-disco avisava com um alto efino "Dinnng!".

    Uma de minhas historinhas favoritas era a da Pequena Galinha Ruiva. E umahistria maravilhosa, que eu gostaria de contar a vocs agora. No emocionante?Bem, vamos l.

    A Pequena Galinha Ruiva estava um dia no terreiro e decidiu assar uma frmade pes. (Por favor, no me pergunte a razo pela qual uma galinha no terreirodeseja fazer po. Essa no a questo principal aqui.) Ento, ela foi at o cavalo eperguntou:

    - Voc me ajudaria a colher trigo? O cavalo disse:

    - No, no posso ajud-la a colher trigo. Estou muito ocupado! (E, por favor,no me pergunte com que, neste mundo, um cavalo poderia ocupar-se no terreiro,porque no tenho a menor idia, e acho que isso problema do cavalo e nonosso.)

    Ento, a Pequena Galinha Ruiva foi at o porco e repetiu a pergunta:

    - No, estou muito ocupado para ajud-la a colher trigo, respondeu o porco.(Est bem, esses animais do terreiro tinham uma vida social! O que posso fazer?)

    Ento, a Pequena Galinha Ruiva procurou todos os animais do terreiro paralhes perguntar se poderiam ajud-la a colher trigo. Para poup-lo da agonia depassar por todos os animais do terreiro, vou simplesmente dizer que TODOSdisseram a mesma coisa. Todos estavam muito ocupados para ajudar a colher trigo.Ento, a Pequena Galinha Ruiva teve de colher o trigo sozinha. "Dinnng!" (Hora devirar a pgina do livro.) Depois, a Pequena Galinha Ruiva precisou moer o trigo. Elaprocurou todos os animais, e, claro, todos estavam muito ocupados para ajud-la.(O terreiro era realmente um local de muito trabalho, como vocs j devem terpercebido.) Ento, ela moeu o trigo sozinha.

    A, chegou a hora de misturar a massa. Mesma coisa. Todos muito ocupados.

    "Dinnng!" (Hora de virar a pgina outra vez.)

    (No caso de voc ainda no ter notado, estou resumindo bem a histria edeixando de lado muitos detalhes importantes. Se voc realmente desejar um efeitocompleto, melhor comprar um desses toca-discos de plstico!)

    Ento, a mesma coisa aconteceu quando ela precisou assar os pes. Todosestavam muito ocupados para ajudar. Pobre Pequena Galinha Ruiva. No paraficar com pena dela? Aposto que voc est pensando consigo mesmo: Eu ajudaria aPequena Galinha Ruiva! E claro que sim! Eu tambm ajudaria!

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    Bem, de qualquer forma, chegou a hora de a Pequena Galinha Ruiva tirar ospes do forno. Aquele cheiro delicioso de pes quentinhos encheu o terreiro(substituindo agradavelmente alguns dos outros odores que pairavam no ar). APequena Galinha Ruiva perguntou quem a ajudaria a comer os pes.

    - Eu ajudo! disseram todos os animais do terreiro a uma s voz. Eles se

    apressaram desesperados para devorar os pes. Mas a Pequena Galinha Ruiva erauma garota esperta e disse para todos os animais:

    - NO! Vocs estavam todos muito ocupados para me ajudar a colher e moer otrigo, para misturar a massa e para assar os pes, ento agora, vocs no merecemcom-los! Vou com-los sozinha! E assim ela comeu tudo sozinha.

    Grande historinha, no ? Eu tambm achava. Agora, eu sei que voc deveestar sentado a refletindo: O que que a Lesliequer com tudo isso? Ei, relaxe! Huma razo, apenas continue lendo...

    Cada jovem com quem j conversamos sobre a rea de relacionamentos como sexo oposto possui o mesmo desejo - ter um relacionamento que seja bonito eduradouro. Ningum (pelo menos ningum em seu perfeito juzo) deseja crescer,casar e se divorciar. Esse no , normalmente, o objetivo nmero 1 na lista de me-tas para a vida! Provavelmente, voc no diferente.Voc deseja uma vidaamorosa maravilhosa e um relacionamento que consiga vencer o teste do tempo.Mas aqui est uma pergunta chave... Voc est disposto a fazer o que fornecessrio para que isso acontea? Mesmo que isso signifique (cof, cof) renunciaressa rea e entreg-la a Jesus Cristo? Ai! Isso di.

    Confiamos mais Nele ou em ns mesmos? Por algum tempo, tive a certezaabsoluta de que no precisava da ajuda de Deus nessa rea da minha vida. Eusabia o que desejava em um homem e achava que Ele no sabia. Mas toda aquela

    minha confiana no me levou a lugar nenhum na rea de relacionamentos. Todavez que eu decidia as coisas por conta prpria, eu acabava com meu coraopartido. Finalmente, cheguei concluso de que, sendo Deus o meu criador, Elesabia cada sonho e desejo do meu corao. Ele sabia o que estava guardado paramim no futuro. Ento, depois de alguns dias de luta, choro e dvidas, eu,finalmente, consegui renunciar essa parte da minha vida e entreg-la a Deus. Sdepois disso que Ele pde comear a pintar uma linda histria de amor em minhavida... Sua Maneira.

    - Quero ter uma histria de amor como a sua e a do Eric! a frase que sempreescutamos de garotas sonhadoras. Elas ficam com estrelinhas nos olhos quandolem em nosso livro as passagens que contam a maneira doce e romntica comoEric me pediu em casamento e a beleza do nosso primeiro beijo no dia do nossocasamento. Elas olham para o futuro e desejam experimentar em suas vidas essemesmo tipo de beleza e romance. Mas, da mesma forma, elas no percebem quetudo isso comea com uma cirurgia do corao. Se Jesus Cristo no for o Senhordessa rea de nossas vidas, Ele no poder ser o centro de nossa vida amorosanem nos ajudar a construir um relacionamento que dure para sempre. Nodevemos esperar que Ele nos abenoe sem que O tenhamos feito Senhor de nossasvidas.

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    Qual dos animais do terreiro o mais parecido com voc hoje? Voc como aPequena Galinha Ruiva, que tinha o objetivo de fazer pes fresquinhos e que estavadisposta a enfrentar todo trabalho duro, as lutas e o sacrifcio para obt-los? Ouvoc como. o cavalo, o porco, o cabrito e a vaca, que esperavam tirar proveito

    das bnos do po, mas que estavam totalmente indispostos para fazer o quefosse necessrio para que o po ficasse pronto? Se voc se considera hoje um"muu-muu" ou um "oinc-oinc", hora de algumas mudanas!

    Eric e eu no acordamos um dia e simplesmente decidimos que queramos terum relacionamento puro. Tudo comeou com o nosso relacionamento com Deus.Comeou com a renncia de nossas vidas para entreg-las a Jesus Cristo. Voc nopode contratar um engenheiro para construir uma casa se no tiver umapropriedade. Ele no ter como comear a trabalhar! Da mesma forma, Deusprecisa ter a propriedade da sua alma e do seu corao antes que Ele possacomear a construir uma verdadeira e pura histria de amor.

    De que modo voc comea a construir um castelo de sonhos? Ao renunciar

    tudo. No, no a parte divertida. No a parte emocionante. Com certeza, NO a parte romntica. Mas, sem esse alicerce. Deus no tem como trabalhar. Arenncia um ato radical de confiana em Deus. No algo que a gente consigafazer de qualquer forma.

    A lenda nos conta que uma vez um grande conquistador navegou at uma ilhacom seus homens para conquistar nativos selvagens. Quando chegaram ilha,perceberam que estavam perdendo a batalha. O inimigo era muito mais forte doque eles imaginavam. Os homens perceberam que talvez tivessem de recuar para onavio e fugir para salvar suas prprias vidas. Mas o lder da expedio tinha outrosplanos. Ele ordenou aos seus homens que o navio fosse incendiado. Ele sabia que,se os seus homens no tivessem mais escapatria, eles lutariam o suficiente para

    vencer o inimigo.Sem escapatria. Sem olhar para trs. E assim que deve ser a renncia. No

    d para ter um p na canoa da renncia e o outro na canoa do seu prprio caminho.E tudo ou nada! A verdadeira renncia no d chances para recuar. Nela, paramosde lutar, de brigar, de tramar, de planejar, de nos preocupar... e nos preocupar.

    Renunciar simplesmente dizer: Senhor, sou todo Teu. Dou essa parte deminha vida a Ti. Tu podes fazer o que quiseres. Vou esperar pelo Teu tempo. Vouesperar pelo Teu melhor. Quero que Tu sejas o autor da minha histria de amor. Apartir deste dia, essa rea Tua - no mais minha.

    Renunciar no algo que voc faz uma vez e pronto. um compromissodirio! Voc pode comear com uma deciso de esperar pelo melhor de Deus nessa

    rea, mas voc ter de viver essa deciso cada dia da sua vida.Um ato de renncia quando voc se disciplina a no namorar, enquanto

    todas as suas amigas esto namorando. Um ato de renncia quando voc decideno paquerar. Um ato de renncia quando voc se recusa a ter pensamentoserrados sobre outras pessoas. No, no fcil. Mas um dia, cada momento desacrifcio se transformar em um pedao do maravilhoso presente que Deus lhedar por todos os seus atos de renncia. No final, tudo isso valer a pena!

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  • 8/3/2019 Romance Maneira de Deus

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    O verdadeiro sentimento de uma pessoa que renuncia a sua vida paraentreg-la a Deus foi muito bem captado por Laura, uma estudante universitria devinte anos, na cano que ela escreveu. Talvez voc esteja pronto para fazer dessacano uma orao.

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    Eu renuncio a minha vontade

    Laura Hart

    Todos os dias sou desafiada com a escolha de fazer as coisas

    A Tua maneira ou a minha;

    Mas quando fao ao meu modo, sempre descubro

    Que os Teus caminhos so melhores, que a Tua viso mais forte,

    E Tu simplesmente desejas o que melhor para mim.

    Ento, eu renuncio a minha vontade

    Renuncio a minha vontade, SenhorRenuncio a minha vontade; entrego a Ti a minha vida.

    Algumas vezes a minha vontade insiste em ter o controle

    Luto para fazer as coisas a minha maneira, mas sempre acabo

    percebendo

    Que os Teus caminhos so melhores, a Tua viso para mim

    muito mais ampla,

    E Tu simplesmente desejas o que melhor para mim.

    Ento, eu renuncio a minha vontade

    Renuncio a minha vontade, Senhor

    Renuncio a minha vontade; entrego a Ti a minha vida.

    Quando as coisas ficam mais difceis, a minha alma se

    enfraquece

    Meu corao se desanima e no consigo prosseguir sozinha...

    Ento, eu renuncio a minha vontade

    Renuncio a minha