Romance Arquivo 7 - Enigmas Amor e Filosofia

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PRLOGO

Cidade do Cairo, Egito, 1977. Dentro de uma enorme sala, de forma oval, ao redor de uma comprida mesa, estavam 18 pessoas, portando capuzes e vestes vermelhas. No centro das vestes, e tambm sobre a mesa, havia um crculo branco, com o desenho de um escorpio dourado. Em cada capuz havia um crculo branco com um nmero em vermelho. Sentado numa cadeira diferente das outras, um dos encapuzados (o de nmero 1) que parecia ser o chefe naquela reunio, levantou-se e disse: - Meus irmos, quero dar as boas vindas a todos. Antes de discutirmos o assunto de hoje vamos ouvir os relatrios. Que se apresente o irmo Nmero 2. O encapuzado chamado de Nmero 2, levantou-se e disse inicialmente: - O infiel Douglas Malik foi enviado para o reino de Anbis. ******* Anbis, na mitologia egpcia, deus dos mortos. Considerado o inventor do embalsamento, guardio dos tmulos e juiz dos mortos. Os egpcios acreditavam que no juzo das almas, ele avaliava o corao dos mortos com a pena da verdade. Na arte, era representado com cabea de chacal. s vezes, Anbis era identificado como Hermes, da mitologia grega. ******* Durante algum tempo, o Nmero 2 relata, cuidadosamente o desenrolar da misso sob sua responsabilidade. No final, o Nmero 1 faz um agradecimento e um elogio. Logo em seguida, vrios outros encapuzados fazem seus relatos. Cerca de meia hora depois, o Nmero 1 d por encerrada a apresentao dos relatrios e apresenta uma nova pauta na reunio. - Irmos, hoje o irmo Nmero 7 receber sua primeira misso. Como todos sabem, o ocupante do capuz nmero 7 morreu de forma trgica recentemente e de acordo com nossa Lei o herdeiro mais prximo deve ocupar o lugar do falecido. Ele j cumpriu e passou em todos os rituais de iniciao no ms passado, e hoje receber sua primeira misso O Nmero 1 aponta para o Nmero 7 e ordena irmo, pode abrir o envelope. O Nmero 7 apanha o envelope ao seu lado e abre. Enquanto examina a foto e as informaes constantes num papel vermelho, ouve as palavras do Nmero 1: - Voc far uma longa viagem ao Ocidente. Sua misso ser realizada numa cidade chamada Porto Alegre, no Brasil. Nesse envelope est o rosto daquele que deve morrer. *******ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 2

Porto Alegre, Brasil, duas semanas depois. Jamal Kandahar, um jovem egpcio, professor de Arqueologia e Histria do Mdio Oriente, est participando de uma conferncia h dois dias. H cientistas, professores, jornalistas e estudantes de vrias partes do mundo. uma conferncia importantssima sobre as mais recentes descobertas arqueolgicas da Mesopotmia e Egito. Um dos palestrantes o famoso professor americano Victor Santinni, que reside h cinco anos no Brasil, e leciona Histria na mais tradicional Universidade de Porto Alegre. Jamal estava tenso, muito tenso. Cuidadosamente, abriu sua maleta e ficou alguns segundos examinando a foto que levava consigo. Ele estava ali para matar Victor Santinni. No sabia a razo, mas por algum motivo, o professor Santinni tinha ficado na mira da Ordem dos Escorpies, uma sociedade to secreta, que nenhum historiador ocidental jamais tinha ouvido falar. Essa sociedade possua laos de unio com outras sociedades secretas, mas era temida por todas as outras. Um dos seus objetivos era recuperar todos os tesouros egpcios saqueados por arquelogos e caadores ao longo dos sculos. Mas seu objetivo final era restaurar a milenar monarquia egpcia, e colocar o Egito novamente como o nico Imprio da Terra. claro que, para alcanar tais objetivos, os Escorpies estavam dispostos a tudo. Qualquer historiador ou cientista que eles considerassem um empecilho, seria tirado do caminho. E sua forma de matar era inusitada: um escorpio venenoso! Durante um intervalo, Jamal passeava pelos corredores da Universidade que estava sediando a conferncia. Naquele momento, um grupo de estudantes discutia sobre os mistrios da mitologia egpcia, e um deles pronunciou a palavra escorpio. Foi como uma agulhada no peito de Jamal. Ele se aproximou, curioso e ficou atnito ao ver uma bela moa sorridente e de lindos olhos verdes e brilhantes, que parecia estar dominando a conversa. - Sou fascinada pela cultura egpcia e meu grande sonho visitar o Egito um dia. Tenho certeza de que em alguma biblioteca egpcia haver algo sobre essa sociedade dos Escorpies. - Onde voc leu sobre isso? Perguntou um jovem ruivo, que estava na frente de Jamal. - Quando estive nos Estados Unidos no ano passado, encontrei um professor de Egiptologia, que sabia muitas coisas. Enquanto pesquisava numa biblioteca americana, tive a oportunidade de me aproximar dele e fazer algumas perguntas. E foi assim, que, quase sussurrando, e olhando para todos os lados, desconfiado, ele me falou que um parente seu havia lhe contado sobre essa secretssima sociedade de assassinos. Parece que no mais to secreta assim Pensou Jamal, com os olhos fixos na moa, como se estivesse hipnotizado. - Oi, voc egpcio? Ela perguntou de repente, olhando para Jamal, que ainda mais atnito ficou, e tentou no tremer nas bases. - Co - como disse? - Se eu no me engano, sua fisionomia de um egpcio bem natural disse ela, aproximando-se. Muito prazer, eu sou Agnes Hannah.

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- Voc conhece bem os egpcios disse Jamal, tentando controlar suas emoes e apertando a mo da moa meu nome Jamal Kandahar, professor de Arqueologia e Histria do Mdio Oriente. -Puxa vida! Quanta honra disse a moa. ******* Enquanto tomava banho, Jamal no conseguia pensar em outra coisa. Durante mais de uma hora, ele havia conversado com Agnes. Quanto mais conversava com ela, mais ficava fascinado. Era um sentimento estranho e muito bom. Seu corao batia de forma descontrolada. Nunca antes ele havia sentido tal coisa. Na verdade, tinha nascido e crescido em meio a tristeza e o dio. Ainda criana viu sua me sendo morta acidentalmente quando tentava barrar o duelo de dois tios que se matavam com agudas espadas mortais. Cresceu vendo parentes sendo mortos a cada instante por causa de disputas religiosas, dentro do misticismo egpcio. Anos mais tarde, pouco depois de concluir seu curso universitrio, testemunhou sua casa pegando fogo, matando seu pai e suas duas irms. Ao descobrir que seu pai fazia parte de uma sociedade secreta milenar, tentou seguir sua carreira, aceitando o convite da Ordem. Na verdade, ele pretendia se vingar de um tio, a quem culpava pelo incndio e pela morte do pai. Mas, ao entrar na sociedade, teve que frear seus instintos, ou pelo menos adiar sua vingana, pois a Ordem no permitia vinganas pessoais. Tudo que seu corao conhecia era dio, desconfiana e vingana. Mas naquele dia, durante aquela conferncia, uma reviravolta estava fazendo todo seu corpo tremer. ******* o quarto e ltimo dia da conferncia. Hoje ele deve executar sua misso. H um grande conflito dentro de sua mente. O misterioso sentimento chamado amor havia invadido seu corao e ele s pensava em Agnes, que por sua vez tambm estava sentindo algo por aquele jovem egpcio. Mas ao mesmo tempo, uma fora sinistra o impelia a cumprir a misso que o trouxera ao Brasil. Em seu quarto, ele abre uma maleta e apanha uma pequena garrafa de vidro. Olha bastante tempo para o pequeno escorpio preso. O que fazer agora? No tinha tempo a perder. A sociedade no tolerava falhas ou hesitao. Cheio de conflitos, Jamal consegue entrar no quarto do professor Santinni, enquanto este comeava sua palestra. Calmamente, retira o escorpio da garrafa e o esconde dentro da mala do velho professor. Sai rapidamente do quarto e vai assistir o restante da palestra. Procura Agnes com o olhar e sorri ao v-la bem na frente, bastante atenta s palavras do professor. Tenta se aproximar dela, mas todas as cadeiras da frente j estavam ocupadas. Algum tempo depois, Victor Santinni pede desculpas aos conferencistas e, olhando para Agnes, faz um pedido: - Filha, voc poderia apanhar aquele documento sobre Hierglifos que digitei ontem noite? Infelizmente esqueci de traz-los hoje. Est na minha maleta, no lugar de sempre. Agnes se levanta, e Jamal tem um choque. Filha? No possvel! Pensa ele, bastante atnito. Ele corre desesperado para impedir uma tragdia. Dentro do seu corao h um turbilho de emoes, dominadas pelo desespero. Agnes estava muito mais prxima do quarto do que ele. Inocentemente, elaARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 4

entra no quarto e abre a maleta do pai. L dentro, o pequeno assassino preparava seu aguilho mortal. ******* Jamal escancara a porta. H um silncio de morte dentro do quarto. Agnes Hannah est estendida no cho, enquanto o pequeno e diablico escorpio passeia sobre seu brao direito, como se nada tivesse acontecido. Jamal joga-se ao cho, em prantos, desesperado.

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CAPTULO 1 O DESAFIO DO ESCORPIOAbril de 1991, Igarap Grande, Maranho, Brasil, Amrica do Sul, em pleno andamento do ano letivo... Uma moa muito bonita interpelou um rapaz magro que vinha entrando apressado naquele Colgio de Ensino Mdio. - E ai, Morganne? Quais as novidades? - Esse nmero na tua blusa. A moa olhou para o nmero 22 estampado sobre o desenho de uma lua e sorriu. - O que h de interessante nele? - O nmero 22 me fez lembrar de John Kennedy, pois ele foi assassinado no dia 22 de novembro de 1963. Ele foi o 35. presidente dos Estados Unidos, e esse nmero o valor do nome do rei Davi, em nossa lngua portuguesa. Davi viveu 70 anos e essa foi a durao do imprio comunista na antiga Unio Sovitica. Ela era formada por 15 repblicas e isso me fez pensar no dia 15 de maro do ano 44 antes de Cristo, quando Jlio Csar, primeiro imperador romano foi assassinado, com 23 punhaladas. 23 ao contrrio 32, que o valor da palavra LUA, em nossa lngua. A moa olhou para o desenho da lua e sorriu. - Puxa vida. Essa Ligao Lgica foi fogo. - E voc, Melissa? Tem estudado os arquivos? - Na semana passada comecei a lio sobre cdigos secretos. Falando nisso, quando haver um treinamento daqueles? - Vamos esperar as frias do meio do ano, t bom? Eu estava pensando em... o jovem olhou para um casal que ia passando e gritou Scapelly! Brigitte! Faam favor. O casal se aproximou e os quatro amigos conversaram durante uns 10 minutos, at que a campainha tocou e tiveram que entrar na sala de aula. ******* A professora Sophie deu uma pausa na explicao da aula de Psicologia e aproximou-se de Morganne. - Li aquele texto sobre a Filosofia 7 e achei muito interessante e tambm estranho. Gostaria que depois voc me explicasse melhor o que significa. Ela voltou a explicar as aulas e Morganne ficou pensativo. ******* O quintal da casa de Scapelly era bem espaoso e cheio de rvores frondosas. De vez em quando Morganne e seus amigos se reuniam l para estudarem a Filosofia 7. Naquele sbado o dia estava muito lindo. Era o final de Abril, Maio estava se aproximando e com ele aquele clima de muito vento. Havia 12 jovens cercados de livros, pastas e muitosARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 6

papis. Estavam ali Morganne, Diego Draconne, Giovanna, Timonthy, Brigitte, Scapelly, Alain John, Melissa, John Mac Lonners, Magry, Vanessa e Sabrina. Morganne estava em p prximo a uma grande rvore e explicava o significado de certos cdigos num cartaz. - No fcil decifrar esta mensagem dizia ele, em tom didtico Observe esta figura do lado direito. Ela mostra... Ei! O que isso? Uma flecha cravou-se a poucos metros de sua cabea. Imediatamente, ele se jogou ao cho. Os outros jovens ficaram sobressaltados e todos olharam na direo oposta flecha fincada na rvore. - Que negcio esse? Diego exclamou, juntamente com os outros. Morganne, mostrando-se visivelmente abalado, levantou-se e arrancou a flecha, notando que amarrada ela havia um pedao de papel. - Que maluquice esta? Disse, abrindo o papel. BOM DIA, SETES. VOCS NO ESTO DE OLHO EM MIM, PORM EU ESTOU DE OLHO EM VOCS. DIZEM QUE VOCS DECIFRAM TODOS OS ENIGMAS DO MUNDO. EU SOU UM ENIGMA DECIFREM-ME. CORDIALMENTE, ESCORPIO. - Escorpio? Ora, ora. L vem algum tentando nos desafiar disse Morganne. - Algum est levando o Grupo 7 muito a srio disse Melissa. - Quem ser o engraadinho? Diego perguntou quem quer que seja, um excelente atirador de flechas. Se ele quisesse te acertar, meu caro, certamente o teria feito. - Era s o que faltava disse Alain John O que ser que est oculto nessa mensagem? Naquele momento, os jovens SETES percebem um pedao de papel muito pequeno colado no verso da mensagem. Morganne desdobra e l em voz alta: ESTA A 8. PALAVRA-CHAVE. HELMUT KOHL - BENAZIR BHUTTO LECH WALESA MUAMMAR AL-KADAFI ANWAR AL SADAT. - 8. palavra-chave? espantou-se Morganne Quais as outras? Aqui temos cinco nomes estrangeiros, que no so desconhecidos para ns. - Helmut Kohl o atual Chefe de Governo da Alemanha disse Magry, logo acrescentando Benazir Butto uma lder poltica no Paquisto (1. ministra at o ano passado); Lech Walesa o presidente da Polnia; Muammar Al Kadafi o lder mximo da Lbia e AnwarARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 7

Al - Sadat foi presidente do Egito durante muitos anos at ser assassinado por membros das Foras Armadas egpcias no dia 06 de outubro de 1981, no Cairo. - Puxa vida! Sua mente est em dia, hein? Exclamou Diego. - Que palavra chave est escondida a? Perguntou Sabrina. - Destacando as letras iniciais dos nomes no faz sentido disse Melissa veja s: H K B B L W M A K A A S. - E se numerarmos essas letras? sugeriu Lonners H 8, K 11, B 2...No, no vejo significado nenhum concluiu desanimado. - Acho que antes de tudo devamos examinar o local de onde foi disparada a flecha Falou Magry, fazendo meno de sair. Os 12 jovens seguiram na direo de onde fora disparada a flecha, na esperana de encontrarem alguma pista. O pior que o quintal de Scapelly ficava do lado de um terreno desabitado, cheio de rvores, e prximo a um grande igarap, que dava nome cidade. Quem quer que fosse o atirador de flechas uma hora dessas j estava bem longe. Com certeza, ele j havia dado a volta e entrado na cidade. ******* Seguindo em direo reta, cerca de 10 metros (distncia calculada pelos jovens, como sendo a distncia em que a flecha havia sido disparada), minutos depois eles chegaram a outra grande rvore. - O atirador de flechas esteve aqui disse Morganne, abaixando-se e examinando o terreno. - Vocs procurem pistas por ai e procurem no se aproximar muito daqui para no apagar os rastros disse Diego. - Se bem que aqui no h rastro nenhum, a no ser o nosso observou Sabrina. E na verdade, no havia mesmo. - Veja aqui apontou Diego nosso misterioso Escorpio usou um velho truque indgena para apagar rastros. Cortou alguns galhos daquela rvore ali e limpou o terreno at aquelas gramas. - Olhem aqui Magry apontou para o alto de uma rvore. Havia um pedao de barbante cuja ponta estava queimada. - O que isto significa? Perguntou Morganne, examinando cuidadosamente o barbante queimado. - Tenho certeza de que tem algo a ver com a flecha disse Sabrina, procurando algo ao redor da rvore - Vocs observaram que h um rastro estranho atrs da rvore que segue at o igarap? Todos ficaram curiosos, e concordaram que havia uma marca (parecia um risco feito de pau ou pedra) que seguia da rvore at o igarap, que ficava distante somente trs metros.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 8

- Bom, acho melhor nos concentramos na mensagem que ele enviou disse Morganne - Como responderemos ao desafio dele, Morganne? Perguntou Sabrina. - No sei. Ele no deixou nenhum endereo. Com certeza deve seguir nossos passos de perto, e qualquer deciso nossa ele saber. - Talvez seja algum colega nosso sugeriu Magry, pensando no Colgio. - Eu no me admiraria se Vandevil estivesse envolvido outra vez nessa histria Disse Sabrina. Vandevil era um jovem arrogante e ctico que, vez por outra, desafiava o Grupo 7. De vez em quando, na praa central, ele e alguns dos jovens SETES debatiam at altas horas da noite sobre os temas de pesquisas do Arquivo 7. Vandevil era muito inteligente, mas seus argumentos no duravam muito, visto que os SETES levavam uma vantagem muito grande sobre o jovem ctico: Eles liam muito, enquanto que Vandevil tinha preguia at mesmo em folhear um livro. - Talvez respondeu Morganne, olhando para Sabrina talvez. Embora eu ache esse Escorpio muito mais sofisticado que Vandevil. - Segunda feira eu olharei dentro dos olhos dele e verei se ele consegue me encarar disse Magry. - V com calma advertiu Melissa No deixe que ele desconfie que suspeitamos dele. ******* - E ai, tudo legal com vocs? Perguntou a professora Sophie ao atravessar o corredor, durante um intervalo das aulas. - s sete mil maravilhas respondeu Morganne, sorrindo. Ele estava ao lado de Magry e Sabrina. - Essa professora inteligente disse Sabrina logo depois O que ela achou da Filosofia 7? - Disse que quer conhecer mais detalhes Respondeu Morganne. Naquele momento, a diretora Stefnia Seller passou por eles e Morganne ficou observando. Ela tinha uns quarenta anos, e ainda era solteira e muito atraente. Estava em Igarap Grande h 10 anos. Bastante disposta e inteligente, comprou aquele colgio das mos de Dona Wanda Amaral, que estava cansada e doente, e o ampliou ainda mais, tornando-o um dos colgios mais respeitados da regio. Alguns anos depois, ela trouxe da cidade grande trs professores brilhantes, que tornaram o Colgio ainda mais requisitado. - J pensou se o Escorpio fosse Dona Stefnia? Sugeriu Magry, sorrindo, como que a adivinhar o pensamento de Morganne. - S se fosse num romance policial. Voc encarou Vandevil? - No deu tempo. Ele est muito ocupado com aquele trabalho de matemtica. Eu s... Ei! A dona Stefnia est chamando um de ns. Parece que voc disse, olhando para Morganne.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 9

******* - O que , Dona Stefnia ? - Um menino acabou de deixar isso aqui na secretaria. - Ao pegar o envelope, Morganne correu at o porto do colgio, olhando em todas as direes. - Nossa! Exclamou, ao abrir o envelope (um envelope branco, comum) correspondncia do Escorpio. - Eu quero ver tambm disse Magry, aproximando-se o rosto do de Morganne. - No me deixem de fora disse Sabrina, procurando entrar entre os dois. A mensagem, datilografada, dizia o seguinte: TODAS AS PALAVRAS-CHAVE REUNIDAS PRODUZIRO A CHAVE DO ENIGMA. O CALOR COSTUMA REVELAR SEGREDOS. - O calor costuma revelar segredos repetiu Morganne, pausadamente o que essas palavras querem dizer? - Calor que revela segredos? Perguntou Sabrina acho que sei o que . Lembram-se do cdigo tinta fantasma? - Tinta fantasma? espantou-se Morganne, logo acrescentando mesmo! Esse cara conhece at o segredo da tinta invisvel? - Vamos procurar uma lmpada sugeriu Magry. Minutos depois, Morganne aproximou o papel de uma lmpada e deixou que esquentasse durante alguns minutos. Logo, como num passe de mgica, algumas letras comearam a aparecer no papel. H muito tempo que os SETES conheciam esse truque. Nesse sistema eles escreviam as mensagens com suco de limo, laranja, ou simplesmente gua com acar. Depois deixavam secar ao sol. Minutos depois, a mensagem ficava invisvel. Para que ela voltasse a ficar visvel e legvel, era s esquentar perto de alguma lmpada ou mesmo do fogo. Outro processo (embora mais fraco) consistia em se escrever com a ponta de alguma vela sobre uma superfcie branca, de forma bem leve. Depois, era s mergulhar o papel na gua, que a mensagem iria aparecer de forma fantasmagrica. A nova mensagem secreta enviada pelo Escorpio dizia: A 7. PALAVRA CHAVE EST AQUI: 149 197 859 357. - O que esses nmeros querem dizer? Perguntou Magry. - Se juntarmos assim, talvez diga alguma coisa disse Sabrina, anotando no caderno a seqncia: 14 9 19 7 8 5 9 3 5 7. - Por que voc separou os algarismos dessa forma? Indagou Morganne. - A principio pensei que tivesse algo a ver com as letras do alfabeto, mas vejo que estou errada. Essa seqncia geraria as letras O, I, T, G, H, E, I, C,E, G. No faz sentido.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 10

- Se bem que essas trs letras aqui formam uma palavra em ingls disse Magry, apontando para as letras I, C, E a palavra ICE, ou seja, GELO. - Talvez voc esteja certa, mas acho pouco provvel. Acho que esse quarteto de nmeros deve ter outro significado disse Morganne. - Por que no vamos at dona Stefnia saber mais sobre o rapaz que trouxe a mensagem? A sugesto de Sabrina foi aceita e partiram de imediato. Naquele momento, Diego Draconne chegou, perguntando: - Alguma novidade sobre o Escorpio? ******* - A senhora conhece o menino que veio aqui ontem? - Acho que j o vi por a, mas no sei o nome dele. Morganne estava na secretaria do colgio. Ao seu lado estava Diego Draconne. - Algum mais estava aqui, quando o menino entrou? - S eu e a Natlia disse, apontando para a secretria. - E voc, Natlia? Morganne virou-se para ela, uma mocinha gorda e sorridente. - Eu tambm digo que nem a Dona Stefnia . J vi esse menino por ai, mas quanto a conhec-lo, no sei. - Como ele se vestia? Segurava algum objeto quando entrou aqui, qualquer coisa, sei l... - Olha, na hora que ele chegou, eu estava atendendo o professor Pike e no pude prestar mais ateno. - T, de qualquer forma, obrigado. Tenho que ir. Enquanto seguia para a classe, Morganne estava pensativo. - No acho to difcil assim desmascarar esse Escorpio disse Diego, quebrando o silncio Se ele est usando mquina de datilografia, facilita as coisas pra ns, pois pelo que eu saiba, aqui em Igarap Grande s deve ter umas 15 ou menos. Temos na Prefeitura, Banco do Brasil, Delegacia, alguns colgios, escritrios da Cemar, Caema, etc. - , pode dar trabalho, mas no ser impossvel. Venha. A aula comeou. ******* O professor Albert Pike estava na sala e iria comear mais uma aula de Histria. Sabrina olhava para ele de maneira anormal. Parecia sond-lo. Sim, era isso mesmo. Ela o estudava detalhadamente. Lembrava que no ano passado, Pike tinha se desentendido com Morganne, por causa de certas teorias relacionadas ao Arquivo 7. Ele no era inimigo do Grupo 7 como Vandevil, mas gostava de mostrar que sabia das coisas. At a nada demais. O problema que ele achava que sabia das coisas mais do que todos os outros. Era um homem muito misterioso. Foi um dos trs professores que Dona Stefnia trouxera da capital.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 11

Ele um timo candidato para ser o Escorpio Pensou Sabrina. ******* Praa Central da cidade, minutos depois de sair do Colgio do Ensino Mdio, Morganne apresenta a seus amigos uma nova brincadeira, que ele denominou de MATEMGICA BBLICA. - Que negcio esse? Perguntou a professora Sophie, aproximando-se. Ele ficou um pouco nervoso, mas controlou-se logo depois, passando a explicar: - A palavra Matemgica, como podem perceber, a mistura de matemtica com mgica. Sabemos que os nmeros so cheios de mistrios e se prestam a muitas artimanhas e truques. O que eu descobri pesquisando a Bblia que aparecem nela muitos nmeros em certas situaes que chegam a ser significativas. Encontrei tambm algumas coincidncias exclusivas em nossa lngua portuguesa, que chegam a ser surpreendentes. - Faa uma demonstrao para ficar mais claro pediu Sophie, ao mesmo tempo em que foi aumentando o nmero de curiosos, interessados nos truques numricos de Morganne. - Como encontrar na Bblia a palavra P? Perguntou Morganne, logo se apressando em responder H um nmero que tem muita afinidade com a palavra P, o nmero 5. Por que? Ora, um p normal tem 5 dedos. A palavra P tem o valor numrico de 20, que 4 x 5. - Valor numrico? Como assim? Perguntou Sophie. - As letras do nosso alfabeto no possuem uma ordem invarivel? A letra A sempre vale 1, por ser a primeira, B, a segunda, C, a terceira, e assim por diante. - Sim, claro concordou Sophie, dando um passo frente continue. Quando ia dar continuidade, Morganne percebeu algum observando tudo distncia, prximo a uma grande rvore, o professor Albert Pike. - Continuando, a palavra P tem o valor de 20, que 4 x 5, e o interessante que a letra P vale 15 (que 3 x 5) e a letra E exatamente a 5. do alfabeto. Vejam quantos 5 aparecem ligado palavra P enquanto falava, Morganne escrevia no cho, com giz se o valor da palavra P 20, isso nos leva a pensar no 20. livro da Bblia, que o livro de Provrbios (escrito por Salomo), e exatamente no captulo 5 e versculo tambm 5, diz que os PS da adltera conduzem o homem morte. Outro exemplo: H somente 5 livros no Antigo Testamento que comeam com a 5. letra do alfabeto, que so: xodo, Ester, Ezequiel, Eclesiastes e Esdras. Colocando-os na ordem alfabtica, Eclesiastes o primeiro. E exatamente em Eclesiastes no inicio do captulo 5 est escrito: GUARDA O TEU P QUANDO ENTRARES NA CASA DO TEU DEUS. - Interessante Disse Sophie, lentamente continue. Morganne sorriu satisfeito e continuou: - E, para concluir, exatamente no 5. livro da Bblia (Deuteronmio), captulo 5 e versculo 5 est escrito: NAQUELE TEMPO EU ESTAVA EM P ENTRE O SENHOR E VS. - Bravo! Exclamou Diego Draconne, que vinha chegando.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 12

- Meus amigos, isto o que chamamos de Matemgica Bblica explicou Morganne, logo acrescentando Vejamos mais um exemplo. Mentalmente, ele disse: pra invocar vocs. Ele desenhou rapidamente um sol e uma lua. - Como encontrar na Bblia a palavra sol, usando a Matemgica Bblica? O valor da palavra SOL 43, ou seja, somando a letra S (nmero de ordem, 18) + a letra O (nmero 14) + a letra L (nmero 11), temos 43. O que faremos com esse nmero? Usando as duas operaes positivas (adio e multiplicao), teremos dois resultados: 4 + 3 = 7 e 4 x 3 = 12. Somando os dois resultados (7 + 12), teremos 19. O 19. livro da Bblia o livro dos Salmos. Usando os mesmos resultados (7 e 12), iremos agora usar a segunda operao (7 x 12) que igual a 84. Vamos at o Salmo 84. olhou para John Mac Lonners que estava perto e pediu John, pegue a sua pequena Bblia. Alguns segundos depois John, a palavra SOL aparece no Salmo 84? - Sim, est escrito: O Senhor Deus Sol e escudo. - Vocs no tm o que fazer, SETES? Todos se voltaram ao som da voz que falara por ltimo. Aquela maneira arrogante de falar s podia ser de Sanderville, o irmo de Diego Draconne, que, como Vandevil, tambm no simpatizava com o Grupo 7. Ele se aproximou, sorrindo, e falou: - No pensei que os SETES tivessem a imaginao to frtil. - Voc tem algum desafio novo, Sanderville? Perguntou Morganne, afastando-se um pouco do centro e olhando diretamente nos olhos do rapaz recm chegado. Sanderville era o irmo mais novo de Diego Draconne, e embora este fosse um dos mais ativos pesquisadores do Arquivo 7 e Cristo, aquele era ateu declarado e gostava de zombar dos SETES. Ainda assim, o maior inimigo do Grupo 7 naquela cidade no era Sanderville e sim Vandevil, que alm de ser mais velho que o irmo de Diego, era mais inteligente e mais astucioso. - Bom, tenho 7 enigmas pra vocs disse Sanderville, sorrindo o primeiro : EM QUE LUGAR DO MUNDO AMANH VEM ANTES DE HOJE, E HOJE VEM ANTES DE ONTEM? Um clima de silncio e tenso comeou a reinar. - Enigma nmero 2 continuou Sanderville, muito contente pelo nmero de pessoas que estavam atentas prestem ateno: QUAL O TRABALHADOR QUE PENSA PRIMEIRO NO INDIVDUO E S DEPOIS NA SOCIEDADE; COLOCA O HOMEM SEMPRE ANTES DA MULHER; PE A GANNCIA FRENTE DA SOLIDARIEDADE; FAZ QUESTO DE DIVULGAR CRIME, LIBERTINAGEM, PRECONCEITO, RACISMO E TORTURA; E, AINDA ASSIM, RESPEITADO NO MERCADO DE TRABALHO? A platia estava muito atenta e curiosa, enquanto os SETES olhavam para Sanderville, quase sem piscar. - Enigma nmero 3 Ele estava feliz em ver que ningum sabia das respostas (ou pelo menos era o que parecia) observem:ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 13

O QUE QUE O HOMEM AMA MAIS QUE A VIDA E TEME MAIS QUE A MORTE; MAIS PODEROSO QUE DEUS E MAIS PERVERSO QUE O DIABO; OS POBRES TM, E OS RICOS PRECISAM; O GASTADOR ECONOMIZA, E O AVARENTO PARTILHA. ALIMENTA OS MORTOS, MAS SE OS VIVOS COMEREM, MORRERO LENTAMENTE? - Enigma nmero 4: DOIS TIMES DE FUTEBOL DISPUTARAM UMA PARTIDA. UM TIME GANHOU DO OUTRO POR 3 A 0, MAS OS GOLS NO FORAM MARCADOS POR NENHUM JOGADOR. COMO ISSO FOI POSSVEL? - Enigma nmero 5 ele se abaixou e escreveu no cho: 101ne1000a 511000ona500a Depois, perguntou: - Que palavra est oculta nessas duas escritas? - Enigma nmero 6 Ele desenhou a seguinte figura no cho, desafiando Algum capaz de fazer isto sem levantar o giz e sem voltar sobre a linha j feita?

Esse bem que pode ser o Escorpio pensou Sabrina, observando Sanderville de alto a baixo. O rapaz, que no era nem um pouco ingnuo, percebeu o olhar perscrutador de Sabrina, mas disfarou, ou melhor, tentou disfarar, pois Sabrina (uma das garotas mais espertas do Grupo 7) tambm percebeu a manobra dele. - E ento, espertos SETES? Ningum conhece esses enigmas? - Voc no disse que eram sete? Perguntou Morganne. - Ah, calma. O stimo especial. Se vocs no so capazes de responder aos seis primeiros, no perderei tempo, citando o stimo. - Pois bem disse Morganne, dando um passo a frente o jogo comeou! Aquela expresso era uma espcie de senha. Um a um, vrios dos SETES ali presentes, deram um passo frente, respondendo ao desafio de Sanderville.

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CAPTULO 2 NADA DE ESTRANHO ACONTECEU HOJE...

- EM QUE LUGAR DO MUNDO AMANH VEM ANTES DE HOJE, E HOJE VEM ANTES DE ONTEM? Perguntou Magry Ora, meu amigo, s pode ser no dicionrio. - Muito bem, Magry! exclamou Sabrina, tambm dando um passo frente e dizendo: QUAL O TRABALHADOR QUE PENSA PRIMEIRO NO INDIVDUO E S DEPOIS NA SOCIEDADE; COLOCA O HOMEM SEMPRE ANTES DA MULHER; PE A GANNCIA FRENTE DA SOLIDARIEDADE; FAZ QUESTO DE DIVULGAR CRIME, LIBERTINAGEM, PRECONCEITO, RACISMO E TORTURA; E, AINDA ASSIM, RESPEITADO NO MERCADO DE TRABALHO? A resposta desse enigma tem a ver com o anterior. A resposta : O DICIONARISTA, ou seja, a pessoa que escreve um dicionrio, pois no dicionrio encontramos as palavras CRIME, LIBERTINAGEM, etc. Nele tambm a palavra HOMEM vem antes de MULHER, INDIVIDUO antes de SOCIEDADE, etc. Um certo poltico disse certa vez, com razo: O nico lugar onde DINHEIRO vem sempre antes do TRABALHO no dicionrio. Vrias vozes exclamaram: Muito Bem! Sanderville sorriu, mas era um sorriso de insatisfao. - O QUE QUE O HOMEM AMA MAIS QUE A VIDA E TEME MAIS QUE A MORTE? Perguntou Diego - MAIS PODEROSO QUE DEUS E MAIS PERVERSO QUE O DIABO; OS POBRES TM, E OS RICOS PRECISAM; O GASTADOR ECONOMIZA, E O AVARENTO PARTILHA. ALIMENTA OS MORTOS, MAS SE OS VIVOS COMEREM, MORRERO LENTAMENTE? A resposta simples: NADA! Isso mesmo: NADA! - Excelente! Disse Morganne. - DOIS TIMES DE FUTEBOL DISPUTARAM UMA PARTIDA disse Vanessa - UM TIME GANHOU DO OUTRO POR 3 A 0, MAS OS GOLS NO FORAM MARCADOS POR NENHUM JOGADOR. COMO ISSO FOI POSSVEL? E os gols no foram marcados por juizes, bandeirinhas ou goleiros, como ouvi algumas pessoas dizerem. A resposta correta : ERA UMA PARTIDA DE FUTEBOL FEMININO. QUEM MARCOU OS GOLS FORAM JOGADORAS E NO JOGADORES! A resposta de Vanessa provocou algumas risadas. - Algum mais quer responder? Perguntou Morganne. Brigitte aproximou-se das coisas escritas no cho e explicou: - Se trocarmos todos esses nmeros pelos seus nomes em algarismos romanos, teremos: 101 vira CI; 1000 vira M; 51 vira LI; 1000 M e por fim, 500 vira D. Agora, substituindo-se os nmeros pelas letras encontradas, teremos: 101ne1000a vira CIneMa, ou seja, CINEMA. 511000ona500a vira LIMonaDa, ou seja, LIMONADA.

- Muito bem, querida disse Diego Draconne, olhando para o rosto de Sanderville, para ver sua reao.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 15

- E quanto ao 6. enigma? Perguntou Morganne. - Deixa comigo Diego aproximou-se do desenho e fez como est indicado a seguir.

Todo mundo aplaudiu. Morganne olhou nos olhos de Sanderville e desafiou: - E o stimo enigma? Antes que o desafiador rapaz pudesse falar qualquer coisa, houve uma interrupo. - Ei, que desenho este? Perguntou a professora Sophie, abaixando-se. Apanhou uma folha de papel (de caderno grande, o chamado capa de arame), e se espantou com a figura bem desenhada de um grande escorpio. - Quem o artista? Perguntou, chamando a ateno dos jovens e interrompendo o desafio de Sanderville. Enquanto os jovens ao redor estavam admirando a beleza do desenho, os SETES estavam tensos, muito tensos. O Escorpio est aqui Pensou Sabrina, olhando em todas as direes, para todos os rostos. - No pensei que um desenho de um bicho to feio fosse chamar a ateno de vocs disse Sanderville, sorrindo Que tal prestarem ateno ao meu desafio? Todos pararam de conversar, curiosos com o que iria ainda acontecer. Sanderville, com ar de superioridade, falou calmamente: - Quando interrogo algum Cristo em busca de provas da existncia de Deus, eles geralmente vm com as mesmas histrias do tipo: O Universo foi feito por quem? Quem criou voc, etc. Sei que vocs gostam de ir mais profundamente, de analisar a questo como ela merece ser analisada e no apresentada de forma to superficial. - Aonde voc quer chegar, meu caro? Perguntou Morganne. - Meu 7. desafio consiste do seguinte e Sanderville virou-se para a multido Quero me voc me d uma prova irrefutvel da existncia de Deus, com apenas uma palavra. O desafio chamou a ateno de muita gente. O professor Albert Pike aproximou-se mais. Morganne percebeu a grande oportunidade que estava tendo naquele momento e antes de responder, falou pequena multido, quase em tom de discurso.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 16

- Esse desafio no novo, meu caro amigo. H realmente uma palavra que prova no somente a Existncia de Deus, mas a Sua Providncia, a Sua Sabedoria, a Sua Soberania e a Sua Infalibilidade. A palavra ISRAEL! Sanderville deu uma gargalhada: - Israel? Ora, acho que esse povo prova justamente o contrrio. Onde estava Deus quando seis milhes de judeus foram mortos pelos nazistas na II Guerra Mundial? E por que a maioria dos judeus no aceita a doutrina Crist at hoje? E por que a chamada Terra Santa , na verdade, muito sangrenta e cheia de conflitos? Morganne respirou fundo e respondeu: - Permita-me fazer algumas perguntas antes de prosseguir: 1- Alguma vez na vida voc estudou ou leu algo relacionado com as profecias bblicas? 2- Voc conhece um pouco da histria de Israel? 3- Voc sabia que a maioria das profecias da Bblia trata desse povo? 4- Voc sabia que at agora NENHUMA profecia sobre Israel deixou de se cumprir? 5- Voc sabia que as profecias mais interessantes esto prestes a se cumprir? 6- Voc sabia que s podemos entender a complicada crise do Oriente Mdio se conhecermos as profecias bblicas? 7- Voc sabia que est para comear uma nova fase no cumprimento das profecias bblicas? Sanderville ficou inquieto e ningum percebeu mais isso do que Sabrina, que o observava h mais tempo. Morganne continuou despejando perguntas, como se estivesse atirando de metralhadora: - Por que justamente a terra onde Jesus nasceu e viveu palco dirio de violncia e massacres? Por que grande parte do mundo acredita que Jesus o Salvador enviado por Deus, mas justamente os judeus irmos de sangue de Jesus at hoje aguardam outro salvador? Se os judeus so o Povo Escolhido, por que Deus permitiu que Adolf Hitler assassinasse 6 milhes deles? Por que todas as grandes naes e organizaes mundiais (Rssia, China, Unio Europia, ONU, e a superpotncia Estados Unidos) tm se preocupado com os conflitos entre Israel e o povo rabe, se em outras partes do planeta h massacres ainda mais violentos (Serra Leoa, Somlia, Chechnia, etc.)? Por que Israel, um pas to pequeno (menor que Sergipe, o menor Estado do Brasil) tira o sono das grandes potncias e at do Vaticano? Por que que Israel, sendo to pequeno (os rabes so 640 vezes maiores) enfrentou 6 guerras desde sua Restaurao Nacional em 1948 (em muitas delas atacado at de surpresa pelas naes rabes), e venceu todas? Somente em uma (Guerra do Golfo em 1991), teve ajuda direta dos Estados Unidos. Por que as naes tremem de medo da pequena potncia nuclear Israel? Morganne olhou para a multido e continuou:

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- Meus amigos, Israel um pas de contradies que s podem ser explicadas pelas profecias da Bblia. o nico povo cuja histria foi escrita antecipadamente. Em resumo, h centenas de profecias sobre o futuro de Israel e do mundo. Deixe-me citar algumas delas. De acordo com as claras profecias bblicas... 01 O POVO DE ISRAEL IRIA REJEITAR O SALVADOR DO MUNDO, ENVIADO POR DEUS Deuteronmio 32.15; Jeremias 5.12. Isto se cumpriu ao p da letra. 02 POR ESSA RAZO SERIAM EXPULSOS DE SUA TERRA Levtico 26.33; Deuteronmio 29.64. Isso tambm se cumpriu. 03 JERUSALM, SUA CIDADE SAGRADA, SERIA DESTRUIDA E DADA A OUTROS POVOS Lucas 21.24. A histria registra isso claramente. 04 SERIAM ESPALHADOS POR ENTRE AS NAES DO MUNDO TODO Deuteronmio, captulo 28 Os judeus vagaram durante quase 2000 anos em quase todos os paises do mundo. 05 SERIAM PERSEGUIDOS, MALTRATADOS, INJURIADOS, Deuteronmio 28. Os livros de Histria so perfeitas testemunhas disso. ZOMBADOS

06 VAGARIAM COMO VAGABUNDOS DE NAO PARA NAO Osias 9.17. Ficou popular a expresso judeu errante. 07 SERIAM FORADOS A ADORAR OUTROS DEUSES E SERIAM FORADOS A SE CONVERTER A OUTRAS RELIGIES Deuteronmio 28.64. Durante a Idade Mdia (perodo da Inquisio, milhares de judeus foram torturados e forados a se converter ao Cristianismo). Por essa razo muitos deles hoje odeiam os Cristos. 08 PERECERIAM DE FOME, FRIO E PESTES Deuteronmio 28.27,35,48; 32.24. Aconteceu exatamente assim. 09 SERIAM ANGUSTIADOS DE DIA E DE NOITE, SEM SOSSEGO EM SUAS ALMAS Deuteronmio 28.65-67. Qualquer conhecedor da Histria sabe desses detalhes. 10 A ANGSTIA SERIA TO GRANDE QUE CLAMARIAM PELA MORTE Jeremias 8.3. Por exemplo, no histrico massacre de Massada, entre os anos 66 e 73 d.C, os judeus preferiram se matar do que viver como escravos nas mos dos romanos. 11 SERIAM BARBARAMENTE ASSASSINADOS PELAS NAES CRISTS, AS QUAIS SE DEFENDERIAM DIZENDO ESTAR PRESTANDO UM SERVIO A DEUS Os sacerdotes cristos corruptos da Idade Mdia prometiam bnos especiais a quem matasse um judeu, e diziam: CULPA NENHUMA TEREMOS, PORQUE ELES PECARAM CONTRA DEUS. Por incrvel que parea essas mesmas palavras foram profetizadas por Jeremias (cap. 50.7). Mas Deus disse que castigar todos aqueles que amaldioarem os judeus (Gnesis 12). matemtico: Todas as naes que j tentaram destruir os judeus desapareceram da terra ou ficaram sem expresso. Deus tambm disse que abenoaria aqueles que abenoassem os judeus (Gnesis 12 e Salmo 122). Essa uma das razes da grandeza dos Estados Unidos (que sempre esteve ao lado de Israel desde o inicio). 12 - SERIAM DIZIMADOS PELOS INIMIGOS TO VIOLENTAMENTE QUE RESTARIAM POUCOS EM NMEROS Deuteronmio 4.27; 28.62. Dramaticamente isso tambm se cumpriu.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 18

13 SEUS CORPOS SERIAM EXPOSTOS AO SOL, EM GRANDE QUANTIDADE, QUE O MUNDO FICARIA ABALADO AO V-LOS Jeremias 24.9; Deuteronmio 28.25-26 Durante o Holocausto na II Guerra Mundial, o mundo testemunhou o genocdio da nao judaica, com o terrvel saldo de 6.000.000 de mortos. 14 ESTA DISPERSO DURARIA QUASE 2000 ANOS Os profetas disseram que depois de dois dias Israel renasceria espiritualmente, aps seu renascimento nacional! (Osias 6.1-3); nas profecias um dia para Deus como 1000 anos e 1000 anos como um dia (II Pedro 3.8). Hoje, 2000 anos depois dos dias da Primeira Vinda de Cristo, Israel j renasceu como nao e cresce cada vez mais. S falta agora sua restaurao espiritual, que acontecer no Retorno de Cristo. 15 OS PROFETAS DISSERAM MUITAS VEZES QUE NOS LTIMOS DIAS DA HISTRIA DEUS TIRARIA OS JUDEUS DE ENTRE TODAS AS NAES, OS CONGREGARIA DE TODAS AS EXTREMIDADES DA TERRA, E OS TRARIA DE VOLTA SUA PTRIA H mais profecias falando do Retorno de Israel do que da sua Disperso. E no so profecias enigmticas como as do falso profeta francs Nostradamus, cujas palavras podem significar qualquer coisa. As profecias bblicas sobre Israel so to claras que at um louco capaz de entend-las. Alguns exemplos: E vos tomarei dentre as naes, e vos congregarei de todas as terras, e vos trarei para a vossa terra. (Ezequiel 36.24). Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu abrirei os vossos sepulcros, e vos farei subir das vossas sepulturas, povo meu, e vos trarei terra de Israel. (Ezequiel 37.12). Eis que os trarei da terra do norte, e os congregarei das extremidades da terra; entre os quais haver cegos e aleijados, grvidas e as de parto juntamente; em grande congregao voltaro para aqui. (Jeremias 31.8). Vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha lanado; porque eu os farei voltar sua terra, a qual dei a seus pais. (Jeremias 16.15) 16 UM DETALHE INTERESSANTE QUE OS PROFETAS DISSERAM QUE ISRAEL RENASCERIA COMO NAO NUM NICO DIA! E SERIA UM FATO IMPRESSIONANTE PARA AS NAES (Isaias 66.8) - Isso realmente aconteceu no dia 29 de novembro de 1947, na mesa da ONU, numa reunio liderada pelo ento Secretrio Geral, Oswald Aranha, um brasileiro. No ano seguinte, 14 de maio de 1948, foi proclamada a Independncia do novo Estado de Israel um cumprimento espetacular da profecia!

17 MAS OS PROFETAS TAMBM DISSERAM QUE: OS INIMIGOS DOS JUDEUS TENTARIAM ARRANC-LOS NOVAMENTE DE SUA TERRA E QUE DEUS NUNCA MAIS PERMITIRIA TAL COISA! Ams 9.13-14. ELES RESISTIRIAM HEROICAMENTE E SEUS INIMIGOS TREMERIAM DE ESPANTO DIANTE DE SUA LUTA PELA SOBREVIVNCIA Isaias 19.16-17. SERIAM ODIADOS FURIOSAMENTE PELOS SEUS VIZINHOS RABES, E PELAS NAES MUNDIAIS Salmo 2; Salmo 83.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 19

Em Ams 9.14-15, Deus diz sobre Israel: PLANT-LOS-EI NA SUA TERRA, E, DESSA TERRA QUE LHES DEI, J NO SERO ARRANCADOS, DIZ O SENHOR TEU DEUS. Desde 1948 at agora tm sido infrutferas todas as tentativas de se expulsar Israel de sua terra. Eles enfrentaram 6 grandes guerras (1948, 1956, 1967, 1973, 1982 e recentemente 1991), e continuam l. Levando-se em considerao a superioridade militar dos rabes, difcil acreditar que Israel tenha vencido todas essas guerras sem a ajuda de Deus. Na verdade, os profetas disseram que Deus haveria de lutar por Israel no final dos tempos. As duas piores guerras, que quase destruram Israel foram as de 1967 (Guerra dos 6 dias) e 1973 (Guerra do Yom Kippur). Em todas Israel sempre foi atacado primeiro; em 1973 foram at pegos de surpresa (pois era o dia da Expiao (Yom Kippur), quando at mesmo os soldados deixam as armas e vo jejuar).Veja s o resultado: -Guerra de 1967 nos 6 dias da guerra morreram 10.000 egpcios, 15.000 jordanianos e milhares de srios, iraquianos e combatentes de outros pases. Somente o Egito perdeu 400 avies, 600 tanques e milhares de peas de artilharia, munies, armas leves e veculos, superando o valor de um bilho e meio de dlares. Em toda a guerra, apenas 700 soldados judeus perderam a vida. E Israel ainda reconquistou Jerusalm que estava h 2.500 anos em mos estrangeiras. Coincidncia? Sorte? No! Foi o cumprimento de Ams 9.15: ...DESSA TERRA QUE LHES DEI, J NO SERO ARRANCADOS, DIZ O SENHOR TEU DEUS. -Guerra de 1973 Segundo clculos do Instituto Estratgico Internacional, sediado em Londres, egpcios e srios perderam nesta guerra o total de 22.000 homens, tendo o Egito 15.000 mortos e 45.000 feridos, e a Sria 7.000 mortos e 21.000 feridos. Israel teve 2.812 mortos e 7.500 feridos. No livro de Nmeros (captulo 24.18) diz: ISRAEL FAR PROEZAS. 18 SUA TERRA, DEVASTADA PELAS GUERRAS, SERIA RESTAURADA DE TAL FORMA QUE SERIA COMPARADA AO JARDIM DO DEN Ezequiel 36; Isaias 27. Atualmente, os turistas que visitam Israel dizem exatamente isso, que aquela terra durante 1800 anos devastada agora est como o Jardim do den. 19 AT MESMO O DESERTO SERIA COBERTO DE FLORES Isaias 35 Atualmente Israel tem exportado tantas flores para o resto do mundo que tem deixado muita gente boquiaberta, pois h 100 anos aquela terra era um deserto, e no servia para cultivar nada. 20 VRIAS PROFECIAS SOBRE O RETORNO DE ISRAEL ALERTAVAM QUE: AS NAES DO NORTE TENTARIAM IMPED-LOS DE RETORNAR SUA TERRA (Isaias 43.6). SERIAM PROIBIDOS DE SAIR DO PAS ONDE SE ENCONTRAVAM COMO ESTRANGEIROS (Jeremias 50.33-34). MAS DEUS HAVERIA DE FORAR AS NAES A ENTREGAR O SEU POVO (Isaias 49.22-26). AS NAES QUE SE RECUSASSEM DEIX-LOS SAIR, SOFRERIAM DURAS CRISES (Isaias 49).20

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ELES VOLTARIAM PARA CASA EM AVIES, VOANDO EM ASAS DE GUIA (Isaias 60.8: Osias 11.10-11). H vrias profecias dizendo que as naes situadas ao Norte de Israel (Sria, Rssia e demais paises do Bloco Sovitico) tentariam impedir de todas formas o retorno dos judeus, mas Deus mesmo foraria essas naes Pouca gente sabe, mas a maior razo para a queda da Cortina de Ferro Comunista (que comeou em 1989, com a queda do Muro de Berlim, e atualmente est em andamento) foi para que os judeus (presos na Unio Sovitica) pudessem retornar para a terra de Israel. No ano passado (1990) 200.000 chegaram a Israel. No inicio deste ano, durante a Guerra do Golfo, foi incrvel ver o noticirio internacional mostrando a chegada de centenas de milhares de judeus ao Aeroporto Ben Gurion, em Israel. Podem ter certeza de que a Unio Sovitica ter que abrir todas as suas portas e isto acontecer mais rpido do que se imagina.

21 MUITAS PROFECIAS DO DESTAQUE ESPECIAL A CIDADE DE JERUSALM, DIZENDO QUE ELA VOLTARIA PARA AS MOS DOS JUDEUS, DEPOIS DE MILNIOS EM MOS INIMIGAS (Zacarias 12 e 14) Isso aconteceu em Junho de 1967, na Guerra dos 6 Dias. 22 OS PROFETAS TAMBM DISSERAM QUE HAVERIA GUERRAS NO ORIENTE MDIO AT O DIA DA VOLTA DE JESUS (Daniel 9.26) E QUE TODAS AS GUERRAS ESTARIAM RELACIONADAS COM ISRAEL! A Guerra do Golfo no inicio deste ano (1991) est descrita de forma muito clara na Bblia. O profeta Isaias advertiu que as naes invadiriam a terra de Babilnia perto do Dia do Senhor (= Retorno de Cristo); Jeremias, captulos 50 e 51 descreve cenas dramticas e violentas na terra da antiga Babilnia, que haveriam de acontecer no TEMPO EM QUE ISRAEL ESTIVESSE DE VOLTA SUA TERRA, OU SEJA, NOS NOSSOS DIAS! Quem capaz de negar isso? Contra os fatos no h argumentos. 23 OUTRAS PROFECIAS SOBRE ISRAEL E O ORIENTE MDIO AFIRMAM CLARAMENTE QUE: NAS GUERRAS TRAVADAS NO ORIENTE MDIO, UM S JUDEU DESTRUIRIA MAIS DE DEZ INIMIGOS DE UMA S VEZ Levitico 26.8; A PEQUENA NAO ISRAELITA SERIA UMA NAO FORTE, RICA E PODEROSA Isaias 60, 61, etc. SERIAM ALVOS DE ATAQUES TERRORISTAS E DIO DO MUNDO INTEIRO Zacarias 12 e 14. SERIAM O CENTRO DO NOTICIRIO INTERNACIONAL Jeremias 30; Zacarias 12; Salmo 83. SUA AGRICULTURA E TECNOLOGIA SERIAM DAS MAIS AVANADAS E DESENVOLVIDAS DO MUNDO (Isaias 60, 61, 62, etc.) Atualmente, cientistas europeus e at chineses viajam constantemente Israel para conhecer a criatividade dos cientistas israelenses. Voc pode negar que tudo isso seja verdade? Um certo imperador da Alemanha nos fins da Idade Mdia, chamou seu conselheiro espiritual e perguntou-lhe:ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 21

- D-me uma prova da existncia de Deus. Sem pestanejar, o sacerdote respondeu: - O povo judeu, majestade. Um silncio quase que sobrenatural reinou naquele ambiente. Todos estavam atentos e chocados com as palavras de Morganne. Sanderville tentava controlar suas emoes, mas para um bom observador, ele estava to tenso quanto os outros. Para a maioria dos SETES aquele momento s no estava perfeito porque Vandevil no estava ali para tambm ouvir aquelas palavras. Morganne dirigiu-se novamente para Sanderville e perguntou: - Voc sabia que Deus colocou um desafio na Bblia, dirigido especialmente para os ateus? Ele disse que se algum quiser destruir Israel ter de destruir o sistema solar primeiro. Em outras palavras, no captulo 31 de Jeremias Deus diz que ISRAEL S DEIXAR DE EXISTIR QUANDO TODAS AS LEIS QUE REGEM O UNIVERSO FALHAREM. E disse mais: QUE NO DIA QUE ALGUM CONSEGUIR MEDIR TODA A EXTENSAO DOS CUS E TODOS OS FUNDAMENTOS DA TERRA, ELE IR DESISTIR DE ISRAEL! Ou seja: NUNCA!!! Dessas profecias conclumos o seguinte: Se algum terrorista maluco ou uma nao nuclear conseguir lanar uma bomba atmica sobre Israel e apagar o vestgio daquela nao no Oriente Mdio, estar provando para o mundo todo que Deus no existe! Voc sabia que a pessoa que mais deseja exterminar Israel Satans? Ele sabe que se destruir Israel, conseguir, no mnimo, um EMPATE COM DEUS. Por isso tem tentado durante milnios, usando pessoas, reis e naes. Veja alguns exemplos histricos incontestveis: a) No antigo Egito, o Fara tentou exterminar a nao israelita mas todos sabem o resultado dessa idia. b) Senaqueribe (rei da Assria) levou milhares de judeus para o Cativeiro, mas a nao sobreviveu mais uma vez. c) Nabucodonosor (rei da Babilnia) levou milhares de judeus para o cativeiro, mas seu reino acabou e Israel continua existindo. d) Ham (Ministro da Prsia, nos tempos da rainha Ester), fez o rei Assuero assinar um decreto para a eliminao de todos os judeus mas o tiro saiu pela culatra, Ham e seus filhos foram enforcados e os judeus que exterminaram os seus inimigos uma vitria to fantstica que eles comemoram at hoje, todos os anos, na Festa do Purim, que acontece entre os meses de Fevereiro e Maro. e) ntioco Epifnio, rei da Sria, invadiu Jerusalm, inundou suas ruas com o sangue dos judeus, mas terminou atingido por uma morte horrvel historiadores dizem que ele morreu comido por vermes que saiam de seu ventre. perigoso lutar contra os judeus! f) Herodes Perseguiu muitos judeus e tentou domin-los, mas seu reinado foi por gua abaixo e os judeus continuam existindo. g) O Imprio Romano assassinou os judeus, usando todas as formas de torturas conhecidas. Mas Roma caiu e Israel continua existindo!ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 22

h) O Vaticano, por meio da Inquisio na Idade Mdia, forou os judeus a se converterem ao Catolicismo, exterminou comunidades inteiras em toda a Europa, mas os judeus esto a e os dias do Vaticano esto contados! De acordo com as profecias, o poder religioso de Roma sofrer uma destruio repentina e dramtica. i) Hitler e os nazistas tentaram estabelecer um novo reino na terra. Hitler dizia que seu reino duraria mil anos. Mas foi mexer com os judeus e seu reino no durou 10 anos. j) Os rabes, desde 1948, tentam eliminar Israel, mas Israel cresce a cada dia. k) As naes em geral De acordo com os profetas, um dia Satans ir seduzir todas as naes e as lanar contra Israel Mas o resultado j foi decretado por Deus em vrios versculos bblicos por exemplo, veja o captulo 14 de Zacarias! Est ou no est bem claro que h um terrvel poder do mal tentando acabar com os judeus? A Bblia chama esse poder de Satans! E O FUTURO? Os profetas descrevem no somente a situao atual, mas principalmente O QUE AINDA IR ACONTECER NO ORIENTE MDIO ENVOLVENDO ISRAEL. Em resumo, a crise rabe-israelense se tornar to insuportvel que nenhum lder mundial conseguir mais ter paz at o dia em que se levantar no centro da Europa um grande lder, inteligente e carismtico, que inaugurar uma Nova Ordem Mundial, mas que ir levar o planeta LTIMA GRANDE GUERRA ARMAGEDOM. Mas isso j outra histria. Voc pode contestar isso, amigo Sanderville? Como v, a crena dos Cristos no uma f cega, fantica, mas algo que tem fundamento, algo que pode ser provado, algo irrefutvel. Quando Morganne concluiu suas palavras, reinou um silncio estranho durante alguns minutos. Sanderville estava tenso e o professor Pike tambm. Naquele momento, Magry observou o professor de Histria e pensou algumas coisas. As palavras de Morganne abalaram muitos coraes. Sanderville afastou-se em silncio, mas antes seus olhos cruzaram os de Sabrina. O que essa garota quer comigo? Pensou. Vou arrancar sua mscara, Escorpio Disse Sabrina, em pensamentos. Logo que Sanderville se afastou, as coisas voltaram ao normal, pois Diego Draconne quebrou a tenso do momento, fazendo uma pergunta engraada. Morganne se aproximou da professora Sophie, que voltou a olhar admirada para o desenho do escorpio que ela encontrara poucos minutos no cho. - Deixe-me dar uma olhada nesse papel pediu Morganne. - Oh, eu gostaria muito de conhecer quem o autor disso, pois sempre admirei desenhos. uma arte muito especial. Morganne parecia no ouvir a professora de Psicologia, pois estava muito concentrado em examinar o desenho. - H algum detalhe importante? Perguntou John Mac Lonners, aproximando-se.

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- No. Esse Escorpio sabe fazer as coisas Morganne falou to alto que chamou a ateno de Sophie. - O que voc quis dizer com isso? Morganne voltou-se para ela e respondeu: - Ah, eu quis dizer que o autor desse desenho sabe fazer as coisas. Ela olhou para ele de forma estranha. Ele percebeu que ela no se convenceu com a sua resposta. Um clima tenso reinou de novo, s que entre Morganne e Sophie. Mas foi ela quem quebrou o gelo, dizendo: - Gostei de sua explicao sobre o povo de Israel. muito profundo. Nunca tinha ouvido nada parecido antes. Muito bom, mesmo. Morganne sorriu timidamente, sem saber o que dizer. ******* - Passei a noite pensando no seu discurso de ontem a noite disse Sophie ao se encontrar com Morganne no meio da rua abriu bastante minha mente. Voc tem um jeito especial de explicar as coisas. - Obrigado. Gosto de estudar essas coisas disse ele, tentando desviar o olhar dos misteriosos olhos da professora de Psicologia. - Lembra-se que est me devendo mais explicaes sobre a Filosofia 7? - Ah, claro. Vou separar umas apostilas para a senhora. - Senhora? Pareo to velha, assim? - No, no. Desculpe Ele estava cada vez mais sem jeito. - Por que no passa sbado l em casa? Estou muito curiosa. Ele estremeceu. Se Magry soubesse disso, no gostaria nem um pouco. Eles namoravam h quase dois anos e foi com dificuldade que a ciumenta Magry aceitou dividilo, ou seja, compartilh-lo com as outras garotas do Grupo 7 (na rea da amizade, claro). Mas Morganne ficava perturbado todas as vezes em que se encontrava com Sophie. No era nada na rea amorosa, ele sabia muito bem disso, mas sentia que havia algo de muito estranho naquela jovem professora. Algo meio sinistro. - E ento? No respondeu ao meu convite. - Posso responder depois, daqui at sexta-feira? que tenho uns assuntos urgentes a resolver com o Grupo 7 e... - T combinado. At noite, ento. ******* - Ol, que dia lindo, hein?

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- Oi Sabrina virou-se surpresa. Ela estava numa cidade vizinha, fazendo compras num supermercado, e ao aproximar-se do caixa, esbarrou naquele rapaz que se achava o dono do mundo, Sanderville. - Est indo agora para Igarap Grande? Ele perguntou. - No, pra falar a verdade, acabei de chegar. E voc? - Estou aqui desde cedo. Mas dentro de meia hora mais ou menos irei pra casa. Foi bom ver voc de novo. Tchau. Que estranho. D pra pensar que ele est me seguindo Disse Sabrina pra si mesma. Dez minutos depois, ela visitou uma livraria, pois lembrou-se que antes de entrar no carro em Igarap Grande, encontrara-se com Morganne e este pediu-lhe que comprasse certa revista pra ele. Enquanto folheava umas revistas foi abordada por algum que tambm estava ali. - Hoje est cheio de coincidncias, no? - , parece que sim disse meio irritada, com a presena sempre constante de Sanderville. ******* Ao chegar em casa, Sabrina colocou as compras sobre a cama e ento percebeu algo em sua bolsa. Um adesivo pequeno grudado um pouco abaixo da abertura da bolsa. O adesivo era feito de papelo fino com fita gomada comum. E no pequeno papelo (do tamanho de uma embalagem de chiclete) havia o desenho de um escorpio. - Essa no! Voc cometeu um grande erro, escorpio disse ela, sorridente. Naquele momento, o telefone tocou. - QUEM SOU EU? Perguntou uma voz ruidosa, disfarada.

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CAPTULO 3 VIVENDO E APRENDENDO

- O estilo desafiante desse Escorpio parece-se com Sanderville disse Morganne mas seus intricados cdigos parece coisa de algum que conhece bastante nosso estilo. - Vandevil costuma ler as apostilas do Arquivo 7? Perguntou Melissa. - Eu j ofereci algumas pra ele, mas no sei o que ele fez delas respondeu Morganne. - Mas voc j ofereceu a ele algumas apostilas sobre cdigos secretos? Perguntou Scapelly. - No, claro que no. Esse tipo de apostila do conhecimento exclusivo dos SETES. - Mas ele pode ter aprendido isso nos livros que qualquer um pode comprar por ai sugeriu Diego. - Espera a atalhou Brigitte Vocs esto falando como se fosse certo que o Escorpio seja Vandevil. - Ela tem razo concordou Lonners No h um s indicio de que Vandevil tenha qualquer ligao com nosso desafiador oculto. - O que voc acha, Sabrina? Est muito quieta hoje. Ela olhou para Scapelly e respondeu: - Lembram-se de que fui cidade de Pedreiras ontem? Ela contou todos os detalhes envolvendo o encontro com Sanderville, o misterioso adesivo e o telefonema misterioso, concluindo a ligao dele durou apenas alguns segundos e antes que eu dissesse qualquer coisa, desligou. - Isso bem interessante disse Morganne embora no parea to inteligente. Se Sanderville aproximou-se de voc vrias vezes, teve muita chance para pregar o adesivo na bolsa, mas isso seria deixar uma pista muito clara de que ele est envolvido. - Concordo com Morganne disse Lonners e digo mais: na minha opinio, Sanderville no est interessado em nos desafiar com cdigos e enigmas. Ele est interessado em Sabrina. Todos sorriram, e Sabrina apressou-se em se defender: - No que ele no seja um gatinho, mas est longe, muito longe, de fazer o meu tipo. Acho que ele interpretou mal meu olhar naquela noite em que desafiou os SETES. Eu estava estudando seus movimentos e tentando penetrar seus pensamentos, mas ele deve ter achado que eu estava era interessada nele. Em que armadilha fui cair. - Ento, tirando Sanderville da jogada, como que esse adesivo foi parar na tua bolsa? Perguntou Morganne. - No fao a mnima idia. - Bem, pessoal. E as mensagens do Escorpio? Por que ele no mandou mais? Diego olhou para Brigitte e respondeu:ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 26

- Acho que, quando menos esperarmos, teremos novas correspondncias dele. Diego estava muito certo. No dia seguinte, o Escorpio voltou a dar sinais de vida. Aquela manh foi a mais sensacional do ms de Abril. Simultaneamente (ou quase), seis jovens do Grupo 7 receberam uma correspondncia do Escorpio. Era um claro desafio. Somente as meninas receberam as mensagens (que foram enviadas pelo Correio): Sabrina, Magry, Melissa, Brigitte, Vanessa, e Giovanna. Imediatamente, elas entraram em contato com os rapazes e organizaram uma reunio de urgncia. - Parece que ele quer brincar de mocinho e bandido disse Morganne, aps passar um visto em todas as mensagens. - Fazia tempo que a gente no tinha uma oportunidade de exercitar nossas clulas cinzentas disse Magry Estou comeando a gostar desse desafio. - Vejam o carimbo aqui apontou Diego Ele enviou todas as cartas a partir de Pedreiras. Que esperto. Talvez ele nem tenha viajado Pedreiras, mas pediu para algum fazer isso. - Sendo assim, ele teria um cmplice, o que torna mais fcil descobri-lo disse Sabrina. - Ser que ele um inimigo do Arquivo 7 ou somente um simpatizante, ou quem sabe um f maluco? Perguntou Morganne. - Seria bom que ele fosse um simpatizante, pois poderia ser mais um amigo nosso, no acham? Sugeriu Diego Draconne. - E o cara parece conhecer bem a Bblia observou Lonners e usa a Bblia evanglica. - Como que voc sabe disso? Perguntou Sabrina, desconfiada. - Ora, observe na mensagem enviada para Giovanna. Ele cita as passagens bblicas, separando os captulos dos versculos com um ponto, diferente dos catlicos que costumam separar os captulos dos versculos com uma vrgula. - verdade concordou Sabrina. - Vocs observaram que todos estes cdigos parecem demais com aqueles que ns usamos no Arquivo? Perguntou Vanessa. - O sujeito parece conhecer bem a Bblia, usa os cdigos parecidos com os nossos. E se algum do prprio Arquivo estiver brincando conosco? Perguntou Giovanna Poderia ser qualquer um de vocs disse apontando para os rapazes isso explicaria por que somente ns, meninas, recebemos uma mensagem desafiadora hoje. - Eu poderia ser o Escorpio, no? Disse Morganne, sorrindo Quem iria suspeitar de mim? - Eu disse Magry, sorrindo. - Vocs tm imaginao demais. Deveriam escrever um livro de suspense disse Scapelly.

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- Notaram que essas ltimas mensagens so perfumadas? Observou Magry, voltado a ficar sria Ou h uma mulher envolvida nisso ou ele quer nos desorientar. - Aposto na segunda hiptese disse Sabrina. - Como faremos agora? Perguntou Melissa esta semana a preparao para a semana das provas deste ms de Abril e no podemos nos envolver demais nesse desafio. - No precisamos nos desconcentrar dos estudos por causa desse Escorpio disse Diego proponho deixarmos pra pensarmos nisso somente no prximo final de semana. A maioria concordou com a sugesto, mas alguns decidiram decifrar os enigmas sozinhos. Foram tiradas cpias das seis mensagens e cada um ficou com uma cpia. Mas as originais ficaram com as meninas, que faziam questo de decifrar sozinhas. ******* A Mensagem enviada a Brigitte: - Destruirs o justo com o mpio? - assim que Deus disse? - Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida - A mulher montada na besta - Trs coisas perdidas - A chave do poo do abismo - A travessia do Mar Vermelho Brigitte estava no jardim de sua casa, lendo e relendo a mensagem. O que essas frases bblicas esto escondendo? Depois de pensar algum tempo, fazendo uma anotao aqui e ali, ela teve uma inspirao: Cada frase ou ttulo est relacionada com um captulo da Bblia. vejamos: - Destruirs o justo com o mpio? Encontra-se em Gnesis, captulo 18. - assim que Deus disse? Gnesis 3. - Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida Joo 14. - A mulher montada na besta Apocalipse 17. - Trs parbolas sobre coisas perdidas Lucas 15. - A chave do poo do abismo Apocalipse 9. - A travessia do Mar Vermelho xodo 14. Ele est chamando a ateno para os captulos e versculos ou somente para os captulos? Perguntou para si mesma, logo respondendo claro! S os captulos interessam agora, pois h algumas expresses aqui que so na verdade ttulos e noARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 28

versculos (tais como A MULHER MONTADA NA BESTA que se encontra como ttulo do captulo 17 do livro do Apocalipse em algumas Bblias). Brigitte organizou os nmeros 18, 3, 14, 17, 15, 9 e 14, e raciocinou: Se trocarmos esses nmeros pelas letras do alfabeto na ordem correspondente, teremos as letras S, C, O, R, P, I e O... Nossa! SCORPIO! ESCORPIO, em ingls! Ela ficou extasiada. Nunca imaginou que fosse to fcil decifrar aquele enigma. Mas aquela palavra no trazia nenhuma revelao nova. O que estava pretendendo aquele Escorpio? ******* A Mensagem enviada a Giovanna: Lc 13.4; Lc 2.21; Mt 27.46; Lc 3.1. Giovanna leu e releu as passagens bblicas muitas vezes, at que encontrou uma coincidncia. Todos falavam de algum nmero. Ou pensais que aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Silo e os matou, foram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalm? Nmero que aparece: 18. Quando se completaram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. Nmero que aparece: 8. Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lam sabactani; isto , Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Nmero que aparece: 9. No dcimo quinto ano do reinado de Tibrio Csar, sendo Pncio Pilatos governador da Judia, Herodes tetrarca da Galilia, seu irmo Filipe tetrarca da regio da Ituria e de Traconites, e Lisnias tetrarca de Abilene... Nmero que aparece: 15. Giovanna ficou meditando nos quatro nmeros: 18, 8, 9 e 15. Repetiu mentalmente cada um deles vrias vezes at que soltou uma grande gargalhada. Era fcil demais! Os nmeros, na verdade, representava as letras do alfabeto (pelo velho sistema de cdigos dos SETES), e correspondiam s letras S, H, I e P, ou seja: SHIP. - Ship a palavra inglesa para Navio disse Giovanna, para si mesma. ******* A Mensagem enviada a Magry:

MAR FREIRA CORUJA GUA Em ingls as palavras fazem sentido.

Rapidamente Magry passou as quatro palavras para a lngua inglesa, e o resultado foi: SEA NUN OWL WATER. Ela destacou as primeiras letras e saltou de alegria: - A palavra S N O W, SNOW, ou seja, NEVE! Mas o que isto significa?ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 29

******* A Mensagem enviada a Melissa: 1.5.24 1.24.29 44.5.34 40.3.9 11.17.1 O que isto pode significar? Melissa tentou trocar os nmeros pela letra correspondente no alfabeto. 1.5.24 pode ser A.E.Y (usando o alfabeto de 26 letras). Mas isso no faz sentido. No, o sistema deve ser outro, pois no h letra nenhuma correspondente aos nmeros 29, 34, 45 e 40. Melissa passou uma parte da manh, usando toda a fora do seu raciocnio, procurando se lembrar de todos os sistemas de cdigos usados no Arquivo 7, mas no conseguiu avanar nada. Sua cabea comeou doer. Que droga! Era s o que me faltava. Ela resolveu dar um tempo. Justamente na hora do almoo veio a inspirao. Enquanto comia, ela olhava para um quadro com uma frase bblica. O Senhor a minha luz e a minha salvao; a quem temerei? O Senhor a fora da minha vida; de quem me recearei? Salmo 27.1 Ela ficou refletindo e repetindo Salmo 27.1, Salmo 27.1... Espera a! E se o primeiro nmero representar o n. de ordem de um livro da Bblia? 1 Gnesis, 2 xodo, 3 Levitico e assim por diante. Ela se levantou rapidamente e correu at o quarto. Apanhou a estranha mensagem e foi anotando: 1.5.24 Gnesis 5.24 1.24.29 Gnesis 24.29 44.5.34 Atos 5.34 40.3.9 Mateus 3.9 11.17.1 I Reis 17.1 E agora? Ela leu todas as passagens bblicas, mas ficou mais confusa. Isso no tem sentido. Anotou todos os versculos e procurou alguma relao entre eles. Por exemplo: O que havia em comum entre Gnesis 5.24 e Gnesis 24.29? Por mais que ela procurasse, no fazia sentido nenhum. Procurou alguns livros do Arquivo 7 sobre cdigos. Nada! Mas aquele misterioso Escorpio deveria confiar muito na inteligncia dela, j que enviou aquele enigma sem a chave. Ela resolveu relaxar um pouco. Pensou numa loucura: Passar todos os versculos doARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 30

cdigo para a lngua inglesa, para ver se encontrava a mensagem oculta em algum acrstico ou coisa parecida. Apanhou um dicionrio e ao imaginar que teria que traduzir mais de 50 palavras, achou melhor desistir e procurar outra sada. De repente, notou uma coisa. Em todos os versculos destacados aparecia um ou mais nomes prprios, ou seja, nomes de personagens bblicos. Ento se lembrou de um certo cdigo do Arquivo 7. Bastante excitada, colocou ao lado dos versculos-chave os nomes das personalidades bblicas que apareciam: 1.5.24 Gnesis 5.24 - Enoque 1.24.29 Gnesis 24.29 Rebeca e Labo 44.5.34 Atos 5.34 - Gamaliel 40.3.9 Mateus 3.9 - Abrao 11.17.1 I Reis 17.1 Elias e Acabe.

Ficou soletrando os sete nomes encontrados, mas no viu sentido. Tinha certeza de que estava na pista certa, mas at agora no via muito sentido. Resolveu destacar as primeiras letras dos nomes (E, R, L, G, A, E, A). Nem na ordem certa e nem ao contrrio as letras diziam qualquer coisa. Esse Escorpio deve ser muito inteligente. At parece um dos SETES Pensou Melissa, procurando uma sada. Espera a. Gnesis 24.29 e I Reis 17.1 tem cada um dois personagens. Talvez eu deva escolher somente um. Vejamos. Ela destacou as letras E, R, G, A,E (deixando de fora as letras L (de Labo) e A (de Acabe). Mas a palavra ERGAE no fazia sentido nem ao contrrio (EAGRE). Porm, ao ler a palavra ao contrrio, seu crebro deu um sinal de que aquela palavra parecia familiar. EAGRE? Onde j vi essa palavra? Pensou nas poucas palavras que tinha aprendido na lngua inglesa. Mas no se lembrou de nenhuma daquela forma. Teve outra idia. Foi ao pequeno dicionrio ingls-portugus e vice-versa. Procurou na letra E. - Meu Deus! Est aqui! A palavra era EAGLE, ou seja, GUIA! Nesse caso, a letra certa no lugar de R de Rebeca, era L de Labo. A palavra EAGLE foi colocada ao contrrio pelo esperto Escorpio. Quem no fosse acostumado com cdigos no veria sentido nenhum na palavra ELGAE. - A palavra-chave GUIA Melissa no se cansava de repetir. Era bom demais decifrar um cdigo. A sensao era muito boa. Mas o que essa palavra significa, afinal? ******* A Mensagem enviada a Sabrina: A cantora do Titanic encontrou-se com o diretor de Cidado Kane, enquanto que o coronel Braddock namorava com a bond-girl do filme 007-NUNCA MAIS OUTRA VEZ.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 31

Aqui se fala de quatro pessoas, e j sei o nome de trs Pensou Sabrina, anotando tudo rapidamente. 01 - Cantora do Titanic S pode ser Celine Dion. 02 - Diretor de Cidado Kane Quem no sabe que foi Orson Welles? 03 - Coronel Braddock O nome de Chuck Norris em uma srie de filmes de ao. Agora s me falta essa bond girl. Eu j assisti esse filme de James Bond... Ela correu para vasculhar algumas revistas antigas e no demorou a encontrar. Ah, est aqui. NUNCA MAIS OUTRA VEZ, o ltimo filme de 007, estrelado por Sean Connery. Nesse filme ele faz par romntico com...KIM BASSINGER, uma das loiras mais bonitas do cinema americano. As peas do quebra-cabea esto completas agora. 01 - CELINE DION 02 ORSON WELLES 03 CHUCK NORRIS 04 KIM BASSINGER Vejamos, as iniciais so: C, D, O, W, C, N, K, B. No! No faz sentido. A no ser que eu destaque somente as iniciais dos primeiros nomes. Sim, isso mesmo. C, O, C, K... COCK, que em ingls GALO! O que isto quer dizer? ******* A Mensagem enviada a Vanessa: Ao desdobrar o papel ela teve uma surpresa. No havia nada escrito, era apenas um grande mapa mundi. Mas havia algo estranho. Sobre o mapa de quatro pases havia um desenho de um animal ou inseto. Sobre a Noruega no norte da Europa havia a figura de um rato; sobre a Grcia, uma coruja; sobre o Kwait no Oriente Mdio, havia uma formiga; e por fim, sobre o Iraque, havia uma galinha. Vanessa andou de um lado para o outro, tentando entender a mensagem. Pensou em destacar as letras iniciais das quatro figuras: rato, coruja, formiga, galinha, ficando: R C F G. Mas viu que isto no queria dizer nada, nem se mudasse a ordem, pois no havia vogais para formar palavras. O processo deve ser outro Pensou. Colocou as palavras em ingls. Mouse Owl Ant Hen. Destacou as letras: M O A H. Mas no viu sentido, nem misturando as letras com todas as combinaes possveis. Folheou vrias apostilas do Arquivo 7 sobre cdigos, e continuou tentando durante quase meia hora. Ento, sua face se iluminou. Ela sorriu e disse em voz alta. - Como sou burra. O segredo est no nome dos pases. Destacou os nomes e comeou a estudar. - Iraque Noruega Kwait Grcia. Letras iniciais destacadas: I N K G.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 32

Mas o que tem a ver os desenhos dos animais? Ela pensou na ordem das letras iniciais dos pases. Depois de organizadas, ficou: I G K N (pela ordem alfabtica). Ela voltou a ficar desanimada. Ficou cerca de dez minutos batendo pausadamente a caneta sobre o caderno, at que: - Meu Deus! Claro como as guas cristalinas! O que tem que ser colocado em ordem alfabtica so os nomes dos animais. Ela organizou a nova tabela. ANT KWAIT HEN IRAQUE MOUSE NORUEGA OWL - GRCIA

Depois de colocar os nomes dos animais pela ordem alfabtica correta, destacou as letras dos pases e encontrou: K I N G. - KING? Claro! A palavra chave REI! ******* - E a, rapazes? Vocs esto sumidos, hein? Disse Magry, ao se encontrar com Timonthy e Alain John. - Houve algum progresso com relao identidade do misterioso Escorpio? Perguntou Timonthy. - Talvez. Pelo menos estamos conseguindo decifrar seus cdigos. - Scapelly me entregou uma cpia de uma das mensagens e depois de muito quebrar a cabea, consegui descobrir uma palavra disse Alain mas ainda no sei o que essa palavra quer dizer. - Qual foi a palavra? Perguntou Magry. - NEVE. - Oh, que coincidncia. Foi a mensagem que eu recebi. - Neve? Repetiu Timonthy O que poderia significar? - Penso que talvez todas as palavras juntas completem o quebra-cabeas sugeriu Magry. - Acho que devemos reunir o pessoal e fazer a montagem falou Timonthy. - Morganne disse que, em razo desta ser a semana preparatria para as provas deste bimestre, bom nos reunirmos somente no sbado, na Biblioteca 7. - Legal! concordou Timonthy - Faz tempo que no visito a Biblioteca 7. ******* Diego Draconne viu o professor Pike sentado na praa, lendo um jornal, e resolveu sond-lo um pouco. - Ol, professor. Tem muita noticia boa, hoje?ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 33

- Oi respondeu Pike, levantando os olhos, meio desconfiado, depois sorriu ol, Diego. As noticias de sempre: corrupo no Brasil, inflao, crise no Oriente Mdio, etc. E voc? Quais as novidades? - Olhando para essa sua caneta, pensei no Dilvio e na prxima guerra mundial Diego estava agindo como um SETE. - L vem voc com suas coisas. Vocs chamam isso de Ligao Lgica 7, se no me engano. - O senhor est bem informado sobre a Filosofia 7, ao que parece. - Sou um curioso, e gosto de saber das coisas. Mas no consigo ver a relao entre minha humilde caneta e a prxima guerra mundial ou o dilvio, como voc disse. - simples Diego sentiu-se um pouco atrevido, ao fazer o papel de professor diante do seu professor de Histria. Pegou a caneta do professor e ficou examinando, como se fosse um cientista diante de uma descoberta Quando olhei para a palavra MEC (gravada aqui na caneta), lembrei-me da palavra CEM (MEC ao contrrio); CEM me fez pensar em SEM (com S), nome do filho mais velho de No. Da para o Dilvio, foi simples demais. - , vendo por esse ponto, bem simples mesmo. E a relao com a terceira guerra mundial? A voc j est entrando no campo das adivinhaes, no? - De forma nenhuma, professor. Como Cristo, no acredito em adivinhaes, mas em profecias, profecias bblicas. - Ah... - A Bblia diz que, aps o dilvio, a arca de No repousou nas montanhas de Ararate (no no monte Ararat, como muitos imaginam). Essas montanhas esto localizadas entre a Armnia, Turquia e Ir, se bem que esto no controle do governo turco. No captulo 38 do livro do profeta Ezequiel cita a Turquia como um dos pases que iro atacar Israel. - A palavra Turquia aparece l? - No, o profeta usou o nome de Togarma, um povo que, no passado, ocupava a mesma regio geogrfica da atual Turquia. - Voc tem certeza de que isso vai acontecer mesmo? - O senhor no ouviu o discurso de Morganne sobre o povo de Israel? Se todas as profecias com relao a Israel tm se cumprido at agora, no h porque duvidar que as outras (referente as naes) no se cumpram. - Existem regras bsicas para se usar essa Ligao Lgica 7, ou podemos usar a imaginao de qualquer forma? - Bom, geralmente usamos a Ligao Lgica para falarmos de profecias ou assuntos ligados ao campo proftico, e costumamos fazer isso sempre a partir dos nmeros. Aqui, usei o mtodo verbal, mas h um nmero aqui, que pode nos conduzir ao mesmo assunto. Veja aqui, o nmero 900. - Isso sugere o qu?

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- O nmero 900 aparece somente duas vezes na Bblia, no livro dos Juizes. Ali se fala dos 900 carros de ferro de Jabim, rei de Cana, que atacou Israel. Essa batalha aconteceu prximo ao ribeiro de Quisom, no mesmo lugar em que Elias matou os profetas de Baal (I Reis 18). - Qual a relao com a prxima guerra mundial? - O ribeiro de Quisom fica prximo de Megido, a plancie onde, de acordo com os profetas, acontecer a batalha final, a chamada Batalha do Armagedom. - Muito interessante o professor pegou a caneta de volta, e ficou olhando, como se procurasse mais detalhes aqui h a sigla FAE (de Fundao de Assistncia ao Estudante). O que isto teria a ver com a prxima guerra mundial? - O alvo da guerra ser Israel, que, o senhor deve saber tambm, foi formado por 12 tribos. O que me fez pensar em Israel foi o nmero 12 que o valor da palavra FAE. - Muito bem. Isso bom para exercitar a criatividade. - Pra encerrar com chave de ouro, est vendo essa formiguinha? O que ela tem a ver com o Dilvio? - No fao a mnima idia. - H um versculo bblico que diz: VAI APRENDER COM A FORMIGA, PREGUIOSO. Est no livro de Provrbios, da autoria de Salomo. Nesse livro a palavra PREGUIA ou PREGUIOSO aparece 17 vezes; foi no dia 17 do segundo ms, do ano 600 de No que o Dilvio comeou. ******* Manh de sexta-feira. Quando o nibus parou na praa central, somente uma pessoa desceu. Um homem magro, de culos escuros, e vestindo uma jaqueta negra. Seu rosto era cheio de rugas, e bastante carrancudo. Se tivesse um chapu e um bigode grosso era a figura perfeita daqueles pistoleiros de filmes de faroeste. Parecia ter uns 35 a 40 anos. Aproximou-se de uma senhora que passava e pediu informaes. - Onde encontro um hotel ou coisa parecida por aqui? Ao atravessar a avenida, chamou a ateno de todos. E criou aqueles costumeiros comentrios tpicos de cidade pequena, diante da chegada de algum desconhecido. Naquele exato momento, Magry seguia de bicicleta, quando, por pouco no atropela o desconhecido. Freou bem em cima, como se costuma dizer. - Desculpe-me, tentei desviar daquele buraco e... - Tudo bem Ele sorriu, de forma estranha e olhou nos olhos dela. Magry tentou no trair suas emoes, mas ficou bastante chocada ao ver o objeto que o desconhecido trazia pendurado no pescoo. Uma figura dourada, bem feita e bem interessante: UM ESCORPIO.

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CAPTULO 4 QUER ME CONTAR TEUS SEGREDOS?Morganne resolveu ir casa de Sophie, no no sbado, mas na sexta-feira. Ela morava com uma amiga, outra professora, Cibele. Esta j se encontrava em Igarap Grande h trs anos, e lecionava Literatura e Lngua Estrangeira (Ingls). - Oi, seja bem vindo. Fique vontade. Morganne sentou-se, olhando para todos os lados (aquela velha mania de sondar o ambiente, examinar tudo minuciosamente, como se fosse um detetive na cena de algum crime). Sophie foi at cozinha pegar um suco. Morganne levantou-se e se aproximou da pequena biblioteca da professorinha. Os SETES acreditavam que uma biblioteca particular era um lugar adequado para se sondar a alma de uma pessoa. - Na minha casa em So Luis tenho muito mais livros Disse Sophie, interrompendo os pensamentos de Morganne. - Os livros so misteriosos respondeu ele, recebendo o suco e voltando para o sof a maneira de us-los pode determinar nosso futuro, nosso destino. Eles abrem nossa mente, nossa alma, mas podem tanto iluminar nossas vidas, como mergulh-las na escurido. - Sempre gostei de estudar a alma humana, por isso me formei em Psicologia. - O que voc pode dizer ao meu respeito? - H pessoas cujo corao mais difcil de se penetrar do que os outros. - Sou uma dessas? - Qual o seu maior segredo, Morganne? Ela fez essa pergunta de forma to direta, que provocou um certo impacto. Mas o que fez Morganne tremer nas bases, que Sophie inclinou-se para a frente ao fazer a pergunta, como se quisesse intimid-lo, ou domin-lo. - Todos temos segredos. Talvez seja uma frmula de sobrevivncia respondeu, vacilante. - Mas os segredos se tornam mais fascinantes quando compartilhamos com uma pessoa apenas uma. - O que voc consegue l em mim? - No sei. Seu corao parece impenetrvel. O que essa moa pretende? ******* Vanessa, Melissa e Sabrina se encontraram. - Descobri a palavra chave disseram todas, quase ao mesmo tempo. - No inicio pensei que fosse algo mais srio, mas estou comeando a achar isso muito infantil disse Sabrina afinal, essas palavras (NEVE, REI, GALO, GUIA, ESCORPIO, NAVIO) no so palavras especiais (salvo Escorpio). - Mas talvez o restante do segredo esteja a disse Vanessa Deve haver alguma frase, alguma histria que faa ligao com todas essas seis palavras.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 36

- E as outras mensagens? Perguntou Melissa No inicio, ele no enviou duas mensagens, que falavam, se no me engano, da 8. e 7. palavra chave? - Estou ansiosa pela reunio de sbado falou Vanessa talvez l a gente consiga decifrar essa charada por completo. ******* Morganne e Sophie. - Fale-me sobre o Arquivo 7. Como esse arquivo? uma Biblioteca? Por que o nome Arquivo 7? Por que no Arquivo 8, 6, outro nmero qualquer? - Olha, o Arquivo 7 uma coleo de pastas, livros, revistas, jornais, apostilas, cartazes e documentos onde so investigados casos sobrenaturais, estranhos, inexplicveis e extraordinrios, principalmente envolvendo nmeros simblicos. Por que chamar de Arquivo 7? Porque 7 o nmero-chave dos mistrios da Bblia e o fator constante em todas as profecias bblicas. o nmero mais citado na Bblia, com significados extraordinrios. Nesse caso, o Arquivo 7 se tornou um centro de pesquisas sobre coisas incomuns, estranhas e extraordinrias. Os estudiosos do Arquivo 7 so chamados de SETES, ou Grupo 7; seu modo de pensar chamado Filosofia 7; as coisas estudadas e colecionadas no Arquivo 7 so chamadas de Cultura 7. O Arquivo 7 possui dois lados: a seo A, que trata de coisas sobrenaturais e mistrios espirituais. o lado mais profundo. Lembra-se daquele desafio de Sanderville? O 7. enigma era relacionado seo A, e os outros seo B. A seo B uma coleo de charadas, truques interessantes, quebra-cabeas, curiosidades matemticas e histricas, enigmas artsticos e numricos, histrias interessantes envolvendo coincidncias numricas e enigmas especiais, etc. a parte divertida do Arquivo 7. Naquele dia meus amigos deram uma demonstrao disso. O Arquivo 7 seo B existe h muito tempo (desde 1987 mas ainda no tinha esse nome); j o Arquivo 7 seo A, foi criado recentemente, no inicio deste ano (1991), no por acaso, mas devido ao impacto causado pela Guerra do Golfo Prsico. Nesse momento, Morganne notou que Sophie tremeu um pouco, e seus olhos piscaram duas vezes. Toquei em algo particular Disse ele para si mesmo. - Quer dizer que a seo A foi criada depois da seo B? Que coisa esquisita. - Na verdade, antes o Arquivo no tinha o nome Seo B. S agora que criamos essa diviso. - E por que colocar A depois de B? - Por que os assuntos que passamos a investigar depois so muito mais importantes do que os primeiros. Os enigmas naturais podem nos divertir e afinar nossa mente, mas os enigmas sobrenaturais causam um impacto maior e podem mudar o nosso destino. - Voc me deixa cada vez mais curioso.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 37

- Quando comecei (justamente com alguns amigos) a organizar e colecionar coisas interessantes e fatos curiosos, no havia ainda nenhum interesse na investigao dos enigmas sobrenaturais (e na poca eu nem conhecia o plano de setes elaborado na Bblia). Portanto, o Arquivo 7 parecia mais um clube de recreao, charadas e truques espetaculares, uma associao de jovens espertos ou coisa parecida. - Espera a. Voc disse planos de setes elaborados na Bblia? O que isso? - Desculpe-me. s vezes esqueo de explicar certos conceitos. Os estudiosos descobriram que, por trs dos textos da Bblia, na lngua original, h um plano numrico sempre em mltiplos de setes. Por exemplo, no captulo 17 do Evangelho de So Joo est registrada a Orao Sacerdotal de Jesus pelos discpulos. Uma orao comovente antes de Jesus ser preso e levado para a cruz. No texto original grego h um esquema numrico de setes. Nessa orao Jesus usou exatamente 490 palavras e 2.079 letras, que so mltiplos de 7. Veja bem: 490 palavras (70 x 7) e 2.079 letras (297 x 7). Mas isso s o comeo. Nessa poderosa orao, aparecem justamente: 1.162 vogais (166 x 7); 917 consoantes (131 x 7); 98 verbos diferentes (14 x 7); 77 substantivos (11 x 7); 70 conjunes (10 x 7); 49 preposies (7 x 7); 126 pronomes (18 x 7); 70 advrbios e artigos (10 x 7); Jesus usou ainda, 49 pronomes relacionados a Ele mesmo (7 x 7), 91 palavras relacionadas Trindade Santa (13 x 7), 7 palavras relacionadas a Deus, o Pai e 7 palavras relacionadas ao mundo. - Interessante. - Toda a Bblia foi escrita obedecendo-se a certos padres numricos, e na maioria das vezes, usando-se o nmero 7. Por isso, quando Deus abriu meus olhos para a incrvel estrutura numrica envolvendo o nmero 7 na Bblia, fui levado a dividir o alvo de investigao do Arquivo 7 em duas sees distintas: uma sria e outra nem tanto. Porm, algum tempo depois fui despertado para a realidade da INVASO ESOTRICA E OCULTISTA no nosso mundo, contaminando principalmente a mente de adolescentes e jovens. E a seo A do Arquivo 7 ganhou mais um item: A INVESTIGAO DO OCULTISMO, com o objetivo de esclarecer, alertar e libertar os jovens envolvidos com tais coisas (H muitas apostilas no Arquivo 7 que tratam desses casos). Quando pronunciou a expresso INVASO ESOTRICA OCULTISTA, Morganne percebeu novamente uma alterao na respirao e olhares de Sophie. Se ela estava sondando ele, talvez no fosse capaz de imaginar que estava sendo sondada por ele. - E essa idia quase maluca foi criada aqui mesmo? - Voc acha difcil numa cidadezinha to pequena? - Qualquer um acharia. Vocs recebem ajuda de algum de fora? - Na verdade, quando o pessoal daqui resolve sair para as grandes cidades, levam a Filosofia com eles, e procuram espalhar por l, e a quando encontram alguma coisa interessante por l, relacionada s nossas pesquisas, nos enviam imediatamente. Por isso, a Biblioteca 7 tem crescido. - Como essa Biblioteca 7? - Ah, no tem tantos livros, mas os materiais que tem por l (incluindo jornais, revistas, cartazes) so muitos interessantes. - Eu poderia visit-la?ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 38

- Sim, qualquer pessoa pode. - Mas eu pensava que fosse algo secreto, algo como... - Uma Maonaria? Morganne sorriu ah, o pessoal daqui tem um certo preconceito com relao ao Grupo 7. claro que temos nossos segredos, mas de maneira geral procuramos espalhar o conhecimento e no prend-lo. - E vocs nunca se envolveram com coisa sria? - Como assim? - Vocs no gostam de enigmas? Investigar mistrios, essas coisas? Nunca apareceu um crime misterioso por aqui ou coisa parecida? Ela sorriu. - Bom, no. Nada srio. Mas temos amigos que j se envolveram com coisas muito srias, mas no diretamente ligadas ao Arquivo 7 (Nesse momento, Morganne se lembrou de Moyra Stanley e Wendy Milanne). ******* Sobre Moyra Stanley e Wendy Milanne, leia o Romance intitulado: OS JOVENS QUE SABIAM DEMAIS. ******* - Como o pensamento de um SETE, ou seja, o estilo 7? Cite exemplos. - Naquela noite na praa a senhora, desculpe, VOC viu uma pequena demonstrao. O pensamento de um SETE geralmente envolve nmeros, ou seja: um SETE sempre conhece uma histria, uma brincadeira ou um enigma interessante relacionado a qualquer nmero. Em outras palavras: Qualquer nmero leva um SETE a pensar numa histria ou coincidncia interessante. Vejamos um exemplo Morganne olhou para blusa de Sophie, olhou para a biblioteca, volveu os olhos para alguns quadros na sala, e depois falou Para ns, um nmero sempre nos proporciona viagens interessantes. Olhando para esse nmero 69 na tua blusa, pensei naquele quadro ali, com a frase O SENHOR O MEU PASTOR E NADA ME FALTAR. O Salmo 23 e 3 x 23 igual a 69. Esse Salmo foi escrito pelo rei Davi, e o nome DAVI o anagrama da palavra VIDA, uma palavra encontrada naquele livro ali (MINHAS VIDAS, de Shirley Maclaine). Essa atriz americana ganhou o Oscar no ano de 1983 pelo filme LAOS DE TERNURA (que tambm ganhou o Oscar de melhor filme do ano). No ano anterior quem ganhou o Oscar de melhor atriz foi Meryl Streep, pelo filme A ESCOLHA DE SOFIA Quando pronunciou a palavra SOFIA, ele apontou o dedo indicador levemente em direo ao rosto de Sophie. - Muito interessante. Voc comeou deste nmero em minha blusa e fechou o crculo terminado em meu nome. Legal. - Mas ns sempre temos uma surpresinha escondida na manga. Temos um ditado que diz: SER SETE SABER SURPREENDER. Veja isto ele rabiscou algo num pedao de papel o nome SOPHIE tem o valor de... exatamente 69. - Puxa vida! Ela estava realmente impressionada. - Mas costumamos usar esse processo mental para falarmos de profecias. Assim, cada nmero nos sugere algo relacionado s profecias. O nmero 69 leva minha mente para uma das mais interessantes profecias da Bblia, chamada a Profecia das 70 Semanas.ARQUIVO7 Moacir R.S. JNIOR www.777.blig.com.br 39

(A explicao da profecia das 70 semanas encontra-se detalhada no romance OS JOVENS QUE SABIAM DEMAIS). Alguns minutos aps a explicao de Morganne, Sophie perguntou: - Vocs acreditam em VNIS? - Em que sentido? - H mais de um sentido? - Sim, a maioria das pessoas crem que os VNIS tem origem extraterrena. - E o Arquivo 7? - Para ns a origem dos OVNIS espiritual, e mais do que isso, demonaca. - Como assim, demonaca? Sophie tremeu nas bases, e Morganne percebeu isto ento vocs acreditam na existncia dos demnios? - E voc, no? - Acredito, mas no como a tradio crist. Mas voc no poderia me explicar por que acredita na origem demonaca dos OVNIS? Morganne sentiu algo estranho naquele momento. Desde que tinha entrado naquela casa, percebeu (pela biblioteca, por alguns smbolos nas paredes e por algumas figuras de cristais sobre a mesa) que Sophie era uma esotrica, e, portanto, teria que explicar algumas coisas pra ela de uma forma diferente da que estava acostumado. ******* O desconhecido (recm chegado em Igarap Grande) encontrou um lugar razovel que alguns chamavam de hotel, e aps visitar seus aposentos temporrios e tomar um banho, aproximou-se do proprietrio da casa. - Ficarei poucos dias por aqui, talvez uma semana. O senhor poderia me dar uma informao? Ele apanhou uma foto da carteira, e mostrou ao dono do hotel o senhor conhece est