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Tr ansporte Transfronteiriço de Resíduos Perigosos: A Convenção de Basiléia e a Legisla ção Brasileira Cristiane Riss Francisco Antonio Romanelli Sumário 1 - Introdução. 1.1. – O progresso e os problemas com os resíduos humanos. 1.2. – O problema dos resíduos nocivos t!"icos# venenosos e radioativos$ 2. %onvenção de &asil'ia 2.1. (ovimentos trans)ronteiriços de resíduos perigosos. 2. 2. – *ados gen'ricos sobre a %onvenção de &asil'ia. 2.+. %onceito de ,resíduos# con)orme a %onvenção 2.. Obrigaç/es 0ue comp/em a %onvenção de &asil'ia 2.. strutura da %onvenção de &asil'ia +. 3esíduos 4erigosos e 5genda 21 +.1. 5genda 21 +.2. 6ransporte de 3esíduos 4erigosos na 5genda 21 . O transporte de resíduos perigosos e a legislação brasileira .1. 7ormas legais brasileiras sobre transporte trans)ronteiriço de resíduos perigosos .2. – 6e"tos legais relativos a transporte de produtos perigosos. .+. 4ro8eto legislativo . %asuística .1. *istribuição irregular de resíduos perigosos no mundo. .2. &rasil9 a guerra dos pneus :. %onclusão 1. Introdução. 1.1. – O progresso e os problemas com os resíduos humanos. O progresso trou"e uma s'rie de problemas paralelos. n0uanto o homem caminha em direção a uma ut!pica 0ualidade de vida com uma in)inidade de )acilidades tecnol!gicas# vai dei"ando atrás de si um rastro macabro de destruição e um trágico caminho de morte. 5s destruiç/es se acumulam nas situaç/es mais singelas da inter)er;ncia humana9 desde a acanhada produção dom'stica de li"o e resíduos esgotados pelos processos de saneamento - nem sempre ade0uados# mas sempre e )atalmente danosos ao ambiente – at' inter)er;ncias espetaculares e desastrosas como in<meros acidentes com materiais t!"icos ou radioativos 0ue vivem assombrando os noticiários a intervalos sempre menos espaçados.

ROMANELLI, F. a.; RISS, C. Transporte Transfronteiriço de Resíduos Perigosos_A Convenção de Basiléia e a Legislação BrasileiraI

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Direito ambiental. Artigo sobre o transporte transfronteiriço de resíduos perigosos.

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Transporte Transfronteiriço de Resíduos Perigosos: A Convenção de Basiléia e a Legislação

Brasileira

Cristiane Riss

Francisco Antonio Romanelli

Sumário

1 - Introdução.

1.1. – O progresso e os problemas com os resíduos humanos.1.2. – O problema dos resíduos nocivos t!"icos# venenosos e radioativos$

2. %onvenção de &asil'ia2.1. (ovimentos trans)ronteiriços de resíduos perigosos.2. 2. – *ados gen'ricos sobre a %onvenção de &asil'ia.2.+. %onceito de ,resíduos# con)orme a %onvenção2.. Obrigaç/es 0ue comp/em a %onvenção de &asil'ia2.. strutura da %onvenção de &asil'ia

+. 3esíduos 4erigosos e 5genda 21+.1. 5genda 21+.2. 6ransporte de 3esíduos 4erigosos na 5genda 21

. O transporte de resíduos perigosos e a legislação brasileira.1. 7ormas legais brasileiras sobre transporte trans)ronteiriço de resíduos perigosos.2. – 6e"tos legais relativos a transporte de produtos perigosos..+. 4ro8eto legislativo

. %asuística.1. *istribuição irregular de resíduos perigosos no mundo..2. &rasil9 a guerra dos pneus

:. %onclusão

1. Introdução.

1.1. – O progresso e os problemas com os resíduos humanos.

O progresso trou"e uma s'rie de problemas paralelos. n0uanto o homem caminha em direção auma ut!pica 0ualidade de vida com uma in)inidade de )acilidades tecnol!gicas# vai dei"ando atrásde si um rastro macabro de destruição e um trágico caminho de morte. 5s destruiç/es se acumulamnas situaç/es mais singelas da inter)er;ncia humana9 desde a acanhada produção dom'stica de li"oe resíduos esgotados pelos processos de saneamento - nem sempre ade0uados# mas sempre e

)atalmente danosos ao ambiente – at' inter)er;ncias espetaculares e desastrosas como in<merosacidentes com materiais t!"icos ou radioativos 0ue vivem assombrando os noticiários a intervalossempre menos espaçados.

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O preço do progresso ' a destruição do sistema natural9 devastaç/es de ecossistemas# poluição doar# do solo e das águas# aceleração do a0uecimento global etc. etc. O chamado passivo ambiental seacumula de )orma aterrori=ante e a cada momento se avoluma de )orma mais velo= e mais trágica. 5degradação# como uma bola de neve 0ue despenca do alto de uma montanha e vai terminar em uma

catastr!)ica avalanche no )inal de seu percurso# ' crescente. 5ssim como a bola de neve doe"emplo# a ação da gan>ncia progressista da evolução econ?mica destr!i seus hori=ontes cada ve=com maior dano e maior rapide= e vai crescendo sempre em e)eitos ne)astos e em volume dedevastação.

O processo se trans)ormou em ciclo vicioso e evolutivo. @m ciclo crescente 0ue# a cada volta sedemonstra potencialmente mais danoso e destrutivo. %rescimento populacional gera necessidade dealimentos# 0ue gera necessidade de produção# 0ue gera necessidade de e"tração# 0ue geranecessidade de comerciali=ação# 0ue gera gan>ncia# 0ue gera produção# 0ue tra= a necessidade doconsumo# 0ue gera o consumidor# 0ue incentiva o crescimento populacional# 0ue provoca a mis'ria#0ue incentiva catástro)es# 0ue... 0ue... @ma genealogia macabra 0ue se autossustenta como as

 pr!prias engrenagens 0ue simboli=am a revolução industrial9 implacáveis e de)initivas# a 0ual0uer custo.

*esnecessário denunciar o elo primário# a engrenagem 0ue primeiro movimentou essa e0uivocadamá0uina de destruição. 7os dias de ho8e a reciprocidade energ'tica de todos os componentes damá0uina a trans)orma em um todo harm?nico# vora= e insaciável# colocando em risco a vida

 planetária. O ser humano caminha cego em direção a uma utopia impossível de ser alcançada9 a plenitude econ?mica. A parte as in<meras e 8á conhecidas teorias psicol!gicas e sociais sobre o)en?meno da apressada e a)obada autodestruição humana# vale relembrar 0ue# por trás# correm oscaudalosos rios da inconsci;ncia 0ue o alimenta e cu8a mitigação ' unanimidade entre os estudiososda 0uestão.

1.2. – O problema dos resíduos nocivos t!"icos# venenosos e radioativos$.

@ma das chagas dessa imensa en)ermidade ' a produção de resíduos. O descarte dos de8etos 0ueremanescem das atividades humanas )ica# a cada momento# mais complicado. In<meros )atoresdi)icultam a destinação )inal de nossos despo8os9 a 0uantidade cada ve= maior# a comple"idade dacomposição 0uímica desses resíduos# a saturação das áreas disponíveis para deposição e a reduçãodas áreas apropriadas. Brande parte do material descartado tem um pra=o de absorção natural muitolongo e# portanto# há saturação no ambiente natural.

Se por um lado os problemas relativos C destinação dos resíduos dom'sticos comuns vão sendoameni=ados e as respectivas soluç/es dribladas por uma s'rie de provid;ncias 0ue# se não sãoe)ica=es# aliviam a carga de pressão da necessidade premente de acondicioná-los# por outro# oschamados resíduos industriais# mormente a0ueles 0ue t;m origem em materiais t!"icos# perigososou radioativos vão acumulando problemas sem soluç/es# a despeito de parado"almente taissoluç/es demandar urg;ncia absoluta.

3esíduos perigosos são subprodutos de diversas atividades# os 0uais tiveram aumentado os custos desua eliminação# em )unção de medidas mais rigorosas de proteção ambiental em vários países#

 principalmente nos mais industriali=ados. mbora esses re8eitos possam ser gerados atrav's de diversasatividades# o impacto maior ' proveniente da atividade econ?mica# e sua geração está relacionada ao usode certos insumos produtivos e de tecnologias não ade0uadas C perspectiva do desenvolvimento

sustentável. O transporte# arma=enamento e mane8o desses resíduos constituem um problema ambientalde e"trema import>ncia# em )unção dos riscos 0ue representam para a sa<de humana e ambiental# bemcomo da amplitude das medidas 0ue visam C sua regulação. stima-se 0ue +DD a DD toneladas deresíduos perigosos se8am produ=idos anualmente no planeta 4orter# &roEn F %haseG# 2DDD$# gerados#

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 principalmente nas economias mais desenvolvidas. m )unção disso# tornou-se necessário implantar legislação dom'stica rigorosa para o controle desses resíduos. *e )ato# no início da d'cada de 1HDiniciam-se# nos países desenvolvidos# intensos debates 0ue condu=iriam# ao )inal do período# C construçãode um aparato normativo com vistas C regulação do transporte# arma=enamento e mane8o de resíduos

 perigosos.1

O combustível 0ue move a má0uina denunciada alhures ' o com'rcioJ o combustível do com'rcio 'o poder econ?mico# essa imensa e primordial )orça de aglutinação dos interesses humanos 0ue veioe vem ditando as normas de conviv;ncia entre pessoas e stados. *esde 0uando# por impulso dachamada era industrial – iniciada há pouco menos de du=entos anos –# a geração de resíduos emvolume e"cessivo tornou-se inc?moda# os donos do poder econ?mico procuraram in<meros evariados meios para varrer as sobras nocivas para debai"o dos tapetes... alheios. 5ssim# sobras deelementos t!"icos# venenosos e radioativos )oram depositadas em águas continentais# ,vendidascomo mat'ria prima para países do chamado terceiro mundo# trasladadas para e depositadasna0ueles menos ba)e8ados pela )ortuna monetária. O autodenominado primeiro mundo# blocoecon?mico 0ue se rotulou de ,desenvolvido e 0ue sempre se postou em atitude imperialista#e"trativista# escravagista# )e= do mundo 0uali)icado por ele como ,subdesenvolvido o seu 0uintalnão apenas econ?mico como tamb'm receptáculo e depositário de seus e"purgos residuaisinconvenientes.

 7a luta contra o abuso 0ue esse mecanismo de traslado de resíduos representa# surgiu o 6ratado de&asil'ia# procurando administrar o transporte trans)ronteiriço de resíduos nocivos perigosos# ao 0ualaderiram 0uase todas as naç/es do mundo# e# naturalmente# o &rasil.

2. %onvenção de &asil'ia.

2.1. (ovimentos trans)ronteiriços de resíduos perigosos.

m meio C antevisão escatol!gica do 5rmagedon bíblico# surge no cenário internacional a%onvenção de &asil'ia# com o ob8etivo de estabelecer obrigaç/es para redu=ir ou impedir movimentos trans)ronteiriços de resíduos perigosos# resguardar um mane8o e)iciente eambientalmente seguro# minimi=ar a to"icidade dos resíduos gerados e dispor sobre seu tratamentoambientalmente seguro e pr!"imo da )onte geradora# al'm de prever assist;ncia aos países emdesenvolvimento na implementação destas disposiç/es.

 A Convenção de Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosose seu Depósito ideali=ou–se no início de 1HK1 sob os auspícios do 4rograma das 7aç/es @nidas

 para o (eio 5mbiente na reunião de (ontevid'u de 4eritos em Legislação 5mbiental. m 1HKH# )oi

adotada e reconhecida como um documento de re)er;ncia mundial na %on)er;ncia de4lenipotenciários# em &asil'ia. 5 %onvenção deve ser um instrumento 0ue representa o es)orçointernacional para eliminar o tr>nsito de resíduos com periculosidade ambiental2.

5ssim ' 0ue# no pre>mbulo do tratado# os países proponentes se di=iam ,conscientes do pre8uí=ocausado C sa<de humana e ao ambiente pelos resíduos perigosos e outros resíduos e pelo seumovimento trans)ronteiriço. *eclaravam-se atentos ,C ameaça cada ve= maior para a sa<dehumana e para o ambiente causada pela produção e comple"idade crescentes e pelo movimento

1 SO@M5# (atilde F S6NS# 4aulo Lui=. regime internacional de controle do transporte transfronteiriço!

arma"enamento e mane#o de resíduos perigosos. *isponível em

EEE.anppas.org.brencontrosegundo4apersB6B61+pauloPesteves.pd) . 5cesso em +D.11.D.

2 MIBLIO# Luciana. Panorama do $erenciamento de Resíduos Perigosos no Brasil e a Convenção de Basiléia .*isponível em9 EEE.lead.uer8.brNI%&B-2DD. 5cesso em +D.11.D

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trans)ronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos. 4regavam estar ,conscientes tamb'm de0ue a maneira mais e)ica= de proteger a sa<de humana e o ambiente dos perigos causados por essesresíduos ' redu=ir a sua produção ao mínimo# em termos de 0uantidade e ou potencial de perigo.

5)irmavam-se convictos ,de 0ue os stados deveriam tomar as medidas necessárias para assegurar 

a gestão de resíduos perigosos e outros resíduos incluindo o movimento trans)ronteiriço# e aeliminação ser compatível com a proteção da sa<de humana e do ambiente# 0ual0uer 0ue se8a o seulocal. %onsideraram os stados responsáveis por garantir 0ue os geradores respondessem pelotransporte e eliminação dos resíduos perigosos e ,reconheceram-nos com pleno direito soberano de

 proibir entrada ou eliminação de resíduos perigosos estrangeiros em seu territ!rio.

O pre>mbulo des)ia ainda uma s'rie de 0uase uma de=ena de proposiç/es 0ue invocam aconsci;ncia e a atenção da comunidade global 0uanto ao absurdo e C barbárie 0ue se praticava – e#in)eli=mente# ainda se pratica – no grande 0uintal do planeta 0ue são os países pobres. 5ssim#veri)icavam 0ue deve-se permitir o movimento trans)ronteiriço de resíduos somente 0uandoe"ecutado sob condiç/es 0ue não colo0uem em perigo a sa<de humana e o ambiente e 0ue   os

stados deveriam tomar medidas para o interc>mbio apropriado de in)ormação e controle domovimento trans)ronteiriço de resíduos.

%om resumido registro dos antecedentes hist!ricos relativos aos acordos internacionais 0ue sere)erem C 0uestão de proteção e preservação ambientais voltadas ao trá)ego de mercadorias

 perigosas+ arrematam o pre>mbulo determinados ,a proteger# atrav's do controlo rigoroso# a sa<dehumana e o ambiente dos e)eitos nocivos 0ue podem resultar da produção e gestão de resíduos#

 perigosos e de outros resíduos.

2. 2. – *ados gen'ricos sobre a %onvenção de &asil'ia.

5 %onvenção de &asil'ia ' um tratado internacional# de nature=a multilateral )irmado por diversosstados# com obrigaç/es e direitos recíprocos$ e de abrang;ncia global. 5 negociação )oi concluídaem 22 de março de 1HKH# pelos 11: países 0ue participaram da %on)er;ncia de 4lenipotenciários na%onvenção Blobal sobre o %ontrole de (ovimentos 6rans)ronteiriços de 3esíduos 4erigosos#convocada pelo *iretor "ecutivo do 4rograma das 7aç/es @nidas para o (eio 5mbiente47@(5$# em &asil'ia# Suiça# entrando em vigor# para o mundo# em de maio de 1HH2# 0uando 2Dstados rati)icaram ou aderiram C %onvenção. 

+  *eclaração da %on)er;ncia sobre o 5mbiente Qumano# stocolmo# 1H2J *iretri=es do %airo e os 4rincípios para aBestão 5mbiental Segura de 3esíduos 4erigosos 5ceitas pelo %onselho de Bovernadores do 4rograma das 7aç/es@nidas para o 5mbiente – 47@5 -# atrav's da *ecisão n.R 1+D# de 1 de 8unho de 1HKJ 3ecomendaç/es do %omit;

das 7aç/es @nidas de 4eritos no 6ransporte de (ercadorias 4erigosas - )ormuladas em 1H e atuali=adas bienalmente-J recomendaç/es relevantes# declaraç/es# )ormulários e regulamentos adotados no sistema das 7aç/es @nidas# bemcomo o trabalho e estudos )eitos em organi=aç/es internacionais e regionais.

 Lista atuali=ada dos stados 0ue se submeteram C %onvenção9 Assinatura: 5)eganistão 22.D+.KH$J 5lemanha2+.1D.KH$J 5rábia Saudita 22.D+.KH$J 5rgentina 2+.D:.KH$J ustria 1H.D+.HD$J &ahrain 22.D+.KH$J &'lgica 22.D+.KH$J&olívia 22.D+.KH$J %anadá 22.D+.KH$J %hile +1.D1.HD$J %hina 22.D+.HD$J %hipre 22.D+.KH$J %ol!mbia 22.D+.KH$J%omunidade uropeia 22.D+.KH$J *inamarca 22.D+.KH$J l Salvador 22.D+.KH$J miratos rabes @nidos 22.D+.KH$J0uador 22.D+.KH$J spanha 22.D+.KH$J stados @nidos 22.D+.HD$J Tilipinas 22.D+.KH$J Tinl>ndia 22.D+.KH$J Trança22.D+.KH$J Br'cia 22.D+.KH$J Buatemala 22.D+.KH$J Qaiti 22.D+.KH$J Qolanda 22.D+.KH$J Qungria 22.D+.KH$J Undia1.D+.HD$J Irlanda 1H.D1.HD$J Israel 22.D+.KH$J Itália 22.D+.KH$J Vord>nia 22.D+.KH$J WuEait 22.D+.KH$JLiechtenstein 22.D+.KH$J Lu"emburgo 22.D+.KH$J ('"ico 22.D+.KH$J 7ig'ria 1.D+.HD$J 7ova Mel>ndia 1K.D+.KH$J

 7oruega 22.D+.KH$J 4anamá 22.D+.KH$J 4ol!nia 22.D+.HD$J 4ortugal 2:.D:.KH$J 3eino @nido D:.1D.KH$J 3<ssia

22.D+.HD$J Síria 11.1D.KH$J Su'cia 22.D+.KH$J Suíça 22.D+.KH$J 6ail>ndia 22.D+.HD$J 6ur0uia 22.D+.KH$J Nene=uela22.D+.KH$. Ratificação % )rica do Sul D.D.H$J 5lb>nia 2H.D:.HH$J 5lemanha 21.D.H$J 5lg'ria 1.DH.HK$J5ndorra 2+.D.HH$J 5ntiga e &arbuda D.D.H+$J 5rábia Saudita D.D+.HD$J 5rgentina 2.D:.H1$J 5rm'nia D1.1D.HH$J5ustrália D.D2.H2$J ustria 12.D1.H+$J 5=erbai8ão D1.D:.2DD1$J &ahamas 12.DK.H2$J &ahrain 1.1D.H2$J &angladesh

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 7esse mesmo ano houve adesão do &rasil e a0ui passou a vigorar. 5 rati)icação pelo governo brasileiro se deu atrav's do *ecreto-legislativo +# de 1: de 8unho de 1HH2# tendo sido promulgadaatrav's do *ecreto K# de 1H de 8ulho de 1HH+# publicado no *iário O)icial da @nião no diaseguinte 2D de 8ulho de 1HH+$.

5 %on)er;ncia das 4artes# criada pelo 6ratado# reali=ou a sua primeira reunião em *e=embro de1HH2 em 4iriápolis# @ruguaiJ a segunda em março de 1HH e a terceira em setembro de 1HH# ambasem Benebra# na Suíça. 5 0uarta reunião ocorreu em )evereiro 1HHK em Wuching# na (alásia# a0uinta em de=embro 1HHH# novamente em &asil'ia# Suíça# e a se"ta em de=embro de 2DD2# uma ve=mais em Benebra.

2.+. %onceito de ,resíduos# con)orme a %onvenção.

Os resíduos ob8etos da %onvenção de &asileia são de)inidos em seu art. 2.R# parágra)o 1.R# comosendo ,subst>ncias ou ob8etos# a cu8o dep!sito procede-se# se prop/e proceder-se# ou se está

obrigado a proceder-se em virtude do disposto na legislação nacional. 5 combinação entre esse parágra)o e o parágra)o primeiro do artigo +.R demonstra 0ue as disposiç/es nacionais sobre ade)inição de resíduos podem di)erir e# portanto# o mesmo material considerado resíduo em umstado# poderá ser um produto de base ou mat'ria-prima em outro stado. São cobertos pela %onvenção# de acordo com o artigo 1.R# os seguintes resíduos su8eitos demovimento trans)ronteiriço9 

D1.D.H+$J &arbados 2.DK.H$J &'lgica D1.11.H+$J &eli=e 2+.D.H$J &enin D.12.H$J &ielor<ssia 1D.12.HH$J&olívia 1.11.H:$J &!snia-Qer=egovina 1:.D+.2DD1$J &otsEana 2D.D.HK$J &rasil D1.1D.H2$J &runei *arussalam

1:.12.2DD2$J &ulgária 1:.D2.H:$J &urGina Taso D.11.HH$J &urundi D:.D1.H$J &utão 2:.DK.2DD2$J %abo NerdeD2.D.HH$J %amar/es DH.D2.2DD1$J %ambo8a D2.D+.D1$J %anadá 2K.D2.H2$J %hade 1D.D+.2DD$J %hile 11.DK.H2$J%hina 1.12.H1$J %hipre 1.DH.H2$J %ol!mbia +1.12.H:$J %?moros +1.1D.H$J %osta do (ar)im D1.12.H$J %osta3ica D.D+.H$J %roácia DH.D.H$J %uba D+.1D.H$J *inamarca D:.D2.H$J *8ibuti +1.D.2DD2$J *ominicaD.D.HK$J gipto DK.D1.H+$J l Salvador 1+.12.H1$J miratos rabes @nidos 1.11.H2$J 0uador 2+.D2.H+$Jslová0uia 2K.D.H+$J slov'nia D.1D.H+$J spanha D.D2.H$J stados Tederados da (icron'sia D:.DH.H$J st!nia21.D.H2$J Tilipinas 21.1D.H+$J Tinl>ndia 1H.11.H1$J Trança D.D1.H1$J B>mbia 1.12.H$J Bana +D.D.2DD+$JBe!rgia 2D.D.HH$J Br'cia D.DK.H$J Buatemala 1.D.H$J Buiana D.D.2DD1$J Buin' 1:.D.H$J Buin' 0uatorialD.D2.2DD+$J Qolanda 1:.D.H+$J Qonduras 2.12.H$J Qungria 21.D.HD$J I'men 21.D2.H:$J Ilhas (arshall2.D1.2DD+$J Ilhas %ooG 2H.D:.2DD$J Undia 2.D:.H2$J Indon'sia 2D.DH.H+$J Irão D.D1.H+$J Irlanda D.D2.H$JIsl>ndia 2K.D:.H$J Israel D.12.H$J Itália D.D2.H$J Vapão 1.DH.H+$J Vord>nia 22.D:.KH$J Vugoslávia 1K.D.2DDD$JWasa0uistão D+.D:.2DD+$J Wiribati D.DH.2DDD$J Wirgistão 1+.DK.H:$J WuEait 11.1D.H+$J Lesoto +1.D.2DDD$J Let!nia1.D.H2$J Líbano 21.12.H$J Lib'ria 22.DH.2DD$J Líbia 12.D.2DD1$J Liechtenstein 2.D1.H2$J Litu>nia 22.D.HH$J

Lu"emburgo D.D2.H$J (aced!nia 1:.D2.H$J (adagáscar D2.D:.HH$J (alásia DK.1D.H+$J (alaEi 21.D.H$J(aldivas 2K.D.H2$J (ali D.12.2DDD$J (alta 1H.D:.2DDD$J (arrocos 2K.12.H$J (aurícias 2.11.H2$J (aurit>nia1:.DK.H:$J ('"ico 22.D2.H1$J (oçambi0ue 1+.D+.H$J (!naco +1.DK.H2$J (ong!lia 1.D.H$J 7amíbia 1.D.H$J

 7auru 12.11.2DD1$J 7epal 1.1D.H:$J 7icarágua D+.D:.H$J 7iger 1.D:.HK$J 7ig'ria 1+.D+.H1$J 7oruega D2.D.HD$J 7ova Mel>ndia 2D.12.H$J Oman DK.D2.H$J 4anamá 22.D2.H1$J 4apua 7ova Buin' D1.DH.H$J 4a0uistão 2:.D.H$J4araguai 2K.DH.H$J 4eru 2+.11.H+$J 4ol!nia 22.D+.H2$J 4ortugal 2:.D1.H$J Xatar DH.DK.H$J Xu'nia D1.D:.2DDD$J3eino @nido D.D2.H$J 3ep<blica %heca +D.DH.H+$J 3ep<blica *emocrática do %ongo D:.1D.H$J 3ep<blica da%oreia 2K.D2.H$J 3ep<blica *ominicana 1D.D.2DDD$J 3ep<blica (oldava D2.D.HK$J 3om'nia 2.D2.H1$J 3uandaD.D1.2DD$J 3<ssia +1.D1.H$J Samoa 22.D+.H2$J Santa L<cia DH.12.H+$J São Wits F 7evis D.DH.H$J São NicenteF Branadinas D2.12.H:$J Senegal 1D.11.H2$J Seichelles 11.D.H+$J Singapura D2.D1.H:$J Síria 22.D1.H2$J Sri LanGa2K.DK.H2$J Su'cia D2.DK.H1$J Suíça +1.D1.HD$J Suriname $J 6ail>ndia 2.11.H$J 6an=>nia D.D.H+$J 6ogoD2.D.2DD$J 6rindade e 6obago 1K.D2.H$J 6unísia 11.1D.H$J 6ur0uemenistão 2.DH.H:$J 6ur0uia 22.D:.H$J@cr>nia DK.1D.HH$J @ganda 11.D+.HH$J @ruguai 2D.12.H1$J @=be0uistão D.D2.H:$J Nene=uela D+.D+.HK$J Nietname

1+.D+.H$J M>mbia 1.11.H$.*ata de %riação9 D1-DK-2DD+ - *ata de 5ctuali=ação9 D-D1-2DD. *isponível emEEE.diramb.gov.ptdatabasedoc57VP2:PLI.htm. 5cesso em 2K.12.2DD

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• a0ueles considerados ,resíduos perigosos para os )ins da %onvenção# assim identi)icados9

a$ os ,resíduos 0ue se en0uadram em 0ual0uer categoria contida no 5ne"o I# a menos0ue não possuam nenhuma das características descritas no 5ne"o IIIJ

 b$ os ,resíduos não cobertos pelo parágra)o a$ mas de)inidos# ou considerados#resíduos perigosos pela legislação interna da 4arte 0ue se8a stado de e"portação# deimportação ou de tr>nsito 5rtigo 1R# parágra)o 1R$J e

• ,os resíduos 0ue se en0uadram em 0ual0uer categoria contida no 5ne"o II# e 0ue se8amob8eto de movimentos trans)ronteiriços serão considerados Youtros resíduosZ para os )ins da

 presente %onvenção 5rtigo 1R# parágra)o 2R$.

São e"cluídos do >mbito da %onvenção os seguintes resíduos9 

• ,os resíduos 0ue# por serem radioativos# estiverem su8eitos a outros sistemas internacionaisde controle# inclusive instrumentos internacionais# 0ue se apli0uem especi)icamente amateriais radioativos 5rtigo 1R# parágra)o +R$J

• ,os resíduos derivados de operaç/es normais de um navio# cu8a descarga este8a coberta por um outro instrumento internacional 5rtigo 1R# parágra)o R$.

%omo 8á dito# o 6ratado tem como ob8etivo geral estabelecer obrigaç/es visando redu=ir osmovimentos trans)ronteiriços de resíduos perigosos ao mínimo# com mane8o e)iciente eambientalmente seguro# al'm de buscar a redução da 0uantidade e to"icidade dos resíduos gerados.4rev; o tratamento dep!sito e recuperação$ ambientalmente seguro e pr!"imo da )onte geradora#

 buscando# ainda# ditar orientaç/es e metas para assistir aos países em desenvolvimento naimplementação destas disposiç/es.

2.. Obrigaç/es 0ue comp/em a %onvenção de &asil'ia.

 7os termos do 6ratado# as partes signatárias e as 0ue a ele aderirem devem# entre in<meras outrasobrigaç/es artigo .R$9

• ,assegurar 0ue a geração de resíduos se8a redu=ida a um mínimo e 0ue o gerador destesresíduos cumpra suas tare)as 0uanto ao transporte e dep!sito de )orma a proteger a sa<dehumana e o meio ambiente# devendo procurar 0ue os mesmos se8am depositados no stado

no 0ual )oram gerados# assegurando instalaç/es ambientalmente ade0uadas para odep!sitoJ

• ,in)ormar a Secretaria da %onvenção a respeito dos resíduos# e"cluídos a0ueles relacionadosnos 5ne"os I e II# considerados como perigosos na legislação nacional# bem como outros

 procedimentos relacionados ao temaJ

• ,proibir a e"portação de resíduos perigosos para as 4artes 0ue proibirem a importaçãodesses resíduos# 0uando noti)icadas como prev; a %onvençãoJ

,proibir a e"portação de resíduos perigosos se o stado de importação não der consentimento por escrito para a importaçãoJ

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• ,impedir a importação de resíduos perigosos se tiver ra=/es para crer 0ue os mesmos nãoserão administrados de )orma ambientalmente saudávelJ

• ,divulgar in)ormaç/es sobre o movimento trans)ronteiriço de resíduos perigosos com vistasa aprimorar a administração e impedir o trá)ego ilegal considerado# pela %onvenção#

atividade criminosaJ

• não permitir ,a e"portação ou importação destes resíduos para um stado 0ue não se8a4arteJ

• ,proibir todas as pessoas de seu país a transportarem ou depositarem resíduos perigosos semautori=ação ou permissão para tal. [ e"igido o acompanhamento de documento demovimento desde o ponto inicial at' o ponto de dep!sitoJ

• ,e"igir 0ue estes resíduos se8am embalados# eti0uetados e transportados em con)ormidade

com normas e padr/es internacionais aceitos e reconhecidosJ rever periodicamente as possibilidades de redu=ir a 0uantidade e o potencial de poluição dos resíduos perigosos 0uesão e"portados para outros stadosJ

• ,nomear o 4onto Tocal no 4aís.

2.. strutura da %onvenção de &asil'ia.

Toi redigida em vinte e nove artigos e seis ane"os# posteriormente elevados para nove. O primeiroartigo prev; o alcance da %onvenção# ou se8a# delimita o conceito dos resíduos sobre os 0uaisincidem os seus e)eitos. O artigo segundo# sob a rubrica ,de)iniç/es prov; as de)iniç/es para a

generalidade de termos utili=ados no conte"to da %onvenção# desde a de)inição de ,resíduos at' asde ,stados de ... e"portação# tr>nsito# importação# interessado$ chegando a ,trá)ico ilegal.

O artigo terceiro prev; pra=o de seis meses para 0ue os stados-4arte in)ormem a previsão legalinterna sobre outros resíduos considerados perigosos# bem como os re0uisitos 0ue sua legislaçãoimponha ao transporte trans)ronteiriços desses mesmos resíduos. O artigo 0uarto discrimina asobrigaç/es gerais das 4artes# sendo as principais a0uelas anteriormente anotadas. *ivide-se em do=e

 parágra)os# alguns deles subdivididos em alíneas 1# a# b e cJ 2# a# b# c# d# e# )# g# hJ # a# b# cJ K# a# b#c$. O parágra)o 12 estipula 0ue as partes deverão rever periodicamente as possibilidades de redu=ir 0uantidade e potencial de poluição dos resíduos perigosos 0ue são e"portados para outros stados#

 principalmente para os países em desenvolvimento.

O artigo 0uinto disp/e sobre a designação de autoridades competentes e do ponto )ocal# o se"to#sobre o movimento trans)ronteiriço entre 4artes# o s'timo# de 4arte a 4arte# atrav's de stados 0uenão se8am 4artes. O artigo oitavo regulamenta o dever de reimportar# o nono disp/e sobre o trá)icoilegalJ o d'cimo )ala sobre cooperação internacional. Os demais artigos prev;em normas decooperação# aspectos )inanceiros# aspectos administrativos# revisão da %onvenção e outros aspectosde caráter eminentemente administrativo.

O ane"o I especi)ica as categorias de resíduos a serem controladosJ o ane"o II# as categorias deresíduos 0ue e"igem consideração especial. O ane"o III trata da lista de características perigosas

gerais dos resíduos. Vá o ane"o IN regula as operaç/es de dep!sito. O ane"o N# subdividido em N-5e N-&# regula as in)ormaç/es a serem )ornecidas# e o ane"o NI as regras de mediação e arbitragem.

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*urante a IN 3eunião da %on)er;ncia das 4artes# reali=ada em Wuching# na (alásia# em 2 de)evereiro de 1HHK# )oram adotados e acolhidos te"to de menda ao 5ne"o I e acrescidos os 5ne"osNIII e I\ C %onvenção# especi)icando classes e categorias de novos resíduos considerados perigosose indicando as respectivas provid;ncias. Os te"tos )oram aprovados pelo %ongresso 7acional# por meio do *ecreto Legislativo n.R :+# de 21 de novembro de 2DD1# e promulgados pelo *ecreto

.K1# de 2 de 8aneiro de 2DD+.

+. 3esíduos 4erigosos e 5genda 21

+.1. 5genda 21

5 5genda 21 ' um documento oriundo da %on)er;ncia das 7aç/es @nidas sobre (eio 5mbiente e*esenvolvimento 3io co-H2$ com abrang;ncia global# des)iando# em D t!picos# as possibilidadesde desenvolvimento sustentável para o planeta# onde se possa manter o desenvolvimento sem

 pre8uí=os C 0ualidade de vida do ser humano e Cs condiç/es ambientais. 4ode-se resumir essa

)iloso)ia no encaminhamento das condiç/es de vida do planeta para um ambiente 8usto e saudável#com o e0uilíbrio per)eito entre o ser humano# a nature=a e a economia# sem pre8udicar odesenvolvimento e a 0ualidade de vida# e sem degradar o ambiente planetário.

sse mesmo documento prev; a criação da 5genda 21 nacional# 0ue deverá ser implementada# emcada país# segundo características peculiares e# ainda# a 5genda 21 local 0ue# em tese# deve ser adotada por cada cidade ou localidade onde e"ista um n<cleo humano com necessidades decrescimento e de sustentabilidade ambiental e econ?mica# sem pre8uí=o da 0ualidade de vida e daconservação dos ecossistemas.

4ara 0ue resultem compreensíveis as diretri=es da 5genda 21# ' interessante transcrever a0ui seu primeiro capítulo# rubricado sob o título ,pre>mbulo9

,%apítulo 1.

43](&@LO

1.1. 5 humanidade se encontra em um momento de de)inição hist!rica.*e)rontamos-nos com a perpetuação das disparidades e"istentes entre as naç/es e no interior delas# o agravamento da pobre=a# da )ome# das doenças e do anal)abetismo# e com adeterioração contínua dos ecossistemas de 0ue depende nosso bem-estar. 7ão obstante# casose integrem as preocupaç/es relativas a meio ambiente e desenvolvimento e a elas se

dedi0ue mais atenção# será possível satis)a=er Cs necessidades básicas# elevar o nível da vidade todos# obter ecossistemas melhor protegidos e gerenciados e construir um )uturo mais pr!spero e seguro. São metas 0ue nação alguma pode atingir so=inhaJ 8untos# por'm# podemos -- em uma associação mundial em prol do desenvolvimento sustentável.

1.2. ssa associação mundial deve partir das premissas da resolução 22K da5ssembl'ia Beral de 22 de de=embro de 1HKH# adotada 0uando as naç/es do mundoconvocaram a %on)er;ncia das 7aç/es @nidas sobre (eio 5mbiente e *esenvolvimento# eda aceitação da necessidade de se adotar uma abordagem e0uilibrada e integrada das0uest/es relativas a meio ambiente e desenvolvimento.

1.+. 5 5genda 21 está voltada para os problemas prementes de ho8e e tem o ob8etivo#

ainda# de preparar o mundo para os desa)ios do pr!"imo s'culo. 3e)lete um consensomundial e um compromisso político no nível mais alto no 0ue di= respeito adesenvolvimento e cooperação ambiental. O ;"ito de sua e"ecução ' responsabilidade# antes

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de mais nada# dos Bovernos. 4ara concreti=á-la# são cruciais as estrat'gias# os planos# as políticas e os processos nacionais. 5 cooperação internacional deverá apoiar e complementar tais es)orços nacionais. 7esse conte"to# o sistema das 7aç/es @nidas tem um papel)undamental a desempenhar. Outras organi=aç/es internacionais# regionais e subregionaistamb'm são convidadas a contribuir para tal es)orço. 5 mais ampla participação p<blica e oenvolvimento ativo das organi=aç/es não-governamentais e de outros grupos tamb'm devemser estimulados.

1.. O cumprimento dos ob8etivos da 5genda 21 acerca de desenvolvimento e meioambiente e"igirá um )lu"o substancial de recursos )inanceiros novos e adicionais para os países em desenvolvimento# destinados a cobrir os custos incrementais necessários Cs aç/es0ue esses países deverão empreender para )a=er )rente aos problemas ambientais mundiais eacelerar o desenvolvimento sustentável. 5l'm disso# o )ortalecimento da capacidade dasinstituiç/es internacionais para a implementação da 5genda 21 tamb'm e"ige recursos)inanceiros. %ada uma das áreas do programa inclui uma estimativa indicadora da ordem degrande=a dos custos. ssa estimativa deverá ser e"aminada e aper)eiçoada pelas ag;ncias eorgani=aç/es implementadoras.

1.. 7a implementação das áreas pertinentes de programas identi)icadas na 5genda21# especial atenção deverá ser dedicada Cs circunst>ncias especí)icas com 0ue se de)rontamas economias em transição. [ necessário reconhecer# ainda# 0ue tais países en)rentamdi)iculdades sem precedentes na trans)ormação de suas economias# em alguns casos em meioa considerável tensão social e política.

1.:. 5s áreas de programas 0ue constituem a 5genda 21 são descritas em termos de bases para a ação# ob8etivos# atividades e meios de implementação. 5 5genda 21 ' um programa din>mico. la será levada a cabo pelos diversos atores segundo as di)erentessituaç/es# capacidades e prioridades dos países e regi/es e com plena observ>ncia de todosos princípios contidos na *eclaração do 3io sobre (eio 5mbiente e *esenvolvimento. %om

o correr do tempo e a alteração de necessidades e circunst>ncias# ' possível 0ue a 5genda 21venha a evoluir. sse processo assinala o início de uma nova associação mundial em prol dodesenvolvimento sustentável.

+.2. 6ransporte de 3esíduos 4erigosos na 5genda 21.

O capítulo 2D da 5genda 21 ' todo ele dedicado C 0uestão do transporte trans)ronteiriço de resíduos perigosos. Sob o título ,(ane8o 5mbientalmente Saudável *os 3esíduos 4erigosos# Incluindo 54revenção *o 6rá)ico Internacional Ilícito *e 3esíduos 4erigosos# o capítulo em )oco incorporatodo o espírito da %onvenção de &asil'ia. %om e)eito# 8á de início assegura 0ue ,O controle e)etivoda geração# do arma=enamento# do tratamento# da reciclagem e reutili=ação# do transporte# da

recuperação e do dep!sito dos resíduos perigosos ' de e"trema import>ncia para a sa<de do homem#a proteção do meio ambiente# o mane8o dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável. Istore0uer a cooperação e participação ativas da comunidade internacional# dos Bovernos e daind<stria.

4ara a mitigação do problema crítico de produção e transporte trans)ronteiriço de resíduos perigosossão previstas as seguintes metas gerais9

• ,a$ 4revenir ou redu=ir ao mínimo a produção de resíduos perigosos como parte de umaabordagem geral integrada de tecnologias limpasJ depositar ou redu=ir os movimentostrans)ronteiriços de resíduos perigosos at' um mínimo 0ue corresponda C um mane8oambientalmente saudável e e)iciente de tais resíduosJ e garantir 0ue se bus0uem# na má"imamedida do possível# opç/es de mane8o ambientalmente saudável dos resíduos perigosos no

 ,Introdução - 2D.1

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 país de origem princípio da auto-su)ici;ncia$. Os movimentos trans)ronteiriços 0ueocorrerem deverão obedecer a motivos ambientais e econ?micos e estar baseados emacordos celebrados entre os stados interessadosJ

• b$ 5 rati)icação da %onvenção de &asil'ia sobre o %ontrole dos (ovimentos

6rans)ronteiriços dos 3esíduos 4erigosos e seu dep!sito e a rápida elaboração dos protocolos correspondentes# tais como o protocolo sobre responsabilidade e indeni=ação#mecanismos e diretri=es necessários para )acilitar a implementação da %onvenção de&asil'iaJ

• c$ 5 rati)icação e plena implementação# pelos países envolvidos# da %onvenção de &amacosobre a 4roibição da Importação para a )rica e %ontrole dos (ovimentos 6rans)ronteiriçosdentro da )rica de 3esíduos 4erigosos# e a rápida elaboração de um protocolo sobreresponsabilidade e indeni=açãoJ

• d$ *ep!sito da e"portação de resíduos perigosos para países 0ue# individualmente ou por meio de acordos internacionais# proíbam a importação desses resíduos# tais como as partescontratantes da %onvenção de &amaco e da 0uarta %onvenção de Lom'# assim como outrosconv;nios pertinentes em 0ue se estabelece essa proibição:.

%omo se pode observar# dentre as metas adotadas ampara-se a rati)icação da %onvenção de &asil'iae a elaboração rápida dos protocolos correspondentes alínea ,b# acima$.

. O transporte de resíduos perigosos e a legislação brasileira.

,Os resíduos perigosos constituem# no &rasil# motivo de preocupação das autoridades e !rgãos

ambientais# se8a devido Cs 0uantidades 0ue v;m sendo geradas# principalmente como resultado daelevada concentração industrial em algumas regi/es do país# se8a pela car;ncia de instalaç/es elocais ade0uados para o tratamento e destino )inal destes resíduos. Os 0uantitativos de resíduos

 perigosos gerados no &rasil são largamente estimados e não se disp/e# e)etivamente# de valores precisos. 5 %etesb# !rgão ambiental do estado de São 4aulo por e"emplo# estima 0ue em 1HH2apenas a região metropolitana gerou 2DD mil toneladas de resíduos perigosos. %ontudo esse valor 'considerado subestimado# pois )oi elaborado a partir de autodeclaraç/es dos pr!prios geradores. mnível nacional# estima-se 0ue o total de resíduos industriais gerados anualmente oscile na ordem de1#H milh/es de toneladas# estando incluídos perigosos ou não# no caso# inertes.

: ,(etas Berais – 2D.

 3esíduos perigosos no &rasil e a %onvenção de &asil'ia % EEE2.ciesp.org.br – +D11D.

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O gerenciamento de resíduos no &rasil não possui uma política legal especí)icaK#H no 0ue pese a preocupação geral de !rgãos o)iciais e entidades privadas. 5penas de resíduos perigosos# segundo a5ssociação &rasileira de 6ratamento de 3esíduos speciais# são produ=idas dois milh/es enovecentas mil toneladas# com apenas seiscentas toneladas tratadas dentro de padr/es ade0uados.

%omo bem analisa Luciana Miglio# ,al'm dos princípios gerais do *ireito 4ublico e 5dministrativo0ue devem ser observados pelo direito ambiental brasileiro# a elaboração de normas e políticas de proteção ao meio ambiente são especi)icamente orientadas por tr;s princípios9 o da  prevençãoestabelecido e encontrado no artigo 2 da lei :.H+1 de 1HK1 da 4olítica 7acional &rasileira de (eio5mbiente. *e acordo com tal princípio# as medidas 0ue visem C prevenção de danos ao meioambiente devem ter prioridade sobre a0uelas 0ue visem sua reparaçãoJ  poluidor pagador 

K 5s normas legais brasileiras se espalham em leis# resoluç/es# portarias e outras# 0ue não se interconectam em umaespeci)icidade e coer;ncia unitária 0ue o tema merece. 5s principais normas# segundo compilação de Luciana Miglio#são as seguintes9 Leis &igentes no Brasil para Resíduos 'omiciliares! (ndustriais Perigosos ou não .  Lei Federal 

5.357  de 1.11.1H:. stabelece penalidades para embarcaç/es e terminais marítimos ou )luviais 0ue lançarem detritosou !leo em águas brasileiras# e dá outras provid;ncias. - Lei Federal 6.453 de 1.1D.. *isp/e sobre responsabilidade

civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal por atos relacionados com atividades nucleares. 5 lei classi)icacomo crime produ=ir# processar# )ornecer# usar# importar# ou e"portar material sem autori=ação legal# e"trair ecomerciali=ar ilegalmente min'rio nuclear# transmitir in)ormaç/es sigilosas neste setor# ou dei"ar de seguir normas desegurança relativas C instalação nuclear. -  Lei Federal 6803  de D2.D.KD. stabelece as diretri=es básicas para o=oneamento industrial em áreas criticas Xuanto C poluição ambiental. -  Lei Federal 7.802 de 11.D.KH. 3egulamentadesde a pes0uisa e )abricação dos agrot!"icos ate sua comerciali=ação# aplicação# controle# )iscali=ação e tamb'm odestino da embalagem. - Portaria 1.469 de 2H.12.2DDD. stabelece procedimentos para a)erir a contaminação do solo ede águas subterr>neas decorrentes de atividades industriais. - Portaria 204 de 1HH. 3egulamenta o transporte )ederalrodoviário de produtos perigosos. - Portaria 053. de D1.+.H. *e)ine o tratamento 0ue deve ser dados aos resíduoss!lidos perigosos# t!"icos ou não e# responsabili=a os !rgãos estaduais de controle de poluição pela )iscali=ação daimplantação# operação e manutenção de pro8etos de tratamento e disposição dos resíduos s!lidos.-  Portaria 03 de1H.D1.. stabelece normas 0ue obrigam as empresas instaladas ou a se instalarem em 6errit!rio nacional a prevenir oucorrigir os inconvenientes e pre8uí=os provenientes da poluição e contaminação do meio ambiente.

 7o tocante Cs normas ambientais sobre resíduos perigosos destacam-se as provenientes do %O75(5. 5s normas do%O75(5 devem ser respeitadas en0uanto autori=adas por leis )ederais. 5 primeira resolução %O75(5 para estetrabalho tem por n<mero DDH# preconi=ando a vig;ncia do &rasil na %onvenção de &asil'ia. 3evogada no mesmoano# )oi substituída pela +H e esta tamb'm )oi revogada em 1HH: atrav's da  Resolução 23/96 . stas alteraç/esocorreram devido C busca pelo %O75(5 de adaptar as e"ig;ncias do tratado C realidade brasileira. 5 seguir observe Csresoluç/es pertinentes C convenção. Resoluç)es do Consel*o +acional de ,eio Am-iente para Resíduos

'omiciliares! (ndustriais Perigosos ou não. 001-A  de 2+.D1.K:. 3egulamenta o transporte de cargas perigosascon)orme dereto 88.821 de D:.1D.K+. D2: de D+.12.K:. %ria as c>maras t'cnicas de recursos hídricos# de poluiçãoindustrial# de mineração# )lora e )auna e agrot!"icos. - 006   de 1.D:.KK. Obriga as ind<strias geradoras de resíduoscon)orme os respectivos crit'rios# apresentar ao !rgão ambiental competente in)ormaç/es sobre a geração#características e destino )inal de seus resíduos. - 013 de 1.DH.KH. 5crescenta a c>mara t'cnica de acompanhamento eanálise das soluç/es propostas para destino )inal do li"o radioativo produ=ido do país da respectiva compet;ncia. -  008

de 1H.DH.H1. Neta a entrada de materiais residuais destinados a disposição )inal e incineração no país.  - 005 de D.DK.H+.*isp/e sobre resíduos s!lidos gerados em hospitais# portos e aeroportos. - 009 de +1.DK.H+. *isp/e sobre !leos usados. -019  de 2H.DH.H. 5utori=a# e"cepcionalmente# a e"portação de resíduos perigosos contendo bi)enilas olicloradas – 4%&s. - 013  de 1+.12.H. stabelece 0ue toda empresa 0ue produ=a# importe# e"porte# comerciali=e ou utili=esubstancias controladas# deverá estar cadastrada 8unto ao I&5(5. - 228 de 2D.DK.H. 5utori=a ate +1.12.H# em caráter e"cepcional# a importação de resíduos de acumuladores el'tricos de chumbo# observando a legislação internacionalvigente %onvenção de &asil'ia$. - 257  de +D.D:.HH. *e)ine crit'rios de gerenciamento para destino )inal ambientalade0uado de pilhas e baterias con)orme especí)ica. - 258 de 2:.DK.HH. 6orna obrigat!rio as empresas )abricantes eimportadoras de pneumáticos coletar e dar destino )inal ambiental ade0uado aos pneus inservíveis no país. Tontes9EEE.mma.gov.br   .2DD+ e 3esoluç/es citadas do %O75(5. Organi=ação9 Luciana /iglio 0 In  15 Segurança5mbiental no &rasil e a %onvenção de &asil'ia2EEE.anppas.org.brencontrosegundo4apersB6B61+lucianaP=iglio2.pd) – +D.11.D$.

9 5 Resolução !"#A$A 301# publicada no *O de 2K.DK.D+# )echou a porta para a concessão de liminares permitindo aentrada de pneus usados e remoldados no &rasil. 5 resolução 258/1999# 0ue estabeleceu a obrigatoriedade dorecolhimento dos pneus usados pelos )abricantes ou importadores não citava e"plicitamente as resoluç/es 23/1996   e235/1998# 0ue proíbem a importação de pneus re)ormados. 5 brecha )oi usada para a obtenção de liminares# 0ue

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estabelecido pela lei mencionada anteriormente em seu artigo onde o poluidor ' obrigado#independente de e"ist;ncia de culpa# indeni=ar ou reparar# danos causados ao meio ambienteJ!ooperação estabelecida pelo artigo 22 da %onstituição Tederal &rasileira de 1HKK# onde o stadoe sociedade devem agir em gestão compartilhada de modo a evitar pre8uí=os ambientais1D.

5crescenta 0ue o artigo 2+ da %3T& relata a compet;ncia dos municípios no tocante ao combate da poluição em suas diversas )ormas e 0ue o inciso + do capítulo 22 menciona 0ue condutas lesivasao meio ambiente estarão su8eitas Cs sanç/es penais. 5l'm da normati=ação citada# a vig;ncia# a

 partir de março de 1HHK# da Lei H:D# 0ue disp/e sobre as sanç/es penais e administrativasderivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providencias – Lei de%rimes 5mbientais# instituindo penalidades rigorosas para os poluidores do meio ambiente# )orça osgeradores a buscar soluç/es ade0uadas para destino de seus resíduos perigosos.

*e 0ual0uer )orma# )ormatou-se a regulamentação do com'rcio e transporte internacional deresíduos perigosos no &rasil a partir da adesão do país C %onvenção de &asil'a. %omo inicialmentedito# o &rasil con)irmou sua perman;ncia como integrante da %onvenção# internali=ando assim o

documento no país# por meio do *ecreto K# de 1H de 8ulho de 1HH+.

.1. 7ormas legais brasileiras sobre transporte trans)ronteiriço de resíduos perigosos.

5 mat'ria )oi regulamentada# em observ>ncia aos termos da %onvenção de &asil'ia# atrav's da3esolução %O75(5 nR 2+# de 12 de de=embro de 1HH:# 0ue# inicialmente de)iniu# em moldes da

 política ambiental brasileira# os resíduos em perigosos# não inertes# inertes e outros resíduos art.1.R$# proibindo a importação dos perigosos em todo o territ!rio nacional# salvo em casosabsolutamente e"cepcionais# autori=ados pela %>mara 6'cnica de %ontrole 5mbiental do%O75(511 art. 2.R$ e a importação de)initiva dos resíduos classi)icados como ,outros resíduos 12

art. +.R$.

4elo artigo .R permitiu-se a importação de resíduos inertes 1+# e"ceto de pneumáticos usados# 0ue)icou terminantemente proibida. %om e)eito# a medida coibiu o com'rcio abusivo de carcaçasusadas# )artamente carreadas para o país# onde provocava danos ambientais de grande monta# at'

 por0ue os materiais de )abricação dos pneus não são degradáveis a pra=os previsíveis.

5 importação de resíduos não inertes – alínea b do art. 1.R 1 - )oi autori=ada para as )inalidades dereciclagem ou reaproveitamento ap!s autori=ação ambiental do I&5(5# precedida de anu;ncia e

 parecer t'cnico do ^rgão stadual de (eio 5mbiente# e ap!s o atendimento das e"ig;nciasespeci)icadas art. .R e alíneas$.

alegavam estarem revogadas as resoluç/es anteriores )onte9 EEE.mma.gov.br   – assessoria de comunicação# em2K.DK.D+$. EEE.ibps.com.brinde".asp_idnoticia 1̀H+1 – +D.11.D.

1D EEE.lead.uer8.brNI%&B-2DD - ,4anorama do Berenciamento de 3esíduos 4erigosos no &rasil e a %onvenção de&asil'ia - Luciana Miglio-@S4

11 ,resíduos 4erigosos - %lasse I9 são a0ueles 0ue se en0uadrem em 0ual0uer categoria contida nos 5ne"os 1-5 a 1-%# amenos 0ue não possuam 0uais0uer das características descritas no 5ne"o 2# bem como a0ueles 0ue# embora não listadosnos ane"os citados# apresentem 0uais0uer das características descritas no 5ne"o 2.

12 ,a0ueles coletados de resid;ncias ou decorrentes da incineração de resíduos dom'sticos.

1+ ,resíduos Inertes - %lasse III9 são a0ueles 0ue# 0uando submetidos a teste de solubili=ação# con)orme 7&3 1D.DD:#

não tiverem nenhum de seus constituintes solubili=ados em concentraç/es superiores aos padr/es especi)icados no5ne"o +.1 ,resíduos 7ão Inertes - %lasse II9 são a0ueles 0ue não se classi)icam como resíduos perigosos# resíduos inertes ououtros resíduos# con)orme de)inição das alíneas a# c e d# respectivamente.

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ssa ' a base normativa dom'stica atual a regular o transporte trans)ronteiriço de resíduos perigosos# acompanhada de uma de=ena de portarias e de outras resoluç/es.

.2. – 6e"tos legais relativos a transporte de produtos perigosos.

5 título de ilustração enumeram-se outros te"tos legais 0ue prev;em regras para o transporte de produtos perigosos independentemente de se tratar de resíduos e de haver o transportetrans)ronteiriço$9

• 6ransporte rodoviário9 *ecreto n H:.D# de 1K de maio de 1HKK - 5prova o 3egulamento para o 6ransporte 3odoviário de produtos 4erigosos e dá outras provid;nciasJ 4ortaria do(inistro dos 6ransportes n 2D# de 1D de maio de 1HH# aprova as Instruç/es%omplementares aos 3egulamentos do 6ransporte 3odoviário e Terroviário de 4rodutos4erigosos e dá outras provid;nciasJ 4ortaria do (inistro dos 6ransportes n DH# de 12 desetembro de 1HH# altera a 4ortaria do (inistro dos 6ransportes n 2D# de 1D de maio de

1HHJ 3esolução %O75(5 n DD1-5# de 2+ de 8aneiro de 1HK:# disp/e sobre o transporterodoviário de produtos perigosos.

• 6ransporte )erroviário9 *ecreto n HK.H+# de 21 de )evereiro de 1HHD# aprova o3egulamento do 6ransporte Terroviário de 4rodutos 4erigosos e dá outras provid;nciasJ4ortaria do (inistro dos 6ransportes n 2D# de 1D de maio de 1HH# aprova as Instruç/es%omplementares aos 3egulamentos do 6ransporte 3odoviário e Terroviário de 4rodutos4erigosos e dá outras provid;nciasJ 4ortaria do (inistro dos 6ransportes n DH# de 12 desetembro de 1HH# altera a 4ortaria do (inistro dos 6ransportes n 2D# de 1D de maio de1HH.

• 6ransporte marítimo9 %!digo da Organi=ação (arítima Internacional para (ercadorias4erigosas I(*B %ode$.

.+. 4ro8eto legislativo.

%aso vingue a %onsolidação das Leis 5mbientais# atualmente em estudos no %ongresso 7acional#estarão previstas de modo especí)ico# no %apítulo NIII# normas regulamentares sobre ,a produção# amanipulação# o acondicionamento# o arma=enamento# a coleta# o transporte# o tratamento e adisposição )inal dos resíduos perigosos com a vedação e"pressa de importação de produtosconsiderados perigosos# de 0ual0uer esp'cie e sob 0ual0uer )orma# ainda 0ue para reutili=ação#

reprocessamento ou reciclagem.

sses são os principais t!picos do embrionário prot!tipo da %onsolidação9

,%onsolidação da Legislação 5mbiental &rasileira estudos$

6ítulo N - da (anutenção e 3ecuperação da Xualidade 5mbiental

%apítulo NIII - dos 3esíduos 4erigosos 5rt. 2H. 5 produção# a manipulação# o acondicionamento# o arma=enamento# a coleta# o

transporte# o tratamento e a disposição )inal dos resíduos perigosos serão reali=ados de)orma a não causar pre8uí=os C sa<de p<blica ou ao meio ambiente. 1R 4ara os e)eitos desta lei# entende-se por9

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I. resíduos9 os materiais resultantes de processo de produção# trans)ormação# utili=ação ouconsumo em atividade industrial# comercial# de prestação de serviço ou outra# a cu8adisposição )inal se procede# se prop/e proceder ou se está obrigado a procederJ

II. resíduos perigosos9 a0ueles 0ue possam apresentar risco C sa<de p<blica# C 0ualidadeambiental ou ao patrim?nio p<blico e privado# mesmo em pe0uenas 0uantidades# em

)unção de suas características de to"icidade# corrosividade# reatividade# e"plosividade#in)lamabilidade# radioatividade ou patogenicidade. 2R O !"#A$A# em con8unto com o !rgão )ederal de sa<de competente# estabelecerá arelação de resíduos considerados perigosos. +R "cluem-se da abrang;ncia desta lei os resíduos radioativos# su8eitos C legislaçãoespecí)ica.5rt. 2HK. O )uncionamento de entidades p<blicas ou privadas 0ue produ=am oumanipulem# em 0ual0uer )ase de seus processos# resíduos perigosos# condiciona-se a9

I. licenciamento ambientalJII. registro no %adastro 6'cnico 7acional de 5tividades 4otencialmente 4oluidoras ou

@tili=adoras de 3ecursos 5mbientais.

1R 4ara a concessão da Licença 4r'via# e"igir-se-á# na )orma do art. K desta lei# aaprovação de studo 4r'vio de Impacto 5mbiental# no 0ual comprovar-se-á a capacidadet'cnica da entidade de prover os cuidados necessários C produção# manipulação#acondicionamento# coleta# transporte# arma=enamento# tratamento ou disposição )inal doresíduo# de )orma ambientalmente segura# con)orme cada caso especí)ico. 2R 5 Licença de Operação deve ser renovada anualmente e será sempre condicionada aocumprimento das normas# procedimentos e cuidados propostos 0uando da aprovação doI5. +R 7a )ase de licenciamento ou na renovação da Licença de Operação# caso 8ulguenecessário# o licenciador poderá e"igir cuidados no sentido de aumentar a segurança ouredu=ir os riscos resultantes dos resíduos perigosos. R Os !rgãos do SIS75(5# a 0ual0uer tempo# terão livre acesso Cs instalaç/es de

 produção e de controle# bem como disponibilidade plena dos dados operacionaisdisponíveis# na )orma do art. 2+K desta lei.5rt. 2HH. São obrigaç/es das entidades p<blicas ou privadas 0ue produ=am ou manipulem#em 0ual0uer )ase de seus processos# resíduos perigosos9

I. manter atuali=ado e disponível o controle dos procedimentos relacionados ao gerenciamentodos resíduosJ

II. in)ormar anualmente ao !rgão do SIS75(5 responsável pelo licenciamento ambientalsobre9

a. a 0uantidade de resíduos produ=idos ou manipulados# a nature=a dos mesmos e sua

destinaçãoJ b. as medidas adotadas para a redução do volume e da periculosidade dos resíduos# bemcomo para o aper)eiçoamento t'cnico de seu gerenciamentoJ

III. in)ormar imediatamente aos !rgãos de de)esa civil# de meio ambiente e de sa<de p<blicasobre acidentes e desaparecimento de resíduos.5rt. +DD. Tica proibida a importação de resíduos perigosos de 0ual0uer esp'cie e sob0ual0uer )orma# ainda 0ue para reutili=ação# reprocessamento ou reciclagem.

. %asuística

.1. *istribuição irregular de resíduos perigosos no mundo.

3esíduos t!"icos são importados por brasileiros como adubo e utili=ados na adubação de lavouras.5 imprensa divulgou amplamente a irregularidade: 15ssim 0ue essas to"inas chegam C lavoura#

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ocorre uma into"icação em etapas. 7o primeiro instante# as pessoas e"postas ao veneno são ostrabalhadores das ind<strias de )ertili=antes# depois o trabalhador rural e aí a população dosarredores. S! então vem o risco de contaminação de 0uem se alimenta dos produtos da colheita.1.

*esde meados da d'cada de 1HKD# estima-se 0ue cinco milh/es de toneladas de resíduos t!"icos

)oram e"portados para as naç/es do antigo Leste uropeu e para os países em desenvolvimento#entre os 0uais o &rasil. %álculos do 4numa &rasil avaliam 0ue cerca de DD milh/es de toneladas deresíduos perigosos são produ=idos no mundo todos os anos. m torno de 1D desse total cru=a)ronteiras internacionais. O transporte de ácidos corrosivos# de produtos org>nicos sinteti=ados emlaborat!rio e metais pesados como o chumbo# o cádmio e o merc<rio representam uma ameaçam<ltipla por poluir as águas subterr>neas# o solo e o ar. %om o endurecimento da legislaçãoambiental dos países industriali=ados# a partir da d'cada de 1HKD# houve um dramático aumento nocusto da disposição )inal de resíduos industriais. Toi o bastante para )a=er brotar uma verdadeiramá)ia do li"o com rami)icação internacional1:.

m 2DD+# cerca de um em cada dois veículos 0ue transportavam resíduos para dentro ou )ora de

4ortugal e)etuava esse movimento com algum tipo de in)ração# de acordo com um relat!rio daInspecção Beral do 5mbiente IB5$# l;-se na edição de *e=embro do 8ornal guaF5mbiente.m 4ortugal# milhares de toneladas de resíduos# de maior ou menor perigosidade# circulam todos osanos por estrada ou via marítima dentro e para )ora das )ronteiras nacionais. 5pesar de# em 2DD+# ter havido um decr'scimo global das trans)er;ncias de resíduos )ace ao ano anterior em mais de 1 por cento# parte desses resíduos continua a ser tratada ilegalmente# se8a atrav's de )alsas declaraç/es#transportes ilegais ou destinos inade0uados1.

 7umerosos casos# ou esc>ndalos# aparecem com regularidade atrav's dos meios de comunicaçãosocial. Tundamentalmente# resultam da tentação de países industriali=ados# grandes produtores deresíduos# de se livrar do peso desse encargo por via de e"portação para os países menosavançados1K.

 7esse cenário# a e"igfidade territorial e a )orte densidade de povoação dos países produtores deresíduos t;m um papel acelerador na emerg;ncia de ,países-li"eiras. 4odemos lembrar# sem

 preocupação de esgotar a mat'ria# o caso do navio Manoobia# 0ue# nos )inais da d'cada de 1HKD# percorreu os mares para tentar descarregar sua carga de barris t!"icos# ou o caso do Whian Sea# em1HK:# 0ue# transportando cin=as t!"icas provenientes do incinerador de Tilad'l)ia @5$# conheceuum destino semelhante antes de despe8ar seu carregamento em circunst>ncias duvidosas#

 provavelmente por imersão1H.

Os operadores devem escolher um país pobre )re0fentemente a )rica na d'cada de 1HKD$ 0uedisp/e de )rente marítima e não assinou nem rati)icou a %onvenção de Londres sobre a prevençãoda poluição dos mares resultante da imersão de resíduos# o 0ue dei"a temer o destino )inal dosresíduosJ concluir um contrato de arma='m e de tratamento com empresas 0ue estabeleceram a suasede em ,paraísos )ora do alcance da compet;ncia territorial da @nião urop'ia Ilha de (an#Lichtenstein# (?naco# Bilbratar# e naturalmente a Suíça# 0ue não ' um stado-(embro da @nião$Jimplementar uma e"ternali=ação 8urídica do risco de disputa da responsabilidade do produtor dosresíduos# recorrendo a cláusulas de con)idencialidade absolutasJ organi=ar redes locais no país

15  Isto' On Line K-H-2DD 0 1K22 – %i;ncia % EEE.terra.com.bristoe.

16  Isto' On Line K-H-2DD 0 1K22 – %i;ncia % EEE.terra.com.bristoe

1  EEE.ambienteonline.pt - 1.12.2DD1K ,Os 3esíduos no *ireito Internacional do 5mbiente - B'rald (onediaire -EEE.esmpu.gov.brpublicacoesmeioambientepd)BerardP(onediairePOsPresiduos.pd) $ – +D.11.D.1H  "dem#

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receptor# pela constituição de empresas locais e pelo uso da corrupçãoJ )a=er o transporte por navioscom bandeira )ictícia# com e0uipagens dispostas para não se )ormali=ar com as imers/esclandestinas em alto mar 2D.

Os contratos podem estar ligados a volumes de resíduos consideráveis milh/es de toneladas a 2#

@S d!larestonelada no &enimJ DD mil toneladas por ano durante de= anos na Buin'-&issau$. Ocon8unto dos contratos ,resíduos assinados pela Buin'-&issau na d'cada de 1HKD representavacinco ve=es o seu pr!prio 4I&# e mais do dobro da sua dívida e"terna21.

strat'gias semelhantes di=em respeito aos resíduos nucleares. Toram condu=idas pelo Vapão# 0ueestá impedido de estocar os seus resíduos nucleares devido a sua situação numa =ona sísmica.6aiEan assinou um acordo estatal com a %or'ia do 7orte para arma=enar :D mil barris de resíduosradioativos numa antiga mina de carvão. 5 mesma %hina de 6aiEan iniciou negociaç/es com a%hina e a 3<ssia para trans)erir resíduos radioativos de longa vida. 7esse aspecto# há 0ue realçar acomoção causada na 3<ssia pela perspectiva momentaneamente considerada pelas autoridadescentrais# mas re8eitada pela opinião p<blica local# de abrir a Sib'ria a todos os resíduos radioativos

,candidatos# mediante a remessa de 0uantias monetárias substanciais ao stado russo22.

Xuanto C %hina# parece utili=ar o 6ibete como ,li"eira radioativa. 6amb'm )oi uma )onte o)icial0ue revelou 0ue a %ogema empresa de direito privado cu8o capital está detido por inteiro pelostado )ranc;s$ eliminou resíduos nucleares durante vários anos ao deitá-los diretamente no rio

 7gamaboungou Babão$# pelo intermediário de uma de suas )iliais# at' 1H. 5 mesma empresaagora denominada 5reva$ impediu 0ue peritos independentes possam avaliar o 0ue )oide)initivamente enterrado nas antigas galerias de minas de ur>nio na região do Limousin# naTrança2+.

O %entro de retratamento# 0ue a Trança possui e administra em Qaia# e os outros 8á não sãosu)icientes para absorver os milh/es de toneladas de resíduos 0ue vão ser produ=idos pelodescomissionamento das centrais nucleares de primeira geração. O retratamento a )avor de paísesdo 6erceiro (undo )re0fentemente stados- (embros da @nião urop'ia$ reali=a-se por via decontratos opacos# e a repatriação dos resíduos# sem d<vida menos radioativos 0ue anteriormente#mas sempre perigosos# al'm de comportar um risco ligado ao transporte descarrilhamento de umtrem em 1HH$# provoca# de acordo com a hostilidade dos oponentes ao nuclear# custos de vigil>ncia

 policial consideráveis na 5lemanha# em 1HH# 1D milh/es de marcos para uma <nica escolta...$2.

Qo8e ' certo 0ue o centro %ogema de Qaia estoca resíduos nucleares 0ue 8á deveriam estar de voltaaos países de origem# mas esses não se apressam em os recuperar... 5p!s os atentados de 11 de

setembro de 2DD1# o centro de Qaia )oi posto sob alta proteção militar 

2

..2. &rasil9 a guerra dos pneus.

 7o &rasil# entre esc>ndalos# como o 8á citado acima# de importação de resíduos industrias t!"icos atítulo de adubos# a 0uestão 0ue despertou maior pol;mica )oi a relativa aos pneumáticos usados. O

 problema da importação desse resíduo gerou enorme descon)orto aos gestores da 0uestão ambiental brasileira e Cs entidades 0ue lutam em prol de um ambiente limpo e saudável. 5proveitando brechasnas normas aplicáveis vide comentários anteriores# nota K$# os comerciantes e importadores

2D  "dem#21  "dem#22  "dem2+  "dem#2  "dem.2  "dem#

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interessados# em sua maioria custeados por capital estrangeiro# despe8aram uma verdadeiraavalanche de medidas 8udiciais# obtendo liminares 0ue os autori=avam a importar e a comerciali=ar o produto# a despeito do evidente pre8uí=o causado ao ambiente.

5 situação culminou com a edição# pelo %onselho 7acional de (eio 5mbiente – %O75(5 – da

resolução +D1# de 2K.DK.D+ nota K# anterior$. *e se destacar 0ue# al'm de impedir a importação e acomerciali=ação de)initiva dos pneumáticos usados# a resolução mant'm o cronograma 0ue em2DD2# obrigou )abricantes ou importadores a darem destinação )inal ade0uada a 2 do volume de

 pneus 0ue colocaram no mercado. m 2DD+# o percentual subiu para D# ou se8a para cada dois pneus vendidos# as empresas são obrigadas a recolher um. 5 partir de 8aneiro de 2DD# para cada pneu novo no mercado# se8a importado ou de )abricação nacional# imp?s-se a destinação )inal a uminservível. 7o caso dos re)ormados importados# para cada 0uatro pneus as empresas deverão dar destinação )inal a cinco pneus inservíveis.

m 8aneiro de 2DD as regras se tornam ainda mais rigorosas# para cada 0uatro pneus novos)abricados no país ou pneus novos importados# as empresas deverão dar destinação )inal a cinco

 pneus inservíveis. 4ara os re)ormados importados# a cada tr;s 0ue entrarem no país# as empresasimportadoras deverão dar destinação )inal a 0uatro pneus inservíveis.

4neus usados são considerados não biodegradáveis# com tempo de decomposição indeterminado# por isso# o abandono ou disposição )inal incorreta# )orma um passivo ambiental# com s'rio risco aomeio ambiente e C sa<de p<blica. O grande volume ocupado em aterros pela di)iculdade decompactação e a possibilidade de inc;ndios de di)ícil controle são )atores 0ue agravam a situação2:.

5 0ueda de braço entre os !rgãos ambientais I&5(5%O75(5$# apoiados pelas entidades protecionistas# e o poder econ?mico 0ue sustenta a importação e o com'rcio de pneus usados# aindaestá longe de terminar. &ancadas políticas articulam a regulamentação legal de tais atividades#estando em andamento no %ongresso pro8eto de lei 0ue cuida de permitir a importação. m2:.D.D# a importação de pneus usados para serem ,remoldados e revendidos no &rasil )oi o temade audi;ncia p<blica na %omissão de 5ssuntos Sociais do Senado Tederal. O motivo ' o 4LS21:D+# de 2H.D.D+# de autoria do Senador Tlávio 5rns e relatado pelo Senador  Antonio Carlos

Valadares, 0ue disp/e sobre as e"ig;ncias de contrapartida ambiental pela colocação de pneus nomercado interno# se8am eles importados ou )abricados no &rasil# permitindo# portando# aimportação2.

Sob a !tica do Senador relator# os pontos pol;micos do pro8eto podem ser solucionados e ainstalação de uma crescente industria de recauchutagem no país será boa para a economia nacional#

uma ve= 0ue o &rasil ' um país subdesenvolvido e 0ue precisa de um ambiente 0ue d;competitividade ao setor de pneus. O Senador Tlávio 5rns de)ende a importação para remoldagemsob a alegação de 0ue a ind<stria gera 0uantidade e"pressiva de empregos# necessários aodesenvolvimento do país2K.

O princípio da precaução# principal suporte da de)esa ao ambiente ecologicamente e0uilibrado e Csadia 0ualidade de vida# ' totalmente desconsiderado pelos de)ensores do 4L. 5rgumentam 0ue nãohá indícios ou provas de pre8uí=os ambientais ou C sa<de humana# se8a pela deposição de carcaças#se8a pela produção de gases t!"icos oriundos das chamin's das ind<strias de remoldagem. 5lgumassituaç/es concretas 0ue demonstram contaminação# principalmente por chumbo 0ue origina dosgases# podem ser contornadas# segundo eles# por utili=ação de )iltros.

2: )onte9 5ssessoria de %omunicação do I&5(5 – EEE.mma.gov.br  $.2 Tonte9 Senado Tederal –  EEE.senado.gov.br28 “Importação de 4neus para remoldagem e reutili=ação no &rasil ' discutida no Senado - EEE.reciclaveis.com.br . 

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4aralelamente# tamb'm no Senado tramita o 4LS 1+D1# de 1.DK.D1# relatado pelo Senador *em!stenes 6orres e atualmente em mãos da %omissão de %onstituição# Vustiça e %idadania. O

 pro8eto visa lei 0ue regulamente a destinação )inal dos pneus usados# depois de encerrada sua vida<til# obrigando o emprego de tecnologias limpas para o seu tratamento.

 7a Vustiça# os importadores ainda podem se rego=i8ar. (ais um round  ganho na chamada ,guerrados pneus# 0uando a empresa &S %olEa obteve decisão do (inistro 7ilson 7aves# presidente doS6V - Superior 6ribunal de Vustiça# inde)erindo o pedido de suspensão da importação de carcaças de

 pneus# re0uerido pelo Ibama - Instituto &rasileiro do (eio 5mbiente e dos 3ecursos 7aturais

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3enováveis2H. *ecisão semelhante )oi pro)erida em )avor da empresa 4neus Qauer &rasil Ltda.# do4araná# tamb'm pelo (inistro presidente do S6V# re8eitando pedido do I&5(5.

:. %onclusão.

 7ão terminam aí as batalhas legi)erantes e 8urídicas. (uitos embates envolvendo a movimentaçãotrans-)ronteiras de resíduos perigosos# t!"icos# venenosos# radioativos pipocam em tribunais e nos

 bastidores da política# sempre provocados# incentivados e alimentados pelo poder econ?mico.

2H Untegra da *ecisão9“$uperior Tribunal de %ustiça

$&$P'($)* D' $'+&RA(,A (- .#/01 2 R% 3/44564//.04.748 R'9&'R'(T' "($T"T&T* BRA$":'"R* D* M'"* AMB"'(T' ' D*$ R'C&R$*$ (AT&RA"$ R'(*;<;'"$7 "BAMA

 PR*C&RAD*RA MARC':A A:B&9&'R9&' MAC"': ' *&TR*$  R'9&'R"D* D'$'MBAR+AD*R ='D'RA: R':AT*R D* A+RA;* D' "($TR&M'(T* (-/4454/4.4.>/4?> D* TR"B&(A: R'+"*(A: ='D'RA: DA /@# R'+")* "MP'TRA(T' B$ C*:A R'M*:DA+'M D' P('&$ :TDA# ' *&TR* AD;*+AD* R"CARD* A:P"* DA C*$TA ' *&TR*

 D'C"$)*

Cuida7se de pedido de suspensão reuerido pelo "nstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re!ursos (aturais RenovEveis 2 "bamaF !om ful!ro no art# G- da :ei n- G#5G>61GF a fim de sobrestar os efeitos da de!isão proferida nosautos do Agravo de "nstrumento n- /445#4/#4.#4.>/4?7>F em trHmite no Tribunal Regional =ederal da /@ Região#

 A empresa B$ ColIaJ Remoldagem de Pneus :tda# e outro impetraram mandado de segurança !om pedido liminar!ontra ato prati!ado pelo diretor do Departamento de *peraçKes de Comér!io 'Lterior7 De!eLF o ual indeferiu asli!enças de importação de !ar!aças de pneus utiliadas !omo matéria7prima pela impetrante na fabri!ação de pneusremoldados#

 Para tantoF aduiu a impetrante ue os pneumEti!os usados são matéria7prima indispensEvel Ns atividades industriaise ue a destinação deles é ambientalmente adeuada !onforme estabele!ido pelo art# 1- da Resolução C*(AMA n-/>?600F a ualF por sua veF determina a destruição prévia de pneus inservíveis !omo !ondição para importação deoutros pneus#

Tendo sido indeferida a liminar pelo %uío da /G@ ;ara =ederal da $eção %udi!iEria do Rio de %aneiroF a empresainterpOsF no Tribunal Regional =ederal da /@ RegiãoF agravo de instrumento para pleitear fosse !on!edido efeito suspensivo ativo ao re!ursoF pedido ue foi deferido mediante esta de!isão mono!rEti!a 3fl# G18

$ustentaram as Agravantes ueF !omo indQstria na!ional de pneus remoldadosF tm direito N proteção dasautoridades administrativas 3C=6??F art# .S4F "8F no to!ante N importação de matéria7prima de melUor ualidadeF VEue o produto a!abadoF pro!edente do eLterior 3ue também utilia !ar!aças de pneus de pro!edn!ia européia8F nãovem sofrendo ualuer restrição do governoF reuerendoF finalmenteF fosse deferido o pedido de efeito suspensivo ativo para o fim de reformar a de!isão agravadaF determinando ue o $r# Diretor do D'C' no Rio de %aneiroF !om base noart# 5-F "F e 1-F da Resolução C*(AMA n- />?600F eLpeça as li!enças de importação de pneus usados !omo matéria7 prima para a fabri!ação de pneus remoldadosF previamente ao embarue de !ar!aças de pneus 3matéria7prima8 noeLteriorF na proporção do uantitativo de pneus inservíveis !oletados no território na!ionalF destinadas eL!lusivamenteN remoldagem em suas indQstriasF permitindo7seF assimF ue aduiram no mer!ado eLterno as !ar!aças de pneususados ue são indispensEveis ao normal e bom fun!ionamento delas 3si!8# "$T* P*$T*F observando o !ontido no art# .S4F in!# " da C=6?? 3'C n- 160>8F eF aindaF o prin!ípio da isonomia e a própria inviabiliação da empresaF entendendo presentes os seus pressupostosF defiro o pedidoF atribuindo efeito suspensivo ativo ao agravo intentadoF na forma permitida pelo art# >/SF in!# """F da :ei de RitosF devendo a Autoridade

apontada !omo !oatora no mandamus original eLpedir as li!enças de importação reueridas pelas AgravantesF atéde!isão final do R"T ###W

Con!omitantementeF a empresa B$ ColIaJ Remoldagem de Pneus :tda#F aVuiou na Comar!a de CuritibaF ação

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%omo 8á ' habitual# a nível planetário# o ambiente mais ' vencido 0ue vencedor em tais embates.  8á não se sabe at' 0uando terá )?legos para lutar.

5 legislação ' tímida e traçada sobre linhas inseguras. 5s press/es dos lobbies internacionais sobreo poder legislativo dos stados# em todo o mundo# são conhecidas e dispensam maiores re)er;ncias.

5 pr!pria população# amedrontada pelo )antasma da mis'ria 0ue vem dos sistemas recessivos#termina por compor )orças com o poder econ?mico no sentido de despre=ar os valores ambientais.5s necessidades humanas são imediatas e não podem esperar os ut!picos dias melhores de ummundo mais sustentável. 5 visão de )uturo ' curta# não se consegue pensar em geraç/es )uturas.

ordinEria !om pedido de tutela ante!ipadaF a fim de pleitear a de!laração de seu direito de ver deferidos seus pedidosde li!en!iamento de importação em prao raoEvel ouF su!essivamenteF de ueF uando do deferimento das li!enças deimportaçãoF elas seVam deferidas sem restrição da data de embarueW 3fl# /418F tendo o Regional =ederal da G@# RegiãoF em Agravo de "nstrumentoF dado por supridaF em sede Vudi!ial a anun!ia do "BAMA aos pedidos deli!en!iamento de importação ue interessam aos autosW 3fl# /4G8#

 PosteriormenteF o %ui da /G@ ;ara =ederal da $eção %udi!iEria do Rio de %aneiro proferiu de!isão ue estendeu ao "bama os efeitos da de!isão do agravo de instrumento em trHmite no Regional =ederal da /@ Região# AduF em sumaF o reuerente ue

7 o pneu usado ou seus resíduos !onstituem passivo ambientalF ou seVaF débito perante o Meio AmbienteF sendo ue omaior nQmero ue venUa a ingressar no território na!ional signifi!a a!rés!imo do problema ambiental ue é otratamento dos pneus usadosF não se admitindoF assimF sua importação de pneus usados uando o a!Qmulo de pneususados na!ionais e inservíveis VE é um problema ambiental sérioW 3fl# S8X

7 não bastasse a vedação legal de importação de pneus usados advinda de legislação aduaneiraF a legislaçãoambiental é peremptória ao impedir essa importaçãoW 3fl# ?8X

7 a liminar !on!edida importa em favore!imento unilateral ao interesse da AgravadaF em detrimento da

 Administração PQbli!aF !onuanto revestida da plena satisfação do pronun!iamento Vudi!ialW 3fl# ..8X

7 os pneumEti!os são !onsiderados resíduos preVudi!iais ao meio ambiente ao passo em ueF uma ve sendo!onsiderados inservíveisF levam milUKes de anos para se degradarem na natureaF !ausando !om a sua utiliaçãoinQmeros efeitos adversosF tais !omo o a!Qmulo de liLoF vetor da transmissão de doenças !omo a dengueX oassoreamento de !ursos dYEguaF pelo depósito de resíduos sólidos em seus !orpos e margensF o ue !ompromete oes!oamento de Eguas pluviais e provo!a en!UentesX a emissão de poluentes altamente tóLi!os !om a ueimainadvertidaF dentre outras tantas !onseZn!ias funestasW3fl# .58X

7 afigura7se iminente a proliferação de liminar no mesmo sentidoF tendo em vista o pre!edente em ataueF o ue por!erto reper!utirE 3si!8 na manutenção do meio ambiente euilibradoW 3fl# G48# Relatei# De!ido#

Como é !onsabidoF para o deferimento da eLtrema medida políti!aF é ne!essErio sopesar os efetivos danos aos valoreses!udados pelo art# G- da :ei G#5G?61GF a saber ordemF saQdeF segurança e e!onomia pQbli!as#

 (ão mere!e prosperar o pleitoF visto ueF !onforme bem asseverou o %ui da /G@ ;ara =ederal do Rio de %aneiroF emum primeiro instanteF a liberação de material poluente !omo os pneumEti!os e sua manutenção em território na!ionalassustaF todaviaF diante do !aso !on!retoF verifi!o ue a de!isão vergastada não tem o !ondão de !ausar dano ao meioambiente#

 (a UipóteseF não se me afigura a alegada lesão N saQde pQbli!a# A empresa reuerida logrou Lito em demonstrar ue!umpriu !abalmente o disposto na Resolução C*(AMA n- />?600F ou seVaF deu finalidade ambientalmente adeuada a>#G44#444 unidades de pneus inservíveis para poder importar uantia propor!ional de pneus usados#

 AdemaisF !onforme !onsta dos autosF o De!reto G#G0/645 permite a importação de pneumEti!os reformados originErios

dos países !omponentes do Mer!osulF o ueF por si sóF des!ara!teria a lesão ao meio ambiente e N saQde pQbli!a# $e a&nião permite a importação de pneus reformados daueles países sem nenUum benefí!io ao meio ambiente na!ionalFmenos raão assiste ao reuerente no !aso da impetranteF poisF segundo noti!iado nos autosF a empresa vem !umprindoalém do ne!essErio a sua !ontrapartida na destruição de pneus inservíveis e vem desempenUando papel de destaue no

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5os descendentes são legados tristes e perversos esp!lios de um mundo cu8a sustentabilidade 'duvidosa.

O caminho em direção ao caos ' de di)ícil retorno. %ada passo adiante demandará muitos outros para a volta. 5doecer todo o sistema global não )oi di)ícil. 3estaurá-lo será um trabalho

incomensurável.

6oda sorte de argumentação ' válida para legitimar as maiores viol;ncias assacadas contra o ,meioambiente ecologicamente e0uilibrado e os grandes desmandos 0ue impedem a ,sadia 0ualidade devida9 geração de empregos e produção de ri0ue=as – a econ?mica# principalmente. 5sustentabilidade 0ue ' a alma da 5genda 21 esbarra no insustentável9 inconsci;ncia humana#gan>ncia# declínio irreversível de valores s!cioambientais )ace ao domínio imperialista do poder econ?mico. O mundo aguarda uma solução. @m caminho legal 0ue possibilite a perpetuação davida no 4laneta 6erra – nosso Lar e nosso destino comum.

O grande poeta %arlos *rummond de 5ndrade# ao verse8ar as agruras da (ata 5tl>ntica pro)eti=ava

a )alta de esperança 0ue espreita o morador do planeta no início de um novo mil;nio9

,7ão# não haverá para os ecossistemas ani0uiladosdia seguinte.

O ran<nculo da esperança não brotano dia seguinte.

5 vida harmoniosa não se restaurano dia seguinte.

O va=io da noite# o va=io de tudoserá o dia seguinte.

desenvolvimento de proVetos ligados N melUoria da ualidade de vida da população paranaenseF em espe!ial dosligados ao meio ambiente#

 RessaltoF aindaF ue as !ar!aças de pneus !onstituem matéria7prima impres!indível ao regular seguimento daatividade industrial da impetranteF portanto !ara!teriado estE o peri!ulum in mora inverso#

 Persevero na linUa do entendimento eLpendido ao despa!Uar pre!edentesF tais !omo $$ n-s ??SF ?04 e 0/GF no sentidode ue a !ontrovérsia não desborda das relaçKes entre as partesF ou seVaF não ostenta poten!ial lesivo !apa de atrair a

atuação desta Presidn!ia#

 'm verdadeF a !ausa de pedir tem lastro no in!onformismo da parte diante de de!isão desfavorEvelF o ue a induiu avaler7seda eLpedita via da suspensão de segurança para tentar reformE7la# "sto postoF "ndefiro o pedido#

 "ntime7se

 BrasíliaF ./ de deembro de /445#

 Ministro (ilson (aves3assinado no original8W)onte9 EEE.ambientebrasil.com.br  - ,1122DD+ - Importadores de 4neus Obt;m 4arecer Tavorável do S6V –

D2.12.D.

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,5 %onvenção de &asileia de 22-D+-1HKH - 5nálise Vurídica de Legislação - %!d. *ocumento 2:

 – In http9EEE.diramb.gov.ptdatabasedoc57VP2:PLI.htm - +D.11.D,&oletim &imensal do Brupo de 6rabalho 5mbiental B65$. 5no NII# n<mero IN. 8ulho de 2DD+.In EEE.gta.org.m= – +D.11.D.

 ,%onsolidação da Legislação 5mbiental &rasileira estudos$. InEEE.bdt.)at.org.brpublicacoespoliticaconsolidacao - +D.11.D.

ntendendo o (eio 5mbiente - Nolume NII – ,%onvenção da &asil'ia sobre o %ontrole de(ovimentos 6rans)ronteiriços de 3esíduos 4erigosos e seu *ep!sito - Boverno do stado de São4aulo – Secretaria do (eio 5mbiente. In EEE.ambiente.sp.gov.brentendendoPma - D2.12.D.

,Boverno )echa brecha 8urídica 0ue permitia importação de pneus usados . Sem autoria. InEEE.ibps.com.brinde".asp_idnoticia`1H+1 – D2.12.D.

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,1122DD+ - Importadores de 4neus Obt;m 4arecer Tavorável do S6VEEE.ambientebrasil.com.br  ambiente notícias$ – D2.12.D.

,Importação de pneus para remoldagem e reutili=ação no &rasil ' discutida no Senado. Sem

autoria. In EEE.reciclaveis.com.br  – D2.12.D.

Isto' On Line K-H-2DD – 1K22 – %i;ncia - 5meaça Invisível – In EEE.terra.com.bristoe  -D2.12.D.

,Legislação 5mbiental Tederal 5plicável a 6ransportes- Sem autoria – InEEE.transportes.gov.brbitpoliticaambientalane"os.htm - 1-12-2DD

,(antida decisão 0ue permite a importação de pneus usados- Sem autoria - InEEE.espacovital.com.brasmaisnovas1+DH2DDi.htm.